Revisão Enem - 2010

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Salvador | quinta-feira | 30 de setembro de 2010

Patrocínio:

04 02 Cartões de prova começam a ser entregues no próximo dia 4

06 Apesar da exuberância, China enfrenta muitos desafios sociais

08 Profissão da vez: Comércio exterior abre muitas oportunidades

09 Teste seus conhecimentos com as questões propostas


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Cartões começam a ser entregues dia 4 Joaquim José Soares Neto, presidente do Inep, informa que cartões serão entregues até o dia 25 de outubro

Os estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) receberão os cartões de confirmação com os locais de prova entre os dias 4 e 25 de outubro. A informação é do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Joaquim José Soares Neto. O documento será entregue pelos Correios no endereço indicado pelo aluno. No Cartão, o participante identificará o seu número de inscrição e o local onde fará a prova. O Enem será aplicado no dia 06 de novembro, das 13h às 17h30, e no dia 07, das 13h às 18h30 (horário de Brasília). Os resultados, segundo Neto, serão divulgados até 15 de janeiro.

Quem não receber o documento neste prazo, deverá consultar o seu local de prova e o número de inscrição nas agências dos Correios, pelo telefone 0800616161 (ligação gratuita) ou na Internet, no endereço www. inep.gov.br/enem. “A alocação está levando em consideração a residência do estudante, para que ele faça a prova num local próximo à sua casa. Se ele colocou o endereço direitinho na inscrição, ele será alocado perto de onde mora”, garantiu o presidente do Inep, autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), cuja missão é promover estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional Brasileiro.

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MPF quer intérpretes de Libras capacitados para Enem O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul recomendou que os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com deficiência auditiva tenham direito a um intérprete ou tradutor de Libras (língua brasileira de sinais) presente no momento da prova. Esse profissional precisa ter, obrigatoriamente, aprovação em exame de proficiência em libras e nível superior. Durante a prova de redação, o intérprete é encarregado por traduzir os símbolos da Libras comunicados pelo candidato para o português. Segundo o MPF, “atualmente a tradução de Libras para o português é prejudicada porque os profissionais não têm a devida habilitação”. Com isso, o desempenho do candidato no exame escrito fica comprometido. A recomendação foi enviada ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que tem dez dias para se manifestar. Ela não tem valor de ordem judicial, mas deve ser observada para evitar futuras ações judiciais. A ação do MPF se baseia na legislação que resguarda os direitos da pessoa com deficiência auditiva. O Decreto Lei nº 5.626/2005 determina que “as instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas surdas acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades, desde a educação infantil até a superior”. O MPF instaurou inquérito civil público depois de receber denúncias de pessoas com deficiência auditiva sobre a dificuldade da comunicação de surdos nas provas de vestibular da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Segundo eles, a principal dificuldade está na correção das provas de redação. No processo de tradução da Libras para o Português, o deficiente auditivo escreve apenas o nome do símbolo, mantendo a estrutura própria da Libras, sua língua mãe. Portanto, a redação, corrigida por quem não tem conhecimento da língua de sinais, apresenta-se sem coerência e coesão. Com isso, eles acabam sendo reprovados. A investigação constatou que o intérprete contratado para auxiliar candidatos com deficiência auditiva do Enem não tem a devida habilitação de proficiência em Libras, o que pode acarretar prejuízo acadêmico, econômico ou profissional ao surdo, já que não há possibilidade de repetição das provas.

expediente Departamento de Marketing Orlando Fentanes (Analista de Projetos) orlando.fentanes@redebahia.com.br Tel.: (71) 3203-1870 Encartado no jornal Correio. Não pode ser vendido separadamente.

Projeto Gráfico João Soares Tel.: (71) 3342.4440/41 metta@mettacomunicacao.com.br

Textos Laís Santos Márcia Guimarães



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Locomotiva da economia mundial Tornou-se comum no Ocidente a afirmação de que a China é a locomotiva do mundo. Embora os indicadores econômicos sejam conhecidos e não deixem dúvida quanto ao papel da economia chinesa no planeta, quando se vai à China, a prova vem pelos sentidos. Os sinais de crescimento enchem os olhos. Com a maior população do planeta (1,4 bilhão de habitantes) e a segunda maior área geográfica, a China passou a ter o terceiro Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2008 (US$ 4,4 trilhões, atrás dos Estados Unidos e do Japão) e deve assumir definitivamente a segunda posição este ano, ultrapassando o Japão. Além de ter as maiores reservas cambiais, ocupa a primeira posição no ranking de países exportadores. Apesar da crise internacional iniciada em 2008, que levou muitos países à recessão, o PIB superou as expectativas e cresceu 8,7% em 2009 e 9,5% em 2010. Estes sinais começam pela porta da entrada principal, a capital Pequim. Moderna, com prédios futuristas e arrojados, alguns combinando modernidade com traços da arquitetura tradicional, Pequim é uma cidade limpa e ajardinada. Realizou investimentos enormes para os Jogos Olímpicos de 2008, que deixaram edificações, como o estádio Ninho do Pássaro e a Vila Olímpica, cujos apartamentos agora estão sendo vendidos por meio de financiamento. Os jogos passaram, mas as obras continuam. Os guindastes pontilham a paisagem e as obras viárias estão por toda parte. As bicicletas ainda são muito usadas, mas os carros de luxo é que chamam a atenção.

Na China rica e desenvolvida, um sinal dos novos tempos são os shoppings centers, lotados sobretudo por jovens ocidentalizados, nos quais todas as marcas de sucesso no Ocidente podem ser compradas, com uma voracidade desconcertante para um país socialista. É verdade que existe muita pirataria. Na China pode-se comprar réplica de produtos que vão de uma bolsa Chanel a um iPhone. Mas, nos shoppings, tudo é original e os preços são ocidentais. Como há quem compra, raramente vê-se uma loja anunciando liquidações ou promoções de vendas. Há outros números, afora os macroeconômicos, que indicam a exuberância do país. A China é a maior produtora mundial de televisores (cerca de 83 milhões de unidades por ano) e é o segundo maior país em acessos à internet, mais de 300 milhões, embora alguns sites e portais ocidentais sejam inacessíveis. O país é o terceiro maior produtor de computadores e itens de informática. De cada dez tratores produzidos no mundo, a China fabrica oito, assim como sete em cada dez máquinas fotográficas. É a primeira produtora e consumidora de carvão e aço e usa um terço do cimento produzido no mundo. O caso do cimento é exemplar. Se a China puxa a economia do mundo, as obras de infraestrutura puxam a economia chinesa. Guindastes, telas cobrindo esqueletos de prédios, tapumes e desvios, pontes, portos, linhas de trem e de metrô, hidrelétricas. Mais impressionante ainda é o ritmo com que as obras andam. (Tereza Cruvinel/Agência Brasil)

Resumo histórico A guerra civil chinesa terminou em 1949, quando o Partido Comunista Chinês tomou o controle da China Continental. Em 1º de outubro de 1949, Mao Tsetung proclamou a República Popular da China, declarando que o “povo chinês se pôs de pé”. Após uma série de falhas econômicas dramáticas, ele deixou o cargo de presidente em 1959, sucedendo-o Liu Shaogi. Em 1966, Mao e seus aliados lançaram a Revolução Cultural, que perduraria até a sua morte, dez anos mais tarde. Em 1989, a morte de um funcionário favorável a reformas, Hu Yaobang, ajudou a precipitar os protestos da Praça da Paz Celestial, quando estudantes e outros organizaram manifestações durante meses em defesa de maiores direitos e da liberdade de expressão. As manifestações foram reprimidas. O Presidente Jiang Zemin e o premier Zhu Rongji, ambos ex-prefeitos de Xangai, lideraram a China após o caso da Praça da Paz Celestial. Durante a administração de Jiang, o desempenho econômico chinês tirou cerca de 150 milhões de camponeses da pobreza e manteve um crescimento médio do PIB da ordem de 11,2% ao ano. O atual chefe supremo é o presidente Hu Jintao e o primeiro-ministro é Wen Jiabao. O país é governado pelo Partido Comunista da China (PCC), cujo monopólio sobre o poder é garantido pela constituição. Há outros partidos políticos no país, que participam da Conferência Consultiva Política do povo Chinês e do Congresso Nacional Popular, embora sirvam principalmente para endossar as políticas adotadas pelo PCC. Há sinais de abertura política, com eleições nos níveis de vila e cidade.

República Popular da China População: Cerca de 1,4 bilhão de habitantes PIB: US$ 8.79 trilhões Capital: Pequim Língua oficial: Chinês mandarim Área: 9.596.960 Km2 Moeda: Yuan Principais religiões: Confucionismo, taoismo e budismo Subdivisões: 23 províncias, cinco regiões autônomas, quatro cidades administradas diretamente pelo governo central Economia: A China abandonou o socialismo de mercado para o capitalismo convencional. Atualmente, 70% da sua economia é privada.

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“Socialismo com características chinesas” Diferente dos russos, que com suas escaramuças internas chegaram a banir Trotsky e outros “caídos” das fotografias oficiais, a China rompeu com os métodos e com a política de Mao a partir de sua morte e da ascensão do liberalizante Deng Xiao Ping, em 1976, mas preserva sua mística. Ainda que seja apenas como retrato nas paredes, no panteão e nas cédulas de Yuans. No ano passado, os chineses celebraram, com uma festa apoteótica, os 60 anos de fundação de sua República Popular. Com desfile militar e apresentações artísticas, a celebração coincidiu por um ajuste de calendário que a tradição admite, com a popular Festa da Lua, reunindo num só evento a nova e a velha China. Mas o que os chineses celebraram mesmo foi o triunfo do modelo que chamam de “socialismo com características chinesas”, produto da abertura econômica implantada em 1976 e da manutenção do regime político, pondo fim aos turbulentos e revolucionários tempos de Mao. A abertura ao capitalismo, atraindo empresas estrangeiras com mão de obra, custos sociais reduzidos e estabilidade política, propiciou à China o crescimen-

to a taxas próximas dos 10% ao ano por mais de uma década, a acumulação das maiores reservas cambiais do mundo (US$ 2 trilhões, dez vezes mais do que as brasileiras), a construção de uma invejável infraestrutura urbana e produtiva e um aumento de 17 vezes na renda da população dos grandes centros urbanos. A outra metade dos chineses que ainda vive no campo e no interior, entretanto, tem renda muita baixa e está longe da onda de consumo dos bem sucedidos. Pode parecer estranho, mas os dirigentes comunistas de hoje dizem que o enriquecimento de uma parcela servirá de estímulo para os que ainda não chegaram lá. Esta é a lógica das sociedades liberais e, sem dúvida, a desigualdade social aprofundou-se. Os países do Ocidente olham para a China com um misto de inveja e preocupação, reconhecendo o êxito econômico, mas reiterando duas críticas que parecem incomodar os chineses do governo. Uma é o modelo político que mantém o partido único, a limitação das liberdades e a imprensa estatal. Outra é o uso intensivo de recursos naturais e um modelo produtivo que rendeu ao País o

desonroso título de maior emissor de gases poluentes. Empenhados em vender a ideia da Nova China e em mostrar que as coisas vão além das aparências, o serviço de informação do Conselho de Estado tem levado jornalistas estrangeiros ao País para ver de perto as mudanças, principalmente as relacionadas com a nova ênfase do crescimento econômico que passa a ser voltado para o uso de tecnologias limpas e não para o consumo desenfreado de recursos naturais. Em setembro, lá estiveram jornalistas de seis países latino-americanos, numa viagem em que puderam ver, além de maravilhas como a Cidade Proibida e a famosa Muralha, a pujança da China desenvolvida das megalópoles Pequim e Xangai. Mas puderam ver também as carências das áreas mais atrasadas, na província de Guishou,

no sudoeste do país. Futuro - Não deixa de ser irônico que o último grande país comunista tenha sido o que mais contribuiu, com a saúde de sua economia, seu colossal mercado interno e um poderoso plano de investimentos em infraestrutura, para a superação da crise internacional. Por isso, existe uma certa inveja por parte do Ocidente. A preocupação, porém, é com o futuro deste gigante, depois de encerrada a Guerra Fria que deixou o mundo à beira de uma guerra nuclear de alto poder destrutivo. Ainda que a China não invista pesadamente em armamentos, é natural o receio de que ganhe corpo uma nova superpotência. Outra preocupação dos dirigentes chineses é com a desconstrução destes receios e das análises apontando a China como novo polo de poder mundial dentro de alguns anos.


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Apesar da exuberância, a desigualdade é grande

A China cresce e coleciona recordes, mas enfrenta enormes desafios internos. E o maior deles é a redução das desigualdades sociais. Se em Pequim, Xangai, Nanjing e outras grandes cidades o consumo, as obras e o esplendor urbano sugerem um país de primeiro mundo, existe uma China profunda, em que sobrevivem o atraso, os velhos costumes e mesmo as edificações dos anos 1950. Os jornalistas latino-americanos foram levados também a este outro lado da China, visitando a capital, Guiyang, e outras localidades da província de Guizhou, no sudoeste do país. Nestes “burgos podres” da China, a renda per capita é muito inferior à dos grandes centros. O governo central faz um esforço uniformizador de desenvolvimento, direcionando investimentos e empréstimos para as regiões mais atrasadas. Isso é notável em Guiyang, onde prédios novos e modernos, alguns em construção, shoppings recém-inaugurados e obras viárias convivem com

velhos conjuntos habitacionais da era Mao, ou até de antes da revolução. Velhos hábitos, como o de vender comida à larga nas ruas, em grandes tendas próximas dos novos shoppings, dão a Guiyang a estranha fisionomia de uma cidade em plena mutação. De uma rua relativamente atraente, entra-se em uma transversal pontilhada por cortiços, os “huotongs”. Em Pequim, eles ainda existem, mas são murados e relativamente urbanizados. O êxodo rural é um problema. Os camponeses cada vez mais abandonam suas terras em busca de empregos nas cidades, em movimento parecido com o que o Brasil viveu nos anos 1970, e cujo resultado nós sabemos: cidades inchadas, com favelas e violência. Outros são obrigados a deixar suas terras, desapropriadas para obras de infraestrutura. O governo os transfere para condomínios urbanos, onde ganham apartamentos, que nunca sonharam ter, de até 160 metros quadrados, com pisos

de porcelanato, toscamente decorados com flores artificiais, em um país que tem as mais belas flores do mundo. As roupas secam nas janelas e varandas. Eles garantem estar muito bem assim, com seus novos empregos, frequentemente sazonais. Também em Guizhou vivem algumas das mais de 50 etnias minoritárias da China. Entre elas, predomina a etnia Han. Visitamos uma delas, o povo Miao, que vive em uma vila bastante medieval, dedicada ao artesanato e à agricultura de subsistência, divertindo-se com artes tradicionais, como o teatro de máscaras e danças típicas. Fomos recebidos com festa e convidados a nos regalar com a comida típica e, sobretudo, a beber o Moutai, um destilado de arroz. A questão dos direitos humanos é outro ponto sensível para o governo. No Plano Nacional de Direitos Humanos, há um capítulo para as minorias, com políticas especiais nas quais se destacam o direito a ter até dois filhos (ficando a maioria Han condicionada a ter apenas um) e a implementação de políticas afirmativas, como a de cotas para acesso à universidade. O êxodo urbano e a desigualdade de renda são problemas sensíveis, que podem, a médio ou longo prazo, gerar um profundo ressentimento social. O governo chinês tem clara noção disso, mas parece acreditar que seu planejamento será mais eficaz, garantindo a mudança social e a inclusão no tempo certo e necessário. (Tereza Cruvinel/Agência Brasil)

Xangai: metrópole mais dinâmica A cidade de Xangai, com quase 19 milhões de habitantes, é a maior e mais dinâmica metrópole chinesa. Ali existem mais prédios que em toda a Alemanha e são cada vez mais altos e inteligentes. Surgem 400 a cada ano. Os chineses impressionam pela capacidade de planejamento. Xangai tem quase 400 quilômetros de linhas de metrô. Uma expansão está planejada para ficar pronta até 2020, quando a cidade deverá ter cerca de 880 quilômetros de metrô. São Paulo, com a maior malha nacional, tem menos de 70 quilômetros atualmente e o Rio, cerca de 40. O porto da cidade de Xangai é o maior do mundo e recebe cerca de 380 milhões de toneladas de produtos por ano, mas se tornou insuficiente. Um novo porto, em águas profundas, o Deep Harbor, está sendo construído em ilhas que ficam a 32 quilômetros da costa. A ligação do novo porto com o continente é feito por uma ponte, verdadeira rodovia, construída em apenas dois anos. Hoje estão prontos seis terminais de atracação. Quando o porto inteiro ficar pronto, em 2020, serão 30 terminais. Nanjing, capital da província de Jiangsu, é outro polo de desenvolvimento e realiza enormes investimentos em infraestrutura. Mas a ênfase da economia local é na indústria de informática, no desenvolvimento e na exportação de softwares e na pesquisa científica aplicada à medicina e à biotecnologia. O PIB de Jiangsu, de 7 bilhões de yuans em 1990, multiplicou-se por oito de lá para cá. A renda per capita média é de US$ 10 mil.


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País busca aliança estratégica com o Brasil As relações entre o Brasil e a China, que começaram a se qualificar no governo Fernando Henrique Cardoso, ganharam impulso nos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, tendo como marco decisivo a visita do presidente chinês Hu Jintao ao Brasil, em 2004. Os dois países constituíram um comitê bilateral de alto nível, e o Brasil finalmente reconheceu a China como economia de mercado, nos termos da Organização Mundial do Comércio (OMC), recebendo algumas críticas por isso. Desbancando os Estados Unidos, a China tornou-se em 2009 o maior parceiro comercial do Brasil. Em dez anos, as exportações brasileiras para aquele país cresceram mais de 18 vezes, passando de US$ 904,9 milhões, em 1998, para US$ 16,4 bilhões, em 2008. As relações políticas são estreitas, fortalecidas pela constituição do grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). A cooperação em várias áreas é intensa, com destaque para o programa conjunto de lançamento de satélites de rastreamento. O político e analista argentino Rafael Bielsa escreveu um artigo intitulado “Brasil e China – Duas potências se saúdam”, no qual aponta a aliança estratégica entre os dois emergentes como um movimento de alta relevância

no cenário internacional, que vai muito além da clássica divisão de trabalho, em que o Brasil venderia matérias-primas e a China, produtos industrializados. Mas não é bem assim, diz ele, destacando os investimentos de empresas brasileiras como a Petrobras e a Vale, na China. As vendas de minério de ferro da Vale para a China são cruciais para a mineradora brasileira. Os embarques, segundo fontes da empresa, totalizaram 35.611 milhões de toneladas no segundo trimestre deste ano, representando 66,2% do total exportado pela empresa. Se a China é o maior cliente da Vale, é também um grande fornecedor de máquinas e equipamentos para mineração, o que se traduziu em importações da ordem de US$ 2,7 bilhões no ano passado. Além do comércio, a Vale participa de oito joint-ventures com

empresas chinesas nas áreas de níquel e carvão. Esta aliança estratégica, que preocupa vizinhos como a Argentina e parceiros mais distantes, pode ser mal percebida aqui, mas na China é altamente valorizada e divulgada. A palavra Brasil desperta interesse especial. O futuro é sempre um ponto de interrogação, mas saber mais sobre a China deixa a certeza de que será preciso uma grande marola na economia internacional para tirar a locomotiva dos trilhos. E quanto ao Brasil nesta parceria, outra coisa é certa: o século 21 dará passagem aos países emergentes e o eixo geopolítico terá uma inclinação forte para o Pacífico, uma rota que o Brasil vem explorando com ousadia, tal como os navegantes portugueses que, em outra época, alargaram as fronteiras do mundo. (Tereza Cruvinel/Agência Brasil)

Cresce a preocupação ambiental A China começa a dar respostas às críticas em relação ao modelo de desenvolvimento baseado no uso em escala do trabalho mal qualificado e no consumo descontrolado de matérias-primas. Busca-se agora um sistema mais racional, focado em tecnologia, qualificação da mão de obra, redução do consumo de recursos naturais e em uma eficiente política ambiental, que parece ainda estar na infância. A nova orientação, que apareceu na primeira conversa com o vice-diretor do Serviço de Informação do Conselho de Estado, Xu Yiang, também é ouvida de outros dirigentes, federais ou provinciais. A locomotiva chinesa é um sorvedouro de energia, hoje derivada principalmente do carvão, altamente poluente, que responde por 69% do gasto total. Há um plano de economia de energia, mas como a indústria pesada – metalurgia, química e materiais de construção – continua crescendo, a ênfase desta nova etapa é na substituição das fontes poluentes por energias mais limpas, que retirem da China o lamentável posto de maior emissor mundial de gás carbônico. Apostando na energia eólica, a China assumiu o posto de segundo maior produtor do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A previsão é de que sua produção anual aumente 10% todos os anos, mas hoje essa fonte ainda é um traço na matriz energética. Os grandes cataventos, entretanto, já pontilham a paisagem. As hidrelétricas também estão se expandindo e podem contribuir para a mudança da matriz poluente, uma vez que o país dispõe de vários caudalosos rios. A Hidrelétrica de Três Gargantas, no Rio Yang-Tse, é a maior do mundo, superando a binacional Itaipu. Apesar da fama de poluente, a China tem belos parques naturais e tem se aplicado no desenvolvimento do conceito de ecoturismo. Existem dezenas de parques em toda a China, assim como parques urbanos, como o Parque do Céu, em Pequim, onde os chineses dedicam-se a jogar peteca, dançar, fazer ginástica ou meditar sob as árvores centenárias.


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Profissão da vez: Comércio Exterior Organização, aptidão para lidar com números e espírito de liderança são alguns requisitos que o futuro profissional que vai trabalhar com mercado internacional precisa ter. Trabalhos comerciais e administrativos direcionados ao mercado externo de bens e de serviços são da competência do profissional formado em Comércio Exterior ou Administração com ênfase. Negociação e transação, além de análise de produtos relativos ao processo político e mercantil no país no qual está inserido fazem parte das atividades desse profissional. Ele pode atuar, também, orientando no emprego de normas mercantis, alfandegárias e fiscais de cada país. Trabalhar fora do Brasil é uma oportunidade e vantagem para aqueles que têm vontade de atuar fora do país de origem. Segundo o professor Lucas Leal, ter experiência profissional no exterior agrega muito ao currículo. “Além de garantir uma maior maturidade para realizar as tarefas do dia a dia, existe um aprendizado cultural intangível que é imenso”, argumenta. No entanto, as constantes viagens e atualizações sobre as distintas culturas é sempre um obstáculo. É necessário, portanto, ter conhecimento sobre mudanças sócio-político-econômicas dos países em

que há oportunidades mercantis a favor do mercado externo. Como toda profissão, á área requer estudos e qualificação contínuos. Uma opção é fazer especializações, buscando crescimento profissional. O interessado pode optar pela área Cambial, nas Transações de Importação e Exportação, Logística Internacional e Marketing Global. Ter capacidade de análise, raciocínio

abstrato; dinamismo e iniciativa; bom relacionamento interpessoal e conhecimento de línguas estrangeiras são muito importantes para o profissional. Mas não basta ser bom na língua inglesa. “Com o crescimento da China e das relações comerciais do Brasil com esse País, será necessário o aprendizado do Mandarim, por exemplo, como um importante diferencial nessa área”, prevê Leal.

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Autônomo ou contratado Empresas particulares de grande, médio e pequeno porte ou órgãos públicos que se dediquem, direta ou indiretamente, às ações de fomento e avaliação do setor contratam profissionais de Comércio Exterior e Administração com ênfase. Mas o profissional também pode trabalhar como empresário, prestando consultoria em sua área específica. Aquele que escolher a docência pode ensinar disciplinas específicas em nível superior ou profissionalizante. Outra opção é se tornar um pesquisador de mercado exterior. No Brasil, um ramo desafiador na área são os setores de importação de tecnologia. Boas oportunidades também podem ser destacadas na área de logística, alimentos e bebidas e engenharia, que vem se destacando com a expansão dos negócios de grandes empresas nacionais.

onde estudar? • Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) • Faculdade de Administração em Comércio Exterior (FACEX) • Universidade Salvador (Unifacs)


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BIOLOGIA QUESTÃO 1

No Brasil existem em média 300 espécies de caranguejo. Eles integram uma classe à qual pertencem o camarão e o siri. Surgiram no Período Jurássico, há 160 milhões de anos. Os caranguejos pertencem ao filo que tem como principais características a presença de: a) Órgãos do sentido pouco desenvolvidos e sem funções especificas. b) Endoesqueleto exclusivo nas formas adultas. c) Sistema circulatório fechado com coração duplo d) Apêndices articulados e exoesqueleto quitinoso. e) Segmentos corporais iguais para todas as classes

PROPOSTAs Questões eSPECIAisDO COLÉGIO POR PROFESSORES VILLA LOBOS qual a corrente elétrica mais adequada para transmissão e distribuição da energia gerada em usinas elétricas, tornou clara a vantagem do uso da corrente alternada, em detrimento da corrente contínua. Um dos fatores decisivos para essa escolha foi a possibilidade da utilização de transformadores na rede de distribuição de eletricidade. Os transformadores podem aumentar ou diminuir a tensão a eles fornecida, permitindo a adequação dos valores da intensidade da corrente transmitida e reduzindo perdas por efeito Joule. Sobre um transformador ideal em que o número de espiras do enrolamento secundário é maior que as do enrolamento primário é correto afirmar:

A tabela a seguir, mostra a faixa audível para um ser humano e alguns animais.Indique qual(is) desses animais consegue ouvir esse apito.

a) Gato e sapo b) Cachorro e sapo c) Cachorro e morcego d) Gato e morcego e) Morcego somente

QUÍMICA

QUESTÃO 2

O esquema ao lado representa a regulação da glicose sanguínea.

QUESTÃO 5

A China tem passado por um crescimento econômico vertiginoso. Um dos fatores que contribui é a transformação de minério de ferro em ferro metálico em uma Usina Siderúrgica conforme reação balanceada descrita abaixo. 2 Fe2O3(s) + 6 C(s) + 3 O2(g) 4 Fe(s) + 6 CO2(g) + energia

Fonte: http://dietaslowcarb209.blogspot.com/2009/11/ controle-hormonal-da-glicose-sanguinea_16.html

A partir da análise do esquema e de seus conhecimentos assinale a alternativa correta: a) O hormônio produzido pelo pâncreas representado pela letra A é a insulina, que funciona como hipoglicemiante. b) O hormônio representado pela letra A é a glucagon, que tem função antagônica á insulina, hormônio que diminui a taxa de glicose sanguínea. c) A quebra do glicogênio hepático é denominada glicogênese. d) Quando ocorre uma hipoglicemia, o pâncreas é estimulado a produzir o hormônio, representado pela letra A, denominado de cortisol. e) O hormônio representado pela letra A tem a mesma função que a insulina e a adrenalina.

FÍSICA QUESTÃO 3

No final do século XIX, uma disputa tecnológica sobre

a) a potência elétrica na entrada do enrolamento primário desse transformador é menor que à potência elétrica na saída do enrolamento secundário. b) se ligarmos os terminais do enrolamento primário a uma bateria de 12 V, teremos uma ddp menor no enrolamento secundário. c) a tensão de saída no enrolamento secundário é maior que a de entrada no enrolamento primário. d) as correntes nos enrolamentos primário e secundário desse transformador são iguais. e) a transferência de potência do enrolamento primário para o enrolamento secundário não ocorre por indução.

QUESTÃO 4

Um biólogo faz uma experiência onde o som de um apito é analisado com o uso de um medidor que, em sua tela, visualiza o padrão ondulatório apresentado no gráfico a seguir indicando a variação da pressão que a onda sonora exerce sobre o medidor, em função do tempo, em μs (1 μs = 10-6 s). Observe que este tempo corresponde a meio período da onda.

Em relação aos conhecimentos acerca da Química dos materiais e a equação representada, podese afirmar: a) O Fe2O3 da hematita reage com o carvão, na proporção de 1 átomo de ferro para 3 átomos de carbono. b) Para cada mol de Fe2O3 que reage, formam-se 4 mols de átomos de ferro. c) A reação indicada é endotérmica, pois ocorre com absorção de energia. d) Estequiometricamente, para se obter 112 t de ferro, são necessárias 320 t de Fe2O3 e) No processo de produção do ferro, o carbono atua como agente anti-oxidante.

QUESTÃO 6

O Brasil, juntamente com a Rússia, China e Índia, constituem o BRIC, um grupo caracterizada por uma grande participação nos grupos de decisões econômicas e comerciais no mundo atual. O Brasil tem como fator determinante o uso do etanol como combustível conforme reação abaixo. C2H5OH(l) + 3 O2(g) 2 CO2(g) + 3 H2O(g), ∆H= -295 kcal (25°C, 1 atm)


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PROPOSTAs Questões eSPECIAisDO COLÉGIO POR PROFESSORES VILLA LOBOS Considerando a reação acima e os conhecimentos de termoquímica e estequiometria, pode-se afirmar: a) A equação acima representa a reação de combustão incompleta do etanol. b) A combustão completa de 2 mol de etanol, a 25º C, libera 295 kcal. c) Se a densidade do etanol, a 25ºC, é de aproximadamente 0,8 g/ml, a combustão completa de 11,5 ml, desse composto libera 59,0 kcal. d) Se a reação indicada for realizada num sistema termicamente isolado, observar-se-á a redução na temperatura do sistema. e) Para a produção de 35,2g de gás carbônico são absorvidos 118 kcal.

d) parte da minha vida se perdeu quando doei o meu amor em meio às Fogueiras da paixão e) doei amor e , com isso, parte da minha vida se foi. Envolviam-me as fogueiras da paixão

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as Questões propost CIÊNCIAS NATURAIS

GRAMÁTICA QUESTÃO 1

QUESTÃO 9

Peregrinação

Analise a figura.

O córrego é o mesmo, Mesma, aquela árvore, A casa, o jardim. Meus passos a esmo (Os passos e o espírito) Vão pelo passado, Ai tão devastado, Recolhendo triste Tudo quanto existe Ainda ali de mim - Mim daqueles tempos!

LITERATURA TEXTO PARA AS QUESTÕES 7 E 8

Petrópolis, 12 de março de 1943 - Manoel Bandeira

Elegia

Minh’alma de sofrer anda abatida Nos ermos de uma imensa perdição Desesperado lanço ao céu da salvação Mil perguntas, mas nenhuma é respondida Dei amor que me tomou porção da vida Como sangue na corrente eu me pulsava Numa crença que meus pés iluminava Como a vela que se enfuna destemida Ilusão que desatina em grande dor De um mistério que não se pôde explicar Entre as sombras da caverna de Platão Vi com olhos, não da alma que era cega, Tudo aquilo que fascina, mas aterra, Devorado nas fogueiras da paixão

Evert Reis

QUESTÃO 7

Considere o texto e marque a opção em que não há coerência entre o excerto e sua análise:

Assinale apenas a alternativa correta quanto à leitura do poema a) A presença dos determinantes “o”, “aquela”, “a”, nos primeiros versos do poema, enfatiza o fato de que o sujeito lírico movimenta-se numa constatação de reconhecimento de um espaço outrora perdido que se faz completamente presente em todo o texto. b) os marcadores linguísticos de lugar “aí” e “ali” demarcam a possibilidade de o sujeito lírico reintegrar o passado em sua plenitude. c) O último verso, assinalado pela transgressão gramatical, revela a presença de uma dualidade de “eus” diante de uma temporalidade linear e por isso corrosiva. d) A existência de verbos no presente evidencia certa presença do distanciamento épico, fenômeno muito próprio ao gênero lírico. e) A função metalingüística aparece no texto de forma predominante devido ao foco dado ao código.

QUESTÃO 10

Os poemas Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam vôo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhoso espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...

a) O “me” (l.6) corresponde a uma configuração adverbial, pois indica “em mim” , eu me pulsava eu pulsava em mim b) “Numa crença que meus pés iluminava” (l.7) “Crença” é sujeito de iluminava. c) Na frase acima “pés” está grafado em lugar de caminho. Então temos aí uma metonímia d) “tudo aquilo que fascina, mas aterra” (l.13) O paradoxo está aí presente pela aproximação incompatível. Se fascina, não devia aterrar e) “Vi com olhos...” (l.12). Trata-se de um pleonasmo vicioso. Não se pode ver, senão com os olhos.

Mário Quintana

QUESTÃO 8

“Dei amor que me tomou porção da vida” (l.5 ) “Devorado nas fogueiras da paixão (l.14)

Quanto ao poema, pode-se afirmar que a função de linguagem predominante no texto é:

Qual das frases abaixo não pode ser aceita como o sentido fiel da fusão dos excertos acima? a) Consumido nas fogueiras da paixão, dei amor que me custou parte da vida b) O amor que eu dei, devorado nas fogueiras da paixão, levou parte da minha vida c) Eu dei amor, por um pouco de vida, que me custou fogueiras de paixão

a) Expressiva, pois há nos versos um tom confessional. b) Metalinguística, pois a ênfase recai sobre o código. c) Conativa, uma vez que o sujeito da enunciação propõe a produção de uma poesia voltada para as questões sociais, metaforizadas pela imagem dos pássaros. d) Função poética, por representar a perplexidade agônica da alma que canta. e) Função referencial, uma vez que a ênfase recai sobre a elaboração da linguagem.

Questões elaboradas por:

tânia freitas biologia

ricardo abud física

Disponível em: http//www.alcoologia.net. Acesso em: 15 jul. 2009 (adaptado).

Supondo que seja necessário dar um título para essa figura, a alternativa que melhor traduziria o processo representado seria: (A) Concentração média de álcool no sangue ao longo do dia. (B) Variação da frequência da ingestão de álcool ao longo das horas. (C) Concentração mínima de álcool no sangue a partir de diferentes dosagens. (D) Estimativa de tempo necessário para metabolizar diferentes quantidades de álcool. (E) Representação gráfica da distribuição de freqüência de álcool em determinada hora do dia.

QUESTÃO 2

Entre outubro e fevereiro, a cada ano, em alguns estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os relógios permanecem adiantados em uma hora, passando a vigorar o chamado horário de verão. Essa medida, que se repete todos os anos, visa: (A) promover a economia de energia, permitindo um melhor aproveitamento do período de iluminação natural do dia, que é maior nessa época do ano. (B) diminuir o consumo de energia em todas as horas do dia, propiciando uma melhor distribuição da demanda entre o período da manhã e da tarde. (C) adequar o sistema de abastecimento das barragens hidrelétricas ao regime de chuvas, abundantes nessa época do ano nas regiões que adotam esse horário. (D) incentivar o turismo, permitindo um melhor aproveitamento do período da tarde, horário em que os bares e restaurantes são mais freqüentados. (D) responder a uma exigência das indústrias, possibilitando que elas realizem um melhor escalonamento das férias de seus funcionários.

CIÊNCIAS HUMANAS QUESTÃO 3 Depois de estudar as migrações, no Brasil, você lê o seguinte texto:

marcus eloi química

evert reis literatura

midian garcia gramática

Confira as respostas com comentários na próxima edição do caderno especial Revisão Enem

O Brasil, por suas características de crescimento econômico, e apesar da crise e do retrocesso das últimas décadas, é classificado como um país moderno. Tal conceito pode ser, na verdade, questionado se levarmos em conta os indicadores sociais: o grande número de desempregados, o índice de analfabetismo, o déficit de moradia, o sucateamento da saúde, enfim, a avalanche de brasi-


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Salvador | quinta-feira

30 de setembro de 2010

as Questões propost

leiros envolvidos e tragados num processo de repetidas migrações(...)

(D) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de idéias. (E) mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar divergências.

(C) 42000 (D) 71000 (E) 84000

Analisando os indicadores citados no texto, você pode afirmar que:

QUESTÃO 5

O mapa abaixo representa um bairro de determinada cidade, no qual as flechas indicam o sentido das mãos do tráfego. Sabe-se que esse bairro foi planejado e que cada quadra representada na figura é um terreno quadrado, de lado igual a 200 metros.

(adap.Valin,1996, pág.50 Migrações: da perda de terra à exclusão social.SP. Atuali, 1996).

(A) o grande número de desempregados no Brasil está exclusivamente ligado ao grande aumento da população. (B) existe uma “exclusão social” que é resultado da grande concorrência existente entre a mão-de-obra qualificada. (C) o déficit da moradia está intimamente ligado à falta de espaços nas cidades grandes. (D) os trabalhadores brasileiros não qualificados engrossam as fileiras dos “excluídos”. (E) por conta do crescimento econômico do país, os trabalhadores pertencem à categoria de mão-de-obra qualificada.

LINGUAGENS E CÓDIGOS QUESTÃO 4

A conversa entre Mafalda e seus amigos:

QUESTÃO 7

Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.

Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é: (A) “Dos dois contemplo rigor e fixidez. Passado e sentimento me contemplam” (p. 91). (B) “De sol e lua De fogo e vento Te enlaço” (p. 101).

Desconsiderando-se a largura das ruas, qual seria o tempo, em minutos, que um ônibus, em velocidade constante e igual a 40 km/h, partindo do ponto X, demoraria para chegar até o ponto Y?

(C) “Areia, vou sorvendo A água do teu rio” (p. 93).

(A) 25 min. (B) 15 min. (C) 2,5 min. (D) 1,5 min (E) 0,15 min

(D) “Ritualiza a matança de quem só te deu vida. E me deixa viver nessa que morre” (p. 62). (E) “O bisturi e o verso. Dois instrumentos entre as minhas mãos” (p. 95).

MATEMÁTICA

QUESTÃO 8

No gráfico abaixo, mostra-se como variou o valor do dólar, em relação ao real, entre o final de 2001 e o início de 2005. Por exemplo, em janeiro de 2002, um dólar valia cerca de R$ 2,40.

QUESTÃO 6

A eficiência de anúncios num painel eletrônico localizado em uma certa avenida movimentada foi avaliada por uma empresa. Os resultados mostraram que, em média: – passam, por dia, 30000 motoristas em frente ao painel eletrônico; – 40% dos motoristas que passam observam o painel; – um mesmo motorista passa três vezes por semana pelo local.

(A) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir. (B) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas. (C) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posições divergentes.

Segundo os dados acima, se um anúncio de um produto ficar exposto durante sete dias nesse painel, é esperado que o número mínimo de motoristas diferentes que terão observado o painel seja: (A) 15000 (B) 28000

Durante esse período, a época em que o real esteve mais desvalorizado em relação ao dólar foi no (A) final de 2001. (B) final de 2002. (C) início de 2003. (D) final de 2004. (E) início de 2005.


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30 de setembro de 2010

RESPOSTAS DAS DO QUESTÕES ESPECIAIS CADERNO ANTERIOR

MATEMÁTICA QUESTÃO 1

Um idoso, ao solicitar de duas companhias seguradoras, opções para um plano de saúde complementar, recebeu as seguintes propostas: Seguradora A: mensalidade de R$ 675,00 e mais R$ 20,00 por consulta feita no mês. Seguradora B: mensalidade de R$ 700,00 e mais R$ 15,00 por consulta feita no mês. Como o gasto mensal, em cada plano, é uma função do número de consultas feitas no mês, n, pode-se concluir que o maior valor de n para que o plano proposto pela seguradora A seja mais econômico que o plano proposto pela seguradora B é: b) 4. COMENTÁRIO: Sendo VA(n) e VB(n) os valores que deverão ser pagos mensalmente, pelo idoso, às seguradoras A e B, respectivamente, pela contratação de um plano de saúde complementar, temos: •VA(n) = 675 + 20.n •VB(n) = 700 + 15.n O maior valor de n, número de consultas feitas no mês, para que o Plano proposto pela seguradora A seja mais econômico que o plano proposto pela seguradora B, é: 675 + 20.n < 700 + 15.n 5n < 25 n < 5, logo: n = 4 consultas mensais.

QUESTÃO 2

Numa microempresa, que presta serviços de manutenção a uma determinada companhia de telefonia celular, cada Engenheiro de telecomunicações tem um salário mensal R$ 4.000,00 e cada eletrotécnico tem um salário mensal de R$ 1.800,00. Se a empresa tem um total de 3 Engenheiros de telecomunicações e 17 eletrotécnicos o salário médio mensal da empresa é de: a) R$ 2.130,00. COMENTÁRIO: O salário médio mensal da empresa é a Média Aritmética Ponderada do salário mensal do Eletrotécnico e do salário mensal do Engenheiro de telecomunicações, logo:

explicitamente a vacina como causa da revolta. COMENTÁRIO: A leitura, interpretação e comparação entre os textos levam à conclusão que a alternativa apresenta informações corretas. Os dos textos relatam detalhes. O texto 1 defende que a revolta foi organizada, enquanto o texto 2, afirma que foi espontânea, mas em nenhum momento é apresentada as causas para explosão do movimento.

HISTÓRIA GERAL QUESTÃO 5 A fábrica de “exclusão racionalizada”, referida no texto, b) decorre dos princípios e da prática do neoliberalismo e do fenômeno da globalização. COMENTÁRIO: A participação do Leste Europeu contribuiu para o avanço da política econômica neoliberal. Assim sendo, a proposição “a” é falsa. O neoliberalismo tem contribuído de forma substancial para a concentração de rendas e o conseqüente aumento da pobreza. A proposição “b” está correta Desde a queda do Socialismo Real e o fim da URSS em 1991, que a dicotomia entre capitalismo e socialismo, típica da Guerra Fria, foi extinta. A alternativa “c” está incorreta. A proposição “d” está incorreta pois não existe por parte dos grandes conglomerados financeiros preocupação em preservar o meio ambiente. A assertiva “e” também está incorreta pois o trabalho infantil é proibido em todo o mundo pela Organização Internacional do Trabalho, um órgão ligado a ONU.

QUESTÃO 6

Associando-se a leitura do texto aos conhecimentos sobre a Nova Ordem Internacional, identifique as afirmativas verdadeiras. I. “exclusão racionalizada” se dá, nos dias atuais, por parte do G7 em relação aos países do Terceiro Mundo, por serem submissos dependentes e representarem a periferia do sistema. II. O socialismo real, que pretendia criar um mundo mais justo e solidário, falhou por apresentar distorções dos antigos ideais, passando seus governos de combatentes da opressão a opressores e totalitários. A alternativa que indica as afirmativas verdadeiras é a: d) II e III

HISTÓRIA DO BRASIL QUESTÃO 3

A análise da charge e os conhecimentos sobre a Lei Áurea (1888) que libertou os escravos no Brasil, permitem concluir que: b) A lei, assinada tardiamente e sem um projeto de inclusão definido, contribuiu para acelerar a queda da Monarquia, pois ampliou as oposições ao regime. COMENTÁRIO: O Estado libertou os escravos sem a preocupação com a inclusão social, além do mais entre a proibição do tráfico e a assinatura da lei máxima, passaram-se muitos anos, em muitas regiões (independente da política de Estado) a eliminação da escravidão já havia sido declarada, portanto a lei não foi impactante. Outro ponto é que, os antigos proprietários insatisfeitos com a lei não só se recusaram a assimilar negros como mão-de-obra assalariada, como passaram a se opor ao Estado Monárquico.

COMENTÁRIO: Durante a chamada era digital os níveis de pobreza estão aumentando. Assim sendo a proposição I é incorreta. Os países que compõe o G-7, nações mais ricas do mundo, dão as cartas no sistema capitalista mundial sem se preocuparem com as conseqüências geradas para os chamados países periféricos. A II é verdadeira. O projeto socialista pretendia promover justiça social e diminuição da pobreza no mundo. Entretanto, os objetivos foram distorcidos devido à adoção de regimes autoritários. A alternativa III, portanto é correta. A proposição IV é incorreta, pois sabemos que durante a Guerra Fria não houve harmonia entre o capitalismo e o socialismo.

GEOGRAFIA QUESTÃO 7

O texto e a charge permitem inferir as seguintes afirmações: e) Apenas a união entre a população, os órgãos públicos e as empresas privadas poderá resolver o problema de escassez de água no planeta. COMENTÁRIO: Hoje, metade da população mundial (mais de 3 bilhões de pessoas) enfrenta problemas de abastecimento de água. Muitas fontes de água doce estão poluídas ou, simplesmente, secaram. Você sabia que 97% da água existente no planeta Terra é salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessíveis e, apenas, 1% é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos? Pois, bem, temos apenas 1% de água, distribuída desigualmente pela Terra para atender a mais de 6 bilhões de pessoas (população mundial). Esse pouquinho de água que nos resta está ameaçado. Isso porque, somente agora estamos nos dando conta dos riscos que representam os esgotos, o lixo, os resíduos de agrotóxicos e industriais. Logo, apenas a união entre a população, os órgãos públicos e as empresas privadas poderá resolver o problema de escassez de água no planeta.

QUESTÃO 8 e) O crescimento econômico da Amazônia Brasileira ocorre à custa do aumento da pecuária extensiva, do avanço da agricultura, das ações ilegais dos madeireiros e de pressões urbanas para a realização de obras de infra-estrutura, atividades de grande impacto ecológico. COMENTÁRIO: A má administração dos recursos naturais coloca em perigo a Amazônia, devido à intensidade e à velocidade de sua exploração. O crescimento econômico da Amazônia Brasileira ocorre à custa do aumento da pecuária extensiva, do avanço da agricultura, das ações ilegais dos madeireiros e de pressões urbanas para a realização de obras de infra-estrutura, atividades de grande impacto ecológico.

ATUALIDADES QUESTÃO 9

Com relação à história desse período todas as alternativas estão corretas, exceto: e)A velha ordem mundial foi caracterizada pelo fortalecimento geopolítico das antigas potências e da emergência de diversas superpotências capazes de desencadear a destruição de todo o sistema mundial de Estados. COMENTÁRIO: A velha ordem mundial foi caracterizada pela bipolarização de poder entre os EUA e a URSS, sob a influência do capitalismo e do socialismo respectivamente.

QUESTÃO 10

O terrorismo tem merecido especial atenção no cenário geopolítico da atualidade. Sobre essa questão, assinale o que for correto: c) Quando as torres gêmeas e o Pentágono foram atingidos pelos atentados de 11 de setembro de 2001, ficou caracterizado que não há mais nenhum país completamente livre dos ataques terroristas da atualidade. COMENTÁRIO: Os atentados de11 de setembro representam um marco histórico na análise do terrorismo mundial e, ao mesmo tempo, deram início a uma nova geopolítica americana.

Questões comentadas por:

QUESTÃO 4

A leitura e interpretação dos textos permitem afirmar que: d)Apesar da riqueza de detalhes nos relatos, os autores apresentam visões diferentes e não mencionam

Dora Flores

história do brasil

o ricardo garrid história geral

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márcio queiroz matemática

yomar seixas geografia

gilton carmos atualidades


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