Revisão Enem - 2010

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Salvador | quinta-feira | 7 de outubro de 2010

Patrocínio:

04 02 Concurso de redação do Correio tem mais de 2 mil inscritos

06 O Brasil estava preparado para a crise econômica mundial

08 Profissão da vez: Economista abre muitas oportunidades

09 Teste seus conhecimentos com as questões propostas


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Concurso de redação do Correio tem mais de 2,1 mil inscritos O Concurso Cultural Redação Nota 10, promovido pelo Correio, foi um sucesso. De cinco de agosto, quando foi anunciado, até o último dia 18 de setembro, data limite para inscrição, foram recebidas 2.113 redações. O nome do vencedor será divulgado na edição 11 do projeto Revisão Enem, que circulará no próximo dia 14 de outubro. Além de ter seu texto publicado, o primeiro colocado também receberá como prêmio um notebook e uma assinatura semestral do Correio. O segundo e terceiro lugar serão contemplados com assinaturas semestrais do jornal. Neste momento, todas as redações recebidas estão sendo avaliadas por uma comissão julgadora, que selecionará as 50 mais bem desenvolvidas. Em seguida, essas produções vão passar pela correção de um profissional da área de Letras, especializado em redação e texto, que irá definir as grandes vencedoras. Durante a correção, os avaliadores estão atentos às cinco competências observadas pelos que corrigem as redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). São utilizados os seguintes critérios: modalidade

escrita, avalia a correção gramatical e o padrão escrito do idioma; tema e tipo de texto, verifica se o autor da redação entendeu a proposta e consegue desenvolver o tema com conteúdo; coerência, analisa a capacidade de associar ideias e dados para construir um texto com uma linha de raciocínio; coesão, trata da capacidade de ligar frases e parágrafos, sem o abuso de palavras repetidas; e, por fim, proposta de intervenção, critério que compreende a capacidade do autor de oferecer soluções ao problema discutido, considerando o respeito aos direitos humanos, a possibilidade de execução e a coerência com as causas apontadas. NOTA 10

curso, e entregar o material produzido nos postos do AcheAqui, o caderno de Classificados do Correio, localizados nos shoppings Barra, Itaigara, Iguatemi e Center Lapa. Além da possibilidade de ter seu texto premiado, o concurso também é uma maneira de treinar para o Enem. De acordo com professores da área, a melhor forma de desenvolver a capacidade de escrever uma redação é escrevendo. Junte-se a essa prática constante a leitura atenta a jornais, revistas e blogs, ambientes em que são publicadas notícias, interpretações e diferentes pontos de vista sobre os temas mais cotados da atualidade.

Os estudantes que estão participando do concurso escreveram um texto dissertativoargumentativo com o tema “O pré-sal e o impacto do petróleo no futuro do Brasil”. Para participar, os candidatos precisaram reunir os cinco selos publicados na capa do Caderno Revisão Enem e colar na folha de redação, que também foi publicada pelo jornal e disponibilizada para download no site do con-

No Enem, a redação representa uma das cinco notas. As outras são distribuídas entre as 180 questões que avaliam quatro áreas o conhecimento (Ciências Naturais, Ciências Humanas, Linguagens e Matemática). O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) alerta, então, para a importância da nota da redação nos processos seletivos das universidades. Apesar de não haver diferenciação entre os pesos das cinco notas, as instituições têm autonomia para dar peso maior ou menor a cada uma das áreas, a depender do curso que o aluno escolha.

Os estudantes escreveram um texto dissertativoargumentativo com o tema “O pré-sal e o impacto do petróleo no futuro do Brasil”

expediente Departamento de Marketing Orlando Fentanes (Analista de Projetos) orlando.fentanes@redebahia.com.br Tel.: (71) 3203-1870 Encartado no jornal Correio. Não pode ser vendido separadamente.

Projeto Gráfico João Soares Tel.: (71) 3342.4440/41 metta@mettacomunicacao.com.br

Textos Laís Santos Márcia Guimarães



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Terremoto financeiro As bolsas ainda sentem os efeitos negativos da crise financeira de 2008

Uma das crises financeiras mais assustadoras que o mundo já teve completou dois anos no mês passado. Hoje, muitos governos estão endividados e as bolsas ainda sentem efeitos negativos. Os Estados Unidos, maior economia do planeta, foram o centro deste “terremoto”. O país, na verdade, já estava em recessão desde 2001, após o estouro da bolha das empresas da chamada Nova Economia, as empresas “ponto com”. O país reduziu os juros para apenas 1% ao ano em junho de 2003. A conseqüência do corte das taxas foi o reaquecimento da economia americana, o que gerou o “boom” no mercado imobiliário dos Estados Unidos. As empresas hipotecárias focaram no grupo de clientes chamado “subprime”, que representavam um risco maior de pagamento, mas traziam taxas de retorno mais altas. Os fundos bancários se interessaram nessas dívidas hipotecárias. Em 2006 começaram a surgir os problemas, já que os preços das casas e as taxas de

juros não paravam de subir. Os mutuários começaram a ter dificuldade para pagar. O sistema financeiro passou a enfrentar uma crise de confiança e os bancos começaram a ter dificuldades. O resultado é que em setembro de 2008, a crise, acumulada deste 2007, chegou ao auge, com a estatização dos gigantes do mercado de empréstimos pessoais e hipotecas, como a Federal National Mortgage Association (FNMA), conhecida como “Fannie Mae” e a Federal Home Loan Mortgage Corporation (FHLMC), apelidada de “Freddie Mac” - que estavam quebradas. Logo em seguida, veio o pedido de concordata do tradicional banco de investimentos Lehman Brothers, com mais de 150 anos de existência e um dos pilares financeiros de Wall Street, e a venda, ao Bank of América, da corretora Merrill Lynch, uma das maiores do mundo. Em outubro do mesmo ano, o Senado e a Câmara dos Estados Unidos aprovaram um pacote de socorro aos bancos de US$ 700 bilhões. Mesmo com a ajuda aos bancos, o impacto na economia americana – e que também atingiu a Europa - gerou uma desaceleração da demanda mundial, fruto da redução dos gastos dos consumidores, empresas e do governo americano, provocando impactos na economia de todo o planeta.


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Crédito de risco gerou turbulência A Crise do subprime (crédito de risco) começa a ser desencadeada, então em 2006, a partir da quebra de instituições de crédito dos Estados Unidos, que concediam empréstimos hipotecário de alto risco, arrastando vários bancos para uma situação de insolvência e repercutindo fortemente sobre as bolsas de valores de todo o mundo. A crise foi revelada ao público a partir de Fevereiro de 2007. Os subprimes incluíam desde empréstimos hipotecários até cartões de crédito e aluguel de carros, e eram concedidos a clientes sem comprovação de renda e com histórico ruim de crédito - os chamados clientes ninja (sem renda, sem emprego, sem patrimônio). Essas dívidas só eram honradas, mediante sucessivas “rolagens”, o que foi possível enquanto o preço dos imóveis permaneceu em alta. Essa valorização contínua dos imóveis permitia aos mutuários obter novos empréstimos, sem-

pre maiores, para liquidar os anteriores, em atraso. Era uma bola de neve que se formava, incluindo milhões de americanos. Em julho de 2007, a crise do crédito hipotecário provocou uma crise de confiança no sistema financeiro e falta de liquidez bancária, ou seja, falta de dinheiro disponível para saque imediato pelos correntistas dos bancos. Mesmo os bancos que não trabalhavam com os chamados “créditos podres” foram atingidos. O banco britânico Northern Rock, por exemplo, não tinha “hipotecalixo”, mas adotava uma estratégia arriscada, que era tomar dinheiro emprestado a curto prazo às instituições financeiras, para emprestá-lo a longo prazo aos compradores de imóveis. Repentinamente, as instituições financeiras deixaram de emprestar dinheiro ao Northern Rock. No início de 2007, o banco foi o primeiro a sofrer intervenção governamental, desde 1860.


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Brasil estava preparado O Brasil foi um dos últimos países atingidos pela maior crise do capitalismo nos últimos 80 anos. E foi um dos primeiros a saírem dela. Em meio às previsões de recessão mundial, a economia brasileira continuou a crescer em 2009 e 2010. Em 2009, o Brasil subiu de quarto para segundo lugar no ranking de atratividade para aplicações em 12 meses, perdendo somente para a China. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o Brasil estava preparado para enfrentar a crise financeira mundial. Segundo ele, o país enfrentou o colapso nos mercados internacionais com “serenidade e seriedade”. Segundo Meirelles, o país se preparou para “enfrentar uma situação externa não benigna”, nos últimos anos, com a política de elevar as reservas internacionais, se tornar credor externo e diminuir sua dívida. “Está se provando que a política de aumen-

Estímulo ao mercado interno

tos das resistências a choques externos com aumento de reservas e diminuição de passivos mostra a sua importância.” Meirelles disse que o Brasil sofreu com a crise financeira, pois não houve descolamento completo em nenhuma economia. Porém, segundo ele, o país se preparou para momentos como esse. “A crise é ruim para todos [os países], mas o Brasil teve condições de passar com serenidade.”

Mantega destacou que o mercado interno brasileiro se tornou menos dependente das turbulências externas

Meirelles afirmou que o Brasil estava preparado para enfrentar a crise financeira mundial

O Brasil constituiu um mercado interno que estimulou o investimento e deu um horizonte de longo prazo aos empresários, menos dependente das turbulências do mercado internacional. A afirmação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, com isso, o país se preparou e criou as condições para enfrentar a crise financeira mundial. “Uma política econômica ousada que criou milhões de empregos, combinada com uma forte política social de transferência de renda, gerou um círculo virtuoso de crescimento. Em 2003, a classe média representava 42,4% da população. Em 2008, passou a representar 52,3% ou 90 milhões de consumidores”, disse. A solidez fiscal, segundo ele, marca a atual política econômica. Em 2008, o País atingiu o grau de investimento, e o equilíbrio das contas públicas não se alterou com o impacto da crise internacional. No primeiro bimestre de 2009, o Brasil continuou a registrar superávit primário. A dívida líquida do setor público caiu 52,4% do PIB em 2003 para 36% em 2008, e a inflação está sob controle. Segundo Mantega, outro fator que contribuiu para o país enfrentar a crise é a solidez do seu setor bancário, regulamentado de forma sofisticada. A existência de fortes bancos públicos, administrados com excelência, mostrou-se fundamental para o enfretamento da crise, promovendo a redução de juros e oferta de crédito, que tinha sido limitada pelo setor bancário privado. Em função de sua solidez, o Brasil pode adotar, desde o final de 2008, diversas medidas anticíclicas. O País flexibilizou a política monetária e adotou medidas fiscais de desoneração e ampliação do investimento público. Entre as principais ações adotadas no início de 2009 estiveram a redução do compulsório bancário, a alteração das alíquotas de imposto de renda, a redução do IPI para veículos e do IOF para operações de crédito e o aporte adicional de R$ 100 bilhões para o BNDES.

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Deterioração atingiu a Europa No início deste ano, a Europa - especialmente um conjunto de cinco países – começou a chamar a atenção do mundo, sobretudo dos economistas. Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha provocam temor em investidores quanto à capacidade dos governos desses países de conter o alto déficit fiscal e honrar suas dívidas. O déficit ocorre quando um país gasta mais do que arrecada. A possibilidade de calote desses países foi considerada a maior ameaça enfrentada pelo euro, a moeda única europeia, desde sua criação. Além disso, o cenário tem deixado o euro vulnerável e levado a quedas nas principais Bolsas do mundo nas últimas semanas. “Os Estados Unidos estão se recuperando da crise porque são mais flexíveis. Na Europa, a institucionalidade da economia é mais rígida. Ao mesmo tempo em que regras amortecem a queda, elas dificultam a recuperação desses países”, afirmou o professor Carlos Eduardo Soares Gonçalves, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP). Esses países já apresentavam, antes do início da crise financeira mundial, uma piora nos gastos fiscais em relação aos demais países da Europa. Como esses países fazem parte da zona do euro, não podem

Crises da história 1929 - Crash Em outubro de 1929, as ações de Wall Street começaram a acumular sucessivas e violentas quedas. Até 1932, as ações no mercado americano perderam 90% de seu valor e um terço da população estava desempregada. Foi a maior crise financeira da história dos EUA e até hoje economistas teorizam a respeito das reais causas da quebra da bolsa. O maior efeito sobre o Brasil foi a queda do preço do café, então um dos principais produtos de exportação do País.

1973 – Crise do Petróleo Com a Guerra do Yom Kippur, a Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo decide cancelar a exportação de petróleo para nações que apoiaram Israel no conflito com o Egito e a Síria. Como resultado, os preços do produto disparam e atingem a casa dos US$ 12 em 1974, quatro vezes maior do que no ano anterior. Para o Brasil, o efeito mais notável foi a desaceleração do crescimento iniciado com o chamado ‘milagre econômico’: de 9% para 4,6% em 1978.

1982 – MoratóriA Mexicana

desvalorizar suas moedas para baratear a dívida e poder pagá-la, estratégia adotada por parte das nações que já passaram por situação semelhante. Seria preciso que os Piigs deixassem de ter o euro como moeda e criassem a sua própria para depreciá-la, em situação que lembra o que ocorreu em 2001 com a Argentina, que tinha sua dívida pública atrelada ao dólar. “Eu duvido que isso aconteça”, afirma Gonçalves. A Grécia foi o país de maior evidência no grupo. O deficit público do país, de 12,7% do PIB, foi mais de quatro vezes maior do que o permitido pelas regras da zona do euro. Logo, o FMI (Fundo Monetário Internacional) pediu principalmente à Espanha, Irlanda

O déficit público da Grécia foi mais de quatro vezes maior do que o permitido

e Portugal, países que sofreram um maior impacto dos mercados pela crise grega, que adotassem “rapidamente” seus planos de ajuste fiscal. A Grécia também aprovou reformas, com cortes de salários de servidores, ajustes de aposentadorias e redução nos gastos do governo para evitar um colapso no país.

O México atola-se em uma crise que culmina com a surpreendente moratória do governo mexicano em agosto de 1982. Mais de 40 países recorreram ao FMI, incluindo o Brasil, que viu a retração de seu PIB em 5% e a inflação ultrapassar os 200%.

1987 – Queda histórica Em 19 de outubro de 1987, o índice Down Jones sofre a maior queda de sua história em um único dia: 22,6%. A combinação de temores com os empréstimos bancários, a desaceleração da economia e a desvalorização da moeda americana injetou pânico nos mercados americanos e o temor se alastrou pela Europa e pelo Japão. O Brasil quebrou novamente, suspendendo o pagamento da dívida. Na ocasião, como na atual crise, o Fed e outros BCs do mundo rapidamente intervieram, baixando taxas de juros. Na prática, foi a primeira crise que demonstrou o potencial de rápido contágio do pânico num mercado financeiro globalizado.

1997 – Crise da Ásia Em 1997, um rápido processo de fuga de capitais e desvalorização cambial entre os chamados Tigres Asiáticos - Tailândia, Malásia, Coréia do Sul, Hong Kong, Indonésia e Filipinas - espalha medo nos mercados internacionais, em grande parte pela surpresa de ver mercados supostamente sólidos e confiáveis sucumbirem a uma crise financeira. O mercado dos emergentes foi afetado pela primeira vez, mas o Brasil conseguiu passar.

1998 – Crise da Rússia Com a crise asiática, o preço dos commodities caiu em todo mundo e a Rússia, cuja economia depende largamente da exportação de commodities como gás natural e petróleo, declarou calote de sua dívida externa privada de curto prazo. A manobra acendeu a luz de alerta entre os investidores, que passaram a evitar mercados emergentes. Após ter passado quase sem sentir os efeitos da crise da Ásia, o Brasil foi afetado, enfrentando forte fuga de dólares. O governo reagiu elevando a taxa de juros, que chegou ao pico de 45% no início de 1999, e desvalorizando o Real, que até então mantinha a paridade com o dólar.

2001 – Ataque de 11 de Setembro A semana mais violenta na história das bolsas dos EUA, por qualquer indicador financeiro. A queda de 1370 pontos no índice Dow Jones foi uma das piores do século, com os investidores perdendo mais de 8 trilhões de dólares, ou 10% do valor total do mercado de ações. Uma recessão moderada atingiu os Estados Unidos, e surgiram as primeiras advertências sobre os riscos no mercado imobiliário.


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Profissão da vez: Economia Capacidade para lidar com crises econômicas, mudanças da moeda e inflação são características essenciais ao futuro Economista. Além disso, também é importante que o profissional goste de ler, tenha boa bagagem cultural e tenha facilidade de elaborar raciocínios abstratos, ao mesmo tempo em que consegue encadear ideias de maneira lógica. “É necessário também ser proativo, saber trabalhar em grupo e ter capacidade de liderança, porque os economistas trabalham, frequentemente, contribuindo nos processos decisórios nas organizações”, explica o economista e professor Luiz Henrique Pinto. Os economistas podem trabalhar em companhias de grande porte, do setor público ou privado, instituições financeiras, ONGs, além de atuar com consultoria empresarial e pessoal e no ensino em cursos de graduação e pós-graduação. O Conselho Federal de Economia (Cofecon) define que os profissionais podem atuar em entidades “que se ocupem das questões atinentes à economia nacional e às economias regionais, ou a quaisquer de seus setores específicos e dos meios de orientálas ou resolvê-las através das políticas

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Mercado de trabalho

O professor e economista Luiz Henrique garante que há opções interessantes na área

O professor Luiz conta que há cada vez menos espaço para experimentalismos na Economia e que isso ajuda a profissão a crescer. “No Brasil, costumase dizer que de médico e técnico de futebol todos temos um pouco. Eu acrescentaria que de economista também, infelizmente. Isso, de alguma forma, desvaloriza nossa profissão. No entanto, acredito que a valorização acontecerá mais intensamente à medida que o ambiente de negócios se torna crescentemente competitivo, requerendo profissionais, inclusive economistas, melhor preparados”.

onde estudar? monetária, fiscal, comercial e social” e, ainda, “nas unidades econômicas públicas, privadas ou mistas, cujas atividades não se relacionem com as questões de que trata a alínea anterior, mas envolvam matéria de economia profissional sob aspectos de organização e racionalização do trabalho”. Segundo Pinto, há oportunidades interessantes na área, embora restritas. A mão de obra foi sendo substituída, ao longo dos anos, por recursos tecnológicos. “No entanto, com a intensificação da globalização, inclusive financeira, são necessários conhecimentos mais elaborados, pois as pos-

sibilidades de perda e a complexidade das atividades são maiores”, pontua. O Curso Com no mínimo quatro anos de duração, o curso tem em sua grade curricular disciplinas voltadas à teoria econômica, às finanças e, ainda, disciplinas que não são diretamente ligadas à Economia, mas que são importantes para formação do profissional, como Direito, Sociologia e Empreendedorismo. Assim, na faculdade, o futuro economista tem uma visão ampla sobre as principais correntes do pensamento econômico e sua evolução histórica.

• Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA • Faculdade de Ciências Econômicas da UCSAL • Faculdade Católica de Ciências Econômicas da Bahia – FACCEBA • Universidade de Salvador – UNIFACS • Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC • Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS • Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB • Instituto de Educação Superior Unyahna - IESUS (Salvador) • Faculdade de Tecnologia e Ciência de Feira de Santana – FTC


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HISTÓRIA DO BRASIL QUESTÃO 1

Leia os textos: Texto 1: Manifesto de maio,1930, por Luís Carlos Prestes Somos governados por uma minoria que, proprietária das terras e das fazendas e dos latifúndios e senhores dos meios de produção e apoiadas nos imperialismos estrangeiros que nos exploram e nos dividem, só será dominada pela verdadeira insurreição generalizada, pelo levantamento consciente das massas das nossas populações, dos sertões e de nossas cidades. Contra as duas vigas mestras que sustentam os atuais oligarcas, precisam, pois, ser dirigidos os nossos golpes – a grande propriedade territorial e o imperialismo norte-americano. Essas as duas causas fundamentais da opressão política em que vivemos e das crises econômicas sucessivas em que nos debatemos. O governo dos coronéis, chefes políticos, donos da terra, só pode ser o que aí temos: opressão política e exploração impositiva. (Citado em Faoro, Raimundo. Os Donos do Poder. 11. ed. São do Poder: Globo, 1995. p.680)

Texto 2: Declaração de Juarez Távora, maio, 1930 Discordo do último manifesto revolucionário do General Luís Carlos Prestes. Não creio na exeqüibilidade da revolução desencadeada pela massa inerte do proletariado (…). A revolução possível no Brasil terá (…) de continuar a apoiar-se nos mesmos meios em que tem sido alicerçada até aqui (…) deverá haver, assim, lugar em suas fileiras (…) para o burguês e para o proletário. Mas não creio que lá cheguemos adotando o exotismo dos conselhos de operários, marinheiros e soldados, que nos aconselha o general Luís Carlos Prestes (…). Creio sim no equilíbrio e excelência de um regime baseado na representação proporcional de todas as classes, erigido em regulador imparcial de suas dependências e interesses recíprocos (…), seguindo a diretriz já apontada por Alberto Torres (…) ou por um caminho paralelo, que busque as novas tendências e necessidades (…) do nosso meio. (Citado em Nosso século. São Paulo: Abril, 1985. p. 36, v.5)

Após a leitura dos textos é possível concluir que: a) Na opinião dos dois autores só seria possível eliminar os vícios e fraudes que caracterizavam os mecanismos políticos da República Velha com uma revolução das massas trabalhadoras. b) No texto 2, o autor afirma que só seria possível derrubar República coronelística se a burguesia seguisse a orientação das massas trabalhadoras. c) Apesar de terem opiniões contrárias sobre os caminhos

PROPOSTAs Questões eSPECIAisDO COLÉGIO POR PROFESSORES VILLA LOBOS revolucionários para derrubada da República Velha, os dois autores concordam com necessidade de uma radical reforma agrária. d) Para os dois autores o sucesso da Revolução que poria fim ao coronelismo, dependia da aliança entre as elites e as massas populares. e) Os dois autores defendem princípios ideológicos presentes no contexto da década de 1930. O comunismo no primeiro e o liberalismo no segundo.

QUESTÃO 2

Leia o texto: A economia no Estado Novo O imperialismo do Brasil consiste em ampliar as suas fronteiras econômicas e integrar um sistema coerente, em que a circulação das riquezas e utilidades se faça livre e rapidamente, baseadas em meios de transporte eficientes, que aniquilarão as forças desintegradoras da nacionalidade. (…) Desde que o mercado nacional tenha a sua unidade assegurada, acrescendo-se a sua capacidade de absorção, estará solidificada a federação política. A expansão econômica trará o equilíbrio desejado entre diversas regiões do país, evitando-se que existam irmãos ricos ao lado de irmãos pobres. No momento nacional só a existência de um governo central forte, dotado de recursos suficientes poderá trazer o resultado desejado. (…) (VARGAS, Getúlio. A nova política do Brasil.- Rio de janeiro, José Olympio, 1938-1947 5ª edição p164-5)

De acordo com o texto o presidente Vargas justificava a necessidade de um poder forte e autoritário para: a) Defender as disputas econômicas entre os estados da federação como mecanismo eficiente para uma melhor distribuição de renda. b) Evitar que as insatisfações sociais levassem a eclosão de movimentos separatistas que colocavam em risco a unidade nacional. c) Garantir a federação política, propiciar a integração nacional e uma melhor distribuição de renda eliminando os obstáculos ao pleno desenvolvimento econômico da nação. d) Garantir o sistema federativo legalizado nas Assembléias Legislativas estaduais como mecanismo de melhoria na distribuição de renda. e) Combater a corrupção, defender a democracia e conduzir a nação à liberdade política e á igualdade econômica.

GEOGRAFIA QUESTÃO 3

Texto 1 EUA têm ato neonazista anti-imigração e a favor de uma “nação de puro sangue branco” Folha Online ANDREA MURTA, DE WASHINGTON 14/08/2010 - 07h52

No meio da tarde, centenas de neonazistas e racistas da Ku Klux Klan marcham empunhando suásticas no centro de Knoxville, Tennessee. Não, não estamos na era da segregação. O evento está marcado para hoje. O partido neonazista Movimento Nacional Socialista (NSM, na sigla em inglês) e os ultrarradicais da KKK --grupo que cometeu uma série de assassinatos e atrocidades contra negros no século passado, quando lutava contra o fim da segregação e o movimento de direitos civis-embarcaram juntos na onda do movimento anti-imigração que se espalha em solo americano, participando de uma série de atos pelo endurecimento das leis contra ilegais. O tema da imigração não é novidade para os dois grupos, mas os holofotes crescentes induziram a um aumento no número de marchas nos últimos meses. Só neste ano, o NSM afirma já ter feito cerca de 15 protestos em várias cidades americanas. “Não toleramos a invasão estrangeira de nosso país. Devolver os “criminosos” a seus países é a única coisa que aceitaremos”, diz o NSM. Imigrantes indocumentados não são os únicos que o partido quer “devolver”. O principal objetivo do NSM é criar uma “nação de puro sangue branco”, em que apenas arianos de ascendência européia seriam cidadãos. O resto --negros, latinos, asiáticos etc.-- seria enviado para a África, América Latina ou onde quer que os arianos julguem ser seu lugar. Texto 2 Itamaraty critica lei do Arizona que torna crime a imigração ilegal O governo brasileiro afirmou nesta segunda-feira ter recebido “com grande preocupação a notícia de que o Estado norte-americano do Arizona aprovou, em 22 de abril, legislação que criminaliza a imigração irregular”. O Arizona foi o primeiro Estado americano a tornar a imigração ilegal um crime, num claro desafio ao governo de Barack Obama, que já tinha classificado a medida como “equivocada”. A lei gerou críticas nos EUA e em outros países da América. Folha Online 03/05/2010 - 21h29

Com base nos textos e nos conhecimentos sobre população e os movimentos migratórios, suas causas e consequências, pode-se afirmar: a) A xenofobia existente nos países desenvolvidos é uma forma de preconceito, racial, grupal ou cultural que promove diversos abusos e crimes contra os estrangeiros que sofrem agressões, torturas e até assassinatos b) Os Estados Unidos receberam grandes levas de imigrantes, após a primeira Guerra Mundial, constituídas principalmente de latino-americanos e asiáticos, que assumiram funções no comércio e em serviços, mas não foram suficientemente assimilados pela sociedade.


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c) Em muitos países desenvolvidos da Europa, o preconceito e a repulsa ao imigrante, é fruto do alto crescimento populacional verificado nos últimos anos,gerando desequilíbrio no mercado de trabalho. d) Os imigrantes brasileiros da atualidade são, em sua maioria, jovens que se originam dos países desenvolvidos em busca de mercado de trabalho, enquanto grande parte dos emigrantes, sobretudo clandestinos, são oriundos de países latino-americanos que sofrem crises políticas e econômicas. e) A evolução dos índices de longevidade permite afirmar que as taxas de natalidade diminuíram mais rapidamente do que as taxas de mortalidade.

MATEMÁTICA QUESTÃO 4

Dois observadores P e Q, numa avenida plana, avistam o topo de um prédio residencial sob ângulos de 60° e 30°, respectivamente, com a horizontal, conforme ilustra a figura abaixo. Se a distância entre os observadores P e Q é de 35m, então, a altura do prédio, h, em metros, é igual a:

as Questões propost LINGUAGENS E CÓDIGOS QUESTÃO 1

Um jornalista publicou um texto do qual estão transcritos trechos do primeiro e do último parágrafos: “Mamãezinha, minhas mãozinhas vão crescer de novo? Jamais esquecerei a cena que vi, na TV francesa, de uma menina da Costa do Marfim falando com a enfermeira que trocava os curativos de seus dois cotos de braços. (...)” “Como manter a paz num planeta onde boa parte da humanidade não tem acesso às necessidade básicas mais elementares? (...) Como reduzir o abismo entre o camponês afegão, a criança faminta do Sudão, o Severino da cesta básica e o corretor de Wall Street? Como explicar ao menino de Bagdá que morre por falta de remédios, bloqueados pelo Ocidente, que o mal se abateu sobre Manhattan? Como dizer aos chechenos que o que aconteceu nos Estados Unidos é um absurdo? Vejam Grozny, a capital da Chechênia, arrasada pelos russos. Alguém se incomodou com os sofrimentos e as milhares de vítimas civis, inocentes, desse massacre? Ou como explicar à menina da Costa do Marfim o sentido da palavra ‘civilização. quando ela descobrir que suas mãos não crescerão jamais?”

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QUESTÃO 3

Cândido Portinari (1903-1962), em seu livro Retalhos de Minha Vida de Infância, descreve os pés dos trabalhadores. Pés disformes. Pés que podem contar uma história. Confundiam-se com as pedras e os espinhos. Pés semelhantes aos mapas: com montes e vales, vincos como rios. (...) Pés sofridos com muitos e muitos quilômetros de marcha. Pés que só os santos têm. Sobre a terra, difícil era distingui-los. Agarrados ao solo, eram como alicerces, muitas vezes suportavam apenas um corpo franzino e doente.

(Cândido Portinari, Retrospectiva, Catálogo MASP)

As fantasias sobre o Novo Mundo, a diversidade da natureza e do homem americano e a crítica social foram temas que inspiraram muitos artistas ao longo de nossa História. Dentre estas imagens, a que melhor caracteriza a crítica social contida no texto de Portinari é:

UTZERI, Fritz. Jornal do Brasil, 17/09/2001.

Apresentam-se, abaixo, algumas afirmações também retiradas do mesmo texto. Aquela que explicita uma resposta do autor para as perguntas feitas no trecho citado é: (A) “tristeza e indignação são grandes porque os atentados ocorreram em Nova Iorque” (B) “ao longo da história, o homem civilizado globalizou todas as suas mazelas” (C) “a Europa nos explorou vergonhosamente” (D) “o neoliberalismo institui o deus mercado que tudo resolve” (E) “os negócios das indústrias de armas continuam de vento em popa”

QUESTÃO 5

Num recipiente de forma cilíndrica, está depositada uma quantidade de vinho que ocupa um terço de sua capacidade. Retirando-se 30 litros de seu conteúdo, a altura do nível do vinho baixa de 20%. O número que expressa a capacidade desse recipiente, em litros é: a) 250. b) 320. c) 400. d) 450. e) 510.

Questões elaboradas por:

Dora Flores

história do brasil

márcio queiroz matemática

yomar seixas geografia

Confira as respostas com comentários na próxima edição do caderno especial Revisão Enem

QUESTÃO 2

A sociedade atual testemunha a influência determinante das tecnologias digitais na vida do homem moderno, sobretudo daquelas relacionadas com o computador e a internet. Entretanto, parcelas significativas da população não têm acesso a tais tecnologias. Essa limitação tem pelo menos dois motivos: a impossibilidade financeira de custear os aparelhos e os provedores de acesso, e a impossibilidade de saber utilizar o equipamento e usufruir das novas tecnologias. A essa problemática, dáse o nome de exclusão digital. No contexto das políticas de inclusão digital, as escolas, nos usos pedagógicos das tecnologias de informação, devem estar voltadas principalmente para: (A) proporcionar aulas que capacitem os estudantes a montar e desmontar computadores, para garantir a compreensão sobre o que são as tecnologias digitais. (B) explorar a facilidade de ler e escrever textos e receber comentários na internet para desenvolver a interatividade e a análise crítica, promovendo a construção do conhecimento. (C) estudar o uso de programas de processamento para imagens e vídeos de alta complexidade para capacitar profissionais em tecnologia digital. (D) exercitar a navegação pela rede em busca de jogos que possam ser “baixados” gratuitamente para serem utilizados como entretenimento. (E) estimular as habilidades psicomotoras relacionadas ao uso físico do computador, como mouse, teclado, monitor etc.

MATEMÁTICA QUESTÃO 4

Uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleceu a obrigatoriedade de adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado nos postos. A exigência é que, a partir de 1.º de julho de 2009, 4% do volume da mistura final seja formada por biodiesel. Até junho de 2009, esse percentual era de 3%. Essa medida


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as Questões propost

estimula a demanda de biodiesel, bem como possibilita a redução da importação de diesel de petróleo.

da viagem conforme o horário de saída do ponto inicial, no período da manhã.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 12 jul. 2009 (adaptado).

Estimativas indicam que, com a adição de 4% de biodiesel ao diesel, serão consumidos 925 milhões de litros de biodiesel no segundo semestre de 2009. Considerandose essa estimativa, para o mesmo volume da mistura final diesel/biodiesel consumida no segundo semestre de 2009, qual seria o consumo de biodiesel com a adição de 3%? (A) 27,75 milhões de litros. (B) 37,00 milhões de litros. (C) 231,25 milhões de litros. (D) 693,75 milhões de litros. (E) 888,00 milhões de litros. QUESTÃO 5 Uma artesã confecciona dois diferentes tipos de vela ornamental a partir de moldes feitos com cartões de papel retangulares de 20 cm x 10 cm (conforme ilustram as figuras abaixo). Unindo dois lados opostos do cartão, de duas maneiras, a artesã forma cilindros e, em seguida, os preenche completamente com parafina.

De acordo com as informações do gráfico, um passageiro que necessita chegar até as 10h30min ao ponto final dessa linha, deve tomar o ônibus no ponto inicial, no máximo, até as: (A) 9h20min (B) 9h30min (C) 9h00min (D) 8h30min (E) 8h50min

CIÊNCIAS HUMANAS QUESTÃO 7

O tráfico de escravos em direção à Bahia pode ser dividido em quatro períodos: 1.o – O ciclo da Guiné durante a segunda metade do século XVI; 2.o – O ciclo de Angola e do Congo no século XVII; 3.o – O ciclo da Costa da Mina durante os três primeiros quartos do século XVIII; 4.o – O ciclo da Baía de Benin entre 1770 e 1850, estando incluído aí o período do tráfico clandestino. Supondo-se que o custo da vela seja diretamente proporcional ao volume de parafina empregado, o custo da vela do tipo I, em relação ao custo da vela do tipo II, será (A) o triplo. (B) o dobro. (C) igual. (D) a metade. (E) a terça parte.

QUESTÃO 6

O tempo que um ônibus gasta para ir do ponto inicial ao ponto final de uma linha varia, durante o dia, conforme as condições do trânsito, demorando mais nos horários de maior movimento. A empresa que opera essa linha forneceu, no gráfico abaixo, o tempo médio de duração

A chegada dos daomeanos (jejes) ocorreu nos dois últimos períodos. A dos nagô-iorubás corresponde, sobretudo, ao último. A forte predominância dos iorubás na Bahia, de seus usos e costumes, seria explicável pela vinda maciça desse povo no último dos ciclos. VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos: dos séculos XVII a XIX. Tradução de Tasso Gadzanis. São Paulo: Corrupio, 1987. p. 9. (com adaptações).

Os diferentes ciclos do tráfico de escravos da costa africana para a Bahia, no Brasil, indicam que: (A) o início da escravidão no Brasil data do século XVI, quando foram trazidos para o Nordeste os chamados “negros da Guiné”, especialistas na extração de ouro. (B) a diversidade das origens e dos costumes de cada nação

africana é impossível de ser identificada, uma vez que a escravidão moldou os grupos envolvidos em um processo cultural comum. (C) os ciclos correspondentes a cada período do tráfico de diferentes nações africanas para a Bahia estão relacionados aos distintos portos de comercialização de escravos. (D) o tráfico de escravos jejes para a Bahia, durante o ciclo da Baía de Benin, ocorreu de forma mais intensa a partir do final do século XVII até a segunda metade do século XVIII. (E) a escravidão nessa província se estendeu do século XVI até o início do século XVIII, diferentemente do que ocorreu em outras regiões do País.

QUESTÃO 8

Em 2003, deu-se início às discussões do Plano Amazônia Sustentável, que rebatiza o Arco do Desmatamento, uma extensa faixa que vai de Rondônia ao Maranhão, como Arco do Povoamento Adensado, a fim de reconhecer as demandas da população que vive na região. A Amazônia Ocidental, em contraste, é considerada nesse plano como uma área ainda amplamente preservada, na qual se pretende encontrar alternativas para tirar mais renda da floresta em pé do que por meio do desmatamento. O quadro apresenta as três macrorregiões e três estratégias que constam do Plano. Estratégias: I. Pavimentação de ro d o v i a s para levar a soja até o rio Amazonas, por onde será escoada. II. Apoio à produção de fármacos, extratos e couros vegetais. III. Orientação para a expansão do plantio de soja, atraindo os produtores para áreas já desmatadas e atualmente abandonadas. Considerando as características geográficas da Amazônia, aplicam-se às macrorregiões Amazônia Ocidental, Amazônia Central e Arco do Povoamento Adensado, respectivamente, as estratégias: (A) I, II e III. (B) I, III e II. (C) III, I e II. (D) II, I e III. (E) III, II e I.


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RESPOSTAS DAS DO QUESTÕES ESPECIAIS CADERNO ANTERIOR

BIOLOGIA QUESTÃO 1

Os caranguejos pertencem ao filo que tem como principais características a presença de: d) Apêndices articulados e exoesqueleto quitinoso. COMENTÁRIO: Os caranguejos pertencem a um filo denominado de artrópodes, que apresenta como principais características a presença de patas articuladas, e um esqueleto externo composto de uma substância denominada de quitina.

QUESTÃO 2

O esquema ao lado representa a regulação da glicose sanguínea.

A partir da análise do esquema e de seus conhecimentos assinale a alternativa correta: b) O hormônio representado pela letra A é a glucagon, que tem função antagônica á insulina, hormônio que diminui a taxa de glicose sanguínea. COMENTÁRIO: A insulina e o glucagon são hormônios produzidos pela pâncreas que possuem funções anutagônicas: a insulina é hipoglicemiante, portanto baixa a glicose sanguínea, enquanto que o glucagem é hiperglicemiante, uma a glicose sanguíneo, desta forma a glicose no sangue atinge o nível normal.

QUESTÃO 3

FÍSICA

Sobre um transformador ideal em que o número de espiras do enrolamento secundário é maior que as do enrolamento primário é correto afirmar: c) a tensão de saída no enrolamento secundário é maior que a de entrada no enrolamento primário. COMENTÁRIO: Sendo N1 e N2 os números de espiras nos enrolamentos primário e secundário respectivamente, e sabendo que U1/U2 =N1/N2, percebemos que as tensões são proporcionais às quantidades de espiras ou seja, a tensão no enrolamento secundário neste caso, é maior que no enrolamento primário

QUESTÃO 4

Um biólogo faz uma experiência onde o som de um apito é analisado com o uso de um medidor que, em sua tela, visualiza o padrão ondulatório apresentado no gráfico a seguir indicando a variação da pressão que a onda sonora exerce sobre o medidor, em função do tempo, em μs (1 μs = 10-6 s). Observe que este tempo corresponde a meio período da onda.

COMENTÁRIO: A questão afirma que o tempo de 10s corresponde a meio período de uma onda donde podese concluir que o período completo é de 20s(20.10-6s). Como o período e a freqüência são inversamente proporcionais , temos: T = 1/f T = 1 / 2.10-5 = 50.000hz. Comparando o resultado obtido com a tabela dada, pode-se concluir que esta freqüência de som é audível para o gato e o morcego

QUESTÃO 5

d) Gato e morcego

Vi com olhos, não da alma que era cega, Tudo aquilo que fascina, mas aterra, Devorado nas fogueiras da paixão Evert Reis

QUESTÃO 7

Considere o texto e marque a opção em que não há coerência entre o excerto e sua análise: e) “Vi com olhos...” (l.12). Trata-se de um pleonasmo vicioso. Não se pode ver, senão com os olhos.

QUÍMICA

Em relação aos conhecimentos acerca da Química dos materiais e a equação representada, pode-se afirmar: 2 Fe2O3(s) + 6 C(s) + 3 O2(g) 4 Fe(s) + 6 CO2(g) + energia e) No processo de produção do ferro, o carbono atua como agente anti-oxidante. COMENTÁRIO: O Fe2O3 da hematita reage com o carvão, na proporção de 2 átomo de ferro para 3 átomos de carbono. Para cada mol de Fe2O3 que reage, formam-se 2 mols de átomos de ferro. A reação indicada é exotérmica, pois ocorre com liberação de energia. Estequiometricamente, para se obter 112 t de ferro, são necessárias 160 t de Fe2O3. O elemento carbono sofre oxidação, daí a espécie carbono ser o agente redutor ou anti-oxidante. Por isso, a resposta correta é a letra E.

QUESTÃO 6

Considerando a reação e os conhecimentos de termoquímica e estequiometria, pode-se afirmar: C2H5OH(l) + 3 O2(g) 2 CO2(g) + 3 H2O(g), ∆H= -295 kcal (25°C, 1 atm) c) Se a densidade do etanol, a 25ºC, é de aproximadamente 0,8 g/ml, a combustão completa de 11,5 ml, desse composto libera 59,0 kcal. COMENTÁRIO: A equação acima representa a reação de combustão completa do etanol.A combustão completa de 1 mol de etanol, a 25º C, libera 295 kcal.Com a densidade e o volume, calcula-se a massa de 9,2g. Como a massa de 1mol de etanol tem massa de 46g que libera 295 kcal, então 9,2g liberam 59 kcal. Por isso, a resposta correta é letra “C”. Se a reação indicada for realizada num sistema termicamente isolado, observar-se-á o aumento na temperatura do sistema. Para a produção de 35,2g de gás carbônico são liberados 118 kcal.

LITERATURA TEXTO PARA AS QUESTÕES 7 E 8

Elegia Minh’alma de sofrer anda abatida Nos ermos de uma imensa perdição Desesperado lanço ao céu da salvação Mil perguntas, mas nenhuma é respondida

COMENTÁRIO: O pleonasmo vicioso é redundante como subi pra cima.Neste caso, a expressão é especificativa: vi com olhos não da alma, que era cega. Indica que o eu lírico viu com olhos (outros) apaixonados, sem o uso da razão. Trata-se de uma figura pleonástica sim (um reforço) mas não viciosa, de estilo.

QUESTÃO 8

“Dei amor que me tomou porção da vida” (l.5 ) “Devorado nas fogueiras da paixão (l.14) Qual das frases abaixo não pode ser aceita como o sentido fiel da fusão dos excertos acima? c) Eu dei amor, por um pouco de vida, que me custou fogueiras de paixão COMENTÁRIO: O amor não foi dado por um pouco (uma porção) de vida. O amor foi dado e, nesse gesto, gastou-se uma porção (um pouco) da vida. E fogueiras da paixão não é o custo da vida, mas aquilo que impede o eu lírico de ver a vida gastar-se.

GRAMÁTICA QUESTÃO 9

Assinale apenas a alternativa correta quanto à leitura do poema c) O último verso, assinalado pela transgressão gramatical, revela a presença de uma dualidade de “eus” diante de uma temporalidade linear e por isso corrosiva. COMENTÁRIO: Está correta a alternativa 3. No poema, o sujeito lírico lança um olhar de reconhecimento e proximidade dos objetos descritos “córrego”, “árvore”, “casa” e “jardim”. A persona parece movimentar-se como se o passado estivesse novamente personificado, inteiro, sem fraturas, entretanto a presença, nos versos, de marcadores lingüísticos como “ali” e “daqueles tempos” figuram a impossibilidade de um encontro entre o eu de tempos pretéritos e o sujeito enunciador. A peregrinação do retorno, portanto, mantém-se na instância da lembrança, marcada pelo sentimento de perda que perpassa todo poema.

QUESTÃO 10

Quanto ao poema, pode-se afirmar que a função de linguagem predominante no texto é:

Dei amor que me tomou porção da vida Como sangue na corrente eu me pulsava Numa crença que meus pés iluminava Como a vela que se enfuna destemida

b) Metalinguística, pois a ênfase recai sobre o código. COMENTÁRIO: A imagem dos pássaros como representação dos poemas insere o leitor na posição de produtor de sentidos. Assim, o sentido do poema não se produz apenas no ato de criação poética, mas também no movimento da leitura. O poema, portanto, versa sobre a leitura do texto poético, é poesia que fala sobre poesia.

Ilusão que desatina em grande dor De um mistério que não se pôde explicar Entre as sombras da caverna de Platão A tabela a seguir, mostra a faixa audível para um ser humano e alguns animais. Indique qual(is) desses animais consegue ouvir esse apito.

Questões comentadas por:

tânia freitas biologia

ricardo abud física

12

marcus eloi química

evert reis literatura

midian garcia gramática


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