Manual Inspiração dos Saberes Locais_Inpiration Manual Game of Local Knowledge_by Sofia Mazzuco+AU

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Como Jogar

Objetivo do Jogo

Este Manual é um convite para que você jogue o JOGO DOS SABERES LOCAIS da maneira como você e o seu grupo desejar. Temos aqui algumas dicas inspiradoras:

- Jogue com quem realmente quer jogar. Não importa a idade ou a personalidade. - Use o tempo que você tiver disponível. O jogo pode durar uma hora, uma tarde, uma semana, um mês, um semestre, um ano, ou quem sabe uma vida toda. - Use a criatividade de todas as pessoas do grupo para criar desafios lúdicos e cooperativos. - Olhe para as pessoas que estão além dos muros da escola ou da instituição de contra turno. O convite é para que as atividades sejam feitas nas ruas, nos espaços públicos abertos ou fechados, como ruas, praças e centros comunitários, conectando seu grupo com a comunidade do local em que vocês vivem. 4

Encontrar pessoas da comunidade que cultivam saberes locais, reconhecer o melhor que elas oferecem para o bairro com pequenas e grandes atitudes, encontrar meios de apoiá-las a manter esses saberes mais vivos na comunidade. Lembre-se de olhar suas habilidade e atitudes, você pode ser um cultivador de Saberes Locais.

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Formas de Jogar Sugerimos aqui algumas possibilidade de jogar, mas temos certeza que você encontrará ou inventará outras com o seu grupo:

1. Junte um grupo de pessoas interessadas e curiosas, que gostam de descobrir pessoas e lugares novos na comunidade.

2. Leiam esse Manual e conversem sobre o que são “saberes locais” na visão de cada um dos jogadores.

3. Faça alguma atividade (jogo ou conversa) para descobrir os saberes das pessoas que estão no grupo.

4. Decidam em quanto tempo vocês irão jogar o jogo, quando irão começar e terminar.

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6. Os subgrupos saem para a comunidade para observar os lugares e conversar com as pessoas em busca dos “saberes locais”. É muito importante estabelecer o tempo dessa atividade, ou seja, todos precisam saber o horário que o grupo se reunirá de novo. Ex: 30 minutos, 1 hora. Dica 1. Esse é um momento de encontro de vizinhos, para ter uma conversa gostosa, descobrir histórias e conhecer melhor as pessoas da sua comunidade. Pode ser algo bem descontraído, sempre ressaltando o melhor que existe em cada um que encontramos pelo caminho e em você mesmo. Dica 2. Depois da conversa, anote o nome, o local onde a pessoa mora ou trabalha no bairro, o que ela faz de muito legal no bairro. Se ela permitir e você puder, tire uma foto desse encontro.

7. Quando todo o grupo estiver reunido novamente, registrar a experiência de cada subgrupo. Dica 1. Ter um grande papel para que todas as pessoas que voltam da comunidade possam colocar suas descobertas dos saberes locais, divididos por temas. Assim todos conseguem ver todas as descobertas.

5. Divida o seu grupo em sub-grupos e distribua as cartas:

Dica 2. Após o registro na folha, o grupo se reúne em círculo e compartilha as descobertas encontradas: lugares, pessoas, histórias.

Opção 1. Cada sub-grupo recebe um carta (ou mais) do jogo, sem escolher;

Dica 3. Ao final, cada pessoa do grupo compartilha como foi a experiência.

Opção 2. Todos leem todas as cartas, e os sub-grupos escolhem as cartas pelos saberes que mais se identificam.

Dica 4. O grupo organiza uma forma de celebrar coletivamente o término do Jogo.

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Regras do Jogo 8. Organize junto com seu grupo, e as pessoas da comunidade, um pequeno ou grande evento para compartilhar e trocar os Saberes Locais. Exemplos: Café Comunitário – As pessoas podem levar comidinhas para compartilhar e contar histórias sobre os Saberes Locais da comunidade. Feira de talentos – As pessoas podem levar algo que demonstre seus “saberes locais”. Festival de Oficinas – Cada pessoa pode organizar uma pequena ou grande atividade para ensinar um pouco do seu saber para quem se interessar.

Esse é um Manual de Inspirações, portanto, você já deve ter percebido que nesse jogo não existem regras fixas. É um jogo desregrado onde a espontaneidade e a criatividade são valiosíssimas. Cada grupo vai organizar suas regras, ou combinados, da maneira que desejar, a partir das ideias, interesses e necessidades dos participantes, de forma que todos os participantes se sintam confortáveis em jogar. Desejamos que vocês brinquem da maneira mais divertida que puderem. Você se lembra daquela brincadeira de criança chamada “Caça ao Tesouro”? Nos inspiramos nela para criar esse jogo! A diferença é que, aqui, o tesouro são vocês e a sua comunidade.

O Jogo pode recomeçar quantas vezes o grupo quiser e puder.

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Saberes Locais?

Os Saberes Locais são os modos de ser e fazer de cada território, e refletem a cultura de um local e o contexto no qual uma comunidade está inserida. São conhecimentos socialmente construídos e estão presentes em todos os territórios ainda que não sejam percebidos ou concebidos como tal. Os Saberes Locais correspondem, portanto, a um reconhecimento: perceber e conceber práticas da vida cotidiana, como hábitos, valores, memórias e histórias dos que vivem no território. Sob a perspectiva da Educação Integral e da Cidade Educadora, esses saberes operam como insumo, vivência e contextualização do processo educativo empreendido por escolas, organizações sociais, museus, entre outros equipamentos. Os saberes locais são fundamentais para a construção de aprendizagens significativas e relevantes para crianças e jovens, pois constituem suas vivências, percepções e concepções “espontâneas”, ou seja, práticas e conhecimentos prévios com as quais chegam à escola ou à instituição de contra turno escolar.

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Caminhos da Escola: Abraçando Caminhos

O Acupuntura Urbana apresenta aqui, como ponto de partida para o projeto “CAMINHOS DA ESCOLA – ABRAÇANDO CAMINHOS”, a descrição de oito (8) Saberes Locais já observados no território sendo trabalhado: Alimentação, Brincar, Cultura Popular, Meio Ambiente, Mobilidade Urbana, Narrativas Locais, Patrimônio e Tecnologia.

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Alimentação A alimentação é um conjunto de hábitos e culturas de uma população que se concretiza na comida que está na mesa, manifestando a diversidade sociocultural dos territórios. A alimentação como saber é incorporada quando a relação entre indivíduo e alimento ganha significado, isto é, quando se pensa neste último também como símbolo de uma cultura e engrenagem socioeconômica. Isto porque, em todo o percurso que o alimento faz, do plantio até o consumo, a alimentação informa sobre as relações das pessoas com o território e sua história. Uma dimensão fundamental da alimentação é a memória afetiva. As receitas resistem ao tempo porque expressam momentos vividos junto a pessoas queridas. Replicá-las significa, então, relembrar sentidos e conexões que os alimentos carregam. Resgatar e fortalecer a conexão entre população e alimentação torna-se uma tarefa essencial. Inspirar as crianças e jovens a valorizarem quem planta, quem vende, quem cozinha o alimento, é estimular a melhora dos hábitos alimentares e o fortalecimento da cultura alimentar como repertório cultural.

PERGUNTAS INSPIRADORAS: Alimentação

Quais são os alimentos mais consumidos aqui no bairro? Nas casas, nas escolas, instituições e nas festas. Você sabe de onde vem os alimentos que comemos aqui no bairro? Aqui no seu bairro, existe alguém que planta alimentos, alguma horta comunitária? Quais são os lugares que as pessoas compram comida aqui no bairro? Os alimentos que você come, vem de qual cultura? Tem algum alimento que você come que te lembre alguém, ou alguma história?

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Brincar O brincar é a forma de expressão própria das infâncias e um ato de liberdade e autonomia. Por meio da brincadeira, a criança usa sua imaginação e os mais diversos recursos para descobrir-se e para criar oportunidades de conhecer o mundo, resolver problemas e interagir com as pessoas e elementos que a circundam. As descobertas podem acontecer em qualquer lugar e a brincadeira deve ser incentivada entre pessoas de qualquer idade. A relação de uma comunidade ou território com o ato de brincar, bem como a importância que sua prática assume no cotidiano, diz muito sobre sua população, uma vez que a cultura infantil reflete, por imitação e recriação, o contexto cultural de seu povo. São diversos os estudos internacionais que mostram que o brincar livre, nos espaços públicos e comunitários, é o melhor remédio para uma infância saudável. Brincar na cidade significa liberdade para interagir com seus espaços e elementos, inclusive, aqueles vistos como obstáculos (construções, ruas e etc).

PERGUNTAS INSPIRADORAS: Brincar

Quais são suas memórias de brincadeiras nas ruas? Qual eram ou são os lugares nos quais acontecem suas brincadeiras favoritas? Em ruas onde não tem parquinho, onde vocês brincam?

Incentivar saídas a espaços públicos e criar trilhas com elementos lúdicos nos trajetos “casa – escola - instituição de contra turno” também são exemplos de iniciativas que valorizam o brincar e o território.

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Cultura Popular É comum associarmos uma dança, uma festa ou uma roupa a uma região, cidade ou país. Isso porque a cultura de um local é uma das suas características mais fortes, pois revela tradições, conhecimentos e crenças que moldam toda uma maneira de ser. As manifestações da cultura popular ou tradicional têm distintas origens. Elas podem ser religiosas ou étnicas e costumam representar a memória coletiva de um povo, transmitida de geração em geração, de forma espontânea e por meio do lúdico. Estas expressões são tão diversas quanto os indivíduos, podendo uma mesma festa ou crença apresentar características distintas de acordo com o território. Assim, um olhar atento para as danças, artes, linguagens, costumes e folclores revelam morais, ideias e valores de uma população. É importante dizer que a cultura é praticada por todos, seja tocando, dançando, ajudando na confecção do vestuário, compondo a letra das canções, preparando as comidas típicas, ou simplesmente participando das festas. Nesta perspectiva, são diversas as maneiras de incorporar o que a cultura popular tem a oferecer e a ensinar. Assim, observar como essas manifestações estéticas, poéticas, artísticas, religiosas se dão em cada um dos territórios, investigando como famílias e sujeitos se relacionam com estas tradições, e evidenciar a diferença de cada uma delas e seus regionalismos são exercícios importantes e educativos. 16

PERGUNTAS INSPIRADORAS: Cultura Popular

Quais são as festas que acontecem no seu bairro? Quem participa deles? Quem as organiza? Quais são as atividades de esportes, música, dança, teatro, e outras manifestações culturais que você participa na sua comunidade? Quais influências de outros povos e culturas você consegue perceber no seu bairro?

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Meio Ambiente O meio ambiente pode ser entendido como tudo aquilo que nos envolve: o ar, a água, as rochas, o solo. Além dos elementos físicos, é composto também por seres vivos, como plantas e animais, e pelas relações destes com o espaço em que vivem. Ou seja, o meio ambiente influencia diretamente a maneira como cada um se relaciona com o mundo, seja vivendo em núcleos urbanos, no campo ou em meio a floresta. Em ambientes urbanos, esses elementos costumam ser de mais difícil identificação, mas nunca deixam de estar presentes. O próprio desenvolvimento das cidades está historicamente ligado ao meio ambiente onde se situam: à beira de um rio para o acesso à água ou sobre uma colina para uma visão mais abrangente do entorno. O relevo, os cursos d’água, as espécies de árvores e animais, em ruas ou praças, são exemplos do meio ambiente do contexto urbano. Muitas vezes, as grandes avenidas estão situadas sobre rios canalizados e o desenhos de bairros dialoga diretamente com o relevo existente, resultando em ruas mais ou menos íngremes. Cada comunidade se relaciona com a natureza do entorno de uma forma, todas as pessoas do bairro ou da cidade são responsáveis pelo meio em que vivem .

PERGUNTAS INSPIRADORAS: Meio Ambiente

Qual é o lugar do seu bairro onde você sente mais contato com a natureza? Você conhece alguém no seu bairro que se dedica a cuidar do meio ambiente existente na sua comunidade? Quais as características geográficas da comunidade? Existem rios, árvores, é íngreme ou plano? Como o meio ambiente influencia as condições de vida das pessoas que vivem no seu bairro? Qual a história e quais os desafios do desenvolvimento do seu bairro?

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Mobilidade Urbana Andar a pé, de bicicleta, ônibus, carro ou canoa. O modo como cada pessoa se desloca altera sua percepção e relacionamento com o entorno. A maioria das grandes cidades brasileiras prioriza o automóvel, o que faz com que a malha urbana seja pensada para carros: a largura das vias, a velocidade permitida, a quantidade de semáforos e a ausência ou presença de viadutos impacta tanto o motorista quanto o pedestre, ou quem opta por ser locomover de ônibus ou de bicicleta. Quando estamos de bicicleta ou caminhando percebemos muito mais o que está no nosso entorno, no nosso caminho. Uma cidade ou bairro democrático e diverso, prioriza a presença das pessoas no espaço, com ruas e calçadas confortáveis, mobiliário adequado, áreas livres para circulação (atividades e descansos) e distâncias compatíveis com o tempo e o corpo humano. Planos e projetos urbanos desempenham um papel fundamental para esta garantia, assim como o movimento que as pessoas realizam quando se juntam para propor novas formas de ocupar seus lugares de direito, seja caminhando, pedalando, brincando, ou tudo ao mesmo tempo.

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PERGUNTAS INSPIRADORAS: Mobilidade Urbana

Como as pessoas se locomovem no seu bairro? Que meios de transporte utilizam? Como os meios de transporte influenciam a dinâmica do seu bairro? A paisagem é alterada por eles? As crianças e jovens do seu bairro têm autonomia para se deslocar? E os idosos, mulheres grávidas e pessoas com mobilidade reduzida?

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Narrativas Locais Todo lugar tem uma história a ser contada. Às vezes, esta narrativa está explícita e baseada em fatos comprovados, descrita em livros e outros registros oficiais. Em outras, é preciso cavar fundo, encontrar aquela única pessoa que viveu para contar. Há ainda aquelas das quais não se tem muita certeza da veracidade, mas são muito importantes para o imaginário das pessoas: as lendas. As narrativas locais conferem sentido para um bairro, cidade ou cultura. A história de uma casa que abrigou um cidadão ilustre, dos rios e mares que serviram de barreira e proteção por muitos anos aos ataques inimigos, da rua onde realizavam-se enormes manifestações, da janela que foi palco de um romance. Reais ou fictícias, transmitidas por escrito ou via oralidade, estas narrativas descrevem crenças, valores e modos de ser e viver daquela população. Estes relatos locais permitem ainda contar a história a partir da perspectiva da memória, conectando os moradores de forma afetiva. A partir deles, cria-se a noção de pertencimento, seja por haver vivido o fato relatado, ou por reconhecer-se nele. Há muito o que aprender e apreender a partir das narrativas. Toda vez que alguém conta uma história, mesmo que esta já seja conhecida, um texto inteiramente novo é criado. Isto porque o contador confere ao ato seus trejeitos, entonação e vocabulário. Pode, inclusive, acrescentar ou suprimir um determinado detalhe. A busca pelas narrativas locais pode se dar de maneira objetiva, ao caminhar-se pelas ruas e casas, e de maneira subjetiva, desvendando tempos e recordações pessoais. A história não é única: são várias e podem ser construídas a partir de diversas perspectivas e atores. 22

PERGUNTAS INSPIRADORAS: Narrativas Locais

Quais são as histórias oficiais do seu bairro? Elas correspondem aos relatos transmitidos oralmente entre os moradores de geração em geração ou pelos livros? Quais são as lendas e mitos do seu bairro? Há momentos de contação de histórias no seu bairro? Como eles acontecem? Que histórias e lembranças afetivas você tem do lugar onde você mora? Há narrativas locais que possuem diferentes versões? Como este repertório de histórias se relaciona com outras áreas de experiências comunitárias, como as rezas e curas, as receitas, expressões artísticas, etc? 23


Patrimônio Todo território tem seu patrimônio, por mais que este não esteja estampado em cartões postais. O patrimônio deriva do valor humano, dos espaços amados e defendidos contra forças adversas. Os grandes guardiões do patrimônio de uma cultura são as pessoas. Mais do que construções, o patrimônio é uma forma de entender, respeitar e se apropriar do território onde se vive. Não existe a priori: é construído nas relações e depende de um processo prévio de adoção. Um grupo se apropria de um patrimônio por compreender seu significado, e se identifica por meio dele. Logo, cada comunidade decide o que é patrimonialmente mais significativo para si. Quando se fala em patrimônio histórico, é importante reiterar que este não está circunscrito aos centros históricos das cidades, mas difundido por todos os territórios. Envolver a comunidade neste processo de reconhecimento, registro e mapeamento do patrimônio gera pertencimento social e cultural e faz que as pessoas sejam multiplicadoras dessa proteção, atuando pelo interesse coletivo. O patrimônio cultural forma-se a partir de referências culturais que estão muito presentes na história de um grupo e que foram transmitidas entre várias gerações. Ou seja, são referências que ligam as pessoas aos seus pais, aos seus avós e àqueles que viveram muito tempo antes delas.

PERGUNTAS INSPIRADORAS: Patrimônio

Quais são alguns exemplos de patrimônio histórico do seu bairro? Eles estão preservados? Que tipo de relações as pessoas do território possuem com estes espaços ou bens? Quem cuida ou descuida deles? Como eles se assemelham ou se distinguem daqueles encontrados nos centros históricos? Como estes bens se articulam com a memória afetiva das crianças?

O reconhecimento do patrimônio cultural carrega ainda outra importância: são elementos tão importantes para o grupo que adquirem o valor de um bem – um bem cultural – e é por meio deles que o grupo se vê e quer ser reconhecido pelos outros. 24

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Tecnologia Por definição, tecnologia é o campo do saber onde acontece o encontro entre técnicas diversas e a racionalidade científica. A técnica é uma forma de atuação humana que resulta na produção de artefatos úteis, desde objetos concretos até eventos. Por meio da técnica, a humanidade cria novidades, transformando as condições que encontra na natureza. No mundo contemporâneo, é importante lembrar que nem toda tecnologia é digital. Nas cidades e nos bairros, ela se manifesta de múltiplas formas, como: a distribuição de energia elétrica, água, saneamento, telecomunicações, transportes e abastecimento. E também na forma como diferentes estabelecimentos produzem e comercializam itens do dia a dia, como padarias, lanchonetes, restaurantes, confecções, sapatarias, marcenarias, oficinas mecânica, entre muitos outros. O saber tecnológico também se manifesta no trabalho de artistas que produzem e veiculam suas obras por meio de mídias analógicas ou digitais. Nas cidades, podem existir equipamentos dedicados especificamente à criação e disseminação da tecnologia, como laboratórios de fabricação digital (Fab Labs), oficinas mão na massa (“maker”), clubes hackers e ateliês que congregam múltiplas linguagens. Nas escolas e nas instituições de contra turno, a tecnologia influencia o saber a ser transmitido, explorado, experimentado e também criado em muitas disciplinas. Professores e estudantes podem interagir com a tecnologia na própria sala de aula ou em ambientes específicos como laboratórios e ateliês. Podem também explorá-la na cidade, para além dos muros da escola, buscando entender a infraestrutura urbana e estabelecendo parcerias com os estabelecimentos do bairro e/ou interagindo com artistas do entorno. 26

PERGUNTAS INSPIRADORAS: Tecnologia

Existem oficinas no entorno da sua escola ou instituição de contra turno? Os professores, as crianças e jovens conhecem algum técnico ou artesão que trabalhe no bairro? O que ele faz? Qual tipo de tecnologia utiliza? Que formas de expressão artística podem ser encontradas na vizinhança? Qual tipo de tecnologia pode ter sido usado na criação, execução ou veiculação dessas obras? Existem espaços de criação e compartilhamento de tecnologia (como telecentros, Fab Labs, oficinas mão na massa, clubes hackers ou outros) no bairro?

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EQUIPE DE CRIAÇÃO Sofia Croso Mazzuco Renata Laurentino Andréa Sender White Thais Brandt

Este manual foi desenvolvido pela equipe Acupuntura Urbana, como uma ferramenta de apoio ao PROJETO CAMINHOS DA ESCOLA – ABRAÇANDO CAMINHOS, em parceria com a FEAC (www.feac.org.br) e com o Grupo Abraço Rede Amarais (abracoredeamarais.wordpress.com). O conteúdo do Jogo dos Saberes Locais e deste manual foi inspirado no trabalho desenvolvido pelo Cidades Educadoras/Cidade Escola Aprendiz, disponibilizado no site: https://cidadeseducadoras.org.br. Este material pode ser distribuído em partes e/ou em sua totalidade, desde seja mencionado o devido crédito pela criação original.

www.acupunturaurbana.com.br 28

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