Orientações ao professor
ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR
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Apresentação Caro colega, O caderno Orientações ao professor foi elaborado para permitir a utilização mais eficaz desta obra didática, estimulando o máximo aproveitamento dos recursos sugeridos no livro-texto. Este caderno está estruturado da seguinte forma: Proposta didático-pedagógica Apresenta os pressupostos teóricos que orientaram a elaboração da coleção, bem como a construção de uma consciência da espacialidade dos elementos e dos fenômenos naturais e sociais, além dos conceitos e noções estruturantes dos conteúdos de Geografia e de cartografia para os alunos da educação básica. Atualização profissional Indica endereços de entidades que podem fornecer informações referentes à atualização e ao aperfeiçoamento profissional do docente. Conhecendo a coleção Trata da estrutura da coleção e está organizada em duas partes: •• Conteúdo dos volumes: apresenta os principais conteúdos abordados em cada volume da coleção. •• Estrutura das unidades: mostra como as unidades estão organizadas graficamente e indica as melhores maneiras de explorar seus recursos (textos, imagens, atividades, informações pedagógicas, boxes etc.). O volume de 9o ano Engloba a estrutura dos conteúdos do quarto volume da coleção. Orientações e propostas para o trabalho de cada capítulo Descreve os objetivos pretendidos capítulo a capítulo e fornece orientações para o bom desenvolvimento das aulas, além de informações suplementares (científicas e pedagógicas). Ao término de cada capítulo, inclui os “Comentários e respostas das atividades de final de capítulo”, para auxiliar na condução do trabalho e, depois dos comentários da unidade, traz a seção “Ampliando seus horizontes”, com sugestões de bibliografia complementar, filmes, CD-ROMs etc. Orientações e propostas para o Caderno de temas especiais Contém as orientações básicas necessárias para o desenvolvimento das temáticas e dos projetos propostos no final do livro-texto. Bibliografia Agrupa as principais fontes consultadas na produção deste manual e pode ser utilizada como indicação de leitura. Nosso objetivo é que este caderno sirva como referencial para seu trabalho com o material didático, auxiliando o desenvolvimento das atividades dentro e fora da sala de aula. Bom trabalho! Os autores
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Proposta didático-pedagógica .................................................... 228 O estudo da espacialidade dos fenômenos sociais e naturais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 228 Os objetivos da Geografia nos anos finais do Ensino Fundamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233 Os conteúdos procedimentais e atitudinais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237
Orientações ao professor
Sumário
O trabalho integrado e a transversalidade com os conteúdos de Geografia . . . . . . 239 A avaliação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240
Tecnologia na educação ............................................................. 249 Atualização profissional ............................................................. 251 Conhecendo a coleção ................................................................ 253 Conteúdo dos volumes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253 Estrutura das unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254
O volume de 9o ano...................................................................... 258 Mapa de conteúdos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 260 O trabalho integrado – a Geografia e as demais disciplinas ............................. 262 A formação cidadã – a Geografia e a transversalidade ..................................... 263
Orientações e propostas para o trabalho de cada capítulo......... 264 Conheça seu manual ........................................................................................... 264
I
OS ESPAÇOS DA GLOBALIZAÇÃO
II
CONSUMO, MEIO AMBIENTE E DESIGUALDADE NO ESPAÇO MUNDIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
III
AMÉRICA DESENVOLVIDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
IV
EUROPA DESENVOLVIDA E RÚSSIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 312
V
PAÍSES DESENVOLVIDOS DA BACIA DO PACÍFICO E REGIÕES POLARES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333
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ORIENTAÇÕES E PROPOSTAS PARA O CADERNO DE TEMAS ESPECIAIS .................................................... 349 Bibliografia ................................................................................. 351
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Proposta didático-pedagógica O estudo da espacialidade dos fenômenos sociais e naturais Ao longo da história da Geografia como disciplina escolar, ocorreram amplos debates a respeito dos conhecimentos geográficos que deveriam ser ensinados aos alunos no Ensino Fundamental e da finalidade da transmissão desses conhecimentos. Nos últimos anos, porém, entre os diversos especialistas no campo das práticas de ensino dessa disciplina, existe um consenso: o principal objetivo de ensinar Geografia é desenvolver nos educandos uma consciência e uma compreensão da espacialidade dos elementos e dos fenômenos naturais e sociais. Isso porque todos os elementos — tanto os construídos pelo ser humano como os criados pela força da natureza — fazem parte, direta ou indiretamente, da experiência dos alunos. Tomar consciência da espacialidade desses elementos em determinado período de tempo (histórico ou geológico), ou seja, reconhecer o modo como um espaço é construído em razão das dinâmicas naturais e sociais, é fundamental para o desenvolvimento das práticas sociais e da cidadania. De acordo com essas considerações, o espaço, objeto de estudo principal da Geografia na escola, é abordado nesta coleção com base em duas perspectivas: •• Como espaço vivido: local de experiências existenciais e simbólico-afetivas dos indivíduos em particular e em sociedade. De acordo com essa perspectiva, por meio de textos e atividades distribuídos em vários capítulos da coleção, procura-se valorizar o imaginário, os sentimentos e as representações que os alunos constroem, individual ou coletivamente, dos lugares e das paisagens. •• Como espaço geográfico: produto das ações humanas sobre a natureza e das relações entre as pessoas. Com base nessa perspectiva, organiza-se grande parte dos conteúdos de cada volume, buscando mostrar aos alunos que as sociedades transformam o espaço geográfico no decorrer do tempo histórico, por meio de sucessivos modos de produção, de inovações tecnológicas e científicas e de novas relações de trabalho. Nesta coleção, o trabalho com os elementos da natureza (distribuição espacial de objetos, processos e fenômenos naturais) é feito de acordo com uma visão integradora entre as dinâmicas sociais e as dinâmicas naturais. Assim, busca-se mostrar aos alunos que o espaço geográfico e as paisagens terrestres são produtos das relações de interação e interdependência entre os elementos naturais da biosfera (relevo, rios, florestas, mares, clima e outros) e também da interferência humana sobre esses elementos e, consequentemente, sobre os ecossistemas do planeta. Além disso, o estudo dos fatos sociais e dos fenômenos naturais é considerado em diferentes escalas geográficas. Isso significa que, ao apresentar os conteúdos e as atividades de ensino que visam à aprendizagem de conceitos e habilidades, leva-se em consideração uma visão escalar do espaço geográfico, articulando, sempre que necessá228
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rio, as escalas local, regional, nacional e mundial, para a melhor apreensão da realidade socioespacial contemporânea e pretérita. Nesse sentido, podemos identificar a existência de três razões fundamentais para ensinar Geografia na escola: [...] Primeiro: para conhecer o mundo e obter informações, que há muito tempo é o motivo principal para estudar Geografia. Segundo: podemos acrescer que a Geografia é a ciência que estuda, analisa e tenta explicar (conhecer) o espaço produzido pelo homem. Ao estudar certos tipos de organização do espaço, procura-se com preender as causas que deram origem às formas resultantes das relações entre sociedade e natureza. Para entendê-las, faz-se necessário compreender como os homens se relacionam entre si. Terceira razão: não é no conteúdo em si, mas num objetivo maior que dá conta de tudo o mais, qual seja a formação do cidadão. Instrumentalizar o aluno, fornecer-lhe as condições para que seja realmente construída a sua cidadania é objetivo da escola, mas à Geografia cabe um papel significativo nesse processo, pelos temas, pelos assuntos que trata. CALLAI, Helena Copetti. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In: CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos et al. (Orgs.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS/AGB, 1999. p. 57.
Os conteúdos e os conceitos básicos da Geografia Outro consenso importante entre os especialistas em ensino de Geografia é o de que os conteúdos da disciplina no Ensino Fundamental devem ser estruturados com base nos conceitos essenciais dessa ciência. Entre eles, destacam-se: lugar, paisagem, território e região, assim como o próprio conceito de espaço geográfico. Como toda ciência, a Geografia possui alguns conceitos-chave, capazes de sintetizarem a sua objetivação, isto é, o ângulo específico com que a sociedade é analisada, ângulo que confere à Geografia a sua identidade e a sua autonomia relativa no âmbito das ciências sociais. Como ciência social, a Geografia tem como objeto de estudo a sociedade que, no entanto, é objetivada via cinco conceitos-chave que guardam entre si forte grau de parentesco, pois todos se referem à ação humana modelando a superfície terrestre: paisagem, região, espaço, lugar e território. CORRÊA, Roberto Lobato. Espaço, um conceito-chave da Geografia. In: CASTRO, Iná E. de et al. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 16.
Nesse sentido, compõem a estrutura do planejamento curricular desta coleção, de acordo com os currículos nacional e estaduais de Geografia para os anos finais do Ensino Fundamental, os conceitos de espaço, lugar, paisagem, região e território, além de outros conceitos e noções fundamentais ligados à dinâmica e ao conteúdo espaço-temporal de processos e fenômenos como sociedade, natureza, cultura, trabalho, técnicas, tecnologias, redes, fluxos e globalização. Esse conjunto de conceitos e noções servirá como fio condutor dos conteúdos programáticos apresentados, reapresentados e aprofundados a cada ano escolar. Observe, no quadro-síntese a seguir, o significado teórico de alguns conceitos estruturantes desta coleção. 229
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Conceito/Concepção norteadora
Elementos de aprofundamento
Espaço geográfico Conjunto indissociável de sistemas de objetos (redes técnicas, prédios, ruas) e de sistemas de ações (organização do trabalho, produção, circulação, consumo de mercadorias, relações familiares e cotidianas) que procura revelar as práticas sociais dos diferentes grupos que nele produzem, lutam, sonham, vivem e fazem a vida caminhar. (Milton Santos)
O espaço é perceptível, sensível, porém extremamente difícil de ser limitado, quer por dinâmica, quer pela vivência de elementos novos e elementos de permanência. Apesar de sua complexidade, ele apresenta elementos de unicidade. Interferem nos mesmos valores que são atribuídos pelo próprio ser humano e que resultam numa distinção entre o espaço absoluto – cartesiano –, uma coisa em si mesma, independente, e um espaço relacional, que apresenta sentido (e valor) quando confrontado com outros espaços e outros objetos.
Paisagem Unidade visível do arranjo espacial, alcançada por nossa visão.
Contém elementos impostos pelo homem por meio de seu trabalho, de sua cultura e de sua emoção. Nela se desenvolve a vida social e, dessa forma, ela pode ser identificada informalmente apenas mediante a percepção, mas também pode ser identificada e analisada de maneira formal, de modo seletivo e organizado – e é neste último sentido que a paisagem se compõe como um elemento conceitual de interesse da Geografia.
Lugar Porção do espaço apropriável para a vida, que é vivido, reconhecido e cria identidade.
Guarda em si as noções de densidade técnica, comunicacional, informacional e normativa. Guarda em si a dimensão da vida, como tempo passado e presente. É nele que ocorrem as relações de consenso, conflito, dominação e resistência. É nele que ocorre a recuperação da vida. É o espaço com o qual o indivíduo se identifica mais diretamente.
Território Porção do espaço definida pelas relações de poder, passando, assim, da delimitação natural e econômica para a de divisa social. O grupo que se apropria de um território ou se organiza sobre ele cria relação de territorialidade, que se constitui em outro importante conceito da Geografia. Essa relação de territorialidade se define como a relação entre os agentes sociais, políticos e econômicos, interferindo na gestão do espaço.
A delimitação do território é a delimitação das relações de poder, domínio e apropriação nele instaladas. É, portanto, uma porção concreta. O território pode, assim, transcender uma unidade política, o mesmo acontece com o processo de territorialidade, e este não se traduz por uma simples expressão cartográfica, mas se manifesta sob relações variadas, das mais simples às mais complexas.
Globalização e redes O fato gerador é o processo de globalização, que corresponde a uma etapa do processo de implementação de novas tecnologias, que acabaram por criar a intercomunicação entre os lugares em tempo simultâneo.
A globalização é basicamente assegurada pela implementação de novas tecnologias de comunicação e informação, isto é, de novas redes técnicas que permitem a circulação de ideias, mensagens, pessoas e mercadorias num ritmo acelerado, criando a interconexão em tempo simultâneo.
Fonte: BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 1999. p. 56.
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A cartografia como suporte para a representação e a apreensão do espaço O desenvolvimento dos conteúdos de Geografia no Ensino Fundamental deve levar em consideração a capacidade dos alunos de compreender as diferentes formas de representação do espaço, seja ele próximo ou distante. Para tanto, os educandos devem conhecer uma linguagem específica, com regras, códigos e símbolos muito particulares (a chamada linguagem cartográfica), que lhes permita decodificar uma série de elementos, como croquis, plantas, mapas, planisférios, globos, perfis topográficos e maquetes. O domínio dessas regras, códigos e símbolos capacita os educandos a representar a espacialidade dos objetos, fatos e fenômenos naturais e sociais, indicando suas dimensões aproximadas e sua localização no espaço terrestre. Dessa forma, a função principal do desenvolvimento das noções e dos conceitos de cartografia nesse segmento de ensino é formar alunos leitores de mapas, gráficos, perfis e maquetes, que sejam capazes de reconhecer essas representações como textos, fontes de informação, pesquisa e investigação que podem propiciar interpretações, indagações e análises críticas sobre a realidade. A tabela a seguir mostra os principais conteúdos de cartografia a ser desenvolvidos com os alunos da educação básica. Noções e conteúdos da cartografia Localização ••Mapa mental ••Paralelos/meridianos ••Latitude/longitude ••Altimetria/batimetria ••Instrumentos e símbolos
Orientação ••Lateralidade ••Direção/distância ••Sentido ••Posição dos astros ••Instrumentos e símbolos
Escalas ••Proporcionalidade ••Escala gráfica e numérica ••Anamorfoses geográficas ••Escala geográfica
Projeções cartográficas ••Visões da Terra (história e ideologia) ••Formas de representar a Terra ••Fusos horários ••Tipos de projeção
Gráficos ••Tabelas (levantamentos de dados e elaboração) ••Representação de dados ••Tipos de gráfico ••Diagramas
Linguagem visual ••Croquis (análise e confecção) ••Representação do espaço tridimensional ••Pontos de vista (visões oblíquas, vertical e horizontal) ••Simbologia (legenda) ••Planos de paisagem ••Perfil topográfico
Mapas (representações no espaço bidimensional) ••A história da cartografia ••Cartografia e Geografia ••Componentes dos mapas ••Produção dos mapas (desenvolvimento do processo técnico-científico) ••Fotografia aérea ••Imagens de satélite ••Tipos de mapa 231
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Quando realizada gradativa e plenamente ao longo de toda a educação básica, a alfabetização cartográfica possibilita a formação do aluno como leitor crítico, mapeador consciente, capaz de desenvolver ideias e relações cada vez mais complexas e abstratas, tornando-se apto a analisar, localizar, correlacionar, sintetizar etc. Daí a importância de o professor promover o ensino da leitura cartográfica. Segundo Passini (1994, p. 9): A educação para a leitura de mapas deve ser entendida como o processo de aquisição, pelos alunos, de um conjunto de conhecimentos e habilidades para que consigam efetuar a leitura do espaço, representá-lo, e desta forma construir os conceitos das relações espaciais. Neste processo, a função simbólica desempenha um importante papel para o preparo de leitores eficazes de mapas. PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e o livro didático. Belo Horizonte: Lê, 1994. p. 9. (Coleção Apoio).
Sendo assim, é necessário que o professor promova o ensino de cartografia e a alfabetização cartográfica na educação básica tomando-se como ponto de partida o estágio de desenvolvimento cognitivo dos alunos. O professor deve lançar mão de estratégias e metodologias para o ensino de cartografia conforme o nível de complexidade e abstração das aquisições a serem desenvolvidas, sejam elas simples, médias ou complexas. No quadro a seguir, o professor pode encontrar alguns exemplos dessas aquisições para nortear os conteúdos com os quais irá trabalhar em sala de aula. Uso de mapas, cartas e plantas ••Conhecer os pontos cardeais; ••saber se orientar com uma carta;
Aquisições simples
••encontrar as coordenadas de um ponto; ••saber se conduzir com uma planta simples; ••extrair de plantas e cartas simples uma só série de fatos; ••saber calcular altitude e distância; ••saber se conduzir com um mapa rodoviário ou com uma carta topográfica. ••Analisar a disposição das formas topográficas;
Aquisições médias
••analisar uma carta temática representando um só fenômeno (densidade populacional, relevo etc.); ••saber diferenciar declives; ••reconhecer e situar as formas de relevo e de utilização do solo; ••saber reconhecer e situar tipos de clima, massas de ar, formações vegetais, distribuição populacional, centros industriais e urbanos, entre outros. ••Saber utilizar uma bússola; ••correlacionar duas cartas simples; ••ler uma carta regional;
Aquisições complexas
••elaborar uma carta simples a partir de uma carta complexa; ••saber elaborar croqui regional simples; ••analisar uma carta temática que representa vários fenômenos; ••saber levantar hipóteses reais sobre a origem de uma paisagem; ••saber extrair de uma carta complexa os elementos fundamentais.
Fonte: Adaptado de SIMIELLI, Maria Elena. Cartografia no Ensino Fundamental e Médio. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (Org.). A Geografia na sala de aula. 8. ed. São Paulo: Contexto, 2007. p. 97.
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Esta coleção oferece a oportunidade de o professor desenvolver o ensino da alfabetização cartográfica ao longo de todos os conteúdos e temas estudados. Embora alguns capítulos, em especial, sejam destinados exclusivamente ao estudo da cartografia, em geral os diferentes tipos de mapas e representações cartográficas são acompanhados por procedimentos de análise para que o aluno possa se familiarizar e desenvolver as habilidades para a leitura cartográfica. As respostas a esses procedimentos de análise são apresentadas ao professor nas Orientações e propostas para o trabalho de cada capítulo. Além disso, o ensino da alfabetização cartográfica também é sistematicamente explorado nas seções Trabalho com representações, elaboradas especialmente com a finalidade de promover o ensino de cartografia. O quadro-síntese a seguir mostra como essas seções, apresentadas nas páginas de atividades, estão dispostas ao longo dos quatro volumes da coleção. Cartografia/Trabalho com representações 6o ano C1
C2
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7o ano C1
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C10 C11 C12 C13 C14 C15 C16 C17 C18 C19 C20 C21
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Aquisições simples
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C10 C11 C12 C13 C14 C14 C15 C16 C16 C17 C18
C1 = Capítulo 1
Aquisições médias Aquisições complexas
Os objetivos da Geografia nos anos finais do Ensino Fundamental Os objetivos são os principais norteadores do trabalho com os conteúdos programáticos estabelecidos para cada ano ou ciclo de ensino. Assim, o professor deve ter os objetivos de ensino traçados e bem claros sempre que iniciar uma nova etapa de atividade. Pretende-se, com esta coleção, auxiliar os alunos a alcançar os seguintes objetivos gerais para o estudo da disciplina de Geografia, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Geografia (1998) e com orientações destacadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (2013). Entre esses objetivos estão: ••compreender como a ciência geográfica contribui para o conhecimento da história da Terra e da sociedade atual; ••conhecer e compreender as principais características do espaço geográfico, de sua transformação e de seus elementos no lugar onde vivem e em espaços maiores, como o Brasil e o mundo; ••compreender que, no espaço social, que também faz parte do espaço geográfico, desenvolvem-se inúmeras relações entre as pessoas e destas com a natureza; 233
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••compreender as relações existentes entre os lugares (e entre as pessoas que neles vivem) em um mundo no qual as distâncias e os obstáculos físicos têm sido superados pelo desenvolvimento tecnológico e científico; ••conhecer e entender as causas dos problemas sociais (por exemplo, por que as conquistas políticas, econômicas e tecnológicas são usufruídas por uma parcela restrita da humanidade) e como esses problemas estão inseridos no espaço, para assumir uma postura consciente em relação à necessidade de transformações sociais; ••identificar a ação humana na natureza e suas consequências; ••compreender que todos participam de uma sociedade que é constantemente transformada e que são, em grande parte, autores dessas mudanças; ••compreender e valorizar todas as formas de trabalho humano, assim como desenvolver uma postura crítica na abordagem das relações de trabalho; ••conhecer e compreender os conceitos fundamentais da Geografia e, por meio do estudo dos processos e fenômenos naturais e sociais, entender a dinâmica dos lugares onde vivem; ••identificar a inter-relação entre a Geografia e as demais áreas do conhecimento (Literatura, Matemática, Ciências e Arte, entre outras); ••adquirir conhecimentos sobre a linguagem cartográfica a fim de interpretar, localizar e representar elementos, processos e fenômenos estudados pela Geografia; ••realizar procedimentos de pesquisa.
Pretende-se, assim, possibilitar aos alunos apreender de forma crítica e experiencial a realidade socioespacial que os cerca, identificando-se como agentes construtores do espaço geográfico, ou seja, reconhecendo que, direta ou indiretamente, participam das ações sociais e interferem nas dinâmicas naturais, em nível local, regional ou global, o que confere ao ensino de Geografia um papel decisivo na formação do educando cidadão.
Como alcançar esses objetivos? Esta coleção foi elaborada com a finalidade de contribuir, da melhor maneira possível, para o desenvolvimento do trabalho do professor em sala de aula. Para tanto, propõe-se uma série de procedimentos metodológicos e de atividades de ensino direcionados a uma aprendizagem significativa dos conteúdos por parte dos educandos. Dessa forma, busca-se privilegiar as dimensões subjetivas dos alunos, valorizando sua experiência de vida e seus conhecimentos sobre a realidade. Os alunos são seres criativos, autônomos e articuladores de ideias. Ao professor, portanto, cabe o papel de sistematizar esses conhecimentos, correlacionando-os aos conteúdos propostos e dando-lhes uma fundamentação científica. 234
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O educador deve atuar como mediador, desafiador e questionador, a fim de levar os alunos a desenvolver um trabalho cada vez mais independente. É importante que não haja mera transmissão de “verdades” ou de problemas solucionados, mas que ocorra uma aprendizagem significativa. Essa perspectiva do processo didático requer, portanto, uma mudança na relação entre professor e alunos. Nos modelos tradicionais de ensino, a relação professor-aluno na transmissão-assimilação tem o professor como centro do processo, aquele que detém o conhecimento e o transmite, e o aluno como receptor passivo e mero espectador. Já na perspectiva contemporânea, calcada no aprender a aprender, a ênfase do processo didático se desloca para a redescoberta do conhecimento, e a relação professor-aluno vai se modificar radicalmente, com o professor passando a ter o papel de orientador, instigador e facilitador do processo, enquanto o aluno se torna o centro do processo, desempenhando papel ativo e participativo como agente da sua aprendizagem. Veja o esquema abaixo.
PROFESSOR
ALUNO
Orientador, criador de desafios para estimular a investigação do aluno.
Ativo, participativo. É o centro do processo. MARTINS, Pura Lúcia Oliver. Didática. Intersaberes: Curitiba, 2012. p. 39.
Com base nessa concepção didático-pedagógica, o professor assume o papel de mediador do processo de ensino-aprendizagem e a questão central se desloca do professor para o método de aprender, visto que: [...] o ensino escolar é o processo de conhecimento do aluno mediado pelo professor. Ensinar é uma intervenção intencional nos processos intelectuais e afetivos do aluno, buscando sua relação consciente e ativa com os objetos de conhecimento. O objetivo maior do ensino, portanto, é a construção do conhecimento mediante o processo de aprendizagem do aluno. A intervenção intencional própria do ato docente diz respeito à articulação de determinados objetivos, conteúdos e métodos que levem em conta as condições concretas em que ocorre o ensino e seus diferentes momentos, planejamento, realização e avaliação. Em outros termos, a tarefa de intervenção no ensino escolar é basicamente do professor e consiste em dirigir, orientar, no planejamento, na realização das aulas e das atividades extraescolares e na avaliação, o processo de conhecimento do aluno com base em determinados propósitos, em conteúdos específicos e em modos adequados para conseguir os propósitos definidos. [...] CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimento. 10. ed. Campinas: Papirus, 2003. p. 136-137.
A tabela conceitual a seguir resume as principais ideias desenvolvidas pelo estudioso norte-americano David P. Ausubel (1980) a respeito do significado teórico de aprendizagem significativa. 235
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O que é a aprendizagem significativa? A aprendizagem significativa é um processo no qual o que se aprende é o produto da informação nova interpretada à luz daquilo que já se sabe, ou seja, essa forma de aprendizagem manifesta-se pela transformação de saberes já existentes em saberes mais elaborados. Essa aprendizagem ocorre quando o que se aprende faz sentido, isto é, quando o aprendiz atribui significado ao conteúdo apreendido, de modo que a informação recebida possa interagir com suas estruturas cognitivas e com saberes preexistentes. Não basta reproduzir informação nova; é preciso assimilá-la ou integrá-la aos conhecimentos anteriores. Somente assim é possível compreender e adquirir novos significados ou conceitos. Aprender significados é modificar as próprias ideias como consequência da interação destas com a nova informação. Quem promove a aprendizagem significativa não é o que repete uma informação, mas o que utiliza informações presentes no meio social para estimular novas formas de conhecimento. Para promover a aprendizagem significativa, torna-se necessário levar em consideração os conhecimentos factuais e conceituais que o aluno já possui, assim como suas atitudes e seus procedimentos.
Agora que já tratamos do significado teórico de aprendizagem significativa, vamos apresentar sugestões para promovê-la nas aulas de Geografia. Além de textos que desenvolvem os raciocínios de natureza teórico-analítica e crítico-reflexiva a respeito dos conteúdos, esta coleção oferece aos alunos e aos professores uma grande variedade de recursos didáticos (veja os boxes a seguir) fundamentais para promover a aprendizagem significativa nas aulas de Geografia. Eles servem como fonte de informação, de discussão e de contextualização (sondagem do conhecimento prévio dos alunos), permitindo desenvolver não somente os conteúdos de natureza factual e conceitual, mas também os de natureza procedimental e atitudinal. Por isso, devem ser intensamente explorados pelo professor que deseja desenvolver um processo de ensino e aprendizagem mais dinâmico em suas aulas. Textos ••Textos de jornais, revistas, livros e sites; ••textos literários (poemas, crônicas, letras de músicas etc.); ••histórias em quadrinhos, charges etc.
Imagens ••Fotografias de jornais, revistas e livros; ••ilustrações, figuras e esquemas; ••mapas, tabelas e gráficos; ••recursos iconográficos (gravuras, pinturas, obras de arte etc.). 236
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Aprendemos de maneiras diferentes Cada um de nós aprende de maneiras diferentes. Por isso, ao diversificar os recursos e as estratégias de ensino, além de evitar aulas cansativas e repetitivas, respeitamos os diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos. Essa variedade de aprendizagem pode ser observada em: •• alunos que compreendem melhor um assunto por meio de uma leitura, por exemplo, criando imagens mentais do texto; •• alunos que necessitam de uma explicação, ou seja, de uma aula narrativa para compreender um assunto; •• alunos que se interessam em fazer análises sobre um tema, assimilando de maneira mais eficaz as conclusões sobre ele; •• alunos que têm maior facilidade em construir um conhecimento ao serem desafiados a deduzir, criar hipóteses sobre uma problemática e ao investigá-las; •• alunos que apreendem o significado de um conceito ao executar atividades concretas, experimentais, ao realizar verificações em campo.
Os conteúdos procedimentais e atitudinais Os conteúdos propostos na coleção estão estruturados com o objetivo de possibilitar a interação entre aluno, professor e livro. Essa interatividade é proporcionada por meio dos diversos questionamentos presentes nas páginas do texto principal, os quais resgatam o conhecimento prévio dos alunos e estimulam a exposição de opiniões e a participação nos debates e nos trabalhos em equipe, entre outras atividades. O objetivo desses questionamentos é desenvolver atitudes favoráveis à sociabilidade, à cooperação e à tomada de decisões, além de possibilitar o estabelecimento de relação entre a realidade do aluno e o conteúdo trabalhado. Entre os questionamentos propostos nas páginas de texto principal e nas atividades de final de capítulo, existem aqueles de natureza procedimental, que visam desenvolver nos alunos habilidades intrínsecas à ciência geográfica, oferecendo-lhes oportunidade de: •• observar (com base no nível perceptivo de seus conhecimentos, compreendendo o significado científico do que está sendo observado e procurando respostas para esses fenômenos); •• descrever (compreendendo a realidade e selecionando informações); •• comparar (fazendo analogias, por exemplo, entre lugares, regiões e culturas diferentes); •• interpretar, sintetizar e analisar criticamente (formulando hipóteses, problematizando, registrando e construindo explicações); •• inteirar-se e refletir sobre os conhecimentos adquiridos com o estudo da Geografia. A articulação dos conteúdos de ordem conceitual, factual, atitudinal e procedimental pode promover uma aprendizagem significativa nas aulas de Geografia. Observe o quadro na página seguinte. 237
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Condições necessárias para a aprendizagem significativa
Devem contemplar:
Conteúdos conceituais/fa ctuais (contextualizados)
••Sondagem do conhecimento prévio ••Cotidiano ••Vivência do aluno ••Realidade próxima Devem contemplar: ••Observação ••Descrição ••Comparação
Aprendizagem significativa
Conteúdos procedimentais
••Interpretação ••Análise ••Reflexão ••Síntese ••Elaboração de hipóteses Devem contemplar: ••Socialização ••Diálogo
Conteúdos atitudinais
••Convivência em grupo ••Tomada de decisão ••Respeito mútuo •• Expressão de opiniões
Apresentação gradativa de conteúdos Outra característica didático-pedagógica importante da coleção é a apresentação gradativa de conteúdos factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais. Esses conteúdos são desenvolvidos em diferentes graus de complexidade. Dessa maneira, conceitos, habilidades e valores são estudados primeiro de forma simples e objetiva, para que, posteriormente, sejam resgatados e aprofundados com maior complexidade nos próximos volumes, respeitando o nível cognitivo dos alunos. 238
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Orientações ao professor
O trabalho integrado e a transversalidade com os conteúdos de Geografia Seguindo uma tendência pedagógica contemporânea, a coleção possibilita o trabalho integrado dos professores de Geografia com os de outras disciplinas, já que essa ciência se ocupa da espacialidade dos fenômenos naturais e sociais. Os conteúdos apresentados propiciam o trabalho conjunto, por exemplo, com História, ao tratar da evolução das tecnologias, ressaltando seu avanço e a transformação do espaço geográfico e das paisagens terrestres no decorrer do tempo; com Matemática, ao abordar noções espaciais e cartográficas, com destaque para escalas, proporções e medidas, análise e construção de gráficos e tabelas; com Ciências, ao explicar como e por que ocorrem vários dos fenômenos físicos, químicos e biológicos observáveis na natureza; com Língua Portuguesa, ao contemplar a leitura, a produção e a interpretação de diferentes gêneros textuais (narrativos, descritivos, notícias, poemas, letras de música, charges, anúncios publicitários, histórias em quadrinhos); com Arte, ao promover a apreciação de obras de arte e também valorizar a expressão artística. O desenvolvimento de atividades integradas é indispensável para ampliar os conhecimentos dos alunos e torná-los cientes do modo como os saberes científicos constituem um todo. A prática interdisciplinar é, portanto, uma abordagem que facilita o exercício da transversalidade, constituindo-se em caminhos facilitadores da integração do processo formativo dos estudantes, pois ainda permite a sua participação na escolha dos temas prioritários. Desse ponto de vista, a interdisciplinaridade e o exercício da transversalidade ou do trabalho pedagógico centrado em eixos temáticos, organizados em redes de conhecimento, contribuem para que a escola dê conta de tornar os seus sujeitos conscientes de seus direitos e deveres [...]. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC; SEB; Dicei, 2013. p. 29.
Além disso, os conteúdos propostos nesta coleção possibilitam a transversalidade com a exploração de temas voltados para a formação cidadã. Assim, é possível encontrar entre os conteúdos temas como ética (ao proporcionar um aprendizado que privilegia o respeito mútuo, a justiça, o diálogo e a solidariedade), pluralidade cultural (ao valorizar as diferenças étnicas, os costumes e os valores distintos que estão presentes na sociedade), saúde (ao estudar a qualidade de vida da população e as doenças) e meio ambiente (ao analisar a degradação ambiental). Todos esses temas transversais apresentam interface com a Geografia e contribuem para a construção do conhecimento e para a formação cidadã. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais: A transversalidade é entendida como uma forma de organizar o trabalho didático-pedagógico em que temas, eixos temáticos são integrados às disciplinas, às áreas ditas convencionais de forma a estarem presentes em todas elas. [...] A transversalidade orienta para a necessidade de se instituir, na prática educativa, uma analogia entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da realidade). BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC; SEB; Dicei, 2013. p. 29.
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A avaliação A avaliação é um precioso meio pelo qual o professor pode acompanhar as manifestações de aprendizagem dos alunos e examinar a validade da própria prática pedagógica. Ela deve estar, de acordo com Hadji (2001), a serviço da aprendizagem. Desse modo, é importante que se baseie em critérios claros, em objetivos bem definidos, buscando a formação dos alunos e não uma mera classificação. Para tanto, a prática avaliativa deve respeitar as diferentes formas de expressão que um grupo heterogêneo de alunos apresenta, de modo que o professor possa se valer de vários instrumentos de avaliação. Entre eles estão a observação e o registro da participação de cada aluno e a aplicação de diferentes atividades que envolvam expressão oral, escrita, pictórica, gráfica, numérica, artística e corporal, a fim de obter informações que melhor discriminem o nível de aprendizagem dos alunos. O instrumento deve ser escolhido com cuidado, para que cumpra adequadamente o papel de fornecer informações ao professor. Essas informações são valiosas, pois devem direcionar o professor em seus próximos passos, seja na direção da continuidade das unidades de estudo, seja na retomada de algum aspecto do processo, analisando a validade da estratégia de ensino, da abordagem dada ao conteúdo ou, até mesmo, do instrumento de avaliação utilizado. Para avaliar constantemente o desempenho dos alunos, sugere-se ao professor utilizar os questionamentos propostos nas páginas de conteúdo, as atividades, que envolvem várias habilidades, e também os diversos trabalhos propostos neste caderno. No entanto, é importante destacar novamente que cabe ao professor ter bem claros os objetivos e os critérios da avaliação e investigar o raciocínio utilizado pelos alunos em suas produções.
De professor para professor: sugestões para o processo avaliativo A seguir, apresentamos alguns procedimentos metodológicos que, além de permitir o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa no contexto das aulas de Geografia, também podem ser utilizados como instrumentos avaliativos. Eles podem ser aplicados quando forem pertinentes a determinados temas, de acordo com a disponibilidade de tempo do professor e com os recursos que a escola oferece. Alguns momentos oportunos para o desenvolvimento dessas atividades estão indicados na seção “Orientações e propostas para o trabalho de cada capítulo”. O professor poderá trabalhar com os alunos a escolha das atividades, o preparo e o preestabelecimento de algumas regras (como a disciplina, ao efetuar a atividade, e a responsabilidade na produção e no uso de materiais). Assim, os alunos tornam-se mais atuantes, desenvolvendo várias habilidades e obtendo bom aproveitamento. Pode-se também trabalhar de maneira integrada, visando à interdisciplinaridade, e promover a formação cidadã, por meio da transversalidade, assim como avaliar o conhecimento dos alunos. Deve-se sugerir à classe a formação de equipes com tamanho reduzido, pois ao formar duplas, ou mesmo trios, eles têm mais chances de participação. Veja as orientações e dicas apresentadas a seguir. 240
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Orientações ao professor
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Tempestade de ideias (brainstorming)
A “Tempestade de ideias” é uma estratégia que pode ser utilizada para a introdução do estudo das unidades. Os questionamentos propostos nas páginas iniciais de cada unidade e de cada capítulo desta obra podem auxiliar o professor a desenvolver essa atividade. Assim, deve-se instigar os alunos a expressar oralmente seus conhecimentos sobre o assunto a ser tratado e suas experiências. Todas as ideias devem ser anotadas no quadro de giz, em uma folha ou em um cartaz, pelo professor ou por um aluno. As anotações tornam-se o ponto de partida para o trabalho com o conhecimento científico. É importante que o professor leve em consideração todas as ideias citadas, pois, inicialmente, todas são válidas. Convém estimular os alunos a dar opiniões, até mesmo sobre as ideias dos outros. É aconselhável sugerir a participação de todos em rodadas, a fim de que sempre tenham chance de contribuir. Ao final das rodadas de ideias, é importante ler as anotações e verificar se os alunos querem fazer alguma pergunta. Em seguida, as contribuições dos alunos podem ser analisadas, sem que haja crítica negativa. Esse trabalho propicia uma diagnose dos conhecimentos dos educandos. Ao utilizar esse recurso, é necessário incentivar os alunos a assumir ideias e posições perante o grupo; adquirir conhecimentos ou corrigir possíveis distorções; respeitar as ideias de outras pessoas e desenvolver, assim, o hábito da participação. 2
Construção de atlas
É importante combater a ideia de que mapa é algo complicado, pois ele pode facilitar muitas atividades desenvolvidas pelos alunos, desde que seja trabalhado de forma integrada e inserido constantemente no cotidiano. Atividades cartográficas podem ser desenvolvidas no decorrer de todo o ano letivo, culminando na elaboração de um atlas. Sugere-se começar com a produção de um mapa do corpo humano, trabalhando as noções de “frente” e “atrás”, “direita” e “esquerda”. Depois, é interessante produzir maquetes da sala de aula e, em seguida, sua planta, a fim de que os alunos tenham a visão tridimensional (maquete) e bidimensional (planta) do local onde estudam. É possível trabalhar com a escala concretamente, utilizando a técnica do barbante, ou seja, usando-o para medir os lados da sala que será representada. Em seguida, dobra-se o barbante até que ele caiba no papel que será utilizado para fazer a representação e conta-se o número de vezes que o barbante foi dobrado. Esse número refere-se à escala, ou seja, o número de vezes que a medida real foi proporcionalmente diminuída. Conforme o assunto estudado, pode-se escolher determinado tipo de mapa, relacionado ao tema, para ser confeccionado. A elaboração de alguns mapas poderá obedecer às etapas apresentadas a seguir: a) cortar um papel transparente (papel vegetal, por exemplo) em tamanho maior que o das dimensões do mapa a ser reproduzido; b) traçar as margens no papel, distantes 1 ou 2 cm das bordas laterais; c) centralizar o papel sobre o mapa e reproduzi-lo. 241
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Deve-se auxiliar os alunos na pintura do mapa, de acordo com as convenções cartográficas, lembrando-os de colocar os componentes da representação (título, escala, rosa dos ventos, fonte, orientação, legenda e data da elaboração). Os mapas produzidos podem ser arquivados em uma pasta e utilizados sempre que necessário. As atividades sugeridas para a elaboração de mapas são de autoria das professoras Rosangela Doin de Almeida e Elza Y. Passini e estão mais bem desenvolvidas no livro O espaço geográfico: ensino e representação (15. ed. São Paulo: Contexto, 2006). 3
Dramatização
A dramatização pode ser utilizada nas mais diferentes situações, constituindo um excelente recurso didático que, além de estimular a participação e o convívio social, contribui para o desenvolvimento cultural, linguístico e da expressão corporal. O trabalho de dramatização pode seguir estas etapas: a) formação dos grupos, escolha do tema e pesquisa; b) definição do objetivo a ser alcançado pelo trabalho e composição do roteiro pelos grupos (escolha da peça e produção de textos, falas, diálogos etc.); c) definição do papel de cada personagem e dos horários de ensaio; d) montagem do cenário, incluindo som e luz, e definição de figurinos e maquiagem; e) apresentação; f ) avaliação final das etapas do objetivo traçado e do trabalho realizado (com a participação de todos os alunos). Esse tipo de atividade pode estimular ainda mais a criatividade dos alunos, pois, para realizá-la, é preciso desenvolver várias habilidades. A dramatização pode se tornar um trabalho mais valoroso quando o tema escolhido puder envolver toda a escola. Para isso, podem ser desenvolvidas campanhas ou festivais de teatro. O livro A aventura do teatro, de Maria Clara Machado (12. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011), apresenta várias ideias sobre o trabalho com dramatização.
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Feiras e exposições
As feiras e exposições são ótimas oportunidades para desenvolver a participação em grupo, promovendo a integração, a cooperação e a criatividade entre os alunos. Alguns temas gerais podem ser indicados (tecnologia, meio ambiente, feira das nações, cultura etc.), como forma de promover a prática interdisciplinar. Essas atividades consistem em trabalhos de pesquisa e na apresentação dessa pesquisa pelos alunos, com explicações sobre o tema pesquisado, a metodologia utilizada e as conclusões do grupo. As feiras devem ser organizadas com alguns meses de antecedência — tempo suficiente para que os alunos realizem as pesquisas necessárias e apresentem satisfatoriamente os resultados. A apresentação dos trabalhos pode ser aberta à comunidade, mostrando, dessa forma, a importância das atividades desenvolvidas na escola, além de proporcionar a integração escola-comunidade. As feiras e as exposições estimulam a pesquisa sobre novos temas ou sobre alguma curiosidade que os alunos tenham. É importante que o professor se envolva com o trabalho, sugerindo bibliografia e propondo autoavaliações. 242
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Pesquisa
É importante despertar nos alunos o interesse pela pesquisa. Para isso, o professor deve propor bibliografia e auxiliá-los no trabalho de pesquisa, além de orientá-los na produção dos textos e da síntese dos materiais pesquisados. O professor deve orientá-los ainda a citar textos com as devidas referências. Dessa forma, os alunos valorizarão tanto a produção textual como sua autoria. Para esse trabalho é preciso incentivar: a organização da pesquisa, para a qual os alunos podem preparar um cronograma; a anotação das informações obtidas; um plano de pesquisa com os passos a serem seguidos; a síntese e a apresentação dos resultados. As pesquisas podem ser feitas em livros, revistas, enciclopédias, na internet ou por meio de entrevistas. Os temas podem ser direcionados pelo professor ou escolhidos pelos alunos (de acordo com o conteúdo trabalhado). Essas dicas podem ser encontradas no livro Pesquisar e aprender, de Ruth Rocha (São Paulo: Scipione, 1998). 6
Estudo do meio
O estudo do meio é uma metodologia muito importante para relacionar a teoria (apresentada em sala de aula) à realidade, além de desenvolver a observação crítica e o espírito científico de investigação, entre muitos outros procedimentos necessários para o estudo da Geografia. Para que atinja bons resultados, é necessário que o estudo do meio seja bem planejado. Portanto, o professor deve tomar determinadas providências para realizá-lo, seguindo passos importantes, como: a) escolher o local de estudo (bairro, indústria, mata, propriedade rural, usina etc.) e agendar a visita com a pessoa responsável por ele; b) conhecer o local escolhido antes de levar os alunos e traçar o roteiro da visita, certificando-se de que não haverá riscos; c) enviar um bilhete aos pais ou responsáveis, informando-lhes o local e horário de saída, o endereço a ser visitado e o horário de retorno, e também um pedido de autorização, por escrito, para retirar os alunos da escola (os alunos que não forem autorizados a participar da visita deverão permanecer na escola, desenvolvendo alguma atividade sob a responsabilidade de outro profissional); d) discutir previamente (em sala) o assunto que será visto em campo, o roteiro, o cronograma (tempo da atividade, horário para lanche etc.) e o retorno, assim como definir regras de disciplina a serem cumpridas durante o trabalho; e) solicitar à direção da escola uma ou duas pessoas para auxiliá-lo. De preferência, o trabalho de campo deve ser realizado com uma turma de cada vez. Pode-se, ainda, convidar professores de outras áreas para uma prática interdisciplinar, além dos pais ou responsáveis pelos alunos que queiram acompanhá-los. A avaliação do estudo do meio pode ser feita com uma ficha autoavaliativa (item 17), uma conversa informal, um relatório, um croqui (desenho) ou com a produção de mapas, plantas e maquetes do local visitado, de acordo com o que for mais adequado. Sobre a perspectiva teórica de realização de estudos do meio na escola, é interessante para o professor ler o artigo intitulado “O conceito de estudo do meio transforma-se... em tempos diferentes, em escolas diferentes, com professores diferentes”, escrito pela professora Nídia Nacib Pontuschka, publicado no livro organizado por José William Vesentini, O ensino de Geografia no século XXI (Campinas: Papirus, 2004. p. 249-288). 243
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Produção de textos
A produção de textos é uma importante alternativa de trabalho a ser desenvolvida em sala de aula. Os textos podem ser ilustrados pelos alunos, o que constitui um recurso motivador, ao mesmo tempo que dinamiza as atividades e propicia o trabalho interdisciplinar entre Geografia, Português e Arte. A produção de textos pode ser aplicada de várias maneiras. A seguir, algumas sugestões: ••elaboração de histórias em quadrinhos, nas quais os alunos podem, individualmente ou em grupo, criar personagens, desenvolver enredos sobre determinado tema e ilustrar os assuntos estudados; ••elaboração de narrativas, reais ou fictícias, sobre temas sugeridos ou situações simuladas pelo professor; ••criação de poemas, notícias fictícias e anúncios publicitários, entre outros tipos de texto, associados ao conteúdo estudado; ••elaboração de texto com base em imagens. Os textos elaborados podem ser fotocopiados (ou mimeografados), a fim de ser utilizados na produção de um livro. Para integrar o livro, o professor pode escolher algumas produções de texto sugeridas nas páginas de atividades desta obra. 8
Construção de maquetes
A construção de maquetes é uma estratégia que permite desenvolver noções espaciais e cartográficas, além de proporcionar o convívio social e a participação dos alunos em atividades práticas. Podem ser construídas maquetes da escola, do bairro, de bacias hidrográficas e do relevo. Para isso, podem ser utilizados materiais como isopor, papelão, massa de modelar, massa de vidraceiro e papel machê. Um trabalho interessante sobre maquetes do relevo brasileiro está no artigo “Do plano ao tridimensional: a maquete como recurso didático”, publicado no Boletim Paulista de Geografia, n. 70 (São Paulo: AGB, 1992. p. 5-21), de autoria de Maria Elena Simielli e outros. Vale a pena, também, conhecer o trabalho relatado pela professora Rosely S. Archela no artigo “Construindo representações de relevo: metodologia de ensino”, que faz parte do livro organizado por Márcia S. Carvalho, Para quem ensina Geografia (Londrina: UEL, 1998. p. 65-79). 9
Expressão oral
A produção de textos orais é uma atividade que propicia a desinibição dos alunos, promovendo maior desenvoltura na socialização dos conhecimentos adquiridos. A seguir, há algumas sugestões para o desenvolvimento dessa atividade. ••Os alunos podem ler um texto e, logo em seguida, explicá-lo. ••Após assistir a um filme ou a um documentário, os alunos podem expressar oralmente o que entenderam a respeito dele. ••Depois de assistir a uma palestra, os alunos podem expor o que compreenderam. Há mais informações sobre o assunto no livro de Luiz M. de Sousa e Sérgio W. de Carvalho, Compreensão e produção de textos (Petrópolis: Vozes, 1999), e no artigo “A prática de produção de textos”, de João W. Geraldi, que faz parte do livro O texto na sala de aula (São Paulo: Ática, 2002. p. 64-73). 244
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Orientações ao professor
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Glossário
Outra alternativa de trabalho é a elaboração de um glossário. No decorrer do ano letivo, devem ser selecionadas as palavras-chave de cada capítulo (como solicitado em algumas questões de compreensão das páginas de atividades). A montagem do glossário pode ser individual ou em grupo. Nele devem constar os significados dos principais termos estudados durante o ano (é interessante ilustrá-lo). Esse material pode ser utilizado pelos alunos como consulta. Além do glossário, é possível elaborar uma enciclopédia, abordando temas (sociais, econômicos, ambientais, entre outros) trabalhados em sala de aula.
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Jogos e outras atividades
A realização de jogos e brincadeiras também desperta interesse e motivação nos alunos, além de permitir o desenvolvimento da criatividade e da sociabilidade. Vários jogos tradicionais podem ser adaptados ao estudo geográfico, como o jogo da memória, o bingo, o dominó e o baralho. Algumas ideias interessantes podem ser consultadas no livro de Marina Marcondes Machado, O brinquedo-sucata e a criança: a importância do brincar — atividades e materiais (São Paulo: Loyola, 2001), e no de Nylse H. S. Cunha, Brincar, pensar e conhecer: brinquedos, jogos, atividades (São Paulo: Maltese, 1997).
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Música
A música pode ser trabalhada em Geografia de diversas maneiras e em muitos conteú dos. Em um primeiro momento, é necessário escolher a música e o tema, de preferência com a participação dos alunos. Para isso, deve-se estabelecer o objetivo e escolher as músicas que expressam claramente o conteúdo a ser trabalhado. Então, pode-se utilizar, com criatividade, a música como recurso auxiliar, por exemplo: ••em estudos regionais, destacando compositores locais e escolhendo músicas que expressam características do lugar; ••em pesquisa sobre a vida de compositores de diferentes gêneros musicais ou, ainda, sobre a origem de instrumentos musicais (a pesquisa sobre a origem de instrumentos pode conduzir, por exemplo, ao estudo de diferentes países, de sua cultura, localização etc.); ••em coleta ou produção de imagens que ilustram a música em questão. Também é possível desenvolver atividades em que os alunos componham paródias, letras e, se houver possibilidade, melodias de músicas. Outras dicas e informações mais aprofundadas sobre o trabalho com música em sala de aula podem ser conferidas no livro de Nicole Jeandot, Explorando o universo da música (São Paulo: Scipione, 1993). 245
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Jornal: notícias geográficas
O trabalho com leitura e produção de jornais e noticiários nas aulas de Geografia pode ser uma boa oportunidade de estímulo ao convívio social e ao exercício da cidadania. Para elaborar os jornais ou noticiários, pode-se escolher, com os alunos, o tema a ser abordado. A seguir, pode-se dividir a classe em grupos e atribuir a cada grupo uma tarefa. A apresentação das “notícias geográficas” pode ser feita de diferentes formas, conforme os recursos disponíveis: ••um telejornal, se possível com gravação em vídeo, envolvendo montagem do cenário e apresentação; ••folheto, periódico produzido com recortes, cadernos montados ou cartazes com textos dos alunos, que contenham as manchetes e fotos com legenda. Esse material pode ser regularmente distribuído para a turma ou para a escola, em fotocópias. Nele podem ser divulgadas notícias sobre o município, o estado ou sobre o mundo, tanto de teor informativo como científico (que expliquem algum fenômeno), como crítico, contendo opiniões. O professor pode se informar melhor sobre a produção de textos jornalísticos consultando o livro de Maria A. Faria, O jornal na sala de aula (São Paulo: Contexto, 1997), e o de Elisabeth Maggio e Fábio Sgroi, Vamos fazer um jornal? (São Paulo: Moderna, 1998).
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Fotografias
Além das imagens apresentadas nesta obra, podem-se utilizar frequentemente fotografias de outras fontes em trabalhos extras. Elas podem ilustrar os conteúdos possibilitando uma interpretação mais completa dos temas abordados. É possível iniciar o trabalho estimulando os alunos a recolher fotografias de diversas origens (jornais, revistas, postais ou próprias) referentes a determinado tema e utilizá-las como recurso para montar painéis e ilustrar mapas, ambos temáticos, entre outras atividades. Os cartões-postais também são boas alternativas para conhecer e estudar muitos lugares. Convém ao professor fazer a própria coleção didática. Interessantes ideias de trabalho com esse e outros recursos podem ser obtidas nas reportagens da revista Nova Escola “Um mundo de imagens para ler” (<http://revistaescola.abril.com.br/arte/ fundamentos/mundo-imagens-ler-426380.shtml>) e “Um retrato do bairro e da turma” (<http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/retrato-bairroturma-429611.shtml>).
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Filmes e documentários
Filmes e documentários, vistos em vídeo ou no cinema, enriquecem as aulas de Geografia. Eles podem ilustrar os conteúdos, provocar discussões e estimular análises, além de permitir aos alunos que expressem suas opiniões e sentimentos. Os filmes e documentários devem ser adequados à faixa etária à qual se destinam, e o professor deve vê-los previamente para destacar os pontos principais a serem analisados posteriormente pelos alunos. É importante estar atento ao tempo de duração do título escolhido. Filmes de longa duração podem cansar os alunos e avançar sobre o horário da aula de outro professor. Se houver necessidade de exibir um filme longo, combine antes com o professor da aula seguinte ou programe mais de uma aula para exibi-lo. O uso desse recurso pedagógico pode ir além dos limites do conteúdo, enriquecendo ainda mais o conhecimento dos alunos. Os filmes e documentários oferecem a oportunidade de os estudantes abordarem com mais segurança e interesse os diversos aspectos de uma questão. A revista Nova Escola traz informações de como trabalhar filmes e documentários e outros recursos tecnológicos em sala de aula (<http://revistaescola.abril.com.br/ formacao/formacao-continuada/cinema-escola-filmes-tecnologia-audiovisual-556044. shtml> e <http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/223_materiacapa_abre.shtml>). 16
Contatos
Contatar entidades, grupos ambientalistas, organizações não governamentais, escolas e órgãos públicos é uma oportunidade para que os alunos participem de campanhas ou conheçam diversos trabalhos realizados por outras pessoas. Corresponder-se com pessoas, entidades ou instituições pode resultar em uma nova forma de aprendizagem. As cartas ou e-mails devem conter as ideias e as assinaturas de todos os alunos. É possível obter os endereços das entidades em jornais, em revistas, na internet, entre outros meios. Os alunos podem enviar correspondências para esclarecer suas dúvidas, questionar ou sugerir algo à instituição contatada. De maneira geral, são bem recebidas e respondidas.
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Ficha autoavaliativa
A autoavaliação pode complementar alguns tipos de trabalho. Pode ser aplicada no final das atividades, na conclusão do estudo do conteúdo de uma unidade, em períodos bimestrais, semestrais ou sempre que for necessário. Essa prática valoriza a descoberta da aprendizagem pelos alunos e colabora para que se tornem indivíduos mais atentos e autocríticos. A autoavaliação deve proporcionar o questionamento dos alunos em relação aos próprios atos e uma conscientização de sua aprendizagem e de suas dificuldades, para que possam refletir sobre suas concepções e atitudes, além de reformular a conduta. Veja o modelo de uma ficha de autoavaliação que pode ser aplicada aos alunos. 247
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Ficha de autoavaliação Nome:
Turma:
1 Participo com interesse das atividades (ou das aulas)?
Sempre
Quase sempre
Às vezes
Nunca
2 Deixo meus colegas falarem e ouço com atenção o que dizem?
Sempre
Quase sempre
Às vezes
Nunca
3 Tiro todas as dúvidas que tenho sobre o assunto estudado?
Sempre
Quase sempre
Às vezes
Nunca
4 Questiono fatos ou atitudes com os quais não concordo, explicando o que penso?
Sempre
Quase sempre
Às vezes
Nunca
5 Aceito as opiniões e resoluções da maioria do grupo?
Sempre
Quase sempre
Às vezes
Nunca
Às vezes
Nunca
6 Mantenho os materiais que utilizo organizados?
Sempre
Quase sempre
7 Cumpro os prazos determinados pelo professor para a entrega dos trabalhos?
Sempre
Quase sempre
Às vezes
Nunca
Às vezes
Nunca
8 Auxilio meus colegas em suas dificuldades?
Sempre
Quase sempre
9 Faço silêncio durante as aulas para não tirar a atenção dos colegas?
Sempre 10 Respeito
Nunca
Quase sempre
Às vezes
Nunca
Às vezes
Nunca
Às vezes
Nunca
dos trabalhos em grupo?
Sempre 12 Faço
Às vezes
as regras, dentro e fora da sala de aula?
Sempre 11 Participo
Quase sempre
Quase sempre
as tarefas e os trabalhos de casa? Sempre
13 Estudo
Quase sempre
diariamente os conteúdos dados na sala de aula? Sempre
Quase sempre
Às vezes
Considero que o meu desempenho pode ser avaliado com o conceito:
Nunca .
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Tecnologia na educação Com as novas tecnologias cada vez mais presentes no cotidiano de nossas crianças e adolescentes, as políticas educacionais no país caminham no sentido de promover a incorporação das tecnologias digitais no trabalho escolar. Como diversos estudos realizados ao longo das últimas décadas já comprovam, um novo tipo de inteligência e uma cultura digital estão se desenvolvendo nas novas gerações de crianças e adolescentes que crescem interagindo com as tecnologias digitais (SEABRA, 2010). Nesse sentido, o ambiente escolar deve se transformar em um campo fértil para aproveitar o potencial que essas tecnologias oferecem ao desenvolvimento de práticas pedagógicas que possam contribuir de maneira significativa para a melhoria e o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem. Além disso, a disseminação dessas tecnologias amplia as possibilidades de acesso aos recursos da mídia digital como instrumentos de estudo, pesquisa e elaboração de conhecimentos/conteúdos dos diferentes campos disciplinares que integram o currículo escolar. O texto a seguir discorre sobre a incorporação das novas tecnologias no dia a dia das escolas. Tecnologia ao alcance de todos Há uma década, computador em escola brasileira era, quando muito, privilégio de elite. Seu uso praticamente se restringia a processar textos e a internet era novidade absoluta. Hoje, esses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções. [...] Fazer parte dos novos tempos não depende apenas de equipamentos modernos. A interação que eles permitem pede uma revisão dos métodos tradicionais de ensino. Quanto mais se mantiverem os hábitos que relegam o aluno a um papel meramente receptor, menos diferença a tecnologia fará no aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficam durante a maior parte do tempo confinados a salas que só abrem para aulas de informática, sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito da alfabetização. Em geral, crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidades oferecidas pelo mundo digital, ainda que – claro – com propósitos recreativos. [...] Alguns professores ficam constrangidos diante dessa desenvoltura, mas não há razão para isso. “O que o estudante quer é ser orientado e ouvido, e não provar que entende mais de computador”, diz Léa Fagundes, do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O papel do professor, portanto, é dar sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento com base em um labirinto de possibilidades. “O computador trouxe novas situações de aprendizagem que o professor deve gerenciar”, diz Silvia Fichmann, da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo. É possível, por exemplo, estimular o raciocínio lógico com jogos virtuais. Ou criar páginas na internet para a garotada publicar seus textos. 249
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Estágios de complexidade a partir de experiências de inclusão digital nas escolas •• Estágio inicial: alunos e professores exploram aos poucos os recursos das máquinas por meio de jogos e produção de textos e desenhos, além de pesquisas em sites de busca. •• Estágio intermediário: usam-se ferramentas da internet para fazer programas de rádio ou comunicar-se por escrito com outras escolas. •• Estágio avançado: a turma constrói produtos com a ajuda de instrumentos como o kit para robótica ou o software para CDs multimídia.
Dicas sobre tecnologia para os professores ••Conheça a cultura televisivo-digital de seus alunos: o que eles gostam de ver na TV e usar na internet, como jogos e comunidades. ••Faça um debate com os que já utilizam canais de comunicação (redes sociais, por exemplo): discuta as palavras que eles usam para se comunicar e compare com a linguagem culta. ••Promova dias ou momentos de jogos coletivos na internet. Utilize os que provocam interação, envolvem conhecimentos gerais e específicos de disciplinas da escola (Matemática, História) e estimulam estratégias, desafios e o raciocínio lógico. ••Crie uma comunidade da escola, com a participação dos estudantes e autorização da direção. O debate em torno da criação da comunidade pode enriquecer o aprendizado. Lembre que essa iniciativa envolve riscos e responsabilidades, pois trata-se de um espaço livre, onde qualquer um pode entrar e escrever o que quiser. Deixe claro que, assim como na vida real, na virtual também podemos ofender, caluniar ou injuriar alguém. ••Estimule a troca de opiniões por meio de outras ferramentas, como os blogs. Adaptado de MENEZES, Débora. Tecnologia ao alcance de todos. Nova Escola, São Paulo: Fundação Victor Civita, ano 21, n. 195, set. 2006. p. 31-37.
Passo a passo: como o professor pode inserir a tecnologia em seu trabalho 1. Preparação: mantenha-se informado, converse com os colegas e os gestores que já tiveram experiências no uso da tecnologia. 2. Planejamento: estabeleça quais os conteúdos a serem trabalhados e só depois avalie quais recursos tecnológicos podem colaborar com o aprendizado deles. A tecnologia deve servir ao ensino e não o contrário. 3. Tempo: calcule o tempo necessário para executar, acompanhar e avaliar as atividades que você irá desenvolver. 4. Teste: antes de usar um equipamento ou um programa, teste-o o máximo que puder. 5. Limites: as regras de convivência são importantes em qualquer aula e também devem ser feitas para as que utilizam as TIC. Combine com os alunos quais programas e equipamentos podem ser usados. 6. Avaliação: os prazos foram cumpridos? Os objetivos foram alcançados? A tecnologia colaborou para a evolução do aprendizado da turma? Adaptado de SCACHETTI, Ana Ligia (Org.). Como o professor pode usar a internet a seu favor. Nova Escola, São Paulo: Fundação Victor Civita, edição especial n. 42, jul. 2012. p. 32-33.
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Atualização profissional É necessário que o docente esteja sempre atualizado. Para isso, é importante participar de congressos, encontros e cursos de capacitação (alguns oferecidos por universidades e secretarias estaduais de ensino), em que trabalhos e pesquisas são expostos, debates são promovidos e livros são divulgados, entre outras atividades científica e culturalmente enriquecedoras. A seguir, há alguns endereços úteis para obter informações sobre eventos relacionados à Geografia. •• Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) Diretoria Executiva Nacional (DEN) Avenida Professor Lineu Prestes, 338 Cidade Universitária – Edifício de Geografia e História Caixa Postal 72028 CEP 05508-970 – São Paulo – SP – Tel. (11) 3091-3758 Internet: <www.agb.org.br>. A AGB representa os interesses de geógrafos, estudantes e professores ao divulgar as produções geográficas nacionais e promover eventos (encontros, seminários e congressos, entre outros). Conheça alguns eventos que ocorrem periodicamente com o apoio da AGB: ••Encontro Nacional de Geógrafos (a cada dois anos). ••“Fala, Professor” – Encontro Nacional de Ensino de Geografia (a cada quatro anos). ••Encontro Nacional de Prática de Ensino de Geografia – Associação Nacional de Prática de Ensino de Geografia (bienal). ••Simpósio Nacional de Geografia Urbana (bienal). ••Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada (bienal). ••Concurso Cartografia para Crianças – Sociedade Brasileira de Cartografia (anual). Existem representantes da AGB em várias localidades do país. Por intermédio da Executiva Nacional, o professor pode saber qual é a seção mais próxima de sua residência e ter acesso a outras informações sobre a entidade. A taxa de anuidade para os associados é diferente em cada seção.
•• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Endereços no próprio site. Internet: <www.ibge.gov.br>. É possível obter informações estatísticas oficiais sobre os recursos naturais, a população e a economia do Brasil consultando as diversas publicações do IBGE, como o Anuário Estatístico, o site etc. 251
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•• Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) Rua Maria Antônia, 294, 4o andar – Vila Buarque CEP 01222-010 – São Paulo – SP – Tel. (11) 3355-2130 Internet: <www.sbpcnet.org.br>. Essa sociedade existe desde 1948, não tem fins lucrativos e seu objetivo é promover o desenvolvimento científico e tecnológico no país. Tem sede nacional em São Paulo e secretarias regionais espalhadas pelo Brasil. Além de promover numerosos eventos culturais e científicos, como encontros, simpósios, conferências, mesas-redondas e cursos, a SBPC é responsável pela produção das publicações Ciência Hoje, Ciência Hoje das Crianças, Jornal da Ciência e Ciência Hoje na Escola. O site da SBPC fornece informações sobre cursos de pós-graduação em diversas universidades brasileiras.
•• Ministério da Educação (MEC) Secretaria de Educação Básica Esplanada dos Ministérios – Bloco L – Sala 500 CEP 70047-900 – Brasília – DF Internet: <www.mec.gov.br>. Esse órgão governamental fornece informações oficiais a respeito da educação no Brasil. Na internet, por exemplo, o MEC comunica o que há de mais recente sobre política educacional, ensino e pesquisa, entre outros assuntos.
•• Diretrizes Curriculares Nacionais <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman &task=doc_download&gid=13448&Itemid>. •• Plano Nacional de Educação <http://pne.mec.gov.br/>. •• TV Escola <http://tvescola.mec.gov.br/tve/home>. •• Acervos do PNBE (Programa Nacional Biblioteca Escolar) <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content &view=article&id=13698&Itemid=986>. •• Portal do Professor (MEC) <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html>. •• Salto para o Futuro <http://tvescola.mec.gov.br/tve/salto>. 252
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Conhecendo a coleção A seguir, entenda como a coleção está organizada no que se refere aos conteúdos de cada volume e à estrutura interna das unidades.
Conteúdo dos volumes Esta coleção é composta de quatro volumes que se destinam ao ensino de Geografia para os anos finais do Ensino Fundamental. Cada volume apresenta conteúdos indispensáveis ao estudo da ciência geográfica e, de acordo com os anos, estão organizados da maneira apresentada a seguir.
6o ano Apresenta conteúdos e conceitos básicos da Geografia, destacando a relação sociedade-natureza na construção e transformação do espaço geográfico. Os temas gerais são estudados, na maioria das vezes, por meio do estabelecimento de relações com a realidade brasileira.
7o ano Aborda basicamente o estudo do Brasil e está organizado em duas partes principais: primeiro, é analisada a organização do espaço brasileiro com base em temas gerais; em seguida, são apresentadas a diversidade natural e as diferentes realidades socioeconômicas das cinco grandes regiões do país.
8o ano A primeira parte apresenta temas gerais referentes ao espaço mundial — como a dinâmica e a interdependência dos elementos naturais na criação e na recriação das paisagens terrestres — e à organização e à regionalização do espaço geográfico contemporâneo. A segunda parte estuda as principais características do mundo subdesenvolvido.
9o ano O volume é organizado em duas partes: a primeira aborda temas geográficos atuais, como a influência cada vez maior da tecnologia e da ciência na organização do espaço geográfico mundial, o consumo, a problemática ecológica global e o aprofundamento das desigualdades entre países ricos e pobres; a segunda parte refere-se, especificamente, ao estudo do mundo desenvolvido. 253
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A
B
unidade I
As tecnologias e a ciência na atualidade Estrutura das unidades
C
Páginas de abertura
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Conheça mais detalhadamente a estrutura interna das unidades, a fim de aproveitar integralmente os recursos apresentados e melhor aplicar a metodologia de trabalho proposta.
Vladimir Pcholkin/Getty Images
Fotomontagem com a composição da fotografia 3dsguru/Thinkstock/Getty Images
Philippe Merle/AFP/Getty Images
Na abertura das unidades, procura-se sensibilizar os alunos e incentivá-los a estudar o tema em questão. Essas páginas oferecem recursos motivadores, como textos ou imagens e questões problematizadoras.
Nos últimos séculos, a humanidade presenciou um grande desenvolvimento das téc2 campos do conhecimento. nicas produtivas, decorrente de descobertas em diversos Disso, resultou um grande número de invenções (máquinas, instrumentos, novos tipos de alimentos, de bens de consumo etc.). A aplicação do conhecimento científico na produção de bens materiais e no desenvolvimento de novos métodos de trabalho dá origem ao que chamamos tecnologia. 1 Nesse processo, os conhecimentos obtidos em áreas como Física, Química, Biologia e Matemática passaram a ser aplicados cada vez mais no desenvolvimento de diversas tecnologias. Por sua vez, essas tecnologias foram utilizadas em diferentes setores de atividades, interferindo diretamente no cotidiano das pessoas. Nas imagens acima, observa-se como máquinas e aparelhos criados com o auxílio de conhecimentos desenvolvidos nas diversas áreas da ciência estão presentes nas mais variadas situações do dia a dia (caixa eletrônico, foto A; telefone celular e computador portátil, foto B; aparelho de ressonância magnética, foto C).escolhidas para essas páginas imagens 1 que atraem a atenção dos alunos e que devem Foram ser bastante exploradas. Além disso, as páginas de abertura apresentam questionamentos 2 com base no texto e/ou nas imagens utilizadas com o objetivo de verificar o conhecimento prévio dos alunos a respeito Exemplos importantes dasdorelações entre ciênciaa observar e tecnologia e de suas implicações na questionamentos tema e incentivá-los a realidade em que vivem. Esses vida das pessoas são os avanços na medicina, comoe permitem a criaçãoaodeprofessor novos medicamentos, estimulam as discussões identificar o conhecimento dos alunos em relação ao conteúdo a ser estudado. vacinas, aparelhos de diagnóstico e de novas formas de tratamento, que levaram à cura e
Ciência e tecnologia no cotidiano
à prevenção de diversas doenças, aumentando a expectativa de vida da população mundial. Outro exemplo importante encontra-se nos avanços dos meios de transporte e comuPáginas de conteúdo nicação, que resultaram na criação de imensa quantidade de máquinas e aparelhos, como páginas de foramIsso elaboradas o trem, o automóvel, o avião, o rádio, o telefone,As a televisão e oconteúdo computador. possibi- com o propósito de tornar as aulas mais dinâmicas; por isso, apresentam textos concisos, que litou a troca cada vez mais intensa de mercadorias e de informações entre as nações. abordam os pontos essenciais de cada assunto; imagens em destatrans Vale dizer que nunca na história da humanidade ocorreram tantas e tão rápidas transque, tornando a leitura mais interessante; formações no modo de vida das pessoas, sobretudo daquelas que vivem em paísesboxes com textos teóricos 3 e complementares sobre o conteúdo proposto; questionamentos que capitalistas industrializados. propiciam discussões e interação entre professor e alunos. Atualmente, pessoas do mundo todo podem usufruir de imensa variedade de recursos tecnológicos. Imagine como era o dia a dia antes de serem inventados, por exemplo, a lâmpada elétrica, o telefoAs páginas de abertura de capítulo apresentam, em geral, ne, a geladeira ou a televisão. Com base em sua vivência, você acredita que existem pessoas que questionamentos 3 que dão continuidade às discussões sobre o não dispõem desses recursos? Converse sobre isso com seus colegas. tema, motivando os alunos à participação e permitindo ao professor avaliar o conhecimento prévio deles e traçar as melhores estratégias para a exploração dos temas e o desenvolvimento das aulas.
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O acesso desigual à comunicação A rede de comunicações, assim como a rede de transportes, está distribuída de forma 4 de países desigual entre os países. Observe os gráficos a seguir, que comparam o acesso Os questionamentos 4 que desenvolvidos e subdesenvolvidos a importantes veículos de comunicação.
acompanham imagens (fotografias, ilustrações, mapas, Acesso aos principais veículos de comunicação no mundo esquemas etc.) permitem a dos procedimentos Número de usuários Número de telefone Número de exemplares aplicação de internet (por ‰ pessoas) fixos (por ‰ pessoas) * básicos para o estudo da Geografia de jornais (por ‰ pessoas) 500 800 (observação, 640 640 descrição, 731 422 interpretação, análise, analogia, síntese,400 interação e reflexão). 600 480 480 5 traz o significado O vocabulário 300 320 320 dos termos técnicos e científicos 400 263 200 274 citados no texto da página. 160
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160 100 00
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200 0
1. Observando os gráficos,
o que podemos concluir sobre o acesso da população mundial aos meios de comunicação? 2. Que diferenças podem existir entre uma população que tem acesso aos meios de comunicação e outra que não tem?
A ascensão da economia estadunidense Países desenvolvidos Países subdesenvolvidos A intensa acumulação de capital ocorrida na segunda metade do século X
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Fontes: ITU (União Internacional das Telecomunicações). Disponível em: <www.itu.int/>. Os boxes com informações teóricas ou Acesso em: 16 abr. 2015. monopólio: ocorre *Dan Smith. Atlas da situação6mundial. Sãoampliar Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007. p. 96-99. visam o complementares
conhecimento do aluno em relação ao assunto estudado. Eles foram elaborados pelos autores ou extraídos de fontes conceituadas (revistas, jornais, livros ou sites). Os diversos questionamentos 7 estão ligados aos temas voltados para a formação cidadã, ao conhecimento prévio e à realidade próxima dos alunos. Além de desenvolver atitudes por meio de perguntas que estimulam a emissão de opiniões, a troca de ideias e as tomadas de decisão, esses questionamentos permitem a prática dos procedimentos básicos no estudo da Geografia. Os comentários e sugestões ao professor 8 trazem dicas e orientações didático-pedagógicas que auxiliam no desenvolvimento das aulas e na exposição do conteúdo.
Orientações ao professor
res das maiores cidades do mundo, que movimentam bilhões de dólares todos os dias.
quando uma empresa domina e controla a oferta de um produto ou serviço no mercado
a emergência dos Estados Unidos como uma das maiores potências econôm No início do século XX, o país já abrigava grandes empresas que detin pólio de alguns setores estratégicos da economia, como o de petróleo (p família Rockefeller), o de aço (da família Morgan), o de automóveis (da fa o setor de ferrovias (pertencente à família Vanderbilt). O crescimento da economia estadunidense também foi favorecido por d tes acontecimentos históricos: a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) Guerra Mundial (1939-1945). Como esses conflitos ocorreram principalme rio da Europa, os países desse continente, que já eram industrializados e como potências econômicas, foram praticamente arrasados. Favorecidos geograficamente distantes da Europa, os Estados Unidos não sofreram os gastes e perdas resultantes desses conflitos. Ao final da Segunda Guerra, países como Inglaterra, França, Itália e Alema muito enfraquecidos e com as produções agrícola e industrial arruinadas. A produtos no mercado interno os fez recorrer às importações dos Estados rando o crescimento da economia estadunidense. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos passaram a destinar grande ajud reconstrução dos países europeus. A realização desses empréstimos con endividamento desses países, ampliando ainda mais sua dependência economia estadunidense.
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O dólar na economia mundial
7 de informações e capitais Os fluxos
Ao término da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos, na condição de dores internacionais, afirmaram sua hegemonia econômica. Essa posição, entret se evidenciado na Conferência de Bretton Woods, realizada em 1944 nos Esta Essa reunião teve por objetivo planejar a estabilização da economia mun damente abalada pela guerra. Naquela ocasião, o dólar estadunidense estava t que se tornou a moeda de referência no mercado internacional, ou seja, o va cadorias comercializadas entre os países passou a ser definido conforme a co moeda no mercado mundial.
A vegetação
A variedade climática da América desen proporciona a existência de formações v boa delas Sentar à frente da televisão e assistir a um filme ou a um noticiário; ler a revista da parte semana ou o se encontre intensamente cipaispaíses; formações jornal do dia e tomar conhecimento de fatos políticos e culturais ocorridos em outros con- vegetais originais da reg
8
Edson B. C.
sultar a conta bancária ou fazer compras pela internet. Essas são facilidades que as tecnologias de telecomunicação colocam à disposição da sociedade moderna. Mas será que hoje emVegetação dia todas as da América desenvolvid Relembrar os alunos pessoas no mundo têm acesso a esses recursos tecnológicos? Reflita sobre isso. A fibra óptica, material composto de um conjunto de fibras de vidro e de outros elementos, permite transmissões de dados em alta velocidade e a grandes distâncias.
da constituição OCEANO GLACIAL ÁRTICO de cada uma das vegetais Equipamentos com avançadas tecnologias de formações telecomunicação tornaram-se disrepresentadas no mapa. as multinacionais poníveis no decorrer das últimas quatro décadas, quando passaram Círculo Polar Ártico
a transformar essas tecnologias em bens de consumoPainel acessíveis àsbolsa empresas, às lugares do mundo e cotação do dóla com posição da de valores em diferentes 255 em relação ao iene (moeda japonesa), em Tóquio, 2014. instituições e à população em geral. CANADÁ 80 OCEANO O funcionamento de aparelhos e recursos, como as estações de rádio e televiPACÍFICO são, as centrais de telefonia e os satélites orbitais, permite que os fluxos de informação circulem rapidamente entre os países. Esses fluxos partem e 1_g17_sal_mp_9gev_manu_ger_p244a263.indd 255 6/13/15 12:09 PM
Páginas de atividades Nas páginas de atividades são propostos exercícios diversificados que permitem a interpretação e a aplicação dos conteúdos teóricos desenvolvidos nos capítulos, assim como atividades que estimulam a reflexão, o debate, o desenvolvimento de atitudes e a prática dos procedimentos de análises geográficas. Fotom fotog ontagem rafia 3dsgucom a com ru/Th inkstoposição da ck/Ge tty Im ages
11 9 10
As atividades iniciais permitem a revisão 9 dos conteúdos estudados no capítulo. As atividades de compreensão 10 procuram relacionar a teoria com a realidade dos alunos, simular situações que permitem a interpretação do assunto estudado e sugerir a troca de ideias, entre outros objetivos. As páginas de atividades também apresentam outras seções, com exercícios diversificados e criativos, que aprofundam o entendimento do conteúdo dos capítulos e provocam o desenvolvimento do raciocínio e de diferentes habilidades dos alunos. Entre elas, destaca-se a seção Trabalho com representações 11 , que privilegia exercícios de observação, construção e análise de mapas e gráficos. Essa variedade de exercícios permite desenvolver a capacidade de aprendizagem dos alunos, além de oferecer várias alternativas de avaliação aos professores.
Ícones Vivência e... Explora conteúdos relevantes para a formação cidadã, com destaque para temas ligados a meio ambiente, saúde, pluralidade cultural etc. Giro pela... Destaca a interação entre os conhecimentos da Geografia e os das demais áreas do conhecimento (História, Matemática, Língua Portuguesa, Arte, Ciências etc.) Apresenta sugestões de filmes ligados à temática de estudo. Apresenta sugestões de leituras que complementam ou enriquecem o assunto estudado. Apresenta sugestões de sites para complementar o assunto estudado. 256
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Orientações ao professor
O mundo em leitura As páginas que contêm a seção O mundo em leitura apresentam textos (literários, científicos e jornalísticos) extraídos de publicações diversas ou produzidos pelos autores, para que sejam explorados com diferentes exercícios.
Fotomontagem com a composição da fotografia 3dsguru/Thinkstock/Getty Images
Os assuntos escolhidos estão relacionados ao tema do capítulo, trazendo informações que ampliam o conhecimento do aluno. Os textos exploram temas ligados à ciência, à tecnologia, à ética, às relações entre a natureza e a sociedade e à pluralidade cultural.
O trabalho com textos procura estimular o prazer pela leitura e o interesse por atividades científicas, divulgando o trabalho dos cientistas e também sua importância para a sociedade. O símbolo utilizado na seção indica a relevância principal do tema, podendo ter um caráter mais voltado para o saber interdisciplinar e a relação entre as áreas disciplinares (História, Ciências, Língua Portuguesa, Arte, Matemática etc.) ou, ainda, para temas voltados à formação cidadã, com destaque para a valorização de temas como meio ambiente, cultura e saúde.
Agora é sua vez
Você vai entender, na prática, como as image grafia. Primeiramente, você vai elaborar mapas página anterior. Depois, vai interpretar esses m Para isso, siga os passos abaixo.
O que usar
Caderno de temas especiais M. Nakano
As propostas de trabalho apresentadas neste caderno envolvem procedimentos importantes para os estudos de Geografia, além de apresentar atividades motivadoras que podem ser realizadas dentro ou fora da sala de aula. Os textos e os roteiros de análise apresentados buscam detalhar temas abordados nos capítulos, oferecendo ao aluno diferentes possibilidades de ampliar seus conhecimentos.
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• quatro folhas de papel vegetal ou de pap de lápis de cor ou de giz de ce Os mapas •euma as caixa novas tecnologias: • um lápis preto; trabalhando com imagens de satélite • fita adesiva.
Você já sabe que as fotogr imagens de satélite constituem Como fazer fonte de informações para a elab Esses dois tipos de imagem sã sensoriamento remoto, técnica 1 Coloque a folha de papel vegetal ou dados da superfície terrestre p lhos, tais comoas câmeras fotog de papel-manteiga sobre sensores eletrônicos, instalado imagens A e B da página anterior. satélites artificiais. Cole as quatro extremidades da Os sensores eletrônicos do folha com fitaciais, adesiva, de forma por exemplo, são capazes d 257e calor – refletida p Sol – luz que fique bemdoesticada. extensas áreas da superfície, p lhos orbitam a Terra a mais de 7 altitude. Veja a ilustração ao lad 6/13/15 12:09 PM
O volume de 9o ano O volume de 9o ano abrange conteúdos ligados à dinâmica dos espaços da globalização e, particularmente, às regiões do planeta que fazem parte do chamado mundo desenvolvido. Esses conteúdos ampliam o domínio das categorias e conceitos próprios da ciência geográfica, os quais já foram introduzidos nos volumes de 6o, 7o e 8o anos. Os conteúdos desse volume estão organizados da seguinte maneira:
UN IDADE
I
OS ESPAÇOS DA GLOBALIZAÇÃO
UN IDADE
Aborda o desenvolvimento do capitalismo, a evolução tecnológica e a criação de espaços interligados pela globalização econômica. Destaca a dinâmica desses espaços, especialmente no que diz respeito aos fluxos internacionais de mercadorias, pessoas, informações e capitais.
II
CONSUMO, MEIO AMBIENTE E DESIGUALDADES NO ESPAÇO MUNDIAL
UN IDADE
Trata da importância do consumo e do consumismo para a atual sociedade capitalista. Apresenta as implicações do crescimento da sociedade de consumo para o meio ambiente terrestre e discute alternativas para a solução desses problemas. São destacadas as principais diferenças entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos e como estão inseridos no processo da globalização.
III
AMÉRICA DESENVOLVIDA
Apresenta as principais características físicas dos Estados Unidos e do Canadá. Trata dos aspectos históricos que levaram esses países a ocupar uma posição de destaque no cenário mundial da atualidade. Apresenta as características dos territórios norte-americano e canadense, seus aspectos econômicos e sociais. Mostra, ainda, como os Estados Unidos impõem sua hegemonia no espaço mundial, inclusive sobre o Canadá. 258
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Orientações ao professor
UN IDADE
IV
EUROPA DESENVOLVIDA E RÚSSIA
UN IDADE
Apresenta um estudo do quadro natural da região europeia que abriga os países mais ricos do continente. Destaca a diversidade cultural da população que habita a região e os problemas que ela enfrenta. Trata da organização do espaço geográfico europeu, observando a distribuição das atividades industriais e agrárias e a caracterização da rede urbana e de transportes, e evidencia as disparidades existentes na região. São apresentadas as principais características da União Europeia. Além disso, destacam-se os principais problemas e desafios enfrentados pela Rússia no que diz respeito à economia, à política e à população.
V
PAÍSES DESENVOLVIDOS DA BACIA DO PACÍFICO E REGIÕES POLARES
Apresenta um estudo dos aspectos físicos dos países desenvolvidos da Bacia do Pacífico (Japão, Austrália e Nova Zelândia). Analisa as atuais características desses países e desafios que enfrentam diante da globalização da economia. Apresenta um estudo integrado do quadro natural e do desenvolvimento de atividades econômicas e de pesquisas no Ártico e na Antártica, destacando as interferências no meio ambiente das regiões polares. Os conteúdos propostos no volume de 9o ano estão voltados para o conhecimento da realidade mundial. São apresentados em duas partes: a primeira (unidades I e II) aborda aspectos gerais dos espaços da globalização e discute a evolução tecnológica e a dinâmica dos fluxos no espaço mundial; a segunda (unidades III, IV e V) focaliza o mundo desenvolvido e apresenta o processo de formação histórica das regiões e as características atuais de cada uma. É importante destacar a sequência dos temas no volume de 9o ano. • Na unidade I, destaca-se como a evolução tecnológica, desencadeada pela Revolução Industrial e pelo capitalismo em nível planetário, permitiu a interligação quase que instantânea dos espaços na atual etapa da globalização. Trabalham-se os conceitos de técnica e tecnologia, capital, Revolução Industrial e revolução técnico-científica, globalização, redes, fluxos, multinacionais, entre outros. Analisa-se, também, o funcionamento da dinâmica dos fluxos de pessoas, capitais, mercadorias e informações, que dão origem às redes que conectam os diferentes espaços da globalização. • Na unidade II, propõe-se uma discussão a respeito do meio ambiente em nível global, baseando-se em discussões e conteúdos da unidade anterior, e destacam-se os limites sociais, econômicos e ambientais da atual sociedade capitalista de consumo. Aprofundam-se, ainda, os conceitos de consumo e consumismo, degradação ambiental, crescimento demográfico, superpopulação, desenvolvimento sustentável, entre outros. Ao final, verifica-se como a globalização tem aprofundado as diferenças entre países ricos e pobres, retomando o conceito de desenvolvimento e subdesenvolvimento, de maneira a introduzir as discussões a respeito do mundo desenvolvido, que serão tratadas nas unidades subsequentes. • Nas unidades III, IV, e V, aborda-se especificamente o estudo do desenvolvimento, apresentando uma análise pormenorizada da América desenvolvida, Europa desenvolvida e Rússia, países desenvolvidos da Bacia do Pacífico e regiões polares. 259
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Mapa de conteúdos
U N I D A DE
Unidade
I
U N I D A DE
OS ESPAÇOS DA GLOBALIZAÇÃO, 10
II
U N I D A DE
CONSUMO, MEIO AMBIENTE E DESIGUALDADE NO ESPAÇO MUNDIAL, 42
III
U N I D A DE
AMÉRICA DESENVOLVIDA, 66
IV
U N I D A DE
EUROPA DESENVOLVIDA E RÚSSIA, 112
V
PAÍSES DESENVOLVIDOS DA BACIA DO PACÍFICO E REGIÕES POLARES, 170
Capítulos
Temas, noções e conceitos
1. A tecnologia e a transformação do espaço, 12 2. A dinâmica dos espaços da globalização, 22 3. Os fluxos populacionais, 34
• Espaço geográfico; ciência, técnica e tecnologia; Revolução Industrial; capitalismo e classes sociais; multinacionais e comércio mundial; fluxos de mercadorias e pessoas; fluxos de informações e capitais; cidades globais; migrações internacionais; fluxos: trabalhadores/refugiados/ turísticos.
4. O capitalismo e a sociedade de consumo, 44 5. Meio ambiente e problemática ecológica, 56
• Consumo e consumismo; consumo e meio ambiente; degradação ambiental; fontes de energia e questão energética; Revolução Verde e fome; movimentos ambientalistas; consciência ecológica; desenvolvimento sustentável.
6. O quadro natural da América desenvolvida, 68 7. Estados Unidos: superpotência mundial, 78 8. O espaço geográfico estadunidense, 88 9. Canadá: sociedade multicultural e potência econômica, 102
• Clima e vegetação; relevo e hidrografia. • Estados Unidos: industrialização e economia; influência cultural; poderio militar; indústria, recursos minerais e energéticos; o espaço agrário; rede urbana e urbanização; problemas socioeconômicos e ambientais. • Canadá: população e composição étnica; qualidade de vida; atividade agrícola; indústria; recursos naturais.
10. O quadro natural da Europa, 114 11. População, política e cultura na Europa desenvolvida, 124 12. O espaço geográfico europeu, 134 13. A União Europeia, 148 14. A Rússia, 154
• Europa: clima e vegetação; relevo e hidrografia; poluição e despoluição as águas; povos e culturas; nacionalismos e separatismos; envelhecimento da população; imigração; racismo e xenofobia; indústria e recursos energéticos; urbanização; espaço agrário; transportes; União Europeia. • Rússia: espaço agrário; indústria; transportes; problemas ambientais; etnias e separatismos.
15. 16. 17. 18.
• Círculo do Fogo e Bacia do Pacífico; Oceania; • Japão: sociedade; território e recursos naturais; indústria e economia; agricultura e pesca; população. • Austrália e Nova Zelândia: mineração e pecuária; meio natural; turismo; sociedades multiculturais. • Regiões polares: Ártico e Antártica; povos e transformações do meio natural; laboratórios de pesquisa; meios frágeis; auroras polares.
A Bacia do Pacífico, 172 Japão: gigante do Oriente, 180 Austrália e Nova Zelândia, 190 As regiões polares, 198
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Orientações ao professor
Atividades
Destaques
••Análise de imagem e trabalho prático, 20 (fotografia) ••Análise de texto e pesquisa, 21 (história em quadrinhos) ••Análise de imagem e texto, 30 (figura e letra de música) ••Análise de texto e debate, 31 (texto jornalístico) ••Análise de texto, 40 (Declaração Universal dos Direitos Humanos) ••Análise de imagem e gráfico, 41 (fotografia e gráfico)
••Geografia no Cinema, 21 O mundo em leitura ••A internet em 60 segundos!, 32-33 ••Geografia na Biblioteca, 41
••Análise de gráfico, 52 ••Trabalho com representações, 53 (anamorfoses) ••Trabalho com representações, 63 (análise de infográfico)
O mundo em leitura ••A usina de Belo Monte, 54-55 ••Geografia na Rede, 62 O mundo em leitura ••Sustentabilidade ambiental, 64-65
••Análise de representação e de informações, 77 (texto, mapa e fotografia) ••Análise de imagens, 86 (fotografias) ••Pesquisa e análise de texto, 87 (letra de música) ••Análise de tabela, 98 ••Análise de mapas e pesquisa, 99 ••Análise de gráfico, 108 ••Trabalho com representações, 109 (mapa e tabela)
••Geografia no Cinema, 76 ••Geografia na Biblioteca, 87 O mundo em leitura ••Do automóvel à bicicleta: uma evolução?, 100-101 O mundo em leitura ••Os donos do gelo, 110-111
••Análise de texto e imagem, 122 (texto jornalístico e charge) ••Trabalho com representações, 123 (análise de mapas); 145 (análise de mapas) ••Análise de texto e reflexão, 132 (texto jornalístico) ••Análise de texto, 133 (texto jornalístico) ••Análise de imagens, 144 (fotografia e mapa); 153 (fotografia) ••Pesquisa, 133; 153; 166 ••Construção e análise de gráficos, 152
••Geografia na Rede, 145 O mundo em leitura ••Um Brasil europeu, 146-147 ••Geografia na Biblioteca, 167 O mundo em leitura ••Moscou subterrânea, 168-169
••Elaboração de esquema e reflexão, 176 ••Trabalho com representações, 177 (análise de mapa, texto e fotografia); 189 (análise de mapas) ••Análise de texto, 188 (texto jornalístico); 196 (texto jornalístico); 208 (texto jornalístico) ••Debate e relatório, 197
••Geografia na Biblioteca, 176 O mundo em leitura ••O Pinatubo, 178-179 ••Geografia no Cinema, 197
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O trabalho integrado – a Geografia e as demais disciplinas O quadro-síntese a seguir apresenta os momentos do volume de 9o ano que destacam a integração entre a Geografia e os conhecimentos das disciplinas: História, Ciências, Língua Portuguesa, Arte e Matemática.
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Orientações ao professor
A formação cidadã – a Geografia e a transversalidade O quadro-síntese a seguir apresenta os momentos do volume de 9o ano que destacam o desenvolvimento da formação cidadã, com temas como meio ambiente, saúde, cultura, ética, cidadania etc.
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Orientações ao professor
Orientações e propostas para o trabalho de cada capítulo
1. Por meio da concentração de enormes antenas parabólicas de comunicação. 2. Os meios de comunicação tornaram-se cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas (televisão, internet, telefonia móvel etc.). As orientações e propostas para o trabalho de cada capítulo são considerações 3. Pessoal.
sobre pontos importantes do conteúdo abordado neste volume. Nessa seção, são apresentadas sugestões para a exploração do livro didático, assim como atividades que podem auxiliar o educando na compreensão do conteúdo. Além disso, são recomendados, para enriquecimento do trabalho, textos complementares, livros e filmes Aque tecnologia ea podem ser utilizados em sala de aula. Em alguns casos, essas sugestões são endereçadas apenas ao educador. transformação do espaço É importante lembrar que as orientações para o desenvolvimento do conteúdo incluem sugestões deimportantes atividades auxiliares queestudados podem sernorealizadas no decorrer do ano letivo. Nesse capítulo, são retomados assuntos volume de recomenda-se leitura prévia dessas para ona planejamento pedagógico. 8o ano, entre os quais aAssim, evolução tecnológica aocorrida no século XVIIIorientações e sua influência Paraefacilitar o trabalho em aula e melhorar o aproveitamento deste material, transformação das paisagens na caracterização dasala atualdesociedade capitalista. Com conheça a seguir como está estruturada esta parte das Orientações ao professor. isso, será possível dar sequência ao estudo do mundo dividido em países desenvolvidos e subdesenvolvidos e dos processos que geraram essa divisão. No capítulo, também se destaca a promoção da intensificação das atividades econômicas, especialmente as dos Conheça manual setores de transporte e comunicação, porseu meio do desenvolvimento tecnológico. Espera-se que os alunos compreendam a importância dessas tecnologias para a consolidação Toda unidade tem início com as orientações e da globalização econômica. comentários para o trabalho com as páginas de CAPÍTU
LO
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abertura das Unidades 1 . Em seguida, apresenta os principais conteúdos a serem estudados e os Página 12 objetivos gerais a serem alcançados com esse estudo. O quadro Respostas e orientações 2 traz observações e comentários sobre os Respostas e orientações questionamentos propostos nesta página. Auxilie os alunos na comparação paisagens de diferentes épocas mostradas nas ilus3 paradas auxiliar Orientações e comentários otrações, trabalhonas do professor com os conteúdos os instrumentos e métodos de trabalho então utiliquais são representados apresentados destacam pontos zados. Assim,nososcapítulos educandos poderão observar exemplos das técnicas dominadas pela soimportantes das temáticas em estudo, como ciedade (ocidental) em diferentes épocas e a evolução pela qual passaram. Isso fará com sugestões de análise, propostas de que compreendam a relação entree o aprimoramento de técnicas, a exploração mais intenatividades práticas, questionamentos sa dos recursos naturais reflexões sobre o tema etc. e a construção do espaço geográfico mundial.
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Fotom fotograontagem c om fia 3d sguru a compo /Think si stock/Gção da etty Im
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4as diferenças entre técnica (conhecimento desenvolvido que tem apli• Estabeleça apli cação prática na produção de bens) e tecnologia (conhecimento científico aplicado 5 de trabalho). na produção de bens e no desenvolvimento de novos métodos Os quadros com Textos complementares 4 podem ser utilizados pelo professor para Texto complementar enriquecer ou ampliar o tema estudado. Trabalhe as mudanças que a evolução tecnológica gerou no modo de vida das Alguns textos são indicados com o intuito Painel-conteúdo ampliar o conhecimento do professor, pessoas. Utilize como exemplos relatos de outras épocas, como o do texto a de seguir, Proponha aos alunos uma atividade de síntese. Oriente-os a produzir um painel que trata de alguns aspectos do modo de vida na cidade de São Paulo, no inícioenquanto do outros são sugeridos para o trabalho em salaede aula.principais Os quadros caracteríscom que sejam as revoluções suas século XX. Após a leitura, faça com em os alunos umaapresentadas lista das principais diferençasindustriais que Atividades complementares 5 ticas, podem ser observadas no modo de vidacomo: no início do século XX (de acordo apresentam com o sugestões de atividades que podem ser promovidas pelo professor com o • data e local de início; texto) e nos dias atuais. intuito de ampliar o estudo do tema. Entre • mudanças provocadas nas paisagens; essas atividades estão sugestões de trabalho Os automóveis invadem a cidade de de campo, análise(principalmente de texto e imagens, gráficos • mudanças provocadas nas formas trabalho nas indústrias); e tabelas, pesquisas, trabalhos práticos etc. Naqueles tempos, a vida em São Paulo era tranquila. Poderia ser ainda mais,
Atividade complementar
• inovações tecnológicas; • efeitos sobre a sociedade (modo de vida, comportamento etc.). 267 atividade O painel pode ser elaborado com textos, desenhos ou fotografias. Essa pode ser utilizada como forma de avaliação do estudo do capítulo e estimula os alunos no desenvolvimento de habilidades como análise, comparação e síntese, 6/13/15 11:33 AM além de produção textual.
não fosse a invasão cada vez maior dos automóveis importados, circulando
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