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Sumário ENTREVISTAS Brasil Angeli Rose.......................................................................................................26 Dalã Calon.........................................................................................................49 Larissa Panazzolo...............................................................................................58 M. G. Gomez...................................................................................................68 Ricardo Pontes Nunes........................................................................................76 Thomas Agnus..................................................................................................84
Portugal Carlos Filipe Saraiva..........................................................................................36
Destaque literário do Brasil para o Mundo Magna Aspásia Fontenelle
Pág.17
COLUNAS Solar de Poetas ....................................22 Poetas Poveiros – parte 1 – Homenagem as mamães....................78 Poetas Poveiros – parte 2 – Homenagem as mamães....................82
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL Lorié Steiner...............................................................................................25 Gisele Lemos..............................................................................................30 Lúcia Mattos...............................................................................................32 Mirian Menezes de Oliveira......................................................................34 Rosa Marques............................................................................................35 Claúdia Coelho..........................................................................................38 Editora AGE – lançamentos - parte 1..........................................................52 Nilze Monteiro...........................................................................................56 Marta Maria Niemeyer.............................................................................61 Rosa Maria Santos.....................................................................................62 Martha Vieira.............................................................................................66 Fernando Jacques – JAX...........................................................................70 Tito Mellão Laraya....................................................................................72 Flavio Joppert.............................................................................................87 Editora AGE – parte 2................................................................................90 Irlen Leal Benchimol..............................................................................94
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Shirley M. Cavalcante
Revista Divulga Escritor Revista Literária da Lusofonia Ano VII Nº 52 Edição maio de 2022 Publicação Bimestral Editora Responsável: Shirley M. Cavalcante DRT: 2664 Diagramação: EstampaPB Para Anunciar smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9 9121-4094 Para ler edições anteriores acesse www.divulgaescritor.com Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da Divulga Escritor. ISSN 2358-0119
Editora e Coordenadora do projeto Divulga Escritor
Com sucesso, chegamos à 52ª edição, da Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Em destaque, Magna Aspásia Fontenelle, e muitas homenagens as mamães, uma edição que está vindo para emocionar. Composta por mais de 40 escritores contemporâneos, divulgando os seus livros, por meio de entrevistas, textos em prosa e em versos... LITERATURA! Hoje, a revista Divulga Escritor é uma das principais revistas literárias da lusofonia, com conteúdo exclusivamente literário. O editorial se destaca por sua qualidade e profissionalismo. Distribuída gratuitamente para todos que acessam a internet, a revista tem alcançado um público leitor cada vez maior. Consolidada, vamos rumo a edição 52. Juntos, vamos ler e divulgar a revista literária da lusofonia e apoiar nossos escritores contemporâneos. Muito obrigada, equipe Divulga Escritor, e administradores dos grupos: Obrigada, José Sepúlveda, apoio em Portugal. Obrigada, Amy Dine, apoio em Portugal. Obrigada, Rosa Maria Santos, apoio em Portugal. Obrigada, Manso Preto, director do Minho Digital, apoio em Portugal Obrigada, Ilka Cristina, apoio no Brasil. Obrigada, Nell Morato, apoio no Brasil. Obrigada, Evandro, do Blog Atraentemente, apoio no Brasil. Obrigada a cada um dos escritores que participam contribuindo com suas maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas nas entrevistas. Obrigada, a todos participantes, que mantêm o projeto vivo! Muito obrigada por estarmos juntos divulgando literatura, e juntos podermos dizer ao mundo: EU SOU ESCRITOR, EU ESTOU AQUI. Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, uma revista, colaborativa, elaborada por escritores, com distribuição gratuita, para leitores de todo o mundo.
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Divulga Escritor Por Shirley Cavalcante (SMC)
Você Escritor Que pensa em publicar Não importa em que área atue Editor no momento de selecionar Vai escolher os livros melhores De comercializar. Leve em consideração que o Editor Na hora de editar Vai escolher os autores Que divulgam melhor o seu trabalho Para então os seus livros, A publicação financiar.
O gestor de uma empresa, Na hora de aceitar, O convite do escritor Para o seu livro apoiar, Os colaboradores comprar, Vai logo no Google, facebook, Informações do escritor coletar. Por isso escritor, Quanto mais e melhor divulgar, O seu trabalho literário, Maior chance de sucesso terás, E a sua carreira literária alavancar.
Você Escritor, Não deixe de divulgar, Entrevistas, resenhas, Artigos, textos, apresentações... Divulgar, divulgar, divulgar... Mais uma dica Literária, Agora vamos lhe dá, Ter foco no público-alvo, É sempre um bom caminho, a realizar, Pois, assim selecionarás empresas, eventos... Identificarás os gestores, Com foco e determinação, O apoio você irá encontrar, Com palestras o livro apresentar.
Vem para o projeto Divulga Escritor O seu livro divulgar, Entrevistas realizar, Textos apresentar, Amigos novos encontrar. Te esperamos para juntos Cada vitória comemorar! Vem com a Equipe Divulga Escritor, Que estará sempre por aqui, para juntos te divulgar!
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Quer ser o próximo entrevistado para Revista
Literária da Lusofonia?
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Sobre a “Divulga Escritor – Revista Literária da Lusofonia” por Dra. Alexandra Vieira de Almeida
Alexandra Vieira de Almeida Escritora e Doutora em Literatura Comparada (UERJ) Link para acesso a edição da revista com destaque para matéria de capa com a Dra. Alexandra https://issuu.com/smc5/docs/40_divulga_ escritor_revista_literar
O que dizer de uma revista que tem poucos anos de vida e já é um sucesso, tanto nacional quanto internacionalmente? Estamos falando da Divulga Escritor, uma Revista que enobrece a literatura lusófona. Nascida em 2013, tendo Shirley M. Cavalcante como jornalista e coordenadora deste projeto múltiplo e eficaz, o periódico tem se destacado por seu estilo ímpar e inovador. Prezando a qualidade e o profissionalismo, a Revista é um polo aglutinador que se expande para novos horizontes, trazendo à tona novos talentos e projetos voltados para o mercado editorial.
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O que dizer de uma revista que tem poucos anos de vida e já é um sucesso, tanto nacional quanto internacionalmente? Estamos falando da Divulga Escritor, uma Revista que enobrece a literatura lusófona. Nascida em 2013, tendo Shirley M. Cavalcante como jornalista e coordenadora deste projeto múltiplo e eficaz, o periódico tem se destacado por seu estilo ímpar e inovador. Prezando a qualidade e o profissionalismo, a Revista é um polo aglutinador que se expande para novos horizontes, trazendo à tona novos talentos e projetos voltados para o mercado editorial. A Revista desde seu nascimento preza pela elaboração de entrevistas especializadas, tendo como princípio conhecer, de antemão, o perfil do entrevistado. Assim, se torna mais pleno o domínio do foco almejado, com entrevistas bem elaboradas e questionadoras que revelam a beleza e especificidade do escritor divulgado. O foco divulgacional de cada profissional apresentado é conduzido com mestria pelas mãos eficientes de Shirley M Cavalcante, que com seu dom criativo e reflexivo, leva os entrevistados a se adentrarem no terreno de sua própria obra de modo magistral. A jornalista conhece como ninguém o domínio da palavra exata e essencial, não deixando nada a desejar aos grandes entrevistadores da grande mídia. Mas não só de entrevistas que a Revista se vale para divulgar a verdadeira literatura. A Revista também divulga textos literários, tanto no gênero prosa, como no gênero da poesia. Assim, podemos encontrar um leque diversificado de textos, como artigos, contos, crônicas, e poemas, sendo apresentados em todas as edições da Revista. Ela não tem patrocínio. Como então ela sobrevive em meio às dificuldades e crises em que vivemos, sem nenhum apoio das grandes empresas ou veículos de divulgação ou do próprio Estado? Ela se vivifica por um retorno colaborativo, pela união, pela fraternidade entre os participantes da revista. Todos colaboram para que a revista aconteça e apareça na mídia, com grande sucesso. E qual o grande retorno disto? A Revista é inteiramente gratuita. Isso mesmo. Para todos que acessam a internet, ela está disponível e bela como sempre, enobrecendo o trabalho destes profissionais admiráveis com grande destreza e importância. A Revista tem ampla divulgação em várias mídias, além de diversos apoios quando se fala em trabalhos personalizados por edição. Todas as edições da Divulga Escritor podem ser acessadas de forma gratuita. Este é o grande diferencial do periódico, uma publicação que se vale de sua maior importância em toda a lusofonia. Portanto, Shirley M. Cavalcante é uma desbravadora de mares infinitos, trazendo à público a força e a garra de uma mulher que não para e oferece um trabalho de extrema qualidade e confiança. A jornalista é um exemplo para todos aqueles que querem alcançar o reconhecimento de um trabalho perfeito e inigualável. A Revista Divulga Escritor tem verdadeiramente uma máxima importância, sendo a maior revista literária da lusofonia, divulgada e apreciada amplamente, tendo muitos seguidores. Vivas à Shirley M Cavalvante e seu trabalho esplendoroso.
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Link para última edição da revista, a de N.46 no ISSUU https://issuu.com/smc5/docs/46__divulga_escritor_revista_literaria_da_lusofoni Outras edições no ISSUU https://issuu.com/smc5 Serviços Links para acesso gratuito a todas edições publicadas Revista: Site da Revista http://www.divulgaescritor.com/revista/ Recanto das Letras - em PDF http://www.recantodasletras.com.br/ autor_textos.php?id=185182&categoria=M&lista=ultimas Almanaque Literário http://www.almanaqueliterario.com/revista-literaria-da-lusofonia Quem desejar participar é só encaminhar email para nosso editorial informando o que deseja divulgar na revista, apresentaremos proposta. smccomunicacao@hotmail.com Não temos a revista impressa. Valores para participar da Revista • Valor da página para PF - 50 reais ou 13 Euros (publicação de textos em versos e em prosa, como conto, crônicas.) • Valor da página para PJ - 300 reais ou 70 Euros • Valor para publicação de entrevista - 100 reais ou 25 Euros • Capa - Negociação individual. Promoção Divulgação de livro, sinopse, juntamente com imagem de capa do livro, R$30,00(trinta reais). Aguardamos seu contato!
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Homenagem a Isidro Sousa – In Memoriam “Com o avanço das tecnologias, passamos a conhecer muitas pessoas de forma virtual, e principalmente a tê-los como amigos. Isidro Sousa é uma destas pessoas, que mesmo sem conhecê-lo pessoalmente marcou, deixou saudades... obrigada por todo o apoio e amizade. Saudades eternas.” Shirley Cavalcante Editora Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia.
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Homenagem a Margot Weide - In Memoriam “Descobri tardiamente que tinha nos deixado, linda Margot. Agradecemos por todo o seu apoio e participação. Agradecemos por seu legado literário, que fica para gerações. . Saudades eternas.” Shirley Cavalcante Editora Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia.
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Destaque literário do Brasil para o Mundo
Magna Aspásia Fontenelle
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Entrevista com a Escritora e Ativista Cultural
Magna Aspásia Fontenelle
A cena literária não pode parar, vamos publicar vários livros com intercâmbios culturais, literários e promover encontros de acadêmicos para troca de saberes, com eventos culturais, sempre enaltecendo a leitura e a escrita.”
MAGNA ASPÁSIA FONTENELLE, natural de Carolina-MA-Brasil e residente em Uberaba- MG-Brasil, professora. Dra em Filosofia Universica, consagrando-se por mérito em Philosophos ImmortalemPh.I. Academia de Letras do Brasil, Dra. Honoris Causa em Literatura (Dra. h. c.) (Febacla-Rio de Janeiro). Mestre na área da Educação em “formación de profesores de lengua espanhola”- Universidade de León – Espanha-; graduada em Letras português/ espanhol-Licenciatura Plena, pós-graduada em áreas educacionais na formação inicial e continuada de professores. Colunista do Jornal Rol-Sorocaba-SP; palestrante escritora autora e coautora de vários artigos científicos, livros, coletâneas, antologias e revistas publicados em periódicos (inter) nacionais, tradutora, facilitadora de cursos nas áreas educacionais. Membro Fundador Imortal e presidente da Academia de Letras do Brasil Seccional Uberaba-Minas Gerais (ALB). Membro fundador e presidente da Academia Alternativa Pegasiane Brasil (AAP). Delegada Cultural para o Triângulo Mineiro (FEBACLA-Rio de Janeiro), Delegada da ANI(Associação Nacional e Internacional de Imprensa) Membro da AJEB-MG. Membro da FOCUS Brasil- New York- Agraciada com a várias honrarias nacionais e internacionais. Recebida como hóspede oficial da Estância Turística Paraguaçu Paulista-SP.Título de Cidadania Uberabense.
Boa leitura!
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora e Ativista Cultural Magna Aspásia Fontenelle, é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Conte-nos, o que a motivou a ter gosto pela escrita literária? Magna Aspásia - Minha mãe me influenciou. Ela era uma grande leitora, lia todos os gêneros e, conhecia a literatura de vários escritores brasileiros. Quando criança na minha terra natal a ouvia declamar poesias, como “Canção do Exilio” do autor maranhense Gonçalves Dias. Ela falava que a poesia sai da alma para o papel, que os poetas são fazedores de sonhos. Portanto cresci nesse universo poético. O que a escrita representa para você? Comente como se deu o início e desenvolvimento da escrita em sua carreira literária. Magna Aspásia - Um elo entre o passado e presente projetado para o futuro. Comecei a escrever poesias na minha juventude inspirada pelo cotidiano na minha terra natal e pela formação familiar, minha mãe era uma leitora voraz. Sou ávida pelo conhecimento e, minha formação superior em letras, me permitiu múltiplos olhares sobre vários gêneros textuais e seus suportes, com isso, fui adentrando o universo didático literário diversificado. Eu gosto de escrever com essas multiplicidades linguísticas diferenciadas. Leio muitos autores brasileiros e estrangeiros o que amplia meu conhecimento de mundo, que sem dúvida levo para meus escritos. Tento equilibrar os meus escritos numa balança didática e literária, para que meus escritos alcance um público diferenciado, como a escrita cientifica voltada para a formação inicial e continuada de professores, publicados em periódicos brasileiros e internacionais, revistas especializadas, livros, artigos, resenhas.
Que tipos de textos gostas de ler? Magna Aspásia - Minha leitura preferida são os romances épicos, entretanto outros gêneros me atraem, no final leio de tudo e tudo que me enviam. O que mais a encanta na leitura destes tipos de textos? Magna Aspásia - A narrativa e o eu lírico, que nos me faz viajar no empo-espaço Você já participou de várias antologias e coletâneas, qual a participação que mais a cativou, por quê? Magna Aspásia - Sim, já participei de várias Antologias, que a meu ver é uma das melhoras forma de divulgação literária de autores independentes. Vejo as Antologias como um buquê de flores de cores variadas e, que cada uma cumpre seu papel enfeitando o livro com seus textos, com variações linguísticas, culturais, sociais, enriquecendo o conhecimento de mundo, literário de cada participante. Todas as
Antologias que participei, tem sua importância, pois depende do contexto que estão inseridas. Em sua carreira literária já participou de vários eventos, qual o momento/evento, que mais marcou, por quê? Magna Aspásia - Todos foram significativos. Entretanto o evento em comemoração aos 16 anos de criação da Academia de Letas do Brasil, instituição a qual faço parte e sou fundadora e presidente de uma seccional aqui em Uberaba-MG, foi marcante, porque comemorar o aniversário de fundação de uma instituição literária num país que tem o gargalo do déficit de leitura e escrita é, simplesmente enriquecedor, pois oportuniza a divulgação e o fazimento nos processos das ensinagens e aprendizagens. Apresente-nos o projeto para construção da Antologia Internacional “ Pegasi” em Prosa e Verso- Open Lane 5.
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Magna Aspásia - A Antologia “Pegasi” em Prosa e Verso-Open Lane 5, é um pojeto desafiador e instigante, nasceu do sonho meu e do prof. Kistaq.F.Shabani(ALBÂNIA) de reunir escritores brasileiros e estrangeiros num livro literário em língua portuguesa brasileira. Acreditamos que a linguagem poética é universal. Nessa visão, através das traduções unimos escritores brasileiros e albaneses, gregos, italianos, albaneses que residem na diáspora, dentre outros, que nos possibilitaram vários diálogos em seus textos, histórias, poesias, crônicas, contos, poemas, artigos científicos, haicai, letra de música etc., numa linguagem sistêmica, didática, erudita, evidenciando o pensamento diário construído e cristalizado, tanto no individual, como no coletivo da natureza literária diversificada, produzidos pelos, os autores, em seus afãs dialético e estético. Essas complementariedades explicitam suas diversidades antropológicas, enriquecendo a cultura, a ciência, a intelectualidade e o conhecimento, acrescentadas das traduções, patenteiam a origem estrangeira intercultural, interlíngual e intemporal dos diálogos na construção de uma identidade plural contemporânea. Também, as questões referentes as relações internacionais, pois, abrem portas para ambos países. Quem desejar ainda pode participar? Magna Aspásia - Não, o livro já está publicado. Foi lançado em primeira mão no Brasil na Bienal Internacional do Livro- RJ 2021.Será lançado na Albânia em 2022. Pensas em publicar um livro solo? Magna Aspásia - Sim, há um gestado a anos esperando para nascer... Breve, publicaremos...
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Quais os seus próximos projetos literários? Magna Aspásia - A cena literária não pode parar, vamos publicar vários livros com intercâmbios culturais, literários e promover encontros de acadêmicos para troca de saberes, com eventos culturais, sempre enaltecendo a leitura e a escrita. Socializando, sou uma das organi2 zadoras do evento didático literário IV Encontro das Academias de Letras, Ciências, Artes e da Febacla,que acontecerá e novembro de 2022 em Araguaína-TO, que tem por objetivo percorrer o Brasil no tocante a união das Academias de Letras seus fazientos e atuações. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora e ativista cul-
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tural Magna Aspásia Fontenelle. Agradecemos sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Magna Aspásia - Acreditem em seus sonhos... Muito obrigada pela deferência! “Seja qual for o seu sonho, comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia.” -Johann Goethe
Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da literatura Quer ser entrevistado? Entre em contato com nosso editorial, apresentaremos proposta. Contato: smccomunicacao@hotmail.com
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O Ipê e a vida Na beira de uma estrada Existem vários Ipês* de cores variadas. Que florescem no inverno e na primavera, Em diferentes meses do ano Donos de uma beleza sem igual. O primeiro a florir é o ipê-roxo. De julho a agosto Segundo é o Ipê-amarelo. De agosto a setembro O terceiro é o Ipê-branco, Entre setembro e outubro. Para florir eles se despem de suas folhas, Que caem no solo formando, Um tapete esverdeado Bucólico, Saudoso, Suas folhas caídas são substituídas, Por nova florada de cores intensas Que duram uma semana e Caem novamente no solo Formando um manto florido Mostrando a efemeridade da vida. Assim, como os ipês de cores variadas, São as pessoas e, suas diversidades Culturais, sociais e linguísticas, Que formam a sociedade no Contextos que estão inseridos. Constituindo o agrupamento dos membros, Com a mesma raiz e de cores diferenciadas Formando a casta como os Ipês na. Beira da estrada. Que inebriam o olhar dos viajantes Pela genialidade da natureza, Despertando sentimentos, De amor, Gratidão, Eliminando as dores Desse mundo pandêmico Trazendo a esperança A certeza, De que, o SOL com toda sua Exuberância, Amor e justiça. Luz e calor, O que é a vida? Aquece o universo Senão, várias ‘floradas’ de folhas e flores. Unindo passado, Que nascem, crescem e morrem. Presente e futuro Todavia, deixam suas marcas indeléveis, Formando um laço Com seus exemplos, valores… Solidário, Família! De fé Magna Aspásia Fontenelle
Referência. NA:Ipês, árvore de tronco grande da família da tabetuia seu nome origina do tupi à›pé, “árvore cascuda”. “Pau-d’arco” é uma referência a seu uso pelos povos indígenas do Brasil como matéria-prima para confecção de arcos. Ipeúva, “provém do tupi ip’ïwa”, “árvore da casca”. Em 1978, a lei 6.507 oficializou a flor do ipê como a flor nacional do Brasil. <https://pt.wikipedia.org/wiki/ Tabebuia>.
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José Sepúlveda
Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa, de Portugal, especial, em homenagem ao Dia das Mães
Sabias, Mãe?
Quando partiste
Quando nasci ali na nossa aldeia Nessa manhã de abril tão fresca e bela, Os teus gemidos numa casa cheia, Se ouviam pelas frinchas da janela.
Naquele dia longo em que partiste E foste descansar na tumba fria, Deixei de ser quem era, fiquei triste, Contigo foi também minha alegria.
Vagidos magoados, sangue, dor, Amálgama de paz e sofrimento, Momentos de ternura, grande amor, E toda a nossa gente em movimento.
Desvaneceu-se o sonho e a quimera! O meu olhar no teu se concentrou E a nossa mente ali ficou à espera Da primavera que não mais chegou.
O pai rejubilava, era um rapaz! E o sentimento livre que nos faz Gritar, gritar sem termo, até chorar,
Tão cheios de esperança, os olhos teus Se volvem finalmente para os céus E logo a tua angústia se desfaz.
Me transformou assim naquele infante Que quis na sua vida longa, errante, A mesma cruz contigo carregar.
Do alto, do infinito, o Salvador Ao ver-te assim, com seu olhar de amor, Tão pronto, respondeu: Descansa em paz!
José Sepúlveda
José Sepúlveda
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Minha mãe
Mãe
Coração de mãe
Nos teus braços me embalaste Fizeste tudo por mim Sobre a vida me ensinaste Que é uma luta até fim.
Tens um filho em teu regaço, Trá-lo aqui, mostra-o ao povo, Não sintas medo, cansaço, Porque vai ser teu de novo.
Lembro que quando criança Cantavas com alegria E nas memórias da infância Tristeza não existia.
Tudo louva em oração, Só ele pode salvar, Basta dar-lhe o coração E logo se aprende a amar
Imagem relacionada Na cama de minha mãe Eu com ela adormecia, Vi, muitas vezes também Cada lágrima que lhe caía
Muitas noites mal dormidas Muitos filhos p’ra criar, O zelo por tantas vidas Que era preciso cuidar.
Cada dia da jornada Cantemos com alegria Pois durante a caminhada Vai ser nossa companhia.
Depois das lides da casa Cuidavas-nos hora a hora E com o teu peito em brasa Velavas p’la noite fora.
Perdoar, pedir perdão, Tê-lo sempre ao nosso lado Nesta tão bela ilusão De amar, se sentir amado.
O tempo passou, mãezinha, É p’ra ti esta homenagem Da tua linda menina Como um preito, mãe coragem.
Entrega com humildade Teu coração por Jesus, Porque é nossa liberdade E do mundo inteiro a luz.
Depois dos filhos teres criado Com tanto amor e carinho, Cada um foi p’ra seu lado Construir o seu caminho.
Rosa Maria Santos
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Mas sorrisos não lhe via Sempre triste a minha mãe, Tanto que ela sofria Hoje a entendo tão bem, Querida mãe, como eu te queria, Mais tarde, perdi meu sorriso E como eu a compreendia Dava a vida por mim se fosse preciso Aquela dor, nenhuma mãe tiraria, Tantas vezes me abraçava, E comigo tanto chorou As lágrimas, me enxugava, Querida mãe, já me deixou Levando a vida, tão marcada, Coração de mãe não se engana Chora quando devia sorrir, Ao ver o olhar que ele emana Sabe se é feliz ou está a fingir!! Joana Ramos Rodrigues
Rosa Maria Santos
“MÃE” Mãe… Já escreveram um bilião de vezes sobre ti Mesmo assim nunca seriam suficient•es para mim Deixaste-me, não querias eu sei, e nunca te esqueci Não há nem nunca haverá ninguém tão doce assim… Mãe… Sinto o teu perfume de rosas na minha almofada Vejo-te nos meus sonhos, quando eu era uma menina Abraço-te então bem apertadinha a mim, fico calada És mãe o maior amor do meu mundo, mulher divina… Não é porque hoje se celebra o teu dia que eu te amo Porque existes no meu coração e alma todo o tempo Hoje mãe, é só um dia que acontece uma vez no ano Mãe celebra-se, ama-se, e venera-se a todo o momento… Maria José
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Mãe És a mãe que escolhi És a que o meu coração aceitou Desde bebé até à fase adulta És a que me ensinou o Amor Desde que abri os olhos E por isso te agradeço. És a minha mãe, Mas és também a mãe de todos Porque carregas contigo esse papel. És uma mulher de força Que esperou anos Pelo futuro marido, És a corajosa que deixou a terra Para tentar uma vida melhor E conseguiste! És a que sempre me ensinou Os valores que hoje tenho. És a que sempre me deu a mão E que estiveste comigo Sempre que precisei e preciso. Mãe, és muito mais do que imaginas Tens muito mais para mostrar E muito mais para dar. És uma avó carinhosa e presente Um braço direito Sempre que preciso Tens um valor incalculável E só quem tem mães assim Sabe a importância disso. És a flor do meu Jardim És a Rosa do coração da tua neta. Mãe, parabéns a ti!! Rute Alves
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Lembras-te Mãe Lembras-te minha Mãe? Unidos, como sabia tão bem Dormíamos na mesma cama Eras a árvore e nós a rama Tu, eu e os meus dois irmãos No sono dávamos as mãos Eramos quatro todos quentinhos A Santa e os três pastorinhos Aconchegados pelo nosso calor Noites a fio cheios de amor Eu lembro-me de tudo Mãe E do Pai no Mar também A meio da noite acordávamos Pelo nosso Pai rezávamos No alto Mar na traineira pescava Para ganhar o pão arriscava Na rádio os barcos comunicavam Esperávamos noticias que chegavam Lembras-te minha querida Mãe? Eu lembro-me também Verdade que não quero esquecer Vou guardá-la até morrer Ai minha Mãe, revivo a memória Nesta linda e verdadeira história. António Gonçalves
Amor de Mãe Tu que és mãe todos os dias, Os dias são todos teus, És o sol das manhãs frias, Uma dádiva de Deus. És um regaço d’ amor, De afeto e ternura, És o que há de melhor, Para qualquer criatura. Oh! Mãe, tu não tens idade, Cuidas de nós toda a vida, Da minha tenho saudade, Ama a tua de verdade, Que triste, é a partida. LAF01MAI2016 Leonel Alberto Furtado
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM A ESCRITORA LORIÉ STEINER
Mãe Mãe é Maria Mãe é divina Mãe é poesia Mãe é tesouro Mãe é estrela-guia Mãe é rainha Mãe é alegria Mãe é flor Mãe é perfume Mãe é amor Mãe é sol Mãe é luz Mãe é girassol Mãe é bondosa Mãe é iluminada Mãe é carinhosa Mãe é guerreira Mãe é zelosa Mãe é companheira Mãe é leoa Mãe é amável Mãe é boa Mãe é preciosa Mãe é presente Mãe é amorosa Mãe é fragilidade Mãe é força Mãe é sensibilidade Mãe é ternura Mãe é generosidade Mãe é doçura Mãe é fada Mãe é anjo Mãe é iluminada Mãe é terna Mãe é abençoada Mãe é eterna.
Parabéns a todas Mães!
Em especial, Filhinha Jardim Lídia Ramalho🌹Ginetta Schmid (Mãe - Avó - Sogra)
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Entrevista com a Escritora e Ativista Cultural
Angeli Rose
Mas posso sugerir que é necessário apostarmos e acreditarmos cada vez mais em iniciativas de cooperação e coletivas em todas as áreas da vida contemporânea.”
Angeli Rose é carioca, mãe de Thiago Krause (Historiador/UNIRIO), feminista, professora há mais de 20 anos. Vive no Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana. Conta com diversas formações: PhD Educação (UFRJ) e Letras (UFRJ); Dra. Letras (PUC-Rio); Ms.Educação (PUCRio); Especialista em Educação Infantil, Alfabetização e Letramento(IPEMIG); Esp. Jornalismo Cultural(UERJ); Esp. Literatura Brasileira(UERJ); Licenciatura em Letras(UERJ) e Pedagogia. É membro de diversas academias de Letras, Artes e Ciências nacionais e internacionais, sendo Conselheira da ADABL; Diretora de Eventos e Divulgação(AJEB); Fundadora e coordenadora do Coletivo Mulheres Artistas(CMA); co-fundadora e Presidente do Instituto Internacional Cultura Em Movimento (IICEM) e autora de artigos e 4 livros solos, além de coautora de vária antologias nacionais e internacionais. Atualmente, dedicase à pesquisa em colaboração sobre a cidade do Rio de Janeiro(UFRJ).
Boa leitura!
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora e Ativista Cultural, Angeli Rose, é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Conte-nos, como se deu o início e desenvolvimento da escrita em sua carreira literária? Angeli Rose - Sou professora de formação principal e carreira, portanto, na condição de “professora-pesquisadora” há muitos anos, escrever começou a ser uma atividade necessária, tanto para preparar aulas, como para participar de eventos acadêmicos. A minha escrita publicizada iniciou-se acadêmica, enquanto a autoral literária ficava na gaveta. Lembro que uma das primeiras produções, publicada no “Boletim Zero do Colégio de Aplicação da UERJ”, chamou-se Guerra dos Sexos, sobre práticas de leitura literária com alunos do Ensino Fundamental II da Educação Básica, momento de início do magistério em minha vida. Somente em 2004 fui ter um texto literário, uma prosa poética publicada em livro, uma antologia de um concurso em que fui uma das classificadas. Foi um concurso promovido para professores pela ABL e o extinto Jornal dos
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Concursos. Mas me recordo que era muito tenso escrever para publicar e o que me movia era realmente o desejo de compartilhamento. Apresente-nos o seu mais recente lançamento “Pedras Deslizantes” Angeli Rose - Sim! Obrigada pela oportunidade. Pedras Deslizantes é uma coletânea de poemas escritos principalmente nos últimos 3 anos, com alguns inéditos e outros que estavam espalhados em diversas antologias nacionais e internacionais. Dedico o livro ao meu querido irmão e amigo, Alvimar Nascimento. E a partir de leituras de João Cabral de Mello Neto, encontrei a imagem da “pedra”, aliada à imagem simbólica da fluidez da água que me é muito cara e recebe seixos em rios pelo mundo. A capa é de Gabriela Lopes (MG) que alia as imagens nucleares de maneira magistral, como artista plástica que é; e o prefácio é da Presidente da Academia Juizforana de Letras, Cecy Campos, especialista e atuante no campo literário, e pessoa que admiro muito. É uma edição com tiragem pequena, mas com um bom resultado. Espero que gostem. Deixe para leitura um dos textos publicados na obra
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VAGALUME Pisca Apaga Voa Morre Lume Vaga, vaga, vaga, vaga, vaga... Sabemos que cada texto contém um pouco da autora Angeli Rose, comente sobre o momento de criação deste texto. Angeli Rose - Eu não faço muitos poemas breves, mas gosto especialmente deste, talvez, por toda sugestão final que ele desencadeia. Em realidade, posso acrescentar que das minhas leituras em Filosofia, Estética e também de toda contemplação necessária a todo artista ante a fugacidade da vida, o “vagalume” surge no entre-lugar que a fauna e flora criam e este ser vivo desfruta ao seu modo. Penso que isso fala muito da atividade criadora. Onde podemos comprar o seu livro? Angeli Rose - Por enquanto, como escritora independente que sou, é só contatar comigo(@angeliroseescritora) para adquirir o livro, e ele será enviado e autografado carinhosamente! Custa R$35,00 + despesas de envio fora da cidade do RJ.
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Por meio da escrita você vem colecionando inúmeras conquistas, participando de inúmeros projetos. Apresente-nos, os principais projetos literários por ordem cronológica, e as principais atividades desenvolvidas por eles. Angeli Rose - Nossa! Vamos ver se consigo selecionar os principais: PEGA VISÃO é um projeto do Coletivo Mulheres Artistas, iniciado em 2021 com diferentes etapas, e que consiste hoje em promover a transcrição de livros literários para o Braille, em escala comercial ou não. O principal objetivo é contribuir para aumentar os acervos das bibliotecas do país, especialmente, da Biblioteca Braille(DF), com obras acessíveis e reafirmando a importância da leitura literária na inclusão social de deficientes visuais. Não podemos falar hoje em formação de leitores e inclusão social sem considerarmos o quanto o acervo em Braille faz-se necessário. A madrinha do Projeto é a querida escritora e Presidente da AIAB, Dinorá Couto Cançado (DF);
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1a. antologia do CMA, Mulheres Artistas Conversam…E Convidadas. Prosa e Verso-2021, com 61 coautoras e prefácio da amiga e editora, escritora carioca Zélia Fernandes;(E vem aí ELES, AMIGOS DELAS para 2022,antologia mista agora); Há outros de igual relevância, porém, destaco o IICEM, fundado em 16/7/2021, uma iniciativa de fôlego ,em parceria com amigos e gente que acredita na importância do desenvolvimento do pensamento crítico para o exercício de uma cidadania plena. Trata-se de um Instituto (trans-)formativo sem fins lucrativos, do qual sou Presidente e conto com a parceria da Prof. Dra. Luciana Nascimento, Vice-Presidente. Criamos a partir dele a Editora Cultura Em Movimento. Quem quiser saber mais: www.culturaemmovimento.org ; FELICA (FEIRA LITERÁRIA CARIOCA) com a 1a. edição realizada em Março/2022,evento de 6 dias consecutivos, atividades das 10h às 19 horas por dia, com mesa de abertura,
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Café com letras, com Ruy Castro e Heloisa Seixas e muitos outros escritores, ativistas, expositores, editoras. Idealizei, organizei e fiz a curadoria. Evento com apoio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro; O Instituto Internacional Cultura Em Movimento (IICEM); do Consejo Internacional del Libro Peru; e do CMA. Uffa... quantos projetos, muito bom, parabéns! E este número só cresce. Como vem sendo a rotina da Angeli para conciliar tantas atividades com a rotina pessoal, e ainda inserir novos projetos de forma continua e crescente!? Angeli Rose - Primeiro, tenho de agradecer a todas as pessoas com as quais compartilho minhas ideias, iniciativas e insatisfações. Gratidão é a energia que me inspira, sem dúvida. Ela me traz alegria, entusiasmo, um transbordamento na vontade de ser e fazer. Porém, em termos práticos, eu tenho uma forma de viver e que transpira para minhas atividades, eu
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costumo integrar minhas iniciativas, experiências, expectativas, ideias e convicções e consequentemente, projetos. Há muitos anos faço isso e tenho colhido bons resultados no campo cultural e do ativismo. Então, por exemplo, sou co-fundadora do IICEM e ao criá-lo, estruturá-lo, empreendo uma dinâmica de integrar o CMA, amigos e referências que admiro como membros e parceiros. E assim tem sido também como minha escrita, no caso da coluna semanal do Jornal Clarín Brasil, em que minhas crônicas e artigos em geral tratam de temas e questões que perpassam a sociedade contemporânea, mas também minha vida em suas diversas versões e facetas. No entanto, é preciso dizer que durmo muito pouco e trabalho em diferentes suportes, sem horário e lugar para trabalhar e criar, já que estamos submersos na chamada cultura digital. Sou conectada comigo mesma e com o mundo, pelo menos de 10 a 20 horas por dia. Gosto de viver! Quem desejar, como deve fazer para
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conhecer um pouco mais da Angeli Rose? Angeli Rose Além de ler meus livros solos(são 4 hoje) e as antologias de que participo, minha coluna no JCB, por exemplo, pode acompanhar minhas redes sociais(Instagram: @ angeliroseescritora // Facebook: capitu33) , mas pode contatar-me pelo email angeliroseescritora@gmail.com. Isso, enquanto não saem os outros livros que estão para ser lançados até o fim deste ano sobre o CMA, minhas crônicas, ensaio de pesquisa sobre o Rio dos anos 20 ,um infantil e por aí… Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora e ativista Cultural Angeli Rose. Agradecemos sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Angeli Rose - Eu não sei se sou a melhor forma em “modo mensagem”, porque percebo dia a dia que a cada realização consigo passar mais mensa-
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gens significativas do que falando ou escrevendo “sobre”. Mas posso sugerir que é necessário apostarmos e acreditarmos cada vez mais em iniciativas de cooperação e coletivas em todas as áreas da vida contemporânea. Só assim venceremos o individualismo vigente, causador de tanta discórdia e de tantas guerras, como a da Rússia contra a Ucrânia, por exemplo. Urge exercer a escuta de qualidade; Urge ser honesto com o Outro em nossas interações cotidianas. Ao final e ao cabo, urge amar, não a ideia de humanidade, mas o que pode ser diariamente efetivo e sensível, a partir de nossa mais íntima humanidade. Obrigada! E parabéns pelo belo trabalho que você faz, cara Shirley! Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da literatura Quer ser entrevistado? Entre em contato com nosso editorial, apresentaremos proposta. Contato: smccomunicacao@hotmail.com
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM A ESCRITORA GISELE LEMOS
MÃE Aperta o peito, preciso dizer que te amo! Chora por tantas dores e por seus filhos. Cuidado de uma vida inteira! Nos dando todas as bênçãos. O valor de sua sabedoria, Durante toda a sua trajetória, É redescobrir os sabores. Numa espera do amanhã. Deus Pai a proteja de desalinhos. Será sempre todos os dias,
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM A ESCRITORA LÚCIA MATTOS
MÃE
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Palavra tão pequenina De sábia entonação. Toda vez que se expressa Consagra a evolução. Cantada ou falada Conduz ao coração... Melodia doce, harmonia perfeita Afaga os sentidos!
MÃE Palavra tão pequenina Sublima a emoção... Traduz o coro dos anjos Velando desde de menina A vida, a luz O Canto que ensina, evolução! “Vovó Marinha um Amor de Menina”. Saga familiar, texto em homenagem à minha mãe, no seu centenário de nascimento. 29/10/1922.
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM
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A ESCRITORA MIRIAN MENEZES DE OLIVEIRA
Chronos e Kairós Sinto desejo de esconder-me sob as asas do tempo... No espaço uterino da alma... Onde as mães não têm rugas, nem desgostos... Somente “colo”... (Mãos que afagam e protegem!) Sinto desejo de fuga, na brecha do tempo, no espaço em que as mães são eretas e gigantes... Guerreiras, imortais, de sono leve! Mães de aço, seguras e poderosas! Imunes e saudáveis... Que tudo podem e nada temem Mães “eternamente” jovens! Sinto desejo de transpor a linha do tempo, abrigar-me nos sutis labirintos da lembrança, onde as mães são: brisa e perfumes... Flutuam como anjos, transcendendo a humanidade. (...) Mães de carne... Mães de alma... Mães... além do DNA... Mães que nunca geraram... Mães que pariram seus filhos... Mães que perderam seus filhos... Esse é um poema gerado no ventre do tempo, para todas as imortais... (In.: ROTINAS E SURPRESAS, ESPIRAIS DE VIDA, Ed. SCORTECCI, 2014)
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM
A ESCRITORA ROSA MARQUES
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MÃE
MARIA
Mãe!Tem dias em que pronunciar esta palavra, é um bálsamo necessário para que a alma possa emergir da saudade, da nostalgia que a habita…
Virtuosa Mãe, que sofreu ao ver seu filho morrer na cruz.
Mãe, são tantas as lembranças onde frequentemente me refugio, e gosto de estar… nesse recanto acolhedor e maternal, repleto da ternura das tuas palavras do teu sorriso meigo, do teu olhar cor de mar. Mãe, são poucas as palavras para descrever a falta que sinto de ti… Agradecer pelos valores que me transmitiste, falar-te da minha eterna gratidão… Mãe, partiste… e no vazio imenso que ficou, no silêncio da tua ausência… Sonho que ainda sou criança e tenho de novo, a bênção da tua protecção!
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Um exemplo de paciência e dignidade Mãe bendita, com amor e bondade infinita! Maria, Mãe de Jesus! Misericordiosa Mãe, lança sobre nós, teu olhar benigno e profundo… Ilumina a mente dos homens que fazem a guerra, para que a paz seja lei no mundo Senhora nossa, rainha dos céus auxilia os que mais precisam e, todos os recorrem a Vós… Maria, Mãe de Jesus olhai por todos nós!
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Entrevista com a Escritor
Carlos Filipe Saraiva Carlos Filipe Saraiva, nascido e criado no Porto, Portugal, Licenciado em Estudos Europeus, e em Psicologia Clínica, Mestre em Psicologia da Justiça pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Membro Especialista da Psicologia Clínica e da Saúde e Psicologia da Justiça pela Ordem dos Psicólogos Portugueses. Exerceu funções como psicólogo clínico no estabelecimento Prisional do Porto (2009-2020), Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira (2016-2017) e no Estabelecimento Prisional feminino de Santa Cruz do Bispo (2005-2006) como estágio académico. Exerce atualmente as funções de Técnico Superior de Reinserção Social na assessoria técnica de apoio pré-sentencial, de psicólogo clínico em contexto privado, formador (CRIAP, APC, ISPA, etc.) e autor.
Boa leitura!
O meu projeto mais ambicioso e mais acarinhado , “O Enigma das Cavernas” é mais do que um livro é uma mensagem de prevenção.”
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Carlos Filipe Saraiva, é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Conte-nos, como se deu o início e desenvolvimento da escrita em sua carreira literária? Carlos Saraiva - A minha jornada começou em 2012 quando criei o blog “Psicologia sem tabus”, com o intuito de divulgar temas relevantes à luz da psicologia com uma linguagem clara e acessível. Em 2016 redigi o livro “Drogas, conhecer para prevenir: A experiência do psicológo clínico em contexto prisional” com o objetivo de abordar a prevenção dos comportamentos aditivos. Posteriormente publiquei artigos em revistas cientificas, no âmbito da prevenção. Em 2021 lancei o jogo psicoeducativo “Decisão, ação” para dotar os jovens de estratégias e competências no processo de tomada das decisões. Em 2022, publiquei “O Enigma das Cavernas: Histórias de Ilusões”. O que o motivou a escrever “O Enigma das Cavernas: Histórias de Ilusões”? Carlos Saraiva - “O Enigma das Cavernas” destina-se aos adolescentes. Foi um projeto muito ambicioso, com elevado investimento pessoal já que é o meu primeiro livro ficcional, pensado para promover a
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mensagem preventiva de comportamentos aditivos junto da população adolescente. A mensagem foi pensada e ajustada para cativar os jovens. A melhor forma de o fazer, passa pela escrita ficcional adaptada aos seus interesses, linguagem e motivações. Apresente-nos a obra Carlos Saraiva - Júlio, um jovem idealista e corajoso, enamorado pela doce e delicada Júlia. Motivado pela paixão procura aproximar-se da amada, embarca com os amigos, sem hesitar nas enigmáticas e misteriosas cavernas das almas, local promissor de aventuras idílicas, que se revela um pesadelo. Perdidos, como irão conseguir sair daquele local? Auxiliados pelo misterioso Einar e orientados por Quíron, procuram defenderem-se do maquiavélico Daimon. Quem são estes seres? O que pretendem dos jovens? O enigma adensa a procura de respostas que vão sendo indiciadas e desvendadas com descobertas inesperadas! No final, revelamos a mensagem oculta do “O Enigma das Cavernas”, uma aventura que promove o valor da prevenção dos comportamentos aditivos quer das novas tecnologias, quer das substâncias psicoativas. Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio da leitura desta obra literária? Carlos Saraiva - A sensibilização para a prevenção dos comportamentos aditivos afim de evitar os danos psicossocias económicos e juridicos, decorrntes dos comportamentos aditivos e dependentes. A derradeira mensagem transcende a narrativa ficcional, elucida a relevância da prática preventiva. A quem indica leitura? Carlos Saraiva - À população adolescente, aos pais e aos educadores. Serve como uma ponte de diálogo entre gerações. O que mais o atrai em “O Enigma das Cavernas: Histórias de Ilusões”?
Carlos Saraiva - Tudo. Todo o projeto criativo é da minha autoria, foi o meu primeiro livro ficional, o que acarretou um esforço muito significativo não só a nivel da criatividade, mas também da escrita, já que engloba uma alteração considerável da escrita. O meu projeto mais ambicioso e mais acarinhado , “O Enigma das Cavernas” é mais do que um livro é uma mensagem de prevenção. Além de “O Enigma das Cavernas: Histórias de Ilusões”, você possui outros livros publicados, apresente-nos as obras. Carlos Saraiva - “Drogas, conhecer para prevenir”: A experiência do psicológo clínico em contexto prisional”, é o resultado da minha experiência como psicólogo clínico em contexto prisional, da intervenção clínica com população desviante, dependente e ex-dependente bem como a de orador em prevenção de consumos para adolescentes em contexto escolar. Visa elucidar de uma forma esclarecedora sobre o fenómeno das dependências, de modo que ao conhecimento informado seja adicionado o saber prevenir. Decisão, ação! Jogo psicoeducativo para trabalhar o processo de tomada de decisões dos jovens. Onde podemos encontrar os seus livros? Carlos Saraiva - Na plataforma da www.wook.pt Nas livrarias do gru-
po FNAC. https://ideiascomhistoria. pt/products/decisao-acao-resolucao-de-problemas Quais os seus próximos projetos literários? Carlos Saraiva - É muito cedo para falar dos próximos projetos, encontram-se numa fase embrionária, mas no momento certo, terei todo o gosto em partilhar com a Divulga Escritor! Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Carlos Filipe Saraiva. Agradecemos sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Carlos Saraiva - Quero cumprimentar os leitores da Divulga Escritor, agradecer o interesse pelo meu trabalho. Sem vocês não seria possível a escrita singrar, evoluir, viver. O vosso interesse e apoio são a minha motivação para continuar a produzir. Muito obrigado!
Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da literatura Quer ser entrevistado? Entre em contato com nosso editorial, apresentaremos proposta. Contato: smccomunicacao@hotmail.com
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM
A ESCRITORA CLAÚDIA COELHO
Sobre a Autora:
Professora com 28 anos de magistério, atriz, escritora com livros publicados desde 2004. Também atua com produção cultural, como feiras de artes e festivais. Formada em Letras, na modalidade português - inglês e suas literaturas, na UNIVERSO e com cursos de especialização em áreas da Educação e da Produção Cultural. Faz parte da ATL - Academia Teresopolitana de Letras (Teresópolis - RJ), da ABARS - Academia de Belas Artes do Rio Grande do Sul, da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia-RJ e do Núcleo Accademico Italiano di Scienze, Lettere e Arti. E ocupa atualmente a vice-presidência do Fórum de Cultura de Teresópolis. Tem sete livros publicados e participações em algumas antologias e coletâneas pelo Brasil. Dirige o Jornal Alecrim, veiculado na Região Serrana do Rio de Janeiro em formato impresso e online, é apresentadora do programa de TV – VITRINE – veiculado na Teresópolis TV e na Nossa TV, exibidos em Teresópolis e região. Premiada em editais de Cultura no município de Teresópolis e no Estado do Rio de Janeiro, com contação de histórias e literatura infantil, e aprovada em leis de incentivo estaduais e federais. Redes sociais: @claudiacoelhoautora
Projeto Cultural “Brasil e Brasileiros - Conhecer para amar e respeitar” Projeto aprovado pela Lei de Incentivo – PRONAC
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Já está nas ruas o Projeto Cultural “Brasil e Brasileiros - Conhecer para amar e respeitar” que vai levar, gratuitamente, contação de histórias com música e oficina de artes para cerca de 3 mil crianças distribuídas entre três distritos do município de Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro.
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O Projeto envolve o lançamento dos livros infantis “Potiara” e “Akuan - O peixinho curioso”, que abordam a preservação do meio ambiente, a amizade e as etnias que formam o povo brasileiro, ensinando a todos a respeitar e cuidar da natureza. O Livro “Potiara” conta com ilustrações da autora, atriz e produtora cultural Cláudia Coelho, e o livro “Akuan - o peixinho curioso” conta com imagens construídas com bonecos e animais produzidos em feltro, estimulando o artesanato da região através da artista Bianca Mattos. O lançamento e a turnê de apresentação das histórias e oficinas acontece durante os meses de março, abril, maio e junho, tendo início em escolas municipais da região agrícola, alcançando a localidade de Água Quente no segundo distrito, em seguida Venda Nova, no Sobrado José Francisco Lippi, e logo após nos bairros do primeiro distrito do município.
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Assim como as publicações, as oficinas de contação de história e de artes, “Potiara” e “Akuan, o peixinho curioso” abordam vários temas como a proteção à natureza, o cuidado com os animais, o respeito aos mais velhos, a amizade e a cooperação entre pessoas da comunidade, entre outras, de forma lúdica, indo ao encontro do problema representado pelo desmatamento, assim como a extinção de diversas espécies da fauna e da flora brasileira como consequência. Repleto em ilustrações, com linguagem simples e diversificando em livro para colorir e livro colorido, acompanhado de um CD áudio book para alunos com necessidades especiais, livros em Braille e presença de intérpretes de libras em situações em que há crianças com necessidade auditiva, instrumentos que ajudam a contar a história, ao som de músicas especialmente compostas para os livros.
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Cláudia Coelho busca com esse projeto sensibilizar as pessoas, principalmente no incentivo à leitura, a importância de cultivar valores e virtudes entre as crianças, a busca da superação, cooperação e criatividade para uma vida com mais qualidade.
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“A minha proposta é levar a arte, a cultura, a literatura e o prazer de ler para crianças que tem pouco ou nenhum acesso a esses fatores, contribuindo com o fomento à arte, a valorização da literatura como meio de aprendizado, lazer e sustentabilidade”, explica a autora.
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O projeto termina com eventos, abertos ao público, entre 29 e 31 de julho. Nos dias 29 e 30, o evento será na Casa de Cultura.
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Resumo das Obras:
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“Potiara” - Literatura infantil - Na tribo Tupinambá vivia a linda indiazinha Potiara. Numa manhã enquanto corria alegre pela mata avistou algumas pegadas diferentes, e ficou curiosa pois não sabia que animal era aquele.
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Depois de muito procurar, acabou desistindo e foi pedir ajuda ao pajé da aldeia, um homem muito sábio. No dia seguinte Potiara saiu bem cedo a procura do animal misterioso, será que dessa vez encontrou?
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Este livro traz uma linguagem infantil onde apresenta um pouco da cultura e dos costumes indígenas e as crianças vão aprender como é importante cuidarmos com carinho dos animais e respeitarmos a natureza. Embarque nessa aventura, um livro para ler, colorir e aprender. A história trata da preservação do meio ambiente, da cooperação dos outros e do amor como forma de construção de uma sociedade melhor. Tudo isso com foco na proteção à natureza, a cooperação, o cuidado, o amor.
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“Akuan - O peixinho curioso” - Akuan é um peixinho muito curioso! Um dia, ele desobedece a sua mãe e acaba comendo o lixo que os seres humanos jogam no mar... O peixinho ficou doente e agora conta com a ajuda da sereia Marina para que juntos encontrem a cura, no caminho, encontram outros animais em perigo e em dificuldades, e demonstram empatia e compaixão, ajudando-os durante o percurso. A história traz lindas lições e uma grande surpresa no final, fazendo alusão a lendas e à população ribeirinha, mostrando a importância de cuidarmos das águas, dos rios, dos mares, do planeta.
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Entrevista com a Escritor
Dalã Calon
Porém, é interessante explanar: não apenas me interessa a divulgação da minha gente, mas a cultura e a riqueza de cada povo que constitui a riqueza do pensamento humano.”
“Eu sou Dalã Calon, nasci no Rio de Janeiro. Despertei para arte muito cedo e a primeira aptidão apresentada foi pelo desenho, aos seis anos de idade, quando a professora do Jardim de infância, observou os traços do desenho bem definidos. Porém, na 6ª série do primeiro grau, (atualmente 7 ano do ensino fundamental II), obtive nota escolar, a qual se tornou a minha primeira obra literária: O Caipora de Guapimirim, que apresentava um texto de vinte linhas, especificado pela professora. Alguns anos depois, o texto foi retrabalhado detalhadamente, com as devidas ilustrações. Aos dezesseis anos, participei de um concurso no jornal diário do Correio Brasiliense, premiado como 1º colocado com o título: “ O folclore sou eu” ressaltando o vulto de Heitor Villa Lobos. Posteriormente, fui convidado para fazer parte da Academia de Artes e Letras ALAIG da Ilha do Governador como um dos membros fundadores, ocupando a cadeira da saudosa Clara Nunes, que se tornou referência para um novo horizonte aos jovens da mesma faixa etária. Fui idealizador da medalha Maracajá e Cavaleiro da Esperança, sorteada nos dois primeiros concursos. E mais tarde, rompendo barreiras pelos meus objetivos artísticos decidi reescrever o estilo cigano de época tanto na literatura quanto nas apresentações de dança profissional, que me levaram a desenvolver o interesse pela raiz da minha etnia e lançar três CDs, onde eu sou cantor intérprete e arranjador, junto com o maestro Oclávio Jr. Fazenda; Não distante: reconhecido pela Laions Clube da Ilha do Governador em uma homenagem de honra ao mérito, como pesquisador divulgador das lendas indígenas dos habitantes do bairro. Desenvolvi ao longo dessa estrada outros dons, sendo um autodidata. Trabalho como cozinheiro conhecedor da culinária cigana, em particular kalon, e outras; escultor, perfumista e artesão.”
Boa leitura!
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Cultura Cigana é destaque na literatura contemporânea Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Dalã Calon, é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Vimos em seu perfil que tens laços ciganos. Comente sua relação com a cultura cigana. Dalã Calon - Sim, sou filho de cigano, porém soube tardiamente desse fato. Mas devido aos chocantes preconceitos e diferenças, não me adequava ao meio social. Quando pequeno, sempre estava sob os olhares críticos. Fui criado por uma família maravilhosa não cigana, a qual me recebeu muito desnutrido, com quase seis meses de vida e cuidado com todo o amor e carinho por minha saudosa mãe Aleir Chagas. Que tipos de textos escreves sobre está cultura? Dalã Calon - Procuro exaltá-la da melhor forma possível, a partir da minha própria busca, desfazendo equivocados dogmas pragmáticos, como também, emprego informações adquiridas do meu povo, de grupos e subgrupos, para que se possa compreender o savoir vivre da etnia e as modificações pelas quais veem passando na sua trajetória. Porém, é interessante explanar: não apenas me interessa a divulgação da minha gente, mas a cultura e a riqueza de cada povo que constitui a riqueza do pensamento humano. Às vezes, sou polêmico com o intuito de fazer com que o leitor reflita quanto ao irascível jogo do preconceito, nos afastando um do outro.
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O que o inspirou a escrever “O Caipora de Guapimirim”? Dalã Calon - Uma análise sobre a criança, do quanto ela é reprimida por adultos, independente da etnia. Hoje, sendo de igual teor a observação do âmbito da parapsicologia, com o desvio da natureza do indivíduo, propenso a se tornar um cidadão considerável à sociedade. Apresente-nos a obra Dalã Calon - Não tendo com quem brincar em sua nova residência, Renato, de seis anos de idade, se familiariza com um velho arvoredo da fazenda, faz de um dos seus galhos um boneco, que se tornaria o seu companheiro. Porém, ele não sabia, que a figueira era encantada, possibilitando a revelação de um universo fantástico a partir da imaginação desse menino sonhador. Apresente-nos a região, o local, onde se desenvolve o enredo de “O Caipora de Guapimirim” Dalã Calon - Localiza-se em Caneca-fina, um bairro de Guapimirim, município do Rio de Janeiro, ainda hoje, com predominância da natureza em considerável escala, tratando-se de uma localidade da Baixada Fluminense, região metropolitana. Típica à narrativa do livro. O que mais o encanta nesta obra literária? Dalã Calon - A disparidade dos personagens diante do folclore brasileiro, a forma individual do pensamento humano, que no total cons-
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trói o todo significativo, que vem ser a mensagem principal: quebra dos preconceitos, respeito ao próximo e consideração à nossa própria cultura, riquíssima! Pois essa obra não teria fim se eu me estendesse no assunto, e surgiu apenas com uma redação de 20 linhas, engavetada até o ano de 2009. É o lastro de 3 obras finalizadas e 5 sinopses a serem desenvolvidas com começo meio e fim – explorando o infanto-juvenil. Pois não estou preso apenas a esse estilo. Onde podemos comprar o seu livro? Dalã Calon - https://www.amazon. com.br/s?k=kindle - (eBook); https://loja.uiclap.com/?s=O+Caipora+de+guapimirim&post_type=product (livro físico) Eu, moro em reservas dos índios de etnia Potiguara, na Paraíba. Além da cultura cigana, vimos que pesquisas sobre a cultura indígena, de forma resumida, apresente-nos um pouco deste seu trabalho, e descobertas, quais índios tens pesquisado? Dalã Calon - Sendo a nossa primeira raiz a ser respeitada e apresentada com orgulho, sou neto de um Tupinambá de Pernambuco, que eu não conheci. E sobre meus achados tenho livros escritos, ainda, não foram publicados. Minha base são os Tupinambás, Potiguaras e Temiminós, sendo os últimos, primeiros habitantes da Ilha do governador, onde eu moro.
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Quais os seus próximos projetos literários? Dalã Calon - Estarei editando o Livro: O mistério das sandálias de pau – é uma aventura romântica, explorado o complexo tema cigano e projeções atrais de um jovem em busca de afirmações, e realizações como ser humano. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Dalã Calon. Agradecemos sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Dalã Calon - Enquanto não se filtrar a ganância, intolerância e o preconceito no instinto humano, qualquer evolução será inútil, pois a regência orquestrando a vida ainda será a destruição da raça humana, abrindo um buraco profundo sob os nossos próprios pés.
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Em destaque livros da Editora AGE
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O ENIGMA DAS CAVERNAS: HISTÓRIAS DE ILUSÕES” DO AUTOR MV BILL Em “A Vida me Ensinou a Caminhar”, MV Bill articula memórias sobre a vida na Cidade de Deus, comunidade no Rio de Janeiro onde o músico cresceu. Narra o abandono paterno, o que agregou responsabilidades ao menino cheio de sonhos, passando pela estreia no rap em 1991 com o grupo Geração Futuro. São 27 capítulos onde ele narra histórias que se passam em Aracaju, Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Teresina e Belém. O músico também descreve os bastidores de sua participação no festival Free Jazz, onde se apresentou com arma na cintura, durante as edições do Rio de Janeiro e em São Paulo, em 1999. MV Bill dedica um capítulo sobre os bastidores da primeira Comitiva do hip-hop nacional a ser recebida por um Chefe de Estado do Brasil, o então presidente Lula, no Palácio do Planalto, em Brasília, em 2002. O carioca também homenageia a memória do Chorão, ex-vocalista da banda de rock Charlie Brown Jr, com um capítulo sobre a amizade e a parceria surgida a partir dos bastidores do prêmio VMB, em 1998. “A Vida me Ensinou a Caminhar” tem foto assinada pelo renomado fotógrafo Marcos Hermes e arte da capa por Fred Messias. Link para compra: https://editoraage.com.br/Categoria/mv-bill--a-vida-me-ensinou-a-caminhar-prevenda-envio-a-partir-de-15-de-abril-1999/p
“HERANÇA: LIÇÕES PARA A ETERNIDADE” DO AUTOR FELIPE DAIELLO
Inserindo-se na melhor tradição dos romances históricos de saga familiar, a epopeia aqui narrada por Daiello é a da construção de nossa herança enquanto depositários de uma linhagem de sangue, cidadãos de um país e, sobretudo, enquanto instâncias dos universais dilemas humanos, exemplares únicos em nossas diferenças e, ainda assim, tão iguais no que tange à essência. A leitura de Herança renova o pacto com a inadiável missão que cada um de nós tem com a escrita da própria história. Rafael Bán Jacobsen - Escritor, físico e filósofo. - Membro da Academia Rio-Grandense de Letras. Link para compra: https://editoraage.com.br/literatura-romance/heranca--licoes-para-a-eternidade--1991/p
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“ESPÍRITO DE GRATIDÃO” DO AUTOR EDSON PEREIRA NEVES Segundo o autor de ESPÍRITO DE GRATIDÃO, a gratidão é o mais belo de todos os sentimentos. Traz como testemunha o filósofo Sêneca, segundo o qual “quem acolhe um benefício com gratidão, paga a primeira prestação de sua dívida”. Aconselha Edson Pereira Neves: “Todos devem lembrar o seu passado com gratidão, viver o presente esbanjando alegria, para reunir forças e encarar o futuro sem medo”. Essa é a essência desta obra. Link para compra: https://editoraage.com.br/autoajuda/espirito-de-gratidao-1998/p
“SÓ PEGAÇÃO: O UNIVERSO DOS SITES DE RELACIONAMENTO” DA AUTORA LUCIANE KORMAN MUNHÓS Depois de 23 anos de casamento, duas filhas adultas tornando-se independentes, Luciane Korman Munhós resolveu explorar o universo dos sites de relacionamento e, depois de vencer algumas barreiras e perceber a necessidade de algumas amigas em inserir perfis e lidar com essas ferramentas, decidiu compartilhar suas experiências. Este livro é o resultado de suas vivências, trazendo dicas e informações sobre como usar as oportunidades que os sites de relacionamento oferecem de maneira segura. Link para compra: https://editoraage.com.br/relacoes-humanas/so-pegacao--o-universo-dos-sites-de-relacionamento-1995/p
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“CLOVIS TRAMONTINA: PAIXÃO, FORÇA E CORAGEM” Este livro mostra a trajetória de Clovis Tramontina, que em muitos aspectos se confunde com a da empresa que carrega seu sobrenome. Nem Clovis nem a Tramontina seguem as cartilhas tradicionais dos homens e das empresas bem-sucedidos. O livro revela um homem simples, direto, objetivo, impulsivo, intempestivo, impaciente, que tem pressa, mas nos apresenta também um ser frágil, sentimental, humano, numa soma complexa que o faz destacar-se por onde passe, que não tem medo de ousar, errar, expor-se e ir em frente. A jornalista Fátima Torri, que coordenou a edição do livro, alerta: “Não se enganem. Ao final da leitura vocês verão um líder do avesso. Generoso por mostrar-se. Nem sempre perfeito. Demasiadamente humano.” Link para compra: https://editoraage.com.br/biografia/clovis-tramontina--paixao-forca-e-coragem-1987/p
“O JOVEM E A PRAIA: UMA VIAGEM PELA MEDIUNIDADE” DO AUTOR MARCELO ZAGO Este livro é uma incursão na espiritualidade profunda, por meio da história de um jovem em busca de valores superiores, na descoberta de nosso poder de contato com o Alto e na percepção da mediunidade. A história é baseada na vida de um jovem refém da sociedade moderna e suas imposições, que rompe os laços impositivos numa viagem em que encontra um anjo. Tal mudança o faz transcender nossa realidade e viver experiências espirituais e mediúnicas. Link para compra: https://editoraage.com.br/espiritualidade/o-jovem-e-a-praia--uma-viagem-pela-mediunidade-1994/p
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM
A ESCRITORA NILZE MONTEIRO
Nilze Monteiro (Batista), graduada em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, cursos complementados na UFMG e em outras instituições. Proprietária da NM Assessoria Cultural. Curadora e expositora em diversas exposições de artes no Brasil e no exterior. Governadora para Minas Gerais do InBraCI-MG, Membro titular da ALACIB, Mariana - Cadeira 31, da Acad. Le Merite et Dévouemente Français e d’Honner de Divine Académie Français des Artes Lettres et Culture. Membro titular da Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas, Membro Honorário do Instituto Histórico-militares de Lisboa, Correspondente no Estrangeiro da Academia de Letras e Artes de Portugal, da Academia Portuguesa Ex-Libres. Lisboa, da Academia Internacional de Heráldica, Portugal. Sócia do Instituto Histórico e Geográfico do Ciclo do Ouro, Sabará, MG. Membro correspondente da ANLA (Academia Nacional de Letras e Artes), Rio de Janeiro. Participação em diversas antologias nacionais e internacionais. Participação na FLIP 2018 Paraty e Bienal Livro SP 2018 e 2019. Bienal do Livro do RJ 2019, Salão Carioca do Livro 2019(LER Carioca). 5º Salão do Livro de New York 2019, BEA, Manhattan, NYC, lançou seu livro solo “Lembranças em aldravias”. Indicada para receber Ordem do Mérito Cultural Viriato 2020. 2021 Pós-graduada EAD Curso de Estudos Linguísticos e Literatura, pela UniBF. Em 2021, publicou seu segundo livro: Nas sombras da memória. Em 16 e 17 de dezembro de 2021 lançou seus dois livros solos e mais a Antologia I, contos e crônicas, sob sua organização, no Salão do Livro de Paris da Língua Portuguesa 2021. Dia 30 de abril de 2022 foi o lançamento da Antologia I, contos & crônicas, na sede da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, em ]Belo Horizonte, MG. Está inscrita na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, de 02 a 10 de julho de 2022. nilzemonteiro@gmail.com
NAVEGANDO ... Fernanda é personagem secundaria nessa história, mesmo assim, a aventura começa por ela. Baixinha, gordinha e quando o Senhor formou a fila da beleza, ficou por último, sobrou pouquinho para ela. Além disso, vitimizar-se era o ponto alto da sua personalidade. Seus contratempos se transformavam em ferramenta para conseguir a compaixão e o protagonismo das situações. O rostinho redondo como uma lua cheia, emendava com a papada que lhe dava um ar infantil, e ela sabia explorar essa compleição fisionômica, acentuando com a fala, sempre com vozinha e trejeitos de menininha. Aff... E eu, Roberta, diante desse álibi que saltava aos olhos, não sabia como me comportar adequadamente, sou muito direta. Fernanda, com os outros e longe de mim, imputava, a mim, todas as suas atitudes controversas. Quando sozinhas, ela me trazia muitas conversas das outras pessoas do grupo, sempre destrutivas. Estranho, ela nunca me transmitiu uma conversa saudável, elogio por ter a escutado. Eu ficava perplexa... Como ela conseguia escutar tantas conversas desagradáveis! Tanto que, em uma dessas ocasiões, eu lhe perguntei: — Meu Deus, como você consegue escutar tantas “conversas de pé de ouvido” dos outros? E ela representando me respondeu: — Ficando perto, do lado, atrás, na frente. Sempre perto. Socooorroooo... Será que ela é uma artista? Aos poucos, algumas pessoas iam percebendo a real personalidade da figura articuladora que Fernanda era. Algumas vezes, eu gastava meu tempo conjecturando ideias sobre os comportamentos dela, um deles era a defensiva. Foi então que eu lhe perguntei quem ela estava permitindo que a traumatizasse, e ela me respondeu
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que eram seus filhos, principalmente uma das suas filhas. Sempre cobrando dela. Hoje não sei se acredito nessa história. Acredito, sim, que Freud se virou na sepultura, porque nem ele conseguiu decifrar... rsrsrsrs. Enquanto isso, a navegação seguia seu curso em mares nunca eu havia navegado... Numa manhã, abri as cortinas da vigia redonda, interessante que este formato redondo é adotado em navios e aviões porque intensifica a resistência estrutural das embarcações e aeronaves. Cortinas abertas, o Sol claro refletido naquele mar de intenso azul encheu meu camarote, meus olhos, minha mente, meu coração, meu espírito.... Eu fiquei inebriada com tamanha beleza! As ondas provocadas pela navegação eram lindas, mansas e silenciosas. Bela pintura de se ver e guardar na memória, mas precisava acordar desse êxtase, apressar-me para cumprir a extensa agenda do nosso roteiro turístico. De volta do maravilhoso torpor, deparei-me com o olhar estupefato estampado no rostinho de lua cheia da Fernanda. Sentia que minha alegria para ela era uma incógnita, uma confusão de sentimentos. Às vezes, parecia que ela vibrava junto comigo e em outro seu olhar era de desaprovação. Mas, esses sentimentos eram só dela, não me diziam respeito. Precisava tomar café rapidamente pois o navio estava na iminência de parar e tínhamos que pegar a pequena embarcação para irmos do navio até o porto de Athinios, principal porto da ilha de Santorini. Fiquei maravilhada com a proximidade dos 73 km² de área da ilha
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de Santorini, um dos cantos do vulcão que ainda está em atividade. A bela forma como a vemos hoje, originou-se em 1680 A.C, depois de enorme erupção vulcânica. Deslumbrante pôr do Sol colore as casas caiadas de branco e azul, as cores da bandeira grega, incrustadas no topo do paredão de rocha, contrastando com o azul ao Sul do mar Egeu, a 200 km de Atenas. Essa visão panorâmica, do paredão coberto de branco parecendo neve, transportou-me para o Monte Pilatus, em Lucerna, na Suíça. Lugar que, em dias claros, conseguimos admirar cerca de 73 picos alpinos cobertos de neve. Para visitarmos a capital, Fira, e a cidade de Oia, partes mais habitadas de Santorini, localizadas no topo do penhasco da Caldera, em uma altitude em torno de 260 metros, de frente para a lagoa, tínhamos 4 alternativas: debaixo de Sol escaldante e baixíssima umidade, subir a pé os 587 degraus morro acima, subir montado em lombo de burrinho, subir de teleférico ou pegar uma pequena embarcação. Reflexão... Subir de que? A escolha de alternativa, é sempre precedida de muita pesquisa. Por fim, optamos pela embarcação, e enquanto navegávamos, fomos enchendo nossos olhos com as belas cores, como avarentos fomos acumulando toda beleza do trajeto. Em Oia, circulamos em ruas que são verdadeiros labirintos. Em Fira circulamos a pé pelas estreitas ruas e ladeiras cobertas de flores. Passamos por tavernas nas quais os turistas degustavam peixe ao vinho e sorviam o destilado Ouzo, com teor alcoólico chegando a 40%, em mistura de uvas prensadas, ervas e frutos silvestres, bebida nacional da Grécia. Imperdível desbravar cada cantinho dessa maravilhosa ilha, linda e romântica Santorini!
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Entrevista com a Escritora
Larissa Panazzolo
Larissa Ferreira Panazzolo Oliveira, ou Larissa Panazzolo, nasceu em São Paulo, mora em Ribeirão Preto, desde os quatro anos de idade, formada em Medicina pela FAMERP, é especialista em Pediatria, mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP Ribeirão, com publicações na área médica, e, agora, área de ficção.
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Eu seria muito convencida se dissesse “tudo”? Eu adorei escrever o Assombrações. As histórias têm mistério, humor e romance, e personagens interessantes. E adorei ler depois, para me sentir como uma pessoa de fora lendo o livro.”
Escritora Larissa Panazzolo, é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Conte-nos, o que a motivou a escrever livros de ficção? Larissa Panazzolo - Eu sempre amei escrever, desde que comecei a alfabetização. Com meus irmãos e primos, as brincadeiras sempre envolviam muita imaginação, e isso me inspirava a escrever. As histórias nasciam em mim, e eu precisava escrevê-las. Não escrever me angustiava. Tenho vários “projetos de livros” da minha infância guardados na casa dos meus pais. Também sou uma leitora assídua. Amo livros, e, desde pequena, e sempre tive esse sonho de publicar um livro. O que a inspirou a escrever “Assombrações de Pérola Branca”? Larissa Panazzolo - Se eu te disser que foi a cantiga “Se essa rua fosse minha”, você acredita? Quando minha filha mais velha era bebê, eu cantava essa música para ela, e ficava imaginando como seria o anjo do bosque. E se fosse uma estátua? E se fosse um herói? Assim, nasceu Gregor, o guerreiro de pedra. E, com ele, Pérola, de quem
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ele roubou o coração. Os outros personagens foram surgindo conforme eu criava Pérola Branca. A inspiração das outras histórias foi o Folclore. Eu queria algo diferente, sair da mesmice de livros de vampiros, lobisomens e zumbis. Nosso folclore é tão rico e interessante, as lendas e mitos inspiram histórias incríveis. Não conseguia ver outra fonte de inspiração melhor. Em que momento “Assombrações de Pérola Branca” se tornou uma Série? Será composta de quantas edições? Comente sobre a Série. Larissa Panazzolo - Essa é uma boa pergunta. Eu acho que sempre imaginei que haveria ao menos dois livros, pelo número de histórias acontecendo concomitantemente. Não é apenas um núcleo principal, são três. Eles se entrelaçam em dados momentos, mas, assim como na vida, cada um segue um rumo. E, quando eu pensava em um bosque cheio de assombrações, eram muitas histórias que poderiam ser exploradas. Onde magia existe, tem pessoas desejosas desse poder. Então, para cada livro, imaginei um vilão. Ou dois. Ou vários. E, conforme alguns personagens surgiam, eles se tornavam potenciais novos protagonistas de outras tramas. Assim, até o presente momento, eu tenho ao menos quatro livros em mente. Mas podem ser mais. Apresente-nos “Assombrações de Pérola Branca” Larissa Panazzolo - Pérola Branca é uma cidade fictícia no interior de São Paulo, margeada por um bosque. As pessoas da cidade acreditam, e alguns até dizem que já viram, assombrações morando lá, como sacis, curupira, fantasmas. Dentro desse ambiente, conheceremos as histórias de Pérola, Kauê e Letícia. Pérola é a filha-problema do prefeito, que descobre que a estátua do parque está viva, e é vítima de uma maldição. Em sua busca por salvar seu amigo de pedra, ela esbarra em um mistério acontecendo bem perto de sua cidade, no Bosque dos
Mistérios. Uma terrível criatura está devorando a vida e magia do lugar. Kauê é um garoto diferente. Meio-humano, meio-curupira, o rapaz está aprendendo o que significa pertencer a ambas as espécies. Sua missão de protetor da Natureza o leva à busca do mal que está no interior da mata, consumindo vidas. E Letícia é uma jovem presa à cidade de Pérola Branca. Em uma de suas idas à casa de suas tias, ganhou um presente inusitado: um saci. E, cabe a ela, e seu amigo Dito, lidarem com o pequeno e as circunstâncias desse encontro. Seus caminhos se cruzarão com algumas assombrações já conhecidas, como a Iara, o Caipora, Lobisomem, a Bruxa, e mais sacis… muitos sacis. Esse livro é uma releitura de personagens folclóricos e seus descendentes, em uma história repleta de mistérios, aventura, suspense e romance. Descreva os principais personagens da obra. Larissa Panazzolo - Vixe. Bem, tendo três núcleos principais, nós temos diversos personagens principais. Mas, vamos lá. Começando pelos três narradores: – Pérola: adolescente de dezesseis anos, e é uma garota um tanto quanto curiosa e um pouco desastrada. Criativa e sonhadora, sempre imaginou a estátua da cidade como um amigo seu. E... surpresa! Ele era mesmo. – Gregor (ou Tobi, como Pérola o chamava): guerreiro ateniense, que foi pego em uma tempestade e veio
parar em plenas matas brasileiras, há cerca de dois mil anos. Transformado em pedra por uma bruxa, ele foi transportado para o Bosque de Mistérios há quinze anos, para ser o protetor dos humanos contra as assombrações locais. – Celine: a irmã caçula de Pérola, com catorze anos. Estudiosa e bastante cética, ela é a mais racional das duas. Suas convicções serão colocadas à prova, quando um mundo de magia e mistérios se coloca diante dela. – Kauê: seu nascimento por si só é um mistério, ele é um meio-curupira, filho de uma índia com um curupira. Criado isolado sem conhecer os seus, sendo filho adotivo da Iara, ele tivera curiosidade de conhecer o seu lado humano. É um garoto gentil, mas forte e valente. Tem quinze anos. – Letícia: jovem de vinte e dois anos, vivia em São Paulo, mas, em decorrência da morte de seus pais, mudou-se para Pérola Branca, com sua irmã gêmea Marina. É uma moça alternativa, o que lhe rendeu o apelido de Lelé, mas também ligada à família – seus avós paternos e suas tias maternas. Tem uma queda pelo Dito. – Dito (apelido de Benedito): tem dezoito anos, um dos caras quentes da cidade, filho de fazendeiros, trabalha com o pai. Tendo crescido na roça, está acostumado a ver assombrações, e ajudará Letícia a lidar com seu saci. – Gabriel: o saci de Letícia. Bem, ele é um saci, então é muito travesso. – Iara: a mesma Iara do Folclore. Agora se aventurando na vida de
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mãe, com Kauê e Bêni, seu filho com o Boto. Muitos outros personagens aparecem, mas os descritos aqui já darão um gostinho do que o livro promete. O que mais a atrai na leitura desta obra literária? Larissa Panazzolo - Eu seria muito convencida se dissesse “tudo”? Eu adorei escrever o Assombrações. As histórias têm mistério, humor e romance, e personagens interessantes. E adorei ler depois, para me sentir como uma pessoa de fora lendo o livro. A forma como os três narradores descrevem suas aventuras, e se intercruzam em dados momentos, foi o mais difícil e o mais interessante para mim. Eu tive que ler e reler um bilhão de vezes para garantir que as personalidades ficassem intactas em cada narração. Conte-nos como vem sendo a escrita da obra, vem sendo uma escrita solitária, a família, os amigos, vem lendo e acompanhando, gostas de escrever em casa, aguardas inspiração, ou ela vem, na medida em que vai escrevendo... Larissa Panazzolo - Meu marido e minhas filhas estiveram presentes na maior parte do tempo, enquanto escrevia em casa. Pedi para meu marido e uma amiga ler. E a crítica deles me encorajou a publicar a obra. A inspiração costuma vir em ondas. Às vezes, eu fico um tempão em uma página, pensando em qual desdobramento faria sentido, e não ficaria estranho. Outras vezes, vem tantas ideias de uma vez, que preciso escrevê-las em um caderno e organizar a ordem possível dos fatos. Muitas vezes a ideia original que estava no meu caderno sofre uma mudança durante o processo de escrita. É meio como se a história tivesse vontade própria, seu próprio caminho. E fica muito bom quando acontece dessa forma.
Onde podemos comprar o seu livro? Larissa Panazzolo - O livro “Assombrações de Pérola Branca” pode ser adquirido no site da Editora Drago, na Amazon e nas livrarias físicas. O lançamento do livro será na livraria Travessa de Ribeirão Preto. Quais os seus próximos projetos literários? Larissa Panazzolo - Bom, já tenho o livro 2 da séria Assombrações em processo de finalização, para ser lançado ano que vem, e tenho alguns livros de outras séries também em processo de finalização. Escrevi um romance chamado “Todas as minhas primeiras vezes”, que já foi aceito para publicação. Esse provavelmente será meu próximo lançamento. Tenho uma série de detetive e viagem no tempo em andamento, e algumas outras histórias aleatórias. Cada hora escrevo um pouquinho de cada. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Larissa Panazzolo. Agradecemos sua participação
na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Larissa Panazzolo - Em primeiro lugar, agradeço a oportunidade que vocês me deram de mostrar um pouco desse meu projeto tão querido. E, dizer aos leitores: nunca deixem de acreditar em seus sonhos, batalhem por eles, pois eles podem demorar, mas as nossas conquistas são do tamanho de nossos esforços. E, também, nunca deixem de ler bons livros. A leitura abre a mente, melhora suas habilidades intelectuais, capacita e diverte. Vídeos são interessantes, mas livros são insubstituíveis. Muito obrigada, Shirley e a todos do Divulga Escritor. Um grande abraço.
Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da literatura Quer ser entrevistado? Entre em contato com nosso editorial, apresentaremos proposta. Contato: smccomunicacao@hotmail.com
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM
A ESCRITORA MARTA MARIA NIEMEYER
Ser mãe Ser mãe vai além de gerar. Ser mãe vai além de criar. Mãe ama infinitamente, Cuida, preocupa, dedica. Mãe é responsável... Protege, acolhe, perdoa Mãe é vocação e doação. Mãe é amor infinito. Passa noites em claro Vela a temperatura, controla. Prefere sentir a dor do Filho para evitar que ele Sofra. Mãe chora com a dor Sorri com as conquistas Mãe é guerreira, age e reage Na missão de ser mãe. Mãe é amor e ternura Alimenta a criatura. Não importa se a vida é dura. Mãe é dom divino, Cada livro lançado É mais um filho gerado.
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM
A ESCRITORA ROSA MARIA SANTOS
Feliz dia, mãe! Corria o mês de Maio, o mês de Maria, da mãe, das maias (ramos de giesta que se colocavam em cada porta no primeiro de maio, diziam que para espantar os espíritos), das novenas, da festa das flores. Afinal, poderia ter sido um dia como outro qualquer, mas não, este era um dia muito especial, o Dia das Mães de todas as mães, mesmo da mãe-terra, da mãe do céu. Era também o tempo das crianças se espraiarem pelos quintais e pelos campos à procura de flores silvestres: O dente de leão, o pampilho, branco ou amarelo, a malva bastarda, o quilhão de galo, o morrião dos campos, o rosmaninho, a papoila, a giesta, entre tantas outras que era um regalo olhar, era tão lindo! Depois, era o recurso a uma agulha, um fio de lã e a preparação artesanal de colares que oferecíamos a nossas mães. Quanta alegria te saltava do rosto quando as colocava carinhosamente no teu pescoço, como se de um tesouro se tratasse. Depois, era a preparação de coroas de flores, com as quais enfeitávamos as portas das nossas casas – as maias, e tantas vezes as lindas coroas que enfeitavam nossas longas cabeleiras e nos faziam sentir que por um momento nos tornávamos rainhas. Na véspera destas atividades era tal a
ansiedade que quase nem conseguíamos adormecer. Esse dia despertou sombrio, a noite fora, como se adivinha, mal dormida. Se calhar, como tantas outras, talvez tu, mãe, nunca te tivesses apercebido que as minhas noites eram muitas vezes tristes, vazias de sonhos, nas quais não abundavam as quimeras. Se fosse hoje, quem sabe, não teria que recorrer tanto a médicos especialistas de sono, ou outro qualquer. A solidão da noite, gélida e triste, o vazio de um tempo sem tempo. Mas, quando irrompiam os primeiros raios de sol através das telhas de vidro do telhado, então, dormia um pouco. Era o corpo que clamava por repouso, mesmo que um período escasso de tempo. E logo o sol nascia. Que tempos conturbados esses, mãezinha. Era tão pequena, e já incumbida de tantas tarefas! Os sonhos, esses, foram ficando fechados na minha, tão minha, arca de quimeras, até ao dia em que me chegasse a coragem de a abrir. E logo ouvia a tua voz: - Maria, Maria acorda, está na hora de levantar. Preciso que me vás à padaria comprar pão, hoje fecha mais cedo, é domingo, e é preciso ir buscar a rosca (regueifa). Assim começava o meu dia. Confortava-me o afago das
tuas mãos, acarinhando-me o rosto. Enquanto o sol brilhava e me ia aquecendo o meu corpo frágil. Era tão bom ouvir-te sussurrar ao meu ouvido. - Vai, linda, vai. Quem não desejaria acordar assim pela manhã, ao som da voz meiga da pessoa que mais amava no mundo? Uma vez mais olhava a tua tão farta barriga, escondida por detrás de uma saia rodada de elástico na cintura. A minha tenra idade não me permitia ainda entender a razão porque andavas quase sempre com uma barriga enorme, afinal, eras tão magra! As mães das minhas amigas lá da escola eram invariavelmente magras como tu, mas raramente tinham a sua barriga empinada, usavam saias compridas e justas. Qual seria a razão? Outra coisa que me causava estranheza, era quando uma enfermeira a que chamavam parteira ia lá a casa e eu e as manas eramos levados para a sala à espera, de nem sabíamos o quê, obedecendo à ordem imperativa da avó para que nos mantivéssemos num silêncio absoluto. Ali ficávamos ouvindo os teus gemidos, até que ela regressava feliz e contente. E nós, sem entender nada do que se estava a falar, olhávamos uns para os outros boquiabertos.
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Tempos estranhos esses. Logo, quase por magia, surgia um novo mano, mais um. Momentos antes, a avó abeirava-se de nós, olhava-nos com um brilho nos olhos e dizia com ar solene: - Olhem pela janela, observem o céu. Não tarda nada há de aparecer uma cegonha trazendo no bico uma criança. Quanto desejava ver essa cegonha! Mas não, ainda não seria esta a oportunidade. Além do mais, eu era muito boa observadora, mas o mais que consegui enxergar, foi o rasto de uma qualquer avioneta que no momento, ocasionalmente, passava por ali. Era então que, decorridos alguns minutos, se ouvia um choro de criança, uma espécie de grito de liberdade, de louvor à vida, de alguém que acabava de nascer. Depois, era o olhar triste do nosso pai, tanto desejava ter um filho homem. Mais trabalho para as três filhas mais velhas, que haveriam de dar o seu contributo para ajudar a criar o novo rebento. Tempos de labuta mas também imbuídos de uma felicidade genuína que não mais esqueci e que ao recordar me traz à mente um sentimento enorme de alegria e de felicidade. Quanto à cegonha, só mais tarde, depois de adulta, consegui vê-la um dia. O tempo passou, mãezinha, os teus filhos cresceram, constituíram família, trouxeram até ti os netos que almejavas ter e que ajudaste a criar. Eu sei que o tempo que passou não vai voltar, mãe, que os meus sonhos de menina se foram desvanecendo com o tempo, fechados naquela arca de quimeras que ao longo da vida fui preservando com carinho. Se pudesse volver no tempo, penso que a embrulharia num papel pardo, a protegeria com um cordel rematado com um laço e não mais a abriria. Mas hoje aqui estou, mãezinha, neste dia que é teu, para te desejar que Deus te continue a abençoar, que te dê muitos anos de vida através dos quais eu possa aqui vir sempre para te abraçar. Feliz dia, Mãe!
Hoje o dia é teu, mãezinha, Dirás que também é meu, Pois és também avozinha Dos filhos que Deus me deu. Um dia, ainda criança, No teu colo adormeci E foi grande a esperança Que nesse dia senti. Mas esse tempo passou Foi pelo tempo levado Mas o teu amor ficou E vai ser por mim guardado. Minha mãezinha querida, Como tu não há igual, Deus proteja a tua vida Nesta data tão especial. A promessa que nos dá De um futuro promissor, Nasça em nós cada manhã E nos encha de dulçor..
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM
A ESCRITORA ROSA MARIA SANTOS
EM DESTAQUE LIVRO “VIDAS SUSPENSAS” – ROSA MARIA SANTOS Rosalinda, uma médica de medicina interna, labora num dos hospitais da cidade. Tem um relacionamento muito complicado com Luís Paulo, um médico que a ajuda num período difícil da sua vida — a morte dos seus pais num acidente de viação. É simpático, atencioso, mas de um momento para o outro tudo se desmorona. O carinho demonstrado por ele transforma-se num inferno: agressões verbais, violência física e uma vida de todo indesejada. Quando chega o almejado período de férias, Rosalinda refugia-se na sua casinha da aldeia, uma herança da avó Francisca e o lugar onde passou uma infância muito feliz. As recordações da avó, dos pais, dos tios e primos, que não via há muito tempo, serão constantes. Restam-lhe a ti’ Maria e o ti’ Lucas, os pais que a adotam e cuidam com tanto zelo e carinho. Nessa pacata aldeia riscada do mapa, reencontra o primo Júlio, filho dos pais adotivos. É ali que depois de muitas peripécias encontra, por fim, o amor da sua vida. Convido-vos a descobrir qual o corolário de todas as suas aventuras.
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM A ESCRITORA MARTHA VIEIRA
CARTA AOS MODERNISTAS: 100 ANOS DEPOIS Estamos em fevereiro de 2022. É uma pena que a comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna chegou no meio duma bruta chuva, que cobriu de luto as casas desabadas. Mais um triste desastre de verão, sem reflexão? Paralelo ao escorre, corre, socorre, ramifica-se o desvairismo social caduco. Continua a veiculação das narrativas de pós-verdade. Por uma infeliz coincidência, atravessamos um período de pandemia, similar à gripe espanhola que matou milhares de pessoas no Brasil e no mundo entre 1918 e 1920. Agora está pior porque somos uma população urbana, mas conservamos as mesmas opiniões dos tempos do Jeca. Muitos cidadãos e cidadãs continuam agindo como urupês de pau-podre, como disse Monteiro Lobato, o ácido e conservador crítico de Anita Malfatti. O negacionismo grassa na praça. A liberdade, vista como bobagem, está sendo confrontada por uma pauta da moral e bons costumes − Quais costumes? Pasmem! Os mesmos costumes das vossas avós, caríssimos modernistas. Acho que o quadro de Di Cavalcanti sobre o Samba, em uma exposição, não passaria ileso no aval desses atrasados cucos. Muita gente quer seguir as lições do passado, reproduzi-las, sem meditar, como defendia Mário de Andrade.
A propósito, não quero causar intriga entre vocês, quer estejam no Olimpo, descrito por Homero, no Paraíso Celeste de Santo Agostinho, no Purgatório de Dante, no céu segurando a cabeça da Ema junto com Olorum, ou simplesmente sendo adubo no Cemitério da Consolação e outras cidades dos pés juntos espalhadas por aí. Não importa, nada importa depois de passadas as cinzas das horas, não é verdade? Sei que não podem me responder no espaço mudo do silêncio eterno. Ainda assim redijo esta carta para vos falar como o papagaio do Uraricoera. Penso, falo e escrevo absurdez com o silêncio mesmo. Estou acostumada a ouvir minha voz em eco. O fato é que o Mário de Andrade é o mais lembrado. E olha que muitos, dos poucos que leem, ainda dizem que estão sem o entender, mas como o próprio afirmou no Prefácio da obra Paulicéia Desvairada: “Obra literária é para sentir, não para entender. E quando se sente sem entender é porque o livro é bom. ” Ah Mário! Arlequinal pai do Macunaíma, sempre divertindo e causando polêmica, misturando os mitos dos originais e desgeograficando o Brasil. Mas todos e todas, que foram identificados como modernistas pelo discurso das ditas autoridades, estão nas redes sociais. Hoje as redes
sociais não são mais aqueles círculos de intelectuais, alguns dos quais se encontraram no evento financiado pela plutocracia paulista no teatro municipal de São Paulo de 1922. Os círculos sociais hoje se fazem pela internet, que, apesar de ser um espaço dominado pelos interesses dos plutocratas atuais, também permite que possamos aprender, compartilhar textos/ideias, arrumar um crush, influenciar no canal do YouTube e ler as obras e jornais da década de 20 e outros mais. Li no jornal do Comércio de 1921 a crítica de Mário de Andrade aos mestres do passado, que gostavam de medir pês de verso para não errar os alexandrinos. Desculpem-me, não quero ofender os fiéis adeptos dos versos livres, também os aprecio deveras, mas confesso ser fã de Olavo Bilac e Francisca Júlia da Silva, a musa impassível. Gosto tanto dos sonetos de Florbela Espanca, quanto da Tabacaria de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa. Como esse também sinto que não sou nada, mas tenho uma imensidão de sonhos surreais para Plutos putos. Tenho o sentimento do mundo. Do meu caminho já tirei tantas pedras, que se eu não tivesse essas mãos sem força, poderia fazer albergues para todos os sem-teto do planeta terra com
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elas. Não resisti o uso da hipérbole, para figurar esse sonho visionário. Sou simpatizante das questões sociais. Faço parte delas. Foi pensando nos pobres brasileiros, que me atrevi a celebrar 1922, parodiando os Pronominais do Sr. Oswald de Andrade:
Pronominais boêmio
* Dê-me um uísque, Diz o rico enfastiado E a classe média deprimida No pub da praça central. Já o pobre sem dinheiro, Sem trabalho, amor e tal No boteco da periferia, chora: * Eita hóme! Não ridica não! Me dá uma pinga fiado. Não quero esticar a conversa, para não azedar a crônica, contudo, não poderia deixar de realizar uma homenagem às mulheres. Em nome de todas, nesta carta dirigida a vós modernistas do Além, saúdo as escritoras Maria Firmina dos Reis, Júlia Lopes de Almeida e minha contemporânea Eliane Potiguara. Particularmente, aqui saúdo as modernas damas que viveram nas décadas de 1920, 1930, 1940... Meus préstimos pela coragem de se impor no mundo literário e artístico dominado pelo masculino. Para homenageá-las, faço algo mais distinto e original, misturando empatia, ritmo e poesia:
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Damas modernas
Em minhas palavras não cabem, sincera admiração, Por todas diletas mulheres dessa moderna geração, Seja a expressionista Anita, por Lobato criticada, Em Paranóia ou Mistificação, seja Pagu tão aflita, Que se sentia como um nada, apesar de estimada. Sem esquecer de Tarsila, que pintou belos trabalhos O Ibaporu, a Cuca, o Brasil indígena, negro e operário. Também quero lembrar das protagonistas anônimas, Que nem souberam da Semana, por estarem ocupadas, Trabalhando para ganhar o pão ou no lar encerradas. Ser mulher no início do século XX, não era fácil não, Pouco se podia falar, para não ser tida por louca, Andar só acompanhada, para evitar fofoca. A essas mulheres de ontem, nos dias de hoje honremos, Pois tudo que os homens podem, nós também podemos. Voltando rápido à prosa, passados 100 anos, tivemos mudanças e permanências. Pindorama é edenizada na marginalidade. A natureza destruída chora com violência. A macumba permanece depreciada. O privado ainda contamina o público. Mas os negros erguem o punho fechado. Os indígenas se manifestam no YouTube e na Esplanada. E as mulheres, como fez Marielle, disputam a vanguarda, apesar de o pendão auriverde ser usado para distorção, os gritos de anauê e os vivas ao Grupo Anta. Parece que nada se aprendeu com a Polaca, nem com o Estado de exceção. Equívocos e fakes abundam, devido à ingenuidade da maioria da nação. Rir é resistir! Bravo, Paulo Gustavo! Bravo. Sorriremos, não obstante o mar de lágrimas derramadas pelas vidas ceifadas pelo coronavírus. Como vós modernistas se insurgiram contra à cultura importada, a imitação e o verso metrificado, finalizo esta carta registrando meu repúdio a todo demagogo mal-intencionado que quer enganar o povo. Por isso, se eu pudesse ser eu Clarice, quando estivesse mais triste de não ter jeito, feito um anjo doente que não pode voar, neste ano de 2022, eu iria para uma longínqua Pasárgada e só voltaria bem depois.
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Entrevista com a Escritor
Marcelo Gomes M. G. Gomez, é engenheiro Elétrico-Eletrônico, professor e executivo do mercado de tecnologia a 27 anos, pós-graduado em Gestão de Empresas e Finanças. Sou um apaixonado por História e Ficção Cientifica, principalmente pela ficção “positivista” de Gene Roddenberry, criador de Star Trek. Me tornei um escritor por acaso. O isolamento forçado em casa para uma pessoa como eu que no dia a dia lido com dezenas de pessoas foi horrível e para não “surtar” comecei a escrever como um Hobby, uma “terapia” e quando dei por mim já estava com o meu primeiro livro Black Shield e a Divisão Sleipnir concluído.
Boa leitura! Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Tive o cuidado de pesquisar muito e quem ler o livro tem boas referências históricas, e muitos nomes e fatos históricos são reais. Além disso muitas das tecnologias tanto da armadura que é utilizada pelo Black Shield, quanto de melhoria genética são reais.”
Escritor M. G. Gomez, é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Conte-nos, o que o motivou a ter gosto pela arte de escrever literatura? M. G. Gomez - Já há algum tempo eu pensava em escrever, muitos amigos inclusive me incentivavam a escrever sobre auto-ajuda, uma vez que já liderei muitas equipes em minha carreira como engenheiro, contudo isso não me motivava a sentar em frente ao computador e a escrever. Ocorreu que com a Pandemia os dias que viraram semanas e depois meses de isolamento me forçaram a buscar algo mais do que o trabalho, pois o tempo livre com a família era ótimo, mas com o tempo entendi que precisava de momentos “comigo mesmo”, com isso comecei a escrever, primeiro apenas como uma terapia, um hobby, contudo ao final do quinto capítulo de meu primeiro livro me descobri escritor. Na pandemia, assim como “Black Shield e a Divisão Sleipnir”, nasceram vários filhos literários, em diferentes segmentos, sem sombra de dúvidas o acervo literário contemporâneo, ficou bem mais vasto e diversificado. O que o inspirou a escrever “Black Shield e a Divisão Sleipnir”? M. G. Gomez - Sempre amei história a ficção, a “jornada do herói” que a cultura greco-romana nos trouxe. Contudo, eu queria também passar uma mensagem que sempre deixei para minhas equipes, “ninguém pode resolver tudo sozinho” e assim nasceu Black Shield, um super-herói que é o resultado do esforço
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de uma equipe, formada por pessoas totalmente diferentes, em que todos trazem o seu melhor para fazer com que esse super-herói venha a nascer e a cumprir seus objetivos.
fato a história com suas personalidades incríveis. Elas com certeza vão fazer vocês as amarem e as odiarem, risos.
Como foi o processo para escrita, buscou leitores enquanto escrevia, ou foi uma escrita solitária? M. G. Gomez - Foi uma escrita solitária sim, eu era “escritor nube”, risos, um novato que nem imaginava que existiam “leitores Beta” ou “leitura coletiva”, mas foi um aprendizado importante nesse primeiro livro.
Dê-nos alguns motivos para ler “Black Shield e a Divisão Sleipnir” M. G. Gomez - A obra foi feita para divertir, costumo dizer que a escrevi como uma serie onde cada capítulo é um episódio completo e no final do livro temos um bônus (surpresa!). Tive o cuidado de pesquisar muito e quem ler o livro tem boas referências históricas, e muitos nomes e fatos históricos são reais. Além disso muitas das tecnologias tanto da armadura que é utilizada pelo Black Shield, o trabalho de divulgação de “Black quanto de melhoria genética são reais. Shield e a Divisão Sleipnir” vai até o Então no fim você pode até pensar: primeiro trimestre de 2023. “—Será que é possível mesmo?...” Pois bem, estamos chegando ao fim Onde podemos comprar o seu livro da entrevista. Muito bom conheM. G. Gomez - Na Amazon (Inclusive cer melhor o escritor M. G. Gomez. grátis para quem tem o Kindle Unli- Agradecemos sua participação na mited), no site da Drago Editorial e Divulga Escritor: Revista Literária através do meu IG @mggomezescritor da Lusofonia. Que mensagem você onde você adquire o livro com uma deixa para nossos leitores? dedicatória exclusiva. M. G. Gomez - Primeira mensagem é nunca duvidar do que você é capaz, Quais os seus próximos projetos li- afinal além de tudo somos brasileiros!! terários, como vai ser agora que se A segunda mensagem é que temos descobriu autor de livro literário. que dar chance e valorizar o escritor M. G. Gomez - Bem eu agora estou brasileiro atual. Em poucos meses já com dois projetos, um é a sequência conheci pessoas que não devem nada de “Black Shield e a Divisão Sleipnir”, a George R R Martin, Lauren Kate, que está com dois capítulos escritos. Margareth Peterson, J K Rowling enQuem já leu meu livro sabe que o ca- tre outros, então vamos valorizar nospítulo bônus dá uma dica do que se sos escritores e seus livros! pode esperar. Sobre o outro projeto posso dizer que a premissa inicial está Divulga Escritor, unindo você ao em Apocalipse 20:1-3, que fala sobre mundo através da literatura a prisão de Lúcifer, vai ser um livro Quer ser entrevistado? mais sombrio, contudo fiquem tran- Entre em contato com nosso editorial, quilos pois também teremos heróis, apresentaremos proposta. risos. Estou decidindo qual deles virá Contato: primeiro, mas será só para 2023, pois smccomunicacao@hotmail.com
Apresente-nos o livro M. G. Gomez - Em 1985 o jovem Michael Semog, filho do multimilionário germano-americano John Semog, que escolheu o Brasil como sua casa, vê seu pai ser brutalmente assassinado por uma mulher vestida num traje de couro esmeralda e com uma massa de espinhos presa a uma enorme trança, uma figura digna das melhores HQs de super-heróis ou de filmes de 007. Com o tempo ele descobre que na verdade, uma divisão Nazista de ciência e tecnologia, sobreviveu a segunda guerra mundial, chamada de Divisão Sleipnir, era formada por adolescentes gênios do Reich que com o fim da guerra passaram despercebidos pelos aliados, por causa da pouca idade, retornando posteriormente nos anos 70, quando começaram a ser perseguidos pelos pais de Michael e seu amigo Frans Schimdt. A Divisão Sleipnir guarda um segredo, uma melhoria genética que foi implantada em alguns seres humanos pelo Reich, mas existe muito mais do que apenas isso... O que mais o atrai na trama? M. G. Gomez - Sem sobra de dúvidas a personalidade de minhas personagens femininas, tantos as heroínas quanto as vilãs, pois confesso que com o passar do tempo e dos capítulos que se seguiam elas foram tomando conta da história até um ponto em que elas passam a protagonizar de
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM
A ESCRITOR FERNANDO JACQUES – JAX
FERNANDO JACQUES DE MAGALHÃES PIMENTA (JAX) Nascido no Rio de Janeiro, 2/6/1952 Bacharel em Direito (UFRJ), diplomata aposentado. Mestrado em Ciência Política, Universidade George Washington, EUA Autor de Traços e Troças (2015); Ibitinema e Outras Histórias (2016); No Ritmo do JAX (2019), ed. Lamparina Luminosa, S. Bernardo do Campo, SP; Afinal de Contos... (2019), ed. Illuminare, Torres, RS; Microcontos, MiniPoemas, Curtas Reflexões para uma Vida Breve (2020), ed. Assis, Uberlândia, MG; Para um Menino, Nada É Difícil?, ed. Flamingo, Lisboa/SP (2021). Participou de antologias das editoras Assis, Illuminare, Sol, Palavra é Arte, Piracicaba, Recanto das Letras, Chiado Books, Scortecci e do Círculo Literário do Clube Naval.
DIMINUTOS (PARA LEITURA DE MINUTOS) FORMA E CONTEÚDO segundo o aluno
Do alto de sua sapiência luminar, o emérito Chefe da Cátedra de Vãs Filosofias procedeu ao minucioso escrutínio do tema suscitado para afirmar, com absoluta segurança, que, tanto quanto permitem aferir as variáveis analisadas, releva descortinar novos cenários e introduzir fórmulas e modelos mais fidedignos, conducentes à conclusão magistral.
QUER DIZER
O professor não sabe a resposta.
CADA QUAL NA SUA
A especialidade desse encanador é construir modelos de aeroplanos. A do médico, seu vizinho, consiste em redigir procurações. O padeiro revela-se especialista em jogar pôquer enquanto o violonista demonstra grande habilidade no basquete. O professor de português mostra-se um ás nas competições automobilísticas. Já o reverendo colhe aplausos pela poesia erótica que escreve. Sociedade desprovida de privacidade fica assim: todos se intrometem onde não devem.
MORTE DE UM ESTRANHO Morreu um velho morador No edifício em que vivo, Mas não o conheci. Deixou viúva pesarosa, A sofrer com a perda. Tampouco a conheci. Tanta gente desconhecida... Que tristeza! Com quem tenho andado?
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MARIA MANUEL JOÃO Manuel achava-se muito giro. João achava-se muito massa. Maria dissente de ambos. Para ela, Manuel é “gira” E João, maçante! Romance, nem pensar! Maria prefere “ficar” À espera de bom partido Em seus trajetos E trejeitos Entre Portugal e Brasil.
FORÇA DE VONTADE
Indagado como podia ler sem óculos, o ancião foi contundente: pior cego é o que não quer ver.
TERREMOTO, O FILME
A crítica repudiou, mas o público vibrou, o que comprova que terremotos não passam de vibrações.
O COLIBRI DESCANSADO
Mariazinha está feliz com o bebedouro para colibris que ganhou. O pai o pendura na janela do quarto da menina, que fica a aguardar os passarinhos. Após longa espera, aparece um beija-flor, suga a água e logo se vai. Passam-se dias até que ela volte a ver outro a servir-se do bebedouro. As visitas são bem escassas, mas, observadora, ela conclui tratar-se do mesmo pássaro, que não mostra a menor pressa em reaparecer. Decepcionada, Mariazinha desiste do bebedouro e vai ver colibris em seu celular.
ESQUECIDOS NAS GAVETAS
Certa vez, quando bem pequeno, ele fechou a gaveta com o dedo dentro. Chorou muito de dor, mas não aprendeu a lição. Ao longo da infância, da juventude e da idade adulta, em repetidas ocasiões, cometeu o erro de não retirar o dedo a tempo ao fechar uma gaveta. Já ancião, agravou-se a situação. Prendia os dedos e, quando dava por falta deles, já não se lembrava em qual gaveta os havia deixado. Vão-se os dedos, fica a caduquice. Outros textos do gênero em JAX, Microcontos, Mini-Poemas, Curtas Reflexões para uma Vida Breve, ed. Assis, MG, 2020.
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM A ESCRITOR DIMAS OLIVEIRA
Trabalho de mulher e mãe eleva encenação “Um Grão de Trigo” encena última Ceia
Um grão de trigo é apenas um grão de trigo. Mas, assim como Jesus o grão de trigo quando cai na terra necessita primeiro morrer para depois gerar a vida que abençoará a quem dele comer. Sem a morte do trigo não existirá a vida. A partir dessa premissa, encenação da Santa Ceia, momento emocionante e enlevante da vida de Cristo com seus discípulos. Um memorial da Ceia do Senhor para que a Igreja recorde continuamente o sacrifício vicário de Cristo na cruz em favor de todos.
Imagem promocional de “Um Grão de Trigo” (Foto: Larissa Carmo)
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Patt Brito com o filho Vitor de Brito (Foto: Ester Cosmo)
Como André, irmão de Pedro, um dos discípulos de Jesus, Vitor de Brito, 14 anos, integrante do Pré-Teen, estreia no teatro dirigido pela sua mãe, Patt Brito, em “Um Grão de Trigo”, adaptação do Evangelho de João por Dimas Oliveira e Patt Brito, encenada pela primeira vez pelo Ministério de Artes do Aprisco (Maap) e levada ao palco no Domingo de Páscoa. Vitor aparece no palco, falando firme e com expectativa o texto de João 3: 14 e 15: “E, como Moisés, no deserto, levantou a serpente de bronze numa estaca, também é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna.” Na sequência, ele assenta-se à mesa da Santa Ceia e somente perto do final, quando Jesus vai saindo de cena para ir orar no Jardim do Getsêmani questiona: “Senhor, buscar-te-ão lá?” Ele considera que contribuiu bem para o fluir da narrativa e falou que foi legal ser
dirigido pela própria mãe, valorizando o trabalho dela. Por sua vez, Patt Brito viu com tranquilidade dirigir o filho em cena. Disse que ele teve disponibilidade de ser um dos 12 e que encaixou bem no papel dado. Dessa forma, o que mais chama a atenção na peça é uma mulher - e mãe - na direção, conduzindo 13 homens no palco, incluindo o trabalho com o filho, já mencionado. Patt Brito destacou ainda na encenação o confronto entre o protagonista (Jesus) e o antagonista (Judas) e o viés espiritual obtido. Relevante na montagem, a participação do grupo de dança do Maap, com coreografia de outra mãe, Daiele Rodrigues, com trilha sonora hebraica e participação dela e mais seis mulheres expressando o que viria a ocorrer e introduzindo os atos da apresentação. O certo é que “Um Grão de Trigo”, com a participação e empoderamento feminino, superou todas as expectativas do público que lotou o espaço.
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM
A ESCRITOR TITO MELLÃO LARAYA
mãe! Uma mulher me esperou por nove meses, por que acreditou que eu era um presente divino! Ela nem sonhava com os transtornos, aborrecimentos, e também as alegrias que lhe proporcionei. Deu-me sua juventude, sua beleza, todo o seu viço, de tanto se preocupar e cuidar, daquele que nada mais era que uma vida, que ela acreditava ser sua. Mas dela não era, e foi graças a ela que esta vida frutificou. Tenho marcas na alma das vezes que eu não a compreendi, o seu excesso de zelo, e o seu enorme amor, pois para ela trava-se de uma extensão de si. A vida foi passando, eu seguindo a minha e ela sempre me esperando, com uma palavra, um sorriso, uma
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visita, enfim um gesto de carinho e de compreensão. Hoje sou um homem maduro, e minha vida é com ela, não que isto tolha a minha liberdade, mas, na verdade, completo o meu ser, e na sua velhice aprendo com sua sabedoria! Todo dia colho uma flor no jardim da vida, que levo para dentro de casa para alegrar o nosso lar. Sei o quanto ela não dormiu preocupada nas noites que dormi fora, nas vezes que teve que me amparar dos problemas que criei hoje tais lembranças são motivo de risadas. Um dia dei uma chance a mim, e ao fazer isto transformei minha mãe em mais feliz, passei não só a comungar problemas, mas alegrias também!
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Entrevista com a Escritor
Ricardo Pontes Nunes
Ricardo Pontes Nunes, nasceu no Maranhão, onde ainda na infância lhe ocorreu que o mundo e os fatos da vida possuíam outras dimensões além da trivial, as quais descobriria mais tarde poderem ser compartilhadas através da linguagem literária. Uma sequência de influências o marcaria desde então, como o movimento romântico e o naturalismo do séc. XIX, o pós-modernismo e o realismo mágico latino americano. Em seu livro de estreia na ficção, “Entre Fados e Tumbas e outros relatos mundanos”, o autor faz uma coletânea das tramas e situações que lhe pareceram mais emblemáticas daquela sua antiga percepção sobre um mundo em camadas, e declara tê-lo escrito como uma forma de tentar mostrar como a realidade pode se revelar espantosa.
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Ricardo Pontes Nunes, é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Conte-nos, em que momento se sentiu preparado para publicar “Entre Fados e Tumbas”? Ricardo Nunes - Concordo com aquela máxima que diz que para o autor o livro nunca está pronto enquanto não o publica. Foi assim comigo. Alguns amigos me haviam incentivado a que eu publicasse. Então reuni tudo o que eu tinha e fiz os últimos ajustes e complementos. Acho que o mais difícil nessa preparação que foi superar as influências, a questão do estilo.
Conheci algumas daquelas pessoas ou fiquei muito impressionado Você sempre gostou de escrever contos? O que mais o atrai neles? Ricardo Nunes - Acho que os contos em si são apenas um veículo, uma ponte, com o que lhes assim como os demais gêneros, ou a arte em geral. O que eu queria mesmo era havia sucedido deixar registradas as minhas sensações diante de certos acontecimentos que marcaram a vida das personagens e a minha própria também. Experiências de vida na vida real. muitas vezes desconcertantes, mas que poderiam ter sido as de qualquer pessoa Sim, a maioria em qualquer lugar ou tempo. As dimensões do conto eram suficientes para eu dos contos é compartilhar essas sensações, fazer uma síntese do que era essencial, do que eu pretendia mostrar com elas. baseada em fatos.” Quais critérios foram utilizados para a escolha do título? Ricardo Nunes - Acho que a sonoridade. É o título de um dos contos que compõem o livro. Um pouco rotundo, eu sei, mas também porque acredito que estejamos muito confusos sobre essa linha demarcatória, mas demasiado fluida,
DIVULGA ESCRITOR entre destino e livre-arbítrio, em que a única certeza que carregamos é a da morte. Num mundo que perdeu sua fé na eternidade, as coisas se tornam ainda mais fortuitas e carentes de significado. Quis que o título remetesse as pessoas a esse dilema. Apresente-nos sua obra. Ricardo Nunes - São relatos de coisas que fui compilando com o tempo, recompondo-as em uma roupagem literária. O principal para mim era o que podiam revelar de absurdo, emocional ou assombroso na condição humana. Nessas circunstâncias parece que o que é doloroso sempre se sobressai, mesmo quando apenas nostálgico. Não redigi o livro em torno de uma temática ou segmento específicos, tampouco em torno de uma “moral da história”, pelo menos não que eu saiba, rsrsrs. Como afirmei em uma outra conversa, tenho para mim que a literatura não seja constituída apenas pelas histórias em si, mas sobretudo pela forma em que são recontadas, transmitidas, em busca de um sentido pra elas. A versão escrita, a literatura, talvez não seja senão uma espécie de perspectiva mais elevada da realidade, mesmo que a história narrada seja infame. Apresente-nos os títulos dos contos de “Entre Fados e Tumbas”. Ricardo Nunes - A intrusa; O Último Navio Fantasma; O Jaguar; A Seita de Irineu Lopes; Constança Aguiar; O Cognoscível Paradeiro de Fawcett; Os Deuses Facínoras; Viagem; A Ferrovia; Aos Deuses Manes; Bichos; Genésia; O Sonho de Viriato; Um Uróboro; e Entre Fados e Tumbas. O que mais o atrai nesta obra literária? Dê-me três motivos para ler “Entre Fados e Tumbas”. Ricardo Nunes - Acho que a empatia pelos personagens. Conheci algumas daquelas pessoas ou fiquei muito impressionado com o que lhes havia sucedido na vida real. Sim, a maioria dos contos é baseada em fatos.
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Motivos para lê-lo? Um deles seria exatamente esse, a empatia que acho que os personagens irão despertar, mas principalmente saber o que lhes aconteceu. Pessoas comuns vivendo situações incomuns, mas que se pareceriam situações normais ou inevitáveis para qualquer um de nós se estivéssemos nas mesmas circunstâncias em que aquelas pessoas se encontravam. Como podemos adquirir seu livro? Ricardo Nunes O livro está disponível nos sites da Amazon, da Livraria da Travessa e, com FRETE GRÁTIS, no site do autor: www.letteramundi.com Quais os seus principais objetivos a serem alcançados na área literária? Ricardo Nunes - Obviamente que ninguém escreve para si mesmo, para guardar. Que outros o leiam, eis sua ontologia. Mas que as pessoas sentissem o que senti. Gostaria que os leitores pensassem nas pessoas que viveram aquelas histórias, jamais em quem as escreveu. Tenho em mente que o livro não me pertence. É uma espécie de doação, porque foi o que elas viveram na pele que me forneceu os elementos para tentar recontar tudo. Acho que na literatura, como na vida, ter tato na sinceridade contribui muito para construirmos essa empatia, essa autenticidade que o leitor busca, para que encontremos nossa própria voz. Acho que quando percebe essa honestidade o leitor fica mais propenso a se identificar com o texto. Buscar esse timbre, esse tom de voz interior, aperfeiçoá-lo, é uma meta a ser segui-
da; desde, é claro, que tenha algo para dizer, que considere que mereça ser contado. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecê-lo melhor. Agradecemos sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Que mensagem você deixaria para nossos leitores? Ricardo Nunes - Para os que conseguiram chegar até o final desta conversa, agradeço pela paciência. Acho que disse o necessário. E os livros podem falar por si, é o que me propus em “Entre Fados e Tumbas - e outros relatos mundanos”. Grande abraço.
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José Sepúlveda
E do amor nasci Seriam oito horas menos dez Naquela quinta-feira longa e fria; Ela corria para os dois bebés Barata tonta a ver qual deles nascia.
Exemplo
Portela antiga. Andou de lés-a-lés Saltando casa a casa, noite fria; Sentia-se quais “trapos de polés” Naquele Abril, manhã de um longo dia.
Geninha me ensinou quando menino A agir perante os outros com dulçor Que desse a toda a gente o meu carinho Em troca dum sorriso, duma flor.
Naquele quarto, agora plena rua, Prostrada lá num quarto, toda nua, A minha mãe em sangue se esvaía.
E eu lá fui seguindo o meu caminho Levando e dando provas desse amor, Se alguém me dava rosa com espinho Guardava o seu perfume, nunca a dor.
Ó estridente som! Na porta ao lado, Guitarras a trinar o mesmo fado, Enquanto outro milagre acontecia. José Sepúlveda
E fiz o meu caminho caminhando E quando me cruzei de quando em quando Com dissabor estranho ou alibi, Essas palavras tive em minha mente: “Não faças a quem tens à tua frente Aquilo que não queres façam a ti”! José Sepúlveda
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Não vás! Espera, mãe, é longa a madrugada E o dia já não tarda a cá chegar, De resto, o que lá vem, não vale nada E não sei o quanto mais hei de esperar. Há tanta flor na berma do caminho Que quer beijar a tua face linda! A rosa, o malmequer, o azevinho, E hortênsias a florir, há tanta, ainda! Espera, um pouco, espera mais um dia, Quero sentir a tua companhia, Espera até que chegue um outro Abril. Mantém em mim a fé e a confiança, E cantaremos hinos de esperança Contigo do meu lado, em teu redil! José Sepúlveda
Ele vem, mãezinha! Noventa e oito estrelas a brilhar No féretro no qual em paz descansa O corpo teu que anseia recordar Aqueles tempos lindos de criança. Noventa e oito rosas a voar Que espalham seu perfume, o seu olor, Confiantes que esse dia vai chegar E tu vais-te encontrar com teu Senhor. Repara, mãe, teu anjo está contigo E anseia ver voltar o nosso Amigo Com legiões de anjos ao redor. E quando essa trombeta enfim soar, Tu vais do longo sono despertar E com Jesus subir ao Lar do Amor. José Sepúlveda
Saudade, mãezinha Guardo no peito a força desse afeto, Os olhos teus tão cheios de ilusão E esse tempo curto, mas discreto, No qual te davas de alma e coração. Recordo o imenso abraço que trazias Inesperadamente, a qualquer hora, Quando na vida, a gatinhar nos dias, Queríamos partir daqui pra fora. Sinto no olhar aquele teu sorriso, Quem sabe se um alerta, se um aviso Lançado quando a vida não sorri. Saudades, mãe, não sei porque partiste, Não sei se vivo alegre ou vivo triste, Apenas sei: não sei viver sem ti! José Sepúlveda
Quero abraçar-te Choram meus olhos com tristeza, mágoa, Olhando o imenso olhar que me sorri, Ao recordar-te, são correntes de água Que brotam dos meus olhos para ti. Um grito de saudade, até que um dia, Iluminada por um novo olhar, Na volta de Jesus, na parusia, Bem certo nos havemos de encontrar. Saudades, minha mãe, o teu carinho Que vive tão presente em meu cantinho, Invade a cada instante o meu pensar, Levanto os olhos meus, canto baixinho,
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LIVRO EM DESTAQUE – RETRATOS DE MINHA MÃE – JOSÉ SEPÚLVEDA Livro: Retratos de Minha Mãe Autor: José Sepúlveda
Sinopse
Retratos de Minha Mãe é um pequeno livro de memórias que o autor quis dedicar à sua progenitora, que tão prematuramente adormeceu quando contava apenas cinquenta anos de vida. Nele, o autor recorda momentos felizes que se prendem com o seu nascimento, vividos na aldeia onde nasceu, relatando em alguns dos seus poemas momentos que registou na memória e o acompanharam em toda a sua vida seguindo então um trajeto que culminaria com a sua morte, em plena Revolução dos Cravos que se vivia no país e no preciso momento em que este passava por uma das suas mais sensíveis convulsões: o Verão Quente de 1975. Trata-se de um livro de poemas, em que a saudade e a ausência da mãe se foi sentido no autor ao longo de toda a sua vida. http:///issuu.com/correiasepulveda/docs/retratos_da_minha_m_e https://issuu.com/correiasepulveda
Ditosa Mãe
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Ditosa mãe que quando envolta em dor Um dia fez brilhar o meu olhar E o peito escancarou com tanto amor Junto ao meu berço, p’ra me alimentar. Ditosa mãe a que me viu crescer, De mim cuidou durante toda a vida, E quando viu o amor acontecer, Chorou porque eu estava de partida. Ditosa mãe que olhava para os céus E procurava ali junto de Deus, Dobrada em seu altar, orar por mim. Essa extremosa mãe que não me esquece, No seu profundo sono permanece E em silêncio chama: - Vem a mim! José Sepúlveda
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José Sepúlveda
Mãe... quero agradecer-te... Mãe...quero agradecer-te por fazeres parte da minha vida... sei...que partilhei e roubei-te um sorriso, ou uma lágrima que corria. As confissões que contigo desabafei meus momentos de tristeza e alegria... mas em meu frágil coração...eu sei trouxe, amor e muita paz e harmonia.
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Por tudo isto hoje estou homenagear-te pois minha alma por vezes atormentada... e tu com teu amor conseguias acalma-la quero por isso de coração agradecer-te. Manuel Teixeira (Leuna)
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Poema para o Dia da Mãe Não há maior amor no mundo Do que o amor da nossa mãe; Nada nos dói mais lá no fundo Se ao chamá-la ela não vem.
Nada mais que a mãe encanta Nem há amor mais procurado; Dorme, dorme, ela nos canta Com um sorriso abençoado. Mãe, teus olhos são saudade, Amor de Deus pra mim doado, Anel d’oiro prá eternidade; Nada do que já foi criado, Me deu maior felicidade Que estar no teu colo deitado! © Acácio Costa
MARIA DOCE MÃE Hoje dia da nossa Padroeira Que protege a terra inteira E os seuS filhos também Maria doce e puríssima Maria do rosário santíssima Virgem Clemente e nossa mãe. Sede a nossa proteção Dai a todos a salvação Através do TEU Filho Santo, Rogai por nós pecadores Aliviai as nossas dores Em Nome do Pai, do Filho e Espírito Santo. És Senhora és Rainha És tão doce ou Senhora minha És a nossa redenção, És caminho para chegar Ao cimo do teu altar Para beijar teu coração. Por tantos nomes és chamada Em todo o mundo adorada Oh! Senhora da Conceição, Concebida sem pecado Para estares em todo o lado Tentando abrir cada coração. Pelo teu filho redentor Aliviai a nossa dor Trazei para o munto inteiro, Fazei que os homens na terra Matem a fome, acabem com a guerra Para que não se percam pelo dinheiro… Amém, José Duarte Soares
DIVULGA ESCRITOR Mãe
Minha mãe…
Quero que seja constante essa tendência, Que por mim veles nestas horas sombrias Enquanto no teu seio o rosto m’acaricias, Triste face de quem sente a tua ausência… Que me leves contigo com certa urgência E m’aqueças nos teus braços nas noites frias, Que comigo pouco chores e que mais rias Até quando nada faz rir nesta existência… Quero que nunca esqueças que sou teu, de ti, Aquele p’lo qual vida sempre ofereceste, Mesmo nos momentos em que te desiludi, Quando te deixei, mãe, mas tu me recebeste Depois de tudo aquilo que, louco, pretendi, Viver sem o amor com que tu me concebeste. Luís Corredoura dixit ©
Voz do Agradecimento A voz do agradecimento Precisa ser encontrada Pois Deus a cada momento Faz uma nova chamada E nós como seres viventes Filhos desse mesmo pai Tão ingratos e ausentes Mas um dia lá se vai Pedimos a proteção Por toda a nossa fraqueza E o Senhor nos dá a mão Que é uma grande riqueza
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Nossa Mãe Virgem Maria Sua mãe Imaculada Dá-nos a bênção dia a dia Nós devemos dizer obrigada
São tantas as palavras que tenho para te dizer… embargadas no peito e acorrentadas num sentimento que não consigo descrever.
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Como dizer minha mãe quanto por mim és amada é o mesmo que dizer a um filho o quanto a mãe o ama. Minha mãe… mãe querida… que sejam longos teus dias… porque nesta minha vida que tanto tem sido ferida… tu és minha âncora e minha alegria. Quantas vezes ainda sinto querer o teu colo onde as minhas mágoas possa embalar e fazer do teu carinho o meu solo por onde ando, neste meu caminhar. Teus cabelos brancos me comovem anos de sabedoria são e o brilho dos teus olhos me movem a dizer-te:
Hoje só posso dizer:
mãezinha… amo-te
Obrigado meu Pai Obrigada minha Mãe Mais uma vez, obrigado
de todo o meu coração…
Francisca Monte
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Teresa Costa
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Entrevista com a Escritor
Thomas Agnus
O começo do extermínio da sociedade, de seus valores, de sua ética, da moral já está vigente há algum tempo. Um alerta real para a raça humana, que se continuar neste ritmo corre sério e verdadeiro risco de ser extinta.”
Iniciou sua carreira como “Desenhista” de prancheta. Arte-finalizava tudo manualmente também fazendo trabalhos esporádicos de Jornalismo Social. Migrou para a plataforma digital em 1992, se tornando Designer Gráfico de profissão. Descobriu que gostava de escrever já há algum tempo, porém começou de verdade em meados de dezembro de 2009, quando fundou o Portal Duniverso (Vida inteligente na WEB), que nasceu com o intuito de fornecer informação de qualidade em todas as áreas, informar sobre questões sociais fundamentais ao ser humano, denunciar todo e qualquer tipo de abuso ou covardia seja contra o homem ou contra o planeta além de promover sempre o bem-comum entre outras coisas. Atualmente o Duniverso possui mais de 1.350 artigos publicados, somados os artigos dos colaboradores, sendo a maioria de sua autoria (link para o portal: https://www. duniverso.com.br/sobre-nos/) Graduando em TECNOLOGIA EM MULTIMÍDIA DIGITAL pela UNISUL trancou a matrícula por ter se desinteressado do curso. A escrita falou mais alto. Mineiro da gema, Thomas Agnus (Tomé Ferreira) registrou-se como Jornalista (sem diploma) no MTE e continua escrevendo para o Duniverso. Atualmente trabalha também com Análise de Licitações.
Boa leitura!
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DIVULGA ESCRITOR Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Thomas Agnus, é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Conte-nos, o que o inspirou a escrever “O Emburrecimento do Mundo – Dicas para Extinguir uma Raça”? Thomas Agnus - Comecei a escrever este livro em meados dos anos 2000. Quase 22 anos atrás... rsrsrs Sempre gostei de escutar, ouvir as pessoas, principalmente as mais velhas e mais experientes do que eu. Aprendi muito com isto. Descobri outro dia que sou maniqueísta. Coleciono experiências. Acontece que quem escuta muito, um dia precisa falar senão pode explodir. E o problema é que ninguém quer ouvir. As pessoas só querem falar. No fundo, este livro é um “desabafo” sobre coisas que eu precisava dizer de alguma forma. Acabou virando um livro. Quais as principais temáticas abordadas na obra?
Thomas Agnus - Lançado em março de 2022 pela Editora Viseu o livro “O Emburrecimento do Mundo – Dicas Para Extinguir Uma Raça” fala de relações humanas, crescimento pessoal, da relação do homem (espécie) com o planeta Terra entre outros tópicos ligados ao desenvolvimento humano. Nossa guerra interna de todos os dias onde o oponente é o nosso próprio eu. É de fácil e rápida leitura. Prende o leitor que não consegue parar de ler (de acordo com depoimento da leitora Maria Rosa Nunes Perdigão)! O foco principal é
o Desenvolvimento Humano e a melhora do Ser Humano como um todo. Seja emocional, espiritual e até mesmo fisicamente.
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Quais critérios foram usados para escolha do título da obra? Thomas Agnus - O medo de sermos extintos de verdade. Queria algo que chamasse realmente a atenção do leitor para o quão grave é o momento que vivemos. O título é o resumo da obra. Apresente-nos o livro
Sinopse O começo do extermínio da sociedade, de seus valores, de sua ética, da moral já está vigente há algum tempo. Um alerta real para a raça humana, que se continuar neste ritmo corre sério e verdadeiro risco de ser extinta. Além disso, você destruiria a única casa que tem e lhe serve de moradia? O ser humano está destruindo sua própria casa, neste caso, o planeta Terra. Será que em Marte cabe todo mundo? E os custos da viagem? Ah, lembrando: lá não tem oxigênio. Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor por meio da leitura de “O Emburrecimento do Mundo - Dicas para Extinguir uma Raça”? Thomas Agnus - Acredito que a Sinopse resume bem a mensagem a ser transmitida. Devemos procurar ser humanos melhores a cada dia, ou então, arcaremos com as consequências. E não parecem ser nada boas.
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Conte-nos como foi o processo para escrita da obra, conciliação do social, da família com o literário, inspirações... Thomas Agnus - No início era muito difícil escrever. A cada página escrita eu ficava exausto. Exaurido. Parecia que, guardadas as devidas proporções, tinha sido um “parto”. Fiz várias pausas ao longo dos anos, e quanto mais o tempo passava eu sentia menos peso e fadiga ao escrever. A experiência na feitura dos mais de mil artigos escritos para o Duniverso, me ajudou muito nesta questão. Enfim, quando veio a pandemia do Coronavírus veio junto com ela os momentos de reclusão “obrigatórios”, o que fez com que eu conseguisse terminar o livro. Onde podemos comprar o seu livro? Thomas Agnus - Está à venda em quase todas as plataformas comerciais digitais (são muitas, rsrs). Deixo estas para resumir: Brasil: https://www.amazon.com.br/dp/ B09RGQHCHB/ref=cm_sw_em_r_ mt_dp_PD0X859WWRA12SVADNF9
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Quais os seus próximos projetos literários? Thomas Agnus - Tenho algumas ideias para dissertar, mas nada de concreto ainda. Vou aguardar mais um pouco o resultado desta obra para decidir. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Thomas Agnus. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Thomas Agnus - Leiam. Leiam cada vez mais. A liberdade plena, passa pela leitura. Agradeço muito àqueles que já adquiriram minha obra. Muito obrigado! Saudações!
https://www.editoraviseu.com.br/o-emburrecimento-do-mundo-prod. html https://www3.livrariacultura.com. br/o-emburrecimento-do-mundo-891632784/p Em Portugal: https://www.wook.pt/ebook/o-emburrecimento-do-mundo-thomas-agnus/25881568
Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da literatura Quer ser entrevistado? Entre em contato com nosso editorial, apresentaremos proposta. Contato: smccomunicacao@hotmail.com
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM A ESCRITOR FLAVIO JOPPERT
Moral e Bioética Definindo a ética como o estudo da moral. Entende-se que bioética seja um estudo de uma moral no campo biológico. Especificamente nas relações com animais. Essa moral é própria do ser humano, condição sem a qual não existe humanidade a existência da moral. A moral não existe “moto próprio”, ela é um apêndice da razão humana, mais que o simples bom senso um padrão que rege o viver e um relacionar-se. Foi observado que precisava de um estudo sobre essa moral aplicada nas relações com os animais, ou que um estudo sobre essa moral traria a luz o diagnóstico de uma sociedade doente e com esse diagnóstico seria possível adotar medidas e paliativos que corrigiriam o curso da bestialização. A bioética surgia como um indicativo para medidas de higiene, sanitárias, e por último compaixão. Mas a bioética não analisava sob o ponto de vista dos animais. Seu bem estar era uma ótica antropocêntrica. Não existia moral nos animais, por essa lógica, para ser estudada. Existia uma imposição humana sobre humanos, como o ato Bíblico de Adão dar nome aos bichos. Não era possível analisar um possível sentimento entre os serem vivos de forma total. Havia um modo
de entender que uma vez comido o fruto da árvore da ciência do bem e do mal, o homem era como Javé, dotado de discernimento entre o certo e o errado, por isso mesmo personalidade jurídica, plausível de julgar, condenar, acionar, e ser condenado dentro de um escopo jurídico que se iniciou com aspectos de uma moral que se desenvolveu pela inocência perdida com a ingestão do fruto daquela árvore proibida. Os animais não tinham comido daquele fruto, eles conservavam a inocência, e por isso por mais que não se matassem, e vivessem em sociedades, eles não tinham censo moral, não sendo passiveis de processo jurídico ou de condenações, como a dada a serpente. Uma vez que os animais são serem sem moral, e inocentes, inimputáveis juridicamente, cabe indagar como o ser humano se considera o único ser vivo sobre a terra a possuir moral para ser analisada pela ética. É que o ser humano dentro dessa crença é dentro da escala evolutiva, criado por Deus a sua imagem e semelhança. Com isso ele define como Jeová qual bicho é bom ou qual bicho é mal – puro e impuro. Com direito a amaldiçoar alguns bichos como Deus mesmo fez com a serpente. Definindo quem tem o direito as consequências das conclusões da bioética.
A moral seria uma característica humana? O direito como norma máxima seria apenas nosso padrão comportamental definido pelos genes para avaliar quem continua no grupo ou quem vai ter que criar outro grupo porque é indesejado (?) – vide a sociedade dos macacos. Certo que todo esse movimento de bioética é uma chamada de atenção para civilizar a humanidade que se julgando detentora de suserania, e sendo auto afirmada como melhor que os outros propõem que seu grupo dite as regras e normas de uma sociedade mais evoluída. Se vamos nivelar por cima ou por baixo, (?) é uma definição que a democracia deve tomar. O resultado é que analisando tudo por cima o padrão proposto foi uma sociedade perfeita. Onde a moral ilibada do ser humano garantiria bem estar até aos animais de laboratório. É lógico que não é esse o caminho. Vai mais além. Para a padronização do trabalho germânico em laboratórios aquelas cobaias deviam ser muito bem tratadas, com verduras frescas, afim de garantir a qualidade germânica de serviços. Aquelas verduras faltavam na mesa de desempregados e prostitutas, que era o grupo indesejado e considerado sem moral que a sociedade pretendia aniquilar. Mais uma vez o senso de direito partindo dos homens assim define que menos que os bichos eles não podiam ser.
DIVULGA ESCRITOR Mesmo criados com tal destino, (vide a doutrina da predestinação), o ser humano da época se igualava aos bichos de abatedouro, ao revirar o lixo em busca de comida, algo não muito distante de nossa realidade, muitas vezes deviam se alimentar de coelhos utilizados em testes de gravidez, e descartados no lixo. O que para aquela classe desvalida não existia. Sendo o que podemos imaginar da miséria baseada em nossos dias atuais. Isso chocava, e a sociedade que vislumbrava a ideologia do admirável mundo novo precisava se livrar daquele estigma. Então é possível compreender que muito mais que um direito dos bichos pode ser que a bioética seja um senso crítico sobre a própria humanidade que ultrapassava os limites de diferença social, e exploração. Em quanto a Rússia se tornava comunista e inaugurava a estátua das cobaias em agradecimento as vidas salvas, na Alemanha o senso comum era o de analisar os fatos, e entender porque com o bichos e com certeza com alguns seres humanos ainda era assim. Sem sombra de duvida a bioética é um acréscimo a lei mosaica, surge de uma religão antropocêntrica que chega ao fato de propor ser o homem criado a semelhança de Deus, que tem a moral como carácter exclusivo e propõem com esses alicerces uma sociedade mais justa para todos. O patrimônio moral exclusivamente humano tendia a proteger os bichos sem ainda falar em direito. É essa uma questão conclusiva: se falava em analisar uma moral na relação com os bichos, mas eles não eram personalidades de direito. Não eram a semelhança de Deus, e a sua redenção dependia dos homens, como humanidade. A serpente continuava como o único animal condenado. Sentença dada pelo Juiz Máximo. Capaz até mesmo de condenar aqueles a quem o homem não podia imputar a culpa. A bioética surge de um mito em que pela perda da inocência a humanidade exclusivamente tem sua moral – (incomparável com o comportamento animal) e por isso em posição superior a ponto de desenvolver uma cadeia de conceitos que são o estudo de nossas relações com os animais – conforme se pode concluir.
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O Direito Alienável das Plantas Neste pequeno ensaio que será dividido em duas partes: o arquétipo bíblico da relação moral homem planta, e da moderna necessidade de haver uma bioética aplicada as plantas. O arquétipo bíblico em questão é que deus criou as ervas que dão fruto, planou um Jardim no Éden e lá pós o homem para lavrá-lo e das plantas comer. Menos do fruto de uma árvore, a árvore do conhecimento do certo e do errado. Adão começa como um jardineiro, mas não dá nome as plantas. O que ele dá nome é aos animais. Segundo estudos bíblicos ter nome na bíblia é indicativo de importância. Adão e Eva (nossos pais mitológicos) comem do fruto proibido caindo na tentação da serpente Satanás. Por isso são punidos pela desobediência e para que não comam do fruto da árvore da vida são expulsos do paraíso. No Jardim do Éden existem duas árvores que tem nome, e por isso são importantíssimas, a Árvore do Conhecimento, e a Árvore da Vida. O resto são ervas que dão frutos. Adão não era proibido de comer do fruto da árvore da vida, não foi essa a desobediência dele. Quando sai expulso do paraíso, constitui família e de Eva nasce Caim e Abel. O mito do primeiro assassinato, muito embora conhecido, é que Caim oferece um fruto murcho para Deus (cachos de uva) e Abel oferece um cordeiro. Cordeiro é um animal com nome, por isso importante, a uva não teve nome dado por Adão, é a oferta que Deus rejeita: algo de pouca importância. Dai surge uma noção arquétipo de que os vegetais são para nosso alimento constituindo um grupo de seres vivos sem muita importância. Principalmente por não terem sentimentos, não serem a imagem e semelhança do homem. Muito pelo contrário quando a imaginação descreve seres extraterrestres, eles são caracterizados como verdes, portadores de clorofila, se alimentam de luz e seu tecido é parênquima. Se os animais são a imagem e semelhança do homem (que veio do barro, a imagem e semelhança de Deus, ou de uma estátua) e tem nome de importância, as plantas muitas vezes a semelhança dos ETs são sem nome e sem importância que não seja o alimento. Para não fugir de nosso tópico específico, duas árvores selam o destino da humanidade. (para quem acredita nesse relato mítico). Sem poder esquecer que assim é por decreto do Ser Divino. Assim se sela o destino das plantas. Quando no Século XX se analisa a bioética, ela é um estudo moral das relações humanidade – animais, não envolve plantas. As plantas, embora seres vivos, eram deixadas de lado, por não comporem o mundo sensitivo. Além do que uma planta não poderia ser considera pessoa de direito jurídico porque não se pode julgar algo que não pode apresentar nem dolo nem culpa. Mas a evolução da análise dos direitos das plantas se deu porque questões econômicas, já na Idade Média haviam as Leis das Florestas, que protegiam as árvores a serem utilizadas na confecção de armamentos: arco-e-flecha e bestas. Mas a visão continuava de que as árvores, não importando a noção de serem seres vivos com DNA e código genético, se reproduzindo de forma sexuada como nós, indicativo de um ancestral comum, eram uma fonte de riquezas que poderiam ser exploradas sem escrúpulos. As descobertas sobre as relações ecológicas colocaram as árvores em patamar elevado do além de serem apenas ervas de alimentação e objetos sem nome, e foi necessário legislar sobre a proteção delas.
DIVULGA ESCRITOR Trabalhos tentam mostrar relações antropomórficas “na vida secreta das plantas”. O que muito se discute na ciência por elas são terem sistema nervoso. Mas as esponjas também não tem, e alguns ciliados interagem com o sistema da mesma forma que euglenas, percebendo o ambiente. Trabalhos holísticos brutalmente criticados na academia, que apenas indicam que as coisas estão mudando, como sinais do tempo. A legislação garante a vida à espécies silvestres de plantas, coletar exemplares para coleções particulares é crime ambiental, as florestas são protegidas por lei. Sendo principalmente as plantas a estrutura que mantém íntegro o meio ambiente. Toda uma revolução cultural ainda está acontecendo paulatinamente no universo jurídico do Reino Vegetal. Podemos supor que com a tomada de consciência as plantas não sejam analisadas apenas como alimento. A bioética deve analisar e levar em consideração as plantas, se não como objeto como uma bioética especialmente voltada para as plantas onde se vai analisar e estudar a moral de hibridizar o genoma humano ou o genoma animais com genes de plantas para ou curar doenças ou para aumentar a produção de rebanhos e animais de abate. É obvio que a manipulação do genoma vegetal deve ser analisado por uma bioética que julgue a moral empregada nos experimentos para averiguar a necessidade e riscos potenciais para a natureza e saúde humana, essa discussão já existe quanto alimentos transgênicos. Mas o mais importante é entender e legislar que os vegetais também são seres vivos, embora um pouco mais destoantes da humanidade que os animais, mas merecedores de um comportamento moral em lidar com eles. Se são eles alimentos e origem de riquezas, não se ficaria espantado se já não há uma legislação que além de proteger as florestas proteja as plantas contra a depredação. Mas o que mais interessa é se no futuro os mais tratos as plantas serão considerados ou não crime na forma de lei.
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O Direito dos Animais (Reescrito) Traz-se a discussão um aspecto moral e ético do Século XX que foi abordado como bioética e terminou tramitando no legislativo de diversos países. É possível ir mais atrás no Gêneses de Moisés ver que o homem deu nome aos animais. Uma visão antropocêntrica quem nada objetivava evoluir para uma cosmo-visão de Pangeia e de interações ecológicas. O homem era superior aos animais e a eles dava os nomes. No Jardim do Éden se comia doa frutos, até comerem do fruto proibido: a ciência. Filha ovelha negra da escolástica, que foi maior que a mãe em sua busca pela verdade e permitiu que animais fossem usados em experimentos. São esses os animais que nos ajudam, alimentam. No emprego de animais em experiências, caça, zoológicos, etc... Os critérios alimentares são naturais, os leões caçam e os macacos também. Nos caçávamos. Depois que a sociedade agropecuária se instaurou o ser humano deixou de ser nômade, a vida passou a ser tribal, e os alimentos passaram a ser produzidos em comunidade. Então temos os relatos do Levítico de animais impuros e animais próprios para o convívio humano. Foram surgindo legislações teocrática, aspecto sem igual em que a religião projeta sobre os animais intervenção divina, a morte pela ursa, a picada da serpente, aranhas, escorpiões, etc (...) com uma caterva de bichos considerados do mal. Fato que a ciência não considera. Digamos que foi o inconsciente coletivo da época. Sendo que agora surgem uma vez mais legislações sobre animais. A vida selvagem tende a ser proibida de ser domesticada. Os animais em extinção são protegidos. Numa época em que o direito se faz como uma profissão polivalente e multidisciplinar sendo a única forma permitida de fazer justiça, os animais voltam a berlinda. Maus tratos são considerados crimes, e condições degradantes também. Principalmente quanto ao uso em experimentos científicos. São bilhões de seres humanos que precisam se alimentar, e ingerir remédios todos os dias. Muitas vezes esses remédios são testados em animais. É o fato de saber que um remédio testado numa cobaia pode ser considerado seguro e assim livrar uma família de ter filhos com defeito, como foi a desgraça da Talidomida, garante aos animais uma posição importantíssima em nossa sociedade, já então comunidade ecológica por esse aspecto. Matar um bicho por vaidade, abusar dele, dar maus tratos, ou testar cosméticos por vaidade seria um absurdo para moral e já se encara como crime. Se uma animal pode com testes de medicamentos evitar o nascimento de crianças com defeitos, que legislação não devemos elaborar para garantir o direito desses seres vivos que compartilham a Terra com a humanidade. A ética deve orientar que a moral no aspecto bioético proteja os animais. Assim sendo a posição humana deve ser a de proteger os animais dentro do paternalismo, mas ter consciência de que muitas vezes somos presas vulneráveis sem eles. Quem não tem cão que cace com gato... O aspecto de alimentação é muitas vezes um esboço de religiões não comer o porco impuro, não comer o boi sagrado; trás em aspectos mitológicos milenares, que possivelmente também foram úteis para a sobrevivência da humanidade. O ser humano deve se conscientizar que não deve impor sofrimento aos animais. Por isso se deve tratar do Direito dos Animais, para com eles se deve ter respeito. Agir com crueldade seria o mesmo que violar um pacto com quem mais te ajuda e ampara nessa travessia de um vale de sombras e morte. Legislar é a única forma de garantir um tratamento padrão aos animais, e impor sanções a quem se desviar da curva normal nesse caso.
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Em destaque livros da Editora AGE
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ESCOLA DO GRÊMIO: FORMANDO ATLETAS E CIDADÃOS” DO AUTOR JOÃO DE LOS SANTOS Esta obra registra a trajetória de sucesso e de orgulho dos gremistas com sua escola de formação. Este é o Grêmio secular. Este é o Grêmio do futuro, que pelos exemplos que exala é imortal. Este é o nosso Grêmio, feito por gremistas de alma, refletida na excelência de suas ações. Viva a Escola do Grêmio! Romildo Bolzan Júnior Presidente do Conselho de Administração do Grêmio. Link para compra: https://editoraage.com.br/futebol/escola-do-gremio--formando-atletas-e-cidadaos-1976/p
“MONA LISA E SEUS MISTÉRIOS” DA AUTORA BEATRIZ M. MIKUSINSKI ZAWISLAK Este livro narra a história da Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, construída através de uma abordagem didática, de modo a tornar a apresentação das informações suficientemente acessível, mesmo para quem não é da área da História ou da História da Arte. Por outro lado, o livro apresenta as informações bem documentadas através dos depoimentos de alguns dos pesquisadores mais credenciados no assunto. Antes de abordar o tema do livro, são apresentadas as histórias dos três primeiros retratos de mulheres pintados por Leonardo Da Vinci: o Retrato de Ginevra de’ Benci; o retrato conhecido como A Dama com Arminho e o retrato de La Belle Ferronnière, com o objetivo de, a partir dessas três pinturas, observar o processo criativo e evolutivo de Leonardo na pintura de retratos (quadros não religiosos), antes de pintar a sua famosa Mona Lisa, que é analisada em vários aspectos. Link para compra: https://editoraage.com.br/artes/mona-lisa-e-seus-misterios-1986/p
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“RIO GRANDE DO SUL: POLÍTICO, SOCIAL, ECONÔMICO, HISTÓRICO, GEOGRÁFICO E POÉTICO” DO AUTOR NELSON RECH Quando, no dia 20 de março de 2020, embarquei no meu “teco-teco poético” em direção a Aceguá, não poderia imaginar as surpresas que o Rio Grande do Sul me reservara. Ao chegar em Xangri-lá, no dia 24 de dezembro do mesmo ano, cada Município gaúcho estava vestido com apenas uma “roupinha simples de final de semana”, chamada soneto. Seria muito pouco para encantar mais de onze milhões de gaúchos e gaúchas. Nove meses durou a gestação dos 6.958 versos de 497 sonetos. Na segunda etapa da empreitada, “o costureiro” teve algumas dificuldades para um percentual relativamente reduzido dos Municípios rio-grandenses: Estas crianças são muito parecidas para diferenciar umas das outras... Com que roupas levaria para a festa estes meus conterrâneos? Mas, se o objetivo principal era tornar conhecidos todos os 497 eleitos, com roupagens elegantes – ou nem tanto... –, o objetivo foi alcançado. O fato é que deveria manter a elegância... Evidente que os lampiões da minha curiosidade ficarão acesos enquanto esta obra não cair das mãos dos leitores. Certamente, de hoje em diante, o Rio Grande do Sul terá muitos e bons motivos para ser mais amado, por ser um pouco mais conhecido. Link para compra: https://editoraage.com.br/historia/rio-grande-do-sul--politico-social-economico-historico-geografico-e-poetico-2000/p
“VIAGENS À LUZ DO DIVÃ: CRÔNICAS DE VIAGEM” DA AUTORA HELENA BEATRIZ JUENEMANN Com rara sensibilidade, preocupação com o outro e autêntica vocação poética, numa linguagem simples e espontânea, que encanta e mescla sagacidade, humor e cultura, Helena Beatriz se inova e se reinventa, presenteando-nos com criativas e belas crônicas. ¨Viagens à luz do Div㨠relata suas vivências nos mais diversos países desde o seu tempo de adolescente até os dias de hoje. Não deixa, no entanto, de traçar também uma autobiografia e, principalmente, de promover um profundo momento de reflexão interior e um novo olhar sobre a importância e a responsabilidade que se tem ao realizar uma viagem. Link para compra: https://editoraage.com.br/cronica/viagens-a-luz-do-diva--cronicas-de-viagem-1982/p
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“O ESSENCIAL EM LONGEVIDADE” DO AUTOR BRUNO GUSTAVO O ESSENCIAL EM LONGEVIDADE: CONHEÇA O GUIA COMPLETO PARA ATINGIR UMA VIDA COM MAIS SAÚDE - Neste livro, reuni um compilado de informações de que tomei conhecimento ao longo de meus estudos como médico e com experiência atendendo diferentes pacientes em meu consultório em diversos Estados. Você tomará conhecimento dos segredos para alcançar a longevidade de forma saudável, pois não adianta envelhecermos sem termos saúde para aproveitar o que a vida tem de bom para nos oferecer em cada fase dela. O pedido que tenho a fazer é que leia cada capítulo com atenção, tome nota, coloque em prática aquilo que aprendeu. Afinal, preparei com muito cuidado este conteúdo para você que deseja iniciar uma mudança de vida. É isto que desejo a você, leitor, que se sinta motivado ao aprender cada assunto novo e que essa motivação se converta em comprometimento, força de vontade e autodisciplina. A partir de agora estamos juntos na missão por qualidade de vida. Boa leitura. Link para compra: https://editoraage.com.br/saude/o-essencial-em-longevidade--1954/p
“HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL PARA JOVENS” - 8ª EDIÇÃO DO AUTOR ROBERTO FONSECA Um índio aparece ferido, próximo a uma propriedade em Santa Maria. Logo é auxiliado e levado para a casa-grande. Todos querem saber mais da sua história, que se mistura à do Rio Grande do Sul. Assim, na beira do fogo de chão, o índio Roque Tavares começa a relembrar sua longa vida. A partir daí, por meio de causos, aventuras emocionantes, romances, intrigas e guerras, Roberto Fonseca conta a história do Estado de uma forma inteligente e divertida, misturando ficção e literatura e tornando a história uma agradável descoberta. Link para compra: https://editoraage.com.br/literatura-riograndense/historia-do-rio-grande-do-sul-para-jovens-8a-edicao-1997/p
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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM
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A ESCRITORA TITO IRLEN LEAL BENCHIMOL
Passe Um Natal Encantado Com os Piratinhas do Bem Mais um ano se encerra e os Piratinhas do Bem já estão agitados, aguardando Papai Noel e seus presentes. A criançada vai adorar conhecer mais sobre a motivação desta turminha em tornar o Natal uma época inesquecível. Por meio da Corrente do Bem, a brincadeira predileta dos Piratinhas do Bem, Capitão Ilan, Lord Arthur e os demais personagens querem espalhar boas energias ao público amazônico e além de suas fronteiras. Venha conhecer mais desta época encantada com esta aventura totalmente gratuita. Baixe agora mesmo seu ebook e venha conosco para uma aventura sem fim que visa a propagação de um único conceito: o da fraternidade. Clique nos arquivos abaixo para baixar a versão de OS PIRATINHAS DO BEM E O NATAL MÁGICO DA FLORESTA (em duas versões: português e inglês).
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e O Natal Mágico na Floresta
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Prefácio Esta é uma mensagem singela de Natal. Um raio de luz para nos lembrarmos de que, mesmo em tempos de pandemia e incerteza, sempre há um elemento que nos permite apreciar esse tesouro que é a Fraternidade. A Esperança. Sérgio Pereira Couto Edição e tradução
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Todos os Piratinhas do Bem estavam brincando no Parque do colégio quando, de repente, o local se transformou na floresta encantada. Tempestade Vermelha e a bússola Eirunepéia já estavam a postos para mais uma aventura de Natal. O Capitão Ilan e o peixe-boi Isaac Moysés reuniram quase todos os membros da tripulação. - Vamos lá, crianças, entrem! - Disse o Navio Tempestade Vermelha. A botinha Linda Lee estava encantada com tanta união, amor e carinho entre todos os amigos do Clube dos Piratinhas do Bem. “Que energia boa!”, pensou.
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- Tem algo no ar! Entrem todos no Navio! - Ordenou o Capitão Ilan. - Ao trabalho, marujos! - Aonde vamos? - Perguntou o peixe-boi Isaac Moysés. - Vamos brincar da nossa brincadeira favorita: a Corrente do Bem! - Explicou o Capitão Ilan. - OBA! - Gritaram todos. - Peraí que ainda estou entrando no Navio! Engatei meu rabo aqui… Ai ai ai! - Gritou a bruxa Cabeça de Jacaré. - Alguém me ajude! Ubirajara, Isaac Moysés, Eugênio e Lord Arthur foram socorrê-la.
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- Isso é charme! - Comentou a bruxa Cabeça de Cupuaçu. E começou a rir sozinha. - Não é para rir, não! Queria ver se fosse com você! - Respondeu a bruxa Cabeça de Jacaré! - Já não está mais aqui quem falou! Desculpe! Tem razão! Cruz credo! - A bruxa Cabeça de Cupuaçu se benzeu. - Calma, meu povo! - Disse a preguicinha Trombosnélia. - Nossa aventura é de paz, amor, fé e esperança. Acalmem os ânimos! - Isso mesmo, feiticeira Trombosnélia! - Aprovou o Capitão Ilan. - Você chegou para acalmar os ânimos por aqui.
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- Afinal de contas, somos uma família! E daqui a pouco já é o Natal! Oba! - Completou o peixe-boi Isaac Moysés. - O que é o Natal, mesmo? - Perguntou a botinha Linda Lee, enquanto estavam limpando os rios. - É o nascimento de Jesus Cristo! - Respondeu Lord Arthur. - Ih, eu achava que era aniversário do Papai Noel, pois ele deixa muitos presentes para mim. Disse uma menininha ribeirinha que passeava de canoa pelo Rio Negro. - Qual seu nome, menininha? - Perguntou a bruxa Cabeça de Jacaré.
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- Inaê! - Cunhã Inaê, o Natal, além do nascimento do Salvador, que é Jesus, simboliza a alegria da criatura, que somos nós, que recebemos a visita do Criador. - Disse a bruxa Cabeça de Jacaré. - Nossa, estou tão inspirada que até estou duvidando que essas palavras saíram da minha mente. - E que mente! - Exclamou a botinha Linda Lee. E todos riram. - Perdi até o raciocínio! - Sorriu a bruxa Cabeça de Jacaré.
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- Alguém pode traduzir essa linguagem difícil, por favor? - Perguntou Ubirajara. O Capitão Ilan se manifestou de imediato: - Resumindo, todos temos que viver como se fôssemos uma família, como irmãos e não apenas na época de Natal, pois temos que ajudar, incluir, amar, cuidar, valorizar, preservar nosso bem mais precioso: a nossa família. Avante, Piratinhas do Bem! Vamos nos divertir, brincar e ajudar a todos que precisam. E lembrem-se do nosso lema: sem amor, nada tem valor! O amor acima de tudo que fizermos! Como de costume, os Piratinhas do Bem continuaram a brincadeira da Corrente do Bem, ajudando a quem precisa.
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Passaram mais um dia lindo de Natal, brincando na floresta, limpando os rios, cuidando dos animais em perigo, levando ajuda aos que precisam. E enchendo o mundo ainda mais de amor e esperança. Um Feliz Natal! Uma Feliz vida! Que Deus abençoe seu caminho com as graças divinas! Que Deus ilumine o mundo inteiro para que enxerguem o real valor da vida e do mundo em que vivemos.
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E entendam que coisas materiais não compram amor! Viva a Fraternidade! Um grande abraço de toda a nossa turma! Avante, Piratinhas do Bem! Manaus, 14 de dezembro de 2021. Irlen Leal Benchimol
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Os Piratinhas do Bem © 2021 by Irlen Leal Benchimol. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida sem a autorização da autora.
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