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Patrocínio:
ouro negro 06 Primeiro poço foi descoberto no bairro do Lobato, em Salvador
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Confira questões especiais propostas por professores do Colégio Villa Lobos
Profissão da vez: Geologia oferece ampla área de atuação
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Enem será obrigatório para conseguir o Fies Menor taxa de juros e aumento do período de carência são outras mudanças anunciadas
A partir do próximo ano, quem quiser pagar a faculdade com a ajuda do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) deverá, obrigatoriamente, ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A medida foi determinada pela portaria nº10/2010. Os inscritos no Enem que não obtiverem nota suficiente para conquistar uma bolsa de estudos numa faculdade privada ou uma vaga numa instituição pública podem encarar o Fies como uma boa oportunidade. Através do programa, as mensalidades do curso são custeadas pelo Governo Federal, por meio de financiamento da Caixa Econômica Federal. Durante o curso e após a conclusão, o aluno beneficiado deverá pagar em parcelas o valor financiado, acrescido de juros. De acordo com a Secretaria de Educação Superior, a decisão de vincular o Enem à cessão de financiamento é uma forma de fazer prevalecer o mérito do aluno. Com essa medida, todos os programas do MEC que estão ligados ao Enem, como o SISU e o ProUni, foram unificados. Além de estabelecer essa nova regra sobre o Enem, a portaria também determina uma série de outras normas. Algumas das boas notícias para os estudantes são a redução da taxa anual de juros, que cai de 6,5% para 3,4%, e o aumento do período de carência, que passa dos atuais seis meses para 18 meses após a conclusão do curso.
Dicas de estudo O exame é multidisciplinar, procura reunir conhecimentos de diversas áreas em uma mesm a questão, relacionando-os. Acostume-se a examinar os fatos criticamente, considerando o global e local. Um bom exercício é o de elaborar pequenos texto s, associando-os à realidade. Por exemplo, uma disse rtação sobre a educação mundial terá mais consistência se você emitir seu ponto de vista aliado a informações sobre os sistemas de ensino nos países desenvolvid os e subdesenvolvidos, estabelecendo um confronto, assumindo uma postura crítica e apontando altern ativas. Não se preocupe com o tempo destinado ao estud o, mas com a qualidade. Se reservar 1 hora diária para estudar, que este momento seja integralmente aproveitado. Nas questões subjetivas, tenha cuidado com a linguagem. Não exagere no português arcaico, apen as para impressionar. Use a linguagem formal, simpl es – sem gírias e outras popularidades – elegante e, especialmente, de fácil entendimento. O Enem valoriza a autonomia e incentiva a apren der a pensar, a refletir e a “saber como fazer”. Leia artigo s e entrevistas, observando a capacidade de se fazer escolhas e tomar decisões. Forme grupos de estudos. Discuta os fatos do dia a dia, escutando sempre a opinião do maior núme ro de pessoas. Exercite sua autoconfiança. Esteja sempre disposto e de bom humor. Lembre-se que a saúde física interf ere na saúde mental e vice-versa. Mantenha o foco em seu objetivo, mas, sobretudo, alimente sua autoestima com pensamentos positivos. Um bom caminho para estar informado é a leitur a. Ao ler um artigo em uma revista, reflita: O que ele (o autor ) quis dizer? O que esse tema tem a ver com o mundo, com o Brasil, com a minha realidade? Eu devo concordar com tudo o que foi lido? Qual a minha opinião sobre as ideias de quem escreveu? Desse é estabelecido um diálog o com outras informações trazidas antes mesmo de ler o texto, isto é, o conhecimento de mundo.
expediente Departamento de Marketing Orlando Fentanes (Analista de Projetos) orlando.fentanes@redebahia.com.br Tel.: (71) 3203-1870 Encartado no jornal Correio. Não pode ser vendido separadamente.
Projeto Gráfico João Soares Tel.: (71) 3342.4440/41 metta@mettacomunicacao.com.br
Textos Camila Vieira Laís Santos Márcia Guimarães
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Agência Petrobras/Div
Tesouro no pré-sal brasileiro A jazida de petróleo e gás natural descoberta pela Petrobras na camada do pré-sal do litoral brasileiro incluirá o Brasil entre os dez maiores países produtores do mundo. As reservas permitirão ao país conquistar a oitava ou nona posição. Isso fará com que o Brasil passe a ter volumes equivalentes aos da Nigéria e da Venezuela. Atualmente, com 14,4 bilhões de barris em reservas de petróleo e gás natural, o Brasil está em 24º lugar entre os países produtores. Em 2011, no entanto, a extração começará em caráter de teste, com a produção de 100 mil barris de óleo e gás diários. Segundo o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, a extração de petróleo e gás entre 5 mil e 7 mil metros de profundidade pode acrescentar de 70 bilhões a 107 bilhões de barris dos produtos às reservas brasileiras. O petróleo, que vai jorrar abaixo da camada de sal do Oceano Atlântico, pode gerar grandes transformações no país nas próximas décadas. Cifras astronômicas serão proporcionadas ao país após o início da produção em águas profundas. Segundo o presidente Lula, os avanços econômicos e os impactos com as novas fronteiras petrolíferas vão elevar ainda mais a posição brasileira na economia mundial, com perspectivas de saltos na área social. Tamanho otimismo fez o governo repensar a forma de exploração, o que determinou a criação de um outro marco regulatório, específico para a nova região exploratória. A regulação preten-
dida estabelece um poder ainda maior da União sobre os campos que apresentam grandes volumes, e a Petrobras torna-se única operadora nestas áreas. Somente nos próximos quatro anos, a Petrobras investirá algo em torno de R$250 bilhões. Além da exploração, os recursos, em grande parte, também serão direcionados para logística e refino. Gabrielli afirmou, durante seminário sobre o tema, realizado em novembro do ano passado, em Salvador, que a descoberta do pré-sal vai proporcionar oportunidades a diversos segmentos. Os investimentos e encomendas programados para o período 2010-2014 abrem uma nova e promissora frente de negócios. São plataformas, navios, tubulação, transporte, entre outros. A carteira de projetos programada pela Petrobras garantirá, nos próximos anos, uma demanda em larga escala também de sondas de perfuração, unidades de produção, arranjos submarinos, dutos, bombas, linhas flexíveis, milhares de outros equipamentos, além de serviços diversos, que vão desde refeição à locação e compra de helicópteros. Todo este panorama refletirá na geração de empregos, e a ex-
pectativa é que sejam abertos mais de 240 mil postos de trabalho diretos no país, somente no período de quatro anos. Com os indiretos, o número pode ultrapassar meio milhão de vagas. A demanda é crescente por engenheiros, técnicos e operários, entre outros profissionais. Diante da necessidade de colaboradores capacitados, uma das maiores preocupações na atualidade é com a formação. O Programa de Mobilização da Indústria de Petróleo (Prominp) - cuja missão é revitalizar a indústria nacional de petróleo e gás em bases competitivas – também tem estimulado a qualificação e capacitação, através de cursos em diversos estados.
Lula: petróleo vai gerar impactos sociais
Novas regras Para exploração de petróleo nas áreas de pré-sal, o governo acha imprescindível que a Petrobras gerencie as descobertas dos grandes reservatórios, não apenas por uma questão mercadológica, mas também estratégica. Isto porque, enquanto o Brasil terá o abastecimento garantido pelas próximas décadas, com as novas reservas, há declínio na produção mundial. Com o pré-sal, a margem pode chegar a cem anos. O sistema de partilha será vigente nas áreas ainda não licitadas do pré-sal. A União poderá celebrar os contratos de duas formas. Uma delas é exclusivamente com a Petrobras e a outra a partir de licitação, com livre participação de empresas, atribuindo-se à Petrobras tanto a operação como um percentual mínimo de 30% em todos os consórcios. O presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, defende o novo sistema. Ele lembrou que, na década passada, o país apresentava blocos exploratórios de baixa rentabilidade e risco elevado. Era importador de petróleo e apresentava escassez de recursos para investimentos. A Petrobras tinha insuficiência de capital para realizar esses investimentos, além de dificuldade de captação externa e elevados custos de capital, e o preço do barril de petróleo em 1997 era US$19. “Hoje, a realidade é outra”, declarou Gabrielli. O país, além de descobrir reservas gigantes – uma das maiores províncias do mundo -, tem um parque industrial bem mais diversificado e a perspectiva é de aumento da capacidade de exportação. Segundo Gabrielli, mudanças no cenário nacional e internacional justificam alterações no modelo regulatório. “A situação é completamente reversa do que era em 1997”, disse, referindo-se ao risco exploratório na época, que era maior que no pré-sal, e à necessidade de atrair capitais. Como exemplo do baixo risco no pré-sal, o executivo frisou que a Petrobras encontrou indícios de hidrocarbonetos em todos os 13 poços perfurados na Bacia de Santos. Nas bacias do Espírito Santo e de Campos a estatal perfurou 47 poços, com sucesso em 41, sendo que 13 destes chegam ao pré-sal. “Isto é três a quatro vezes mais que a média exploratória do mundo”, destacou o presidente da Petrobras. As novas regras também incluem a criação de um Fundo Social, com os recursos oriundos da exploração do pré-sal. Estima-se algo em torno de R$15 bilhões por ano, que serão direcionados exclusivamente para investimentos em educação, saúde, combate à pobreza, cultura, meio ambiente e ciência e tecnologia. Este fundo será abastecido com os lucros da União nos contratos de partilha assinados com empresas para exploração do petróleo.
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PARA ENTENDER
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10 O que é o pré-sal É a denominação para a as reservas petrolíferas que são encontradas abaixo de uma profunda camada de sal no subsolo marítimo, também chamada de subsal. A maior parte das reservas petrolíferas “pré-sal” está a uma profundidade de até oito mil metros. Nesta área, além de abundância, o petróleo é de boa qualidade, em torno de 30º API – escala hidrométrica idealizada pelo American Petrolium Institute.
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descobertas Em 2005, um navio-sonda foi l enviado à Bacia de Santos para -Sa perfurar um poço pioneiro na área Pré conhecida como Parati. Um ano depois, foram encontrados um campo gigante de gás e reservatórios de condensado de petróleo, a 7,6 mil metros de profundidade. Outros sete poços foram perfurados e em todos foi encontrado petróleo. Em 2008, houve sucesso abaixo da camada de sal na Bacia de Campos, e no Parque das Baleias, no Espírito Santo. Outros serão perfurados ao longo do litoral brasileiro.
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Uma história que começou na Bahia A história do petróleo no Brasil tem ligação direta com a Bahia. Em 1858, no estado, o Marquês de Olinda concedeu a José de Barros Pimentel o direito de extrair betume em terrenos situados nas margens do rio Maraú. Somente em 1930, após vários poços perfurados sem sucesso, inclusive em outros estados, o engenheiro agrônomo Manoel Inácio Bastos soube que moradores do Lobato, em Salvador, usavam uma “lama preta”, oleosa, para iluminar suas residências. A partir desta informação, foram realizadas várias pesquisas e coletas de amostras do material. Bastos não obteve êxito em chamar a atenção de pessoas influentes, e chegou a ser considerado “maníaco”. Ele não desistiu e, no ano de 1932, foi recebido pelo pre-
sidente Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o engenheiro agrônomo entregou um relatório sobre a presença da substância em Lobato. A partir de então, e durante toda a década de 30, a questão da nacionalização dos recursos do subsolo entrou na pauta das discussões indicando uma tendência que viria a ser adotada. Em 1938, toda a atividade petrolífera passou, por lei, a ser obrigatoriamente realizada por brasileiros. Ainda nesse ano, em 29 de abril, foi criado o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), para avaliar os pedidos de pesquisa e lavra de jazidas. O decreto que instituiu o CNP também declarou de utilidade pública o abastecimento nacional de petróleo e regulou as atividades de importação, exportação, transporte, distri-
Agência Petrobras
O marco no Lobato e as primeiras ações de exploração comercial no estado, em 1958
buição e comércio do recurso e derivados e o funcionamento da indústria do refino. Mesmo ainda não localizadas, as jazidas passaram a ser consideradas como patrimônio da União. A criação do CNP marca o início de uma nova fase da história do ouro negro no Brasil. Já sob jurisdição do recémcriado CNP, Oscar Cordeiro e Manoel Inácio Bastos deram início às pesquisas na região do Lobato. A perfuração do poço DNPM-163, foi iniciada em 29 de julho de 1938. Somente no dia 21 de janeiro de 1939 o petróleo veio à tona. Mesmo sendo considerada subcomercial, a descoberta incentivou novas pesquisas do CNP em toda a região do Recôncavo Baiano. Em 1941, um dos poços perfurados deu origem ao campo de Candeias, o primeiro a produzir petróleo no Brasil comercialmente. As descobertas prosseguiram na Bahia, enquanto o CNP estendia seus trabalhos a outros estados. A indústria nacional do petróleo dava seus primeiros passos.
O engenheiro Manoel Inácio Bastos : desbravador e visionário
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O petróleo é nosso Após as descobertas na Bahia, as perfurações prosseguiram em pequena escala, até que, em 3 de outubro de 1953, depois de uma intensa campanha popular, o presidente Getúlio Vargas assinou a Lei 2004, que instituiu o monopólio estatal da pesquisa e lavra, refino e transporte do petróleo e seus derivados. Também criou a Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras. No ano de 1963, o monopólio foi ampliado, abrangendo também as atividades de importação e exportação desse recurso energético e seus derivados. Um marco na história da Petrobras foi a decisão de explorar petróleo no mar. Em 1968, a companhia iniciou as atividades de prospecção offshore, com a descoberta
do campo de Guaricema, em Sergipe. Mas, foi em Campos, no litoral fluminense, que a Petrobras encontrou a bacia que se tornou a maior produtora de petróleo do país. O campo inicial foi o de Garoupa, em 1974, seguido pelos campos gigantes de Marlim, Albacora, Barracuda e Roncador. A flexibilização do monopólio foi outro fato importante da história recente do petróleo no Brasil. No dia 6 de agosto de 1997, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei 9478 que permitiu a presença de outras empresas para competir com a Petrobras em todos os ramos da atividade petrolífera. Com a abertura do mercado brasileiro a outras empresas, a Petrobras passou a vivenciar novos desafios e oportunidades, agora atuando sob o regime de competição.
Alcançar a autossuficiência sustentável sempre foi uma meta para o Brasil. O objetivo é reduzir a vulnerabilidade do país às flutuações internacionais do mercado de petróleo, ou seja, a Petrobras tem que sustentar sua produção acima da demanda a longo prazo. A trajetória até o alcance da autossuficiência foi marcada por altos investimentos em avanços tecnológicos e recordes de perfuração em águas profundas, além do aperfeiçoamento de diversas atividades da companhia. A produção doméstica de petróleo atingiu a marca de 1,54 milhão de barris por dia em 2003, representando cerca de 91% da demanda de derivados do país. A meta de produção nacional estabelecida no Plano Estratégico Petrobras é de 2,3 milhões de barris por dia em 2010.
Tome nota - “Óleo da pedra” (do latim petro: pedra + oleum: óleo) é um produto da ação da natureza, que vem sendo formado há milhões de anos através da decomposição do material orgânico depositado no fundo de antigos mares e lagos. - Assim como o petróleo, o gás natural é resultado da transformação de fósseis de antigos seres vivos que existiram em nosso planeta na pré-história, portanto, de acordo com o tipo de subsolo em que foi formado e da matéria orgânica que o originou, a composição do gás natural pode variar bastante. - Estima-se que as jazidas petrolíferas mais novas têm menos de dois milhões de anos, enquanto as mais antigas estão em reservatórios com cerca de 500 milhões de anos. Segundo os geólogos, com o passar do tempo, outras camadas foram se depositando sobre esses restos de animais e vegetais. A ação de bactérias, do calor e da pressão, causados por esse empilhamento de novas camadas rochosas, transformou aquela matéria orgânica em petróleo. - O petróleo migra através de rochas porosas e permeáveis (arenitos) em direção a áreas com menor pressão, até encontrar uma camada impermeável que bloqueia o escapamento para a superfície (rochas selantes ou trapas). Nesses depósitos naturais, o gás fica retido nas partes mais altas e o óleo nas partes mais baixas. As rochas-reservatórios podem estar localizados próximos a superfície ou em profundidades maiores que cinco mil metros. - Nos países árabes, onde hoje se concentra a maior produção de petróleo do mundo, esse mineral foi usado na construção das pirâmides, na conservação das múmias e como combustível nos dardos incendiários nas grandes batalhas. - Os antigos habitantes da América do Sul, como os Incas, utilizavam o petróleo na pavimentação das estradas do seu grandioso império. Outros usos do petróleo foram: calafetar embarcações, impermeabilização, pintura e cerâmica.
Local da descoberta, na Rua do Lobato. Foto de 1938
- Sua primeira aplicação em larga escala foi na iluminação das casas e das cidades, substituindo o óleo de baleia. Com o tempo, passou também a ser empregado nas indústrias, no lugar do carvão. - E assim a vida, os hábitos e os costumes foram se transformando, conduzidos pelas inovações que o petróleo proporcionou com seus inúmeros derivados, até chegar aos dias atuais, quando se tornou um produto indispensável à vida moderna.
Reservas vão se esgotar A natureza levou cerca de 500 milhões de anos para gerar o petróleo nas rochas sedimentares, mas a humanidade está consumindo de forma acelerada este recurso energético. Certamente, não haverá tempo suficiente para que a natureza reúna todas as condições necessárias para gerá-lo novamente. Por esse motivo, podemos considerar o petróleo como uma fonte energética não-renovável, isto é, um dia ele vai acabar. Depois de um longo período de produção, as reservas de petróleo fatalmente se esgotam. Os prognósticos apontam que, daqui a 15 anos, poucos países terão a possibilidade de exportar petróleo. Isto caso não ocorram descobrimentos de novos campos de petróleo até lá. Antes que o ouro negro chegue ao fim, certamente serão encontrados substitutos para as necessidades mundiais de energia. Mas não deixa de ser motivo para reflexão o fato de o homem ter esgotado, em dois ou três séculos, o que a natureza levou centenas de milhões de anos para criar.
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as Questões propost CIÊNCIAS NATURAIS QUESTÃO 1
Um dos modelos usados na caracterização dos sons ouvidos pelo ser humano baseia-se na hipótese de que ele funciona como um tubo ressonante. Neste caso, os sons externos produzem uma variação de pressão do ar no interior do canal auditivo, fazendo a membrana (tímpano) vibrar. Esse modelo pressupõe que o sistema funciona de forma equivalente à propagação de ondas sonoras em tubos com uma das extremidades fechadas pelo tímpano. As frequências que apresentam ressonância com o canal auditivo têm sua intensidade reforçada, enquanto outras podem ter sua intensidade atenuada.
Considere-se que um auditório possua capacidade para 40 pessoas, cada uma produzindo uma quantidade média de calor, e que praticamente todo o calor que flui para fora do auditório o faz por meio dos aparelhos de ar condicionado. Nessa situação, entre as informações listadas, aquelas essenciais para se determinar quantos e/ou quais aparelhos de ar-condicionado são precisos para manter, com lotação máxima, a temperatura interna do auditório agradável e constante, bem como determinar a espessura da fiação do circuito elétrico para a ligação desses aparelhos, são
artificialidade em uma divisão com objetivo de atender apenas aos interesses da maior potência capitalista na época da descolonização. II - As fronteiras políticas jogaram a África em uma situação de constante tensão ao desprezar a diversidade étnica e cultural, acirrando conflitos entre tribos rivais. III - As fronteiras artificiais criadas no contexto do colonialismo, após os processos de independência, fizeram da África um continente marcado por guerras civis, golpes de estado e conflitos étnicos e religiosos.
(A) vazão de ar e potência. (B) vazão de ar e corrente elétrica - ciclo frio. (C) eficiência energética e potência. (D) capacidade de refrigeração e frequência. (E) capacidade de refrigeração e corrente elétrica – ciclo frio.
CIÊNCIAS HUMANAS Considere que, no caso de ressonância, ocorra um nó sobre o tímpano e ocorra um ventre da onda na saída do canal auditivo, de comprimento L igual a 3,4 cm. Assumindo que a velocidade do som no ar (v) é igual a 340 m/s, a frequência do primeiro harmônico (frequência fundamental, n = 1) que se formaria no canal, ou seja, a frequência mais baixa que seria reforçada por uma ressonância no canal auditivo, usando este modelo é (A) 0,025 kHz, valor que considera a frequência do primeiro harmônico como igual a nv/4L e equipara o ouvido a um tubo com ambas as extremidades abertas. (B) 2,5 kHz, valor que considera a frequência do primeiro harmônico como igual a nv/4L e equipara o ouvido a um tubo com uma extremidade fechada. (C) 10 kHz, valor que considera a frequência do primeiro harmônico como igual a nv/L e equipara o ouvido a um tubo com ambas as extremidades fechadas. (D) 2.500 kHz, valor que expressa a frequência do primeiro harmônico como igual a nv/L, aplicável ao ouvido humano. (E) 10.000 kHz, valor que expressa a frequência do primeiro harmônico como igual a nv/L, aplicável ao ouvido e a tubo aberto e fechado.
QUESTÃO 2
Há quatro séculos alguns animais domésticos foram introduzidos na Ilha da Trindade como “reserva de alimento”. Porcos e cabras soltos davam boa carne aos navegantes de passagem, cansados de tanto peixe no cardápio. Entretanto, as cabras consumiram toda a vegetação rasteira e ainda comeram a casca dos arbustos sobreviventes. Os porcos revolveram raízes e a terra na busca de semente. Depois de consumir todo o verde, de volta ao estado selvagem, os porcos passaram a devorar qualquer coisa: ovos de tartarugas, de aves marinhas, caranguejos e até cabritos pequenos. Com base nos fatos acima, pode-se afirmar que (A) a introdução desses animais domésticos, trouxe, com o passar dos anos, o equilíbrio ecológico. (B) o ecossistema da Ilha da Trindade foi alterado, pois não houve uma interação equilibrada entre os seres vivos. (C) a principal alteração do ecossistema foi a presença dos homens, pois animais nunca geram desequilíbrios no ecossistema. (D) o desequilíbrio só apareceu quando os porcos começaram a comer os cabritos pequenos. (E) o aumento da biodiversidade, a longo prazo, foi favorecido pela introdução de mais dois tipos de animais na ilha.
QUESTÃO 3
O manual de instruções de um aparelho de ar condicionado apresenta a seguinte tabela, com dados técnicos para diversos modelos:
QUESTÃO 4
A mais profunda objeção que se faz à ideia da criação de uma cidade, como Brasília, é que o seu desenvolvimento não poderá jamais ser natural. É uma objeção muito séria, pois provém de uma concepção de vida fundamental: a de que a atividade social e cultural não pode ser uma construção. Esquecem-se, porém, aqueles que fazem tal crítica, que o Brasil, como praticamente toda a América, é criação do homem ocidental. PEDROSA, M. Utopia: obra de arte. Vis – Revista do Programa de Pós-graduação em Arte (UnB), Vol. 5, n. 1, 2006 (adaptado).
As ideias apontadas no texto estão em oposição, porque (A) a cultura dos povos é reduzida a exemplos esquemáticos que não encontram respaldo na história do Brasil ou da América. (B) as cidades, na primeira afirmação, têm um papel mais fraco na vida social, enquanto a América é mostrada como um exemplo a ser evitado. (C) a objeção inicial, de que as cidades não podem ser inventadas, é negada logo em seguida pelo exemplo utópico da colonização da América. (D) a concepção fundamental da primeira afirmação defende a construção de cidades e a segunda mostra, historicamente, que essa estratégia acarretou sérios problemas. (E) a primeira entende que as cidades devem ser organismos vivos, que nascem de forma espontânea, e a segunda mostra que há exemplos históricos que demonstram o contrário.
QUESTÃO 5
Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos é uma prática quase íntima, que diz respeito apenas à família. A menos, é claro, que se trate de uma personalidade conhecida. Entretanto, isso nem sempre foi assim. Para um historiador, os sepultamentos são uma fonte de informações importantes para que se compreenda, por exemplo, a vida política das sociedades. No que se refere às práticas sociais ligadas aos sepultamentos, (A) na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram desvalorizadas, porque o mais importante era a democracia experimentada pelos vivos. (B) na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre os rituais fúnebres, preocupando-se mais com a salvação da alma. (C) no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era regido pela observância da hierarquia social. (D) na época da Reforma, o catolicismo condenou os excessos de gastos que a burguesia fazia para sepultar seus mortos. (E) no período posterior à Revolução Francesa, devido as grandes perturbações sociais, abandona-se a prática do luto.
QUESTÃO 6
Um professor apresentou os mapas ao lado numa aula sobre as implicações da formação das fronteiras no continente africano. Com base na aula e na observação dos mapas, os alunos fizeram três afirmativas: Disponível em: http://www.institucional.brastemp.com.br. Acesso em: 13 jul. 2009 (adaptado).
I - A brutal diferença entre as fronteiras políticas e as fronteiras étnicas no continente africano aponta para a
(Atualidades/Vestibular 2005, 1º sem., ed. Abril, p. 68)
É verdadeiro apenas o que se afirma em (A) I
(B) II
(C) III
(D) I e II
(E) II e III
LINGUAGENS E CÓDIGOS QUESTÃO 8 Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! ANDRADE, C. D. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003.
Carlos Drummond de Andrade é um dos expoentes do movimento modernista brasileiro. Com seus poemas, penetrou fundo na alma do Brasil e trabalhou poeticamente as inquietudes e os dilemas humanos. Sua poesia é feita de uma relação tensa entre o universal e o particular, como se percebe claramente na construção do poema Confidência do Itabirano. Tendo em vista os procedimentos de construção do texto literário e as concepções artísticas modernistas, conclui-se que o poema acima (A) representa a fase heroica do modernismo, devido ao tom contestatório e à utilização de expressões e usos linguísticos típicos da oralidade. (B) apresenta uma característica importante do gênero lírico, que é a apresentação objetiva de fatos e dados históricos. (C) evidencia uma tensão histórica entre o “eu” e a sua comunidade, por intermédio de imagens que representam a forma como a sociedade e o mundo colaboram para a constituição do indivíduo. (D) critica, por meio de um discurso irônico, a posição de inutilidade do poeta e da poesia em comparação com as prendas resgatadas de Itabira.
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(E) apresenta influências românticas, uma vez que trata da individualidade, da saudade da infância e do amor pela terra natal, por meio de recursos retóricos pomposos.
QUESTÃO 9
Apesar da ciência, ainda é possível acreditar no sopro divino – o momento em que o Criador deu vida até ao mais insignificante dos micro-organismos? Resposta de Dom Odilo Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo, nomeado pelo papa Bento XVI em 2007: “Claro que sim. Estaremos falando sempre que, em algum momento, começou a existir algo, para poder evoluir em seguida. O ato do criador precede a possibilidade de evolução: só evolui algo que existe. Do nada, nada surge e evolui.” LIMA, Eduardo. Testemunha de Deus. SuperInteressante, São Paulo, n. 263-A, p. 9, mar. 2009 (com adaptações).
Resposta de Daniel Dennet, filósofo americano ateu e evolucionista radical, formado em Harvard e Doutor por Oxford: “É claro que é possível, assim como se pode acreditar que um super-homem veio para a Terra há 530 milhões de anos e ajustou o DNA da fauna cambriana, provocando a explosão da vida daquele período. Mas não há razão para crer em fantasias desse tipo.” LIMA, Eduardo. Advogado do Diabo. SuperInteressante, São Paulo, n. 263-A, p. 11, mar. 2009 (com adaptações).
as Questões propost QUESTÃO 7
Leia o texto e examine a ilustração: Óbito do autor (....) expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia − peneirava − uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéia no discurso que proferiu à beira de minha cova: −“Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isto é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.” (....) (Adaptado. Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. Ilustrado por Cândido Portinari. Rio de Janeiro: Cem Bibliófilos do Brasil, 1943. p.1.)
Compare o texto de Machado de Assis com a ilustração de Portinari. É correto afirmar que a ilustração do pintor
(A) apresenta detalhes ausentes na cena descrita no texto verbal. (B) retrata fielmente a cena descrita por Machado de Assis. (C) distorce a cena descrita no romance. (D) expressa um sentimento inadequado à situação. (E) contraria o que descreve Machado de Assis.
MATEMÁTICA QUESTÃO 10
Na seleção para as vagas deste anúncio, feita por telefone ou correio eletrônico, propunha-se aos candidatos uma questão a ser resolvida na hora. Deveriam calcular seu salário no primeiro mês, se vendessem 500 m de tecido com largura de 1,40 m, e no segundo mês, se vendessem o dobro. Foram bem sucedidos os jovens que responderam, respectivamente, (A) R$ 300,00 e R$ 500,00. (B) R$ 550,00 e R$ 850,00. (C) R$ 650,00 e R$ 1000,00. (D) R$ 650,00 e R$ 1300,00. (E) R$ 950,00 e R$ 1900,00.
QUESTÃO 11
Os dois entrevistados responderam a questões idênticas, e as respostas a uma delas foram reproduzidas aqui. Tais respostas revelam opiniões opostas: um defende a existência de Deus e o outro não concorda com isso. Para defender seu ponto de vista,
Observe (questões 11 e 12) o que foi feito para colocar bolinhas de gude de 1 cm de diâmetro numa caixa cúbica com 10 cm de aresta.
(A) o religioso ataca a ciência, desqualificando a Teoria da Evolução, e o ateu apresenta comprovações científicas dessa teoria para derrubar a ideia de que Deus existe. (B) Scherer impõe sua opinião, pela expressão “claro que sim”, por se considerar autoridade competente para definir o assunto, enquanto Dennett expressa dúvida, com expressões como “é possível”, assumindo não ter opinião formada. (C) o arcebispo critica a teoria do Design Inteligente, pondo em dúvida a existência de Deus, e o ateu argumenta com base no fato de que algo só pode evoluir se, antes, existir. (D) o arcebispo usa uma lacuna da ciência para defender a existência de Deus, enquanto o filósofo faz uma ironia, sugerindo que qualquer coisa inventada poderia preencher essa lacuna. (E) o filósofo utiliza dados históricos em sua argumentação, ao afirmar que a crença em Deus é algo primitivo, criado na época cambriana, enquanto o religioso baseia sua argumentação no fato de que algumas coisas podem “surgir do nada”.
(A) 100 bolinhas. (B) 300 bolinhas. (C) 1000 bolinhas. (D) 2000 bolinhas. (E) 10000 bolinhas.
Uma pessoa arrumou as bolinhas em camadas superpostas iguais, tendo assim empregado:
QUESTÃO 12
Uma segunda pessoa procurou encontrar outra maneira de arrumar as bolas na caixa achando que seria uma boa ideia organizá-las em camadas alternadas, onde cada bolinha de uma camada se apoiaria em 4 bolinhas da camada inferior, como mostra a figura. Deste modo, ela conseguiu fazer 12 camadas. Portanto, ela conseguiu colocar na caixa: (A) 729 bolinhas. (B) 984 bolinhas. (C) 1000 bolinhas. (D) 1086 bolinhas. (E) 1200 bolinhas.
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C O N E C TA D A
A O
S E U
M U N D O
Salvador | quinta-feira
PROPOSTAs Questões eSPECIAisDO COLÉGIO POR PROFESSORES S VILLA LOBO
Química QUESTÕES 01 E 02
O petróleo é considerado uma fonte de energia não-renovável, de origem fóssil e é matéria-prima da indústria petrolífera e petroquímica. O petróleo bruto possui, em sua composição, uma cadeia de hidrocarbonetos, cujas frações leves formam os gases, e as frações pesadas, o óleo cru. A distribuição destes percentuais de hidrocarbonetos é que define os diversos tipos de petróleo existentes no mundo. Sobre os hidrocarbonetos, principais componentes do petróleo, pode-se afirmar que: a) O petróleo é uma substância composta essencialmente formada de hidrocarbonetos. b) O composto ramificado H3CC(CH3)2CH2CH2CH=CH2 é o 2,2-dimetil-hex-5-eno. c) C2H6, C12H26 e C42H84 apresentam-se nas condições ambiente, respectivamente, nos estados sólido, líquido e gasoso. d) O butano, um dos componentes do gás de cozinha, é um hidrocarboneto de cadeia alicíclica, normal e saturada. e) Na fase líquida e sólida, os hidrocarbonetos alifáticos apresentam interações do tipo dipolo instantâneo-dipolo induzido. Considere que a gasolina brasileira é constituída basicamente de uma mistura de alcanos, entre os quais: Composto 01: H3CCH2CH2CH2CH2CH2CH3 Composto 02: H3CCH(CH3)CH2C(CH3)3 Em relação aos compostos orgânicos, pode-se afirmar: a) Os alcanos são também conhecidos como olefinas e possuem fórmula geral CnH2n. b) O composto 02 é o 2,4,4 trimetil pentano. c) Na destilação fracionada do petróleo, as frações dos componentes de maior massa molar destilam a uma temperatura mais alta. d) O heptano apresenta mais carbonos primários que o hexano. e) A gasolina é um hidrocarboneto de fórmula C8H18.
Atualidades
de novas tecnologias de energias não-renováveis e renováveis como a hidráulica e o biocombustível, dentre outros. d) o rápido aumento da produção de energia de fontes não-renováveis, como a solar, hidráulica, marés, correntes marítimas e biomassa deve-se ao fato de não gerarem poluição e risco de grandes acidentes. e) a redução de energia produzida pelo carvão mineral deve-se, entre vários fatores, ao fato da complexa Geopolítica que envolve sua extração notadamente no Oriente Médio, principal área produtora do recurso.
QUESTÃO 04 (UNESP-ADAPTADA)
O petróleo não é uma matéria-prima renovável e precisou de milhões de anos para sua criação. A maioria dos poços encontra-se no Oriente Médio, na antiga União Soviética e nos EUA. Sua importância aumentou desde meados do século XIX, quando era usado na indústria e hoje é um dos grandes fatores de conflitos no Oriente Médio. Aponte as três primeiras grandes crises do petróleo nos últimos anos. a) A primeira foi em 1973, quando os EUA tentaram invadir Israel para dominar os poços petrolíferos desse país; a segunda foi em 1979, quando foi criado o Estado da Palestina e eclodiu o conflito com a Arábia Saudita; a terceira foi em 1991, quando começou a guerra do Iraque. b) A primeira foi em 1973, quando houve uma crise de produção no Oriente Médio, levando ao aumento do preço dos barris de petróleo no mundo todo; a segunda foi em 1979, quando o Kuwait se recusou a vender petróleo para os EUA; a terceira foi em 1991, quando começou a guerra dos EUA contra o Afeganistão. c) A primeira foi em 1973, devido ao conflito árabe-israelense; a segunda em 1979, quando os árabes aumentaram a produção de barris; a terceira em 2003, que acabou gerando a invasão do Iraque, quando os EUA invadiram o Iraque para derrubar o regime Xiita. d) A primeira foi em 1973, devido aos sucessivos conflitos árabes-israelenses; a segunda foi em 1979, período de baixa produção de petróleo a partir de uma estratégia dos países pertencentes a OPEP; a terceira foi em 1991, devido à Guerra do Golfo. e) A primeira foi em 1973, quando vários países do mundo exigiram a fundação da OPEP para controlar os preços dos barris de petróleo; a segunda foi em 1979, quando se deu o conflito árabe-israelense; a terceira foi em 1991, quando teve início a guerra da Palestina.
QUESTÃO 05
Sabemos que a energia elétrica utilizada em nossas casas, nas indústrias etc. chega por meio de uma corrente alternada. Esta corrente é produzida nas grandes centrais elétricas por geradores. Estes geradores nada mais são do que dispositivos que transformam uma forma qualquer de energia em energia elétrica. Sendo assim, uma usina elétrica pode ser definida como um conjunto de obras e equipamentos cuja finalidade é a geração de energia elétrica, através de aproveitamento de outras formas de energia disponíveis. Sabemos que a construção de usinas geradoras de eletricidade causa impacto para o meio ambiente, mas pode proporcionar uma melhor qualidade de vida, trazendo conforto ao nosso dia a dia.
(Dan Smith. Atlas da Situação Mundial. Um levantamento único dos eventos correntes e das tendências globais. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.)
Observe a figura:
QUESTÃO 06
Todos os dias os diversos meios de comunicação informam sobre as catástrofes climáticas e as mudanças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos. Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc.), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. O efeito estufa, devido ao excesso destes gases na atmosfera faz aumentar a temperatura por que: a) A atmosfera é transparente à energia radiante do sol e opaca às ondas de calor irradiadas pela Terra. b) A atmosfera é opaca à energia radiante do sol e transparente às ondas de calor irradiadas pela Terra. c) A atmosfera é transparente tanto para a energia radiante do sol quanto para as ondas de calor irradiadas pela Terra. d) Os gases de efeito estufa refletem a radiação proveniente do Sol. e) A atmosfera é transparente à luz e à radiação infravermelha.
Geografia QUESTÃO 07 (questão do ENEM 2009 – Não aplicada)
De acordo com dados divulgados no fim de 2008 pelo Ministério de Minas e Energia, a produção e o consumo de óleo diesel no Brasil para os próximos 20 anos apresentarão o seguinte comportamento:
Com base nos dados apresentados no gráfico, avalie as seguintes afirmativas: I. O consumo de óleo diesel continuará elevado em razão de a matriz predominante de transportes brasileira ser excessivamente dependente do modelo rodoviário. II. A partir de 2015, a ampliação da oferta de óleos vegetais, incrementada por políticas públicas de incentivo à produção de combustíveis renováveis e menos poluentes, será responsável pelo superávit na oferta geral de diesel. III. A partir de 2020, haverá redução no ritmo de crescimento da produção de diesel de petróleo, em decorrência das pressões ambientalistas favoráveis à diminuição do uso de fontes não-renováveis responsáveis pela grande emissão de CO2 na atmosfera. Considerando-se as afirmações, pode-se dizer que
Com base na análise dos gráficos e dos seus conhecimentos pode-se afirmar que: a) no contexto da produção energética mundial, entre os dois momentos analisados, a energia nuclear teve um aumento em seus índices ainda que sua construção e operação apresentem altos custos, com elevada emissão de gases de efeito estufa. b) atualmente, a fonte de energia renovável que mais aumenta a produção é a eólica, devido ao funcionamento mais limpo e mais confiável, apesar da média emissão de gases. c) a queda na produção de energia a partir do petróleo ocorreu nesse período devido ao crescente desenvolvimento
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Física
QUESTÃO 03 (UNESP-ADAPTADA)
Os setogramas mostram a Produção Energética Mundial em dois momentos distintos: 1973 e 2005.
26 de agosto de 2010
a) apenas a II e a III estão corretas. b) apenas a I e a II estão corretas. c) todas estão corretas. d) apenas a I e a III estão corretas. e) apenas a II está correta. Essa figura representa a potência em W consumida numa residência alimentada por uma tensão de 220V ao longo de um dia. A energia consumida no período de maior consumo, em kWh, é de: a) 05 d) 100
b) 10 e) 440
c) 50
Questões elaboradas por: Marcos Eloi, professor de química Gilton do Carmo, professor de atualidades Ricardo Abud, professor de física Yomar Seixas, professor de geografia
Confira as respostas com comentários na próxima edição do caderno especial Revisão Enem
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Salvador | quinta-feira
26 de agosto de 2010
Profissão da vez: As grandes linhas de atuação do geólogo, como áreas petrolíferas, minerais e hídricas (subterrâneas), são alguns exemplos no imenso campo de atuação deste profissional. Versátil, a pessoa que trabalha na área da Geologia tem o tempo dividido entre a pesquisa de campo ao ar livre, o trabalho de laboratório e o escritório, proporcionando uma saudável mudança de rotina. No trabalho de campo, o geólogo descreve rotinas que encontra no local, coleta amostras e obtém dados que serão analisados no laboratório, para a conclusão dos estudos. Essas conclusões podem também fornecer informações sobre o solo, fundamentais para a engenharia civil e avaliações de impacto ambiental. O geólogo que se encaminha para o setor profissional ligado às questões de petróleo pode ter atividades relacionadas a todas as etapas da cadeia deste setor. “Estas etapas estão inseridas desde o segmento upstream ao downstream. A primeira é relacionada às atividades de exploração e produção de petróleo e a segunda é relacionada ao transporte, refino e distribuição”, explica a geóloga Olívia de Oliveira. No entanto, nas fases iniciais, principalmente de exploração, é necessário todo o conhecimento específico do geólogo para inúmeras situações, como pesquisas de campo, acompanhamento em perfuração de poços etc. Para a fase seguinte, relativa ao acompanhamento de produção de óleo e gás no reservatório (rocha que armazena o petróleo), Oliveira ressalta que
Geólogo
é de fundamental importância a intervenção do especialista. Para o bom desempenho da atividade, é importante que o geólogo saiba trabalhar em grupo, desenvolvendo o trabalho em todas as fases de forma integrada com outros profissionais, como geofísicos e engenheiros. Oliveira, que é também vicecoordenadora do colegiado do curso de graduação em Geologia e da pós-graduação em Geoquímica: Petróleo e Meio Ambiente, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), afirma que a procura pelo curso é crescente e “em parte, isto se deve pela demanda da indústria do petróleo nos últimos anos. No entanto, é notório o direcionamento destes profissionais para todas as áreas integradas às Geociências”. A geóloga ressalta que, de forma similar, observa-se a crescente ampliação de programas de pesquisa, tanto na pós-graduação, como de programas de incentivo (federais e estaduais) à pesquisa ainda na fase da graduação. Academia De acordo com a geóloga Olívia Oliveira, é notório que o monopólio do petróleo, existente no Brasil durante muitos anos, não se concretizou somente nas áreas de exploração e produção deste setor. “Mesmo já tendo sido extinto esse monopólio, a carência de profissionais na área acadêmica (graduação e pós-graduação) é um fato, uma vez que muitos destes profissionais especializados estão trabalhando para a indústria petrolífera”, ressalta. No curso de Geologia, a maior procura pelo setor da “Geologia do Petróleo” e disciplinas afins tem sido marcante na última década, em função da grande necessidade econômica e industrial do país.
atuação
O profissional deve manter a preocupação com a vertente ambiental - Para pesquisar a ocorrência do petróleo, o geólogo pode ter atribuições de trabalhos em campo (terra ou mar) e em laboratórios especializados (a exemplo da Geoquímica); - As atividades podem ser tanto práticas quanto teóricas (geralmente em parcerias com outros Geólogos da Academia); - Deve manter sempre a preocupação daquela atividade em desenvolvimento com a vertente ambiental através de processos tecnológicos no sentido de prevenir ou se for o caso (situações extremas) a remediação do ambiente que possa vir a ser contaminado (exemplo de derramamentos como o ocorrido no Golfo do México recentemente). Olívia de Oliveira, geóloga
O curso O curso de geologia requer do aluno boa formação em ciências básicas, especialmente matemática, física e química, e capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares. Na base de formação estão disciplinas básicas de Biologia, Química, Física e Matemática. A estruturação curricular e as práticas acadêmicas também constituem o curso e permitem ao estudante tempo para estudar, pesquisar, analisar, discutir, além de poder participar de projetos acadêmicos (monitoria, bolsa de estudo, iniciação científica) e estágios. Disciplinas geológicas fundamentais para o curso são: Geologia Geral, Mineralogia, Petrografia, Geologia Estrutural e Estratigrafia. As disciplinas profissionalizantes, como Geologia Econômica, Geotécnica e Hidrogeologia, por exemplo, aparecem mais no final do curso. Trabalho de Conclusão de Curso e disciplinas optativas também fazem parte da graduação.
Mercado promissor Agências governamentais, empresas privadas e instituições acadêmicas, como foi visto, e organizações sem fins lucrativos podem contratar um profissional de geologia. Os governos, por exemplo, buscam ajuda no planejamento e avaliação de escavações, áreas de construção, projetos de recuperação ambiental, preparação para desastres naturais, assim como estudo de recursos naturais. A descoberta de petróleo em águas profundas, em camadas intituladas de “pré-sal” cria um cenário extremamente atraente para o profissional da Geologia. “Devido às inúmeras especificações inerentes ao tema, se torna uma área ainda carente”, ressalta Oliveira. Especialistas afirmam que, embora a exploração de petróleo esteja sempre em alta, os problemas ambientais também têm chamado muita atenção e, consequentemente, aberto novas vagas para os profissionais da Geologia.
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Salvador | quinta-feira
26 de agosto de 2010
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Renascida, indústria naval multiplica empregos A retomada das atividades na indústria naval brasileira está multiplicando empregos em terra firme. O país, que já foi o terceiro maior construtor de navios na década de 1970, viu o setor praticamente falir nas duas décadas seguintes. Hoje, os estaleiros comemoram a retomada do crescimento, impulsionada principalmente pelo setor petrolífero, com as descobertas no pré-sal, e também pela volta do investimento no transporte marítimo e fluvial, que há muito estava esquecido, substituído pelo transporte rodoviário. Nos últimos dez anos, os empregos diretos gerados na área pularam de 1,9 mil, em 2000, para 46,5 mil, em 2009. Em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, os postos de trabalho diretos devem chegar a 60 mil e os indiretos, a 240 mil, gente suficiente para lotar três estádios como o Maracanã. Os dados são do relatório Cenário 2010 – 1º Trimestre, do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval). A continuidade desse crescimento deverá recolocar o Brasil entre os países líderes na construção naval mundial, graças à decisão governamental de privilegiar os investimentos em estaleiros nacionais, acredita o ministro dos Portos, Pedro Britto. Ele prevê que, em pouco tempo, o Brasil deverá disputar mercados com potências asiáticas que hoje dominam a construção naval, tanto de navios
quanto de plataformas. “Nós temos que estar preparados para competir com os gigantes da área naval que hoje dominam o mercado, como a Coreia do Sul, a China e o Japão. Para isso, é preciso desenvolver nossas competências para disputarmos em igualdade de produtividade, com mão de obra qualificada”, frisou. Além da força impulsionada pelas descobertas de petróleo na plataforma continental brasileira, Britto ressaltou a decisão de se investir em outra matriz de transporte, retomando a vocação natural do país para utilizar os mais de 8 mil quilômetros de costa e a extensa rede de rios. “O Brasil tem mais de 40 mil quilômetros de vias interiores navegáveis. Nós precisamos investir em cabotagem [navegação costeira]. Atualmente, só 13% do transporte brasileiro são feitos por hidrovias. Nos próximos 15 anos, precisamos mudar isso para 29%, o que vai reduzir o custo de transporte e os impactos no meio ambiente”, avaliou. Para evitar gargalos justamente na área que administra, Pedro Britto lembrou da necessidade de mais investimentos nos portos, que precisam ser modernizados, e, principalmente, nas vias de acesso. “Os investimentos que estão sendo feitos na dragagem dos 20 maiores portos brasileiros e no reequipamento dos portos menores vão reforçar a posição brasileira de transferir grande
Agência Petrobras/Div
parte do transporte rodoviário - que hoje detém 58% da movimentação de cargas no país para hidrovias e navegação de cabotagem. Com isso, a cadeia logística se tornará muito mais competitiva e o país vai poder exportar com menor custo”, disse o ministro. Um exemplo desse tipo de iniciativa é a decisão da Petrobras de investir em transporte hidroviário, como informou o presidente da Transpetro, Sérgio
Machado. A estatal recebeu propostas de empresas interessadas em participar da licitação para a construção de 20 navios empurradores e 80 barcaças. Os comboios, que serão construídos por um estaleiro da região, vão atuar no transporte de gasolina e álcool combustível na Hidrovia Tietê-Paraná, com potencial para substituir 40 mil viagens de caminhões por ano. O início das operações está previsto para 2012. A construção das embarcações deve gerar 3 mil empregos.
Empregos diretos gerados pelo setor pularam de 1,9 mil para 46,5 mil na última década
Agência Petrobras/Div