Futuro Promissor Educação profissional é uma das ações do Estado para transformar a vida de milhares de jovens
Educação
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salvador, domingo | 18 de maio de 2014
PROJETOS ESPECIAIS
Estado ganha Centros Noturnos de Educação
Mais de 1,3 milhão de baianos alfabetizados
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CORREIO Salvador, domingo, 18 de maio 2014
Educação
Bahia tem segunda maior rede de educação profissional Arquivo Ascom/Educação
Alguns Cursos
Vagas são para 12 eixos tecnológicos com 80 tipos de cursos técnicos O Governo da Bahia passou a investir na Educação Profissional como política pública prioritária de Estado, garantindo cada vez mais que jovens e trabalhadores baianos tenham acesso a cursos técnicos de nível médio e cursos de qualificação profissional. Em sete anos, ampliou a oferta de quatro mil para 69 mil matrículas. Expandiu ainda de 22 para 123 o número de municípios contemplados, possibilitando à rede estadual de Educação Profissional da Bahia ser a segunda maior do país, atrás apenas de São Paulo, conforme dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A meta para este ano é chegar a 80 mil jovens atendidos. Os beneficiados são jovens e trabalhadores que buscam cursos técnicos de nível médio ou de formação inicial e continuada para obter uma qualificação profissional. O superintendente de Educação Profissional, Almerico Biondi Lima, afirma que o Estado vem cumprindo seu papel em ampliar as oportunidades de formação dos jovens e trabalhadores. Ele disse que os cursos
são alinhados às demandas geradas pelo crescimento do estado. “Temos que comemorar a transformação que a Educação Profissional vem realizando na vida destes jovens e trabalhadores. Já são mais de 30 mil novos técnicos formados de 2010 até 2013, e que estão preparados para atender e se beneficiar das demandas do desenvolvimento socioeconômico e ambiental da nossa Bahia. Hoje somos a segunda maior rede estadual do país com muito orgulho, e não queremos parar por aí. Continuaremos na luta para avançarmos ainda mais. E mais que isso, queremos ser a primeira em qualidade”, afirmou Almerico Lima. Concluinte do curso técnico em Eletrotécnica, pelo Centro Estadual de Educação Profissional em Controle e Processos Industriais Newton Sucupira (Ceep), em Salvador, Elvira Santos comemorou os benefícios da inserção no mundo do trabalho. “Tenho 19 anos e graças a este curso consegui meu primeiro emprego com carteira assinada. Sou motivo de orgulho para minha mãe, minha
irmã e meu marido. Meu limite é crescer ainda mais profissionalmente”, afirmou a jovem, que está trabalhando em uma empresa de montagem de eletrônicos em Lauro de Freitas. Já a formanda Bianca Araújo dos Santos fez o curso técnico em Administração, pelo Colégio Estadual Noêmia Rego, em Salvador. Aos 18 anos, ela afirma que tem o reconhecimento da escola e da família, por ter superando suas fragilidades, quanto da empresa. Hoje, ela exerce a função de técnica administrativa em uma farmácia do bairro de Valéria, onde reside. Somente neste primeiro semestre de 2014, foram ofertadas mais 45.605 novas vagas para os cursos de Educação Profissional, nas formas de articulação Subseqüente, Integrada ao Ensino Médio (EPI), Proeja Médio e Proeja Fundamental, para os 68 Centros Estaduais e Territoriais de Educação Profissional, e respectivos anexos, e para 104 Unidades de Ensino Médio, na capital e no interior. Acesso As formas de acesso às
vagas variam de acordo com as formas de articulação. As vagas para os cursos subseqüentes, que são direcionados para quem já concluiu o ensino médio e volta à escola para fazer a formação profissional, por exemplo, são distribuídas por sorteio eletrônico público. Além dos estudantes que concluíram o ensino médio na rede pública, seja nas redes federal, estadual ou municipal, também podem se inscrever nessa forma de articulação estudantes que tenham, comprovadamente, cursado o ensino médio em instituição filantrópica, ou em instituição privada na condição de bolsista integral. As vagas são para 12 eixos tecnológicos que contemplam 80 tipos de cursos técnicos de nível médio
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Centros de educação profissional criados na Bahia
• Análises Clínicas • Administração • Arte Dramática • Agroindústria • Agricultura • Biotecnologia • Contabilidade • Cozinha • Documentação Musical • Design de Artefatos de Couro • Enfermagem • Edificações • Eletromecânica • Eletroeletrônica • Gerência em Saúde • Guia de Turismo • Informática • Logística • Meio Ambiente • Nutrição e Dietética • Química • Petroquímica • Saúde Bucal • Segurança do Trabalho
Pronatec Articulada com o governo Federal, a Secretaria Estadual da Educação passou a ser entidade demandante e ofertante do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), executado pelos parceiros ofertantes IFBA, IFbaiano, SENAI, SENAT, SENAC e SENAR, além da própria Secretaria de Educação. Em 2013 foram oferecidos 36 cursos Técnicos e 153 cursos de qualificação profissional, em 134 municípios. Eles são ofertados para estudantes do Ensino Médio da Rede Estadual, no contraturno, representando uma experiência de Educação Integral no ensino médio, introduzindo a dimensão Trabalho na formação dos estudantes. Para 2014, está prevista a oferta de mais de 16 mil novas vagas em 127 cursos.
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Centros noturnos voltados a estudantes trabalhadores Nove centros noturnos de educação básica (Cenebs) foram implantados na Bahia nos últimos anos. Criados pela Secretaria Estadual da Educação (SEC), eles visam melhorar a qualidade do ensino noturno e, ao mesmo tempo, oportunizar aos alunos trabalhadores a continuidade dos estudos com uma nova concepção de escola que motive a permanência de estudantes e professores em sala de aula. As primeiras unidades foram implantadas em Feira de Santana, Senhor do Bonfim e Vitória da Conquista. Outras seis contemplam os municípios de Salvador, Itamaraju, Conceição do Coité, Jacobina, Campo Formoso e Cachoeira. Os Centros Noturnos estão mudando a dinâmica da vida escolar, segundo o secretário. Ele informou, inclusive, que já há indicativos de redução da evasão escolar noturna. O secretário
estadual de Educação, Osvaldo Barreto, citou como exemplo o Centro Noturno do município de Senhor do Bonfim. “O resultado tem sido muito bom. A unidade que tinha menos de 200 alunos, hoje já conta com mais de 400, e os professores estão encantados”, disse o secretário. “É uma experiência que está dando certo porque consegue despertar o interesse dos estudantes pelas aulas, pois não têm o formato tradicional. Eles aprendem o que tem a ver com o dia a dia deles e que aplicam na vida lá fora. As aulas de química e matemática, por exemplo, têm sido surpreendentes”, afirmou o diretor do Ceneb de Senhor do Bonfim, José Anselmo Simões. No centro, além das aulas básicas, são desenvolvidos diversos programas práticos, focando o mundo do trabalho, ciência e tecnologia, meio ambiente e atividades artísticas.
Os centros noturnos apresentam nova concepção de escola que motiva a permanência de estudantes
Educação chega às áreas mais longínquas Carol Garcia/Secom.
Alunos que moram em áreas remotas do estado hoje podem concluir o ensino médio com ajuda da tecnologia. O projeto Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITec) destaca-se como um instrumento capaz de vencer o desafio de levar o aprendizado a estudantes do campo e áreas longínquas no estado, que possui a maior população rural do país. Atualmente, o EMITec beneficia 15.838 estudantes e é uma iniciativa pioneira no nordeste brasileiro. O programa alia tecnologia e metodologia pedagógica especializada. “O EMITec representa uma alternativa pedagógica para atender a extensão territorial do estado e a carência de docentes habilitados em áreas distantes dos grandes centros urbanos”, afirmou a coordenadora do projeto, Letícia Machado. Mais de 11 mil estudantes já concluíram o ensino médio por meio do projeto, e, atualmente, estão em atividade 792 turmas, em 140 municípios. O EMITec utiliza uma rede de serviços de comunicação
O programa alia tecnologia e metodologia pedagógica multimídia, que integra voz, dados e imagem. A partir de estúdios instalados no Instituto Anísio Teixeira (IAT), as aulas são transmitidas, em tempo real, via satélite, com aporte do material pedagógico, com professores em estúdios e professores mediadores nas salas de aula. O estudante Felipe Ferreira da Silva Gomes, 16 anos, faz o 3º ano do ensino médio no distrito de Itaguaçu, no município de Irecê. Em 2012, ele foi o 2º colocado na Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (Obfep). Para Felipe, o material é muito explicativo. “A gente aprende mais e consegue
expressar tudo o que aprendeu”, disse. De acordo com a coordenadora Letícia Machado, o material de apoio é importante para as aulas do projeto. “O conteúdo busca priorizar os pontos mais relevantes de cada temática, e inclui os slides utilizados pelos professores e uma lista de exercícios”, disse. Segundo ela, as dúvidas são recebidas via chat, no momento da aula, e por meio de webcam e microfone, no momento de interação, ao final da aula. Após a exposição do conteúdo, o professor especialista apresenta uma atividade de produção. Fotos: Claudionor Júnior
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Pré-vestibular gratuito facilita acesso à universidade Arquivo Ascom/Educação
Universidade para Todos oferece mais de 21 mil vagas este ano
Estudantes da rede pública contam na Bahia com o cursinho prévestibular gratuito Universidade para Todos, presente em 183 localidades baianas. Este ano, foram abertas 21.785 vagas para os interessados em reforçar a preparação para o vestibular e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “O Universidade para Todos se cristaliza como um projeto de inclusão, proporcionando acesso ao ensino superior”, afirmou Nildon Pitombo, coordenador de Desenvolvimento do Ensino Superior da Secretaria Estadual de Educação. Segundo ele, podem participar quem já concluiu o ensino médio e estudantes matriculados no 3º ano do ensino médio regular seriado, ou no 4º ano da educação profissional integrada ao ensino médio da rede pública estadual ou municipal; e tenham cursado, em escola pública, o ensino fundamental (5ª à 8ª séries, atual 6º ao 9º ano ou modalidades correspondentes). De acordo com Pitombo, o pro-
Cinco novas universidades federais A Bahia tem a quarta maior população do país. Mas, até 2002, contava com apenas uma universidade federal, a UFBA. Desde então, quatro novas universidades foram criadas no estado: Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Universidade Federal do Sul (Ufesba) e a Universidade Federal do Oeste do Estado (Ufoba), além da Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab), com sede em São Francisco do Conde. A Ufesba e a Ofoba foram criadas oficialmente em 2013. Somente estas duas colocarão à disposição mais 19 mil novas vagas em 71 cursos universitários distribuídos nas mais diversas áreas acadêmicas. A Universidade Federal do Oeste terá sede em Barreiras com campi nos municípios de Bom Jesus da Lapa, Barra, Santa Maria da Vitória e Luís Eduardo Magalhães. Terá 35 cursos de graduação e pós-graduação e atenderá 7.930 estudantes. Já a sede da Universidade Federal
do Sul (Ufesba) ficará em Itabuna e terá campi nos municípios de Porto Seguro e Teixeira de Freitas. Serão 36 opções de cursos para 11.110 estudantes de graduação e pós graduação. A criação das universidades faz parte do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais Brasileiras (Reuni), pelo qual o governo federal tem adotado uma série de medidas, que objetivam retomar o crescimento do ensino superior público. Institutos Federais A Bahia passou a contar com uma nova rede federal de educação profissional, científica e tecnológica, com a fusão de escolas técnicas federais e Cefets. Foram criados os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF). Na Bahia, foram implantados o IFBahia, com unidades em 16 municípios, incluindo Salvador, e o IFBaiano, com unidades em nove municípios. Outras nove estão previstas para implantação na Bahia nos próximos anos.
Manu Dias/Secom
Campus da Univasf em Senhor do Bonfim
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UNIVERSIDADES PÚBLICAS NA BAHIA
Universidade Federal da Bahia (UFBa) Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) Universidade Federal do Sul (Ufesba) Universidade Federal do Oeste do Estado (Ufoba) Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab) Universidade do Estado da Bahia (Uneb) Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
jeto é desenvolvido em parceria com as universidades estaduais de Feira de Santana (UEFS), do Sudoeste da Bahia (UESB), de Santa Cruz (UESC), Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). O curso é presencial, com carga horária de 25 horas semanais, predominantemente, noturnas e aulas das disciplinas português, redação, matemática, física, química, biologia, literatura, língua estrangeira (inglês ou espanhol), história e geografia. Além das aulas regulares, são realizados projetos complementares, como seminários, oficinas, simulados e orientação vocacional. O projeto oferece material didático, fardamento e isenção da taxa de inscrição para o vestibular das universidades estaduais aos alunos que apresentarem frequência igual ou superior a 75% das aulas ministradas. Até agora, 15 mil estudantes beneficiados pelo projeto já ingressaram na universidade em diversos cursos.
Investimentos mais que dobram nas universidades estaduais O orçamento das quatro universidades estaduais mais que dobrou nos últimos sete anos. O investimento saiu de R$ 386 milhões em 2006 para R$ 1,02 bilhão este ano. Tratase de um incremento próximo de 160% no período. De acordo com o coordenador de Desenvolvimento do Ensino Superior da Secretaria Estadual de Educação, Nildon Pitombo, além da elevação no orçamento, houve ainda incremento no número de matrículas e de cursos oferecidos pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). “Saímos de 31 mil matrículas no ano 2000 para quase 44 mil em 2013”, afirmou. Também foram criados 30 novos cursos nas unidades espalhadas por todo o território baiano.
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Mais de 1,3 milhão de baianos alfabetizados
Alfabetizados
Mais de 1,3 milhão de baianos foram alfabetizados nos últimos sete anos. Por meio do programa Todos pela Alfabetização (Topa), o estado deixou de ter as maiores taxas de analfabetismo do país, passando a apresentar o menor índice da região Nordeste. Atualmente, 164 mil alfabetizandos estão em sala de aula. O Topa é o maior programa de alfabetização de jovens, acima dos 15 anos, adultos e idosos em andamento no País e visa garantir, a estas pessoas, oportunidades necessárias à apropriação da leitura e da escrita. Está presente em 407 municípios baianos. “O programa vai além da alfabetização. Trabalhamos com a ideia de educação inclusiva. Saber ler e escrever cria possibilidades e garante a saída de uma situação de exclusão para as pessoas que tiveram o direito de aprender negado ao longo de sua vida, fazendo com que possam reescrever a sua história”, afirmou a coordenadora do programa, Elenir Alves. Segundo a coordenadora, o Topa resulta de uma grande mobilização, com a parceria de entidades sociais e prefeituras. As aulas tem duração de oito meses e as turmas de alfabetização funcionam em espaços ou locais de uso públicos, como salas de aulas de escolas municipais, sedes de entidades, sindicatos, igrejas, terreiros e até unidades prisionais. As turmas
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Roberto Viana/Secom.
Topa é o maior programa de alfabetização de jovens e adultos do País são montadas com o mínimo de oito alfabetizandos na zona rural e 16 na zona urbana, sendo no máximo 25 em ambos os casos. Para a dona de casa Maria das Graças Conceição, de 61 anos, da cidade de Dias D’ávila, aprender a ler e a escrever através do Topa significou a oportunidade que ela não teve quando jovem. “Saber ler e escrever é bom por vários motivos”.
171.000 289.000 381.000 162.000 165.000 130.000 164.000 (Em aula)
Pacto com municípios pela alfabetização de crianças Arquivo Ascom/Educação
Em 2011, a Secretaria Estadual da Educação criou o Pacto com os Municípios pela Alfabetização. No estado, mais de 143 mil crianças, com até 8 anos, estão sendo alfabetizadas, com letramento, e a expectativa é que esse número seja ampliado para atingir todas as crianças nessa faixa etária nos municípios baianos. Já são cerca de 20 mil escolas municipais recebendo o apoio do Estado por meio do Pacto. Elas contam com formação específica de professores, materiais didáticos e acompanhamento das atividades. A coordenadora do projeto, Nadja Amado, destacou a importância do processo inicial de aprendizagem. “O projeto vai além da alfabetização, pois possibilita às crianças uma leitura de mundo”, afirmou. O Estado promove a profissionalização dos professores, além de criar um ambiente de formação e de avaliação, organizando um projeto pedagógico e garantindo um
Mais de 143 mil crianças estão sendo beneficiadas acompanhamento inclusive presencial. Em sala, os professores passaram a utilizar um conjunto de materiais didáticos com orientação para o processo de aprendizagem, com vivências em sala de aula. Em muitos municípios, percebese o fortalecimento da apreensão da leitura, da produção de texto e da matemática, que são conhecimentos fundamentais para o processo de ensino e de aprendizagem em outras séries. Recentemente, a iniciati-
va baiana foi unificada com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), do governo federal. A união possibilita a configuração dos dois programas em uma única política pública. Além do fortalecimento dos processos formativos do professor para a organização de uma intervenção junto às crianças, a expectativa é que as ações integradas qualifiquem ainda mais a atuação do educador em sala de aula frente às demandas de aprendizagem que os alunos apresentam.
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Valorização de servidores entre as prioridades O incentivo à formação continuada é um dos eixos das ações para valorização e reconhecimento dos servidores da educação na Bahia. O Estado cumpre de forma integral o Piso Salarial Nacional do Magistério desde 2009, quando a lei passou a vigorar. Além disso, nos últimos sete anos, os reajustes da categoria ultrapassam a inflação em 54%. O governo baiano adequou, no ano passado, o piso em relação à hora-atividade, que era de 30% e passou para 33% da jornada de trabalho do professor em sala de aula, garantindo um terço desta jornada para atividades complementares. Outras garantias contemplam a manutenção de gratificações referentes ao exercício de atividades em sala para professores readaptados de suas funções, além da alteração do regime de trabalho de 20 para 40 horas para mais de seis mil professores da rede estadual. “Os avanços refletem diretamente na qualidade do ensino”, afirmou o secretário da Educação, Osvaldo Barreto. Tecnologia De acordo com o secretário, mais de 26 mil tablets educacionais foram entregues a todos os docentes do ensino médio nas escolas estaduais. Agora, a secretaria, em parceria com o Ministério da Educação, está lançando uma licitação para aquisição
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de infraestrutura tecnológica para as escolas. “Através de um sistema de intranet, professores e alunos poderão acessar conteúdo educacional de qualquer plataforma, incluindo tablets, computadores e até celulares”, explicou Osvaldo Barreto. Ensino superior Após acordo firmado com o governo no ano passado, os professores das universidades estaduais terão reajuste entre 17,30% e 22,58% até dezembro de 2014. Em relação à remuneração de 2006, a categoria terá ganho real de 45,16%. Também ficou garantida a incorporação da gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET). O acordo incluiu ainda o pagamento dos incentivos por titulação em cada uma das classes que compõem a carreira docente. Na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), por exemplo, 75% do corpo docente é formado por mestres e doutores, com salários equiparados aos de professores das universidades federais.
54% Foi o percentual de aumento concedido acima da inflação
Estado já entregou 250 ônibus e outros 125 serão entregues
Gestar fortalece aprendizado do português e matemática O programa Gestão da Aprendizagem Escolar (Gestar) está transformando o aprendizado das disciplinas de língua portuguesa e matemática na rede estadual. Em 2013, foram mais de 250 mil estudantes atendidos, em 720 escolas, melhorando o desempenho dos jovens. As duas disciplinas são consideradas base para o sucesso em todas as áreas do conhecimento. De acordo com a coordenadora-geral do programa, Daday Sales, o projeto inclui aperfeiçoamento profissional dos professores e disponibiliza material didático que estimulam experiências que vão além do conhecimento teórico. “Estamos levando para a escola uma transformação, que envolve no processo a participação de todos os responsáveis pela competência da educação como instituição”, afirmou. “O livro traz muitas atividades dinâmicas, que despertam o interesse de
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Estímulo de experiências além do conhecimento teórico aprender. Hoje eu tenho mais curiosidade”, disse o estudante da 8ª série do Colégio Estadual São Daniel Comboni, no bairro de Sussuarana, Mayke Silva Santos, 14 anos. Para a coordenadora , o maior objetivo do Gestar é contribuir para o projeto de vida dos estudantes. “Eles passam a ser, de fato, agentes participativos no processo de aprendizagem. O Gestar desperta cada vez mais o prazer do jovem pela escola e mostra que ela é o
espaço favorável para que o estudante construa seu projeto de vida”, destacou. O programa já mostra resultados, através do Avalie, que é o exame da Secretaria de Educação que avalia o desempenho dos estudantes. “Ele apontou avanços no desempenho dos alunos”, afirmou Daday Sales. A meta do Gestar é atingir todas as escolas da rede estadual que oferecem ensino fundamental, beneficiando todos os estudantes.
Transporte escolar reduz evasão O governo estadual já entregou 250 ônibus escolares e a previsão para este ano são mais 125. O programa Caminho da Escola tem como objetivo renovar a frota de veículos escolares e contribuir para a redução da evasão escolar. Resultado de parceria entre os governos federal e estadual, ele visa
ampliar, por meio do transporte diário, o acesso e a permanência, na escola, dos estudantes matriculados na educação básica da zona rural das redes estaduais e municipais. Também como forma de assegurar o deslocamento dos estudantes até a escola, o Estado aumentou de R$ 6,6 milhões, em 2006, para
R$ 64,2 milhões, em 2013, os recursos destinados ao Programa Estadual de Transporte Escolar da Bahia (Pete-BA), o que representa um incremento de 60% nos recursos destinados aos municípios. Para seu funcionamento, que conta com a parceria dos municípios, o Estado repassa recursos para prefeituras.