Informativo Sogimig

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Informativo

SOGIMIG

Fechamento autorizado. Pode ser aberto pelo ECT

Veículo Oficial da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais - SOGIMIG I Julho/Agosto de 2016

TERMOS DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO NÃO ISENTAM RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICA PÁGINAS 6 e 7

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VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL DEVEM RECEBER ATENDIMENTO E ATENÇÃO INTEGRAL

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SOGIMIG LANÇA NOVA VERSÃO DO MANUAL DE EMERGÊNCIAS GINECOLÓGICAS

Remetente: Av. João Pinheiro, 161. Sala 206. Centro. Belo Horizonte. MG. 30.130-180.

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CFM VETA PARTO CESÁREO ELETIVO ANTES DA 39ª SEMANA

PARCEIROS


Editorial

Av. João Pinheiro, 161. Sala 206 Centro. Belo Horizonte. MG. 30.130-180. Telefax: (31) 3222 6599 Telefone: 3247 1637 Site: www.sogimig.org.br E-mail: sogimig@sogimig.org.br Diretoria SOGIMIG - Gestão 2015-2016 PRESIDENTE Agnaldo Lopes da Silva Filho VICE- PRESIDENTE Roberto Carlos Machado SECRETÁRIA GERAL Inessa Beraldo de Andrade Bonomi 1º SECRETÁRIO Márcio Alexandre Hipólito Rodrigues DIRETOR FINANCEIRO Délzio Salgado Bicalho DIRETORA SÓCIO-CULTURAL Thelma Figueiredo e Silva DIRETOR CIENTÍFICO Cláudia Lourdes Soares Laranjeira DIRETOR DE DEFESA PROFISSIONAL William Schneider da Cruz Krettli DIRETORA DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS Marco Túlio Vaintraub DIRETORA DE ENSINO E RESIDÊNCIA MÉDICA Eduardo Batista Candido DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Ines Katerina Damasceno Cavallo Cruzeiro DIRETOR DE INFORMÁTICA Sandro Magnavita Sabino COORDENADORA DAS VICE-PRESIDÊNCIA E DIRETORIAS REGIONAIS Carlos Henrique Mascarenhas Silva CONSELHO CONSULTIVO ELEITOS: Clóvis Antônio Bacha, Frederico José Amedée Peret, Gerson Pereira Lopes, Lucas Viana Machado, Manuel Mauricio Gonçalves, Márcia Salvador Géo, Ricardo Mello Marinho, Sergimar Padovezi Miranda, Tadeu CoutinhoTania Mara Giarolla de Matos

CONSELHO CONSULTIVO NATO: Maria Inês de Miranda Lima, Marcelo Lopes Cançado, Victor Hugo de Melo, João Pedro Junqueira Caetano, Cláudia Navarro C. D. Lemos BENEMÉRITO (2014) Sergimar Padovezi Miranda INFORMATIVO SOGIMIG COORDENAÇÃO DO INFORMATIVO Ines Katerina Damasceno Cavallo Cruzeiro PRODUÇÃO EDITORIAL E DIAGRAMAÇÃO: ZOOM COMUNICAÇÃO Envie sua contribuição para sogimig@sogimig.org.br O Informativo SOGIMIG autoriza a reprodução de seu conteúdo, desde que citada a fonte. Pede-se apenas a informação de tal uso. A Associação não se responsabiliza pelo conteúdo.

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As atribuições dos médicos ginecologistas extrapolam as questões referentes ao trato genital. Eles são os responsáveis pela saúde da mulher, que hoje se divide em diversas funções – trabalho, estudos, casa, filhos, cuidados consigo. Em geral, esse profissional acompanha as diferentes fases e transformações do corpo delas, da infância à terceira idade. O relacionamento entre ambos deve ter como base a confiança. O importante é que o médico ginecologista seja um aliado para esclarecer as dúvidas e indicar as melhores opções para a preservação da saúde da mulher. De acordo com dados do Ministério da Saúde, as doenças que mais matam as mulheres são as cardiovasculares, câncer (pele, mama, pulmão, colorretal e de útero), violência sexual e doméstica e mortalidade materna, entre outras. O ginecologista pode orientar sobre a importância do controle periódico; realização de exames; cuidados relacionados a doenças sexualmente transmissíveis; identificação de doenças no histórico familiar. Muitas vezes, o profissional representa múltiplos papéis na vida delas sendo, em um único médico, clínico geral e terapeuta. Daí a importância do acolhimento aos problemas e as queixas da paciente. A ida ao ginecologista representa uma consulta com um profissional confiável, pronto a dar o primeiro parecer às dúvidas, mesmo que elas não sejam ligadas a área ginecológica. Elas pedem indicações e acreditam no discernimento e cuidado do profissional. O consultório ginecológico torna-se, portanto, a porta de entrada da mulher nos cuidados gerais com seu corpo. Mesmo cercada

AGNALDO LOPES DA SILVA FILHO

de tabus, a consulta deve ser um momento para esclarecimento de dúvidas, entender o funcionamento do próprio corpo, abordar a sexualidade, anticoncepção, vacinação e demais assuntos que possam surgir. Prestar assistência à saúde da mulher passa também pela orientação e prevenção de doenças cardiovasculares e acolhimento em casos de violência sexual. Diante de tamanha responsabilidade, o ginecologista precisa se manter em atualização constante no conhecimento e na prática médica. A formação de profissionais ocorre de forma contínua e é inevitável que os conhecimentos adquiridos sejam padronizados. Os avanços da medicina, com a descoberta de diferentes possibilidades de diagnósticos e utilização de drogas, exigem que o médico se mantenha qualificado para adotar novas práticas. Um grande abraço.


Somos Sogimig

MANUEL MAURÍCIO GONÇALVES Manuel Maurício Gonçalves é um profissional reconhecido por seus alunos e colegas de profissão. Nasceu na Ilha da Madeira, Portugal, em 1941, mudando para o Brasil aos seis anos de idade. Reside em Belo Horizonte desde 1947. Naturalizado brasileiro, fez o primário no Grupo Escolar Pedro II e o secundário no Colégio Arnaldo. Formou-se em 1968 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É casado com Eunilda Nogueira Gonçalves, têm três filhos: Maurício, Marcela e Eduardo e cinco netos: Maria Eduarda, Leonardo, Manuela, Enzo e Ana Laura. Como coordenador da residência de Tocoginecologia do Hospital das Clínicas da UFMG e do Hospital dos Servidores do Estado de Minas Gerais, durante 26 anos, formou aproximadamente 150 especialistas. Foi reconhecido e homenageado por sua atuação como professor de Ginecologia e Obstetrícia da UFMG, sendo homenageado seis vezes como paraninfo dos formandos.

“O reconhecimento da Sogimig foi interessante para que os demais colegas de profissão percebam como é importante preservar o passado de uma entidade de grande representatividade”

Devido a seu empenho diante da especialidade presidiu a Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig) entre 1982 e 1983 e foi presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG) de 1995 a 1996 e de 2010 a 2011. Sua dedicação profissional foi reconhecida pelo Governo de Minas com a Medalha da Inconfidência Mineira em 1997 e com a Comenda de Honra à Ética pelo CRMMG em 2013 por serviços prestados à medicina. Na 9ª edição do Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia, realizado em maio deste ano, recebeu a medalha “Lucas Machado”, concedida pela Sogimig pelo trabalho de resgate e consolidação da Associação quando foi presidente. “O reconhecimento da Sogimig foi interessante para que demais colegas de profissão percebam como é importante preservar o passado de uma entidade de grande representatividade. Sempre estimulei isso internamente. Foi muito gratificante ser reconhecido por essa contribuição”, avalia.

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Ginecologia

VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL REQUEREM ACOLHIMENTO E ATENDIMENTO ESPECIAIS A violência contra a mulher já é um problema de saúde pública reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As agressões geram diversos dilemas que as mulheres têm que enfrentar, como as doenças sexualmente transmissíveis (HIV, sífilis, hepatite), a gravidez indesejada e distúrbios psicológicos (depressão, síndrome do pânico, ansiedade, alterações psicossomáticas). Como se trata de um fato ligado à integridade física e psicológica, os ginecologistas assumem um papel importante na reversão dessa situação, já que podem lidar com as mulheres no âmbito do sistema de saúde e dedicar atenção integral. As vítimas da violência doméstica e sexual, geralmente, apresentam sinais físicos e mentais que podem ser identificados

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por médicos, em especial, por ginecologistas ou obstetras que, muitas vezes, é o primeiro profissional procurado. A diretora da Sogimig Inessa Beraldo explica que, em alguns casos, a vítima faz queixas vagas e difíceis de serem atribuídas a uma situação de violência sofrida, daí a importância de uma escuta acolhedora e isenta de julgamentos. “Deve-se observar marcas pelo corpo e sintomas associados, como reclamações vagas com certo constrangimento, angústia e depressão”, afirma. No momento do atendimento, o médico deve anotar no prontuário a história clínica da paciente, exame físico realizado, estado geral e sinais vitais, inspeção dos membros, face, couro cabeludo, pescoço, troncos, mama, abdome, perna, face interna das coxas, nádegas, o

exame ginecológico e anal, descrição das lesões ou achados suspeitos, propedêutica instituída, profilaxia, tratamentos e prescrição. “Os médicos podem garantir apoio moral e orientações sobre o problema, encaminhando os pacientes para um atendimento psicossocial”, afirma Inessa. Todos os profissionais de saúde, mesmo os que não atendem em centros de acolhimento a vítimas, devem notificar qualquer caso suspeito, ou confirmado de violência, independentemente da faixa etária, conforme estabelece a Lei 10.778/2003, o Decreto-Lei nº 5.099/2004. “Não há impedimento legal ou ético para que se preste a assistência que entender necessária, sendo que a recusa infundada e injustificada de atendimento e apoio podem ser caracterizadas como omissão”, alerta Inessa.


Lançamento

MANUAL DE EMERGÊNCIA GINECOLÓGICA E OBSTÉTRICA GANHA NOVA VERSÃO A Sogimig lançou uma nova versão do “Manual de Ginecologia e Obstetrícia” durante a 9ª edição do Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia (CMGO), promovido em maio. O novo manual foi ampliado para garantir maior clareza e abranger os temas mais relevantes e atuais da ginecologia e obstetrícia, usando uma visão objetiva e didática com base nas melhores evidências científicas. O presidente da Sogimig, Agnaldo Lopes da Silva, explica que é de extrema importância manter a obra atualizada para propiciar informação científica de qualidade a médicos e comunidade acadêmica. “A edição ganhou novas ilustrações, quadros e fluxogramas. É um livro dedicado a todos os médicos - generalistas, especialistas ou mesmo aos de outras especialidades e também estudantes de medicina - interessados em promoverem os cuidados de saúde às mulheres. Os temas abordados incluem estudos sobre anatomia e histologia dos órgãos genitais femininos, doenças sexualmente transmissíveis, desordens do endométrio, infecções pelo HPV, violência sexual, assistência pré-natal, gravidez ectópica, trabalho de parto pré-termo, gestação múltipla, doenças autoimunes e gravidez, entre outros”, conta Lopes. A primeira edição do manual foi publicada há 19 anos. A cada reedição busca-se manter os pilares da associação: evolução científica e disponibilidade de informações atuais de qualidade para os espe-

cialistas e comunidade acadêmica. “A excelência na assistência integral à saúde da mulher segue sendo nosso foco. A nova edição vai continuar a contribui para a formação de especialistas em ginecologia e obstetrícia e melhoria da qualidade no atendimento às pacientes”, afirma a diretora científica, Cláudia Soares Laranjeiras. A edição pode ser adquirida através da Med Book Editora: www.medbookeditora.com.br ou vendasrj@medbookeditora.com.br

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Capa

TERMO DE CONSENTIMENTO NÃO ISENTA RESPONSABILID Omissão de informação ou falta de esclarecimento pode responsabilizar médicos. TCLE não desobriga profissional do dolo, mas é de grande valia à defesa judicial médica O crescimento de processos ético-disciplinares no Brasil envolvendo pedidos de reparação em decorrência do chamado “erro médico” pode ser validado pelos dados divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), 119 casos em 2015. O número pode subir exponencialmente ao considerar a quantidade de processos que não chegam ao CFM, ações que tiveram decisão nos conselhos regionais. Em Minas Gerais, o Tribunal de Justiça (TJMG) divulgou um levantamento que aborda o crescimento de ajuizamento de ações no estado entre os anos de 2013 e 2015, sendo 224 sentenças proferidas no tribunal em 2013, 284 em 2014 e 349 em 2015. Até o final do ano passado, 2.301 processos envolvendo todas as especialidades médicas ainda aguardavam decisão. Os casos protocolados em esfera cível e criminal vão muito além ao considerar as outras 1884 denúncias, de cunho administrativo, registradas pelo Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), entre 1º de outubro de 2013 a 31 de dezembro de 2015. No caso da ginecologia e da obstetrícia, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) pode auxiliar os profissionais a se resguardarem a respeito de possíveis ações nas três esferas jurídicas. Contudo, é preciso atenção à formatação deste documento para que tenha validade jurídica quando aplicado. A bioética visa estabelecer paridade entre avanços científicos e valores humanos, tendo como um de seus princípios basilares a autonomia do paciente, materializada no TCLE, instrumento pelo qual o profissional informa sobre os procedimentos a serem realizados, prós, contras, diagnósticos, prognósticos e demais informações necessárias para que o paciente consinta. O TCLE é também importante documento para resguardar os profissionais da saúde frente às possíveis ações judiciais e administrativas.

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Luciana Dadalto

Considerado por muitos uma exigência meramente formal, o termo muitas vezes é aplicado de forma indevida, provocando a invalidação do documento, o que acaba por dificultar a defesa jurídica do profissional. Tal realidade tem preocupado profissionais, que temem ser processados, mesmo quando o procedimento tenha sido realizado de forma correta. “Atualmente, o tratamento médico é visto pelos princípios do Código de Defesa do Consumidor. O médico ou pessoa jurídica presta serviço e se coloca na posição de fornecedor, de acordo com a lei. O princípio de liberdade garantido ao paciente dá o direito de ser esclarecido e conscientizado para poder escolher o tratamento, a terapêutica e o procedimento a que pretende ser submetido”, explica a advogada especialista em direito médico e da saúde do Dadalto & Carvalho Advocacia e Consultoria em Saúde, Luciana Dadalto.


NTO LIVRE E ESCLARECIDO LIDADE CIVIL MÉDICA A medicina subentende um compromisso com os meios, não podendo garantir resultados. A advogada alerta que o chamado “erro médico” não pode ser confundido com resultados adversos, que podem ocorrer, mesmo quando o médico empregou todos os recursos disponíveis para obter sucesso.

Cláudia Navarro

Validade jurídica O TCLE é um documento de extrema importância para a proteção dos médicos em relação às ações jurídicas. Ao assiná-lo, o paciente concorda com a realização dos procedimentos. “O termo requer atenção em seu preenchimento, pois pode ser invalidado caso não haja o devido esclarecimento ao consumidor, exposição de possíveis tratamentos, processos e resultados. Em ações como a inserção do DIU e a realização de partos, por exemplo, é importante que a paciente assine o TCLE, contudo, antes de assinar ela precisa ser esclarecida sobre os termos do documento e informada acerca do conteúdo, devendo ser dado a ela o direito de alterar o documento, caso entenda por necessário”, observa a advogada. A validade jurídica do documento não está condicionada à sua existência ou à assinatura, mas sim à constatação da responsabilidade conjunta da escolha consciente do tratamento pelo médico e paciente. O procedimento revela a boa-fé do profissional em compartilhar os prováveis métodos e resultados. “O que acontece é que cada pessoa possui suas peculiaridades e, muitas vezes, o médico tem abusado de modelos prontos, com situações genéricas para aplicar aos pacientes. O que o profissional deve fazer é utilizar esses modelos como base e formatá-los diante das características médicas, ressalvas e necessidades observadas em seu paciente. Tudo isso deve ser feito em conjunto com o paciente, com as devidas explicações, bem antes da realização do procedimento ao qual ele está consentindo”, detalha a especialista em direito médico e da saúde.

CRMMG defende individualização do atendimento A primeira secretária do Conselho Regional de Medicina (CRMMG) Cláudia Navarro observa que a generalização dos termos é prejudicial na hora da avaliação frente às denúncias protocoladas no conselho de classe. “O termo deve ser individualizado para cada paciente e procedimento, contendo uma identificação completa do paciente em linguagem clara e de fácil entendimento para o leigo, indicação do procedimento, todas as etapas envolvidas, possíveis complicações, chances de sucesso - também individualizadas - e possíveis falhas do método”, esclarece. O documento é de grande valia para a defesa judicial médica e faz parte da relação com o paciente, devendo ser realizado sempre que um método considerado invasivo for feito para resguardar a saúde e integridade do paciente - salvo em casos de urgência e emergência. A falta de informação, à qual o TCLE constituiu meio de prova, pode levar o médico e/ou o hospital a ter que responder não apenas pela má atuação, mas também pela ausência de informação devida e pelos riscos não informados ao paciente.

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Sogimig indica - BEM-ESTAR

EVITE TRANSTORNOS EM VIAGENS DE AVIÃO Muitas pessoas passam por algum tipo de alteração física ao viajar de avião, como dor de ouvido, náuseas ou enjoos. As viagens em voos de longa duração, noturnos e com paradas e conexões requerem ações preventivas como evitar o ressecamento do nariz, boca, olhos, ouvidos e garganta, causado pela despressurização da cabine. A ingestão de líquidos, principalmente, de água, ajuda a evitar o incômodo. Lavar sempre as mãos e, se possível, tomar vitaminas C e complexo B, uma semana antes da viagem, são recomendações interessantes. Uma dica para casos de pressão nos ouvidos durante decolagem ou aterrisagem é tapar o nariz e tentar engolir sem respirar. Mastigar bala ou chiclete, bocejar, engolir a saliva ou beber líquido também ajuda a

diminuir a indisposição. Como na maioria dos voos pode acontecer turbulência, o que causa certo desequilíbrio no corpo, uma opção é escolher assentos da asa para frente do avião, pois essa região sacode menos. Os inchaços também podem acontecer devido à baixa pressão atmosférica da cabine e a sugestão é caminhar pelo corredor e alongar uma hora antes do embarque para minimizar os sintomas. Em casos de passageiros com tendência a náuseas e enjoos, evite ler, ingerir bebidas alcoólicas e com base em cafeína, escolhendo poltronas próximas as asas do avião ou até seis fileiras à frente.

JALAPÃO, O SAFÁRI BRASILEIRO

O Parque Estadual do Jalapão está situado no coração do Brasil, em Tocantins, ocupando 34 mil km2 de área e a 190 km da capital, com uma das menores densidades populacionais. A dificuldade de acesso foi a grande responsável pela preservação local, pois é possível encontrar veredas com água cristalina e abundante formando diversos rios, em meio a uma paisagem árida. O parque tem vasta diversidade de animais e plantas adaptadas ao cerrado, como onça pintada, onça suçuarana, lobo guará, raposa, cachorro do mato, ema, sucuri, tucanos, araras e papagaios, além de espécies típicas da fauna da região. Trata-se de uma experiência em terras brasileiras semelhante aos safáris africanos.

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O Jalapão é uma opção para quem busca se desconectar do mundo virtual, uma vez que não há sinais de operadoras de celular e nem orelhões, reforçando o contato total e exclusivo com natureza e seus encantos. Os turistas podem procurar agências de viagens com roteiros para conhecer a área de preservação. Os serviços costumam incluir traslado em veículos 4x4, saindo de Palmas e percorrendo a Ponte Alta do Tocantins, considerada a porta de entrada do Japalão para passeios a atrativos, como a cachoeira da Velha, o Fervedouro, as Dunas e o Mirante. Os pacotes ainda incluem pernoites em acampamentos com direito a banho quente e refeições.


CONTOS E CRÔNICAS DE QUARTEL E DE OUTROS LUGARES Indicamos o livro “Contos e crônicas de quartel e de outros lugares”, do escritor independente mineiro J. Cláuver. A obra é dividida em duas partes, apresentando 31 contos e crônicas; são 21 histórias de quartel e 10 de outros lugares em um total de 257 páginas. As histórias são narradas bem no estilo mineiro e têm como inspiração os anos em que o autor passou no quartel do exército. Os contos são narrados de maneira hilária, quase sempre na primeira pessoa do singular. As histórias civis, ambientadas em áreas rurais e urbanas, são representadas por pessoas que conviveram com o autor. Cláuver referencia a topogra-

fia e os rios mineiros, marcados na sua lembrança e vivência. “Contos e crônicas de quartel e de outros lugares” é o quinto livro editado de forma independente. As obras “A farsa”, “Sob as brumas da

Serra do Cipó”, “Riacho Fundo” e “Anteontem” podem ser adquiridas pelo blog https://jclauver.wordpress.com/comprar-livros/, sendo possível ainda encontrar parte de seus contos publicados.

ESQUADRÃO SUICIDA Um dos filmes mais aguardados do ano, “Esquadrão Suicida”, estreia em agosto. O longa exibe a aventura da equipe de anti-heróis de mesmo nome da DC Comics, exibindo com grandes nomes do cinema, como Will Smith no papel de

Floyd Lawton (Pistoleiro); Jared Leto como Coringa; Viola Davis como a agente Amanda Waller; Margot Robbie como doutora F. Harleen Quinzel (Arlequina) e Ben Affleck como Bruce Wayne (Batman), entre outros. O filme se passa em um mundo ameaçado por uma entidade enigmática insuperável que a agente governamental Amanda Waller decidiu que só pode ser vencida por personagens desprezíveis e com nada a perder. Ela monta um time com os vilões mais insanos já encarcerados e os fornece o arsenal mais poderoso que o governo dispõe para cumprir a missão. A questão começa, quando o improvável time descobre que não foi enviado para vencer e sim para ser morto. O longa foi produzido por Dan Lin, Charles Roven e Richard Suckle e dirigido por David Ayer. A previsão de estreia é 4 de agosto em 3D e IMAX 3D, com classificação indicativa para maiores de 14 anos.

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Sogimig indica - Exposição

TEATRO BELO-HORIZONTINO EM EXPOSIÇÃO A Fundação Municipal de Cultura apresenta a exposição “3º Sinal: Belo Horizonte em Cena” no Museu Histórico Abílio Barreto. A mostra tem longa duração para apresentar a história do teatro e seus personagens, construindo um panorama sobre a diversidade da produção dessa arte ao longo da história da cidade. A exposição segue em cartaz até dezembro e pode ser visitada de terça a domingo, de 10h às 17h; quartas e quintas, até 21h. A entrada é gratuita. O visitante percorre o universo teatral, presente em todo o espaço expositivo, visando instigar sensações e possibilitar uma experiência cênica, ainda que momentaneamente. A mostra apresenta imagens, objetos,

informações e depoimentos, principalmente, dos construtores da história do teatro, cujos documentos respaldam as lembranças e registram propostas estéticas, núcleos aglutinadores, espaços ocupados e construídos nas relações com o público. Os momentos da trajetória de artistas e grupos teatrais são ilustrados e os textos, figurinos, cenários, fotos e outras referências à atuação permitem acessar a memória de um momento efêmero: a encenação. A exposição permite conhecer as cenas e também vislumbrar os bastidores, lugar de formação, fomento e criação. O museu fica na avenida Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim.

Sogimig indica - Lazer

EXPERIÊNCIA ENOGASTRONÔMICA Localizada na Savassi, região nobre de Belo Horizonte, a Enoteca Decanter é uma loja de vinhos com foco na difusão do conceito de harmonização vinho-alimento. Diferente de restaurantes, incentiva a interação entre a seleção de vinhos com os petiscos e pratos. O cliente pode levar para casa ou degustar na própria loja com acompanhamento diferenciado. A loja foi criada em 2005, sendo a primeira em parceria com a Decanter a fazer a associação de vinhos com pratos – harmonização. O sucesso do empreendimento estimulou a abertura de outras unidades com o mesmo conceito. Atualmente, já são 22 Enotecas em diversas regiões do Brasil. Na capital mineira, a Enoteca Decanter tem cerca de 1.500 rótulos de 20 países e o serviço especializado de sommelier. O cardápio inclui entradas e opções para almoço e jantar. A casa apresenta projetos diferenciados como o “Sábado Enogastronômico”, cujo menu especial tem três pratos harmonizados com vinhos nacionais e importados; espaço para eventos corporativos; agenda para ações internas e a venda de produtos selecionados, como vinagres finos, queijos, azeites e massas especiais. A loja tem o melhor do universo enogastronômico para iniciantes e especialistas em vinho.

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Rua Fernandes Tourinho, 503, Savassi – BH/ MG – (31) 3287-3618. Funciona de 2ª a 5ª, das 9h às 22h30; 6ª e sábado, das 9h às 23h. www.enotecadecanter.com.br


Eventos

Up to date – Zika e gravidez Data: 17 de setembro Local: Ouro Preto – MG Coordenação: Antônio Carlos Guimarães

Up to date – Diabetes Mellitus, obesidade e gravidez Data: 24 de setembro Local: Ipatinga – MG Coordenação: Renilton Ayres de Melo

Up to date – Climatério Data: 30 de setembro de 2016 Local: Montes Claros – MG Coordenação: Márcio Alexandre Hipólito Rodrigues e Ana Lúcia Valadares

Informações e inscrições: www.sogimig.org.br ou (31) 3222-6599 11


SOGIMIG Acontece

CFM DETERMINA QUE PARTO CESÁREO SEJA FEITO APENAS APÓS 39ª SEMANA DE GESTAÇÃO O Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou que as cesarianas realizadas a pedido da gestante, nas situações de risco habitual, não podem ocorrer antes da 39ª semana de gestação através da resolução 2144/2016. A nova regra é uma resposta a uma série de iniciativas adotadas pelo Ministério da Saúde para tentar reduzir o que ficou conhecido como "epidemia de cesáreas" no Brasil. A resolução prevê que já nas primeiras consultas de pré-natal o médico e a paciente devem discutir de forma exaustiva os benefícios e riscos do parto vaginal e da cesariana, bem como sobre o direito de escolha da via de parto pela gestante. Em

caso de parto cesariano passa a ser obrigatória o registro em prontuário e a elaboração de um termo de consentimento livre e esclarecido pelo médico para que seja registrada a decisão da parturiente. O documento deve ser escrito em linguagem de fácil compreensão. “A medida adotada pelo CFM garante mais segurança às grávidas e aos recém-nascidos, uma vez que não ocorrerão nascimentos precoces. Com isso, não haverá prejuízos ao feto que ainda não possui os órgãos completamente maduros, o que pode acarretar problemas nos pulmões, fígado e cérebro, provocando desconfortos respiratórios, icterícia e até lesões cerebrais”, destaca o obstetra e coordenador das diretorias regionais da Sogimig, Carlos Henrique Mascarenhas Silva. De acordo com o CFM, a determinação de que os partos cesarianos sejam realizados a partir da 39ª semana e 40ª semana e seis dias se deve a pesquisas realizadas pelo Defining "Term" Pregnancy Workgroup, organizado pelo Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG), que apontou que bebês que nascem antes do tempo têm maior possibilidade de apresentarem problemas respiratórios, como a síndrome do desconforto respiratório; dificuldades para manter a temperatura corporal e para se alimentar. Mulheres que já tenham agendado o parto cesariano para um período anterior às 39 semanas de gestação deverão remarcá-lo para atender à nova exigência.

Exceções O parto cesariano só poderá ser realizado antes da 39ª semana quando as mulheres entrarem em trabalho de parto ou em casos de risco de vida para a paciente ou bebê. A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) participou das discussões sobre a resolução do CFM e informou, através de uma nota, que o médico que realizar o procedimento antes de 39 semanas, em casos que apresentem as características descritas na regulamentação, não corre risco de praticar infração ética, uma vez que não caracteriza agendamento do parto.

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