25ª Divulga Escritor: Revista Literaria da Lusofonia

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Glauco Callia, vai de médico a escritor para nos apresentar um dos mais dramáticos enredos da Medicina Humanitária em “A Corveta” - Pág. 07

PORTUGAL Alex Bessa..............................................................................................16 Arnaldo Santos......................................................................................20 Claúdia Lobo.........................................................................................24 José Carlos Rodrigues...........................................................................27 Victor Sousa Lopes...............................................................................31 BRASIL Almir Neves............................................................................................36 Artur Luz...............................................................................................41 Catherine Marcelle.................................................................................48 Daisy Lucas............................................................................................52 EvaniltonAlves.......................................................................................58 Henrique Zambelli.................................................................................63 João Benedito.........................................................................................67 Joel Gonçalves........................................................................................72 Marcos Dantas........................................................................................78 Mirian M. de Oliveira...............................................................................82 Ueldison Alves.......................................................................................86 Valéria Reis Gravino..............................................................................91 Téia Camargo.........................................................................................95

Entrevistas

capa

Sumário

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Participação Especial

Colunas

Rô Mierling ........................................................13 Rosa Maria Santos...............................................26 Helena Santos......................................................30 José Lopes da Nave.............................................34 Yasmin Anukit.....................................................39 Geraldo Ferraz.....................................................45 Cariri Cangaço do Brasil.......................................50 Neca Machado......................................................56 Jornal Cultural “Conhece-te a ti mesmo”................61 Rui Leitão............................................................66 UBE – Alexandre Santos.......................................70 Isi Golfetto...........................................................76 Ironi Jaeger...........................................................90 Blog Faces de Uma Capa.....................................94 Nell Morato..........................................................98

Livros em Foco

Solar de Poetas – José Sepúlveda......................19 Poetas Povoeiros – Manuela Bucão.................23 Mercado Literário – Léo Vieira.........................81

Helder Moura.............................................101 Hamilton Malheiros..................................102 M. Books.....................................................103 Onã Silva....................................................104


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Shirley M. Cavalcante Revista Divulga Escritor Revista Literária da Lusofonia Ano V Nº 25 Edição - fev/mar 2017 Publicação: Bimestral Editora Responsável: Shirley M. Cavalcante DRT: 2664 Diagramação EstampaPB Para Anunciar smccomunicacao@hotmail.com 55 – 83 – 9 9121-4094 Para ler edições anteriores acesse www.divulgaescritor.com Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da Divulga Escritor. ISSN 2358-0119

(SMC)

Editora e Coordenadora do projeto Divulga Escritor www.divulgaescritor.com

Iniciamos o ano de 2017 apresentando com enorme orgulho e satisfação, a 25ª edição da Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Nesta edição temos como destaque a Medicina Humanitária, apresentada de forma admirável pelo médico Glauco Callia. A edição de N. 25 está composta por mais de 40 autores participantes, divulgando entrevistas, livros, textos em prosa e em versos... LITERATURA. Vamos juntos ler e divulgar a Revista Literária da Lusofonia, apoiar os nossos escritores e escritoras contemporâneas. Muito obrigada equipe Divulga Escritor, administradores dos grupos: Obrigada, Jose Sepúlveda, apoio em Portugal. Obrigada Amy Dine, apoio em Portugal. Obrigada, Helena Santos, apoio em Portugal. Obrigada, José Lopes da Nave, apoio Portugal. Obrigada, Giuliano de Méroe, apoio Brasil. Obrigada, Ilka Cristina, apoio Brasil Obrigada, a cada um dos escritores que participam contribuindo com suas maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas em entrevistas. Obrigada, colunistas, que mantém o projeto vivo! MUITO OBRIGADA, por juntos estarmos Divulgando LITERATURA. por juntos estarmos dizendo ao mundo, EU SOU ESCRITOR, EU ESTOU AQUI. Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, uma Revista elaborada por escritores, com distribuição gratuita para leitores de todo o mundo. Boa Leitura!


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Glauco Callia, vai de médico a escritor para nos apresentar um dos mais dramáticos enredos da Medicina Humanitária em “A Corveta”

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Diário de um médico é revelado em “A Corveta” “A palavra Javari é a derivação latina da expressão tupi I-Avarí, onde I significa rio e Avarí, difícil. Estamos no Vale do Rio Difícil e toda a tripulação foi ao convés olhar quando entramos o rio Curuçá. Não há muito espaço entre as duas margens, o rio é estreito e sinuoso, a correnteza é forte, forma redemoinhos nas bordas, as árvores daqui são mais altas que as das ribeiras do rio Solimões, alcançam facilmente trinta metros já na margem.” Esta é apenas uma das muitas descrições de cenários extraordinários, repletos de inesperadas dificuldades e inimagináveis perigos que o autor descreve ao longo deste notável livro. Em “A Corveta”, Glauco Callia traz ao leitor além de um diário de bordo digno dos grandes escritos do gênero um desvendar do Brasil profundo e desconhecido da grande maioria dos brasileiros. Callia, em seu dia-a-dia no navio, salvando vidas em meio ao ermo do mundo, à beira do abismo mais remoto da civilização, luta contra febres, suas e alheias, moléstias que dizimam nações indígenas inteiras, governos corruptos e imunes ao sofrimento das populações, desastres programados e naturais. A Corveta visita um gênero quase inédito no Brasil, possibilitando ao leitor tomar conhecimento de fatos e obscuras tramas que poucos tiveram a oportunidade de saber que, sequer, existiram. Com um misto de trabalho antropológico, diário de navegação e narrativa de aventuras, o livro fascina e revolta, encanta e surpreende, apresentando um autor vigoroso e lírico, audacioso e sensível. www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

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ENTREVISTA

ESCRITOR GLAUCO CALLIA Glauco Callia nasceu em 1980 na cidade de São Paulo, começou a escrever ainda no colégio onde eram comuns as leituras de seus textos em sala de aula. Em 2001 inicia os estudos de medicina em Taubaté, onde nas horas vagas publicava seus textos no Jornal Contato. Em 2004 consegue bolsa para estudar na Eslovênia onde tem o primeiro contato com missões humanitárias como ajudandte na Cruz Vermelha. Graduado em 2007 alistase como voluntário na Marinha do Brasil para servir na Amazônia sendo destacado como médico de bordo do Navio Hospitalar Oswaldo Cruz após se formar na escola de oficiais em Manaus. Naquele ano lidera a expedição Javari para encontrar e tratar os índios Korubo . Em 2009 publica A Poeira do Armário e em 2012 a primeira edição de A Corveta livro que relata suas missões na Amazônia. Boa leitura!

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Escrever o livro durante a viagem foi o que me deu força para resistir, levantar do catre, entrar na selva e fazer de tudo para tentar salvar aquelas civilizações da extinção.”


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Dr. Glauco Callia, é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Conte-nos em que momento pensou em escrever um livro baseado em fatos reais, contando as suas experiências como médico no Navio de Assistência Hospitalar(NAsH) Oswaldo Cruz? Glauco Callia - A Corveta já é meu segundo livro , durante minha vida eu sempre tive a necessidade de escrever sobre os acontecimentos que eu vivia , sou um cronista de formação e por isso ,diariamente após as missões que eu executava na floresta , eu exorcizava aqueles difíceis acontecimentos em textos que eu enviava para meus pais e amigos , eu sentia uma urgente necessidade de contar ao mundo o que estava acontecendo ali. Ao final de um ano de missões eu percebi que tinha um livro nas mãos , e mais do que isso , entendi que contar às pessoas a saga de uma tripulação que tudo fez para salvar uma tribo de índios isolados da extinção ,num dos ambientes mais inóspitos do planeta, era uma maneira de continuar minha missão. As pessoas precisam saber o que aconteceu no Vale do Javari no ano de 2008. Aqueles heróis anônimos não podem ser esquecidos. O que é preciso para ser um Profissional de Medicina Humanitária? Desprendimento? Glauco Callia - Ao contrário do que todos imaginam, penso que a questão passa longe de um senso de desprendimento, na verdade, o profissional de saúde humanitária dar tanto valor para sua vida, família e amigos que ele decide abrir mão de

tudo isso justamente para levar um pouco destes valores adiante e tentar com seu trabalho dar um pouco de dignidade para pessoas como ele que, de repente, se veem privadas de tudo.

de o século dezoito são corvetas que patrulham aquelas paragens. Corveta no linguajar e no inconsciente das populações ribeirinhas tornou-se um substantivo que personifica ajuda , socorro e esperança.

Como foi a escolha do Título “A Corveta”? Glauco Callia - Minha cabine a bordo do Navio de Assistência Hospitalar Oswaldo Cruz ficava logo abaixo da sala de rádio , e apesar do meu sono pesado , existia sempre uma frase que me acordava imediatamente , era um chamado que sempre se materializava dos chiados da fonia do canal 16 do rádio(canal internacional de emergência): ”Atenção Corveta da Marinha do Brasil , nós precisamos de um médico”. Corveta é como os ribeirinhos chamam os navios da Marinha na região amazônica uma vez que des-

Sabemos que são muitos os momentos vivenciados e escritos, no entanto o que mais o surpreendeu enquanto escrevia o livro? Glauco Callia - Sou um típico paulistano , amante da noite, da música e um eterno apaixonado pela Avenida Paulista. De repente vi-me no meio da floresta amazônica servindo como militar num navio de guerra da Marinha numa zona de conflito, lidando diariamente com piratas, contrabandistas, tribos de índios isolados, animais perigosos e epidemias. Acredito que o ato de escrever o livro foi uma ancora que me prendia a realidade, eu precisava

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“Saúde Onde Houver Vida!”

saber que a miséria , as mortes e a doença que eu vivenciava todos os dias não eram a regra estamental e muito menos que elas não podiam ser encaradas como cotidiano ou normalidade, escrever era um ato de revolta, naquele momento eu exorcizava e entendia melhor o que estava acontecendo ao meu redor, escrever me protegia de ser despersonalizado pelo ambiente violento da ausência do Estado, pela miséria. Testemunhar doenças não tratadas são de tal forma um espetáculo de horror que você pode muito bem aceita-los e ver tudo como se fosse um filme criando assim um mecanismo de defesa, mesmo vivendo aquilo todo dia. Escrever me colocava como um agente daquela história, era o grito em palavras do “nunca desista”. Escrever o livro durante a viagem foi o que me deu força para resistir, levantar do catre, entrar na selva e fazer de tudo para tentar salvar aquelas civilizações da extinção. Percebo hoje que o ato de escrever A Corveta me ajudou a seguir dando atendimento a centenas de pessoas.

Quais os principais desafios para escrita de uma experiência tão dolorosa e realista? Glauco Callia - A Corveta é um livro dinâmico, diversos leitores me relatam que leram o livro em uma ou duas noites. Acho que o principal desafio foi balancear a dor e a ternura dos fatos que aconteciam no dia a dia. È difícil pôr no papel situações de pico emocional altíssimo sem perder o foco de passar ao leitor a grande cena que se desenrola à sua frente, dito isso entendo que o grande desafio foi conseguir 10

exorcizar os demônios do dia a dia sem deixar o livro pesado , A Corveta é uma leitura onde você intercala gargalhadas e lágrimas, ser bem sucedido neste balanço foi uma tarefa difícil. Vamos falar um pouco da beleza da obra, conte-nos, o que mais o encanta em “A Corveta”? Glauco Callia - Acho que o que mais encanta em A Corveta é o poder e a força com a qual ela te leva para dentro do ambiente de uma missão humanitária , uma vez que o livro é escrito em primeira pessoa , você vai se emocionar fazendo um parto no meio da floresta , vai sentir a ansiedade e o medo de ser um dos primeiros brancos a fazer contato com uma tribo isolada , estará a bordo de um helicóptero sobrevoando a Amazônia com a missão de resgatar as vitimas de um naufrágio, sendo inevitavelmente tomado por um sentido inescapável de humanidade, repetindo emocionado o lema no Nash Oswaldo Cruz após o fim de cada capítulo-missão : “ Saúde Onde Houver Vida!”. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do enredo que compõe a obra? Glauco Callia - Durante toda a sua www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

vida você vai ouvir dizer que você é incapaz de fazer algo, que você não deveria se meter com tal coisa ou que seus sonhos são inalcançáveis , acredito que a mensagem que eu quero passar é que você tem que seguir o seu caminho custe o que custar e que fazendo isso o resultado será fantástico. Existe uma frase de Joseph Campbell que traduz isso: ”Precisamos estar dispostos a nos livrar da vida que planejamos para podermos viver a vida que nos espera. A pele velha tem que cair para que uma nova possa nascer”. Você tem feito palestras e lançamentos do seu Livro, tanto em São Paulo como em Porto Alegre . Como tem sido esta experiência? Glauco Callia - Confesso que tenho ficado extremamente surpreendido com a atenção que tenho recebido das pessoas na forma de e-mails, pessoas que me reconhecem no shopping, na rua e até no elevador do meu prédio, me chama atenção a curiosidade e principalmente com o carinho dos leitores, isso é algo que como escritor eu apenas imaginava que poderia existir e de repente, ter uma fila de autógrafos de quase 100 pessoas e plateias cheias nas palestras realmente nunca passou pela minha cabeça como algo concreto, tem sido uma experiência extraordinária, não tem preç , o sonho de todo escritor é ser lido! Em relação a estas palestras o que as pessoas mais perguntam? Glauco Callia - Bom, são as mais variadas perguntas das mais diferentes gerações, a maioria gira em torno da dúvida se realmente estamos para perder a Amazônia, como


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se dá o relacionamento com os índios isolados e o porque eu decidi partir naquela aventura. E qual é a resposta para estas perguntas? Você descobrirá lendo o livro. Rs. Onde podemos comprar o seu livro? Glauco Callia - Eu recomendo comprar o livro pessoalmente na Livraria Zaccara em Perdizes para além de adquirir a obra , bater um bom papo com o Lucio e provar uma fatia de bolo e o café da Cris, ou ainda pode adquirir o livro na Cultura , Saraiva, Martins Fontes uma vez que o livro está sendo distribuído nacionalmente ou no site da Editora Manole: http://www.manole.com.br/a-corveta/p Quais os seus principais objetivos como Escritor? Pensas em publicar novos livros?

Glauco Callia - Meu objetivo como escritor é proporcionar ao meu leitor um momento único, convida-lo a viver um instante delicado ou intenso, quero que o leitor vivencie o que está sendo escrito e se emocione, é esta conexão que eu busco. Meu próximo livro é um Romance Histórico que se passa exatamente 100 anos antes de A Corveta, narra a épica expedição do Almirante Ferreira da Silva para desbravar e cartografar a até então inexplorada fronteira com o Peru em 1908 foram aqueles 8 anos da missão que definiram os contornos do mapa do Brasil. Paralelamente estou trabalhando na tradução de A Corveta para o italiano. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Glauco Callia. Agradecemos sua participação na Divulga Escritor: Rewww.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

vista Literária da Lusofonia. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Glauco Callia - Saúde Onde Houver Vida!

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com 11


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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Rô Mierling

Respeito e Diversidade: a Literatura Nacional merece! Eu não gosto de maça. Portanto, propago a todas as pessoas que conheço, que as frutas no geral “não prestam”. Concorda? Óbvio que não, certo? Gosto é algo INDIVIDUAL, e não é porque um certo gênero, unidade, exemplar de qualquer coisa não agrada a mim que devo e posso dizer que “não presta” ou generalizar a toda uma categoria minha insatisfação com relação aos meus gostos particulares. Da mesma forma são as artes e, portanto, a literatura. Uma polêmica se deu essa semana em torno de UMA voz solitária que leu um livro nacional (por sinal, um livro meu) e achou muito

forte e não gostou. E em seguida ela propagou em redes sociais que a LITERATURA NACIONAL “não presta”. Infelizmente alguns leitores dão voz a esse tipo de propagação e acabam por aumentar um preconceito existente a Literatura Nacional. Então, porque UMA PESSOA leu UM único livro, não concordou com a história, ela pode propagar aos quatro ventos e cantos que o livro “não presta” e que a Literatura Nacional como um todo não é boa? A Literatura Nacional tem recebido cada vez mais grandes talentos, para essa ÚNICA pessoa que propagou essa barbárie contra a literatura nacional eu tenho mais de cem www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

pessoas que gostaram da mesma obra, portanto a mim pessoalmente não atingiu, mas me atingiu como participante da Literatura Nacional. Atualmente as redes sociais, blogueiros, youtubers possuem uma importância cada vez maior na propagação e incentivo à leitura e literatura, ajudando a propagar e valorizar a Literatura Nacional, sendo um papel que muitos deles desenvolvem com maestria. Mas gosto é algo pessoal, opinião e respeito devem OBRIGATORIAMENTE estar presente quando se fala da obra de alguém. Gostar ou não é um direito que todos têm, mas RESPEITO é obrigação SIM, com risco até de incidir em danos morais. A Inter13


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Não façamos com o outro o que não queremos para nós. net parece terra de ninguém, MAS NÃO É. A literatura nacional é diversa, tem muitos gêneros, escritores, abordagens, personagens, é vasta e rica e MERECE respeito. Estou sendo PARCIAL? SIM! Mas DESSA vez estou sendo parcial porque já vi, li e ouvi casos inúmeros onde outros livros/autores passaram pelo mesmo tratamento: “- Leia, é tão bom que nem parece nacional!” “Lê essa poesia, mas não liga para o fato do autor ser nacional!” “Quase tão bom quanto livro estrangeiro!” E mais IMPORTANTE, se um autor passa por situação semelhante, os demais devem se unir evitando citações como: “o livro é ruim, fale SÓ do dele, diga que é “merda”, mas não generalize”. Será que um dia não será seu livro na “banca” dos “julgados” ? Ou seja, não deixa de ser um estímulo implícito a continuação do preconceito literário, apenas tirando um ou outro de fora, porque se hoje é ELA, amanhã pode ser EU e vice-versa. Todo livro pode ou não agradar a um leitor em algum momento.

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A começar de nós, é essencial respeitar e valorizar a literatura nacional como um todo, em suas diversidades e composições. Cada livro tem um leitor. Tem para todos os gostos, ninguém é obrigada a gostar de livro algum, mas todos são inqueridos a respeitar a nossa literatura que tanto sofre para publicar, distribuir e se fazer lida. Não é algo feito em um dia, são esforços, suores, choros, lágrimas, lutas, que não podem ser desprezados por um ou outro que as vezes não tem base para criticar. Afinal, blogueiros, youtubers, leitores, em geral, não são críticos literários, são opiniões, e essas podem ser dadas livremente DENTRO de um parâmetro de senso e respeito. E quem escuta essas opiniões deve essencialmente entender que se trata de opiniões de terceiros, e que nada melhor do que experimentar as coisas da vida nós mesmos. RESPEITO. Não façamos com o outro o que não queremos para nós. UNIÃO DE AUTORES. A união fará a força SIM. RESPEITO E DIVERSIDADE: essencial para uma literatura rica, fruída e consistente.

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ENTREVISTA

ESCRITOR ALEX BESSA Alex Bessa é natural de Coimbra Portugal, sendo licenciado em Sistemas Integrados de Gestão pelo Instituto Politécnico sediado na mesma cidade que o viu nascer. Desde muito cedo aos 9 anos, demostrou interesse pela escrita criativa principalmente quando ouvia dos seus avôs e dos anciões da região fascinastes histórias e contos populares. Transpondo essas narrativas em conjunto com as sua imaginação para as composição que tinha de apresentar na escola. Começavam os primeiros passos no trajeto do caminho pela odisseia da literatura. Aos 23 anos opta em criar pequenas histórias principalmente no universo da ficção cientifica, inspiradas sobretudo pelo mundo do cinema sci-fi e de alguns escritores de referência dentro do mesmo género, (Bruce Sterling “ Schismatrix”, Philip K. Dick “ O homem do Castelo Alto” ,Stephen King “ A Metade Sombria “, Ursula K. Le Guin “ A Mão Esquerda das Trevas “ e Neal Asher “ A Guerra da Evolução. Em 2011 decide apresentar a várias editoras Portuguesas o seu primeiro manuscrito intitulado, Sector V – O Mundo Pró-Evolutivo, que viria a ser publicado pela Chiado Editora em 2013. Boa leitura! 16

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É sobretudo referenciado neste primeiro livro da trilogia de como a perseverança e determinação da condição humana, tornarem possível a transposição a inúmeros obstáculos, por forma a concretizar-se inúmeros feitos que ficam cristalizados na linha do tempo da consciência coletiva.”


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Alex Bessa é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que o inspirou a escrever “Rocket – Rodando no limite”? Alex Bessa - O prazer é inteiramente da minha parte. Surgiu por coincidência enquanto pesquisava alguns vídeos no famoso Youtube, apenas na procura de algum entretenimento e me deparo com uma breve entrevista do lendário piloto Brasileiro de Fórmula 1 Ayrton Senna. Este evidenciava uma enorme indignação sobre o facto de os carros da F1 estarem a ser equipados com sofisticada tecnologia, deixando para segundo plano as capacidades inatas do piloto. Aquilo mexeu um pouco comigo porque não é apenas na alta competição que se constata essa realidade, mas no dia à dia onde inúmeras profissões começam a ficar em risco de extinção, pelo desbravado avanço tecnológico. A tecnologia é fundamental sobretudo para o ser humano ter mais tempo para sim mesmo e não chegar ao ponto de perder a integridade e parte da sua existência para uns meros cifrões. Quando iniciou a escrita do livro já sabia que se tratava do primeiro de uma trilogia, ou a necessidade de dividir o enredo em 3 volumes veio depois do inicio de escrita do livro? Alex Bessa - Tratou-se mais pelo aspeto de estender a história devido a determinadas mutações em certas personagens durante o decorrer dos acontecimento da ação da narrativa. Nunca pensei que o universo literário de todo o enredo da história fosse tão vasto, encadeando-se

e segmentando-se por entre outros pequenos episódios paralelos. Seria impossível criar esta trilogia se todos esses elementos não estivessem alinhados de forma a constituir um suporte à ação encadeada. De que forma está dividido o enredo entre os três volumes que compõe a trilogia a ser apresentada ao leitor? Alex Bessa - O primeiro volume evidência as origens de como tudo se inicia para a personagem principal e como esta quase não entra sobre uma espiral de negativismo e autodestruição Por sua vez no segundo volume à o reajustamento a uma situação adversa de contexto para alguns protagonistas principais, que no final serão preponderantes no desfecho da segunda parte da trilogia. Ao terceiro volume emerge uma personagem surpresa que de alguma forma vai ser decisiva em mudar os previsíveis contornos dos acontecimentos na perspetiva do leitor. Conte-nos sobre o primeiro livro da trilogia “Rocket – Rodando no limite” Alex Bessa - É sobretudo referenciado neste primeiro livro da trilogia de como a perseverança e determinação da condição humana, tornarem possível a transposição a inúmeros obstáculos, por forma a concretizar-se inúmeros feitos que ficam cristalizados na linha do tempo da consciência coletiva. Quais os principais desafios para construção dos principais personagens que compõe o livro? Alex Bessa - Foi complicado tentar recriar por si mesmo todas as personagens,(Risos). Como a história www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

se passa num futuro um pouco distante para nós, foi dificil integrar o cenário ou o contexto com personagens que fossem o mais terrenas possíveis, de maneira a podermos-nos indentificar um pouco com estas. Na criação de personagens convincentes para o leitor é fundamental para o escritor recolher algumas informações, principalmente de vivência veridicas do quatidiano ou ele mesmo já as ter presenciado. O que mais o atrai em “Rocket”? Alex Bessa - Principalmente a luta interna que o ser humano tem de travar consigo mesmo antes de ir para o campo de batalha nas adversidades do dia-a-dia. Porque o existir é ser diferente na maneira de pensar, o ter uma perceção mais tridimensional, ao invés de um plano transversal e em duas dimensões que removem por completo a empatia e compaixão humana. Em Rocket verifica-se que tudo o que os intervenientes adquirem não levam como simples gratidão, mas sim como algo que deve ser apreciado até ao último suspiro do momento. A própria história da humanidade nos mostra de que a roda da evolução apenas se move se existir uma linha de pensamento alternativa, que potencialize o surgimento de uma sinergia envolvente em tudo e a todos sobre o bem estar comum. Onde podemos comprar o seu livro? Alex Bessa - O Livro está disponível nos vários canais de distribuição pertencentes à vasta rede da Amazon, em formato ebook e capa mole. Qual o tipo de textos que gostas de ler? 17


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Alex Bessa - Sobretudo policiais e sci fi são os meus textos de eleição, mas também tenho sempre algum tempo para adquirir alguns best sellers do género fantástico da atualidade. O que mais o encanta na leitura destes tipos de textos? Alex Bessa - A ação e o suspense acima de tudo, onde o desfecho final inesperado das histórias deixam sempre algo intrigante sobre a nossa linha de pensamento. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Alex Bessa. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Alex Bessa - Que estejam preparados para levar com fortes empolgantes emoções e atirados para um universo onde as garras da curiosidade pelo que se irá suceder no próximo capítulo, estarem sempre fixadas na sua imaginação. E um enorme obrigado aos que já compraram o primeiro volume da trilogia, porque são pessoas como eles que possibilitam a minha dedicação e entusiasmo em continuar a escrever. Site do autor http://www.alexbessa.com/ _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

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SOLAR DOS POETAS Por José Sepúlveda

ARMANDO

Durante uma parte da sua infância e juventude, o pobre Armando foi criado por uma “madrinha” freira que o acarinhou e a quem conseguiu que fossecedido um pequeno cubículo no Hospital onde ela exercia a sua actividade como enfermeira, quarto que Armando partilhava com o Joaquim, outro menino que, como ele, vivia o mesmo infortúnio de não ter pais. Nascido de uma ligação ilícita,fruto dos amores de Emília e João, jovens cheios de ideais e de fulgor, Armando viu o pai rejeitar a sua paternidade, pressionado pelos oblíquos valores que os pais lhe impunham e que à época, hipocritamente, feririam as suas tradições ancestrais daquela família burguesa. As ameaças de ser rejeitado, caso não acatasse a ordem para a esquecer o seu espúrio amor levaram João a repudiar a mulher amada e a rejeitar o filho nascido numa relação de profundo amor. Afinal, a fulana não passavade uma vadia que não tinha onde cair morta. E eis a desgraçada da mãe, com o filho ao colo, sozinha, desonrada, triste e abandonada pelo amor da sua vida, de saco na mão, calcorreando uma estrada sem rumo, na sua peregrinação longa e penosa. E foi ao tentar refazer a sua vida que de novo lhe é imposta nova provação. Esquecer o seu rebento, o filho querido que com amor gerara, o pequeno Armando. Que, tomado nos braços generosos daquela madre, sua nova “mãe” acaba recolhido por caridade num quarto sombrio dum hospital.

NO HOSPITAL

Ávidos de conhecer o mundo e os seus aliciantes, os dois traquinas, Armando e Joaquim - combinavam habitualmente uma fugas noturnas que satisfizessem a sua ânsia de aventura que lhe faltava para esquecer a frieza daquela vida entre quatro paredes no hospital. Saltavam pelo minúsculo janela do quarto e ei-los partindo à aventura na conquistada almejada liberdade que a toda a horalhe escapava pelos dedos - hojeum, amanhã o outro, para que ninguém se apercebesse da sua ausência. Nessa noite era a vez do Armando. Pisga-se, sorrateiro, ao abrigo da noite e lá vai. Nesse dia, o Hospital está em alvoroço, vivia-se um movimento inusitado. O minúsculo quarto foi então assaltado para na cama ser colocado um convidado muito especial. Não havia telemóveis nesse tempo... Sinais de fumo? Qual quê! Há muito não havia sinais de fumo, àboa maneira dos índios do faroeste americano. Quando regressa, Armando vinhacontente e feliz. Que noite! Um verdadeiro deleite. Pé-ante-pé, com cautela, silente, salta a janela e entra na cama. Ainda o alvor matutino não se via pela nesga do pequeno janelo daquele quarto sepulcral. Tateando como podia, em silêncio profundo, estende-seno leito e segreda ao “amigo”: - Joaquim, chega-te para lá, afasta-te, pá! Estás gelado, moço! Mas ‘Joaquim” permanecia mudo e quedo como umapedra. Desagradado e sem nenhum conforto, aconchega-secomo pode: - Estás frio, pá, arreda-te!... E, exausto, adormeceu. ... Entram pelo postigo os primeiros alvores da manhã... Sonolento, cansado pelo desconforto dumanoite de vigília, vira-se e depara com o cândido olhar dumavelha horrenda, hirta, inerte, afinal, a suainconveniente companheira de cama durante a longa noite. Sobressaltado, em pânico, salta da cama e grita: - Está morta, está morta! E, quase nu, corre porta fora, blasfemando para todaa gente que lhe surgia na frente. E, exorcizando-se em gestos para quem lhe preparara tal tramóia, desapareceu... Rezam as lendas que foi nessa noite que Armando adquiriu aquela gaguez rouca, nervosa, que o acompanharia no decorrer de toda a sua peregrinação. Quem sabe! Essa verdade ou não, esse segredo, iria acompanhá-lo agora e sempre, pelos caminhos da sua eternidade. www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

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ENTREVISTA

ESCRITOR ARNALDO SANTOS Arnaldo Teixeira Santos, nome literário de Arnaldo António Teixeira de Oliveira Santos, nasceu a 26 de Fevereiro de 1947, em Santo Tirso (Portugal), onde reside. Como seus gostos principais: leitura, escrita (especialmente poesia), colaborador em dois jornais regionais do seu concelho de Santo Tirso, tendo já colaborado com outros do referido concelho. Como actividades principais: é um dos fundadores do Grupo Coral da Misericórdia local; actualmente, é um dos dirigentes da Universidade Sénior Tirsense; é apresentador de eventos; foi locutor de rádios locais, durante muitos anos (desde as chamadas rádios “piratas”); fez parte do Conjunto Musical ‘Os Amigos da Borga’ (de música popular portuguesa), também do seu concelho. No desporto, praticou atletismo de competição, variante de estrada, a nível popular, de 1984 a 2013 e foi dirigente em três clubes (dois deles acumulando ser atleta na modalidade), também do concelho de Santo Tirso. Boa leitura!

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Encanta-me a métrica poética, a rima, a sonoridade dos sonetos. Quanto a mim, são o expoente máximo da poesia, quando compostos com todas as regras a que um soneto obriga.”


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Arnaldo Santos - Abordo vários temas na poesia que componho: especialmente sobre o amor, crítica social do que julgo negativo em Portugal e no mundo, entre outros. Pode nos apresentar um soneto de sua preferência? Arnaldo Santos - Tenho preferência por muitos mas destaco um, de vários que fazem parte do livro brasileiro “Deitado Em Berço Esplêndido – Antologia em Prosa e Verso”, de 2016, com tema obrigatório sobre corrupção. Corrupção generalizada Corrupção, no Brasil e em Portugal Está generalizada, pois então, Vale tudo, até roubar o irmão Pois para esses será tudo legal!

Escritor Arnaldo Teixeira Santos é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita literária? Arnaldo Santos - Eu sempre gostei de escrita e desde 1975 que colaboro com jornais regionais. A escrita literária começou em Abril de 2010, depois de ter participado num evento patrocinado pela Câmara Municipal de Santo Tirso, denominado na altura “A Poesia Está Na Rua”, tendo lido poesia de poetas consagrados portugueses. A partir daí, tentei fazer poemas, inicialmente compostos por quadras, mas nos últimos tempos só componho sonetos pois, na poesia, é o que mais gosto de ler e compor. Soube que seu estilo de escrita preferido é o soneto, que temas você aborda em seus textos literários?

Corrupção é inimiga do Povo Corrompe, mesmo, a Democracia E o Povo finge que não sabia Não vendo, sem ela há mundo novo! Mesmos erros sempre Povo comete Nunca aprendendo a grande lição Não distingue o que se lhe promete Depois, enganado, não terá razão Manifestações e greves comete Não adianta, o erro foi em vão! Você já participou de várias antologias e colectâneas, qual a participação que mais o cativou, por quê? Arnaldo Santos - É um pouco difícil responder a esta pergunta, no entanto refiro o livro “Palavras Nossas – Colectânea de Novos Poetas Portugueses”, de 2014, com coordenação do poeta e escritor Miguel Almeida, o principal causador de eu participar em livro de poesia. Também porque a maios parte dos meus www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

poemas que constam no livro, referem-se aos principais motivos de interesse do concelho onde eu nasci e resido. E com relação aos eventos, qual o momento/evento, que mais marcou, por quê? Arnaldo Santos - Na literatura, os lançamentos dos livros editados pelo grupo “Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa”, sediado na Póvoa de Varzim, pela sua boa organização e bom gosto, liderada pelo óptimo sonetista José Sepúlveda, um homem excepcional. Tens um horário preferido para escrita, ou costumas escrever a qualquer hora quando surge inspiração? Arnaldo Santos - Depende da minha inspiração de momento. Mas prefiro, sem dúvida, de manhã, pois tenho a cabeça mais limpa, inspirando-me melhor. Qual o tipo de textos que gostas de ler? Arnaldo Santos - Gosto da literatura, de uma maneira geral, mas a que gosto mesmo mais é de poesia e, nesta, sonetos. Aprecio muitíssimo os sonetos dos portugueses Luís Vaz de Camões, Manuel Maria Barbosa du Bocage, Florbela Espanca, Antero de Quental, Cesário Verde e dos brasileiros Gregório de Matos, Augusto dos Anjos e Olavo Bilac, de entre outros. Também gosto de ler prosa, especialmente romances hostóricos, história, biografias, saúde. Mas a poesia está sempre em primeiro lugar. O que mais o encanta na leitura deste estilo de escrita literária? Arnaldo Santos - Encanta-me a 21


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métrica poética, a rima, a sonoridade dos sonetos. Quanto a mim, são o expoente máximo da poesia, quando compostos com todas as regras a que um soneto obriga. Quais os seus principais objetivos como escritor, conte-nos pensas em publicar um livro solo? Arnaldo Santos - Os meus objectivos, é continuar a concorrer a livros de colectâneas e antologias colectivas, fazendo parte actualmente de 25 livros, mas o meu maior sonho é um dia publicar livro a solo.

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Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Arnaldo Teixeira Santos. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Arnaldo Santos - Quem deve agradecer sou eu, por esta honrosa oportunidade que me deram, para ser mais divulgado, também, no país irmão Brasil e nos restantes paíes da lusofonia. A humilde mensagem que deixo, é para que as pessoas da lusofonia se interessem cada vez mais em ler e comprar livros de poesia, pois Portugal e Brasil, por exemplo, sempre tiveram grandes poetas. As pessoas que gostam de poesia, mas ainda não são autores, tentem compor, pois se gostam e têm vontade, está meio caminho andade e, a inspiração, normalmente vem, porque lá diz o ditado: “grande poeta é o povo”. Foi um enorme prazer para mim dar está entrevista. Muito obrigado. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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POETAS POVEIROS Por Manuela Bulcão

PESSOA, VINÍCIUS E ANTERO Inicialmente pareceu-me difícil encontrar um tronco comum entre Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes e Antero de Quental. De facto, é-nos mais fácil encontrar desconexões que conexões. E quais são essas? Referirei apenas duas. Em primeiro lugar, não podemos afirmar que foram contemporâneos. Cronologicamente, os pontos de encontro são poucos, ou quase nenhuns. Em segundo lugar, existe a geografia. Os três são oriundos de espaços diferentes: Portugal continental, Brasil e Açores. Contudo, alguns apontamentos biográficos destes três grandes homens podem ajudar-nos a encontrar um motivo comum. Comecemos por Fernando Pessoa. Nasceu em Lisboa a 13 de junho de 1888, e faleceu nessa cidade a 30 de Novembro de 1935. Foi um poeta, filósofo e escritor. É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura

Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. Ao longo da vida trabalhou em várias firmas comerciais de Lisboa como correspondente de língua inglesa e francesa. Como poeta, desdobrou-se em múltiplas personalidades conhecidas como heterónimos, objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador da heteronímia, autodenominou-se um “drama em gente”. No que concerne a Antero de Quental, nasceu (18 de abril de 1842) e morreu (11 de setembro de 1891) em Ponta Delgada. Foi um escritor e poeta, e teve um papel importante no movimento da Geração de 70. Antero de Quental atinge um maior grau de elaboração nos seus sonetos, considerados, por muitos críticos, uns dos melhores da língua. Os sonetos de Antero têm inegável sabor clássico, quer na adjetivação e na musicalidade equi-

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librada, quer na análise de questões universais que afligem o homem. Por fim, temos Vinícius de Moraes. Este brasileiro também nasceu (19 de outubro de 1913) e faleceu (9 de julho de 1980) no mesmo lugar, na cidade do Rio de Janeiro. Poeta essencialmente lírico, também conhecido como “poetinha”, apelido que foi-lhe atribuído por Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos. A sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. Como podemos ver, existem algumas diferenças. Porém, existe um denominador comum a estes três grandes homens. Trata-se do amor às letras e à poesia. Apesar dos trajetos de vida e contextos diferentes em que viveram, as letras e a poesia foram sempre um constante. Este amor à arte da escrita é um fator de união. Aqui está a unidade! A escrita une os homens e foi o que uniu estes três grandes homens.

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ENTREVISTA

ESCRITORA CLAÚDIA LOBO Cláudia Lobo, nasceu em 18 de março de 1970 na cidade do Porto, em Portugal. Sempre gostou de ler e um dia imaginou que poderia escrever um livro. E o resultado é “A Menina dos Cabelos Cor de Fogo”, dedicado a todos aqueles que sentem prazer em ler e também àqueles que não gostando de ler, possam passar a gostar depois de ler este livro encantador. Boa leitura!

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Porque essa menina é diferente de todas as outras que habitam o planeta e no entanto é ela que vai salvar uma vida, e logo a vida da princesa do reino.”


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

a crianças entre os seis e os doze, treze anos, mas também a adultos. Acho que é um bom livro para pais lerem com os seus filhos ou professores com os seus alunos.

Escritora Claúdia Lobo é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita literária? Claúdia Lobo - O que mais motivou a gostar de escrever foi o fato de ser uma leitora ávida, desde criança. Quando aprendi as primeiras letras lia tudo o que encontrava, desde livros infantis até aos clássicos portugueses e essa paixão pela leitura sempre me acompanhou. Acho que por isso, um dia surgiu a ideia de escrever um livro, embora eu tivesse muitas dúvidas sobre a minha capacidade para escrever, mas acabei por ir em frente e surgiu esse livro, “A Menina dos Cabelos Cor de Fogo” Em que momento surgiu inspiração para escrita de seu livro “A Menina dos Cabelos Cor de Fogo”? Claúdia Lobo - A inspiração para escrever essa história surgiu num momento em que estava a tentar escrever um romance (ousadia minha) e não conseguia encontrar um rumo, o fio à meada. Então, assim de repente, surgiu a ideia de escrever esse livro, quando me veio à mente a história dessa personagem especial. Quais os principais desafios para construção dos personagens que compõe o enredo do livro? Claúdia Lobo - Os principais desafios na construção das personagens foram torná-las verdadeiras e credíveis para o público. Eu queria personagens com que os leitores se pudessem identificar e não esterótipos.

Descreva o livro em duas palavras Claúdia Lobo - Positivo e alegre. Onde podemos comprar o livro? Claúdia Lobo - É possível comprar o livro em todas as livrarias da Amazon. www.amazon.com ou www. amazon.com.br

O que mais a encanta em “A Menina dos Cabelos de Fogo”? Claúdia Lobo - O que mais me encanta em “A Menina dos Cabelos Cor de Fogo” é o foco na diferença. Porque essa menina é diferente de todas as outras que habitam o planeta e no entanto é ela que vai salvar uma vida, e logo a vida da princesa do reino Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do enredo que compõe o livro? Claúdia Lobo - A mensagem que eu quero transmitir ao leitor é a de que ser diferente não tem de ser algo negativo, pelo contrário, pode ser até muito positivo. Quero que as pessoas vejam a diferença como algo normal. A quem indica leitura? Claúdia Lobo - Indico a leitura

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Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “A Menina dos Cabelos Cor de Fogo” da autora Claúdia Lobo. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Claúdia Lobo - Leiam, leiam o mais possível. Ler é um enorme prazer e deve ser encarado como tal.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Rosa Maria Santos

Respirei fundo Atravessei a rua, sombria e fria, nessa noite intempestiva. Ovento, impiedoso, fustigava as árvores despindo-as da bela folhagem que as revestiam de beleza que, rapidamente, transformava em tapetes multicolor que num ápice eram espalhados desajustadamente pelo chão e se perdiam num amontoado de lixo junto dum boeiro ou no recanto do lancil do passeio- Parei e observei triste, inconformada, a rua deserta coberta de folhas de tanto matiz por todo o lado, num bailado compassado pelo rugir do vento. Ei-las que, desprendidas dos ramos, jazem agora, vazias, ocas, sem vigor, sem graça. Metia dó ver os troncos nus, despidos, sombrios. Vento matreiro, este, que lhes roubara toda a vida, toda a beleza. Perdido entre os troncos nus, o que resta dum ninho, onde perma26

nece uma avezinha a tiritar de frio. A mãe ave, aflita, contorna o ninho com voos desajustados, impotente e só. O pai ave, aflito, bica as folhas secas que seguram o que resta do seu ninho, tentando preservar a vida da pequena ave. O vento ruge, irado com o mundo, com a gente. - Para, vento, parecia sussurrar a ave mãe - por favor, não o mates, deixa-o viver. O vento amaina, como respondendo ao apelo aflito da avezinha. E parecia dizer: - Venceste. Embora forte e destemido, sou sensível, também. Mas era tarde. A pobre ave não registe à intempérie. E ei-la prostrava sobre o colchão multipolar, no sopé da árvore. Um rumor rouco ecoou naquele céu sombrio. Tarde demais. Pai e não sobrevoam loucos, cruzando os ares. Uma nuvem chowww.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

rosa se desprende desse céu sombrio. O sol, tímido, surge, rasgando o cinzento imenso ao sei redor. Caem do céu gotas cristalinas, quais lágrimas sedentas de justiça, que choram o sucumbir da natureza,,, as árvores, as aves. Relâmpagos furtivos cruzam o ar. Energia em constante renovação,anunciando que a vida há de cruzar de novo os céus, que a natureza vai renascer. Que a natureza se renova. Duas gotas caíram do céu, a seguir outras duas até que rompeu uma tremenda chuvada, seguida de uns tenebrosos relâmpagos de seguida o barulho infernal dos trovões que fazia tremer o mais corajoso mortal. E agora? E agora? Uma lágrima rolou, triste, do meu rosto gelado. Olhei. À minha volta um casal de aves boa, cruzando os ares cheias de esperança. Tudo na vida tem uma razão de ser. Lembrei Lavousier: - “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.” vida continua!


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ENTREVISTA

ESCRITOR JOSÉ CARLOS RODRIGUES O escritor José Carlos Rodrigues nasceu em Vila do Conde, a 25 de julho de 1986. Tem uma escrita intimista, vibrante e um tanto hermética. É necessário ir decifrando códigos, enigmas, paradoxos, para nos conseguirmos aproximar da essência do texto e do que pretende transmitir com ele. Como qualquer escritor, busca inspiração no que o rodeia, no que observa, no entanto a filtragem operada pelas suas próprias experiências e vivências faz a diferença no universo literário de jovens autores contemporâneos. Iniciou o seu percurso literário, quase por acaso, num momento marcante da sua vida. Foi escrevendo textos soltos, reflexões, pensamentos, vivências, suas e de outros que lhe faziam fluir a imaginação. Foi experimentando outras vertentes, outros caminhos, procurando a essência das palavras e, na busca incessante da plenitude de escritor, deu voz também à poesia e embarcou na intrigante aventura do romance.

Imagine olhar um pedaço de barro em bruto e o escritor ou poeta ser o próprio escultor. Eu sinto-me na pele desse escultor, olhando o pedaço de barro em bruto, onde construo a linda perfeição.”

Boa leitura!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor José Carlos Rodrigues é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor, conte-nos o que mais o encanta na arte literária? José Carlos - Em primeiro lugar quero agradecer a oportunidade que me deram em ser entrevistado. É uma honra estar inserido nesta entidade literária. Bom, essa além de ser uma excelente pergunta é também um enorme desafio perante os objetivos que o escritor deseja alcançar. O que mais me encanta neste meio é que ainda sentimos a liberdade de sonhar, dar vida às palavras, às personagens, basicamente criar a história da nossa vida na pele de outros seres. Costumo dizer que não tenho pressa de atingir o auge, mas sim, um dos grandes encantos é conquistar o respeito do leitor. Acima de tudo fico feliz quando sei que as pessoas se identificam com a minha escrita. O que o motivou a ter gosto pela escrita? José Carlos - Talvez possa parecer estranho o que lhe vou dizer a seguir, mas foi a única razão pelo qual comecei a escrever. Normalmente, sabemos que um escritor tem vindo a adquirir o gosto pela escrita desde muito jovem, ou até criança, onde começa por escrever histórias infantis, pequenos contos e por aí fora, mas eu não. O meu começo foi bastante diferente. Não tinha qualquer ligação com a literatura, não sentia o desejo de escrever, até que se passaram os anos e descobri que algo estava guardado dentro de mim. Costumo dizer que a dor cria o escritor, e foi aí que infelizmente 28

perante o desaparecimento do meu pai, descobri que possuía o dom da escrita. O sofrimento, a angústia e a saudade levaram-me a desabafar as minhas intimidades com longas folhas de papel e foi aí que descobri o dom da escrita, começando com as prosas poéticas. O facto de grande parte da minha escrita se basear em tudo o que me rodeia e também histórias de algumas pessoas, levou-me sem dúvida a encarar o mundo literário como quem conquista um sonho. Em que momento pensou em publicar o seu livro “Ao encontro dos meus livres pensamentos”? José Carlos - Ao fim de escrever tantas folhas de rascunho, pensei seriamente no sonho de lançar um livro baseado naqueles sentimentos. Todo este livro é dedicado ao meu pai, embora a escrita seja abordada em três tópicos, amor, crítica e sabedoria humana. Foi no momento em que a minha querida esposa, www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

sem que eu me apercebesse falou da minha história aos responsáveis da Chiado editora. Um dia recebi uma mensagem por parte deles, dizendo que estavam interessados em fazer uma edição da minha obra. Logo a partir daí a minha obra saiu para o mercado. Quais os principais desafios para a construção dos textos que compõe a obra? José Carlos - A própria essência da escrita já é um desafio. Saber lidar com as palavras é por vezes um ato contraditório perante a minha imaginação. Costumo dizer que a imaginação é uma transcendência de loucuras e o poeta é o caminho errante que desconhece os seus próprios limites. Portanto, os meus principais desafios submetem-se ao meu estado emocional. Ser abordado pelo amor e outras temáticas são provas que ajudam com que a imaginação possa fluir mais rapidamente.


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Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos textos apresentados? José Carlos - Que ainda é possível sonhar. Que ainda é possível realizar nossos sonhos. Que vale a pena amar quando somos correspondidos. Que vale a pena ajudar mesmo sem sermos ajudados. Dos pequenos potenciais se criam os grandes autores. Nunca desistam dos vossos sonhos por mais que o caminho seja difícil. Que temas são abordados em “Ao encontro dos meus livres pensamentos”? José Carlos - São temas de reflexão baseados no amor, critica e sabedoria humana. O que mais o encanta nas prosas poéticas? José Carlos - Imagine olhar um pedaço de barro em bruto e o escritor ou poeta ser o próprio escultor. Eu sinto-me na pele desse escultor, olhando o pedaço de barro em bruto, onde construo a linda perfeição. O mesmo transcrevo no papel, essa mesma perfeição, brincando com as palavras e criando um sentimento arrebatador, baseado em tudo o que imagino. A sensação é de tal ordem fascinante que chego a pensar que não há nada neste mundo que me faça mais feliz, no sentido que diz respeito aos nossos projetos. Onde podemos comprar o seu livro? José Carlos - A minha obra está à venda on-line nas seguintes entidades: Chiado editora, Bertrand e wook - Também nos balcões destes mesmos estão disponíveis para encomenda. Link de venda on-line:

“nunca desistam dos vossos sonhos” https://www.chiadoeditora.com/ autores/jose-carlos-rodrigues https://www.wook.pt/livro/livres-pensamentos-jose-carlos-rodrigues/16053003 http://www.bertrand.pt/autores/autor?id=3301751 Você é conhecido pelos seus textos reflexivos, podes presentear nossos leitores com um dos seus pensamentos? José Carlos - Mantos de liberdade Eles escrevem consoante a sua pronúncia como se observassem tudo o que os rodeia. Ver não é enxergar e ouvir não é escutar. Tudo nesta vida não passa de razões. Razões pelo respeito daqueles que querem passar pela experiência de não ter nada, razões pelo respeito daqueles que querem usufruir dos seus dons, mostrando à sociedade, de uma forma transparente, os seus valores, as suas reflexões e as suas capacidades de lidar com a ostentação, sem ferir todos os outros que lutam para alcançar objetivos. O respeito cabe em todas as classes sociais, mas nem todos usufruem da mesma sensibilidade. Talvez vergonha, talvez vulgaridade, talvez falta de caráter e estas são apenas três expressões que não residem no meu mundo e de-

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finem-se por um aspeto, poeira na humanidade. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor José Carlos Rodrigues. Agradecemos a sua participação na revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? José Carlos - A relação entre mim e as minhas obras chama-se humildade. Esta é a palavra que obrigatoriamente deve ser salientada no meu percurso literário. O mesmo aconselho aos leitores. A fama é um conjunto de excentricidades vulgarizadas pela falta de caráter. Uso esta frase como crítica aqueles que atingiram a fama e de repente se esqueceram das origens que os viram nascer. A todos digo e peço, que quer por onde andem, sejam sempre humildes, porque a humildade é todo um caminho para atingir o respeito de quem nos segue e volto a salientar para que nunca desistam dos vossos sonhos, por mais difícil que seja o vosso caminho. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Helena Santos

SEM MUSA Queria escrever um poema Que estrangulasse o frio que geme E me desassossega a alma Mas tento, torno a tentar E nada vejo, senão o tempo a passar Escrevo, escrevo, risco, risco Rasgo folha atrás de folha Preciso me concentrar Sim, eu não sei poetar Foi o que alguém disse, Para me magoar, certamente Imaginem… Não sou mulher de me deixar intimidar Mas nem os meus pensamentos Estou a ser capaz de registar Para mais tarde recordar Penso e pergunto o que estará a acontecer Claro que eu penso… e sou rápida Descobri Falta-me a musa inspiradora Sem ela, estou boa para deitar fora Tenho de admitir

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Abandonou-me, a ingrata, foi embora Quando me apercebi, já estava pendurada Nas asas do vento Com uma enorme mochila às costas Levou tudo o que pôde arrancar de mim Nem se preocupou com os meus sentimentos O que ela não sabe É que ninguém me derruba, não assim Escrevo, escrevo Risco, risco Rasgo, rasgo Mas isso não é para mim Por hoje basta de tentativas Amanhã volto com um poema Que irá exceder todas as espectativas E quando ela voltar, a musa Verá que afinal, eu, nem escrevo nada mal E, com ela, ou sem ela Encontro sempre um tema a desbravar Mas o frio continua a gemer Só que agora, ouço-o como uma melodia Porque o poema já está esboçado Apenas precisa ser acabado!

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ENTREVISTA

ESCRITOR VICTOR SOUSA LOPES Victor Sousa Lopes, nascido em Lisboa, em 1949, cursou o ensino industrial. Embora se tenha aplicado ao exercício das ciências tecnológicas, o estudo e divulgação de temas de história da arte e de azulejaria é o seu grande objectivo. Publicou pela primeira vez em 1983, embora localize a sua estreia literária em 2001, com o livro Testemunho nas Paredes: Ensaios de Azulejaria. Além de colaboração dispersa por jornais e revistas, é autor de mais de 30 títulos, entre eles Os Dias do “Barracuda”: A última das “armas secretas” classe Albacora da Marinha Portuguesa, lançado em Novembro de 2012, encontrando-se em fase de conclusão o livro 1942 – O Ano que Abalou Lisboa: À Espera do Invasor – Uma História por Contar.

Não esqueçamos que é na memória do passado que compreendemos o presente e podemos construir um futuro mais iluminado.”

Boa leitura!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Victor Sousa Lopes é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a escrever crônicas sobre Portugal nos anos 40 do século XX? Victor Lopes - Conversas no Café Gelo é um verdadeiro documentário sobre a Lisboa dos anos 40. Um conjunto de memórias que possibilita o contacto com o retrato de um tempo, descrevendo factos e crónicas, reúnindo descrições rigorosas resultantes de uma investigação histórica, alimentada pela minha curiosidade. Em que momento se sentiu preparado para publicar “Conversas do Café Gelo”? Victor Lopes - Há muito que comecei pacientemente a encaixar, as inúmeras peças do puzzle que constituiu o tempo da II Guerra Mundial vivido em Lisboa, mas também contextualizando-o, necessariamente, no panorama europeu e mundial, envolvido nessa guerra que fez milhares e milhares de mortos, a maioria inocente,sobretudo com o Holocausto. A memória destes tempos macabros, em que Portugal, foi, igualmente, uma vítima, apesar de Salazar ter conseguido impor uma pseudo-neutralidade, deve ser relembrada, como o é neste livro, onde muitos elementos desconhecidos do grande público são desvendados e escalpelizados. Conte-nos um pouco sobre sua experiência com o emblemático “Café Gelo” Victor Lopes - O Café Gelo, no Rossio, em Lisboa, foi poiso de muitas

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tertúlias e debates, secretos alguns, ao longo do período que assombrou a História portuguesa mais recente e em que o cinzentismo salazarista transformou Portugal numa plataforma amorfa, sem direito a expressar por qualquer forma a sua opinião, as suas preocupações e as suas ambições mais comezinhas. E foi lá que conheci o Alberto Matias nos anos 70 ficando, desde logo, www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

deslumbrado com as suas histórias verdadeiras, contadas entre copos e muita conversa vária e dispersa. Quais os principais desafios para escrita dos textos que compõe o livro “Conversas do Café Gelo”? Victor Lopes - A obra, leva-nos numa viagem por Lisboa, numa década de grandes acontecimentos e muitos contrastes, narrados em jeito de crônica ficcionada, na perspectiva


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nhecer melhor “Conversas no Café Gelo” do autor Victor Sousa Lopes. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Victor Lopes - Como um amplo caleidoscópio, baseado na investigação histórica, nos teste- munhos, na saudável curiosidade, será a obra, certamente, alvo de curiosidade merecida e de apreciações positivas indo ao encontro de uma década de grandes acontecimentos e muitos contrastes, e o saber, em muitos casos, faz bem ao íntimo de cada um.

Descreva a obra em duas palavras? Victor Lopes - Exuberante e atractiva.

Victor Lopes - Através da Editora Guerra & Paz- Tel: (+351) 213 144 88 - www.guerraepaz.net Quais os seus principais objetivos como escritor? Victor Lopes - Ultimamente tenho desenvolvido diversos trabalhos no âmbito de recolha e divulgação de textos de autores portugueses, como “LUIS FRANCISCO REBELLO Uma Colectânea de Vida”. Publiquei a seguir o livro “OS DIAS DO “BARRACUDA” a última das ‘armas secretas’ classe Albacora da Marinha Portuguesa. Encontra-se em pré-publicação o “Dicionário do 25 de Abril”, onde colaboro com uma entrada e “AZULEJOS DE FACHADA EM SESIMBRA”, ambos a ir para o mercado brevemente. Aguardo ainda parcerias para poder publicar o livro “1942 O Ano que Abalou Lisboa: À Espera do Invasor – uma história por contar”. Não penso cruzar os braços, continuarei a trabalhar. Tenho a cabeça cheia de projectos.

Onde podemos comprar o seu livro?

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-

de um contemporâneo da época, o jornalista Alberto Matias, que conheci no emblemático Café Gelo. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do enredo que compõe a obra? Victor Lopes - Impõe-se como leitura desta obra memorialista, o facto de pôr os olhos no Portugal que recebeu no seu seio e ajudou milhares de refugiados da guerra impulsionada por Hitler na década de 40 do século passado, para compreendermos melhor o que se passa hoje com os migrantes fugidos da guerra do Oriente e encontrarmos uma via de saída da crise, de modo a erguermos não muros, mas estradas de solidariedade. Não esqueçamos que é na memória do passado que compreendemos o presente e podemos construir um futuro mais iluminado.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritor José Lopes da Nave

CRIANÇA Tu que olhas o mundo colorido de róseo, em ambiência de amor e fraternidade, a vivência te ensinará os amargos a enfrentar. Porém, é tua a força de renovação, os ultrapassando com vivacidade, sempre presente, com o teu carácter saudável caminhando na procura do sol, a clarear o futuro almejado. Em ti fecunda a vontade de ser e sorrir, contribuindo, em parceria com o semelhante, na concórdia universal.

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O BANCO DA AVENIDA Sentes-te triste e um laivo de solidão te ensombra no murmúrio da avenida, mas, repentinamente, vejo-te sorrir. Lembras as crianças que em teu redor corriam e jogavam às escondidas e apanhada, soltando gritos de alegria, entusiasmantes. Lembras os jovens de skate em louca correria, fazendo malabarismos e tu alarmado com as quedas que adivinhavas. Lembras os namorados sentados em teu colo, de mãos entrelaçadas e de sorrisos no rosto, beijando-se ternamente e demoradamente.

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Lembras os pais, levando os bébés em carrinho, que na sombra do arvoredo, dormitavam na espera do biberon, ao acordarem. Lembras o casal de velhinhos de mãos dadas, envolvidos de ternura em ti descansando e o passado rememorando. E … tu querias clamar: foi aqui, neste banco que pela primeira vez se beijaram. Exulta-te! Coubeste às vivências que por ti se cruzaram.


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ENTREVISTA

ESCRITOR ALMIR NEVES Almir Edson Ferreira Neves (Almir Neves) nasceu, trabalhou e estudou em Catanduva, onde cursou até o 1º ano de Letras na Faculdade de Ciência e Letras de Catanduva. Lá, residiu até meados de agosto de 1991. Foi um dos membros fundadores do Grupo de Poesias Guilherme de Almeida com outros poetas Catanduvenses. Após, radicado em Araraquara, trabalha como Servidor Público. Foi um dos membros fundadores do Grupo Movimento Poesia de Araraquara em 1994. Participou do Livro Antologia 1998 - Poesias e Contos da Faculdade de Bragança Paulista, com a poesia “Humano”. Divulgou novas poesias no Projeto Painel da Biblioteca Municipal de Araraquara em 2012. Participou da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos vol.97 pela CBJE, em 2012. Participou também em revista da área e em várias Antologias Nacionais. Divulgou suas poesias em livro em 2013, editadas pelo Clube de Autores.

Boa leitura!

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Com o impacto emocional da palavra o poeta abre a porta da alma isso me encanta e também tem o seu preço a pagar. Não importa se há rima, versos brancos, versos métricos.”


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

após, resolvi publicar o livro ‘Alma poeta’ para os leitores mais atentos perceber os trabalhos iniciais e o crescimento com o envolvimento no ofício poético. Quais critérios utilizados para escolha do Título? Almir Neves - A força da palavra em buscar retratar a realidade e a dimensão da mensagem que os versos provocam nos leitores levam-no a reflexão e toda reflexão é uma seara nova que ventila, harmoniza em novos pensamentos. Imaginei essa ideia como semente. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos textos que compõe a obra? Almir Neves - Os poemas quando portam mensagens trazem bons sentimentos, mas a maioria deles portam variados sentimentos, emoções que extrapolam o campo da mensagem. Com os temas mais diversos. Dentro da condição humana.

Escritor Almir Neves é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita literária? Almir Neves - Para mim é importante contar com vosso trabalho. O dia em que entrei na chuva começou por volta de 1977 em Catanduva com um Festival de Música, o evento foi no espaço onde era de um Cinema, no palco do Cine Bandeirante. Havia a presença de muitos jovens torcendo por seus candidatos preferidos e o clima era de alegria. Essa imagem despertou-me em querer também escrever letras de música. Para que no próximo

Festival eu estivesse participando e vivendo aquele clima de vibração e sentir-me como compositor. Fui buscar em mim onde estava a referência de gostar de música. Reportou-me ao tempo de criança quando ficava na casa de minha avó lá eu adorava ouvir meus tios falar sobre os músicos, compositores e dos poetas da época. Como foi a seleção dos textos poéticos que compõe o livro “Semente de Palavras”? Almir Neves - Procurei em meus trabalhos os poemas mais maduros, composto desde 1977 a 2014 quando fiz a seleção. Tanto que

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O que mais o encanta nos textos poéticos? Almir Neves - Considero a poesia como uma ferramenta de manifestação muito forte. Através da qual há todo um universo para ser explorado, desvendado. Com o impacto emocional da palavra o poeta abre a porta da alma isso me encanta e também tem o seu preço a pagar. Não importa se há rima, versos brancos, versos métricos. Todos tem as possibilidades de criação para praticar essa energia chamada vida, viver. Deixe-nos um dos poemas apresentados no livro para apreciação de nossos leitores 37


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Mutação Por um momento Fiz da guerra: oração. Do dia o descanso. Das rusgas, melodia. Da separação uma dança. Da lagrima, pérola. Alguns podem tê-la. Da partida esperança. Da prisão fiz a janela. Fiz do sofrimento, a brisa. Mesmo que por um instante. Para o sonho, espaço e laço. Para a noite, o instrumento. Contemple em serenata. Fiz da paixão o vinho. Da dor o caminho. Das raças o abraço. Da fala anciã Da aversão o imã. Da vida, poesia. Das cinzas o recomeço. Do vazio, o fundo. Mesmo se não alcanças.

Neves. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Almir Neves - Agradeço a essa entrevista pelo espaço oferecido. Agradeço aos leitores e amigos que já adquiriram minha obra. Uma obra literária na gaveta é sonho não realizado, deve alcançar o seu público. A não ser que seja por opção de seu criador não divulgá-la. As capas de meus livros são portas abertas, entre sem bater. Site do autor: www.valorextra.com - e-mail: poetalmir@gmail.com

Onde podemos comprar o seu livro? Almir Neves - Segue o link: http:// www.editoragarcia.com.br/poesias/ sementes-de-palavras Qual o tipo de texto que gostas de ler? Almir Neves - A leitura de reflexão e de linguagem poética. O que mais o encanta na leitura destes tipos de textos? Almir Neves - A leitura de conteúdo diversos contidas em obras literárias: de distração, de enlevo espiritual, de crescimento, de reflexão que amplia a minha visão do ser e do mundo ao redor. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Almir 38

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Yasmin Anukit

Poema para Krishna

Terra Prometida

Ouvi a flauta que ilumina o mundo, pastoras a banhar-vos de luar! Sois almas peregrinas, céus sem fundo, e rios que deságuam além mar....

Tombai, muralhas vãs de Jericó! Sois a ilusão da alma que fenece! Nem o mais belo oásis permanece... Tênue miragem a voltar ao pó!

Hoje o Pastor desfaz toda a ilusão, seus passos são o vento da mudança! Se sois inverno, ri! Eis o verão! Bebei da fonte, oásis de esperança!

Nós, os levitas de antigamente, vibramos nosso toque derradeiro ao ribombar de chifres de carneiro, rudes trombetas, sob sol nascente!

Vosso destino: rota vã, miragem, folhas dispersas, ontem esquecidas, qual aves migratórias em viagem, em Krishna achai-vos reunidas!

Desertos, rios, solidões, espinhos! Ouvi os arautos de novos caminhos, na noite eterna não vagamos mais!

Um coração que música anuncia caminha para a luz do entendimento, já não conhece a dor da noite fria nem linha entre o mar e o firmamento...

Porque uma terra, outrora, prometida, já despontou em aurora pressentida: jardim de nossos filhos, nossos pais...

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ENTREVISTA

ESCRITOR ARTUR LUZ Meu nome é Artur Fernando Luz, moro no Tatuapé e me interesso pela escrita e pelo cinema, desde os sete anos de idade, escrevo textos, tanto pensando em adaptar ao cinema, como para livros. Em 2010 terminei minha faculdade de cinema e desde lá estou me dedicando a alguns projetos nessa área, em 2015 resolvi fazer um trabalho um pouco diferente, um livro que abordasse fetiches e homossexualidade. Nesse texto resolvi fazer algo que nunca tinha feito antes, usar um narrador em primeira pessoa, depois disso pesquisei e conversei com amigos sobre esse tema para poder começar a escrever. Logo encontrei a Dialógica Editora cujo dono Wagner Guedes, se interessou em publicar meu livro.

Indico essa leitura a todas as pessoas que se interessem por sexualidade, fetiches, e pessoas que por vergonha precisam se esconder, sem poder expor seu verdadeiro eu.”

Boa leitura!

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Escritor Artur Luz é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita literária? Artur Luz - Interesso-me pela arte da escrita desde que eu era criança, antes de ser alfabetizado ficava perguntando tudo o que via escrito para meu pai e para minha mãe, esse interesse pela escrita veio junto com meu interesse pelos filmes, trabalho com cinema também, com sete anos de idade, meu pai me incentivou a assistir “Os Três Patetas” na TV, e começou a partir daí me explicar como é o processo da criação cinematográfica, e que tudo começava de uma pessoa que escrevia um texto e esse texto era trabalhado até poder ser filmado, resolvi começar daí, escrevendo textos para se tornarem filmes. No caso do livro que escrevi, quis praticar mais a parte escrita, sem se preocupar em filmar depois, mas é claro que a ideia de transforma-lo em um filme não está descartada. O que o inspirou a escrever “CROSSDRESSER: Será que sou uma CD?” Artur Luz - Tenho interesse pelas questões sexuais e gosto muito de ler sobre fetiches. Pesquisei por bastante tempo tanto na Internet, quanto com amigos para poder escrever o texto. Esse tema nos permite entrar fundo no ser humano, explorar seus medos, desejos, taras, segredos mais íntimos. Tenho grande interesse no mundo psicológico do ser humano, aquelas coisas que as pessoas muitas vezes acabam tendo que esconder dos outros e mesmo de si mesmas por medo de serem incompreendidas e sofrerem preconceito. 42

Que temas são abordados nesta obra? Artur Luz - Sexualidade, crossdressing (fetiche no qual a pessoa sente prazer ao usar roupas do sexo oposto), aceitação, auto aceitação, preconceito, um pouco de comédia, um pouco de drama e uma história familiar envolvendo um irmão, uma irmã e o namorado desse irmã. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do enwww.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

redo que compõe o livro? Artur Luz - A mensagem que transmito é de que no fim das contas, de nada adianta nos preocuparmos com a opinião dos preconceituosos, o importante é vivermos nossas vidas, aproveitarmos, fazermos experiências. O protagonista passa a historia inteira preocupado se ele não vai virar motivo de chacota, preocupado com honra, com hombridade, tendo que esconder seu próprio eu, para no final descobrir que... não posso falar...


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A quem você indica leitura? Artur Luz - Indico essa leitura a todas as pessoas que se interessem por sexualidade, fetiches, e pessoas que por vergonha precisam se esconder, sem poder expor seu verdadeiro eu. De nada adianta vivermos com mascaras, fingindo ser alguém que não somos, pois se perde a parte mais importante da vida fazendo-se isso. Também indico a leitura a psicólogos e professores que se interessem pela temática.

ce que nada tem sentido, mas continuem lutando e não tenham medo de serem quem vocês são, o protagonista do meu livro descobre uma nova faceta de sua personalidade, ele não sabe se guarda aquilo para ele, ou se expõe. As vezes mesmo as pessoas livres de preconceito, descobrem que não é tão fácil quanto parece. Mas com o tempo ele vai adquirido a confiança necessária. Não tenham medo de viver.

Descreva o livro em duas palavras Artur Luz - Comédia dramática. Onde podemos comprar o seu livro? Artur Luz - Vocês podem comprar pelo site da editora: http://www.dialogicaeditora.com.br/ ou comprar diretamente comigo pelo Facebook, procurem Artur Fernando Luz. Você é formado em cinema, com dois curtas produzidos. Além de se preparar para atuar como diretor cinematográfico, pensas em escrever para o cinema? Artur Luz - Sim, escrever para cinema é o meu maior objetivo, gosto de escrever o texto, criar os personagens, pensar na estética do filme, nos movimentos de câmera, tudo que se trata de cinema me atrai, penso que talvez no futuro, filmar meu livro. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Artur Luz. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Artur Luz - Não desistam daquilo que vocês acreditam, as vezes pare-

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL Escritor Geraldo Ferraz de Sá Torres Filho

CENTENÁRIO DA HECATOMBE DE GARANHUNS (15 de janeiro de 1917 / 15 de janeiro de 2017) Por Geraldo Ferraz de Sá Torres Filho

OS FATOS QUE ANTECEDERAM A HECATOMBE

O jovem militar, Theophanes Ferraz Torres, natural de Floresta, Pernambuco, com apenas 22 anos, vinha de uma série de missões exitosas, na Força Pública do seu Estado. A principal dela destacava-se a prisão do cangaceiro Antônio Silvino, ocorrida no dia 28 de novembro de 1914, pela qual foi promovido, por ato de bravura, ao posto de tenente, contando 19 anos. Do dia 07 de outubro de 1916 até o início de janeiro de 1917, foi delegado de Bom Conselho de Papacaça,

onde fez valer a lei e desarmou desordeiros. No dia 12 de janeiro, em Garanhuns, Francisco Sales Vila Nova e Melo acusava, de arbitrariedades, o irmão de Júlio Brasileiro, Eutyquio Brasileiro, e os sobrinhos de Júlio, Álvaro Brasileiro e Antônio Rosa, o

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inditoso articulista foi agredido, tomando uma surra de “cipó de boi”, um instrumento de castigo mais aviltante da época. No dia 14 de janeiro, cerca das 20h30min, Sales Vila Nova assassinava, no Recife, por vingança, o deputado estadual Júlio Euthymio da Silva Brasileiro, chefe político de Garanhuns, ex-prefeito daquele município e novamente eleito para o mesmo cargo. Abastado agricultor, Júlio Brasileiro era proprietário da fazenda Água Branca, no distrito de Brejão. O crime deu-se no terraço do Café Chile, na Praça da Independência. Era um dos espaços destinados à clientela

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que tinha maior poder aquisitivo na cidade, com música ao vivo. Devido ao assassinato, que deveria ter fortes repercussões em Garanhuns, o Governador, Manoel Borba, como medida preventiva, nomeou Theophanes como delegado daquela importante urbe. A missão dele era fazer a vanguarda para, só então, o corpo de Júlio Brasileiro pudesse chegar à cidade, sem maiores problemas. No mesmo dia (14), a esposa de Theophanes, Amélia Torres e familiares, estavam se deslocando de Bom Conselho de Papacaça, escoltada pelo sargento Pedro Malta e mais dois soldados, Manoel João de Oliveira e outro, não identificado, com destino a Garanhuns, onde pegaria o trem, no dia seguinte, com destino ao Recife. No meio do caminho, pernoitaram na fazenda Água Branca, em Brejão, ficando hóspede de Alfredo Brasileiro Vianna, alcunhado por Doca Vianna, sobrinho de Júlio e gerente daquela propriedade.

A HECATOMBE

No dia 15, horas antes da trágica hecatombe, de acordo com depoimento do sargento Pedro Malta, ele e sua comitiva, estavam tomando café, já com os animais encilhados, quando chega telegrama para Doca Vianna, cobrando sua presença em Garanhuns. Após levar a família do Tenente Theophanes para a casa do delegado tenente Antônio Pimentel de Meira Lima, recebeu ordens do delegado para que fosse até a cadeia local, auxiliar o cabo Antônio Pedro de Souza, mais conhecido como “Cabo Cobrinha”, alegando o delegado que nada havia demais, pois todos os 46

Mortos da Hecatombe

homiziados estavam garantidos. Constava-se que o clima reinante na cidade era de imenso terror. O juiz de Direito, Dr. José Pedro de Abreu e Lima, compadre do morto, e o delegado de polícia, tenente Meira Lima, ao que consta, tinham insuflado os ânimos. Parentes do assassino achavam-se ameaçados, declarando-se o delegado impotente para garanti-los. Liderados por Vicente Ferreira, vulgo “Vicentão”, empregado do deputado morto, os cangaceiros dirigiram-se à cadeia. Inexplicavelmente o delegado Meira Lima foi chamado pelo Juiz, momentos antes da chacina, eram 13 horas e pouco. O sargento Pedro Malta e o soldado Manoel João de Oliveira, que escoltavam a família de Theophanes, www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

participaram do tiroteio contra os agressores e foram feridos. A luta foi renhida e desigual. Mais de 200 facínoras, contra a guarda da cadeia, composta por apenas cinco homens. O tiroteio durou cerca de meia hora. A primeira vítima a tombar foi o cabo “Cobrinha” e logo após o soldado Ezequiel Cabral de Sousa. O tenente Theophanes, com uma pequena força, composta por 10 praças embaladas (devidamente municiadas), chegou meia hora após o final do ataque, em trem do horário (comum). Às 16h50min, o tenente Meira Lima passou o exercício da delegacia para Theophanes. O novo delegado encontrou uma cidade dominada pelo terror: os familiares das


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vítimas à espera de novos atentados, inclusive o incêndio de suas casas e os julistas na expectativa de uma retaliação imediata por parte dos adversários, pessoas ricas e poderosas, que por certo buscariam um desagravo à altura da afronta sofrida. Como acréscimo suplementar às dificuldades enfrentadas por Theophanes, seus familiares haviam chegado a Garanhuns pouco antes da hecatombe e se encontravam hospedados em casa do tenente Meira, onde reinava um clima de luto por morte de uma filha deste poucas horas antes. Em tais circunstâncias, teria de proceder com muito tato até a chegada dos reforços. Theophanes foi logo procurado para dar garantias de vida aos que se sentiam ameaçados pelos familiares das vítimas: o juiz Abreu e Lima, o médico Carlos Abreu, seu irmão e respectivas famílias; Ormindo Pires, proprietário da Farmácia Confiança; Fausto Galo, Secretário da Prefeitura; além do apavorado carrasco de Moreira César, Antônio Padilha, todos com mulheres e filhos. A casa do tenente Meira teve de abrigar todos os refugiados. No outro dia (16) estavam estendidos, em um dos corredores da Igreja Matriz, onze cadáveres de soldados e cangaceiros. Pelas 10 horas da manhã, seguiram os préstitos para o cemitério. O trem especial, com reforço de 50 homens, que havia saído do Recife, às 16h10min, do dia 15, só chegou no dia seguinte, às 4h40min. Eutychio e Doca Brasileiro já haviam sido capturados por Theophanes e seriam enviados para a capital, devidamente escoltados, no mesmo trem especial que trouxe o reforço. No trem, repleto de moradores da cidade, não se falava em

outra coisa que fosse a referências, poucas lisonjeiras, ao juiz de direito, Abreu e Lima, enquanto outras elogiavam a ação enérgica de Theophanes. Theophanes, por sua vez, informava ao comando que constava a morte de sete pessoas, de destaque social, que se achavam refugiadas na cadeia, a pedido, e mais seis, sendo duas praças (cabo Antônio Pedro de Souza, vulgo “Cobrinha” e o soldado Ezequiel Cabral Souza, promovidos pos mortem a sargento e a cabo, respectivamente) e mais quatro bandidos do grupo assaltante. Foram feridas oito pessoas, sendo quatro militares (Sargento Pedro Cavalcante Malta, e os soldados, Manoel João Oliveira, Pedro Antônio Dias e Francisco Maciel Pinto, estes promovidos a Cabo de esquadra). Informava, também, que, durante a noite, os bandidos enterraram comparsas ou conduziram diversos feridos. Quanto ao soldado Manoel João de Oliveira, este não resistiu aos ferimentos e faleceu no Hospital Pedro II, no dia 28 de janeiro. Destacou Theophanes, que havia passado para o Juiz de Direito, 18 indivíduos capturados implicados nos assassinatos, com os devidos inquéritos. No dia 28 de fevereiro, Theophanes recolheu-se a sede do comando, no Recife, e, na mesma data foi elogiado pelo Coronel Comandante da Força, o tenente do Exército José Novaes, pelo modo com que se desempenhou como delegado de polícia de Garanhuns. Naquela mesma data, foi promovido ao posto de capitão.

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ENTREVISTA

ESCRITORA CATHERINE MARCELLE Formada em letras, a autora Catherine Marcelle, escreveu dois romances que estão disponíveis apenas em versão digital: “Lua Cheia - O Ritual Secreto” (1 de 3) - trilogia que narra a saga de Johana e Laurence, uma jovem bruxa e o filho do Duque de uma província da França da idade média e “A Casa 32” que tem um contexto bem diferente, fala de vida após a morte, do encontro e reencontro de almas, do amor que vai além dos mundos. O livro “a amante de hitler” é meu primeiro romance publicado (pela Editora 4 Letras) e é um romance de ficção inserido em uma narrativa histórica real. Conta a história de Karolynne e Adolf Hitler. Não se trata de uma tentativa de humanizá-lo, mas de colocar em foco a capacidade que todos temos de amar alguém, independente de nossas ideologias e convicções.

Boa leitura!

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A amante de Hitler” é um mergulho na vida do homem Adolf Hitler. É um romance fiel aos fatos reais, mas que se permite ser tocado pela magia da ficção.”


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Baseado em fatos reais surge “A Amante de Hitler” da autora Catherine Marcelle Catherine Marcelle - Textos que te levam ao universo sugerido pelo autor de forma que você se perca entre seus personagens, suas vidas, as calçadas, a cor da parede, a textura das roupas, são fascinantes. Se não me pego dentro daquele mundo, a leitura não me envolveu.

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Catherine Marcelle é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a escrever o romance “A Amante de Hitler”? Catherine Marcelle - O prazer é todo meu. Estou muito feliz em poder falar do meu trabalho para vocês. O amor é sempre a minha maior motivação. O amor em estado bruto, não lapidado, aquele que existe “apesar de” e não “por causa de”. O livro narra uma história fictícia baseada em fatos reais, como foi o processo de pesquisa necessário para escrita do livro? Catherine Marcelle - Foi um processo que exigiu um olhar minucioso sobre todos os fatos da vida de Adolf Hitler e das pessoas daquela época. As músicas preferidas, os lugares, a rotina. Foi preciso mergulhar na Áustria e suas esquinas e nas ideologias que fomentavam o pensamento das pessoas. O que mais a atrai em Karolynne? Catherine Marcelle - Karolynne sou eu, é a moça da esquina. Ela representa a mulher que amou ou que ama e que se permite ser conduzida pelas emoções, sem culpa. Esse brilho que impulsiona, que vibra, é o que me encanta em Karolynne. Comente um pouco sobre o livro? Catherine Marcelle - “A amante de Hitler” é um mergulho na vida do homem Adolf Hitler. É um romance fiel aos fatos reais, mas que

se permite ser tocado pela magia da ficção. A quem você indica leitura do romance “A Amante de Hitler”? Catherine Marcelle - Para todos aqueles que acreditam que, assim como uma flor delicada e cheia de perfume, o amor pode nascer e sobreviver nos terrenos mais hostis. Descreva o livro em duas palavras Catherine Marcelle - Vou precisar mais de duas, mas não há definição melhor: O sentido da vida. Onde podemos comprar o seu livro? Catherine Marcelle - Pela editora: www.editora4letras.com.br ou pelo e-mail catherinemarcelle.1224@ hotmail.com Qual o tipo de textos que gostas de ler? Catherine Marcelle - Gosto muito de ler Irène Némirovsky e tudo o que se assemelha a seu estilo. O que mais a encanta na leitura destes tipos de textos? www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecermos melhor “A Amante de Hitler” da autora Catherine Marcelle. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos em sua opinião o que cada leitor pode fazer para ajudar a vencermos os desafios encontrados no mercado literário brasileiro? Catherine Marcelle - Foi um grande prazer falar deste livro com vocês. É importante que os leitores brasileiros não se sintam apáticos na hora de fazer suas escolhas literárias. Sabemos que o “boom” de escritores e títulos lançados comprometeu consideravelmente a qualidade das obras e isso pode gerar uma repulsa instintiva por autores brasileiros mesmo antes de conhecê-los profundamente. Em consequência não há investimento, não há divulgação e o escritor se sente cada vez mais desmotivado. O leitor é a força que impulsiona o escritor. É preciso que leitores e escritores brasileiros se unam para que esse preconceito acabe e a nossa literatura seja mais bem difundida. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com 49


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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Cariri Cangaço do Brasil O VERDADEIRO SENTIMENTO DE BRASILIDADE

Memórias e Histórias que unem todo um povo APRESENTAÇÃO

O Brasil se notabiliza por suas dimensões continentais. Aqui uma espetacular miscigenação de raças, cores, culturas e sentimentos se consolidam fazendo de nossa Nação um lugar único no Planeta. O Nordeste como pátria mãe do sertão e filho pródigo do Brasil destaca-se por possuir um povo notadamente reconhecido por vencer desafios; desafios que ao longo de sua existência o fizeram forte. Aqui somos moldados pela nossa raiz, força e fé. Desde a colonização nossa caminhada transfigura e consolida esse caldeirão de etnias, culturas e tradições, tornando o nordeste brasileiro é um lugar único no mundo. 50

CANGAÇO

O Cangaço foi um fenômeno do banditismo brasileiro ocorrido no nordeste do país, caracterizado por grupos armados atuando entre o século 18 ate metade do século 20, em 7 dos 9 estados nordestinos. Foi uma onda de banditismo, crime e violência que se alastrou trazendo dor e sofrimento para a comunidade camponesa da região. Para alguns especialistas, o cangaço teria nascido como uma forma de defesa dos sertanejos diante da ineficiência do governo em manter a ordem e aplicar a lei. Mas o fato é que os bandos de cangaceiros logo se transformaram www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

em quadrilhas que aterrorizaram o sertão, pilhando, assassinando e estuprando. Para combatê-los, o governo reagia com as “volantes”, grupos de policiais; muitos desses da mesma origem dos fora da lei; e que muitas vezes utilizavam do mesmo modo operandi dos bandidos. Dentre todos os personagens desta saga genuinamente brasileira destaca-se, Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, que acabou se tornando mito e o Rei do Cangaço e que tinha como companheira Maria Bonita. Estima-se que os cangaceiros do bando de Lampião chegou a matar mais de mil pessoas. As primeiras mulheres juntaram-se ao cangaço a partir de 1930 - a pioneira foi a própria Maria Bonita, companheira de Lampião. Em 1938, depois de quase 20 anos de vida bandida, Lampião e Maria Bonita foram mortos por uma volante no famoso combate de Angico.


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GRANDE FÓRUM DA DIVERSIDADE CULTURAL DO NORDESTE

Em setembro de 2009, o Instituto Cariri do Brasil inaugurava a partir do estado do Ceará, um conjunto de Seminários e Congressos que passou a reunir os maiores pesquisadores e escritores das temáticas ligadas à memória e história do nordeste. Voltado prioritariamente para aprofundar o estudo do fenômeno Cangaço e seus correlatos, a partir de um evento grandioso que possa proporcionar um ambiente responsável e lúcido para o aprofundamento e debate dessa temática tão intrigante e marcante de nossa história que é o Cangaço, e recontá-la para as próximas gerações.

OS NÚMEROS DO CARIRI CANGAÇO O Cariri Cangaço é um evento de cunho turístico-cultural e histórico-científico que reúne os maiores pesquisadores e historiadores das temáticas; cangaço, coronelismo, misticismo e correlatos ao sertão e ao nordeste, do Brasil, configurando-se em seu sétimo ano de realização, como o maior e mais respeitado evento do gênero no país. A partir da temática Cangaço rapidamente trouxe para seus debates temas capilares e não menos importantes como, Messianismo, Coronelismo, Religiosidade, e todas as suas influências, como a Estética, a Culinária, a Música, a Dança, a Medicina, as Manifestações Folclóricas, dentre outras. Nascia ali o evento Cariri Cangaço, o maior e mais respeitado do gênero em todo o País. Hoje o Cariri Cangaço é o maior e mais respeitado fórum de debates sobre a temática, no Brasil. Os números significativos nos revelam: Cidades Anfitriãs 18 Conferências Realizadas 93 Mesas de Debates 45 Visitas Técnicas 72 Pesquisadores Participantes 612 Público Estimado Total 30.000

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QUEM SOMOS O Instituto Cariri do Brasil, constituído em associação, é uma pessoa jurídica de direito privado, de caráter social, educacional e cultural, com fins não econômicos, de duração indeterminada, com sede administrativa e foro na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, Brasil. Possui uma Diretoria Executiva, um Curador e um Conselho Consultivo que compartilham responsabildades e gerem os empreendimentos da Marca. A Marca Cariri Cangaço além dos eventos que realiza, administra uma página na web, com mais de Dois milhões de visitas, como também Redes Sociais com milhares de seguidores. Website: www.cariricangacoblogspot.com Face book: cariricangaco E-mail: ccangaco@gmail.com INSTITUTO CARIRI DO BRASIL Curador e Presidente do Conselho Manoel Severo Barbosa (85 996299826) Presidente da Diretoria Executiva Pedro Henrique Fernandes V Barbosa (85 997927167) INSTITUTO CARIRI DO BRASIL Cariri Cangaço www.cariricangaco.com

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ENTREVISTA

ESCRITORA DAISY LUCAS Daisy Lucas, Pedagoga empresarial trabalhou em Implementação de Sistemas da Qualidade, foi pesquisadora do CNPQ, ministrou curso de Fundamentos da Qualidade na FGV, e foi consultora da UNESCO. A urgência e necessidade de escrever a levaram a interromper a atividade em consultoria.•. Tem cinco livros publicados, sendo três infantis (É Assim que Tudo Começa; Bernardo – O Menino que Pensa Azul; e Seu Corpo, Sua Casa), e uma peça infantil – O Macaco que Só Comia Bife, encenada em 2004 no Rio de Janeiro. Além destes, tem três romances publicados na Amazon - Clandestina, Saigon e 220 Volts de Absurda Emoção) . Seu conto “Princesa”.recebeu o PRÊMIO Miró de Literatura, em 2014. Escreve Crônicas semanais para a Revista Singles, da Editora KBRDIGITAL.

Boa leitura!

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A Revista Divulga Escritor é um espaço democrático, em que todos estão em pé de igualdade, isto é muito bom. Minha mensagem para todos é de agradecimento a todos que leem meus livros, meus contos, minhas crônicas. Vocês me incentivam a prosseguir e a buscar melhoria.”


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“220 Volts de Absurda Emoção” é o novo lançamento da autora Daisy Lucas Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Daisy Lucas é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita literária? Daisy Lucas - Inicialmente quero dizer que o prazer é meu. Bom, eu acredito em vocação. Ao longo da minha vida, mesmo quando tinha outra profissão, sempre estive escrevendo, fossem textos técnicos ou poesias. Mas tive um grande incentivo..., uma avó que contava histórias, influência definitiva para que eu quisesse criar minhas próprias histórias. Após dois romances publicados e divulgados, surge “220 Volts de Absurda Emoção”, o que a inspirou a escrever esta obra? Daisy Lucas - O que chamamos de inspiração está por aí, solta nos espaços que as pessoas habitam, onde elas circulam. Algumas pessoas (como os escritores) têm uma percepção aguda do que daria uma boa história, não necessariamente igual à que foi observada. E criam seu texto a partir da emoção que o fato lhe causou. Como foi a escolha do Título? Daisy Lucas - O título nasceu de uma frase do protagonista, em que ele diz “Fiquei ligado em você, 220 volts de absurdo interesse.” Que temas são abordados na obra? Daisy Lucas - Dificuldades de relacionamento, o vício de drogas e

a distorção que uma mente perturbada pode provocar na vida de uma pessoa. Quais os principais desafios para escrita de “220 Volts de Absurda Emoção”? Daisy Lucas - No processo de criação, o desafio foi descrever os paswww.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

sos para combater o vício das drogas, uma experiência que eu nunca tive ou presenciei e que demandou intensa pesquisa. Depois, na publicação foi realizar o processo para disponibilizar a cópia impressa, mantendo um preço baixo. Dizem que os personagens têm 53


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muito do autor. Qual dos personagens de “220 Volts de Absurda Emoção” tem mais de você? Por quê? Daisy Lucas - O “220 Volts de Absurda Emoção” é um livro de poucos personagens, eu quis me deter no estritamente necessário para focar a trama nas questões da distorção de comportamento e do vício. Acho que tenho preocupações como Gilda e Magda - personagens que mostram preocupação com o outro e que se sentem responsáveis pelos que amam. Descreva-o em duas palavras. Daisy Lucas - Verdade ou ficção? Onde podemos comprar o seu livro? Daisy Lucas - No meu site www. daisylucas.com.br Quais os seus principais objetivos como escritora? Daisy Lucas - Meu conceito de Literatura é que ela é uma ferramenta que podemos usar para divertir as pessoas, para o seu entretenimento e para mostrarmos situações com as quais as pessoas podem se identificar e vislumbrar novas soluções. Muitas vezes o livro é a única companhia que uma pessoa tem naquele momento e isto é bem importante que o escritor /a tenha em mente. Por essa razão eu aderi à autopublicação, para que possa ter controle sobre os preços dos meus livros, normalmente uma prerrogativa da Editora. Para mim, livro tem, necessariamente, que ter preço muito acessível. Por exemplo, os contos que publiquei na Amazon eu coloquei o preço de 1 dólar. Em dólar

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porque a Amazon assim estabelece. O “220 Volts de Absurda Emoção” custa U$ 5,55. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o romance “220 Volts de Absurda Emoção” da autora Daisy Lucas. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Daisy Lucas - Eu agradeço o convite da Revista Divulga Escritor e ressalto a sua importância para os escritores que não são conhecidos ou famosos por outra atividade que tenham, além da literatura. A Revista Divulga Escritor é um espaço democrático, em que todos estão em pé de igualdade, isto é muito bom. Minha mensagem para todos é de agradecimento a todos que leem meus livros, meus contos, minhas crônicas. Vocês me incentivam a prosseguir e a buscar melhoria.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Neca Machado

AS MUITAS DIFERENÇAS COLOQUIAIS Um dicionário PORTUBRAL (PORTUGAL E BRASIL)

“A linguagem coloquial, informal ou popular é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral. Na linguagem informal usam-se muitas gírias e palavras que na linguagem formal não estão registradas ou tem outro significado. Em contrapartida a linguagem formal ou culta é aquela que carrega consigo a rigidez das normas gramaticais, utilizada principalmente em textos e profissões que a exigem como no Direito, Letras e História.” Ao chegar em Portugal-Porto onde passo um tempo me deparei

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com algumas diferenças nas expressões linguísticas, e não me surpreendi porque preciso educar a minha paciência e compreensão respeitando a língua que não é pátria a mim.

FATOS

Ao assistir um jogo de futebol, vejo que o repórter falava do descontentamento dos TORCEDORES porque seu time perdeu o campeonato, e ele se expressa assim: OS ADEPTOS.... No Brasil adepto para nós brasileiros tem outro sentido. Quando fui ao supermercado comprar CAQUI que amo pelo sabor e pela fruta, lá estava o CAQUI feito DIASPIRUS.

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Ao perguntar a uma vendedora que me atendeu em uma farmácia que não é farmácia sobre como chegar a um local ela me disse> depois da ROTUNDA, e era a ROTATORIA. Ao ir à Padaria comprar PÃO porque amo os croissants daqui o vendedor me perguntou se EU queria um CACETE, quase morro de tanto rir, mas logo percebi que era o tal PÃO, e lembrei de cacetadas, e o tal do CACETE obsceno no Brasil. Coisas das diferenças de línguas que se dizem pátrias e irmãs, mas, tão diferentes na concepção e no pronunciar. E ao abrir a televisão, uma re-


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ferência a integrante de uma família NOBRE na Europa, o repórter chama a mulher de RAPARIGA, e ai me veio as lembranças de minhas pesquisas em termos em desuso e neologismos no Brasil, A TAL RAPARIGA, foi PROSTITUTA nos bordeis como o Juçarão, Bar Cacboclo, Rally Galy.... E quanto mais me aventuro pelo PORTUGUES DE PORTUGAL as surpresas aparecem, em um momento que o Brasil passa por prisão de vários PROPINEIROS-PROPINA aqui as PROPINAS viraram MENSALIDADES. E assim quando vi um cidadão PUTO DA VIDA no Brasil porque

estava cheio de raiva, aqui o PUTO é um pobre MENINO. Mas eu só queria comprar um MIUDO que poderia ser uma moela de galinha, aqui MIUDO é CRIANÇA. E como brasileira e NORTISTA nascida no coração da Amazônia, volta e meia EU só quero chamar um PORRA bem grande, mas o PORRA é um CHURRO e ainda vem RECHEADO. E se for a um supermercado na seção de eletrodomésticos e ao ver um homossexual, POR FAVOR, NÃO PEÇA UM PANELEIRO. QUE É GAY em terras lusas. PODE?

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Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 06 obras lançadas em Portugal em 2016, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.) Email: nmmac@live.com

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ENTREVISTA

ESCRITOR EVANILTON ALVES O Autor é filho de Mairi, no interior da Bahia. Migrou para São Paulo em 1984, final do ano, então com 16 anos. Praticamente a sua vida escolar foi toda em São Paulo. Os pais, juntamente com alguns irmãos, moram em Mairi. Casado e pai de uma filha. Profissional da educação desde 1991. Possui experiência como coordenador de curso, responsável por processo de avaliação e professor de matemática, especialmente para o ensino superior. Além de possuir especializações, também em EAD, é Mestre em Ensino de Matemática pela PUC-SP. Autor de artigos publicados em revistas eletrônicas e resumo em anais. Participação em congressos. Autor do livro Etnomatemática multiculturalismo em sala de aula: a atividade profissional como prática educativa.

Boa leitura!

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Numa linguagem simples, como a vida é simples, mas torna emocionante quando valorizamos os relacionamentos, as situações mais simples da vida, tornando-as ricas.


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Evanilton Rios Alves é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos como surgiu inspiração para o seu livro “O encontro: destino, coincidência ou construção”? Evanilton Alves - Este já é o meu segundo livro. O primeiro foi realizado sobre a ótica da Educação Matemática. Este, por sua vez é um romance e real. Então, a inspiração está na forma de pensar no real, de valorizar o que temos a nossa volta, o que podemos ser e fazer. Não foi difícil encontrar motivação. Foi trabalhoso, mas sendo uma história real ficar e sentir, o mesmo que ter prazer, nunca mais difícil do que organizar a gramática para fazer as minhas ideias serem entendidas pelo leitor. Quais os principais desafios para construção do enredo que compõe a obra? Evanilton Alves - O Rafael, personagem principal é de família grande, também com muitas pessoas a sua volta. Então para o contexto da história, tive que juntar muitos nomes e todos homônimos, além da rede de relacionamentos de amizade e de trabalho. Reunir tudo isto e manter o caráter real, não me perder pelos doze capítulos, foi um grande desafio. Em quanto tempo o livro foi escrito? Evanilton Alves - Dois anos e meio. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através da leitura do livro? Evanilton Alves - Numa linguagem simples, como a vida é simples, mas torna emocionante quando valorizamos os relacionamentos, as si-

tuações mais simples da vida, tornando-as ricas. Um encontro, que acredito é destino, com algumas coincidências, mas especialmente porque construímos o nosso destino, temos nosso livre arbítrio. O que mais o encanta em “O encontro: destino, coincidência ou construção”? Evanilton Alves - Como bem colocou o meu amigo escritor Dias Campos, que prefaciou o livro, “Como tudo se encadeia em a natureza, o percorrer de todo esse pedregoso caminho acabaria por satisfazer ao caprichoso juiz do tempo. E Rafael, dobrando uma determinada curva do destino, mereceria O encontro de sua vida, a doce realização que lhe fora prometida antes mesmo de nascer.” Nunca desistir do destino, não temos a dimensão das coisas, mas sabemos e podemos construir pelas vias da moral e da ética a história de cada um. Enxergar valores nas pessoas e nas situações a sua volta. Acreditar nas possiblidades e oportunidades, mesmo que o outro tenha lá os seus defeitos e faça tornar um pouco mais difícil a sua trajetória, mas nunca desistir de praticar o bem. Descreva o livro em duas palavras Evanilton Alves - Encontros e desafios. Onde podemos comprar o seu livro? Evanilton Alves - Pelo site do Clube de Autores , nas modalidades Papel e Ebook, https://www.clubedeautores.com.br/book/225185--O_encontro#.WGHGNlMrLIW e principais livrarias conveniadas . Que tipos de textos gostas de ler? Evanilton Alves - Quando me dá prazer, sempre me enriquece, leio www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

tudo que possa aprender, aproveitar para tirar alguma lição por mais simples que seja. Como viajar, gostar do local e aproveitar o máximo, assim ter o retorno investido e não estou falando de valor financeiro, mas do prazer em aproveitar as situações. O que mais a encanta na leitura destes tipos de textos? Evanilton Alves - A narração das situações, de forma clara e colhida do real saber do escritor. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Evanilton Rios Alves. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Evanilton Alves - Acredite no seu poder de escrever, nem que seja a sua própria história. Nunca deixe alguém dizer ou afirmar, deixando você desacreditar no seu potencial. Especialmente, você vai gostar da história de Rafael, também vai enxergar uma relação com muitas histórias de pessoas a sua volta. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com 59


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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL JORNAL CULTURAL “CONHECE-TE A TI MESMO”

Jornal Cultural “Conhece-te a ti mesmo” e a sua Cruzada para levar cultura ao país São 192 edições em 192 meses ininterruptos. Prestes a completar 16 anos, o Jornal Cultural “Conhece-te a ti mesmo” é um veículo preocupado com a disseminação da Literatura, Filosofia, Cinema, Música, Artes Plásticas, Viagens Culturais e muito, muito mais. Tendo como editor-chefe o escritor e filósofo Marcelo Pereira Rodrigues (MPR), que em voo solo constrói uma sólida carreira literária (acessem o site www.marcelopereirarodrigues.com ) o “Conhece-te” tem o perfil de textos opinativos fortes, distantes do lugar comum. Mais do que informação, o que se busca é formação. A interatividade é marca registrada e os leitores sempre participam no canal Críticas & Impressões. Marcelo sempre aborda um tema comportamental, à luz da Filosofia. Mas engana-se quem pense em didatismo. As crônicas e artigos, em tom popular, caem logo no gosto dos leitores, que nem sempre concordam com o viés atravessado

dos escritos de MPR. Cabe ao renomado filósofo José Mauricio de Carvalho, uma das maiores autoridades em Filosofia no Brasil e no além-mar, aportando em Portugal, os artigos mais densos, mas também com um pé na realidade do nosso dia-a-dia. Felipe Melo publica duas colunas e seções: numa escreve um texto que beira o surreal, e na outra faz os seus Diários de Viagens ao redor do mundo, e nessa seara já descreveu Praga (República Tcheca), Barcelona (Espanha), Liverpool, Edimburgo e Dublin (Reino Unido), Paris (França) e outras cidades. Nesses Diários, sobressaem-se as dicas culturais, artísticas e gastronômicas da cidade visitada. O médico Luís Ricardo Caldeira Albanese descreve casos cômicos e reflexivos. Fernando Barros de Assis publica crônicas marginais e que, pela popularidade, caem logo no gosto dos leitores. Destaque também para as mulheres escritoras: a psicóloga Danielle www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

Ribeiro dos Santos investe em textos sensuais, Elizabete Chaves escreve crônicas que são verdadeiros roteiros de cinema, Aline Gonçalves quase nos leva à raia da loucura e Manu Aquino publica poesias, diretamente do Rio de Janeiro. O Jornal aceita também artigos, crônicas e ensaios em forma de Participações Especiais. Além da qualidade dos textos em si, um quadro muito esperado e muito chamativo são as entrevistas com músicos, escritores, intelectuais e artistas do país e do mundo. Foram entrevistados os filósofos Mario Sergio Cortella e Frei Betto; os músicos Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii), Bruno Gouveia (Biquíni Cavadão), Arnaldo Brandão, Lobão, as bandas Titãs, Pato Fu, Scarcéus, Eskimo e O Rappa; os escritores Raphael Montes, Márcia Tiburi, Cris Guerra, Leila Ferreira, o mexicano Juan Pablo Villalobos, o francês Martin Page e o norte-americano Irvin D. Yalom e muitos outros. Com sede em Belo Horizonte, o Jornal Cultural “Conhece-te a ti mesmo” é distribuído para o Brasil inteiro, por meio de assinaturas. Campanhas de divulgação e promoção do veículo são feitas em diversos pontos culturais de Belo Horizonte e há 4 anos o Jornal é distribuído na FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty). Uma plataforma online para se ter uma ideia da publicação é o Facebook do Jornal Cultural “Conhece-te a ti mesmo” e o e-mail da redação é o nosmpr@hotmail.com 61


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ENTREVISTA

ESCRITOR HENRIQUE ZAMBELLI Henrique Zambelli nasceu em São Paulo, Capital. Radialista formado pela FAAP, é diretor de TV e teatro, roteirista, tradutor, redator, apresentador e ator. Em seus mais de 20 anos de carreira, atuou na TV como adaptador de textos de novelas de sucesso do SBT, como Pérola Negra, Pícara Sonhadora, Canavial de Paixões e Esmeralda, além de roteirizar episódios do programa Teleteatro e do sitcom Nina e Nuno do Programa Charme com Adriane Galisteu e ter sido diretor-geral e roteirista final do programa humorístico Sem Controle. No teatro, escreveu e dirigiu as comédias A Segunda Dama e A Vida Secreta de uma Estrela Pornô, além de assinar a direção artística do musical infantil A Turma da Joaninha Douradinha. Atualmente ministra cursos e workshops de roteiro, e lança seu primeiro livro Cutucadas de Luz: reflexões, ironias e indiretas para todas as ocasiões e redes sociais.

Se alguém disser que você é uma pessoa fria, encare isso com um elogio. Afinal de contas, sorvete também é geladinho e não deixa de ser uma delícia”.

Boa leitura!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Prezado escritor e roteirista Henrique Zambelli, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que mais o encanta na arte literária? Henrique Zambelli - A satisfação é minha. Sem dúvida, o que mais me encanta na literatura é a possibilidade de, através da palavra, expor minhas ideias e conceitos às pessoas, fazer com que elas pensem sobre a realidade que as cercam. Atuando como diretor de teatro e TV, como você vê a harmonia da arte literária na teatral, ou seria a arte teatral na literária? Henrique Zambelli - Adaptações de textos literários para a TV, o teatro e o cinema, muitas vezes, despertam o interesse do público pelas obras originais e pelo trabalho dos escritores e, consequentemente, novos leitores sentem-se atraídos pelo prazer da leitura. E ao mesmo tempo, faz com que os leitores vão ao teatro para verem no palco as representações da literatura no palco. Como surgiu “Cutucadas de Luz: Reflexões, ironias e indiretas para todas as ocasiões e redes sociais”? Henrique Zambelli - Há algum tempo pretendia lançar meu primeiro livro, mas não me surgia uma ideia que me empolgasse. Observei que no mercado editorial atual há uma grande produção de livros de autoajuda, porém nunca concordei com a abordagem ortodoxa, filosófica, mística e, na grande parte das vezes, doutrinadora que eles possuem. Sempre senti falta de humor e de uma linguagem mais direta e menos enfadonha nesses textos. 64

Como sempre expressei nas redes sociais meus pontos de vistas sobre sentimentos, situações cotidianas e o comportamento das pessoas na internet, com meu estilo mais irônico, e via que eles também eram bastante comentados pelos meus seguidores, então senti que poderia escrever uma obra inédita de autoajuda no formato de bolso que propusesse reflexões bem humoradas sobre a vida, porém numa leiwww.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

tura ágil e mais próxima do ritmo dos dias de hoje, quando os chamados “textões” são muitas vezes ignorados. Quais os principais desafios para escrita desta obra? Henrique Zambelli - Em tempos modernos, quando há muita gente especializada em buscar “pelo em ovo”, meu principal desafio tenha sido lidar de modo leve com ques-


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tões que talvez criassem controvérsias e polêmicas desnecessárias ou interpretações distorcidas sobre temas como sexo, religião, política, preconceitos, além de tentar me expressar numa linguagem que seja facilmente absorvida por um maior número de pessoas. Pode nos apresentar uma das “Cutucadas” apresentadas no livro? Henrique Zambelli - Das mais de 100 “cutucadas” publicadas no livro, menciono a 46: “Se alguém disser que você é uma pessoa fria, encare isso com um elogio. Afinal de contas, sorvete também é geladinho e não deixa de ser uma delícia”. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos textos apresentados no livro? Henrique Zambelli - O objetivo principal do livro é exatamente “cutucar” o leitor a crer que o óbvio, o aparente ou o senso comum sobre muitos assuntos nem sempre são indiscutíveis ou absolutos como parecem ser e que o protagonista da sua história sempre será a forma como ele encara o mundo. Descreva o seu livro em duas palavras. Henrique Zambelli - Leitura Livre. Onde podemos comprar o seu livro? Henrique Zambelli - Diretamente no meu site: http://www.henriquezambelli.com. br/p/livro.html. Como roteirista você já adaptou conhecidas novelas do SBT como Pérola Negra, Esmeralda, Canavial de Paixões e Pícara Sonhado-

ra. Conte-nos quais os principais desafios na adaptação de um texto para encenação teatral, quer seja para cinema ou TV? Henrique Zambelli - No caso específico dessas novelas que são versões de histórias de outros países, o desafio era transportar essas narrativas para a realidade brasileira, porém sem perder a identidade e a essência dos textos originais. Eu jamais pretendi que minha adaptação fosse melhor que o trabalho de seus criadores e sim, um complemento dele. Se essas histórias são reconhecidas em muitos países, é porque o trabalho desses autores é notável e merece ser respeitado.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor e roteirista Henrique Zambelli. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Henrique Zambelli - Eu que agradeço pela oportunidade e, no clima literário da revista, deixo uma cutucada de luz exclusiva para os leitores: “É costume dizer que não se conhece o valor de um livro pela capa. No entanto, um livro sem capa também não costuma valer muito”. Grande abraço a todos.

Quais os seus principais objetivos como escritor? Henrique Zambelli - Espero que os leitores se divirtam muito com minhas ideias. Que a cada página relaxem com o prazer da leitura, pensem ou repensem a vida sob uma ótica mais leve e menos careta, e desejo também lançar futuramente o Cutucadas de Luz 2, o qual já estou elaborando. Que dicas você dá a quem escreve para Cinema/TV? Henrique Zambelli - A dica que sempre deixo para quem faz minhas aulas de roteiro é de que, por mais excelentes, criativas e geniais que sejam suas ideias, é necessário ter um mínimo de conhecimento de técnicas de roteirização para que elas realmente saiam claras do papel para a mídia. Como a literatura e a dramaturgia têm linguagens diferentes, se você não souber adaptar sua ideia para outra linguagem, ela pode ser ignorada por um realizador ou não compreendida. www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritor Rui Leitão

A AFINIDADE É interessante quando nos percebemos mais próximos de pessoas com as quais estávamos distantes ou sem uma convivência mais íntima. Verificamos que está se estabelecendo uma sintonia, a descoberta de semelhanças, de gostos comuns, de elementos de atração mútua. É o que chamamos de afinidades. No curso de nossas vidas estamos a cada dia descobrindo afinidades com alguém. Configura-se um sentimento de harmonia, de conexão de pensamentos e desejos. Algo que muitas vezes ficamos sem entender o porque disso acontecer. Encontramos referências no outro que gostaríamos de ter ou com as quais nos identificamos também. Essas afinidades nem sempre são expressas por palavras. Elas se manifestam num diálogo mudo, na comunicação do olhar, numa espécie de linguagem secreta. Surge uma misteriosa capacidade de percepção do que revela a alma da pessoa com quem estamos inesperadamente nos entendendo. Essas mensagens de simpatia, de simili66

tudes, formam laços que se tornam eternos. A construção de uma amizade verdadeira passa necessariamente por esse estágio. Esse encontro de descobertas das afinidades é imprescindível para que surja o amor entre duas pessoas. Logo, não seria falso afirmar que as afinidades são as raízes de qualquer relação afetiva, de admiração e de respeito. É o que costumamos chamar na linguagem dos enamorados, a “química”, a atração física ou espiritual que se expõe quando se encontram. Mas existem também as afinidades negativas, muito comuns na identidade dos indivíduos que têm instintos e características forjados na maldade. As afinidades nos defeitos oferecem um perigo enorme na escolha das nossas amizades. Temos que ter sabedoria para não nos deixarmos envolver em situações que possam alterar nossa personalidade. • Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS E EMOÇÕES”.

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ENTREVISTA

ESCRITOR JOÃO BENEDITO O meu nome é: João Benedito Filho, nascido em 01 / agosto de 1942, natural Mamanguape, PB. Com meus vinte anos, decidi mudame para o Rio de Janeiro onde vivo até o presente momento. Fui designer trabalhava no setor de publicidade, fazendo faixas sobre eventos, letreiros em faixadas de lojas e algumas Igrejas, impressões de camisetas, chaveiros com logotipo das empresas, além de outros serviços prestados. Entre essas funções já citadas, também exercia a função de musico, compondo musicas evangélicas, e musicas popular, hoje ainda componho somente para os que gostam das composições hebraicas. Mesmo com essas atividades aqui apresentadas, dei uma saída para outras áreas, como á construção civil fui por muito tempo empreiteiro de obras, aproximadamente 25 anos, nesse meio tempo fiz Teologia pela Igreja Metodista Wesleyana, lá fui Evangelista, Pastor e atualmente sou presidente de uma Associação ACMB, e atuante na direção de um de Seminário Palavras Vivas (SENPAV) e exerço a função de Emissário na Congregação Shlishy Shamayim (Bêt Terceiro Céus).

...percebi em seguida que, eu também precisava muitíssimo de tudo que escrevia, ou seja, eu seria o primeiro beneficiário da obra, imagine!”

Boa leitura!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

http://www.editoragarcia.com.br/ eu-nao-sabia-nada-sobre-elas

Escritor João Benedito é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que o inspirou a escrever o livro “Eu não sabia nada sobre elas”? João Benedito - Bem, tudo começou quando eu ainda dava palestras para algumas pessoas sobre vida conjugal, nesse caso ouve cobranças das pessoas para quem eu dava as palestras, como cito no livro sobre algumas pessoas.

Além de escritor, você é compositor de músicas hebraicas, como surgiu o gosto pela música hebraica? João Benedito - Bem, primeiro meus pais eram yahudim (judeus), mas, eu não sabia nada sobre o Hebraico, gostava das musicas, porém, não entendia nada, foi ai que decidi estudar o Hebraico, dai cresceu o desejo de me tornar um compositor de musicas hebraicas.

Quais os principais desafios para construção do enredo que compõe a obra? João Benedito - Como eu já estava atuando como palestrante na maioria das Igrejas, para que o meu raciocínio se completasse precisei enfrentar uma maratona de pesquisas, em seguida usei como testemunho as minhas experiências de casado como pano de fundo. Conte-nos um pouco mais sobre o livro João Benedito - Antes de eu iniciar todo trabalho do livro apenas dialogava com a minha esposa sobre o que desejava fazer, ela por sua vez incentivava-me que o fizesse. Depois de ter juntado vários trabalhos dentro do assunto, achei que já fosse possível iniciar, à medida que fui executando a obra senti-me entusiasmado, porém, eu achava que fazia aquilo apenas para outros, porém, percebi em seguida que, eu também precisava muitíssimo de tudo que escrevia, ou seja, eu seria o primeiro beneficiário da obra, imagine!

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O que mais o encanta em “Eu não sabia nada sobre elas”? João Benedito - Todos sabem que quando a gente escreve uma obra, muitas dúvidas surgem, se estamos agradando ou não ao público, mas, fui surpreendido quando recebi um grande elogio do Editor, ele me ligou dizendo-me: João, como livreiro já li e publiquei vários livros neste contexto, porém, de todos os que já li o seu é o mais completo, de minha parte eu prefiro ouvi dos outros, até por que para mim, considero-O como o meu manual diário, ou seja, preciso lê-lo cada dia.

Quais os seus principais objetivos como escritor? João Benedito - Manter-me como escritor; a princípio já tenho outras obras prontas para serem lançadas. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor João Benedito Filho. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? João Benedito - “Nenhum de nós nasceu sabendo sobre tudo, por isso precisamos aprender sempre”.

Descreva o livro em duas palavras João Benedito - Para mim, é o máximo. Onde podemos comprar o seu livro? João Benedito - Hoje que eu saiba no Site da Editora Garcia Edizioni, ou ligando para o meu Telefone, 021-3901 3854, ou Cel. 021-979951865.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritor Alexandre Santos

Os escritores e o atual momento do Brasil A partir do ano passado, com o registro do seu novo estatuto, tendo sempre presente que os brasileiros precisam ler cada vez mais, a União Brasileira de Escritores (UBE) intensificou o caráter nacional das suas atividades. Sem qualquer prejuízo das ações e programas literários tradicionais, a UBE incorporou novas atribuições e preocupações, priorizando a abertura de seccionais estaduais, como fez em Santa Catarina, garantindo a presença de líderes nacionais em cargos de direção, como o paranaense Ney Perracini e o cearence Francisco Nóbrega, e estreitando a interlocução da entidade com autoridades federais. A consolidação do caráter nacional da entidade é o desafio que a UBE 70

se propõe cumprir neste período, não só participando e apoiando empreendimentos culturais de âmbito regional, supra-regional e internacional, mas, também, estabelecendo um modelo de representação baseado no funcionamento de um consellho de articulação nacional com delegados oriundos dos diversos estados da União para externar opiniões e formular propostas de políticas culturais amplas, com destaque para aquelas referentes ao livro e à leitura. Nunca é demais lembrar que, por ser entidade de representação nacional dos artistas e cientistas da palavra pouco importando o Estado onde tenham berço, atuação e residência, a UBE também constitui www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

excelente instrumento de exposição e divulgação da obra literária brasileira. Esta condição aumenta a importância da entidade, pois - como, a exemplo dos outros artistas de outras expressões, os escritores conseguem compreender e traduzir as realidades, vontades e necessidades associadas às condições topográficas, climáticas, históricas, econômicas, políticas e sociais de cada um dos Brasis contidos no território nacional - a Casa de Paulo Cavalcanti funciona como caixa de ressonância e termômetro do nível de atividade daqueles que, cumprindo papel essencial ao País, podem registrar, interpretar e transmitir a história, o sentimento e as vontades do povo brasileiro. É nesta perspectiva que a UBE proclama preocupação com a fragilização dos mecanismos de incentivo cultural, que, de uma hora para outra - ao invés de reconhecidos como elementos úteis, mas imperfeitos e, portanto, carentes


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de melhorias e aperfeiçoamentos -, passaram a ser acusados de funcionar como canais de vazamento improdutivo de recursos públicos. Assim, da mesma forma que denuncia o pífio orçamento reservado pelo governo federal para o custeio atividades culturais no Brasil e, também, insiste na necessidade de completa reformulação do sistema previsto na chamada Lei Rouannet, a União Brasileira de Escritores repudia o achincalhe da arte e dos artistas por políticos que, usando a brutalidade como instrumento de ação, têm a petulância de querer associar investimentos em cultura à despesas perdulárias. Aliás, consciente de que um povo culto e letrado é mais resistente às manipulações das ideias e das palavras (e, assim, mais aparelhados para buscar caminhos que levem ao bem estar social) e preocupada com a nítida degradação já observada em algumas áreas, a UBE lembra que, tal como a ciência e a tecnologia, a arte também deve ser protegida e estimulada como elemento estratégico de desenvolvimento. Assim, neste momento crucial da história recente do País - além de denunciar, no âmbito geral, a violação do direito à informação e, no âmbito setorial, a fragilização da cadeia de produção, consumo e desfrute do livro -, a UBE conclama o mundo intelectual brasileiro a se unir na defesa da democracia e, como medida capaz de minimizar os prejuízos advindos de políticas autoritárias adotadas às pressas, buscar uma política cultural ampla capaz de garantir o acesso dos brasileiros a bens culturais representativos de cada realidade cultural abrigada no nosso imenso Brasil. (*) Alexandre Santos é presidente da União Brasileira de Escritores

DIRETORIA DA UBE – BIÊNIO 2017 / 2018 UNIÃO PELAS LETRAS ONTEM, HOJE E SEMPRE No dia 11 de janeiro, a chapa ‘União pelas letras - ontem, hoje e sempre’ liderada pelo escritor Alexandre Santos foi confirmada para dirigir os destinos da União Brasileira de Escritores (UBE) no biênio 2017-2018, com a meta de consolidar o caráter nacional da entidade. “Temos muito pela frente - instalar novos núcleos estaduais e municipais, ampliar o quadro de associados, propor normas e leis capazes de valorizar intensificar a interlocução com a sociedade e com a autoridades, etc.”, afirmou o presidente Alexandre Santos em correspondência aos dirigentes eleitos da entidade. DIRETORIA EXECUTIVA PRESIDENTE: Alexandre Santos VICE-PRESIDENTE: Raimundo Carrero PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE: Flávia Suassuna SEGUNDO VICE-PRESIDENTE: José Tavares de Lima SECRETÁRIA GERAL: Edson Mendes PRIMEERO SECRETÁRIO: Francisco Nóbrega SEGUNDO SECRETÁRIO: Salete Rego Barros TESOUREIRO GERAL: Renato Siqueira PRIMEIRO TESOUREIRO: Genoveva de Morais Tompson SEGUNDO TESOUREIRO: Eduardo Garcia ADMINISTRADOR GERAL: Eugênia Menezes PRIMEIRO ADMINISTRADOR: Bernadete Bruto SEGUNDO ADMINISTRADOR: Felipe Júnior DIRETORIAS TEMÁTICAS DIRETOR ARTES CENICAS: Margarett Leite DIRETOR ARTES VISUAIS: Vera Sato DIRETOR DE COMUNICAÇÃO: Ariadne Quintela DIRETOR DE CULTURAl: Ney Fernando Perracini DIRETOR DE DIREITO AUTORAL: Sílvio Hansen DIRETOR DE EVENTOS: Neilton Limeira DIRETOR DE EXTENSÃO ESCOLA: Zélia Prímola DIRETOR DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO: Maria das Dores Arruda DIRETOR DE INTERCÂMBIO ESTADUAL: Sandoval Ferreira Leite DIRETOR INTERCÂMBIO INTERNACIONAL: Fernando Farias DIRETOR INTERCAMBIO NACIONAL: Ronaldo César DIRETOR JURÍDICO: Adalberto Arruda DIRETOR DE LÍNGUAS FALADAS NO BRAIL: José Bezerra de Lemos DIRETOR DE MÚSICA: Ruby Jean Boddy DIRETOR DE PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E ACERVO: Francisco Mesquita DIRETOR DE PESQUISA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA: Adeildo Nunes DIRETOR RELAÇOES INSTITUCIONAIS: Jaques Cerqueira DIRETOR DE SOCIAL: Taciana Valença CONSELHO FISCAL Titulares Dulce Albert Fatima Almeida Raquel Carrilho Suplentes Patriotino Aguiar Socorro Costa Mary Vânia Bezerra Siqueira,

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ENTREVISTA

ESCRITOR JOEL GONÇALVES Nascido em Santo Antônio do Salto da Onça, agreste do estado do Rio Grande do Norte. Cresci em São José do Campestre. Uma cidade pequena, onde a agricultura fora devastada pela praga do bicudo e seca que perdurou por sete anos. Por um galão de água vi um homem morrer próximo a escola que estudava e isso me motivou a escrever. Nesse município 66% da população era considerada analfabeta no começo dos anos 2000. Para fugir dessa realidade me dediquei aos estudos, aos 16 anos passei em primeiro lugar para o curso de ciência da computação na UERN, no campus da cidade do Natal, capital do meu estado. Fui presidente do centro acadêmico do curso, participei de projeto de inclusão de jovens e idosos (ensino de informática básica). Projetos de pesquisa e eventos. Em um desses eventos pude conhecer professores da universidade de Sorbonne (palestrantes). Comecei a publicar em 2006. Desde então, fui finalista em vários prêmios, com destaque para o Siemens Student Award Brasil (2011).

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Sofia faz isso, e o faz com tamanha intensidade que o choro é inevitável em vários trechos do livro. Nas cenas de violência ocorridas na ditadura ricamente detalhadas pode causar um trauma.”


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Escritor Joel Gonçalves é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a escrever “Sofia, meu mundo caiu”? Joel Gonçalves - O prazer é meu em poder fazer parte deste projeto. Escrever foi a forma que encontrei para romper com a realidade que me cercou por toda infância e juventude, de impunidade e pobreza. A seca, a pobreza, os crimes, parecia não haver lei no interior do nordeste brasileiro. Sofia é um livro em que descrevo parte do que minha família passou, do que eu presenciei ou ouvi de meus avôs e amigos que viveram a ditadura. Minha avó que precisou dar a luz em outra cidade. Minha tia mais velha trabalhou por um longo tempo em um hospital sem luz ou água, por um motivo absurdo: era contrária ao prefeito da cidade. Ela e alguns outros resistiram e foram indenizados no começo dos anos 90. Não havia aquela época lei ou direitos humanos no Brasil. Essa escuridão dominou nosso país por anos, e hoje pagamos o preço por termos anistiados todos aqueles que cometeram crimes naquela época. Eles continuam no poder! Hoje parece absurdo falarmos disso, mas ainda há pessoas que são renegadas por não terem um lado ou estarem em lado oposto ao poder.

tal livro, um desejo sufocado pelo tempo e que ressurgiu com as manifestações de 2013 no Brasil. Entrei em choque ao ler cartazes pedindo a volta da ditadura, que tipo de pessoa pede isso? Comecei a escrever Sofia tendo como foco e base aquilo que sabia da ditadura, pelo que minha família havia passado, pelo que amigos passaram e nada disso havia sido escrito. Se senti confiante para ir mais fundo nos personagens após o sucesso do livro “O coração negro, as cinzas de um 27 de janeiro”. Livro esse que figurou várias vezes entre os mais baixados pela Amazon do Brasil desde seu lançamento. Sofia é um livro intimista, para descrever o Brasil e quanto ainda não sabemos dele ou não queremos revelar. A literatura brasileira esquece facilmente os problemas e basicamente descreve uma realidade que não mais existe. Acho que desde “Vidas Secas” pouco ou quase nada se escreveu para descrever a sociedade brasileira, seus problemas, conflitos e desafios. A vida no campo é narrada como bucólica mas com conflitos pessoais intensos. Tais conflitos irão marcar para sempre os personagens, suas ações serão fruto de fatos ocorridos no passado. A narrativa transcorre por oito décadas, uma homenagem a Gabriel Garcia Marquez e “Cem anos de Solidão” contemplando a diversidade das crises vividas no Brasil, com especial detalhe para a ditadura.

Quais os principais desafios para construção do enredo que compõe a obra? Joel Gonçalves - É um livro profundo, um desabafo, com cena fortes e reais, os personagens são fictícios. Jamais sonhei ser capaz de escrever

O que o levou a escrever o livro em primeira pessoa? Joel Gonçalves - Quando eu escrevi “O coração negro”, uma leitura da Irlanda disse-me que meu texto parecia ter sido escrito por um francês, questionou-me se gostava

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

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da literatura francesa. A parte mais lembrada e elogiada deste livro foi justamente aquela que escrevi em primeira pessoa, descrevendo o sentimento e os conflitos de um jovem em coma profundo. O cenário de “Sofia” seria o mesmo que “O coração negro”, apesar de haver mais vida e fatos em “Sofia”. Dois grandes nomes da música brasileira influenciaram a decisão final da narrativa, Chico Buarque e Elis Regina. Chico compôs uma música que particularmente adoro ouvir na voz inconfundível de Elis Regina (“Deus Lhe Pague”), que tem as seguintes frases: “Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir Deus lhe pague”. Quando comecei a escrever “Sofia” eu tinha em mente captar essa fúria da juventude sufocada pela ditadura, o remorso e a angústia (personagem Maria). A perda da infância e a crise de identidade vivida por uma jovem vítima de abuso (Sofia). Ler Sofia é ver-se no espelho, por isso está escrito em primeira pessoa, para que todos se sintam e sintam o que ela sentiu. É um livro para refletir e questionar. Como foi a escolha do Título? Joel Gonçalves - O título que havia pensado era “Muito além do meu eu”, achando eu que assim captava a essência do livro. Uma amiga (Carolina Souza) minha que é graduada em letras e defensora dos direitos humanos, leu meu livro. Me disse certa vez que por quinze dias após o termino da leitura caminhava pelo Rio de Janeiro, a procura de Sofia. Via ela em mulheres, poderia ser qualquer uma. Me escreveu chocada com o livro. Após seu relato 73


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troquei título para Sofia. Disse-me ela: “mundo caiu” com a trajetória da personagem e que era impossível não amá-la. “Sofia, meu mundo caiu”, tornou-se o título desde então. E a Carolina e eu decidimos desde então trabalharmos em um livro juntos. Um livro que irá trazer a tona a pacificação das favelas no Rio de Janeiro. Quais temas estão sendo abordados nesta obra? Joel Gonçalves - A mudança da sociedade rural para a urbana contextualizada num primeiro momento. A ditadura e seus objetivos de desenvolvimento, ou seja, perseguição e isolamento com industrialização acelerado mas concentrada. E como, diante do caos uma sociedade é construída. O sofrimento e a vida das minorias. Com o tempo, talvez, meu livro seja considerado feminista por abordar a mulher não como figura mas como dona de sua vida. Os personagens femininos foram especialmente criados para serem avassaladores e catalisadores das mudanças sofridas pela sociedade brasileira. O que mais o atrai em “Sofia, meu mundo caiu”? Joel Gonçalves - A jovem Sofia, mas ela só aparece por volta da página 60 do livro impresso. Essas primeiras 60 páginas descrevem “meu mundo caindo”. A família perfeita representa e descrita pela personagem Maria. Maria quer um casamento feliz com um homem rico, roupas e joias e na primeira oportunidade mata seu pai, vê sua mãe suicidar-se, perde dois irmãos para a segunda guerra e não compreende o motivo pelo qual mesmo casada com um homem rico, morando 74

na capital. Mesmo assim ela não se sente feliz, falta o pai, sua mãe. Maria cria seu irmão mais novo para tornar-se um grande homem. Esse jovem será um dos maiores torturadores da ditadura, matando cruelmente muitos e violentando Sofia. Pedro tem um filho, criado por sua irmã (Maria), seu filho casa-se com Sofia (estrupada por seu pai). O olhar de Sofia para a sociedade e si mesma é intenso, nada passa por ela. Ela luta pelos outros como gostaria de ter forças para lutar por si. É uma mulher que sobreviveu com cicatrizes a seu tempo, mas não trás rancor pelo sofrimento, mesmo sentindo nojo pelo próprio corpo. Todas as cenas com ela são intensas, questionáveis e detalhistas. A cena de tortura a qual Sofia é exposta é cruel, mas apesar dos 50 anos que nos separa, parece ser um retrato de uma reportagem de hoje cedo. A violência contra a mulher é cada vez maior e mais brutal, a punição no entanto... Na apresentação do livro a obra é recomendada a todos (que não sofram de depressão), o que leva o enredo da obra a não ser indicado para pessoas depressivas? Joel Gonçalves - É uma questão séria, principalmente pelo atual momento da sociedade brasileira de perda de identidade. Pessoas são mortas por qualquer motivo, pouco tempo atrás um pai abraçou seu filho na rua e ambos foram agredidos, poderiam ter morrido. Os agressores acharam que se tratava de um casal homoafetivo. Não veremos isso em livros de história, a história é contada privilegiando um lado. A literatura por outro lado tem o papel de descrever intimamente a sociedade, por um período www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

de tempo. Sofia faz isso, e o faz com tamanha intensidade que o choro é inevitável em vários trechos do livro. Nas cenas de violência ocorridas na ditadura ricamente detalhadas pode causar um trauma. Minha amiga ficou em choque por quinze dias, o que dizer daquelas pessoas que já estão em soque por motivos emocionais diversos. Mas pode ser lido por qualquer um que queria se questionar. O papel da literatura é este mesmo, o de ir a fundo no inconsciente do ser e da sociedade. Onde podemos comprar o seu livro? Joel Gonçalves - O livro foi censurado, as editoras queriam que eu retirassem vários trechos do livro, por considerarem pesado demais. Algumas até sugeriram que eu retirasse a ditadura do livro, pois isso poderia gerar algum tipo de processo. Acho que escrever é uma arte, mas como toda arte ela precisa libertar, isso claramente exige que tenhamos força para lutar pelo que acreditamos. Desta forma deixei de lado as opiniões e publiquei pela Amazon integralmente e com exclusividade, até pagam mais que as editoras convencionais. Escrever sobre a ditadura é um tabu no Brasil! E-book: https://www. amazon.com.br/Sofia-mundo-Cora%C3%A7%C3%A3o-Neg ro -Livro-ebook/dp/B017GE77PS/ ref=pd_rhf_dp_p_img_1?_enco ding=UTF8&ps c=1&refRI D=2KERKTJ2WR3J14QPVW4S Impresso: https://www.amazon. com/Sofia-particular-Joel-Goncalves-Oliveira/dp/1533311501/ r e f = s r _ 1 _ c c _ 1 ? s = ap s & i e = U TF8&qid=1483215722&sr=1-1-catcorr&keywords=joel+oliveira


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Você está construindo uma promissora carreira profissional, em sua escrita encontramos livros de inovação tecnológica, ficção e romance, conte-nos quais os seus principais objetivos como escritor? Joel Gonçalves - Ver além do meu tempo! Desde que saí de casa tenho um único objetivo: fazer o melhor que posso com o que tenho disponível. Depois que graduei isso virou marca pessoal. Eu poderia ter seguido carreira em várias áreas, mas preferi investir em microtecnologia. Tive trabalhos aceitos em importantes eventos e jornais. Devo isso ao fato de estar aberto a mudança. Meus livros começam com um desenho, faço uma tela inicial do personagem principal (tenho algumas telas guardadas comigo). Expresso toda a intensidade nesses desenhos e quando passo para o texto ele tem vida, intensidade. Tenho aprendido muito nesses anos, pensado e escrito cada vez mais e sinto que meu grande livro está próximo. Aquele livro que deixará minha marca, e que com o tempo, talvez, lembrem dele e esqueçam de mim. Penso em algum momento expor em um mesmo local os livros e telas, lado a lado. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “Sofia, meu mundo caiu” do autor Joel Gonçalves. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Joel Gonçalves - Descubram-se por dentro, leiam com o ar de um inquisidor, questionem-se. Quebrem barreiras e tabus e sigam em frente. O mundo dá voltas e aquilo que semeamos no passado o vento leva para longe, os pássaros se encarregam de conduzir nossas sementes e lá na frente veremos resultados incríveis, inimagináveis, afinal tudo começa com um primeiro passo.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Isi Golfetto

Um navio está seguro no porto, mas não é para isso que os navios foram feitos... William Shedd

Onde está o seu barco? Quem nunca ficou paralisado pelo medo, levante a mão. Quem nunca desistiu de iniciar um projeto, ou de realizar um sonho, por não se sentir totalmente preparado? Cada um de nós tem habilidades, um sonho e uma única vida. Ficar no porto amarrado... ancorado... definitivamente não é a finalidade da sua vida, nem da minha. A vida honra os movimentos ousados, com atitudes prudentes e riscos calculados. Chegou a hora de cruzar o oceano! Não tenha medo do fracasso, dos riscos, dos obstáculos. Eles es-

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tarão sempre por perto. Mas acredite... não foi para falhar que você foi feito. Isi Golfetto A maioria de nós possui navios fascinantes, outros possuem barcos impressionantes... ou seja, belas metáforas se as compararmos com os talentos, habilidades, sonhos e objetivos que cada um de nós temos em nossa vida. Contudo, os resultados que vamos obter dos nossos projetos e ideais dependem da capacidade de acreditarmos em nosso potencial e das nossas ações em direção ao que pretendemos alcançar.

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Voltando à nossa metáfora. Você já reparou como uma boa parte das pessoas fica apenas “amarrada ao porto” com seus talentos, sonhos, objetivos... assistindo pacificamente aos “aventureiros” que deixam o conforto do porto e a estabilidade e segurança do seu espaço e partem em busca de grandes aventuras, lugares exóticos... alguns deles velejando lentamente, outros se distanciando em alta velocidade... enquanto aqueles ficam batendo na esteira e balançando no cais? O que os impede de partirem para o mar?


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Será o medo de enfrentar as tempestades, as grandes ondas? Será o medo de falhar ou de ser avaliado? Será o hábito de concentrar-se mais nas coisas que podem dar errado? Sem dúvida, para muitas pessoas esses sentimentos as impedem de deixarem a segurança do porto sem se dar conta de que o porto é apenas um lugar para se abastecer. A oportunidade de aprender a confiar em si mesmo, a possibilidade de crescer, de vencer os medos e de superação está exatamente em enfrentar as dificuldades. Certa vez eu li: Às vezes Deus acalma o mar... outras vezes Ele acalma o marinheiro... mas em determinadas ocasiões você aprende a nadar. Nada mais verdadeiro. Cada um de nós tem habilidades, tem um propósito, um ideal, um sonho e uma única vida. Ficar no porto amarrado... ancorado...

definitivamente não é a finalidade da sua vida, nem da minha. A vida honra os movimentos ousados, com atitudes prudentes e riscos calculados. Que atitudes ou ações podem inspirar os desbravadores dos mares, os conquistadores de sonhos a avançarem mar adentro em direção as suas metas? 1. O desejo de conquistar. Longe de se imaginar preso ao porto, sem desafios, contentando-se com menos do que poderia ter, o conquistador tem seu desejo impulsionado pelo ânimo, pela motivação e determinação. 2. Persistência. Os ventos podem até mudar a direção, mas não a sua decisão. O conquistador enfrenta os desafios, refaz a sua rota quando precisar, mas jamais abandona seus sonhos. Eles são a sua bússola, eles indicam o caminho a seguir.

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3. Autoconfiança. O medo de mudar é uma âncora que impede o ser de navegar pelo mar da vida. Por isso o conquistador tem que confiar em si, em seus sonhos, pensar positivamente. E esse pensar positivo significa estar ciente de que o simples fato de acreditar não garante que irá conseguir o que quer, mas vai desafiá-lo a continuar, a perseguir seu ideal, a encontrar soluções para alcançar seus objetivos. Onde está o seu barco? Você e eu não fomos feitos para ficarmos à beira do cais contemplando os navios e barcos ganharem o mar. Vamos tirar a âncora que nos prende e começar a velejar... não importa se lentamente ou em alta velocidade... o importante é partir... e boa viagem a todos nós!!! Quem sabe nos encontraremos em algum porto para reabastecermos e contarmos as novidades das nossas aventuras!!!

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ENTREVISTA

ESCRITOR MARCOS DANTAS Marcos Dantas Pereira natural de Mossoró no Rio Grande do Norte/Brasil. Atualmente mora em Portugal. Formado em Gestão Ambiental, desenvolveu projetos de ecologia integral, especificamente a ecologia ambiental, social e pessoal. Esses projetos disseminaram palestras em órgãos, escolas públicas e particulares. Marcos Dantas é universalista espiritualista, atua também como terapeuta holístico, é um pesquisador e desbravador do autoconhecimento, apaixonado pela vida.

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De autodescobrimento, entretanto ajudá-lo a despertar para a realidade da vida e torná-lo mais forte para vencer os conflitos do dia a dia. Através de uma linguagem simples e acessível e de casos práticos.”


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Marcos Dantas - Aqui em Portugal pelo telefone +351 920099028 e no Brasil pelo o site http://loja.tray.com.br/loja/produto-32653-70468-reflexoes_para_lidar_com_os_problemas_da_vida_ marcos_dantas

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Marcos Dantas é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que mais o atrai na evolução do auto-conhecimento humano? Marcos Dantas - A transformação do indivíduo. Hoje o autoconhecimento é muito importante para a evolução pessoal, pois traz uma vida saudável, feliz e harmoniosa. Entretanto muitos ainda sofrem por não saberem controlar suas emoções. A vida é cheia de artimanhas e surpresas. Quando você pensa que conhece bem um a pessoa, derrepente ela pode te surprieendê-la, trazendo-lhe decepções! E se alguem disser que sabe tudo de si, está mentindo. Ninguem sabe nada até o momento em que aprende com a vida a forma de evitar esses acontecimentos através do autoconhecimento. Como foi a construção do seu livro “Reflexões para lidar com os problemas da Vida”? Marcos Dantas - A construção do livro nasceu a pedido dos meus amigos e consulentes. Também na necessidade de juntar e organizar todos os textos em um só bloco dando vida a este livro de autoajuda e reflexões motivacionais. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos textos que compõe a obra? Marcos Dantas - De autodescobrimento, entretanto ajudá-lo a despertar para a realidade da vida e torná-lo mais forte para vencer os conflitos do dia a dia. Através de uma linguagem simples e acessível e de casos práticos.

Você atua como terapeuta holístico, conte-nos quais as principais atividades que desenvolves. Marcos Dantas - As atividades que desenvolvo na terapia holística é com Reiki, Cromoterapia e faço também atendimento através das lâminas.

Que temáticas estão sendo abordadas? Marcos Dantas - Como entender a vida?/As mudanças da vida/Seguir em frente lidando com o passado/ Lidando com o medo/O mal da impaciência/A busca pelo sucesso. Estou no caminho certo?/Ser feliz/A liberdade está dentro de você/ Lidando com a traição/Desintoxicação da mente/Encontrando a paz/ Realização pessoal/Cuidado com os ladrões de emoções/Reflexão. O que mais o encanta no ser humano? Marcos Dantas - A capacidade de criar algo a partir do que já existe. Se auto-transformar em seus momentos de introspecção. Nos descreva o livro em duas palavras Marcos Dantas - Autoavaliação do pensene Onde podemos comprar o seu livro? www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

Quem desejar contratar os seus trabalhos como deve proceder? Marcos Dantas - Através do email adreesmarcos@gmail.com ou do whatsaap +351 934317546 Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Marcos Dantas. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Marcos Dantas - Agradeço a oportunidade de participar desta entrevista. Espero que gostem da leitura de “Reflexões para lidar com os problemas da vida” e estarei aberto a comentários e opiniões caso alguém quiser compartilhar comigo. Segue abaixo meus contatos: Fanpage https://www.facebook.com/marcosdantas.oficial

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MERCADO LITERÁRIO Por Leo Vieira | leovieirasilva@gmail.com Leo Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura

CANTE COMO OS PÁSSAROS Esse conselho eu li e ouvi para um monte de alternativas. Significa que devemos viver sem esperar muita coisa de retorno. Um pássaro não canta esperando receber aplausos, ou então ganhar visibilidade e respeito entre outras aves. Ou mesmo ganhar uma honraria acadêmica no mundo animal. Um pássaro canta porque é da natureza dele e assim ele se sente feliz, independente se irão apreciar ou não. Em nosso meio literário, somos como vistosos e eloquentes pássaros em busca de espaço e público para ouvir o nosso canto. Porém nem sempre estamos dispostos a ouvir o canto do pássaro que está ao nosso lado. Isso porque queremos apenas cantar e ser ouvidos. Não queremos ouvir. De qualquer forma, o que deixamos de por em prática é que quando nos importamos demais com coisas desnecessárias, abrimos mão de grandes momentos como esses: de ser público e de apresentar o nosso canto. Escreva seus textos, apresente-os nos blogs, publique seus livros, disponibilize-os na rede, seja presente no meio acadêmico virtual, elogie um texto ou um livro que gostar de ler e o mais importante de tudo. Não deixe de “cantar como os pássaros”.

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ENTREVISTA

ESCRITORA MIRIAN M. DE OLIVEIRA Mestre em Semiótica, Tecnologias de Informação e Educação – UBC – Mogi das Cruzes – SP, Especialista em Leitura e Produção de Textos – UNITAU – Taubaté - SP. Membro da REBRA - REDE DE ESCRITORAS BRASILEIRAS, da AJEB – ASSOCIAÇÃO DE JORNALISTAS E ESCRITORAS BRASILEIRAS, Embaixadora da DIVINE ACADÉMIE FRANÇAISE DES ARTS DES LETTRES ET DE LA CULTURE. Membro de diversas Academias, incluindo a AJL – ACADEMIA JOSEENSE DE LETRAS e, atualmente, Acadêmica Correspondente da ARLAC – ACADEMIA ROTÁRIA DE LETRAS, ARTES E CULTURA – ROTARY Club Taubaté Oeste: possui livros de poemas e artigos publicados, além de participação em inúmeras Antologias. Quinzenalmente, Mirian Menezes de Oliveira publica: crônicas e poemas, pelo Projeto DIVULGA ESCRITOR, com abrangência em Brasil e Portugal. Em outubro de 2014, em parceria com dois artistas, participou de Exposição no Carrosel du Louvre – Paris - França.

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É enxergar parte de minha alma, impressa em singelos versos.”


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Mirian Menezes de Oliveira é um prazer contarmos com a sua participação em mais uma entrevista com o projeto Divulga Escritor, conte-nos que temas são abordados em seu livro “Rotinas e Surpresas”? Mirian Menezes - O livro “Rotinas e Surpresas – Espirais de Vida”, chancelado pela REBRA – Rede de Escritoras Brasileiras, é um livro de poesias, publicado, em 2014, cuja arquitetura se organiza em torno de versos e fotografias, esboços emergentes da alma. Conceituamos, inicialmente o livro, como “um acontecimento semiótico, gerado no espaço uterino da alma, onde imagens e formas nos surpreendem”. É surreal, em determinados momentos e se comporta como uma radiografia de nossa existência incerta... Nada está sob controle, nem mesmo a rotina... Em que momento se sentiu preparada para publicá-lo? Mirian Menezes - Após a publicação de “O Cientista e a Poeta” – Editora TRIOM iniciei uma série de participações em Antologias. Já perdi a conta das publicações, mas acredito que passam de 40 ou 50, algumas, inclusive, lançadas em outros países. Em relação ao livro “Rotinas e Surpresas” acredito que foi concebido num período de tempo que não pode ser cronometrado... Meus poemas nascem em Kairós... Como referência, posso sinalizar “2014”, com um ano, em que muitos fatos surpreendentes ocorreram em minha vida e reposicionaram ações e decisões tomadas. Um expressivo acontecimento que não posso deixar de citar foi a participação con-

junta, com a artista plástica Tita Selicani e com o fotógrafo Gilmar Dueñas, na Exposição: Trilha de Olhares – Verde Órion, ocorrida em Le Carrosel du Louvre – Musée du Louvre – França, sob curadoria de Madame Diva Pavesi, Presidente da DIVINE ACADÉMIE FRANÇAISE DES ARTS DES LETTRES ET DE LA CULTURE. Esta Exposição representou quatro áreas ambientais de São José dos Campos, articulando três artistas, três formas de expressão artística, Arte, compromisso social e sustentabilidade. A publicação de “Rotinas e Surpresas”, www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

ocorreu na sequência de meu retorno de Paris, no final de outubro. Qual o objetivo em publicar textos poéticos acompanhados com imagem? Mirian Menezes - As fotografias foram o ensaio de uma escritora, em período de férias. Não sou fotógrafa profissional, mas aprecio a Arte. As imagens não tiveram, portanto, uma ordem exata de escolha. Algumas fotografias foram selecionadas, depois da escrita de poemas, outras se constituíram em fonte de inspiração, para a escrita de novos versos. 83


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Enfim, imagens e versos deixaram e deixam espaço, para a circularidade de pensamentos, ideias e emoções. Podemos dizer que as imagens são relacionadas aos textos? Mirian Menezes - De forma intuitiva, podemos dizer que houve articulação entre os textos e as imagens. O que mais a encanta em “Rotinas e Surpresas”? Mirian Menezes - É enxergar parte de minha alma, impressa em singelos versos. Onde podemos comprar o seu livro? Mirian Menezes - Livraria Asabeça, Livraria Cultura... Deixo um link com a sinopse: http://w w w.s cor tecci.com.br/ lermais_materias.php?cd_materias=10043&friurl=_-ROTINAS-E-SURPRESAS--Mirian-Menezes-de-Oliveira-_ Qual o tipo de textos que gostas de ler? Mirian Menezes - Sou uma leitora compulsiva. Leio textos clássicos, contemporâneos, infantis, acadêmicos, científicos, jornais, revistas, gibis, obras de arte, museus (acredito que esqueci muitas coisas!). Confesso que, no que se refere à Literatura, sou apaixonada por Machado de Assis e Fernando Pessoa, mas meu leque de paixões é imenso. É difícil citar autores. Sou uma pesquisadora por natureza, gosto de estudar. Amo Filosofia, Música, Antropologia, História e Arte. Sou, extremamente, compulsiva. O que mais a encanta na leitura destes tipos de textos? Mirian Menezes - A estrutura, os 84

temas, a sutileza de pensamentos e de construção de ideias... cores formas, texturas, sons... História e histórias. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Mirian Menezes de Oliveira. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos em sua opinião o que cada leitor pode fazer para ajudar a vencermos os desafios encontrados no mercado literário brasileiro? Mirian Menezes - O leitor pode tentar se aproximar de novos escritores, descobrir o que gosta de ler, prestigiando a leitura nacional e internacional. Há lugar para todos nesse Mundo. Quanto ao escritor, deve divulgar, investir em si mesmo (a), prestigiar colegas, articular ações com outros escritores e exercer seu ativismo cultural, com a mente e coração abertos. Contatos autora: http://www.divulgaescritor. com/products/mirian-menezescolunista/ http://rebra.org/escritora/ escritora_ptbr.php?id=1794 http://www.bookess.com/profile/ mirianmenezes/about/

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ENTREVISTA

ESCRITOR UELDISON ALVES Ueldison Alves de Azevedo, professor, historiador e escritor, reside em Guarulhos, casado com Simone Maria Bento Azevedo, pai de Laura Sophia Bento Azevedo. Nascido em São Paulo no dia 22 de janeiro 1988, filho de José Luiz de Azevedo e Maria Edleusa Alves de Azevedo, irmão de Weslley Alves de Azevedo e Aline Alves de Azevedo. Vida na docência começou em 2015 e depois de anos de Estudos por conta própria em 2016 (já próximo terminar faculdade) resolveu escrever o livro apontando suas analises perante a sociedade através da história, filosofia, sociologia e outras disciplinas.

Boa leitura!

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E o livro é exatamente o que sou, analítico, critico e filosófico, são anos de estudos que formam o ser integro naquilo que pensa e na sua existência.”


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Ueldison Alves de Azevedo é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que mais o encanta na arte literária? Ueldison Azevedo - A diversidade de interpretações, onde cada ser é livre para imaginar o cenário os personagens dentro do contexto literário. Desde dos gregos o texto é simplesmente um texto até se tornar simbólico e sagrado para aquele que está acompanhando do lado de fora, uma peça de teatro por exemplo. Isso é mágico, a literatura seja ela empírica\factual ou simplesmente um conto folclórico, ela sempre desperta a imaginação de quem lê ou de quem assiste uma peça seja lá qual for. Em que momento pensou em escrever o seu livro “A Sua História que ninguém contou!”? Ueldison Azevedo - Sempre tive vontade de escrever algo que transmitisse minhas ideias e unindo a história dos acontecimentos com as mitologias que tanto estudo, e realizei várias análises da sociedade nas quais aponto como experiências vividas e pesquisas paralelas, conversando com várias pessoas, incluindo meus parentes e amigos, teve um momento que uma amiga minha perguntou se eu estava fazendo comparação da vida dela com a mitologia grega, respondi que sim. Nossa conversa foi sobre questões do sentimento dela para com outra pessoa e como muitas pessoas ela tinha uma ideia de amor dependente, com isso cheguei a conclusão que a humanidade está muito carente de si próprio e decidir escrever o livro traçando esses pontos.

Quais os principais desafios para construção do enredo que compõe a obra? Ueldison Azevedo - O desafio até como professor aqui falando, é como você vai transmitir algo tão complexo de uma linguagem tão complexa e converter ou transformar numa linguagem que todos entendam sua transmissão e o que quer passar. E me vi não escrevendo na terceira pessoa mas sim na primeira pessoa como se o leitor entrasse em dialogo com o livro e comigo. Assim ele entenderá meus pontos de vista de forma critica e exemplificada em pontos históricos, sociológicos e filosóficos. E está muito longe de ser autoajuda, que aliás nunca me dediquei a escrever um livro de autoajuda, pois uso vários momentos e situações para analisar, refletir e falar. Desde o inicio da escrita sabia que se tratava de uma série? Conte-nos em quantos volumes a série está dividida e de que forma está sendo apresentado o enredo em cada uma delas? Ueldison Azevedo - Sim. Decidi escrever nessa coleção anos de estudos e pesquisas que faço e além de falar aquilo que penso e não almejo que as pessoas concordem sempre com minhas ideias, pois isso que é o bacana dentro de uma literatura, as pessoas não concordam e instiga a pesquisar mais e criar suas próprias identidades intelectual e essencial. E o livro é exatamente o que sou, analítico, critico e filosófico, são anos de estudos que formam o ser integro naquilo que pensa e na sua existência. O volume dois que estou escrevendo, ele já é mais voltado para o extremismo que o munwww.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

do vive, não existe mais aquele ter aquilo que invejo dele e sim quero ter o que ele tem e não quero mais que o ele exista, isso é extremismo dentro de um complexo narcisista. A quem você indica leitura do livro? Ueldison Azevedo - Aos Historiadores, Sociólogos, Filósofos, aos leigos na literatura, aos críticos que leem nos mínimos detalhes e por fim a sociedade em geral. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do enredo que compõe a obra? Ueldison Azevedo - Nossa sociedade vive dentro de uma depressão incrível, a culpa não é da tecnologia, porque nós criamos a tecnologia e a manipulamos, a culpa não é de Deus, porque usamos dele para diminuir a nossa dor de consciência em atos nossos, durante toda a história da humanidade tivemos conflitos sociais, problemas do individual do ser, mas chegamos numa era que vivemos numa insegurança tão grande que nem a própria crença suporta a solidão que nós mesmos cavamos. Creio que na próxima geração se as pessoas ainda souberem o que é felicidade, continuará a pegar filosofias e história dos antigos porque quando encontrarem a nossa história poderemos ser descartados aos ventos, por sermos internamente fracos. Onde podemos comprar o seu livro? Ueldison Azevedo - Clube de autores: https://www.clubedeautores. com.br/book/224240--A_Sua_Historia?topic=geografiaehistoria#. WIETVlMrLIV (Livro fisico e PDF) 87


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magníficos guiadas pela astronomia e isso é cativante e imaginativa me faz mergulhar dentro desse mundo história.

Google Play e Itunes. https://www.amazon.com/ (Livro Fisico e PDF) http://www.saraiva.com.br/ (PDF) Qual o tipo de textos que gostas de ler? Ueldison Azevedo - Histórico e estória, político, psicologia, metafísica, filosofia, sociologia, ficção, astronomia O que mais a encanta na leitura destes tipos de textos? Ueldison Azevedo - Bom, a história não tem como não fascinar por88

que é um desenrolar da humanidade desde 3 milhões de anos para cá, apesar que sempre tenho comigo que é um desperdício falarmos que a história só começou a se desenvolver das primeiras escritas para cá, creio que desde o big bang a história de tudo já começa (fascinante), como falamos de evolução, engloba política desde dos egípcios, gregos, romanos e por ai vai, a evolução da mente que advêm com a criação da metafísica e filosofia, mais a frente sociologia, a inteligência de interpretar as estrelas para navegações por exemplo, construir templos www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Ueldison Alves de Azevedo. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Ueldison Azevedo - Sou escritor de primeira viagem para me aventurar em mais tantas outras viagens, depois que lancei o primeiro livro, muitas pessoas perguntam se não tenho vergonha de mostrar que eu sou, minha resposta é simplesmente não. Por que da tal pergunta? Porque as pessoas tem medo de escrever e lançar um livro e a sociedade não aceitar e nesse momento paro e reflito, ninguém sonha por você, ninguém anda por você, ninguém faz por você e nós não nascemos para viver para o outro, a vida do outro, vivemos a nossa vida, busque o seu sonho, vá atrás do teu objetivo, faça valer a pena sua visita aqui na terra, vá em busca do que você acredita: O Sol está a 4,5 bilhões de anos iluminando a todos, e quando vai amanhecer ele não sabe o que encontrará e mesmo assim continua a iluminar.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL Escritora Ironi Jaeger

• A Academia Brasileira de Letras (ABL) foi fundada em 1897 pelos escritores Machado de Assis e Lúcio de Mendonça, inspirada na Academia Francesa de Letras. Seu objetivo é cultuar a língua portuguesa e a cultura brasileira. • Todas as quintas-feiras os membros da ABL se reúnem para um chá na sede da instituição, no Rio de Janeiro. Na ocasião, eles discutem literatura, língua portuguesa e outros temas da vida brasileira. O ritual existe desde a criação da academia. • Olavo Bilac dizia que os escritores eram chamados de imortais “porque não tinham onde cair mortos”. Hoje em dia, todos têm direito a serem enterrados no mausoléu da ABL, no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. • O alfaiate Francesco Rosalba é o responsável pela confecção do uniforme de gala – ou fardão, como é conhecido – usado pelos imortais em ocasiões formais. De 1979 a 2005, apenas o pernambucano Ariano Suassuna havia se recusado a usar as roupas costuradas por Rosalba. • O modelo do fardão é inspirado na roupa dos carabineiros de Calábria, Itália. Compõem-se de uma casaca verde-musgo bordada com fios de ouro, camiseta, suspensórios e um chapéu estilo Napoleão. • Alguns imortais foram enterrados usando seus fardões. É o caso de Assis Chateaubriand. O problema é que, como ele não usava a roupa havia muitos anos, quando foram vestir o cadáver, tiveram que cortar a parte de trás para caber. • Na biblioteca da academia, há coleções que pertenceram a Machado de Assis, Olavo Bilac e Manuel Bandeira. Entre as obras raras, figura uma edição de 1572 de “Os Lusíadas”, de Camões. • Em 2005, o apresentador e humorista Jô Soares publicou o romance “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras”. O lançamento da obra foi realizado no mesmo local onde ocorrem os crimes da trama: o Petit Trianon, sede da Academia Brasileira de Letras. A história conta o caso de um serial killer cujo alvo preferencial são os membros da ABL. • Passaram-se 80 anos até que uma mulher fosse eleita para ocupar uma cadeira na Academia. A primeira foi Rachel de Queiroz, em 1977. Fonte: Guia dos Curiosos 90

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ENTREVISTA

ESCRITORA VALÉRIA REIS GRAVINO Valéria Reis Gravino é autora do livro “A responsabilidade do sócio na execução fiscal”, que alcançou o 1º lugar na lista dos livros mais vendidos da Amazon, em Direito Tributário, encontra-se também disponível na Saraiva. É também autora do livro “Enquanto Espero”, que concorreu ao Prêmio Kindle Literatura 2016. Atualmente concorre ao Prêmio Off Flip 2017 com o conto “Mar de intrigas”. É advogada, MBA em Direito Tributário e MBA em Gestão & Business Law. É professora e articulista de vários sites.

O final feliz da vida é real é menos romantizado, porém, mais concreto e é isso que o livro procurou transmitir.”

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Valéria Reis Gravino é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita literária? Valéria Gravino - Agradeço à Revista! Desde criança escrevo muito, é um hobby. Sempre fui muito estimulada por meus pais e padrinhos a ler desde muito cedo, com livros de Monteiro Lobato, contos dos Irmãos Grimm e literatura infantil em geral. Com certeza foi o que motivou o gosto pela escrita e me tornou uma leitora voraz e eclética. Como surgiu “Enquanto Espero”? Valéria Gravino - Surgiu da vontade de tentar envolver temas diferentes em um mesmo texto e que fossem aparentemente desconexos. No “Enquanto espero”, as pessoas à primeira vista podem pensar que se trata do romance de um CEO com uma funcionária, que é o que está em voga, atualmente. Mas na verdade isso é praticamente secundário. O que interessa são os segredos e intrigas que motivam o relacionamento e não o romance dos dois em si, necessariamente. Conte-nos sobre o enredo que compõe o livro Valéria Gravino - Vitória, que é a personagem principal, está iniciando a vida adulta e seu passaporte para essa fase é o primeiro emprego. O cenário da empresa onde vai trabalhar, apresenta dificuldades extremas para seu início de vida profissional. Operações empresariais, obras de arte e regressão são itens utilizados para justificar os 92

mistérios e as intrigas que a impedem de evoluir em seu relacionamento pessoal, atrapalhando o seu lado profissional também. Considero como o ponto alto a inserção desses assuntos no decorrer da trama. É o que torna a história diferente, sem contudo, transforma-la em algo pesado. Pelo contrário, ela é suave e muito envolvente. Quais os principais desafios para construção do enredo que compõe “Enquanto Espero”? Valéria Gravino - Houve um principal desafio, que foi tornar a união de temas tão diferentes entre si parecerem naturais na história e com um ar de leveza. Tinha tudo para ser um dramalhão e não é. Como foi a construção dos principais personagens, inspirou em alguém, realizou pesquisas? Valéria Gravino - Fiz pesquisas, porém direcionadas à regressão. Quanto à montagem dos personagens, foram criados como uma espécie de Frankenstein: qualidades de uma pessoa e defeitos de outras, que somados, resultaram em todos os que estão no livro. Como foi a escolha do Título? Valéria Gravino - Foi baseada em uma canção de mesmo nome, a qual aprecio muito e que me ajudou muito a ter inspiração para descrewww.divulgaescritor.com | fev/mar 2017


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ver a parte em que a protagonista sofre. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do enredo que compõe a obra? Valéria Gravino - Apesar de ser uma ficção, é uma história que poderia ser vivida por qualquer pessoa, então gostaria que acreditassem que final feliz não acontece só em novela. O final feliz da vida é real é menos romantizado, porém, mais concreto e é isso que o livro procurou transmitir. Descreva o livro em duas palavras Valéria Gravino - Superação e amor. Onde podemos comprar o seu livro? Valéria Gravino - Atualmente está à venda em e-book na Amazon, mas em breve estará à venda a versão impressa por lá. Também teremos a versão digital à venda na Saraiva. Quais os seus principais objetivos como escritora? Valéria Gravino - Emocionar e inspirar as pessoas. Como escrevo também sobre a área em que trabalho como advogada, nesse contexto, quero transmitir o que aprendo, de uma maneira mais suave e acessível. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Valéria Reis Gravino. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Valéria Gravino - Espero que gostem do “Enquanto espero”, que se divirtam e que de alguma forma se inspirem com a história. Muito obrigada! _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL Blog Faces de Uma Capa

Feliz Dia Nacional do Leitor – 7 de Janeiro “A leitura engrandece a alma” (Voltaire) Àquele que compra mais livros do que pode ler: Àquele que fica cheirando as páginas dos livros: Àqueles que levam livros pra onde quer que vá; Àqueles que ficam horas e horas dentro de uma livraria ou um sebo; Àquele que fica se contorcendo todo pra ver o livro que o outro está lendo; Àquele que chora, ri e etc... e etc... enquanto está lendo; Àquele que dá livros de presente em qualquer ocasião; Àqueles que ficam com medo de emprestar seus livros; Àqueles que não veem a hora de ver a continuação de um livro; Àqueles que se apaixonam pelos personagens; Àqueles que visitam livrarias mesmo sem um real no bolso; Àqueles que tudo que alguém fala lembra de determinado livro, ou personagem; Àqueles que viajam sem sair do lugar; Àqueles que ficam horas e horas nas filas de eventos e livrarias só pra acompanhar de perto um lançamento de seu autor preferido... E por fim... Àqueles que querem que todos ao seu redor leiam pra ter com quem conversar e por acreditar que o mundo pode ser um dia melhor só com a magia dos livros. Fonte: www.facesdeumacapa.com.br

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Grazielli Moraes Bibliotecária e Blogueira Grazielli de Moraes lendo o livro Paganus – Simone O. Marques – Resenha Aqui: http://www.facesdeumacapa. com.br/2014/06/paganussimone-o-marques.html


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ENTREVISTA

ESCRITORA TÉIA CAMARGO Téia Camargo é o pseudônimo da carioca radicada em São Paulo, Maria do Carmo Guimarães Rodrigues. Com um vasto currículo profissional transitando entre Educação, Administração e Justiça Trabalhista, a senhora recém-aposentada, tal qual uma adolescente estagiária, aventura-se no mercado literário nacional com as mesmas aflições, expectativas, dores e amores que permeiam o início de uma nova carreira. Autora de “As Aventuras de Maya, a cadelinha filha única” e coautora em antologias publicadas pela Academia de Letras Bauruense, Téia Camargo mantém uma página no Facebook e é colunista do blogfv.com.br e do site www. divulgaescritor.com . Em seu tempo livre, lê, dá risada e sai pelo mundo com seu marido buscando inspiração para mais poemas, contos, crônicas e romances.

Este, aliás, será sempre o meu maior desafio: conseguir tocar o coração e elevar a alma do leitor.”

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Téia Camargo é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, conte-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita literária? Téia Camargo - A leitura e a escrita sempre foram os meus maiores prazeres. Como professora, gestora no mercado de ensino superior e profissional da Justiça Federal do Trabalho, minha vida foi pautada em relatórios, trabalhos acadêmicos e redações empresariais. A iminência de minha aposentadoria, o que ocorreu há dois anos atrás, me levou a preparar um plano “b” para manter minha mente ativa e estabelecer uma nova rotina interessante. Aposentadoria não significa estagnação e foi sob essa ótica que resolvi colocar no papel meus sentimentos, minha vivência, experiências, descobertas e desta forma surgiu a autora Téia Camargo, pseudônimo que tem origem no meu apelido de infância, Téia e carrega o sobrenome de meu marido, Camargo, o qual não adotei por ocasião de nosso casamento. Em que momento pensou em publicar “Versos e Versões- poesia pé no chão”? Téia Camargo - Criei, como hobby a página Téia Camargo no facebook e nela publico versos, contos e crônicas. Com o passar do tempo os leitores me incentivaram a compilar esses posts em um livro e assim surgiu VERSOS E VERSÕES, POESIA PÉ NO CHÃO, uma coletânea de poemas que será lançado no próximo dia 17 de novembro e o título AQUI ENTRE NÓS, coletânea

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das crônicas que publico no blogfv, este com lançamento previsto para dezembro deste ano. Aliás, este promete ser um fim de ano agitado e emocionante para Téia Camargo. Como foi a escolha do Título? Téia Camargo - Vou tomar a liberdade de responder essa pergunta utilizando o texto da contracapa do livro por ter sido essa, a sensação que inspirou a escolha do título: “Não sei bem se o que faço é poema, verso, rima ou soneto. Apenas deixo fluir o que sinto nas estrofes e assim faço pousar meus sentimentos. Algumas geram versos e versões do que sou, de quem fui ou daquela que desejo ser. Outras costuram retalhos do meu olhar curioso sobre tudo o que paira ao meu redor. Há ritmadas e há embaralhadas. Todas escritas pelas tintas das minhas emoções. Poesia, para mim, é uma miscelânea de sensações. Tem que ter de tudo um pouco. Pé descalço, alma desnuda e coração pulsando.” Quais os principais desafios para seleção das poesias que compõe a obra? Téia Camargo - A insegurança, sem dúvida, foi o maior deles, pois uma coisa é você escrever na internet e seu post circular quase incógnito em meio a tantos poemas “dos bons” e tanta gente competente publicando e outra é condensar esse material numa obra sua, pessoal, “dar sua cara à tapa”, como se costuma dizer, enfrentando a crítica e tentando sobreviver no difícil mercado editorial. Quanto aos demais desafios, eu diria que a publicação em si foi uma luta árdua, posto ser uma produção independente, em que o autor participa de forma direta de todas as fases, desde a seleção www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

do material até a impressão gráfica. Aproveito o ensejo para registrar meus agradecimentos aos profissionais da Canal 6 Editora de Bauru-SP, que me ofereceram apoio editorial e emocional que me permitiram, em última instância, concretizar esse sonho. O que mais a encanta em “Versos e Versões”? Téia Camargo - O livro foi pensado e confeccionado com muito cuidado e carinho, como tudo o que eu faço quando envolve o outro. A capa, por exemplo, foi elaborada a partir de uma foto que eu mesma tirei no Central Park, em Nova Iorque, por ocasião de uma viagem de comemoração do aniversário de meu marido. Um momento particular e muito especial que resolvi dedicar aos leitores. Se pudesse descrever o seu livro em duas palavras, quais seriam? Téia Camargo - Força e fé! Acho que essas duas palavras resumem o meu trabalho e traduzem tudo o que eu gostaria de transmitir aos leitores de VERSOS E VERSÕES, POESIA PÉ NO CHÃO. Onde podemos comprar o seu livro? Téia Camargo – O livro está disponível para aquisição na minha loja virtual https://teiacamargo.minhalojanouol.com.br/produto/182024/ versos-e-versoes-poesia-pe-no-chao Que tipos de textos gostas de ler? Téia Camargo - Minha escolha literária é bastante eclética, passando pelos clássicos, os contemporâneos e alcançando até mesmo os romances mais açucarados. Poderia citar


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alguns autores estrangeiros que me atraem, tais como Alberto Camus, Thomas Mann, Mia Couto, Antero de Quental e os nacionais Carlos Drummond de Andrade, Ariano Suassuna, Érico Veríssimo, Cecília Meireles, Adélia Prado, mais recentemente Lya Luft e Martha Medeiros e a lista não teria fim se eu tivesse tempo para me lembrar do nome de todos os que me influenciaram e dos que estão chegando. A literatura brasileira passa por um momento de grande produtividade e inúmeros novos talentos estão despontando e apaixonando os leitores. O que mais a encanta na leitura destes tipos de textos? Téia Camargo - Em qualquer leitura o que me encanta é a capacidade de o autor me conectar com o texto, em fazer com que eu consiga penetrar na história a ponto de me sentir parte integrante do cenário, do roteiro, do drama e do enredo. Este, aliás, será sempre o meu maior desafio: conseguir tocar o coração e elevar a alma do leitor. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “Versos e Versões” da autora Téia Camargo. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Téia Camargo - Em primeiro lugar, agradecer a cada um dos leitores que dedicam um pouco de seu tempo a ler, interagir e compartilhar minhas histórias e meus poemas. Mesmo sendo uma autora em início de carreira sinto-me felizarda por poder contar com mais de 27.000 seguidores nas redes sociais, gentis encorajadores e generosos fomenta-

dores de minhas inspirações. Além disso, gostaria de convidar todos vocês para o lançamento do livro e informar que muito em breve será a vez do livro de crônicas AQUI ENTRE NÓS, com lançamento simultaneamente nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo. Foi um prazer e uma honra compartilhar um pouco da história de VERSOS E VERSÕES ao conceder essa entrevista e espero poder estar sempre com vocês dividindo os momentos importantes de minha www.divulgaescritor.com | fev/mar 2017

carreira, bem como participando do trabalho dos outros colegas autores que fazem parte da Revista Literária da Lusofonia.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Nell Morato

FECHANDO AS VIDRAÇAS Não lembro o momento que fumei o primeiro cigarro. Lembro apenas que “fingia” que fumava. Fazia de conta, até que as amigas zoaram de mim: - Olhem a Laura! Ela não traga o cigarro... Não sabe fumar! E todas, as cinco, riam muito... E, eu? “Maria vai com as outras...” aprendi a fumar, a engolir a fumaça e soltar delicadamente pela boca. Vivíamos numa época em que fumar era considerado charme e elegância. Fumava escondido da minha mãe. Como fumar escondido pode ser charmoso? Na verdade, nada disso importava, eu queria mesmo, a aprovação das meninas. Queria ter amigas e se para estar na turma dependia o cigarro, então eu fumaria. E continuei fumando. Um dia descobri que estar “na turma” não era bom. As garotas se mostravam invejosas e falsas. E depois de um tempo, cada uma seguiu o seu caminho. E eu levei comigo o cigarro. Estava viciada em tabaco. E o pior, meu namorado também estava e por minha culpa... Tentei parar e queria que ele também parasse, e me disse: - Eu não vou parar. Eu gosto de fumar. Costumamos fazer tudo junto e vamos continuar fumando.

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Acabei concordando, até porque parar de fumar não era possível. Não conseguia ficar um dia sem cigarro. Como se minha vida dependesse da fumaça que entrava no meu pulmão. Que relaxava e me deixava tranquila e sem eu saber estava se instalando e fazendo morada dentro de mim. O vício é igual à necessidade de respirar. Não podemos viver sem respirar. E eu não podia ficar sem fumar. Na época, não se sabia quase nada dos malefícios do tabaco. As marcas ilustravam as páginas das revistas e os comerciais de televisão, com gente saudável e bonita. Éramos constantemente incentivados a fumar. Não sabíamos a respeito de outras drogas, falava-se no ópio, derivado da papoula, que se consumia na Europa e mais nada. A droga que existia para nós era o tabaco, liberada e vendida livremente. A vida seguiu seu caminho, e fui alterando aqui e ali. A cada decepção eu me amparava no cigarro, fumava mais e sempre mais. O cigarro era o amigo que permanecia ao meu lado, em todos os momentos. Se me oferecessem um suculento filé e um maço de cigarros, para que eu escolhesse entre os dois, com certeza ficaria com o cigarro. Até arrumei um parceiro para o meu amigo, o café. Parceria deliciosa de todas as manhãs e o dia todo. E outros parceiros chegaram, a tosse seca, irritante e constante. Os resfriados que duravam duas semanas. A automedicação associada ao café e ao tabaco, só aumentavam os sintomas. E eu me perguntava: Como posso viver sem cigarro?

Foi a decisão mais difícil da minha vida. Parar de fumar. Como eu vou parar de fumar? E lembrei que a minha dentista havia comentado sobre um programa do Ministério da Saúde e do INCA, totalmente gratuito e acessível nos Postos de Saúde. Com acompanhamento médico e psicólogo, com o uso de adesivos de nicotina, medicamentos inibidores e palestras. Nunca acreditei em palestras. Palavras não mudariam a minha vontade de fumar, porque eu sabia dos malefícios do cigarro, do odor desagradável para os não-fumantes, o envelhecimento da pele e as doenças que poderiam ser causadas pelo longo período ingerindo nicotina e demais substâncias nocivas. Só que não eram palavras vazias. A coordenadora Vera, parecia entender a íntima relação que tínhamos com o cigarro. Eu estava num grupo com mais quatro mulheres e nos apoiamos nela. O método consistia de quatro reuniões, uma por semana, com desafios a serem cumpridos e sem obrigatoriedade. Após o período de 30 dias foi feita uma avaliação para determinar qual a ajuda, que cada uma de nós precisava. Enquanto o hábito era gradativamente esquecido, os adesivos mantinham a nicotina no sangue para evitar as crises de abstinência. Quão profunda era a dor de perder um amigo. Acordava pela manhã sem saber o que fazer da minha vida e olhava para o sofá, acabando por dormir o dia todo... Durante dois meses eu vivi nas sombras de um profundo e grotes-

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co mundo sem vida, sem sorrisos, sem cor, sem esperança, onde só o cheiro do cigarro permanecia latente na minha pele... E meu cérebro foi substituindo o prazer da nicotina pelo café... Como se o sabor de um café se transformasse em um maço de cigarros, todos ali, acesos ao mesmo tempo e eu sem saber qual pegar... Eram tantos, e acabavam se apagando enquanto o café servia ao seu propósito. Os cristais de gengibre e os pirulitos de doce de leite foram coadjuvantes no grande palco, onde eu gradativamente me transformei numa ex fumante. O que jamais deixarei de ser. Houve uma enorme transformação na minha vida física e mental. O médico disse que meu cérebro oxigenou. Como se as minhas lembranças da infância e da juventude estivessem imersas na fumaça que obstruía meu cérebro. Várias vezes, uma amiga perguntou se eu era livre. E eu respondia que sim, que era livre e fazia o que queria. Eu era uma prisioneira do tabaco e do vício. Uma viciada numa droga legal, vendida livremente. Quando eu pensava ser livre... Eu era apenas uma escrava do cigarro que acendia em todas as manhãs... Só depois que parei de fumar é que descobri a verdadeira liberdade. A liberdade de fechar as vidraças. Nada representa mais o fim da escravidão tabagista, que no inverno gelado, poder fechar as vidraças na minha casa. Que mesmo fechadas o ambiente permanecerá limpo, perfumado e arejado... Porque ali ninguém fuma.

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LIVROS EM FOCO |

AUTOR HÉLDER MOURA |

“O Incrível Testamento de Dom Agápito”

Gênero: ficção Páginas: 184 Romance de costumes, inédito no Brasil. O personagem principal, já falecido na primeira página da ficção, está sempre presente ao longo do livro e, muito embora o autor chame a atenção para o inverossímil da trama, o leitor é desde logo convidado a prosseguir na leitura porque as palavras escritas acontecem simples e no lugar onde devem estar. Este romance não é apenas uma história, são muitas. Dom Agápito caminha pelas pági-

nas revisitando todas as suas mulheres, e estas se desnudam em testemunhos que revelam um passado oculto entre todos. O seu romance, apesar da atmosfera, é um mundo atual e um mundo de sempre, pois está condimentado com a realidade de todos os dias; as notícias da imprensa, os ditos e desditos, a injúria, a inveja, a política maltrapilha, a ignorância, a ambição, a intriga, os antagonismos religiosos... E o leitor, satisfeito, saberá que os prazeres vividos por parte da população de Óbidos têm seu preço finalmente revelado”.

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LIVROS EM FOCO | AUTOR HAMILTON MALHEIROS |

“O Paraíso de Cada Um”

Inspirado em histórias reais, o romance “O Paraíso de Cada Um” trata da trajetória do juiz Jonas Medeiros, que se envolve emocionalmente com os dramas das pessoas que comparecem à sala de audiências. A certa altura, Jonas se sente culpado pela sentença errada que proferiu contra um bailarino, que, por causa dela, foi internado em um hospital psiquiátrico, iniciando aí o desequilíbrio mental do próprio Jonas. A história, que, caprichosamente, começa e termina no verão, é instigante, quebra vários para-

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digmas e tem um final surpreendente. “Os leitores vão se envolvendo com os problemas das partes que comparecem perante o juiz, identificando-se, em várias oportunidades, com os personagens. São surpreendidos quando o próprio juiz passa a ser o centro das atenções.” Vendas: oparaisodecadaum@hotmail.com ou por mensagem na página do livro https://www.facebook.com/ oparaisodecadaum/ Instagram: @oparaisodecadaum

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LIVROS EM FOCO | EDITORA M. BOOKS AUTORA JEFFREY GITOMER |

NEGOCIAÇÃOEM PROJETOS Como obter melhores acordos no Gerenciamento de Projetos Há centenas de livros que tratam do tema negociação, de renomados autores nacionais e internacionais; entretanto, se algo lhe chamou atenção neste livro é porque você sabe que negociação em projetos tem suas particularidades, pois não é competitiva e transcende questões exclusivamente financeiras. Em projetos se negociam prazos, recursos humanos, infraestrutura, empréstimos, férias e também, é claro, se negociam condições comerciais. A vida de um gerente de projetos é negociar o tempo todo, não somente com fornecedores, mas também, com a equipe do projeto, com o patrocinador, com áreas internas da empresa e, por vezes, com a mídia. Se o gerente de projetos atua em uma empresa de prestação de serviços, há ainda outro elemento de negociação: o cliente, com quem as negociações de escopo, de requisitos de qualidade e de critérios de aceite, muitas vezes, se tornam difíceis e tensas. Definir uma estratégia, obter informações, saber ouvir e manter o equilíbrio pode resultar em vantagens e benefícios para todos. Entender que negociar em projetos não é algo único, pontual, mas muitas vezes, é recorrente em um projeto ou em outros (futuros). Saber negociar não é uma arte, mas sim uma ciência que exige planejamento, preparação, comunicação e persuasão. Portanto, se isso vai ao encontro de seus anseios e necessidades profissionais ou se você quer saber mais sobre este tema, leia este livro, que apresenta situações reais nas negociações com as diversas partes interessadas (stakeholders) de projetos, com uma única ressalva: a ética deve estar presente em todas as negociações.

SOBRE O AUTOR: Armando Terribili Filho é doutor e pós-doutor em Educação, mestre em Administração. Diretor executivo da Impariamo – Cursos e Consultoria. É professor de cursos de pós-graduação em Gerenciamento de Projetos na UNIVALI (SC) e na ESIC de Curitiba. Foi diretor de projetos da Unisys Brasil, onde atuou por mais de 26 anos, além de empresas como Alcan, Spal (Coca-Cola) e Copebrás. Black Belt em programas Six Sigma Lean com experiência em projetos internacionais. Foi professor titular da Faculdade de Administração e da pós-graduação da FAAP de São Paulo por mais de 10 anos. Tem publicações científicas em Portugal, Itália, Espanha, Estados Unidos, Colômbia, Costa Rica, México, Argentina e Brasil. Autor dos livros Indicadores de Gerenciamento de Projetos: Monitoração Contínua, (2010), Gerenciamento de Projetos em 7 Passos: uma abordagem prática (2011) e Gerenciamento dos Custos nos Projetos (2014). Certificado PMP® desde 2003.

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LIVROS EM FOCO | EDITORA M. BOOKS AUTORA ONÃ SILVA |

“Grandes Enfermeiras - Florence Nightingale e Anna Nery”

GRANDES ENFERMEIRAS é o primeiro livro que integra a Série Histórias da Enfermagem em Quadrinhos, obra inovadora, idealizada e de autoria de Onã Silva, pesquisadora na área de criatividade. Neste primeiro número da Série, as GRANDES ENFERMEIRAS cujas histórias são contadas em quadrinhos são Florence Nightingale e Anna Nery. O trabalho de criação e arte em quadrinhos do projeto GRANDES ENFERMEIRAS é da artista plástica Verônica Saiki. Mais uma surpresa de Onã Silva, pesquisadora e contadora de histórias da enfermagem, utilizando a arte e a criatividade. Mais uma pesquisa e um livro inovador!

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Obrigada a todos escritores que fazem do Divulga Escritor o maior projeto de divulgação literária da Lusofonia


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