Turismo Fortes

TURISMO [ TEXTO VERENA PARANHOS imagem Sol ange rossini ]

cidade fortaleza Os Fortes que garantiram a proteção de Salvador e os faróis que iluminaram seus navegantes, hoje, formam um belo roteiro turístico

Da ponta de Humaitá, na Cidade Baixa, ao extremo Norte, em Itapuã, o cenário da cidade de Salvador não seria o mesmo sem os fortes que a protegem e os faróis que iluminam seus mares afora. “As fortificações, que hoje parecem estar apenas aprimorando a belíssima paisagem natural, têm suas funções históricas atreladas diretamente ao processo de delimitação das fronteiras marítimas, além da relevância na defesa desses espaços, cuja necessidade de proteção nasceu com o surgimento da própria cidade”, lembra o historiador Mario Jorge Bonfim.

Em tempos em que as ameaças de invasão estão distantes, nos livros de história, os fortes e faróis formam um incrível roteiro de visitação, que deve ser apreciado por baianos e turistas e também oferecem um link entre o passado e o presente: “Essas construções contribuem para a formação de uma identidade urbana soteropolitana”, destaca o historiador.

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Forte Nossa Senhora de Monte Serrat O Forte de Monte Serrat foi construído entre os anos de 1583 e 1587 e, inicialmente, era apenas um fortim, forte de pequenas proporções. Entre 1591 e 1602, foi reformado e dotado de maior poder ofensivo. Até o início do século XIX, foi conhecido como Forte de São Felipe e também chamado de Fortaleza ou Castelo de Tapagipe.

Em 1624, foi conquistado pelos holandeses, em 1638, ocupado pelas tropas de Maurício de Nassau e, em 1837, tomado pelos combatentes da Sabinada, sendo recuperado no ano seguinte pelas tropas imperiais. Do forte, pode-se avistar a Baía de Todos-os-Santos, a Ilha de Itaparica e a Cidade Baixa.

“Considera-se (...) um exemplar de extraordinária importância da nossa arquitetura fortificada primitiva, por ser o modelo mais arcaico das defesas locais que sobreviveu sem maiores transformações. Nesse particular, é talvez o mais antigo existente em todo o Brasil”, destaca o professor Mário Mendonça de Oliveira, em As Fortalezas e a Defesa de Salvador, guia publicado pelo Iphan.

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Forte de Santa Maria A construção situa-se estrategicamente entre os fortes de Santo Antônio da Barra e de São Diogo. Após a invasão holandesa de 1624, os portugueses reformaram a primitiva estrutura do forte que tentara resistência às tropas da Companhia das Índias Ocidentais, no Porto da Barra, local onde também havia desembarcado o primeiro governador-geral Tomé de Souza, em 1549. A fortificação, que guarda uma imagem de Nossa Senhora, serviu como depósito de boias do balizamento do porto durante muitos anos. A construção foi tombada pelo Iphan a partir de 1938.

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Forte DE São Diogo O Forte de São Diogo, localizado no Porto da Barra, foi construído com a finalidade de completar o sistema de defesa da região da Barra e impedir o desembarque de tropas inimigas. Documentos apontam que, entre os anos de 1625 e 1934, o governador Diogo Luiz de Oliveira teria mandado construir uma trincheira no local, de cuja obra resultaria o forte que, em 1638, teve seu batismo de fogo, em função da tentativa de invasão de Maurício de Nassau. Na segunda metade do século XVIII, chegou a contar com 19 peças de artilharia e, em 1881, foi desarmado. A construção, composta de uma porção circular, ocupa uma área de 650 metros quadrados, próximo à Igreja de Santo Antônio da Barra.

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Forte de Santo Antônio Além do Carmo Ainda permanece imprecisa a data quando foi assentada a primeira obra defensiva do local onde hoje existe o Forte de Santo Antônio Além do Carmo. Mas, segundo o professor Mário Mendonça de Oliveira, em As Fortalezas e a Defesa de Salvador, “Quando Nassau tentou tomar a praça de Salvador, em 1638, encontrou fortificada a posição de Santo Antônio Além do Carmo, que lhe ofereceu tenaz resistência e da qual nunca conseguiu passar”.

Desde seus primórdios, o forte foi utilizado como Casa de Correção da Cidade do Salvador e, mais recentemente, abrigou presos políticos da ditadura militar. Tombado pelo Iphan desde 1981, atualmente, o forte abriga o Centro de Referência, Pesquisa e Memória da Capoeira da Bahia e dispõe de um memorial alusivo aos grandes mestres da capoeira baiana e salas de aula para a prática da capoeira. Um bom passeio até o local consiste em ir andando pelo Pelourinho e observando a arquitetura colonial, com paradas estratégicas em alguns bares, restaurantes e cafés para ver a vista para o mar e para a Cidade Baixa.

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Forte de São Marcelo Na metade do século XVII, teve início a construção do Forte de Nossa Senhora do Pópulo e São Marcelo, mais conhecido popularmente como Forte do Mar, por estar situado nas águas da Baía de Todos-os-Santos. O forte visava evitar o desembarque no porto de Salvador e as obras de sua edificação arrastaram-se até o século XVIII. Seu desenho é influenciado pelo do Forte do Bugio, na barra do Rio Tejo, em Portugal, e sua arquitetura circular se diferencia dos demais fortes da cidade, em uma paisagem que é completada pelo Mercado Modelo e pelo Elevador Lacerda. O local também abrigou prisioneiros, o mais famoso deles foi o revolucionário gaúcho Bento Gonçalves, que, com a ajuda de amigos, conseguiu fugir no ano de 1837.

Atualmente, as visitas ao local estão suspensas.

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Forte de Santo Antônio da Barra Um dos cartões postais da cidade de Salvador, construído entre 1583 e 1587 por Manoel Teles Barreto, tem grande importância em função de sua posição privilegiada para a entrada da Baía de Todos-os-Santos. “É um caso interessante de mescla entre forte e farol, servindo tanto para o cumprimento das funções defensivas quanto para a orientação da navegação”, lembra o historiador Mario Jorge Bonfim. Sua arquitetura sofreu diversas alterações ao longo dos anos, mas a feição atual é bastante similar à de fins do século XVII. O farol, pelo qual é muito conhecido, foi o primeiro da cidade, instalado ainda no século XVII. Sua atual torre de forma cilíndrica data do século XIX. A construção abriga o Museu Náutico da Bahia e um acervo formado por armas, mapas, maquetes de navios antigos, além de uma biblioteca. Em 2011, passou a ser permitida a visita à torre e ao maquinário francês de 120 anos do farol. A torre tem 22m, equivalente a um edifício de sete andares, e o pôr-do-sol visto do seu alto é um espetáculo a mais.

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Farol de Itapuã O farol do bairro, cujas belezas foram cantadas mundo afora por Vinicius de Moraes, foi o segundo da capital baiana, construído em 1873.

Servindo como um orientador aos navegantes no extremo Norte da cidade, o farol tem 21m de altura e pode ser avisto a 14 milhas. Sua torre já foi roxa, depois branca e laranja e, desde a década de 50, é vermelha e branca.

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Farol de huMaitá situado na ponta de humaitá, próximo ao forte de monte serrat, este foi o terceiro e último farol a ser construído em salvador, sobre uma área de rochas de cor negra. inaugurado em 1935, ele é o único situado dentro da baía de todos-os-santos e tem como função orientar a navegação nela. famílias e casais de namorados costumam assistir ao pôr-do-sol, um dos mais bonitos da cidade, nas balaustradas que cercam o local. a pequena igreja de monte serrat completa o belo cenário, cuja visita também deve incluir a igreja do bonfim e a sorveteria da ribeira, também na cidade baixa.

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