Editorial
Modernização com o foco para o futuro
O Colégio Brasileiro de Cirurgiões chega aos 85 anos coroando uma longa trajetória que marcou definitivamente a medicina brasileira. Uma história pontuada pela audácia e o pioneirismo de corajosos cirurgiões, fundadores de uma entidade que tempos depois seria considerada a maior associação cirúrgica da América Latina, com mais de seis mil membros em todo o país, posição que se mantém até os dias atuais. Por isso o atual Diretório Nacional decidiu celebrar essa data tão significativa, promovendo uma série de ações, dentre as quais destacamos uma Sessão Solene Especial no dia 29 de julho de 2014, elaboração de um vídeo alusivo à efeméride e a atualização desta Revista Histórica. Lançada em 2007, na gestão do ex-presidente José Reinan
Sumário
Ramos, a Revista Histórica ganha uma versão atualizada e será disponibilizada exclusivamente no site do CBC. Como bem sentenciou nosso Grande Benemérito, Renato Pacheco Filho, “confiamos no futuro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e na sua destinação gloriosa a serviço da Cirurgia Brasileira”. Vamos juntos, pois, prosseguir na administração desse grande legado e proporcionar às novas gerações um CBC cada vez mais moderno, atuante e inserido na defesa dos interesses dos cirurgiões brasileiros, independente das suas áreas de especialização. TCBC Heladio Feitosa de Castro Filho Presidente (2014/2015)
Expediente
Editorial.........................................................3
Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Uma trajetória singular.......................................5
Rua Visconde Silva, 52 – 3º andar Botafogo Rio de Janeiro / RJ CEP: 22271-090 Tel.: (21) 2138-0650 www.cbc.org.br e-mail: cbc@cbc.org.br
O CBC e seus dirigentes ......................................7 A sedes do CBC.......................................48 Os fatos que marcaram história do CBC ..........55. Prêmio Colégio Brasileiro de Cirurgiões ............57 Congressos Brasileiros ....................................58 A evolução da cirurgia ......................................60
Produção Editorial e Projeto Gráfico Libertta Comunicação 1ª versão (2007) e versão atualizada (2014) Editor: João Maurício Rodrigues – jornalista
Uma Trajetória Singular
Da fase heróica até os dias atuais
“Em 1947, o professor Alfredo Monteiro levou-me a uma sessão científica do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. A reunião fascinou-me. Ali, entre tantos cirurgiões famosos, tive a certeza de que a cirurgia era a minha vocação”, revela o ex-presidente Américo Caparica Filho, ao lembrar de inúmeras passagens de sua história de mais de 58 anos de profissão – 52 deles como membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
Atualmente, é o ex-presidente mais antigo da entidade. Sua participação nas decisões do CBC desde os anos 60 é um símbolo da evolução da maior entidade cirúrgica da América Latina. A trajetória singular da entidade no cenário da medicina nacional só foi possível através de um esforço conjunto de todos os membros do CBC. Muitos foram os abnegados dirigentes que marcaram suas administra-
ções, sempre com o objetivo de promover o crescimento da entidade, transformando-a, de uma academia regional com apenas 29 Membros Titulares, exclusivos do Rio de Janeiro, em uma instituição nacional com mais de seis mil membros. Esta fascinante história começou com a fase heróica da fundação até o início da expansão nacional com Ugo Pinheiro Guimarães, dez anos depois. “O que parecia devaneio tornou-se reali-
Na cerimônia de posse do Novo Diretório de 2000/2001, realizada em 14 de janeiro de 2000, os ex-presidentes do CBC posam para uma foto histórica: da esquerda para a direita, Samir Rasslan, Guilherme Eurico Bastos da Cunha, Ruy Ferreira Santos, Orlando Marques Vieira, Eugênio Ferreira, Daher Cutait, Américo Caparica Filho, Jorge de Marsillac e Luiz Guilherme Romano.
Na cerimônia de posse do Novo Diretório de 2000/2001, realizada em 14 de janeiro, os ex-presidentes do CBC posam para uma foto histórica: da esquerda para a direita, Samir Rasslan, Guilherme Eurico Bastos da Cunha, Ruy Ferreira Santos, Orlando Marques Vieira, Eugênio Ferreira, Daher Cutait, Américo Caparica Filho, Jorge de Marsillac e Luiz Guilherme Romano.
Uma trajetória singular •
dade”, disse em seu discurso de posse. Uma década depois, Rolando Monteiro promove um rejuvenescimento da entidade com a entrada de jovens cirurgiões. No Início da década de 60 chegaram novos rumos para a expansão da entidade com a primeira sede própria. Raymundo de Britto realizava um sonho que demorou 32 anos para se tornar realidade. No final dessa década, com a posse do primeiro Diretório Nacional na gestão de Eurico da Silva Bastos, de São Paulo, criou-se a base para um mutirão pela nacionalização empreendido por Américo Caparica Filho na Gestão seguinte. No final dos anos 70, Daher Cutait inaugura a nova sede do CBC, o mais ambicioso projeto da entidade, resultado da visão empreendedora de Renato
Pacheco Filho.Os diretórios seguintes empreenderam mudanças sucessivas na modernização da entidade. Em 1992, a gestão de Orlando Marques Vieira representou um novo ciclo na política de descentralização através do incentivo às atividades dos capítulos e a realização de dois congressos nacionais fora do eixo Rio-São Paulo. Segundo o ex-presidente Samir Rasslan, nas primeiras décadas, a atuação do CBC estava mais voltada para a educação continuada e o congraçamento dos cirurgiões brasileiros. No entanto, nas últimas duas décadas, o CBC passou a dar atenção aos mais diferentes aspectos relacionados ao exercício profissional. É o caso do processo de formação do cirurgião através da residência
médica, a defesa profissional, a valorização da atuação do cirurgião e o risco do erro médico. O futuro do CBC e do Cirurgião Geral caminham juntos, na opinião de Samir Rasslan, pois depende de um Diretório Nacional representativo, atuante, dedicado e preocupado com os diferentes aspectos da atuação profissional. Está apoiado, principalmente, no crescimento e desenvolvimento dos capítulos que têm a responsabilidade de motivar e atrair novos membros. O ex-presidente Luiz Guilherme Romano, complementa, acrescentando que o futuro do CBC está em liderar todas as sociedades cirúrgicas pela tradição e respeito e o lastro de credibilidade que a entidade acumulou durante todos esses anos.
“Confiamos no futuro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e na sua destinação gloriosa a serviço da Cirurgia Brasileira. Temos certeza de que o facho luminoso empunhado pelos pioneiros de 1929 não se apagará jamais e iluminará com maior fulgor os caminhos do cirurgião da nossa terra”.
Renato Pacheco Filho Ex-Presidente do CBC
Diretórios Nacionais •
O CBC e seus dirigentes
A audácia dos fundadores Professor Catedrático de Cirurgia Ortopédica e Infantil da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Antônio Benevides Barboza Vianna fundou uma academia carioca de cirurgia no final dos anos 20, junto com outros 28 cirurgiões da cidade. A denominação de Colégio Brasileiro de Cirurgiões, similar à do American College of Surgeons, prevaleceu sobre o de Academia Brasileira de Cirurgia ou Sociedade de Cirurgiões. Para concretizar a idéia, ele entrou em contato com importantes cirurgiões do Rio de Janeiro. Na primeira reunião, realizada no dia 30 de julho de 1929, no edifício do antigo Sylogeu Brasileiro, os integrantes batizaram a nova entidade de Colégio Brasileiro de 7
Cirurgiões. A Comissão era formada por Antônio Benevides Barboza Vianna, Agenor Edézio Estellita Lins, Raul Pitanga Santos e Rolando Monteiro – todos chefes de serviços no Hospital da Cruz Vermelha Brasileira. O primeiro Estatuto previa que o CBC teria Membros Titulares efetivos e estaduais, Colaboradores, Honorários nacionais, estrangeiros e Correspondentes. A estrutura para a entrada de novos membros era similar a de uma academia, pois havia o limite de 100 vagas para as duas primeiras categorias, que só aumentaria com a terceira diretoria. Como o CBC era uma sociedade médica eminentemente carioca, no início a Diretoria ainda não tinha o nome de Diretório Nacional, que só aconteceria em 1967.
• O CBC e seus Dirigentes
1a Diretoria (1929/1931) Presidente
Augusto Brandão Filho
O pioneirismo Vice-Presidente Antônio Benevides Barboza Vianna 1º Secretário Carlos Leoni Werneck 2º Secretário Renato Brancante Machado Tesoureiro Maurício Gudin Bibliotecário Aresky Amorim Comissão de Redação Agenor Edézio Estellita Lins Jorge Guimarães Sant’ana Rolando Monteiro Comissão de Sindicância e Fiscalização Arnaldo de Moraes Oscar Alves Osório Mascarenhas
No dia sete de setembro de 1929 os fundadores do CBC elegeram a primeira diretoria da história da entidade, composta por 12 integrantes, cujo presidente era Augusto Brandão Filho. Logo que assumiu, convocou uma Sessão Extraordinária na sede da Cruz Vermelha para aprovação do primeiro Regimento Interno da entidade. A diretoria decidiu que as Sessões Ordinárias seriam realizadas bimensalmente no auditório da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, com temas ex-
clusivamente científicos e abertas à classe médica e aos estudantes de medicina. A primeira Sessão Ordinária foi realizada no dia 4 de novembro de 1929. No programa, foram apresentados dois casos de SimpáticoGangliectomia Lombar pelo próprio presidente da entidade, um de Corioepemia Lombar e outro de Epilepsia Traumática. Denominado na época como “Príncipe dos Cirurgiões”, Augusto Brandão Filho terminou a sua gestão com 34 membros, todos titulares.
2a Diretoria (1931/1933) Presidente
Carlos Leoni Werneck
Freqüência do boletim Vice-Presidente Pedro Paulo Paes de Carvalho 1º Secretário Jorge Guimarães Sant’ana 2º Secretário Joaquim Vidal Leite Tesoureiro Oscar Alves Bibliotecário Raul Pitanga Santos Comissão de Redação Augusto Brandão Filho Clovis Corrêa da Costa Renato Brancante Machado Comissão de Sindicância e Fiscalização Alberto Frani,José Maurity Santos e Paulo Cezar de Andrade
O movimento foi fraco nesse período, com apenas 10 Sessões Ordinárias e duas Extraordinárias realizadas quinzenalmente na sede da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. A doença que afastou temporariamente o presidente e a grave crise política que sacudiu a nação, com a Revolução Paulista de nove de julho e só terminada em outubro de 32, prejudicaram o movimento da entidade. Durante o mandato de Carlos Leoni Werneck, a entidade cresceu 8
muito pouco devido à desistência de alguns membros. No entanto, foram empossados oito novos Membros Titulares, todos do Rio de Janeiro, cinco Membros Correspondentes e o primeiro Membro Titular Estadual: Luiz Ignácio de Barros Lima, de Pernambuco. Carlos Werneck regularizou a edição do Boletim do CBC, cujos dois primeiros números foram editados na gestão de Augusto Brandão Filho, sob a responsabilidade de Rolando Monteiro.
O CBC e seus Dirigentes •
3a Diretoria (1933/1935) Presidente
Alberto Ribeiro de Oliveira Motta
Os primeiros colaboradores Vice-Presidente José Maurity Santos 1º Secretário Ugo Pinheiro Guimarães 2º Secretário Heleno Brandão Tesoureiro Oscar Alves Bibliotecário Raul Pitanga Santos Comissão de Redação Rolando Monteiro Arnaldo de Moraes Oscar P. de Andrade Ramos Comissão de Sindicância e Fiscalização Carlos Leoni Werneck Pedro Paulo Paes de Carvalho Jayme Poggi de Figueiredo
Nesse mandato, o número de Membros Titulares aumentou para 50. Foi decidido contratar a Revista Brasileira de Cirurgia para ser o órgão oficial do CBC, sem prejuízo da continuidade do editorial do Boletim CBC. Todos os trabalhos apresentados e lidos nas Sessões Ordinárias eram publicados pela revista e depois reunidos no Boletim do CBC. Manoel de Abreu e Roberto
Duque Estrada, dois dos mais importantes professores e radiologistas do país, do Serviço de Radiologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio, foram os primeiros Membros Colaboradores do CBC. Um médico italiano, residente no Rio Grande do Sul, foi o primeiro candidato a Membro Titular Estadual a ser recusado porque o Estado não exigia, na época, revalidação de diplomas.
4a Diretoria (1935/1937) Presidente
Jayme Poggi de Figueiredo
Convite a estrangeiros Vice-Presidente Ugo Pinheiro Guimarães 1º Secretário Heleno Brandão 2º Secretário Oscar Porphirio de Andrade Ramos Tesoureiro Oscar Alves Bibliotecário Raul Pitanga Santos Comissão de Redação Rolando Monteiro Carlos Werneck Jorge Sant’ana Comissão de Sindicância e Fiscalização Alberto Oliveira Motta Alberto Farani Pedro Paulo Paes de Carvalho
Eleitos em clima de tranqüilidade, foram empossados Jayme Poggi de Figueiredo para presidente e Ugo Pinheiro Guimarães para vicepresidente. A diretoria lutou com grandes dificuldades, mas conseguiu proporcionar ao Colégio a presença de notáveis profissionais estrangeiros, e enviou representações oficiais a importantes conclaves cirúrgicos na América do Sul. O professor José de Mendonça foi o primeiro Membro Honorário Nacional. No momento da posse, 9
anunciou uma doação para o CBC em apólices do Tesouro Nacional destinada a um prêmio anual para o melhor trabalho de clínica cirúrgica. A diretoria regulamentou esse prêmio e deu-lhe o nome de “Prêmio José de Mendonça”. Ao término do mandato, já existiam 56 Membros Titulares efetivos. Na gestão de Jayme de Figueiredo o CBC solicitou à Sociedade de Medicina e Cirurgia a locação de uma sala para a secretaria, biblioteca, arquivo e galeria de fotos dos ex-presidentes da entidade.
• O CBC e seus Dirigentes
5a Diretoria (1937/1939) Presidente
Alfredo Alberto Pereira Monteiro
O primeiro Congresso Vice-Presidente Jorge Guimarães Sant’ana 1º Secretário Rolando Monteiro 2º Secretário Aresky Amorim Tesoureiro Oscar Alves Bibliotecário Achilles de Araújo Comissão de Redação Ugo Pinheiro Guimarães Agenor E. Estellita Lins Jayme Poggi de Figueiredo Comissão de Sindicância e Fiscalização Carlos Leoni Werneck Joaquim A. de Brito Pedro Paulo Paes de Carvalho
Durante os dois anos de mandato de Alfredo Alberto Pereira Monteiro foram realizados os primeiros Congressos Brasileiro e Americano de Cirurgia, no Rio de Janeiro, na sede da Academia Nacional de Medicina. Apesar de contar com poucos recursos financeiros para a organização do evento, Alfredo Monteiro conseguiu mobilizar os inúmeros amigos que fizera em viagens a diversos centros cirúrgicos da América Latina. Por isso, foi possível convidar 30 palestrantes do Brasil, nove da Argentina, um do Chile e um do Uruguai. A Comissão Organizadora do evento era presidida por Alfredo Monteiro e integrada por Ugo de Castro Pinheiro Guimarães e Oscar
Alves, que conseguiram o apoio do Governo Getúlio Vargas, através do Ministério das Relações Exteriores, da Educação e Saúde e do Distrito Federal, então ainda no Rio de Janeiro. A Sessão Inaugural, no Teatro Municipal do Rio, em 4 de setembro de 1938, foi presidida pelo então Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema. Drenagem abdominal, Retites estenosantes, Supurações Pulmonares Crônicas e Assepsia Integral, foram os temas discutidos nas palestras, além de sessões de temas livres. O mandato foi encerrado com 54 titulares, sete colaboradores, nove titulares estaduais, um honorário nacional e um honorário estrangeiro.
Início da expansão nacional 6a Diretoria (1939/1941) Presidente
Ugo de Castro Pinheiro Guimarães
CBC no continente A eleição foi disputada. Não existiam chapas devidamente organizadas e a votação era feita para 10
cada cargo. Para presidente foi empossado Ugo de Castro Pinheiro Guimarães e para vice, Raul Pitan-
O CBC e seus Dirigentes • Vice-Presidente Raul Pitanga Santos 1º Secretário Agenor Edézio Estellita Lins 2º Secretário Iseu de Almeida e Silva Tesoureiro Oscar Alves Bibliotecário Roberto Freire Comissão de Redação Achilles de Araújo Jayme Poggi Jorge Guimarães Sant’ana Comissão de Sindicância e Fiscalização Alfredo Monteiro Paulo Cezar de Andrade Oscar P. de Andrade Ramos
ga Santos. Ao assumir a presidência, Ugo Pinheiro Guimarães elogiou o mérito das administrações passadas. “Em dez anos tornaram realidade o que parecia devaneio, desbravaram o caminho, ganharam sempre mais um vasto campo de ação, construindo obra imperecível”, proclamou. Sua diretoria foi a que melhor divulgou o Colégio perante as entidades de cirurgiões especialistas e se relacionou com os cirurgiões da América do Sul.A criação de uma confederação sul-americana de cirurgia foi discutida em sessões nos meses de setembro e outubro de 1939. Uma comissão foi composta para fazer contato com cirurgiões de outros países. A idéia foi bem aceita, sendo criada a Associação
de Congressos Interamericanos de Cirurgia, com sede em Buenos Aires. O Diretório promoveu importantes modificações no Estatuto e Regimento Interno, que permitiram o início da expansão do CBC aos mais diversos pontos do território nacional através da criação de capítulos estaduais, o aumento do número de membros no Rio e em outros estados, embora o critério limitador de vagas ainda fosse mantido: 100 Titulares, 22 Colaboradores e 150 para membros estaduais, além dos honorários nacionais e estrangeiros e correspondentes no exterior. Em 1939, foi criado o Prêmio Brant Paes Leme, destinado ao melhor trabalho sobre técnica cirúrgica, a ser distribuído anualmente.
7a Diretoria (1941/1943) Presidente
Oscar Alves
Capítulos estaduais Vice-Presidente Agenor Edézio Estellita Lins 1º Secretário Jorge de Moraes Grey 2º Secretário Ângelo Pinheiro Machado Filho 1º Tesoureiro Oscar P. de Andrade Ramos 2º Tesoureiro Arthur Moses Bibliotecário Francisco Victor Rodrigues Diretor do Museu Benjamim Vinelli Baptista Comissão de Redação Alfredo Monteiro, Jorge G. Sant’ana e Roberto Freire Comissão de Sindicância e Fiscalização Jayme Poggi, Raul Pitanga Santos e Ugo Pinheiro Guimarães
Ugo Pinheiro Guimarães, em seu discurso de transmissão da presidência a Oscar Alves disse: “Você chega à presidência sem campanha, com a naturalidade dos fenômenos previstos e necessários. Sua retidão profissional, seu grande respeito e interesse pela cultura e sua exemplar capacidade funcional nos espinhosos cargos e sua invariável afabilidade, explicam tanto sucesso alcançado no Brasil e no exterior”. Em 1941, surgiram os dois primeiros capítulos estaduais, São Paulo e Rio Grande do Sul, que foram um marco para o início da nacionalização da entidade. No dia 5 11
de novembro, Benedicto Montenegro tomou posse como Mestre do Capítulo de São Paulo. No ano seguinte, o professor Luiz Guerra Blessman assumiu o cargo de Mestre do Capítulo do Rio Grande do Sul. No mesmo ano, o CBC atendia convite do Corpo de Saúde do Exército para um Curso de Emergência destinado a preparar médicos que seriam convocados para servir na II Guerra Mundial, na Europa. Em agosto de 1942 foi comemorado o centenário da ligadura da aorta abdominal feita no Brasil pelo Professor Cândido Borges Monteiro – O Visconde de Itaúna.Comparece-
• O CBC e seus Dirigentes
ram representantes do Presidente da República, ministros, o prefeito da Capital e representantes de sociedades médicas. Outras sessões semelhantes aconteceram nas cidades de Campos, São Paulo, Vitória (ES), Aracaju, Curi-
tiba, Porto Alegre e Teresina. Ao fim do seu mandato, Oscar Alves conseguiu um aumento de cerca de 30% no número de sócios. Agora já eram 156 Membros, sendo que 70% do Rio de Janeiro.
O CBC preparou médicos brasileiros para a II Guerra Mundial. 8a Diretoria (1943/1945) Presidente
Antônio Benevides Barboza Vianna
Queda no ritmo 1º Vice-Presidente Arnaldo de Moraes 2º Vice-Presidente Raul Pitanga Santos Secretário Geral Francisco de Castro Araújo 1º Secretário Sylvio Abreu Fialho 2º Secretário Correntino Weguellin Nogueira Paranaguá 1º Tesoureiro Oscar Alves 2º Tesoureiro Ary Pinheiro de Oliveira Lima Bibliotecário Sebastião Capistrano Pereira Diretor de Museu Amadeu Fialho Comissão de Redação Pedro Paulo Paes de Carvalho Heitor Annes Dias Deolindo A. Nunes do Couto Comissão de Sindicância e Fiscalização Ugo Pinheiro Guimarães Jayme Poggi de Figueiredo Augusto Brandão Filho
Comparado ao período de Ugo Pinheiro Guimarães e Oscar Alves houve queda no ritmo de crescimento na gestão de Antônio Benevides Barboza Vianna, apesar do número ter aumentado para 181 membros. No entanto, o Diretório incrementou os capítulos estaduais de São Paulo, Rio Grande do Sul, e criou o de Minas Gerais, cujo Mestre foi o professor Eduardo Borges da Costa. Barboza Vianna ainda incentivou a criação dos capítulos da Bahia e Pernambuco, mas não foi possível concretizar o seu projeto,
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pois devido a problemas de saúde teve que se afastar da presidência, no primeiro semestre de 1945. Em seu lugar assumiu o vice Arnaldo de Moraes. Em julho de 1944 foi realizada uma Sessão Solene para comemorar o aniversário do CBC e recepcionar o novo Membro Honorário, professor Augusto Paulino Soares de Souza. Alguns cirurgiões estrangeiros de prestígio participaram de Sessões, entre eles Pablo Mirizzi e Angel Cinelli, da Argentina e Leo Eloesser, dos Estados Unidos, que foi empossado como Membro Correspondente.
O CBC e seus Dirigentes •
9a Diretoria (1945/1947) Presidente
Ugo Pinheiro de Castro Guimarães
Cientista estrangeiro 1º Vice-Presidente Aresky Amorim 2º Vice-Presidente Heraldo Maciel Secretário Geral Agenor Edézio Estellita Lins 1º Secretário Manoel Cláudio da Mota Maia 2º Secretário João Barbosa Mello Bibliotecário Amadeu Fialho Diretor de Museu Benjamim Vinelli Baptista Comissão de Redação Fernando Ellis Ribeiro Álvaro de Paula Pontes Renato Pacheco Filho Comissão de Sindicância e Fiscalização Alfredo Alberto Pereira Monteiro Jayme Poggi de Figueiredo Antônio Benevides Barboza Vianna
Com o afastamento de Antônio Benevides Barboza Vianna da presidência, os 109 membros do Rio de Janeiro decidiram que para estimular o crescimento da entidade era necessária a volta de Ugo Pinheiro Guimarães à presidência do CBC. A nova Diretoria realizou bastantes sessões, estimulou o funcionamento dos capítulos e implantou os da Bahia e Pernambuco. Realizou 25 Sessões Ordinárias e cinco Extraordinárias, entre elas para recepcionar Sir Howard Florey, co-descobridor da Penicilina.Houve um aumento de cerca de 10% no crescimento da entidade. Um dos atos de maior desta-
que e grande repercussão foi a sessão solene realizada no Ministério da Educação e Saúde, no dia 19 de novembro de 1945 para homenagear os médicos do Exército, Marinha e Aeronáutica que participaram da 2ª Guerra Mundial. Foram distribuídas medalhas de bronze a todos os médicos que estiveram a serviço. Em seu livro sobre a Evolução da Cirurgia no Brasil, Renato Pacheco Filho revela que a homenagem foi uma das cerimônias mais empolgantes e significativas patrocinadas pelo CBC, prova de admiração, entusiasmo e respeito que contou com o apoio unânime de todos os médicos brasileiros.
10a Diretoria (1947/1949) Presidente
Alfredo Alberto Pereira Monteiro
Homenagem a Oscar Alves 1º Vice-Presidente Antônio Guerreiro de Faria 2º Vice-Presidente Deolindo A. Nunes do Couto Secretário Geral Sylvio Frederico Brauner
A estabilidade financeira ficou comprometida na gestão do Diretório presidido por Alfredo Alberto Pereira Monteiro, mesmo tendo registrado um crescimento de quase 20% com novos membros. A situação aconteceu devido à demora 13
do Governo Federal em repassar a verba de patrocínio ao IV Congresso Brasileiro de Cirurgia e do V Congresso Interamericano de Cirurgia, que só foi autorizada após o evento. Além disso, a Prefeitura do Distrito Federal, no Rio, havia cancelado a
• O CBC e seus Dirigentes 1º Secretário Darcy Bastos de Souza Monteiro 2º Secretário Correntino Weguellin N. Paranaguá 1º Tesoureiro Oscar Alves 2º Tesoureiro Jorge Moutinho Dória Bibliotecário Amadeu Fialho Diretor de Museu Benjamim Vinelli Baptista Comissão de Redação Jorge Guimarães Sant’ana Fernando Ellis Ribeiro Sylvio Carvalho d’Avila Mello Comissão de Sindicância e Fiscalização Ugo Pinheiro Guimarães Jayme Poggi de Figueiredo Jorge de Moraes Grey
subvenção anual de 20 mil cruzeiros, fornecida desde 1945, e a taxa de inadimplência dos membros do CBC estava muito alta. Nas Assembléias Extraordinárias realizadas em janeiro de 1948, a entidade promoveu uma homenagem ao ex-presidente Oscar Alves, falecido em dezembro do ano anterior. Na ocasião, decidiu-se também transferir a secretaria do CBC, que durante cerca de 20 anos estava localizada no consultório do
ex-presidente, para a sede da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Alfredo Monteiro não descuidou do intercâmbio com outros centros estrangeiros. Por isso pronunciaram conferências nas Sessões do Colégio professores da França, Estados Unidos e Argentina. O CBC também participou, em outubro de 1948, do V Congresso Interamericano de Cirurgia, realizado em La Paz, na Bolívia.
11a Diretoria (1949/1951) Presidente
Jorge de Moraes Grey
Renúncia e crise política 1º Vice-Presidente José Ribeiro Portugal 2º Vice-Presidente Sylvio Frederico Brauner Secretário Geral Correntino Weguellin N. Paranaguá 1º Secretário Eugênio de Souza 2º Secretário Rubem da Costa Leite Amarante 1º Tesoureiro Jorge Moutinho Dória 2º Tesoureiro Otacilio Gualberto de Oliveira Bibliotecário Sylvio Carvalho d’Avila Mello Diretor de Museu José Arthur de Carvalho Kós Comissão de Redação Paulo Niemeyer Soares, Eduardo Augusto de Caldas Brito João Barbosa Mello Comissão de Sindicância e Fiscalização Ugo Pinheiro Guimarães Iseu de Almeida e Silva Rolando Monteiro
Seguindo as diretrizes de diretorias anteriores, o CBC manteve contato constante com cirurgiões e entidades estrangeiras. Nesse período, o CBC atravessou uma séria crise política.O presidente Jorge de Moraes Grey afastou-se em 49 e só voltou em 50,quando pediu demissão irrevogavelmente da presidência da entidade. A crise foi contornada com a eleição de Rolando Monteiro,
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na sede Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, que liderou um movimento de abertura e rejuvenescimento. ”Injetouse sangue novo no corpo doente do CBC promovendo o ingresso maciço de uma plêiade de jovens médicos, desejosos de participar das atividades da casa, e que eram impedidos por falta de vagas”, explicou Renato Pacheco Filho.
O CBC e seus Dirigentes •
Abertura e rejuvenescimento 12a Diretoria (1951/1953) Presidente
Rolando Monteiro
Ampliação de vagas 1ºVicePresidente Sylvio Frederico Brauner 2ºVicePresidente Correntino Weguellin N. Paranaguá 1°Secretário Renato Pacheco Filho 2ºSecretário Dagmar Aderaldo Chaves 1ºTesoureiro Iseu de Almeida e Silva 2ºTesoureiro João Barbosa Mello Bibliotecário Gustavo Soares de Gouvêa Diretor de Museu Cândido Benedicto de Oliveira Ribeiro Comissão de Redação Jorge Guimarães Sant’ana Anthero Junqueira Mário Pardal Comissão de Sindicância e Fiscalização Ugo Pinheiro Guimarães Alfredo Monteiro Darcy Monteiro
Por consenso geral só um nome estaria em condições de assumir a direção da entidade no momento de crise política com a renúncia do presidente Jorge de Moraes Grey: Rolando Monteiro. O novo Diretório já encontrara aprovado um acréscimo no Estatuto, criando o quadro de Membros Aspirantes, medida de grande importância para o rejuvenescimento do CBC. Com apenas 272 membros em todo o país, a entidade precisava romper com o modelo existente desde a fundação para ter chance de crescer e sobreviver. Numerosos jovens cirurgiões, já com considerável experiência, aguardavam a abertura de vagas para ingressar na sociedade médica que representava a cirurgia brasileira. Ainda no primeiro mês do mandato foi proposta a nova reforma do Estatuto, o que só poderia ser feito no mês de novembro, quando o Estatuto vigente completaria 10 anos. Foi ampliado o número de membros titulares de 100 para 150, o de colabo-
radores de 22 para 32 e os membros estaduais de 150 para 250, elevando o número total de membros, até o final do mandato, em 380. O biênio de Rolando Monteiro também foi bastante produtivo para o intercâmbio científico-cultural, pois o CBC participou de importantes eventos realizados no exterior e recebeu personalidades da cirurgia mundial, que participaram de reuniões na entidade. A categoria de Membros Honorários Estrangeiros recebeu mais cinco integrantes e a de Membros Correspondentes 11. A criação de uma sede própria que tivesse um único espaço para a administração e auditório foi bastante discutida pelo Diretório. Para isso foi formada uma Comissão de um projeto na Câmara legislativa do Distrito Federal autorizando a doação de um terreno no Centro do Rio de Janeiro para o CBC erguer a sua sede própria, além de auxílio financeiro do Governo. No entanto, a instabilidade política do país nesse período dificultou o andamento dos projetos.
Numerosos jovens cirurgiões aguardavam a abertura de vagas no CBC. 15
• O CBC e seus Dirigentes
13a Diretoria (1953/1955) Presidente
Correntino Weguellin Nogueira Paranaguá
Congresso Interamericano 1º Vice-Presidente Darcy Bastos de Souza Monteiro 2º Vice-Presidente Rubens da Costa Leite Amarante Secretário Geral Fernando Ellis Ribeiro 1º Secretário Renato Pacheco Filho 2º Secretário Lúcio Villanova Galvão 1º Tesoureiro Iseu de Almeida e Silva 2º Tesoureiro Jorge Sampaio de Marsillac Motta Bibliotecário Jésse Pandolpho Teixeira Diretor de Museu Humberto Barreto Comissão de Redação Jorge Guimarães Sant’ana Jorge Gentile de Carvalho Mello Orlando Freitas Vaz Comissão de sindicância e Fiscalização Rolando Monteiro Ugo Pinheiro Guimarães Sylvio Frederico Brauner
Correntino Paranaguá continuou o ciclo de renovação iniciado na gestão anterior. O CBC aumentou substancialmente os seus quadros no biênio, pois foram realizadas novas reformas no Estatuto que proporcionaram a ampliação do número de Membros Titulares do Núcleo Central, de 150 para 200. Os Colaboradores passaram a ser denominados Titulares Colaboradores. Os Membros Aspirantes passaram a ser chamados de Membros Associados, com o ingresso em número ilimitado. Os Titulares e Titulares Colaboradores com mais de 25 anos na categoria ou 65 anos de idade poderiam ser elevados a Membros Eméritos e não mais a Honorários Nacionais. O novo Estatuto estabelecia que no Rio de Janeiro haveria um Núcleo Central diretor e que cada Capítulo seria dirigido por uma diretoria própria, eleita e constituída de acordo com as novas regras estabelecidas.
Através da expressiva atuação do CBC na América Latina a Associação de Congressos InterAmericanos de Cirurgia – ACIC escolheu São Paulo para ser a sede do 10º Congresso Interamericano de Cirurgia, previsto para 1954. No entanto, o suicídio do Presidente da República Getúlio Vargas paralisou temporariamente o apoio financeiro do Governo Federal e o evento foi transferido para o ano seguinte. O novo presidente também estreitou o relacionamento cultural com os capítulos, principalmente os do norte-nordeste do país onde os eventos médicos eram realizados com menor freqüência. Promoveu programa de conferências e demonstrações cirúrgicas coordenadas por Humberto Barreto. Em Teresina foram realizadas quatro conferências e 18 demonstrações cirúrgicas, formando equipes com os próprios colegas dos capítulos. Humberto Barreto também ajudou a instalar o capítulo do Maranhão através de inúmeras atividades científicas.
A reforma no Estatuto ampliou para 200 o número de vagas de membros titulares.
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O CBC e seus Dirigentes •
14a Diretoria (1955/1957) Presidente
Renato Pacheco Filho
Incentivo aos Capítulos 1º Vice-Presidente Darcy Bastos de Souza Monteiro 2º Vice-Presidente José Arthur de Carvalho Kós Secretário Geral Humberto Barreto 1º Secretário Lúcio Villanova Galvão 2º Secretário Luiz Moreira da Costa Lima 1º Tesoureiro Maurício Teichholz 2º Tesoureiro Jorge Sampaio de Marsillac Motta Bibliotecário Danilo Coimbra Gonçalves Diretor de Museu Carlos Renato Grey Comissão de Redação Jésse Pandolpho Teixeira Júlio Arantes Sanderson de Queiroz Orlando Freitas Vaz Comissão de Sindicância e Fiscalização Correntino Weguellin N. Paranaguá Rolando Monteiro Ugo Pinheiro Guimarães
Pela primeira vez, desde a sua fundação, o novo Diretório foi eleito em Assembléia Geral Ordinária, órgão estatutário criado na administração anterior. Além disso, Membros Titulares dos estados também exerciam o direito de voto na escolha dos dirigentes nacionais. O Diretório não manteve o índice de crescimento dos dois mandatos anteriores, mas não se desvinculou da penetração no interior do país, nem do relacionamento internacional. Os capítulos mereceram atenção especial, especialmente o de São Paulo, local onde se realizaria o Congresso Brasileiro e Interamericano e que adquirira razoável número de membros e estava desempenhando grande atividade científica.Para descentralizar as atividades do Núcleo Central, o Diretório Nacional autorizou o Mestre do Capítulo de São Paulo a analisar, selecionar e empossar seus membros. Foram 15 Titulares. A Sessão Inaugural do V Congresso Brasileiro de Cirurgia e do X Congresso Interamericano de Cirurgia foi realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no dia 5 de novembro de 1956, com a direção do Presidente da República e também médico, Juscelino Kubitschek – Pre-
sidente de Honra do Congresso e que também foi empossado como Membro Honorário do CBC. Como desde 1947 o CBC não realizava o seu congresso por falta de condições financeiras, foi necessário pedir ajuda ao Governo Federal. O Presidente apoiou a reivindicação e sancionou um Projeto de Lei que concedia auxílio financeiro para a realização dos eventos em 1956. As atividades científicas começaram no dia 5 de novembro, no Centro de Convenções do Hotel Glória. No dia 8, os participantes viajaram para São Paulo em ônibus especiais, acompanhados de uma caravana de automóveis. No caminho, pararam em Volta Redonda para visita à Companhia Siderúrgica Nacional. Depois foram para SP onde, no dia 9, recomeçaram a programação científica, na sede da Associação Paulista de Medicina. Compareceram 52 palestrantes estrangeiros: 28 da Argentina, três da Bolívia, três do Canadá, um do Chile e da Venezuela, 10 dos Estados Unidos, seis do Peru. Foram debatidos três temas oficiais e realizadas 15 seções especializadas. O evento recebeu 416 inscrições, sendo que 61 foram de participantes estrangeiros.
“Qualquer instituição deve caminhar sempre para a frente, sem descuidar da sua história. O progresso é conseqüência do que foi realizado no passado. Em cada momento, os detentores ocasionais de qualquer espécie de poder devem ter em mente que a evolução se processa em fases sucessivas, com avanços e recuos, e que eles nada mais fazem do que lançar pontes para o futuro, da mesma forma de outros que os antecederam o fizeram. São simples elos de uma corrente ininterrupta, iniciada em gerações anteriores, de lançadores de pontes necessárias, capazes de permitir aos seus sucessores a consolidação do terreno ocupado e, assim, continuamente” 17
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15a Diretoria (1957/1959 Presidente
Humberto Barreto
Visitas a hospitais 1º Vice-Presidente Jésse Pandolpho Teixeira 2º Vice-Presidente Júlio Arantes Sanderson de Queiroz Secretário Geral Lúcio Villanova Galvão 1º Secretário Orlando Freitas Vaz 2º Secretário Antônio Vespasiano Ramos 1º Tesoureiro Maurício Teichholz 2º Tesoureiro Ernestino Gomes de Oliveira Bibliotecário Élio Arduino Diretor de Museu Oscar Cardoso Rudge Comissão de Redação Darcy Bastos de Souza Monteiro Renato Pacheco Filho Luiz Moreira da Costa Lima Comissão de Sindicância e Fiscalização Correntino Weguellin N. Paranaguá Rolando Monteiro Ugo Pinheiro Guimarães
Essa diretoria foi empossada quando o CBC completava 28 anos de existência e possuía 630 membros. O presidente Humberto Barreto iniciou o seu mandato promovendo as sessões hospitalares, nova forma de divulgar o CBC. A diretoria e alguns membros visitavam os maiores hospitais do Rio de Janeiro para debater diversos assuntos com os colegas “O CBC não poderá permanecer no âmbito de suas salas, restrito às reuniões científicas sem ecos e sem frutos. Precisamos fugir da plana linha da rotina em que vivemos. Somos profissionais de uma arte, cada vez mais ciência, que se prende intimamente à sociedade “, disse Humberto Barreto em um de seus discursos numa Sessão Solene do CBC. O ponto culminante da diretoria foi a promoção do VI Congresso Brasileiro de Cirurgia, realizado no Rio de Janeiro, na sede da Academia Nacional de Medicina, de 26 a 30 de julho de 1959, data em que o CBC completava 30 anos de fundação. A proposta foi a de fazer um congresso meramente nacional,
sem a apresentação de convidados estrangeiros e com a realização de sessões operatórias em diversos hospitais públicos da capital. No mandato, reconheceu-se por consenso, a necessidade de transformar o Boletim em Revista eficiente, de modo a aumentar os interesses dos membros do CBC, para que lhes assegurasse a divulgação dos trabalhos apresentados. Foi igualmente reconhecido que a existência de uma revista de bom padrão seria um bom meio para estabelecer permutas com revistas estrangeiras e nacionais, com positiva repercussão no desenvolvimento da biblioteca. Na gestão de Humberto Barreto, o Capítulo de São Paulo teve uma intensa atividade científica na capital e nas cidades do interior. Em 1957, aconteceu uma Sessão Solene em conjunto com a Academia de Medicina de São Paulo e o Departamento de Cirurgia da Associação Paulista de Medicina, comemorativa ao tri-centenário do médico inglês Willian Harvey, descobridor da circulação sanguínea no corpo humano.
“O CBC não poderá permanecer no âmbito de suas salas, restrito às reuniões científicas sem ecos e sem frutos. Precisamos fugir da plana linha da rotina em que vivemos. Somos profissionais de uma arte, cada vez mais ciência, que se prende intimamente à sociedade”. Num país em que se planejam obras suntuosas não deve faltar o mínimo para o exercício de uma atividade médica das mais capazes. Compreendamos a realidade brasileira e procuremos, apenas, organizar o ensino de nossa arte e orientar e fiscalizar o exercício da nossa terapêutica, dentro dos padrões mínimos que a ciência exige ““.
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O CBC e seus Dirigentes •
Novos rumos para a expansão 16a Diretoria (1959/1961) Presidente
Raymundo de Moura Britto
Enfim, a sede própria 1º Vice-Presidente Jésse Pandolpho Teixeira 2º Vice-Presidente Carlos Renato Grey Secretário-Geral Luiz Moreira da Costa Lima 1º Secretário Élio Arduino 2º Secretário Hélio Ribeiro da Silva 1º Tesoureiro João Joaquim Pizarro 2º Tesoureiro Leorys Maia Dallalana Bibliotecário Renato Clark Bacellar Diretor de Museu Oscar Cardoso Rudge Comissão de Redação Darcy Bastos de Souza Monteiro Humberto Barreto Renato Pacheco Filho Comissão de Sindicância e Fiscalização Correntino Weguellin N. Paranaguá Rolando Monteiro Ugo Pinheiro Guimarães
“Transmito agora o resultado de dois anos de lutas e um facho luminoso de esperança e fé, num futuro cada vez mais grandioso para o Colégio Brasileiro de Cirurgiões”. Em seu discurso no dia da inauguração da primeira sede própria, Raymundo de Britto realizava um sonho esperado desde a fundação do CBC, há 32 anos. A expansão nacional do CBC inicia-se com Ugo Pinheiro Guimarães, e o processo de abertura da entidade às novas gerações médicas, empreendido por Rolando Monteiro e as diretorias que lhe sucederam tiveram um eficaz suporte com a sede própria inaugurada por Raymundo de Britto. Raymundo de Britto iniciou uma campanha para captar recursos junto aos colegas cirurgiões, instituições financeiras e indústrias farmacêuticas. Conseguiu apoio do Senador Reginaldo Fernandes, que também era médico, para a inclusão de um projeto para uma verba especial do Governo Federal. O resultado é que em sua administração foi possível dispor de recursos para construir a sede própria e aumentar o patrimônio do CBC em mais de 30 vezes. A sede era um antigo casarão colonial de dois pavimentos cercado de plantas tropicais, arbustos, flores e árvores frutíferas, na rua Visconde 19
de Silva, 52. A inauguração, que fez parte da programação do VII Congresso Brasileiro de Cirurgia, aconteceu no dia 19 de julho de 1961, com a presença do Governador do antigo Estado da Guanabara, Carlos Lacerda. Em seguida, foi oferecido um churrasco nos jardins da casa. Cerca de 500 pessoas participaram do VII Congresso Brasileiro de Cirurgia.Foram discutidos quatro temas oficiais de cirurgia geral em 10 mesas redondas e 153 temas livres, além da realização de sessões cirúrgicas em serviços de cirurgia em diversos hospitais públicos da cidade. Raymundo de Britto também deu atenção especial também às atividades científicas. Promoveu nove simpósios de cirurgia torácica, ginecologia, neurocirurgia, obstetrícia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, proctologia e urologia. Instituiu 10 bolsas de estudo para cirurgiões para estágio em hospitais do Rio de Janeiro e São Paulo durante um ano, cabendo aos capítulos a seleção dos candidatos. Nessa época, o CBC já se preocupava com a qualidade dos serviços de saúde. Por isso, em colaboração com a Associação Brasileira de Hospitais, fez pesquisas para instituir o padrão minímo de qualidade dos estabelecimentos de saúde do país.
• O CBC e seus Dirigentes
17a Diretoria (1961/1963) Presidente
Correntino Weguellin Nogueira Paranaguá
Crise financeira 1º Vice-Presidente Jésse Pandolpho Teixeira 2º Vice-Presidente Luiz Moreira da Costa Lima Secretário-Geral Élio Arduino 1º Secretário Vital Imbassahy de Mello 2º Secretário Helga da Rocha Pitta Bibliotecário Octávio Benjamim Tourinho Diretor de Museu Iwan de Oliveira Figueiredo Comissão de Redação Carlos Renato Grey Humberto Barreto Renato Pacheco Filho Comissão de Sindicância e Fiscalização Raymundo de Moura Britto Rolando Monteiro Ugo Pinheiro Guimarães
Ao ser empossado pela segunda vez, o presidente Correntino Paranaguá declarou que pretendia criar novos capítulos, participar de forma mais ativa da formação dos futuros cirurgiões através da realização de cursos que abrangessem setores da cirurgia geral e de suas especialidades. Em seu discurso de posse, elogiou o trabalho do seu antecessor Raymundo de Britto que livrou o CBC de um complexo de inferioridade ao inaugurar a primeira sede própria, pois há 32 anos a entidade era hóspede de sociedades médicas. Em março de 62, o presidente renunciou em virtude de sua transferência para Brasília, sendo substituído por Jesse Teixeira. O VIII Congresso Brasileiro de Cirurgia foi realizado em São Paulo, de 7 a 13 de julho, na Faculdade de Medicina da USP, numa demonstração de apreço à intensa atividade
que vinha sendo desenvolvida pelo capítulo local. O presidente de honra foi o Presidente da República, João Goulart, e como membros de honra, o Governador de São Paulo, Ademar de Barros, o Prefeito Prestes Maia e o Ministro da Saúde, Wilson Fadul. Não houve um tema central a ser discutido como nos eventos anteriores, mas sim 15 temas, 125 apresentações de temas livres, 19 filmes científicos e quatro cursos de atualização. Foram 15 congressistas do exterior: 10 da Argentina, dois do Chile, um do Paraguai, França e Uruguai. Em setembro de 1963, o CBC encontrava-se em crise financeira e institucional devido à instabilidade política no Brasil. Apenas um número do Boletim do Colégio Brasileiro de Cirurgiões pôde ser editado, reunindo as atividades do período de Raymundo de Britto e Correntino Paranaguá.
SEJA MEMBRO DO CBC Membro Titular / Titular-Colaborador Membro Adjunto ACBC Membro Aspirante e Membro Acadêmico
O CBC e seus Dirigentes •
18a Diretoria (1963/1965) Presidente
Gastão Dias Velloso
Utilidade pública 1º Vice-Presidente Jorge Sampaio de Marsillac Motta 2º Vice-Presidente Ruy Goyanna Secretário-Geral Henrique Manoel de Assumpção Rupp 1º Secretário Vital Imbassahy de Mello 2º Secretário Américo Caparica Filho 1º Tesoureiro Pedro Moacyr de Aguiar 2º Tesoureiro Américo Bernacchi Bibliotecário Renato Clark Bacellar Diretor de Museu Iwan de Oliveira Figueiredo Comissão de Redação Humberto Barreto Deyler Goulart Meira Luiz Moreira da Costa Lima Comissão de Sindicância e Fiscalização Jésse Pandolpho Teixeira Raymundo Britto Renato Pacheco Filho
Desde o início de sua gestão, o presidente Gastão Dias Velloso procurou inovar as atividades do CBC, abandonando praticamente as sessões ordinárias tradicionais para a apresentação de duas ou três comunicações do membro da casa. Deu ênfase às sessões específicas destinadas a determinados assuntos, especialmente convocadas com essa finalidade e as promoveu, sempre que possível, conjuntamente com outras entidades congêneres. Estimulou o Colégio a reunir em sua sede mais de 10 convidados estrangeiros de renome na cirurgia mundial. Em julho de 64, o CBC foi reconhecido oficialmente como instituição de Utilidade Pública, através de lei promulgada pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro,
por iniciativa do médico e Deputado Estadual Domingos Ângelo. Esse foi um fator muito positivo para o CBC, gerador de inúmeros benefícios. Na gestão de Gastão Dias Velloso foi realizado o IX Congresso Brasileiro de Cirurgia, em julho de 1965, no Centro de Convenções do Hotel Glória. Uma das novidades foi a escolha, pela primeira vez, de um tema central; no caso, o câncer. A vantagem era a possibilidade de despertar o interesse de todos os cirurgiões gerais e especializados, modelo que prevalece até hoje. Foram introduzidas novas modalidades, como os colóquios, atividades que colocavam à disposição dos congressistas, durante 45 minutos, um especialista para responder perguntas e esclarecer dúvidas.
SEJA MEMBRO DO CBC
Membro Aspirante (antigo Membro Residente) ASCBC
Comprovação de estar cumprindo um programa de Residência Médica ou de Treinamento em uma das especialidades previstas em nosso Estatuto, reconhecido oficialmente pelo CBC ou órgão governamental.
• O CBC e seus Dirigentes
19a Diretoria (1965/1967) Presidente
Jorge Sampaio de Marsillac Motta
Amplitude nacional 1º Vice-Presidente Alberto Lima de Moraes Coutinho 2º Vice-Presidente Henrique Manoel de Assumpção Rupp Secretário-Geral Vital Imbassahy de Mello 1º Secretário Américo Caparica Filho 2º Secretário Décio Guimarães Pereira 1º Tesoureiro Fernando Augusto da Frota Linhares 2º Tesoureiro Adayr Eiras de Araújo Bibliotecário Fernando Antônio Braga Lopes Diretor de Museu Edgard da Rosa Ribeiro Comissão de Redação João Cardoso de Castro Lúcio Villanova Galvão Luiz Moreira da Costa Lima Comissão de Sindicância e Fiscalização Humberto Barreto Raymundo de Moura Britto Renato Pacheco Filho
A reforma estatutária de maio de 67 foi fundamental, pois deu ao CBC um caráter nacional, possibilitando que todos os membros Honorários Nacionais, Eméritos, Titulares e TitularesColaboradores tivessem o direito de voto desde que estivessem em dia com as contribuições para o Colégio. Além disso, assegurava a qualquer dos membros o direito de concorrer aos cargos do Diretório Nacional e ao Conselho de Seleção.
O novo Estatuto proporcionou a eleição pela primeira vez do Diretório Nacional, antes chamado de Diretoria, a do Conselho Superior, integrado por ex-presidentes, o órgão executivo máximo da entidade e os diretores das seções especializadas do Núcleo Central. A reforma estatutária também aumentou de 200 para 500 o número limite de titulares e foram criadas mais quatro seções especializadas: cancerologia, cirurgia pediátrica, cirurgia plástica e cirurgia cárdio-vascular.
Início da expansão nacional 20a Diretoria e 1o Diretório Nacional (1967/1969) Presidente
Eurico da Silva Bastos
Primeiro Diretório Nacional Com a vigência do novo Estatuto, pela primeira vez em sua história, o CBC elegeria um presidente 22
fora do Rio de Janeiro: Eurico da Silva Bastos. A partir daí iniciava-se uma nova fase rumo à nacionaliza-
O CBC e seus Dirigentes • 1º Vice-Presidente Vital Imbassahy de Mello(GB) 2º Vice-Presidente Clóvis Salgado (MG) 3º Vice-Presidente Elyseo Pagliolo (RS) 4º Vice-Presidente Augusto Cezar leite (SE) Secretário-Geral Américo Caparica Filho (GB) 1º Secretário Décio Guimarães Pereira (GB) 2º Secretário Fábio Schmidt Goffi (SP) 3º Secretário Jorge Ferreira Machado (Petrópolis/RJ) Tesoureiro Geral Walter Ferrari (GB) Tesoureiro Adjunto Jair Pereira Ramalho (GB) Diretor de Publicações Júlio Sanderson de Queiroz (GB) Diretor de Biblioteca e Museu Deyler Goulart Meira (GB) Comissão de Sindicância e Fiscalização Eurico Branco Ribeiro (SP) Haroldo Gondim Joaçaba (CE) José Bolivar Drumond (MG) Lucídio Portela Nunes (PI) Renato Pacheco Filho (GB)
ção do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Segundo Renato Pacheco Filho, embora o CBC possuísse membros em diversos estados e tivesse montado a organização em capítulos desde 1941, alguns deles eram omissos e por vezes carentes de estímulo do Núcleo Central. Até a reforma estatutária de 1954 havia evidente discriminação entre os membros do Núcleo Central e os estaduais. A partir da nova reforma estatutária foi possível a participação ativa dos outros estados nas decisões de âmbito nacional do CBC. Não houve por parte do Diretório Nacional nenhum apoio aos outros capítulos já constituídos, nem estímulo para a formação de novos, perdendo-se assim uma outra grande arrancada em nível nacional. A primeira gestão nacional retomou a edição do Boletim do CBC – órgão oficial da entidade que não era publicado deste 1963. Além disso, houve o cuidado em fazer uma boa administração financeira e
a realização de um grande número de cursos de atualização realizados na sede. Em 17 de abril de 1968, o CBC recepcionava o famoso cirurgião Crhistian Barnard, em Sessão Conjunta realizada com a Escola Médica do Rio de Janeiro, pertencente à Universidade Gama Filho, no bairro de Piedade, subúrbio do Rio de Janeiro. O autor do primeiro transplante de coração recebeu das mãos do presidente em exercício do Colégio, Antonio Imbassahy de Mello, uma beca do CBC e o Diploma de Membro Honorário Estrangeiro, conferido aos cirurgiões estrangeiros cujos trabalhos significam contribuição original e notável ao conhecimento científico. Após a homenagem, Crhistian Barnard pronunciou uma conferência a respeito da técnica operatória empregada e os aspectos imunológicos, seguido de um debate coordenado pelo professor Euríclides Jesus Zerbini, de São Paulo, com a participação de Adib Jatene.
21a Diretoria e 2o Diretório Nacional (1969/1971) Presidente
Américo Caparica Filho
A Nacionalização 1º Vice-Presidente Renato Pacheco Filho (GB) 2º Vice-Presidente João de Lorenzo (SP) 3º Vice-Presidente José Bolivar Drumond (MG) 4º Vice-Presidente Zenon Rocha (PI) Secretário-Geral João Cardoso de Castro (GB)
A arrancada para a nacionalização do CBC, seria retomada pelo presidente Américo Caparica Filho, que concorreu com Fernando Paulino Soares de Souza, na segunda Assembléia geral para eleição de âmbito nacional. Segundo o ex-presidente Guilherme Eurico Bastos da Cunha, Américo Caparica foi o divi23
sor de águas na democratização do CBC, ao permitir a entrada de cirurgiões de todo o país, capazes de dar uma maior projeção à entidade. O presidente cumpriu sua plataforma eleitoral de 10 itens, com especial atenção para a expansão do CBC a todos os pontos do território nacional através do apoio do
• O CBC e seus Dirigentes 1º Secretário Antônio Joaquim Monteiro da Silva (GB) 2º Secretário Jorge Ferreira Machado (GB) 3º Secretário Anísio Costa Toledo (SP) Tesoureiro Geral Humberto Barreto (GB) Tesoureiro Adjunto Hélio Duarte Nogueira de Sá (GB) Diretor de Publicações José Hilário de Oliveira e Silva (GB) Diretor de Biblioteca e Museu Renato Clark Bacellar (GB) Comissão de Sindicância Affonso Bianco (ES) Correntino Weguellin N. Paranaguá (GB) Eurico da Silva Bastos (SP) Jorge Sampaio de Marsillac Motta (GB) Paulo Adelmo Lodi (MG)
Diretório Nacional. Em sua gestão, o número de membros cresceu em quase 40%. Américo Caparica Filho propôs a reforma no Estatuto e Regimento Interno para facilitar o acesso de novos membros e novos capítulos. O objetivo era encerrar o modelo de academia médica, terminando com o limite de vagas para o ingresso de Membros Titulares, o que tornava impossível o ingresso de novos cir urgiões.A possibilidade só poderia acontecer se houvesse a transferência de um Membro Titular para Emérito ou então o seu falecimento. Abertura nacional Promoveu o primeiro concurso para Título de Especialista em Cirurgia Geral, realizou 57
sessões científicas, 48 cursos de atualização, com mais de três mil par ticipantes, publicou 12 números da Revista do CBC, lançou o Boletim Informativo e estreitou o relacionamento com entidades médicas especializadas e atraiu a comunidade médica dos hospitais. Dentro da política de aber tura nacional promoveu um grande mutirão nos capítulos para organizar a composição definitiva de membros, realizar eleição de diretorias e incrementar as atividades científicas. O novo Diretório Nacional criou a categoria dos capítulos “em organização”. A exigência principal era que os estados já tivessem pelo menos 10 membros, entre titulares e associados. O resultado foi a criação dos capítulos da Paraíba, Paraná, Brasília, Mato Grosso e Santa Catarina, além da dinamização dos capítulos da Bahia, Piauí, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco e Rio Grande do Sul, que estava parado há quase 15 anos. Primeira prova Cerca de 1.500 congressistas de todo o país par ticiparam do XII Congresso Brasileiro de Cirurgia, realizado no período de 11 a 16 de julho, no Hotel Glória, no Rio de Janeiro. “Complicações em Cirurgia” foi o tema central, que foi discutido em 40 simpósios e 21 conferências, com a par ticipação de 20 convidados estrangeiros. No dia 14 de julho, durante o XII Congresso Brasileiro de Cirurgia, foi realizada a primeira prova para o concurso de Título de Especialista em Cirurgia Geral, antigo anseio dos cirurgiões 24
brasileiros. O Diretório Nacional decidiu só conceder esse título para Cirurgia Geral, respeitando o direito das sociedades cirúrgicas especializadas de âmbito nacional. Inscreveram-se 43 cirurgiões, sendo que só 24 fizeram a prova escrita e apenas 10 foram aprovados. Na gestão de Américo Caparica o CBC deu os primeiros passos em um projeto de educação continuada para que a entidade ficasse mais presente na evolução do tratamento cirúrgico e na aproximação com os hospitais. Nesse sentido, visitava também alguns centros de estudos de estabelecimentos de saúde para organizar palestras com especialistas, como era o caso do cirurgião plástico Ivo Pitanguy. Reunia também na sede do CBC as sociedades médicas, faculdades e hospitais em discussões de casos, às segundas feiras à noite. Além disso, o Núcleo Central começou a estimular a descentralização da entidade ao organizar eventos fora do Núcleo Central para valorizar o cir urgião do interior. Um dos exemplos foi a realização de um Congresso Médico do Nor te Fluminense, realizado em Itaper una, em novembro de 1969. O CBC também conquistou prestígio e credibilidade além dos limites do meio médico. O Governo do Estado do Rio e a Prefeitura solicitavam ao CBC que analisasse as compras de material cirúrgico dos hospitais públicos. Quando algum estabelecimento de saúde precisava de material, a lista era enviada ao CBC para análise da necessidade da compra e a qualidade do que estava sendo solicitado.
O CBC e seus Dirigentes •
22a Diretoria e 3o Diretório Nacional (1971/1973) Presidente
João de Lorenzo
Criação das regionais 1º Vice-Presidente Renato Pacheco Filho (GB) 2º Vice-Presidente Arthur Mickelberg (RS) 3º Vice-Presidente Hilton Rocha (MG) 4º Vice-Presidente Francisco Távora Teixeira Leite (MA) Secretário-Geral Lúcio Glauco Pinto (GB) 1º Secretário Fernado Antônio Braga Lopes (GB) 2º Secretário Nildo Eimar de Almeida Aguiar (GB) 3º Secretário Anísio Costa Toledo (SP) Tesoureiro Geral Umberto Perrota (GB) Tesoureiro Adjunto Jayme Specterow (GB) Diretor de Publicações José Hilário de Oliveira e Silva (GB) Diretor de Biblioteca e Museu Celso de Souza Carvalho Filho (GB) Conselho de Seleção Affonso Bianco (ES) Eurico da Silva Bastos (SP) Jorge Ferreira Machado (RJ) Paulo Adelmo Lodi (MG) Jorge Sampaio de Marsillac Motta (GB)
Prosseguiu com o mesmo projeto de aber tura da entidade a nível nacional, alavancada por Américo Caparica Filho, de estimular o crescimento da entidade através dos 13 capítulos e da regulamentação das regionais, já prevista na reforma do Estatuto empreendida pela administração anterior. A primeira regional, inaugurada em 15 de setembro de 1972, foi a da Zona da Mata, em Minas Gerais, na Sessão Solene realizada na sede da Sociedade de Medicina e Cir urgia de Juiz de Fora, durante a realização do IX Congresso Médico da entidade. O ex-presidente Américo Caparica foi designado para coordenar um curso de pré e pós-operatório e uma mesa redonda sobre Patologia dos Cólons. Entre 1971 e 1972 o CBC apoiou jornadas médicas em Barbacena e Carangola (MG), Pelotas (RS), Muriaé (RJ) e Itabuna (BA) mobilizando representantes do Diretório Nacional e de diversos cir urgiões notáveis, como foi o caso do professor Eurícledes Zerbini. Em sua gestão foram criados os capítulos do Pará e da Paraíba. Através dos 15 números editados do Boletim Informativo da entidade foram divulgados os eventos programados nos capítulos de Minas 25
Gerais, Paraíba, São Paulo, Paraná, Goiás, Distrito Federal. Pernambuco, Rio Grande do Sul, Ceará e Maranhão. Durante a realização do XIII Congresso Brasileiro de Cir urgia, realizado no Hotel Glória, em julho de 1973, o Diretório Nacional retomou a tentativa de Américo Caparica Filho de uma maior aproximação com as entidades cirúrgicas da América Latina, visando a fundação de uma associação ou federação que as congregasse. Por isso foram organizados paralelamente o I Congresso Latino-Americano de Cir urgia e o I Seminário Latino-Americano sobre Ensino da Cir urgia, que reuniu os maiores nomes da cir urgia do continente. Mais de duas mil pessoas assistiram a 21 mesas redondas, 14 conferências, 22 colóquios e 458 temas livres distribuídos em 31 sessões. Foram convidados 24 palestrantes internacionais. O resultado foi a fundação da Federação de Entidades Latino-Americanas de Cir urgia – FELAC. Em outubro de 1973, numa reunião em Buenos Aires, o Brasil foi escolhido para ser a sede administrativa. O presidente do CBC, João de Lorenzo, foi o primeiro presidente nos quatro primeiros anos da nova entidade.
• O CBC e seus Dirigentes
23a Diretoria e 4o Diretório Nacional (1973/1976) Presidente
Renato Pacheco Filho
O projeto do edifício-sede 1º Vice-Presidente Lúcio Glauco Pinto (GB) 2º Vice-Presidente Luiz Edgard Puech Leão (SP) 3º Vice-Presidente Paulo Adelmo Lodi (MG) 4º Vice-Presidente Affonso Bianco (ES) Secretário Geral Correntino Weguellin N. Paranaguá (GB) 1º Secretário Luiz Sebastião Panain (GB) 2º Secretário Hélio Blanco Torres (GB) 3º Secretário Anísio Costa Toledo (SP) Tesoureiro Geral Fernando Antônio Braga Lopes (GB) Tesoureiro Adjunto Nelson de Barros Medina Coeli (GB) Diretor de Publicações Humberto Barreto (GB) Diretores de Biblioteca e Museu Celso de Souza Carvalho Filho (GB) Fernando Luiz Barroso (GB) Conselho de Seleção Arthur Mickelberg (RS) Clodoaldo Fernando Ribeiro Beckmann (PA) Eurico da Silva Bastos (SP) Giocondo Villanova Artigas (PR) Jorge Sampaio de Marsillac Motta (GB)
O Diretório formado por Renato Pacheco Filho prosseguiu na escalada de nacionalização da entidade, mas estabeleceu, desde o início, o mais ambicioso projeto da história do CBC: a construção da nova sede, um moderno edifício em Botafogo. “De uma pequena academia o CBC havia se transformado numa grande entidade com raízes em todos os estados, o que justificava uma mudança radical de ação”, explicou Renato Pacheco Filho. Devido à construção da nova sede, o mandato foi prorrogado até janeiro de 1977. A Assembléia Geral Extraordinária reuniu-se no dia 27 de junho de 1974 para autorizar o Diretório Nacional a iniciar o projeto de construção da nova sede no mesmo terreno da antiga, que seria demolida. O casarão colonial demandava freqüentes obras de manutenção e não tinha estrutura para permitir atividades simultâneas. Em 1975, o CBC deixou o antigo endereço e alugou uma sede provisória, no Morro da Viúva, Zona Sul do Rio, para a administração e teve que buscar outros locais para guardar a biblioteca e o museu. Em junho de 1976, o moderno edifício sede de 11 andares, sendo os dois primeiros para o centro de convenções, estava na segunda etapa do cronograma de construção e já haviam sido vendidas 14 das 48 salas para consultórios ou sociedades médicas. 26
Incentivo aos capítulos Além da construção da nova sede, que mobilizou toda a entidade e só foi inaugurada na gestão seguinte, o Diretório Nacional ainda empreendeu diversas ações, como a criação de novos núcleos do CBC no Rio Grande do Norte, Alagoas e Manaus. Além disso, concluiu a instalação definitiva de capítulos em Mato Grosso e Santa Catarina e prestigiou atividades científicas no Pará, Ceará, Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Brasília. Criou regionais em Ribeirão Preto, Petrópolis, Teresópolis e Campo Grande (MT). A gestão de Renato Pacheco Filho também promoveu uma nova reforma do Estatuto que alterou para dois anos os mandatos do Diretório Nacional, do Conselho de Seleção e das diretorias dos Capítulos. Decidiu ainda que o congresso brasileiro seria realizado de três em três anos, para não coincidir com a eleição nacional da entidade. O 4º Diretório Nacional estimulou a união dos membros dos capítulos vizinhos pela ação dos vice-presidentes regionais, o que permitiu a realização de jornadas em sete estados, além de cinco encontros no Estado do Rio. A publicação da Revista CBC foi retomada a partir de janeiro de 1974 com um novo projeto gráfico e um conteúdo exclusivamente com artigos técnicos.
O CBC e seus Dirigentes •
24a Diretoria e 5o Diretório Nacional (1977/1979) Presidente
Daher Cutait
Momentos históricos 1º Vice Presidente Renato Pacheco Filho (RJ) 2º Vice Presidente Ruy Escorel Ferreira Santos (SP) Vice Presidente Setor I Clodoaldo Fernando Ribeiro Beckamnn (PA) Vice Presidente Setor II Haroldo Gondim Juaçaba (CE) Vice Presidente Setor III Edmundo Machado Ferraz (PE) Vice Presidente Setor IV Alcino Lázaro da Silva (MG) Vice Presidente Setor V Hélio Barbosa Ferreira (DF) Vice Presidente Setor VI Arthur Mickelberg (RS) Secretário Geral Júlio Sanderson de Queiroz (RJ) 1º Secretário Luiz Sebastião Pannain (RJ) 2º Secretário Benedito Elias Hidd (RJ) Tesoureiro Geral Fernando Antônio Braga Lopes (RJ) Tesoureiro Adjunto Lúcio Glauco Pinto (RJ) Diretor de Publicações Humberto Barreto (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu Fernando Luiz Barroso (RJ) CONSELHO DE SELEÇÃO (1977/1979) Efetivos Affonso Bianco (ES) Correntino Weguellin N. Paranaguá (RJ) Giocondo Villanova Artigas (PR) Paulo Adelmo Lodi (MG) Roldão Consoni (SC) Suplentes Jésse Pandolpho Teixeira (RJ) Vital Imbassahy de Mello (RJ) Ugo Pinheiro Guimarães (RJ)
O novo presidente assumiu com a missão de inaugurar a nova sede, o que aconteceu no final do seu mandato. O consenso apontava para a necessidade da permanência da mesma equipe responsável pelo planejamento, construção e financiamento criada na gestão anterior. Em fevereiro de 1979 foi concedido o habite-se. Em março, o CBC ocupou o terceiro andar para a administração da entidade e no dia 24 de novembro, o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Chagas Freitas, recebeu o diploma de Benemérito do CBC na cerimônia de inauguração. No entanto, no dia 2 de agosto do mesmo ano, Daher Cutait já havia participado de outro momento histórico da entidade. A abertura da Sessão Solene Comemorativa do cinqüentenário da entidade, durante o XV Congresso Brasileiro de Cirurgia, realizado em São Paulo, no dia 2 de agosto, no Centro de Convenções do Anhembi. O Congresso Brasileiro recebeu mais de dois mil participantes, que assistiram a uma programação científica com 310 temas livres, 30
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simpósios, 11 colóquios e 21 cursos de atualização, fóruns televisados e a exibição de seis filmes de técnicas cirúrgicas. Apesar do acompanhamento das obras da nova sede terem consumido tempo e debilitado a saúde financeira do CBC, Daher Cutait e seu Diretório Nacional ainda tiveram energia para empreender diversas ações: reformulou o Regulamento do Concurso para Título de Especialista em Cirurgia Geral, que passou a ser realizado todo ano, em vários pontos do território nacional no mesmo dia e horário. Em 1977, criou a Regional de Campinas, instalou a Comissão Nacional de Trauma, realizou cinco jornadas regionais de cirurgia, no Norte, Nordeste e Centro Oeste, além da realização do 1º Encontro de Integração dos Mestres dos Capítulos, em Teresina (PI). No mesmo ano, o Conselho Federal de Medicina reconheceu a validade do título de especialista outorgado pelo CBC, e o Governo Federal regulamentou oficialmente a residência médica no país, reivindicada pelo Colégio desde 1975.
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25a Diretoria e 6o Diretório Nacional (1980/1982) Presidente
Renato Pacheco Filho
Recorde de participantes 1º Vice Presidente Humberto Barreto (RJ) 2º Vice Presidente Ruy Escorel Ferreira Santos (SP) Vice Presidente do Núcleo Central Américo Caparica Filho (RJ) Vice Presidente Setor I Clovis Olinhto Bastos Meira (PA) Vice Presidente Setor II Haroldo Gondim Juaçaba (CE) Vice Presidente Setor III Edmundo Machado Ferraz (PE) Vice Presidente Setor IV Alcino Lázaro da Silva (MG) Vice Presidente Setor V Hélio Barbosa Ferrreira (DF) Vice Presidente Setor VI Arthur Mickelberg (RS) Secretário Geral Luiz Sebastião Pannain (RJ) 1º Secretário José Ribamar Sabóia de Azevedo (RJ) 2º Secretário Mário Daudt de Oliveira (RJ) Tesoureiro Geral Fernando Antônio Braga Lopes (RJ) Tesoureiro Adjunto Augusto Paulino Soares de S. Neto(RJ)
No terceiro mandato de Renato Pacheco Filho à frente do CBC foi realizado em julho de 1982, no Hotel Nacional do Rio de Janeiro, o XVI Congresso Brasileiro de Cirurgia, que recebeu 3.725 congressistas, o maior número de participantes desde o primeiro evento, em 1938. O Trauma foi o tema central discutido em 21 simpósios, 22 conferências, seis fóruns de pesquisas, 45 sessões de temas livres e, apresentados 406 trabalhos. Um dos destaques foi a realização de 20 cursos de atualização, com carga
horária de seis horas. Participaram do temário oficial 840 especialistas. Renato Pacheco Filho promoveu as Jornadas Regionais de Cirurgia, em Juiz de Fora, Campo Grande (MS), Uberlândia, Belém, Passo Fundo (RS), Cuiabá, São Luiz, João Pessoa. No Estado do Rio foram instaladas as regionais da Região dos Lagos e do Norte Fluminense. Continuou prestigiando os eventos dos capítulos através de reuniões e jornadas científicas, nos capítulos do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Sergipe.
Diretor de Publicações Evandro Costa da Silva Freire (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu Fernando Luiz Barroso (RJ) Diretor de Patrimônio Daibes Rachid (RJ)
CONSELHO DE SELEÇÃO (1980/1982) Efetivos Afonso Bianco (ES) Correntino Weguellin N. Paranaguá (RJ) João Batista Marchesini (PR) Paulo Adelmo Lodi (MG) Roldão Consoni (SC) Suplentes Ugo Pinheiro Guimarães (RJ) Jésse Pandolpho Teixeira (RJ) Lúcio Glauco Pinto (RJ)
26a Diretoria e 7o Diretório Nacional (1983/1985) Presidente
Ruy Ferreira Santos
Qualificação de especialistas “‘Ruy Ferreira Santos deu ao Colégio Brasileiro de Cirurgiões, com sua cultura, elegância e boas manei28
ras, uma direção tranqüila e segura. Com seu enorme prestígio como professor e cirurgião conseguiu unir
O CBC e seus Dirigentes • 1º Vice Presidente Edgard da Rosa Ribeiro (RJ) 2º Vice Presidente Angelino Manzione (SP) Vice Presidente do Núcleo Central Luiz Sebastião Pannain (RJ) Vice Presidente Setor I Clodoaldo F. Ribeiro Beckmann (PA) Vice Presidente Setor II Haroldo Gondim Juaçaba (CE) Vice Presidente Setor III Edmundo Machado Ferraz (PE) Vice Presidente Setor IV Alcino Lázaro da Silva (MG) Vice Presidente Setor V Hélio Barbosa Ferreira (DF) Vice Presidente Setor VI Arthur Mickelberg (RS) Secretário Geral Marcos Fernando de O. Moraes (RJ) 1º Secretário Armando de Oliveira e Silva (RJ) 2º Secretário Alberto Winkler (RJ) Tesoureiro Geral Fernando Braga Lopes (RJ) Tesoureiro Adjunto Augusto Paulino Soares Neto (RJ) Diretor de Publicações José Luiz Xavier Pacheco (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu Fernando Luiz Barroso (RJ) Diretor de Patrimônio José Ribamar Sabóia de Azevedo (RJ) CONSELHO DE SELEÇÃO (1983/1985) Efetivos Correntino Weguellin N. Paranaguá (RJ) João Batista Marchesini (PR) Paulo Adelmo Lodi (MG) Hélio Moreira (GO) Fábio Schmidt Goffi (SP) Suplentes Júlio Sanderson de Queiroz (RJ) Lúcio Glauco Pinto (RJ) Guilherme Eurico B. da Cunha (RJ)
ainda mais os membros do Colégio em sua finalidade de aperfeiçoar a cirurgia brasileira”, lembra-se Augusto Paulino Netto, que também foi diretor-tesoureiro na gestão de Ruy Ferreira Santos. Em dezembro de 2000, ao receber o Prêmio Colégio Brasileiro de Cirurgiões, em reconhecimento por sua trajetória na entidade, Ruy Ferreira Santos disse: “Eu me permito sugerir que o CBC, ao executar a sua missão de formar cirurgiões, fomentar pesquisas inovadoras e propugnar pelo profissionalismo ético, desenvolva um programa restaurador. Um programa educativo, até mesmo junto às escolas médicas, no sentido de que os jovens cirurgiões que estão se formando tenham preparação teórica e prática para recuperar o respeito à dignidade das pessoas, para reaver a boa relação médico-paciente, reumanizar a medicina e a cirurgia, trazendo o amor onde ele tem faltado”, concluiu. Na gestão de Ruy Ferreira Santos o CBC passou a prestar ao Conselho Federal de Medicina uma importante cola-
boração no processo de qualificação de especialistas. A realização das provas ficou sob total responsabilidade da entidade, que forneceu aos aprovados, o Título de Especialista em Cirurgia Geral. Incentivando os novos cirurgiões, Ruy Ferreira Santos promoveu o primeiro seminário sobre residência em Cirurgia, durante o V Congresso em Cirurgia do Centro Oeste Brasileiro. Em julho de 1983 foi aprovada a instalação da biblioteca do CBC. No seu último ano de mandato, preocupado com a qualidade dos hospitais, principalmente em função do treinamento e habilitação de novos cirurgiões, Ruy Ferreira Santos implantou a Comissão Especial Permanente de Qualificação de Hospitais (atual Comissão Especial Permanente de Acreditação de Hospitais). Prevendo a relevância do tema, o presidente do CBC convidou o representante do American College of Surgeons na Joint Commission International, André Vegas, a proferir uma conferência sobre Acreditação em Hospitais no 17º Congresso Brasileiro de Hospitais, realizado em1986.
“Ao executar a sua missão de formar cirurgiões, fomentar pesquisas inovadoras e propugnar pelo profissionalismo ético, desenvolva um programa restaurador. um programa educativo, até mesmo junto às escolas médicas, no sentido de que os jovens cirurgiões que estão se formando tenham preparação teórica e prática para recuperar o respeito à dignidade das pessoas, para reaver a boa relação médico-paciente, reumanizar a medicina e a cirurgia, trazendo o amor onde ele tem faltado.”“.
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• O CBC e seus Dirigentes
27a Diretoria e 8o Diretório Nacional (1986/1988) Presidente
Guilherme Eurico Bastos da Cunha
Quitação da sede própria 1º Vice Presidente Luiz Sebastião Pannain (RJ) 2º Vice Presidente Eugênio Américo Bueno Ferreira (SP) Vice Presidente Setor I Henrique José Ribeiro Neto (PA) Vice Presidente Setor II Eduardo Regis Jucá (CE) Vice Presidente Setor III Tércio Souto Bacelar (PE) Vice Presidente Setor IV Wilson Luiz Abrantes (MG) Vice Presidente Setor V Manoel Ximenes Neto (DF) Vice Presidente Setor VI Luiz Rohde (RS) Secretário Geral Armando de Oliveira e Silva (RJ) 1º Secretário Mauro de Souza Leite Pinho (RJ) 2º Secretário Luiz Guilherme Barroso Romano (RJ) Tesoureiro Geral Augusto Paulino Soares S. Neto (RJ) Tesoureiro Adjunto José Luiz Xavier Pacheco (RJ) Diretor de Publicações Marcos Fernando de O. Moraes (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu Fernando Manoel Paes Leme (RJ) Diretor de Patrimônio José Antônio de Melo Sartori (RJ) CONSELHO DE SELEÇÃO (1986/1988) Efetivos Júlio Sanderson de Queiroz (RJ) Eugeny Kapritch Koff (SP) Paulo Adelmo Lodi (MG) João Luiz de Aquino Carneiro (ES) Jonas de Faria Castro Filho (PR) Suplentes José Henrique Belfort Galvão (RJ) Reinan Catharina Tinoco (RJ) Milton Segala Pauletto (RJ)
Ao assumir a presidência do Diretório Nacional, Guilherme Eurico Bastos da Cunha estabeleceu algumas diretrizes administrativas: saudar a hipoteca do edifício sede do CBC, tornar lucrativa todas as áreas da entidade que eram alugadas a terceiros.Era preciso também tornar a revista e o boletim do CBC indexável e autofinanciável, melhorar as atenções ao ensino continuado da cirurgia para o ingresso de novos membros para o CBC e Iniciar a formação e instalação do capítulo do Amazonas. Na área científica, o novo Diretório Nacional priorizou a realização dos Congressos Regionais e a realização do XVIII Congresso Brasileiro de Cirurgia, que foi realizado em São Paulo. Foram promovidos, ainda, diversos cursos visando o aprimoramento continuado da cirurgia em âmbito nacional e também no Núcleo Central, além da remodelação do concurso do Título de Especialista. A quitação da hipoteca com a Caixa Econômica Federal para a construção da nova Sede própria foi o primeiro grande desafio. “Sem dúvida alguma, devemos todos à genialidade de Renato Pacheco Filho que, realizando duas hipotecas do terreno e de parte da construção em cada uma delas do nosso edifício sede, conseguiu erguê-la e completá-la. Restou-nos a segunda hipoteca a ser paga à Caixa Econômica Federal, exatamente a que correspondia a lâmina vertical que 30
abriga os consultórios”, relembra o ex-presidente. Um Brinde Especial Ao tomar posse, o Diretório identificou a oportunidade surgida com o advento do Plano Cruzado, no Governo do Presidente José Sarney, para que houvesse condições econômico-financeiras para a quitação da dívida com a Caixa Econômica Federal. - Nesta ocasião toda a responsabilidade da solução foi arcada pelo nosso Tesoureiro Augusto Paulino Netto que, com rara maestria, concluiu estas negociações. Lembramos muito bem que no dia em que comemoramos a liquidação desta hipoteca, não tínhamos nem dinheiro para contratar um coquetel celebrativo ou levar uma garrafa de Champanhe ou de Whisky para brindar a data. Todos nós levamos alguma coisa para brindar esse belo dia - comenta Guilherme Eurico Bastos da Cunha. As áreas de uso externo do edifício sede, no ponto de vista do Diretório, deveriam ser lucrativas para o CBC. Por isso a entidade revisou os preços de todos os aluguéis, da sede bancária, do bar e restaurante e do Centro de Convenções. Administrada por uma empresa especializada, a garagem começou a gerar lucro e tirou da entidade a enorme responsabilidade de responder pela segurança dos veículos ali deixados.
O CBC e seus Dirigentes •
Primeira prova oral O concurso para de Título de Especialista do CBC foi modificado. O objetivo era obter o Título através de uma prova escrita, eliminatória, seguido de uma prova prático-oral a que são submetidos apenas os candidatos aprovados na primeira prova. Responsável pelas modificações, o professor Marcos Moraes procurou aproximar-se do modelo
do “American Board of Surgery”. - O exame prático-oral é realizado nas dependências de um hotel onde procuramos oferecer ao candidato a tranqüilidade para discutir as questões levantadas. São feitas apresentações de exames de imagens, laboratoriais e mesmo histopatológicos em uma conversa bastante informal entre o examinador e seu examinando, buscando aliviar ao máximo a reação estressante a que todo o exame impõe ao
candidato - explica Guilherme Eurico Bastos da Cunha. O Congresso de 1988, realizado em São Paulo, no Centro de Convenções do Anhembi, cumpriu plenamente todas as metas previamente determinadas e constituiu-se em mais um sucesso do CBC. Como o resultado financeiro superou as expectativas, foi possível recompor o caixa da entidade após o pagamento da hipoteca junto à Caixa Econômica Federal.
28a Diretoria e 9o Diretório Nacional (1989/1991) Presidente
Eugênio Américo Bueno Ferreira
Congresso no Riocentro 1° Vice Presidente Orlando Marques Vieira (RJ) 2º Vice Presidente Dario Birolini (SP) Vice Presidente do Núcleo Central Eimar Delly de Araújo (RJ) Vice Presidente Setor I Guilherme Aguiar Pereira Guimarães (PA) Vice Presidente Setor II José Moreira Lima (CE) Vice Presidente Setor III José Guido Correa de Araújo (PE) Vice Presidente Setor IV Wilson Luiz Abrantes (MG) Vice Presidente Setor V Frederico Filgueiras Pohl (DF) Vice Presidente Setor VI Carlos Antônio Madalosso (RS) Secretário Geral Luiz Guilherme Barroso Romano (RJ) 1º Secretário José Reinan Ramos (RJ) 2º Secretário Merisa Braga de Miguez Garrido (RJ) Tesoureiro Geral Augusto Paulino Soares de S. Netto (RJ) Tesoureiro Adjunto Ciríaco Cristovão Tavares Atherino (RJ) Diretor de Publicações Marcos Fernando de O. Moraes (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu Luiz Carlos Barbosa Lamego (RJ) Diretor de Patrimônio Geraldo Matos de Sá (RJ)
Em 1991, o CBC realizava o XIX Congresso Brasileiro de Cirurgia, no Rio de Janeiro, mudando o local do Hotel Nacional, onde se realizava o evento nas últimas edições na cidade, para o Riocentro. No entanto, outro plano econômico do Governo Federal, dessa vez no Governo Collor, fez com que a entidade vivesse momentos de apreensão com o confisco de suas economias. Na organização do Congresso, a diretoria trabalhou com afinco e conseguiu promover uma feira comercial inédita, patrocinada pe-
las Indústrias de equipamento e de material cirúrgico. O orçamento da entidade foi novamente equilibrado e ao final houve um saldo muito positivo. A Comissão Científica foi liderada por Marcos Moraes, Mauro Pinho e José Reinan Ramos. Foram iniciadas a aproximação da Sociedade Cearense de Cirurgia com o Capítulo Cearense, com o objetivo de incorporá-la ao CBC, o que foi conseguido posteriormente, na gestão do Presidente Samir Rasslan. Segundo Eugenio Ferreira, a iniciativa foi muito importante para a unidade do Colégio.
CONSELHO DE SELEÇÃO (1989/1991) Efetivos Júlio Sanderson de Queiroz (RJ) Paulo Adelmo Lodi (MG) Fares Rahal (SP) Hélio Moreira (GO) João Batista Marchesini (PR)
Suplentes Armando de Oliveira e Silva (RJ) José Antônio de Mello Sartori (RJ) Aluízio Rodrigues (RJ)
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• O CBC e seus Dirigentes
Descentralização e força no interior 29a Diretoria e 10o Diretório Nacional (1992/1994) Presidente
Orlando Marques Vieira
Nacionalização do CBC 1º Vice Presidente Luiz Guilherme Barroso Romano (RJ) 2º Vice Presidente Angelita Habr-Gama (SP) Vice Presidente do Núcleo Central Fernando Luiz Barroso (RJ) Vice Presidente do Setor I Ivan Nazareno Campos Neiva (PA) Vice Presidente do Setor II José Moreira Lima (CE) Vice Presidente do Setor III Paulo Gilberto de Lyra Rabello (PE) Vice Presidente do Setor IV Paulo Adelmo Lodi (MG) Vice Presidente do Setor V Frederico Filgueiras Pohl (DF) Vice Presidente do Setor VI Paulo Roberto Ott Fontes (RS) Secretário Geral Accyoli Moreira Maia (RJ) 1º Secretário Antônio Carlos Ribeiro G. Iglesias (RJ) 2º Secretário Ismar Alberto Pereira Bahia (RJ) Tesoureiro Geral Ronaldo Antônio Reis Vianna Salles (RJ) Tesoureiro Adjunto Gilberto Botelho Ferreira (RJ) Diretor de Publicações Merisa Braga de Miguez Garrido (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu Roberto Frota Pessoa (RJ) Diretor de Patrimônio e Sede Eimar Delly de Araújo (RJ) CONSELHO DE SELEÇÃO (1992/1994) Efetivos Júlio Sanderson de Queiroz (RJ) Carlos Ernani Rosado Soares (RN) Saul Goldenberg (SP) Hélio Moreira (GO) Virgílio Alves Corrêa Neto (MT) Suplentes Aluízio Soares de Souza Rodrigues (RJ) Felicio Falci (RJ) Virmar Ribeiro Soares (RJ)
O novo presidente continuou o seu trabalho pela descentralização da entidade, que havia começado na presidência da Comissão de Ensino Continuado do CBC, na gestão de Ruy Ferreira Santos e como vice-presidente do Núcleo Central, na gestão de Guilherme Eurico Bastos da Cunha. Na presidência do Diretório Nacional, promoveu a abertura de novos capítulos e incentivou a modificação do Estatuto da entidade, possibilitando que os vice-presidentes regionais pudessem ser oriundos de qualquer estado pertencente à região, terminando com a exclusividade de indicação para os capítulos com maior número de membros titulares quites. O novo Diretório começou a preparar a mudança na freqüência dos congressos brasileiros, de trianuais para bianuais. Por isso o Rio de Janeiro foi a sede do evento nacional em 1991 e 1993, com o objetivo de acertar o calendário. A mesma alteração de periodicidade também começou a ser preparada para os mandatos do Diretório Nacional, o que aconteceu na gestão de Luiz Guilherme Romano, em 1998. Segundo Orlando Marques Vieira, essas mudanças proporcionaram maior integração nacional, além de novas oportunidade aos membros do CBC fora do eixo Rio-São Paulo. Os resultados ficaram evidentes em 1997, quando o Congresso Brasileiro de Cirurgia foi realizado em Recife, 32
junto com a prova oral do Título de Especialista. Eventos gratuitos Orlando Marques Vieira também criou o Fórum Regional de Pesquisa em Cirurgia, que já recebeu mais de 1.400 trabalhos de todo o país, em 21 anos de existência. Instituiu também os Prêmios Alfredo Monteiro, Ruy Ferreira Santos e Mariano de Andrade para os melhores trabalhos apresentados no Fórum. Criou o Curso de Reciclagem em Cirurgia Geral, em 1986, que recebe todo mês de julho, durante uma semana, cirurgiões de todo o país para aulas teóricas e visitas aos principais serviços de cirurgia do Rio de Janeiro. O curso é gratuito e a única exigência é ter um mínimo de seis anos de experiência como cirurgião. Nesse Diretório foi iniciada a luta do CBC pela defesa profissional, com a instalação de um comitê, além da isenção de anuidade para os membros com mais de 70 anos de idade e 20 anos como membro da entidade, em qualquer categoria. O ex-presidente ainda implementou um projeto cultural na sede do CBC para a realização de concursos de corais, exposição de pinturas e apresentação de música clássica, que faziam parte da programação dos eventos científicos e sociais da entidade.
O CBC e seus Dirigentes •
30a Diretoria e 11o Diretório Nacional (1995/1997) Presidente
Samir Rasslan
Centro de Convenções 1º Vice Presidente Luiz Guilherme Barroso Romano (RJ) 2º Vice Presidente Nelson Fontana Margarido (SP) Vice Presidente do Núcleo Central Armando de Oliveira e Silva (RJ) 2º Vice Presidente do Núcleo Central José Reinan Ramos (RJ) Vice Presidente do Setor I Luiz Alberto R. de Moraes (PA) Vice Presidente do Setor II Luiz Gonzaga Porto Pinheiro (CE) Vice Presidente do Setor III Edmundo Machado Ferraz (PE) Vice Presidente do Setor IV Paulo Roberto Savassi Rocha (MG) Vice Presidente do Setor V Manoel Ximenes Neto (DF) Vice Presidente do Setor VI Hamilton Petry de Souza (RS) Secretário Geral Ronaldo Antônio Reis Vianna Salles (RJ) 1º Secretário Ismar Alberto Pereira Bahia(RJ) 2º Secretário Paulo Roberto Corsi (SP) 3º Secretário Dayse Coutinho Valente (RJ) Tesoureiro Geral Ciríaco Cristovão Atherino (RJ) Tesoureiro Adjunto João de Deus e Brito (RJ) Diretor de Publicações Merisa Braga de Miguez Garrido (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu José Wazen da Rocha (RJ) Diretor de Patrimônio e Sede Eimar Delly de Araújo (RJ) Diretor de Defesa Profissional Wilson Modesto Pollara (SP) CONSELHO DE SELEÇÃO (1995/1997) Efetivos Accyoli Moreira Maia (RJ) Alcino Lázaro da Silva (MG) Fares Rahal (SP) João Luiz de Aquino Carneiro (ES) Júlio Cezar Uili Coelho (PR) Suplentes Aluizio Soares de S. Rodrigues (RJ) Antônio Carlos Ribeiro G. Iglesias (RJ) Joaquim Ribeiro Filho (RJ)
Na gestão de Samir Rasslan, uma das principais estratégias do CBC foi prosseguir na política de difusão da entidade nas mais diferentes regiões do país, estimulando as atividades dos capítulos e incentivando o trabalho dos vice-presidentes regionais. O Diretório foi o último com mandato de três anos e o único que organizou dois Congressos Brasileiros de Cirurgia (1995 e 1997). - Uma das grandes dificuldades, em função dos custos, era reunir todos os vice-presidentes. Mas conseguimos fazer, pelo menos, quatro reuniões anuais no Rio de Janeiro, discutindo e decidindo os destinos do CBC.Trabalhamos com Luiz Alber to Moraes (PA), Luis Por to Pinheiro (CE), Edmundo Ferraz (PE), Manoel Ximenes Neto (DF), Paulo Savassi Rocha (MG), Hamilton Petry de Sousa (RS), vice-presidentes setoriais, e Nelson Fontana Margarido (2º vice-presidente-SP) que tiveram par ticipação efetiva em todas as decisões impor tantes do Colégio, juntamente com os demais membros da Diretoria, lembra Samir Rasslan. Segundo Samir Rasslan, a figura do vice-presidente é fundamental para gerenciar a par te administrativa da entidade, quando o Presidente do Colégio não é do Rio de Janeiro. “Eu tive em Luís Guilherme Romano um excepcional companheiro de trabalho. Enquanto ele gerenciava o Colé33
gio, no Rio, pude fazer o trabalho nacional. Por diversas vezes, Romano veio a São Paulo para analisarmos problemas e soluções. Esta união é imprescindível para o sucesso do Diretório”, explica o ex-presidente. Reforma do centro de convenções No primeiro ano de gestão, Samir Rasslan e seu Diretório Nacional tiveram a responsabilidade de organizar o XXI Congresso Brasileiro de Cirurgia, realizado em São Paulo, em 1995, juntamente com o Congresso Latino-Americano de Cirurgia, presidido pelo ex-presidente Eugenio Ferreira. “Esse Congresso reforçou a grandiosidade da cirurgia nacional junto aos colegas e amigos latinoamericanos”, lembra Samir Rasslan, destacando que uma par te do lucro com os dois eventos foi destinado para o Capítulo de São Paulo comprar a sua sede própria e a outra par te ficou com o Diretório Nacional. “Reformamos o Centro de Convenções da sede do CBC no Rio, reinaugurado em 1997, que ganhou uma nova dimensão, aumentando os lucros decorrentes do seu aluguel”, informa Samir Rasslan. Na gestão de Samir Rasslan, concretizou-se uma decisão aprovada na gestão de Orlando Marques Vieira, que pretendia descentralizar o Colégio, através
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da realização de congressos brasileiros fora do eixo Rio-São Paulo. Em 1997, foi realizado o XXIII Congresso Brasileiro de Cirurgia, em Recife, coordenado por Edmundo Ferraz. Produções editoriais Depois de muitos anos de circulação, a Revista do CBC, que estava deficitária, foi terceirizada e passou por um processo de reformulação do conteúdo editorial e projeto gráfico. O presidente Samir Rasslan lembra que a dedicação da Diretora de Publicações, Merisa Garrido, foi determinante no aumento do padrão de qualidade da Revista. O Boletim do CBC também foi reformulado graficamente, sendo transformado numa pequena revista. O conteúdo editorial passou a divulgar não só as notícias dos capítulos, mas as atividades das diferentes Comissões Permanentes, além da difusão de conhecimentos através de ar tigos publicados pelos membros da entidade. Através de uma parceria com a Editora Atheneu, foi lançada a coleção “CBC: Clínica Cirúrgica Brasileira”, que atualmente já tem 18 livros editados. Também foi lançado o livro “Hemorragias” editado pelo Núcleo Central sob a coordenação do vice-presidente do setor, Armando de Oliveira e Silva e seus colaboradores. Defesa Profissional Uma grande preocupação da gestão de Samir Rasslan foi a reformulação do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral. Alguns membros do Diretório estiveram na Comissão Nacional de Residência Médica, em Brasília, para reivindicar a Residência
em quatro anos, o que só foi conquistado na gestão de Rober to Saad Jr. “Não tenho dúvida de que o resgate da Cirurgia Geral e o seu futuro, dependem de programas de residência altamente qualificados”, opina Samir Rasslan. Um outro ponto importante da atuação do Diretório foi estimular a área de Acreditação Hospitalar, em associação com a Academia Nacional de Medicina e o Apoio do Ministério da Saúde, na época comandado pelo professor Adib Jatene, com a par ticipação dos médicos Nildo Aguiar e José Noronha. Segundo Samir Rasslan, a Defesa Profissional foi muito atuante através do trabalho do Diretor Wilson Pollara e que trouxe uma visão impor tante no relacionamento com as Medicinas de Grupo e na discussão do mercado de trabalho. O CBC organizou em sua sede, Fóruns de Debates para discutir a Cirurgia Geral, o Cirurgião Geral e o Futuro, com a par ticipação das mais representativas figuras da cirurgia nacional. Parcerias Para evitar a competição entre duas entidades congêneres no Ceará, foi conseguida a fusão da Sociedade Cearense de Cirurgia com o Capítulo Cearense do CBC, processo iniciado na gestão do ex-presidente Eugenio Ferreira. O trabalho foi mediado pelo vicepresidente setorial Luiz Gonzaga Por to Pinheiro. Samir Rasslan lembra a impor tante contribuição da indústria farmacêutica para a modernização da entidade. O Laboratório B. Braun forneceu todos os impressos do Colégio durante a sua gestão e a Glaxo cedeu uma engenheira e uma arquiteta para 34
elaborar a reforma do Centro de Convenções, par ticipando até o final da construção, além de ajuda financeira em passagens para reuniões do Diretório. O ex-presidente lamenta apenas não ter montado uma estrutura profissional com a criação do cargo de um Diretor Executivo que pudesse gerenciar o Colégio e captar recursos, dando tranqüilidade à Diretoria para trabalhar na defesa dos interesses do cirurgião. “Até que tentamos, entrevistando três candidatos, mas as condições econômicas do Colégio não eram muito favoráveis no início da gestão. O Diretor Executivo seria até mesmo autofinanciável em função da sua capacidade de captação de recursos. Continua a idéia para o futuro”, explica Samir Rasslan. José Wazen O ex-Presidente do CBC lembra que uma das ações que representam maior orgulho de sua gestão foi a convocação do TCBC José Wazen da Rocha para ser Diretor de Biblioteca e Museu. “Foi um excelente conselheiro. Ponderado, tranqüilo, colaborou muito. Por vezes era um guru. Sua atuação destacada levou-o posteriormente à vice-presidência e à presidência do Colégio”, comenta. Samir Rasslan destaca que o mérito principal de sua gestão foi a forma clara, democrática e transparente de atuação de todos os membros do Diretório. “Fica deste período a agradável lembrança de um grupo unido e amigo. A nota triste em nossa gestão foi o falecimento do Membro Benemérito, Renato Pacheco cuja história de vida se confunde com a vida do CBC” – finaliza Samir Rasslan.
O CBC e seus Dirigentes •
31a Diretoria e 12o Diretório Nacional (1998/1999) Presidente
Luiz Guilherme Barroso Romano
Nova interiorização 1º Vice Presidente José Wazen da Rocha (RJ) 2° Vice Presidente Nelson Fontana Margarido (SP) Vice Presidente do Núcleo Central Ronaldo Antônio R. Vianna Salles (RJ) 2º Vice Presidente do Núcleo Central Ricardo Antônio Refinetti (RJ) Vice Presidente do Setor I João Paulo Mendes Filho (PA) Vice Presidente do Setor II Luiz Porto Pinheiro (CE) Vice Presidente do Setor III Antônio Simão dos S. Figueira Filho (PE) Vice Presidente do Setor IV Andy Petroianu (MG) Vice Presidente do Setor V João Batista de Sousa (DF) Vice Presidente do Setor VI Luciano Bastos Moreira (RS) Secretário Geral Antônio Carlos Ribeiro G. Iglesias (RJ) 1º Secretário José Antônio Gomes de Souza (RJ) 2º Secretário Luiz Alfredo Vieira D’Almeida (RJ) 3º Secretário Maria Cristina Araújo Maya (RJ) Tesoureiro Geral Accyoli Moreira Maia (RJ) Tesoureiro Adjunto Pedro Eder Portari Filho (RJ) Diretor de Publicações Merisa Braga de Miguez Garrido(RJ) Diretor de Biblioteca e Museu Orlando Marques Vieira (RJ) Diretor de Patrimônio e Sede Geraldo de Matos de Sá (RJ) Diretor de Defesa Profissional Paulo Roberto Corsi (SP) CONSELHO DE SELEÇÃO (1998/1999) Efetivos José Reinan Ramos (RJ), Antônio Carlos L. Campos (PR), Carlos Ernani Rosado soares (RN), João Luiz de Aquino Carneiro (ES) Mauro de Souza Leite Pinho (SC) Suplentes Américo Caparica Filho (RJ) Dayse Coutinho Valente (RJ) João de Deus e Brito (RJ)
O foco principal de sua gestão foi retomar a descentralização do CBC, iniciada ainda como vicepresidente no mandato de Orlando Marques Vieira. O caminho foi a valorização dos capítulos estaduais bem como o estímulo para as instalações de novas regionais. O Colégio Brasileiro de Cirurgiões esteve presente nos municípios mais distantes do país, através da realização de diversos eventos. “Onde atuasse um cirurgião no Brasil, o CBC deveria chegar”, lembra Luiz Guilherme Romano, destacando que o Diretório Nacional proporcionava a ida de palestrantes de interesse local, e o capítulo captaria recursos e parcerias em sua região, utilizando a logística da cidade para reduzir custos. Esse foi o caso de uma jornada científica realizada em parceria com o Hospital Aldenora Belo, em São Luiz (MA). Segundo Luiz Guilherme Romano, o evento despertou novamente o interesse pelo CBC, aumentando consideravelmente a freqüência dos cirurgiões do capítulo maranhense. As solenidades de posse de novos membros também puderam ser realizadas fora da sede do CBC, desde que o número de futuros Titulares, assim as justificasse. A entidade também esteve muito presente na região Amazônica através do fortalecimento dos capítulos do Pará e Amazonas. “No caso do Capítulo do Amazonas, deram-se condições para se instalar definitivamente, uma vez que há muitos anos contava somente com a instalação provisória”, lembra o ex-presidente. 35
Orientação na Internet Um dos marcos na interiorização da entidade foi a criação do CBC Help. Serviço pioneiro, proporcionava o necessário esclarecimento ao cirurgião sobre determinado assunto através da Internet. Em pouco tempo a entidade reunia especialistas e enviava orientações. Segundo Luiz Guilherme Romano, o serviço também auxiliou diversos membros fornecendo subsídios para a defesa profissional, quando ainda era incipiente este hoje vultuoso mercado do “erro médico”. Naquela gestão, o CBC consolidou-se na área da Acreditação, participando da criação do Consórcio Brasileiro de Acreditação, junto com a Academia Nacional de Medicina, a UERJ e a Fundação Cesgranrio, e que em 1998 numa reunião em Chicago, passou a representar o Brasil junto a Joint Commission International, a maior instituição acreditadora de hospitais nos Estados Unidos. O Congresso Brasileiro realizado em 1998, no Riocentro, foi um grande desafio, pela dificuldade de captação de recursos em função das incertezas da economia do país naquele momento. Entretanto, a riqueza da programação científica a cargo do vice-presidente José Wazen da Rocha e a estratégia de divulgação, que incluiu a produção e distribuição de informativos especiais e as chamadas pela imprensa, resultou na participação de mais de quatro mil inscritos de todo o país e do exterior.
• O CBC e seus Dirigentes
32a Diretoria e 13o Diretório Nacional (2000/2001) Presidente
Roberto Saad Júnior
Representação política 1º Vice Presidente José Reinan Ramos (RJ) 2º Vice Presidente Isac Jorge Filho (SP) Vice Presidente do Núcleo Central Accyoli Moreira Maia (RJ) 2º Vice Presidente do Núcleo Central Antônio Carlos Ribeiro G. Iglesias (RJ) Vice Presidente do Setor I Luiz Alberto Rodrigues de Moraes (PA) Vice Presidente do Setor II José Antônio Carlos O. D. Morano (CE) Vice Presidente do Setor III Aldo da Cunha Medeiros (RN) Vice Presidente do Setor IV Alcino Lázaro da Silva (MG) Vice Presidente do Setor V Paulo Gonçalves de Oliveira (DF) Vice Presidente do Setor VI Raul Pruinelli (RS) Secretário Geral Savino Gasparini Neto (RJ) 1º Secretário Marco Antônio Marques Leite (RJ) 2º Secretário Walter Roriz de Carvalho (RJ) 3º Secretário Ivan Drummond Filho (RJ) Tesoureiro Geral Pedro Eder Portari Filho (RJ) Tesoureiro Adjunto João de Deus e Brito (RJ) Diretor de Publicações José Antônio Gomes de Souza (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu Roberto Frota Pessoa (RJ) Diretor de Patrimônio e Sede Orlando Marques Vieira (RJ) Diretor de Defesa Profissional Paulo Roberto Corsi (SP) CONSELHO DE SELEÇÃO (2000/2001) Efetivos Fernando Manoel Paes Leme (RJ) Fares Rahal (SP), Izio Kowes (BA) Mauro de Souza Leite Pinho (SC) Antônio Carlos Logocki Campos (PR) Suplentes Dayse Coutinho Valente (RJ) Maria Cristina Araújo Maia (RJ) Angela Maria Fausto Souza (RJ)
No início da gestão, o Diretório reuniu-se com todos os mestres de Capítulos e Vice Presidentes Setoriais, para analisar os problemas de cada Estado. Em seguida, os membros do Diretório Nacional visitaram os capítulos do Ceará, Santa Catarina, Paraíba, Goiás, Espírito Santo, Sergipe, Alagoas, Brasília, Rio Grande do Sul, Bahia, Amazônia e Pará. Foram equacionadas as inadimplências, incentivadas as organizações de jornadas e inauguradas regionais, além da captação de novos membros e compras de sedes para Pernambuco, Espírito Santo e Ceará. O novo Diretório Nacional fez uma revisão do Estatuto do CBC e propôs algumas modificações no documento, que vigorava há 10 anos e que foram aceitas pelo Conselho superior, entre elas a aprovação da reeleição para presidente da entidade. O Diretório Nacional conseguiu uma aproximação importante com as demais especialidades cirúrgicas. Agendaram-se inúmeras reuniões na Sede do CBC com os Presidentes Nacionais destas especialidades. Segundo Roberto Saad, a aproximação com a AMB trouxe muitos ensinamentos para o CBC. “Hoje somos parceiros no Ministério da Saúde, na Comissão Nacional de Residência Médica e na Agência Nacional da Saúde Suplementar”, explica. Em contatos com laboratórios e indústrias, a entidade conseguiu patrocínio para lançamentos de 36
fascículos sobre assuntos científicos de interesse geral, abrangendo diversas áreas em diversas especialidades. A confecção destes artigos rendeu dividendos financeiros ao CBC, que foram revertidos como mais um benefício aos associados da entidade. Contatos políticos No dia 25 de agosto de 2000, ocorreu sessão extraordinária para entrega do Título de Benemérito ao Excelentíssimo Vice-Presidente da República, Senador Marco Maciel. Esta sessão, além de homenagear um homem público, conseguiu também estreitar laços importantes entre o CBC e as autoridades governamentais. Em julho de 2001, o Presidente do Congresso Nacional, Senador Antonio Carlos Magalhães, recebeu representantes de entidades médicas nacionais em audiência no Senado Federal. O Presidente da AMB Eleuses Vieira de Paiva; o Secretário Geral do CFM, Rubens dos Santos Silva, e o Presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões parabenizaram o Senador por sua atuação em favor de projetos relacionados à saúde pública do País. O XXIV Congresso Brasileiro de Cirurgia realizado em São Paulo, também foi mais um evento de sucesso do CBC, com a produção de impor tantes consensos.
O CBC e seus Dirigentes •
33a Diretoria e 14o Diretório Nacional (2002/2003) Presidente
José Wazen da Rocha
Sociedades cirúrgicas 1º Vice-Presidente José Reinan Ramos (RJ) 2º Vice-Presidente Luiz Arnaldo Szutan (SP) Vice-Presidente do Núcleo Central Armando de Oliveira e Silva (RJ) 2º Vice-Presidente do Núcleo Central Nelson de Barros Medina Coeli (RJ) Vice-Presidente Setor I Henrique José Ribeiro Neto (PA) Vice-Presidente Setor II José Antonio Carlos O . D. Morano (CE) Vice-Presidente Setor III Aldo da Cunha Medeiros (RN) Vice-Presidente Setor IV Jaeder Teixeira de Siqueira (MG) Vice-Presidente Setor V Paulo Gonçalves de Oliveira (DF) Vice-Presidente Setor VI Átila Varela Velho (RS) Secretário-Geral Ronaldo Antonio Reis Vianna Salles (RJ) 1º Secretário Walter Roriz de Carvalho (RJ) 2º Secretário Pedro Eder Portari Filho (RJ) 3º Secretário Dayse Coutinho Valente (RJ) Tesoureiro-Geral Accyoli Moreira Maia (RJ) Tesoureiro-Adjunto Ciriaco Cristovão Tavares Atherino (RJ) Diretor de Publicações Guilherme Pinto Bravo Neto (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu Alfredo Guarischi (RJ) Diretor de Patrimônio e Sede Orlando Marques Vieira (RJ) Diretor de Defesa Profissional Savino Gasparini Neto (RJ) Conselho de Seleção Efetivos José Eduardo Ferreira Manso (RJ), Mauro de Souza Leite Pinho (SC), Hamilton Petry de Souza (RS), Armando de Cápua Jr. (SP) e João Luiz de Aquino Carneiro (ES)
A perseverança e a tenacidade de José Wazen da Rocha permitiram que ele desenvolvesse uma gestão marcante, apesar de enfrentar sérios problemas de saúde. Em seu primeiro discurso de posse, manifestou o desejo de ver a presidência do CBC ser exercida, no futuro, por um membro que não fosse oriundo apenas dos Estados do Rio ou São Paulo. O presidente se preocupou em unir esforços entre as diversas entidades cirúrgicas para terem forças em suas reivindicações na área da defesa profissional. Por isso criou um grupo que se reuniu diversas vezes para discutir resoluções do CFM, da AMB e do CNRM quanto às restrições para as áreas de atuação dos cirurgiões. Incentivou os capítulos na realização de diversos eventos, como foi o caso do V Congresso NorteNordeste de Gatroenterologia, realizado em setembro de 2003, em São Luis, no Maranhão, com a presença de 58 convidados nacionais e um internacional. Sob a coordenação Suplentes Maria Cristina Araújo Maya (RJ), Esperidião José Macedo Costa (RJ) e Marco Aurélio de Lacerda Pinto (RJ)
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do 1º vice-presidente José Reinan Ramos, aconteceram a expansão dos congressos regionais de cirurgia, com a realização de eventos em Maceió, Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, no seu Diretório foi aprovada a realização dos congressos brasileiros de cirurgia fora do eixo Rio-São Paulo, tornando-os alternados com as duas capitais. Na sede do CBC empreendeu uma série de modificações estruturais como a informatização da biblioteca, a assinatura de seis revistas internacionais para acesso através do site da entidade e a reforma do terceiro andar da sede, além da modernização dos equipamentos de refrigeração do Centro de Convenções. Na área empresarial conseguiu o apoio de empresas aos eventos e atividades do CBC, com destaque para o XXV Congresso Brasileiro de Cirurgia, realizado em Porto Alegre, em 2003, o segundo fora do eixo Rio-São Paulo em toda a história da entidade.
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34a Diretoria e 15o Diretório Nacional (2004/2005) Presidente
Roberto Saad Jr.
A defesa do cirurgião 1º Vice-Presidente Ronaldo Antonio Reis Vianna Salles (RJ) 2º Vice-Presidente Luiz Arnaldo Szutan (SP) Vice-Presidente do Núcleo Central Dayse Coutinho Valente (RJ) 2º Vice-Presidente do Núcleo Central Fernando César David Silva (RJ) Vice-Presidente Setor I Geraldo Roger Normando Jr. (PA) Vice-Presidente Setor II Francisco Ney Lemos (CE) Vice-Presidente Setor III Jorge Pinho Filho (PE) Vice-Presidente Setor IV Mário Ribeiro (MG) Vice-Presidente Setor V Luiz Alberto Mendonça de Freitas (DF) Vice-Presidente Setor VI Richard Ricachenevsky Gurski (RS Secretário-Geral Accyoli Moreira Maia (RJ) 1º Secretário Walter Roriz de Carvalho (RJ) 2º Secretário Manuel Domingos da Cruz Gonçalves (RJ) 3º Secretário José Eduardo Ferreira Manso (RJ) Tesoureiro-Geral Pedro Éder Portari Filho (RJ) Tesoureiro-Adjunto Savino Gasparini Neto (RJ) Diretor de Publicações Guilherme Pinto Bravo Neto (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu Ciríaco Cristóvão Tavares Atherino (RJ) Diretor de Patrimônio e Sede Flávio Tavares Rothfuchs (RJ) Diretor de Defesa Profissional Átila Varela Velho (RS) CONSELHO DE SELEÇÃO Membros Efetivos Maria Cristina Araújo Maya (RJ) Renê Mariano de Almeida (BA) Raul Pruinelli (RS) Armando de Cápua Jr. (SP) Paulo Gonçalves de Oliveira (DF) Membros Suplentes Lisieux Eyer de Jesus (RJ) Alberto Schanaider (RJ) Marco Aurélio de Lacerda Pinto (RJ)
Em 2004 e 2005, o CBC foi muito solicitado pela Comissão Nacional de Residência Médica para colaborar, opinar e avaliar os programas de residência médica em todo o País, com um impor tante estreitamento das relações do CBC e CNRM, a par tir de então. O resultado foi o reconhecimento da Comissão Nacional de Residência Médica, após inúmeras tentativas do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, pela residência em cirurgia geral de quatro anos. A AMB decidiu idealizar a revalidação do título de especialista por meio de pontuação. Por isso, foi designada pela entidade, uma comissão, com a par ticipação do CBC, para regulamentar esta situação. O Colégio Brasileiro de Cirurgiões também esteve presente junto ao CFM, na defesa da Lei que regulamenta o ato médico e que finalmente foi aprovada. União dos médicos Uma outra impor tante ação do CBC foi a sua atuação, por ocasião da Medida provisória 232 editada pelo Governo no dia 30 de dezembro de 2004. Ela ampliou de 32% para 40% a base de incidência da contribuição social sobre o lucro líquido e o imposto de renda para os prestadores de serviço que usam o lucro presumido para o 38
cálculo de tributos. “Esta fúria tributária fez com que a Associação Comercial de São Paulo, por meio de seu Presidente Guilherme Afif Domingos, procurasse a AMB para uma ação conjunta contra esta Medida Provisória inconstitucional, com a par ticipação do CBC”, lembra Rober to Saad. Este movimento teve por objetivo reunir o maior número de pessoas para protestar em Brasília e impedir que esta MP fosse aceita pelos Deputados Federais.O resultado é que a MP não foi aprovada. Outra frente de luta do CBC foi contra as indenizações injustas impostas pela justiça em ações por dano moral, ocasionadas por supostos erros médicos. Reuniões com magistrados, com os Conselhos Regionais de Medicina e o Deputado federal Rafael Guerra, Presidente da frente Parlamentar da Saúde, com o Secretario da Reforma do Judiciário, culminaram com uma entrevista à revista Época publicada na edição de junho de 2005, onde o CBC conseguiu colocar o assunto em pauta para uma ampla discussão pública. Na gestão de Rober to Saad foi realizado o XXVI Congresso Brasileiro de Cirurgia, em 2005, no Riocentro, mais um enorme sucesso junto aos cirurgiões e residentes, do ponto de vista científico e financeiro.
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35a Diretoria e 16o Diretório Nacional (2006/2007) Presidente
José Reinan Ramos
Uma nova imagem 1º Vice-Presidente Armando de Oliveira e Silva (RJ) 2º Vice-Presidente Dario Birolini (SP) Vice-Presidente do Núcleo Central Antonio Carlos Ribeiro Garrido Iglesias (RJ) 2º Vice-Presidente do Núcleo Central Renam Catharina Tinoco (RJ) Vice-Presidente Setor I Geraldo Ishak (PA) Vice-Presidente Setor II Francisco Ney Lemos (CE) Vice-Presidente Setor III Edmundo Machado Ferraz (PE) Vice-Presidente Setor IV Edvaldo Fahel (BA) Vice-Presidente Setor V José Eduardo de Aguilar Nascimento (MT) Vice-Presidente Setor VI Cleber Dario Pinto Kruel (RS) Secretário-Geral Dayse Coutinho Valente (RJ) 1º Secretário Ricardo Antonio Correia Lima (RJ) 2º Secretário Elizabeth Gomes dos Santos (RJ) 3º Secretário Paulo Gonçalves de Oliveira (DF) Tesoureiro-Geral José Luiz Xavier Pacheco (RJ) Tesoureiro-Adjunto Paulo César Lopes Jiquiriçá (RJ) Diretor de Publicações José Eduardo Ferreira Manso (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu Arídio Geraldo Ornellas do Couto Filho (RJ) Diretor de Patrimônio e Sede Flávio Tavares Rothfuchs (RJ) Diretor de Defesa Profissional Fernando Cordeiro (SP)
Presidente da Comissão Científica do XXVI Congresso Brasileiro de Cirurgia, realizado em 2005, no Rio de Janeiro, José Reinan Ramos assumiu em janeiro do ano seguinte a presidência do CBC. O principal objetivo de sua gestão tem sido aumentar a representatividade da entidade em todas as regiões do país. “A missão do CBC é congregar os cirurgiões do Brasil, independente da especialidade ou sociedade a que pertençam”, explica José Reinan Ramos, revelando que o seu diretório apóia a eleição de um presidente fora do eixo Rio-São Paulo. Em 2006, foram promovidos congressos regionais no Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Cuiabá e Blumenau. O XXVII Congresso Brasileira de Cirurgia, foi realizado de 8 a 12 de julho de 2007, em Belo Horizonte, em conjunto com o IX Congresso dos Fellows Latino-Americanos do Colégio Americano de Cirurgiões. Este diretório incentivou a parceria com diversas sociedades médicas para a realização, em conjunto, de congressos regionais ou para desenvolver ações que possam normatizar tecnologias com o objetivo de interligar outras entidades. Em 2006, o CBC foi eleito membro do Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira – AMB. Certificação em Cirurgia A partir de 2006, pela primeira vez, a prova para Certificação 39
de Atuação em Cirurgia Videolaparoscópica foi realizada em conjunto com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Digestiva. Qualidade em Cirurgia Um dos projetos mais recentes de sua gestão é o Programa de Qualidade em Cirurgia (PQC-CBC), uma iniciativa pioneira no Brasil para a melhoria da qualidade dos procedimentos cirúrgicos, que segue a tendência de buscar um aumento da qualidade assistencial e da segurança dos pacientes. O PQC-CBC será gerenciado por um comitê coordenador constituído por membros titulares do CBC e com a assessoria de uma equipe de especialistas em pesquisa clínica. “Inicialmente, o Programa será direcionado aos procedimentos cirúrgicos do aparelho digestivo, mas outros procedimentos cirúrgicos serão contemplados no futuro. Tudo isso com o objetivo de proporcionar uma prática cirúrgica mais segura”, explica o presidente José Reinan Ramos. Cirurgia do Trauma Por sugestão do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, responsável pela área de atuação de Cirurgia do Trauma, a Associação Médica Brasileira - AMB - criou a “Comissão de Trauma da AMB”, em setembro de 2006.
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Os Membros dessa Comissão foram indicados pelo CBC e foram os mesmos Membros Titulares da Comissão Permanente de Trauma da entidade. Para agregar a Sociedade Brasileira de Atendimento ao Politraumatizado - SBAIT - nessa parceria e fortalecer a Comissão, a Presidência será exercida pelo Presidente da SBAIT, desde que seja Membro Titular do CBC. O Diretório Nacional do CBC também aprovou o “Projeto Trauma”. Vinculado ao Ministério da Saúde, é um projeto de grande abrangência, com a participação efetiva de diversas sociedades. O CBC indicou o Presidente da Comissão Especial Permanente de Trauma, Izio Cowes, para representar o Colégio. Nova Imagem A campanha Seja Membro do CBC, que incluiu a produção de um selo, folder e cartaz para distribuição em sociedades médicas e universidades de todo o país, fez a entidade ultrapassar a marca de mais de seis mil membros.
Ainda na área de comunicação com os associados, o CBC investiu na modificação e ampliação dos serviços do site como veículo de comunicação e educação continuada, e preparou um projeto totalmente novo que será lançado no XXVIII Congresso Brasileiro de Cirurgia, em Belo Horizonte. Criou ainda um novo projeto gráfico para o Boletim e a revista de Consensos, e criou a identidade visual e cromática do logotipo do CBC em todos os materiais de papelaria. Revistas científicas Em relação ao acesso às publicações científicas, o CBC disponibilizou no site da entidade a assinatura de 14 revistas internacionais, com o acesso aos ar tigos na íntegra. Revista do CBC Após a indexação no SciELO, o próximo passo da Revista do CBC será a indexação no PubMed,
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site em por tuguês que dá acesso ao Medline, o que proporcionará ainda maior visibilidade para a publicação do Colégio. A revista também está disponível no site do CBC, na íntegra. Treinamento em Cirurgia No 16º Diretório Nacional foram criadas novas normas para maior controle dos serviços de cirurgia credenciados pelo CBC para oferecer o Treinamento em Cirurgia, inclusive com a obrigatoriedade do profissional treinado ser membro do CBC Outras ações também foram impor tantes na gestão de José Reinan Ramos, como a continuidade do Programa PROACI e a reativação da parceria com a Editora Atheneu. Além disso, o CBC solicitou à AMB que discutisse junto ao Conselho Científico da entidade as normas que regulam a cirurgia do câncer. Na área financeira, a tesouraria criou várias ações para o equilíbrio da instituição.
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36a Diretoria e 17o Diretório Nacional (2008/2009) Presidente
Edmundo Machado Ferraz
Novo estímulo à interiorização 1º Vice-Presidente TCBC Armando de Oliveira e Silva (RJ) 2º Vice-Presidente TCBC Fábio Biscegli Janete (SP) Vice Presidente do Núcleo Central TCBC Ismar Alberto Pereira Bahia (RJ) 2º Vice Presidente do Núcleo Central ECBC Pietro Accetta (RJ) Vice Presidente Setor I TCBC Luiz Alberto Rodrigues de Moraes (PA) Vice Presidente Setor II TCBC Francisco Ney Lemos (CE) Vice Presidente Setor III TCBC Luiz Filipe Cavalcanti Lima (PE) Vice Presidente Setor IV TCBC Andy Petroianu (MG) Vice Presidente Setor V TCBC Ronaldo Mafia Cuenca (PR) Vice Presidente Setor VI TCBC Hamilton Petry de Souza (RS)) Secretário Geral TCBC Dayse Coutinho Valente (RJ) 1º Secretário ECBC Flavio Tavares Rothfuchs (RJ) 2º Secretário TCBC José Humberto Simões Correa (RJ) 3º Secretário TCBC Fernando Cordeiro (SP) Tesoureiro Geral TCBC José Luiz Xavier Pacheco (RJ) Tesoureiro Adjunto TCBC Ricardo Antonio Correia Lima (RJ) Diretor de Publicações TCBC Jose Eduardo Ferreira Manso (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu TCBC Aridio G. Ornellas do Couto Filho (RJ) Diretor de Patrimônio e Sede TCBC Paulo César Lopes Jiquiriça (RJ) Diretor de Defesa Profissional TCBC Wilson Modesto Pollara (SP) Presidente do Exercício 2006/2007 TCBC José Reinan Ramos (RJ)
O projeto de descentralização do CBC iniciado nas gestões anteriores proporcionou a eleição, pela primeira vez em sua história, de um presidente fora do eixo Rio-São Paulo, o ECBC Edmundo Machado Ferraz, pertencente ao Capítulo de Pernambuco. No início de sua gestão o Diretório Nacional do CBC realizou uma enquete com todos os Membros do CBC para conhecer suas expectativas em relação com o Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Em seguida, propôs a criação de sete novas Comissões Especiais Permanentes: Comissão Especial Científica do Congresso Brasileiro e Jornadas Regionais de Cirurgia Presidida; Comissão Especial de Telecirurgia, Comissão Especial de Educação Continuada,Comissão Especial de Ética e Pesquisa, Comissão Especial de Residência Médica em Cirurgia Geral, Comissão Especial de Honorários e Previdência, Comissão Especial de Terapia Intensiva cirúrgica. Foram mantidas as Comissões Especiais Permanentes já existentes: O ex-Presidente assinala que as novas Comissões Especiais Permanentes foram descentralizadas, sendo majoritariamente integradas por Titulares de outros Capítulos, dando também experiência regional em importantes comissões de nossa Instituição. “Outro aspecto foi a integração na composição de várias Comissões com Sociedades correlatas e irmãs como a SBAIT 41
(Trauma), SOBRACIL e a SBCBM”, destaca. No sentido de estimular a comunicação mais intensa entre os Membros foi realizada pela primeira vez a transmissão em tempo real de várias reuniões através da Comissão de Telecirurgia, possibilitando para as sedes de capítulos o acompanhamento das reuniões do Diretório Nacional. Durante o ano de 2008 foram realizados seis Congressos Regionais (atuais Congressos Setoriais) de Cirurgia nas cidades de Belém, Teresina, Bonito, Gramado, Rio de Janeiro e São Paulo. No site do Colégio Brasileiro de Cirurgiões foi disponibilizado grande número de artigos e publicações, na sua maioria oriunda da Comissão Permanente de Educação Continuada. Edmundo Ferraz destaca também que em sua gestão foi intensificada a modificação do Estatuto e Regimento Interno do CBC. Entre inúmeras sugestões, o Diretório Nacional solicitou a mudança nos termos do juramento dos novos Membros, a ampliação dos prêmios oficiais do CBC, a preocupação da entidade com os proventos e condições de trabalho do cirurgião brasileiro, além da inclusão de compromisso da entidade em defender a dignidade profissional do especialista. Outro ponto importante da gestão 2008/2009 foi a reforma da Revista do CBC, sua capa e a mu-
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dança do Corpo Editorial, que preparou a publicação para pleitear a indexação no Medline, conquistada em outubro de 2009. O ex-Presidente lembra que em sua gestão o CBC teve uma ativa participação na Associação Médica Brasileira e conseguiu agregar em várias reuniões no XXVIII Congresso Brasileiro de Cirurgia em São Paulo e na sede da AMB em São Paulo, os presidentes de 11 sociedades cirúrgicas para discutir os problemas comuns, estabelecer estratégias para lutar de forma integrada como uma Federação em defesa das atividades de nossos cirurgiões. “Esta iniciativa do CBC teve grande importância e repercussão nas principais sociedades cirúrgicas brasileiras”, explica.
No XXVIII congresso Brasileiro de Cirurgia, realizado em São Paulo, o CBC celebrou 80 anos de fundação. Para celebrar essa data emblemática foram produzidas uma série de ações de comunicação, como um vídeo sobre a história da entidade e uma série de depoimentos com personalidades importantes da trajetória da entidade, como Ivo Pitanguy e Adib Jatene. Um painel com uma linha de tempo foi exibido no Congresso e depois afixado na portaria do Edifício do CBC. Em seguida, também foi criado um novo layout para a bandeira do Colégio. Ainda na gestão de Edmundo Ferraz foi regularizada uma dívida do CBC com a Federação Latinoamericana de Cirurgia - FELAC, normalizando a presença nesta entidade
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fundada pelo ex-presidente Renato Pacheco Filho, no Rio de Janeiro. No final da gestão 2008/2009, realizaram uma importante parceria com a Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia - SOBRADPEC. “Nesta gestão contamos com o apoio e participação dos Membros Natos do Conselho Superior, além de uma participação ativa responsável e eficiente dos nossos funcionários e membros atuantes do CBC em todo território nacional”, finaliza o ECBC Edmundo Ferraz.
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37a Diretoria e 18o Diretório Nacional (2010/2011) Presidente
Gaspar de Jesus Lopes Filho (SP)
Representação do CBC na AMB e CFM 1º Vice-Presidente TCBC Armando de Oliveira e Silva (RJ) 2º Vice-Presidente TCBC Roberto Saad JR (SP) Vice Presidente do Núcleo Central TCBC Fernando Cesar David Silva (RJ) 2º Vice Presidente do Núcleo Central ECBC Pietro Accetta (RJ) Vice Presidente Setor I TCBC Geraldo Ishak (PA) Vice Presidente Setor II TCBC Heladio Feitosa de Castro Filho (CE) Vice Presidente Setor III TCBC Luis Filipe Cavalcanti Lima (PE) Vice Presidente Setor IV TCBC Cicero de Lima Rena (MG) Vice Presidente Setor V TCBC Luciano Dias Batista Costa (DF) Vice Presidente Setor VI TCBC Antonio Nocchi Kalil (RS) Secretário Geral TCBC Pedro Eder Portinari Filho(RJ) 1º Secretário ECBC Flavio Tavares Rothfuchs (RJ) 2º Secretário TCBC Guilherme Pinto Bravo Neto (RJ) 3º Secretário TCBC Antonio Jose Gonçalves (SP) Tesoureiro Geral TCBC Walter Roriz de Carvalho(RJ) Tesoureiro Adjunto TCBC Ricardo Antonio Correia Lima (RJ) Diretor de Publicações TCBC Jose Eduardo Ferreira Manso (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu TCBC Aridio G. Ornellas do Couto Filho (RJ) Diretor de Patrimônio e Sede TCBC Carlos Alberto Guimarães (RJ) Diretor de Defesa Profissional TCBC Isac Jorge Filho (SP) Presidente do Exercício 2008/2009 Edmundo Machado Ferraz (PE)
O novo Diretório Nacional implementou a reforma do Estatuto e Regimento Interno do CBC, o Regulamento da Superintendência, critérios de apoio a eventos de outras instituições, normas para a realização de Congressos Regionais, escolha da cidade-sede do Congresso Brasileiro de Cirurgia do CBC, e desativação de Regionais improdutivas de alguns Capítulos. Na sua gestão foi efetivado o convênio com a Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia (SOBRADPEC), com a reativação do CEPESQ: Centro de Pesquisa em Cirurgia do CBC. No âmbito nacional, as comemorações do Centenário de Renato Pacheco, com a realização de uma Missa e a colocação de um totem com o busto do ex-Presidente, fixado na recepção do edifício-sede do CBC. “Além disso, tivemos o prazer de outorgar aos Membros Eméritos Fernando Luis Barroso e Angelita Habr-Gama o Prêmio Colégio Brasileiro de Cirurgiões nas edições de 2010 e 2011”, lembra. O ex-Presidente destacou ainda realização de inúmeros eventos como a realização dos congressos do Rio de Janeiro com recorde de inscritos neste tipo de evento com 911 participantes, coordenado 43
pelos Diretores do Núcleo Central; São Paulo, Paraná e Distrito Federal. O Núcleo Central através de seus Diretores deu destaque para o Fórum de Pesquisa em Cirurgia do CBC, quando comemorou o Jubileu de Prata. Outra iniciativa dos Diretores do Núcleo Central foi a realização do I Congresso de Trauma CBC / SBAIT realizado no Rio de Janeiro, evento bem sucedido, e vale destacar que o evento estreitou a relação entre as duas sociedades. Os Diretores do Núcleo Central e seus assessores participaram ativamente de várias reuniões do COMSSU-RJ na sede do CREMERJ com resultados positivos para os membros do CBC. Sua gestão foi coroada com a realização do XXIX Congresso Brasileiro de Cirurgia do CBC, em Fortaleza, em 2011. Recadastramento dos membros do CBC, reativação do Capítulo do Espírito Santo e retomada dos acordos em Goiás, foram alguns dos projetos desenvolvidos pela Secretaria Geral do Colégio. Foram desenvolvidos pelo Setor uma pesquisa qualitativa da marca CBC, produção do folder institucional da entidade, atualização do site do CBC, criação do Informativo Eletrônico e implantação das reuniões administrativas da sede com Capítulos por videoconferência.
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O ex-Presidente lembra que também foram produzidas pesquisas de opinião sobre Diverticulite, Residência Médica em Cirurgia Geral, e Infecção hospitalar. A Tesouraria promoveu repasses escalonados dos débitos atrasados com os Capítulos do CBC, revisão das aplicações financeiras, revisão e rescisão de contratos, licenciamento dos softwares, aquisição e modernização de hardware na entidade. Além disso, na área de recursos humanos, a Tesouraria extinguiu o banco de horas e estabeleceu convênio com a AMIL DENTAL para os funcionários do CBC. Em dezembro de 2011, foi obtida a elevação da indexação da Revista do CBC pela CAPES, do estrato B3 para o estrato B1. Ainda nesta gestão, foram dados os primeiros passos para a criação da Revista Eletrônica do CBC e implantadas diversas medidas visando a submissão eletrônica para a Revista. O setor de publicações, liderado por seu Diretor, ainda promoveu o lançamento do livro “Clínica Cirúrgica do CBC” e o lançamento da segunda edição do livro “Tratado de Cirurgia Geral do CBC”, além do
lançamento do ciclo 7 do PROACI”. A Diretoria de Biblioteca e Museu iniciou os convênios com a RIMA (Rede de Informática em Medicina Avançada) e os primeiros contatos com os patrocinadores.
O CBC também marcou presença na AMB nas discussões e posicionamentos na Comissão Nacional de Residência Médica-CNRM: Trauma, Urgência /Emergência/ Treinamento em Cirurgia Geral.
O setor reativou os serviços “Leituras Sugeridas” e “Estudo Dirigido”, assinatura de periódicos internacionais de alta indexação, digitalização e disponibilização do Acervo de Teses, recuperação e disponibilização da videoteca/ DVDteca, além da atualização do Museu do CBC.
No Conselho Federal de Medicina – CFM, o Colégio participou das discussões sobre o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), além das Câmaras Técnicas de Cirurgia Bariátrica e Endocrinologia Cirúrgica.
Posicionamentos O diretor de Defesa Profissional trabalhou intensamente nas representações dentro da AMB no Conselho Deliberativo e Científico, Comissão de Prevenção de Acidentes Domésticos, Prevenção da obesidade, além da Rede ACT: tabagismo, Projeto Diretrizes, Câmara Técnica de Implantes, Ajuda Humanitária ao Haiti, Comissão de Editores de Revistas Científicas, Comissão da CBHPM, COMSSU-RJ, Comissão PRÓ-SUS, TUSS e Cooperativismo.
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A Comissão Permanente de Residência Médica atuou em diversos projetos, como as Matrizes da Residência Médica em Cirurgia Geral. A de Treinamento promoveu credenciamentos e recredenciamentos em cirurgia geral, enquanto a de Relações Internacionais intensificou os contatos com o American College of Surgeons e FELAC. Recadastramento patrimonial da Sede, revisão dos contratos de garagem, buffet e assessoria jurídica, projeto de venda de cadeiras do Auditório A do Centro de Convenções e reformas em alguns setores da sede, inclusive o Centro de Convenções, foram algumas das realizações da Diretoria de Patrimônio e Sede.
O CBC e seus Dirigentes •
38a Diretoria e 19o Diretório Nacional (2012/2013) Presidente
Armando de Oliveira e Silva
Incentivo à Educação Continuada 1º Vice-Presidente TCBC Fernando César David Silva (RJ) 2º Vice-Presidente TCBC Fernando Cordeiro (SP) Vice Presidente do Núcleo Central TCBC Savino Gasparini Neto (RJ) 2º Vice Presidente do Núcleo Central TCBC Juan Miguel Rentería (RJ) Vice Presidente Setor I TCBC Pedro Antonio Mufarrej Hage (PA) Vice Presidente Setor II ECBC Antonio Dib Tajra (PI) Vice Presidente Setor III TCBC Aldo da Cunha Medeiros (RN) Vice Presidente Setor IV TCBC Henrique Eloy Bueno Câmara (MG) Vice Presidente Setor V TCBC Antonio Evanildo Alves (DF) Vice Presidente Setor VI TCBC Luiz Carlos Von Bahten (PR) Secretário Geral ECBC Flávio Tavares Rothfuchs (RJ) 1º Secretário TCBC Pietro Accetta (RJ) 2º Secretário TCBC Carlos Eduardo Pinto (RJ) 3º Secretário TCBC Giovanni Antonio Marsico (RJ) Tesoureiro Geral TCBC Ricardo Antonio Correio Lima (RJ) Tesoureiro Adjunto TCBC Luiz Antonio Rodrigues (RJ) Diretor de Publicações TCBC José Eduardo Ferreira Manso (RJ) Diretor de Biblioteca e Museu e Tecnologia da Infomação TCBC Arídio Geraldo Ornellas do Couto Filho (RJ) Diretor de Patrimônio e Sede ECBC Accyoli Moreira Maia (RJ) Diretor de Defesa Profissional TCBC Heládio Feitosa de Castro Filho (CE) Ex-Presidente Do Exercício Anterior Gaspar de Jesus Lopes Filho (SP)
Após uma trajetória de inúmeras contribuições para o Diretório Nacional, com destaque para três gestões consecutivas em que foi 1º Vice-Presidente, o ECBC Armando de Oliveira e Silva assumiu a Presidência do Colégio Brasileiro de Cirurgiões comprometido com o avanço da Educação Continuada e a modernização administrativa da instituição. A modalidade mais recente de membro do CBC, o Membro Acadêmico, já é uma realidade. O Presidente muito lutou para conseguir realizar este sonho antigo. Desde a criação desta modalidade dezenas de Membros Acadêmicos ingressaram na Instituição por este país afora. O Membro Acadêmico será o cirurgião do futuro e o CBC está colaborando para isto. A terceirização do Centro de Convenções foi mais uma ação da Presidência e 1ª Vice-Presidência, com apreciação e aprovação pelo DN em várias reuniões realizadas desde o primeiro semestre de 2012. O CECON apresentava resultados financeiros deficitários e por isso foi estabelecida a parceria com uma empresa de administração de centros de convenções, que já apresentou resultados muito positivos. “ Esta receita alternativa da Instituição será revertida para fomentar eventos científicos, patrocinar cursos de treinamento e outras atividades de educação continuada visando contemplar todos os capítulos, uma das 45
missões do Colégio”, informa o Ex-Presidente. Na edição 40, a principal publicação científica do CBC, a revista, passou a apresentar um novo projeto gráfico para a capa, aprovado neste Diretório Nacional. A revista é enviada para seus membros e está disponível no Scielo e Medline. O CBC recentemente colocou à disposição dos leitores a versão eletrônica da Revista CBC para publicação de relato de casos, processo iniciado na gestão anterior. O presidente do CBC e ou seus representantes participaram de todos os eventos científicos oficiais do CBC ao longo da gestão: Congressos Setoriais, Jornadas Científicas, Simpósios, Fóruns e outros, nos Capítulos do CBC onde os eventos aconteceram, participando e prestigiando as posses de novos membros e de homenagens que contemplaram membros do Colégio. A inclusão de 28 procedimentos por videocirurgia no novo rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde foi uma conquista do CBC, em trabalho conjunto com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica (SOBRACIL), com o apoio total do Presidente do CBC, e a participação ativa do diretor de Defesa Profissional. O Colégio Brasileiro de Cirurgiões foi convidado pela Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, para participar do Grupo de Trabalho sobre Videocirurgias no âm-
• O CBC e seus Dirigentes
bito do SUS junto à Coordenação Geral de Média e Alta Complexidade do MS (CGMAC). O grupo trabalha também para a definição sobre os valores dos honorários médicos dos procedimentos inseridos. O CBC está estreitando cada vez mais relações com sociedades parceiras como a SOBRACIL, SBCBM, SBAIT, SBCO e tantas outras e se unindo na luta por interesses comuns. A entidade é sempre consultada pela Associação Médica Brasileira - AMB sobre a definição de área de atuação para algumas sociedades, e vem emitindo pareceres favoráveis para a configuração deste status, como por exemplo, já definido para a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. O Diretório Nacional, foi incansável em apoiar a Comissão Permanente de Residência Médica, buscou junto à CNRM a ampliação de 2 para 3 anos o período de treinamento do cirurgião, mesmo encontrando todas as resistências que são conhecidas. O Presidente, o 1º Vice-Presidente e a Presidente da Comissão participaram em Brasília da plenária da CNRM onde foram apresentadas as Matrizes Curriculares para a formação do cirurgião. O presidente da Comissão Permanente de Treinamento e Estágios em Cirurgia Geral trabalhou para adequação e cumprimento com rigor das Normas Gerais e Específicas pelas instituições credenciadas, que vêm sendo avaliadas para a manutenção e renovação do credenciamento, além de efetivar os novos credenciamentos, fazendo para isto visitas regulares às instituições e apresentação de relatórios para a apreciação e homologação pelo Diretório Nacional. Novas parcerias O convênio com o portal do Campus RIMA (Rede Informática de Medicina Avançada, vinculado à Fundação Biblioteca Central de Medicina) proporciona mais uma ferramenta de pesquisa e estudo, com acesso gratuito on-line exclusivo para membros
do CBC para consulta a mais de 2.400 periódicos. O CBC estabeleceu parceria com um grande portal de sistema de saúde para gestão das informações de seus pacientes em ambiente seguro de 100%, o prontuário eletrônico para consultório. O Colégio Brasileiro de Cirurgiões estará subsidiando o primeiro ano do serviço que será gratuito para os seus membros e aqueles que tiverem interesse poderão, a partir do segundo ano, manter o serviço com um custo de manutenção promocional. Seguros de vida, residencial, automóvel, de viagem, equipamentos, consultório e até previdência privada, poderão ser feitos através da parceria que o Colégio Brasileiro de Cirurgiões estabeleceu com a SLICE – Consultoria de Seguros e as principais seguradoras do país, iniciativa do Presidente e 1º Vice-Presidente com apreciação e aprovação pelo Diretório Nacional, oferecendo muitas vantagens ao membros do CBC. Com o apoio do Diretório Nacional, contrataram uma nova empresa para a reestruturação total do site, que foi inaugurado durante o XXX Congresso Brasileiro de Cirurgia, realizada no Rio de Janeiro. O maior objetivo foi criar um site funcional, oferecendo todos os tipos de informações de forma fácil e rápida, como na atualização de endereço e outros dados, consultar a Revista e Boletim CBC, pesquisas de periódicos na RIMA, estudo dirigido, videoteca com conferências internacionais e procedimentos cirúrgicos. O Site está totalmente profissionalizado e estruturou, para a próxima gestão, as bases para implantação de um sistema que o Membro poderá pagar sua anuidade em diversas modalidades, como boleto, cartão de crédito e débito. O CBC reestruturou o Setor de Comunicação estabelecendo um novo 46
contrato com a Libertta Comunicação, empresa com expertise na área e que está dedicando maior carga horária ao CBC. A empresa é responsável por alimentar todos os veículos de comunicação da Instituição como informes e notícias no Site, Boletins Impressos e Informe On-line, publicações em redes sociais em que o CBC está inserido. O Setor de Informática no CBC sofreu total reestruturação, com modificação de toda a infraestrutura até a aquisição de equipamentos de última geração como servidores, periféricos e outros. Novos softwares foram instalados para estruturar com segurança a base de sustentação para o SITE e o Sistema Operacional do CBC. O setor está sob responsabilidade de um novo parceiro com expertise na área. Negociação da dívida com o IPTU Uma das maiores conquistas da área jurídica foi a negociação para a redução em cerca de 50% de uma antiga dívida do CBC com o IPTU do município do Rio de Janeiro, que estava comprometendo a estrutura financeira da entidade. Esse problema foi resolvido com a quitação da dívida O CBC contratou um novo Escritório de Advocacia, com um custo menor, mantendo o padrão de qualidade no serviço prestado. O Escritório avaliou e emitiu parecer sobre todos os contratos antigos e participando da estruturação de novos contratos que estão sendo firmados recentemente e oferecendo assim segurança nas parcerias estabelecidas com o Colégio Brasileiro de Cirurgiões e nos serviços prestados.
O CBC e seus Dirigentes •
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As Sedes do CBC •
As Sedes do CBC
Durante três décadas, hóspede de outras instituições Por 23 anos a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro foi a sede do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. A tradicional instituição médica brasileira, localizada na Avenida Mem de Sá, na área antiga do Centro do Rio, abrigava também outras sociedades médicas. Para o CBC foi cedido um pequeno armárioestante, com porta envidraçada, onde eram guardados todos os documentos, livros e objetos. Posteriormente, foi cedida uma sala para instalação da secretaria, biblioteca, arquivo e galeria de retratos dos ex-presidentes do CBC. A administração funcionou no consultório de Oscar Alves, o sétimo presidente do CBC, até o seu falecimento, em 1948. Em seguida, a administração foi transferida para a sede da Sociedade de Medicina e Cirurgia,
onde permaneceu até 1952. Nesse ano, o presidente Rolando Monteiro decidiu transferir não só a administração, como também a biblioteca, para a Faculdade de Ciências Médicas, localizada no bairro de São Cristóvão, da qual também era diretor. Durante três décadas, as sessões ordinárias e reuniões em geral foram realizadas no auditório da Sociedade de Medicina e Cirurgia e também em outras instituições médicas localizadas no Centro do Rio: Academia Nacional de Medicina, Policlínica Geral do Rio de Janeiro, Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro e o Edifício do Sylogeu Brasileiro, prédio governamental que abrigava diversas instituições culturais. Demolido em 1972, em seu lugar foi erguido o moderno prédio do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro - IHGB.
Segundo Renato Pacheco Filho, o armário-estante foi a primeira sede do CBC. Nele, durante mais de duas décadas, eram guardados os documentos da entidade na Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Hoje, ocupa lugar de destaque no gabinete da Presidência. 48
• As Sedes do CBC
Após 32 anos, a primeira sede própria Ao assumir pela segunda vez a presidência do CBC, Correntino Paranaguá fez um elogio à iniciativa do presidente anterior, Raymundo de Britto, de construir a primeira sede própria para o CBC. “Após 32 anos como hóspedes de inúmeras associações médicas, Raymundo de Britto livrou-nos de um complexo de inferioridade. Sentíamos que esta situação se eternizava, não obstante os esforços de todos os que nos antecederam”.
Ocupando um terreno de 1.398 metros quadrados, na Rua Visconde de Silva, 52, em Botafogo, a primeira sede própria era um antigo casarão colonial de dois andares cercado de plantas tropicais, arbustos, flores e árvores frutíferas. Possuía um auditório para 105 lugares com ar condicionado, sala da presidência, secretaria, tesouraria, sala de reuniões, biblioteca e sala de leitura.
“Raymundo de Britto livrou-nos de um complexo de inferioridade” Correntino Paranaguá - ex-Presidente
A sede foi inaugurada no dia 19 de julho de 1961, num churrasco em seus jardins, como parte da programação do VII Congresso Brasileiro de Cirurgia. “Transmito agora o resultado de dois anos de lutas e um facho luminoso de esperança e fé, num futuro cada vez mais grandioso para o Colégio Brasileiro de Cirurgiões”, disse Raymundo de Britto em seu discurso, prevendo que o CBC iria crescer tão rapidamente que em poucos anos seria imprescindível a construção de uma sede maior. “O acesso à casa era através de sinuosa escada de mármore, guarnecida por graciosa grade de ferro trabalhado que se prolongava por uma varanda de cerca de 15 metros”, descreveu Renato Pacheco Filho.
As Sedes do CBC •
Edifício Sede - obra histórica de Renato Pacheco Filho No dia seguinte após tomar posse em seu segundo mandato como presidente do CBC, Renato Pacheco Filho reuniu-se com o ex-Presidente da República e Membro Honorário da entidade, Juscelino Kubitschek, que o estimulara a não perder a opor tunidade para a construção de um edificío-sede no magnífico terreno da Rua Visconde de Silva. O primeiro passo foi dado no dia 21 de junho de 1974 quando o Conselho Superior do CBC, formado pelos ex-presidentes, se reuniu e recomendou a realização de uma Assembléia Geral Extraordinária para autorizar a criação de um projeto para a construção da nova sede. Par ticiparam da reunião histórica Raymundo de Britto, Ugo Pinheiro Guimarães, Jorge de Marsillac, Correntino Paranaguá, Américo Caparica Filho, Humber to Barreto e Renato Pacheco Filho. A única exigência era de que a entidade detivesse mais de 50% do futuro edifíciosede. O CBC solicitou ao governador do Estado, Chagas Freitas, uma licença especial para construção de um edifício comercial com unidades autônomas para fins de venda e locação, pois a entidade já havia sido reconhecida como de Utilidade Pública. Após 10 meses de tramitação, em fevereiro de 75 foi publicado despacho favorável autorizando a construção do empreendimento.
Renato Pacheco Filho (esquerda) inspeciona o início das obras. Na foto abaixo grupo formado pelo presidente e ex-presidentes do CBC participa da comemoração da cravação das primeiras estacas.
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• As Sedes do CBC
Um espaço exclusivo na cidade Orçado em 30 milhões de cruzeiros, com prazo de dois anos para a conclusão das obras, o edifício sede teria 11 andares, garagem, centro de convenções e 48 salas para consultórios médicos. Segundo o ex-presidente Renato Pacheco Filho, o centro de convenções seria um espaço exclusivo na cidade para a classe médica realizar eventos de pequeno e médio porte. Além disso, 50% da área do empreendimento era reservada para médicos e entidades científicas realizarem suas atividades. No entanto, não havia verba para o Alvará de Licenciamento da obra, os honorários do despachante e do arquiteto. O membro do CBC Newton Sharp confiou no empreendimento e comprou o primeiro conjunto de salas antes do lançamento, valor suficiente para o início da obra. No segundo semestre, o cirurgião Ivo Pitanguy comprou um andar inteiro de salas. Em março de 1976, a antiga sede já havia sido demolida, mas o CBC ainda não havia conseguido o financiamento da Caixa Econômica Federal, que só foi obtido cinco meses depois. Graças ao estudo do economista Carlos Augusto Ribeiro Moreira, que depois seria contratado para dirigir o setor de incorporações do edifício, em setembro o CBC já estava na segunda etapa do cronograma de obras e havia negociado 14 das 48 salas. No dia 22 de maio, o CBC realizou uma cerimônia para comemorar a cravação das primeiras estacas. Estiveram presentes o presidente Renato Pacheco Filho e os ex-presidentes Humberto Barreto, Américo Caparica, Jesse Teixeira e
o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Fernando Olinto. Em entrevista ao Jornal do Brasil para a edição que publicou a reportagem sobre a construção da nova sede do CBC, o ex-presidente Raymundo de Britto (e também exMinistro da Saúde no governo Geisel)
disse que os seus colegas eram “mais loucos que ele”, quando construiu a primeira sede. “Estou muito feliz porque quando inaugurei a primeira sede, em 1961, fiz uma previsão de que aquela seria uma sede provisória, e em pouco tempo estaríamos construindo uma nova”. concluiu.
“ O edifício sede foi erguido graças à genialidade de Renato Pacheco Filho” Guilherme Eurico Bastos da Cunha ex-Presidente
O moderno edifício de 11 andares deu conforto aos membros, dotou a cidade de um novo centro de convenções, e aumentou consideravelmente o patrimônio imobiliário da entidade.
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As Sedes do CBC •
“Ninho dos Cobras” O habite-se foi obtido em 14 de fevereiro de 1979. Em março, mesmo com obras inacabadas no 1º e 2º pavimento, o CBC fez a transferência da administração para o terceiro andar da sede nova. Finalmente, em 24 de novembro de 1979, concretizando o prognóstico de Raymundo de Britto, 18 anos atrás, era realizada a inauguração
solene do edifício sede, pelo então governador do Estado do Rio de Janeiro, Chagas Freitas. O CBC já havia vendido na incorporação metade das 48 salas comerciais. Além dos membros do CBC, médicos de diversas especialidades e sociedades médicas também apoiaram o empreendimento, como a Sociedade Brasileira
de Pediatria, Federação das Sociedades Brasileiras de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO, Sociedade Brasileira de Urologia e a Sociedade Brasileira de Radiologia. A imprensa da época apelidou o prédio de “ninho dos cobras”, em referência às inúmeras personalidades médicas que ocuparam as salas comerciais para instalar seus consultórios.
Inauguração . 1979
Mesa que dirigiu a Sessão solene inaugural da Nova Sede. Da esquerda para a direita: ACBC Albertp Coutinho Filho, Secretário de Saúde do Município do Rio de Janeiro; Sylvio R. Barbosa da Cruz, Secretário Estadual de Saúde; Dr. Paschoal Citadino, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro; Dr. Antônio de Pádua Chagas Freitas, Governador do Estado do Rio de Janeiro; Daher Cutait, Presidente do C.B.C.; Adib Jatene, Secretário de Saúde do Estado de São Paulo; Renato Pacheco Filho, 1º Vice-Presidente do C.B.C.
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As fases da obra 1976
1976
O início do funcionamento da máquina de bate-estacas.
1977
1977
O grupo de ex-presidentes verificam o andamento das obras: Correntino Paranaguá, Jorge de Marsilac, Américo Caparica Filho, Ugo Pinheiro Guimarães, Rolando Monteiro e Renato Pacheco Filho.
1978
1978
O Prefeito do Rio, Marcos Tamoio (no centro da foto), visita as obras em companhia de membros do CBC e do secretário de saúde Felipe Cardoso.
As Sedes do CBC •
Benfeitores da nova Sede Na época da inauguração do edifício sede, o presidente Renato Pacheco Filho convidou os membros ADIB JATENE AFFONSO BIANCO ALBERTO COUTINHO ALBERTO RASSI ALBERTO ROSSETTI FERRAZ ALCIDES CALTABIANO ALCIDES MODESTO LEAL ALDAHYR FIGUEIREDO ALEXANDRE CANALINI ALFREDO MONTEIRO ALFREDO OSCAR M. VASCONCELLOS ALOYSIO NEIVA F° ÁLVARO SEVERO DE MIRANDA AMÂNCIO MARSILLAC AMERICO CAPARICA FILHO ANÍSIO COSTA TOLEDO ANTÔNIO CAIO DO AMARAL ANTÔNIO GUARANY MONT´ALVERNE ANTÔNIO J. MONTEIRO DA SILVA ARTHUR F. CAMPOS DA PAZ F° ARTHUR MICKELBERG ASSAD CHICRALLA AUGUSTO BRANDÃO F° AUGUSTO PAULINO FILHO AUGUSTO PAULINO NETTO BENEDITO MONTENEGRO BENTO C. CÂNDIDO DE ANDRADE CAPÍTULO DA BAHIA CAPÍTULO DO ESPÍRITO SANTO CAPÍTULO DO MATO GROSSO DO SUL CARLOS ALBERTO AMARAL COSTA CARLOS A. MADALOSSO CARLOS HENRIQUE MAYR CARLOS HENRIQUE MAYR F° CARLOS LIMA AFFLALO CARLOS RENATO GREY CORRENTINO PARANAGUÁ CRISANTO CARNEIRO DE AZEVEDO DAHER CUTAIT DAIBES RACHID DANILO COIMBRA GONÇALVES
do CBC para contribuir na compra das poltronas do auditório principal do Centro de Convenções. Os Ben-
feitores tiveram o benefício de gravar seus nomes em placas fixadas atrás das poltronas do auditório.
JAYME TRONCOSO Y TRONCOSO JESSE TEIXEIRA JOÃO BATISTA RAMOS JOÃO JOAQUIM PIZARRO JOÃO L. CORREA DE LAGO JORGE DE MARSILLAC JORGE DÓRIA JORGE MORAES CREY JOSÉ A. C. DE NOVA MONTEIRO JOSÉ DA SILVA SEABRA JOSÉ FERREIRA DOS SANTOS JOSÉ HILÁRIO JOSÉ MÁXIMO BALIEIRO JOSÉ P. MAIA BITTENCOURT JOSÉ RIZZO PINTO JOSÉ TAVARES DA SILVA J. P. MAIA BITTENCOURT JUAREZ MORAES DE AVELAR JUAREZ TARASCONI JÚLIO SANDERSON DE QUEIROZ KARLOS CELSO DE MESQUITA LEVÃO BOGOSSIAN LIACYR RIBEIRO LICIO V. CORDEIRO MOLETTA LUCIO VILLANOVA GALVÃO LUCIO GLAUCO PINTO LUIZ CARLOS PANNAIN LUIZ DOMINGOS PANNAIN LUIZ EURICO FERREIRA LUIZ FELIPE VIEIRA ALVES LUIZ GERALDO PANNAIN LUIZ GUERRA BLESMAN LUIZ GUILHERME ROMANO LUIZ LEITE LOPES LUIZ RASSI LUIZ SALVADOR PANNAIN LUIZ SEBASTIÃO PANNAIN LUTERO DUTRA MARTINS MANOEL DA COSTA MANSUR TAUFIC MARCOS F. DE OLIVEIRA MORAES
DEMÓCRITO LINHARES EDGARD BRAGA EDGARD DA ROSA RIBEIRO EDMUNDO VASCONCELLOS EDUARDO RÉGIS MONTE JUCÁ EDUARDO WANDERLEY F° ELIEZER STUDART DA FONSECA F° EMMANUEL XAVIER REBELLO F° ERNESTO MAIER RYMER EVANDRO S. STUDART DA FONSECA ÉZIO A FUNDÃO FÁBIO SCHIMIDT GOFFI FELÍCIO FALCI FERNANDO BRAGA LOPES FERNANDO CELSO A. COELHO FRANCISCO DE ASSIS RIBEIRO FRANCISCO PANTALEÃO GERALDO BARROZO GILBERTO TUBINO DA SILVA GUIDO NELSON MENDAGLIA GUILHERME EURICO B. DA CUNHA HAROLDO GONDIM JUAÇABA HELENO BRANDÃO HELGA ROCHA PITTA HÉLIO SILVA HÉLLIO BARBOSA FERREIRA HENDERSON CELESTINO DE ALMEIDA HENRIQUE C. GUACHALLA HERMANI FARIA ALVES HILDOBERTO CARNEIRO DE OLIVEIRA HUGO PINHEIRO GUIMARÃES HUMBERTO BARRETO HUMBERTO PEDRO JACOBUCCI IOLANDA MEIRA C. PENTEADO IREMAR FALCONE DE MELO IVO PITANGUY JAIR J. NICOLINI JAIR RAMALHO JAIRO BARBOSA DE ARAÚJO JAIRO POMBO DO AMARAL JAYME DE MARSILLAC
MARIANO AUGUSTO DE ANDRADE MARIO GASPARONI DAUDT D´OLIVEIRA MÁRIO KROEFF MERISA BRAGA DE M. GARRIDO MICHEL ABRÃO DAIBES MIGUEL SALIM NAPOLEÃO TEIXEIRA LEÃO NELSON MEDINA COELI NEWTON SHARP NILCE JOSÉ MANSUR NILDO AGUIAR ORLANDO MARQUES VIEIRA ORTON W. OLIVEIRA GRANADO OSCAR ALVES OSOLANDO MACHADO OSWALDO MACEDO PAULO LAMAISON DOS SANTOS PAULO PINHEIRO DE BARROS PAULO SCHIMIDT GOFFI PAULO VALENTE DE OLIVEIRA PAULO V. GOMES BRANDÃO PEDRO MOACYR DE AGUIAR RAUL CUTAIT RAYMUNDO DE MOURA BRITO RENAN CATHARINA TINOCO RENATO PACHECO FILHO ROBERTO DE SOUZA CARVALHO ROBERTO MARTINS TOSTES RODOLFO ABDO SALOMÃO KELNER SECUNDINO ADMAR PETRARCCO SÉRGIO LANGARO SYLVIO MULLER P. AZEVEDO THEÓPHILO DE ALMEIDA UMBERTO PERROTTA VIRMAR RIBEIRO SOARES VIVALDO PALMA LIMA F° WALDEMAR BARNLEY PESSOA WALDIR MENEZES VIEIRA ALVES WIGAND JOPPERT
Beneméritos
Membros Honorários Nacionais
ANTONIO DE PÁDUA CHAGAS FREITAS
ANTONIO DRAUZIO VARELLA - JAMIL HADDAD - JOSÉ LUIZ GOMES DO AMARAL - RAUL HITO BAPTISTA
CLOVIS SALGADO EMÍLIO IBRAHIM
ALVARO CARLOS TOURINHO - GERALDO ALCKMIN - JOSE DE MENDONÇA - JUSCELINO KUBITSCKEK ALVARO FROES DA FONSECA - GERARDO MAJELLA BIJOS - JOSE CARLOS PRATES AUGUSTO PAULINO SOARES DE SOUZA - JOÃO COUTINHO SOARES - JOSE GOMES TEMPORÃO
ENILTON VIEIRA GLYCIO AZEVEDO LOURIVAL BAPTISTA LUIZ GONZAGA NOVELLI JUNIOR MARCO ANTÔNIO DE OLIVEIRA MACIEL REGINALDO FERNANDES DE OLIVEIRA VICTOR BITTENCOURT SANTOS
Benfeitor do CBC
EDSON DE GODOY BUENO - PRESIDENTE DO GRUPO AMIL
“
O setor médico tem orgulho de instituições como o Colégio Brasileiro de Cirurgiões, uma das maiores entidades científicas da América Latina. Fazer parte do CBC é a conquista de um selo de qualidade na profissão .
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• Prêmio “Colégio Brasileiro de Cirurgiões”
Prêmio “Colégio Brasileiro de Cirurgiões”
Em dezembro de 1970, Américo Caparica Filho entrega o Prêmio Colégio Brasileiro de Cirurgiões a Benedicto Montenegro.
Nº 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33.
Adib Jatene, de São Paulo, recebeu o Prêmio em 2005.
Nome ECBC BENEDITO MONTENEGRO TCBC EURICO DA SILVA BASTOS TCBC UGO PINHEIRO GUIMARÃES ECBC ELYSEO PAGLIOLI TCBC ROLANDO MONTEIRO TCBC RENATO PACHECO FILHO TCBC JESSE PANDOLPHO TEIXEIRA TCBC DAHER CUTAIT TCBC HAROLDO GONDIM JUAÇABA TCBC FABIO SCHMIDT GOFFI TCBC HUMBERTO BARRETO TCBC SALOMÃO KELNER TCBC JOSÉ HILARIO DE O . E SILVA ECBC EMILIO ATHIÉ ECBC JOSÉ HENRIQUE B. GALVÃO TCBC MASSAYUKI OKUMURA ECBC DAVID ROSEMBERG ECBC PAULO NIEMEYER SOARES ECBC RUY E. FERREIRA SANTOS ECBC LUIZ RASSI TCBC AMERICO CAPARICA FILHO ECBC PAULO DAVID BRANCO TCBC ORLANDO MARQUES VIEIRA ECBC ADIB DOMINGOS JATENE TCBC IVO HELCIO J. C. PITANGUY ECBC ARRIGO RAIA ECBC GUILHERME EURICO BASTOS DA CUNHA ECBC EUGÊNIO AMÉRICO BUENO FERREIRA ECBC FERNANDO LUIZ BARROSO TCBC ANGELITA HABR-GAMA ECBC LUIZ ROHDE ECBC ALCINO LÁZARO DA SILVA ECBC FARES RAHAL 57
Em dezembro de 2006 Ivo Pitanguy recebeu o Prêmio CBC .
Especialidade C. GERAL C. GERAL C. GERAL NEUROCIRURGIA C. GERAL C. GERAL C. TORÁCICA COLOPROCTO. C. GERAL C. GERAL C. GERAL C. GERAL C. GERAL C. GERAL C. GERAL C. GERAL C. GERAL NEUROCIRURGIA C. TORÁCICA C. GERAL C. GERAL C. GERAL C. GERAL C. CARDÍACA C. PLÁSTICA C. GERAL C. GERAL C. GERAL C. GERAL COLOPROCTOLOGIA C.GERAL C. GERAL C. GERAL
UF Ano SP 1970 SP 1972 RJ 1973 RS 1978 RJ 1981 RJ 1983 RJ 1986 SP 1988 CE 1989 SP 1990 RJ 1991 PE 1992 RJ 1993 SP 1994 RJ 1995 SP 1997 SP 1998 RJ 1999 SP 2000 GO 2001 RJ 2002 SP 2003 RJ 2004 SP 2005 RJ 2006 SP 2007 RJ 2008 SP 2009 RJ 2010 SP 2011 RS 2012 MG 2013 SP 2014
Congressos Brasileiros I Congresso Brasileiro de Cirurgia Data: 04 a 11/09/1938 Local: Sede da Academia Nacional de Medicina / RJ II Congresso Brasileiro de Cirurgia Data: 22 a 26/07/1939 Local: Sede da Academia Nacional de Medicina / RJ Condecoração recebida pelo ex-presidente Oscar Alvez.
III Congresso Brasileiro de Cirurgia Data: 16 a 22/11/1941 Local: Sessão Inaugural – Palácio Pedro Ernesto / RJ IV Congresso Brasileiro de Cirurgia Data: 07 a 13/09/1947 Local: Auditórios: Ministério da Educação e Saúde Policlínica Geral do RJ Associação Brasileira de Imprensa / RJ V Congresso Brasileiro de Cirurgia Data: 04 a 11/11/1956 Local: Abertura no Teatro Municipal Centro de Convenções do Hotel Glória / RJ
Detalhe de uma conferência de palestrantes estrangeiros.
VI Congresso Brasileiro de Cirurgia Data: 26 a 30/07/1959 Local: Academia Nacional de Medicina / RJ VII Congresso Brasileiro de Cirurgia Data: 17 a 21/07/1961 Local: Copacabana Palace/RJ VIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Data: 07 a 13/07/1963 Local: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo IX Congresso Brasileiro de Cirurgia Data: 22 a 24/07/1965 Local: Centro de Convenções do Hotel Glória /RJ
O ex-presidente Humberto Barreto (terceiro) com Edmundo Vasconcelos (quinto) e Correntino Paranaguá (sexto).
X Congresso Brasileiro de Cirurgia Data: 25 a 29/07/1967 Local: Centro de Convenções do Hotel Glória / RJ XI Congresso Brasileiro de Cirurgia Data: 14 a 19/07/1969 Local: Faculdade de Medicina da USP / SP XII Congresso Interamericano de Cirurgia Data: 11 a 16/07/1971 Local: Centro de Convenções do Hotel Glória / RJ Detalhe do público que lotou ao salão nobre do Hotel Glória.
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XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia - 11 a 13/07/1973 Local: Centro de Convenções do Hotel Glória / RJ XIV Congresso Brasileiro de Cirurgia - 29/08 a 03/09/1976 Local: Centro de Convenções do Hotel Nacional / RJ XV Congresso Brasileiro de Cirurgia - 29/07 a 03/08/1979 Local: Centro de Convenções do Anhembi / SP XVI Congresso Brasileiro de Cirurgia - 18 a 23/07/1982 Local: Centro de Convenções do Hotel Nacional / RJ XVII Congresso Brasileiro de Cirurgia - 21 a 26/07/1985 Local: Centro de Convenções do Hotel Nacional / RJ XVIII Congresso Brasileiro de Cirurgia - 24 a 29/07/1988 Local: Centro de Convenções do Anhembi / SP XIX Congresso Brasileiro de Cirurgia - 07 a 11/07/1991 Local: Riocentro / RJ XX Congresso Brasileiro de Cirurgia - 25 a 29/07/1993 Local: Riocentro / RJ XXI Congresso Brasileiro de Cirurgia - 03 a 07/07/1995 Local: Centro de Convenções do Anhembi / SP
O Presidente da C omissão C ientífica do congresso, Augusto Paulino Netto, com o Professor Euriclides de Jesus Zerbini, em 1982, na saída de uma conferência.
XXII Congresso Brasileiro de Cirurgia - 21 a 25/09/1997 Local: Centro de Convenções de Pernambuco - Recife / PE XXIII Congresso Brasileiro de Cirurgia - 04 a 08/07/1999 Local: Riocentro / RJ XXIV Congresso Brasileiro de Cirurgia - 08 a 12/07/2001 Local: Centro de Convenções do Anhembi / SP XXV Congresso Brasileiro de Cirurgia - 06 a 10/07/2003 Local: Porto Alegre / RS XXVI Congresso Brasileiro de Cirurgia - 5 a 9/07/2005 Local: Riocentro / RJ XXVII Congresso Brasileiro de Cirurgia - 8 a 12/07/2007 Local: Belo Horizonte / MG XXVIII Congresso Brasileiro de Cirurgia - 26 a 30/07/2009 Local: São Paulo/SP
XXIX Congresso Brasileiro de Cirurgia-21 a 25/08/2011 Local: Fortaleza/Ceará XXX Congresso Brasileiro de Cirurgia - 18 a 22/08/2013 Local: Centro de convenções do RioCentro – RJ
O Presidente do CBC, Luiz Guilherme R omano, com o c irurgião francês, Jaques Perissat, e José Wazen da Rocha, presidente da comissão científica, em 1999.
O Presidente d a Comissão O rganizadora, A rmando O liveira; o c irurgião americano, Jeffrey P eters; e o P residente da C omissão C ientífica, José R einan R amos, e m 2005.
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A Evolução da Cirurgia
Orlando Marques Vieira
Sangrar e amputar eram os principais atos cirúrgicos aplicados por cirurgiões-barbeiros itinerantes, muito conhecidos na França e no restante da Europa durante os Séculos XII e XIII. Esses artífices estavam longe do ensino médico, das necessidades e eram independentes. No século XVII ainda existiam em grande número e ocupavam a prática cirúrgica. Naquele século já eram conhecidos os cirurgiões ligados às escolas médicas. Nesta época foram alcançadas técnicas para atendimento das fissuras e luxações, fístulas e cuidados com as feridas.
No início do século XVIII encontramos no Brasil poucos relatos sobre o ensino da cirurgia e da própria técnica cirúrgica. A transferência do vice-reinado, em 1763, trouxe um programa que se refletiria também no ensino da cirurgia. Em 1790 é nomeado Cirurgião Mor da Misericórdia Antônio José Pinto, que ali ministrou o I Curso Regular de Operações, Clínicas e Técnicas Cirúrgicas. Com a chegada da Família Real, em 1808, iniciou-se um surto de progresso intelectual e material e o português Joaquim da Rocha Ma-
zarm é reconhecido como o primeiro professor de cirurgia. Em 1832 é realizada uma reforma que transformou em faculdades, as escolas de medicina da Bahia e do Rio de Janeiro. Na formação do corpo docente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro já se encontram características de setorização no ensino. Assim, assumiu em 1833 a cadeira de operações o professor Candido Borges Monteiro, enquanto Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, a de Clínica Cirúrgica e Francisco Júlio Xavier, a de parto.
• A Evolução da Cirurgia
Novos recursos técnicos O século XIX caracterizou-se pelo desenvolvimento do conhecimento que auxiliaram o crescimento da cirurgia.Cabe citar o controle da hemorragia, principalmente com novos recursos técnicos, o conhecimento do controle de infecção, a assepsia e a anti-sepsia e o controle da anestesia, que ofereceu uma possibilidade imensa para o maior alcance das intervenções cirúrgicas. No início do século XX existia o cirurgião que de forma abrangente, realizava os chamados procedimentos operatórios. O desenvolvimento científico e a necessidade do emprego de técnicas especiais proporcionaram o surgimento dos especialistas. Como é compreensível, os oftalmologistas e os otorrinolaringologistas foram os primeiros, mas a seguir se definiram os ortopedistas e urologistas.
vinculação da cirurgia ginecológica da cirurgia geral e a cirurgia vascular. Hoje vemos serviços dedicados a setores ou até a um único órgão, como é o caso da cirurgia hepática e cardíaca. Esta até com a chamada cirurgia cardíaca pediátrica.
“A cirurgia sempre estará aliada ao progresso científico”
A especialização cirúrgica No final dos anos 50 já tínhamos outras especialidades com alcances precisos e definidos. Citamos a cirurgia torácica, a neurocirurgia e a cirurgia plástica. Nesta década ocorreu o advento da cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea e depois com o coração parado. A cirurgia atingiu outras características, além da área anatômica e alcançou aspectos com predominância da patologia, como a cirurgia oncológica e a endócrina e de faixas etárias como a cirurgia pediátrica. Estas notadamente alicerçadas em aspectos especiais dos pacientes onde atuavam. Não tardaram a se formar profissionais que delimitavam outras, como a coloproctologia, a cirurgia de cabeça e pescoço, a des-
A superespecialização é, sem dúvida, um programa para grandes centros e que tenham visão de pesquisa e investimento.A cirurgia geral, certamente permaneceu como base da formação cirúrgica e esta continua como responsável pelas emergências traumáticas e não traumáticas, áreas que demandam a presença de profissionais capazes e bem treinados. A cirurgia do trauma é uma realidade crescente. É de responsabilidade da cirurgia geral a maioria das emergências hospitalares e conseqüentemente dos centros de tratamento intensivo. A evolução tecnológica Da segunda metade do século XX ao início do século XXI inúmeros progressos tecnológi61
cos proporcionaram o emprego de novos avanços. Citamos a cirurgia dos transplantes de órgãos, a microcirurgia, o emprego de próteses e endopróteses, a cirurgia videoendoscópica e as técnicas de imagem congregando a radiologia invasiva. Os transplantes de órgãos estabeleceram um gigantesco avanço técnico e salientou, sem dúvida, o trabalho de equipe. É justo citar os primeiros especialistas John Merrill e Joseph Murray, que realizaram o primeiro transplante renal com sucesso em 1954. Em 1963, Thomas Starzl realizava o primeiro transplante de fígado, enquanto Christian Barnard o primeiro transplante cardíaco, em 1967, na África do Sul. Todo este avanço em novas técnicas deve ser salientado, deve-se ao crescimento das estruturas hospitalares e ao conjunto de cuidados alcançados pelas equipes da área da saúde. Nada seria conseguido sem a presença da qualidade do supor te científico do atendimento. Para o início do século XXI, esperamos um crescimento nas áreas já citadas e principalmente um trabalho impor tante na cirurgia que utiliza as células-tronco, inclusive. A cirurgia, por tanto, estará como sempre esteve, aliada com o progresso científico. No entanto, este desenvolvimento quando de sua prática é regido pelos princípios da bioética, termo criado no ano de 1971 por Van Potter, que é definido como o estudo da conduta humana no âmbito da biologia e da medicina. Orlando Marques Vieira Ex-presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
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