Petrobras 70 anos

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Sete décadas de produção comercial


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começou na Bahia História que comecou A história do petróleo no Brasil tem uma ligação direta com a Bahia. Foi em 1858, no estado, que Pedro de Araújo Lima, o Marquês de Olinda, concedeu a José de Barros Pimentel o direito de extrair betume em áreas situadas nas margens do rio Maraú. A primeira sondagem profunda no Brasil, no entanto, ocorreu no ano de 1892, no município de Bofete, no interior de São Paulo. O poço, perfurado por Eugênio Ferreira de Camargo, atingiu 488 metros de profundidade, mas encontrou-se apenas água sulfurosa. Somente em 1930, após vários poços perfurados sem sucesso, inclusive em outros estados, o engenheiro agrônomo Manoel Inácio Bastos soube que moradores do Lobato, em Salvador, usavam uma “lama preta” oleosa, para iluminar suas residências. A partir desta informação, foram realizadas várias pesquisas e coletas de amostras da subs-

tância. Bastos não obteve êxito em chamar a atenção de pessoas influentes, e chegou a ser considerado até louco. Mas, Manoel Inácio não desistiu. No ano de 1932, ele foi recebido pelo presidente Getúlio Vargas, na capital do País na época, o Rio de Janeiro. Na ocasião, entregou um relatório sobre a presença da substância em Lobato. A partir de então, e durante todo o restante da década de 30, a questão da nacionalização dos recursos do subsolo entrou na pauta das discussões indicando uma tendência que viria a ser adotada. Em 21 de janeiro de 1939, o poço DNPM-163, no Lobato, atinge camada petrolífera e o petróleo ocupa parte de sua coluna de perfuração, constituindo-se na primeira

MONUMENTO HISTÓRICO, SÍMBOLO DO PETRÓLEO NO LOBATO, MARCO FOI INAUGURADO EM 1940

Conselho Nacional do Petróleo Em 1938, toda a atividade petrolífera passou, por lei, a ser obrigatoriamente realizada por brasileiros. Ainda nesse ano, em 29 de abril, foi criado o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), para avaliar os pedidos de pesquisa e lavra de jazidas de petróleo. O decreto que instituiu o CNP também declarou de utilidade pública o abastecimento nacional de petróleo e regulou as atividades de importação, exportação, transporte, distribuição e comércio do produto e seus derivados, além do funcionamento da indústria do refino. Mesmo ainda não localizadas, as jazidas passaram a ser consideradas como patrimônio da União. A criação do CNP marca o início de uma nova fase da história do petróleo no Brasil. Já sob jurisdição do reMANOEL INÁCIO BASTOS

descoberta do óleo no Brasil. O poço, apesar de ter sido considerado antieconômico, foi de importância fundamental para o desenvolvimento da atividade petrolífera na Bahia e no Brasil. A primeira extração aconteceu após anos de esforço sistemático do País em pesquisa. Ali, a 210 metros de profundidade, uma sonda rotatória Calyx Davis alcançou a camada de rocha arenosa com óleo, confirmando a existência do petróleo no Brasil. Mas, apenas dois anos depois, houve a descoberta de um poço com produção comercial e economicamente viável, mapeado pelo geólogo Pedro de Moura. Para a Bahia, a descoberta de petróleo representou um novo marco de desenvolvimento.

cém-criado Conselho Nacional do Petróleo, Oscar Cordeiro e Manoel Inácio Bastos deram início às pesquisas na região do Lobato. A perfuração do poço DNPM-163, foi iniciada em 29 de julho de 1938. Somente no dia 21 de janeiro de 1939 o petróleo veio à tona. Mesmo sendo considerada subcomercial, a descoberta incentivou novas pesquisas em toda a região do Recôncavo Baiano.

Criação da Petrobras Em 3 de outubro de 1953, depois de uma intensa campanha popular, o presidente Vargas assinou a Lei 2004, que instituiu o monopólio estatal da pesquisa e lavra, refino e transporte do petróleo e seus derivados. No mesmo ano também criou a Petróleo Brasileiro S.A., a Petrobras, estatal que seria responsável pela exploração e processamento do petróleo nacional. Dez anos após, o monopólio foi ampliado, abrangendo também as atividades de importação e exportação de petróleo e seus derivados. Pouco tempo depois, a Petrobras decidiu realizar explorações no mar. Em 1968, a companhia iniciou as atividades de prospecção offshore, com a descoberta do campo de Guaricema, em Sergipe. GETÚLIO VARGAS EM CANDEIAS

Analista Responsável: Aline Pimentel Projetos Especiais Tel.: (71) 3203-1090

Analista de Comunicação: Marina Xavier Tel.: (71) 3203-1870 COMERCIAL Tel.: (71) 3203-1812

PRODUÇÃO

Tel.: (71) 3342.4440/41 metta@mettacomunicacao.com.br

Fotos: Agência Petrobras


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produção comercial 70 anos de producao A produção comercial de petróleo no Brasil teve início em 1941, quando um dos poços perfurados (C-1) deu origem ao campo de Candeias. A partir daí, as descobertas prosseguiram na Bahia e a indústria nacional do petróleo dava seus primeiros passos. O poço, que em 1941 estava situado em território de Candeias, atualmente, com a divisão e nova demarcação dos municípios, encontra-se em São Francisco do Conde, localizada na Região Metropolitana de Salvador. Inicialmente, o poço produziu 75 barris de óleo por dia, além de gás. Em 1952, o então presidente Getúlio Var-

gas visitou o campo, para verificar de perto a produção do “ouro negro” que mudaria a realidade do País, sobretudo da indústria de energia. “A confirmação da existência de petróleo em volume comercial no Brasil implicou em uma questão de soberania e independência, com fortes reflexos no planejamento da industrialização nacional, na área de ensino e em muitas outras. De imediato, o recôncavo baiano experimentou trans­formações na sua matriz produtiva. A antiga paisagem rural passou a conviver com sondas de perfuração e outros equipamentos típicos da explo-

ração e produção de petróleo”, explica o gerente geral de Exploração e Produção da Petrobras na Bahia, Antônio Rivas. Segundo Rivas, a Bahia foi o berço da exploração de petróleo no Brasil e continua sendo uma referência no mercado, com a produção de 48 mil barris de petróleo e 8,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia. “Em 2011, trabalhamos com orçamento de R$ 3 bilhões na Bahia e em 2012 devemos repetir este volume de investimentos. Até 2013, teremos R$ 137 milhões investidos no campo de Dom João, onde cerca de 40 poços serão perfurados”, adianta.


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Sete déca

his

A Primeira descoberta no mar

Petrobras Em 3 de outubro de 1953, o presidente da República Getúlio Vargas assina a lei que cria a Petrobras. Ela também dispõe sobre a política nacional de petróleo e define as atribuições do Conselho Nacional de Petróleo.

O petróleo é nosso Tem início a campanha nacionalista em defesa da soberania brasileira sobre o recurso natural, com o chamamento “O Petróleo é Nosso!”.

1941

Início da produção comercial Em 1941, foi descoberta a primeira acumulação comercial de petróleo do País, no poço que deu origem ao campo de Candeias.

1946

1948

1953

Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e da Economia Nacional Foi criado o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e da Economia Nacional (CEDPEN), que passa a dirigir a campanha do petróleo no Brasil, articulando militares, estudantes, homens públicos e intelectuais.

Foi realizada a primeira descoberta de petróleo no mar, no Campo de Guaricema, em Sergipe. A plataforma Petrobras 1 (P-1) é construída pela Companhia de Comércio e Navegação no Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), com o projeto da The Offshore Co. e Petroleum Consultants, de Houston (EUA). A P-1 foi a primeira plataforma de perfuração flutuante construída no Brasil.

1963

1968

1974

O primeiro campo gigante

Produção no Alto Amazonas

Descoberto Albacora, primeiro campo gigante do País, na Bacia de Campos (RJ). Também foi alcançada a meta-desafio de produção de 500 mil barris diários de petróleo.

1984

Entra em produção o Campo do Rio Urucu, no Alto Amazonas.

1985

O segundo campo gigante

Monopólio integral Monopólio estatal é estendido à importação e exportação de petróleo e derivados, atividade até então aberta à iniciativa privada, nacional e estrangeira.

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Descoberta na Bacia de Campos É descoberto petróleo na Bacia de Campos (RJ), no Campo de Garoupa. Um ano depois, o governo federal autoriza a assinatura de contratos de serviços com cláusula de risco, o que permitiu a participação de empresas privadas na exploração.

Descoberta do Campo de Marlim, o segundo campo gigante do País, na Bacia de Campos (RJ).

1988

1994

A primeira plataforma semissubmersível Começa a operar a primeira plataforma semissubmersível (P-18) totalmente desenvolvida pelos técnicos da Petrobras, no Campo de Marlim, na Bacia de Campos (RJ).


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adas de

stória

Pré-sal

Primeiros indícios do Présal Encontrados os primeiros indícios de petróleo no Pré-sal, na Bacia de Santos (SP). Conclusão das análises no segundo poço do bloco BM-S-11 (Tupi) indica volumes recuperáveis entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural.

Recorde mundial O terceiro campo gigante Descoberta do campo gigante de Roncador, na Bacia de Campos (RJ).

1996

Petrobras produz petróleo a 1.877 metros de profundidade, no Campo de Roncador, um recorde mundial.

1997

2000

2003

2005

Fim do monopólio Promulgação da Lei Nº. 9.478 (Lei do Petróleo), de 6 de agosto de 1997, que flexibilizou o monopólio estatal, criou o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e a Agência Nacional do Petróleo (ANP), colocando sob a responsabilidade da ANP as concessões de exploração, agora em regime de livre iniciativa.

Entre os grandes O Brasil ingressa no seleto grupo dos 16 países que produzem mais de um milhão de barris de óleo por dia.

2006

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) determina que sejam excluídos da Nona Rodada de Licitações 41 blocos relacionados às possíveis acumulações em reservatórios do Pré-Sal. Determina também a avaliação das mudanças necessárias no marco legal que contemplem um novo paradigma de exploração e produção de petróleo e gás natural, aberto pela descoberta da nova província petrolífera.

2007

Autossuficiência

Maior jazida de gás natural Descoberta a maior jazida de gás natural na plataforma continental brasileira, o Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos (SP). Produção no Brasil e no exterior supera a marca de dois milhões de barris de óleo equivalente por dia.

O Brasil atinge a autossuficiência sustentável na produção de petróleo, com a entrada em operação do navioplataforma P-50 nas novas descobertas, ocorridas em águas cada vez mais profundas. A Petrobras alcança a marca de dois milhões de barris por dia.

Produção no Pré-sal Entra em operação o primeiro sistema definitivo de produção para o présal. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona a lei que estabelece o novo modelo de exploração de petróleo na camada do pré-sal.

2008

Primeiro óleo do Pré-sal Em 2 de setembro de 2008, o navioplataforma P-34 extraiu o primeiro óleo da camada pré-sal, no Campo de Jubarte, na Bacia de Campos. No ano seguinte, deu-se início à produção de petróleo na descoberta de Tupi.

2010

2011

Primeira exportação do Pré-sal Em abril do ano passado, foi realizada a primeira exportação de petróleo do Pré-sal. Foram vendidos 1 milhão de barris de petróleo extraídos do Campo de Lula, na Bacia de Santos, entregues no Chile.


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Produção atinge volume recorde Producao A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil atingiu, em 2011, o volume recorde de 2.376.359 barris de óleo equivalente por dia (boed), indicando um crescimento de 1,6% sobre o volume produzido em 2010. De acordo com a empresa, a produção exclusiva de petróleo também foi recorde anual. A média diária alcançou 2.021.779 barris, ultrapassando em 17.607 barris a produção de 2010. O volume de gás natural (sem gás liquefeito) produzido pela empresa no País foi de 56 milhões 374 mil metros cúbicos/ dia, 6,2% acima da produção de 2010. Incluindo o volume dos campos situados nos países onde a Petrobras atua, a média diária total da Companhia em 2011 subiu para 2.621.209

MAIORES PRODUTORES

boed, 1,4% acima do volume produzido em 2010. No exterior, o volume médio de gás natural produzido em 2011 foi de 16 milhões 538 mil metros cúbicos diários, com aumento de 3,3% sobre 2010. Já a produção média de petróleo em 2011 foi de 147.511 barris/dia, o que representa uma redução de 2,5% sobre 2010. A produção total em barris de óleo equivalente no exterior chegou a 244.850 boe/dia, 0,2% abaixo da produção de 2010.

Novos saltos de crescimento

PETRÓLEO E GÁS

AM 119.934 BARRIS/DIA

RN 70.750

CE 7.770

BARRIS/DIA

AL 15.917

BARRIS/DIA

BARRIS/DIA

BA 72.697

SE 63.184

BARRIS/DIA

BARRIS/DIA

ES 350.055

SP 54.145

BARRIS/DIA

BARRIS/DIA

PR

3.497

BARRIS/DIA

RJ

1.618.409 BARRIS/DIA

PRODUÇÃO TOTAL

2.376.359

BARRIS/DIA

Após dezenas de anos de crescimento contínuo, a produção de petróleo no Brasil deve dar saltos nos próximos. Somente em 2012, pelo menos doze novas sondas de perfuração, já contratadas, devem iniciar operação pela Petrobras. Está prevista a perfuração de 66 poços exploratórios no mar. Destes, 18 serão perfurados na Bacia de Santos, 16 na Bacia de Campos, 11 na Bacia do Espírito Santo, 9 em Sergipe, 5 na Bahia (bacias do Jequitinhonha e Camamu/ Almada), 3 na Bacia Potiguar, 2 na bacia de Barreirinhas, 1 na Foz do Amazonas e 1 no Ceará. Também está previsto aumento de capacidade de produção de petróleo com a entrada de novas unidades nos campos de Baleia Azul (Pré-sal da Bacia de Campos), Tiro/Sidon (Pós-sal da Bacia de Santos) e Guará (Pré-sal da Bacia de Santos). Os projetos pilotos de Baleia Azul, com capacidade de 100 mil

barris por dia (bpd), e de Tiro/ Sidon, com 80 mil bpd de capacidade, estão previstos para entrar em produção no terceiro trimestre. A Petrobras tem 100% de participação em ambos. Já o projeto piloto de Guará (capacidade de 120 mil bpd), em que a Companhia tem 45% de participação, deve entrar em produção no último trimestre do ano. A Petrobras investirá R$ 8,26 bilhões, apenas em 2012, na modernização do parque de refino. É previsto crescimento de 56% na capacidade de hidrotratamento e 18% na conversão de resíduos. Os investimentos prevêem a melhoria da qualidade de combustíveis e o aumento de margem de lucro. Em 2011, 18 novas unidades entraram em operação nas refinarias, visando à melhoria operacional, adequação ambiental das unidades, eficiência energética e flexibilização da produção de derivados.


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Novo horizonte no fundo do mar O que é o Pré-sal

Um novo horizonte Pré-sal é a denominação no fundo do mar pela qual são chamadas as reservas petrolíferas (Fotos do pré-sal) encontradas abaixo de uma (Ilustração do préprofunda camada de sal no -sal) subsolo marítimo, também chamada de subsal. A maior parte das reservas “pré-sal” está a uma profundidade de até oito mil metros. Nesta área, além de abundante, o petróleo é de boa qualidade, em torno de 30º API – escala hidrométrica idealizada pelo American Petrolium Institute. O petróleo descoberto na camada do pré-sal do litoral brasileiro tornará o Brasil um dos dez maiores produtores do mundo, com reservas que permitirão ao País conquistar até mesmo a oitava posição. Atualmente, o Brasil conta com cerca de 16 bilhões de barris em reservas provadas. Mas, a extração de óleo e gás entre 5 mil e 7 mil metros de profundidade deve multiplicar, e muito, as reservas nacionais. A expectativa é que o petróleo que começa a jorrar abaixo da camada de sal do Oceano Atlântico proporcionará grandes transformações. Os avanços econômicos e os impactos com as novas fronteiras petrolíferas vão elevar ainda mais a posição brasileira na economia mundial, com perspectivas de saltos na área social. Atualmente, a produção no pré-sal alcançou 7% da produção to-

Desafios

O maior desafio para a exploração do Pré-sal é a camada de sal que, sob alta pressão e temperatura, comporta-se como um material plástico. Por isso, o projeto de perfuração do poço deve ser adequado para garantir a estabilidade das rochas presentes na camada. Os avanços

tal, segundo a Petrobras. Tamanho otimismo fez o governo repensar a forma de exploração, o que determinou a criação de um novo marco regulatório, específico para a nova região exploratória. A regulação pretendida estabelece um poder ainda maior da União sobre os campos que apresentam grandes volumes, e a Petrobras torna-se operador único nestas áreas. Os investimentos anunciados pela estatal ultrapassam os US$ 224,7 bilhões (R$ 400 bilhões) até 2015. Além da exploração, os recursos, em grande parte, também serão direcionados para logística e refino. Eles abrem uma nova e promissora frente de negócios. São plataformas, navios, tubulação, transporte, entre outros. A carteira de projetos programada pela Petrobras garantirá, nos próximos anos,

uma demanda em larga escala também de sondas de perfuração, unidades de produção, arranjos submarinos, dutos, bombas, linhas flexíveis, milhares de outros equipamentos, além de serviços diversos, que vão desde refeição à locação e compra de helicópteros. Empregos - Todo este panorama refletirá na geração de empregos, e a expectativa é que sejam abertos mais de 240 mil postos de trabalho diretos no País, somente no período de quatro anos. Com os indiretos, o número pode ultrapassar a marca de meio milhão de vagas. A demanda é crescente por engenheiros, técnicos e operários, entre outros profissionais. Diante da necessidade de colaboradores capacitados, uma das maiores preocupações na atualidade é com a formação.

da tecnologia já permitem que a perfuração seja realizada de forma estável e em menos tempo. Segundo a Petrobras, o trabalho de perfuração do primeiro poço, por exemplo, demorou mais de 15 meses, ao custo de US$ 240 milhões. O tempo de perfuração dos poços mais recentes já dura cerca de 80 dias com um custo médio de US$ 80 milhões.

De acordo com a Petrobras, outros desafios são a caracterização e previsibilidade de reservatórios carbonáticos não convencionais e heterogêneos; o escoamento do óleo; a redução de custos de perfuração, por meio de utilização de novas tecnologias e aperfeiçoamento de procedimentos; o suprimento de materiais especiais; a

Descoberta Em 2005, um navio-sonda foi enviado à Bacia de Santos para perfurar um poço pioneiro no bloco BM-S-10, na área hoje conhecida como Parati. Um ano e três meses depois, foram encontrados um campo gigante de gás e reservatórios de condensado de petróleo a 7,6 mil metros de profundidade. Outros sete poços foram perfurados, e em todos foi encontrado petróleo. Em novembro de 2008, a Companhia obteve sucesso abaixo da camada de sal na Bacia de Campos, e no Parque das Baleias, no Espírito Santo. Outras perfurações serão feitas ao longo do litoral brasileiro.

operação de plantas de gás complexas nas unidades de produção; e o gerenciamento do gás carbônico (CO²) no gás associado ao petróleo, para reduzir as emissões, além do emprego de equipamentos construídos com ligas especiais e mais resistentes à corrosão causada pelo contato do CO² com a água.


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Mais investimentos na Bahia A Petrobras investirá US$ 9,2 bilhões (R$ 16 bi) na Bahia até 2015. Somente em exploração e produção, serão investidos US$ 5,4 bilhões (R$ 9,5 bi). A informação foi dada pelo ex-presidente da Companhia, o baiano José Sergio Gabrielli de Azevedo, ainda em 2011. Os investimentos em exploração e produção serão, em sua maioria, para projetos exploratórios, com objetivo de novas descobertas em águas profundas no estado. Nesse escopo, estão também projetos de desenvolvimento complementar dos campos em terra de Araçás, Polo Bálsamo e Miranga, além do retorno à produção do campo de Dom João Mar. Está previsto investimento de US$ 1,8 bilhão em refino, transporte e comercialização, principalmente na Refinaria Landulpho Alves, além de US$ 1,7 bilhão em Gás e Energia e Gás Química, com destaque para o terminal de regaseificação da Bahia. As obras do terminal começam nas próximas semanas, e a unidade terá capacidade para regaseificar 14 milhões de m³/dia de GNL. Esse terminal tem conclusão

PRINCIPAIS PROJETOS NA BAHIA

BIODIESEL: PREVISÃO É QUE US$ 7 MILHÕES SEJAM INVESTIDOS NA USINA DE CANDEIAS prevista para janeiro de 2014 e, somando-se aos terminais da Baía de Guanabara (RJ) e Pecém (CE), ampliará para 41 milhões de m³/dia a capacidade de regaseificação do Brasil. A Petrobras tem grande importância para a agricultura familiar baiana: na área de biocombustíveis, são mais de 25,5 mil famílias contratadas como fornecedoras de insumos. A capacidade da usina de biodiesel de Candeias chega a 217 milhões de litros ao

ano e as principais matérias-primas usadas são soja e algodão, 85% procedentes do estado da Bahia. Cofip – A Bahia sedia, hoje, o Centro de Operações da Área Financeira da Petrobras (Cofip), que concentra as principais atividades transnacionais contábeis, financeiras e tributárias da Companhia. O Cofip tem três anos de existência, 643 profissionais e movimenta R$ 980 bilhões por ano em volume financeiro.

EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO

GÁS, ENERGIA E GÁS-QUÍMICA

US$ 5,3 bilhões

US$ 1,7 bilhão

Projetos Exploratórios e Projetos de Desenvolvimento Complementar dos Campos de Araçás, Polo Bálsamo e Miranga e retorno à produção do Campo de Dom João Mar

Terminal de Regaseificação, UTE Barra do Rocha I e UTE Bahia II (futuros leilões de energia), Projeto ARLA-32 na FAFEN

REFINO, TRANSPORTE E COMERCIALIZAÇÃO

US$ 7 milhões

US$ 1,8 bilhão Carteira de Qualidade da Gasolina e do Diesel e Carteira de Asfalto Modernização da produção de Asfalto na Refinaria Landulpho Alves

CORPORATIVO US$ 36 milhões Adequações de instalações prediais

BIOCOMBUSTÍVEIS Investimentos na Usina de Candeias

DISTRIBUIÇÃO US$ 273 milhões Projeto Automotivo Investimentos / Manutenção na redes de postos, Projetos de logística para a qualidade futura de combustíveis


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