32ª Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia

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capa Entrevistas

Sumário

Rosa Peres

Presidente da ALERPRE lança seu primeiro romance “Mentes em Voo”

Pág. 09 PORTUGAL Carlos Jorge..........................................................................................20 Estevão Sousa.......................................................................................24

BRASIL Andrea Brandão......................................................................................30 Andréia Camargo...................................................................................35 Domingos Honorato..............................................................................40 Edielane Lacerda....................................................................................44 Evandro Ferreira....................................................................................48 Fábio A. Gabriel......................................................................................52 Felipe Versati.........................................................................................55 Geovani Silva.........................................................................................60 Hioman Imperiano................................................................................64 Hilda Mendonça....................................................................................72 Iara Ladvig Budelon...........................................................................76 Isaías Oliveira.......................................................................................83 José Carlos Barbosa............................................................................88 José Vieira................................................................................................93 Lau Siqueira.........................................................................................99 Michele Stringhini..............................................................................105 Sonia Mª dos Santos Araújo.................................................................110 Wagner Torres de Araujo..................................................................114

Participação Especial

Chiado Books.....................................................17 Estevão de Sousa..............................................22 Tito Mellão Laraya...........................................26 Rosa Maria Santos.............................................34 Rosana Nicácio.................................................58 Maurício Duarte...............................................63 Ricardo Bezerra................................................67 Nell Morato..........................................................74 Texto Ideal.........................................................80 Martel Alexandre..............................................86 Rosa Marques.........................................................91 Hermano José Almeida.....................................98 Ivana Lopes......................................................102 Vitor Costeira......................................................108 Helena Santos...................................................113

Colunas

Solar de Poetas – José Sepúlveda............................38 Poetas Poveiros – Arnaldo Santos..............................42 A Vida em Partes – Tito Mellão Laraya.....................51 Mercado Literário – Léo Vieira..................................54

Livros em Foco Gilberto Ribeiro de Melo e Patrícia Matayoshi.........117 Editora Penalux............................................................119


Shirley M. Cavalcante (SMC)

Coordenadora do projeto Divulga Escritor

www.divulgaescritor.com www.portalliterario.com www.revistaacademicaonline.com

Revista Divulga Escritor Revista Literária da Lusofonia Ano VI Nº 32 Edição fev - 2018 Publicação Bimestral Editora Responsável: Shirley M. Cavalcante DRT: 2664 Diagramação EstampaPB Revisão ortográfica das entrevistas Josias A. de Andrade Texto Ideal - http://texto10.wix. com/mais Para Anunciar smccomunicacao@hotmail.com 55 – 83 – 9 9121-4094 Para ler edições anteriores acesse www.divulgaescritor.com Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da Divulga Escritor. ISSN 2358-0119

Com sucesso, chegamos à edição 32, a primeira de 2018, da Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Nesta edição temos como destaques de capa a autora Rosa Peres, e o autor Tito Mellão Laraya. Esta edição está recheada de entrevistas são mais de vinte. Composta por mais de 40 autores, estamos divulgando entrevistas, livros, textos em prosa e em versos... LITERATURA! Hoje, a revista Divulga Escritor é uma das principais revistas literárias da lusofonia, com conteúdo exclusivamente literário. O editorial se destaca por sua qualidade e profissionalismo. Distribuída gratuitamente para todos que acessam a internet, a revista tem alcançado um público leitor cada vez maior. Consolidada, vamos rumo edição 33. Juntos, vamos ler e divulgar a revista literária da lusofonia e apoiar nossos escritores contemporâneos. Muito obrigada, equipe Divulga Escritor, e administradores dos grupos: Obrigada, José Sepúlveda, apoio em Portugal. Obrigada, Amy Dine, apoio em Portugal. Obrigada, Helena Santos, apoio em Portugal. Obrigada,José Lopes da Nave, apoio em Portugal. Obrigada, Rosa Maria Santos, apoio em Portugal. Obrigada, Giuliano de Méroe, apoio no Brasil. Obrigada, Ilka Cristina, apoio no Brasil. Obrigada, Josias A. de Andrade, apoio no Brasil. Obrigada a cada um dos escritores que participam contribuindo com suas maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas nas entrevistas. Obrigada, colunistas, que mantêm o projeto vivo! Muito obrigada por estarmos juntos divulgando literatura, e juntos podermos dizer ao mundo: EU SOU ESCRITOR, EU ESTOU AQUI. Divulga Escritor: revista literária da lusofonia, uma revista elaborada por escritores, com distribuição gratuita para leitores de todo o mundo. Boa leitura!


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Entrevista _____ Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Rosa Peres é uma mulher que acredita na arte como mola propulsora para o empoderamento do homem, como espaço para discussão da sociedade e como oxigênio para o povo. Pedagoga pela Universidade Federal do Pará, Peres é especialista em seis áreas da educação e cultura, produtora cultural, ambientalista, contista e agora romancista. Descobriu o poder e a magia da escrita aos três anos de idade, quando trocou as bonecas por jornais e revistas surradas, e delas fazia uma linda viagem literária entre sonhos e garatujas imaginárias. Nesse papel tinha a figura do pai (in memoriam) que a alimentava diariamente com revistas em quadrinhos. São cinco livros lançados: “Pirulito Pirulê”, 2000;“Contos e Encontros”, 2005; “Paulo Pedro Peralta”, 2011; “Pelo Vitrô”, 2013;“Mentes em Voo”, 2018; e mais 12 livros lançados em parceria com outros escritores. Rosa Peres é membro da Academia de Letras do Sul e Sudeste Paraense; Academia de Letras do Goiás (ALG); vice-presidente da Academia de Letras do Brasil;presidente da Academia de Letras de Rondon e Região (Alerpre); sócia da Associação dos Escritores do Sul e Sudeste Paraense; sócia fundadora da Confraria Rondon-paraense de Pensadores e Poetas e representante da Rede de Escritoras Brasileiras (Rebra), no Pará.

Rosa Peres Presidente da ALERPRE lança seu primeiro romance “Mentes em Voo”

“Um livro com temas atualíssimos, prontos para o debate onde fé e razão, sensibilidade e fortaleza, esoterismo e realismo misturam-se para deixar o romance cheio de nuances para o leitor degustar 467 páginas misteriosas.” Boa Leitura!

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Escritora Rosa Peres, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a motivou a ter gosto pela arte de escrever? Rosa Peres - Inexplicável a paixão pela arte de escrever. Nasci numa família de não leitores, mas desde os 3 anos fui motivada pelo meu pai que descobriu o brilho nos meus olhos quando via um papel e um livro; ele aguçou em mim uma vontade voraz de escrever, e desde criança tive a certeza de que essa era a minha missão. É bastante louvável o trabalho desta revista lusófona em oportunizar espaços como este para escritores. 10

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O que a inspirou a escrever o romance “Mentes em Voo”? Rosa Peres - Eu sempre quis escrever sobre a Amazônia e quatro gerações de mulheres imponderadas. Quando vi o clipe da música do cantor Edu Gueda, “Dói Demais”, em homenagem ao seu avô com Alzheimer e a rotina de um amigo de adolescência com esquizofrenia, no meio desse maremoto fui convidada a assumir a Secretaria Municipal de Cultura com a missão de elevar a Escola Municipal de Música. E na busca encontrei músicos de cujos olhos saíam faíscas com notas musicais. A inspiração completou-se e o enredo do livro estava completo.

Apresente-nos a obra. Rosa Peres - “Mentes em Voo” é um romance que fala das proezas e desafios da Amazônia, um enredo que acontece em Belém do Pará, no nostálgico Bairro da Cidade Velha, onde os casarios misturam-se com a beleza da Baía do Guajará, da Feira do Açaí e do Porto do Sal, uma cultura que resiste à modernidade, várias janelas voltadas para o rio. O maestro Vicente Lincoln Flôres Martin Terceiro, quando veio da França, apaixonou-se pelos índios, pela gastronomia e cultura paraense. O moço então investiu todos os seus bens na nostálgica Belém do Grão-Pará. Uma obra que fala da fé, das multiculturas, da doença do


DIVULGA ESCRITOR século e da importância da família para a formação do homem. Um romance que teve várias teias na história de um maestro esotérico que acredita na força da arte para amenizar as mazelas do mundo, mas no meio do caminho o seu maior amigo torna-se o grande rival, e a música tem papel preponderante na sua salvação. Um livro com temas atualíssimos, prontos para o debate onde fé e razão, sensibilidade e fortaleza, esoterismo e realismo misturam-se para deixar o romance cheio de nuances para o leitor degustar 467 páginas misteriosas. Quais os principais personagens que compõem a obra? Rosa Peres - O enredo é em torno da família Flôres, o maestro Vicente Lincoln Flôres Martin Terceiro e sua esposa, Dália Araripe, e o seu maior inimigo íntimo, o médico Hipólito Sponeto. Quais os principais desafios para escrita da obra? Rosa Peres - Cheguei a escrever por oito horas sem parar.O fascínio era gigante, e eu estava escrevendo o meu primeiro romance.Mas era preciso ir além da imaginação em erupção, afinal meus textos são intertextuais, e foi preciso muita leitura e pesquisa sobre uma temática urgente e necessária para discussão, mas que precisava de conhecimento, então minha leitura de cabeceira por quase dois anos foi das obras de grandes psiquiatras, filósofos e estudiosos sobre a loucura. Li sobre Philippe Pinel, Jacques Lacan, Darian Laeder, Freud, Erasmo de Roterdam, dente outros. Outro desafio foi pedir autorização para postar os trabalhos, os relatos de experiência; então visitei centros de atenção psicossocial, conversei com o cantor Edu Gueda, que gentilmente cedeu

“Mentes em Voo” é um romance que fala das proezas e desafios da Amazônia, um enredo que acontece em Belém do Pará, no nostálgico Bairro da Cidade Velha, onde os casarios misturamse com a beleza da Baía do Guajará, da Feira do Açaí e do Porto do Sal, uma cultura que resiste à modernidade, várias janelas voltadas para o rio. sua música para o livro; Nilson Chaves, que gentilmente viajou comigo junto com Celso Viáfora na linda composição “Olhando Belém”; fiz amizade com o artista plástico africano Gonçalo Mabunda, que desenhou a capa do livro; Wagner Caldeira, psicólogo atuante que trabalha com a questão mental no Pará e o publicitário Guilherme Gibbs. Na verdade, não só escrevi o livro, eu vivi o livro; mergulhei profundamente na temática principal do enredo, vi filmes, li livros, convivi com esquizofrênicos, visitei pessoas depressivas e desfilei com algumas delas pelas ruas da Cidade Velha sob as sombras das mangueiras. Outro grande desafio foi falar do esotérico, da espiritualidade indígena, das crenças variadas do homem da Amazônia; então fiz uma linda viagem imaginária ao Tibete por meio da personagem Lilás Flôres. E quando voltei do Tibete, estava em estado de graça e fé e dei asas, penugem e voo para Rubi Flôres, que voou imponderada pelo Marajó.

Qual o momento, enquanto escrevia o enredo, que mais a marcou? Rosa Peres - Fiquei fora de mim quando Lilás conheceu o monge Assaji, no Tibete; o que ele falava era pleno. Confesso que chorei quando o maestro Vicente ouvia Edith Piaf no extremo da dor. Qual a previsão para o lançamento da obra? Rosa Peres - A previsão para o lançamento será no final de março deste ano. Quais livros tem publicado? Apresente-nos as obras. Rosa Peres - Em parceria com outros escritores este mês lanço o décimo primeiro, individualmente tenho 5: -“Pirulito Pirulê”, o primeiro lançado, um exercício para provar se eu poderia ser mesmo escritora. Uma história linda, baseada na rotina da sala de aula com um aluno “Cloves Esmera de Souza” e por intermédiodele dei asas à imaginação e saiu o livro dentro e para a escola pública, sobre o ato de ler. -“Contos e Encontros”, um livro ousado que já definia meu estilo literário, 25 contos falando de questões sociais atuais. -“Paulo Pedro Peralta”, o mais vendido até hoje; a história da infância de um dos moleques mais peraltas do planeta, o meu esposo, Paulo Terra. -“Pelo Vitrô”, um livro de contos com 35 histórias, confirmando o meu perfil de utilizar a literatura como pano de fundo para denunciar os problemas sociais mais gritantes. - “Mentes em Voo”, último livro, a ser lançado em março. Onde podemos comprar os seus livros? Rosa Peres - Como ainda não tenho editora própria, meus livros são www.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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DIVULGA ESCRITOR vendidos em diversas livrarias em Rondon, Imperatriz, Parauapebas, Marabá e Belém do Pará. Você é presidente da Academia de Letras de Rondon e Região (Alerpre). Apresente-nos as principais atividades desenvolvidas pela Academia. Rosa Peres - A Alerpre foi sonhada e planejada por décadas; meu grande amigo e escritor de Imperatriz Edmilson Sanches sempre me inquietava dizendo que Rondon precisava de sua própria academia,e eu relutava na esperança de lançar mais escritores e ela já nascer fortalecida. Mas foi o escritor Silvio dos Anjos,que numa atitude inquietante, “me obrigou” lindamente a fundar a Academia de Rondon com a visão de que sua fundação fomentaria nossos escritores. Eles estavam certos.Desde a fundação várias pessoas com escritos bem guardadinhos nas gavetas e na alma têm nos procurado para lançar o seu material no mercado. Na verdade, uma academia nos encoraja, porque nos sentimos representados e até faz nascer asas. Nosso primeiro trabalho será legalizar esta entidade, depois já estamos planejando um encontro de escritores, e no fim do ano o lançamento de uma antologia. Quem desejar se inscrever para ingresso acadêmico, como deve proceder? Rosa Peres - São 4 reuniões ordinárias que temos durante o ano, e nela a comissão responsável por analisar novas obras estará disponível para receber novos livros de futuros acadêmicos. Será nossa missão dar apoio geral ao escritor. Nossa luta é para que cada vez mais os escritores do sul e sudeste paraense possam lançar obras interessantes de temas relevantes, e que nossas obras estejam dentro de um perfil exigido pelo 12

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Meus colegas escritores, tenham coragem de abrir as gavetas com papéis surrados, lancem seus livros no mercado! Sejam maiores que tudo, escrevam tudo que faz os seus olhos brilharem; não se preocupem com as críticas, elas nos fortalecem. Lancem os seus livros e paguem com o suor do seu trabalho, acreditem na vida e no seu trabalho. A sua cidade é a melhor do mundo! mercado literário. Não adianta escrever qualquer coisa e ser escritor. Quais os principais objetivos como escritora? Pensa em publicar novos livros? Rosa Peres - Em 2010, no Salon du Livre, em Paris, assumi a missão de representar a Rede de Escritoras Brasileiras “Rebra”, sublime missão de contribuir com as mulheres desta região. A ideia é colocar as novas escritoras numa vitrine para poderem alçar voo. Nesta missão lancei no mercado duas novas escritoras de 80 e 86 anos, Elisia Kretli e Hilda Aquino.Essas coisas são substâncias que aquecem nossa alma. Este ano vamos lançar Maria Silvya, de 15 anos. O contraste das idades não fere o enredo literário, a literatura não tem sexo e nem idade. Isto é

muito gratificante, o fortalecimento desta corrente literária da Amazônia não tem fim, nem começo e meio; só a missão permanente do seu empoderamento. Isso muito engrandece os escritores regionais. Diversas teias estão sendo tecidas na Amazônia, e são elas que em um futuro breve irão arrastar e derrubar as várias cercas impostas para o escritor, principalmente mulher e da Região Norte. Já estamos combatendo a “separatividade” em nome de uma unidade maior; uma das coisas mais lindas que aconteceu em nossa região foi esse elo entre escritores, todos seres politizados em prol de uma causa maior: a defesa de nossa escrita enquanto região com o pensamento e ações globais. É este quadro que traçamos no sul e sudeste paraense;quando falamos em literatura, temos o mapa na mão. A escrita não pode estar só, não pode ser solitária, não pode ser apenas por ser; defendemos uma literatura social com engajamento social e político. Caneta e papel sangram nesta região.Ano passado o vice-presidente da Academia de Letras do Sul e Sudeste, o escritor Eduardo Castro, foi morto dentro de sua casa. São estes motivos que nos levam a viver a literatura como uma arma quase letal para sobrevivermos com dignidade. Por isso,na mão do escritor tem que, necessariamente, caber o mundo. Tenho na gaveta três grandes livros que lançarei nos próximos anos; dois falando da questão social da mulher: “O segredo das Panapanãs” e “Chão de Algodão”. E voltando ao começo de tudo: “Pirulito Pirulê numa Escola Pública de Qualidade”. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora acadêmica Rosa Peres. Agradecemos sua participação na Revista Divul-


DIVULGA ESCRITOR ga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Rosa Peres - Todos nós que nos aventuramos pelos caminhos da escrita sabemos das dificuldades em lançar o nosso material com visibilidade. Vivemos num país de poucos leitores com poucas políticas públicas voltadas para este segmento, e ainda temos uma série de editoras tentando nos escravizar com propostas indecentes. Ser reconhecido como escritor significa vencer várias pedras e obstáculos impostos para nós, iniciantes, num mercado excludente e com leitores vorazes aos apelos midiáticos. Mas relembrando a grande escritora espanhola Rosa Montero ao lançar “A louca da Casa”, ela deixa uma mensagem para nós, que vivemos da imaginação: “O que nos distingue do resto dos seres é o poder de imaginar, criar, inventar histórias e ter a coragem de contá-las. A imaginação é uma espécie de loucura”. Meus colegas escritores, tenham coragem de abrir as gavetas com papéis surrados, lancem seus livros no mercado! Sejam maiores que tudo, escrevam tudo que faz os seus olhos brilharem; não se preocupem com as críticas, elas nos fortalecem. Lancem os seus livros e paguem com o suor do seu trabalho, acreditem na vida e no seu trabalho. A sua cidade é a melhor do mundo! Dificuldades? Cresçam com elas. Minha foto tem como pano de fundo Rondon do Pará, a cidade em que me lancei e estou sobrevivendo como escritora. Acreditem na força da literatura tecida em comunhão. É assim que estamos nos fortalecendo. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

Em destaque textos da escritora acadêmica Rosa Peres UM RIO EM MINHA VIDA Um grande rio caudaloso cruzou nossas vidas, Era o brasão, a bandeira e o portal, Símbolo colossal do Norte, Ponto de encontro, de encanto, de construção. A ladeirinha era como aquarela para embelezar Ainda mais o cais que se avistava do alto da rua dos pioneiros. Quantas histórias vividas, escritas e paridas dentro do rio, Encanto de cobras, Recanto de peixes, Uma vegetação rasteira que enfeitava ainda mais as suas margens, Coqueiros que balançavam atirando cocos para todos os lados, Brisa, vento, águas turvas e sonhos... As lavadeiras disputavam tábuas, espaços e movimentos, Todo mundo sabia tudo o que ocorria na vila, O rio beirava a vida de todos os candangos. Quem nunca passou pelo rio dos Bahianos? Água para beber, Água turva para lavar, Água para socializar, Água para alimentar, Água para viver! E o amanhecer formoso cintilando seus raios entre as águas? O sol à tardinha revelando sua nudez de Jade nas águas turvas do rio. Os saltos mortais dos meninos traquinos, As águas desafiadas voando atingindo a plena liberdade até chegar no céu. Quem viu o rio morrer? Uma febre medonha chamada civilização, Um mal estar do século, falta de educação e consciência ambiental, Poetas, músicos, artistas plásticos, trovadores e trabalhadores cantaram e gritaram: O RIO MORREU! MORREU O RIO! Soterrado, abandonado, sujo, poluído, taciturno. No lugar do rio poderiam ter nascido sumaúmas Com seu manto histórico, Poderiam ter fertilizado açaizais em abundância, Castanheiras deveriam ter brotado diante da febre, Coqueiros poderiam ter substituído o cemitério! PODERIAM... Hoje é apenas um depósito de lixo engolindo a cidade!

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DIVULGA ESCRITOR ANALOGIAS DE MULHER Uma legião de samaritanas Impúberes demais para serem “genis”, Humanas demasiadamente para serem “santas”, Vulneráveis e as vezes más, Com um pouco de bruxismo, Um pouco borboletas, As vezes voando em bandos como albatrozes, As vezes aves-águias Numa imensidão azul, roxa, bordô, cinza... Imaculados numa eterna crisálida, Metamorfoseando-se longamente como As libélulas numa visão de 360 graus, Assexuadas com os feromônios da abelha rainha. No umbigo bordado com tantas histórias... De veias abertos para a vida A camaleoa voraz passeia Na defesa de sua espécie, Ora internamente, desafiando um mundo obscuro, Desnudando a sua essência de mulher, Do útero as mamas, Do coração ao cérebro, Ora externamente, Lascivas e incisivas, Exalando os contornos do ser, da silhueta, Do âmago e do cheiro libidinoso do orgasmo, Ora expondo-se em pele, corpo e alma... Linda, liberta, reflexiva, despojada, vulnerável, atrevida... Feito fênix, pronta para nascer de novo. 09/10/2014

NAS MARGENS DO TOCANTINS Nas margens do Tocantins A mãe desnuda pari Um índio pálido De sangue ferroso Surgido nos castanhais Cultivado nas águas turbulentas do Tocantins. Ele nasce da miscigenação Sem agasalhos, chora diante da terra nua e muda, O sangue colore as águas, Ouve-se um grito, um barulho ferrenho. Marabá fecha todas as portas, As compostas estão lacradas, O berço familiar também se fecha, O rio envaidecido acolhe mãe e filho, Ouve-se a cantoria, É o Tocantins recebendo mais um filho.

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DIVULGA ESCRITOR HOMENS E MUROS Ergueram um muro instransponível Entre a paisagem urbana e nós, Criaram cercas nos açaizais e igarapés, Arames farpados foram estendidos Nas estradas para deceparem sonhos e ideais, Alguém ergueu uma muralha entre o poder e a razão, Amordaçaram a arte: escritores, artesãos, pintores, escultores, Artistas plásticos, músicos, dançarinos, palhaços, atores... Um véu cobriu as praças, os palcos e as ruas. A cidade virou pântano onde cresce o musgo, As ruas noturnamente desertas e melancólicas, Servem apenas para o desfile dos ébrios, As madrugadas insólitas, asas de desabafo, A alma da cidade foi ferida, Não existe alma e canto urbano sem liberdade! Os holofotes apagaram-se! Cadê o povo? Para onde seguirá o povo? Além das cercas do latifúndio, Para covas anônimas de indigentes sem funeral? Para amarras que prendem o homem ao trabalho escravo? Para cemitérios clandestinos de burgueses disfarçados de humanos? Para uma esquina, palco da morte? Quem ergueu tantos muros na cidade? O muro é retilíneo e inteiriço, Por entre pedregulhos nascem sumaúmas... COTIDIANO A beleza ecoa por entre pedras e alastra-se Quebrando normas e regras prontas, Bordados coloridos Desafiando a dor da perseguição e do nó travado Em estampas mil, na garganta de quem não pode mais falar. Mil cores, mil amores, mil dores, Trincando vidraças, desviando-se das pedras, Mil facetas distribuídas num bordado vivo. Por entre luzes do pensamento para atingir Cores e agulhas Uma dimensão imensurável... Tecendo a colcha de retalhos E do meio da muralha erguida, De uma história insólita Nascem alastrando seus ramos pela cidade, De vidas e amores. Sumaúmas férteis, renovadas. Um cenário híbrido É a nova geração com liberdade de expressão. Agulha, carretel e tecido... Está consumado! O contorno da história, da memória, da ilusão, O povo grita no meio do pântano Da aptidão, da ingratidão, da devassidão, Agarrado aos ramos da sumaúma: Das perdas e ganhos, Abaixo a ditadura e viva a liberdade! Das bênçãos, das pedras, Da imaginação, dos pássaros, Do medo, da morte, da sorte, Do nascimento, do silêncio, da mortalidade... ...cotidiano. 10/10/2014

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL | CHIADO BOOKS

Chiado Books: olhos nos olhos com o futuro Por Pedro Mello Antunes

Passeando pelo novo escritório da Chiado Books, em Lisboa, podemos ver aqui e além, espalhados um pouco por todas as secretárias, diversos livros. Se não é de espantar que aqui seja fácil falar de livros, de publicação, do gosto pelas capas, pela escrita, uma ideia começa no entanto a desenhar-se: ninguém parece gostar muito de comparações. “Não acho que possamos ser

comparados com mais nenhuma empresa no mundo do livro”, diz Sarah Hamid, do Departamento Comercial, “está no nosso ADN essa liberdade para desenharmos uma identidade própria. Somos a Chiado Books, simplesmente!”. E este fio de raciocínio parece prosseguir de forma natural, quando começamos a falar com o fundador da Chiado Books, Gonçalo Martins: “O nosso percurso é único. A Chiado come-

çou há 10 anos com o propósito de ser uma editora lisboeta. Entretanto tornou-se numa marca internacional! Como é que tudo isto foi possível? Quebrando os monopólios, e o circuito atávico de compromissos e interdependências que estavam instalados no panorama editorial, e que bloqueavam e suprimiam a liberdade de criar algo diferente, algo que nessa área fosse único, precisamente”. www.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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DIVULGA ESCRITOR A ideia de quebrar as regras do jogo para se libertar parece ser a base do segredo deste crescimento. Essa ideia resiliente, que soa em todas as conversas com elementos da Chiado e em toda a descrição da história da empresa: a ideia de liberdade. O princípio de não haver dependência em nenhuma parte do circuito editorial. Foi certamente essa ideia que esteve na base da criação de meios gráficos próprios. Parecem longínquos os anos em que a empresa se debatia com alguma falta de espaço num pequeno escritório na zona de Santa Apolónia, com duas pequenas máquinas de impressão. A Unidade Gráfica da Chiado, agora instalada na Portela de Sacavém, tem hoje dezenas de máquinas especializadas e emprega mais de 30 trabalhadores, assegurando a impressão e acabamento próprios de cada livro da Chiado. Parece ser essa também a ideia que preside às novas instalações da Chiado, em Alcântara. Com Bar, Livraria, Restaurante, Auditórios e Escritórios, a ideia de criar um circuito próprio e integrado, pela primeira vez numa ideia de conjunto, parece materializar o sonho de trilhar um caminho próprio. Da concepção, ainda numa fase digital, dos livros, até ao lançamento e apresentação dos mesmos, todas as fases do circuito são possíveis de concretizar, num só edifício, que parece materializar o sonho de futuro da Chiado Books. Voltaremos a ouvir falar do futuro, nesta viagem. “Nós somos feitos dos nossos autores. Eles são o nosso núcleo vital!”, começa por defender César Adão, do Departamento de Comunicação, instado a definir a Chiado Books. Tentamos então seguir essa ordem de ideias, não perdendo de vista a pergunta inicial. Então quem são eles, os autores da Chiado? Como defini-los? “Não creio que seja possível definir os autores que 18

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publicamos como um todo, concreto. São um grupo absolutamente heterogéneo e profundamente representativo, em todos os aspectos. Nos lançamentos encontramos autores que no seu livro encontraram uma forma de ultrapassar uma dor pessoal, outros que querem apresentar uma tese académica ou profissional, muitas vezes absolutamente original, a que mais ninguém quis dar voz, outros estão a concretizar um sonho. Mas há muito mais para além disto.”, conclui. “Lembro-me de percorrer Lisboa com uma mochila cheia de livros, que ia deixando nas livrarias independentes da cidade. A realidade das grandes cadeias de distribuição não estava ainda generalizada, e o Facebook, onde hoje temos milhões de seguidores, não era ainda utilizado pela grande maioria das pessoas, por exemplo.”, recorda Gonçalo Martins. Mas deste pequeno apontamento de passado, talvez mais afectivo, quase caricatural, que propriamente saudosista, o fundador da Chiado Books, volta imediatamente ao tempo que lhe parece ser mais familiar: o futuro. “O crescimento da Chiado passará pelo seu estatuto cada vez mais global. Quando aquela capa do “The Economist” de 2009 saudou o Brasil como um país do futuro, já sonhávamos com a nossa presença no Brasil. Montámos o nosso escritório em São Paulo, no Conjunto Nacional numa viagem relâmpago, porque acreditávamos que o Brasil pertence ao futuro, tal como nós. E continuamos a acreditar nisso!”. Segundo as estimativas de Gonçalo Martins, no volume de trabalho da Chiado Books, o Brasil não tardará a superar Portugal. Mas para além do Brasil, a empresa tem já uma presença, com perspectivas de crescimento, por todos os países da América do Sul e da América Central.

Mas se a Chiado Books é já o presente, o seu fundador não parece, uma vez mais, muito deslumbrado com essa ideia, para logo denunciar de novo a sua verdadeira obsessão: “Não sabemos do que é feito o futuro, mas será sem dúvida feito da mesma matéria que nós. Nós queremos antecipar, criar o caminho. E isso não é possível se vivermos obcecados com comparações, ou presos a uma ideia de passado. Só pode ser parte do futuro quem nunca o perde de vista!”.


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ENTREVISTA

ESCRITOR CARLOS JORGE

...tratar temas transversais, vulnerabilidades e desigualdades; fazer de cada poema uma pequena história que esconda uma lição.”

Carlos Jorge Gomes Azevedo, médico reformado, nasceuem30 de abril de 1949, em Góis, distrito de Coimbra, Portugal. Pela Editora Chiado, Azevedo publicou os livros de poesia: “Alma a nu”; “Perdido em meandros”; “Máscaras”; “Fantasmas e fantasias” e “Sonhos e estranhezas”. Participou na 6ª e 7ª edições da antologia “Entre o sono e o sonho”, da Editora Chiado, e na colectânea “Do mosto à palavra”, da mesma editora e em várias antologias, quer em nível nacional quer em nível internacional, assim como em várias revistas literárias. Boa leitura!

‘Sonhos e estranhezas’ um livro que vem trazendo em cada verso uma lição de vida Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Escritor Carlos Jorge Azevedo, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que mais o encanta na arte de escrever? Carlos Jorge - É na poesia que atinjo o êxtase mais facilmente, consigo expressar-me genuinamente e deixo escapar o turbilhão de emoções que 20

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me inunda e vou ao encontro do outro, tentando travar empatia com ele… Quais critérios foram utilizados para a seleção dos textos poéticos apresentados em seu livro “Sonhos e Estranhezas”? Carlos Jorge - Criatividade, emoti-

vidade; tentar entender o ser humano, interpretar os gestos, as expressões faciais, o sorriso; tratar temas transversais, vulnerabilidades e desigualdades; fazer de cada poema uma pequena história que esconda uma lição. Quais temáticas estão sendo abor-


DIVULGA ESCRITOR dadas nesta obra literária? Carlos Jorge - Essencialmente os sentimentos que assolam o ser humano, desde a angústia, à tristeza até a fantasia, ao sonho, à esperança.

Carlos Jorge - Na Chiado Editora(www.chiadoeditora.com) e também nas livrarias ALMEDINA|BERTRAND|BULHOSA|FNAC|WOOK

Quais os seus principais objetivos como escritor?Pensa em publicar novos livros? Carlos Jorge -Sim, parar de escrever seria morrer.

Como foi a escolha do título? Carlos Jorge - O título tem muito a ver com o já referido e com as frases da capa e contracapa. Na capa: “…torpe é o que bate no peito e só pede para si, incapaz de olhar à volta e de se ver ao espelho…”. Na contracapa: “…pecados quem os não teve ou na mente os engendrou…são como fruta bichada que urge extirpar e enterrar…”. A imagem da capa é elucidativa: um par de bailarinos, a lápide e o entardecer num céu esbraseante, tingido de púrpura… Apresente-nos um dos textos publicados em “Sonhos e Estranhezas”. Ritual Toco-lhe ao de leve Desnuda-se Uma a uma Deixa cair as peças Que guarnecem o corpo esbelto Entra-me pela pele O roçagar do vestido Desvairo Sou só instinto puro Uivo animalesco Desvisto-me e corro E vou ao encontro dela Entro em arrebatamento Ao aspirar o seu odor E é em aceleração desenfreada Que misturamos toques e carícias E que nos entrelaçamos E só depois do ritual Serenamos lado a lado Olhando o céu profundo, estrelado...

O que a escrita representa para você? Carlos Jorge - A escrita é uma escapadela, mas acima de tudo um enorme prazer. Em momentos de isolamento, de reflexão, em que as dúvidas nos atormentam, o melhor remédio é escrever, entrar no paraíso encantado, e aí os sonhos arrastam-nos a não mais parar…

Você possui outros livros publicados. Apresente-nos os títulos e segmento. Carlos Jorge - “Alma a nu”, um conjunto de 80 poemas que vão desde o mar, perto do qual nasci e que não canso de recordar, até ao açude do rio, na aldeia longínqua;“Perdido em meandros”, textos de poesia em que se descrevem percepções e sensações vivenciadas na cidade de Espinho; “Máscaras”, poemas em que afundo em interrogações, procurando sondar incertezas; e “Fantasmas e fantasias”, poemas que enaltecem e cantam desde o vinho, a pedra esquecida, o malabarista no píncaro da sua interpretação, gorjeios das aves e uma multiplicidade de perplexidades. Onde podemos comprar seus livros?

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Carlos Jorge Azevedo. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Carlos Jorge - Continuem a ler e irão descobrir novos centros de interesse. Sobretudo não deixem de sorrir e olhar para aquele que caminha ao seu lado. Não hesitem em estabelecer diálogo…

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

VIAJANDO PELO MUNDO Estevão de Sousa

Guimarães – Portugal

O

viajante, depois de deixar a cidade do Porto, (hoje tão na moda), seguindo pela A 3 e A 7, encontra, após percorrer 55 quilómetros em cerca de 44 minutos, a linda cidade de Guimarães, berço da nacionalidade portuguesa. situada na região do Minho (talvez a mais bonita de Portugal), em que tudo é verde, inclusive uma boa parte do vinho ali produzido. A história de Guimarães começa com a condessa, Mumadona Dias, que por volta do séc. X ali mandou edificar o, ainda hoje existente castelo, cuja edificação ocasionou o inicio do povoamento da região, a qual começou por uma pequena povoação a que foi dado o nome de Vimaranes. Posteriormente, por volta do ano de 1096, o conde Henrique, casado com D. Teresa, concede-lhe o primeiro foral nacional. Atestando a importância crescente da, já então, vila de Guima22

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Fachada da Pousada de Guimarães rães, foi-lhe dado o titulo de capital do Condado Portucalense. Em 1122 o jovem Afonso Henriques revolta-se contra a mãe, D. Teresa, nessa altura já viúva, disputando com ela a chefia do condado. Vencida a mãe na batalha de São Mamede, faz-se ali aclamar rei do recém-criado reino de Portugal, motivo porque Guimarães é conhecida – após, no séc. XIX, ter sido elevada à categoria de cidade como a cidade berço. Situada numa das zonas mais industrializadas do país, não sendo o seu progresso a isso alheio, continua ainda assim, a atrair um núme-

ro exponencial de turistas. As suas ruas respiram história, encantando com os seus monumentos quem a visita. O centro histórico (Património Cultural da Humanidade), com as ruelas em que, os habitantes quase tocam com a mão na varanda do vizinho da frente, está em perfeito contraste com a urbe moderna e dinâmica que o rodeia. Esse dinamismo valeu-lhe ter sido nomeada em 2012, Capital Europeia da Cultura e, em 2013 ser considerada a melhor Cidade Europeia do Desporto. Turisticamente, a cidade, soube com o seu dinamismo, inovação, cultura e gastronomia, preparar-se para ser hoje um dos maiores centros turísticos do país. Nela, pode o visitante apreciador de arte, história ou arquitetura, deliciar-se com os monumentos que a cidade lhe oferece, dos quais destacamos: o Padrão de Nossa Senhora da Vitória, o Castelo e a sua Torre de Menagem (de onde desfrutará de uma maravilhosa vista sobre a cidade); as Casas


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de Martins Sarmento e Egas Moniz, o monumento a Afonso Henriques, e tantos outros. Não ficávamos bem com nós mesmos se não lhe déssemos uma dica: não deixe de visitar o Palácio dos Duques de Bragança, com um traçado arquitetónico que é uma verdadeira pérola! Se nos permite, aconselhamo-lo a subir ao alto da Penha, até junto ao santuário – o que poderá fazer de teleférico – e deslumbrar-se com as vistas daí alcançadas. Se visitar Guimarães, saiba que tem em Agosto as famosas festas gualterianas e em Dezembro as Nicolinas, em honra de São Nicolau. Como nem só de belos monumentos vive o homem, vamos falar um pouco de gastronomia!!! Em Guimarães, no que respeita a gastronomia, encontrará o visitante uma tal riqueza que, à boa maneira do Minho o deslumbrará, quer degustando um saborosíssimo bacalhau constipado, um bacalhau de rendinhas, uma boa vitela ou um prato de chibinho (cabrito). Se preferir, poderá ainda banquetear-se com os famosos rojões ou com um bom bucho recheado. Já falámos em vários pratos que constituem o cardápio de Guimarães; falta falar-lhe dos doces. Ai os doces!... Esses são de fazer pecar um santo! Ó amigo turista: olhe ali aquele Toucinho do Céu! E, aquelas tortas, logo ao lado! Acha que vai resistir? Hum... julgo que não! Sabe: é que em doçaria conventual, Guimarães pede meças a qualquer uma! Ah! Mas falta falar dos vinhos. Quanto a esses, que havemos de dizer? Venha daí prová-los e dê-nos a sua opinião. Será sempre bem vindo! Venha conhecer a linda região do Minho onde, para além de visitar os monumentos acima indicados, poderá espraiar a vista pelos extensos vinhedos existentes na região, podendo ainda, se assim o desejar, visitar também Braga - a cidade dos Arcebispos, onde são inúmeros os locais de interesse, que deixaremos para uma próxima crónica. Não hesite, venha conhecer uma das mais lindas regiões deste maravilhoso país que é Portugal! Esperamos por si.

Estátua de D. Afonso Henriques – 1º Centro da cidade Rei de Portugal

Trecho do centro histórico

Casa da cultura

Castelo de Guimarães www.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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ENTREVISTA

ESCRITOR ESTEVÃO DE SOUSA

...como principais personagens, a bela e estonteante cientista, formada em física nuclear, alvo do rapto; o seu marido, um antropólogo, professor na universidade de Greenwich; dois lordes, membros da Câmara dos Lordes; o superintendente da Scotland Yard, e um luso-inglês que teve o azar de se apaixonar pela bela cientista, vendo-se assim envolvido numa trama de arrepiar o cabelo!”

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Francisco Estêvão de Sousa, natural de Lisboa, fez o curso geral de Comércio em Tomar. Aos quinze anos foi para Angola, onde fez um curso de Geotecnia no LEA. Permaneceu naquele território, como técnico de estradas da JAEA, até aos trinta e seis anos, altura em que veio para Portugal, radicando-se em Coimbra. Aí, fez um curso intensivo de gestão e administração de empresas e exerceu funções de Chefe de Escritório, Gerente Comercial e Diretor Administrativo. Atualmente aposentado, é autor de seis obras editadas: “Nesta Terra Abençoada”, “Tráfico no Rio Geba”, “Irina – A Guerrilheira”, “Rapto em Londres”, “Romance em São Tomé” e “Pedaços de Mim” (memórias). Participou em cerca de vinte e cinco coletâneas e em algumas revistas literárias digitais, tais como: Divulga Escritor, Sui Generis Magazine e Primeiro Capítulo. Boa leitura!

Londres, palco de tantos enredos, apresenta ‘Rapto em Londres’ Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Francisco Estevão de Sousa, é um prazer contarmos mais uma vez com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o motivou a escrever o romance policial “Rapto em Londres”?

Estevão Sousa - Em primeiro lugar quero parabenizar todos quantos dão o melhor do seu esforço para que a “Divulga Escritor” seja o êxito que é. Parabéns por isso! Em segundo, dizer-vos o quanto me sinto honrado por voltar a ser entrevistado pela vossa prestimosa


DIVULGA ESCRITOR equipe, pelo que muito honestamente o prazer é todo meu. Falando do meu livro “Rapto em Londres” e respondendo concretamente à vossa pergunta, devo dizer que sempre foi um sonho meu escrever um romance policial, visto o meu tipo de escrita, embora baseada em ficção, ser diferente do policial. Desta vez, alinhados os chacras, saiu o “Rapto em Londres”. Apresente-nos a obra. Estevão Sousa - Tratando da sua apresentação, embora seja suspeito, por ser o pai da criança – e este é um filho muito querido –, cumpre-me dizer que se trata de um policial ocorrido em dois continentes; começando a desenrolar-se na Inglaterra, mais concretamente em Londres, passando por outras cidades do Reino Unido, estendendo-se ao Brasil e terminando no Douro Vinhateiro, em Portugal. Neste policial, cheio de ação, existem todos os ingredientes: intriga, ação e amor; pelo que me parece tratar-se de uma obra de muito agradável leitura. Quais os principais desafios para a escrita do enredo que compõe a trama? Estevão Sousa - A concepção da trama deste livro requereu um razoável trabalho de pesquisa, pois ele foi idealizado e escrito em minha casa, sem deambular fisicamente pelos locais mencionados na obra, e isso obrigou a alguns desafios que foram ultrapassados com muito prazer. O que mais o marcou enquanto escrevia o livro? Estevão Sousa - Não sei se deva dizer que algo me marcou durante a concepção deste livro. No entanto, à medida que o enredo ia decorrendo, mais gozo (se assim se pode dizer) sentia em continuar, pois ia-me

Onde podemos comprar o seu livro? Estevão Sousa - O “Rapto em Londres” pode, neste momento, ser adquirido Na Wook, Amazon e Bertrand. Também poderá ser visto em: www.boa-leitura.simplesite.com. No Facebook, na minha página: Francisco Estêvão de Sousa. Soube que já temos livros novos no prelo. Comente seus próximos projetos literários. Estevão Sousa - Respondendo à vossa pergunta, apraz-me informar que acabo de editar as duas obras que tinha no prelo: “Romance em São Tomé” e “Pedaços de Mim”– memórias, as quais já se encontram disponíveis na Amazon. apercebendo que os “maus” iam sendo vencidos, muito especialmente pela tenacidade de um superintendente da Scotland Yard. Apresente-nos os principais personagens de “Rapto em Londres” Estevão Sousa – A trama de “Rapto em Londres” desenrola-se na alta sociedade londrina, razão porque envolve, como principais personagens, a bela e estonteante cientista, formada em física nuclear, alvo do rapto; o seu marido, um antropólogo, professor na universidade de Greenwich; dois lordes, membros da Câmara dos Lordes; o superintendente da Scotland Yard, e um luso-inglês que teve o azar de se apaixonar pela bela cientista, vendo-se assim envolvido numa trama de arrepiar o cabelo! Além de Londres, quais cidades são apresentadas no enredo de“Rapto em Londres”? Estevão Sousa - Chelmsford, Oxford, Newcastle, Sheffield, Rio de Janeiro, Brasília, Anápolis e por fim Porto e Cinfães.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Francisco Estevão de Sousa. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Estevão Sousa - A minha mensagem para os leitores é no sentido de os incentivar a lerem mais, cada vez mais. A leitura enobrece a alma e clarifica o espírito. Devem, acima de tudo, não se eximirem de ter contato com a “Divulga Escritor”, para mim, a melhor revista literária da Lusofonia, em formato digital. Parabéns e eternamente grato!

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Tito Mellão Laraya

O Escritor Francisco Mellão Laraya, conhecido como Tito, mora em São Paulo, nasceu com 100% de surdes no ouvido direito e 70% de surdez no esquerdo, graças a uma cirurgia aos 14 anos, recuperou a audição só do ouvido esquerdo, é apaixonado pela leitura. Quando começou a escutar iniciou o curso de violão clássico no Conservatório Beethoven, aonde se formou, fez pós em interpretação no Mozarteum, Direito na USP no Largo São Francisco, especialização em Mercado de Capitais na Pace university. Fez a faculdade de direito por que queria ser escritor, mas é muito difícil se manter como tal, só depois de mais velho é que assumiu o gosto pelo dom.

Em destaque livros do autor Tito Mellão Laraya

Meu primeiro livro português é “Tito e o Pé de sonho”, que fala sobre a crise, uma crise em proporção universal. É como se o mundo inteiro estivesse em um hospício, onde os valores do mundo à volta pouco valem, a mentira para obtermos ganhos não tem valor, aí se reescreve a vida, pois para sair deste inferno e voltar à vida tem que se falar a verdade. EMAIL PARA COMPRA: LARAYAESCRITOR@HOTMAIL.COM MODOCROMIA.EDITORA@GMAIL.COM

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“Exames” tratam da estória de um relacionamento atípico, entre um homem e uma lésbica, tudo para provar que existe mais sinceridade em um relacionamento desonesto, do que em um obrigatoriamente honesto. EMAIL PARA COMPRA: LARAYAESCRITOR@HOTMAIL.COM MODOCROMIA.EDITORA@GMAIL.COM

“A Descoberta: O não Tempo” encara o encontro com a divindade em coisas simples do quotidiano, afinal não se precisa de grandes obras para se estar em comunhão com Deus. E desta comunhão entre o criador e a criatura, chega-se a forma divina com explicação do que é a santíssima trindade. Acesse o link abaixo para compra do livro: https://www.livrarialoyola.com.br/detalhes.asp?secao=livros&CodSub=1&ProductId=506650&Menu=1 EMAIL PARA COMPRA: LARAYAESCRITOR@HOTMAIL.COM MODOCROMIA.EDITORA@GMAIL.COM

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“Um sonho dentro de um sonho”, conta a estória vivida a mais de trinta anos atrás, onde se mistura a realidade, com as impressões e a fantasia, aonde se chega à conclusão que quando o privado torna-se público, soluções diversas das pretendias acontecem. Acesse o link abaixo para compra do livro: https://www.livrarialoyola.com. br/detalhes.asp?secao=livros&CodSub=1&ProductId=506651&Menu=1 EMAIL PARA COMPRA: LARAYAESCRITOR@HOTMAIL. COM MOD O C ROM IA . E DI TOR A @ GMAIL.COM

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A BUSCA NO TEMPO PERDIDO: Uma paródia sobre a obra máxima de Mardel Proust, A busca do tempo perdido, falando sobre ela no que mais tem de revolucionário, ou seja, a contagem do tempo. Escrito de forma impressionista, utilizando paródias de contos de fadas, e outros textos para formar o conteúdo da obra. Compre o livro clicando no lik abaixo: https://www.chiadoeditora.com/ autores/tito-mellao-laraya

Grão De areia Livro que fala sobre a arte de criar, o livro é escrito a primeira parte em linguagem impressionista, misturando prosa poética com versos, e conta sobre o relacionamento de um casal, a segunda parte o livro volta a falar de um relacionamento agora escrito em prosa realista, fazendo uma obra maior em seu contexto impressionista, terminando com versos acompanhando a análise crítica da obra. Compre o livro clicando no lik abaixo: https://www.chiadoeditora.com/autores/tito-mellao-laraya


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Francisco Mellão Laraya é conhecidíssimo na melhor sociedade paulista como um causeur de erudição vasta e pitoresca. […] É preciso tomar cuidado com o adjectivo “barrocos” que aparece no título, porque não foi empregue com a referência semântica que a palavra tem no contexto musicológico. Barroco não é o estilo dos textos, é o contraponto do livro, o arranjo harmónico de textos produzidos em épocas diferentes, como aliás o próprio autor esclarece no texto intitulado «O Impasse». […] Clique no link abaixo para compra do livro: https://www.wook.pt/livro/text o s - b a r ro c o s - t it o - m e l l a o - l a raya/16419275

Uma revolução no inferno é uma recontagem do livro bíblico de Jó, onde o inferno é o estado pessoal que se encontra a humanidade, e a revolução é a forma de vencê-lo. Compre o livro clicando no link abaixo: https://www.chiadoeditora.com/ autores/tito-mellao-laraya

Eis-me novamente diante de um texto do autor Tito Mellão Laraya. Volto a me encontrar com seus sonhos, carências, dúvidas e opiniões. É sempre uma viagem sem volta pois, ao desvelar seus questionamentos, sou forçada a construir e reconstruir em continuação a imagem que tenho dele como escritor. Passeio por entre as suas palavras com em um jardim, sem um objetivo final a ser alcançado, nem proposta a ser descoberta. Colho uma impressão aqui, uma ideia original acolá, deixando-me flutuar por entre seus argumentos e me envolver pelo seu imaginário, levada pela brisa de suas palavras. Leia mais clicando no link abaixo: https://www.chiadoeditora.com/livraria/muito-barulho-por-nada

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ENTREVISTA

ESCRITORA ANDREA BRANDÃO

Despertar reflexões, e quem dera promover mudanças de hábitos, desapegos e pregar o amor, mesmo em momentos de adversidades.”

Andréa Brandão tem 46 anos, é contadora de formação e escritora de coração; é casada, mãe e ama o que faz. Andréa é grata por tudo que conquistou até hoje. Escreve com e por amor e não tem grandes ambições como escritora. É sincera e sonhadora, e acredita na magia e na força das palavras; toda grande obra começou por uma ideia que foi para o papel e transformou em algo valoroso para alguém em algum lugar.

Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Andréa Brandão, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a inspirou a escrever “Flavilu e aventura acorda, Mundo”? Andréa Brandão - Meus dois filhos, motivando a criação do nome de nossa personagem principal, Flávia e Lucas... Flavilu, aliada a uma necessidade de fazer algo diferente que talvez possa fa30

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zer a diferença; acredito que valores e princípios devem fazer parte da formação. Como ser humano, me sinto parte desse contexto, na escrita encontrei uma forma de partilhar essas crenças que julgo importantes. Nosso personagem gigante mundo é de fato o nosso mundo de hoje, creio que as pessoas precisam reagir aos acontecimentos ao redor e fazerem algo para mudar.


DIVULGA ESCRITOR um fazendo sua parte, o mundo pode mudar. A quem você indica leitura de “Flavilu e aventura acorda, Mundo”? Andréa Brandão - Aos pais, crianças, professores, jovens... Enfim, a pessoas de qualquer idade. O apelo vai para todas as pessoas que apreciam a leitura e acreditam na magia das palavras e no poder das transformações que começam dentro de nós.

Quais temas estão sendo abordados por meio do enredo que compõe esta obra literária? Andréa Brandão - Sustentabilidade, poluição, desperdício, despertando para sentimentos nobres como cooperação, resiliência, valores familiares, tolerância às diferenças, respeito, amor e fé. Qual a mensagem que você deseja transmitir ao leitor por meio da trama?

Andréa Brandão - Despertar reflexões, e quem dera promover mudanças de hábitos, desapegos e pregar o amor, mesmo em momentos de adversidades. O que mais a encanta nesta obra literária? Andréa Brandão - O enredo, os personagens que interagem de forma colaborativa e conseguem reverter o cenário caótico instalado; de fato acredito nessa verdade: cada

Além de seu livro, voltado para o público infanto-juvenil, você tem um romance baseado em fatos reais “Retalhos de uma vida”. Apresente-nos esta obra. Andréa Brandão - Este livro foi uma coletânea de fatos vivenciados por mim e minha família. De alguma forma marcou minha vida, foi uma homenagem primeiramente para minha mãe, Zaira, uma guerreira vencedora que criou cinco filhos, com pouco estudo. Mas dotada de sabedoria tamanha, imprimiu em nossa educação valores como honestidade, humildade, fé, senso de justiça e outros que com exemplo educou. No livro registro um legado de gerações que com o passar do tempo acaba ficando somente nas memórias, se perdendo. Assim encontrei uma forma de eternizar esses momentos nesta obra. Em sua 2ª edição, em 2017, adicionei mais alguns capítulos de bônus, atualizando alguns fatos marcantes de minha vida mais recentes. Quais os principais desafios para escrita de “Retalhos de uma vida”? Andréa Brandão - Acredito que foi encontrar uma forma de não ofender nem magoar ninguém, contando a “minha verdade”, minha percepção dos fatos. Como preservei os nomes verdadeiros, busquei ter

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esse cuidado, mas não sei se consegui o tempo todo. Se não, aproveito para pedir desculpas publicamente. Além das duas obras apresentadas anteriormente, você também escreveu um livro técnico: “ERP Sistema de gestão, problema ou solução”. O que a motivou escrevê-lo? Andréa Brandão - Minha formação é Ciências Contábeis, trabalhei em várias empresas de segmentos e portes diferentes. Na minha área de atuação todos os processos são automatizados de forma integrada por softwares, já tive oportunidade de trabalhar em projetos de informatização e revitalização, e percebi que os principais problemas se repetiam, e as causas também. Assim, com base em estudos e experiências, busquei traduzir em uma linguagem simples e objetiva jamais vista em livros técnicos na área de tecnologia, mapeando formas de evitar problemas, sugerindo dicas 32

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e ações preventivas; compilei informações usando minha experiência de consultora especialista, objetivando agregar valor para quem se interessar pelo tema. Onde podemos comprar seus livros? Andréa Brandão - Hoje, os três estão disponíveis em e-book na Amazon; tenho alguns exemplares impressos disponíveis à venda diretamente comigo, mantenho meu contato sempre atualizado para meus leitores nas redes sociais e blogs.https://www.amazon.com.br/ Quais os seus principais objetivos como escritora? Andréa Brandão - Descobrir qual a categoria de obra meus leitores aprovarão; podem escolher o estilo e continuarem lendo, pois vou continuar escrevendo. Costumo brincar, dizendo que escrever é fácil, difícil é encontrar quem esteja

disposto a ler um escritor que não é famoso (rs). Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Andréa Brandão. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Andréa Brandão - Experimente o novo, pode ter sabor de quero mais; assim, sugiro começarem a ler um livro meu hoje; talvez dois, quem dera os três... Quem sabe essa seja a porta para o sucesso! Sonhar sempre!!! Obrigada e um abraço fraterno.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Rosa Maria Santos

Dezoito horas. Noite cerrada, Jomy regressava a casa depois de uma longa caminhada. À sua espera, apenas o seu Tareco, o seu gatito, que aguardava ansioso a sua chegada. O vento fustigava o seu blusão encharcado pela chuva que escorria copiosa sobre os longos cabelos louros, encharcados agora pelas agruras do tempo. Caminhava apressada, a escuridão era quase total. Finalmente, o regresso ao lar. O céu, um tenebroso manto negro, triste e apagado, sem estrelas. Raras as pessoas na rua. O trepidar dos carros que passavam e jorravam água, encharcando impiedosamente o seu corpo frágil. A noite assustava-a. Aqui e ali parecia ouvir passos de alguém a persegui-la. Apesar da hora de ponta, do apinhado de pessoas que se acercavam da paragem do autocarro para regresso ao lar, jovens, adultos, velhos, aquele ambiente assustava-a… e sentia-se só. Fim de tarde interminável. A velha torre contava pausadamente o tempo. Dezoito horas e quinze minutos. Jomy aconchegou-se com a gola do blusão. Tremia de frio. Ei-la, a Igreja, bela, altiva, como sempre. Pensou: Antes estava sempre aberta. Os crentes entravam, rezavam e gozavam o silêncio e a paz que ela lhe oferecia. Agora…, fechada a sete chaves…, sempre! Não vá o diabo tecê-las… Virou a esquina… Ao longe, a sua casa, lar, doce lar… Cruzou-se com um desconhecido. Viu-o olhando de soslaio. Olhar escuro e penetrante, um arrepio percorreu todo o seu corpo, dos pés à ponta do mais longo cabelo. – Ufff… - murmurou – olhar mais frio!... E sem querer soltou um sorriso interior que lhe confortou a alma. Apressou-se… Logo chegou e abriu num ápice a carteira… Que alívio! Enfim, salva da chuva, do vento, desse temporal sombrio que a acometera. Subiu as escadas, por fim, no seu terceiro andar, rodou a chave. Tareco lá estava à sua espera: - Miaaauuuuuu… - Tarecooo, meu pequeno lindo, vem cá à mãe! Um a um abriu os compartimentos do pequeno apartamento. Silêncio absoluto. Chegou ao quarto ei-lo, o seu amado, sobre a cama à sua espera… Uaaauuuuu! Surprise! Pensava que voltavas apenas daqui a alguns dias. Que bommmmm! Hoje senti um medo tremendo… Sabes como receio caminhar sozinha quando se faz noite. Hoje, o olhar daquele homem... Irra, que medo! Vou-te contar… Pronto… já passou… Abraça-me, amor, deixa-me flutuar nos teus braços. Diz-me com carinho: - Amo-te!

Fazes-me falta, amor!

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ENTREVISTA

ESCRITORA ANDRÉIA CAMARGO

Naquele momento começou a nascer dentro de mim este livro – “Operação Babilônia”. Com 420 páginas de muita ação, daria um excelente roteiro de filme, esse seria meu grande sonho.”

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Andreia Camargo, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que mais a encanta na arte de escrever? Andreia Camargo - O prazer é todo meu em participar de uma revista prestigiosa que exalta e divulga o trabalho do escritor. Agradeço o convite e fico honrada. Além de escritora, sou compositora, atriz e escrevi algumas peças teatrais; no passado já fiz teatro participando de algumas peças. O que mais me encanta ao escrever? É difícil responder a essa

Natural do Rio de Janeiro, Andreia Camargo começou a escrever aos catorze anos e não parou mais. Casada com italiano, Andreia vive na Itália há mais de vinte anos. Com dezenas de livros publicados abordando diferentes temáticas e segmentos, tornou-se uma escritora eclética, escrevendo desde religião afro-brasileira, ficção, policial, infantil, romances, poemas e poesias etc. Boa leitura!

pergunta, porque sou uma escritora eclética, escrevo desde livros infantis a livros para adultos, poemas, poesias, reflexões, ficção, romances, gênero policial etc. Muitas vezes escrevo três livros em contemporânea, e há momentos que acontece de estar na fase do bloco do escritor; muitas vezes esse bloco pode durar meses e se eu estiver com sorte dura dias. No momento estava escrevendo três livros: um livro infantil, o segundo livro da “Operação Babilônia”, ambos terminados e em fase de revisão pela excelente profissional Rosani Hoelz; e por último estou escrevendo um romance baseado no ano de 1726, envolvendo a escravidão dos negros no Brasil e a burguesia. Ainda não terminei.

O que a inspirou a escrever “Operação Babilônia – Os Arcontes”? Andreia Camargo - Sempre fui fã dos filmes de espionagem e estava faltando esse gênero na minha biblioteca como autora. Até que um belo dia estava sentada num restaurante, e da janela do local, presenciei algumas cenas dignas de um filme. Naquele momento começou a nascer dentro de mim este livro – “Operação Babilônia”. Com 420 páginas de muita ação, daria um excelente roteiro de filme, esse seria meu grande sonho. Quem são os Arcontes? Andreia Camargo - Os Arcontes é o governo que governa nas sombras de cada instituição; eles estão invisíwww.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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DIVULGA ESCRITOR veis, para não chamar atenção, iluminados por assim se definir e têm uma única pretensão: ade governar o planeta como uma única nação. Apresente-nos a obra. Andreia Camargo - Uma agente secreta habilíssima tenta salvar a França contra a tentativa de um ataque nuclear por intermédio de um louco general asiático que quer se vingar dos franceses pela morte de seus familiares, esposa e dois filhos, que foram vítimas de um atentado terrorista na Argélia, em frente à embaixada francesa, naquele país. Segundo o general Moon Li, o atentado dos terroristas foi um protesto contra o governo francês, e assim ele os vê como responsáveis pela sua perda, jurando destruí-los de qualquer jeito. O seu intento é jogar uma bomba nuclear em Paris. Dessa forma, nasce o projeto para salvar a cidade francesa, com o nome mais eficaz do momento: “Operação Babilônia”. “Operação Babilônia” está dividido em quantos livros? Andreia Camargo - Em dois livros, o segundo, em fase de revisão, já está pronto com 500 páginas de pura ação. Apresente-nos “Operação Babilônia II – O Armagedom”. Andreia Camargo - A agente secreta Babilônia está às voltas com uma grande organização criminosa que quer patrocinar a destruição dos governos da Terra com uma bomba potente transportando apenas os criminosos para o planeta Marte. Após a destruição, os criminosos retornariam ao planeta para dividir o comando da Terra. No comando dessa organização criminosa está o maior criminoso de armas de origem balcânica,Dragan, que ordena vários ataques terroristas às sete maravilhas do mundo moderno. Tudo terá uma grande viravolta 36

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quando a agente Babilônia descobre a verdadeira intenção dos criminosos – o Armagedom. Qual a previsão para lançamento? Andreia Camargo - Penso que em janeiro o livro estará pronto; minha revisora Rosani Hoelz é uma excelente profissional e a pessoa que confio a revisão demeus livros e indico para os escritores que precisem deste serviço. Onde podemos comprar o seu livro? Andreia Camargo - Basta escrever escritora Andreia Camargo, no Google, e todos os meus trabalhos aparecem. À venda em toda a Europa no Amazon, Bookess etc. No Brasil,pelo link direto: https://www. amazon.com.br/Operacao-Babilonia-Arcontes-Andreia-Camargo/ dp/1978442602/ref=tmm_pap_swatch_0?_encoding=UTF8&qid=&sr= Além de “Operação Babilônia”, você tem outros livros publicados. Quais os títulos? Andreia Camargo - Tenho dezenas de títulos publicados, e se não falhar a memória, deixarei alguns escritos aqui: O mundo encantado de Lili (em revisão)

Operação Babilônia II – O Armagedom (em revisão) Operação Babilônia I – Os Arcontes Para onde me leva o rio (humorismo) Hipnose Coletiva Murmúrios da vida Murmúrios da alma Os sobreviventes A Quinta Dimensão Além do Sol Minha primeira cartilha O Vampiro da cidade Vocabulário Fongbe –em português O Livro dos Deuses Vodum Candomblé: pergunta que eu respondo Os oduns e seus mistérios Poderosas e Milagrosas Orações Os ebós secretos dos voduns Culinária: errando se aprende

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Andreia Camargo. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Andreia Camargo - Não deixe de alimentar a sua mente lendo livros, eles são os melhores alimentos que enriquecem a alma. Gratidão a todos que vêm adquirindo e prestigiando o meu trabalho. Contatos da autora: Meus livros poderão ser encontrados no Amazon, Bookess e em várias livrarias; basta escrever no Google, escritora Andreia Camargo, e vários links se apresentam. Meu site pessoal: www.andreiacamargo.com Minha página do Facebook: https://www.facebook. c om / A n d re i a C am m ar g o / ? re f=bookmarks Meu Instagram: @ andreiadecamargo Meu Twitter: @ camargoandreia _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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SOLAR DE POETAS Por José Sepúlveda

O Som da Noite

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E

ra ainda criança. Nas noites soalheiras do estio, a miude, reuníamo-nos à porta daquela casario baixo de granito para arejar a alma e ouvir o som da noite. O bairro, confinado pela berma da estrada, era formado pela grande casa de primeiro andar do Sampaio, o Batata (chamavam lhe assim pelo feito do seu arredondado nariz, que em tudo se assemelhava a esse tubérculo). Seguia-se uma longa fila de pequenos espaços, quais casas de bonecas, uns usados como habitações, outros com utilizações diversas:O talho do Manel porqueiro. A barbearia (e habitação) do Pedreira, a alfaiataria do Armando, a casa da Mena, a casa da Geninha (a minha casa). Seguiam-se um par de espaços usados para fins diversos, pequenos armazéns de terra batida, aonde dia e noite vagueavam ratazanas e outros roedores em perfeita liberdade. Ao centro, a carpintaria do David, filho mais velho do patriarca, cuja profissão de carpinteiro seguira nas pisadas do velho Sampaio. A culminar este rol de construções, ficava a sua própria casa, igualmente de primeiro andar, de conceção muito modesta. Foi nela que criou um longo rol de filhos que nas agruras da vida que no correr do tempo iam sendo lançados nos áridos caminhos da emigração,

onde aprenderam a ser homens e vingaram na vida. Era envolta neste ambiente que a miudagem, no calor da noite, se divertia, ora a perseguir morcegos que esvoaçavam sobre as suas cabeças, aos quais lançavam mãos cheias de areia para que estes, de asas perfuradas, caíssem no chão (puros desvarios de criança), ora correndo desenfreada no silêncio da noite para a bouça ali ao lado, para contemplar os pirilampos que, ao bater com as frágeis asas brilhantes produziam sons que logo transformavam o espaço numa longa sinfonia, a que se juntava o ruido dos ralos e do rastejar dos repteis e pequenos animais que por ali proliferavam. Era a escola da vida, momentos de magia e descoberta. A bouça estava confinada de um lado pelo caminho de terra batida que levava ao rio e dos outros pela Quinta do Covo, a antiga Fábrica de Fiação e Tecidos e, na parte superior, pela estrada que atravessava a Portela em direção a Riba d’Ave. Ali desenvolvíamos a nossa ânsia da descoberta e desbravávamos o mundo ao redor. O tempo passou. O casario deu lugar a um edifício de três andares, a bouça deu lugar ao campo da bola, a grande Fábrica, ora, motor do progresso da freguesia, está agora em ruinas, albergando pequenas atividades, E a magia das noites soalheiras de verão, o som da noi-

te, deu lugar ao circular constante de viaturas, a tempos de azáfama, onde as pessoas se cruzam e mal se cumprimentam. Quando ali volto, recordo com saudade o som da noite, hoje metamorfoseados em noites de poetas onde, à media luz, os novos pirilampos brilham e batem as asas, tentando dar luz às noites de vigília e poesia, aonde transparece ainda o voo de morcegos, logo derrubados por mãos cheias de areia, que lhes perfuram as asas e os fazem soçobrar. De novo o ruído assustador do rastejar de lagartos, cobras e coriscos que nos assustam e perturbam, sob o brilho fútil de holofotes que ofuscam o nosso olhar cheio de sonhos e impede o luar de penetrar e refrescar a nossa mente cheia de quimeras e de sonhos. Ontem como hoje, o som da noite percorre o nosso imaginário e impele-nos a caminhar e a prosseguir confiantes o percurso incertoda nossa peregrinação. Vêm-me à memória as palavras do poeta Manuel Freire: Não há Machado que corte/ a raiz ao pensamento/Não há morte para o vento/ Não há morte! Sob o papel amarelecido e amarrotado do meu peito em convulsão, ouvindo o som da noite, no bico desta pena se desbrava o som e a magia da palavra. Viva a Poesia!

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ENTREVISTA

ESCRITOR DOMINGOS HONORATO

Que cada leitor se esforce ao máximo para que, no tripé da vida humana, possa alcançar a vida espiritual. O tripé é: fé, amor e esperança. Fé em nosso Senhor Jesus; amor para com os seres humanos; e esperança de um dia poder estar com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.”

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Nascido em 11 de julho 1960 em Santa Maria do Suaçuí (MG), Domingos Honorato é escritor e professor de cursos técnicos. Mudou-se para São Paulo aos 13 anos. Era católico praticante, mas não conhecia a Sagrada Escritura. Aos 23 anos Honorato começou a ler a Bíblia e livros evangélicos, nos quais afirma ter descoberto esta grande mentira que diz que todo mundo é filho de Deus.

Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Domingos Honorato, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Apresente-nos o seu livro “Ei você aí! É um Filho de Deus ou uma Criatura de Deus”? Domingos Honorato - Ao descobrir esta mentira que diz que todo mundo é filho de Deus, passei a falar para todos os meus conhecidos. Foi aí que um colega, antes de morrer, me disse: “Domingos, eu não quero morrer como uma criatura;

o que devo fazer para me tornar um filho de Deus?” Então falei para ele que em Romanos 10:13 diz que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, e invocamos: “oh! Senhor Jesus, amém” por três vezes, e logo ele me disse: “Irmão Domingos, escreve estas palavras em um livro para ajudar as pessoas para que não fiquem enganadas”. Logo depois ele morreu, assim comecei a escrever! Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio do enredo que compõe a obra?


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Domingos Honorato - Para que todo aquele que ler o livro possa reconhecer que foi criado por Deus, e precisa voltar a Deus como filho, aceitando o Senhor Jesus como irmão, e não perca a oportunidade de se tornar um filho de Deus.

Cuidando do corpo, da alma e do espírito

Quais os principais desafios para a escrita de “Ei você aí! É um Filho de Deus ou uma Criatura de Deus”? Domingos Honorato - Foi entender a vontade de Deus, em 1 Timóteo 2:4, que diz que Deus deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

Onde podemos comprar seu livro? Domingos Honorato - Por meio do meu site: www.domingoshonorato.tk

Apresente-nos alguns tópicos do sumário, apresentados no livro. Domingos Honorato Três tipos de identidade; Três tipos de seres humanos; O poder da transferência; A humanidade sábia; Os três tipos de amor; O que você mais ama na terra; A ordem de Deus para os filhos que vivem na terra;

A quem indica a leitura? Domingos Honorato - À criatura humana e aos filhos de Deus que vivem no planeta terra!

Quais os seus principais objetivos? Você pensa em publicar novos livros? Domingos Honorato – Tenho 12 obras prontas, como “A cura da humanidade”, “A maldição dos vícios”, “Os significados das palavras bom dia, boa tarde e boa noite”, “Quantos tipos de ser humano vivem no planeta terra”, “A Teoria do Big Bang – verdade ou mentira?” e “Os cinco modelos de família: três aprovados por Deus e dois reprovados por Deus”. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-

nhecer melhor o escritor Domingos Honorato. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Domingos Honorato - Que cada leitor se esforce ao máximo para que, no tripé da vida humana, possa alcançar a vida espiritual. O tripé é: fé, amor e esperança. Fé em nosso Senhor Jesus; amor para com os seres humanos; e esperança de um dia poder estar com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Que o leitor possa se tornar um filho hoje. Falar para os seus familiares e conhecidos para ler este livro e a Bíblia, invocar o Senhor Jesus. Amém! E não viver invocado. Mas viver invocando todo o tempo de sua vida humana!

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POETA POVEIROS Por Arnaldo Santos

SIGLAS POVEIRAS:

A misteriosa herança dos Vikings na Póvoa de Varzim

A

s siglas poveiras ou marcas poveiras são uma forma de “proto-escrita primitiva”, tratando-se de um sistema de comunicação visual simples usado na Póvoa de Varzim durante séculos, em especial nas classes piscatórias. Para se escrever usava-se uma navalha e eram escritas sobre madeira, mas também poderiam ser pintadas, por exemplo, em barcos ou em barracos de praia. Siglas Poveiras: No passado, era também usado para recordar coisas; eram conhecidas como a «escrita» poveira, mas não formavam um alfabeto, funcionando tal como os hieróglifos; usada porque muitos pescadores eram desconhecedores do alfabeto latino, e assim as runas adquiriram bastante utilidade. Por exemplo, era usadas pelos vendedores no seu livro de conta fiada, sendo lidas e reconhecidas como reconhecemos um nome escrito em alfabeto latino. Os valores em dinheiro eram simbolizados por rodelas e riscos designando vinténs e tostões, respectivamente; e desenhados depois da marca de um dado indivíduo.

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História As siglas terão entrado em uso na Póvoa de Varzim devido à colonização viking entre os séculos IX e X e permanecido na comunidade devido à prática da endogamia e protecção cultural por parte da população. Os vikings (por vezes usa-se a forma aportuguesada viquingues ou ainda varegues) eram guerreiros-marinheiros da Escandinávia que entre o final do século VIII e o século XI pilharam, invadiram e colonizaram as costas da Escandinávia, Europa e ilhas Britânicas. Embora sejam conhecidos principalmente como um povo de terror e destruição, eles também fundaram

povoados e fizeram comércio pacificamente. As marcas poveiras eram usadas como brasão ou assinatura familiar para assinar os seus pertences – também existiram na Escandinávia, onde eram chamados de “bomärken”. As siglas foram estudadas, pela primeira vez, por António dos Santos Graça no seu livro «Epopeia dos Humildes». Editado em 1952, o livro contém centenas de siglas e a história e tragédia marítima poveiras. Outras das suas obras são “O Poveiro” (1932), “A Crença do Poveiro nas Almas Penadas” (1933) e “Inscrições Tumulares por Siglas” (1942). Herança da marca As siglas são brasões de famílias hereditários, transmitidos por herança de pais para filhos, têm simbolismo e só os herdeiros podem usar. As siglas eram passadas do pai para o filho mais novo, aos outros filhos eram dadas a mesma sigla mas com traços, chamados de «pique». Assim, o filho mais velho tem


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um pique, o segundo dois, e por aí em diante, até ao filho mais novo que não teria nenhum pique, herdando assim o mesmo símbolo que o seu pai. Na tradição poveira, que ainda perdura, o herdeiro da família é o filho mais novo tal como na antiga Bretanha e Dinamarca. O filho mais novo é o herdeiro dado que é esperado que tome conta dos seus pais quando estes se tornassem idosos. Siglas e religião: Locais úteis para o estudo das siglas são os templos religiosos localizados não só na cidade e no seu concelho, mas também por todo o noroeste peninsular, em especial no Minho (em Portugal), mas também na Galiza (Espanha). Os Poveiros, ao longo de gerações, costumavam gravar nas portas das capelas perto de areais ou montes a sua marca como documento de passagem, como se pode verificar na Nossa Senhora da Bonança, em Esposende, e Santa Trega (Santa Tecla) no monte junto a La Guardia, Espanha. A marca serviria para como que os poveiros que mais tarde a vissem, que passou por ali ou para trazer boa ventura a si mesmos pelo santo que fora venerar. Em 23 de Setembro de 1991 é inaugurada nas festividades de Santa Trega, uma escultura em

honra às siglas poveiras que recorda a antiga porta coberta de siglas da capela de Santa Trega, por forma a perdurar o que tinha sido perdido. Com a inauguração veio da Póvoa de Varzim uma expedição a bordo da lancha poveira “Fé em Deus”, cujos pescadores subiram ao Trega e oraram na ermida dedicada à padroeira do Monte. Os montes perto da costa, por serem visíveis do mar, têm importância na religiosidade dos poveiros. Outrora, os pescadores iam ao monte rezar à santa num ritual com cantigas por forma a mudar os ventos para que pudessem regressar a casa. Os templos de Senhora da Abadia e São Bento da Porta Aberta, em Terras de Bouro, São Torcato, em Guimarães e Senhora da Guia, em Vila do Conde tem todos também a marca de siglas poveiras durante a sua história. No concelho, estas siglas podem ainda ser encontradas em especial na Igreja Matriz (desde 1757), mas também na Igreja da Lapa na cidade e na Capela de Santa Cruz em Balasar. A mesa da sacristia da antiga Igreja da Misericórdia que serviu de Matriz até 1757 guardava em si milhares de siglas que serviriam para um estudo mais pormenorizado, mas foi destruída quando a igreja

foi demolida. Os poveiros escreviam a sua sigla na mesa da igreja matriz quando se casavam como forma a registar o evento. Marcas de peixe: O peixe apanhado na rede pertencia ao seu proprietário, quer seja lanchão ou sardinheiro; os peixes eram assim marcados com sigla e entregues às mulheres dos donos da rede. As marcas de peixe são golpes feitos em forma de sigla no peixe em diferentes pontos. A tripulação de cada barco tinha também uma sigla que era usada por todos os tripulantes, caso estes mudassem de barco passariam a usar a sigla desse barco. Uso actual de siglas: Apesar de já não ter o uso de outrora, alguns banheiros ainda colocam a sua marca familiar nos barracões, acontecendo o mesmo dentro do núcleo familiar com os pertences em algumas famílias típicas. A Casa dos Pescadores da Póvoa de Varzim ainda aceita as siglas como formas correctas de assinatura. No entanto, não existe contudo uma política de salvaguarda por parte do município. Pelo contrário, com a recente reestruturação dos barracões, muitas das siglas dos concessionários desapareceram das praias.

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ENTREVISTA

ESCRITORA EDIELANE LACERDA DA CRUZ

Saber que esta obra pode funcionar como uma máquina do tempo e nos levar para muitos lugares, ou como um espaço cênico onde podemos ser o que o nosso imaginário conceber.”

Edielane Lacerda da Cruz nasceu em Ponta Grossa (PR) em 26 de julho de 1964. Dedica-se ao magistério e às artes há mais de trinta anos e é contadora de histórias e autora de muitos projetos pedagógicos para o Ensino Fundamental. Psicopedagoga e professora atuante nos mais diversos níveis de educação, é formadora de professores, palestrante, animadora de oficinas pedagógicas, bibliotecária, arte-educadora, regente de coral, teóloga e escritora desde os 7 anos de idade. Ganhou muitos prêmios durante sua carreira, entre o quais se destacam: poesia “O conflidético” (conflito do aidético), pelo Sesc/Ponta Grossa, e “Os encantos de Itália”, no I Concurso Nacional de Poesias do Centro di Cultura Italiana (PR). Participou da Academia Pontagrossense de Letras e Artes (APLA), tendo sido responsável pelo Departamento de Teatro sob a presidência da poeta Sônia Ditzel Martello, em Ponta Grossa. Continua atuando como professora na Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. Boa leitura!

Viajando no tempo com A Filha do Poeta Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Edielane Lacerda, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escri-

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tor. Conte-nos, o que mais a atrai nos textos poéticos? Edielane Lacerda - Levando em consideração a forma como escrevo, o que me deixa embevecida em textos poéticos é a possibilidade do

encantamento com o belo, de sentir as palavras dançando como notas musicais em um piano ou voando como uma águia ou anjo para todos os lugares, de criar novas palavras para atender ao apelo poético, de


DIVULGA ESCRITOR recriar significados para palavras que já existem e, principalmente, o vínculo afetivo que dos poemas pode nascer entre autor e leitor. Quais critérios foram utilizados para a seleção dos textos publicados em seu livro “A Filha do Poeta”? Edielane Lacerda –a)Na verdade, a busca do conhecimento sobre o que se escolhe escrever é importante; portanto, é um dos critérios; b) mas a inspiração é que faz do poema uma poesia, assim seguir a intuição é outro critério; c)apresentar textos poéticos de forma singela e delicada, falar do que agride sem agredir, do que fere sem ferir, de sexo sem vulgaridade, considero um elemento primordial; d) escrever todo e qualquer conteúdo sem invadir a ideologia do outro, revela respeito; e) a busca pela empatia com a finalidade de se colocar no lugar da personagem e realmente expressar um sentimento verdadeiro para que a catarse aconteça com o leitor. Então terei certeza de que estarei em cada texto conversando com quem me lê. Apresente-nos a obra. Edielane Lacerda - A obra “A Filha do Poeta” nasceu da essência de sentimentos experimentados e recriados em personagens de cada poema. Não é uma obra autobiográfica, mas contém, com certeza, minhas impressões de mundo. Comparando-a com algumas obras recentes, pode parecer antiquada ou retrógrada, romantizada e até utópica. Se os textos não estivessem na estrutura de poemas, poder-se-ia dizer que são contos de fadas. Mas, sabem, eu acredito em tudo que transcende este universo e que parece impossível a olhos humanos. E se não fosse assim, talvez não escrevesse poemas, contos e outros textos. Esta obra é também conse-

tâncias que envolvem as pessoas em todos os lugares, compartilhar recados, mensagens e reflexões com o outro, adquirir capital para publicar outras obras e doar um pouco de mim àqueles que fazem missões em muitos lugares, precisamente 50% das vendas para medicamentos, livros, alimentos, roupas etc.

quência de minha educação e história de vida, pois meu pai era poeta e compositor, amante dos livros e de seu violão. Eu sou amante dos livros; as palavras são meus amores, que procuro transformar em um bordado alegre e belo para enfeitar as prateleiras vazias dos corações num tempo de tanta tecnologia de ponta. Creio que tudo um dia acaba, mas que os livros permanecerão gravados para sempre em nosso ser, como um abraço querido. Este livro, em especial, foi escrito também para que jovens e adultos que estão se alfabetizando possam lê-lo. Muitos textos foram escritos em letra maiúscula e baseados em experiências verdadeiras, como os sonhos e cochichos de muitas amizades que venho colhendo em meu caminho. Espero realmente que ele encontre um lugar em sua alma e possa descansar em sua mente e acalentar seu coração. Qual o principal objetivo a ser alcançado com a publicação do livro? Edielane Lacerda - Dar continuidade aos poemas que eram escritos por meu pai, expressar as circuns-

Apresente-nos um dos textos publicados na obra: É Poesia Em tempos de palavras degradantes e ofensivas. Diante dos olhos saltaram signos linguísticos discrepantes. A retina brilhou e a íris deu risada. Os lábios desenharam músicas, e batidas do coração pularam com palavras puras, inebriantes: gosto de quem tem alma de criança! Dançaram celestiais letrinhas entre tantas outras danosas. Comoveram a alma de emoção e doaram gentil, delicada esperança. O que mais a encanta em “A Filha do Poeta”? Edielane Lacerda - Saber que esta obra pode funcionar como uma máquina do tempo e nos levar para muitos lugares, ou como um espaço cênico onde podemos ser o que o nosso imaginário conceber. Como proceder para comprar o livro? Edielane Lacerda - Para concluir as compras no site, a indicação da editora é que os compradores entrem em contato, diretamente por e-mail, onde a compra pode ser realizada por meio de depósito bancário.O leitor poderá retirar o livro comigo, quando chegar, mas a compra tem que ser feita na editora, este é o procedimento em relação às pessoas de minha cidade. e-mail: contato@gramma.com.br - Para outros leitores interessados: Entrem no

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DIVULGA ESCRITOR site da editora http://www.gramma. com.br/, e lá terão todas as informações que precisarem. O que a escrita representa para você? Edielane Lacerda - A palavra falada ou escrita tem o poder de afetar e influenciar pessoas. Palavras podem dar vida ou levar à morte, abençoar ou amaldiçoar, fazer sorrir ou chorar. A escrita é um universo sem fronteiras, é uma composição musical traçada em linhas, às vezes, dissonantes, mas sempre harmoniosas que levam as pessoas a dançarem ritmos esfuziantes ou fúnebres; a escrita retrata a história do mundo, do país, da sociedade ou grupo. Soube que já temos livro novo no prelo. Apresente-nos os seus próximos projetos literários. Edielane Lacerda - Bem, os próximos livros são: DUDA E EDU E AS ESTAÇÕES- composto de quatro títulos, para crianças, baseados em conteúdos curriculares, com os textos escritos em letra maiúscula

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(caixa alta),e com belíssimas ilustrações, para facilitar o processo de alfabetização. DUDA E EDU NO VERÃO DUDA E EDU NO OUTONO DUDA E EDU NO INVERNO DUDA E EDU NA PRIMAVERA Obs.: como sou bibliotecária em escolas, também sei quais conteúdos não existem escritos em livros infantis; assim vou anotando temas que não encontro para comprar e surgem os livros infantis. A outra obra chama-se “O Aroma das Palavras”, é um livro composto de contos, crônicas, poesias, pensamentos e reflexões. Estes já estão sendo encaminhados; porém, tenho uma coleção de livros de autoajuda, pedagógicos, de entretenimento, haikais, orações, meditações... que serão publicados conforme o capital entrar, das próprias vendas. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Edielane Lacerda. Agradecemos sua

participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Edielane Lacerda - Bem, vamos improvisar um poema: Pode o mundo girar e A tecnologia avançar, O livro sempre vai estar No bidê ou na sala de estar. Dizem que vão deixar de existir Os livros, porém, vão resistir. Suas palavras terão sempre poder. O “livro” nunca vai morrer, Ele não é um objeto frio Ou um mundo vazio. É como um abraço, um carinho, Daquele que se encontra sozinho. Um beijo no rosto de uma criança, Palavras que nos trazem esperança. (Rs), esta é inédita, para esta entrevista. Obrigada!

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ENTREVISTA

ESCRITOR EVANDRO FERREIRA

Muitos têm tomado consciência, pois tenho organizado, quando posso, rodas de conversa, pedido relatos, ouvido o que eles apresentam e se queixam, e prestado mais atenção em todos. Eles sabem disso!”

Evandro Ferreira Rodrigues, nascido em 12/06/1979 em São Gonçalo (RJ), atualmente reside em Caucaia (CE). Licenciado em Matemática, está cursando Pedagogia e é Pós-Graduado em Matemática Financeira e Estatística e em Gestão Escolar. Evandro atua como professor, sempre trabalhando poesia e leitura na escola. Publicou os livros “Momentos Apaixonados Escritos em Poesia”, “Amar com Poesia” e “Bullying, estou fora!” (infantojuvenil). Ministra palestras sobre o tema “bullying, prevenção e intervenção!”, em escolas, faculdades, igrejas etc. Participa do “Abraço Literário”, promovido pelo Sesc de Fortaleza e faz parte da ALMECE (Associação dos Escritores dos Municípios do Ceará). Tem cinco poemas na antologia “Vozes Escritas” e ficou entre os 3 primeiros no IV Prêmio Radiotelegrafista Amaro Pereira, de crônicas, organizado no Rio de Janeiro. Também está na antologia “Mil almas, mil obras”.Lançou esse livro na XI Bienal Internacional em Fortaleza e X Feira do Livro da UEFS (BA) e Programa Literatura, no BNB (2015 e 2017). Tem três anos de carreira literária e atualmente está terminando dois livros infantis para 2018. Boa leitura!

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DIVULGA ESCRITOR Trabalho realizado sobre bullying serve de referência para outros educadores Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Evandro Ferreira, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o motivou a escrever sobre bullying? Evandro Ferreira - Pelo fato de trabalhar em escolas e observar o comportamento da maioria dos adolescentes me incomodou ver certas atitudes e não poder fazer nada. Escrevi o livro pensando justamente em chegar até eles para conversar, ministrar palestras e conscientizá-los daquilo que nem eles sabiam, isto é, que o bullying é sério e considerado crime. Dessa forma, podemos conscientizar os pais sobre o comportamento dos filhos e também dos cuidados a serem tomados. Assim, toda comunidade escolar poderá ser envolvida no processo de diminuição e erradicação do bullying. Apresente-nos seu livro “Bullying, estou fora”. Evandro Ferreira - Um livro com uma linguagem leve e clara, com algumas ilustrações, por meio das quais a criança que já sabe ler poderá entender e criar o hábito pela leitura e o respeito pelo próximo. O livro conta uma história baseada em muitas situações reais, e pode ser lido por pessoas de qualquer faixa etária. O legal tem sido o feed das crianças e mães, no que diz respeito à personagem principal – Josefina. Todos sofrem com ela, mas no fim vem a grande lição. A quem você indica a leitura desta obra literária?

Evandro Ferreira - Todas as pessoas, especialmente crianças e responsáveis. Sem esquecer que pode ser bem trabalhado nas escolas e na igreja, por que não?! Tenho tido experiências fantásticas de crianças que começam a tomar gosto pela leitura, pois são envolvidas pela história e ilustrações do livro. Elas já contam para seus pais e outros, toda a história, ou seja, a leitura é de fácil entendimento. Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio da leitura de “Bullying, estou fora”? Evandro Ferreira - A atenção para essa praga que se alastra na sociedade, independentemente de faixa etária e classe social. Creio que à época da infância e adolescência de muitos de nós podia-se brincar e tirar “sarro” dos colegas, mas vejo nos dias atuais crianças e adolescentes se matando por banalidades. O objetivo é conscientizar, alertar, prevenir e saber como e quando intervir na situação. Como têm sido as experiências com o livro em sala de aula? Evandro Ferreira - Maravilhosas. Percebo que alunos do Ensino Fundamental II não sabem o que é, mas praticam. Muitos têm tomado consciência, pois tenho organizado, quando posso, rodas de conversa, pedido relatos, ouvido o que eles apresentam e se queixam, e prestado mais atenção em todos. Eles sabem disso! Mas precisamos de ajuda de todos os professores, da gestão escolar e dos adultos que estão por perto. Os meios de comunicação têm sido muito mal utilizados

pela maioria. Então o cyberbullying também aparece. É preciso que os responsáveis acompanhem seus filhos e dialoguem sempre, pois quem sofre tem medo de falar e sofre ameaças. É um trabalho de formiguinha, mas é prazeroso quando gostamos e vemos os resultados positivos. Além do livro sobre bullying, você tem outros livros publicados. Apresente-nos estes livros. Evandro Ferreira - O livro “Momentos Apaixonados Escritos em Poesia” é meu primeiro trabalho. Lancei-o em 2014, e mesmo sem muitos acreditarem, as portas foram se abrindo por meio de igrejas católicas, centros culturais, recitais, roda de leitura e amigos mais próximos. O segundo livro, Amar com Poesia, veio completar o primeiro, pois ambos falam de amor. Ouvindo as poesias que a maioria do público, que é feminino, dizia ter gostado, investi mais nesse segmento e apostei em poesias e prosas amorosas e reflexivas, que falam dos 3 tipos de amor: Ágape, Eros e Filia. Os casais, namorados, solteiros e pessoas que amam a poesia têm gostado bastante. Eu fico feliz! Onde podemos comprar seus livros? Evandro Ferreira - Como as livrarias infelizmente cobram um percentual muito alto, podem ser comprados diretamente comigo, e o exemplar já segue autografado e com dedicatória. E-mail: evandrocaucaia2012@ hotmail.com Facebook: https://www.facebook.com/evan-

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DIVULGA ESCRITOR dro.rodrigues.1806 - Fã club: h t t p s : / / w w w. f a c e b o o k . c o m / groups/872947306133801/ Quais os seus principais objetivos como escritor? Você pensa em publicar novos livros? Evandro Ferreira - Levar o gosto pela leitura até as pessoas que não a experimentaram ainda, e fazer dela um momento prazeroso de descobrir um novo mundo. Atualmente estou terminando dois livros infantis: uma fábula e outro de poesias infantis que englobará datas importantes a fim de que as crianças possam conhecer e ser trabalhados nas escolas infantis. Será meu novo desafio. Estou animado (rs). Quais os principais hobbies do escritor Evandro Ferreira? Evandro Ferreira - Ouvir música (BonJovi, U2, Bryan Adams, Legião Urbana, Pe. Fábio de Melo, Anjos de Resgate, Rosa de Saron, Celina Borges etc.), escrever, ler,apreciar a natureza, caminhar na areia da praia descalço; gosto de animais(tenho um cachorro, o Fred, e dois gatos– George e Jeremias). Também gosto de uma bela música ao vivo e amo futebol. Ah, sou Fluminense. Não poderia deixar de mencionar o amor a Deus, por meio da música, boas palestras, tv Canção Nova e a missa dominical, se é que posso chamar de hobby, mas são momentos que consigo equilibrar meu ser para continuar a luta pelo bem neste mundo. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Evandro Ferreira. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Evandro Ferreira - Que foi um prazer ter refletido aqui em cada per50

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gunta. Gosto de fazer amizades e interagir com o público, mas peço que cada um que ler esta entrevista possa me ajudar nesse trabalho de formiguinha, pois são apenas 3 anos e não tenho nenhum apoio. Saibam que quero uma sociedade melhor, mais justa, amorosa e sem essas corrupções que vemos a cada dia. As crianças não podem crescer sem perspectiva ou achando que o errado é o que se dá bem na vida. Vamos expandir o amor, pois nele

está o respeito, a paz, a igualdade, a humildade e a dignidade humana para um amanhã mais feliz! Conto com o apoio de cada um de vocês. Obrigado!

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A VIDA EM PARTES Por Tito Mellão Laraya larayaescritor@hotmail.com Francisco Mellão Laraya é advogado, músico e escritor.

A IMPORTANCIA DA LITERATURA

E

ssa é uma história real, mesmo assim seria importante se fosse surreal. Um funcionário do Tribunal de Contas da União de um país era apaixonado por literatura, lia todo livro que lhe pusessem na mão. Era essa a sua diversão na vida enfadonha de funcionário auditor, onde trabalhava tinha a função de tomar conta dos rendimentos do governo e ver onde havia sonegação. Um dia, quase que por magia, cai em suas mãos os informes de rendimentos do presidente da república. E, depois de examinar, vê que havia incongruências na declaração tanto deste como de seu sucessor, do mesmo partido. Vai para casa e em dúvida sobre o que fazer, pois um deles era muito amado pela população, e o outro havia acabado de se reeleger em uma eleição direta. Com a cabeça em confusão pega um livro, destes de sua coleção, para

se distrair. O livro era História sobre o Cerco de Lisboa, de José Saramago, escritor português que ganhara o premio Nobel de Literatura. Ficou feliz com a escolha, passado tanto tempo que havia lido não se lembrava da estória. E, viu que o livro descreve um fato de um revisor que discorda do autor, da história oficial, inclui um não no livro, este é editado, e a confusão está formada. O revisor é um homem comum, como ele, que leva uma vida comum, muito se parecia com o personagem, mas, um dia acreditou ter direito as próprias ideias, ao próprio credo, doa a quem doer. Termina o livro como um homem comum, mas com uma certeza na vida, um dia deu um grito de liberdade, e mostrou a si mesmo que era capaz de ser ele mesmo. Estava decidido, iria fazer o mesmo. Tornou o fato publico, contando a quem de direito. O caso foi parar na mão de ju-

ristas que moveram um processo de impedimento da presidente, que teve que abandonar o cargo. Antes disso, o povo em massa foi às ruas, pedindo o afastamento dela, que foi decretado pelo Congresso Nacional e corroborado pelo Supremo Tribunal Federal. O outro é réu de mais de cinco ações penais, sempre com a pecha de ladrão, e os pais e a população esperam pela sua condenação! Ele, em pânico, em virtude de tamanha balbúrdia criada por sua posição, pede licença da repartição e vai curar a sua síndrome de pânico em uma pequena cidade de interior. Há cinco dias ele me escreveu, tem certeza que seu mundo mudou! O emprego continua o mesmo, já a vida, hoje carrega a certeza que é alguém sem se importar com o reconhecimento. Dois dias após, apareceu morto acidentalmente no Lago Paranoá em Brasília.

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ENTREVISTA

ESCRITOR FÁBIO A. GABRIEL

O principal objetivo é a divulgação científica de resultados de pesquisas de autores de diversas instituições sobre as questões que relacionam filosofia e educação”

Nascido em Quatiguá (PR)e residente em Joaquim Távora no mesmo estado, Fabio A. Gabriel é formado em filosofia, teologia e pedagogia; é especialista em ética e mestre em educação. Trabalha como professor de filosofia na Rede Estadual do Paraná. É organizador do site Coletâneas Científicas, que reúne as obras que publicou e organizou. Trabalhou como professor de Filosofia na Universidade Estadual do Norte do Paraná e atualmente é doutorando em educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Dedica-se ao estudo sobre a relação entre filosofia e educação, ética e formação de professores de filosofia. Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Fábio A. Gabriel, é um prazer contarmos com a sua participação mais uma vez na revista Divulga Escritor. Conte-nos, como surgiu a obra “Diálogos contemporâneos entre Filosofia e Educação”? Fábio A. Gabriel - Esta obra se insere num conjunto de obras que temos organizado sobre Filosofia e Educação, e surge com o intuito de agregar artigos que tematizem 52

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pesquisas sobre filosofia e educação na contemporaneidade. Conforme afirma o prefaciador professor Dr. Alfredo M.S. Júnior: “Esta volumosa obra tem como principal mérito apresentar contrapontos importantes entre o pensamento educacional de filósofos clássicos que influenciaram diretamente o sistema educacional na era moderna e contemporânea”.

Fábio A. Gabriel - Acreditamos que filosofia e educação se influenciam diretamente desde o berço na Grécia. As concepções de educação estão relacionadas com o pensamento de algum filósofo, que contribui para se pensar um modo de educar. Esta obra é uma continuação de “Filosofia e educação: um diálogo entre os saberes”, e “Filosofia e educação: um diálogo entre os Qual o conceito para os diálogos saberes na contemporaneidacontemporâneos entre Filosofia e de”, ambos editados pela Editora Educação? Multifoco.


DIVULGA ESCRITOR Educação” e “Possíveis caminhos na formação de professores”.

Quais os principais objetivos a serem alcançados com a publicação da obra? Fábio A. Gabriel - O principal objetivo é a divulgação científica de resultados de pesquisas de autores de diversas instituições sobre as questões que relacionam filosofia e educação.

Como proceder para conhecer melhor o seu trabalho literário? Fábio A. Gabriel - Minhas obras não são bem literárias, são mais científicas; e para conhecê-las o leitor poderá visitar meu site: www.fabioantoniogabriel.com . Além dos livros, o leitor encontrará artigos que publiquei em revistas qualificadas sobre filosofia e seu ensino. Sou organizador do site:http://www.coletaneascientificas.com/

Quais temáticas estão sendo abordadas? Fábio A. Gabriel - O livro está dividido em 3 partes: Parte I- Ensaios filosóficos; Parte II- Ensaios sobre ensino de filosofia; Parte III- Ensaios Educacionais e afins. Apresente-nos alguns títulos dos artigos apresentados. Fábio A. Gabriel - Apresento os três primeiros de cada parte. Parte I: Gadamer: hermenêutica filosófica, diálogo e educação; Inversão dos valores em Nietzsche; O ensino da virtude na metafísica dos costumes, de Immanuel Kant; Parte II: Filosofia no ensino médio: uma experiência bilíngue; Possibilidades do Cinema para o ensino de Filosofia; Deleuze e o ensino de filosofia: um conceito ou uma experiência? Parte III: As tendências das pesquisas sobre identidade profissional docente; Educação e ética na teoria analítico-comportamental; Inclusão Digital de alunos especiais no Ensino Superior. A quem você indica a leitura? Fábio A. Gabriel - Indico a leitura a todo aquele que deseje aprofundar-se no diálogo entre filosofia e educação; e conforme apresentamos, também discutir, como é apresentado na segunda parte do livro, a temática ensino de filosofia. Professor Fábio, onde podemos

comprar o livro? Fábio A. Gabriel - Pode ser adquirido pelo site da editora Multifoco, no link: https://editoramultifoco. com.br/loja/product/dialogos-contemporeneos-entre-filosofia-e-educacao/ . Além deste, você tem outros livros publicados. Apresente-nos os títulos. Fábio A. Gabriel - As capas dos livros que já publiquei podem ser visualizadas no meu site:www.fabioantoniogabriel.com. Os títulos são: “A aula de filosofia enquanto experiência filosófica”; “Estudos em Linguagens I e II”; “Pesquisas em Linguagens I, II e III”; “Educação contemporânea em Perspectiva”; “Diálogos Interdisciplinares entre Filosofia e Ciências Humanas”; “Filosofia e educação: um diálogo necessário”; “Filosofia e educação: um diálogo entre saberes na contemporaneidade”; “Ensaios Filosóficos”; “Fundamentos Epistemológicos da

Pois bem, professor Fábio Gabriel, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “Diálogos contemporâneos entre Filosofia e Educação” e um pouco mais de sua brilhante trajetória literária. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Fábio A. Gabriel - Como estamos iniciando um novo ano, quero desejar a todos os leitores um ano cheio de realizações e que nossos governantes tenham a sensibilidade de olhar para os mais desfavorecidos da sociedade, os quais padecem de tantas formas, e que o leitor que nos acompanha possa ler bons livros ao longo deste ano.

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MERCADO LITERÁRIO Por Leo Vieira | leovieirasilva@gmail.com Leo Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura.

Despesas Iniciais Editoriais Infelizmente os serviços literários têm os seus custos, que não são baratos, na medida que vão se acrescentando mais profissionais, como revisores, diagramadores, capistas, impressores, etc. Mas quanto mais aprendemos, mais nos desenvolvemos e descobrimos alternativas para economizar. Nunca foi tão fácil publicar um livro hoje em dia. O sonho está cada vez mais ao alcance de todos. Sonhar é preciso, porém temos que escrever com conteúdo e publicar com qualidade. Todo mundo pode aprender a criar um livro do zero, gastando o mínimo possível.

Desbravando o Território Literário O mercado literário é legal de explorar. O maior problema do escritor iniciante é o EGO! Quem está começando precisa saber que há espaço para todos e o mais importante é ser conhecido e aí sim os leitores vão começar a te procurar. Escreva em blogs, tenha colunas, seja participativo, tenha bom entrosamento com blogueiros e outros escritores e não tente ser competitivo. Há espaço para todos. As editoras não são crueis. Por uma questão mercadológica e comercial, elas vão investir em escritores mais conhecidos e com mais potencial de vendas. Então vamos arregaçar as mangas e ficar popular no mercado.

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Livro Grosso é Problema? O problema de livros muito grandes são somente na hora de investir na impressão e pra vender, pois acabam ficando muito caros. Talvez você possa dividir em duas partes ou fazer uma trilogia. Mas todo projeto bem estruturado alcança o sucesso. Há uma frase que diz que “nos menores frascos estão os melhores perfumes”. Livros pequenos também podem ocultar grandes surpresas. Para ter um controle legal no livro, faça primeiro o argumento com etapas em frases (“o herói vai até o escritório”, “o vilão arma um plano”, “o herói retorna”, etc). Se o argumento tiver 4 laudas de word, já dá pra construir um roteiro legal de 40 a 50 laudas, que vai dar em média 100 páginas de livro A5 (14x21 cm). Depois de registrado na Biblioteca Nacional, se você fizer revisão, diagramação, capa, registros (ISBN, Ficha Catalográfica, Código de Barras) e levar pronto pra gráfica, você vai gastar em média de 12,00 por livro (podendo ficar ainda mais barato dependendo do lote). Mãos a obra!


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ENTREVISTA

ESCRITOR FELIPE VERSATI

A história envolve todo o dilema de ser homossexual, mesmo em tempos tão modernos; como o personagem Diego se relaciona com os amigos, a família e principalmente seus pais.”

Felipe Versati, paulistano, há mais de oito anos atua com marketing e gestão de marcas. Versati sempre gostou de escrever, e na faculdade pretendia ser redator publicitário, mas seu interesse pelo processo de criação de marca o levou para a carreira de branding. Assim, desenvolveu a escrita, escrevendo para um blog do qual é cofundador, o InfoBranding. Após inúmeros textos técnicos e a publicação de um livro sobre marcas, decidiu desenvolver seu hobby da infância – a literatura – e contar histórias. Desde então já escreveu dois livros literários. Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Felipe Versati, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que mais o atrai na arte de escrever? Felipe Versati - Com certeza é o processo de criação. Poder desenvolver toda uma trama, criar personagens... A literatura é uma mistura de raciocínio lógico-matemático com o pensamento lúdico; esse jogo de xadrez mental é muito interessante.

Como surgiu inspiração para a escrita de seu livro “As sete cores do arco-íris”? Felipe Versati - Por meio de um amigo do trabalho. Ele era um rapaz muito engraçado, fazíamos dupla; então passávamos praticamente o dia inteiro juntos. Foram as histórias que ele me contava e o seu jeito espalhafatoso o que me inspirou para escrever o livro. E apesar de ser uma pessoa totalmente do bem, às vezes ele sofria agressões verbais e preconceito pelo fato de ser homos-

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DIVULGA ESCRITOR sexual. Então comecei a perceber o quanto eles, os homossexuais, precisam ser guerreiros, aguentar firmes certas provocações. Fiquei imaginando todo esse processo e daí surgiu o livro. Apresente-nos a obra. Felipe Versati - É um drama com um pouco de comédia e uma pitada de ação que fala sobre os dilemas da adolescência, começando pela criação e inserção do indivíduo no grupo (tribo) do qual irá fazer parte na escola; trata do autoconhecimento e de como lidar com os hormônios em desenvolvimento até partir para a sexualidade, autodescoberta e aceitação. A história envolve todo o dilema de ser homossexual, mesmo em tempos tão modernos; como o personagem Diego se relaciona com os amigos, a família e principalmente seus pais. Quais os principais desafios para a escrita desta obra? Felipe Versati - Com certeza, o tema. Falar sobre homossexualidade ainda é muito difícil, gera muito transtorno e repercussão tanto positiva quanto negativa. Mas está aí, é um romance que tem como protagonista um homossexual; existem milhões de homossexuais no mundo; eles fazem parte do nosso cotidiano. Portanto, já estamos vendo personagens na dramaturgia televisiva, e temos que abordá-los em livros também. Qual o momento que mais o marcou enquanto escrevia “As sete cores do arco-íris”? Felipe Versati - É difícil precisar, o livro traz lembranças de bons momentos do meu passado, de um bom amigo que tenho, mas que hoje mora em outro país, numa distância considerável e nosso contato é apenas por redes sociais. Escrever 56

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essa história me fez rir novamente de piadas feitas por ele que obrigatoriamente tive que dar um jeito de inserir no contexto do livro. Como foi a escolha do título? Felipe Versati - O livro conta a história de um homossexual, e o arco-íris é dos símbolos dessas pessoas; daí surgiu o título. Pensei ser uma maneira intuitiva, as pessoas irão ler o título e já imaginar que possa ter algum conteúdo representativo desse público. Quem quiser ler, como deve proceder para comprar o livro? Felipe Versati - Inicialmente pela Amazon: https://www.amazon.com.br/As-sete-cores-do-arco-%C3%ADris-ebook/dp/ B078MMH874/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1515420327&sr = 8 - 1 & k e y w o r d s = A s + s e t e + - crevendo, estou terminando outro cores+do+arco-%C3%ADris livro e tenho outros em mente; enquanto tiver histórias para contar, Além de “As sete cores do arco-íris”, continuarei contando. você tem outros livros publicados. Apresente os títulos e segmentos. Pois bem, estamos chegando ao Felipe Versati - Sim, meu primeiro fim da entrevista. Muito bom colivro, que na verdade é uma coletâ- nhecer melhor o escritor Felipe nea de “cases” sobre gestão de mar- Versati. Agradecemos sua particicas, foi escrito em conjunto com pação na Revista Divulga Escritor. outros colegas e se chama “Info- Que mensagem você deixa para Branding – do boteco ao escritó- nossos leitores? rio, práticas de gestão de marcas”. Felipe Versati - Agradeço a oportuJá o segundo é um conto infantil nidade, espero que os leitores proinspirado num casal de amigos: um curem o livro e peço que o leiam espanhol e uma japonesa, o título é sem nenhum tipo de preconceito; “Tali & Fernandes – uma curiosa tenho certeza que a história ensinahistória de amor”. rá um pouco sobre empatia. Quais seus principais objetivos como escritor? Você pensa em publicar novos livros? Felipe Versati - Meu principal objetivo é inspirar as pessoas, contribuir de alguma forma com a literatura e criar histórias que despertem cada vez mais o interesse pela leitura e escrita. Para isso, vou continuar es-

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Consultora na área de Gestão com as Pessoas, Mentora, Palestrante, Professional Coach e Analista Comportamental Disc Profile e Facilitadora de Metodologia LEGO® SERIOUS PLAY® Methods Contato (84)99670-6309 E-mail:nicacio.rosana@gmail.com Instagram: Rosana.Nicacio

Rosana Nicácio

Ano Novo, com mudança de hábitos e foco no propósito de vida Olá, caros Amigos Leitores Espero que estejam bem!!! Aproveito para ofertar um ano repleto de saúde física e emocional e que vocês possam usufruir da sua melhor versão no tempo presente, vivendo cada dia intensamente, com o coração repleto de amor e perdão, sorriso nos lábios, emanando positividade, generosidade e gratidão. Ano Novo, planos novos, mas não será realmente novo, se os hábitos permanecerem velhos. Mudar hábitos não é fácil. Podemos exemplificar com as promessas de fim de ano, que perduram em um curto intervalo de tempo, chegando ao má58

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ximo até o carnaval. O assunto é tão debatido, que virou tema de um dos livros mais comercializados, chamado “O Poder do Hábito”, do escritor americano Charles Duhigg. A mudança de hábito não é apenas desapegar-se de um comportamento ruim, vai além da força de vontade. É realmente querer mudar, saber por que mudar, para que mudar e o que se conquista em trocar um hábito ruim por um saudável. Tudo isso exige disciplina, persistência, determinação, coragem e muita ação. Lembrando que nada acontece da noite para o dia, mas depende única e exclusivamente de

quem almeja se transformar, sempre de dentro para fora, pois o nosso cérebro está condicionado para que você se sinta melhor cultivando os velhos hábitos ou sempre, por pior que sejam, do que tentando se livrar deles. Por isso, a zona de conforto é um lugar que muitos habitam e de lá não querem sair. Junto à mudança de hábito, quero externar outro tema que muito vem sendo divulgado nos últimos tempos: o propósito de vida. Quando falo de propósito de vida é para fazer referência à intenção de alcançar uma existência plena e não a de existir por inércia.


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E nada melhor do que iniciar o ano com mudança de hábitos e foco no propósito de vida. Tive o privilégio de descobrir meu propósito de vida no auge dos meus 20 anos, mais precisamente cursando minha graduação em Formação de Executivos, na disciplina de Recursos Humanos. Foi quando me encantei, nas inúmeras possibilidades de uma reciprocidade de autodesenvolver e desenvolver pessoas e para ser mais assertiva, refleti e me questionei: que profissão eu gostaria de seguir se não existisse moeda para efetivação de transações monetárias? E na hora, não titubeei e respostei: ser gente, que gosta de gente, de servir e desenvolver gente, dessa forma se autodesenvolvendo e evoluindo como gente, gerando resultados

quantitativos e qualitativos de forma rentável, consistente e perene. Desde então, comecei de forma incansável diariamente, realizar meu propósito de vida, por caminhos desconhecidos, com períodos de tormentas e de bonanças, mas sempre acreditando veemente e na convicção que eu estava no caminho certo da minha realização plena através dos meus dons, mesmo precisando conviver com a incredulidade de parentes e amigos e no decorrer de toda essa trajetória, o meu próprio propósito, me conduziu a mudança de hábitos, sair da zona de conforto e encarar inicialmente um desconforto, mas tudo em prol de algo maior do que eu, que envolvia realização e evolução pessoal e profissional.

Hoje o propósito continua o mesmo, mas bem amadurecido, forte, experiente, consistente diante da trajetória até aqui percorrida. No início tudo era pura emoção. Hoje o propósito possui os pés no chão, não se cobra tanto, mas não fraqueja, não desiste, insiste, persiste, evolui, mas não se agride, não deixa de ser inquieto, focado, amado e cuidado, mas acima de tudo, proporcionando realização, felicidade e plenitude dessa que vos escreve. Desejo que a sua vida seja movida por um propósito e se precisar de uma mentora para lhe conduzir, eis- me aqui, basta contactar e interagir. Recebam abraços dos meus braços.

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ENTREVISTA

ESCRITOR GEOVANI SILVA

Coisas que a gente observa no dia a dia. O escritor é um incansável observador da vida, de gente e principalmente dele mesmo.”

Geovani Silva nasceu em Belo Horizonte (MG), em 1977. É autor do livro “Segunda Chance”, publicado pela editora Multifoco. Participou de duas antologias, Aquarela e Utopia, pela Andross Editora. Escreveu contos e crônicas e só depois aventurou-se em um livro solo. Desde muito cedo interessou-se pela arte. Entre desenhar e pintar quadros a óleo surgiu a necessidade inerente de contar histórias. Assim, mais tarde abraçou a escrita e não largou mais. Descobriu que escrever não era só pôr palavras no papel e sim criar mundos, fantasias e viajar para o seu próprio interior e encantar pessoas. Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Geovani Silva, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que mais o atrai na arte de escrever? Geovani Silva - O prazer é todo meu de ter esta oportunidade de mostrar uma parcela de meu trabalho. O ato de criar uma fantasia, de dar vida a personagens, de poder passar uma mensagem por meio do texto e ao mesmo tempo encantar o leitor, sem dúvida alguma, é o que mais me atrai. 60

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O que o inspirou a escrever o seu livro “Segunda Chance”? Geovani Silva - Não sei bem. Penso que foi o drama familiar mesmo. Essa vivência do cotidiano, coisas banais que ninguém dá bola e que podem se transformar num pesadelo. Coisas que a gente observa no dia a dia. O escritor é um incansável observador da vida, de gente e principalmente dele mesmo. Apresente-nos a obra. Geovani Silva – “Segunda Chance” é um livro envolvente, dinâmico

e intenso, que trata do instinto de sobrevivência mesmo. John é um pai frio e distante da esposa e de seu filho de oito anos, porque ele dedica muito tempo à sua empresa. Um dos fatores é que ele confia demais nas pessoas, até mesmo em quem não conhece, e por isso tem sua vida revirada ao avesso quando toda a sua família, inclusive ele, é seqüestrada e levada para a floresta amazônica. Sem o que comer e beber, depois de escapar sozinho, John luta contra os sequestradores durante a fuga, enfrentando o


DIVULGA ESCRITOR mau tempo e num lugar totalmente desconhecido. Agora ele terá pouco tempo para encontrar sua família e salvá-la das garras dos terríveis bandidos; e isso desperta seu lado negro, tendo que fazer coisas horríveis. Então, “Segunda Chance” passa o conceito desse drama familiar em que as famílias estão afastadas e divididas pelos bens materiais e pela culpa. E que paradoxalmente precisa-se de algo que os sacuda e lhes dê uma segunda chance para que reencontrem o caminho do amor e da virtude. Qual o principal objetivo a ser alcançado com a publicação de “Segunda Chance”? Geovani Silva - Que este livro alcance todos os leitores possíveis. Que falem dele, que compartilhem. Que digam: “nossa! Você leu ‘Segunda Chance’, de Geovani Silva? Vale a pena dar uma conferida”. Também que desperte algo mais, que passe aquele “clic” de “olha lá como tá a floresta amazônica, toda destruída! Temos que fazer alguma coisa”. Não só este senso mesmo de cuidar da natureza, mas que deixe uma mensagem sobre o que é mais importante na família. Qual o momento, enquanto escrevia o livro, que mais o marcou? Geovani Silva - Ah, muitos. No entanto, a parte em que a criança é encontrada perdida na floresta pelos bandidos, faminta, suja e com sede foi emocionante. Falar sobre crianças sempre me marca, sabe? Maus-tratos, humilhação e violência, seja ela física ou psicológica, deixa a gente fora do sério. Mas uma criança que argumenta, questiona e até coloca gente grande em seu lugar é um barato (risos). Por que você optou pela Amazônia como pano de fundo para o seu livro “Segunda Chance”? Geovani Silva - Eu queria escre-

Segunda Chance” passa o conceito desse drama familiar em que as famílias estão afastadas e divididas pelos bens materiais e pela culpa. E que paradoxalmente precisa-se de algo que os sacuda e lhes dê uma segunda chance para que reencontrem o caminho do amor e da virtude

ver uma história que se passasse em um lugar diferente, totalmente hostil para quem não tem nenhum preparo para estar lá. Inclusive o protagonista se vira apenas com o que aprendeu ao assistir um documentário na TV a cabo. Em parte, o filho de apenas oito anos se perde na floresta, imagine como um pai se sentiria passando por isso. Você também fala que “se alguém nos ajuda a viver, temos uma dívida impagável com essa pessoa”.Em que momento isso se torna real para Dener? Geovani Silva - Antes de morrer, sua mãe falou essa frase para ele. É uma espécie de idiossincrasia. Como uma direção, algo no qual ele se apega para andar no caminho certo. De seus personagens que me chamaram bastante atenção, um foi o Bill. Ele é dono de uma persona-

lidade complicada; como foi para você compor isso e abordar a religião, assunto polêmico para muitos? Geovani Silva - Foi realmente muito satisfatório trabalhar na construção de sua personalidade. Fiz muitas pesquisas, até mesmo sobre terroristas e psicopatas para compô-lo.A religião, de fato, é assunto difícil de abordar de uma forma que não fira as crenças de alguém. Mas é bem verdade que em nome da religião tem havido muita discriminação e intolerância, e isso leva à violência física. O ser humano não deve ser julgado por suas crenças, mas pelos seus atos dentro de sua crença, que devem merecer julgamentos. Onde podemos comprar o seu livro? Geovani Silva -“Segunda Chance” está disponível no site da editora Multifoco. https://editoramultifoco. com.br/loja/product/segunda-chance/ No entanto, quem quiser poderá adquiri-lo comigo, autografado, pelo meu perfil do facebook, twitter ou pelo meu e-mail. https://www.facebook.com/GeovaniSilvaEscritor https://twitter.com/Autor_Geovani autorgeovani@gmail.com Também disponibilizo meus contos e crônicas no Recanto das Letras. https://www. recantodasletras.com.br/autores/ geovanisilva Quais os seus principais objetivos como escritor; você pensa em publicar novos livros? Geovani Silva - Ser reconhecido e lido mundialmente. Penso sim em publicar novas histórias. Estou atualmente trabalhando em dois livros. Um romance policial e uma trilogia, sendo que o primeiro da saga está terminado. Em breve dareinotícias sobre ele. Quais os principais hobbies do autor Geovani Silva? www.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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DIVULGA ESCRITOR Geovani Silva – Escrever, é claro, ouvir música e assistir a bons seriados com minha esposa.Amo brincar de pintar e desenhar com minha filha. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Geovani Silva. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Geovani Silva - Que amo quando recebo alguma mensagem de um leitor falando do meu trabalho, fazendo perguntas. O leitor é especial para mim. Aquele que tira seu tempo para dar uma chance ao trabalho de um autor merece todos os elogios. E que leiam o autor nacional. Leio muitos deles, e realmente há muitas histórias de tirar o fôlego por aí. Muito obrigado. Para mim foi um imenso prazer responder a esta entrevista.

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DIVULGA ESCRITOR PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Maurício Duarte

Pensamentos podem influenciar o mundo físico? Não indiretamente, a partir de imaginação, pesquisa e projetos, mas de forma direta, simples e determinada? Muitos esforços científicos são realizados hoje em dia que mostram essas possibilidades... Tais pesquisas são tão necessárias quanto perigosas. É preciso estar atento ao que se está produzindo em estudo da mente, de moro rigoroso. Na Rússia chegou-se a conclusão que a telepatia pode ser real. Fayadev, cientista daquele país conseguiu transmitir pensamentos a uma pessoa a mais de mil quilômetros de distância, sem emprego de equipamento nenhum. Estando o receptor aberto é possível. Se a mente de um (transmissor) e de outro (receptor) estiverem esperando uma mensagem, a comunicação é possível, como se fosse um rádio. Ondas de pensamento podem ser captadas de pessoa para pessoa não importando a distância entre elas? Resultados de jogos de dados em Monte Carlo poderiam ser considerados adulterações físicas dos dados; porém não é esse o caso.

Pensamentos: a energia sutil Porque muitas pessoas em Monte Carlo não podem ser derrotadas em jogos de dados. Elas sempre sabem o número do resultado... Descobriu-se que a sugestão mental de um número poderia gerar aquele resultado. E por mais que se trocassem os dados sempre ocorria o resultado certo para aquelas pessoas, mesmo que elas estivessem com os olhos vendados. Ondas de pensamento podem alterar um resultado físico? A verdade é que pensamentos são energia, energia sutil, mas energia. E como tal, são físicos também. Uma forma muito sutil de fisicalidade, de matéria. A ciência tem avançado com relação às pesquisas do quarto corpo. São sete corpos existentes e a mente pertence ao quarto corpo. A mente, as ondas mentais, no futuro, poderão ser utilizadas até para mover montanhas... Tudo pode ser real, nesse sentido, porque é só uma questão de proporção. Se um pensamento pode viajar mil quilômetros ou alterar o resultado de um jogo de dados, pode fazer qualquer coisa... A física quântica descobriu que

nossos corpos físicos não são tão físicos assim. São apenas energia se movendo em alta velocidade, falando de modo grosseiro. Desse modo, quando um ventilador está rodando não podemos ver suas lâminas separadamente, vemos um círculo girando. A mesma coisa se dá com um corpo, com uma parede, com uma árvore, com qualquer coisa física, ou com o que aos nossos olhos é uma coisa física. Quando energia gira em alta velocidade ela se assemelha a matéria. Ondas de pensamento podem criar mundos ilimitados, infinitos com o auxílio da realidade virtual, por exemplo. As pesquisas e experimentos que avançam nesse campo precisam ser monitoradas e avaliadas continuamente para que não se tenha a formação de monstros da antiética e da imoralidade, do cientificismo louco que pode produzir distopias totalitárias de exclusão, exploração e/ou escravidão do ser humano. Paz e luz. Referências: Desvendando mistérios. Chacras, Kundalini, os Sete Corpos e outros temas esotéricos. Osho . Editora Alaúde . São Paulo. 2006 www.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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DIVULGA ESCRITOR

ENTREVISTA

ESCRITOR HIOMAN IMPERIANO

Outro importante ponto a se considerar é que as partes podem atuar nos Juizados Especiais, desprovidas do patrocínio advocatício, porém, apenas nas lides cujo valor da causa não ultrapasse vinte salários-mínimos.”

Hioman Imperiano de Souza é mestrando em Direito Constitucional, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); especialista em Prática Judicante, pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB);especialista em Ordem Jurídica e Cidadania, pela Fundação Escola Superior do Ministério Público (FESMIP); pós-graduado pela Escola Superior da Magistratura da Paraíba (ESMA);pesquisador do Laboratório Internacional de Investigação em Transjuridicidade (LABIRINT); pesquisador do Grupo LoFt – Law of the Future (Direito e Revoluções Pós-Digitais), na Universidade Federal da Paraíba (UFPB);integrante do Grupo de Estudos Avançados em Arbitragem Judicial e Comércio Exterior (GEACE); parceiro da Academia Paraibana de Letras Jurídicas (APLJ);Juiz Instrutor Estadual do Tribunal de Justiça da Paraíba; Auditor Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba;articulista; palestrante e consultor jurídico.

Boa leitura!

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DIVULGA ESCRITOR Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Grande jurista Hioman Imperiano, muito nos honra com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que mais o atrai no Juizado Especial? Hioman Imperiano - Primeiramente, a honra é toda minha em ser entrevistado por esta valorosa revista, de abrangência nacional e internacional. Pois bem, exerço o encargo de Juiz Instrutor do Tribunal de Justiça da Paraíba, com jurisdição exclusiva nos Juizados Especiais, especificamente na área Cível, lotado atualmente na Comarca de João Pessoa, capital da Paraíba. Minha rotina diária segue com a realização de Audiências Unas, ou seja, de Conciliação, Instrução e Julgamento, proferindo despachos edecisões atinentes ao múnus público que desempenho. O que mais me atrai nos Juizados Especiais é, principalmente, a oralidade, simplicidade, economia processual e o caráter democrático que rege o rito sumaríssimo dos Juizados, previsto na Lei Federal nº 9.099/1995. O que é um Juizado Especial? Hioman Imperiano - Juizado Especial é uma unidade judiciária competente para o processamento e julgamento de causas de menor complexidade, sendo estas causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo, e outras matérias previstas no rol do artigo 3º, da Lei nº 9.099/95. O Juizado Especial se orienta pelos ditames da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, sempre almejando a composição amigável do litígio, consoante dispõe o artigo 2º, da referida legislação. Vê-se, com isso, ser um microssistema processual dos mais ágeis e inovadores, embora tenha

surgido formalmente em 1995, mas, indubitavelmente, um exemplo de jurisdição a ser seguido na contemporaneidade. Quais são os tipos de juizados existentes? Hioman Imperiano - Existem tipos de juizados especiais precisamente delimitados pela competência material e funcional. A Lei nº 9.099/95 regula o funcionamento dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais em nível estadual; a Lei nº 10.259/01 rege, por sua vez, os Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito federal; e a Lei nº 12.153/09 dispõe acerca dos Juizados Especiais da Fazenda Pública em sede estadual, distrital e municipal. A criação dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, em 1995, ocorreu sob a inspiração da Lei nº 7.244/84 que dispunha sobre os Juizados de Pequenas Causas, visando desafogar o contingente crescente de demandas judiciárias no país, trazendo mais eficiência à válida concretização de uma justiça rápida. As três legislações acima descritas formam o chamado “Microssistema dos Juizados Especiais”. Quem desejar, como deve proceder para ter acesso aos recursos do Juizado Especial? Hioman Imperiano - O ingresso no Juizado Especial, mormente nos Juizados Especiais em nível estadual, depende de alguns requisitos previstos na própria Lei nº 9.099/95. Neste diapasão, tratando-se de pessoa natural (física), apenas aquelas em pleno gozo de sua capacidade civil podem demandar, excluindo-se, portanto, os incapazes, os custodiados e o insolvente civil. Em caso de pessoa jurídica, poderão acionar aquelas enquadradas juridicamente como microempreendedores individuais, microempresas e

empresas de pequeno porte. Outro importante ponto a se considerar é que as partes podem atuar nos Juizados Especiais, desprovidas do patrocínio advocatício, porém, apenas nas lides cujo valor da causa não ultrapasse vinte salários-mínimos. Como funciona o julgamento dos processos nesta área? Hioman Imperiano - Detendo-me aos Juizados Especiais Cíveis estaduais, onde atuo, o processamento e julgamento das causas se dá o mais rapidamente possível. Após a parte Autora ingressar com a Demanda, uma vez superada a análise preliminar da Peça Inaugural, é determinada a citação da outra parte, com a designação imediata de Audiência Una. Nesta Audiência, o Juiz tentará compor a lide amigavelmente, caso que, havendo acordo, será homologado; inexistindo transação, será realizada a instrução processual, com a produção probatória, como depoimento informal das partes, oitiva de testemunhas, juntada de documentos e, em seguida, será prolatada a respectiva Decisão, sujeita a homologação ou, em alguns casos, poderá haver conversão em diligência para serem praticados atos complementares. Da Sentença, a parte poderá aviar o respectivo recurso para uma única Instância Superior ordinária (Turma Recursal), findo que, não havendo mais recurso, seguirá a execução do julgado até sua satisfação. Como vem sendo a busca do aperfeiçoamento desse microssistema processual? Hioman Imperiano - O aperfeiçoamento se dá diariamente na prática judicante. Por exemplo, a Lei nº 9.099/95 contempla o princípio da instrumentalidade das formas,onde todos os atos processuais terão validade ainda que em descompas-

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DIVULGA ESCRITOR so formal com a Lei, desde que preencham as finalidades para os quais foram realizados. Outro exemplo de aprimoramento trazido pela Lei é a concentração e simplificação dos atos processuais quer na Audiência ou mesmo para a citação do réu;a Lei permite a dispensa de Carta Precatória citatória, autorizando a prática do ato por intermédio de qualquer meio idôneo de comunicação, em que inclusive há a possibilidade de notificação por meio do Whatsapp (sendo já concretizado na Justiça Federal). Enfim, além dos instrumentos trazidos na Lei, há constantemente empenho dos operadores do Direito no seu aprimoramento. O Doutor tem um vasto currículo profissional e acadêmico. Apresente-nos suas principais atividades como pesquisador do Laboratório Internacional de Investigação em Transjuridicidade. Hioman Imperiano - Como pesquisador do LABIRINT, debato com outros integrantes do Laboratório, a exemplo do Professor Marcilio Franca, que oficia perante o Tribunal do Mercosul, as interlocuções existentes entre várias áreas do conhecimento e o Direito. Neste sentido, são percebidas ligações das Ciências Jurídicas com a Informática, a Música, a Gastronomia, a Arte, sendo este o sentido do termo “transjuridicidade”. Tive também a oportunidade de atuar no LABIRINT como mapeador de tratados internacionais no “Projeto UNCTAD – IIA Mapping Project”, na Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, também integro o projeto do Grupo LoFt – Law of the Future (Direito e Revoluções Pós-Digitais), intimamente ligado ao LABIRINT, abordando igualmente temas transjurídicos.

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Qual foi o momento em sua carreira profissional ou acadêmica que mais o marcou? Comente. Hioman Imperiano - Difícil responder com precisão a esta pergunta. Isto porque cada conquista pessoal e profissional foi marcante em minha carreira. Posso pontuar meu ingresso no Mestrado em Direito Constitucional da árdua seleção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; meu ingresso como Juiz Instrutor estadual, mediante aprovação em concurso público de provas e títulos; meus encontros habituais com os valorosos membros da Academia Paraibana de Letras Jurídicas (APLJ), do LABIRINT, GEAGE, em eventos sociais e acadêmicos, regados a bons debates; destaco também a ímpar oportunidade de poder ser entrevistado por esta renomada Revista. Enfim, foram muitos os marcos e pretendo sempre me aperfeiçoar na Ciência do Direito. Como palestrante, quais temas você aborda em suas palestras? Hioman Imperiano - Recentemente cheguei a abordar o tema de Ciberdemocracia, em um fórum científico promovido pela Escola do Legislativo da Paraíba; em seminários e palestras acadêmicas abordei temas ligados ao Direito Constitucional e ao Direito Penal Econômico, como também o Direito da Integração.Além disso, tratei de temáticas voltadas aos Juizados Especiais, tal qual prática jurídica nesta seara, dentre outras matérias jurígenas, naturalmente a depender do evento. Quem desejar, como deve proceder para o contatá-lo? Hioman Imperiano - Gosto de me manter sempre acessível a toda e qualquer pessoa ou ente que deseje manter bons contatos profissionais

e acadêmicos no Direito.Para tanto, valho-me de meus e-mails: hioman.imperiano@tjpb.jus.br (institucional do Tribunal de Justiça da Paraíba), his_tjdpb@hotmail.com (institucional do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba) e hioman. imperiano@hotmail.com (pessoal e consultivo). Além dos e-mails, ante a era tecnológico-globalizada que se vive, posso ser contatado pelo telefone 55+(83) 9 8884-4383, que também é meu whatsapp, bem como meus perfis no Facebook (Hioman Imperiano) e no Instagram (@hioimperiano). Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o jurista Hioman Imperiano. Agradecemos sua participação na RevistaDivulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Hioman Imperiano - Fico extremamente lisonjeado pela singular oportunidade que me foi concedida pela Revista Divulga Escritor. Quero ressaltar a importantíssima atuação da Revista, brilhantemente organizada por todo o seu corpo editorial e diretivo, servindo como relevante instrumento de divulgação de pensadores em todo o globo, além de concretizar a propagação do conhecimento nas mais variadas áreas científicas. Aos leitores, recomendo o acesso habitual à Revista, bem como sua ampla divulgação em todos os meios profissionais e acadêmicos. Por fim, agradeço o momento e me ponho à disposição para ampliar laços científicos, sobretudo no âmbito do Direito. Muito obrigado. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


DIVULGA ESCRITOR PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

DADOS DA HISTÓRIA DA ACADEMIA PARAIBANA DE LETRAS JURÍDICAS Ricardo Bezerra

– parte 2

RESGATE DA INSTITUIÇÃO

Quando estava, Ricardo Bezerra, à frente da União Brasileira de Escritores da Paraíba, no ano de 2010, precisamente no dia 10 de novembro, tendo como Secretária Geral a Escritora Maria José Teixeira Lopes Gomes, iniciamos as pesquisas e informações para reestruturar a Academia Paraibana de Letras Jurídicas, tomando, entre algumas iniciativas, a consulta por Ofício à Academia Brasileira de Letras Jurídicas sobre a filiação nesta Academia daquela Instituição, onde se encontrava como Presidente o Acadêmico e Professor Francisco Amaral, com sede no Rio de Janeiro. Esta consulta surgiu em face de que era uma condicional estatutária a filiação da Academia Paraibana de Letras Jurídicas à Academia Brasileira de Letras Jurídicas, como forma hierárquica ou até mesmo de uma união de instituições formando uma confederação literária. A Academia Brasileira de Letras Jurídicas foi fundada em 1975, demonstrando-se total repercussão em nível nacional e, logo após dois anos, já concretizava sua instalação estadual. Assim foi que recebemos da ABLJ a confirmação em 28 de dezembro de 2010 que a APLJ era filiada e que se encontrava “inativa”. Este resgate teve como ação inicial a primeira tentativa de reestruturação durante o I Encontro de Entidades Culturais realizado pela UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DA PARAÍBA, na gestão de Ricardo Bezerra, no dia 25 de novembro de 2010, que ocorreu no Arquivo Afonso Pereira, situado na Praça João XIII, Rua Maximiano Chaves, nº 78, Jardim Glória, Jaguaribe, João Pessoa, Paraíba, onde o grande Homenageado era AFONSO PEREIRA, in memoriam, em um “Café de Letras e Artes” com Palestra da Arquivista e Escritora Ana Izabel de Souza Leão Andrade, abordando o tema Arquivo nas Instituições Culturais, tendo como Dirigente de

Maria José Teixeira Lopes Gomes

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DIVULGA ESCRITOR Mesa a Esposa do Homenageado e Diretora do Arquivo, Profa. Clemilde Torres Pereira. Nesta ocasião foi lançada a Reativação da Academia Paraibana de Letras Jurídicas que teria a leitura da Ata de Reestruturação e instalação da Assembléia Geral Extraordinária para deliberar sobre admissão dos novos sócios acadêmicos e eleição da Diretoria, homenageando seu fundador Afonso Pereira, não ocorrendo da forma prevista em virtude de uma catapora que impediu o então Presidente Ricardo Bezerra a conduzir os trabalhos, ausentando-se do Evento que foi conduzido pelo Vice-Presidente Jairo Rangel Targino, apenas anunciando o fato e recolhendo assinaturas de Bacharéis em Direito que manifestaram interesse, no próprio Livro de Atas, anteriormente citado, em fls. 02verso, destacando-se o nome de Francisco Quixaba Sobrinho. A palavra não ecoou e a Academia retomou ao seu silêncio das Letras Jurídicas, passando a aguardar outro momento para o seu resgate, dinamismo e perpetuidade. QUADRO ACADÊMICO O Estatuto estabelece como composição do seu quadro de sócios efetivos a totalidade de cinquenta (50) Acadêmicos, no qual cada membro terá um Patrono. Lamentavelmente, não chegou a haver sua composição na forma estatutária. O Quadro Acadêmico não foi composto, nem a formação de seu Quadro de Patronos, tampouco sua efetiva composição mediante a Posse do Acadêmico. Todos os trinta e um (31) Fundadores não passaram da condição de Fundador, não alcançando a Imortalidade Acadêmica pela inexistência de Posse nos termos estatutários. 68

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A Academia Paraibana de Letras Jurídicas não foi composta, formada, não podendo em momento algum ser aplicado o seu Estatuto por ausência do requisito estatutário de “associado efetivo” que é aquele que detém uma Cadeira com Patrono, mediante Posse. Passados cerca de trinta e cinco anos de sua fundação, há de se verificar que muitos já faleceram e que em sua reestruturação caberá como justa homenagem a listagem dos mesmos como Patronos, dando-se como exemplo Afonso Pereira da Silva na Cadeira nº 01 por ter sido o idealizador da Academia, somando-se aos demais e inúmeros bacharéis que mapeiam nossa história jurídica. Seguindo-se por Tarcísio de Miranda Burity, Mário Moacyr Porto, Otávio de Sá Leitão entre outros. INSTITUTO DE ALTOS ESTUDOS JURÍDICOS A Academia Paraibana de Letras Jurídicas criou em seu Estatuto outra Instituição que foi denominada de Instituto de Altos Estudos Jurídicos, com Regimento próprio e autonomia, administrado por um Colegiado de três membros, eleitos em Assembleia para um mandato de quatro anos, podendo ser reconduzido por mais um período. Relata o Estatuto que só seriam admitidos no Instituto “vultos eminentes da literatura jurídica, de conceito internacional, brasileiros ou não, inclusive os Acadêmicos que satisfaçam às condições estabelecidas no Regimento Geral”. O Estatuto provoca em seu texto a criação de um Instituto que poderia se tornar outra associação, em qualquer momento de sua existência, já que sua composição não era de membros efetivos da academia, mas apenas eleitos pela assembleia

da academia entre os “vultos” que fossem indicados, brasileiros ou estrangeiros, dando-se contradição ou disparidade, criando uma Instituição com composição diversa da definida estatutariamente, tornando-se confuso, porque a essência do Instituto seria, até mesmo pela sua denominação, para estudos jurídicos, cuja composição deveria ser efetivamente por membros efetivos. A Instituição não deveria visar a uma composição diversa do quadro efetivo da Academia porque estaria colocando, ou autorizando, uma intervenção de terceiros ou do citado Instituto na própria administração da Academia. Para constituir o primeiro Colegiado foram estatutariamente citados os bacharéis Tarcísio de Miranda Burity, Paulo Américo Maia de Vasconcelos e Mário Moacyr Porto.

Tarcísio de Miranda Burity

Paulo Américo Maia de Vasconcelos


DIVULGA ESCRITOR REESTRUTURAÇÃO A reestruturação teve início no dia 15 de julho de 2013, em Sessão convocada pelo Escritor Ricardo Bezerra, no Centro Cultural Joacil de Brito Pereira, na Praça Dom Adauto, nº 13, Centro, João Pessoa, Paraíba, onde foi lavrada a Ata de Reestruturação, aprovação do Estatuto devidamente atualizado e eleição da Diretoria Provisória para até o dia 11 de agosto de 2013 promover a posse dos Acadêmicos e da Diretoria.

Mário Moacyr Porto OUTROS BACHARÉIS EM DIREITO A Academia Paraibana de Letras Jurídicas é uma Instituição rica em dados para pesquisa e engrandecimento da cultura paraibana, por conter em seu acervo de Fundadores e seguidores na época, nomes expressivos da nossa cultura jurídica. Outros nomes não estão contemplados como fundadores no Estatuto, mas estão com suas assinaturas apostas no Livro de Ata, onde passaram a assinar na forma sequencial do Termo de Fundação, em conotação de que após a composição da Academia pelos Fundadores foram sabedores da sua existência, ou consultados, e assim, assinaram, onde constam do livro de Ata e que merecem todo o respeito, apesar de não poderem ser considerados “Fundadores”, no ensejo citamos os nomes de Ofélia Gondim, Antônio Carlos Costa Moreira da Silva, Miguel Levino de Oliveira Ramos, Francisco de Assis Martins, Johnson Gonçalves de Abrantes, João Bosco Fernandes, entre outros.

Renato Cesar Carneiro, Jorge Alberto Dantas Sales, Berilo Ramos Borba (Vice-Presidente), Ricardo Bezerra (Presidente), Rita de Cássia Ramalho, Valério Bronzeado e Jairo Rangel Targiino. PRIMEIRA DIRETORIA Presidente: Ricardo Tadeu Feitosa Bezerra Vice-Presidente: Berilo Ramos Borba Secretário Geral: Jairo Rangel Targiino 1º Secretário: Valério Costa Bronzeado Tesoureiro: Renato Cesar Carneiro Conselho Fiscal Alberto Jorge Dantas Sales Maria José Teixeira Lopes Gomes Rita de Cássia Alves Ramalho Suplente: Josinaldo José Fernandes Malaquias SEGUNDA DIRETORIA Presidente: Ricardo Bezerra Vice-presidente: Berilo Ramos Borba Secretário-geral: Jairo Rangel Targiino 1º Secretário: Valério Bronzeado Tesoureiro: Renato Cesar Carneiro Conselho Fiscal: Alberto Jorge Dantas Sales Maria José Teixeira Lopes Gomes Rita de Cássia Alves Ramalho Josinaldo José Fernandes Malaquias

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DIVULGA ESCRITOR

QUADRO ACADÊMICO CADEIRA

PATRONO

01 02 03 04 05 06 07 08 09

Afonso Pereira da Silva Tarcísio de Miranda Burity Joacil de Brito Pereira Cláudio Santa Cruz Costa Dorgival Terceiro Neto Mário Moacyr Porto Otávio de Sá Leitão Semeão Cardoso Cananéia José Dervile Araruna

10 11 12 13

José Alves de Oliveira José Gabínio de Farias Luiz de Oliveira Lima Newton Soares de Oliveira

14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Otacílio Silva da Silveira Raimundo Gadelha Fontes Edigardo Ferreira Soares Romulo R. Rangel Sabino Ramalho Lopes Romero Abdon Queiroz da Nóbrega Amaury Vasconcelos João Lelis de Luna Freire Epitácio Pessoa Luiz da Costa Araújo Bronzeado Aurélio Moreno de Albuquerque Ubirajara Targino Boto

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FUNDADOR RICARDO Tadeu Feitosa BEZERRA Rita de Cássia Alves Ramalho Silva Eitel Santiago de Brito Pereira Ivo Sérgio Borges da Fonseca Carlos Pessoa de Aquino João Bosco Medeiros de Sousa Odon Bezerra Sobrinho Maria José Teixeira Lopes Gomes JOSINALDO José Fernandes MALAQUIAS Boisbaudran de Oliveira Imperiano Everaldo Dantas Nóbrega Ovídio Lopes de Mendonça Márcio Flávio Lins de Albuquerque e Souto Marcos Antônio Souto Maior Filho Alberto Jorge Dantas Sales Ridalvo Costa Flamarion Tavares Leite Rinaldo Mouzalas de Souza e Silva Renato César Carneiro Jairo Rangel Targiino Alexandre Costa de Luna Freire Berilo Ramos Borba Valério Costa Bronzeado Talden Farias José ADALBERTO TARGINO Araújo


DIVULGA ESCRITOR

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Ozias Nacre Gomes Antônio Joaquim PEREIRA DA SILVA Adhailton Coelho Costa Ernani Ayres Sátyro e Sousa José Rodrigues de Carvalho José Soriano Sousa Alcides Vieira Carneiro Nicolau Rodrigues dos Santos França Leite José Flóscolo da Nóbrega Vital do Rêgo Abelardo de Araújo Jurema Agnelo Amorim Filho Luiz Augusto da Franca Crispim Adolfo Tácio da Costa Cirne Raul Machado Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Melo Samuel Vital Duarte

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Dijaci Alves Falcão

44

Osmar de Aquino Araújo

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Aluízio Afonso Campos

46

Manuel Figueiredo

47

Albertina da Mata Correia Lima

48

Yanko Cirilo

49

Geraldo Beltrão

50

João Guimarães Jurema

28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41

Cleanto Gomes Pereira Ricardo Sérvulo Fonseca da Costa Aluízio Bezerra Filho Flávio Sátiro Fernandes José Fernandes de Andrade Roberto Moreira de Almeida Felizardo de Moura Jansen Ricardo Berilo Bezerra Borba Luciane Gomes João Nunes de Castro Neto Gustavo Rabay Guerra Werton Magalhães Costa Alexandre Cavalcanti Andrade de Araújo Francisco Seráphico da Nóbrega Coutinho Renata Torres da Costa Mangueira

Bezerra, Ricardo – História da Academia Paraibana de Letras Jurídicas.

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DIVULGA ESCRITOR

ENTREVISTA

ESCRITORA HILDA MENDONÇA

Gostaria que todas as pessoas lessem, lessem muito, pois a leitura dá o alicerce para as demais realizações. A leitura é o material para que construamos o Templo do Saber.”

Hilda Mendonça da Silva, nome literário Hilda Mendonça, é mineira, professora de Língua Portuguesa e Literatura. Hilda lecionou por trinta anos em Brasília e hoje mora em Passos, Minas Gerais, onde desenvolve as atividades de escritora de livros infantis e juvenis, contista, romancista, poetisa, pesquisadora de folclore e cultura popular. A escritora já recebeu vários prêmios, entre medalhas, troféus e diplomas. É também uma das fundadoras da Academia Taguatinguense de Letras, do Distrito Federal, e da Associação dos Escritores de Passos e Região, a Escritores &Cia. Em 2017, alcançou sua trigésima obra publicada. Hilda tem participação em inúmeras antologias.

Boa leitura!

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DIVULGA ESCRITOR Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

os relacionamentos humanos, o amor, preconceitos de idade e cultura.

Escritora Hilda Mendonça, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Apresente-nos “A Grande Virada”. Hilda Mendonça – A Grande Virada é um romance que tem como cenário uma pequena cidade do interior de Minas Gerais e também a cidade de Brasília; e no final, um cenário surpresa. Conta a história da médica Paula e do músico Fernando, amor Eros e que passa, devido a cruéis circunstâncias, ao amor Ágape.

Onde podemos comprar seu livro? Hilda Mendonça – Na Editora Scortecci, livrarias Cultura e Asabeça, em São Paulo; Mar de Minas, em Passos, Minas Gerais; e pelo e-mail: hilda-escritora@ hotmail.com. Quais os seus principais objetivos como escritora? Hilda Mendonça - Escrevo por necessidade de expressar aquilo que me vai na alma.

Qual o momento que mais a marcou enquanto escrevia “A Grande Virada”? Hilda Mendonça - Momento da traição. Quais os principais desafios para a escrita desta obra literária? Hilda Mendonça - Eu queria colocar algumas informações a respeito do último ano do século XX e que fosse uma linha, não fugisse da verdade. Então, durante todo o ano de 1999 anotei dia a dia os fatos importantes do Brasil e do mundo; são 365 anotações para tirar pequenas informações. O que mais chamou sua atenção nos feedbacks recebidos de seus leitores até o momento no que se refere ao enredo que compõe a trama? Hilda Mendonça - Tenho recebido muitos e bons comentários. A obra teve boa aceitação, apesar da

dificuldade de divulgação. Interessante: um oficial do Exército me escreveu perguntando se eu tinha o e-mail ou telefone da médica Paula, apaixonou-se; uma senhora me criticou pelo fim de Fernando, paixão também. O que mais a encanta em “A Grande Virada”? Hilda Mendonça - Acho que tem muito de mim. Como profissional da área literária, avaliando a obra, comente de que forma os professores podem utilizá-la como ferramenta educacional em sala de aula? Hilda Mendonça - É um romance que dá oportunidade para discutir

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “A Grande Virada”, da autora Hilda Mendonça. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos lei-

tores? Hilda Mendonça - Gostaria que todas as pessoas lessem, lessem muito, pois a leitura dá o alicerce para as demais realizações. A leitura é o material para que construamos o Templo do Saber.

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DIVULGA ESCRITOR

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Nell Morato

IDENTIDADE... E screver é o ofício do escritor. Alguns escrevem por amor à literatura, uns para aliviar a alma transbordante de emoções e outros só querem aparecer. Virar celebridade, ser imortal, marcar o nome para sempre em um livro, tanto faz, mas até para os motivos não tão nobres é preciso planejamento, foco. Durante o último *FLAL, que durou mais de dois meses, tivemos dificuldades em “marcar” e/ou localizar alguns autores. Inscreveram-se no nosso festival com um nome e depois desapareceram do Facebook… Na busca pelos autores desaparecidos, constatei que alguns haviam “mudado a titularidade no perfil do Facebook”. Outros, não localizei e diante da dificuldade, a equipe deixou pra lá! Encontramos os mesmos entraves no Leia-Livros. Alguns autores se escondem deles mesmos. Não encontramos nenhum endereço eletrônico. É uma facilidade em criar páginas e páginas, perfis, blogs, sites e e-mails e cada um com um nome diferente. E onde fica a identidade do autor? Como será reconhecido pelos leitores? E o pior, é que incomoda muito… Reclamam

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dos perfis “fakes” e criam um para cada protagonista de suas narrativas. E a identidade do autor? Como será encontrado nas redes sociais? Se escreveu cinco livros, cinco protagonistas com uma identidade fake e com foto (reconheço, às vezes, as celebridades que “emprestam” sua imagem), e o leitor fica como? A não ser que você autor, escreva apenas para um seleto público, e não tem a intenção de ser reconhecido como escritor brasileiro, que esteja satisfeito com o seu grupinho de leitores/amigos… ou até mesmo, que “pense” que o seu grupinho de colegas escritores é o único da sua cidade ou estado... Nossa, fica até estranho escrever “ser reconhecido como escritor brasileiro”, mas é o sonho de todos nós que fazemos da literatura a nossa existência, certo? Imagine o que aconteceria com o seu dinheiro, você escritor brasileiro, que trabalha para pagar suas contas e manter a família; quando pode, publica um livro pagando do próprio bolso, porque não temos incentivos por parte dos governos de nosso país; se você distribuísse o seu salário em cinco bancos? Quais as vantagens que receberia das instituições financeiras?


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Nenhuma. Talvez recebesse muitas propostas para transferir seu capital para um só banco; mas vantagens, por manter uma conta com saldo ínfimo, creio que nenhuma, aliás teria muitas tarifas para pagar. O mesmo acontece com os perfis no Facebook. Essa discrepância toda acontece aqui, pela facilidade em abrir contas. Perfil é para pessoas, que é o objetivo da rede. Para os livros e, aí sim, com destaque para os personagens, existem as páginas. O meu objetivo é sugerir que cada escritor crie a sua identidade, única, aquele nome, seja real ou pseudônimo, será usado em todos os seus trabalhos. E, assim, com o passar do tempo… poderá ser localizado, lido, comentado, criticado ou elogiado. Embaraçado fica quando o nome é comum e existe uma multiplicidade de perfis, aí, no livro consta a autoria, só que no Facebook, está diferente… quem procurar tentará a

barra de pesquisa e a rede apresentará inúmeros perfis com o mesmo nome… Danou-se! Que mudem as fotografias do perfil, atual ou antiga, quando era criança ou já adulto, isso não importa. Todos sabem que em rede social as imagens mudam constantemente, o prato de comida do jantar de hoje é diferente do prato fotografado ontem… a imagem é subjetiva. O que conta é a identidade nominal. Então, como quer ser lembrado? Um escritor desconhecido, confuso com vários nomes e nenhuma identidade? Ou vai marcar o seu nome na Literatura brasileira? Não adianta registrar na Biblioteca Nacional, na Câmara Brasileira do Livro, também é preciso marcar no dia a dia, na internet e em todo lugar, a qualquer instante… falou escritor e você se apresenta! *FLAL – Festival de Literatura e Artes Literárias Festival realizado no Facebook.

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ENTREVISTA

ESCRITORA IARA LADVIG BUDELON

Por se tratar de um romance histórico, equilibrar na ficção a verossimilhança com a historiografia, criando um espaço de diálogo coeso entre realidade ficcional e empírica, buscando e despertando a interação crítica do leitor.”

Iara Ladvig Budelon nasceu em 1965 em Porto Alegre (RS). Aos 16 anos escreveu o primeiro romance “Areias Escaldantes”, não publicado. Na escola de Ensino Fundamental Visconde de Pelotas participou de concursos literários promovidos pelo Grêmio Estudantil, onde foi incentivada pela orientadora educacional Vânia Mendes e a professora de língua portuguesa Maria Teresinha Sentinger. Em 1982, participou de concurso literário promovido pela LBA/Sul Brasileiro, no Ano Nacional do Idoso na categoria conto, obtendo menção honrosa. Graduada em Serviço Social (1994), com extensão em Gestão do Desenvolvimento Humano pela ULBRA-RS, trabalhou na Gestão de projetos governamentais em prefeituras do interior. Graduanda em Direito, blogueira e escritora freelance, Iara escreve em todos os gêneros: poesia, crônica, contos, romance e artigos de opinião. É autora do livro “Nós Desfeitos de Nós – Desafios”, no gênero autoajuda, em 2011 pela Editora Alcance.

Boa leitura!

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Romance histórico busca interação crítica do leitor Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Iara Ladvig Budelon, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a inspirou a escrever o romance “La Casa Amarilla”? Iara Budelon - Primeiramente, agradeço a oportunidade de participação e divulgação do meu livro. A inspiração para escrever o romance “La Casa Amarilla” se deve a sonhos recorrentes entre a fase da adolescência e a idade adulta. Costumava sonhar com uma casa amarela, me sentindo íntima daquele ambiente, como se realmente morasse ali. O sonho gerava um déjà vu. Um dia, ouvindo a trilha sonora de Gypsy King, tive vontade de escrever um romance, e a casa amarela seria o cenário perfeito, envolvendo descendentes de espanhóis, um amor quase impossível pelos ditames morais impostos à época, uma mulher forte e destemida lutando para sobreviver em tempos difíceis marcados pelo jugo do coronelismo, a cultura machista segregadora de direitos, ganância e preconceitos de gênero, raça e social, revelando aspectos desumanos da história da humanidade; aspectos esses, que se prolongam no tempo, com uma acuidade deficitária da percepção do outro. Iniciei a escrever o romance em 2010, e terminei em 2011, quando fiz o registro da obra no Escritório de Direitos Autorais – EDA. Na época, encaminhei em arquivo Word para algumas editoras em São Paulo, para fins de avaliação da obra. Somente esse ano foi possível a publicação. Como foi a escolha do título? Iara Budelon - O título surgiu em

O final da história foi um momento, especialmente, emocionante. Faz pensar que vale a pena lutar pelo que acreditamos, sejam crenças, valores e cultura, quando alguns personagens tinham “insight”, contornando situações adversas por meio de uma atitude significativa. decorrência do sonho com a casa amarela, ambientando o enredo em torno dela. Apresente-nos a obra. Iara Budelon - O romance histórico é ambientado em 1927, na cidade fictícia de Pinedos. Uma família de descendentes espanhóis, os Saavedra, é dizimada por doenças mortais, restando apenas mãe e filho, Teresa e Alejandro. Com pouco dinheiro e muitos hectares de terras férteis, recomeçam praticamente do zero. Com a escassez de recursos, reconstroem o casario amarelo, bastante desgastado pelas ações do tempo, e investem na cultura do café. Em um passeio pela cidade, Teresa conheceu o vizinho lindeiro. E após anos de viuvez, entregou-se a uma paixão, entre uma série de encontros e desencontros amorosos. O bucólico se manifesta em cenas inquietantes, ou mesmo

mornas, instigando o leitor a um quebra-cabeça de indagações. Teresa, soberana em suas decisões, tornou-se a própria vilã ao entregar-se ao claustro dos ditames morais da época. Quais os principais personagens que compõem a trama? Iara Budelon - Teresa, protagonista; Esteban, fazendeiro de origem hispânica e lindeiro de Teresa; e Antônio, administrador da Fazenda Saavedra. Quais os principais desafios para escrita do romance? Iara Budelon - Por se tratar de um romance histórico, equilibrar na ficção a verossimilhança com a historiografia, criando um espaço de diálogo coeso entre realidade ficcional e empírica, buscando e despertando a interação crítica do leitor. Qual o momento que mais a marcou enquanto escrevia “La Casa Amarilla”? Iara Budelon - O final da história foi um momento, especialmente, emocionante. Faz pensar que vale a pena lutar pelo que acreditamos, sejam crenças, valores e cultura, quando alguns personagens tinham “insight”, contornando situações adversas por meio de uma atitude significativa. O que mais a encanta nesta obra literária? Iara Budelon - O contraste de força e doçura da mulher, em uma quebra de braço com as chagas da alma pelas desumanidades, as quais ganham espaço nas mídias cotidianas. A proposta de vislumbre crítico, sempre atual, da incansável batalha da mulher pelo espaço na sociewww.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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DIVULGA ESCRITOR dade, conquistando respeito e reconhecimento no desempenho de seus diversos papéis. A imposição, ferrenha e atemporal, das questões sociais, de gênero e racial, abraçadas culturalmente por ideias errôneas. Onde podemos comprar seu livro? Iara Budelon -http://wwlivros. com.br/1056560/la-casa-amarilla http://www.editorametamorfose. com.br/livro.php?pid=1056560 http s : / / w w w.ama z on . c om. br/ dp/8593384102 http://www.espacocultural.com/ Quais os seus principais objetivos como escritora? Iara Budelon - Continuamente, aprimorar a qualidade da escrita; transpor para a ficção fatos reais, instigando o leitor a repensar as questões sociais ligadas ao preconceito social, gênero e raça, oportunizando um espaço à construção crítica da realidade com vistas a mudanças; e desconstruir a imagem de subalternidade relegada à mulher em relação ao homem, desfazendo o conceito cultural démodé para um “novo pensar”. Você pensaem publicar novos livros? Iara Budelon - Sim. Os stand by engavetados, registrados no EDA. E aqueles que futuramente pretendo escrever. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Iara Ladvig Budelon. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Iara Budelon - Sempre é tempo de recomeçar. Fazer algo por si e pelos outros, construindo pontes para

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dias melhores por meio das atitudes. Isso depende, unicamente, de cada um de nós. Faz-se o tempo. Blog da autora: Iara Ladvig Budelon (http://nosdesfeitosdenos.blogspot.com.br/)

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Josias A. de Andrade Neste artigo falo da importância da prática em revisão de textos e alerto os tomadores desses serviços quanto aos cuidados na contratação dessa mão de obra.

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ilhares de horas à frente da tela de um computador revisando textos e o fato de conhecer o trabalho de profissionais com pouca vivência na atividade permitem-me afirmar que um revisor não se faz da noite para o dia. E nem mesmo após ter concluído a disciplina de revisão de textos o egresso da universidade está apto a prestar um trabalho excelente. Só o tempo permitirá ao novo revisor pôr em prática o conhe-

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Revisão de textos, cuidados na contratação cimento teórico adquirido e tornar-se um profissional destacado nesta tarefa. É no exercício constante da atividade, enfrentando e resolvendo situações desafiadoras, que o revisor irá adquirir a tão requerida prática profissional. Nesta atividade, como em outras, há os bons profissionais, os medianos e os medíocres. E entre os medíocres encontram-se os “falsos”, isso mesmo, aqueles que não têm conhecimento algum do que de fato seja revisão de textos.

Já escrevi um artigo dizendo que “os revisores piratas estão em nosso meio” e que é preciso tomar cuidado com eles. Oferecendo múltiplas vantagens, aceitam o preço que o cliente está disposto a pagar. Pois bem, os piratas são indivíduos espertos que conseguem ludibriar o cliente, convencendo-o de que seu preço, sempre abaixo dos de mercado, compensa. Sim, “preço baixo” é a carta que o pirata tem na manga. E por não ter o conhecimento e a prática exigidos pelo mercado, ele tra-


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balha a preço convidativo. Isso prejudica o trabalho do revisor sério que dedicou milhares de horas na atividade para ser um ótimo profissional e poder oferecer um serviço excelente. Pasmem! Há clientes que aceitam e até contratam esses picaretas. Esses falsos profissionais são tão sórdidos, que conseguem ganhar a confiança do autor, que só percebe depois que foi enganado ou quando algum leitor lhe avisa, indignado com os erros que encontrou na obra. Aí já é tarde. Em muitos casos o autor confia tanto no revisor, que acredita que o trabalho que pagou para fazer será entregue com a perfeição esperada. Conheço casos em que ao analisar o trabalho já publicado havia erros até no título da obra, para não falar do miolo, isto depois de uma grande quantidade de exemplares ter sido impressa. Noutra situação o autor se surpreendeu, dizendo que seu revisor era professor de português, e ficou horrorizado com o que viu. A essa altura diversos títulos já estavam “revisados”, publicados e divulgados por meio de uma campanha que também cus-

tou grande soma de dinheiro. Em decorrência disso os autores citados tiveram prejuízo tendo que pagar por nova revisão e impressão das obras, sem falar nas críticas vindas de leitores que, queiram os autores ou não, tinham razão quando reclamavam falando dos erros que encontravam. É bom que o autor esteja consciente da necessidade de uma boa revisão em sua obra e não subestime a inteligência de seu leitor. Afinal, a razão de ser do escritor é o leitor, sem o qual escrever não teria sentido algum. Todos sabem que publicar no Brasil é bem complicado em razão dos custos, do interesse por parte das editoras e de outros entraves que emperram e desencorajam o novo autor. Não bastasse tudo isso, ainda há os espertalhões que grassam no mercado para atrapalhar esta importante etapa da cadeia produtiva do livro. Sempre que posso alerto aos novos autores e editores para não contratarem revisores sem um histórico de sucesso. Referências, recomendações e portfólio são exigências bem eficazes para evitar que caiam na mão de um “revisor pirata”. A apresenta-

ção de obras de gêneros, autores e editoras diferentes pode dar uma garantia maior e sinalizar que um revisor é competente. Também, neste caso, a exemplo do que ocorre com a venda de produtos piratas, é necessário que o autor e o editor estejam dispostos a pagar o preço de mercado ao profissional que atende às exigências sugeridas acima. Se não quiserem abrir a carteira e pagarem o que o trabalho vale, obviamente os “bucaneiros” entrarão em cena. E para combater esse mal a solução é não contratar esses serviços sem munir-se de garantias. Em 2000, fundei a Texto Ideal – Serviços Editoriais, empresa focada nas demandas de editores, autores e principalmente de estudantes. Nesses 18 anos de efetivo exercício da atividade, revisamos centenas de livros os quais foram publicados, muitos deles best-sellers. Cada trabalho a nós confiado é tratado como uma causa que precisa ser ganha, por isso focamos na excelência do trabalho que realizamos. Até hoje não perdemos nenhuma.

Interessados em ter seus textos revisados por nós podem solicitar orçamento: E-mail: arquitexto@gmail.com Skype: josias747 Site: http://texto10.wixsite.com/mais

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ENTREVISTA

ESCRITOR ISAÍAS OLIVEIRA

O interessante é que esse enredo revela uma Amazônia desconhecida do mundo então, e ainda não descoberta pelo homem moderno.”

Isaías Oliveira, 64 anos, é jornalista com 41 anos de profissão (1976-2017), nascido em Manaus (AM), tendo exercido durante 30 anos atividades de assessoria de imprensa e cargos públicos. Durante os anos 1970 militou na política de esquerda no MDB e foi articulista no jornal A Notícia, de Manaus, onde trabalhou dois períodos sob censura prévia. Participou do movimento em defesa das artes e das tradições populares do Amazonas, com o jornalista Bianor Garcia e artistas, como os pintores Moacir Andrade e Afrânio de Castro; os poetas Jorge Tufic e Aníbal Beça; e o escritor Anthístenes Pinto. Nos últimos anos tem se dedicado ao estudo de temas amazônicos, sobretudo a cultura e o saber tradicionais dos povos da floresta, com quem teve convívio desde a infância, nas viagens com o pai para extração de madeira nos confins da floresta; e na juventude, como membro de grupos de caça e pesca na Amazônia. O romance “A Dimensão dos Encantados” é uma reflexão do autor encarnando dois personagens verdadeiros, pessoas que existiram no contexto da aventura e que realmente a viveram e acreditaram em tudo o que viveram, criando, a partir dessa crença, uma verdade absoluta. Além de “A Dimensão dos Encantados”,possui finalizados “O Diário em Branco”, em revisão; e “A Casa do Fim da Rua”; e em elaboração “O refúgio do Grande Espírito da Vida”, além de poemas e contos ainda por organizar para edição. A veia poética surgiu na convivência com o poeta Thiago de Mello, em seu retorno do exílio, de quem se tornou o primeiro novo amigo no dia de sua chegada a Manaus. Boa leitura! www.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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DIVULGA ESCRITOR Enredo revela uma Amazônia desconhecida por muitos Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Isaías Oliveira, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, como surgiu inspiração para a escrita do romance “A Dimensão dos Encantados”? Isaías Oliveira - Bom. Não chegou a ser uma “inspiração”, mas uma coisa até natural. Meu pai, também Isaías, foi um dos maiores aventureiros da Amazônia. E era também um exímio contador de histórias. Isso numa época – década de 1950, início de 60 – em que não conhecíamos nem rádio portátil; ele tornava-se a principal atração para os curumins da floresta. Assim, “A Dimensão dos Encantados” acaba sendo uma história bem familiar, da nossa família: meu pai, Isaías, minha mãe, Marina, e os sete filhos. Porque todos nós, embora na época não compreendêssemos, participamos dessa aventura. Apresente-nos a obra. Isaías Oliveira - Eu diria que “A Dimensão dos Encantados” é um conto de duas histórias, reunidas numa única narrativa. Por meio de uma leitura paralela a gente acompanha um navegador aventureiro e um caçador perdido na mata, rememorando passagens de suas vidas antes de se encontrarem, num fim de tarde, nos confins da Amazônia, onde o caçador, já com aparência de animal e sem lembrar mais a linguagem humana, quase é abatido a tiros pelo aventureiro. O interessante é que esse enredo revela uma Amazônia desconhecida do mundo então, e ainda não descoberta pelo homem moderno. Nela, o sobrenatural e o humano se misturam na dimensão fantástica da mente, um espaço onde o caçador, o pescador e o ribei84

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rinho vivem a brutalidade, o medo e a magia dos encantamentos da floresta, como verdades absolutas. São homens verdadeiros vivendo uma realidade intangível. Então, “A Dimensão dos Encantados” é uma obra baseada em fatos reais? Isaías Oliveira - Por se tratar de uma história que lida com o imaginário fértil do homem amazônico, povoado de lendas, mitos e assombrações, não posso afirmar que os fatos são reais. Mas posso garantir que a história de vida dos dois personagens realmente aconteceu. O relato do livro saiu da mente do meu pai. As histórias de ambos, porém, foram construídas por duas mentes sintonizadas com a vivência, os costumes e a natureza da Amazônia selvagem. Quais critérios foram utilizados para a escolha do título? Isaías Oliveira - Aí foi inspiração mesmo. No meu roteiro seria uma crônica de viagem. Quando comecei a escrever despertou-me a constatação de que não se tratava de uma simples história de noites de “serão”. Ela retratava uma passagem de duas vidas diferentes, que se identificavam pelo ambiente em que foram vividas, uma Amazônia, ainda naqueles tempos, desconhecida, selvagem, onde índios guerreavam com brancos invasores e onças atacavam pessoas no terreiro das casas. Nesse ambiente sem tecnologia nem meios de comunicação a distância, a mente do caboclo era povoada de medo das assombrações da mata. E esse homem acreditava de corpo e alma nos seres encantados que dominavam a sua cultura empíri-

ca. O saber tradicional, a medicina da selva, as profecias sobre o futuro provinham de espíritos que se comunicavam com pajés e feiticeiros. Na realidade, eu estava escrevendo sobre um mundo encantado... Quais os principais personagens que compõem a trama? Isaías Oliveira - Nós temos apenas dois personagens centrais, vivendo duas histórias paralelas. Um, o aventureiro sem nome, narrador da trama, navegando o curso de um rio com um destino certo. O outro, o caçador Berenício, vagando perdido no setentrião da floresta amazônica, cuja história é narrada na segunda pessoa. No relato de ambos se identifica uma sintonia, quase simbiose espiritual, cultural e até biológica com o meio ambiente selvagem. Podemos dizer que são dois homens selvagens vivendo aventuras convergentes na selva. Mas não se trata apenas da história de dois homens da selva. Porque é também uma parte da história de um mundo verdadeiramente encantado, a Amazônia. Naquilo que ela tem de mais selvagem, onde se percebe a existência de um “encantamento” maior, essa coisa espiritual que transcende, permeia e ao mesmo tempo movimenta todos os mecanismos de vida da floresta. Que momento mais o marcou enquanto escrevia o enredo que compõe a obra? Isaías Oliveira - O capítulo Viagem ao círculo de luz. Foi claramente uma irradiação mediúnica. Eu tirei de um fôlego, sem parar. Simplesmente sentei-me, liguei o PC e escrevi. Sem pensar. Por que? Porque eu estava vendo mentalmente


DIVULGA ESCRITOR aquela cena. Fui levado àquele “conclave” na clareira encantada, nessa dimensão do astral que envolve a todos nós no mundo tridimensionado. Aqui cabe uma explicação:tanto meu pai quanto o homem perdido, Mestre Bené, eram médiuns. Assim como eu próprio e duas de minhas filhas, que hoje trabalham comigo no centro espírita Cedecom, uma Base de Mentalização que se dedica à proteção espiritual da Amazônia. Quais os principais desafios para a escrita do livro? Isaías Oliveira - Na verdade, não houve propriamente nenhum “desafio”. Eu já tinha uma agenda de livros para escrever e vinha trabalhando nisso nas horas vagas. Nesse período, entre 1983 e 2002, fiquei envolvido no meio político assessorando parlamentares, prefeitos e governadores e minha vida era muito atribulada. “A Dimensão dos Encantados” era apenas uma das ideias. Na verdade, já tinha começado outros dois romances – “Ana da Escadaria” e “A Casa do Fim da Rua”, ainda não publicados. Mas aí surgiu a oportunidade. Quando fui trabalhar numa secretaria de governo somente um expediente, isso em 1997. Ficava de folga o período da tarde e me veio a vontade de começar a escrever as memórias do meu pai. No fim daquele ano assumi o cargo de subsecretário de Comunicação do governo do Amazonas, mas não dava mais para parar. O prólogo e o epílogo do livro registram as datas. Onde podemos comprar seu livro? Isaías Oliveira - O livro “A Dimensão dos Encantados” é publicado

e vendido pela editora Biblioteca24Horas – www.biblioteca24horas.com.br. E também na Amazon – https://www.amazon.com.br. Quais seus principais objetivos como escritor? Pensa em publicar novos livros? Isaías Oliveira - Bem direto: continuar escrevendo, divulgar o livro já publicado e publicar novos livros. Paralelamente: aos 65 anos, que completarei em julho, me aposentar até o fim do ano e ter mais tempo para escrever sobre a Amazônia. No meu trabalho mental/espiritual como médium tenho coletado um grande volume de conhecimentos sobre a Amazônia. Esse conhecimento transcendental precisa ser organizado e divulgado para que as gerações em formação despertem para a real finalidade desse “Jardim da Criação”, que é a nossa Terra; e para a importância do “Berçário de Vida”, que é a Amazônia.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Isaías Oliveira. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Isaías Oliveira - Primeiro, quero agradecer esse espaço privilegiado que a Revista Divulga Escritor me oferece. Nós, iniciantes, sabemos das dificuldades para publicar e mais ainda divulgar num espaço qualificado uma obra literária. Quanto à mensagem, pode parecer óbvio e oportuno, mas ela é: leiam! Não apenas o meu livro. A leitura engrandece a cultura do ser humano. E digo mais: passem adiante o conhecimento que adquirirem. Contem histórias aos seus filhos, publiquem suas histórias com o conhecimento que elas lhes proporcionaram. Não esqueçam de que o maior ser humano que já pisou este planeta viveu neste plano numa época em que ler e escrever era privilégio de castas da nobreza. E mesmo assim Ele, contando histórias, deixou o maior legado filosófico e espiritual da nossa civilização. E acreditem: da mesma forma que Ele, todos nós somos responsáveis pelo aperfeiçoamento da espécie humana nesta Terra abençoada. Tudo acontece a partir de um pensamento; e nós vivemos hoje em um mundo onde os nossos pensamentos podem alcançar a todos. Contato: E-mail: isaiasndeoliveira@gmail.com - https:// www.facebook.com/isaias.nascimentodeoliveira.1 _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com www.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

THIS EXPLAIN WELL

Imagine that: You don’t have much, but you have enough. You are completely satisfied with what you have. Your are not a guy that loves Money, recognition, you are a simple guy. You want just one simple thing.

Martel Alexandre

FOGO Fogo que silencia e fala. Fogo que estala e cala. Fogo que queima e consome. Fogo que alimenta a fome. Fogo que faz falta e foge. Fogo que nos traz o auge. Fogo que atormenta e chora. Fogo que não vai embora. Fogo que alimenta a alma. Fogo que afaga e acalma. Fogo que em mim faz falta. Fogo que grita em voz alta. Fogo que me atormenta. Fogo que em mim lamenta. Fogo que me joga fora. Fogo que se vai embora. Fogo indiferente a vida. Fogo que não faz morada. Fogo que dá gosto some. Fogo é minha namorada.

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For example: This thing is a simple cup of tea. So you think: “wow! That’s really simple!” But every time you try to drink a cup of tea, somenthing happens. The Market has no more tea. The tea falls. And you think: “I have everything I want, anything but this simple cup of tea. So you try to ignore your desire and start to think: This is not so necessary, I can handle my life without this. So you go walk by some street, then you see everybody with a fucking cup o tea in their hands. And it’s look so easy. So you return to your house, and close the door trying be blind for this joke of destiny. You desire this so much and can’t have, others not even care about the tea, so thay have so much. The tea falls from their mouths. The desire for the tea only get stronger and stronger. This is my life now, just change the tea for Love.

SOMBRA

É noite. Estou de Óculos, luvas pretas, jaqueta de couro, um crucifixo prateado no peito. Ando devagar com meu carro. Tudo que procuro é confusão. Tenho muito ódio dentro de mim e preciso descarregá-lo em alguém.

Passeio com meu carro pelas ruas mais agitadas desta madrugada de sábado. As festas estão acabando, os cérebros estão entorpecidos. Eu estou sorrindo de maneira macabra. Deixo meu carro estacionado e parto andando por vielas escuras. Não demora muito para que encontre meus clientes desta madrugada. Barulhentos, eles gritam e riem. Ouço gritos femininos em meio às risadas masculinas. Diria que são duas garotas e três ou quatro homens. Tudo soa como uma tentativa de estupro. Os gritos desesperados não me fazem andar mais rápido, só aumentam minha raiva. Virando algumas vielas encontro seis homens tentando segurar duas garotas. Eles não percebem minha aproximação. Digo a eles que escolheram o dia errado para fazer este tipo de coisa. O mais forte deles deixa uma garota com os outros e vem em minha direção. Enquanto anda até mim, ele fala sem parar. Não presto muita atenção no que ele diz. Minha única dúvida é: quanto tempo ele viverá? Quando percebo que ele está perto o suficiente, saco minha faca atravesso-a em seu pescoço. A faca sai acompanhada de muito sangue. Ela segura o ferimento com as duas mãos enquanto o sangue escorre por entre os dedos. Ele se afoga e cai. Os outros rapazes olham descrentes. Deixam as moças de lado e vêm até mim. Corte após corte eles caem. Liberto minha fúria. A morte encontra cada um deles. O mais covarde, ou esperto, corre. Enquanto ele foge desesperado, com um corte no braço direito e um no


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tendão de trás da perna esquerda, que lhe impede de correr corretamente, vou até as garotas. Elas estão bem, não foram violentadas. Sinto-me feliz. Levanto-as do chão e digo para que fujam. Começo minha caçada ao último deles. Penso em correr atrás dele, mas o rastro de sangue me mostra que ele não irá longe. Decido aproveitar o tempo bom para fazer uma caminhada. Encontro-o se apoiando em uma parede. Ele olha para trás e tenta acelerar o passo. Com uma faca em cada mão, corro até ele. As duas facas entram pelos vãos dos ombros. Ele cai. As facas permanecem em minhas mãos. Está terminado. Sorrio. Estou feliz e calmo. Volto, assoviando, ao meu carro. Percebo como a noite está linda. Poucas nuvens. O dia será ensolarado. Chego em casa, tiro minha roupa, vou para o banho. Sangue se vai pelo ralo. Eu não estou ferido.

outro. Uma idealização de algo que não se quer ver, pois ver colocaria em cheque a própria fantasia e o próprio prazer. Pílula sobre amor e sexo: Amor e sexo são como água e óleo. Amor é ver o outro como real, e mesmo assim gostar. Sexo é idealização. Amor é o prazer do outro como tudo e como basta. Sexo é a idealização do próprio como orgasmo e como desejo. A mágica acontece quando as duas coisas, mesmo que opostas, acontecem em um mesmo momento: amor com sexo, sexo com amor. Momento raro e único. Onde se vê o real em conjuntura idealizada na qual ocorre a busca pessoal pelo prazer juntamente com a troca de prazer. Um clímax mais demorado e inesquecível. Amor que dura. Sexo que dura. Sexo com amor. Amor é substância que não se esvai e não tem picos. Sexo é gráfico senoidal. A combinação seria a ideia de Hayek. Um amor sexual com menores depressões. Uma linha quase reta pouco ascendente.

Saio do banho, ligo meu rádio. Adoro Tchaikovsky. Coloco os pães no forno e vou até minha esposa que ainda THE HEALER dorme. Beijo-a e dou bom dia. Ela Porque todas as pessoas deveriam pergunta por que acordei tão cedo. ter uma estrutura feliz, ele existe. Digo o de sempre: arrumar a padaria. Seus encontros não são por acaso. Sua presença é a divisão que une. Abro as portas da padaria. Como disse: Um dia ensolarado. Para al- Ele sente o cheiro da dor e se aproxima. Ele faz o papel de amigo, de guns, eu fui uma sombra. irmão, de pai.

AMOR E SEXO

Pílula sobre o amor: Não te acho linda e por isso te amo. Te amo e por isso te acho linda. A diferença aqui é importante. Pílula sobre Sexo: Busca de um prazer próprio. Busca do prazer através de uma fantasia que se simboliza no

Ele abraça e toca a alma, ele beija e divide o destino. No pulso ele sente a emoção que move. No calor ele sente a falta. Ele supre.

retira o que já não vive em harmonia, ele opera. Com suas emoções em segredo. A calmaria que esconde uma tempestade. Ele aparece. E quando a cura já não é mais necessária, o amor as vezes some. Foi assim que os divinos lhe abençoaram e amaldiçoaram. Ele sabe que um dia será diferente. A cura dada lhe será devolvida. Então, ele será mortal e morrerá ao lado dela. Aquela que lhe foi prometida. E o amor nunca mais acabará. Esta é a promessa. Ele cura sendo ferido. Ele curará sendo curado com ela. The healer.

PENA, PENA, QUE PENA

Todos parecem tão especiais. Pena que não há espaço para tanta gente fantástica assim. Todos parecem tão felizes. Pena que o rivotril está sendo dado aos pássaros. Todos são tão independentes. Pena que não conseguiram 1000 likes na foto. Todos são tão politizados. Pena que alguém apresentou um argumento contrário. Todos sabem o que é bem e mal. Pena que os filósofos relativizam tudo. Todos sabem o que é amor. Pena que se matam. Todos sabem o que é uma relação feliz. Pena que é só para um. Todos se casam. Pena que se divorciam.

Suas lágrimas curam. Suas emoções Todos poderiam ter felicidade. apaziguam. Como uma espada que Pena que a regra é mais importante entra na alma. Como um bisturi que que a vida... www.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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ENTREVISTA

ESCRITORA JOSÉ CARLOS BARBOSA José Carlos Barbosa nasceu em2 de setembro de 1948 em Serra Azul (SP), na Fazenda Belo Horizonte. Radicou em Ribeirão Preto desde 1955, terra que o adotou como se fosse sua terra natal. Sempre estudou em escolas públicas, mas ao ingressar na universidade não chegou a terminar o curso de administração. Tem outros cursos com certificados extracurriculares: IBTF – Instituto Brasileiro de Educação e Tecnologia de Formação a Distância, Cooperativismo e Auto Emprego a Distância, Habilidade Específica em: Negociação e Resolução de Conflitos e A Gestão de Equipes do Programa Auto Emprego, com carga horária de 200 horas. Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho dezembro de 2006; Certificado:IBTF – Instituto Brasileiro de Educação e Tecnologia de Formação a Distância, Cooperativismo e Auto Emprego a Distância, com Habilidade Específica em: Como Elaborar um Plano de Empresa I e II, do Programa de Auto Emprego, com carga horária de 200 horas, Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho dezembro de 2006; Certificado –IBTF: Instituto Brasileiro de Educação e Tecnologia de Formação a Distância Cooperativismo e Auto Emprego a Distância, com Habilidade em: Plano de Marketing Estratégico, do Programa de Auto Emprego, com carga Horária de 145 horas, Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, dezembro de 2006. Foi caminhoneiro por algum tempo, fundador do primeiro jornal no norte de Mato Grosso “Negócios e Negócios do Notão”, microempresário no ramo atacadista e representante comercial. Aposentado, hoje é presidente da Ordem dos Jornalistas de Ribeirão Preto e Região, membro da Casa do Poeta de Ribeirão Preto; UEI “União dos Escritores Independentes” de Ribeirão Preto; Grupo Médicos Escritores e Convidados. Barbosa é autor da Mostra dos Escritores de Ribeirão Preto e Região e Diretor do Sarau de Todas as Tribos.

Boa leitura! 88

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DIVULGA ESCRITOR Sabedoria e conhecimento andam juntos em “Nego Véio” Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Barbosa, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que mais o atrai na arte de escrever? Barbosa - Quero dizer que se falar José Carlos, não vai encontrar viv’alma que me identifica; agora se falar “o Barbosa escritor”, como sou conhecido em minha cidade e região... Para mim, escrever é como se estivesse viajando. Quando o tema chega, esqueço de tudo ao meu redor, então sento e as horas se vão, e chego a escrever um livro em uma noite, como tenho o mais recente escrito, ainda no prelo. Como surgiu inspiração para o seu livro “Nego Véio”? Barbosa - Desde a juventude eu gostava de escrever. Quase todo fim de tarde sentava e escrevia alguma coisa; era como se transferisse para o papel as confidências do dia a dia, mas acabava de escrever, acho que o estresse estava ali depositado, então jogava fora. O livro “Nego Véio” começou a ser escrito em um maço de cigarros desmanchado; guardei no bolso e depois criou vida, então guardei. Isto foi na década de 70, no entanto, foi publicado só agora em 2013. Apresente-nos a obra. Barbosa -“Nego Véio” nasceu em algum lugar da África, e quando estava atingindo o Kafo,foi capturado, como todos os escravos; foi comprado e viveu em uma fazenda. Era um exemplo e conselheiro dos escravos, era um iluminado que foi chamado para ser acompanhante

Em meus textos, quero chocar o leitor, não deixar que ele repouse na banguela dos lugares-comuns, das expressões acostumadas e domesticadas.

e conselheiro do patrão, mesmo a contragosto dos seus. Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio do enredo que compõe “Nego Véio”? Barbosa - Transmitir aos demais que, mesmo sendo escravo, ele parecia ter um conhecimento que não se sabe o porquê, e como uma mente àquela época tão distante poderia ser iluminada. Quais os principais desafios para a escrita desta obra literária? Barbosa - Esta obra foi escrita em 1974, e é a única obra publicada pela FUNPEC –Editora. Em 2013, um editor me fez um desafio:disse que publicaria um livro meu se eu entregasse os originais no prazo oito dias e me daria de graça 500 livros. Esse foi o tempo suficiente para remontar o livro e assim foi. Ele perdeu a aposta e cumpriu com o prometido. Qual o momento que mais o marcou enquanto escrevia o enredo que compõe o livro? Barbosa - O ponto crucial deste livro foi o pranto no seu final, mas foi a minha maior felicidade, porque a maioria dos que o leram chorou ao ler o final. Então, foi um livro que

causou comoção em todos os meus leitores. Além de “Nego Véio”, você tem outros livros publicados. Apresente-nos os títulos e segmento. Barbosa 01 - Coisas de Boteco 1- Trocando o Divã pela mesa dos bares (3ª edição, esgotado) 02 - Coisas de boteco 2- A Caneta Etílica(esgotado) 03 - Coisas de boteco 3 - Verdades e mentiras 04 - Coisas de Boteco 4 - Essas mulheres 05 - Zumbi dos Palmares - O Rei Negro do Brasil 06 - Luiz Gama - Precursor abolicionista (1ª biografia) 07 - Serra Azul - Oitenta anos de causos e prosa 08 - Nego Véio 09 - Organizador de uma Antologia da Ordem dos Velhos Jornalistas de Ribeirão Preto. Aguardem, vem aí, para início do ano, “Quem matou o Mortalha?” Onde podemos comprar seus livros? Barbosa - Meus livros já foram enviados para vários países de três continentes; então quem se interessar, pode solicitar por: http://www. kgebeditora.com.br/vitrine.php (Pag Seguro); E-mail: kgebeditora@gmail.com Você, por necessidade, se tornou editor de seus próprios livros; hoje ajuda outros escritores a produzirem os seus livros de forma independente. Comente sua trajetória literária e como é realizado este apoio. Barbosa - Quando resolvi publicar o primeiro livro “Coisas de Boteco”,

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fiquei sabendo o que era a diferença entre livro publicado e editado, pela Biblioteca Nacional. Então, fiquei sabendo que o editor registrava os livros dos escritores, todos no seu ISBN e o Código de Barras também era o seu. Isto me irritou e comecei a alertar os escritores, então comecei a fazer os registros no nome de cada um e provar que aquela editora era um engodo. Era não, eles continuam sendo até hoje. Vários escritores não acreditavam que isto acontecia até que um deles foi se inscrever na UBE (União Brasileira dos Escritores) e não foi aceito porque o ISBN estava no nome desta editora. Somente aviso: – o livro não é seu. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor José Carlos Barbosa. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Barbosa - Se você é apenas leitor, deixo um texto:

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“Em meus textos, quero chocar o leitor, não deixar que ele repouse na banguela dos lugares-comuns, das expressões acostumadas e domesticadas. Quero obrigá-lo a sentir uma novidade nas palavras” João Guimarães Rosa Agora, se você tem a intensão de ser um escritor! Venha agora mesmo, temos uma série de oportunidades irresistíveis. É chegada a hora. Orçamentos sem compromisso, facilidade no pagamento. Enviamos seu livro a qualquer parte do país ou fora dele. Fazemos digitação, diagramação, antologias, livros de família, livros técnicos etc. Fazemos também seu registro em seu nome na Biblioteca Nacional com ISBN e seu Código de Barras. Oferecemos consultoria literária, auxiliamos na confecção do livro, do começo ao fim. Se tiver algum escrito engavetado, fale conosco, e lhe devolvemos em livro.

José Carlos Barbosa Rua João Nuti 76 – Jd. Mosteiro Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil CEP14085-510 kgebeditora@gmail.com Publicar: www.kgebeditora.com.br E-mail: kgebeditora@gmail.com Facebook: kg&b Editora Twitter: @editorakgeb.com.br Blog: KGeB Editora https://www.blogger. com/blogger.g?blogID=9015490540791584886#allposts https://plus.google.com/u/0/

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Rosa Marques

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ra o segundo Natal que David e Nayara, passavam longe do seu país e da família, desta vez ali na ilha, onde estavam a viver há cerca de quatro meses. No entanto, eles não passariam sozinhos, este Natal; agora tinham o bebé, que era a luz das suas vidas. Alexander tinha sete meses, olhar penetrante e um sorriso pronto que cativava a atenção de quem se aproximava dele. Na ausência da mãe, David cuidava do bebé, principalmente nos dias em que estava de folga; fazia a papa, o puré, dava banho, mudava as fraldas. Ao fim da tarde, saía com o bebé no carrinho e passava no salão de estética onde Nayara trabalhava, ia quase sempre perto da hora da saída dela, depois voltavam para casa juntos. Quando havia poucos clientes, entrava com o carrinho do bebé, e Nayara, no intervalo entre uma e outra cliente vinha até junto deles, esbanjando sorrisos, e brincava com o menino. Carinho-

A MAGIA DA CIDADE sas, algumas clientes aproximavam-se também do bebé e, sorridentes, distribuíam miminhos. Se calhava o salão estar cheio e Nayara ainda muito ocupada, David aguardava na porta, esperava uns breves segundos… até ela reparar neles. Sorrindo, ela acenava-lhes. Só então ele se afastava com o filho, dava uma volta, mas mantinha-se por perto, à espera de uma hora mais calma, então voltava para que a mãe pudesse pegar no menino por uns momentos. Andavam envolvidos num encantamento que, por vezes, parecia-lhes que estavam a viver um sonho. Sem trabalho e cansados de uma vida de privações de toda a ordem, num país destruído pela guerra, os dois arriscaram emigrar para Portugal. Chegaram entusiasmados, trazendo com eles apenas a esperança que os alimentava desde o dia em que começaram a planear a viagem. Ansiavam por paz, viver e trabalhar num país sem guerras… onde pudessem caminhar sem

medo e em liberdade pelas ruas. Na altura, eram apenas namorados, conheciam-se há pouco mais de um ano e foi com algum temor que a família de ambos os viram partir. Nayara não conseguia esquecer a expressão do rosto da mãe, nem as suas lágrimas, quando se despedira, e ela dissera-lhe que tinha o pressentimento de que não voltaria a vê-los. A lembrança desta premonição entristecia-a, e sempre que podia telefonava e enviava fotos dela e de David, e depois já com o bebé bem juntinho a eles. Conseguiram trabalho, no mesmo hotel, ele como cozinheiro, ela no salão de estética e beleza, fazendo massagens, limpezas de pele, manicura, depilação… para as quais tinha feito formação na sua terra. Exibia o seu diploma com orgulho, e assim que começara a trabalhar mostrou que tinha alguns conhecimentos e que gostava do que fazia. Passado pouco tempo, já ninguém se questionava ou queria saber se ela tinha

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ou não diploma; as clientes surgiam dia após dia… saiam satisfeitas e voltavam… era o quanto bastava para a entidade empregadora. No segundo ano, o director do hotel falou com David; precisavam de um cozinheiro na unidade hoteleira que a empresa estava prestes a inaugurar na ilha da Madeira e tinham pensado nele. Queriam que ele orientasse e ensinasse os novos funcionários, até tudo estar organizado e a correr bem, para isso teria de ficar na ilha pelo menos um ano. Pagavam-lhe um bom ordenado e davam alojamento para ele, a mulher e o filho, enquanto permanecessem na ilha. Sobre a Madeira, disseram-lhe apenas que era um lugar bonito à beira-mar, com um clima ameno e onde as pessoas eram afáveis. Nayara havia sido mãe há pouco tempo e não estava a trabalhar, preocupou-a aquela mudança repentina, principalmente a viagem com o bebé tão pequenino ainda. Partiriam no fim do mês seguinte, dissera-lhe David, e não podia recusar sem correr o risco de desagradar ao director, e isso seria prejudicial, pois tudo o que eles precisavam era de trabalho e o dinheiro que lhe pagavam a mais compensava. Prepararam a partida e, pouco tempo depois de chegar à ilha, Nayara procurou trabalho; não teve dificuldade em encontrar. Contribuiu para isso a experiência que adquirira durante o tempo que trabalhara no hotel do continente. Decidiram, então, procurar uma creche para deixar o filho nos dias em que ambos estivessem a trabalhar, mas sempre que pudessem fi-

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cariam com ele, ou iriam buscá-lo mais cedo. Com o mês de Dezembro… chegou também o dia em que se acenderam, pela primeira vez, as luzes da cidade com as decorações natalícias. David foi o primeiro a ver. Da varanda do apartamento, situado na calçada de Santa Clara, e deslumbrado, chamou por Nayara, que estava na cozinha, atarefada, a preparar o jantar. Já tinham ouvido falar na festa de fim de ano, que ali na ilha era considerada uma das mais importantes, e das muitas pessoas que vinham à ilha nessa época festiva, mas nunca imaginaram nada assim. Estavam surpresos, maravilhados… abraçavam-se… contagiados pela alegria que lhes proporcionava o esplendor da cidade iluminada. Logo após o jantar, agasalharam o bebé, colocaram-no no carrinho e saíram. Queriam percorrer as ruas da cidade assim iluminadas... misturar-se com as outras pessoas… estar presente e desfrutar da magia daquele espectáculo magnífico de luz e cor. Enquanto David se responsabilizava pelo carrinho do bebé, Nayara, com o telemóvel tirava fotos… queria fotografar tudo: as árvores decoradas que ladeavam as ruas, os prédios, os lindos motivos de Natal ornamentado toda a cidade… Passaram no largo do Colégio, desceram até à avenida do Infante e por lá ficaram algum tempo a ver o presépio e todas as bonitas decorações alusivas ao Natal que havia ao longo daquela rua. Seguiram depois até ao cais, onde estavam as árvores luminosas, imensos focos de luz intensa e atractiva, que os turistas gostavam de fotografar.

Do cais podiam ver todo o esplendor da cidade; sentaram-se num dos bancos e Nayara enviou mensagens para a família e as amigas, e à medida que estas eram retribuídas eles aproximavam-se mais, e assim com as caras quase encostadas, riam felizes e liam juntos. Sublime! Comentavam com uma alegria que não conseguiam conter, depois do que tinham passado era uma bênção encontrar um lugar assim tão bonito. Era ali que queriam viver e criar o filho. Não havia nada melhor do que aquela paz… a liberdade de poder caminhar pelas ruas sem medo. Sorriam às pessoas que olhavam o bebé no carrinho, e estas sorriam-lhes também, algumas abeiravam-se do menino, mimando-o com falas carinhosas. Nessa noite decidiram que, acontecesse o que acontecesse, ficariam a viver na ilha; já ambos falavam um pouco de português, o suficiente para entenderem e serem entendidos. Faziam planos… trabalhando juntos, haviam de conseguir economizar o dinheiro suficiente para comprar uma casa ali na ilha. Porém, pensavam nos familiares que viviam na Moldávia, o país de origem, e sentiam tristeza por eles estarem numa zona de conflito. Apenas essa preocupação vinha ensombrar a alegria daquela noite repleta de magia, em que eles, os três, passeavam pelas ruas claras e luminosas da cidade do Funchal. No carrinho, Alexander já dormia e Nayara, aconchegava a mantinha para que o menino não apanhasse frio durante o percurso de regresso a casa.


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ENTREVISTA

ESCRITOR JOSÉ VIEIRA

Penso que a evidência maior ainda é o conflito; são conflitantes por natureza, pois tanto a ciência quanto a religião são conduzidas por homens e mulheres entre os quais a maioria defende, acima de tudo, os interesses pessoais ou corporativos.”

José Alves Vieira nasceu em 8 de abril de 1956, filho de Jerônimo José Cabral e Agostinha Martins Cabral, ambos já falecidos; foi trabalhador rural e professor de ensino fundamental. Casado com Neusa Mariana de Sousa Vieira,Vieira é pai de Viviane, Nilton e Willian (in memoriam); avô de Vanessa,Andressa, Alana e Daniel. Advogado, atua na área do Direito do Consumidor. Autor do livro “Entre a Religião e a Ciência – A Verdadeira Origem do Homem”, há 17 anos exerce o cargo de assessor jurídico no PROCON de Rio Verde,no estado de Goiás. Boa leitura!

Ciência e religião entre conflitos pessoais e corporativos Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor José Vieira, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Como surgiu o gosto pela área filosófica? José Vieira - Primeiramente, é bom definir o que é filosofia. Segundo a definição mais simples, é “amor à sabedoria”. A filosofia consiste no esforço para entender a própria existência e o mundo à nossa volta, bem como os valores que a sociedade considera politicamente corretos. A

Bíblia talvez seja a fonte filosófica mais completa, de onde se pode extrair conhecimentos de infinitos seguimentos, não só religiosos, mas de toda natureza nas relações humanas. Comecei a estudar a Bíblia muito cedo; inicialmente, pela fé, depois de forma racional, o que me permitiu questionar contradições e comparar a lógica das coisas com os contextos bíblicos, históricos e científicos. Não me considero um filósofo, meu conhecimento é limitado e superficial; gosto de pensar em outras dimensões. www.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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DIVULGA ESCRITOR Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio do seu livro “Entre a Religião e a Ciência”? José Vieira - O objetivo central é mostrar um caminho, onde a ciência e a religião possam caminhar juntas; é provar que existe compatibilidade entre a religião e a ciência, ou seja: a fé e a razão são compatíveis. Pode parecer ousadia de minha parte, considerando que existem muitos filósofos, cientistas e religiosos se esforçando para provar o contrário, mas eu também me esforcei para apresentar argumentos lógicos, que tenham fundamentos, tanto bíblicos quanto científicos. Se para a religião, tudo existe a partir da criação de Deus, e para a ciência tudo existe a partir do BigBang e a evolução, minha proposta é que Deus, para executar seu projeto de criação, tenha empregado todos os métodos apontados pela ciência, como explosão, expansão e evolução para, finalmente, introduzir o homem no planeta terra. Apresente-nos a obra. José Vieira - Entre a religião e a ciência apresenta-se uma possibilidade intermediária da origem do homem, mesclando as teorias religiosa e científica, criação e evolução, num contexto simples e objetivo que demonstra que – embora a origem do Universo, do planeta Terra e do homem não tenha ocorrido exatamente como se apresenta no relato bíblico – não se pode afastar a certeza de que tudo que compõe o Universo,ou seja,as galáxias, os planetas, os seres vivos, inclusive o homem,surgiu a partir de uma grande quantidade de energia da antimatéria, ou energia cósmica, que tem como origem o Criador, independentemente do método utilizado na construção, seja criação, evolução ou os dois simultaneamente ou não. 94

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Tudo o que se materializou foi pela vontade de Deus. O Autor da vida utilizou o processo evolutivo e criativo para materializar o imaterial, formar o Universo, o planeta Terra e torná-lo habitável, para introdução

do homem por meio da materialização do espírito pela encarnação, bem como apresenta uma parte de ficção, como a origem do Jardim do Éden e o nascimento e casamento de Adão e Eva.


DIVULGA ESCRITOR Apresente-nos alguns tópicos do sumário. José Vieira – Origem da Terra segundo a Bíblia – criação; Origem da Terra segundo a Ciência – evolução; Contradições da teoria da criação; Contradições da teoria da evolução; Compatibilidades entre as teorias da criação e evolução; Matéria-prima do corpo humano; O homem e o pecado original; A escala do Bem e do Mal; Predestinação; Morte, um mal necessário; Introdução do homem na Terra; Introdutores dos seres humanos no planeta; Céu – Monte Santo de Deus; Inferno – oposição ao Céu; Planeta Terra – pequena amostra do paraíso; Planeta Terra, uma pequena amostra do inferno; Quando o Mal serve ao Bem; Anjos e demônios, entre outros.

nhecimento ou estão acomodados numa fé irracional, que não aceita a razão. Porém, na minha opinião, há uma pequena tendência de mútua aceitação;isto porque as principais questões científicas, contestadas pela Igreja, se provaram a favor da ciência, e existem alguns cientistas empenhados em provar cientificamente a existência de Deus.

O que, na sua opinião, está em evidência entre a religião e a ciência? José Vieira - Penso que a evidência maior ainda é o conflito; são conflitantes por natureza, pois tanto a ciência quanto a religião são conduzidas por homens e mulheres entre os quais a maioria defende, acima de tudo, os interesses pessoais ou corporativos. No campo científico muitos desses estudiosos se sentem diminuídos ao assumir uma fé abstrata; por outro lado, os religiosos, ou lhes faltam co-

Onde podemos comprar seu livro? José Vieira - O livro “Entre a Religião e a Ciência” pode ser adquirido pelo site da Editora Multifoco, no link a seguir: https://editoramultifoco.com.br/loja/product/ entre-religiao-e-ciencia-verdadeira-origem-do-homem/. Na Livraria Nobel, situada na Rua Gumercindo Ferreira, 412, Centro – Rio Verde (GO) e diretamente comigo; ainda tenho alguns exemplares.

A quem indica a leitura desta obra? José Vieira - Para todas as pessoas que têm curiosidade quanto à origem do Universo e do homem, bem como quanto a outros temas relacionados ao plano espiritual e gostam de comparar as teorias religiosas e científicas. Cabe afirmar que é uma obra isenta de qualquer tendência religiosa; me esforcei ao máximo para não ser tendencioso, para não defender nem ofender qualquer seita ou religião.Embora defenda que a leitura da Bíblia deve ser feita de forma racional, deixo bem claro que sou um homem de fé e creio no Deus-todo-poderoso;portanto, é uma obra a ser indicada a todos, independentemente da religião a que professam.

Você realiza apresentações/palestras sobre o tema?

José Vieira - Ainda não tive oportunidade. Quem desejar, como deve fazer para entrar em contato? José Vieira - Pelo e-mail: josealvesvieira419@gmail.come pelo Whatsapp: 64 99626-2161. Quais os seus principais objetivos como escritor? Pensa em publicar novos livros? José Vieira - Escrever e compartilhar nossas ideias com outras pessoas é muito gratificante. Porém, tenho consciência das dificuldades de se tornar um escritor conhecido com vendas expressivas de livros; divulgar e vender livros não é fácil, mas as coisas só não acontecem se não começá-las. Quanto a novos livros, tenho dois textos praticamente terminados, os quais pretendo publicar, e três projetos em fase embrionária. Não disponho ainda de tempo exclusivo para dedicar a esse trabalho, vou fazendo aos poucos. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor José Vieira. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? José Vieira - Minha mensagem é de fé e otimismo. Apesar do momento político difícil e complicado que estamos vivendo ultimamente, acredito no Brasil, no ser humano e no propósito de Deus para a humanidade; hão de vir tempos melhores, e como disse Osvaldo Montenegro numa bela canção: “Embora não pareça, a dor vai passar... De algum jeito vai passar”. A seguir, o poema de apresentação do livro, “Entre a Religião e a Ciência – A Verdadeira Origem do Homem”:

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Entre a Religião e a Ciência Um certo dia, um amigo, Na fé não muito avivado... Me disse, meio desacreditado. — Olha, tudo pode parecer bonito, Mas eu não acredito Nesse Deus Criador. Tanta miséria e pobreza, Nesse mundo é só tristeza, Não suporto ver tanta dor. Deus e Religião Não passa de invenção De quem não tem o que fazer. Eu, sinceramente, não posso crer Nesse poder invisível Que dizem que existe, Mas ninguém pode ver. Disse ele continuando... Não vou perder meu tempo acreditando Nessas coisas impossíveis. É perder o tempo em vão, São coisas pra imbecis. Ainda contrariado, parecia revoltado, Também muito infeliz. Como quem confirma uma razão, Quis saber minha opinião. Mas antes que eu respondesse Pra falar da minha crença, Me abriu um livro de ciência Pra falar de evolução. — O homem veio do macaco, O universo, de uma grande explosão; As estrelas e os planetas, Resultado da expansão Daquela bomba que explodiu Pra dar início à construção.

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Então eu disse: amigo preste atenção! Fé cada um tem a sua. Eu tenho a minha convicção, Eu lhe pergunto e me responda: Quem construiu a bomba que explodiu? Quem pôs fogo no pavio? Não foi você, seu pai ou seu irmão? Quando se olha pro Céu, Veem-se o Sol, as estrelas e o luar Na terra se vêem montanhas e serras, Lagos, rios e o mar. Tudo funciona tão perfeito, Não tem jeito, não consigo acreditar Que tudo isso tenha surgido aleatório Num ato compulsório, sem ninguém pra fabricar. Esse alguém, para mim, é Deus Que fez cada coisa em seu lugar. A ciência e a religião Devem se unir em um só conhecimento Pra entender que fé, argumento e razão Tudo é relativo, quando o assunto é primitivo De tamanha dimensão. Se o homem veio do macaco, Não tenho explicação, Talvez de outro animal primitivo Resultado da evolução. Ventre de aluguel, veículo de introdução Trouxe o homem na barriga Em nove meses de gestação. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Hermano José Almeida

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stou mais uma vez no chão. Tropecei no vento. Cinco anos de passagem pelas nebulosas vita brevis. No terraço. Próximo fica o quarto aonde meu pai agoniza com câncer colo_retal. Meus gritos da dor da fratura perdem para infinitos uivos Que meu pai canta . Acorde fúnebre e Fatal. A senhora morte já o visita. Acena da janela. La Catrina coloca o ser no nada. Ri. Dança. Eu a vejo. Desdenha do meu fêmur partido. Muitos desses momentos voltam a ocorrer minimalisticamente. Ou será uma música atonal? A sagração da primavera. Traz a dor e a morte. Entre tantos gritos ninguém ouve. Estranho. Surdez providencial. Esqueçam os mortos. Fato. Destino. Mas, estou no chão . A urina escorre. Vejo sangue escorrer do meu dente quebrado. Cai com o rosto no chão. Mais um dente . A ausência de ajuda É questão de prioridade. Entram no quarto do meu pai e injetam morfina na veia. Os gritos não cessam. O câncer em estado terminal assemelha_se ao Brasil pós _ golpe. A tragédia é anunciada. Acabamos torcendo por

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uma última cópula selvagem e glamourosa com dona Catrina. Entre urina , sangue, fezes e dor eu tenho um arrebatamento e ouço um coro de anjos , distante , a cantar. Não reconheço a melodia. É triste. Choro. Não acredito em anjos. Penso ter enlouquecido aos 5 anos. O coro de anjos aumenta o volume. Agora consigo discernir a canção de ninar “ boi da cara preta”. Anjos tocam essa boba ladainha? Acredito ter desmaiado de dor. Acordo engessado no hospital. Meu pai? Tinha sido levado para o hospital Dos servidores. Minha mãe ia passar os últimos dias dos seus quarenta anos à espera do último suspiro. Acordo da anestesia de vez. O processo de despertar é lento. Busco os anjos e a ridícula canção de ninar. Sou enrolado num pano e volto pra casa. Ao ser colocado no sofá, pois naquele tempo só tinha uma televisão e um único canal e só restava esse “ lazer” pergunto: “ cadê Deus”? E seus anjos? Olho um espelho partido que está em cima da cama . Jogo no chão . 5 anos de azar?” Só rio”


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ENTREVISTA

ESCRITOR LAU SIQUEIRA

Em João Pessoa será no dia 2 de fevereiro, a partir das 19 horas, na Budega Arte Café, um lugar onde tem acontecido muita coisa importante na arte contemporânea da Paraíba.”

Lau Siqueira nasceu em Jaguarão (RS), mas atualmente reside na Paraíba. Siqueira publicou 7 livros, quais sejam: “O Comício das Veias”, Editora Ideia, 1993; “O Guardador de Sorrisos”, Editora Trema, 1998; “Sem Meias Palavras”, Editora Ideia, 2002 e “Texto Sentido”, Editora Bagaço, 2007, todos esgotados. Pela Editora Casa Verde, de Porto Alegre, publicou “Poesia Sem Pele”, 2011, “Livro Arbítrio”, 2015 e “A memória é uma espécie de cravo ferrando a estranheza das coisas”, lançado em dezembro de 2017 em Jaguarão e Porto Alegre (RS). Teve poemas incluídos em importantes antologias no Brasil, Portugal, Argentina e Moçambique. Tem poemas traduzidos para outros idiomas e escreve para jornais, blogs, portais e revistas. Boa leitura! Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Lau Siqueira, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que mais o encanta na arte poética? Lau Siqueira - Definitivamente, são os estranhamentos. As provocações que muitas vezes encontramos num único verso. Muitas vezes, até mesmo o que eu não entendo direito e de certa forma nem sei como me

ganhou,provoca um imenso prazer estético. A emoção inesperada é indescritível para um leitor. Um prazer sem parâmetros fora da leitura. Tem texto que desafia o leitor, e isso é o que mais me interessa na poesia. Isso não significa que esse encantamento venha de uma imensa complexidade. Algumas vezes vem da simplicidade, ainda que a simplicidade seja exatamente o que há de mais complexo. Mas, observe por exemplo esses dois versos de James www.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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DIVULGA ESCRITOR Joyce: “O vento indomável que passa não vai mais/ Voltar, não vai voltar.” Há um tipo de deslumbramento aí que leva você a pensar que ele não está falando exatamente do vento. E realmente não está. O vento é só o motivo. Esses versos estão como epígrafe no meu livro. Apresente-nos o processo para seleção dos textos que compõem o seu livro “A memória é uma espécie de cravo ferrando a estranheza das coisas”.

tora com uma proposta muito específica. No meio do caminho mudei tudo, e o título que eu tinha para o outro livro perdeu o sentido. Então comecei a recompor tudo, escrever outros poemas, até decidir colocar um ponto-final. Mas, e o título? Eu tinha ficado sem perspectiva de título com as mudanças. Essa, talvez, tenha sido a parte mais difícil. Foi então que percebi o quanto a estrofe de um poema completava o meu olhar sobre o conjunto da obra. Daí, resolvi bater o martelo e a editora topou.

Lau Siqueira - Na verdade nunca levo muito a sério qualquer critério para a seleção dos textos nos meus livros. Escrevo de forma quase compulsiva com silêncios absurdos, às vezes. Quando escrevo um poema e sinto que ele não se completou, não tenho o menor pudor em rasgar ou deletar. Trabalho num poema enquanto vejo nele uma possibilidade. Quando não, tanto faz o tempo que tenha investido na criação. Elimino imediatamente. Acredito que em todos os meus livros aconteceu praticamente o mesmo processo. No mais, não tenho compromisso com temáticas e apenas vou escrevendo. O desafio é a linguagem. As domas da palavra. A forma é o conteúdo. É como se eu estivesse escrevendo um único livro publicado em capítulos. Assim, quando vou finalizar o livro me importo menos com isso. É como se cada poema tivesse vida própria. Como se cada poema justificasse o livro. Um processo, aliás, que se dá quase que naturalmente, com poucas intervenções mais objetivas.

Quais temáticas estão sendo abordadas nesta obra literária? Lau Siqueira - Na verdade, a minha preocupação maior é com a forma. Gosto de desconstruir meus próprios motivos. Os temas abordados são o que menos importa. No entanto, parece que tem sido uma tendência nos meus últimos livros. Vou realizando rupturas sequenciais, mas sempre com um pé na filosofia, no minimalismo, abordando o tempo, a condição humana, a vida contemporânea. Os temas realmente dialogam com o momento vivido. Ah, também, este talvez seja o meu livro com o maior número de poemas eróticos. Ainda escrevo um livro apenas com poemas eróticos ou mesmo pornográficos. Acho desafiador demais. Difícil demais não cair na mesmice e na vulgarização da própria linguagem poética.

Como foi a escolha do título? Lau Siqueira - Eis a parte mais difícil. Até porque comecei a escrever esse livro com outro propósito. Seria outro livro, bem diferente. Era para atender o convite de outra edi100

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Como foi a escolha da imagem para capa? Lau Siqueira - A Editora Casa Verde cuida muito bem disso para mim, mesmo me consultando sempre. Por isso as escolhas não são difíceis. O projeto gráfico e a capa são assinados pelo poeta Roberto Schmitt-Prym, um dos mais competentes profissionais da área que conheço. Ele convocou a artista plástica Bianca Santini para fazer

um desenho abstrato, conforme eu tinha solicitado e, particularmente, adorei o resultado. As três capas dos meus livros pela Casa Verde são excelentes. Criativas, diferenciadas. Portanto, o contato com esses profissionais me tranquiliza. A editora Laís Chaffe cuida de tudo com muito profissionalismo. O que mais o encanta em “A memória é uma espécie de cravo ferrando a estranheza das coisas”? Lau Siqueira -O que mais me encanta é conseguir fazer um livro viável, do ponto de vista do custo da edição.Mesmo estando radicalmente fora dos grandes esquemas de distribuição e das grandes editoras. Mesmo sem grandes atenções da mídia. Temos vendido por e-mail, e sempre existe a possibilidade de um novo lançamento. Essa “sustentabilidade” é desafiadora, mas me encanta. Ou seja: sem patrocínio, meus livros vão sendo pagos pelos leitores e leitoras aos quais sou sempre muito grato. Sabemos que todos os textos publicados na obra o marcaram de forma peculiar e enigmática. Cada texto é um pedacinho do Lau Siqueira. Apresente-nos um dos textos publicados no livro. Lau Siqueira - Tem um texto que responde de forma mais objetiva essa questão. É o poema “Sessenta”, um longo poema que escrevi no dia em que completei 60 anos. Mas vou colocar aqui o poema “Tapera”, bem mais curto: “O tempo é uma casa desabitada e esquecida no meio da estrada. Quem passou por ela e viu apenas uma casa, na verdade não viu nada.”


DIVULGA ESCRITOR Por quanto será comercializado o livro no local do evento? Lau Siqueira - Nos lançamentos têm sido vendidos a R$ 30,00 à vista; no cartão, R$ 32,00.

Comente o momento da criação deste texto. Lau Siqueira - Eu tenho viajado muito pelo interior da Paraíba a trabalho. Gosto de fotografar e então fotografo muita coisa. Paisagens, pessoas, imagens aleatórias. Muitas dessas fotografias acabam virando poemas. Certa vez, nas minhas “andanças sertânicas”, me deparei com uma casa abandonada. Era tão significativa aquela imagem entre pedras e mandacarus, que eu parei e fui tragado pelo que vi. Depois, já no computador e revendo aquela imagem, comecei a pensar no que representava tudo aquilo. Aquela confluência enorme de linguagens habitando uma imagem de abandono. Comecei a pensar nas pessoas que circularam por ali, suas vidas, suas tragédias, suas vitórias... quem

sabe? Assim nasceu esse poema. É um olhar sobre o abandono, o imperceptível. Após o lançamento do livro no Rio Grande do Sul, teremos lançamento da obra em João Pessoa. Qual o dia, horário e local do evento? Lau Siqueira - Em João Pessoa será no dia 2 de fevereiro, a partir das 19 horas, na Budega Arte Café, um lugar onde tem acontecido muita coisa importante na arte contemporânea da Paraíba. Em dezembro, fiz dois lançamentos no Sul: em Jaguarão e Porto Alegre. Depois de João Pessoa, vamos ver onde mais é possível. Já existem alguns lançamentos previstos em Natal (RN), Maceió (AL) e Aracaju (SE). Com calma, vamos vendo onde mais poderemos promover o livro.

Quem não puder comparecer, como deve fazer para comprar o livro? Lau Siqueira - A editora também está recebendo pedidos por e-mail: casaverde@casaverde.art. br ou lchaffe@gmail.com. Aliás, na editora os meus três últimos livros estão disponíveis. Recomendo não apenas por serem meus livros, mas por representarem um tipo de resistência ao mercado formal do livro que tanto tem excluído a literatura brasileira contemporânea. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Lau Siqueira. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Lau Siqueira - Estejam atentos e atentas às ebulições da literatura brasileira. Claro que alguns dos “jovens escritores” já vêm de uma longa estrada, como eu. Mas, uma novíssima geração vem escrevendo com muita qualidade. A novidade é que no mundo machista dos livros nunca vi tanta mulher escrevendo tão bonito. Não deixe de comprar livros. Leia, mas também presenteie amigos e amigas. Surpreender alguém com boa literatura é sempre um tipo de sedução. Que tal começar com meus livros?

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Ivana Lopes

O

escritor Jorge Amado nasceu em 10 de agosto de 1912, na Bahia, numa fazenda de cacau chamada Auricídia, em Ferradas, distrito de Itabuna. Filho de João Amado de Faria, coronel e fazendeiro e de Eulália Leal. Ainda criança se mudou com a família para Ilhéus em 1917 mudou-se novamente para Itajuípe. Jorge Amado foi alfabetizado pela própria mãe e ainda pequeno voltou para Ilhéus para frequentar a escola. Mais tarde com apenas 10 anos, criou no colégio um jornal chamado “A Luneta”. Ele e a família distribuíam esse jornal para os vizinhos e parentes. Mudou-se depois para Salvador para estudar em um internato. No término de uma de suas férias o pai o levou de volta ao colégio, mas quando foi embora, Jorge ao invés de entrar na escola, fugiu.

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JORGE AMADO

O grande escritor que mostrou a Bahia e o Brasil para o mundo Foi para Sergipe para a casa do avô, levando dois meses para chegar. De lá foi levado de volta para a casa dos pais. Por causa da fuga foi matriculado em outro colégio interno. Neste novo colégio primeiro dirigiu o jornal do grêmio e depois criou seu próprio jornal “A Folha” que fazia oposição ao periódico da escola. Quando completou 15 anos foi morar no Pelourinho e começou a trabalhar como repórter policial no “Diário da Bahia”. Nessa época foi publicada uma poesia sua na revista “A Luva”. Adepto e praticante do Candomblé recebeu o título de “ogã”, que significa “o protetor”, esse foi o primeiro de vários títulos que ele recebeu dentro dessa religião. Em sua juventude, desde muito cedo já demonstrava a sua vocação para escritor. Foi também uma pessoa inquieta e inconformada com a realidade a sua volta, demonstrando

seu engajamento político desde a formação de seus primeiros jornaizinhos de escola onde ele era sempre a “oposição”. Também fez parte, de um grupo de jovens escritores chamado “Academia dos Rebeldes”, ele e todos os membros publicavam trabalhos num “estilo moderno sem serem modernistas” segundo as próprias palavras de Jorge Amado. Em 1930 o escritor se mudou para o Rio de Janeiro onde conheceu e ficou amigo do poeta Vinicius de Moraes. No ano seguinte ele ingressou no curso de direito da Universidade do Rio de Janeiro, mas ao se formar nunca exerceu a profissão. Foi nessa época que ele teve seu primeiro livro publicado “O país do carnaval”, um sucesso de crítica e de público. Em 1932 ao ler “Caetés” de Graciliano Ramos, Jorge Amado ficou fascinado pelo romance e via-


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jou até Maceió só para conhecer o escritor, se tornaram amigos e essa amizade durou até a morte de Graciliano. Foi amigo também de outros escritores famosos: José Lins do Rego, Rubem Braga, Jorge de Lima e de Rachel de Queiroz, através dela se aproximou dos comunistas. Entre seus amigos também estavam outros nomes muito importantes dentro da cultura nacional, tais como: Gilberto Freyre, Aurélio Buarque de Holanda e Dorival Caymmi. Filiado ao partido comunista e militante político, o escritor que trabalhava também como jornalista, durante o Estado Novo, governo de Getúlio Vargas, chegou a ser preso várias vezes, por seu posicionamento político. A primeira prisão aconteceu no Rio de Janeiro quando foi acusado de ter feito parte da “Intentona Comunista”, um movimento rebelde ocorrido um ano antes em Natal, liderado por Luís Carlos Prestes, com o objetivo de derrubar o governo de Getúlio Vargas. Por causa desse movimento o partido comunista foi fechado, levado à ilegalidade e seus membros passaram a ser perseguidos. Em 1941 o escritor escreveu “A vida de Luís Carlos Prestes”, que foi vendido clandestinamente no Brasil.

Quando saiu da prisão Jorge Amado viajou pela América Latina e depois foi para os Estados Unidos. Enquanto isso, no Brasil, era publicado seu livro “Capitães da Areia”. Quando retornou foi preso novamente pelo governo Vargas e seus livros foram proibidos e queimados em Salvador, acusados de subversivos. Ao ser solto foi encaminhado ao Rio de Janeiro. Depois mudou-se para São Paulo onde ficou na residência do amigo Rubem Braga. Viajou então para Sergipe e lá imprimiu alguns exemplares do livro “A estrada do mar” que ele mesmo distribuiu para os amigos. Apesar das dificuldades para publicar seus livros no Brasil, nesse período seu livro ”Suor” foi publicado em inglês e lançado em Nova York e “Jubiabá” foi publicado na França em francês. Durante o governo de Vargas o escritor foi exilado e morou em várias partes do mundo. Após o fim da Segunda Guerra voltou para o Brasil. Em 1945 Jorge Amado ficou conhecendo a escritora Zélia Gattai que se tornou sua segunda mulher e com quem ele viveu até o fim de sua vida. Ao longo da carreira o escritor Jorge Amado teve seus livros traduzidos em 48 idiomas, muitas de suas obras www.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL | IVANA LOPES

foram adaptadas para tv, teatro, cinema e até para histórias em quadrinhos. Isso não aconteceu só no Brasil, mas em vários países do mundo como França, Portugal, Alemanha e Estados Unidos entre outros. Dentre as suas obras mais famosas estão “Gabriela, cravo e canela” e ”Dona Flor e seus dois maridos” ambas adaptadas para a tv e para o cinema. Além destas, “Tenda dos milagres” e “Tieta do agreste”, entre outras, também tiveram adaptações. Em 1961 o escritor Jorge Amado passou a ocupar a cadeira número 23 da Academia Brasileira de Letras. Ele não escreveu só romances, apesar de ser mais conhecido como romancista, escreveu também poesias, biografias, peças de teatro e histórias infantis. Em 06 de agosto de 2001 Jorge Amado faleceu em Salvador, devido a problemas cardíacos e à diabetes. Respeitando a vontade do próprio escritor, seu corpo foi cremado e suas cinzas foram espalhadas, sob uma mangueira no jardim de sua casa. A importância do escritor Jorge Amado e de sua obra para a literatura brasileira é indiscutível. Seu talento e seu trabalho são conhecidos e reconhecidos mundialmente. Uma obra de quase 40 livros publicados ao longo de sua vida, premiadíssima no Brasil e no exterior. O grande escritor retrata em seus livros a Bahia como nenhum outro fez antes, ele próprio é o retrato autêntico do povo baiano, que faz parte de seus

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livros, nascido numa fazenda de cacau, filho de coronel, praticante do candomblé. Suas histórias foram escritas a partir de sua própria vivência. Sua visão de mundo é sempre do ponto de vista de sua amada Bahia, não importa em que lugar do mundo ele estivesse, e ele esteve e viveu em várias partes do mundo, é sempre esse olhar do brasileiro e baiano que se vê em suas obras. Em seus livros está o retrato de uma época, dos coronéis, das grandes fazendas de cacau e de seu julgo político, como senhores poderosos que dominavam a população, que eram obrigadas a obedecer às regras ditadas pelos donos de terra. ”O coronelismo” tinha suas próprias leis e fazia sua própria “justiça”. Em todos os livros de Jorge Amado essa relação nada democrática de poder está retratada. Resquícios dessa época e desse comportamento ainda podem ser encontrados nos locais mais distantes, no interior de vários estados do Brasil. É como se ele tivesse pintado um quadro da Bahia onde fica até difícil separar a história contada da história real. Há em seus livros uma clara crítica social ao mostrar a relação dos poderosos com as populações que viviam e trabalhavam nas grandes propriedades e ao redor delas. Ele também denuncia o abandono da infância e suas consequências em seu famoso livro: “Capitães da areia”. A história dos menores abandonados e delinquentes das

areias da Bahia, uma história ainda muito atual em nossos dias, onde os menores “abandonados” pela sociedade praticam crimes tanto nas areias como no asfalto das grandes cidades. Seu engajamento político e sua ligação com o comunismo nunca o levaram a pegar em armas, era um ativista sim, mas suas principais armas sempre foram a caneta e a velha máquina de escrever, com as quais ele era mestre e de onde saíam incríveis histórias, personagens inesquecíveis que viviam envoltos em tramas que nos prendem do início ao fim de seus livros. Essa pintura em forma de obra literária viajou o mundo levando um pouco da rica cultura brasileira, as comidas, os sotaques, as características da nossa sociedade, a história e as crenças e religiões do povo baiano, mostrando lá fora a beleza e a riqueza de nosso povo. Jorge Amado mostrou para o mundo o que o Brasil tem de mais precioso, seu povo e sua cultura.

Fontes de Pesquisa:

http://ultimosegundo.ig.com.brIG/ Educação (reportagem : “Capitães da Areia, a narrativa pela ótica de meninos de rua” de Marina Morena Costa, iG São Paulo). www.releituras.com/jorgeamado– Projeto Releituras- Arnaldo Nogueira Jr. www.educacao.uol.com.br/biografias


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ENTREVISTA

ESCRITOR MICHELE STRINGHINI

A jovem se depara com as limitações da sabedoria humana, pois a alma é território exclusivo. E somente quem criou a alma pode manifestar a cura infalível, a cura que vem do Amor infalível.”

A escritora Michele Stringhini da Silva nasceu em 1980, na serra gaúcha, Rio Grande do Sul. Estilista formada em Estilismo e Figurinismo pela Escola de Moda Profissional (EMP), São Paulo, é poetisa, compositora musical (com músicas registradas) e empreendedora (lojas on-line). Michele está no último semestre do curso de Letras – Português/Inglês pela Universidade Braz Cubas (UBC) – São Paulo. É esposa de pastor, casada com Euclevos A. Stringhini da Silva, e o acompanha ministerialmente. Conheceu verdadeiramente a pureza e a pregação da Palavra de Deus, vivenciando assim experiências com o Espírito Santo, por meio da revelação da Palavra, da oração e do louvor. É apaixonada pela simplicidade da vida e pela arte de escrever, pois escrever livros, poesias e letras musicais é mais que um prazeroso hobby, é um chamado para amar. Ama estudar e tem forte interesse por língua estrangeira (é estudante do idioma finlandês), como também, moda, fotografia e artesanato; enfim, ama a natureza e conhecer novos lugares.

Boa leitura!

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Baseado em fatos reais apresentamos Elixir do Amor – a cura infalível do amor Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Michele Stringhini, é um prazer contarmos com sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a inspirou a escrever o livro “Elixir do Amor – a cura infalível do amor”? Michele Stringhini – Shirley, primeiramente agradeço a oportunidade. Sempre tive interesse em publicar um livro, pois escrevo desde os 15 anos de idade e primo por transmitir uma mensagem inspiradora que possa ajudar alguém.O leitor pode se identificar com a história em partes ou tê-la como um exemplo de alerta;ou como conteúdo que agregue valor ao seu caráter e seja reconhecida como uma obra que possa ser indicada a outra pessoa.Assim, terei cumprido o mais belo propósito,que é ter feito o bem a alguém. E com esse intuito fervoroso em meu coração – do importar-se com a dor alheia e/ou fazer que aquele coração que se massacrava diariamente consiga ser desvencilhado de algum fato passado– esta obra tem por objetivo servir de mola propulsora e corajosa, acreditar na força do Amor Divino, aceitando o perdão de Deus, e ensinar a perdoar, pois a história é um testemunho de vida. Afinal, só o Amor cura e tem a capacidade de sarar todas as feridas da alma. Quais temáticas estão abordadas nesta obra literária? Michele Stringhini – Romance, drama, suspense e não ficção. Apresente-nos a obra. 106

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Michele Stringhini – “Elixir do Amor – a cura infalível do amor”é baseado em fatos reais e compartilha a transformação de vida da jovem Milena Minchillo, que sofreu duas tentativas de estupro, é enganada e invejada por falsas amizades, mergulhada num estado depressivo profundo, sofrendo com problemas espirituais e opressões malignas. Milena se vê na necessidade de buscar a solução para problemas, tanto espirituais emocionais ou familiares. Sente a carência de sua alma ferida ser curada. A jovem se depara com as limitações da sabedoria humana, pois a alma é território exclusivo. E somente quem criou a alma pode manifestar a cura infalível, a cura que vem do Amor infalível. Sendo um livro baseado em acontecimentos reais, apresente-nos os principais desafios para a escrita do enredo que compõe o livro.

Michele Stringhini – Este livro foi escrito em três dias e meio. Meu esposo e eu estávamos em consagração em prol da igreja e entre outros propósitos particulares. O meu maior Ajudador em todo o desenvolvimento do livro até a sua conclusão foi Deus. (Essa história eu queria ter escrito antes, mas não me sentia preparada pelo fato de ser baseada em situações reais, e simplesmente pelo cuidado de preservar a vítima.) E essa consagração foi baseada no livro de Apocalipse 11:11, que fala sobre os 3 dias e meio.A revelação foi a seguinte: em três dias e meio Deus restauraria aquela área da vida ou manifestaria o sonho (projeto) desejado havia tanto tempo. Está consumado: “Escrevi o livro em 3 dias e meio!”. Deus me fazia perder o sono, eu ia para o notebook e acrescentava o que precisava. Após essa consagração, 7 dias se passaram, nenhuma linha ou letra de inspiração, só na semana seguinte retornou o ânimo (vontade) de outros versículos serem adicionados e rever o conteúdo. Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor pela leitura do enredo que compõe a trama? Michele Stringhini – O conteúdo do livro em si não é para criar doutrina alguma, nem expor a situação alheia ou vivida de maneira humilhante, nem condenar, nem castigar, mas promover o perdão de Deus. Contudo, os nomes dos personagens foram alterados; apenas vêm para despertar sincero perdão, tirar aprendizado dos erros, tirar lições da falta de sabedoria e da falta de entendimento. Com certeza, não


DIVULGA ESCRITOR drinhos. Os meus novos livros para lançamento em 2018 são: “Tempo para a poesia – poesias que transportam memórias” – 1ª edição e “Pronta para Dançar! – no ritmo da fé”, inspirado em uma história real – 1ª edição. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Michele Stringhini. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Michele Stringhini – Carinhosamente, saliento como forma de mensagem um trecho que consta em meu livro: existe caso irreversível para Deus; existe uma nova oportunidade, quando essa pessoa está disposta e aceita essa oportunidade. O conteúdo está recheado de experiências com Deus em Sua Palavra; claro, baseadas em acontecimentos reais que vão alimentar a fé, tornar-lhe (o leitor) mais sentinela. Por que não aprender com os erros e acertos de alguém? É apenas para a edificação, independentemente do credo ou religião. Conheça o amor transformador! O que mais chamou sua atenção enquanto escrevia o livro? Michele Stringhini – O que mais me chamou a atenção enquanto escrevia o livro foi que cada desenrolar da história encaixava-se como um quebra-cabeça; cada “pecinha” deixava a história mais envolvente e reveladora, mais empolgante, mais recheada de emoção e expressão. Cada instante foi análogo à gestação de um bebê no ventre da sua mãe; “sentindo as dores, os chutes, os enjoos, as alegrias e as ansiedades”, um mix de emoções num curto espaço

de tempo (em 3 dias e meio escrevi esta obra). Escrevi com tamanha liberdade e otimismo, que as palavras fluíam como águas agitadas, sem me afogar nelas. Essa experiência foi ímpar, com sabor de bis. Sou grata ao Deus Todo-Poderoso por essa experiência! “Elixir do Amor – a cura infalível do amor” é o meu primogênito. Onde podemos comprar seu livro? Michele Stringhini – Livro impresso: www.clubedeautores.com. br, www.submarino.com.br, www. americanas.com.br. E-book: www. saraiva.com.br . Quais os seus principais objetivos como escritora? Soube que você já tem novos livros no prelo para 2018; apresente-nos seus novos projetos literários. Michele Stringhini – O gosto pela escrita começou desde a minha adolescência; de lá pra cá, escrever é missão, é cumprir parte do meu chamado. Sinto vontade de escrever livros voltados ao público infanto-juvenil e criar histórias em qua-

“O amor sempre vence a dor, o amor vence o pecado, o amor sempre age com a verdade, o amor sempre traz esperança, o amor sempre traz reconciliação, o amor segundo o amor de Deus, aquele amor incondicional, está à disposição de todo aquele que precisa de perdão, de todo aquele que precisa de uma nova chance, seja ele culpado ou inocente. Para esse amor não existe caso perdido, por mais que alguém tenha ido longe demais. O amor, segundo Deus, faz-nos perdoar até o pior transgressor, faz perdoar a nós mesmos; faz o outro, o ofensor ser livre e aprender a depender desse amor, assim, viver em novidade de vida.” (Aquele que não ama não conhece Deus; porque Deus é amor – João 4:8 – ACF).

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DIVULGA ESCRITOR

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

A ESTRADA DO SONHO Vitor Costeira

O HOMEM… APARECEU DEPOIS! Naquele tempo, os pássaros eram livres e o Sol servia todos os seres na medida exacta das necessidades que todos os seres têm do Sol! Naquele tempo os pássaros eram livres. O Homem apareceu depois…!

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A estrada alarga-se em desertos e o tempo passa por mim rindo e amofinando fresco, líquido, sadio como uma miragem que espera mais à frente a minha passagem que me ilude, trai mas atrai e eu paro, descanso e saboreio de um gole só todo o tempo que vai enquanto ando e cambaleio em espirais tropeço, caio, gatinho e levanto-me por vezes altero a ordem, desespero e quando finalmente reencontro o trilho só vejo pegadas de quem já vai muito distante a linha de horizonte afastou-se cruelmente e está mais longe o instante na inversa proporcionalidade que me indica o fim.

À LUZ DO MESMO LUAR Dá-me a mão… vem comigo inventar noites diferentes à luz do mesmo luar, percorrer os trilhos carentes do nosso caminhar e numa noite de estrelas cadentes o nosso corpo se ausentar, passarmos a noite a olhar o firmamento e o mar que inventarmos para nós, à luz do mesmo luar que banhará de fantasia, e menino se fará, o sonho que um dia em dia nascerá…


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DIVULGA ESCRITOR

ENTREVISTA

ESCRITORA SONIA Mª DOS SANTOS ARAÚJO

Decidi que, como educadora, precisava atuar no sentido de coibir tais atitudes, pois o sofrimento da vítima é muito grande.

Sônia Maria dos Santos Araújo é bibliotecária, especialista em gestão de pessoas e mestre em ciências da educação com o tema cyberbullying. Reside em Palmas, Tocantins, e atua como palestrante e no desenvolvimento de projetos com o referido tema. Escreve no Recanto das Letras e no seu blog empatianacuca.com.br. Dentre as diversas palestras ministradas, destacam-se aquelas do Colégio Militar de Palmas e do IFTO – Campus Palmas e Campus Gurupi (TO). Não menos interessantes são seus artigos publicados no Blog da Roberta Tum e Conexão.to. Seus principais passatempos são a leitura, a música (Belchior, Elis Regina, Mercedes Sousa), bem como as caminhadas diárias, as aulas de pilates e ver as araras.

Boa leitura!

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DIVULGA ESCRITOR Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Sônia Maria, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que é cyberbullying? Sônia Maria - O cyberbullying começa com um boato nas redes sociais até chegar a uma perseguição que ultrapassa o mundo dos teclados e vai para o universo físico, numa perseguição sem fim. A vítima tem sua imagem denegrida, via comentários dos autores e espectadores, nas 24horas do dia e nos 7 dias da semana. Essa prática não se restringe ao ambiente escolar e causa muito medo, pois a vítima não sabe como, quando ou de quem se defender. É uma evolução das antigas pichações, feitas nas paredes das escolas, que após lidas, causavam risos e comentários entre os estudantes, mas o acontecido ficava entre eles e logo caía no esquecimento. Hoje, não! Qualquer acontecimento é filmado, alterado e postado na internet e redes sociais. Dentre as modalidade de cyberbullying existem o happyslapping (bofetada feliz); o sexting (sexo + texto), que acontece quando uma relação amorosa termina; e o cyberstalking (ciberperseguição) no qual o autor cria perfis falsos para perseguir a vítima via difamação, ameaças e falsas acusações. O cyberbullying é muito cruel, pois ataca o que há de mais importante na vida do adolescente: a sua imagem. O que a motivou a escrever o livro “Cyberbullying: palavras e imagens que trazem sofrimento!”? Sônia Maria - O principal motivo foi quando conheci uma vítima de cyberbullying. Era um adolescente que trabalhava comigo como bol-

sista. Ele sempre contava algo da escola, mas não naquela tarde. Percebi que seus olhos estavam avermelhados, era visível que havia chorado. No final do expediente, perguntei a ele se estava tudo bem. Então ele me falou dos problemas familiares e disse que os colegas haviam ampliado e divulgado sua foto ressaltando as espinhas de seu rosto. Certamente que os problemas familiares o incomodavam, mas a grande preocupação ou tristeza era ser uma vítima de cyberbullying. Sua maior dor estava na atitude dos colegas. Decidi que, como educadora, precisava atuar no sentido de coibir tais atitudes, pois o sofrimento da vítima é muito grande.

frases carinhosas, que demonstram compreensão, paciência e amor.

Quais temáticas estão sendo abordadas nesta obra literária? Sônia Maria - O livro aborda a comunicação, a família, primeira referência social do indivíduo. É na família que são construídos os valores a serem seguidos na vida adulta. Aborda a escola, responsável por dar prosseguimento a esses valores, bem como os diversos papéis que ela necessitou “abraçar”. Isto porque o “educar” dos tempos atuais exige bem mais do que ensinar números e letras. Aborda a multidisciplinaridade, o pertencimento e também a resiliência, necessária não só aos adolescentes, mas a todos nós. Sugere as artes (teatro, música, filme, poesia) como uma forma prazerosa de se trabalhar essa problemática, além de um Programa Antibullying, necessário em toda e qualquer escola.

– Será que você nunca vai aprender? – Você me mata de vergonha! – Não sei mais o que fazer com você! – Você não é mais uma criança! – Eu já lhe falei mil vezes para não fazer assim! – Não aguento mais você! Estas palavras ditas “sem pensar” causam transtornos e grandes consequências na vida do adolescente, pois toda e qualquer palavra provoca transformação.

Poderia citar um exemplo, por meio de uma das passagens do livro? Sônia Maria - Quando ele aborda o papel da família, a chamativa que faz em relação às frases que os pais dizem aos filhos. Algumas os levam a perceber o apoio dos pais ao ouvir

– Calma, tudo vai dar certo! – Não tem problema, todo mundo erra! – Você consegue! – Vamos tentar novamente! – Na sua idade eu também fazia assim! – Fique tranquilo, estou sempre ao seu lado! Noutras vezes, elas demonstram frustrações, exigências, anseios e a falta de respeito dos pais e fazem os adolescentes se sentirem perdidos diante de frases “corriqueiras” como:

A quem você indica a leitura? Sônia Maria - O livro é direcionado aos pais, professores e demais educadores. Por ser um livro didático que aborda um problema mundial, o ideal é que eles façam a leitura para posterior discussão com os adolescentes ou que leiam o livro juntos, explicando e discutindo cada passagem que despertar maior atenção. Onde podemos comprar seu livro? OLX http://to.olx.com.br/tocantins/livros-e-revistas/cyberbullying-pala-

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duração, passageiros; mas enquanto durarem, são o que há de mais verdadeiro e importante na sua vida. Conectado: sempre conectado com o mundo, via redes sociais e internet, o adolescente é capaz de conversar com inúmeros “amigos” ao mesmo tempo ou navegar por diversas telas, o que vários adultos não conseguem fazer.

Portal dos Livreiros: https:// www.portaldoslivreiros.com. br/livro.asp?codigo=85705&titulo=CYBERBULLYING:_ palavras_e_imagens_que_ trazem_sofrimento! ABC LIVRARIA Palmas – TO – telefones(63) 30280110 e (63) 3225-0002. Livraria Leitura de Palmas – telefones (63) 3215-6521 e (63) 3215-6531 Diretamente com a autora: soniainformacao@gmail.com ou pelo telefone (63) 9 8121 0551 (fone e whatsApp) Quais os seus principais objetivos como escritora? Sônia Maria - Informar e conscientizar a sociedade dos males causados pelo cyberbullying. Faz-se necessário que abracem essa problemática, se sintam responsáveis e que atuem no sentido de coibir tal prática; percebam que não se trata de uma brincadeira, mas de um mal que deixa imensas sequelas; isso quando não tira a vida do adolescente. Pretendo trabalhar a empatia nos adolescentes, para isso tenho meu Blog empatianacuca.com. br no qual falo do cyberbullying, adolescência, família, resiliência, pertencimento, escola e das mídias digitais. Tão logo estiver com uma base mais sólida, com os usuários já conscientes do mal causado pelo cyberbullying, será dada maior ênfase ao nicho empatia. Isto porque a empatia é um canal condutor, ela faz os indivíduos perceberem melhor o resultado de suas atitudes em relação aos outros.

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Você comenta em sua ficha técnica que gosta de conversar com os adolescentes, como uma forma de conhecer as diferenças do mundo deles para o mundo adulto. Conte-nos, quais as principais observações identificadas? Os sentimentos dos adolescentes (alegria, prazer, dor, angústia, tristeza, raiva, medo)são sempre verdadeiros e profundos, não há o famoso “faz de conta”. O pertencimento, isto é, a dor ao ter que decidir pela companhia dos amigos e não dos familiares. O adolescente sente-se perdido entre a necessidade de pertencer a um grupo e o distanciar de sua família. O ficar: o adolescente não namora, ele “fica”. Esse “ficar” transmite a ideia de um relacionamento descompromissado ou sem valor. Mas cometemos um grande engano ao pensar assim. Os sentimentos do adolescente podem ser de curta

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Sônia Maria. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Sônia Maria - Peço a todos que respeitem os sentimentos dos adolescentes. Eles estão vivendo uma fase de mudança, pertencimento e afirmação. Aos pais, que estejam ao lado, sejam amigos, façam menos cobranças e conheçam bem seus filhos. À escola, que se atualize e trabalhe o cyberbullying em sala de aula e com a família. Da sociedade, espero que consiga ver o cyberbullying como um problema social, portanto diz respeito a todos. Esse tripé, família-escola-sociedade de mãos dadas, encontrará solução para essa prática que traz tanto mal. Agradeço à Revista Divulga Escritor a oportunidade e o profissionalismo.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

CORES DO SILÊNCIO

Helena Santos AMIGO

Um farol que me guia, ilumina Um sorriso que me amima E ainda um poderoso abraço Que me transmite segurança Tal como a casinha da árvore Quando era criança Nos olhos vejo a alma, a calma De quem tanto me dá e nada reclama E embriago-me com gestos adocicados Que melam o meu ser Fazendo-me depreender que os amigos Só me levam a aprender, engrandecer Nunca a perder!

NÃO HÁ DIAS IGUAIS

Os silêncios povoam a nossa mente Uns quase nos enlouquecem, ensurdecedores Também os há mudos e calados, Que nos deixam ocos, vazios, prostrados Mas os que me impressionam, são os multi cores Para saber distinguir, é preciso ter sentido as dores Já atravessei todos os seus estágios Alguns provocam profundas depressões Tão pesados são os seus tons Outros criam em nós oceanos de esperança sem fim Pintados com cores vivas e alegres Exalando das suas ondas, um cheirinho a alecrim Mas ambos não deixam de ser silêncios E quantas vezes precisamos Que um silêncio mesmo colorido e perfumado Se transforme numa palavra, fria ou quente É indiferente O importante, é ouvirmos o barulho do silêncio Transformado em som de letras em movimento Fazendo chegar algo em nós Lembrando que somos almas sensíveis E precisamos ouvir o ruído de palavras Ainda que escritas, caso as ditas Não consigam fazer ouvir a sua voz Porque um silêncio, mesmo colorido Não substitui a magia do ler Ou a emoção de um sussurro ao ouvido.

Os meus dias nunca são iguais O que me magoou já ficou, algures São dores que, não, não sinto mais Só saboreio o bem que a vida me traz Foram cascatas de lágrimas amargas Poluindo e escurecendo o meu horizonte Mas o sol voltou a brilhar, a me iluminar E nas suas largas asas, trouxe pendurados Fé, perdão, harmonia e inesgotável alegria Lembrou-me que o ontem, cumpriu a sua tarefa Aconteceu, muito me deu, mas feneceu E que hoje, tenho a sabedoria na minha mão Só caminho e escorrego no chão que escolher Porque a minha passagem não tem de ser pesada Posso simplesmente carregar no coração, leveza e luz Foi isso que aprendi, nos passos com que me perdi Apaixonada pela vida, bebo-a pausadamente e ela me sorri!

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ENTREVISTA

ESCRITOR WAGNER TORRES DE ARAUJO

A ficção se aproxima tanto da realidade, que alguns pensam que os contos sejam relatos de experiências. Não são. Gosto da expressão “realidade ficcional.”

Wagner Torres de Araujo, carioca da Zona Norte, não adaptado à formação de técnico de nível médio e ao trabalho em indústrias. Na verdade, sempre ansiou pelo conhecimento e cultura mais amplos. Por isso abraçou a formação em História, e com ela, exerce o magistério no ensino básico. Araujo tem trabalhado em cursos e colégios, públicos e privados, em vários locais do Rio de Janeiro. Atualmente atua no tradicional Colégio Pedro II. Além disso, participa também de um laboratório pedagógico dedicado à formação continuada do professor, administra dois blogs direcionados aos estudantes de ensino básico (Engenho da História e Com o Tempo) e uma página do Facebook com sugestões de leituras (Wagner Comenta Livros) que também é apresentada como blog. Boa leitura!

Realidade ficcional é destaque em ‘Memórias dispersas’ Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Wagner Torres de Araujo é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, em que momento se sentiu preparado para publicar “Memórias Dispersas”? Wagner Torres - Este trabalho estava latente havia anos. Desde criança escrevia versos que imaginava que 114

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fossem poesia. Um ou outro podia não ser de todo ruim. Em 2013, uma de minhas crônicas, “Questão Política”, foi publicada na coletânea feita pelo Prêmio UFF de Literatura. Isso me animou bastante. Nos últimos anos fui muito incentivado por minha mulher e resolvi transformar alguns dos contos escritos em um livro. Assim surgiu “Memórias Dispersas”.

Apresente-nos a obra. Wagner Torres - Não é tarefa simples fazer o que você pede. Este livro conta com 29 histórias bastante diferentes. Mesmo assim, há relações entre todas elas. São situações predominantemente urbanas, mas bastante variadas. Acima de tudo, os contos mostram os sentimentos dos personagens. Mostram as pessoas de forma tão natural e suave, que todos os leito-


DIVULGA ESCRITOR res se identificam com algum personagem ou situação. Quais temáticas estão sendo abordadas por meio dos textos que compõem a obra? Wagner Torres - As temáticas são bastante variadas, como são diversas as situações e os ambientes onde se passam. Algumas são bem curtas e outras um pouco mais longas. As histórias estão ligadas a ocorrências cotidianas, humanas, onde os sentimentos dos personagens são mostrados intensamente. Os personagens estão sempre ligados ao Rio de Janeiro por viverem na cidade, mas nem sempre são cariocas, nem todos os eventos acontecem no Rio de Janeiro. Se os locais fossem alterados, não mexeríamos com as ideias básicas, pois as situações são humanas. Tudo é fruto das observações do autor e da imaginação. A ficção se aproxima tanto da realidade, que alguns pensam que os contos sejam relatos de experiências. Não são. Gosto da expressão “realidade ficcional”. Quais critérios foram utilizados para escolha do título que compõe a obra? Wagner Torres - A ideia do título do livro brotou em minha mente quando estava fazendo a revisão de um dos contos, que recebeu o mesmo título. Imaginei naquele momento que muita gente apostaria que essa e as outras fossem histórias vividas. Entendi que todos os contos causam a impressão realista, como se fossem memórias. Ao mesmo tempo, tudo resulta de fragmentos de observações que faço às pessoas com quem convivo, que observo nas ruas, casos que me contaram, que li nos jornais. Esses fragmentos são misturados, processados, ressignificados e transformados em criação ficcional. Portanto, são memórias, sim, embora dispersas nas vivências humanas em geral.

Qual o conto que mais o marcou no momento da escrita? Wagner Torres - Cada conto me emociona de forma diferente, mas todos são intensos para mim. Eles me emocionaram quando escrevi, me tocaram em cada revisão que fiz e tornam a me emocionar a cada nova leitura que faço. O que mais o encanta nos contos? Wagner Torres - Eles são expressão literária, portanto, são minhas construções artísticas. Assim sendo, a emoção dos personagens é o ponto alto. Alguns dos leitores já me deram retorno nesse sentido, dizendo que se emocionaram. Essa é a minha maior alegria. Onde podemos comprar o seu livro? Wagner Torres - Os livros estão disponíveis no Brasil na versão física (papel) e na versão digital (e-book): Livraria Saraiva (https://www.saraiva.com.br), Livraria Martins Fontes (https://www.martinsfontespaulista.com.br) e Livraria Cultura (https://www.livrariacultura.com.br). Em Portugal, o livro pode ser adquirido na Chiado Editora (https:// www.chiadoeditora.com/livraria), na Chiado Café Literário, em Lisboa (https://pt-br.facebook.com/ ChiadoCafeLiterarioLisboaAvLiberdade)e no Porto (https://pt-br. facebook.com/chiadocafeliterarioporto). Quais os seus principais objetivos como escritor? Pensa em publicar novos livros? Wagner Torres - Tenho um novo livro de contos pronto para ser publicado, com título escolhido, “Transgressores do tempo”. Espero que o lançamento aconteça em 2018. Projetos, tenho vários. Um romance e uma coletânea de poesias devem aparecer em breve.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Wagner Torres de Araujo. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Wagner Torres - As realizações da humanidade têm os sonhos como antecedentes. A criação ficcional tem muito de sonho, mas é criação de mentes inventivas. Ler ficção literária alimenta a capacidade de as pessoas sonharem e produzirem novas ideias. Por isso, todos que buscam atividades criativas devem ler ficção, ouvir música e apreciar as variadas expressões de artes visuais. O mundo tem saídas, e todas exigem criatividade. Uma delas está na realidade ficcional.

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DIVULGA ESCRITOR ESPECIAL BERNADETE BRUTO |

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DIVULGA ESCRITOR LIVROS EM FOCO | GILBERTO RIBEIRO E PATRÍCIA MATAYOSHI Desmistificando o financiamento imobiliário Como concretizar o sonho da casa própria Este livro busca ampliar os conhecimentos e ajuda a se destacar no mercado imobiliário, seja você corretor de imóveis, gerente de imobiliária, consultor de vendas ou apenas um consumidor do segmento. É uma seleção de artigos publicados no Portal Click Habitação com uma abordagem de diversos temas, assuntos interessantes e dicas únicas que podem ser utilizadas no dia a dia. O objetivo é repassar experiência, responder às principais dúvidas, melhorar a qualidade de atendimento nos serviços imobiliários, e principalmente obter melhores resultados propiciando um negócio seguro e qualificado aos consumidores. Guia completo com o passo a passo para o Planejamento e efetivação segura na compra do imóvel. A obra consegue ser, ao mesmo tempo, completíssima, concisa e, principalmente, dinâmica, por estar repleta de imagens coloridas, gráficos e organogramas. Fácil de ler e bastante esclarecedor.

SOBRE OS AUTORES: GILBERTO RIBEIRO DE MELO Especialista em Crédito imobiliário, economista com MBA em Planejamento Estratégico Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2004. Trabalhou durante 35 anos na Caixa Econômica Federal e foi Gerente Nacional de Administração de Créditos Habitacionais. Fundador do Portal Click Habitação. PATRICIA MATAYOSHI Especialista em Crédito Imobiliário há 20 anos, formada em Processamento de Dados pelo Colégio Técnico Bento Quirino, em Gestão Empresarial na FATEC e MBA em Gestão Estratégica de Empresas e Negócios na Metrocamp em 2008. Fundadora do Portal Click Habitação.

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DIVULGA ESCRITOR LIVROS EM FOCO | EDITORA PENALUX | DIÁRIO DA CASA ARRUINADA Tiago Feijó Gênero: Romance. ISBN: 978-85-5833-270-5 | ANO: 2017 Formato: 14x21. Páginas: 168 | Pólen bold 90 gr.

Sinopse: A história transcrita em “Diário Da Casa Arruinada” foi misteriosamente encontrada pelo escritor, que sem saber ao certo sobre a veracidade de tal narrativa, pôs-se a contar com a força de sua lírica os relatos fictícios, ou não. Na narrativa, Quim, escritor formado em letras, duela com a necessidade da escrita, que para ele, tornou-se labuta quase obrigatória, mas,contraditoriamente, uma atividade que lhe gera frustração, pois o personagem vive uma guerra com o conteúdo desta escrita, muitas vezes perdidas entre as rasgaduras de papéis descartados. Ex-fumante, ainda viciado no cigarro, Quim soma aos seus conflitos internos o desejo do abandono da substância, o qual não é apontado como hábito que lhe incomode, mas aparece apenas como

obstinação deste escritor- personagem. A narrativa é construída sobre o drama das ruínas do casamento de Quim com sua mulher, a artista plástica Madalena; juntos o casal tem uma filha chamada Selene. O conflito gira na roda da falta de comunicação entre marido e mulher, representadas pela mudez de uma afetividade invisível, opostamente às brigas que servem para minimamente demonstrar resquícios de algum sentimento. “Diário Da

Casa Arruinada” explora os recônditos do interior de Quim, que ao observar sua família desmembrar-se testemunha a estrutura de seu interior arruinar-se nos rastros das lembranças relatadas no seu diário.

Link para compra (R$ 38): https://www.editorapenalux.com. br/loja/product_info.php?products_id=660

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EDITORA PENALUX |

UMA CORRUÍRA NA VARANDA Braz Chediak Gênero: Crônicas ISBN: 978-85-5833-274-3 | ANO: 2017 Formato: 14x21. Páginas: 186 | Pólen soft 80 gr. Sinopse: O cineasta Braz, com sua característica de observador do cotidiano e com uma postura amadurecida, expande sua atividade artística, antes voltada para o cinema, agora direcionada ao território literário que consagrou Rubem Braga: as crônicas. Os temas misturam-se entre o epifânico e o corriqueiro. O escritor revela o lado sarcástico do comportamento humano,

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como, por exemplo, no texto que abre o livro: “O Juramento de Hipócrates”. Nesta narrativa, o humor aparece como denunciador da sociedade atual, o que se prolonga de modo sutil nas demais crônicas, nas quais a crítica ao modernismo com seu poder de geração de neuroses, culminam em nutrir os enredos de Braz. Com suas inspirações pareadas ao universo de Nelson Rodrigues, Braz coloca-se como entendedor da alma nacional. Assim, tal como fez o mestre, o autor, por meios dessas crônicas, desnuda a identidade brasileira à luz de suas paixões. Link para compra (R$ 35): https://www.editorapenalux.com.br/loja/product_info.php?products_id=661


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JAULA Astrid Cabral Gênero: Poesia ISBN: 978-85-5833-276-6 | ANO: 2018 | 2ª edição Formato: 14x21. Páginas: 104 | Pólen bold 90 gr. Sinopse: Astrid Cabral cria com sua poesia uma ponte para ligar o humano, ao seus ancestrais, companheiros animais, brutos, selvagens. Contemplando a potencia de cada ser vivo, cada palavra saúda e adora a existência, que se faz no arrastar lento das serpentes sobre a grama, nos barulhos de todos os animais que em manada fazem a sinfonia de “Jaula”. A autora dá voz a variados animais, conforme critica a ânsia do homem, o mercantilismo, a tecnologia, utiliza das metáforas aos animais num jogo inverso de demonstrar satiricamente a violência irracional do próprio ser humano, que brutaliza os demais seres, que mata, compete, rivaliza, tornando-se

uma besta que diverge dos demais seres. Porém não só com a metáfora a autora constrói a sua poesia, sua escrita também é uma comunhão que propõe um olhar para o universo ecológico, dando voz aos sussurros e barulhos dos animais, nomeando-os, fazendo dos seus nomes, de suas particularidades, material poético. Construindo similaridades, destacando animalidades, Astrid traz o universo zoo para a sua poesia, à media que a natureza transbordante de sua obra revela o caos do homem, tão animal e ao mesmo tempo tão diferente, chegando a destacar a desarmonia do homem, que em meio as vozes dos outros animais, fica só com sua capacidade de linguagem para potencializar o seu pensamento, talvez sua mais distinta particularidade, não sabendo se este racionalizar o diferencia como o mais sofisticado ou o mais desajustado dos seres. Link para compra (R$ 40): https://www.editorapenalux.com.br/loja/product_info.php?products_id=686 www.divulgaescritor.com | fev - mar 2017

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EDITORA PENALUX |

informações (i) relevantes

Samuel Medeiros Gênero: crônicas ISBN: 978-85-5833-286-6 | ANO: 2017 Formato: 14x21. Páginas: 132 | Pólen bold 90 gr. Sinopse: As crônicas de “Informações (i)relevantes” englobam os temas da amizade, trazem a sutileza do reparo nas pequenas coisas, e narra, desenvolve o olhar para o cotidiano com um desabafo que beira o humor sutil, na exposição da realidade com suas turbulências e fatalidades. Temas de viagens são trazidos logo no começo da obra, tipificando um espaço de grande movimentação, no qual, sendo um aeroporto o ambiente trazido em “A Caderneta”, o espaço é de grande tumulto. O escritor escolhe o achado de uma caderneta, de dono anônimo, para refletir sobre o tema da individualidade que se esconde sobre as máscaras da pele, passando despercebida na

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corrida pelo amanhã, de modo que o mundo particular do dono da caderneta encontrada, não pode ser decodificado pelo narrador curioso. Vindo com o cotidiano o assunto da Burocracia é narrado pelo escritor em um desabafo que beira o cômico, porque a situação do mundo computadorizado, que veio para substituir as pilhas de documentos amassados na inutilidade de tanta formalidade, parece ter intensificado a catástrofe dos meios públicos com seu trabalho arrastado e improdutivo que atrapalha o cidadão que precisa cumprir com as exigências irracionais da burocracia. Ao mesmo tempo que o olhar do cronista é meticuloso, incomum, os assuntos essenciais que permitem a reflexão são também trabalhados na obra, de maneira que a rotina possa abrir espaço para o essencial, as amizades, o tempo, o amor. Link para compra (R$ 36): https://www.editorapenalux.com.br/loja/product_info. php?products_id=687


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AS QUATRO FASES DA LUA Renata Dias Gênero: Poesia ISBN: 978-85-5833-295-8 | ANO: 2017 Formato: 14x21. Páginas: 130 | Pólen bold 90 gr. Sinopse: Renata Paes Dias escreve poesias que falam do que a gente entende e se. Versos sobre a vida cotidiana, sobre o que é comum a todos, o que nos rodeia, nos controla, deprime, traz esperança. Fala daquilo que reconhecemos e nos identificamos, mas expressa sua visão e seus sentimentos de uma forma que apenas ensaiamos, sonhamos, desejaríamos. Sua poesia vem regada do que é: trabalhadora que constrói cada lajota do bem-estar que desfruta, mãe que educa seu filho com carinho, preocupação, dedicação permanentes, envolvida com a família, com os amigos, com ter

coerência, postura, solidariedade, iniciativa. Sempre preocupada em entender com clareza, em conversar como forma de expandir idéias, escolher temas, antenada com fatos, acontecimentos, silêncios, tecnologia. Uma mulher que pensa o tempo todo, pesquisadora, envolvida com análises de consumo, políticas, como pensa e reage a população. As quatro fases da lua trazem a visão poética de uma pessoa completamente envolvida com a análise da realidade, que insiste na beleza, no carinho, na amizade, na resistência, no refinamento. Espero que, como eu, seus leitores se sintam uma pessoa melhor e mais feliz ao encontrar palavras colocadas para tocar o coração. Boa poesia a todos. Link para compra (R$ 34): https://www.editorapenalux.com.br/loja/product_info. php?products_id=678

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O VISGO DAS COISAS Expedicto Ferraz Jr. Gênero: Poesia ISBN: 978-85-5833-288-0 | ANO: 2018 Formato: 14x21. Páginas: 92 | Pólen bold 90 gr. Sinopse: Expedito Ferraz Jr., arguto observador do cotidiano, com este seu novo livro reafirma a pegada certeira e lírica de sua poesia. Como poucos, ele imbrica o lirismo mais sublime a um lirismo social que denuncia as fragilidades e as frag-

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mentações da vida – social ou entre quatro paredes. O eu-lírico, perspicaz quanto sagaz, tanto veste como despe-se, das manhas, manias, saliências e reentrâncias da vida e da representação dela, via palavra. Uma poesia que engendra outra máquina dentro da máquina usual do mundo. Por isso mesmo, ler Expedito Ferraz Jr. é adentrar na densa floresta de signos que a vida, a linguagem e a poesia nos oferecem. E para a qual, estamos pouco – ou, quase sempre – nada atentos. (Amador Ribeiro Neto) Link para compra (R$ 36): https://www.editorapenalux.com.br/loja/product_info. php?products_id=685


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A Lua é Um Grande Queijo Suspenso no Céu, romance.

um cemitério respostas para o que foi — e para o que será — a sua vida. Ou seria a sua morte? A Lua é Um Grande Queijo Suspenso no Céu é um pasAutor: Claudio Parreia seio pelo absurdo, um livro que questiona as verdades Publicação: 2018, 1ª edição nem sempre definitivas. Entre vivos e mortos, um livro Tamanho: 14x21 que promete a cura de todos os males e uma máquina Páginas: 162 capaz de construir realidades alternativas, Claudio Parreira nos convida a refletir sobre tudo o que está à nossa Sinopse: Um homem desperta num lugar desconhecido volta. Ou não. e na mais pura escuridão — sem ter a menor ideia de Link para compra (R$38) como foi parar lá. A partir daí uma série de fatos ainda mais bizarros toma https://www.editorapenalux.com.br/loja/product_info. conta do protagonista, que busca entre as alamedas de php?products_id=694

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