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COLUNAS Solar de Poetas

José Sepúlveda

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O Menino

Belém Efrata está alvoroçada! O povo se aglomera em todo o lado Cansado por aquela atroz jornada Atravessando o monte e o valado

A jumentinha mansa, fatigada, Cansada, quase que perdia o tino, Trouxera nessa sua caminhada A mãe e, no seu ventre, o seu menino

Mas ao chegar feliz, pra seu espanto, Os dois não encontraram um recanto Aonde pernoitar, pela cidade

E numa manjedoura, entre animais, No aconchego santo de seus pais, Nascia o Salvador da humanidade

José Sepúlveda

Ai, Menino

Aí, Deus‐Menino, desces lá dos céus Aonde eras louvado em cada dia E vão te colocar os filhos teus Para nascer em rude estrebaria

Um burro e uma vaca te aqueceram Naquela noite longa, escura, fria Franzino o pai, se as lágrimas vieram, Com grande amor te olhava e te sorria

Nem reis nem sábios na gruta estiveram... Presentes p’ra te dar pastores trouxeram Com gestos de humildade, amor profundo

E nesse sítio próprio de animais Sem lágrimas, lamentos, tristes ais, Nascias tu, o Salvador do mundo!

José Sepúlveda

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