O 25 de abril e o Dia do Livro

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Mas ficaram muitos sonhos Até hoje por cumprir; Os cravos entristeceram Com a riqueza por repartir A Europa foi promessa de um novo crescimento a imitar os mais ricos, bandeiras azuis ao vento Numa alvorada de abril a tropa saiu à rua para acabar com a guerra nesta pátria que era a sua Não houve feridos nem mortos e sim o viço dos cravos, flor vermelha e do povo nas espingardas dos bravos Depois de tanto sofrimento, de tantas lembranças más, era a esperança que vencia serena em nome da paz E fez-se uma revolução que muita coisa veio mudar, dando a quem nada tinha o direito a ir votar Ganhou a democracia, que é mulher e tem beleza, tão forte como a alegria que apaga de vez a tristeza

Ninguém podia imaginar a crise e a incerteza que sob a capa do Euro teríamos à nossa mesa Refrão(2x) Mas nunca voltar atrás, fazê-lo sabe a derrota, e talvez um dia destes o sonho esteja de volta. Autor: José Jorge Letria


ATIVIDADE DO DIA DO LIVRO NA EB1 DO MIEIRO (3.º ano)

“UMA HISTÓRIA, OUTRAS TANTAS!” Após a leitura do poema da autoria de José Jorge Letria, a propósito da comemoração do Dia 25 de abril de 1974, foi proposto aos alunos que reescrevessem um novo poema, em grupo, substituindo as palavras sublinhadas por outras da sua escolha. A imaginação soltou-se e as palavras fluíram!!! Ora vejam aqui um dos resultados!

Numa cozinha de manhã a cozinheira saiu à rua para acabar com a fila nesta cozinha que era a sua. Não houve reclamações nem restos e sim o homem dos cravos, foi embora e do restaurante nas mesas houve aplausos. Depois de tanto comer, de tantas crianças más, era a brincadeira que vencia educação em nome da casa. E fez-se uma regra que muita coisa veio mudar, dando a quem não tinha o direito de lá estar. Ganhou a educação, que é melhor e não tem maldade, tão fraca como a tristeza que ganha de vez a ditadura.


Mas ficaram muitos insatisfeitos Até hoje por comer; Os clientes entristeceram Com inveja de repartir. A cozinheira foi promessa de um novo restaurante a comida dos mais pobres, foi levada ao peso. Ninguém podia pedir a comida e a bebida que sob a subida do dinheiro teríamos à nossa mesa. Refrão(2x) Mas nunca voltar a abrir, fazê-lo sabe a cozinheira, e talvez um dia destes o sonho esteja de volta.

Autores: Alunos da EB1 do Mieiro - Travanca


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