Informativo
SOGIMIG
Fechamento autorizado. Pode ser aberto pelo ECT
Veículo Oficial da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais - SOGIMIG I Maio/Junho de 2016
Inovação e atualização científica marcam IX CMGO PáginaS 6 e 7
Dea Tumich
3
Palestra do português Diogo Ayres discute monitorização fetal intraparto
8
Festa do congressista agita Boate do PIC
Remetente: Av. João Pinheiro, 161. Sala 206. Centro. Belo Horizonte. MG. 30.130-180.
12
fale conosco
www.sogimig.org.br
up to dates contribuem para qualificação de ginecologistas e obstetras
parceiros
Editorial
Av. João Pinheiro, 161. Sala 206 Centro. Belo Horizonte. MG. 30.130-180. Telefax: (31) 3222 6599 Telefone: 3247 1637 Site: www.sogimig.org.br E-mail: sogimig@sogimig.org.br Diretoria SOGIMIG - Gestão 2015-2016 Presidente Agnaldo Lopes da Silva Filho Vice- Presidente Roberto Carlos Machado Secretária Geral Inessa Beraldo de Andrade Bonomi 1º SecretáriO Márcio Alexandre Hipólito Rodrigues Diretor Financeiro Délzio Salgado Bicalho Diretora SÓCIO-Cultural Thelma Figueiredo e Silva Diretor Científico Cláudia Lourdes Soares Laranjeira Diretor de Defesa Profissional William Schneider da Cruz Krettli Diretora de Assuntos Comunitários Marco Túlio Vaintraub diretora de ensino e residência médica Eduardo Batista Candido Diretor de Comunicação Ines Katerina Damasceno Cavallo Cruzeiro Diretor de Informática Sandro Magnavita Sabino Coordenadora das vice-presidência e Diretorias Regionais Carlos Henrique Mascarenhas Silva Conselho Consultivo eleitos: Clóvis Antônio Bacha, Frederico José Amedée Peret, Gerson Pereira Lopes, Lucas Viana Machado, Manuel Mauricio Gonçalves, Márcia Salvador Géo, Ricardo Mello Marinho, Sergimar Padovezi Miranda, Tadeu CoutinhoTania Mara Giarolla de Matos
cONSELHO cONSULTIVO nato: Maria Inês de Miranda Lima, Marcelo Lopes Cançado, Victor Hugo de Melo, João Pedro Junqueira Caetano, Cláudia Navarro C. D. Lemos BENEMÉRITO (2014) Sergimar Padovezi Miranda Informativo SOGIMIG Coordenação do Informativo Ines Katerina Damasceno Cavallo Cruzeiro Produção Editorial e dIAGRAMAÇÃO: ZOOM COMUNICAÇÃO Envie sua contribuição para sogimig@sogimig.org.br O Informativo SOGIMIG autoriza a reprodução de seu conteúdo, desde que citada a fonte. Pede-se apenas a informação de tal uso. A Associação não se responsabiliza pelo conteúdo.
2
A “IX Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia” (CMGO) chegou ao fim, corroborando o sucesso deste evento, já reconhecido como um dos maiores na especialidade. A diretoria e a Comissão Científica elaboraram uma programação diversificada para propiciar debates sobre como melhorar o atendimento à mulher. Foram realizados 5 cursos Up to Dates; 11 conferências, sendo uma delas com um convidado internacional, 19 palestrantes nacionais de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Paraná; 24 mesas redondas abordando questões de grande relevância. A atuação dos profissionais da saúde, riscos e dúvidas em diferentes quadros clínicos, métodos inovadores de tratamento, novos protocolos, ética e participação do poder público, entre tantos outros assuntos, formaram um cenário ideal para debates extremamente enriquecedores. Como bons mineiros que sabem o valor de uma acolhida, recebemos congressistas, professores e amigos de quase todos os estados brasileiros com sua diversidade de olhar e diferentes práticas para enriquecimento do evento, garantindo intercâmbio de conhecimento e reflexões num ambiente plural, democrático e amistoso. A programação também contou com o “Simpósio EVA”, reunindo profissionais empenhados em promoverem o reconhecimento da ginecologia oncológica como área de atuação para melhorar a atenção à mulher com câncer ginecológico, no bonito Instituto Inhotim. Ainda tivemos o “Simpósio LAGO” e os seminários patrocinados por importantes parceiros. O CMGO é sinônimo de novidade e aproveitamos a edição para lançar o “Manual SOGIMIG de Emergência Ginecológica” que, juntamente com o já conhecido “Manual de Emergências Obstétricas”, propiciam informação científica de qualidade para médicos e comunidade acadêmica. A diretoria aproveitou o evento para também anunciar o lançamento da
AGNALDO LOPES DA SILVA FILHO
segunda edição do “Manual SOGIMIG de Ginecologia e Obstetrícia” no próximo semestre. Não paramos aí. Queremos contar sempre com a participação ativa dos nossos congressistas e, por isso, disponibilizamos um aplicativo exclusivo para interação com a Comissão Organizadora e sem perder nenhum detalhe dos cinco dias de programação. Mais uma vez, tivemos oportunidade para trocar conhecimento e experiências e confraternizar. Conhecemos interessantes trabalhos expostos nas galerias, nos divertimos na tradicional festa e corremos em prol da saúde feminina. Mais uma novidade desta 9º edição foi a conscientização ambiental dos congressistas. O CMGO recebeu o selo “Evento Neutro”, concedido pela Respira Mais Consultoria Ambiental, por termos conseguido minimizar 12,660 toneladas de CO2 emitidas durante os quatro dias, através do plantio de 60 árvores em fazenda no interior de Minas. Fechamos o congresso realizados pelos objetivos cumpridos e já começamos a preparar um evento ainda melhor em 2017. Esperamos vocês!
Destaque Dea Tumich
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL apresenta CONSENSO DA FIGO PELA PRIMEIRA VEZ NO BRASIL O ciclo de palestras e mesas redondas do Congresso foi marcado pela diversidade de temas. Um dos destaques da programação foi a conferência sobre o novo consenso da International Federation of Gynecology and Obstetrics (FIGO) abordando a monitorização fetal intraparto. A apresentação foi ministrada pelo professor português Diogo Ayres de Campos, membro da comissão Safe Motherhood and Newborn Health da entidade. O consenso da FIGO foi apresentado pela primeira vez no Brasil no congresso e, segundo Ayres, foi uma grande oportunidade para mostrar as diretrizes e discuti-las com os profissionais mineiros nesse importante evento. “Não se trata apenas de Portugal ou do Brasil. É uma discussão global”, destaca.
Ele abordou a hipóxia ou acidose intraparto e reforçou a importância das novas diretrizes da FIGO. As estimativas apontam que a doença acometa cerca de 500 mil fetos no mundo, a cada ano. “Havia pouco consenso sobre as terminologias, procedimentos de monitorização durante o trabalho de parto e como atuar em diferentes alterações de quadro. Por isso, foi realizado um trabalho envolvendo 50 peritos de diversos países para definir padrões a serem aplicados por todos os profissionais. É o maior consenso já feito na área”, afirma o médico. A conferência foi presidida pela médica Cláudia Laranjeiras e o especialista ainda destacou os principais objetivos do documento para evitar desfechos fetais adversos, associados à acidose intraparto. “A hipóxia
pode desencadear prematuridade, traumatismos de parto, infecções, anomalias genéticas e lesões neurológicas, entre outros males que podem atingir mães e fetos, se tornando mais recorrentes em decorrência do alto índice de cesarianas e partos instrumentados”, observa Ayres. Durante a conferência, ainda foi reforçado que a maioria dos eventos intrapartos é reversível, porém pode causar, por exemplo, compressão do cordão umbilical, atividade uterina excessiva, descolamento placentário e hemorragia fetal. O novo protocolo da FIGO estabelece a proposta de tornar os processos de detecção e tratamento mais simples e assertivos, incluindo ações clínicas, contribuindo para melhores desfechos e base de investigações visando progressos na área.
3
Avanços na ginecologia
AVANÇOS E TENDÊNCIAS NOS TRATAMENTOS GINECOLÓGICOS FECHAM
PROGRAMAÇÃO DO CONGRESSO portância da imunização das mulheres. O especialista José Geraldo Leite Ribeiro explicou que as políticas de conscientização e disponibilização de vacinas são fracas e mal elaboradas “Há uma grande necessidade de parcerias com instituições, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Febrasgo para a reversão desse cenário, uma vez que a mulher é o alicerce da família”, pondera. A médica Maria Inês de Miranda Lima palestrou sobre os procedimentos realizados para os casos de alteração nos resultados da citologia. Um dos pontos de atenção relatado foi o fato de muitos profissionais não aprofundarem a análise das lesões encontradas ou
fazerem o exame de forma equivocada, gerando um aumento de diagnósticos tardios. A geneticista Anisse Marques Chami encerrou os debates com a importância dos testes genéticos para a detecção de doenças. “Entender o significado clínico dos testes, o histórico familiar como fator de ocorrência e o acesso da população a esse tipo de teste são fatores importantes para avançarmos no diagnóstico e tratamento das doenças”, afirma.
Dea Tumich
Simpósio EVA
INHOTIM RECEBE SIMPÓSIO EVA PARA DEBATER AVANÇOS DA GINECOLOGIA ONCOLÓGICA Os participantes do “Simpósio EVA – Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos” se reuniram no paradisíaco Instituto Inhotim, na cidade de Brumadinho, para discutir os avanços da ginecologia oncológica. A presidente do EVA, Angélica Nogueira Rodrigues, abordou “A pesquisa clínica em câncer ginecológico na era da medicina personalizada”. Ela explicou que o grupo é um espaço para gerar conhecimento sobre os dados de pesquisas brasileiras, formular políticas próprias, resolver proble-
4
De aT ich um
Os avanços e as tendências em tratamentos ginecológicos foram os temas das palestras no último dia do Congresso. O primeiro palestrante Victor Hugo de Melo explanou sobre as diferenças e os benefícios da tipagem do HPV comparado com a coleta da citologia oncótica. Ele destacou que o Brasil ainda possui metodologia arcaica para detecção primária do câncer de colo de útero e que há grande necessidade de pesquisa na área. A palestra apresentou dados de estudo da Holanda e Argentina, apontando resultados obtidos em relação aos dois tipos de testes e investimentos no desenvolvimento de soluções mais eficazes. O segundo tema discutido foi a im-
mas e melhorar o acesso à informações e tratamentos, reunindo oncologistas clínicos, cirurgiões ginecológicos, radioterapeutas e profissionais da saúde. “O EVA visa controlar os cânceres ginecológicos, uma vez que ainda é necessária uma formação médica mais específica, conscientização da população sobre a doença e acesso a medicamentos que melhorem o tratamento”, destaca. O chefe da equipe de ginecologia oncológica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) Jesus Paula Carvalho esclareceu que a assis-
tência a paciente com câncer ginecológico será ainda mais eficaz, quando houver a criação e a regulamentação de uma residência na área oncológica. O presidente da Sogimig Agnaldo Lopes afirma que é necessário tornar realidade a residência médica em oncologia ginecológica para que as pacientes tenham um tratamento com resultados positivos. “Já estamos trabalhando com a Febrasgo para a especialidade ser uma realidade nos cursos de medicina e, com isso, garantir um treinamento adequado aos residentes”, observa.
Infecções perinatais Dea Tumich
ZIKA VÍRUS, TOXOPLASMOSE E SÍFILIS FORAM TEMAS DE MESA REDONDA SOBRE INFECÇÕES PERINATAIS Uma mesa redonda sobre infecções perinatais abordou as ações para melhorar a assistência médica. A discussão foi presidida por Raquel Pinheiro Tavares e Juliana Barra e envolveu infecções comuns que podem colocar em risco a saúde da gestante e do feto, além das sequelas e seus tratamentos. O médico infectologista Rodrigo Rocha apresentou as patologias transmitidas pelo Aedes Aegypti, especialmente o Zika vírus, analisando o grave cenário de epidemia existente no Brasil e no mundo. “Atualmente, 58 países já registraram a transmissão autóctone do vírus. O quadro é alarmante, pois, além da microcefalia, que já se sabe da relação direta com o
Zika, há também outras doenças e complicações que podem estar associadas, como a síndrome de Guillain-Barré”, afirma. Como ainda não existe um tratamento específico e nem uma vacina contra o Zika vírus, ele observa que o foco deve estar no monitoramento, prevenção e informação. “É um trabalho conjunto do poder público com profissionais da saúde, sem esquecer do papel da população. É preciso eliminar os focos de proliferação do vetor transmissor, usando repelentes para evitar a picada, bem como notificar todos os casos para garantir um panorama assertivo da evolução da doença”, alerta Rocha.
A médica Alamanda Pereira falou sobre a prevenção e o tratamento da toxoplasmose congênita, considerada uma doença negligenciada, apesar de ser de alto impacto e ter uma taxa de prevalência de até 80% no Brasil. Já, a aula “Sífilis congênita: porque ainda existem tantos casos” com a ginecologista Maria Tereza Rebello destacou os 2 milhões de casos da doença em gestantes no mundo, a cada ano, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cujo risco de infecção transplacentária chega a 80%. A mesa redonda teve grande adesão dos congressistas com participações durante o debate, perguntas e reflexões sobre o cenário dessas doenças.
5
Capa
ATUALIZAÇÃO CIENTÍFICA E CMGO COMO UM DOS MAIS CONGRESSOS MÉDICOS BR A programação elaborada pela Sogimig para o “IX Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia” (CMGO) reuniu centenas de participantes, entre médicos, residentes, enfermeiros, estudantes e profissionais da saúde, durante cinco dias para debates sobre novidades e tendências com extensa lista de importantes especialistas internacionais e nacionais, apresentando as tendências e novidades em pesquisas e estudos para garantir melhor adequação em atendimento e tratamentos à mulher. O Congresso começou com cinco exclusivos cursos no estilo Up to Date, seguido por outros três dias com 11 conferências e 24 mesas redondas para participação em discussões sobre os mais polêmicos assuntos e questionamentos, envolvendo a ginecologia e a obstetrícia. As apresentações destacaram diversos temas de interesse, como climatério, hemorragia obstétrica, reprodução humana e sexologia, infecções perinatais, oncofertilidade, novos protocolos e questões éticas, entre vários outros. O presidente da Sogimig Agnaldo Lopes da Silva fez um balanço muito positivo do CMGO 2016. “Nós tínhamos uma expectativa alta, justamente por ser uma grande oportunidade para atualização sobre várias questões que seriam apresentadas por profissionais renomados. Com certeza, foi um momento marcante do ponto de vista científico e social e também uma ótima ocasião para rever amigos e celebrar”, pondera. O Congresso foi aprovado e teve a organização e logística muito elogiadas pelos participantes. A ginecologista e obstetra Flávia Faria, da cidade de Paraguaçu, no Sul de Minas, participou pela segunda vez do evento. “Acabei a minha residência no começo do ano e a troca de conhecimento foi importantíssima, principalmente, depois das apresentações, quando a discussão é aberta ao público. Gostei bastante das abordagens sobre climatério e
6
obstetrícia de um modo geral, temas sempre muito concorridos, justamente por serem interessantes e com muitas novidades”, explica. A qualidade do CMGO não surpreendeu apenas veteranos. Dezenas de participantes presentes pela primeira vez, como no caso da residente Nádia de Vasconcelos, ainda destacaram o referenciado currículo dos conferencistas. “Achei interessante a divisão dos debates entre ginecologia e obstetrícia. Os temas são todos atuais e se percebe que os pa-
E INOVAÇÃO CONSOLIDAM S IMPORTANTES RASILEIROS Dea Tumich
Novidades e lançamentos A inovação é uma premissa na prática médica, tanto na busca por métodos de prevenção, detecção e tratamento, quanto em novos protocolos e abordagens de pacientes. “O material foi elaborado com bastante critério e conta com a participação ativa de diversos profissionais. A proposta é propiciar informação científica de qualidade para tornar o atendimento médico mais assertivo e humanizado. Outra novidade anunciada foi o lançamento da segunda edição do “Manual Sogimig de Ginecologia e Obstetrícia”, previsto para o próximo semestre e que já gerou muita expectativa”, conta o presidente. O debate sobre as inovações nas áreas obstétrica e ginecológica foi justamente o que chamou a atenção do médico oncologista Leonardo Pontes, de Fortaleza (CE). “As discussões ficaram num nível altíssimo, bem de acordo com a prática clínica diária dos profissionais da saúde. Todos os assuntos abordados foram extremamente pertinentes, principalmente, porque foram apresentadas as novas perspectivas em tratamentos que ainda estão surgindo no Brasil e no mundo. É a primeira vez que participo e estou motivado, especialmente, pelo Simpósio do grupo EVA”, disse.
Troca de experiências lestrantes têm um alto grau de conhecimento sobre os assuntos. Foi um pouco difícil escolher qual apresentação assistir, porque é muita coisa acontecendo ao mesmo tempo”, brinca. Nádia afirma que voltará no próximo ano e que o evento despertou um interesse ainda maior em participar de encontros científicos. A Sogimig aproveitou o Congresso para lançar o “Manual Sogimig de Emergência Ginecológica” como uma nova ferramenta para profissionais e acadêmicos.
A programação do Congresso também incluiu o intercâmbio de conhecimento, práticas e experiências com o reencontro de amigos e os momentos de confraternização pelos corredores e galerias do Minascentro. “Foi uma grande oportunidade para rever colegas da área e conhecer novos profissionais que estão despontando no cenário da ginecologia e obstetrícia em Minas Gerais e no Brasil. A integração ocorreu tanto na tradicional festa anual, quanto na ‘Corrida Saúde da Mulher em Foco’ que encerrou as atividades desse ano”, observa Lopes.
7
Evento social
PROGRAMAÇÃO SOCIAL INCLUIU FESTA NA BOATE DO PIC A programação social do Congresso incluiu uma animada festa para os congressistas na badalada Boate do PIC. A casa é muito sofisticada, mesclando uma arquitetura moderna com mobiliário exclusivo. O evento teve show especial com a banda Chevette Hatch, garantindo muitos flashbacks para uma prazerosa confraternização e o reencontro de dezenas de colegas de profissão. A diretora da Sogimig Ines Katerina Cruzeiro explica que o evento promove uma interação entre os participantes além do campo científico. “Trata-se de um programa social para amigos saírem da rotina médica diária”, afirma. Segundo o presidente da Sogimig Agnaldo Lopes, o local garante conforto e prepararam boa música e um buffet de alta gastronomia para propiciar momentos de felicidade entre os especialistas. “O encontro estimula a criação e a manutenção de laços entre todos”, informa.
A obstetra do Hospital das Clínicas Maria Amélia Sarmiento Dias da Silva disse que a confraternização foi um momento positivo para reencontrar pessoas queridas, ex-residentes e colegas de profissão. A ginecologista Marilene Monteiro destaca que o encontro foi um momento de entusiasmo e relaxamento para diversão com os colegas. O ginecologista de São João Del Rei Luiz Carlos Teixeira ficou encantado com a beleza da boate. “O Congresso foi muito bem organizado e a programação incluiu a participação de bons especialistas e debates. A escolha do local para a confraternização foi muito positiva. É um ambiente muito bonito e aconchegante”, observa. A obstetra e ginecologista de Lavras Tânia Giarola ficou feliz com a decoração do ambiente para reencontrar os amigos num clima de muita harmonia.
CORRIDA ENCERRA EVENTO COM BEM-ESTAR E ENTREGA DE MEDALHAS AO AR LIVRE
8
Maria Luiza Gondim
A “II Corrida Saúde da Mulher em Foco” fechou a programação do Congresso estimulando maior qualidade de vida com a prática esportiva. A competição foi um momento para conscientizar os congressistas sobre a importância de manter hábitos saudáveis e como o exercício físico é um grande aliado de um cotidiano feliz. A animação e diversão tomaram conta dos diversos participantes com a camisa personalizada para a corrida que aconteceu na Lagoa Seca, no bairro Belvedere. Os inscritos foram recebidos com um delicioso café da manhã e aproveitaram o momento para uma confraternização, antes da largada, que contou com os congressistas, médicos e familiares, propiciando maior integração entre associados da Sogimig e profissionais da saúde.
“O dia estava perfeito e os atletas tiveram apoio e uma ótima logística durante todo o percurso. Foi um evento de congraçamento para fechar com louvor o Congresso. Uma forma divertida e descontraída de conscientização sobre a importância do exercício físico que, muitas vezes, é deixado de lado, destacando ainda como uma caminhada, uma atividade que não exige equipamentos, pode ser realizada constantemente”, avalia o diretor da Sogimig Délzio Bicalho.
Disputa acirrada
Uma novidade nesta edição da corrida foi a utilização de um chip descartável para cronometrar o tempo dos participantes, contribuindo para a avaliação dos resultados e a seleção dos campeões. A cada volta, o período era registrado na linha de chegada e o menor tempo receberia o prêmio. A chegada da categoria feminina foi acirrada, apresentando uma diferença de poucos segundos entre o primeiro lugar com Alessandra Cerávolo e o segundo com Maria Luiz e, em terceiro, Rívia Lamaita. Já, a categoria masculina consagrou o bicampeonato do presidente da Sogimig Agnaldo Lopes, sendo que, em segundo lugar ficou Marcelo Garcia e em terceiro, Mário Dias. As medalhas foram entregues no local.
Prêmio
PREMIAÇÃO RECONHECE TRABALHO PELAS ESPECIALIDADES E PESQUISAS DE DESTAQUE
“A valorização profissional por contribuir para avanços na ginecologia e obstetrícia é um grande incentivo para novos estudos e progresso" Cláudia Laranjeiras, diretora científica da Sogimig
Dea Tumich
A premiação com a entrega das medalhas “Lucas Machado”, “Clóvis Salgado” e “Sogimig” foi novamente um dos momentos emocionantes da programação do Congresso. O reconhecimento é um estímulo à pesquisa e a cerimônia destaca os melhores trabalhos científicos publicados por associados, em 2015, em revistas oficiais da Febrasgo ou em periódicos nacionais e estrangeiros. “A valorização profissional por contribuir para avanços na ginecologia e obstetrícia é um grande incentivo para novos estudos e progresso”, afirma a diretora científica da Sogimig Cláudia Laranjeiras. A medalha “Clóvis Salgado” foi concedida ao ginecologista e ex-presidente da Sogimig Lucas Machado. “Foi algo inesperado e, ao mesmo tempo, uma surpresa muito bonita e significativa. Quando subi ao palco para receber a homenagem, minhas pernas estavam tremendo”, comenta emocionado. Já, a medalha “Lucas Machado” foi entregue a Manuel Maurício Gonçalves, professor do curso de Ciências Médicas da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) e ex-presidente da Sogimig, por destacar a importância do resgate histórico da associação, foco do trabalho que desenvolveu. “Considero de extrema importância ginecologistas e obstetras conhecerem o passado de uma entidade de grande representatividade como a Sogimig. Sempre estimulei isso internamente e ser homenageado por isso é muito gratificante”, avalia. A medalha “Sogimig” é uma homenagem a pessoas que se destacam no apoio à Saúde da Mulher e prestam relevantes serviços à entidade e às especialidades. O deputado Antônio Jorge, a pediatra Albertina Rego e o membro do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG) Hermann Von Tiesenhausen foram os agraciados. A comissão especial ainda selecionou três trabalhos científicos inscritos para premiação. Na área de ginecologia, a pesquisa vencedora abordou o papel do exame ginecológico no diagnóstico de Endometriose Profunda Infiltrativa (EPI) de autoria de Ivete de Ávila, Ivone Dirk, Luciana Maria Costa e Márcia Carneiro. Já, na obstetrícia, o estudo avaliou os fatores de risco para lacerações perineais no parto vaginal de autoria de Marilene Monteiro. A outra pesquisa analisou o papel do estresse no aumento da pressão da mulher grávida, podendo desencadear a pré-eclâmpsia, de autoria de Sara Paiva.
9
CMGO em fotos
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1. A banda Chevette Hacth animou a festa dos congressistas - 2. Amador Martins e Luciana Noronha - 3. Anisse Marques Chami, Arilto Eleutério, Renata Sousa Lima e Pedro Santos - 4. Cerimônia de abertura do IX CMGO - 5. Congressistas se divertiram em festa especial na boate do PIC - 6. Débora Esteves e Caroline Kíssila - 7. Decio Faria e Paulo Márcio - 8. Eduardo Cândido, Agnaldo Lopes, Delzio Salgado durante a Corrida - 9. Eduardo Candido, Suzana Pessini, Sérgio Triginelli e Jesus Carvalho - 10. Entrega de medalhas reuniu homenageados e diretores da Sogimig - 11. Estande da Sogimig atraiu congressistas - 12. Ivete de Ávila, coautora de um dos artigos sobre ginecologia homenageados no CMGO, entre o presidente da Sogimig Agnaldo Lopes e a diretora Claudia Laranjeiras
10
14
13
15
16
17
18
19
20
21
22
23
13. Marilne Vale de Castro Monteiro e Lucas Machado em noite de premiação - 14. OMédicos reunidos em Inhotim para o Simpósio EVA - 15. O diretor da Sogimig Delzio Bicalho e sua esposa Fran Gontijo durante a festa do congressista - 16. O português Diogo Ayres de Campos e o diretor da Sogimig Carlos Henrique durante conferência sobre redução da Taxa Nacional de Cesarianas - 17. O presidente da Sogimig Agnaldo Lopes e o deputado Antônio Jorge - 18. Os diretores da Sogimig Márcio Alexandre e Thelma Figueiredo durante a festa do congressista - 19. Os participantes foram recebidos no credenciamento - 20. Participantes da 2ª corrida do CMGO credito Maria Luiza Gondim - 21. Priscila Marinho, Maria Mariana, Carlos Wilson Dala Paula Abre - 22. Rivia Lamaita, Sandro Sabino, Franciso Perreira, Ines Katerina Marco Melo, Claudia Navarro, João Pedro, Marcelo Cançado - 23. Sara de Pinho Cunha Paiva e Marilene Vale de Castro Monteiro receberam o reconhecimento pelo trabalho científico desenvolvido
11
SOGIMIG Acontece
CURSOS UP TO DATE Dea Tumich
APRESENTAM TENDÊNCIAS E ESTIMULAM DEBATES SOBRE NOVOS ESTUDOS
Um ciclo de debates e palestras com cinco up to dates abriu o primeiro dia do Congresso com grande participação de congressistas. A primeira discussão apresentou o cenário global da hemorragia puerperal, seus riscos e respectivos tratamentos, como o inovador traje de manejo da hemorragia em parturientes, desenvolvido pela NASA. O coordenador do up to date Gabriel Osanan explicou que a maioria das mortes por perda excessiva de sangue no trabalho de parto poderia ser evitada. “É preciso que o médico esteja atento aos fatores de risco da paciente e aos sinais visíveis de sangramento”, observa. O climatério foi o tema central do curso coordenado pela médica Ana Lúcia Ribeiro Valadares com aulas sobre a avaliação da síndrome metabólica em mulheres na pós-menopausa, sexualidade, possibilidades de prevenção do Alzheimer e o uso de lasers para tratar os sintomas na pós-menopausa. O palestrante Márcio Alexandre Rodrigues destacou que todas as discussões convergiram para a importância do atendimento personalizado. “A receita não está pronta. É preciso avaliar cada caso, sempre buscando atender da forma mais humanizada possível, uma vez que o climatério é uma etapa delicada”, salienta.
Coordenado por Cláudia Lodi, o up to date sobre imagens em colposcopia mostrou as práticas e evidências observadas na prevenção e na detecção de problemas, como os cânceres de vagina, de colo de útero e da vulva. Os especialistas destacaram que, por mais que os métodos e exames evoluam constantemente, a prevenção também exige a participação ativa da paciente, que deve buscar o autocuidado e fazer o rastreamento anual das patologias.
Sexologia e reprodução A saúde sexual também foi abordada com os médicos Gerson Lopes e Stany de Paula, analisando o Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (HSDD), que acomete uma em cada dez mulheres, além de debater a nova nomenclatura das disfunções sexuais e as novidades sobre o uso da flibanserina no tratamento dos distúrbios de desejo. O médico Marco Melo abordou a baixa reserva ovariana, reforçando a necessidade de promover a discussão sobre o tema. “É de extrema importância proporcionar o diálogo entre ginecologistas, obstetras e outros profissionais envolvidos no processo de reprodução humana, pois cada um tem um papel determinante”, alerta. As apresentações coordenadas por Ines Katerina Cruzeiro e Francisco Pereira sobre reprodução humana fecharam a programação dos cursos.
12