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Confira dicas para uma vida mais saudável

Especial Dia do

MÉDICO

A SAÚDE DO HOMEM E DA MULHER

Bahia possui 17 mil profissionais Salvador | quinta-feira, 18 de outubro de 2012

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Novos cursos de medicina elevam vagas Atualmente, a Bahia conta com sete instituições de ensino superior com curso de medicina. Este número vai saltar para 12, com a criação de cinco novas unidades. Elas serão implantadas na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Paulo Afonso, com 40 vagas; Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), em Santo Antônio de Jesus, com 60; Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufoba), com sede em Barreiras, com 80, e na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSBA), em Teixeira de Freitas, também com 80 vagas. Além destas, o Ministério da Educação aprovou a criação do curso na Universidade Salvador (Unifacs), com 100 vagas. Com a expansão anunciada, a Bahia sai de 590 para 950 vagas para medicina por ano, ofertadas por instituições federais, estaduais e privadas. Deste total, 560 vagas são para cursos em universidades públicas, a exemplo na Universidade Federal da Bahia (UFBa), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilhéus, e Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (UESB), em Jequié e Vitória da Conquista. Outras 430 são ofertadas em instituições privadas, incluindo a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e a Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC). Instituição Vagas Local Universidade 160 Salvador Federal da Bahia Universidade Paulo Federal do Vale 40 Afonso* do São Francisco Universidade Federal do Santo A. 60 Recôncavo de Jesus* Baiano Universidade Federal do Oeste 80 Barreiras* da Bahia Universidade Teixeira de Federal do Sul 80 Freitas* da Bahia Universidade Feira de Estadual de Feira 30 Santana de Santana Universidade Estadual de 40 Ilhéus Santa Cruz Universidade Estadual do 40 Jequié Sudoeste Baiano Universidade Vitória da Estadual do 30 Conquista Sudoeste Baiano Escola Bahiana de Medicina e 190 Salvador Saúde Pública Faculdade de Tecnologia e 100 Salvador Ciências Universidade 100 Salvador* Salvador *Novos

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Bahia conta com 17 mil médicos A Bahia conta com 17.780 profissionais da medicina autorizados a atuar. Os dados são do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb). Porém, estes médicos não estão distribuídos de maneira equilibrada entre a capital e o interior. Segundo o presidente do Cremeb, José Abelardo Garcia de Meneses, aproximadamente 65% da população médica se concentram em Salvador e na Região Metropolitana. O presidente explica que isso é causado, principalmente, pela falta de investimentos públicos em saúde e ausência de política de valorização do profissional no interior do estado. “Enquanto em Salvador há 4,19 médicos para cada mil habitantes, no interior baiano a proporção cai para 0,57 para cada grupo de mil pessoas”, pontua. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) não estabelecem taxas ideais de médicos por grupo de habitantes. Segundo José Abelardo, o número de profissionais na Bahia é suficiente, mas, devido à má distribuição, não atende à demanda da população. “É preciso investir em políticas de incentivo ao trabalho no interior, qualidade de ensino, valorização do profissional, melhoria da infraestrutura

Médicos na Bahia MÉDICOS ATIVOS Bahia: 17.780 Salvador: 10.418 Interior: 5.821 Endereço em outros estados: 972 Sem endereço registrado: 569

Distribuição por sexo Masculino: 10.064 Feminino: 7.716 Fonte: Cremeb José Abelardo, do Cremeb

e equipamentos para que se possa avançar na assistência à população”, ressalta José Abelardo. A distribuição de profissionais entre os setores público e privado também é problemática. Na Bahia, 85% da população dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), mas a quantidade de profissionais atuando no setor público é inferior. “Há 15,1 postos de trabalhos médicos ocupados em estabelecimentos privados para cada mil usuários de planos de saúde, número que reduz para 1,2 quando se trata do atendimento aos usuários do SUS. A população que depende do SUS na Bahia encontra uma quantidade de postos médicos

12,5 vezes menor do que os pacientes da assistência privada - pior índice se comparado com todos os outros estados brasileiros”, conta José Abelardo. O presidente acrescenta ainda que falta política para fixar o médico com carreira de estado, plano de cargos, carreira e vencimento com atrativo para estimular a adesão ao serviço público. Além disso, as condições de trabalho nas unidades públicas, muitas vezes, dificultam o trabalho do médico. As fiscalizações feitas pelo Cremeb, em parceria com o Ministério Público, têm identificado enfermarias fechadas, leitos de terapia intensiva vazios e equipamentos inutilizados.

Formação dura seis anos Para se tornar um profissional da medicina, o estudante passa, no mínimo, seis anos na faculdade. Neste período, além do conteúdo teórico, os jovens também têm aulas práticas. Segundo o presidente do Cremeb, José Abelardo Garcia de Meneses, além da teoria e da prática, a boa formação deve contemplar o eixo ético-humanístico. É preciso uma base técnica, para que o jovem saiba atender a maior parte das patologias, e bases filosóficas que irão contribuir para que o profissional se posicione diante das contradições inerentes à profissão. “O corpo docente deve ser qualificado para atender às diretrizes de ensino do Ministério da Educação e o curso precisa também oferecer a infraestrutura adequada para a formação médica”, explica. No Brasil, das 141 faculda-

des de medicina avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC) através do Conceito Preliminar de Curso (CPC) em 2011, 23 tiraram notas baixas (de 1 a 2) e nenhuma conseguiu ser classificada na faixa máxima (nota 5). O resultado do Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Universidades Estrangeiras) de 2011, divulgado em novembro, também trouxe dados preocupantes. Dos 677 inscritos no exame, apenas 65 médicos (9,6%) tiveram autorização do MEC para legalizar o diploma obtido fora do Brasil. Para José Abelardo, a criação de novos cursos de medicina e, consequentemente, o aumento do número de profissionais no mercado não vão facilitar o acesso da população aos serviços de saúde. “É preciso cumprir o preceito constitucional de

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Especializados Ginecologia e obstetrícia 1.138 – 12,96% Pediatria 1.027 – 11,69% Anestesiologia 758 – 8,63% Cirurgia geral 720 – 8,20% Oftalmologia 548 – 6,24% Clínica médica 439 – 5% Ortopedia e traumatologia 419 – 4,77% Cardiologia 394 – 4,49% Radiologia e diagnóstico por imagem 394 – 4,49% Otorrinolaringologia 232 – 2,64% Outras 2.712 – 30,89% Fonte: Pesquisa Demografia Médica/CFM

promoção e prevenção da saúde e isto só se consegue com planejamento e financiamento estável para o setor. A capital baiana ocupa a 25ª posição no Programa de Saúde da Família com cobertura de apenas 16% da população, ficando somente à frente

de Belém e Brasília”, pontua. O presidente do Cremeb alerta ainda que não há garantias que esses novos profissionais serão absorvidos pelo mercado, o que pode ampliar a busca pelo setor privado, contribuindo com o aumento das desigualdades.

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Maioria dos homens só vai ao médico com doença em fase avançada Levantamento feito pelo Centro de Referência da Saúde do Homem, de São Paulo, mostra que 60% do total de pacientes que chegam ao centro por mês já estão com doenças em estado considerado avançado e necessitam de intervenção cirúrgica para tratá-las. O quadro é reflexo da baixa procura por consultas regulares e exames preventivos por parte dos homens. “Os homens devem ir ao médico, a partir dos 40 anos, no mínimo uma vez ao ano. Eles devem fazer um check-up, uma avaliação de rotina urológica completa, em particular da próstata, que é o que mais preocupa os homens”, disse Joaquim Claro, urologista e médico coordenador do Centro de Referência da Saúde do Homem. O levantamento mostra que a maioria dos pacientes desconhecia suas condições de saúde e ignorou sintomas iniciais das doenças mais comuns, adiando a busca por ajuda especializada.

“Se tiver tudo em ordem o urologista vai orientar para o homem voltar em um ano. Se tiver problema, vai ser diagnosticado, tratado e, na imensa maioria das vezes, é um diagnóstico precoce, em que a cura supera 90% dos casos”, disse Claro. O médico diz que as doenças mais comuns que podem ocorrer com o sexo masculino após os

40 anos são câncer de próstata, que atinge cerca de 16% dos homens, e também problemas relacionados à bexiga e ao rim, onde pode ocorrer câncer. O crescimento benigno da próstata, que atinge 100% dos homens, alterações hormonais e cálculos renais também devem ser acompanhados. De acordo com o médico,

logo ao nascer, o menino deve ser examinado por um urologista, para checar a disposição dos testículos e se o pênis teve uma formação adequada. É uma fase em que podem surgir tumores de testículo. A puberdade também é um período no qual o jovem pode ser acometido pelo câncer, embora raro, nos testículos. “Com o passar dos anos, com o envelhecimento, os problemas começam a ser, se não mais frequentes, pelo menos mais preocupantes. A partir dos 40, principalmente, é necessário acompanhar também se o paciente é diabético, hipertenso, obeso, se tem colesterol alto ou se a parte da função erétil está normal”. (Abr)

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Sedentários são mais propensos a sofrer de impotência sexual Os homens sedentários estão mais propensos a sofrer de impotência sexual. É o que revela levantamento feito com pacientes do Centro de Referência da Saúde do Homem, de São Paulo. Os dados indicaram que, em 90% dos casos de incidência da doença, os homens apresentavam uma vida sedentária. Somente a unidade de saúde atende a cerca de 300 pacientes ao mês com disfunção sexual. Para ter uma ereção, o homem usa o toque, a visão, a memória e os pensamentos. De outro lado, o sedentarismo gera hipertensão arterial sistêmica, colesterol e triglicerídeos altos. Esses são fatores de riscos para doen-

ças cardiovasculares, que por sua vez formam as principais causas orgânicas da disfunção erétil, tornando os vasos sanguíneos mais rígidos e dificultando a vasodilatação no pênis. Além disso, o acúmulo de peso e gordura na região abdominal reduzem a produção de testosterona, o hormônio masculino importante para o desempenho sexual. O uso de cigarro também foi apontado pela pesquisa como uma das causas do problema: 40% dos pacientes com a disfunção eram fumantes. Segundo o urologista Joaquim Claro, médico chefe do Centro de Referência da Saúde do Homem, o cigarro entope os vasos e a consequência disso é que a circulação de sangue no pênis se torna bem menor. “Os pacientes tabagistas com mais de 55 anos dificilmente vão deixar de apresentar algum grau de impotência sexual. A atuação do tabaco nas artérias é similar ao dos fatores orgânicos como a diabetes”, explica.

Pacientes tabagistas com mais de 55 anos dificilmente vão deixar de apresentar algum grau de impotência sexual.

No Brasil, 25 milhões de homens acima dos 18 anos já apresentaram disfunção ao menos uma vez na vida e, na faixa dos 40 anos, mais de 40% não conseguem, em ocasiões, ter relações sexuais por falta de ereção. (Abr)

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Um em cada cinco se recusa a fazer exame da próstata De acordo com o coordenador do Centro de Referência em Saúde do Homem, Cláudio Murta, o percentual de homens que deixam de se submeter ao exame retal para diagnóstico do câncer de próstata “é alto e preocupante”. Mais de 20% se recusam a passar pelo procedimento. Ele alerta que certos tumores só são detectados por meio do exame do toque, como é conhecido. “Existe uma questão cultural de os homens acharem que, ao fazer o toque retal da próstata, vão perder a masculinidade”, acrescentou Murta sobre as razões que levam os pacientes a evitar o exame. Há ainda, segundo o médico, outros fatores, também culturais, que fazem com que o homem não cuide da saúde. “Tem uma questão também do homem, por ser o provedor da casa e não querer faltar ao trabalho para ir ao médico”, ressaltou. Essas resistências vêm, entretanto, sendo vencidas ao longo do tempo, de acordo com Murta. “O que a gente percebe na prática clínica é que nos últimos dez, quinze anos, vem caindo gradativamente o número de homens que se recusam a fazer o exame. E isso se reflete nos números de diagnóstico precoce de câncer de próstata”, destacou o especialista.


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Conselho de Medicina recomenda parto em hospital O Conselho Federal de Medicina (CFM) recomendou que os partos sejam feitos em ambiente hospitalar de forma preferencial, por se tratar da opção mais segura. Por meio de nota, o órgão alertou sobre os riscos de morte envolvendo partos fora de hospitais. “Há um falso antagonismo entre o parto domiciliar e o parto hospitalar que ofusca uma preocupação real: a preservação da vida e do bem estar da gestante e do recémnascido”, informou o CFM. “É importante estar consciente sobre o equilíbrio entre riscos e benefícios envolvidos nos procedimentos médicos, de forma geral, para que as opções estejam legitimamente ancoradas em princípios bioéticos”, completou. De acordo com o comunicado, a autonomia do profissional de saúde e da gestante deve ser respeitada. “No entanto, a legitimidade da autonomia materna não pode desconsiderar a viabilidade e a vitalidade do seu filho [feto ou recém-nascido], bem como sua própria integridade física e psíquica”, destacou.

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Diagnóstico precoce do câncer de mama aumenta chances de cura A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) lançou o movimento nacional Outubro Rosa 2012, com o tema Todo Dia uma Vitória contra o Câncer de Mama. Entre 2011 e 2012 houve um aumento de 16% na quantidade de exames feitos, passando de 1.839.411 para 2.139.238. Na faixa prioritária, que vai dos 50 aos 69 anos, o aumento foi de 21%. Por causa do Outubro Rosa, vários prédios públicos foram iluminados de rosa, a exemplo do Elevador Lacerda, para chamar a atenção das pessoas para o diagnóstico precoce. O Cristo Redentor, a Catedral de Brasília, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional também receberam a mesma iluminação.

“O cuidado, acolhimento e engajamento das pacientes e de seus parentes na causa cor-de-rosa é o foco da campanha deste ano que ressalta o papel destas batalhadoras”, disse a presidente da Femama, a médica Maira Caleffi. Segundo ela, no chamado estágio um, os tumores têm até 2 centímetros, sem envolvimento com a axila. Nesses estágios, há 95% de chances de cura. No entanto, apenas 20% das mulheres são diagnosticadas ainda nos primeiros estágios da doença. Na mídia, o Ministério da Saúde também lançou campanha que tem por objetivo alertar as mulheres para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. A atriz Zezé Motta aparece na TV falando sobre a necessidade do exame de mamografia.

95%

São as chances de cura do câncer de mama nos primeiros estágios

Mamografias crescem 42% na Bahia Gravidez adolescente ainda é elevada Em todo o mundo, uma em cada cinco mães deu à luz com menos de 18 anos. Nas regiões mais pobres, a proporção passa para uma em cada três. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa ainda que é elevado o número de mortes entre pessoas de 15 a 19 anos que não resistem às complicações pós-parto. Cerca de 16 milhões de adolescentes dão à luz todos os anos no mundo, principalmente nos países em desenvolvimento. A estimativa é que aproximadamente 3 milhões de jovens, de 15 a 19 anos, submetem-se a abortos ilegais por ano. Pelo menos metade dos bebês de mães adolescentes morre. Também há indicações que eles sejam mais propensos a ter baixo peso ao nascer. A maior incidência (95%) ocorre em países de baixa e média renda.

A Bahia apresentou aumento de 42% no número de mamografias realizadas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), se comparado o primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2011. Foram 167.118 exames realizados, enquanto em 2011 realizou-se 117.879. Na faixa prioritária (50 a 69 anos), foram realizadas 90.868 mamografias, o que representa 79% a mais que no passado, quando foram feitas 50.695 exames. “Os dados mostram que estamos firmes no objetivo de compor um conjunto de ações para melhorar a saúde da mulher, em especial a prevenção e o tratamento do câncer de mama”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Queremos garantir serviços de qualidade no Sistema Único de Saúde”, complementa. A Bahia possui 257 mamógrafos para atender a população. Além de 11 Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacom), um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACOM), serviços de oncolo-

gia pediátrica e de radioterapia. O aumento na proporção de brasileiras que se submeteram ao exame de mamografia está condicionado à ampliação dos serviços de diagnóstico e tratamento do câncer de mama no país.

Casos Este ano, estima-se o surgimento de mais de 53 mil novos casos da doença. O câncer de mama é o primeiro tipo mais frequente no mundo, e o mais co-

Este ano, estima-se o surgimento de mais de 53 mil novos casos da doença.

mum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Para garantir a melhoria do atendimento e a qualidade de vida da população, o Ministério da Saúde incorporou o Trastuzumabe, um dos mais eficientes medicamentos de combate ao câncer de mama, no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa iniciativa faz parte do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, estratégia para expandir a assistência oncológica no país. Serão investidos R$ 130 milhões/ano para disponibilizar o medicamento à população. “A expectativa é que o medicamento beneficie 20% das mulheres com câncer de mama em estágio inicial e avançado”, afirma o ministro Alexandre Padilha. Também faz parte do Plano Nacional, a expansão dos serviços de radioterapia no país e ações de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e do câncer de colo de útero. (MS)


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Transplantes na Bahia

Dados do Ministério da Saúde mostram que foram realizados no Estado da Bahia 251 transplantes de rim, córnea e medula óssea no primeiro semestre de 2012, o que representa aumento de 60% em relação ao mesmo período de 2011. Entre janeiro e junho do ano passado, o total foi de 157 cirurgias realizadas. Em todo o país foram realizados 12.287 transplantes nos primeiros seis meses deste ano, o que representa aumento de 12,7%.

Cirurgias de ortopedia no estado Para reduzir o tempo de espera nas filas do Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar o número de cirurgias de ortopedia, a Bahia contará este ano com investimento no valor de R$ 33,5 milhões. A estratégia faz parte da Política Nacional de acesso aos Procedimentos Cirúrgicos Eletivos. O recurso liberado pelo Ministério da Saúde busca ampliar o acesso aos procedimentos de cirurgia de ortopedia em todo o país. Do total do recurso, R$ 16,7 milhões será especificamente para o tratamento de varizes, cirurgias ortopédicas, atendimento nas áreas de urologia, oftalmologia e otorrinolaringologia, incluindo retirada de amígdalas.

Cirurgia bariátrica

O Ministério da Saúde informou que vai reduzir, de 18 para 16 anos, a idade mínima para realização de cirurgia bariátrica no Sistema Único de Saúde (SUS), nos casos em que há risco de vida para o paciente. A decisão foi tomada com base em estudos que apontam o aumento da obesidade entre adolescentes. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2009 (POF) indicam que, na faixa de 10 a 19 anos, 21,7% dos brasileiros apresentam excesso de peso. Em 1970, o índice era 3,7%. O governo anunciou ainda a inclusão de exames e de técnicas cirúrgicas para redução de estômago.

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Milhões sofrem de depressão Mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade alerta para a necessidade de combater o estigma em torno da doença e incentivar que os governos implementem tratamentos para combater o transtorno. Pelos dados da OMS, pelo menos 5% das pessoas que vivem em comunidade sofrem de depressão. A OMS define depressão como um transtorno mental comum, caracterizado por tristeza, perda de interesse, ausência de prazer, oscilações entre sentimentos de culpa e baixa autoestima, além de distúrbios do sono ou do apetite. Também há a sensação de cansaço e falta de concentração.

Mal de Alzheimer próximo da cura Um grupo de cientistas do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ICe-UFRN), em colaboração com cientistas da Universidade de Uppsala, na Suécia, descobriu o funcionamento de mecanismo da memória que pode ajudar na elaboração de medicamentos para a cura do mal de Alzheimer e da esquizofrenia, entre outras doenças. De acordo com os cientistas, o cérebro utiliza somente um mecanismo para gravar e lembrar memórias, alternando entre uma função e outra em fração de segundo. Nas pesquisas, os cientistas descobriram que as células responsáveis pela memória são sensíveis à nicotina, precisamente o grupo analisado. Eles deverão tentar desenvolver um medicamento semelhante à substância, porém, sem os efeitos nocivos.

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Mortalidade por AVC cai 32% Entre 2000 e 2010, a mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) caiu 32% no Brasil, na faixa etária até os 70 anos, que concentra as mortes evitáveis. Apesar disso, a doença está entre as principais causas de morte e internação no país. Somente em 2010, mais de 33 mil pessoas morreram em decorrência de AVC nessa faixa etária. A Organização Mundial de AVC (WSO) alerta que, no mundo, 15 milhões de pessoas têm AVC a cada ano, e, dessas, cerca de 6 milhões não sobrevivem.

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Tecnologia brasileira é referência

Um medicamento contra malária desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o ASMQ, recebeu a pré-qualificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que garante o alto padrão de qualidade do produto. A certificação foi anunciada na Índia, onde o medicamento é fabricado graças à transferência de tecnologia da cooperação Sul-Sul. O coordenador de pesquisa clínica, André Daher, explica que o tratamento com as duas drogas já era usado, mas a nova formulação, registrada no Brasil e distribuída pelo Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária desde 2008, oferece tratamento mais fácil e eficiente.

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Prevenção da Aids nas empresas Considerado em posição de vanguarda na luta mundial contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e a aids, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer no que se refere às medidas desenvolvidas pelas empresas, principalmente nas de pequeno e médio porte. É o que aponta pesquisa feita com 2.486 representantes empresariais e que reflete a situação do quadro nacional de 576 mil empresas. Apesar de a maioria dos entrevistados (68%) concordar que o tema deva ser incluído nos planos da gestão empresarial, apenas 14% desenvolveram algum tipo de medida preventiva, no ambiente de trabalho, nos últimos 12 meses.


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Sal escondido na comida exige cuidados O sódio é essencial para o bom funcionamento cardíaco, mas quando em excesso, pode oferecer riscos à saúde. Pessoas que consomem muito sal podem desenvolver problemas como hipertensão, pedras nos rins, catarata e acidente vascular cerebral. O nutricionista Marcelo Barros, do Instituto Nacional de Cardiologia, afirma que a quantidade de sódio recomendada para o consumo diário é de 2,4 gramas. Nem sempre as pessoas conseguem ter o controle do teor da substância, pois ela é um ingrediente dos alimentos industrializados. Por isso, o governo propôs um acordo com as empresas voltadas para o setor alimentício. O documento, assinado pela Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), estabelece que temperos, caldos, cereais matinais e margarinas devem ter menor quantidade do elemento. A redução será feita aos poucos, até chegar à meta em 2015. Barros explica que o sal é a principal fonte de sódio da nossa alimentação, mas ele não se encontra apenas nos alimentos salgados. Na indústria alimentícia, é usado muitas vezes como um

2,4g

É a quantidade de sódio recomendada para o consumo diário

conservante, e aparece até mesmo em bolos e biscoitos doces. O sódio faz aumentar a pressão do sangue, e a hipertensão arterial é um problema de saúde crescente no Brasil. Dados recentes do Ministério da Saúde estimam que 22,7% dos adultos brasileiros sofram com o problema, que aumenta o risco de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece o limite diário de consumo de sódio em 2 gramas – o que corresponde a 5 gramas de sal. No entanto, uma pesquisa do IBGE mostra que os brasileiros consomem, em média, 12 gramas por dia. (MS)

Cascas, sementes e talos podem ter 40 vezes mais nutrientes Cascas, sementes, folhas e talos dos alimentos poderiam ser aproveitados, e não jogados no lixo, como a maioria das pessoas faz. Ricos em vitaminas e fibras, eles podem ter até 40 vezes mais nutrientes do que a própria fruta, verdura ou legume. É o que explica a nutricionista do Ministério da Saúde, Maria Penha Ferrer. “A casca de laranja tem 40 vezes mais cálcio do que a polpa da laranja, enquanto as de maçã e mexerica têm o dobro de vitamina C em relação à polpa. A casca do abacaxi tem 38% a mais de vitamina C do que a polpa, então nós temos partes não convencionais que em termos de

nutrientes são mais ricos do que a própria polpa da fruta. E é o que a gente joga fora”. A nutricionista ensina como podemos aproveitar cascas, talos e sementes dos alimentos. “Todos os talos, menos o de mandioca que é tóxico, podem ser aproveitados picados ou triturados em massa de bolos, pães, panquecas, ou ainda em ensopados, omeletes. A entrecasca que fica entre a polpa e a casca das frutas pode ser preparada na forma de compotas e geleias. Folhas de cenoura e beterraba cruas caem bem na salada e as de batata-doce, couve-flor, abóbora, mostarda e rabanete podem ser refogadas. (MS)

Dicas para diminuir o sódio da alimentação • Retire o saleiro da mesa. Não acrescente sal à comida depois de pronta. • Fique atento aos rótulos e à quantidade de sódio de cada alimento. • Barrinha de cereal não é igual a fruta. Deve ser consumida com moderação porque contém sódio. • Não abuse do shoyo na comida japonesa. A melhor forma de comer o peixe é assado, mas, se for a um restaurante japonês, escolha um lugar de confiança e prefira o shoyo light e em pouca quantidade. • Tire do cardápio conservas, enlatados e molhos prontos. • Cuidado com alimentos diet e light (gelatinas e refrigerantes, por exemplo) em excesso porque podem ajudar a emagrecer, mas são prejudiciais ao coração. • Troque os caldos artificiais por temperos naturais. • Evite sopas prontas, inclusive as papinhas para bebês. Fonte: MS • Troque biscoito por frutas e alimentos naturais.

Mastigar dos dois lados evita dores de cabeça e problemas digestivos Mastigar é uma tarefa tão instintiva que pouca gente presta atenção se realiza a atividade corretamente. Para evitar dores de cabeça e ouvido, é preciso observar o padrão de mastigação. Já quem está preocupado com a absorção dos alimentos no organismo, deve alimentar-se com calma. “Não existe uma regra, mas a orientação é que cada porção seja mastigada cerca de trinta vezes”, aconselha a nutricionista da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Roberta Rehem. A principal recomendação da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia para uma mastigação correta é usar os dois lados da boca. Os movimentos devem ser verticais e rotacionais. Isso faz com que os músculos da boca se movimentem corretamente, evitando alterações na arcada dentária. Naturalmente, cada dente tem uma função no momento da mastigação. Os dentes da frente devem ser usados para cortar os alimentos. Os do meio (pré-molares) para triturar a comida e os de trás (mo-

lares) para pulverizar as porções. NUTRIÇÃO – Do ponto de vista nutricional, a recomendação é que a alimentação seja demorada. Por isso, é preciso mastigar mais vezes. Quem não se preocupa com isso, tem problemas de digestão. “Isso acontece porque a comida chega maior no estômago e, assim, a digestão vai ser mais lenta, mais difícil. A sensação de cansaço após a refeição também é maior porque o organismo vai gastar mais energia na digestão”, explica Roberta Rehem.

VIDA SAUDÁVEL

Quem não tem hora para comer pode engordar Ter hora certa para comer é tão importante quanto o que se come. É o que diz um estudo americano feito com animais de laboratório. Aqueles que se alimentavam com hora marcada comiam a mesma quantidade que aqueles que comiam em qualquer horário. A diferença é que, no primeiro caso, os animais não engordaram e não tiveram problemas de saúde. A nutricionista do Ministério da Saúde Maria da Penha Ferrer recomenda que a pessoa se alimente a cada três horas, o que inclui café da manhã, almoço e jantar. No meio, a pessoa deve fazer lanches leves.

Conheça os benefícios dos alimentos integrais Estudos e pesquisas comprovam cada vez mais que os alimentos integrais fazem muito bem à saúde. As fibras contidas nos alimentos integrais aumentam a sensação de saciedade e ajudam no funcionamento do intestino, fundamental para a saúde e o bem estar. As fibras também fazem com que o açúcar contido nos alimentos seja liberado mais lentamente no sangue, o que previne diabetes e outras doenças. O consumidor deve prestar atenção a um detalhe: para que a dosagem de fibras dos alimentos integrais seja correta é preciso acompanhamento médico. (MS)

Hábitos saudáveis desde a infância Hábitos alimentares corretos são determinantes na infância e contribuem para que no futuro as crianças não desenvolvam doenças, como hipertensão, diabetes e obesidade. Segundo a coordenadora substituta da área técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, Tatiana Coimbra, é importante que os pais sejam exemplos para os filhos e evitem alimentos gordurosos, biscoitos e guloseimas.


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