Salvador | quinta-feira | 12 de agosto de 2010
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04 08 Responda as questões propostas com base em exames anteriores
10 Saiba um pouco mais sobre a profissão de geofísico
11 Confira nesta edição o tema e a folha da redação do concurso Redação Nota 10
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428 mil baianos farão o Enem 2010 O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) bate mais um recorde este ano: 4,61 milhões de pessoas estão inscritas para participar da avaliação em todo o país. Nunca houve tantos candidatos em uma única edição do Enem desde 1998, ano em que a avaliação foi criada. O recorde anterior foi registrado em 2009, quando pouco mais de 4,1 milhões de estudantes participaram do Enem. A Bahia é o terceiro estado com o maior número de candidatos: 428 mil pessoas deverão fazer as provas, que serão aplicadas nos dias 6 e 7 de novembro. O estado fica atrás apenas de São Paulo, que concentra, aproximadamente, 828 mil concorrentes, e de Minas Gerais, que recebeu 538 mil inscrições. De acordo com o Ministério da
Dicas de estudo A motivação pessoal é o primeiro passo. Para obter êxito nos estudos, você precisa ser dedicado, persistente, determinado e muito disciplinado. Apenas desta forma conseguirá construir hábitos saudáveis.
Educação, a maioria dos candidatos tem entre 21 e 30 anos. São 1,5 milhão nessa faixa etária. Em sequência, estão os candidatos com 16 e 17 anos, que somam mais de 1 milhão, seguidos pelos jovens de 18 anos, pouco mais de meio milhão. Do total de participantes, 2,7 milhões já concluíram o ensino médio. Outros 1,3 milhão deverão concluir essa etapa da vida escolar ainda este ano. Entre esses, 1,1 milhão são alunos de escolas públicas.
Organize seu ambiente de estudo, verifique se o espaço em que você estuda oferece boas condições como iluminação adequada, temperatura ideal e silêncio (fator relativo para alguns). O local apropriado evita a dispersão e desorganização, resultando num melhor desempenho. Programe suas atividades do dia-a-dia numa agenda ou mural, de modo que consiga se organizar e estabelecer horários fixos para investir em seu estudo, isto é, investir em você. Organize grupos de estudo com pessoas interessadas como você, pois a troca de conhecimentos e experiências estimula o esforço, esclarece dúvidas e relativiza pontos de vista. Procure os amigos que tenham os mesmos objetivos que você.
Utilize todos os canais de comunicação para aprender. Se o seu canal de comunicação preferido for a “visão” realize leituras, faça resumos no caderno e leia os apontamentos; caso seja a “audição” leia o texto em voz alta para registrar as informações e absorvê-las; e, se for o “sinestésico”, procure pessoas para conversar sobre os conteúdos e tirar suas dúvidas. Invista em sua saúde. Caso esteja com dificuldades para estudar, devido ao cansaço físico e mental, com sensação de sonolência, procure um nutricionista, investindo numa alimentação saudável e complementos nutricionais. Sua autocrítica é essencial. Tenha senso de realismo, portanto, identifique seu ritmo de estudo e aprendizado percebendo as matérias que possui mais dificuldades, pois estas devem ser alvo de atenção, dedicando maior tempo para estudá-las e praticá-las, resolvendo exercícios.
expediente Departamento de Marketing Orlando Fentanes (Analista de Projetos) orlando.fentanes@redebahia.com.br Tel.: (71) 3203-1870 Encartado no jornal Correio. Não pode ser vendido separadamente.
Projeto Gráfico João Soares Tel.: (71) 3342.4440/41
Textos Camila Vieira Laís Santos Márcia Guimarães
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Terra em transe
Diversas catástrofes naturais vêm acontecendo em todo o planeta. O ano de 2010, inclusive, já é considerado um dos piores em relação ao número de vítimas fatais diante dos desastres em muitos países, sobretudo por causa de tremores. As ocorrências de tsunamis, ondas de calor e enchentes também têm provocado danos e prejuízos a populações de várias partes do globo, causando a morte de milhares de pessoas. Essas manifestações não revelam o fim do mundo, como muitos apregoam por aí. Mas, mostram que fenômenos da natureza são constantes. Somente neste ano, foram identificados 10,9 milhões de tremores, a maioria de baixa magnitude – segundo estimativas registradas até o dia 6 de agosto pelo Centro de Estudos Geológicos dos EUA (USGS). O número é assustador, porém não é nada fora do normal. A atividade sísmica na Terra é permanente. Entretanto, segundo o geofísico Joaquim Xavier, em alguns instantes, em alguns lugares, podem haver movimentos destruidores. De acordo com o último levantamento realizado, 225.511 pessoas morreram este ano, vítimas de desastres naturais – 2010 está
atrás apenas de 2004, quando foram registradas 228.802 vítimas fatais após o tremor de magnitude 9.1 que atingiu a costa de Sumatra, na Indonésia, e foi seguido por um tsunami que atingiu 13 países no Oceano Índico. Neste caso, o tsunami resultou do choque entre duas placas tectônicas que acontece sob o oceano, gerando energia que se propaga com força suficiente para fazer com que a onda se eleve. Xavier explica que a energia de um tsunami é percebida pela amplitude e velocidade. Ou seja, à medida que a onda se aproxima deaterra, quando o relevo submarino vai ficando mais alto, a amplitude (altura da onda) aumenta e a velocidade diminui. Sismólogos afirmam que não há relação perceptível entre os elementos ligados à formação dos últimos terremotos no planeta. A sequência de tremores no primeiro semestre deste ano - nas Ilhas Salomão (3 de janeiro, 7,2 graus), no Haiti (12 de janeiro, 7 graus), no Japão (26 fevereiro, 7 graus), no Chile (27 de fevereiro, 8,8 graus), Turquia (8 de março, 6 graus), China (14 de abril, 6,9 graus) e no Paquistão é mero acaso.
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Haiti: Efeito destrutivo
Quando os terremotos atingem lugares habitados, as consequências são, na maioria dos casos, catastróficas e representam um desastre natural. “O efeito destrutivo, o impacto sobre a sociedade depende muito do grau de conhecimento tecnológico e econômico da sociedade diante dessas manifestações que aconteceram, acontecem e acontecerão sempre”, frisa Marcos Tomasoni, especialista em geoquímica e meio ambiente, do departamento de Geografia da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Foi o caso do Haiti. Logo no início de 2010, os tremores que atingiram a nação caribenha deixaram saldos negativos, provocando a devastação do país, com feridos, desabrigados e, segundo o USGS, mais de 223 mil mortos, incluindo militares que com-
Chile
punham o comando de paz das Nações Unidas – 18 eram brasileiros. Cerca de 250 mil edifícios ficaram destruídos e milhares de hectares de terra foram cobertos por entulhos. Esse terremoto antecedeu outros dois de magnitudes 5,9 e 5,5, às 10h e às 20h12, respectivamente, e não parou por aí. Depois, houve dezenas de outros abalos sísmicos no território haitiano. A sequência de abalos secundários, após um terremoto da magnitude semelhante ao que ocorreu no Haiti, pode durar até alguns anos. Geralmente, o maior deles ficam cerca de um grau abaixo do principal. País mais pobre do Ocidente, devastado por décadas de conflitos, o Haiti também não foi beneficiado do ponto de vista geológico. Está localizado bem no centro de duas placas tectônicas (Caribenha e Norte-americana), o que o torna vulnerável a terremotos como o ocorrido no mês de janeiro. Passados quase sete meses do desastre, o país ainda não conseguiu entrar na fase de reconstrução.
O Chile foi atingido por um terremoto de magnitude 8,8 na escala Richter, no dia 27 de fevereiro deste ano, às 3h34 (horário de Brasília e de verão em Santiago, capital chilena). Os tremores foram no mar, a 325 km da capital e 115 km de Concepción, numa profundidade de 35 km. No total, foram 802 mortos. A ocorrência se deu a partir da convergência das placas tectônicas Nazca e Sul-Americana, sobre as quais a costa chilena está localizada. Desde 1973, ocorreram cerca de 13 terremotos no Chile, segundo o Centro de Estudos Geológicos dos EUA (USGS). Em Santiago, o terremoto balançou vários prédios e prejudicou e rede de transmissão de energia e linhas telefônicas. O desastre aconteceu a cerca de 230 km ao norte do tremor mais forte já registrado, que foi de 9,5 graus na escala Richter e ocorreu em 1960. Este terremoto devastou a cidade de Valdívia, causou um tsunami sobre a Ilha de Páscoa e matou cerca de 1.655 pessoas. Na época, o tsunami que atingiu a ilha levou 24 horas para chegar até as Filipinas. Outro grande terremoto, que aconteceu a cerca de 870 km ao norte do abalo marcou 8,5 graus na escala Richter, ocorreu em novembro de 1922.
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Fenômenos que causam danos à Um desastre natural é quando um evento físico da natureza, como um furacão, um terremoto, desabamento ou outro fenônmeno, causa danos à população, inclusive fazendo vítimas. Em áreas onde não há interesse humano, os fenômenos não resultam em desastres naturais. Hoje, segundo o WWI-Worldwatch Institute - organização de pesquisa com sede em Washington -, há mais desabrigados no mundo em conseqüência de desastres naturais do que de conflitos. As catástrofes naturais como furacões, inundações e incêndios afetaram mais de dois bilhões de pessoas, somente na década de 90, causando prejuízos superiores a US$ 608 bilhões, em todo o mundo – uma perda maior do que nas quatro décadas anteriores combinadas. Porém, cada vez mais, a devastação provocada por estes desastres naturais é de origem “desnatural,” devido a práticas ecologicamente destrutivas e a um número cada vez maior de pessoas residindo no caminho do perigo, conforme constatado por um novo estudo do WWIWorldwatch Institute. As populações carentes são as mais vulneráveis aos desastres, porque dispõem de
menos recursos e capacidade para lidar com os impactos ou evitá-los. “Assim, a forma como se organiza a sociedade em um determinado território, pode amplificar os problemas decorrentes destes fenômenos”, explica o professor Marcos Tomasoni. Os deslizamentos de terra, por exemplo, acontecem, na maioria das vezes, por falta de infraestrutura adequada. O Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC) calcula que os impactos futuros de eventos climáticos extremos afetarão desproporcionalmente as populações pobres. Vietnã e Bangladesh, por exemplo, estão projetados a perder mais de 70.000 quilômetros quadrados de terra, afetando cerca de 32 milhões de pessoas. Os países ricos também não serão poupados. Todo o litoral do Mediterrâneo é particularmente vulnerável à elevação do nível do mar, como também os litorais do Atlântico e do Golfo, nos Estados Unidos. As informações são da WWI. No Brasil, é comum a ocorrência de deslizamentos de terra, causados, na maioria das vezes, pelas chuvas e tempestades. Trata-se de um fenômeno geológico que inclui movimen-
tação do solo e fazem parte da dinâmica natural de transformação e formação da crosta terrestre. Portanto, estão relacionados com os fenômenos naturais. Neste sentido, quando os deslizamentos ocorrem em locais habitados, os resultados são desastrosos, atingido em grande parte as populações de baixa renda que são os principais habitantes desses lugares. O professor Marcos Tomasoni ressalta que a falta de planejamento urbano, a remoção da vegetação, a ocupação de áreas de risco e a ausência de fiscalização e controle do Poder Público também estão na base do problema que se torna ainda maior quando retira vidas e promove uma catástrofe. Angra Um acontecimento emblemático foi o deslizamento ocorrido na madrugada de 31 de dezembro 2009 para 1º de janeiro de 2010 em Angra do Reis, no Rio de Janeiro, atingindo o morro da Carioca e a enseada do Bananal, em Ilha Grande. A água das chuvas infiltrou no solo que, por força da gravidade, desmoronou. Na ocasião, mais de 50 pessoas que estavam alojadas numa pousada perderam a vida.
Os deslizamentos de terra fazem parte da dinâmica natural de transformação da crosta terrestre
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à humanidade Data
Tipo
Local
Mortes
1138
Sismo
Aleppo, SÌria
230.000
1556
Sismo
Shaanxi, China
830.000
1737
Sismo
Calcutá, Índia
300.000
1755
Sismo/Incêndio/ Tsunami
Lisboa, Portugal
100.000
1815
Erupção
Vulcão Tambora, Indonésia
92.000
1883
Erupção/Tsunami
Krakatoa, Indonésia
36.000
1887
Erupção
China
1.000.000
1902
Erupção
Monte Pelée, Martinica
40.000
1908
Sismo/Enchentes
Messina, Itália
100.000
1920
Sismo
Gansu, China
200.000
1923
Sismo/Incêndio
Kanto, Japão
143.000
1931
Inundação
China
2.000.000
1948
Sismo
Turcomenistão
110.000
1962
Erupção vulcânica
Huascarán, Peru
3.000
1970
Ciclone
Índia/Bangladesh
500.000
1970
Sismo
Peru
66.000
1975
Sismo
Haicheng, China
10.000
1976
Terremoto
Tangshan, China
255.000
1985
Sismo
Cidade do México, México
9.500
1985
Erupção vulcânica
Nevado del Ruiz, Colômbia
23.000
1988
Sismo
Armênia
55.000
1991
Ciclone
Bangladesh
138.000
1995
Sismo
Kobe, Japão
4.571
1999
Enchentes
Venezuela
20.000
2001
Sismo
Gujarat, ,India
20.000
2001
Sismo
Afeganistão
2.500
2003
Sismo
Bam, Irã
31.000
2003
Onda de calor
França, Espanha e Itália
37.451
2004
Sismo/Tsunami
Sudeste Asiático/ África Oriental
295.000
2005
Sismo
Paquistão
86.000
2006
Sismo
Índia
6.000
2006
Tufão/inundações
China
2.000
2008
Ciclone
Mianmar
124.000
2010
Sismo
Haiti
220.000
2010
Sismo
Chile
802
2010
Inundação
Paquistão
1.600
TIPOS DE DESASTRES NATURAIS Terremotos
Trata-se de tremor da crosta terrestre causado por placas tectônicas. Podem variar em magnitude. O ponto underground de origem do sismo é chamado de “foco”. O ponto diretamente acima do foco na superfície é chamado de “epicentro”. Provocam eventos secundários, como a construção de colapso, incêndios, tsunamis e vulcões. Muitos dos efeitos dos terremotos poderiam ser evitados através de uma melhor construção, sistemas de segurança, alerta e planejamento de evacuação.
Furacão
Durante um furacão, as pessoas enfrentam os perigos dos ventos extremamente fortes e risco de serem atingidos por objetos voando e caindo. Depois de um furacão, os destroços deixados apresentam riscos de lesão. Embora nada possa ser feito para evitar os furacões, há ações que você pode tomar para a sua saúde e segurança. O ciclone, ciclone tropical, o furacão, eo tufão são nomes diferentes para o mesmo fenômeno de um sistema de ciclone que se forma sobre os oceanos.
Inundação
As inundações podem acontecer rapidamente, em caso de enchentes, ou podem levar horas ou dias para se formar. Podem afetar áreas pequenas, como uma comunidade específica, ou podem afetar estados inteiros. Estão entre os desastres naturais mais comuns.
Vulcões
Os vulcões podem ser classificados pela gravidade de suas erupções, que normalmente são nomeados segundo famosas explosões vulcânicas do passado ou pela região em que são normalmente associados com, ou por seus atributos físicos. O pliniana é o tipo mais intenso, quando provoca grandes quantidades de lava e fragmentos de rocha, chamados piroclastos, são ejetados. Além das mortes e da destruição, outros efeitos que derivam de uma explosão vulcânica são a contaminação da água e doenças pulmonares, que atingem os que aspiram a poeira tóxica.
Tsunami
Um terremoto, erupção vulcânica ou até deslizamento de terra subaquático podem criar grandes ondas de água, os tsunamis. Enchentes, contaminação de água potável e os incêndios são os efeitos mais comuns de tsunamis.
Tornado
Os tornados são as tempestades mais violentas na natureza. O rodopio, em forma de funil de ventos pode se deslocar até 480 km/h. São comuns nos Estados Unidos, onde ocorrem principalmente a partir do final da primavera até início do verão. Os que se formam durante as outras estações, muitas vezes só avisam pouco tempo antes de atingir.
Deslizamentos de terra
Os deslizamentos de terra são causados por perturbações na estabilidade natural de uma encosta. Podem acompanhar as fortes chuvas ou seguir secas, terremotos ou erupções vulcânicas. Acontecem rapidamente, quando a água se acumula no solo e resulta em uma onda de água saturada de rocha, terra e detritos. Algumas áreas são mais propensas a deslizamentos, como aquelas em que incêndios florestais ou modificação humana destruíram a vegetação; encostas íngremes e áreas na parte inferior das encostas ou vales; canais ao longo de um córrego ou rio e onde o escoamento superficial é dirigido.
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Questões propostas CIÊNCIAS NATURAIS
QUESTÃO 3
Observe o fenômeno indicado na tirinha.
QUESTÃO 1
“Quatro, três, dois, um... Vá!” O relógio marcava 9h32min (4h32min em Brasília) na sala de comando da Organização Européia de Pesquisa Nuclear (CERN), na fronteira da Suíça com a França, quando o narrador anunciou o surgimento de um flash branco nos dois telões. Era sinal de que o experimento científico mais caro e mais complexo da humanidade tinha dado seus primeiros passos rumo à simulação do Big Bang, a grande explosão que originou o universo. A plateia, formada por jornalistas e cientistas, comemorou com aplausos assim que o primeiro feixe de prótons foi injetado no interior do Grande Colisor de Hadrons (LHC – Large Hadrons Collider), um túnel de 27 km de circunferência construído a 100 m de profundidade. Duas horas depois, o segundo feixe foi lançado, em sentido contrário. Os feixes vão atingir velocidade próxima à da luz e, então, colidirão um com o outro. Essa colisão poderá ajudar a decifrar mistérios do universo. CRAVEIRO, R. “Máquina do Big Bang” é ligada. Correio Braziliense, Brasília, 11 set. 2008, p. 34. (com adaptações).
Segundo o texto, o experimento no LHC fornecerá dados que possibilitarão decifrar os mistérios do universo. Para analisar esses dados provenientes das colisões no LHC, os pesquisadores utilizarão os princípios de transformação da energia. Sabendo desses princípios, pode-se afirmar que (A) as colisões podem ser elásticas ou inelásticas e, em ambos os casos, a energia cinética total se dissipa na colisão. (B) a energia dos aceleradores é proveniente da energia liberada nas reações químicas no feixe injetado no interior do Grande Colisor. (C) o feixe de partículas adquire energia cinética proveniente das transformações de energia ocorridas na interação do feixe com os aceleradores. (D) os aceleradores produzem campos magnéticos que não interagem com o feixe, já que a energia preponderante das partículas no feixe é a energia potencial. (E) a velocidade das partículas do feixe é irrelevante nos processos de transferência de energia nas colisões, sendo a massa das partículas o fator preponderante.
QUESTÃO 2
Ao utilizarmos um copo descartável não nos damos conta do longo caminho pelo qual passam os átomos ali existentes, antes e após esse uso. O processo se inicia com a extração do petróleo, que é levado às refinarias para separação de seus componentes. A partir da matéria-prima fornecida pela indústria petroquímica, a indústria química produz o polímero à base de estireno, que é moldado na forma de copo descartável ou de outros objetos, tais como utensílios domésticos. Depois de utilizados, os copos são descartados e jogados no lixo para serem reciclados ou depositados em aterros. Materiais descartáveis, quando não reciclados, são muitas vezes rejeitados e depositados indiscriminadamente em ambientes naturais. Em consequência, esses materiais são mantidos na natureza por longo período de tempo. No caso de copos plásticos constituídos de polímeros à base de produtos petrolíferos, o ciclo de existência deste material passa por vários processos que envolvem (A) a decomposição biológica, que ocorre em aterros sanitários, por micro-organismos que consomem plásticos com estas características apolares. (B) a polimerização, que é um processo artificial inventado pelo homem, com a geração de novos compostos resistentes e com maiores massas moleculares. (C) a decomposição química, devido à quebra de ligações das cadeias poliméricas, o que leva à geração de compostos tóxicos ocasionando problemas ambientais. (D) a polimerização, que produz compostos de propriedades e características bem definidas, com geração de materiais com ampla distribuição de massa molecular. (E) a decomposição, que é considerada uma reação química porque corresponde à união de pequenas moléculas, denominados monômeros, para a formação de oligômeros.
trabalha com uma representação diferente da usual da América Latina. Em artigo publicado em 1941, em que apresenta a imagem e trata do assunto, Joaquín afirma: “Quem e com que interesse dita o que é o norte e o sul? Defendo a chamada Escola do Sul por que na realidade, nosso norte é o Sul. Não deve haver norte, senão em oposição ao nosso sul. Por isso colocamos o mapa ao revés, desde já, e então teremos a justa ideia de nossa posição, e não como querem no resto do mundo. A ponta da América assinala insistentemente o sul, nosso norte”. TORRES-GARCÍA, J. Universalismo constructivo. Buenos Aires: Poseidón, 1941. (com adaptações).
O referido autor, no texto e imagem acima, (A) privilegiou a visão dos colonizadores da América. (B) questionou as noções eurocêntricas sobre o mundo. (C) resgatou a imagem da América como centro do mundo. (D) defendeu a Doutrina Monroe expressa no lema “América para os americanos”. (E) propôs que o sul fosse chamado de norte e vice-versa. A força que atua sobre o peso e produz o deslocamento vertical da garrafa é a força (A) de inércia. (B) gravitacional. (C) de empuxo. (D) centrípeta. (E) elástica.
CIÊNCIAS HUMANAS QUESTÃO 4
Figuram no atual quadro econômico mundial países considerados economias emergentes, também chamados de novos países industrializados. Apresentam nível considerável de industrialização e alto grau de investimentos externos, no entanto as populações desses países convivem com estruturas sociais e econômicas arcaicas e com o agravamento das condições de vida nas cidades. As principais economias emergentes que despertam o interesse dos empresários do mundo são: Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC). Tais países apresentam características comuns, como mão-de-obra abundante e significativas reservas de recursos minerais. Diante do quadro apresentado, é possível inferir que a reunião desses países, sob a sigla BRIC, aponta para (A) um novo sistema socioeconômico baseado na superação das desigualdades que conferiam sentido à ideia de Terceiro Mundo. (B) a razoabilidade do pleito de participarem do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). (C) a melhoria natural das condições sociais em decorrência da aceleração econômica e da redução dos níveis de desemprego. (D) a perspectiva de que se tornem, a médio prazo, economias desenvolvidas com uma série de desafios comuns. (E) a formação de uma frente diplomática com o objetivo de defender os interesses dos países menos desenvolvidos.
QUESTÃO 5
QUESTÃO 6
Zuenir Ventura, em seu livro “Minhas memórias dos outros” (São Paulo: Planeta do Brasil, 2005), referindo-se ao fim da “Era Vargas” e ao suicídio do presidente em 1954, comenta: Quase como castigo do destino, dois anos depois eu iria trabalhar no jornal de Carlos Lacerda, o inimigo mortal de Vargas (e nunca esse adjetivo foi tão próprio). Diante daquele contexto histórico, muitos estudiosos acreditam que, com o suicídio, Getúlio Vargas atingiu não apenas a si mesmo, mas o coração de seus aliados e a mente de seus inimigos. A afirmação que aparece “entre parênteses” no comentário e uma conseqüência política que atingiu os inimigos de Vargas aparecem, respectivamente, em: (A) a conspiração envolvendo o jornalista Carlos Lacerda é um dos elementos do desfecho trágico e o recuo da ação de políticos conservadores devido ao impacto da reação popular. (B) a tentativa de assassinato sofrida pelo jornalista Carlos Lacerda por apoiar os assessores do presidente que discordavam de suas idéias e o avanço dos conservadores foi intensificado pela ação dos militares. (C) o presidente sentiu-se impotente para atender a seus inimigos, como Carlos Lacerda, que o pressionavam contra a ditadura e os aliados do presidente teriam que aguardar mais uma década para concretizar a democracia progressista. (D) o jornalista Carlos Lacerda foi responsável direto pela morte do presidente e este fato veio impedir definitivamente a ação de grupos conservadores. (E) o presidente cometeu o suicído para garantir uma definitiva e dramática vitória contra seus acusadores e oferecendo a própria vida Vargas facilitou as estratégias de regimes autoritários no país.
LINGUAGENS E CÓDIGOS QUESTÃO 7
Concordo plenamente com o artigo “Revolucione a sala de aula”. É preciso que valorizemos o ser humano, seja ele estudante, seja professor. Acredito na importância de aprender a respeitar nossos limites e superá-los, quando possível, o que será mais fácil se pudermos desenvolver a capacidade de relacionamento em sala de aula. Como arquiteta, concordo com a postura de valorização do indivíduo, em qualquer situação: se procurarmos uma relação de respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de uma vida melhor. Tania Bertoluci de Souza. Porto Alegre, RS Disponível em: <:http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>. Acesso em: 2 maio 2009 (com adaptações).
O desenho do artista uruguaio Joaquín Torres-García
Em uma sociedade letrada como a nossa, são construídos textos diversos para dar conta das necessidades cotidianas de comunicação. Assim, para utilizar-se de algum gênero textual, é preciso que conheçamos os seus elementos. A carta de leitor é um gênero textual que
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(A) apresenta sua estrutura por parágrafos, organizado pela tipologia da ordem da injunção (comando) e estilo de linguagem com alto grau de formalidade. (B) se inscreve em uma categoria cujo objetivo é o de descrever os assuntos e temas que circularam nos jornais e revistas do país semanalmente. (C) se organiza por uma estrutura de elementos bastante flexível em que o locutor encaminha a ampliação dos temas tratados para o veículo de comunicação. (D) se constitui por um estilo caracterizado pelo uso da variedade não-padrão da língua e tema construído por fatos políticos. (E) se organiza em torno de um tema, de um estilo e em forma de paragrafação, representando, em conjunto, as ideias e opiniões de locutores que interagem diretamente com o veículo de comunicação.
QUESTÃO 8
Aumento do efeito estufa ameaça plantas, diz estudo. O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante do uso de combustíveis fósseis e das queimadas, pode ter consequências calamitosas para o clima mundial, mas também pode afetar diretamente o crescimento das plantas. Cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, mostraram que, embora o dióxido de carbono seja essencial para o crescimento dos vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das plantas e têm efeitos incalculáveis na agricultura de vários países. O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32.
O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir dessa perspectiva, conclui-se que (A) a palavra “mas”, na linha 3, contradiz a afirmação inicial do texto: linhas 1 e 2. (B) a palavra “embora”, na linha 4, introduz uma explicação que não encontra complemento no restante do texto. (C) as expressões: “consequências calamitosas”, na linha 2, e “efeitos incalculáveis”, na linha 6, reforçam a ideia que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa. (D) o uso da palavra “cientistas”, na linha 3, é desnecessário para dar credibilidade ao texto, uma vez que se fala em “estudo” no título do texto. (E) a palavra “gás”, na linha 5, refere-se a “combustíveis fósseis” e “queimadas”, nas linhas 1 e 2, reforçando a ideia de catástrofe.
QUESTÃO 9
Poema de sete faces Quando eu nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos. (....) Meu Deus, por que me abandonaste se sabias que eu não era Deus se sabias que eu era fraco. Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo mais vasto é o meu coração.
(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 53.)
No verso “Meu Deus, por que me abandonaste”, Drummond retoma as palavras de Cristo, na cruz, pouco antes de morrer. Esse recurso de repetir palavras de outrem equivale a (A) emprego de termos moralizantes. (B) uso de vício de linguagem pouco tolerado. (C) repetição desnecessária de idéias. (D) emprego estilístico da fala de outra pessoa. (E) uso de uma pergunta sem resposta.
MATEMÁTICA QUESTÃO 10
A evolução da luz: as lâmpadas LED já substituem com grandes vantagens a velha invenção de Thomas Edison. A tecnologia do LED é bem diferente das lâmpadas incandescentes e das fluorescentes. A lâmpada LED é fabricada com material semicondutor semelhante ao usado nos chips de computador. Quando percorrido por uma corrente elétrica, ele emite luz. O resultado é uma peça muito menor, que consome menos energia e tem uma durabilidade maior. Enquanto uma lâmpada comum tem vida útil de 1.000 horas e uma fluorescente de 10.000 horas, a LED rende entre 20.000 e 100.000 horas de uso ininterrupto. Há um problema, contudo: a lâmpada LED ainda custa mais caro, apesar de seu preço cair pela metade a cada dois anos. Essa tecnologia não está se tornando apenas mais barata. Está também mais eficiente, iluminando mais com a mesma quantidade de energia. Uma lâmpada incandescente converte em luz apenas 5% da energia elétrica que consome. As lâmpadas LED convertem até 40%. Essa diminuição no desperdício de energia traz benefícios evidentes ao meio ambiente. A evolução da luz. Veja, 19 dez. 2007. Disponível em: http:// veja.abril.com.br/191207/p_118.shtml Acesso em: 18 out. 2008.
Considerando que a lâmpada LED rende 100 mil horas, a escala de tempo que melhor reflete a duração dessa lâmpada é o: (A) dia. (B) ano. (C) decênio. (D) século. (E) milênio.
QUESTÃO 11
O capim-elefante é uma designação genérica que reúne mais de 200 variedades de capim e se destaca porque tem produtividade de aproximadamente 40 toneladas de massa seca por hectare por ano, no mínimo, sendo, por exemplo, quatro vezes maior que a da madeira de eucalipto. Além disso, seu ciclo de produção é de seis meses, enquanto o primeiro corte da madeira de eucalipto é feito a partir do sexto ano. Disponível em: <www.rts.org.br/noticias/destaque-2/i-seminariomadeira-energetica-discute-producao-de-carvaovegetal-a-partirde-capim>. Acesso em: 18 dez. 2008. (com adaptações).
Considere uma região R plantada com capim-elefante que mantém produtividade constante com o passar do tempo. Para se obter a mesma quantidade, em toneladas, de massa seca de eucalipto, após o primeiro ciclo de produção dessa planta, é necessário plantar uma área S que satisfaça à relação (A) S = 4R. (B) S = 6R. (C) S = 12R. (D) S = 36R. (E) S = 48R.
QUESTÃO 12
Em um estudo feito pelo Instituto Florestal, foi possível acompanhar a evolução de ecossistemas paulistas desde 1962. Desse estudo publicou-se o Inventário Florestal de São Paulo, que mostrou resultados de décadas de transformações da Mata Atlântica. Examinando o gráfico da área de vegetação natural remanescente (em mil km2) pode-se inferir que
(A) a Mata Atlântica teve sua área devastada em 50% entre 1963 e 1973. (B) a vegetação natural da Mata Atlântica aumentou antes da década de 60, mas reduziu nas décadas posteriores. (C) a devastação da Mata Atlântica remanescente vem sendo contida desde a década de 60. (D) em 2000-2001, a área de Mata Atlântica preservada em relação ao período de 1990-1992 foi de 34,6%. (E) a área preservada da Mata Atlântica nos anos 2000 e 2001 é maior do que a registrada no período de 1990-1992.
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Profissional da vez:
GEOFÍSICO Estudar e pesquisar sobre os processos que ocorrem no interior do planeta Terra. Essa é a atividade básica de um geofísico. Aplicando conhecimentos da Matemática, da Física e da Química, o profissional atua na investigação de fenômenos elétricos, magnéticos, gravitacionais e sísmicos. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) é a única no estado que forma profissionais na área. O curso dura quatro anos e os temas estudados podem ser divididos em dois grandes grupos: o primeiro é formado por métodos geofísicos aplicados, etapa mais teórica; no segundo, os alunos estudam aspetos geofísicos e geológicos ligados à exploração de petróleo, mineral e água subterrânea, na engenharia geotécnica e na investigação da qualidade do meio ambiente. OFERTA DE EMPREGOS A área está em expansão e o campo para atuar é bastante amplo. Os serviços de geofísicos são requisitados sempre que grandes obras estão sendo projetadas, como a constru-
ção de represas, estradas e túneis. Mas a atividade que emprega a maior parte dos recém-graduados e paga os melhores salários é a prospecção de petróleo. “O mercado de trabalho para o geofísico está altamente aquecido, por conta das empresas de petróleo”, conta o professor de Geofísica da UFBA, Hedison Sato. Segundo ele, na Bahia o mercado é bem reduzido, quando comparado à demanda nacional. Isso acontece porque as reservas de petróleo encontradas em solo baiano são bem menores que os campos no mar e produzem pouco. Sato afirma que, o estado, que já foi um dos principais produtores de petróleo nacional, possui hoje reservas antigas com produção cada vez menor. Além disso, são pequenas as chances de novas descobertas em nosso território. Já no cenário nacional e internacional, a realidade é bem diferente. As empresas multinacionais que prestam serviços às exploradoras de petróleo, como a Petrobras, são as que mais necessitam de geofísicos. O profissional tem oportunidades de trabalhar no mundo inteiro. Por isso, e também para entender termos técnicos,
é bom que o aluno saiba outros idiomas, como o inglês. O geofísico Enock Alves conta que para os que querem passar num concurso público e ter segurança fincanceira, cargos para geofísico são os de menor concorrência. “Se o jovem quer conhecer o mundo e ter salários mais altos, a iniciativa privada no mercado internacional é uma excelente opção”, ressalta, destacando outro setor de atuação. E a boa notícia para quem está prestes a entrar na faculdade é que faltam profissionais no mercado de trabalho. “A necessidade de mão de obra qualificada é extrema e os cursos no Brasil não estão conseguindo suprir as demandas”, revela Sato. “Mês passado, um colega geofísico que trabalha na área de geotecnia me falou que tem rejeitado muitos trabalhos na África e na Ásia, pois tem trabalhado muito e mesmo se deixasse de trabalhar, teria dinheiro sobrando por muito tempo”, revela Enock. Mas nem só de petróleo vivem os geofísicos. Quem preferir
Onde estudar? ficar aqui mesmo na Bahia, pode concentrar seu trabalho na mineração, área em que o estado tem bastante potencial, e procurar por ouro, cobre, níquel e materiais radioativos. O geofísico também pode ajudar a resolver problemas como os relacionados ao abastecimento de água, direcionando suas atividades para a escolha dos melhores locais onde se possam perfurar poços. A exploração das reservas de petróleo existentes na camada pré-sal também exige o trabalho de geofísicos. “Emprego é que não vai faltar nas próximas décadas”, conclui Sato.
“A necessidade de mão de obra qualificada é extrema e os cursos no Brasil não estão conseguindo suprir as demandas” Professor Hedison Sato
Universidade Federal da Bahia (BA) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (RN) Universidade Federal do Pará (PA) Universidade Federal Fluminense (RJ) Universidade de São Paulo (SP) Universidade Federal de Pelotas (RS) Universidade Federal do Pampa (RS)
É isso que eu quero? Algumas características são frequentes entre os jovens que escolhem o curso. Veja se você se encaixa com o perfil do profissional: • Gosta de Física, Química, Matemática; • Tem facilidade com inglês; • Quer saber mais sobre Geologia; • Tem capacidade e vontade de entender sistemas computacionais.
Eu fiz
Leia os depoimentos de pessoas que acreditaram e hoje atuam na área: “O que há de melhor é o espírito aventureiro do geofísico: seja no meio da Floresta Amazônica, seja dentro de um escritório no Rio de Janeiro ou ainda se capacitando em Dubai, o mundo é a ‘casa’ do geofísico. A oportunidade de conhecer o mundo, novas pessoas e culturas (e ainda ser pago para isso), foi o que mais me fascinou na profissão” Enock Alves “Por gostar muito de Física, Matemática e computação, procurei uma carreira que pudesse dar uso aplicado a estas minhas preferências acadêmicas. De todos que abrangem estas matérias, o curso de geofísica é o mais inspirador e tem muitas aplicações” Odirlei Neumann
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Pré-sal será tema da redação do concurso do Correio* “O pré-sal e o impacto do petróleo no futuro do Brasil”. Este é o tema do concurso cultural Redação Nota 10, promovido pelo Correio. Os participantes deverão compor um texto sobre as recentes descobertas no litoral brasileiro, o que levará ao Brasil à condições de um dos maiores produtores de petróleo do mundo, além de garantir a autossuficiência e até mesmo a exportação do produto. Os estudantes deverão mostrar as perspectivas sobre os impactos das descobertas destas reservas na economia e, consequentemente, no desenvolvimento social da nação. Não deve esquecer de traçar outros caminhos, como as questões ambientais, desenvolvimento tecnológico e qualificação de mão de obra. Para participar da promoção, o leitor precisa colecionar 5 selos impressos na capa dos cadernos Revisão ENEM 2010, a partir de hoje, e colá-los na folha de redação encartada nesta edição. Na mesma folha, o leitor deverá escrever a sua redação, com base no tema sugerido e entregá-la em um dos postos do AcheAqui, o caderno de Classificados do Correio, nos shoppings Barra, Itaigara, Iguatemi Center Lapa. As redações poderão ser entregues até o dia 18 de setembro.
O vencedor terá a sua redação publicada na edição nº 11 do caderno especial, que circulará no dia 14 de outubro. O prêmio para o primeiro colocado será um notebook e uma assinatura semestral do Correio. O segundo e terceiro lugar receberão assinaturas do jornal.
Uma equipe de professores irá avaliar as redações, de acordo com os critérios exigidos pelo ENEM, e selecionar as três mais bem sucedidas.
Participantes devem juntar cinco selos e colar na folha de redação
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Inundações deixaram mais de três milhões na miséria no Paquistão A vida de mais de três milhões de pessoas foi devastada pelas piores enchentes já registradas no Paquistão. A catástrofe, que começou no final de julho e matou ao menos 1.600 pessoas no noroeste do país, ainda deve se agravar, porque há previsão de mais chuvas, além de existir risco de epidemias. As Províncias do Punjab - que abriga um grande número de fazendas, fornece a maior parte dos alimentos à nação e é a mais populosa do Paquistão-- além de Layyah, Taunsa Sharif, Rajan Pur, Dera Ghazi Khan e outras áreas já estão totalmente alagadas, além da região de Khyber-Pakhtunkhwa, a mais devastada até agora. A Organização Mundial de Saúde (OMS) teme pela eclosão de epidemias como a cólera, disse Fadela Chaib, uma porta-voz do órgão em Genebra, na Suíça, alertando que ao menos cem mil desabrigados estão em risco iminente de contrair a doença e alertando para a
necessidade urgente de água potável em certas áreas mais atingidas. As autoridades esperam que o número de vítimas aumente, já que a previsão do tempo é de mais chuvas fortes como as que atingiram o local na semana passada. Segundo fontes oficiais, mais de 29.500 casas foram danificadas e uma estrada importante de ligação com a China foi bloqueada pela enchente. Autoridades dizem que ainda é muito cedo para estimar os estragos causados na economia, mas que a região mais afetada é o principal centro agrícola em Punjab. “Toda a infraestrutura construída nos últimos 50 anos foi destruída”, disse Adnan Khan, porta-voz da autoridade local para desastres de Khyber-Pakhtunkhwa. DESAFIOS Em um momento em que o governo precisa enfrentar múltiplos desafios --do combate ao Taleban à crônica falta de energia elétrica-- as auto-
AJUDA ção as delas suspeitas de liga Entidades islâmicas, algum nan ssio m para fornecer ajuda, pre com militantes, interviera situ a r que consegue controlar do o governo a demonstra ação. giu a nossa área, não vi ne “Desde que a enchente atin s Seu . no ver go otes de auxílio do nhuma comida nem pac s”, disse pela água ou danificado s escritórios foram levado uma zar cru a par d, que esperava o professor Yar Mohamma at. Sw do um rio no vale ponte improvisada sobre e nas ram um papel important tive os mic Os grupos islâ de oto rem ter do ois dep pulação atividades de auxílio à po tou 75 mil pessoas. 2005 na Caxemira, que ma
ridades têm dificuldades para ajudar as vítimas das inundações. Muita gente perdeu tudo e diz não ter sido alertada sobre o avanço das águas. A raiva toma conta da população em cidades como Charssada. Um repórter viu pessoas atacando caminhões que distribuíam ajuda. A polícia as disper-
sou com cassetetes. Bistma Bibi, de 65 anos, que perdeu dois netos nas inundações, acusou os agentes da defesa civil estadual de só ajudarem seus amigos e parentes. “Cheguei aqui às 5h da manhã, fiz o melhor que eu pude. Implorei e briguei, mas não consegui nada. Eles estão dando (os
mantimentos) à sua gente”, queixou-se a mulher. Abdul Sami Malik, porta-voz do Unicef, disse que, entre mais de 3 milhões de pessoas afetadas, 1,3 milhão sofreram um impacto severo, perdendo suas casas e seus meios de subsistência.