Geografia espaco e vivencia 7ano

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Orientações ao professor

ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR

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Apresentação Caro colega, O caderno Orientações ao professor foi elaborado para permitir a utilização mais eficaz desta obra didática, estimulando o máximo aproveitamento dos recursos sugeridos no livro-texto. Este caderno está estruturado da seguinte forma: Proposta didático-pedagógica Apresenta os pressupostos teóricos que orientaram a elaboração da coleção, bem como a construção de uma consciência da espacialidade dos elementos e dos fenômenos naturais e sociais, além dos conceitos e noções estruturantes dos conteúdos de Geografia e de cartografia para os alunos da educação básica. Atualização profissional Indica endereços de entidades que podem fornecer informações referentes à atualização e ao aperfeiçoamento profissional do docente. Conhecendo a coleção Trata da estrutura da coleção e está organizada em duas partes: •• Conteúdo dos volumes: apresenta os principais conteúdos abordados em cada volume da coleção. •• Estrutura das unidades: mostra como as unidades estão organizadas graficamente e indica as melhores maneiras de explorar seus recursos (textos, imagens, atividades, informações pedagógicas, boxes etc.). O volume de 7o ano Engloba a estrutura dos conteúdos do segundo volume da coleção. Orientações e propostas para o trabalho de cada capítulo Descreve os objetivos pretendidos capítulo a capítulo e fornece orientações para o bom desenvolvimento das aulas, além de informações suplementares (científicas e pedagógicas). Ao término de cada capítulo, inclui os “Comentários e respostas das atividades de final de capítulo”, para auxiliar na condução do trabalho e, depois dos comentários da unidade, traz a seção “Ampliando seus horizontes”, com sugestões de bibliografia complementar, filmes, CD-ROMs etc. Orientações e propostas para o Caderno de temas especiais Contém as orientações básicas necessárias para o desenvolvimento das temáticas e dos projetos propostos no final do livro-texto. Bibliografia Agrupa as principais fontes consultadas na produção deste manual e pode ser utilizada como indicação de leitura. Nosso objetivo é que este caderno sirva como referencial para seu trabalho com o material didático, auxiliando o desenvolvimento das atividades dentro e fora da sala de aula. Bom trabalho! Os autores

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Proposta didático-pedagógica .................................................... 212 O estudo da espacialidade dos fenômenos sociais e naturais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212 Os objetivos da Geografia nos anos finais do Ensino Fundamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217 Os conteúdos procedimentais e atitudinais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221

Orientações ao professor

Sumário

O trabalho integrado e a transversalidade com os conteúdos de Geografia . . . . . . 223 A avaliação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224

Tecnologia na educação ............................................................. 233 Atualização profissional ............................................................. 235 Conhecendo a coleção ................................................................ 237 Conteúdo dos volumes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237 Estrutura das unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 238

O volume de 7o ano...................................................................... 242 Mapa de conteúdos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244 O trabalho integrado – a Geografia e as demais disciplinas ............................. 246 A formação cidadã – a Geografia e a transversalidade ..................................... 247

Orientações e propostas para o trabalho de cada capítulo......... 248 Conheça seu manual ........................................................................................... 248

I

O TERRITÓRIO BRASILEIRO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250

II TERRITÓRIO E POPULAÇÃO BRASILEIRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264 III O CAMPO E AS CIDADES NO BRASIL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274 IV REGIÃO NORDESTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 286 V REGIÃO SUDESTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296 VI REGIÃO SUL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306 VII REGIÃO NORTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314 VIII REGIÃO CENTRO-OESTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 325

ORIENTAÇÕES E PROPOSTAS PARA O CADERNO DE TEMAS ESPECIAIS .................................................... 334 Bibliografia ................................................................................. 336

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Proposta didático-pedagógica O estudo da espacialidade dos fenômenos sociais e naturais Ao longo da história da Geografia como disciplina escolar, ocorreram amplos debates a respeito dos conhecimentos geográficos que deveriam ser ensinados aos alunos no Ensino Fundamental e da finalidade da transmissão desses conhecimentos. Nos últimos anos, porém, entre os diversos especialistas no campo das práticas de ensino dessa disciplina, existe um consenso: o principal objetivo de ensinar Geografia é desenvolver nos educandos uma consciência e uma compreensão da espacialidade dos elementos e dos fenômenos naturais e sociais. Isso porque todos os elementos — tanto os construídos pelo ser humano como os criados pela força da natureza — fazem parte, direta ou indiretamente, da experiência dos alunos. Tomar consciência da espacialidade desses elementos em determinado período de tempo (histórico ou geológico), ou seja, reconhecer o modo como um espaço é construído em razão das dinâmicas naturais e sociais, é fundamental para o desenvolvimento das práticas sociais e da cidadania. De acordo com essas considerações, o espaço, objeto de estudo principal da Geografia na escola, é abordado nesta coleção com base em duas perspectivas: •• Como espaço vivido: local de experiências existenciais e simbólico-afetivas dos indivíduos em particular e em sociedade. De acordo com essa perspectiva, por meio de textos e atividades distribuídos em vários capítulos da coleção, procura-se valorizar o imaginário, os sentimentos e as representações que os alunos constroem, individual ou coletivamente, dos lugares e das paisagens. •• Como espaço geográfico: produto das ações humanas sobre a natureza e das relações entre as pessoas. Com base nessa perspectiva, organiza-se grande parte dos conteúdos de cada volume, buscando mostrar aos alunos que as sociedades transformam o espaço geográfico no decorrer do tempo histórico, por meio de sucessivos modos de produção, de inovações tecnológicas e científicas e de novas relações de trabalho. Nesta coleção, o trabalho com os elementos da natureza (distribuição espacial de objetos, processos e fenômenos naturais) é feito de acordo com uma visão integradora entre as dinâmicas sociais e as dinâmicas naturais. Assim, busca-se mostrar aos alunos que o espaço geográfico e as paisagens terrestres são produtos das relações de interação e interdependência entre os elementos naturais da biosfera (relevo, rios, florestas, mares, clima e outros) e também da interferência humana sobre esses elementos e, consequentemente, sobre os ecossistemas do planeta. Além disso, o estudo dos fatos sociais e dos fenômenos naturais é considerado em diferentes escalas geográficas. Isso significa que, ao apresentar os conteúdos e as atividades de ensino que visam à aprendizagem de conceitos e habilidades, leva-se em consideração uma visão escalar do espaço geográfico, articulando, sempre que necessá212

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rio, as escalas local, regional, nacional e mundial, para a melhor apreensão da realidade socioespacial contemporânea e pretérita. Nesse sentido, podemos identificar a existência de três razões fundamentais para ensinar Geografia na escola: [...] Primeiro: para conhecer o mundo e obter informações, que há muito tempo é o motivo principal para estudar Geografia. Segundo: podemos acrescer que a Geografia é a ciência que estuda, analisa e tenta explicar (conhecer) o espaço produzido pelo homem. Ao estudar certos tipos de organização do espaço, procura-se com­ preender as causas que deram origem às formas resultantes das relações entre sociedade e natureza. Para entendê-las, faz-se necessário compreender como os homens se relacionam entre si. Terceira razão: não é no conteúdo em si, mas num objetivo maior que dá conta de tudo o mais, qual seja a formação do cidadão. Instrumentalizar o aluno, fornecer-lhe as condições para que seja realmente construída a sua cidadania é objetivo da escola, mas à Geografia cabe um papel significativo nesse processo, pelos temas, pelos assuntos que trata. CALLAI, Helena Copetti. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In: CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos et al. (Orgs.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS/AGB, 1999. p. 57.

Os conteúdos e os conceitos básicos da Geografia Outro consenso importante entre os especialistas em ensino de Geografia é o de que os conteúdos da disciplina no Ensino Fundamental devem ser estruturados com base nos conceitos essenciais dessa ciência. Entre eles, destacam-se: lugar, paisagem, território e região, assim como o próprio conceito de espaço geográfico. Como toda ciência, a Geografia possui alguns conceitos-chave, capazes de sintetizarem a sua objetivação, isto é, o ângulo específico com que a sociedade é analisada, ângulo que confere à Geografia a sua identidade e a sua autonomia relativa no âmbito das ciências sociais. Como ciência social, a Geografia tem como objeto de estudo a sociedade que, no entanto, é objetivada via cinco conceitos-chave que guardam entre si forte grau de parentesco, pois todos se referem à ação humana modelando a superfície terrestre: paisagem, região, espaço, lugar e território. CORRÊA, Roberto Lobato. Espaço, um conceito-chave da Geografia. In: CASTRO, Iná E. de et al. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 16.

Nesse sentido, compõem a estrutura do planejamento curricular desta coleção, de acordo com os currículos nacional e estaduais de Geografia para os anos finais do Ensino Fundamental, os conceitos de espaço, lugar, paisagem, região e território, além de outros conceitos e noções fundamentais ligados à dinâmica e ao conteúdo espaço-temporal de processos e fenômenos como sociedade, natureza, cultura, trabalho, técnicas, tecnologias, redes, fluxos e globalização. Esse conjunto de conceitos e noções servirá como fio condutor dos conteúdos programáticos apresentados, reapresentados e aprofundados a cada ano escolar. Observe, no quadro-síntese a seguir, o significado teórico de alguns conceitos estruturantes desta coleção. 213

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Conceito/Concepção norteadora

Elementos de aprofundamento

Espaço geográfico Conjunto indissociável de sistemas de objetos (redes técnicas, prédios, ruas) e de sistemas de ações (organização do trabalho, produção, circulação, consumo de mercadorias, relações familiares e cotidianas) que procura revelar as práticas sociais dos diferentes grupos que nele produzem, lutam, sonham, vivem e fazem a vida caminhar. (Milton Santos)

O espaço é perceptível, sensível, porém extremamente difícil de ser limitado, quer por dinâmica, quer pela vivência de elementos novos e elementos de permanência. Apesar de sua complexidade, ele apresenta elementos de unicidade. Interferem nos mesmos valores que são atribuídos pelo próprio ser humano e que resultam numa distinção entre o espaço absoluto – cartesiano –, uma coisa em si mesma, independente, e um espaço relacional, que apresenta sentido (e valor) quando confrontado com outros espaços e outros objetos.

Paisagem Unidade visível do arranjo espacial, alcançada por nossa visão.

Contém elementos impostos pelo homem por meio de seu trabalho, de sua cultura e de sua emoção. Nela se desenvolve a vida social e, dessa forma, ela pode ser identificada informalmente apenas mediante a percepção, mas também pode ser identificada e analisada de maneira formal, de modo seletivo e organizado – e é neste último sentido que a paisagem se compõe como um elemento conceitual de interesse da Geografia.

Lugar Porção do espaço apropriável para a vida, que é vivido, reconhecido e cria identidade.

Guarda em si as noções de densidade técnica, comunicacional, informacional e normativa. Guarda em si a dimensão da vida, como tempo passado e presente. É nele que ocorrem as relações de consenso, conflito, dominação e resistência. É nele que ocorre a recuperação da vida. É o espaço com o qual o indivíduo se identifica mais diretamente.

Território Porção do espaço definida pelas relações de poder, passando, assim, da delimitação natural e econômica para a de divisa social. O grupo que se apropria de um território ou se organiza sobre ele cria relação de territorialidade, que se constitui em outro importante conceito da Geografia. Essa relação de territorialidade se define como a relação entre os agentes sociais, políticos e econômicos, interferindo na gestão do espaço.

A delimitação do território é a delimitação das relações de poder, domínio e apropriação nele instaladas. É, portanto, uma porção concreta. O território pode, assim, transcender uma unidade política, o mesmo acontece com o processo de territorialidade, e este não se traduz por uma simples expressão cartográfica, mas se manifesta sob relações variadas, das mais simples às mais complexas.

Globalização e redes O fato gerador é o processo de globalização, que corresponde a uma etapa do processo de implementação de novas tecnologias, que acabaram por criar a intercomunicação entre os lugares em tempo simultâneo.

A globalização é basicamente assegurada pela implementação de novas tecnologias de comunicação e informação, isto é, de novas redes técnicas que permitem a circulação de ideias, mensagens, pessoas e mercadorias num ritmo acelerado, criando a interconexão em tempo simultâneo.

Fonte: BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 1999. p. 56.

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A cartografia como suporte para a representação e a apreensão do espaço O desenvolvimento dos conteúdos de Geografia no Ensino Fundamental deve levar em consideração a capacidade dos alunos de compreender as diferentes formas de representação do espaço, seja ele próximo ou distante. Para tanto, os educandos devem conhecer uma linguagem específica, com regras, códigos e símbolos muito particulares (a chamada linguagem cartográfica), que lhes permita decodificar uma série de elementos, como croquis, plantas, mapas, planisférios, globos, perfis topográficos e maquetes. O domínio dessas regras, códigos e símbolos capacita os educandos a representar a espacialidade dos objetos, fatos e fenômenos naturais e sociais, indicando suas dimensões aproximadas e sua localização no espaço terrestre. Dessa forma, a função principal do desenvolvimento das noções e dos conceitos de cartografia nesse segmento de ensino é formar alunos leitores de mapas, gráficos, perfis e maquetes, que sejam capazes de reconhecer essas representações como textos, fontes de informação, pesquisa e investigação que podem propiciar interpretações, indagações e análises críticas sobre a realidade. A tabela a seguir mostra os principais conteúdos de cartografia a ser desenvolvidos com os alunos da educação básica. Noções e conteúdos da cartografia Localização ••Mapa mental ••Paralelos/meridianos ••Latitude/longitude ••Altimetria/batimetria ••Instrumentos e símbolos

Orientação ••Lateralidade ••Direção/distância ••Sentido ••Posição dos astros ••Instrumentos e símbolos

Escalas ••Proporcionalidade ••Escala gráfica e numérica ••Anamorfoses geográficas ••Escala geográfica

Projeções cartográficas ••Visões da Terra (história e ideologia) ••Formas de representar a Terra ••Fusos horários ••Tipos de projeção

Gráficos ••Tabelas (levantamentos de dados e elaboração) ••Representação de dados ••Tipos de gráfico ••Diagramas

Linguagem visual ••Croquis (análise e confecção) ••Representação do espaço tridimensional ••Pontos de vista (visões oblíquas, vertical e horizontal) ••Simbologia (legenda) ••Planos de paisagem ••Perfil topográfico

Mapas (representações no espaço bidimensional) ••A história da cartografia ••Cartografia e Geografia ••Componentes dos mapas ••Produção dos mapas (desenvolvimento do processo técnico-científico) ••Fotografia aérea ••Imagens de satélite ••Tipos de mapa 215

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Quando realizada gradativa e plenamente ao longo de toda a educação básica, a alfabetização cartográfica possibilita a formação do aluno como leitor crítico, mapeador consciente, capaz de desenvolver ideias e relações cada vez mais complexas e abstratas, tornando-se apto a analisar, localizar, correlacionar, sintetizar etc. Daí a importância de o professor promover o ensino da leitura cartográfica. Segundo Passini (1994, p. 9): A educação para a leitura de mapas deve ser entendida como o processo de aquisição, pelos alunos, de um conjunto de conhecimentos e habilidades para que consigam efetuar a leitura do espaço, representá-lo, e desta forma construir os conceitos das relações espaciais. Neste processo, a função simbólica desempenha um importante papel para o preparo de leitores eficazes de mapas. PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e o livro didático. Belo Horizonte: Lê, 1994. p. 9. (Coleção Apoio).

Sendo assim, é necessário que o professor promova o ensino de cartografia e a alfabetização cartográfica na educação básica tomando-se como ponto de partida o estágio de desenvolvimento cognitivo dos alunos. O professor deve lançar mão de estratégias e metodologias para o ensino de cartografia conforme o nível de complexidade e abstração das aquisições a serem desenvolvidas, sejam elas simples, médias ou complexas. No quadro a seguir, o professor pode encontrar alguns exemplos dessas aquisições para nortear os conteúdos com os quais irá trabalhar em sala de aula. Uso de mapas, cartas e plantas ••Conhecer os pontos cardeais; ••saber se orientar com uma carta;

Aquisições simples

••encontrar as coordenadas de um ponto; ••saber se conduzir com uma planta simples; ••extrair de plantas e cartas simples uma só série de fatos; ••saber calcular altitude e distância; ••saber se conduzir com um mapa rodoviário ou com uma carta topográfica. ••Analisar a disposição das formas topográficas;

Aquisições médias

••analisar uma carta temática representando um só fenômeno (densidade populacional, relevo etc.); ••saber diferenciar declives; ••reconhecer e situar as formas de relevo e de utilização do solo; ••saber reconhecer e situar tipos de clima, massas de ar, formações vegetais, distribuição populacional, centros industriais e urbanos, entre outros. ••Saber utilizar uma bússola; ••correlacionar duas cartas simples; ••ler uma carta regional;

Aquisições complexas

••elaborar uma carta simples a partir de uma carta complexa; ••saber elaborar croqui regional simples; ••analisar uma carta temática que representa vários fenômenos; ••saber levantar hipóteses reais sobre a origem de uma paisagem; ••saber extrair de uma carta complexa os elementos fundamentais.

Fonte: Adaptado de SIMIELLI, Maria Elena. Cartografia no Ensino Fundamental e Médio. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (Org.). A Geografia na sala de aula. 8. ed. São Paulo: Contexto, 2007. p. 97.

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Esta coleção oferece a oportunidade de o professor desenvolver o ensino da alfabetização cartográfica ao longo de todos os conteúdos e temas estudados. Embora alguns capítulos, em especial, sejam destinados exclusivamente ao estudo da cartografia, em geral os diferentes tipos de mapas e representações cartográficas são acompanhados por procedimentos de análise para que o aluno possa se familiarizar e desenvolver as habilidades para a leitura cartográfica. As respostas a esses procedimentos de análise são apresentadas ao professor nas Orientações e propostas para o trabalho de cada capítulo. Além disso, o ensino da alfabetização cartográfica também é sistematicamente explorado nas seções Trabalho com representações, elaboradas especialmente com a finalidade de promover o ensino de cartografia. O quadro-síntese a seguir mostra como essas seções, apresentadas nas páginas de atividades, estão dispostas ao longo dos quatro volumes da coleção. Cartografia/Trabalho com representações 6o ano C1

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7o ano C1

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8o ano C2

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C10 C11 C12 C13 C14 C15 C16 C17 C18 C19 C20 C21

9o ano C2

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Aquisições simples

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C11 C14 C15 C16 C18 C19

C10 C11 C12 C13 C14 C14 C15 C16 C16 C17 C18

C1 = Capítulo 1

Aquisições médias Aquisições complexas

Os objetivos da Geografia nos anos finais do Ensino Fundamental Os objetivos são os principais norteadores do trabalho com os conteúdos programáticos estabelecidos para cada ano ou ciclo de ensino. Assim, o professor deve ter os objetivos de ensino traçados e bem claros sempre que iniciar uma nova etapa de atividade. Pretende-se, com esta coleção, auxiliar os alunos a alcançar os seguintes objetivos gerais para o estudo da disciplina de Geografia, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Geografia (1998) e com orientações destacadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (2013). Entre esses objetivos estão: ••compreender como a ciência geográfica contribui para o conhecimento da história da Terra e da sociedade atual; ••conhecer e compreender as principais características do espaço geográfico, de sua transformação e de seus elementos no lugar onde vivem e em espaços maiores, como o Brasil e o mundo; ••compreender que, no espaço social, que também faz parte do espaço geográfico, desenvolvem-se inúmeras relações entre as pessoas e destas com a natureza; 217

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••compreender as relações existentes entre os lugares (e entre as pessoas que neles vivem) em um mundo no qual as distâncias e os obstáculos físicos têm sido superados pelo desenvolvimento tecnológico e científico; ••conhecer e entender as causas dos problemas sociais (por exemplo, por que as conquistas políticas, econômicas e tecnológicas são usufruídas por uma parcela restrita da humanidade) e como esses problemas estão inseridos no espaço, para assumir uma postura consciente em relação à necessidade de transformações sociais; ••identificar a ação humana na natureza e suas consequências; ••compreender que todos participam de uma sociedade que é constantemente transformada e que são, em grande parte, autores dessas mudanças; ••compreender e valorizar todas as formas de trabalho humano, assim como desenvolver uma postura crítica na abordagem das relações de trabalho; ••conhecer e compreender os conceitos fundamentais da Geografia e, por meio do estudo dos processos e fenômenos naturais e sociais, entender a dinâmica dos lugares onde vivem; ••identificar a inter-relação entre a Geografia e as demais áreas do conhecimento (Literatura, Matemática, Ciências e Arte, entre outras); ••adquirir conhecimentos sobre a linguagem cartográfica a fim de interpretar, localizar e representar elementos, processos e fenômenos estudados pela Geografia; ••realizar procedimentos de pesquisa.

Pretende-se, assim, possibilitar aos alunos apreender de forma crítica e experiencial a realidade socioespacial que os cerca, identificando-se como agentes construtores do espaço geográfico, ou seja, reconhecendo que, direta ou indiretamente, participam das ações sociais e interferem nas dinâmicas naturais, em nível local, regional ou global, o que confere ao ensino de Geografia um papel decisivo na formação do educando cidadão.

Como alcançar esses objetivos? Esta coleção foi elaborada com a finalidade de contribuir, da melhor maneira possível, para o desenvolvimento do trabalho do professor em sala de aula. Para tanto, propõe-se uma série de procedimentos metodológicos e de atividades de ensino direcionados a uma aprendizagem significativa dos conteúdos por parte dos educandos. Dessa forma, busca-se privilegiar as dimensões subjetivas dos alunos, valorizando sua experiência de vida e seus conhecimentos sobre a realidade. Os alunos são seres criativos, autônomos e articuladores de ideias. Ao professor, portanto, cabe o papel de sistematizar esses conhecimentos, correlacionando-os aos conteúdos propostos e dando-lhes uma fundamentação científica. 218

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O educador deve atuar como mediador, desafiador e questionador, a fim de levar os alunos a desenvolver um trabalho cada vez mais independente. É importante que não haja mera transmissão de “verdades” ou de problemas solucionados, mas que ocorra uma aprendizagem significativa. Essa perspectiva do processo didático requer, portanto, uma mudança na relação entre professor e alunos. Nos modelos tradicionais de ensino, a relação professor-aluno na transmissão-assimilação tem o professor como centro do processo, aquele que detém o conhecimento e o transmite, e o aluno como receptor passivo e mero espectador. Já na perspectiva contemporânea, calcada no aprender a aprender, a ênfase do processo didático se desloca para a redescoberta do conhecimento, e a relação professor-aluno vai se modificar radicalmente, com o professor passando a ter o papel de orientador, instigador e facilitador do processo, enquanto o aluno se torna o centro do processo, desempenhando papel ativo e participativo como agente da sua aprendizagem. Veja o esquema abaixo.

PROFESSOR

ALUNO

Orientador, criador de desafios para estimular a investigação do aluno.

Ativo, participativo. É o centro do processo. MARTINS, Pura Lúcia Oliver. Didática. Intersaberes: Curitiba, 2012. p. 39.

Com base nessa concepção didático-pedagógica, o professor assume o papel de mediador do processo de ensino-aprendizagem e a questão central se desloca do professor para o método de aprender, visto que: [...] o ensino escolar é o processo de conhecimento do aluno mediado pelo professor. Ensinar é uma intervenção intencional nos processos intelectuais e afetivos do aluno, buscando sua relação consciente e ativa com os objetos de conhecimento. O objetivo maior do ensino, portanto, é a construção do conhecimento mediante o processo de aprendizagem do aluno. A intervenção intencional própria do ato docente diz respeito à articulação de determinados objetivos, conteúdos e métodos que levem em conta as condições concretas em que ocorre o ensino e seus diferentes momentos, planejamento, realização e avaliação. Em outros termos, a tarefa de intervenção no ensino escolar é basicamente do professor e consiste em dirigir, orientar, no planejamento, na realização das aulas e das atividades extraescolares e na avaliação, o processo de conhecimento do aluno com base em determinados propósitos, em conteúdos específicos e em modos adequados para conseguir os propósitos definidos. [...] CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimento. 10. ed. Campinas: Papirus, 2003. p. 136-137.

A tabela conceitual a seguir resume as principais ideias desenvolvidas pelo estudioso norte-americano David P. Ausubel (1980) a respeito do significado teórico de aprendizagem significativa. 219

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O que é a aprendizagem significativa? A aprendizagem significativa é um processo no qual o que se aprende é o produto da informação nova interpretada à luz daquilo que já se sabe, ou seja, essa forma de aprendizagem manifesta-se pela transformação de saberes já existentes em saberes mais elaborados. Essa aprendizagem ocorre quando o que se aprende faz sentido, isto é, quando o aprendiz atribui significado ao conteúdo apreendido, de modo que a informação recebida possa interagir com suas estruturas cognitivas e com saberes preexistentes. Não basta reproduzir informação nova; é preciso assimilá-la ou integrá-la aos conhecimentos anteriores. Somente assim é possível compreender e adquirir novos significados ou conceitos. Aprender significados é modificar as próprias ideias como consequência da interação destas com a nova informação. Quem promove a aprendizagem significativa não é o que repete uma informação, mas o que utiliza informações presentes no meio social para estimular novas formas de conhecimento. Para promover a aprendizagem significativa, torna-se necessário levar em consideração os conhecimentos factuais e conceituais que o aluno já possui, assim como suas atitudes e seus procedimentos.

Agora que já tratamos do significado teórico de aprendizagem significativa, vamos apresentar sugestões para promovê-la nas aulas de Geografia. Além de textos que desenvolvem os raciocínios de natureza teórico-analítica e crítico-reflexiva a respeito dos conteúdos, esta coleção oferece aos alunos e aos professores uma grande variedade de recursos didáticos (veja os boxes a seguir) fundamentais para promover a aprendizagem significativa nas aulas de Geografia. Eles servem como fonte de informação, de discussão e de contextualização (sondagem do conhecimento prévio dos alunos), permitindo desenvolver não somente os conteúdos de natureza factual e conceitual, mas também os de natureza procedimental e atitudinal. Por isso, devem ser intensamente explorados pelo professor que deseja desenvolver um processo de ensino e aprendizagem mais dinâmico em suas aulas. Textos ••Textos de jornais, revistas, livros e sites; ••textos literários (poemas, crônicas, letras de músicas etc.); ••histórias em quadrinhos, charges etc.

Imagens ••Fotografias de jornais, revistas e livros; ••ilustrações, figuras e esquemas; ••mapas, tabelas e gráficos; ••recursos iconográficos (gravuras, pinturas, obras de arte etc.). 220

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Orientações ao professor

Aprendemos de maneiras diferentes Cada um de nós aprende de maneiras diferentes. Por isso, ao diversificar os recursos e as estratégias de ensino, além de evitar aulas cansativas e repetitivas, respeitamos os diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos. Essa variedade de aprendizagem pode ser observada em: •• alunos que compreendem melhor um assunto por meio de uma leitura, por exemplo, criando imagens mentais do texto; •• alunos que necessitam de uma explicação, ou seja, de uma aula narrativa para compreender um assunto; •• alunos que se interessam em fazer análises sobre um tema, assimilando de maneira mais eficaz as conclusões sobre ele; •• alunos que têm maior facilidade em construir um conhecimento ao serem desafiados a deduzir, criar hipóteses sobre uma problemática e ao investigá-las; •• alunos que apreendem o significado de um conceito ao executar atividades concretas, experimentais, ao realizar verificações em campo.

Os conteúdos procedimentais e atitudinais Os conteúdos propostos na coleção estão estruturados com o objetivo de possibilitar a interação entre aluno, professor e livro. Essa interatividade é proporcionada por meio dos diversos questionamentos presentes nas páginas do texto principal, os quais resgatam o conhecimento prévio dos alunos e estimulam a exposição de opiniões e a participação nos debates e nos trabalhos em equipe, entre outras atividades. O objetivo desses questionamentos é desenvolver atitudes favoráveis à sociabilidade, à cooperação e à tomada de decisões, além de possibilitar o estabelecimento de relação entre a realidade do aluno e o conteúdo trabalhado. Entre os questionamentos propostos nas páginas de texto principal e nas atividades de final de capítulo, existem aqueles de natureza procedimental, que visam desenvolver nos alunos habilidades intrínsecas à ciência geográfica, oferecendo-lhes oportunidade de: •• observar (com base no nível perceptivo de seus conhecimentos, compreendendo o significado científico do que está sendo observado e procurando respostas para esses fenômenos); •• descrever (compreendendo a realidade e selecionando informações); •• comparar (fazendo analogias, por exemplo, entre lugares, regiões e culturas diferentes); •• interpretar, sintetizar e analisar criticamente (formulando hipóteses, problematizando, registrando e construindo explicações); •• inteirar-se e refletir sobre os conhecimentos adquiridos com o estudo da Geografia. A articulação dos conteúdos de ordem conceitual, factual, atitudinal e procedimental pode promover uma aprendizagem significativa nas aulas de Geografia. Observe o quadro na página seguinte. 221

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Condições necessárias para a aprendizagem significativa

Devem contemplar:

Conteúdos conceituais/factuais (contextualizados)

••Sondagem do conhecimento prévio ••Cotidiano ••Vivência do aluno ••Realidade próxima Devem contemplar: ••Observação ••Descrição ••Comparação

Aprendizagem significativa

Conteúdos procedimentais

••Interpretação ••Análise ••Reflexão ••Síntese ••Elaboração de hipóteses Devem contemplar: ••Socialização ••Diálogo

Conteúdos atitudinais

••Convivência em grupo ••Tomada de decisão ••Respeito mútuo •• Expressão de opiniões

Apresentação gradativa de conteúdos Outra característica didático-pedagógica importante da coleção é a apresentação gradativa de conteúdos factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais. Esses conteúdos são desenvolvidos em diferentes graus de complexidade. Dessa maneira, conceitos, habilidades e valores são estudados primeiro de forma simples e objetiva, para que, posteriormente, sejam resgatados e aprofundados com maior complexidade nos próximos volumes, respeitando o nível cognitivo dos alunos. 222

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Orientações ao professor

O trabalho integrado e a transversalidade com os conteúdos de Geografia Seguindo uma tendência pedagógica contemporânea, a coleção possibilita o trabalho integrado dos professores de Geografia com os de outras disciplinas, já que essa ciência se ocupa da espacialidade dos fenômenos naturais e sociais. Os conteúdos apresentados propiciam o trabalho conjunto, por exemplo, com História, ao tratar da evolução das tecnologias, ressaltando seu avanço e a transformação do espaço geográfico e das paisagens terrestres no decorrer do tempo; com Matemática, ao abordar noções espaciais e cartográficas, com destaque para escalas, proporções e medidas, análise e construção de gráficos e tabelas; com Ciências, ao explicar como e por que ocorrem vários dos fenômenos físicos, químicos e biológicos observáveis na natureza; com Língua Portuguesa, ao contemplar a leitura, a produção e a interpretação de diferentes gêneros textuais (narrativos, descritivos, notícias, poemas, letras de música, charges, anúncios publicitários, histórias em quadrinhos); com Arte, ao promover a apreciação de obras de arte e também valorizar a expressão artística. O desenvolvimento de atividades integradas é indispensável para ampliar os conhecimentos dos alunos e torná-los cientes do modo como os saberes científicos constituem um todo. A prática interdisciplinar é, portanto, uma abordagem que facilita o exercício da transversalidade, constituindo-se em caminhos facilitadores da integração do processo formativo dos estudantes, pois ainda permite a sua participação na escolha dos temas prioritários. Desse ponto de vista, a interdisciplinaridade e o exercício da transversalidade ou do trabalho pedagógico centrado em eixos temáticos, organizados em redes de conhecimento, contribuem para que a escola dê conta de tornar os seus sujeitos conscientes de seus direitos e deveres [...]. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC; SEB; Dicei, 2013. p. 29.

Além disso, os conteúdos propostos nesta coleção possibilitam a transversalidade com a exploração de temas voltados para a formação cidadã. Assim, é possível encontrar entre os conteúdos temas como ética (ao proporcionar um aprendizado que privilegia o respeito mútuo, a justiça, o diálogo e a solidariedade), pluralidade cultural (ao valorizar as diferenças étnicas, os costumes e os valores distintos que estão presentes na sociedade), saúde (ao estudar a qualidade de vida da população e as doenças) e meio ambiente (ao analisar a degradação ambiental). Todos esses temas transversais apresentam interface com a Geografia e contribuem para a construção do conhecimento e para a formação cidadã. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais: A transversalidade é entendida como uma forma de organizar o trabalho didático-pedagógico em que temas, eixos temáticos são integrados às disciplinas, às áreas ditas convencionais de forma a estarem presentes em todas elas. [...] A transversalidade orienta para a necessidade de se instituir, na prática educativa, uma analogia entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da realidade). BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC; SEB; Dicei, 2013. p. 29.

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A avaliação A avaliação é um precioso meio pelo qual o professor pode acompanhar as manifestações de aprendizagem dos alunos e examinar a validade da própria prática pedagógica. Ela deve estar, de acordo com Hadji (2001), a serviço da aprendizagem. Desse modo, é importante que se baseie em critérios claros, em objetivos bem definidos, buscando a formação dos alunos e não uma mera classificação. Para tanto, a prática avaliativa deve respeitar as diferentes formas de expressão que um grupo heterogêneo de alunos apresenta, de modo que o professor possa se valer de vários instrumentos de avaliação. Entre eles estão a observação e o registro da participação de cada aluno e a aplicação de diferentes atividades que envolvam expressão oral, escrita, pictórica, gráfica, numérica, artística e corporal, a fim de obter informações que melhor discriminem o nível de aprendizagem dos alunos. O instrumento deve ser escolhido com cuidado, para que cumpra adequadamente o papel de fornecer informações ao professor. Essas informações são valiosas, pois devem direcionar o professor em seus próximos passos, seja na direção da continuidade das unidades de estudo, seja na retomada de algum aspecto do processo, analisando a validade da estratégia de ensino, da abordagem dada ao conteúdo ou, até mesmo, do instrumento de avaliação utilizado. Para avaliar constantemente o desempenho dos alunos, sugere-se ao professor utilizar os questionamentos propostos nas páginas de conteúdo, as atividades, que envolvem várias habilidades, e também os diversos trabalhos propostos neste caderno. No entanto, é importante destacar novamente que cabe ao professor ter bem claros os objetivos e os critérios da avaliação e investigar o raciocínio utilizado pelos alunos em suas produções.

De professor para professor: sugestões para o processo avaliativo A seguir, apresentamos alguns procedimentos metodológicos que, além de permitir o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa no contexto das aulas de Geografia, também podem ser utilizados como instrumentos avaliativos. Eles podem ser aplicados quando forem pertinentes a determinados temas, de acordo com a disponibilidade de tempo do professor e com os recursos que a escola oferece. Alguns momentos oportunos para o desenvolvimento dessas atividades estão indicados na seção “Orientações e propostas para o trabalho de cada capítulo”. O professor poderá trabalhar com os alunos a escolha das atividades, o preparo e o preestabelecimento de algumas regras (como a disciplina, ao efetuar a atividade, e a responsabilidade na produção e no uso de materiais). Assim, os alunos tornam-se mais atuantes, desenvolvendo várias habilidades e obtendo bom aproveitamento. Pode-se também trabalhar de maneira integrada, visando à interdisciplinaridade, e promover a formação cidadã, por meio da transversalidade, assim como avaliar o conhecimento dos alunos. Deve-se sugerir à classe a formação de equipes com tamanho reduzido, pois ao formar duplas, ou mesmo trios, eles têm mais chances de participação. Veja as orientações e dicas apresentadas a seguir. 224

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Orientações ao professor

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Tempestade de ideias (brainstorming)

A “Tempestade de ideias” é uma estratégia que pode ser utilizada para a introdução do estudo das unidades. Os questionamentos propostos nas páginas iniciais de cada unidade e de cada capítulo desta obra podem auxiliar o professor a desenvolver essa atividade. Assim, deve-se instigar os alunos a expressar oralmente seus conhecimentos sobre o assunto a ser tratado e suas experiências. Todas as ideias devem ser anotadas no quadro de giz, em uma folha ou em um cartaz, pelo professor ou por um aluno. As anotações tornam-se o ponto de partida para o trabalho com o conhecimento científico. É importante que o professor leve em consideração todas as ideias citadas, pois, inicialmente, todas são válidas. Convém estimular os alunos a dar opiniões, até mesmo sobre as ideias dos outros. É aconselhável sugerir a participação de todos em rodadas, a fim de que sempre tenham chance de contribuir. Ao final das rodadas de ideias, é importante ler as anotações e verificar se os alunos querem fazer alguma pergunta. Em seguida, as contribuições dos alunos podem ser analisadas, sem que haja crítica negativa. Esse trabalho propicia uma diagnose dos conhecimentos dos educandos. Ao utilizar esse recurso, é necessário incentivar os alunos a assumir ideias e posições perante o grupo; adquirir conhecimentos ou corrigir possíveis distorções; respeitar as ideias de outras pessoas e desenvolver, assim, o hábito da participação. 2

Construção de atlas

É importante combater a ideia de que mapa é algo complicado, pois ele pode facilitar muitas atividades desenvolvidas pelos alunos, desde que seja trabalhado de forma integrada e inserido constantemente no cotidiano. Atividades cartográficas podem ser desenvolvidas no decorrer de todo o ano letivo, culminando na elaboração de um atlas. Sugere-se começar com a produção de um mapa do corpo humano, trabalhando as noções de “frente” e “atrás”, “direita” e “esquerda”. Depois, é interessante produzir maquetes da sala de aula e, em seguida, sua planta, a fim de que os alunos tenham a visão tridimensional (maquete) e bidimensional (planta) do local onde estudam. É possível trabalhar com a escala concretamente, utilizando a técnica do barbante, ou seja, usando-o para medir os lados da sala que será representada. Em seguida, dobra-se o barbante até que ele caiba no papel que será utilizado para fazer a representação e conta-se o número de vezes que o barbante foi dobrado. Esse número refere-se à escala, ou seja, o número de vezes que a medida real foi proporcionalmente diminuída. Conforme o assunto estudado, pode-se escolher determinado tipo de mapa, relacionado ao tema, para ser confeccionado. A elaboração de alguns mapas poderá obedecer às etapas apresentadas a seguir: a) cortar um papel transparente (papel vegetal, por exemplo) em tamanho maior que o das dimensões do mapa a ser reproduzido; b) traçar as margens no papel, distantes 1 ou 2 cm das bordas laterais; c) centralizar o papel sobre o mapa e reproduzi-lo. 225

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Deve-se auxiliar os alunos na pintura do mapa, de acordo com as convenções cartográficas, lembrando-os de colocar os componentes da representação (título, escala, rosa dos ventos, fonte, orientação, legenda e data da elaboração). Os mapas produzidos podem ser arquivados em uma pasta e utilizados sempre que necessário. As atividades sugeridas para a elaboração de mapas são de autoria das professoras Rosangela Doin de Almeida e Elza Y. Passini e estão mais bem desenvolvidas no livro O espaço geográfico: ensino e representação (15. ed. São Paulo: Contexto, 2006). 3

Dramatização

A dramatização pode ser utilizada nas mais diferentes situações, constituindo um excelente recurso didático que, além de estimular a participação e o convívio social, contribui para o desenvolvimento cultural, linguístico e da expressão corporal. O trabalho de dramatização pode seguir estas etapas: a) formação dos grupos, escolha do tema e pesquisa; b) definição do objetivo a ser alcançado pelo trabalho e composição do roteiro pelos grupos (escolha da peça e produção de textos, falas, diálogos etc.); c) definição do papel de cada personagem e dos horários de ensaio; d) montagem do cenário, incluindo som e luz, e definição de figurinos e maquiagem; e) apresentação; f ) avaliação final das etapas do objetivo traçado e do trabalho realizado (com a participação de todos os alunos). Esse tipo de atividade pode estimular ainda mais a criatividade dos alunos, pois, para realizá-la, é preciso desenvolver várias habilidades. A dramatização pode se tornar um trabalho mais valoroso quando o tema escolhido puder envolver toda a escola. Para isso, podem ser desenvolvidas campanhas ou festivais de teatro. O livro A aventura do teatro, de Maria Clara Machado (12. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011), apresenta várias ideias sobre o trabalho com dramatização.

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Feiras e exposições

As feiras e exposições são ótimas oportunidades para desenvolver a participação em grupo, promovendo a integração, a cooperação e a criatividade entre os alunos. Alguns temas gerais podem ser indicados (tecnologia, meio ambiente, feira das nações, cultura etc.), como forma de promover a prática interdisciplinar. Essas atividades consistem em trabalhos de pesquisa e na apresentação dessa pesquisa pelos alunos, com explicações sobre o tema pesquisado, a metodologia utilizada e as conclusões do grupo. As feiras devem ser organizadas com alguns meses de antecedência — tempo suficiente para que os alunos realizem as pesquisas necessárias e apresentem satisfatoriamente os resultados. A apresentação dos trabalhos pode ser aberta à comunidade, mostrando, dessa forma, a importância das atividades desenvolvidas na escola, além de proporcionar a integração escola-comunidade. As feiras e as exposições estimulam a pesquisa sobre novos temas ou sobre alguma curiosidade que os alunos tenham. É importante que o professor se envolva com o trabalho, sugerindo bibliografia e propondo autoavaliações. 226

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Orientações ao professor

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Pesquisa

É importante despertar nos alunos o interesse pela pesquisa. Para isso, o professor deve propor bibliografia e auxiliá-los no trabalho de pesquisa, além de orientá-los na produção dos textos e da síntese dos materiais pesquisados. O professor deve orientá-los ainda a citar textos com as devidas referências. Dessa forma, os alunos valorizarão tanto a produção textual como sua autoria. Para esse trabalho é preciso incentivar: a organização da pesquisa, para a qual os alunos podem preparar um cronograma; a anotação das informações obtidas; um plano de pesquisa com os passos a serem seguidos; a síntese e a apresentação dos resultados. As pesquisas podem ser feitas em livros, revistas, enciclopédias, na internet ou por meio de entrevistas. Os temas podem ser direcionados pelo professor ou escolhidos pelos alunos (de acordo com o conteúdo trabalhado). Essas dicas podem ser encontradas no livro Pesquisar e aprender, de Ruth Rocha (São Paulo: Scipione, 1998). 6

Estudo do meio

O estudo do meio é uma metodologia muito importante para relacionar a teoria (apresentada em sala de aula) à realidade, além de desenvolver a observação crítica e o espírito científico de investigação, entre muitos outros procedimentos necessários para o estudo da Geografia. Para que atinja bons resultados, é necessário que o estudo do meio seja bem planejado. Portanto, o professor deve tomar determinadas providências para realizá-lo, seguindo passos importantes, como: a) escolher o local de estudo (bairro, indústria, mata, propriedade rural, usina etc.) e agendar a visita com a pessoa responsável por ele; b) conhecer o local escolhido antes de levar os alunos e traçar o roteiro da visita, certificando-se de que não haverá riscos; c) enviar um bilhete aos pais ou responsáveis, informando-lhes o local e horário de saída, o endereço a ser visitado e o horário de retorno, e também um pedido de autorização, por escrito, para retirar os alunos da escola (os alunos que não forem autorizados a participar da visita deverão permanecer na escola, desenvolvendo alguma atividade sob a responsabilidade de outro profissional); d) discutir previamente (em sala) o assunto que será visto em campo, o roteiro, o cronograma (tempo da atividade, horário para lanche etc.) e o retorno, assim como definir regras de disciplina a serem cumpridas durante o trabalho; e) solicitar à direção da escola uma ou duas pessoas para auxiliá-lo. De preferência, o trabalho de campo deve ser realizado com uma turma de cada vez. Pode-se, ainda, convidar professores de outras áreas para uma prática interdisciplinar, além dos pais ou responsáveis pelos alunos que queiram acompanhá-los. A avaliação do estudo do meio pode ser feita com uma ficha autoavaliativa (item 17), uma conversa informal, um relatório, um croqui (desenho) ou com a produção de mapas, plantas e maquetes do local visitado, de acordo com o que for mais adequado. Sobre a perspectiva teórica de realização de estudos do meio na escola, é interessante para o professor ler o artigo intitulado “O conceito de estudo do meio transforma-se... em tempos diferentes, em escolas diferentes, com professores diferentes”, escrito pela professora Nídia Nacib Pontuschka, publicado no livro organizado por José William Vesentini, O ensino de Geografia no século XXI (Campinas: Papirus, 2004. p. 249-288). 227

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Produção de textos

A produção de textos é uma importante alternativa de trabalho a ser desenvolvida em sala de aula. Os textos podem ser ilustrados pelos alunos, o que constitui um recurso motivador, ao mesmo tempo que dinamiza as atividades e propicia o trabalho interdisciplinar entre Geografia, Português e Arte. A produção de textos pode ser aplicada de várias maneiras. A seguir, algumas sugestões: ••elaboração de histórias em quadrinhos, nas quais os alunos podem, individualmente ou em grupo, criar personagens, desenvolver enredos sobre determinado tema e ilustrar os assuntos estudados; ••elaboração de narrativas, reais ou fictícias, sobre temas sugeridos ou situações simuladas pelo professor; ••criação de poemas, notícias fictícias e anúncios publicitários, entre outros tipos de texto, associados ao conteúdo estudado; ••elaboração de texto com base em imagens. Os textos elaborados podem ser fotocopiados (ou mimeografados), a fim de ser utilizados na produção de um livro. Para integrar o livro, o professor pode escolher algumas produções de texto sugeridas nas páginas de atividades desta obra. 8

Construção de maquetes

A construção de maquetes é uma estratégia que permite desenvolver noções espaciais e cartográficas, além de proporcionar o convívio social e a participação dos alunos em atividades práticas. Podem ser construídas maquetes da escola, do bairro, de bacias hidrográficas e do relevo. Para isso, podem ser utilizados materiais como isopor, papelão, massa de modelar, massa de vidraceiro e papel machê. Um trabalho interessante sobre maquetes do relevo brasileiro está no artigo “Do plano ao tridimensional: a maquete como recurso didático”, publicado no Boletim Paulista de Geografia, n. 70 (São Paulo: AGB, 1992. p. 5-21), de autoria de Maria Elena Simielli e outros. Vale a pena, também, conhecer o trabalho relatado pela professora Rosely S. Archela no artigo “Construindo representações de relevo: metodologia de ensino”, que faz parte do livro organizado por Márcia S. Carvalho, Para quem ensina Geografia (Londrina: UEL, 1998. p. 65-79). 9

Expressão oral

A produção de textos orais é uma atividade que propicia a desinibição dos alunos, promovendo maior desenvoltura na socialização dos conhecimentos adquiridos. A seguir, há algumas sugestões para o desenvolvimento dessa atividade. ••Os alunos podem ler um texto e, logo em seguida, explicá-lo. ••Após assistir a um filme ou a um documentário, os alunos podem expressar oralmente o que entenderam a respeito dele. ••Depois de assistir a uma palestra, os alunos podem expor o que compreenderam. Há mais informações sobre o assunto no livro de Luiz M. de Sousa e Sérgio W. de Carvalho, Compreensão e produção de textos (Petrópolis: Vozes, 1999), e no artigo “A prática de produção de textos”, de João W. Geraldi, que faz parte do livro O texto na sala de aula (São Paulo: Ática, 2002. p. 64-73). 228

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Orientações ao professor

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Glossário

Outra alternativa de trabalho é a elaboração de um glossário. No decorrer do ano letivo, devem ser selecionadas as palavras-chave de cada capítulo (como solicitado em algumas questões de compreensão das páginas de atividades). A montagem do glossário pode ser individual ou em grupo. Nele devem constar os significados dos principais termos estudados durante o ano (é interessante ilustrá-lo). Esse material pode ser utilizado pelos alunos como consulta. Além do glossário, é possível elaborar uma enciclopédia, abordando temas (sociais, econômicos, ambientais, entre outros) trabalhados em sala de aula.

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Jogos e outras atividades

A realização de jogos e brincadeiras também desperta interesse e motivação nos alunos, além de permitir o desenvolvimento da criatividade e da sociabilidade. Vários jogos tradicionais podem ser adaptados ao estudo geográfico, como o jogo da memória, o bingo, o dominó e o baralho. Algumas ideias interessantes podem ser consultadas no livro de Marina Marcondes Machado, O brinquedo-sucata e a criança: a importância do brincar — atividades e materiais (São Paulo: Loyola, 2001), e no de Nylse H. S. Cunha, Brincar, pensar e conhecer: brinquedos, jogos, atividades (São Paulo: Maltese, 1997).

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Música

A música pode ser trabalhada em Geografia de diversas maneiras e em muitos conteú­ dos. Em um primeiro momento, é necessário escolher a música e o tema, de preferência com a participação dos alunos. Para isso, deve-se estabelecer o objetivo e escolher as músicas que expressam claramente o conteúdo a ser trabalhado. Então, pode-se utilizar, com criatividade, a música como recurso auxiliar, por exemplo: ••em estudos regionais, destacando compositores locais e escolhendo músicas que expressam características do lugar; ••em pesquisa sobre a vida de compositores de diferentes gêneros musicais ou, ainda, sobre a origem de instrumentos musicais (a pesquisa sobre a origem de instrumentos pode conduzir, por exemplo, ao estudo de diferentes países, de sua cultura, localização etc.); ••em coleta ou produção de imagens que ilustram a música em questão. Também é possível desenvolver atividades em que os alunos componham paródias, letras e, se houver possibilidade, melodias de músicas. Outras dicas e informações mais aprofundadas sobre o trabalho com música em sala de aula podem ser conferidas no livro de Nicole Jeandot, Explorando o universo da música (São Paulo: Scipione, 1993). 229

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Jornal: notícias geográficas

O trabalho com leitura e produção de jornais e noticiários nas aulas de Geografia pode ser uma boa oportunidade de estímulo ao convívio social e ao exercício da cidadania. Para elaborar os jornais ou noticiários, pode-se escolher, com os alunos, o tema a ser abordado. A seguir, pode-se dividir a classe em grupos e atribuir a cada grupo uma tarefa. A apresentação das “notícias geográficas” pode ser feita de diferentes formas, conforme os recursos disponíveis: ••um telejornal, se possível com gravação em vídeo, envolvendo montagem do cenário e apresentação; ••folheto, periódico produzido com recortes, cadernos montados ou cartazes com textos dos alunos, que contenham as manchetes e fotos com legenda. Esse material pode ser regularmente distribuído para a turma ou para a escola, em fotocópias. Nele podem ser divulgadas notícias sobre o município, o estado ou sobre o mundo, tanto de teor informativo como científico (que expliquem algum fenômeno), como crítico, contendo opiniões. O professor pode se informar melhor sobre a produção de textos jornalísticos consultando o livro de Maria A. Faria, O jornal na sala de aula (São Paulo: Contexto, 1997), e o de Elisabeth Maggio e Fábio Sgroi, Vamos fazer um jornal? (São Paulo: Moderna, 1998).

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Fotografias

Além das imagens apresentadas nesta obra, podem-se utilizar frequentemente fotografias de outras fontes em trabalhos extras. Elas podem ilustrar os conteúdos possibilitando uma interpretação mais completa dos temas abordados. É possível iniciar o trabalho estimulando os alunos a recolher fotografias de diversas origens (jornais, revistas, postais ou próprias) referentes a determinado tema e utilizá-las como recurso para montar painéis e ilustrar mapas, ambos temáticos, entre outras atividades. Os cartões-postais também são boas alternativas para conhecer e estudar muitos lugares. Convém ao professor fazer a própria coleção didática. Interessantes ideias de trabalho com esse e outros recursos podem ser obtidas nas reportagens da revista Nova Escola “Um mundo de imagens para ler” (<http://revistaescola.abril.com.br/arte/ fundamentos/mundo-imagens-ler-426380.shtml>) e “Um retrato do bairro e da turma” (<http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/retrato-bairroturma-429611.shtml>).

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Orientações ao professor

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Filmes e documentários

Filmes e documentários, vistos em vídeo ou no cinema, enriquecem as aulas de Geografia. Eles podem ilustrar os conteúdos, provocar discussões e estimular análises, além de permitir aos alunos que expressem suas opiniões e sentimentos. Os filmes e documentários devem ser adequados à faixa etária à qual se destinam, e o professor deve vê-los previamente para destacar os pontos principais a serem analisados posteriormente pelos alunos. É importante estar atento ao tempo de duração do título escolhido. Filmes de longa duração podem cansar os alunos e avançar sobre o horário da aula de outro professor. Se houver necessidade de exibir um filme longo, combine antes com o professor da aula seguinte ou programe mais de uma aula para exibi-lo. O uso desse recurso pedagógico pode ir além dos limites do conteúdo, enriquecendo ainda mais o conhecimento dos alunos. Os filmes e documentários oferecem a oportunidade de os estudantes abordarem com mais segurança e interesse os diversos aspectos de uma questão. A revista Nova Escola traz informações de como trabalhar filmes e documentários e outros recursos tecnológicos em sala de aula (<http://revistaescola.abril.com.br/ formacao/formacao-continuada/cinema-escola-filmes-tecnologia-audiovisual-556044. shtml> e <http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/223_materiacapa_abre.shtml>). 16

Contatos

Contatar entidades, grupos ambientalistas, organizações não governamentais, escolas e órgãos públicos é uma oportunidade para que os alunos participem de campanhas ou conheçam diversos trabalhos realizados por outras pessoas. Corresponder-se com pessoas, entidades ou instituições pode resultar em uma nova forma de aprendizagem. As cartas ou e-mails devem conter as ideias e as assinaturas de todos os alunos. É possível obter os endereços das entidades em jornais, em revistas, na internet, entre outros meios. Os alunos podem enviar correspondências para esclarecer suas dúvidas, questionar ou sugerir algo à instituição contatada. De maneira geral, são bem recebidas e respondidas.

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Ficha autoavaliativa

A autoavaliação pode complementar alguns tipos de trabalho. Pode ser aplicada no final das atividades, na conclusão do estudo do conteúdo de uma unidade, em períodos bimestrais, semestrais ou sempre que for necessário. Essa prática valoriza a descoberta da aprendizagem pelos alunos e colabora para que se tornem indivíduos mais atentos e autocríticos. A autoavaliação deve proporcionar o questionamento dos alunos em relação aos próprios atos e uma conscientização de sua aprendizagem e de suas dificuldades, para que possam refletir sobre suas concepções e atitudes, além de reformular a conduta. Veja o modelo de uma ficha de autoavaliação que pode ser aplicada aos alunos. 231

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Ficha de autoavaliação Nome:

Turma:

1 Participo com interesse das atividades (ou das aulas)?

Sempre

Quase sempre

Às vezes

Nunca

2 Deixo meus colegas falarem e ouço com atenção o que dizem?

Sempre

Quase sempre

Às vezes

Nunca

3 Tiro todas as dúvidas que tenho sobre o assunto estudado?

Sempre

Quase sempre

Às vezes

Nunca

4 Questiono fatos ou atitudes com os quais não concordo, explicando o que penso?

Sempre

Quase sempre

Às vezes

Nunca

5 Aceito as opiniões e resoluções da maioria do grupo?

Sempre

Quase sempre

Às vezes

Nunca

Às vezes

Nunca

6 Mantenho os materiais que utilizo organizados?

Sempre

Quase sempre

7 Cumpro os prazos determinados pelo professor para a entrega dos trabalhos?

Sempre

Quase sempre

Às vezes

Nunca

Às vezes

Nunca

8 Auxilio meus colegas em suas dificuldades?

Sempre

Quase sempre

9 Faço silêncio durante as aulas para não tirar a atenção dos colegas?

Sempre 10 Respeito

Nunca

Quase sempre

Às vezes

Nunca

Às vezes

Nunca

Às vezes

Nunca

dos trabalhos em grupo?

Sempre 12 Faço

Às vezes

as regras, dentro e fora da sala de aula?

Sempre 11 Participo

Quase sempre

Quase sempre

as tarefas e os trabalhos de casa? Sempre

13 Estudo

Quase sempre

diariamente os conteúdos dados na sala de aula? Sempre

Quase sempre

Às vezes

Considero que o meu desempenho pode ser avaliado com o conceito:

Nunca .

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Tecnologia na educação Com as novas tecnologias cada vez mais presentes no cotidiano de nossas crianças e adolescentes, as políticas educacionais no país caminham no sentido de promover a incorporação das tecnologias digitais no trabalho escolar. Como diversos estudos realizados ao longo das últimas décadas já comprovam, um novo tipo de inteligência e uma cultura digital estão se desenvolvendo nas novas gerações de crianças e adolescentes que crescem interagindo com as tecnologias digitais (SEABRA, 2010). Nesse sentido, o ambiente escolar deve se transformar em um campo fértil para aproveitar o potencial que essas tecnologias oferecem ao desenvolvimento de práticas pedagógicas que possam contribuir de maneira significativa para a melhoria e o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem. Além disso, a disseminação dessas tecnologias amplia as possibilidades de acesso aos recursos da mídia digital como instrumentos de estudo, pesquisa e elaboração de conhecimentos/conteúdos dos diferentes campos disciplinares que integram o currículo escolar. O texto a seguir discorre sobre a incorporação das novas tecnologias no dia a dia das escolas. Tecnologia ao alcance de todos Há uma década, computador em escola brasileira era, quando muito, privilégio de elite. Seu uso praticamente se restringia a processar textos e a internet era novidade absoluta. Hoje, esses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções. [...] Fazer parte dos novos tempos não depende apenas de equipamentos modernos. A interação que eles permitem pede uma revisão dos métodos tradicionais de ensino. Quanto mais se mantiverem os hábitos que relegam o aluno a um papel meramente receptor, menos diferença a tecnologia fará no aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficam durante a maior parte do tempo confinados a salas que só abrem para aulas de informática, sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito da alfabetização. Em geral, crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidades oferecidas pelo mundo digital, ainda que – claro – com propósitos recreativos. [...] Alguns professores ficam constrangidos diante dessa desenvoltura, mas não há razão para isso. “O que o estudante quer é ser orientado e ouvido, e não provar que entende mais de computador”, diz Léa Fagundes, do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O papel do professor, portanto, é dar sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento com base em um labirinto de possibilidades. “O computador trouxe novas situações de aprendizagem que o professor deve gerenciar”, diz Silvia Fichmann, da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo. É possível, por exemplo, estimular o raciocínio lógico com jogos virtuais. Ou criar páginas na internet para a garotada publicar seus textos. 233

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Estágios de complexidade a partir de experiências de inclusão digital nas escolas •• Estágio inicial: alunos e professores exploram aos poucos os recursos das máquinas por meio de jogos e produção de textos e desenhos, além de pesquisas em sites de busca. •• Estágio intermediário: usam-se ferramentas da internet para fazer programas de rádio ou comunicar-se por escrito com outras escolas. •• Estágio avançado: a turma constrói produtos com a ajuda de instrumentos como o kit para robótica ou o software para CDs multimídia.

Dicas sobre tecnologia para os professores ••Conheça a cultura televisivo-digital de seus alunos: o que eles gostam de ver na TV e usar na internet, como jogos e comunidades. ••Faça um debate com os que já utilizam canais de comunicação (redes sociais, por exemplo): discuta as palavras que eles usam para se comunicar e compare com a linguagem culta. ••Promova dias ou momentos de jogos coletivos na internet. Utilize os que provocam interação, envolvem conhecimentos gerais e específicos de disciplinas da escola (Matemática, História) e estimulam estratégias, desafios e o raciocínio lógico. ••Crie uma comunidade da escola, com a participação dos estudantes e autorização da direção. O debate em torno da criação da comunidade pode enriquecer o aprendizado. Lembre que essa iniciativa envolve riscos e responsabilidades, pois trata-se de um espaço livre, onde qualquer um pode entrar e escrever o que quiser. Deixe claro que, assim como na vida real, na virtual também podemos ofender, caluniar ou injuriar alguém. ••Estimule a troca de opiniões por meio de outras ferramentas, como os blogs. Adaptado de MENEZES, Débora. Tecnologia ao alcance de todos. Nova Escola, São Paulo: Fundação Victor Civita, ano 21, n. 195, set. 2006. p. 31-37.

Passo a passo: como o professor pode inserir a tecnologia em seu trabalho 1. Preparação: mantenha-se informado, converse com os colegas e os gestores que já tiveram experiências no uso da tecnologia. 2. Planejamento: estabeleça quais os conteúdos a serem trabalhados e só depois avalie quais recursos tecnológicos podem colaborar com o aprendizado deles. A tecnologia deve servir ao ensino e não o contrário. 3. Tempo: calcule o tempo necessário para executar, acompanhar e avaliar as atividades que você irá desenvolver. 4. Teste: antes de usar um equipamento ou um programa, teste-o o máximo que puder. 5. Limites: as regras de convivência são importantes em qualquer aula e também devem ser feitas para as que utilizam as TIC. Combine com os alunos quais programas e equipamentos podem ser usados. 6. Avaliação: os prazos foram cumpridos? Os objetivos foram alcançados? A tecnologia colaborou para a evolução do aprendizado da turma? Adaptado de SCACHETTI, Ana Ligia (Org.). Como o professor pode usar a internet a seu favor. Nova Escola, São Paulo: Fundação Victor Civita, edição especial n. 42, jul. 2012. p. 32-33.

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Atualização profissional É necessário que o docente esteja sempre atualizado. Para isso, é importante participar de congressos, encontros e cursos de capacitação (alguns oferecidos por universidades e secretarias estaduais de ensino), em que trabalhos e pesquisas são expostos, debates são promovidos e livros são divulgados, entre outras atividades científica e culturalmente enriquecedoras. A seguir, há alguns endereços úteis para obter informações sobre eventos relacionados à Geografia. •• Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) Diretoria Executiva Nacional (DEN) Avenida Professor Lineu Prestes, 338 Cidade Universitária – Edifício de Geografia e História Caixa Postal 72028 CEP 05508-970 – São Paulo – SP – Tel. (11) 3091-3758 Internet: <www.agb.org.br>. A AGB representa os interesses de geógrafos, estudantes e professores ao divulgar as produções geográficas nacionais e promover eventos (encontros, seminários e congressos, entre outros). Conheça alguns eventos que ocorrem periodicamente com o apoio da AGB: ••Encontro Nacional de Geógrafos (a cada dois anos). ••“Fala, Professor” – Encontro Nacional de Ensino de Geografia (a cada quatro anos). ••Encontro Nacional de Prática de Ensino de Geografia – Associação Nacional de Prática de Ensino de Geografia (bienal). ••Simpósio Nacional de Geografia Urbana (bienal). ••Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada (bienal). ••Concurso Cartografia para Crianças – Sociedade Brasileira de Cartografia (anual). Existem representantes da AGB em várias localidades do país. Por intermédio da Executiva Nacional, o professor pode saber qual é a seção mais próxima de sua residência e ter acesso a outras informações sobre a entidade. A taxa de anuidade para os associados é diferente em cada seção.

•• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Endereços no próprio site. Internet: <www.ibge.gov.br>. É possível obter informações estatísticas oficiais sobre os recursos naturais, a população e a economia do Brasil consultando as diversas publicações do IBGE, como o Anuário Estatístico, o site etc. 235

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•• Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) Rua Maria Antônia, 294, 4o andar – Vila Buarque CEP 01222-010 – São Paulo – SP – Tel. (11) 3355-2130 Internet: <www.sbpcnet.org.br>. Essa sociedade existe desde 1948, não tem fins lucrativos e seu objetivo é promover o desenvolvimento científico e tecnológico no país. Tem sede nacional em São Paulo e secretarias regionais espalhadas pelo Brasil. Além de promover numerosos eventos culturais e científicos, como encontros, simpósios, conferências, mesas-redondas e cursos, a SBPC é responsável pela produção das publicações Ciência Hoje, Ciência Hoje das Crianças, Jornal da Ciência e Ciência Hoje na Escola. O site da SBPC fornece informações sobre cursos de pós-graduação em diversas universidades brasileiras.

•• Ministério da Educação (MEC) Secretaria de Educação Básica Esplanada dos Ministérios – Bloco L – Sala 500 CEP 70047-900 – Brasília – DF Internet: <www.mec.gov.br>. Esse órgão governamental fornece informações oficiais a respeito da educação no Brasil. Na internet, por exemplo, o MEC comunica o que há de mais recente sobre política educacional, ensino e pesquisa, entre outros assuntos.

•• Diretrizes Curriculares Nacionais <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman &task=doc_download&gid=13448&Itemid>. •• Plano Nacional de Educação <http://pne.mec.gov.br/>. •• TV Escola <http://tvescola.mec.gov.br/tve/home>. •• Acervos do PNBE (Programa Nacional Biblioteca Escolar) <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content &view=article&id=13698&Itemid=986>. •• Portal do Professor (MEC) <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html>. •• Salto para o Futuro <http://tvescola.mec.gov.br/tve/salto>. 236

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Conhecendo a coleção A seguir, entenda como a coleção está organizada no que se refere aos conteúdos de cada volume e à estrutura interna das unidades.

Conteúdo dos volumes Esta coleção é composta de quatro volumes que se destinam ao ensino de Geografia para os anos finais do Ensino Fundamental. Cada volume apresenta conteúdos indispensáveis ao estudo da ciência geográfica e, de acordo com os anos, estão organizados da maneira apresentada a seguir.

6o ano Apresenta conteúdos e conceitos básicos da Geografia, destacando a relação sociedade-natureza na construção e transformação do espaço geográfico. Os temas gerais são estudados, na maioria das vezes, por meio do estabelecimento de relações com a realidade brasileira.

7o ano Aborda basicamente o estudo do Brasil e está organizado em duas partes principais: primeiro, é analisada a organização do espaço brasileiro com base em temas gerais; em seguida, são apresentadas a diversidade natural e as diferentes realidades socioeconômicas das cinco grandes regiões do país.

8o ano A primeira parte apresenta temas gerais referentes ao espaço mundial — como a dinâmica e a interdependência dos elementos naturais na criação e na recriação das paisagens terrestres — e à organização e à regionalização do espaço geográfico contemporâneo. A segunda parte estuda as principais características do mundo subdesenvolvido.

9o ano O volume é organizado em duas partes: a primeira aborda temas geográficos atuais, como a influência cada vez maior da tecnologia e da ciência na organização do espaço geográfico mundial, o consumo, a problemática ecológica global e o aprofundamento das desigualdades entre países ricos e pobres; a segunda parte refere-se, especificamente, ao estudo do mundo desenvolvido. 237

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Estrutura das unidades Conheça mais detalhadamente a estrutura interna das unidades, a fim de aproveitar integralmente os recursos apresentados e melhor aplicar a metodologia de trabalho proposta.

Páginas de abertura

Fotomontagem com a composição da fotografia 3dsguru/Thinkstock/Getty Images

Na abertura das unidades, procura-se sensibilizar os alunos e incentivá-los a estudar o tema em questão. Essas páginas oferecem recursos motivadores, como textos ou imagens e questões problematizadoras.

1 2

Foram escolhidas para essas páginas imagens 1 que atraem a atenção dos alunos e que devem ser bastante exploradas. Além disso, as páginas de abertura apresentam questionamentos 2 com base no texto e/ou nas imagens utilizadas com o objetivo de verificar o conhecimento prévio dos alunos a respeito do tema e incentivá-los a observar a realidade em que vivem. Esses questionamentos estimulam as discussões e permitem ao professor identificar o conhecimento dos alunos em relação ao conteúdo a ser estudado.

A distribuição da população brasileira 3

Páginas de conteúdo

No Brasil, há aproximadamente 201 milhões de habitantes espalhados por cerca de 8,5 miAs páginas de conteúdo elaboradas com o propósito de tornar de maneira uniforme foram pelo imenlhões de km2. Será que essas pessoas estão distribuídas as aulas mais dinâmicas; por isso, so território brasileiro? Você acredita que existam partes do território onde não mora apresentam textos concisos, que ninguém? E você sabe onde vive a maioria dos abordam brasileiros?os pontos essenciais de cada assunto; imagens em desta-

que, tornando a leitura mais interessante; boxes com textos teóricos e complementares sobre opovoado, conteúdo proposto; questionamentos que Embora populoso, o Brasil pode ser considerado um país pouco propiciam discussões e interação pois abriga uma baixa população relativa, com cerca de 23,6 hab./km2. entre professor e alunos.

População relativa ou densidade demográfica é o número médio de As páginas de abertura de capítulo apresentam, em geral, habitantes por quilômetro quadrado de um país, estado, município ou outra 3 queou dãodensidade continuidade às discussões sobre o área do planeta. Para encontrarmos aquestionamentos população relativa tema, motivando os alunos à participação demográfica, dividimos o total de habitantes (população absoluta) de deter-e permitindo ao professor avaliar o conhecimento prévio deles e traçar as melhores estratégias minado local pela área de seu território. para a exploração dos temas e o desenvolvimento das aulas. Compare, na tabela abaixo, a população relativa brasileira com a de 238 outros países. Observe também as diferenças entre países populosos e povoados. Densidade demográfica de alguns países do mundo – 2014

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Belo Horizonte

Vitória

Campo Grande

SP rnio

ES

RJ

lizam as áreas de maior e de meO termo agropecuária é utilizado para denominar, conjuntament nor concentração populacional atividades da agricultura e da pecuária. A agropecuária sempre ocupo do estado onde você vive.papel de destaque na economia brasileira e é uma das mais antigas dades econômicas praticadas no país. Ela interferiu na ocupação 2. Com os colegas, formulem hipó- do Brasil, com a expansão das lavouras de cana-de-açú povoamento teses sobre as possíveisdecausas café e da bovinocultura, como estudamos no Capítulo 2. Nas últimas décadas, as atividades agropecuárias se expandiram da concentração populacional damente, em decorrência de diversos fatores. Observe o gráfico no leste e da baixa densidade tabelas a seguir. demográfica no oeste do país. Produção e área plantada Fonte: Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Disponível em: <www.conab.gov>. Acesso em: 16 mar. 2015.

5

Rio de Janeiro Os boxesPRcomSão informações teóricas ou Paulo Curitiba complementares 6 visam ampliar o tantes por km² SC Menos de 1 defensivo agrícola agrícola: conhecimentoFlorianópolis do aluno em relação ao assunto Fontes: ATLAS geográfico escolar. agrotóxico; substância De 1 a 10 RS químicaIBGE, natural 2012. ou artificial estudado.Porto Eles foram elaborados pelos autores 6.ou ed. Rio de Janeiro: p. 114. N De 10 a 25 Alegre utilizada para combater Graça Maria Lemos Ferreira. Moderno extraídos de fontes conceituadas (revistas, algum tipo de praga que De 25 a 100 atlas geográfico.prejudica 5. ed. as São Paulo: lavouras 475 km 0 Mais de 100 jornais, livros ou sites). Moderna, 2011. p. 28. 50° O Os diversos questionamentos 7 estão ligados Agricultores realizando colheita de soja com auxílio de aos temas voltados para a formação cidadã, ao maquinários em Santa Maria, população brasileiraconhecimento está distribuída de forma Rio Grande do Sul, em 2013. A prévio e à realidade próxima dos gular por seu território. De maneira geral, as alunos. Além de desenvolver atitudes por meio de s de grande concentração populacional corresperguntas que estimulam a emissão de opiniões, dem ao leste do país, onde asde maiores a troca ideias edensidades as tomadas de decisão, esses 2 questionamentos permitem a prática dos ográficas chegam a superar 100 hab./km . Essa procedimentos básicos no estudo ão do território abrange parte do Nordeste e as da Geografia. ões Sudeste e Sul. Os comentários e sugestões ao professor 8 trazem dicas epovoado, orientaçõescom didático-pedagógicas oeste do Brasil é bem menos que auxiliam no desenvolvimento das aulas e na s nas quais predominam densidades demográexposição2 do conteúdo.

ó de C apric

Produção (em milhões de toneladas)

Á (em mil hectar

200

193 Produção

180

Área plantada

160 140 120 100

78

80 60

52 57

40 20 0 7 6/7 197

40

36

/81

9 8/8 198

5 4/8 198

0 198

Delfim Martins/Pulsar Imagens

CAPÍTU LO

6/97 199

0/01 200

6

5 4/0 200

/09

8 200

3/14 201

Ano

Tecnologia e agropecuária no Brasil

O grande volume da produção agropecuária bras deve-se, em parte, ao aumento do nível tecnológico pregado nas propriedades rurais. O nível tecnológico in o grau de modernização dos estabelecimentos rurai seja, se as propriedades usam máquinas e impleme agrícolas, além de defensivos agrícolas, adubos e fe zantes; se desenvolvem práticas avançadas de cult criação, como o uso de sementes selecionadas e anim com melhoramento genético; se recebem assistê técnica especializada, entre outros aspectos. Ainda que o nível tecnológico tenha se expan por vastas áreas rurais, o setor agrário moderno vive com setores tecnicamente mais atrasados.

s inferiores a 10 hab./km , caracterizando B 64 adeiros vazios demográficos, principalmente meio à Floresta Amazônica. Essa porção comnde as regiões Norte e Centro-Oeste, as menos ulosas do país. ssa distribuição desigualA dadistribuição população é resul- da e da forma como o território brasileiro brasileira foi população 8 7 A odistribuição daprocesso indústria pado com passar dos séculos, que no Sudeste i estudadoOnoSudeste Capítuloé2.a As primeiras atividaaos alunos que Triângulo No Brasil, há aproximadamente 201 milhõesdo de habitantes por que cerca de região mais industrializada Brasil,espalhados tanto no se8,5 mi-Explicar Mineiro refere-se à região comque essas pessoas estão distribuídas de maneira uniforme pelo imenlhões assim de km2. Será econômicas importantes, como as preendida entre refere ao número sodeterritório estabelecimentos industriais quanto relação aoproximidades Em algumas áreas da Amazônia, como de as cidades de brasileiro? Você acredita que existam partes doem território ondenas não mora Uberlândia, Uberaba e Araguari, no des maisnúmero antigas,dedesenvolveram-se nas áreas Amazonas (foto A, de 2014), a densidade demográfica pessoas empregadas ninguém? E você sabe no ondesetor. vive Tefé, a maioria dos brasileiros? extremo-oeste de Minas Gerais. 2 chega a ser inferior a 2 hab./km . O município de São Paulo (foto B, âneas. Dessa forma, o povoamento do Brasil Entretanto, o processo de industrialização com a mesma de 2013)não abrigaocorreu uma população equivalente à de Portugal, o que reu do litoral para o interior do território. Embora o Brasilregião. pode considerado um país pouco povoado, resultaser em uma densidade deas cerca de 7 398 hab./km2. intensidade em todas as populoso, áreas dessa Na realidade, indústrias pois abriga uma baixa população relativa, com cerca de 23,6 hab./km2. 53 instalaram-se principalmente nos grandes centros urbanos. A cidade de População relativa ou densidade demográfica é o número médio de São Paulo, por exemplo, aos municípios a maior habitantesjunto por quilômetro quadrado vizinhos, de um país,tornou-se estado, município ou outra área industrial do Brasil. área do planeta. Para encontrarmos a população relativa ou densidade demográfica,também dividimos ose total de habitantes (população absoluta) de deterA atividade industrial minado local pela de seu território. desenvolveu com rapidez na área região Compare, na tabela abaixo, a população relativa brasileira com a de metropolitana do Rio de Janeiro, a ter1_g17_sal_mp_7gev_manu_ger_p228a247.indd 239

5

3 2/9 199

unidade V

ANO FICO

MG

1. Verifique no mapa onde A seagropecuária locano Brasil

239 az Ruiz/Folhapress

MS

OCEANO ATLÂNTICO

Brasília

As atividades do campo brasileiro

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

GO

Goiânia

6

Andre Dib/Pulsar Imagens

Os questionamentos Distribuição da população brasileira 4 que acompanham imagens (fotografias, ilustrações, mapas, Boa Vista AP esquemas etc.) permitem a RR Macapá Equador 0° aplicação dos procedimentos São Luís básicos para oBelém estudo da Geografia Fortaleza Manaus AM (observação, descrição, MA PA CE RN Natal interpretação, análise,Teresina analogia, PI João Pessoa PB síntese, interação e reflexão). PE Recife AC Palmas Porto AL Maceió io Branco Velho SE O vocabulárioTO5 traz o significado Aracaju RO BA dos termos técnicos e científicos MT Salvador Cuiabá citados no texto DF da página.

Orientações ao professor

unidade II

mapa abaixo mostra como a população está distribuída no território ileiro. Observe-o. 4

CAPÍTU LO

ma população irregularmente distribuída

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Páginas de atividades Nas páginas de atividades são propostos exercícios diversificados que permitem a interpretação e a aplicação dos conteúdos teóricos desenvolvidos nos capítulos, assim como atividades que estimulam a reflexão, o debate, o desenvolvimento de atitudes e a prática dos procedimentos de análises geográficas. Fotom fotog ontagem rafia 3dsgucom a com ru/Th inkstoposição da ck/Ge tty Im ages

11 9 10

As atividades iniciais permitem a revisão 9 dos conteúdos estudados no capítulo. As atividades de compreensão 10 procuram relacionar a teoria com a realidade dos alunos, simular situações que permitem a interpretação do assunto estudado e sugerir a troca de ideias, entre outros objetivos. As páginas de atividades também apresentam outras seções, com exercícios diversificados e criativos, que aprofundam o entendimento do conteúdo dos capítulos e provocam o desenvolvimento do raciocínio e de diferentes habilidades dos alunos. Entre elas, destaca-se a seção Trabalho com representações 11 , que privilegia exercícios de observação, construção e análise de mapas e gráficos. Essa variedade de exercícios permite desenvolver a capacidade de aprendizagem dos alunos, além de oferecer várias alternativas de avaliação aos professores.

Ícones Vivência e... Explora conteúdos relevantes para a formação cidadã, com destaque para temas ligados a meio ambiente, saúde, pluralidade cultural etc. Giro pela... Destaca a interação entre os conhecimentos da Geografia e os das demais áreas do conhecimento (História, Matemática, Língua Portuguesa, Arte, Ciências etc.) Apresenta sugestões de filmes ligados à temática de estudo. Apresenta sugestões de leituras que complementam ou enriquecem o assunto estudado. Apresenta sugestões de sites para complementar o assunto estudado. 240

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Orientações ao professor

O mundo em leitura As páginas que contêm a seção O mundo em leitura apresentam textos (literários, científicos e jornalísticos) extraídos de publicações diversas ou produzidos pelos autores, para que sejam explorados com diferentes exercícios. Os assuntos escolhidos estão relacionados ao tema do capítulo, trazendo informações que ampliam o conhecimento do aluno. Os textos exploram temas ligados à ciência, à tecnologia, à ética, às relações entre a natureza e a sociedade e à pluralidade cultural.

ETAPA 5 Apresentação e análise do resultado do minicenso Fotomontagem com a composição da fotografia 3dsguru/Thinkstock/Getty Images

Para divulgar os resultados do minicenso, vocês pode em cartolinas e expô-los no mural da sala.

O trabalho com textos procura estimular o prazer pela leitura e o interesse por atividades científicas, divulgando o trabalho dos cientistas e também sua importância para a sociedade. O símbolo utilizado na seção indica a relevância principal do tema, podendo ter um caráter mais voltado para o saber interdisciplinar e a relação entre as áreas disciplinares (História, Ciências, Língua Portuguesa, Arte, Matemática etc.) ou, ainda, para temas voltados à formação cidadã, com destaque para a valorização de temas como meio ambiente, cultura e saúde.

Minicenso da escola

O censo ou recenseamento da população é realizado no B ro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente, a ca da população foi realizado em 2010. Para ter ideia da importância da realização do censo e da que podem ser obtidas por meio dele, promova com os coleg Veja, passo a passo, como vocês podem realizá-lo.

ETAPA 1 Planejamento do minicenso

Para facilitar a realização do minicenso, vocês podem faz mações entrevistando somente os alunos do 6o ao 9o ano. V devem seguir.

As propostas de trabalho apresentadas neste caderno envolvem procedimentos importantes para os estudos de Geografia, além de apresentar atividades motivadoras que podem ser realizadas dentro ou fora da sala de aula. Os textos e os roteiros de análise apresentados buscam detalhar temas abordados nos capítulos, oferecendo ao aluno diferentes possibilidades de ampliar seus conhecimentos.

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1

Conversem com o professor em sala de aula sobre

2

Peçam permissão ao diretor da escola para reali

Agora é sua minicenso vez na escola.

e os horários em que vocês poderão aplicar Com os resultados dodias minicenso, você pode conhece aula. que nela estudam. As 3questões a seguir poderão ajudáCom base nas informações do início desta página informar aos professores e aos alunos das outras 1 Há mais alunos do sexo feminino ou do masculin minicenso na escola e esclarecer o objetivo do rec será feito. Distribuamdos os cartazes em toda a escol 2 Quantos irmãos tem a maioria alunos? 4 Dividam a turma em grupos. Cada grupo deve fic 3 Com quem a maior parte dos entrevistados mora determinado número de salas, de acordo com a q entrevistadas. Não se esqueçam de recensear os 4 Onde nasceu (município, estado e região do país) 5 Façam um crachá para cada recenseador, conten dam na escola? aula pelas quais ficou responsável. 6 Elaborem 5 Quais são as formas mais utilizadas o questionário a serpelos aplicado,alunos utilizand página seguinte. Vocês poderão incluir outras pe 6 Fora do horário das aulas, a que atividade a maioria interessantes. 241tempo Façam cópiasquanto do questionário em quantidade su 7 Fora do horário 7das aulas, a maioria alunos que serão entrevistados. e à leitura? ETAPA 2 8 Em cada sala de aula estudam, em média, quanto Aplicação dos questionários 9 Segundo a pesquisa, a merenda da escola é apre Ilustrações: M. Nakano

Caderno de projetos e temas especiais

5/29/15a 5:08 PMiniciará a Depois da elaboração do questionário, turma


O volume de 7o ano O volume de 7o ano promove o estudo da realidade brasileira, apresentando tanto aspectos gerais do país quanto características particulares de cada uma de suas grandes regiões. Esse estudo amplia o desenvolvimento de habilidades próprias à construção do conhecimento geográfico, iniciado no volume de 6o ano. Os conteúdos desse volume estão organizados da seguinte maneira: UN IDADE

I

O TERRITÓRIO BRASILEIRO

UN IDADE

Aborda os principais aspectos do território brasileiro, sua posição geográfica, extensão, limites e fronteiras. Também destaca o processo histórico da formação territorial do país e as atuais divisões político-administrativas e regionais do território brasileiro.

II

TERRITÓRIO E POPULAÇÃO BRASILEIRA

UN IDADE

Enfoca o estudo de aspectos como o crescimento, a estrutura e a distribuição populacional no território brasileiro.

III

O CAMPO E AS CIDADES NO BRASIL

UN IDADE

Estuda o panorama atual do espaço rural brasileiro, a questão do trabalho no campo e os problemas fundiários no Brasil. Também trata do processo de urbanização do país, com destaque para a organização do espaço urbano e seus problemas.

IV

REGIÃO NORDESTE

UN IDADE

Apresenta as diferentes características da grande região Nordeste, enfocando as relações entre sua diversidade natural, os contrastes socioeconômicos existentes em seu território e suas potencialidades.

V

REGIÃO SUDESTE

Desenvolve uma análise das características do Sudeste, destacando o processo de industrialização dessa região, a intensa apropriação desse espaço e, consequentemente, a ampla transformação de suas paisagens. 242

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Orientações ao professor

UN IDADE

VI

REGIÃO SUL

UN IDADE

Estuda desde a ocupação e o povoamento do Sul até sua situação demográfica atual, além das características econômicas da região, com ênfase na atividade agropecuária e industrial.

VII

REGIÃO NORTE

UN IDADE

Destaca os aspectos naturais que predominam nessa região, bem como o seu processo de integração às demais regiões do país. Além disso, discute seu acelerado crescimento urbano, a devastação da Floresta Amazônica e a situação da população indígena nativa.

VIII

REGIÃO CENTRO-OESTE

Propõe um estudo dessa região, salientando seu processo de ocupação e povoamento, suas potencialidades econômicas e sua integração com as regiões mais dinâmicas do país. Além disso, aborda a questão dos povos indígenas que vivem nessa região. É importante destacar a sequência dos temas no volume de 7o ano. • Ao iniciar o trabalho com o espaço brasileiro na Unidade I, considerou-se importante que o aluno conheça o processo histórico de ocupação e povoamento do território brasileiro, discutindo o significado do conceito de território e de outros aspectos relacionados a ele, como limite, fronteira e área, assim como o significado dos conceitos de paisagem e espaço geográfico. • A unidade II mostra vários aspectos importantes da população brasileira, resultado do encontro de diferentes etnias envolvidas no processo da formação territorial. Nessa unidade, o aluno deve compreender como a população do país cresceu, estruturou-se e distribuiu-se no território brasileiro. • Dando continuidade à sequência de conteúdos, a Unidade III trata da organização espacial interna do Brasil, destacando primeiro o espaço rural e, em seguida, o espaço urbano, no que se refere às particularidades das atividades econômicas desenvolvidas e suas implicações nas paisagens do país, além dos problemas e conflitos de cada um desses espaços. • Após o trabalho com temáticas mais amplas, na segunda parte do volume (Unidades IV a VIII), há uma discussão pormenorizada sobre as questões espaciais em cada uma das cinco grandes regiões brasileiras, verificando suas particularidades em relação aos aspectos naturais, socioeconômicos e culturais. Outra característica importante a ser ressaltada neste volume é o fato de que, ao tratar do espaço geográfico brasileiro, os conteúdos apresentados estabelecem, constantemente, relações com a realidade dos alunos, evidenciando o lugar e a região onde vivem. 243

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Mapa de conteúdos

U N I D A DE

Unidade

I

U N I D A DE

O TERRITÓRIO BRASILEIRO, 10

II

U N I D A DE

TERRITÓRIO E POPULAÇÃO BRASILEIRA, 40

III

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O CAMPO E AS CIDADES NO BRASIL, 62

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REGIÃO NORDESTE, 88

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REGIÃO SUDESTE, 110

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Capítulos

Conceitos e noções

1. Brasil: território e fronteiras, 12 2. Formação territorial do Brasil, 20 3. O território brasileiro e suas regiões, 28

• Limite; fronteira; latitude e longitude; fuso horário; soberania; formação territorial; organização do espaço geográfico; divisão político-administrativa; divisão regional; domínios naturais; regiões geográficas, regiões geoeconômicas.

4. O crescimento da população brasileira, 42 5. A distribuição da população brasileira, 52

• Populoso e povoado; crescimento natural ou vegetativo; taxas de natalidade e mortalidade; imigração; população relativa e densidade demográfica; migrações internas e externas; pirâmide etária; distribuição da renda.

6. As atividades do campo brasileiro, 64 7. Os problemas no campo brasileiro, 72 8. As cidades no Brasil, 78

• Agropecuária; cooperativa e agroindústria; atividade extrativa; subaproveitamento e concentração das terras; reforma agrária; erosão e conservação dos solos; urbanização; êxodo rural; hierarquia urbana; metropolização; problemas urbanos: infraestrutura, transporte público, lixo, poluição.

9. Nordeste: região de contrastes, 90 10. O Nordeste e seus contrastes socioeconômicos, 100

• Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio Norte; seca; Caatinga; rios temporários; economia da Zona da Mata e do Agreste; atividades agropecuárias; agricultura irrigada; política da seca; distribuição populacional; crescimento econômico do Nordeste.

11. Sudeste, centro econômico do Brasil, 112 12. A transformação das paisagens e os problemas ambientais no Sudeste, 120

• Processo e fatores da industrialização; indústria e recursos naturais; rede de transportes; atividade industrial; produção agropecuária; mecanização e modernização do campo; industrialização e êxodo rural; expansão urbana e metropolização; problemas ambientais urbanos.

13. O Sul e seus habitantes, 134 14. A agropecuária e a indústria no Sul, 142

• Imigração europeia; distribuição da população; os emigrantes do Sul; brasiguaios; agropecuária moderna; agricultura e clima; devastação da vegetação natural; arenização; atividade industrial.

15. Norte: um imenso território, 152 16. Região Norte: fronteira econômica e populacional, 160

• Floresta Amazônia; biodiversidade; clima, relevo, hidrografia e solo; fronteira econômica; projetos de ocupação; produção agropecuária; agricultura itinerante; grandes projetos de mineração; garimpagem; atividade extrativa; indústria; Zona Franca de Manaus; distribuição da população; populações indígenas.

17. Centro-Oeste: região em expansão, 178 18. A integração econômica do Centro-Oeste, 188

• Ocupação e povoamento; projetos de integração; construção de Brasília; população de migrantes; urbanização; territórios indígenas; expansão das monoculturas e da pecuária; Pantanal; agroindústria e atividade extrativa; ameaças e degradações ambientais; ecoturismo e preservação.

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Orientações ao professor

Atividades

Destaques

••Análise de imagem, 18 (fotografia) ••Análise de texto, 19 (texto jornalístico) ••Pesquisa, 26 (observação do meio), 27 (montagem de painel) ••Trabalho com representações, 27 (planos da paisagem), 37 (climograma)

••Geografia na Biblioteca, 37 O mundo em leitura ••As regiões literárias, 38-39

••Análise de texto e debate, 48 (manchete e história em quadrinhos) ••Análise de gráficos, 61 (pirâmides etárias) ••Investigação do meio, 61

••Geografia na Rede, 49 O mundo em leitura ••Os primeiros japoneses no Brasil, 50-51

••Análise de fotografias, 70 (extrativismo e tecnologias) ••Análise de texto, 71 (texto jornalístico) ••Análise de texto e gráfico, 76 (agricultura familiar) ••Análise de imagem, 77 (fotografia); 85 (mapa e imagens de satélite) ••Trabalho com representações, 84 (análise de gráficos)

••Geografia na Rede, 77 O mundo em leitura ••Índios urbanos, 86-87

••Trabalho com representações, 96 (análise de climogramas), 108 (análise de mapa temático) ••Análise de imagem, 109 (obra de arte-tela)

••Geografia na Biblioteca,97 O mundo em leitura ••Coincidência ou sabedoria?, 98-99

••Análise de texto e gráfico, 118 (hidrovia Tietê-Paraná) ••Análise de imagens, 119 (obra de arte-tela) ••Análise de história em quadrinhos e campanha, 128 (conscientização ambiental) ••Pesquisa, 129 (manifestações culturais)

••Geografia no Cinema, 129 O mundo em leitura ••Clima e ambiente nas metrópoles: o caso da Grande São Paulo, 130-131

••Leitura e interpretação de texto e tabela, 138 (qualidade de vida), 148 (relação clima-agricultura) ••Trabalho com representações, 149 (análise de mapa e climogramas)

••Geografia na Rede, 139 O mundo em leitura ••O pingo, de vereda, abriu cancha entre a boiada, 140-141

••Análise de esquema, 158 (chuvas de convecção) ••Análise e produção de texto, 159 (biopirataria e biodiversidade) ••Análise de fotografia, 172 (desmatamento) ••Elaboração de campanha, 172 (preservação ambiental)

••Geografia no Cinema, 173 O mundo em leitura ••Manejo florestal sustentável, 174-175

••Análise de mapa e pesquisa, 184 (concentração fundiária) ••Trabalho com representações, 194 (análise e comparação e mapas)

••Geografia na Biblioteca, 185 O mundo em leitura ••Parque Indígena do Xingu, 186-187

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O trabalho integrado – a Geografia e as demais disciplinas O quadro-síntese a seguir apresenta os momentos do volume de 7o ano que destacam a integração entre a Geografia e os conhecimentos das disciplinas: História, Ciências, Língua Portuguesa, Arte e Matemática.

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Orientações ao professor

A formação cidadã – a Geografia e a transversalidade O quadro-síntese a seguir apresenta os momentos do volume de 7o ano que destacam o desenvolvimento da formação cidadã, com temas como meio ambiente, saúde, cultura, ética, cidadania etc.

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Orientações e propostas para o trabalho de cada capítulo As orientações e propostas para o trabalho de cada capítulo são considerações sobre pontos importantes do conteúdo abordado neste volume. Nessa seção, são apresentadas sugestões para a exploração do livro didático, assim como atividades que podem auxiliar o educando na compreensão do conteúdo. Além disso, são recomendados, para enriquecimento do trabalho, textos complementares, livros e filmes que podem ser utilizados em sala de aula. Em alguns casos, essas sugestões são endereçadas apenas ao educador. É importante lembrar que as orientações para o desenvolvimento do conteúdo incluem sugestões de atividades auxiliares que podem ser realizadas no decorrer do ano letivo. Assim, recomenda-se a Internacional leitura prévia orientações paradeoMudança planejamento • A Linha dedessas Data ou Linha Internacional de Data épedagógico. uma linha imaginária que corresponde ao meridiano oposto, ou ao antimeridiano de Para facilitar o trabalho em sala de aula e melhorar o aproveitamento deste material, Greenwich. Ela foi estabelecida para definir o início e o final do dia civil na Terra. Ou conheça, a seguir,seja, como está estruturada esta parte das Orientações ao professor. ao se cruzar essa linha de leste para oeste, soma-se um dia; ao passar de oes-

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te para leste, subtrai-se um dia no calendário. e orientações Conheça Respostas seu manual

1. Verifique Orienteseososalunos alunosa citaram identificarem as montanhas, os paísesasque plantações, possuemosgrande lagos extensão e as construções. territorial

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Orientações ao professor

Toda unidadeTerritório tem início com as orientações e e vários fusos horários. comentários [...] paraA opalavra trabalho com asnormalmente páginas de2. Pessoal. território evoca oOs“território nacional” faz exemplo, a Rússia, com 11 fusos horários, o Caalunos poderão citar,e por no Estado —1 gestor por excelência do território —, em ou grandes . Em seguida, apresenta aberturapensar das Unidades nadá, com 5 nacional fusos horários, a Austrália, com 3 fusos. espaços, em sentimentos patrióticos (ou os principais conteúdos a serem estudados e osmesmo chauvinistas), em governo, em em “defesa do território pátrio”, em guerras... A bem da verdade, o objetivos dominação, gerais a serem alcançados com esse território pode ser também estendido à escala nacional e em associação com Página estudo. O quadro Respostas e orientações 2 15 o Estado como grande gestor (se bem que, na era da globalização, um gestor traz observações comentários sobre No os entanto, ele não precisa e nem deve ser recada vezemenos privilegiado). Respostas e orientações questionamentos página. com duzido a propostos essa escalanesta ou à associação a figura do Estado. Territórios exis3 desconstruídos) para auxiliar1. Orientações comentários Verifique seHorizonte, osdiversas alunos são citaram as as plantações, os lagos e as construções. Em 11 horas. Em Manaus, são 10 horas. tem ee são construídos (e nasBelo mais escalas, damontanhas, mais (p. ex., uma à internacional (p. ex., a área formada pelo conjuno trabalhoacanhada do professor com osrua) conteúdos 2. Nos fusos horários que ficam a leste de Brasília, as horas estão adiantadas em relato dosnos territórios dosdestacam países-membros do Tratado do Atlântico apresentados capítulos pontos da Organização ção à nossa capital. Já nos fusos horários que ficam a oeste, as horas estão atrasaNorte Otan); territórios são construídos (e desconstruídos) dentro importantes das—temáticas em estudo, como das em relação a Brasília. de escalas as mais diferentes: anos, meses ou dias; territórios sugestõestemporais de análise, propostas de séculos, décadas, 3. Pessoal. seuma o aluno compreendeu como é possível calcular o horário utilipodem ter um caráter permanente, mas também Verifique podem ter existência atividadesperiódica, práticas,cíclica. questionamentos e zando as informações presentes no mapa. Não obstante essa riqueza de situações, não apenas o senso reflexões comum, sobre o mas tematambém etc. a maior parte da literatura científica, tradicionalmente

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restringiu o conceito de território à sua forma mais grandiloquente e carregaPágina 16 da de carga ideológica: o “território nacional”.

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SOUZA, Marcelo José Lopes de. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, Iná et al (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. p. 81.

Respostas e orientações Auxilieos Utilize osquestionamentos alunos na troca de iniciais ideiaspara a respeito desencadear das relações o conteúdo que eestabelecemos desenvolver ascom noções ouTexto complementar de e deInicie fronteira nos alunos. Faça uma alusãonaentre e o exemplo. território de um troslimite lugares. a reflexão com objetos presentes sala adeescola aula, por país. Para isso, use como apoio a sugestão de atividade complementar a seguir. Como apoio teórico ao trabalho com os conceitos de limite e fronteira, sugere-se Os quadros com Textos complementares 4 a leitura do texto a seguir. podem ser utilizados pelo professor para Atividade complementar enriquecer ou ampliar o tema estudado. Fronteira e limite Croqui da escola Alguns textos são indicados com o intuito A identificação entre “limite” e “fronteira internacional” decorre provavelmente trabalhar de limites e fronteiras do incentive o aprendizado deBrasil, ampliar o conhecimento do professor da mobilidade e imprecisão cartográfica que naAomaior parteodoconteúdo tempo acompanhou comnecessitam a produçãodede um croqui ou de enquanto um mapa outros da escola, são aproveisugeridos para o o desenvolvimento das sociedades. Mas osdessas Estadosnoções modernos limitando o questionamento da página 16. Para isso,trabalho percorra em os limites escola sala dedaaula. Oscom quadros com tes precisos onde possam exercer sua soberania, não sendo suficientes as mais 5 alunos, observando quem sãolinha, os vizinhos, quais são os “marcos” que delimitam Atividades complementares ou menos largas faixas de fronteira. Assim,os hoje o “limite” é reconhecido como e não pode, portanto, ser habitada, ao contrário da “fronteira” que, ocupando apresentam atividades que o território da escola, quais são asuma “zonas de fronteira” etc. Emsugestões seguida, nadesala de faixa, constitui uma zona muitas vezes bastante povoada onde osnoções habitantes ser promovidas pelo professor aula, transponha essas paradeo estudo podem do território brasileiro, observando a com o Estados vizinhos podem desenvolver intenso intercâmbio.deste [...] em um mapa-múndi ou emintuito de ampliar o estudo representação um mapa da América do Sul.do tema. Entre MARTIN, André Roberto. Fronteiras e nações. São Paulo: Contexto, 1998. p. 47. essas atividades estão sugestões de trabalho de campo, análise de texto e imagens, gráficos Texto complementar e tabelas, pesquisas, trabalhos práticos etc. A tarefa sugerida com o croqui ou com o mapa da escola pode ser o ponto de Respostas e orientações partida para o trabalho com escalas de análise do território. Os territórios são deli1. Verifique Chile e se Equador. os alunos citaram as montanhas,mitados, as plantações, os lagos e as construções. principalmente, por causa das relações de poder entre os grupos que 2. 23 086 km de extensão total. ocupam determinados espaços. Dê exemplos dessa noção, como o domínio de uma 3. Ponto extremo norte: Cabo Orange, estadogangue do Amapá; extremo Arroio Chuí, emponto um bairro ousul: de animais em uma área da floresta. O texto a seguir pode estado do Rio Grande do Sul. elucidar essa questão e as diferentes escalas de análise do território.

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