MANUAL DO ROFESSOR ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
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Sumário A Coleção Integrada....................................................................... 179 Integração das disciplinas............................................................. 179 Por que fazer uma Coleção Integrada............................................. 180 Objetivos gerais da Coleção Integrada............................................. 182 Como ensinar............................................................................... 183 Recursos didáticos....................................................................... 184 Trabalhos de campo............................................................... 184 Experimentação..................................................................... 184 Biblioteca de classe............................................................... 185 Entrevista.............................................................................. 185 Acesso à internet................................................................... 186 Avaliação..................................................................................... 188 Autoavaliação........................................................................ 189
Estrutura da coleção – Livro do aluno........................................... 190 O que ensinar em uma Coleção Integrada.................................... 192 Conteúdos e objetivos de aprendizagem.......................................... 193
Quadro de conteúdos – 4o ano...................................................... 194 Quadro de conteúdos – 5o ano...................................................... 198 Bibliografia consultada e recomendada........................................ 202 Orientações para o desenvolvimento de conceitos e conteúdos – 5o ano..................................................................... 209 Planilhas de avaliação individual – 5o ano................................... 285 Planilha de autoavaliação – 5o ano............................................... 288
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A Coleção Integrada Integração das disciplinas A proposta de integração de conteúdos escolares, tema presente atualmente no cenário da educação brasileira, não é novidade e há muito vem sendo debatida e estudada. Apresentaremos a seguir um texto publicado sobre o tema, que comenta iniciativas que buscaram integrar as disciplinas.
A ciência do currículo O tema “integração dos conteúdos” está em pauta no cenário educacional do Brasil. Mas esta discussão não é de hoje: pelo menos desde a década de 1920 já se fala em estabelecer grandes áreas de estudo nos currículos escolares da educação básica, em substituição às disciplinas específicas. Uma destas experiências foi desenvolvida pelo Conselho Federal de Educação, que instituiu a Doutrina do Núcleo Comum, em 1971. Com isso, estabeleceu as matérias Comunicação e Expressão, que englobava o ensino de Língua Portuguesa e Língua Estrangeira; Estudos Sociais, dedicada à História, Geografia e Organização Social e Política do Brasil (OSPB); e Ciências, que abrangia Matemática e Ciências Físicas e Biológicas. [...] [...] a tentativa mais antiga, e talvez a mais combatida, de integração dos conteúdos se refere a das chamadas Ciências Humanas. Durante boa parte do século XX, educadores e políticos defenderam que História e Geografia deveriam ser ensinadas no interior de uma área de estudo denominada Estudos Sociais. Esta ideia surgiu no Brasil no final dos anos de 1920, no bojo do movimento norte-americano conhecido como Escola Nova. Esta influência promoveu as primeiras discussões entre os educadores brasileiros, preocupados em trazer
para o Brasil uma nova visão de educação, resultando em alterações nos métodos e programas das escolas. [...] Inseridos no currículo escolar, os Estudos Sociais surgiram como proposta governamental, com a publicação da Lei n o 4.024 de 1961, que embora não tenha alterado a estrutura de ensino em vigor, deu maior flexibilidade à organização curricular para o curso secundário. A legislação definia as disciplinas obrigatórias, mas cabia às escolas a organização do que seria propriamente ensinado. [...] [...] a obrigatoriedade e as bases do ensino de Estudos Sociais foram estabelecidas apenas durante o regime militar. A implantação dessa matéria no ensino de 1o grau na década de 1970 representou um desdobramento da legislação do Conselho Federal de Educação, em vigor desde os anos de 1960. A nova proposta de currículo promoveu, no meio dos professores de História, uma série de embates que colocavam em confronto a concepção de currículo como lugar de transmissão de conhecimentos científicos, e aquela decorrente da influência norte-americana, que se orientava por preocupações cujo foco era o ensino para a vida cotidiana. [...]. Além dessa resistência quanto à concepção de currículo, a proposta de integração entre os conteúdos das disciplinas chocava-se com a formação dos professores em disciplinas específicas e com o currículo dedicado às grandes áreas.
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A atual proposta enfrenta os mesmos problemas. [...] Entretanto, as discussões no campo da educação continuam buscando formas práticas pedagógicas e curriculares para aquilo que, na década de 1970, os Estudos Sociais pretenderam, ainda que no plano restrito da teoria: um ensino no qual o homem fosse o centro da ação e o sujeito do processo de ensino-aprendizagem. Nos dois casos, a pretensão é buscar relações entre os saberes, a fim
Para saber mais BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei no 9.394, promulgada em 20 de dezembro de 1996. Constituição Federal. Disponível em: <www.planalto. gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicao.htm>. Acesso em: jul. 2014. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
de compreender melhor o mundo, porém, sendo o aprendiz o agente dessas possíveis relações. Ao aluno, ontem e hoje, fica a tarefa de se perceber como um agente social que intervém na sociedade. Independente da estrutura curricular, áreas ou disciplinas que se adotem, cabe à escola oferecer as condições para tanto. SANTOS, Beatriz Boclin Marques dos; NASCIMENTO, Thiago Rodrigues. A ciência do currículo. Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com. br/secao/educacao/a-ciencia-do-curriculo>. Acesso em: jul. 2014.
Por que fazer uma Coleção Integrada Cada vez menos a escola organizada de maneira disciplinar será capaz de dar tratamento a objetos cada vez mais complexos e interdisciplinares. ROXO, Roxane. Proposta pedagógica. In: Áreas do conhecimento no Ensino Fundamental. Brasília: TV Escola/Salto para o futuro, 2007. p. 7.
O cenário atual tem suscitado importantes discussões sobre as ações que se fazem necessárias para elevar a qualidade do ensino e da aprendizagem no país. Por um lado, vivemos uma época marcada por rápidas e constantes inovações tecnológicas, descobertas científicas e acesso a informações que exigem o desenvolvimento de novas habilidades para conviver, interagir e participar socialmente. De outro, as avaliações nacionais revelam que os estudantes brasileiros apresentam baixos índices de alfabetização e de proficiência nas habilidades de leitura e escrita e na alfabetização matemática. O Censo de 2010, por exemplo, apontou que 15,2 % das crianças brasileiras em idade escolar não sabem ler nem escrever. Nesse contexto, os anos iniciais do Ensino Fundamental adquirem um caráter essencial no processo de inclusão e integração das crianças na vida escolar. Diante disso, e como apoio ao processo de inclusão e integração das crianças na vida escolar, nos 4o e 5o anos do Ensino Fundamental – Anos iniciais, os alunos terão oportunidade de consolidar o domínio sobre o sistema de escrita alfabética, aprofundar as práticas de letramento, além de ampliar seus conhecimentos na área de Ciências Humanas e da Natureza. Nesse contexto, fez-se necessária a organização de um currículo que integrasse os conteúdos e conceitos de Ciências, História e Geografia no Ensino Fundamental (4o e 5o anos). O intuito é que os temas dessas áreas sejam trabalhados de maneira integrada e articulada, contribuindo para o desenvolvimento de diferentes linguagens. Nessa perspectiva, a integração das disciplinas tem como objetivo também adequar o trabalho às novas necessidades, desafios e tendências do mundo contemporâneo, em que é necessária uma visão inter-relacionada e articulada
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dos saberes. Cada vez mais, é preciso considerar aspectos das Ciências Humanas e da Natureza e, principalmente, estabelecer relações para compreender os fenômenos e os processos tanto naturais quanto sociais e espaciais. Para viabilizar essa meta, diversas ações foram previstas na coleção, e considerou-se o seguinte princípio fundamental: “conhecimentos oriundos das diferentes áreas podem e devem ser apropriados pelas crianças, de modo que elas possam ouvir, falar, ler, escrever sobre temas diversos e agir na sociedade”. Esta coleção integrada de 4o e 5o anos apresenta seus conteúdos e atividades articulados, o que permite ao aluno avançar nos conhecimentos sobre as práticas, as funções e os usos da leitura e da escrita. A compartimentação do conhecimento em disciplinas tem contribuído para visões fragmentadas de um mesmo tema, tornando o estudo, muitas vezes, ineficaz. Em 2007, em um livro sobre a educação no século XXI, José Manuel Moran já escrevia:
[…] O modelo disciplinar está condenado ao fracasso a longo prazo. Dividir o conhecimento em fatias, sem interligação, favorece a organização administrativa, não a aprendizagem, que é vista cada vez mais como interdisciplinar. Moran, José Manuel. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2007. p. 23-24.
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, temos a seguinte observação:
Em relação à organização dos conteúdos, há necessidade de superar o caráter fragmentário das áreas, buscando uma integração no currículo que possibilite tornar os conhecimentos abordados mais significativos para os educandos e favorecer a participação ativa de alunos com habilidades, experiências de vida e interesses muito diferentes. [...] Os estudiosos do tema têm, por sua vez, insistido na crítica aos currículos em que as disciplinas apresentam fronteiras fortemente demarcadas, sem conexões e diálogos entre elas. Criticam, também,
os currículos que se caracterizam pela distância que mantêm com a vida cotidiana, pelo caráter abstrato do conhecimento trabalhado e pelas formas de avaliação [...]. A literatura sobre currículo avança ao propor que o conhecimento seja contextualizado, permitindo que os alunos estabeleçam relações com suas experiências. Evita-se, assim, a transmissão mecânica de um conhecimento que termina por obscurecer o seu caráter provisório e que não leva ao envolvimento ativo do estudante no processo de aprendizagem.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Disponível em: <portal.mec.gov.br>. Acesso em: jul. 2014.
Aprender a pesquisar (onde pesquisar e como), ter autonomia para escolher entre duas ou mais possibilidades, comparar informações e pontos de vista diferentes (analisando as intenções de quem escreve e discriminando os critérios utilizados), fazer reflexões (estabelecendo relações), aprender a sintetizar (sabendo, para isso, selecionar os principais aspectos a serem destacados) e saber trabalhar individualmente e em grupo (exercendo a autonomia e estabelecendo relações de trabalho) são com-
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petências que as crianças e os jovens da atualidade precisam dominar para se inserir no mundo do trabalho e da cultura e se tornarem cidadãos de direitos do século XXI. No mundo contemporâneo, o econômico, o político, o social, o cultural e o afetivo encontram-se unidos. Assim, ao ingressar na escola, as crianças devem ter a oportunidade de investigar um determinado tema relacionando diferentes aspectos, desenvolvendo a capacidade de análise e reflexão. Se a divisão disciplinar pode gerar a perda da complexidade dos objetos de ensino, a abordagem integrada resgata e permite que os temas estudados sejam abordados de forma ampla. Esta é a principal justificativa da elaboração de uma Coleção Integrada: analisar os fenômenos da natureza e da sociedade em toda a sua complexidade, sem separar ou compartimentar aspectos de um objeto de estudo único. O ensino das Ciências Humanas e da Natureza está também alinhado com outras áreas, a fim de mobilizar a curiosidade dos alunos para ler, identificar informações, estabelecer relações com o seu cotidiano, opinar, debater e adquirir conhecimentos e desenvolver habilidades.
Objetivos gerais da Coleção Integrada O principal objetivo desta coleção de Ciências Humanas e da Natureza é promover o contato das crianças com noções, conceitos e procedimentos que caracterizam as áreas das Ciências Humanas e das Ciências Naturais. Neste intuito, propõe-se uma coleção que contribua para a consolidação da identidade da criança, de sua historicidade, de sua inserção no mundo da cultura e de sua compreensão a respeito do mundo natural e social. Para isso, será necessário trabalhar com as crianças o fato de que elas vivem em um determinado tempo e em um determinado espaço e que, neles, existem determinadas técnicas e conhecimentos científicos que elas precisam compreender e aprender a utilizar, além de serem críticas em relação a seus usos. São objetivos principais ao longo da coleção: §§Situar alguns conhecimentos históricos e geográficos no tempo e no espaço. §§Ampliar o conhecimento histórico, observando a importância do resgate do passado para a compreensão do mundo em que vivemos. §§Identificar relações entre a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações e modificações. §§Identificar relações socioambientais e assumir uma postura consciente e responsável na relação com os outros seres vivos e com os elementos da natureza. §§Apreciar o mundo e suas transformações, as interações possíveis entre o ser humano e a natureza e apreciar a capacidade humana de produzir conhecimento e estabelecer e respeitar diferentes modos de vida. §§Identificar algumas características sociais, econômicas e culturais em seu grupo de convívio e em outros grupos (de outros lugares e tempos).
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§§Identificar e respeitar diferenças sociais, econômicas e culturais, desenvolvendo uma postura ética e de participação cidadã na sociedade. §§Apropriar-se de métodos de investigação e de pesquisa científicas: elaboração de hipóteses, experimentação, leitura e interpretação de textos variados, observação da paisagem e de fenômenos naturais, análise de diferentes paisagens e de diferentes fontes históricas, pesquisa de informações sobre a sociedade, a natureza e as ciências e produção de registros orais, escritos, iconográficos e cartográficos.
Como ensinar Existem crianças que apresentam mais facilidade para aprender quando desenvolvem atividades práticas. Outras demonstram muito mais interesse e concentração em atividades em grupo. Há aquelas que avançam mais rápido ao estudar individualmente. Alguns alunos aprendem muito ouvindo a explicação do professor. As crianças são diferentes entre si; desse modo, é importante estar atento às suas particularidades e identificar suas potencialidades e modos de aprender, suas necessidades e seus diversos ritmos. A partir daí, será possível o professor aplicar uma metodologia alinhada à realidade de sua classe. Uma forma de trabalhar com as diferenças entre os alunos é variar as estratégias didáticas e as formas de avaliação. A variedade permite que os alunos sejam contemplados em suas diferenças. É importante também que a prática docente não seja considerada uma “camisa de força”, como se os alunos não pudessem se transformar ao longo do tempo ou como se as estratégias não pudessem ser modificadas. elas não só podem como devem ser sempre motivo de indagação e questionamento. Não se pode acreditar que exista apenas um método ou uma forma de ensinar, visto que os alunos são diferentes entre si e aprendem de muitas maneiras. A diversificação das estratégias e das atividades didáticas certamente contribuirá para que haja maior inclusão de todos na aprendizagem. Nesta coleção, a linguagem científica é preservada no que tem de mais específico, mas procurou-se adequar seus termos e proposições ao contexto da faixa etária. As atividades e propostas didáticas visam oferecer possibilidades de os alunos colocarem em prática habilidades e procedimentos característicos da investigação científica, tais como a formulação de hipóteses, o uso da sensibilidade e da curiosidade, a perspectiva crítica com relação ao que se observa e se lê e a postura solidária diante do outro e das descobertas. Na perspectiva apontada por esta coleção, o trabalho exigirá do professor uma postura de mediador entre os alunos e o objeto de estudo. O professor deve orientar os alunos a resolver suas dificuldades, acrescentando à pesquisa questionamentos desafiadores, respondendo dúvidas, valorizando e dando suporte a eles para que encontrem suas próprias estratégias de resolução de
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problemas. Será necessário, então, manter-se atento aos alunos para oferecer suporte quando necessitarem ou garantir maior autonomia quando estiverem em um caminho produtivo.
Recursos didáticos O livro didático é um dos vários recursos aos quais o professor pode recorrer para usar em sala de aula. A seguir, apresentam-se outros recursos didáticos e suas contribuições para a prática docente.
Trabalhos de campo A vivência e a experiência contribuem para uma aprendizagem significativa e é importante que as crianças vivenciem que o conhecimento pode ser adquirido e construído também fora da escola. A rua, a casa, o bairro, o entorno, uma cidade são espaços onde fenômenos e processos acontecem: o estudo desses lugares é o estudo de algo concreto. Os trabalhos de campo podem reunir uma série de habilidades e procedimentos a serem desenvolvidos pelos alunos, tais como: observação, interação com a comunidade, formulação de hipóteses, realização de entrevistas, produção de registros imagéticos etc. Esse estudo pode ser realizado em um local acessível à comunidade, como a visita às ruas do bairro da escola, a uma propriedade agrícola, a uma área de preservação natural, a um museu ou a um jardim botânico. Todo trabalho de campo precisa ser bem encaminhado e seu planejamento deve incluir: §§Pedir permissão à escola para a visita e combinar uma data com antecedência. §§Mandar para os responsáveis uma ficha com autorização para a saída da escola. §§Visitar o local do passeio com antecedência ou obter o máximo de informações para planejar as possibilidades e possíveis dificuldades durante a visita. §§Organizar o trabalho com os alunos, informando materiais que deverão levar (se precisarem levar lanche, é importante avisar), os horários, as atividades que farão, como devem se comportar (não gritar, não coletar plantas ou outros elementos, tratar as pessoas com respeito etc.). §§Propor, previamente e junto com os alunos, um roteiro para ser respondido após a visita. A proposição de roteiro faz-se interessante, pois orienta a investigação científica, permitindo que os alunos tenham em mente o foco principal do estudo do meio.
Experimentação A experimentação é um recurso bastante utilizado na investigação de processos da natureza. Na coleção foram propostos experimentos simples e com materiais e procedimentos acessíveis e seguros para a faixa etária. O objetivo é que os alunos testem suas hipóteses e mobilizem conhecimentos que já possuem para interpretar resultados. As bases do método científico são o pensamento racional e a experimentação. Seus passos principais são:
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1. O bservar e identificar um fato e sobre ele tecer uma questão ou um problema. 2. Propor uma suposição (hipótese) que possa ser testada para responder à pergunta ou ao problema. 3. Fazer uma previsão do que deve e do que não deve acontecer se a hipótese estiver correta. 4. Propor detalhadamente experimentos para verificar se as condições previstas acontecem, registrando seus resultados de forma ordenada. Para determinadas questões, não é preciso um experimento, mas sim o levantamento de conhecimento (pesquisa bibliográfica, por exemplo) para verificação da hipótese. 5. Analisar os resultados, compará-los ao conhecimento que se tem e concluir se a hipótese estava ou não correta. omunicar os resultados. 6. C
Biblioteca de classe Organizar uma biblioteca de classe é um recurso que contribui para o desenvolvimento da competência leitora, para a integração entre os alunos, para a troca de ideias, para a capacidade de organização de material, entre outras. Para a biblioteca de classe, os alunos podem trazer livros, revistas, histórias em quadrinhos, jornais e DVDs. É possível também que a escola, que recebe livros por programas governamentais, disponibilize material para a biblioteca. O material trazido pelos alunos deve ser identificado com nome e classe. É possível marcar um horário durante a semana no qual os alunos terão tempo de ler ou consultar os materiais. É muito importante ter uma conversa com a classe para definir como os materiais devem ser preservados e o que deve ser feito para mantê-los em bom estado de conservação. Periodicamente, é interessante propor um momento no qual cada aluno possa compartilhar o que está lendo, por que escolheu aquele material e se está gostando ou não.
Para saber mais No site do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), é possível acessar os acervos disponíveis no programa, incluindo o acervo do professor e outras publicações de interesse: Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/indexphp?option=com_content&view=article&id= 12368&Itemid=574>. Acesso em: jul. 2014.
Entrevista Na coleção, propõe-se a realização de entrevistas, pois elas são um procedimento de investigação científica bastante importante. Com a realização de entrevistas, os alunos obtêm informações sobre as pessoas, desenvolvem
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a comunicação oral e escrita e exercitam atitudes de respeito. É importante orientá-los, em um primeiro momento, a formular as perguntas, pois elas devem estar adequadas à quantidade de conteúdo e de informação que os alunos objetivam registrar. Para o preparo com os alunos da entrevista, planejem: §§Quem será a pessoa entrevistada e quais informações devem obter. §§Ler com a classe uma entrevista já realizada para que todos se familiarizem com essa forma de comunicação e com o tom das questões. §§Escrever coletivamente as questões a serem feitas. §§Definir quem serão os responsáveis da turma por fazer as perguntas. §§Definir quem fará o registro escrito das respostas. É possível propor um revezamento desse registro. §§Agendar a data, o local e o horário com o entrevistado.
Acesso à internet As novas formas de comunicação criadas com o desenvolvimento de diversas tecnologias estão presentes, no dia a dia de grande parte das crianças e dos jovens brasileiros. O acesso a esses recursos ainda é bastante desigual, mas a escola deve considerar essas novas formas de comunicação para planejar suas atividades. As políticas educacionais das últimas décadas instituíram a criação de um laboratório de informática nas escolas e cada vez mais esse recurso faz-se presente na educação. A consulta e a pesquisa em sites disponíveis na internet são cada vez mais comuns e a escola tem um papel importante no ensino de como esses recursos podem ser utilizados. Ao perceber e analisar os conteúdos na internet o aluno deve desenvolver a análise crítica, bem como saber identificar quais fontes de pesquisa são confiáveis. Por isso, é importante que todas as pesquisas solicitadas sejam orientadas previamente. É possível sugerir alguns sites de pesquisa e, sobretudo, conversar com os alunos sobre como identificar a confiabilidade desses e de outros veículos de informação. Algumas observações podem ser feitas: §§Os sites, assim como jornais e outros veículos de informação, são criados por um grupo de pessoas e com um objetivo. É preciso, portanto, que estejamos cientes dos interesses que movem a publicação dos dados daquele site. §§Explique para os alunos o significado das siglas finais que acompanham os endereços dos sites. O “.com” é utilizado por sites com uma finalidade comercial, ou seja, sites de empresas, e, muitas vezes, tem uma finalidade econômica ou de caráter de propaganda. Por isso, geralmente, são sites cujo objetivo principal é oferecer um produto ou serviço. §§Os sites cujo endereço terminam em “.gov” são de entidades governamentais. Como essas entidades têm um caráter público, geralmente são voltadas para a população em geral, tendo um objetivo mais informativo.
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§§Os endereços de internet designados pela sigla “.org” são de instituições ou fundações não governamentais e sem fins lucrativos. São sites muitas vezes planejados para contribuir em causa social, cultural ou outra, tendo, muitas vezes, compromisso com a informação que divulgam. §§Os alunos também precisam saber que a internet publica todo e qualquer tipo de informação. Por um lado, é um meio de comunicação muito democrático e rico. Por outro, estão disponíveis na rede sites que apresentam informações imprecisas ou incompletas. Por isso, converse sempre com eles sobre o que estão pesquisando na internet, que informações têm encontrado ali, que dificuldades enfrentam e como reagem frente a essas informações. Garanta que eles se sintam confortáveis para trocarem ideias sobre as pesquisas, relatando dificuldades e estranhamentos. Veja a seguir uma lista de sites confiáveis que podem ser sugeridos aos alunos como fonte de pesquisa (caso sua escola utilize o laboratório e tenha acesso à internet). § §http://7a12.ibge.gov.br/ Site do IBGE para crianças, com informações, mapas, notícias e materiais para pesquisa sobre o Brasil e os brasileiros. § §http://teen.ibge.gov.br/ Site com informações estatísticas e geográficas sobre a população brasileira. § §http://pibmirim.socioambiental.org/ Site do Instituto Socioambiental elaborado especialmente para crianças, com ricas informações sobre a história e os povos indígenas do Brasil na atualidade. § §http://chc.cienciahoje.uol.com.br/ A revista Ciência Hoje das Crianças publica uma versão digital na qual os alunos encontram diversas reportagens, notícias, jogos e quadrinhos sobre temas variados das Ciências, da História e da Geografia. § §www.plenarinho.gov.br/ Site criado pelo governo federal para explicar às crianças como funcionam as instâncias representativas do governo, como a Câmara e o Senado. O site também divulga informações importantes sobre os projetos de lei e as decisões governamentais. § §www.territoriodobrincar.com.br/ Site de divulgação de um projeto, elaborado pela educadora Renata Meirelles, sobre a diversidade da cultura infantil nas diversas regiões do Brasil. § §www.akatu.org.br/ Site publicado por uma organização não governamental, com artigos e notícias sobre meio ambiente, sustentabilidade e consumo consciente.
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§§http://planetasustentavel.abril.com.br/ Site de publicação de artigos e reportagens sobre temas relacionados ao meio ambiente, saúde, educação, cultura e outros temas contemporâneos.
Avaliação As propostas curriculares atuais também vieram acompanhadas de uma série de mudanças no processo avaliativo a ser realizado na escola. Hoje em dia, a avaliação é concebida como mais um elemento do processo de ensino-aprendizagem, ou seja, ela é um recurso para o aluno aprender e um recurso para o professor diagnosticar os avanços e as dificuldades de cada aluno e o que deve ser aperfeiçoado no ensino. Assim, o fazer avançar a aprendizagem do aluno deverá ser instrumento para auxiliar o professor a planejar a aula de acordo com as suas intenções didáticas. É importante que os alunos, longe de ser avaliados pelo conteúdo que memorizaram, sejam-no, principalmente, pelas habilidades que desenvolveram, cada um com suas particularidades. Para alcançar esse objetivo, a avaliação deve ser contínua, formativa e personalizada. Contínua no sentido de haver várias atividades de avaliação no decorrer de cada bimestre ou trimestre (conforme o calendário de sua escola). Para isso, sugere-se oferecer diferentes situações avaliativas para que habilidades diferentes sejam trabalhadas e avaliadas, permitindo também que os alunos sejam respeitados em sua diversidade. Avaliações em duplas, apresentações coletivas, provas formais e fichas de autoavaliação são estratégias avaliativas bem conhecidas. Com a finalidade de auxiliar o professor a realizar a avaliação, foi inserido nas páginas finais deste manual um conjunto de planilhas de avaliação. As planilhas esclarecem os objetivos de aprendizagem para as unidades do ano referente. Seu preenchimento pode auxiliar o professor a avaliar cada aluno e a planejar a continuidade de seu trabalho (ao evidenciar as habilidades que foram menos desenvolvidas, por exemplo). Sugere-se também que a leitura e a análise desses objetivos de aprendizagem sejam feitas antes do desenvolvimento do trabalho das unidades; espera-se que elas ajudem na seleção dos instrumentos de avaliação mais adequados. Alguns momentos marcam o processo avaliativo de ensino-aprendizagem. Em um primeiro momento, ocorre o que chamamos de avaliação diagnóstica. Trata-se do momento em que os conhecimentos e as habilidades que os alunos já possuem (assim como estereótipos e visões distorcidas que possam ter) são discutidos. Sabendo disso, o professor também identifica quais aspectos devem ser reforçados no ensino para que eles aprendam melhor. É o momento também de o professor compartilhar com os alunos seus objetivos e expectativas. As atividades de abertura de unidade e as perguntas iniciais de cada lição
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dos livros desta coleção objetivam marcar esses momentos. O professor pode ampliá-las de acordo com as necessidade do grupo. No decorrer do processo de aprendizagem, o professor deve eleger instrumentos que lhe permitam acompanhar os alunos, a fim de reorientar e replanejar prioridades. Ao longo de cada tópico, são propostas várias atividades, que podem auxiliar na avaliação formativa. As atividades favorecem o desenvolvimento de diferentes habilidades e permitem ao professor acompanhar e avaliar cada aluno, bem como contribuir na discussão sobre um tema, na observação e leitura de imagens, na produção escrita, na exposição individual e coletiva, na realização de experimentos, nos trabalhos de campo, na organização e realização de entrevista e na confecção de desenhos, mapas ou maquetes. Vale ressaltar que a relação com os colegas e as estratégias de estudo de cada aluno devem ser objeto de avaliação. É importante destacar, igualmente, que os erros dos alunos devem ser interpretados como indício do que deve ser melhorado – e o professor deve considerar esses indícios em seu planejamento das próximas estratégias de aprendizagem. Após algumas “lições” e quando o professor considerar conveniente, ocorre a avaliação final. Trata-se da avaliação que acontece no término de cada etapa de aprendizagem. Essa avaliação deve auxiliar o aluno a organizar os conhecimentos construídos no decorrer do processo. Cabe ao professor analisar os resultados individualmente e detectar as dificuldades individuais e coletivas para planejar as próximas estratégias didáticas.
Autoavaliação A autoavaliação complementa a análise do professor, e a atuação direta do aluno nesse processo possibilita a construção de uma postura comprometida com sua aprendizagem, desenvolvendo uma opinião crítica sobre sua produção e participação, além de elucidar possíveis dúvidas sobre as propostas do trabalho. Sugerimos, ao final deste Manual, uma planilha de autoavaliação que pode ser enriquecida com inserção de metas individuais para o aluno.
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Estrutura da coleção – Livro do aluno
2000
Marcos Michael/JCR/AE
1950
Roger-Viollet/AFP
1900
Autoria desconhecida
1850
Emil Bauch
Esta coleção está estruturada de maneira simples e clara, de modo a facilitar a compreensão de sua organização pelo aluno e favorecer os objetivos propostos. As seções são apresentadas de forma sistemática ao longo de cada volume.
Abertura de unidade Cidade Velha, em Recife, no estado de Pernambuco, em 1957.
UNIDADE 3
2010 Vista geral da Avenida Agamenon, em Recife, no estado de Pernambuco, em 2012.
A formação das cidades
Observe a linha do tempo e converse com os colegas sobre as questões.
1. O que as fotografias e os números reAs fotografias representam paisagens da cidade de Recife em diferentes épocas. Os números correspondem às décadas referentes a cada imagem.
presentam?
2. Como as imagens estão organizadas?
Larissa Alves/JC Imagem
Elas estão organizadas em uma sequência temporal, do passado ao presente, que pode ser percebida pelas datas que acompanham cada imagem.
Nesta unidade, vamos estudar a história de algumas cidades brasileiras e como elas são organizadas hoje em dia. Vamos conhecer também os principais problemas que elas enfrentam.
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As aberturas de unidade têm a finalidade de despertar o interesse dos alunos e resgatar os conhecimentos que eles possam ter sobre os conteúdos a serem trabalhados.
Avenida Guararapes, na região metropolitana de Recife, no estado de Pernambuco, em 2004.
ilustrações: BIS
Rua Nova (atual Rua João Pessoa), em Recife, no estado de Pernambuco, em 1902.
ilustrações: BIS
Largo do Corpo Santo, em Recife, no estado de Pernambuco, em 1852.
3. Analisem o desenvolvimento da cidade de Recife: que mudanças podem ser observadas?
Os alunos devem apontar as mudanças ocorridas na paisagem em relação ao tipo de construção e de transporte, ao calçamento das ruas etc.
O objetivo dessas atividades é levar o aluno a compreender a representação do desenvolvimento de uma cidade em uma linha do tempo, reconhecendo as mudanças.
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Tópicos de conteúdos Toda "lição" se inicia com uma ou algumas questões que visam despertar a curiosidade dos alunos para o tema específico a ser estudado e mobilizar seus conhecimentos prévios sobre o assunto.
Como é a fotossíntese?
a) Onde acontece a fotossíntese?
Para que o processo da fotossíntese ocorra, a planta necessita de água, gás carbônico e luz solar.
c) Como a água chega nas folhas da planta?
A glicose é distribuída por vasos condutores.
f) Por onde entram na planta os sais minerais do solo? Eles entram pelas raízes, dissolvidos na água.
1. Observe a ilustração e leia as legendas. Depois, responda às questões no caderno.
g) Que gás as plantas produzem durante a fotossíntese? Durante a fotossíntese as plantas produzem oxigênio.
2. Leia o texto e faça o que se pede no caderno.
Água e sais minerais A água com sais minerais é absorvida pelas raízes e distribuída por vasos condutores.
Clorofila A clorofila está presente principalmente nas folhas e é responsável por absorver a luz solar.
Há vários tipos de moléculas de clorofila, sendo a clorofila a a principal. Além da clorofila a, existem pigmentos acessórios que também participam da absorção de luz, como a clorofila c, os carotenoides e as ficobilinas.
Muitas plantas produzem mais alimento do que precisam e podem transformar a glicose extra em substâncias que são acumuladas em algumas partes do seu corpo. A mandioca e a batata-doce, por exemplo, transformam o excesso de glicose em amido, que é acumulado nas raízes.
Luz A fotossíntese precisa de luz.
Água
Gás oxigênio
a) Cite duas outras plantas que armazenam o excesso de alimento em alguma parte do corpo. Informe em que parte do corpo do vegetal ocorre esse armaRespostas possíveis: cenoura (raiz), cana-de-açúcar (caule), mandioquinha (raiz), batata (caule), cará zenamento. (raiz), inhame (raiz), entre outras.
Luz
Glicose
b) Pesquise em livros ou na internet se, tal como as plantas, os animais também fazem algum tipo de armazenamento de alimento em seus corpos. Os animais armazenam o excesso de alimento em forma de gordura, que é depositada, principalmente, no Explique. tecido adiposo sob a pele.
Carlos Bourdiel
Gás carbônico Água
A fotossíntese acontece principalmente nas folhas das plantas. Para que a fotossíntese ocorra, a planta necessita de água e de gás carbônico.
Glicose A glicose é o alimento da planta. Do local onde é produzida, a glicose é distribuída para toda a planta por vasos condutores. Esquema simplificado. Elementos não representados em proporção de tamanhos entre si. As cores não correspondem aos tons reais.
A energia para o processo é da luz solar absorvida pela clorofila. Durante a fotossíntese as plantas produzem oxigênio. O oxigênio produzido pela planta é usado na respiração.
Na fotossíntese, as plantas usam água e gás carbônico para produzir glicose e gás oxigênio na presença de luz. A clorofila absorve a luz solar.
Além das plantas, outros seres vivos fazem fotossíntese. Muitas algas também têm clorofila e produzem seu próprio alimento. As algas marinhas são responsáveis pela produção da maior parte do gás oxigênio do planeta.
Observe o esquema abaixo, que resume a transformação que acontece durante a fotossíntese. água + gás carbônico ➔ glicose + gás oxigênio + água
44
A luz solar é absorvida pela clorofila.
e) Como a glicose produzida nas folhas é distribuída pela planta?
Fotossíntese
Nesse momento, propõe-se o debate oral das questões para que as crianças troquem ideias, opiniões e suposições, contribuindo umas com as outras para o desenvolvimento de uma postura ativa. Procura-se assim que os temas sejam pensados coletivamente, ou seja, que o conhecimento seja uma construção coletiva.
A água sobe por vasos condutores.
d) Como a luz solar é absorvida pelas folhas?
Na fotossíntese, os vegetais produzem glicose. Como isso acontece? O que a planta precisa para fazer fotossíntese?
Resposta pessoal. A fotossíntese acontece principalmente nas folhas do vegetal. Para que o processo de fotossíntese ocorra, a planta necessita de água, gás carbônico e luz solar. A luz é absorvida por meio da clorofila, um pigmento verde, presente principalmente nas folhas.
Além de introduzir o tema, essas questões permitem a aquisição do conhecimento, por meio da formulação de hipóteses ou pela mobilização de conhecimentos apreendidos, mas não formalizados.
A fotossíntese acontece principalmente nas folhas do vegetal.
b) Do que as plantas necessitam para fazer fotossíntese?
O objetivo desta lição é identificar os principais elementos que participam da fotossíntese e saber quais deles são consumidos pela planta e quais são produzidos por ela durante o processo.
Orientar os alunos, a cada esquema representado no livro, que os elementos não estão proporcionalmente ilustrados para facilitar a compreensão.
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Caberá nesse momento, ao professor, organizar coletivamente o conjunto de informações e perguntas para que sejam retomados posteriormente.
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As unidades são divididas em lições e, em cada uma, os conteúdos são explorados sempre por meio de atividades, que podem ser entremeadas com pequenos textos, possibilitando que o aluno investigue, reflita e se desenvolva. As atividades exploram fotografias, esquemas, ilustrações, gráficos, tabelas, textos diversos, mapas e solicitam que as crianças utilizem diferentes procedimentos. Nas lições, os conteúdos principais são sistematizados em textos breves, auxiliando os alunos a consolidarem suas aprendizagens.
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Vamos fazer!
Vamos fazer!
A Lua é um satélite natural, ou seja, um astro que gira ao redor de um planeta. No céu, ao longo dos dias, vemos a Lua de diferentes maneiras. Observe um mês do calendário lunar no Hemisfério Sul. Outubro 2015
Copie no caderno a frase que você considera verdadeira. ■
A Lua só aparece no céu durante a noite.
■
Com o passar dos dias, a forma da Lua se modifica.
■
Com o passar dos dias, a aparência da Lua se modifica.
■
A Lua Cheia é maior do que a Lua Minguante.
Vagner Coelho
1
5
Nesta atividade inicial, não pretendemos que os alunos compreendam as fases da Lua por meio das mudanças de posição do astro em relação à Terra e ao Sol; isso exigiria certo grau de abstração que eles possivelmente ainda não desenvolveram. O propósito é chamar a atenção deles para o fato de que muitas informações tomadas como verdadeiras são equivocadas e sustentadas apenas pela aparência e pelo senso comum.
A Lua
X
Segunda-feira
Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira 1
Sexta-feira 2
Sábado 3
Domingo 4
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Materiais
Esta seção visa desenvolver habilidades procedimentais e investigativas. Ao solicitar atividades práticas, procura-se tornar mais concretos conhecimentos mais abstratos. Partir de uma situação concreta e aprender com ela torna o aprendizado mais significativo (e isso vale não só para as crianças como também para os adultos).
■
Calendário.
■
Folha sulfite.
■
Binóculo (opcional).
Procedimentos 1. Pesquise em uma agenda ou em um calendário em que fase a Lua estará hoje. Se
(Esta parte do procedimento deverá ser feita à noite. Se você precisar ir à rua para fazer essa observação, peça a um adulto que o acompanhe.)
2
Analise os resultados no caderno:
2. b) É possível que os desenhos feitos tenham forma semelhante às letras C ou D. Neste momento, pode-se propor uma reflexão sobre uma representação mais adequada da Lua nas fases crescente e minguante.
a) Você conseguiu ver na Lua a parte iluminada e a parte sombreada? Resposta pessoal. b) Como você representou essas partes em seu desenho?
3
As hipóteses feitas no início da página estavam corretas? Resposta pessoal.
4
Observe a Lua durante o mês inteiro para ver como sua aparência se moOrientar a observação das fases da Lua: nova, difica. crescente, cheia, minguante. Semanalmente,
Giz de cera
3. Desenhe o que você observou.
Thinkstock/Getty Images
Thinkstock/Getty Images
com a ajuda de um binóculo. Observe a parte iluminada e a parte sombreada.
Thinkstock/Getty Images
Fonte: U.S. Naval Observatory. Disponível em: <www.astro.iag.usp.br/divulgacao/faseslua5.html>. Acesso em: julho de 2014.
for Lua Nova ou Lua Cheia, aguarde alguns dias até a próxima fase. 2. Quando a Lua aparecer no céu, observe-a a olho nu. Se você puder, observe-a também
Lua Crescente.
Lua Cheia.
Lua Minguante.
■ Responda no caderno.
a) A forma esférica da Lua se altera? Não, a Lua é sempre esférica. b) O que está iluminando a Lua? Espera-se que os alunos concluam que é o Sol. c) Em geral, associamos a presença da Lua no céu à noite. Você já viu a Resposta pessoal. Espera-se que os alunos mencionem que a Lua pode Lua no céu durante o dia? ser vista no céu durante o dia. d) Observe as diferentes fases da Lua no calendário acima e escreva o nome da fase em que ela se encontra nos dias 12, 16, 27 e 31.
Espera-se que os alunos percebam que a aparência da Lua se modifica com o passar dos dias.
Dia 12, Lua Nova; dia 16, Lua Crescente; dia 27, Lua Cheia; e dia 31, Lua Minguante.
pode-se pedir aos alunos que registrem com desenhos suas observações.
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3. Observe os esquemas a seguir e responda às questões. B
Fotografias: Thinkstock/Getty Images
A Gás carbônico
Gás oxigênio Gás oxigênio
Gás carbônico
Sambaquis são elevações no terreno formadas principalmente de restos de alimentos de origem animal (conchas e ossos de répteis, aves, peixes e pequenos mamíferos). Os sambaquis existem há mais ou menos 6 mil anos e são encontrados em diversos pontos da atual costa brasileira, principalmente no Sul. São vestígios de um povo pacífico que habitava essas regiões e que foi acumulando esses restos ao longo de muito tempo.
a) Qual situação representa, de forma simplificada, o processo de respiração?
2. Leia o texto e responda às questões no caderno.
Situação B.
b) Qual situação representa, de forma simplificada, o processo de fotossíntese? Situação A.
c) Qual situação ocorre tanto de dia como de noite?
Situação B.
O povo Sambaqui era formado por grupos de caçadores e coletores, excelentes canoeiros, que se alimentavam de moluscos e crustáceos, frutos silvestres e peixes. Também caçavam pequenos animais e fabricavam seus próprios artefatos de pedra e de ossos. Tinham o costume de acumular restos de alimentos, enfeites que usavam no corpo e artefatos quebrados e inteiros ao redor de sua moradia. No interior dos sambaquis, os arqueólogos encontraram também objetos e ossadas humanas, o que lhes permitiu concluir que esse povo costumava enterrar ali seus mortos.
É interessante montar um artefato semelhante com os alunos (terrário) e observar seu desenvolvimento.
4. Dentro do pote há uma lagarta se alimentando de folhas.
Provavelmente nem a planta nem a lagarta morrerão. A planta continuará fazendo fotossíntese, uma vez que o vidro transparente permitirá a passagem da luz. Com isso, ela obterá alimento (glicose) e gás oxigênio para
a) Se o pote ficar tampado durante uma semana, algum dos seres vivos morrerá? sua respiração. A água da transpiração do vegetal e da lagarta manterá Explique. o solo úmido. A lagarta vai dispor do gás oxigênio e do alimento produzidos pela planta.
Luis Moura
b) Se o pote não fosse transparente, a sua resposta à questão anterior seria diferente? Discuta com os colegas a respeito. Se o pote não permitisse a entrada de luz, o vegetal ficaria impedido As cores não correspondem aos tons reais. de fazer fotossíntese e certamente morreria. Consequentemente, a lagarta também.
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a) Os sambaquis são formações naturais ou artificiais?
Os sambaquis são formações artificiais constituídas por restos de alimentos e objetos que alguns povos acumularam nas proximidades de suas moradias durante milhares de anos.
b) Quais alimentos faziam parte da dieta dos povos Sambaqui? Moluscos, crustáceos, peixes, frutos silvestres e pequenos animais.
Os livros, sites e filmes selecionados fornecem informações complementares sobre os assuntos abordados e foram indicados para ampliar o conhecimento sobre os temas de cada unidade.
c) O que os pesquisadores descobriram ao estudar o interior dos sambaquis? Que, além de restos de alimentos de origem animal, havia neles objetos e ossadas humanas, o que indica que enterravam seus mortos nos próprios sambaquis.
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Estas obras permitem a ampliação do trabalho sobre a ciência da arqueologia e os métodos utilizados pelos profissionais para encontrar e estudar ruínas e sítios arqueológicos. Além disso, são ferramentas de auxílio para o desenvolvimento da competência leitora.
O reino das plantas: uma viagem pelo mundo da botânica, de Ricardo Pirozzi, Ibep Nacional. Tião, um jovem comerciante, conhece dois pesquisadores da flora brasileira e aprende muito sobre flores e frutos.
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Eduardo Marques/Tempo Editorial
Florinha e a fotossíntese, de Samuel Murgel Branco, Moderna. Um dia, enquanto regava o jardim da sua casa, Florinha teve uma grande surpresa ao ouvir uma pequena folha dizer que sentia cócegas com aquele banho refrescante. Durante a conversa, a menina fica sabendo tudo sobre a maneira pela qual as plantas obtêm alimento e a importância das plantas para os seres vivos. A fotossíntese é o tema central desse livro, que reforça o estudo sobre como as plantas obtêm alimento.
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As aventuras de Tadeo, direção de Enrique Gato. Estados Unidos, 2012. O pedreiro Tadeo é confundido com um arqueólogo famoso e enviado ao Peru, onde se envolve em uma aventura para defender um tesouro arqueológico. A arqueologia passo a passo, de Raphaël De Filippo. Tradução de Joana Angélica d’Avila Melo, Cia. das Letras. Esse guia ilustrado sobre a arqueologia mostra o trabalho dos arqueólogos e revela as descobertas feitas sobre a história da Terra e do ser humano. Museu Nacional/UFRJ. Disponível em: <www.museunacional.ufrj.br/MuseuNacional2010/ arqueologia/ARQUEOBRA/CULTMARAJO.htm>. Acesso em: junho de 2014. Nesse site há textos e imagens sobre as culturas da pré-história brasileira e cultura marajoara.
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Agora é com você
4. Embora no Brasil seja proibido, em muitos lugares ainda se encontra o trabalho escravo. Esse tipo de trabalho se caracteriza pelas péssimas condições de trabalho e pela proibição imposta aos trabalhadores de deixarem a propriedade. Observe a imagem e depois responda às perguntas.
Faça as atividades desta seção no caderno.
Agora é com você
A triste partida […] Chamando a famia Começa a dizê: Eu vendo meu burro, meu jegue e o cavalo, Nós vamo a São Palo
Nesta seção os alunos realizam atividades que relacionam e integram os temas tratados nas lições. O objetivo é que eles retomem o que aprenderam e estabeleçam relações entre conteúdos ou ampliem os conhecimentos em novos contextos. Outro objetivo da seção é propor atividades nas quais os alunos possam aplicar os conteúdos das lições em uma situação de aprendizagem nova.
OIT
1. Leia o poema e depois responda às perguntas.
Em riba do carro se junta a famia; Chegou o triste dia, Já vai viajá. A seca terrive, que tudo devora, Lhe bota pra fora Da terra natá.
Hagaquezart estúdio
[…]
Cartaz de campanha lançada no ano de 2012 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra o trabalho escravo e o trabalho infantil no Brasil.
O carro já corre no topo da serra. Oiando pra terra, Seu berço, seu lá, Aquele nortista, partido de pena, De longe inda acena: Adeus, Ceará! […]
a população a colaborar com a extinção a) Qual é o objetivo do cartaz? Conscientizar do trabalho escravo e do infantil.
b) Na sua opinião, por que a campanha divulgada no cartaz foi organizada? Espera-se que os alunos respondam que a campanha existe porque ainda há trabalho escravo e infantil no país.
5. Façam uma entrevista com um migrante. Registrem as seguintes informações: o nome dele; onde ele nasceu; como era o lugar onde ele morava; do que ele mais gostava nesse lugar; por que saiu de lá e por que ele escolheu morar no lugar onde está atualmente.
Patativa do Assaré. Cante lá que eu canto cá. Petrópolis: Vozes, 2002. p. 90-91. a) na região nordeste. no poema, o narrador explica estar indo embora do Ceará, estado da região nordeste. O poeta também menciona estar indo embora por causa da seca e comenta que é “nortista”, ou seja, vive na porção norte (em oposição à porção sul) do território brasileiro.
a) Em qual região do Brasil vivia o migrante do poema A triste partida? Explique como você descobriu isso.
■ Após a entrevista, em uma folha à parte, organizem um relatório com as
informações coletadas. Em sala de aula, apresentem o relatório para o professor desejar, faça na lousa, com base nas informações que os alunos trouxerem, um levantamento dos e os colegas. Se lugares de onde os entrevistados saíram e para onde foram. Comentar semelhanças e diferenças entre
b) Qual foi o motivo da migração relatada no poema? O aluno poderá responder a seca ou falta de chuva no Sertão nordestino.
c) Copie a frase do poema que comprova a resposta da questão anterior.
os motivos que os levaram a migrar.
“a seca terrive, que tudo devora, lhe bota pra fora da terra natá.”
d) Quais são as Unidades da Federação de origem e de destino do migrante?
Não deixe de ler!
UF de origem: Ceará. UF de destino: São Paulo.
2. O que você entende por migração?
O homem-pássaro: história de um migrante, de Ricardo Dreguer, Moderna. O livro narra a história de um migrante que parte da região Nordeste para a região Sudeste em busca de uma vida melhor.
Migração é o deslocamento de pessoas de um lugar para outro em busca de trabalho e de melhores condições de vida.
3. No Brasil, quais são os principais motivos que levam as pessoas a migrarem? Dê exemplos. Fatores naturais, como a seca no Sertão nordestino, e fatores sociais, como a busca por melhores condições de vida.
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O que ensinar em uma Coleção Integrada O trabalho nas Ciências Humanas e da Natureza está, sobretudo, vinculado ao desenvolvimento de certas habilidades e procedimentos de investigação e pesquisa. Desenvolvimento da reflexão crítica, compreensão das relações, resolução de problemas, levantamento de hipóteses, observação, experimentação e debates são habilidades a serem desenvolvidas no âmbito escolar. Atendo-se aos conteúdos, foram selecionados alguns eixos temáticos e, partindo deles, selecionamos temas mais específicos, desenvolvendo o conteúdo de maneira interdisciplinar, sem delimitar as fronteiras entre as disciplinas. A integração da perspectiva histórica com a geográfica, por exemplo, pôde ser mais aprofundada em alguns momentos. Em outros, a relação entre a abordagem histórica esteve mais atrelada à ciência; e assim por diante. Outra preocupação foi a escolha de temas que fossem significativos para os alunos, pois curiosidade mobiliza uma postura ativa na produção do conhecimento, como preconizam as Diretrizes Curriculares Nacionais.
Os estudos sobre a vida diária, sobre o homem comum e suas práticas, desenvolvidos em vários campos do conhecimento e, mais recentemente, pelos estudos culturais, introduziram no campo do currículo a preocupação de estabelecer conexões entre a realidade cotidiana dos alunos e os conteúdos curriculares. [...] A escola tem tido dificuldades para tornar os conteúdos escolares interessantes pelo seu significado intrínseco. É necessário que o currículo seja planejado e desenvolvido de modo que os alunos possam sentir prazer na leitura de um livro, na identificação do jogo de sombra e luz de uma pintura, na beleza da paisagem, na preparação de um trabalho sobre a descoberta da luz elétrica, na pesquisa sobre os vestígios dos homens primitivos na América e de sentirem o estranhamento ante as expressões de injustiça social e de agressão ao meio ambiente. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Disponível em: <http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/pacto_livreto.pdf>. Acesso em: jul. 2014.
Procurou-se propor conteúdos que, no âmbito das Ciências Humanas e da Natureza, tivessem relevância e significado para crianças dessa faixa etária, ou seja, temas que tivessem alguma relação com o contexto do dia a dia de-
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las. Dessa forma, foram trabalhados conteúdos disciplinares que contribuíram para desvendar aspectos de cada tema, sempre com o objetivo de que os alunos construíssem uma visão do objeto de estudo em sua complexidade. A análise e a reflexão sobre os conceitos, sempre em contextos significativos, são conduzidas de forma a levar os alunos a construir um sentido, garantindo a progressiva aquisição de recursos que ampliam sua competência leitora e escritora. Nesse momento da aprendizagem, os conteúdos, aliados às atividades diferenciadas e estimulantes, permitem aos alunos estabelecer relações entre os saberes a fim de compreender melhor o mundo, sendo o aprendiz o agente dessas possíveis relações.
Conteúdos e objetivos de aprendizagem Nos quadros a seguir estão indicados os conteúdos explorados em cada volume desta coleção e seus principais objetivos de aprendizagem. Procura-se com isso demonstrar algumas possibilidades de convergência entre ambos e auxiliar na organização do trabalho com esta obra.
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Quadro de conteúdos – 4o ano Unidade 1 – A água Conteúdos A água no planeta Os estados físicos da água O ciclo da água Os rios e o mar Os rios do Brasil Vamos fazer! – Maquete: rios Os usos da água A usina hidrelétrica Vamos fazer! – A água como solvente A água no corpo humano A água nos alimentos A água na produção dos alimentos Vamos fazer! – O quanto desperdiçamos de água Água, higiene e saúde
Objetivos de aprendizagem ■■
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Identificar a existência da água no cotidiano das pessoas. Reconhecer que a água faz parte do planeta e está presente em seus diferentes estados físicos. Identificar em paisagens os estados sólido, líquido e gasoso da água, e conhecer os processos de mudança de um estado físico para outro. Conhecer as principais etapas do ciclo da água. Comparar a água do mar com a dos rios, e relacionar o relevo aos cursos de água. Reconhecer a importância da água para as sociedades humanas e identificar alguns dos seus diferentes usos. Identificar os principais rios brasileiros e as atividades humanas neles desenvolvidas. Identificar as “partes” de um rio e a influência do relevo nas características dos cursos de água. Relacionar o uso da água à produção de energia elétrica nas usinas hidrelétricas, reconhecendo que a construção dessas usinas causa grande impacto ambiental. Compreender que a água é solvente de diversas substâncias e que a água que bebemos contém algumas substâncias dissolvidas. Identificar funções da água no corpo humano e valorizar atitudes preventivas para evitar a desidratação. Identificar a presença da água nos alimentos. Perceber a quantidade de água gasta na produção de alimentos e pensar em formas de economizar água no dia a dia. Compreender a importância do uso racional da água e a necessidade de evitar o desperdício. Reconhecer que atitudes individuais são tão importantes quanto as coletivas para a conservação ambiental. Reconhecer o uso da água nos cuidados de higiene e relacionar a falta de higiene à presença de microrganismos patogênicos que transmitem doenças.
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Unidade 2 – Desequilíbrios na natureza Conteúdos As plantas se alimentam A fotossíntese Como é a fotossíntese A cadeia alimentar O ser humano e o ambiente Destruir para modificar A extinção de uma espécie O comércio ilegal de animais As espécies invasoras O desmatamento e a extinção dos animais Erosão Enchentes e deslizamentos Vamos fazer! – A vegetação nas encostas O lixo O desequilíbrio
Objetivos de aprendizagem ■■
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Reconhecer que as plantas produzem seu próprio alimento por meio da luz, da água e de um ambiente de onde possam retirar nutrientes. Localizar os principais elementos que participam do processo de fotossíntese – luz, água e nutrientes minerais. Identificar os principais elementos que participam da fotossíntese e saber quais deles são consumidos pelas plantas e quais são produzidos por elas durante o processo. Reconhecer que as relações de alimentação entre os seres vivos estabelecem cadeias alimentares. Reconhecer que os seres humanos, muito mais que os demais seres vivos, modificam o ambiente onde vivem. Analisar o impacto do desequilíbrio ambiental em duas espécies de uma mesma cadeia alimentar. Compreender que no passado havia animais que, hoje, estão extintos. Compreender que o comércio de animais silvestres é ilegal e valorizar os cuidados com o ambiente como forma de preservação da vida. Reconhecer que diversas atividades humanas afetam a biodiversidade, colocando em perigo o equilíbrio natural do ambiente. Relacionar o desmatamento à extinção de espécies animais. Relacionar o papel da ação humana ao processo de erosão do solo, e a prevenção da erosão ao aumento da cobertura vegetal do solo. Compreender que fenômenos como enchentes e deslizamentos de encostas envolvem processos naturais e ações dos seres humanos. Concluir, a partir de simulação, que a presença de vegetação em encostas, em geral, contribui para evitar deslizamentos de terra. Compreender que o problema do lixo pode ser amenizado por meio de atitudes, como reduzir o consumo, reutilizar ou reciclar materiais, e repensar nossas atitudes em relação ao uso dos recursos. Reconhecer a importância do conhecimento sobre as cadeias alimentares, para evitar atitudes que levem ao desequilíbrio ambiental.
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Unidade 3 – A formação das cidades Conteúdos As cidades
Objetivos de aprendizagem ■■
O desenvolvimento das cidades brasileiras A fundação de Salvador Capitais do Brasil
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Perceber a função estratégica da localização das cidades coloniais.
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Conceituar povoado, vila e cidade, diferenciando-os.
O açúcar, o ouro e o café As indústrias e o crescimento das cidades
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As cidades são diferentes Cidades planejadas
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A poluição do ar e visual Poluição da água
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O destino do lixo Cidade e natureza
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O município O município e a Unidade da Federação
Compreender a representação do desenvolvimento de uma cidade em uma linha do tempo, reconhecendo as mudanças.
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Os limites territoriais Vamos fazer! – As direções nos mapas
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A administração do município
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Indígenas e participação política ■■
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Apresentar referências históricas da fundação da vila de São Vicente e da cidade Salvador. Inserir acontecimentos em uma linha do tempo reconhecendo sua cronologia. Relacionar atividades econômicas específicas ao surgimento e desenvolvimento histórico das cidades. Relacionar o processo de industrialização ao crescimento das cidades. Comparar paisagens urbanas e identificar elementos que as diferenciam entre si. Compreender o conceito de cidade planejada. Reconhecer as consequências provocadas pela poluição do ar e pelas poluições visual e sonora para a saúde das pessoas e para os elementos naturais. Relacionar focos de poluição das águas de uma cidade à falta de tratamento do esgoto. Compreender a importância do tratamento adequado do lixo para a preservação ambiental. Valorizar práticas que contribuem para a preservação ambiental nas cidades. Compreender que o município é a menor unidade político-administrativa do Brasil, que possui território delimitado e que se insere em unidades mais amplas. Reconhecer a existência das Unidades da Federação no Brasil e identificar seus territórios no mapa. Compreender o conceito de limite e identificar seus marcos na paisagem e nos mapas. Aplicar noções de orientação e de direções na leitura de mapa. Reconhecer a importância das instituições governamentais na administração do município. Reconhecer e valorizar a participação política de povos indígenas.
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Unidade 4 – Em busca de uma vida melhor Conteúdos A cultura do café
Objetivos de aprendizagem ■■
Café ontem e hoje A libertação dos escravos Os primeiros imigrantes
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A vida dos imigrantes no Sul do Brasil São Paulo, os imigrantes e o café
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A fotografia brasileira no século XIX Memória de imigrante A chegada dos japoneses Brasil multicultural
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Os migrantes Fluxos migratórios no Brasil – 1960 a 1980
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Fluxos migratórios no Brasil – 1980 à atualidade O trabalho rural
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Do campo para a cidade Depoimento de um migrante ■■
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Identificar algumas etapas da produção do café e a importância desse produto para a compreensão de um período da história do Brasil. Entender o processo de expansão do café na economia do século XIX. Compreender que a extinção do tráfico de escravos não garantiu o acesso imediato dos africanos e afrodescendentes à cidadania e que a abolição foi o início de uma luta pela igualdade que ocorre ainda na atualidade. Reconhecer a chegada ao Brasil de imigrantes de diferentes origens. Compreender que a vinda dos imigrantes para a região Sul foi motivada pela necessidade de ocupação do território e favoreceu a formação de núcleos coloniais ao oferecer terras a imigrantes. Compreender que a vinda dos imigrantes para o estado de São Paulo foi motivada pela necessidade de mão de obra livre nas fazendas de café. Entender a função da fotografia como documento histórico. Reconhecer o depoimento como exemplo de fonte histórica e interpretar um depoimento para obter informações sobre a imigração no Brasil. Identificar algumas contribuições dos imigrantes japoneses para a cultura brasileira. Associar as cantigas de roda como exemplo da diversidade cultural do Brasil. Reconhecer algumas causas das migrações. Identificar os principais fluxos migratórios internos ocorridos no Brasil entre 1960 e 1980. Identificar os principais fluxos migratórios internos ocorridos no Brasil de 1980 à atualidade. Identificar as grandes e as pequenas propriedades no meio rural brasileiro e reconhecer a desigualdade na distribuição de terras no Brasil. Identificar a mudança, a partir da década de 1970, do predomínio de população rural para população urbana no Brasil, e as causas do êxodo rural. Reconhecer o depoimento como exemplo de fonte histórica e interpretar um depoimento para obter informações sobre a migração no Brasil.
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Quadro de conteúdos – 5o ano Unidade 1 – A Terra e o Universo Conteúdos Como estudamos o céu
Objetivos de aprendizagem ■■
A Astronomia da bandeira brasileira A Terra no Universo
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O Sistema Solar Vamos fazer! – A Lua
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Geocentrismo e heliocentrismo O Sol e a energia na Terra O movimento de rotação Vamos fazer! – A Terra em movimento O movimento de translação Terra: continentes e oceanos Paralelos e meridianos
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Material: objeto que contam história Sítios arqueológicos do Brasil
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A preservação do patrimônio histórico Os antepassados dos indígenas
Compreender as fases da Lua por meio das mudanças de posição do astro em relação à Terra e ao Sol. Concluir que toda a energia que utilizamos provém do Sol.
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Primeiros habitantes do Brasil Vamos fazer! – A cultura
Reconhecer que a Terra faz parte do Sistema Solar e este da Via Láctea.
Perceber que os planetas do Sistema Solar orbitam ao redor do Sol.
Fóssil de dinossauro De onde viemos?
Compreender que a ciência classifica os elementos do Universo em grupos, de acordo com diferentes critérios.
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Os seres vivos e seus ancestrais Os fósseis
Reconhecer que cada estrela da bandeira brasileira representa uma Unidade da Federação.
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O lixo nos oceanos A transformação da Terra
Compreender que a tecnologia e a sociedade são determinantes para o avanço científico de cada época.
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Relacionar a rotação da Terra com a sucessão dos dias e das noites. Conhecer a divisão da Terra em hemisférios, identificando as principais linhas imaginárias. Relacionar a translação da Terra e a inclinação do seu eixo com a sucessão das estações do ano. Reconhecer o globo terrestre e o planisfério como formas de representação da Terra. Conhecer a divisão da Terra em hemisférios, identificando as principais linhas imaginárias. Reconhecer a produção de lixo nos continentes como uma das causas da poluição dos oceanos. Reconhecer que o planeta passou por diversas transformações ao longo de sua existência. Reconhecer que os primeiros seres vivos eram muito simples. Reconhecer uma das teorias para o surgimento da diversidade da vida, que afirma que a biodiversidade atual é decorrente de modificações sofridas pelos primeiros seres vivos, ao longo do tempo. Reconhecer os fósseis como evidência da evolução. Reconhecer que os paleontólogos são profissionais que estudam os fósseis. Compreender as origens da espécie humana. Compreender que os conhecimentos sobre o passado dependem de pistas e evidências interpretadas nos dias de hoje.
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Conhecer características do trabalho do arqueólogo.
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Definir sítios arqueológicos compreendendo sua função.
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Compreender a importância da preservação do patrimônio histórico. Compreender o que são sambaquis.
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Unidade 2 – Biomas brasileiros Conteúdos
Objetivos de aprendizagem
Brasil, país tropical
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Identificar as diferenças entre as zonas térmicas da Terra.
Os tipos de clima no Brasil
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Identificar os principais fatores que influenciam nos tipos climáticos.
Biomas do Brasil
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Amazônia Região Norte
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Desmatamento Caatinga
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Cerrado Produtos do Cerrado Região Nordeste
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Pantanal Região Centro-Oeste
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Mata Atlântica Região Sudeste Cultura caiçara
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Pampa Região Sul
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Comunidades tradicionais ■■
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Reconhecer as principais características dos tipos climáticos do Brasil. Compreender a definição de bioma e conhecer os principais biomas brasileiros. Comparar a vegetação nativa antes da chegada dos europeus com a atual, quanto à cobertura no território brasileiro, identificando causas da devastação. Reconhecer algumas características físicas, de clima e a biodiversidade do bioma da Amazônia. Identificar as Unidades da Federação que compõem a região Norte. Identificar características da região Norte, com ênfase nas principais atividades econômicas desenvolvidas. Refletir sobre as consequências do desmatamento para o ambiente. Reconhecer a importância de práticas sustentáveis para a preservação das formações vegetais. Reconhecer algumas características físicas, de clima e a biodiversidade do bioma da Caatinga. Reconhecer algumas características físicas, de clima e a biodiversidade do bioma do Cerrado. Conhecer produtos feitos com frutos do Cerrado. Identificar as Unidades da Federação que compõem a região Nordeste. Identificar características da região Nordeste, com ênfase nas principais atividades econômicas desenvolvidas. Reconhecer algumas características físicas, de clima e a biodiversidade do bioma do Pantanal. Identificar as Unidades da Federação que compõem a região Centro-Oeste. Identificar características da região Centro-Oeste, com ênfase nas principais atividades econômicas desenvolvidas. Reconhecer algumas características físicas, de clima e a biodiversidade do bioma da Mata Atlântica. Identificar as Unidades da Federação que compõem a região Sudeste. Identificar características da região Sudeste, com ênfase nas principais atividades econômicas desenvolvidas. Valorizar ações das comunidades tradicionais em suas relações com a natureza e as diferentes manifestações culturais regionais da população brasileira.
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Reconhecer algumas características físicas, de clima e a biodiversidade do bioma do bioma do Pampa. Identificar as Unidades da Federação que compõem a região Sul. Identificar características da região Sul com ênfase nas principais atividades econômicas desenvolvidas Valorizar ações das comunidades tradicionais em suas relações com a natureza e as diferentes manifestações culturais regionais da população brasileira.
Unidade 3 – Nós e o planeta Conteúdos O ser humano e o ambiente
Objetivos de aprendizagem ■■
O uso dos recursos naturais A produção de açúcar e de etanol
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A produção do papel Papel e arte
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As formas de energia Apagão: a falta de energia Economia de energia Economia de água
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Bicicleta: transporte sustentável Alimentação sustentável O lixo no ambiente
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Devastação e preservação ■■
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Reconhecer que os seres humanos sobrevivem em quase todos os ambientes da Terra. Reconhecer que os seres humanos, muito mais do que os demais seres vivos, modificam o ambiente onde vivem. Explorar o desperdício de embalagens que são feitas de recursos naturais e identificar que recursos poderiam estar envolvidos na produção das embalagens que utilizamos. Identificar a cana-de-açúcar como um recurso renovável. Conhecer a origem e as etapas de produção do papel e conscientizar-se da importância do consumo consciente de papel. Reconhecer a possibilidade de relação entre arte e sustentabilidade. Identificar luz e calor como diferentes manifestações da energia e compreender que a energia não pode ser criada nem destruída, mas pode ser transformada de uma forma a outra. Relacionar a ausência de energia elétrica e a impossibilidade de realização de tarefas e do funcionamento de aparelhos. Identificar procedimentos que evitam desperdício de energia. Reconhecer que a água disponível para consumo está presente em quantidade relativamente pequena, comparada ao total de água do planeta. Compreender a importância do uso racional da água, relacionando-o à distribuição desigual. Analisar o papel da bicicleta como meio de transporte alternativo. Repensar sobre o consumo dos alimentos, conhecendo atitudes favoráveis ao seu bom uso. Conscientizar sobre os problemas gerados pelo lixo produzido nas cidades, discutindo e divulgando formas de diminuir a quantidade de lixo produzido nos grupos de convívio. Desenvolver a noção de cidadania conscientizando o aluno de sua responsabilidade na conservação de espaços públicos. Identificar fatores que levaram à destruição da Mata Atlântica.
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Unidade 4 – Somos nosso corpo Conteúdos Células e tecidos
Objetivos de aprendizagem ■■
Órgãos e sistemas Processos vitais
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A digestão dos alimentos Vamos fazer! – A mastigação/A digestão das gorduras As trocas gasosas
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A circulação do sangue
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Vamos fazer! – Medindo a frequência cardíaca
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O sistema urinário Os sentidos
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O controle do corpo Inclusão social Acessibilidade urbana
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A adolescência O sistema genital A fecundação
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Os direitos humanos Direitos das crianças, dos adolescentes e dos idosos
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Compreender que os seres vivos são formados por células e que um grupo de células do mesmo tipo forma um tecido. Compreender que o corpo humano é um conjunto de estruturas que funcionam de forma integrada e que seu estudo pode ser segmentado em diferentes níveis de organização, podendo-se diferenciar células, tecidos, órgãos e sistemas. Identificar os processos vitais. Identificar os alimentos como fonte de energia e de elementos estruturais para o corpo. Conhecer as principais estruturas e funções do sistema digestório humano. Compreender que o gás oxigênio é utilizado pelo corpo, em reações químicas, para a obtenção de energia e que o gás carbônico é um produto dessas reações. Identificar as principais estruturas e funções do sistema respiratório e compreender como ocorrem as trocas gasosas no organismo. Identificar as principais estruturas do sistema urinário e relacioná-lo à eliminação de resíduos tóxicos por meio da urina. Perceber a importância dos sentidos para a sobrevivência das pessoas e identificar as células receptoras dos sentidos como as unidades capazes de receber os estímulos do ambiente. Relacionar as sensações com o funcionamento do sistema nervoso central. Reconhecer que pessoas deficientes não são piores nem melhores que as demais, porque não existe perfeição e todos têm os mesmos direitos. Entender a importância da acessibilidade urbana. Compreender que a adolescência é a fase da vida em que o corpo se transforma e se prepara para atingir a maturidade reprodutiva. Identificar as principais estruturas dos sistemas genitais masculino e feminino. Reconhecer o espermatozoide e o óvulo como as células reprodutoras masculina e feminina, respectivamente, e conhecer os processos de fecundação e gestação.
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Aprender a história dos direitos humanos.
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Conhecer os direitos das crianças, dos adolescentes e dos idosos.
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IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <www.ibge.gov.br/home>. Neste site você encontra dados sobre o território brasileiro, sua população, estatísticas, mapas e outras publicações desse instituto de pesquisa.
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INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Disponível em: <www.inpe.br>. O Instituto dedica-se a publicar informações sobre a atmosfera e a previsão do tempo no Brasil. No site há belas imagens de satélite da Amazônia.
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Todos os sites foram acessados em: maio 2014
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CALIXTO, Sílvia; CALIXTO, Elza. Que delícia de bolo! Belo Horizonte: Dimensão, 2013. (Acervos complementares do MEC, 2012) CANTON, Katia. O trem da história. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2003. CASTANHA, Marilda. Pindorama: terra das palmeiras. Belo Horizonte: Formato, 1999. (500 Brasis). CORREA, Viriato. As belas histórias da história do Brasil. São Paulo: IBEP, 2002. DARIN, Joana Schwarz et al. Ruas, quantas ruas! Curitiba: Positivo, 2011. (Acervos complementares do MEC, 2012) FAVRET, Maria Luisa. A paisagem. São Paulo: FTD, 2009. (Acervos complementares do MEC, 2009) FIDALGO, Lúcia. Pedro menino navegador. Rio de Janeiro: Manati, 2000. FONTES, Miriam L. da Mota; ARUEIRA, Maria Luisa. Uma casa para viver. Belo Horizonte: Dimensão, 2009. (Acervos complementares do MEC, 2009) GROUPIONI, Donisete Benzi. Juntos na aldeia. São Paulo: Berlendis, 2000. (Acervos complementares do MEC, 2012) HOLANDA, Arlene. O Brasil que veio da África. São Paulo: Nova Alexandria, 2011. JOSÉ, Elias. Cantos de encantamento. Belo Horizonte: Formato, 1996. ______. Mágica terra brasileira. São Paulo: Formato, 2006. LAROUSSE. Convivência – Ética, cidadania e Responsabilidade Social. São Paulo: Larousse Editorial, 2003. LIMA, Heloísa Pires de. Histórias da Preta. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002. ______. A semente que veio da África. São Paulo: Salamandra, 2005. LINS, Guto. Que horas são? São Paulo: Mercuryo Jovem, 2010. (Acervos complementares do MEC, 2009) LUSTOSA, Isabel. A história dos escravos. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. MACHADO, Ana Maria. Balas, bombons, caramelos. São Paulo: Moderna, 2009. (Acervos complementares do MEC, 2012) ______. Menina bonita do laço de fita. São Paulo: Ática, 2000. ______. Troca-troca. São Paulo: Salamandra, 1988. MANNING, Mick; GRANSTRÖM, Brita. Corpo de gente e corpo de bicho. São Paulo: Ática, 2004. (Acervos complementares do MEC, 2009) MICHEL. François. A energia em pequenos passos. São Paulo: Nacional, 2005. MINDLIN, Betty. O primeiro homem e outros mitos dos índios brasileiros. São Paulo: Cosac Naify, 2001. (Mitos do Mundo) MIRANDA, Lilian, CASADEI, Silmara. Qual a história da história? São Paulo: Cortez, 2010. MUNDURUKU, Daniel. Coisas de índio. São Paulo: Callis, 2004. ______. Histórias de índios. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997. NESTROWSKI, Arthur. Histórias de avô e avó. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998. (Memória e história) OBEID, César. Rimas saborosas. São Paulo: Moderna, 2009. (Acervos complementares do MEC, 2012) OLIVEIRA, Ieda de. Brasileirinho: história de amor do Brasil. São Paulo: DCL, 2005. PAES, José Paulo. Poemas para brincar. São Paulo: Ática, 1996. PRANDI, Reginaldo. Ifá, o adivinho: história dos deuses africanos que vieram para o Brasil com os escravos. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2003. PRIETO, Heloísa. Mata – contos do folclore brasileiro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000. PUIG, Rosado; GIRARDET, Sylvie. Viva a cidadania. São Paulo: IBEP, 2007. RAMOS, Anna Claudia. Ar – Pra que serve o ar? Belo Horizonte: Dimensão, 2008. (Acervos complementares do MEC, 2012)
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REVIEJO, Carlos. As casas de ontem e de hoje. Curitiba: Base, 2008. (Acervos complementares do MEC, 2009) ROCHA, Ruth; ROCHA, Eduardo. Os direitos das crianças segundo Ruth Rocha. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002. ROCHA, Ruth; ROTH, Otavio. A história do livro. São Paulo: Melhoramentos, 1992. ______. Declaração universal dos direitos humanos. São Paulo: Salamandra, 2004. ______. Azul e lindo: planeta Terra, nossa casa. São Paulo: Salamandra, 1990. SALERNO, Silvana. Viagem pelo Brasil em 52 Histórias. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2006. SANTOS, José. Crianças do Brasil: suas histórias, seus brinquedos, seus sonhos. São Paulo: Peirópolis/Museu da Pessoa, 2008. SILVA, Vitória Rodrigues. Tempo, tempo, tempo: quem pode com ele? Curitiba: Positivo, 2011. (Acervos complementares do MEC, 2012) VARELLA, Drauzio. Nas ruas do Brás. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2003. VERGER, Pierre. Crianças – Olhar a África e ver o Brasil. São Paulo: IBEP-Nacional, 2005. VILLAÇA, Maria Cristina Conduru. Família alegria. Rio de Janeiro: Escrita Fina, 2011. (Acervos de obras complementares do MEC, 2012) WINSTON, Robert. De que eu sou feito? São Paulo: Caramelo, 2009. ZAKZUK, Maísa. A árvore da família. São Paulo: Panda Books, 2007. (Acervos complementares do MEC, 2012) ZIRALDO. Os dez amigos. São Paulo: Melhoramentos, 2009. (Acervos complementares do MEC, 2009)
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Orientações para o desenvolvimento de conceitos e conteúdos – 5o ano Unidade 1 A Terra e o Universo
páginas 6 a 57 Nesta unidade, os alunos estudam aspectos do Sistema Solar, da Terra e do Universo, as origens da espécie humana e os povos que habitavam o que hoje é o Brasil muito antes do início da domesticação das plantas e dos animais. Na parte referente ao Universo, procuramos conduzir os alunos na busca de explicações que vão além do que as coisas aparentam à primeira vista.
[...] Nos primórdios da civilização, o ser humano se encantava com a beleza do céu estrelado, a passagem dos cometas ou com as constantes “estrelas cadentes”. Mais recentemente já sabemos que admiravam a Lua e o Sol, os quais consideravam “deuses” e que suas vidas dependiam deles. Assombravam-se com os eventos extraordinários, tais como eclipses, auroras, e com os fenômenos atmosféricos, os quais estão na origem de inúmeros mitos, religiões e filosofias antigas. Porém, com o passar do tempo, começaram a perceber que havia uma regularidade enorme nos céus e que o que acontecia no céu afetava o que ocorria no seu meio ambiente. Perceberam a existência de algumas “estrelas errantes” (os planetas). Faziam festas para comemorar o solstício de inverno, quando então o Sol “parava” de passar cada vez mais “baixo” no céu e voltava a “subir”, aquecendo seus dias, o que era fundamental para sua sobrevivência. Esta festa do solstício foi modificada ao longo do tempo e hoje a chamamos de Natal. Não seria possível num único livro contar todas as lendas e mitos de todos os povos, inclusive dos nossos indígenas, que também sabiam “ler” o céu, e nem este é nosso objetivo principal aqui. Em sua racionalidade e curiosidade, a humanidade busca compreender e explicar o que acontece no céu. Muitos pensadores propuseram explicações, erradas ou certas, pois é assim que evolui a Ciência e o conhecimento humano.
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O estudo da astronomia é sempre um começo para retornarmos ao caminho da exploração. E é por meio da educação, do contínuo exercício da reflexão e da curiosidade, natural nos jovens e crianças, que podemos compreender e interagir com essa realidade que nos cerca e adquirir os instrumentos para transformá-la para melhor. [...] Uma noção muito comum entre professores é a de que falar de astronomia acaba sendo complexo demais – dispendioso demais – para os potenciais benefícios. Uma das ideias que motivaram a redação deste livro é a de que essa complexidade é, em primeiro lugar, em grande parte lendária; em segundo lugar, administrável, e, em terceiro, desejável, no sentido de estimular os alunos a desenvolverem raciocínios mais amplos e relacionarem ideias mais distantes, que, em um primeiro momento, parecem não ter ligação. Os conteúdos aqui apresentados [no material Astronomia] não esgotarão o assunto, mas servirão como ponto de partida para que se possa retomar essa velha e salutar tradição humana, infelizmente caindo em desuso, de falar, refletir, especular e estudar o que acontece no céu. Introduzir noções do que acontece no espaço permite que os/as alunos/as, de forma metafórica, recuperem todo o processo de conhecimento do mundo pelo qual passou o ser humano ao longo dos tempos. Eles entenderão de onde veio a nossa sede científica e, acima de tudo, estarão sendo preparados para a iminente ascensão da humanidade como civilização planetária. Astronomia: Fronteira Espacial. V. 11 – Ensinos Fundamental e Médio, p. 12; 21. (Coleção Explorando o Ensino). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content &id=12583:ensino-medio&Itemid=859>. Acesso em: jun. 2014.
Como estudamos o céu Sempre que olhamos para o céu, em uma noite estrelada, e começamos a pensar em sua imensidão, é comum nos sentirmos insignificantes perante a grandeza do Universo. Não é possível sequer imaginar que tamanho tem o Universo, ou qual é seu começo e seu fim. O simples fato de pensar sobre isso pode motivar os alunos a querer descobrir mais sobre os mistérios do céu. Uma sugestão é levar para a sala de aula livros, revistas e outros materiais nos quais os alunos possam encontrar informações sobre o Universo. A pesquisa pode ser feita também na internet. O uso da internet é cada vez mais importante em diversas atividades, sejam elas profissionais ou educacionais. Porém, não basta apenas colocar os alunos em contato com a rede; é preciso orientá-los para que sejam responsáveis e saibam utilizar bem os recursos oferecidos. A experiência e o uso regular da pesquisa na internet desenvolverão nos alunos habilidades importantes, como seleção de palavras-chaves, orientação e lógica na organização das informações. A prática fará com que o aluno desenvolva sua autonomia e saiba encontrar o que precisa. Isso vale não só para a internet, mas para qualquer fonte de informação: livros, revistas, filmes, bibliotecas, arquivos etc. Os alunos podem navegar por sites de Astronomia ou Ciência em geral. Cada site tem sua própria organização. Reserve um tempo para que os alunos
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descubram seu funcionamento. Ao lado, listamos algumas sugestões de sites para pesquisa, incluindo o Google Sky, que está disponível também em português e é uma excelente ferramenta para a observação do céu. Deixe que os alunos explorem os materiais e relembrem o que já sabem sobre o assunto. Pergunte a eles o que gostariam de saber sobre o Universo e, na medida do possível, tente satisfazer a curiosidade deles. Viagens espaciais costumam despertar grande interesse nos alunos, até mesmo por sua abordagem na ficção científica, e são uma boa oportunidade para relacionar a Ciência e a tecnologia.
Para saber mais www.canalkids.com.br http://heasarc.gsfc.nasa.gov/ nasap/docs/StarChild.html http://www.on.br/brincando_ c iencia/site_brincando/ www.google.com/sky Acessos em: abr. 2014.
Uma sugestão de abordagem das tecnologias espaciais é falar para os alunos um pouco sobre o cotidiano dos astronautas em suas viagens. Explique que as condições do espaço são muito diferentes das condições da Terra. Não há ar no espaço e as temperaturas podem ser extremas (muito frio ou muito calor, em comparação com as temperaturas terrestres). Por isso, astronautas precisam usar equipamentos especiais durante as decolagens, nos pousos e no exterior da nave. Dentro da nave, eles podem usar roupas comuns e fazer suas refeições normalmente: café da manhã, almoço e jantar. Condições especiais de preparo e armazenamento permitem que os astronautas consumam alimentos na nave de modo muito próximo ao como consumiriam na Terra. Nenhum astronauta até hoje viajou para outro planeta porque as distâncias são enormes e viagens assim seriam muito longas (demorariam muitos anos). Nos dias de hoje, programas espaciais enviam naves não tripuladas ao espaço, a fim de captar imagens e recolher materiais para serem estudados na Terra. Sugerimos que o professor organize uma visita com os alunos a um observatório ou planetário próximo de sua escola. No link ao lado, há uma lista completa e atualizada dos observatórios e planetários brasileiros. Chamar a atenção da classe para o fato de que as primeiras descobertas sobre o céu foram obtidas somente por meio de observações e cálculos feitos do ponto de vista da Terra – não havia naves ou sondas espaciais. O que os estudiosos observavam, muitas vezes, eram fenômenos aparentes (ou seja, que pareciam ocorrer do ponto de vista do observador, porém não eram reais do ponto de vista da ciência astronômica atual). Apesar disso, grande parte das descobertas estava correta, graças à capacidade de observação e de cálculo desses estudiosos. É interessante pesquisar a história dos astrônomos antigos, como Nicolau Copérnico ou Galileu Galilei. Dessa forma, espera-se que os alunos possam perceber e valorizar o fato de que muitos povos antigos já tinham conhecimentos relativamente avançados de Astronomia.
Para saber mais Observatórios do Brasil. Disponível em: www.uranome trianova.pro.br/observatorios/ obsbrasil.htm. Acesso em: abr. 2014. CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. Rio Grande do Sul: Unijuí, 2006.
A Astronomia da bandeira brasileira A observação do céu estrelado facilita a percepção dos conjuntos de estrelas que formam figuras no céu, chamados de constelações. Em algumas regiões do país, com locais distantes dos centros urbanos, é mais fácil ver as estrelas. Pode-se propor aos alunos que, acompanhados de um adulto, observem e desenhem o céu estrelado, e que compartilhem os desenhos em sala de aula com os colegas.
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A bandeira brasileira pode ajudar a ampliar o assunto. Perguntar aos alunos se já repararam que na bandeira brasileira estão representadas várias estrelas. Quantas são? O que elas representam? Que constelação vemos nela? Será que essas estrelas foram desenhadas de maneira aleatória ou de uma forma pensada e estudada? É provável que muitos alunos não conheçam a história do nosso estandarte. Cada elemento que compõe a bandeira tem um significado. O verde e o amarelo, cores tradicionalmente conhecidas como as cores do Brasil, têm uma explicação: o verde representa as florestas e as matas, e o amarelo, o ouro e as riquezas. O azul representa o céu, onde estão as estrelas, que são os estados brasileiros. Nesse cenário, o branco simboliza a paz. Incentivar os alunos a observar com atenção a bandeira brasileira e ajudá-los a identificar a constelação do Cruzeiro do Sul. Espera-se que essa constelação seja conhecida por alguns alunos. Comentar que essa constelação era usada por povos antigos para se localizar e ainda hoje ela serve de referencial. Ajudar os alunos na pesquisa sobre essa constelação. A leitura do texto a seguir pode fornecer informações para ajudar no desenvolvimento da atividade com a classe.
As estrelas da bandeira brasileira [...] Para identificarmos no céu essas estrelas, a primeira coisa que devemos notar é que em nossa bandeira as estrelas aparecem invertidas (espelhadas) em relação à disposição que as vemos no céu. Isso porque segundo a lei N‚ 5.700, de 1 de setembro de 1971, que dispõe sobre a forma e a apresentação dos símbolos nacionais, as estrelas na Bandeira Brasileira devem ser consideradas como vistas por um observador “situado fora da esfera celeste”. [...] As estrelas e os estados Podemos notar que, de uma forma não rígida, a escolha da estrela representante de cada estado procura seguir uma correspondência entre a localização do estado no território brasileiro e a localização da estrela no céu. Assim é que os estados “centrais” do Brasil, dentre eles Minas Gerais, estão representados por estrelas do Cruzeiro do Sul; estados a oeste estão representados por estrelas do Cão Maior; etc. Ao contrário do que muitos pensam, Alfa da Virgem, ou Spica, aquela estrela que aparece solitária sobre a faixa “Ordem e Progresso”, não representa o Distrito Federal. Spica, que no céu se encontra bem ao norte, representa o estado do Pará. O Distrito Federal é representado pela Sigma do Octante, a menos brilhante de todas as estrelas da nossa bandeira. Essa estrela é tão pouco brilhante que está próxima ao limite de visualização a olho nu. Ela contudo foi escolhida para representar o Distrito Federal por estar bem próxima ao polo sul celeste. Sendo assim ela não apenas está sempre no céu (em qualquer dia e qualquer horário) para nós do hemisfério sul; como também vemos, durante uma noite, todas as estrelas girarem em torno dela. [...] CASAS, R. L.; SOARES, D. S. L. Observatório astronômico Frei Rosário (UFMG). Disponível em: <www.observatorio.ufmg.br/pas12.htm>. Acesso em: maio 2014.
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Comentar que cada cultura tem suas próprias constelações e elas estão relacionadas com eventos importantes para os povos. Os endereços eletrônicos sugeridos a seguir trazem mais informações que podem ser úteis no desenvolvimento das atividades.
A Terra no Universo O conteúdo do tema promove excelente oportunidade para o desenvolvimento da leitura de imagens. Nas imagens apresentadas, os alunos localizam o Sistema Solar na Via Láctea, os planetas do Sistema Solar e a Via Láctea no céu. Antes da leitura do texto e da realização das atividades, solicite a alguns alunos que expliquem o que cada imagem representa.
O Sistema Solar A Via Láctea é apenas uma entre bilhões de galáxias que se estima existirem no Universo, e nela está o Sistema Solar. Os astronautas nunca exploraram além do Sistema Solar, nem mesmo viajaram para outros planetas. O que sabemos sobre outros planetas ou outras regiões fora da Via Láctea deve-se às informações enviadas por sondas espaciais. Mostrar aos alunos uma imagem da Via Láctea na página: <www.las.inpe. br/~cesar/miudos/ciencia/dimensuniverso.htm> (acesso em: maio 2014). Localizar o Sistema Solar, indicado pela seta, e pedir que comparem com o tamanho total da galáxia. Explicar que os seres humanos nunca viajaram para além do Sistema Solar, porque a tecnologia disponível ainda não permite vencer essas enormes distâncias. Essas informações ajudam a formar as primeiras noções acerca da imensidão do Universo. Aproveitar a curiosidade dos alunos para propor uma visita à biblioteca ou uma pesquisa na internet em busca de informações sobre os planetas do Sistema Solar. A classe pode produzir cartazes ou fichas sobre os planetas. Chamar a atenção dos alunos para o fato de que, dentre os planetas do Sistema Solar, somente a Terra oferece condições para a vida tal como nós a conhecemos. Alguns planetas são muito frios ou muito quentes, ou não têm água líquida ou oxigênio em quantidade adequada, por exemplo. Na figura do Sistema Solar, explicar que ela não mostra proporcionalmente o tamanho dos astros nem a distância entre eles. Neste nível, os alunos já têm algum embasamento para compreender a proporção na representação de figuras de elementos muito grandes ou muito pequenos. Trabalhar essa noção com exemplos do cotidiano. Pedir a eles, por exemplo, que façam um desenho de um elefante e de uma formiga (ou de outros animais de tamanhos muito diferentes), respeitando a proporção de tamanho entre eles. Explicar que, se os desenhos respeitarem a proporção de tamanho, a formiga seria representada como um pontinho quase invisível perto do elefante, ou teríamos de usar um papel muito grande para podermos observar os dois animais com detalhes. Comparar essa atividade com outras representações que aparecem nos livros: animais de tamanhos diferentes, astros do Sistema Solar, seres microscópicos, objetos, acidentes geográficos etc.
Para saber mais Orientação pelo cruzeiro do sul. Escoteiros do Brasil. Disponível em: <www.esco teiros.org.br/programa/lobi nhos-orientacao_pelo_cru zeiro_do_sul.php>. Acesso em: maio 2014. MOLINERO, B. Conheça a astronomia dos índios brasileiros. Disponível em: <www1.folha. uol.com.br/folhinha/797977conheca-a-astronomia-dosindios-brasileiros.shtml>. Acesso em: maio 2014.
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Trabalhar a habilidade de observação dos alunos. Para um estudo inicial do céu, pode-se estimular a classe a descrever o que observa durante o dia e durante a noite, ou como está a Lua a cada dia da semana. Eles podem produzir desenhos para o mural da classe. Se, na cidade onde moram, o céu for límpido durante a noite, pedir às crianças que o observem e façam desenhos a partir da posição das estrelas, ligando-as como na brincadeira de liga-pontos. Exponha os desenhos em classe, pedindo para cada aluno contar o que imaginou. É importante também trabalhar a questão do ponto de vista do observador. Esse assunto promove uma interessante oportunidade de conversa com a classe. Comentar que as distâncias entre os elementos do Universo, quando vistos da Terra, geralmente provocam distorções em nossa percepção de tamanho, movimento e forma dos astros. A relatividade dos fatos depende da forma como eles são observados. Por exemplo, se estivermos no alto de um edifício, as pessoas que observamos na calçada parecerão pequenas. No entanto, se as observarmos do térreo, teremos outra impressão. Numa dessas percepções equivocadas, durante muito tempo, as pessoas pensavam que a Terra era plana e não redonda. O texto a seguir trata sobre esse assunto.
Para saber mais Astronomia: o mundo da Lua. Canal Kids. Disponível em: <www.canalkids.com.br/cul tura/ciencias/astronomia/lua. htm>. Acesso em: maio 2014. AFONSO, G. Mitos e estações no céu Tupi-guarani. Scientific American Brasil. Disponível em: <www2.uol.com.br/ sciam/reportagens/mitos_e_ estacees_no_ceu_tupi-guara ni_2.html>. Acesso em: maio 2014.
Ao contrário do que se costuma pensar, desde muito cedo os pensadores desconfiaram de que o mundo não fosse plano, achatado. Numa civilização de navegantes, como a grega, não era rara a oportunidade de observar um navio se afastando no horizonte. Essa simples observação já indicava que a Terra, a grandes distâncias, possuía uma curvatura – conforme a embarcação se afastava, primeiro a parte inferior do navio desaparecia do horizonte, e a última coisa a sumir era o mastro, no topo, como se a embarcação estivesse “descendo”; na verdade, acompanhava a curvatura terrestre. [...] O primeiro a formalizar esse pensamento foi Anaximandro, no século 6 a.C. Partindo dessa observação elementar, ele concluiu que a Terra na verdade era... um cilindro! Somente mais tarde, com a popularização da noção grega clássica de que a esfera é a forma geométrica mais perfeita (em grande parte proporcionada pela atribuição de Pitágoras ao valor da matemática como significado real do mundo), a Terra seria considerada uma esfera – pensamento que predominou desde então, ao menos entre os mais estudados. Astronomia: Fronteira Espacial. V. 11 – Ensinos Fundamental e Médio, p. 29-30. (Coleção Explorando o Ensino). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12583:ensinomedio&Itemid=859>. Acesso em: jun. 2014.
As chamadas “fases da Lua” são a consequência do efeito da iluminação solar em função da posição da Lua em relação à Terra, que muda ao longo do tempo. Tradicionalmente, a Lua apresenta 4 fases: nova, crescente, minguante e cheia. No entanto, é importante ressaltar aos alunos que a Lua muda de aspecto todos os dias e assim nós a observamos, em geral, em um aspecto intermediário entre duas fases subsequentes.
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Esse assunto – fases da Lua – é trabalhado em atividade prática na seção Vamos fazer!, e o propósito da atividade é chamar a atenção dos alunos para o fato de que muitas informações tomadas como verdadeiras são equivocadas e sustentadas apenas pela aparência e pelo senso comum. É importante orientar a classe a questionar o senso comum (os saberes originados das opiniões subjetivas que carecem de julgamento crítico) e buscar respostas a questões de cunho científico nos fatos, no que pode ser comprovado, testado, avaliado. Os alunos poderão comprovar, por meio de simples observações, qual a frase verdadeira apresentada no início da atividade.
Geocentrismo e heliocentrismo Conceitos que hoje nos parecem naturais e óbvios foram motivos de grandes controvérsias no passado. Acreditava-se, por exemplo, que a Terra era o centro do Universo. O cientista Galileu Galilei, no século XVII, desenvolveu suas ideias relacionadas ao heliocentrismo e foi muito contestado pela sociedade, principalmente pela Igreja. É importante que os alunos tenham clara a ideia de que os conhecimentos científicos evoluem o tempo todo, aceitando ou contradizendo ideias anteriormente aceitas. Para abordar mais detalhadamente a mudança do modelo geocêntrico para o modelo heliocêntrico, sugerimos propor à classe uma pesquisa sobre astrônomos importantes para a ciência, ao longo da história, como Johannes Kepler, Isaac Newton, Nicolau Copérnico ou Tycho Brahe e o próprio Galileu Galilei.
O Sol e a energia na Terra Explicar que, embora o Sol pareça a maior das estrelas que vemos no céu, ele não é a maior estrela. Essa impressão é causada pelo fato de o Sol ser a estrela mais próxima da Terra. Os alunos podem demonstrar isso segurando duas moedas iguais: uma próxima ao rosto e outra distante, com o braço esticado (manter apenas um olho aberto facilita essa comparação). A moeda que está mais perto parecerá maior, apesar de as duas terem o mesmo tamanho. Comentar com os alunos sobre a importância do uso do filtro solar na pele, já que os raios do Sol, em excesso, podem prejudicar a saúde. Alertá-los para nunca olharem diretamente para o Sol, pois podem queimar os olhos e perder a visão. Esclarecer que as estrelas cadentes não são estrelas, e sim rochas vindas do espaço que se tornam incandescentes ao atravessar a atmosfera terrestre. Uma sugestão é mostrar o vídeo sobre estrelas cadentes publicado no programa Pequenos Cientistas, uma parceria da revista Ciência Hoje das Crianças e da TV Rá Tim Bum, que pode ser complementado com a leitura do texto “Estrelas não caem”, ambos indicados ao lado.
Para saber mais FIGUEIRA, M. A história de Galileu Galilei. Ciência de Hoje das Crianças. Instituto Ciência Hoje/RJ. Publicado em 11/08/2010. Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol. com.br/a-historia-de-galileugalilei/>. Acesso em: ago. 2014.
Para saber mais Programa Pequenos Cientistas sobre estrela cadente. Ciência Hoje das Crianças e TV Rá Tim Bum. Disponível em: <http://tvuol.uol.com.br/ video/estrela-cadente-existe04021A3362E0A13326>. Acesso em: maio 2014. MOICANO, D. Estrelas não caem! Ciência Hoje das Crianças. Instituto Ciência Hoje/ RJ. Disponível em: <http:// chc.cienciahoje.uol.com.br/ estrelas-nao-caem>. Acesso em: maio 2014.
O movimento de rotação Quando o referencial é a Terra, parece que o Sol se move no céu. Embora essa conclusão pareça lógica, não é correta e não é suficiente para explicar outros fenômenos relacionados ao céu e ao movimento dos astros. Foram ne-
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Para saber mais OLIVEIRA, A. O mensageiro das estrelas. Ciência Hoje. Instituto Ciência Hoje/RJ. Disponível em: <http://ciencia hoje.uol.com.br/colunas/fisicasem-misterio/o-mensageirodas-estrelas>. Acesso em: jun. 2014.
cessárias pesquisas e a criação de novos modelos em substituição àqueles que predominavam há muito tempo na sociedade. Muitas vezes, a informação de que os dias e as noites se sucedem pela rotação da Terra é apenas “decorada” pelos alunos, e cabe a você o desafio de remontar um modelo coerente e que faça sentido para eles, afinal, é muito natural observarmos o movimento do Sol no céu, de nosso referencial na Terra. É fundamental reforçar a ideia de que esse movimento do Sol é apenas aparente. É provável que os alunos recordem como se dá a formação dos dias e das noites, usando o que já aprenderam sobre o assunto. Para ilustrar o tema, sugerimos levar uma bola e uma lanterna para a sala de aula e demonstrar como o movimento de rotação influencia na alternância de períodos claros e escuros. Basta iluminar a bola com a lanterna e girar a bola em seu próprio eixo: a região da bola que ficar iluminada representa a região do planeta em que é dia. A região que estiver no escuro representa o local em que é noite. Conforme a bola for girando, essas regiões se alternam.
O movimento de translação Ao tratar da translação terrestre e de uma de suas consequências (a sucessão das estações do ano no planeta), buscamos adequar a explicação ao nível de abstração dos alunos dessa faixa etária. A inclinação do eixo de rotação da Terra, por exemplo, é apresentada de forma simplificada para o aluno – o eixo está inclinado em relação ao plano da órbita do planeta em torno do Sol. Por ora, pretendemos que os alunos compreendam que as estações do ano não ocorrem porque a Terra se afasta ou se aproxima do Sol, e sim porque seus hemisférios não são igualmente iluminados e aquecidos ao longo do ano. Esse fato se deve também à forma esférica do planeta, o que explica a menor intensidade dos raios solares nos polos e a maior intensidade próximo à linha do Equador, onde os raios solares chegam mais perpendiculares. O entendimento da sucessão das estações do ano está relacionado à percepção de que os hemisférios da Terra não são igualmente iluminados e aquecidos pelo Sol ao longo do ano. Trabalhar com a classe os conceitos geográficos de hemisférios do planeta: hemisfério é cada uma das duas partes do planeta, dividido ao meio pela linha do Equador. É comum que alunos relacionem a sucessão das estações do ano ao fato de o planeta se afastar ou se aproximar do Sol – ideia equivocada. Explicar para a classe que, se a Terra se afastasse ou se aproximasse do Sol ao longo do ano, a mesma estação ocorreria em ambos os hemisférios terrestres, ao mesmo tempo. Ao falar dos raios solares que atingem a Terra de maneira diferente ao longo do ano, é possível iniciar a conversa sobre o fluxo de energia da Terra, mostrando que a vida no planeta depende do Sol (com algumas raras exceções). Há uma teoria que relaciona a extinção dos dinossauros com a queda de um meteorito na Terra. Esse assunto geralmente costuma despertar o interesse dos alunos. Fornecer mais informações para que eles consigam perceber as reações em cadeia que decorreram da queda do meteorito; segundo essa
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teoria, uma extensa cortina de poeira levantada pela queda do meteorito bloqueou a chegada da luz do Sol à superfície do planeta, impedindo que as plantas fizessem o processo de fotossíntese. Sem conseguir produzir alimentos, os vegetais morreram. Os animais herbívoros foram os próximos a ficar sem alimentos e morreram também. Assim, os animais carnívoros também foram prejudicados. Apenas algumas poucas espécies, as que tinham hábitos bastante diversificados, conseguiram sobreviver.
Terra: continentes e oceanos Ao iniciar este tema, se possível, levar para a sala de aula um planisfério e um globo terrestre para explorar o conhecimento prévio dos alunos. Algumas perguntas podem ser feitas, como: §§Onde está o Brasil? §§Que outros países representados você conhece ou já ouviu falar? §§Qual deles você gostaria de conhecer? Por quê? §§Há símbolos e linhas desenhados no planisfério e no globo? O que você acha que eles representam? §§Que diferenças e semelhanças há entre o globo e o planisfério? Além dos conceitos de terras emersas e submersas, você pode trabalhar, de forma indireta, noções de projeção cartográfica, quando são apresentadas e comparadas formas de representação da Terra (o planisfério e o globo terrestre).
Paralelos e meridianos Conversar com os alunos sobre as dificuldades de se representar superfícies curvas, como a da Terra, em um plano. Para ilustrar essa dificuldade e possibilitar que os alunos descubram que a superfície terrestre representada no plano sofre alterações, utilizar algumas laranjas, que deverão representar o planeta Terra. Os alunos poderão propor formas de descascar as laranjas e de esticar a casca (superfície da Terra) em uma superfície plana. Descascar as laranjas seguindo essas sugestões. Para registrar a demonstração, encaminhar a produção de um texto coletivo descrevendo as tentativas e as dificuldades de se transpor uma superfície curva para uma superfície plana.
Projeções cartográficas Um globo geográfico é a representação mais fiel que se conhece da Terra. Embora saibamos que o nosso planeta não é uma esfera perfeita, nada há mais semelhante a ele do que um pequeno globo. É uma verdadeira miniatura da Terra, devido, principalmente, à sua forma. Então, se um globo é a representação esferoidal da Terra, nos seus aspectos geográficos, uma carta é a representação [plana] da Terra. O maior drama que existe em cartografia é, assim, o de termos de transferir tudo o que existe numa superfície curva, que é a Terra, para uma superfície plana, que é o mapa.
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Não é difícil, pois, concluirmos, de imediato, que só poderemos conseguir essa transferência, essa passagem, de maneira imperfeita, infiel, isto é, com algumas alterações ou imperfeições. Por isso é que o problema das projeções cartográficas exige, não só de nós, para sua compreensão, como dos matemáticos, astrônomos, cartógrafos, enfim todos os que criam projeções, uma grande dose de imaginação. Imaginemos uma experiência prática, muito simples: se dispusermos de uma bola de borracha e lhe dermos um corte de 180º (de um polo a outro), e quisermos esticá-la num plano, acontecerá, fatalmente, que qualquer imagem que tivéssemos anteriormente traçado nessa bola teria ficado anteriormente alterada, ou melhor, distorcida, deformada. O problema das projeções não é muito diferente do imaginado aqui. Perguntar-se-á: – Então um mapa-múndi é a superfície da Terra toda alterada? A resposta só poderá ser um veemente – Sim! OLIVEIRA, Céurio. Curso de cartografia moderna. Rio de Janeiro: IBGE, 1988. p. 57.
O lixo nos oceanos O tema sobre o lixo nos oceanos pode ser ampliado com a leitura deste texto.
Plástico forma ilhas de poluição nos oceanos [...] Com uma área estimada em mais de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, o lixão do Pacífico cobre uma extensão maior que o estado do Pará. E também não é o único. Existem mais quatro giros oceânicos semelhantes no mundo, verdadeiros vórtices formados pela ação das correntes marítimas e dos ventos e que lentamente acumulam em seu interior o lixo que chega no mar e eventualmente não é devolvido à costa. [...] A primeira vítima de toda essa poluição é a fauna marinha, já que durante os milhões de anos em que estes animais evoluíram eles podiam considerar praticamente tudo que caía na água como alimento. De acordo com relatório da ONG internacional Greenpeace, ao menos 267 espécies, entre tartarugas, mamíferos, pássaros marinhos e peixes, consomem resíduos plásticos ou os levam a seus filhotes julgando tratar-se de comida. [...] Mas os problemas gerados pelo plástico nos oceanos não ficam por aí. Por repelirem a água,
as resinas acabam atraindo diversos outros tipos de poluentes hidrofóbicos, principalmente compostos orgânicos venenosos como pesticidas (DDT) e bifenilos policlorados (PCBs), funcionando como verdadeiras esponjas de sujeira. Estas substâncias – além do próprio plástico, tratado com aditivos tóxicos como bisfenol A, que podem causar câncer e infertilidade – vão se acumulando ao longo da cadeia alimentar e chegam aos seres humanos. Um zooplâncton, por exemplo, pode consumir um pedaço microscópico de plástico cheio destes poluentes. Depois, este zooplâncton é comido por um organismo maior, que por sua vez alimenta um pequeno peixe, comido por outros de tamanhos crescentes até chegar no atum, um dos maiores predadores dos oceanos. Por fim, este atum, carregado de produtos tóxicos, é pescado e servido em um restaurante japonês qualquer. [...] BAIMA, Cesar. Plástico forma ilhas de poluição nos oceanos. O Globo, 24 ago. 2010. Disponível em: <http://oglobo.globo. com/sociedade/ciencia/plastico-forma-ilhas-de-poluicao-nosoceanos-2962119>. Acesso em: jul. 2014.
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A transformação da Terra Nos temas que seguem, os alunos serão apresentados a alguns acontecimentos do passado da Terra e às ideias da seleção natural e da evolução dos seres vivos. Embora esses temas sejam mais completamente entendidos quando se tem conhecimentos de genética, os alunos desta faixa etária já são capazes de compreender as ideias centrais da teoria de Darwin – que, por sinal, não dispunha de conhecimento formal acerca dos mecanismos genéticos da transmissão da informação.
Os seres vivos e seus ancestrais Neste nível, os alunos podem compreender que seres que viveram no passado já não existem mais atualmente e também que a vida originou-se de uma forma ancestral muito simples. Uma sugestão para iniciar a unidade é assistir com a classe a uma das animações da sequência A Era do Gelo (2002), A Era do Gelo 2 (2006) ou a Era do Gelo 3 (2009), cujos protagonistas – Manny, Sid e Diego – são mamíferos pré-históricos. Os animais do passado costumam despertar o interesse das crianças. Aproveitar essa curiosidade para explorar outros filmes, além de livros, sites e revistas sobre animais já extintos. Perguntar aos alunos: O que notam de semelhante e de diferente entre os animais do passado e os animais atuais? E entre as plantas? E no ambiente? Nessa primeira exploração dos seres do passado, é importante mostrar que muitas formas de vida que já habitaram o planeta desapareceram completamente e que podemos notar semelhanças entre os seres do passado e os seres atuais. Ainda em relação aos seres do passado, é possível falar um pouco sobre os dinossauros. Questionar os alunos sobre o que sabem acerca dos dinossauros: Como era o corpo deles? De que tamanho eram esses animais? A que grupo de vertebrados pertenciam? Será que um animal com pelos ou penas poderia ser um dinossauro? Ler para os alunos o texto a seguir.
O que é um dinossauro? Os dinossauros figuram entre os mais bem-sucedidos animais terrestres que já existiram. Vagaram pela Terra por mais de 150 milhões de anos e viveram em todos os continentes. Herbívoros gigantescos – alguns maiores que uma casa – compartilharam o mundo com diminutos carnívoros do tamanho de uma galinha e com muitas outras espécies de dinossauros de todas as formas e tamanhos. O nome deles significa “lagarto terrível”. [...] Os dinossauros eram répteis. [...]
Outras criaturas Os dinossauros compartilharam o mundo com muitas outras criaturas hoje extintas. Enquanto os dinossauros vagavam pela Terra, répteis marinhos descomunais dominavam os oceanos. Répteis voadores cortavam os céus, apanhando insetos e peixes e às vezes até presas maiores. Junto a esses animais, os pequenos parentes primitivos dos mamíferos e das aves tentavam sobreviver, evitando tornar-se refeição dos animais maiores. BARRETT, P. Dinossauros. Trad. CARLOS S. M. R. São Paulo: Martins Fontes, 2002. p. 12, 16.
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Os fósseis Salientar que as informações que temos até o momento sobre a transformação da vida e as origens da espécie humana são decorrentes de achados fósseis, estudos geológicos, paleontológicos e arqueológicos. Comentar que os fósseis são muito raros e, por isso mesmo, há muitas lacunas na história evolutiva dos seres vivos. Aproveitar para relacionar esse fato com a importância de cálculos matemáticos em Ciências: a probabilidade de um fóssil se formar é muito pequena, porque são necessárias diversas condições: ambiente adequado, ausência de predadores etc. Além disso, devemos contar com a probabilidade (pequena) de esse fóssil ser encontrado por pesquisadores. Como resultado, reconstituir a história da vida no planeta é uma tarefa difícil, porque as pistas deixadas para nós são resultado da soma de duas probabilidades bastante remotas. O texto a seguir fala um pouco mais sobre isso.
Terra, armazém de ossos Apenas uma pequena parcela (mas muito pequena!) dos animais que viveram ao longo das eras geológicas teve seus restos preservados nas rochas. Pense nas camadas de rochas sedimentares como as páginas de um livro e nos fósseis como as palavras que descrevem a história dos seres vivos. Se este livro tivesse mil páginas, quantas delas estariam em branco, em sua opinião? Meu colega aqui ao lado, com o qual escrevo este texto, acredita que teríamos em torno de cem páginas preenchidas. Minha opinião é bem diferente, pois eu acredito que teríamos apenas alguns parágrafos em uma única página! Na verdade, a preservação dos organismos é muito seletiva e condicionada pelo ambiente onde vivam. Por exemplo: animais que viveram nos mares do passado, onde eram mais rapidamente protegidos por sedimentos após a morte, têm um registro geológico mais numeroso do que aqueles que viveram sobre os continentes onde estiveram mais sujeitos a processos que destroem as carcaças, tais como as chuvas, que os remobilizam, e os animais comedores de carniça, que espalham e despedaçam suas partes. Assim, a primeira exigência para a preservação de um esqueleto é que ele seja rapidamente protegido. Essa proteção ocorre de diferentes maneiras na natureza; pode ser pela resina que escorre de uma árvore, pela desidratação em um deserto e até mesmo no gelo. Porém, o processo mais comum é o recobrimento por sedimentos no fundo dos mares, lagos e rios e nos desertos. ANELLI, L. E.; ELIAS, F. A. Programa de Ação Educativa: Curso de Formação de Mediadores da Exposição Dinos na Oca. São Paulo, 2006. p. 22.
Muitos pesquisadores se ocupam em estudar o passado do planeta. Explicar aos alunos o significado da profissão de paleontólogos e arqueólogos. Paleontólogos estudam as espécies que já existiram no planeta, principalmente a partir dos fósseis. Já os arqueólogos se ocupam da história humana, trabalhando em busca de vestígios de sociedades antigas para compreender
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sua cultura e modo de vida. Ao lado, listamos os endereços eletrônicos de dois textos com linguagem adequada à idade dos alunos que podem ser lidos com eles; nesses textos há informações que os auxiliarão a compreender o trabalho feito por paleontólogos e arqueólogos.
Fóssil de dinossauro Muitos alunos já viram esqueletos de dinossauros em filmes, livros ou museus. Se tiverem curiosidade sobre o assunto, propor uma pesquisa sobre o trabalho dos paleontólogos, a descoberta de fósseis no Brasil ou outro tema de interesse da classe. Uma visita a um museu de História Natural, universidade ou outro espaço cultural relacionado ao assunto também é bem-vinda nesse momento. Comentar que a vida está em constante modificação e que estão sempre nascendo indivíduos diferentes dentro de uma espécie, que são selecionados pelo ambiente para viver ou para morrer. Os mais adaptados sobrevivem e deixam descendentes, garantindo a continuidade da vida.
Para saber mais CARVALHO, I. S. Quem aí quer ser paleontólogo? Ciência Hoje das Crianças. Instituto Ciência Hoje/RJ. Disponível em: <http://chc. cienciahoje.uol.com.br/quemai-quer-ser-paleontologo>. Acesso em: jun. 2014. PESSIS, A. M. Como trabalham os arqueólogos? Ciência Hoje das Crianças. Instituto Ciência Hoje/RJ. Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol. com.br/como-trabalham-osarqueologos>. Acesso em: jun. 2014.
Para saber mais Veja onde ficam os museus sobre dinossauros no Brasil. Folha Online. Disponível em: <www1. folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14203.shtml>. Acesso em: jun. 2014.
De onde viemos? É interessante que os alunos, ao observar que os animais e as plantas mudaram ao longo do tempo, reconheçam que a espécie humana também sofreu modificações até chegar aos seres humanos atuais. É importante esclarecer que o ser humano não veio do macaco, como muitas pessoas costumam afirmar erroneamente. Ressaltar que seres humanos e macacos tiveram um ancestral em comum, há muito tempo, no início da nossa história evolutiva. Explorar as imagens que tratam das origens da espécie humana. Comentar que os cientistas afirmam que a linhagem ancestral dos seres humanos evoluiu nas florestas africanas. De acordo com evidências geológicas, uma cadeia montanhosa surgiu no continente africano há cerca de 8 milhões de anos, fazendo com que as porções leste e oeste do continente se modificassem e apresentassem características de clima e vegetação distintas. Na porção oeste permaneceram as florestas exuberantes e nela viveram os ancestrais de chimpanzés e gorilas. Na porção leste, o clima ficou mais seco e a vegetação se modificou, ficando parecida com as savanas. Nela, viveram os ancestrais da nossa espécie. O paleontólogo francês Michel Brunet (1940-) encontrou um fóssil na África (Chade) com idade entre 6-7 milhões de anos, considerado o ponto evolutivo em que nossa ancestralidade divergiu daquela que originou os chimpanzés. O gênero Australopithecus é o primeiro grupo de primatas con-
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siderado antecessor direto do gênero Homo, ao qual pertencemos. Muitas espécies de australopitecos podem ter coexistido e competido entre si. Todas se extinguiram, mas uma deve ter sido ancestral do gênero Homo. Acredita-se que o Homo erectus pode ter sido contemporâneo ao Homo sapiens. Sugere-se que o H. heidelbergensis tenha dado origem ao H. sapiens na África e ao H. neanderthalensis na Europa. O H. neanderthalensis e H. sapiens podem ter competido por espaço e alimento. Os neandertalenses acabaram sendo extintos. O H. sapiens já existia havia cerca de 150 mil anos, mas a partir de 50 mil anos atrás essa espécie prevalece sobre os demais hominídeos. O texto a seguir destaca a África como importante local de achados fósseis sobre a história humana e fala um pouco sobre Lucy, um ancestral do ser humano moderno.
O elo perdido
Para saber mais Evolução humana. Atlas virtual da pré-história. Disponível em: <www.avph.com. br/homens.php>. Acesso em: jun. 2014. SZKLARZ, E. A evolução? Acabou. Superinteressante. Disponível em: <http://super. abril.com.br/ciencia/evolu cao-acabou-447867.shtml>. Acesso em: jun. 2014.
No século XX, as principais descobertas de restos humanos aconteceram na África. Em 1924, trabalhando na África do Sul, o professor de anatomia Raymond Dart, de Johannesburgo, recupera os primeiros australopitecinos, hoje, considerados os antecessores do homem. Não são reconhecidos como humanos, mas constituem o elo entre nós e os ancestrais que dividimos com os símios. A palavra Australopithecus significa “macacos do sul” (do latim australis, indicando sul, e do grego pithekos, indicando macaco). Esses indivíduos eram muito parecidos com os símios, mas decididamente apresentavam características humanas. A separação entre a linha evolutiva do símio mais próximo de nós, o chimpanzé, e a do homem deve ter acontecido há aproximadamente cinco-seis milhões de anos. Os australopitecinos apareceram quatro milhões de anos atrás. O mais famoso leva o nome de Lucy por causa da famosa música dos Beatles, Lucy in the sky with diamonds, que estava tocando no acampamento dos arqueólogos durante a descoberta. Lucy é uma fêmea encontrada na África oriental em 1974, entre Adis-Abeba e Gibuti, em um sítio arqueológico do deserto da Etiópia, não muito longe do mar. O local exato, Hadar, é habitado pelo povo de Afar. O nome científico de Lucy, Australopithecus afarensis, de fato indica que ela vem do território dos Afars. CAVALLI-SFORZA, L. Quem somos? História da diversidade humana. Trad. LAURA C. B. O. São Paulo: Editora Unesp, 2002. p. 59-60.
Explicar aos alunos que esse levantamento da história evolutiva do ser humano ainda não está finalizado. Muita coisa ainda pode mudar em decorrência de novos estudos e descobertas. Os endereços eletrônicos ao lado trazem mais informações sobre a história evolutiva dos seres humanos que podem ser úteis para as conversas sobre o assunto em sala de aula. Os alunos vão gostar de ouvir a leitura do texto a seguir, que trata de vestígios dos primeiros seres humanos no Brasil.
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Férias no início do mundo — Mãe, em vez de a gente viajar sempre para o fim do mundo, dá para, desta vez, nós irmos para o início do mundo? Quando o Tom fez essa pergunta, nem imaginava que seu desejo seria atendido! Não que o mundo tivesse começado justamente ali, no interior de Minas Gerais, onde a gente resolveu passar as férias. Mas é bem possível que Tom e todas as crianças que nos acompanharam no passeio estivessem pisando nos mesmos lugares em que viveram os primeiros habitantes do Brasil: a região da Lapinha, em Santana do Riacho, Minas Gerais, hoje mais conhecida como Serra do Cipó. Lá o cenário é de filme: altas montanhas de pedra, uma lagoa a perder de vista, com uma água que fica mais clara com o céu azul. Ao atravessá-la, a sensação já é a de voltar no tempo. Mas nada se compara com o que encontramos no fim da trilha: diversas pinturas rupestres – ou seja, feitas na pré-história –, retratando homens, mulheres e também diferentes animais, de veados a peixes! O dono do lugar nos disse que as pinturas foram descobertas por acaso por um arqueólogo alemão – um cientista que estuda povos antigos – que estava a passeio pelos arredores. Acaso? Se ele não morasse no meio do mato, podíamos dizer que a sua história parecia de pescador. Afinal, desde o século 19 são feitas pesquisas arqueológicas na região. Ou seja, estudos sobre seus antigos habitantes. E tudo começou com um dinamarquês... Da Dinamarca para o Brasil Em 1835, Peter Lund se mudou para um lugarejo na região da Serra do Cipó chamado Lagoa Santa. Seu intuito era trabalhar nas grutas que havia ali, além de estudar as plantas e os animais brasileiros. Naquela época, isso era comum: vários estudiosos, os chamados naturalistas, vinham para o Brasil em busca da natureza exótica e intocada que não existia mais na Europa. Lund estava justamente em uma destas expedições quando, ao visitar as cavernas mineiras, ficou tão entusiasmado que decidiu até mudar de profissão. Deixou de ser naturalista e virou arqueólogo e paleontólogo. Ou seja, passou a estudar os vestígios deixados pelas pessoas e pelos animais do passado. Tesouro mineiro Para você ter uma ideia de como a região de Lagoa Santa é importante para o estudo da pré-história no Brasil, saiba que também foi lá que, em 1975, encontrou-se o esqueleto mais antigo do Brasil. Com 11.500 anos de idade, ele foi batizado de Luzia. Nesse lugar, uma das descobertas mais importantes de Lund foram ossadas que ficaram conhecidas como sendo do Homem de Lagoa Santa. Na verdade, se tratava de ossos de várias pessoas, encontrados junto a ossos de animais, machados, pontas de flecha e outros instrumentos de pedra lascada, tudo com idade estimada em 11 mil anos!
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Lund também se encantou com as pinturas rupestres que encontrou em seu caminho. Muito parecidas com as que nós vimos mais de 150 anos depois, elas retratam animais e seres humanos. Observando-as bem, dá para entender um pouco como viviam os homens e as mulheres daquela época. Você consegue imaginar a emoção de estar em um lugar que foi habitado por humanos há mais de dez mil anos? Pois as crianças que me acompanharam nesse passeio só queriam mesmo saber de Peter Lund. Ele virou o herói da viagem! Afinal, sem ele, ninguém estaria conhecendo o “início do mundo”! GRINBERG, K. Ciência Hoje das Crianças. Instituto Ciência Hoje/RJ. Disponível em: <http://chc. cienciahoje.uol.com.br/ferias-no-inicio-do-mundo>. Acesso em: jun. 2014.
Duas perguntas podem partir dos alunos ao tratar de evolução: Se não havia vida nos primórdios da Terra, como surgiu o primeiro ser vivo? E de onde ele veio? O surgimento dessas questões é muito saudável, é um indicativo de que os alunos estão fazendo inferências e raciocinando além do que lhes é apresentado. A origem da vida é um tema que envolve, além de pesquisas, a imaginação humana. Não havia ninguém na Terra para testemunhar o surgimento da vida; os pesquisadores contam apenas com indícios que os auxiliam a elaborar modelos e a desenvolver teorias. Além disso, povos de diferentes culturas explicam a origem da vida por meio de concepções religiosas (não tratadas aqui), que podem ser conhecidas por alguns alunos. Contar para eles que as pessoas acreditavam, antigamente, que era possível surgir vida a partir de elementos não vivos. Acreditava-se, por exemplo, que larvas de moscas poderiam surgir espontaneamente da carne em decomposição. O que as pessoas não observavam era que moscas adultas botavam ovos sobre a carne, e dos ovos surgiam as larvas. Essa teoria ficou conhecida como geração espontânea e foi totalmente refutada por pesquisadores que demonstraram uma importante lei natural: seres vivos só podem ser originados de outros seres vivos pré-existentes. Se isso é verdade, como pode ter surgido vida onde antes ela não existia? Existem algumas explicações científicas para isso. De forma simplificada, uma delas diz que a vida poderia ter aparecido a partir da evolução química nas condições da Terra primitiva: compostos inorgânicos se combinaram, originando moléculas orgânicas. Estas, por sua vez, se combinaram formando outras mais complexas que, finalmente, deram origem a estruturas com capacidade de se autoduplicarem (se reproduzirem) e com metabolismo próprio. Estas seriam as primeiras formas de vida do planeta. Chamar a atenção dos alunos para as questões abertas que a ciência ainda não respondeu, a respeito da origem da vida. Incentivar uma conversa esclarecendo que os cientistas buscam evidências e fatos para explicar o que não foi vivenciado. Explicar que o conhecimento humano passa por aperfeiçoamentos e se desenvolve ao longo do tempo. Em outras palavras, a ciência não é feita de verdades imutáveis, e sim construída pelo esforço conjunto de diversos pesquisadores, que se somam ao longo da história.
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A transformação da Terra e a evolução da vida são assuntos que lidam com unidades de tempo muito distantes da realidade dos alunos (milhões e bilhões de anos). É importante que eles estabeleçam relações de tempo quando se fala em evolução dos seres vivos – não é necessário que dimensionem exatamente os números, mas que saibam que o tempo de que estamos falando é realmente longo em comparação a outros tempos do cotidiano deles. Trabalhar com algumas datas históricas e o tempo que já se passou desde que elas aconteceram. Por exemplo: Quando os portugueses chegaram ao Brasil? Quanto tempo se passou, desde essa data até os dias de hoje? Depois, comparar esses valores com os dados nas ilustrações presentes na lição.
Atividade complementar: calendário cósmico O ano é uma medida de tempo muito importante para nós. Comemoramos nosso aniversário todo ano e iniciamos o ano escolar, por exemplo. A história da humanidade é contada em unidades maiores, como a década ou o século. Já a história do Universo se passa em um período tão grande que é difícil expressar em números. Se julgar oportuno, é possível fazer uma atividade prática com os alunos chamada “O calendário cósmico”. Essa atividade foi elaborada com base na criatividade do astrônomo estadunidense Carl Sagan (1934-1996) e ajuda a ter uma ideia da imensidão de tempo que se passou desde o início do Universo até os dias atuais. Em seu livro Os dragões do Éden, de 1977, o astrônomo resumiu toda a história do Universo em apenas um ano, no que ele chamou de calendário cósmico. Para o cálculo do calendário cósmico, assumimos que o Universo tem cerca de 15 bilhões de anos de existência. Dessa forma, cada bilhão de anos da Terra corresponde a mais ou menos 24 dias do ano cósmico e um segundo tem aproximadamente 500 anos. Para essa atividade, seus alunos vão precisar de um calendário de parede (de qualquer ano), com um pequeno espaço para escrever em cada dia, além de lápis e uma folha de papel avulsa. Mês
Dia
Principais eventos
Janeiro
1
Origem do Universo.
Março
1
Origem da Via Láctea, a nossa galáxia.
9
Origem do Sistema Solar.
14
Formação da Terra.
25
Origem da vida na Terra.
12
Aparecimento das primeiras plantas que fazem fotossíntese.
Setembro Novembro
Dezembro
1
A atmosfera começa a se tornar rica em gás oxigênio.
19
Surgimento dos primeiros vertebrados (peixes).
22
Surgimento dos primeiros anfíbios.
23
Surgimento das árvores e dos répteis.
26
Surgimento dos mamíferos.
28
Extinção dos dinossauros.
31
Surgimento dos primeiros humanos.
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Pedir aos alunos que observem a tabela anterior e procurem a data dos principais eventos da história do Universo no calendário, escrevendo nos pequenos espaços o que aconteceu. Se quiserem também podem fazer desenhos para ilustrar cada evento. Depois, em uma folha de caderno, pedir que registrem os eventos do último dia de dezembro, marcando a hora, considerando a tabela a seguir. Dia 31 de dezembro, Hora
Principais eventos
22h 30
Surgimento dos primeiros seres humanos.
23h 46
O homem domina o fogo.
23h 59m 51s
Invenção do alfabeto.
23h 59m 56s
Nascimento de Jesus Cristo.
24h 00
Desenvolvimento da Ciência e da tecnologia, primeiras viagens espaciais.
Espera-se que os alunos fiquem surpresos com o fato de nós, seres humanos, sermos tão “novos” na história do Universo. Nessa tabela, alguns acontecimentos históricos tiveram maior destaque por serem considerados de grande relevância para a humanidade. Se julgar oportuno, permitir que os alunos sugiram outros acontecimentos também importantes na história dos seres humanos. Nesse caso, ajude-os a localizar esses eventos no calendário.
Primeiros habitantes do Brasil Sítio arqueológico é um local no qual os seres humanos que viveram antes do início de nossa civilização deixaram algum vestígio de suas atividades: uma ferramenta de pedra lascada, uma fogueira na qual assaram sua comida, uma pintura, a marca de seus passos etc.
Para saber mais Para mais informações, consultar: <http://www.fumdham. org.br/>. Acesso em: jun. 2014. O site apresenta o Parque Nacional Serra da Capivara, que abriga um acervo paleontológico, arqueológico e botânico.
Continuamente são descobertos sítios arqueológicos no Brasil, e grande parte apresenta pinturas e grafismos rupestres. Os sítios arqueológicos são diferentes segundo o uso que os homens pré-históricos fizeram do local, e neles podem ser encontrados diferentes materiais que correspondem ao tipo de atividade realizada por um grupo, como cozinhar, descansar, brincar, fabricar armas, utensílios, trabalhar a pedra. Todos esses trabalhos produzem vestígios que caem ao solo e que vão sendo, aos poucos, cobertos por sedimentos. Comentar com os alunos que no Brasil todos os sítios arqueológicos são considerados bens patrimoniais da União, ou seja, pertencem ao Estado, e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) cuida de mais de 10 mil sítios arqueológicos já identificados no nosso país. No Parque Nacional Serra da Capivara, no estado do Piauí, as pinturas rupestres são a manifestação mais abundante deixada pelas populações pré-históricas que viveram na região. Nessa área os seres humanos utilizaram a parte protegida dos abrigos como moradia, acampamento, local de enterramentos e suporte para a representação gráfica da sua tradição oral. É importante que os alunos constatem a presença de vestígios da atividade gráfica de grupos humanos no Brasil muito antes da chegada dos europeus,
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como prova de um momento anterior de ocupação humana do nosso território. Assim também convém que levantem hipóteses sobre a intenção desses seres humanos ao realizar tal tipo de pintura, enfatizando as que se relacionam à função comunicativa com outros seres humanos e com as gerações futuras. É importante que os alunos percebam que os desenhos nesse período substituíam a escrita, que ainda não existia, e que por meio deles os seres humanos representavam suas ideias e seus sentimentos. Há grafismos que são reconhecíveis (figuras humanas, animais, objetos) e há aqueles que não são reconhecíveis. A produção de imagens foi uma das primeiras formas que o ser humano encontrou para registrar e compartilhar seus conhecimentos, crenças e emoções. Apresentar aos alunos um vídeo que mostra a produção desse tipo de pintura, disponível no site: <www.youtube.com/watch?v=SjpClgGhXw&feature=rela ted>. Acesso em: jun. 2014. Visitar com os alunos sites de museus ou apresentar imagens de algumas peças encontradas em diferentes sítios arqueológicos do Brasil, disponíveis em: <www.mae.usp.br/acervo/arqueologia-brasileira/>, <http://arqueo.org/museus/ index.html>, <www.museuarqueologia.pt/>. Acessos em: jun. 2014. Propor a organização dessas imagens em uma linha do tempo, a partir de suas datações, explicando a importância destas para que os vestígios sejam situados no tempo.
As datações podem ser relativas, isto é, quando se atribui o objeto a uma época em razão de uma associação entre o mesmo e um evento já datado ou com fenômenos naturais cuja ocorrência segue tempos determinados ou produz certos tipos de vestígios característicos de épocas definidas. Por exemplo, se encontramos um esqueleto em uma camada geológica, conhecida como sendo de um período dado, esse esqueleto terá a mesma idade da camada. Existem, entretanto, métodos de datação absoluta, que datam o próprio vestígio. Os vestígios que podem ser datados não são todos, eles variam de acordo com o método escolhido. [...] Disponível em: <http://www.fumdham.org.br/sitiosarq.asp>. Acesso em: maio 2014.
Explicar aos alunos que, para estudar os acontecimentos ocorridos e como se vivia em outras épocas (tempo) e lugares (espaço), é preciso um trabalho de análise do passado. E esse trabalho é feito com base em fontes e vestígios históricos, que são toda e qualquer marca da experiência dos seres humanos ao longo dos tempos. São exemplos: roupas, moedas, cantigas populares, ferramentas etc. Atualmente os recursos tecnológicos têm contribuído para o registro histórico, como os depoimentos orais gravados, filmes etc. Peter Wilhelm Lund foi um cientista dinamarquês que estudou as formas de vida existentes em períodos geológicos passados, a partir dos seus fósseis. O pesquisador descobriu mais de 12 mil peças fósseis em cavernas da região de Lagoa Santa (Minas Gerais). Entre as descobertas de Lund, está o Homem
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de Lagoa Santa, que revelou a presença humana no local há mais de 10 mil anos. No campo da arqueologia, relatou a descoberta de importantes pinturas rupestres (feitas na rocha) e instrumentos de pedra. Peter Wilhelm Lund nasceu em Copenhague no ano de 1801. Chegou ao Brasil em 1825 e fixou-se em uma aldeia de pescadores do litoral fluminense. Depois de mostrar suas descobertas na Europa, Lund retornou ao Brasil em 1833. Em 1843, Lund descobriu ossos do Homem de Lagoa Santa – primeiros vestígios de ocupação humana, misturados a fósseis de animais, encontrados no Novo Mundo. Do ponto de vista antropomórfico (referente à forma humana), os fósseis descobertos eram bastante distantes dos indígenas americanos e próximos dos negroides. Suas características físicas eram homogêneas, o que indica que esses indivíduos não teriam se misturado com outros grupos. As ossadas mais antigas foram datadas entre 11 e 8 mil anos.
No estudo da História, os materiais encontrados são importantes fontes históricas para organização, comparação e interpretação de informações sobre as ações individuais e coletivas dos sujeitos históricos.
Fonte histórica, documento, registro, vestígio são todos termos correlatos para definir tudo aquilo produzido pela humanidade no tempo e no espaço: a herança material e imaterial deixada pelos antepassados que serve de base para construção do conhecimento histórico. [...] Vestígio é a palavra atualmente preferida pelos historiadores que defendem que a fonte histórica é mais do que o documento oficial: que os mitos, a fala, o cinema, a literatura, tudo isso, como produtos humanos, torna-se fonte para o conhecimento da história. [...] Fonte: SILVA, Kalina; SILVA, Maciel. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006. p. 158.
O trabalho com mudanças e permanências ao longo do tempo pode ser feito por meio das imagens dos anzóis e o que eles podem revelar sobre a cultura e modo de vida de um determinado povo ou comunidade. Os primeiros anzóis foram produzidos manualmente pelo homem pré-histórico a partir de materiais como ossos, madeiras, conchas.
Para saber mais FILIPPO, Raphael de. A arqueologia passo a passo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. Neste livro são explicados conceitos principais da arqueologia, bem como o trabalho de um arqueólogo em escavações, propondo uma reflexão sobre o passado.
Em cerca de 4000 a.C. é que surgiram os anzóis de cobre e posteriormente os de bronze, com o formato parecido com nossos anzóis modernos. No decorrer do tempo os anzóis passaram por uma evolução na sua fabricação, desde o material empregado até o seu formato, sendo resultado de uma moderna tecnologia. Atualmente, os anzóis podem ser feitos de aço. O estudo da cultura material é importante para analisar sociedades que não deixaram documentação escrita e cujos hábitos podem ser reconhecidos por meio da análise dos materiais encontrados. Dessa forma, é possível ampliar, associar e organizar informações sobre o passado dos povos. As investigações sobre o período do Brasil pré-colonial são feitas a partir do estudo de vestígios da cultura material (conceito central da seção Vamos
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fazer !) dos povos que aqui viveram. Os objetos e fragmentos encontrados pelo arqueólogo tornam possível o levantamento de hipóteses sobre o modo de vida dos povos no passado: seus hábitos, sua organização social, seus costumes religiosos, suas relações com outros povos, entre outros aspectos. Para realizar seu trabalho, o arqueólogo lança mão de diversos procedimentos e métodos. Parte de sua pesquisa é feita em campo, identificando e escavando sítios arqueológicos, documentando estruturas, registrando a distribuição dos vestígios encontrados, além de coletar objetos que serão posteriormente analisados e estudados em laboratório. Os arqueólogos são muito importantes no estudo de sociedades antigas e modernas; eles estudam vestígios materiais produzidos por grupos humanos. Entre esses vestígios estão pontas de lanças, machados, vasos, restos de fogueiras, pinturas em rochas, vasos, potes, jarros etc. Os materiais encontrados são analisados em laboratório, e, com saberes que já possuem, os estudiosos aumentam o conhecimento sobre os seres humanos e sua trajetória ao longo do tempo.
Para saber mais Acessar com os alunos a entrevista na revista Ciência Hoje de uma arqueóloga que desde criança resolveu que seria investigadora do passado. Disponível em: <http:// chc.cienciahoje.uol.com.br/ arqueologa-desde-menina/>. Acesso em: jun. 2014.
Sítios arqueológicos do Brasil Pesquisas arqueológicas vêm se diversificando, e no Brasil há inúmeros centros de estudos da área, além de museus com acervos significativos. Se na região onde fica a escola houver um centro arqueológico aberto à visitação ou um museu que apresente um acervo de arqueologia, organizar uma visita dos alunos ao local. Preparar com antecedência um roteiro para que os alunos façam registros do que observarem e descobrirem. No retorno eles podem produzir um texto individual ou coletivo relatando a experiência. Caso não seja possível visitar museus desse tipo, há sites que apresentam fotografias dos vestígios encontrados em diferentes sítios arqueológicos: §§<www.ufmg.br/mhnjb/arqueologiaprehistorica.html>; §§<www.mae.usp.br>; §§<www.mnarqueologia-ipmuseus.pt>. Acessos em: jun. 2014. Explorar a relação entre o museu e os sítios arqueológicos. Explicar que o museu é o local que reúne acervos variados, formados por utensílios, obras de arte, móveis, objetos, documentos, peças de vestuário e artesanato entre outros. O acervo de um museu é preservado pelos profissionais que nele trabalham e fica exposto ao público.
A preservação do patrimônio histórico O patrimônio histórico é parte da memória de um povo e sua preservação é essencial para a reconstituição histórica da formação e do desenvolvimento desse povo. Explicar aos alunos que esses patrimônios podem ser tanto pinturas rupestres como estátuas, edifícios antigos, monumentos comemorativos. A pichação é um dos atos de destruição dos patrimônios históricos.
Para saber mais ZAKZUK, Maísa. Meu museu. São Paulo: Panda Books/ Original, 2004. O livro narra o encantamento de uma menina de 9 anos ao visitar um museu pela primeira vez.
Para saber mais Para saber mais sobre a temática do patrimônio histórico e cultural, sugerimos a leitura do livro FOOT, Newton. Um tesouro pra todos – conversando sobre patrimônio cultural. São Paulo: Escala educacional. De forma lúdica, o livro estimula o conhecimento, o respeito e a preservação do patrimônio material e imaterial das sociedades. Essa obra compõe o acervo do PNBE, contribui com a formação leitora e está disponível nas bibliotecas das escolas.
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Os antepassados dos indígenas Para saber mais Acessar com os alunos o site: <http://pibmirim.socioam biental.org/antes-de-cabral/ ocupacao-brasil>. Acesso em: jun. 2014. Há informações interessantes sobre o povo sambaqui e sobre arqueologia brasileira.
Os antepassados dos povos indígenas do Brasil são os povos sambaqui e marajoara. Eles habitaram o Brasil no período pré-colonial e desenvolveram diferentes modos de utilização dos recursos naturais e também diferentes formas de organização social. É importante que os alunos percebam que, antes do período da colonização europeia, o continente americano era ocupado por diferentes povos, cada um deles com formas distintas de ocupar e dividir o território, de utilizar os recursos naturais, de se organizar e de se comportar. A população indígena que habitava grande parte do litoral formava praticamente um único povo e, nesse sentido, apresentava características socioculturais semelhantes. Essa percepção da diversidade cultural e linguística deve se estender aos povos indígenas contemporâneos que hoje ocupam parte do território brasileiro.
Para saber mais Para sua leitura e informação: SILVA, Aracy Lopes da; GRUPIONI, Luís Donizete (Org.). A temática indígena na sala de aula: novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. São Paulo: Global, 1998. Este livro traz diversas informações sobre a organização atual das sociedades indígenas e sobre o processo de contato dos indígenas com os não indígenas.
Quando os europeus chegaram ao que viria a ser o Brasil, encontraram uma população ameríndia bastante homogênea em termos culturais e linguísticos distribuída, grosso modo, ao longo de toda a costa e na bacia Paraná-Paraguai. A despeito dessa homogeneidade, divisaram-se dois grandes blocos subdividindo essa população: ao sul, os Guarani, que ocupavam a bacia supracitada e o litoral, desde a Lagoa dos Patos até Cananeia, no atual estado de São Paulo; e os Tupi que dominavam a faixa litorânea desde Iguape até, pelo menos, a costa do Ceará. Este continuum tupi-guarani só era interrompido em alguns pontos do litoral: próximo ao estuário do Prata pelos Charrua, na foz do rio Paraíba pelos Goitacá, pelos Aimoré no sul da Bahia e norte do Espírito Santo, e pelos Tremembé, na faixa entre Ceará e Maranhão. [...] As aldeias Tupinambá, compostas por um número variável de malocas – em geral, de quatro a oito – dispostas em torno de um pátio central, possuíam, segundo os relatos da época, uma população de quinhentos até 2 ou 3 mil índios. A distância entre os diversos grupos locais não era uma constante, mas função das condições ecológicas e políticas de cada região. Várias aldeias, possivelmente ligadas por laços de consanguinidade e aliança, mantinham relações específicas entre si, participando de rituais comuns, reunindo-se para expedições guerreiras de grande porte, auxiliando-se na defesa do território. Esse conjunto informe de grupos locais circunvizinhos, porém, não estava sujeito a uma autoridade comum, nem possuía fronteiras rígidas: era fruto de um processo histórico em andamento, onde se definiam e redefiniam, constantemente, as alianças. [...] FAUSTO, Carlos. Fragmentos de História e cultura Tupinambá. Da etnologia como instrumento crítico do conhecimento etno-histórico. In: CUNHA, Manuela Carneiro (Org.). História dos Índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, Secretaria Municipal de Cultura. 1992. p. 381, 382 e 384.
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Unidade 2 Biomas brasileiros
páginas 58 a 101
Esta unidade traz informações sobre diferentes aspectos dos principais biomas brasileiros e apresenta conceitos importantes para a compreensão da Ecologia, como: bioma, biodiversidade, impacto ambiental e proteção ambiental. É importante conhecer os elementos da natureza para aprender a respeitá-la e a conservá-la. Estimular os alunos a manter uma relação de respeito com os elementos naturais, valorizando sua importância e evidenciando as belezas que a natureza oferece são alguns dos objetivos desta unidade. Em todos os ambientes naturais estão os recursos que usamos: a água, o solo e os seres vivos que neles existem. Comentar que a água deve ser usada com racionalidade e que o solo pode prover sustento das pessoas por meio do cultivo de alimentos e da criação de animais. Para incentivar essa relação afetiva, uma sugestão é trabalhar em conjunto com a aula de Arte, solicitando desenhos de paisagens naturais e dos animais preferidos dos alunos, colagens com diferentes materiais naturais etc. Com a intenção de proteger áreas naturais, o governo criou as Unidades de Conservação (UC), como as reservas ecológicas e os parques nacionais. As unidades de conservação federais são geridas pela autarquia federal Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), criado em 2007 (antigo Ibama). Uma sugestão é propor à classe que pesquise sobre parques ou unidades de conservação da região onde moram, para conhecer aspectos da fauna, da flora etc. Caso o planejamento da escola permita, seria interessante fazer uma visita a uma dessas Unidades de Conservação. A pesquisa feita previamente pode ajudar a tornar a visita mais proveitosa, pois a classe vai ter informações sobre o que pode encontrar lá (animais, plantas, rios, cachoeiras, pontos turísticos, centros de pesquisa, entre outros). Nos endereços eletrônicos sugeridos ao lado, há mais informações sobre as Unidades de Conservação, que podem ser úteis e ajudar nas conversas em sala de aula. No primeiro, há informações sobre a lei que regulamenta a criação de Unidades de Conservação e define cada uma delas. No segundo, há informações sobre os diferentes tipos de Unidades de Conservação.
Brasil, país tropical Investigar o conhecimento prévio dos alunos perguntando-lhes por que o Brasil é considerado um “país tropical”. Perguntar a eles se conhecem músicas ou poemas que fazem essa afirmação.
Para saber mais Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000. Casa Civil. Disponível em: <www.planalto. gov.br/ccivil_03/Leis/L9985. htm>. Acesso em: jun. 2014. Lei que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). WWF Brasil. Unidades de Conservação. Disponível em: <www.wwf.org.br/nature za_brasileira/questoes_am bientais/unid/>. Acesso em: jun. 2014.
Sobre o conceito de zona térmica, alguns pontos devem ser destacados: §§Não se trata de um mesmo clima em toda a extensão de cada zona, mas, sim, de diferenças de calor e de luminosidade geradas pelo Sol.
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§§Os limites entre as zonas (paralelos) não são rígidos, isto é, constituem apenas uma referência. §§Relaciona-se diretamente com as diferenças entre os climas, já que a latitude é um dos fatores que influenciam os climas. Lembramos que não é apenas a latitude que interfere no clima, mas também outros fatores, como a altitude e as massas de ar, por exemplo. Aproveitar para retomar a diferença entre clima e tempo atmosférico. Lembrar que o primeiro se refere a características observadas pelos pesquisadores por décadas. E que o tempo atmosférico se refere a condições atmosféricas momentâneas, ou seja, em um mesmo dia podem ocorrer mudanças no tempo, mas não no clima.
Os tipos de clima no Brasil Os diferentes tipos climáticos que predominam no território brasileiro são associados às regiões onde eles predominam. Também podem ser trabalhados os climas existentes em outros países, tais como o desértico e o polar, fazendo, assim, a relação com outras escalas espaciais de análise. Para isso, providenciar um planisfério com a representação dos tipos de clima e encaminhar uma leitura para identificação da ocorrência espacial de cada tipo de clima. Procurar relacionar o planisfério com o mapa das zonas térmicas.
Biomas do Brasil Um bioma contém diversos ecossistemas diferentes e pode abranger vários estados. O mapa dos biomas mostra a área ocupada antes das interferências humanas, que aconteceram ao longo do tempo, ou seja, a área ocupada por cada bioma na época do descobrimento do país. Ressaltar que o Brasil passou por várias mudanças socioeconômicas desde então: houve o período da exploração da borracha, da cana-de-açúcar e do café; da expansão da agropecuária; e, atualmente, destacam-se as monoculturas, que ocupam grandes áreas da região central do país, e a criação intensiva de animais. Aliado à exploração do ambiente para as plantações e à criação de animais, houve o crescimento urbano, que ajudou a reduzir a área original dos biomas. Levar para a sala de aula um mapa que mostre a ação antrópica na vegetação e pedir aos alunos que o comparem com o mapa dos biomas. Desse modo, eles podem perceber a devastação já causada aos biomas. A Mata Atlântica, por exemplo, perdeu quase toda a sua área original. Incentivar os alunos a observar, nos mapas a região onde vivem. Perguntar a eles qual é o bioma predominante nessa região e se já observaram, em passeios ou na região próxima de casa e da escola, se a vegetação original ainda está mantida ou se foi devastada. Caso haja interferência humana na região, conduzir a conversa de modo que os alunos citem exemplos de quais foram as causas da perda da vegetação original e que medidas podem ser tomadas para evitar que o problema se agrave. É necessário explicar a importância dos estudos do ambiente. Só por meio do conhecimento é possível encontrar medidas que ajudem a minimizar a ação humana sobre a natureza, preservando-a para as gerações futuras.
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É possível antecipar o trabalho com conservação ambiental, que será discutido em cada bioma, pedindo aos alunos que pensem em medidas que podem ser tomadas a favor da preservação do ambiente. Pedir a eles que citem as atitudes que cada indivíduo pode tomar e, também, as medidas que os governantes devem adotar. O texto a seguir trata da conceituação do termo conservação. Vale a pena ler e conhecer os vários aspectos desse conceito.
Conservação (Ecologia) Em sentido amplo, é o conjunto de atividades e políticas que asseguram a contínua disponibilidade e existência de um recurso. Em sentido mais restrito, é o armazenamento e a guarda do germoplasma em condições ideais, permitindo a manutenção de sua integridade. A conservação engloba a preservação, que é usada para germoplasma armazenado em temperaturas criogênicas. Conservação da natureza Utilização racional dos recursos naturais renováveis (ar, água, solo, flora e fauna) e obtenção de rendimento máximo dos não renováveis (jazidas minerais), de modo a produzir o maior benefício sustentado para as gerações atuais, mantendo suas potencialidades para satisfazer as necessidades das gerações futuras. Não é sinônimo de preservação porque está voltada para o uso humano da natureza, em bases sustentáveis, enquanto a preservação visa à proteção a longo prazo das espécies, hábitats e ecossistemas. Conservação ex situ Ação de conservar a variabilidade genética das espécies fora de suas comunidades naturais. Desdobra-se em várias modalidades, entre as quais conservação in vitro, em coleções a campo, em câmaras frias e em nitrogênio líquido. Acredita-se que o material genético mantido sob estas condições, longe de seu meio natural, esteja menos sujeito à ação de forças seletivas e, portanto, leve desvantagem, sob o ponto de vista de adaptação, caso seja reintroduzido em seu hábitat natural. Essa teoria, muito aceita na literatura recente, ainda carece de confirmação experimental. Conservação in situ Ação de conservar plantas, animais e outros seres vivos em suas comunidades naturais. As unidades operacionais são várias, destacando-se parques nacionais, reservas biológicas, reservas genéticas, estações ecológicas e santuários de vida silvestre. Acredita-se que o material genético vivendo sob estas condições está sob influência direta das forças seletivas da natureza e, portanto, em contínua evolução e adaptação ao ambiente, desfrutando de uma vantagem seletiva em relação ao material que cresce ou é conservado sob condições ex situ. No caso de espécies domesticadas ou cultivadas, conservação nos ambientes onde tenham desenvolvido suas propriedades e características. Germoplasma: é a conservação do material genético para uso imediato ou com potencial de uso futuro. Vocabulário básico de recursos naturais e meio ambiente. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2004.
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PARA SABER MAIS Vídeos. Meu planetinha. Disponíveis em: <http://planeta sustentavel.abril.com.br/pla netinha/videos>. Acesso em: jun. 2014.
PARA SABER MAIS Especial Veja Amazônia. Planeta sustentável. Disponível em: <http://planetasustentavel. abril.com.br/especiais/vejaamazonia>. Acesso em: jun. 2014.
PARA SABER MAIS Para auxiliar o trabalho com a temática da exploração dos recursos naturais da Floresta Amazônica, sugerimos o livro BARCINSKY, Fabiana (adaptação). Seringueira. São Paulo: Martins Fontes, 2010. O livro mostra como a atividade da extração da borracha nos seringais provocou transformações políticas, sociais e culturais na Amazônia. Também discute questões relativas ao patrimônio ambiental e a necessidade de sua preservação. A obra compõe o acervo do PNBE, contribui com a formação leitora e está disponível nas bibliotecas das escolas.
Como nesta unidade são apresentados os diversos biomas brasileiros, é interessante que a classe troque ideias, informações e imagens com alunos de escolas de diferentes regiões brasileiras, sobre os biomas de suas respectivas localidades. Uma maneira interessante de fazer isso é usar a internet e suas ferramentas de comunicação instantânea (como MSN, Google Talk, Yahoo! Talk ou Skype) ou mesmo o e-mail. Muitos alunos, provavelmente, já utilizam essas ferramentas, e a classe pode pesquisar escolas de regiões diferentes do Brasil para estabelecer contato e trocar informações sobre a vegetação, os animais, a forma como vivem, as frutas e outros alimentos típicos dos biomas pesquisados. Promover uma viagem visual a cada bioma antes da apresentação teórica de algumas de suas características. Isso pode ser feito por meio de fotografias ou vídeos que retratam o bioma que será estudado. Após a apresentação das imagens, solicitar aos alunos que contem suas impressões e conversem entre si, comentando como pensavam ser esse bioma e quais dessas ideias foram mantidas ou rejeitadas. Depois, é sempre válido retomar o mapa de localização da página 64 para que os alunos visualizem qual a região ocupada pelo bioma. Se houver disponibilidade, sugerimos a exibição de alguns vídeos, como os apresentados no endereço eletrônico ao lado. São vídeos curtos com informações sobre os diversos biomas brasileiros, passadas de maneira simples para as crianças.
Amazônia Solicitar aos alunos que pesquisem, em jornais, em revistas e na internet, notícias variadas sobre a Amazônia: sua fauna e flora, os povos indígenas, a situação da terra, os produtos típicos, os frutos, as comidas típicas da região etc., de maneira que eles tenham mais dados sobre esse bioma. Incentivar os alunos a pesquisar sobre a cultura indígena, bastante rica na região. Conversar sobre o consumo de produtos certificados, provenientes da exploração sustentável e legalizada dos recursos da floresta. Explicar a importância de conhecermos a origem, a matéria-prima e o modo de produção dos bens que compramos, a fim de escolher aqueles cuja produção causa menos impactos ao ambiente. Muitas empresas de cosméticos, por exemplo, não realizam testes em animais; outras se preocupam em utilizar embalagens biodegradáveis, oferecer produtos em refil etc. Se julgar oportuno, comentar que, na segunda metade do século XVIII, o governo português ordenou que se realizasse uma expedição científica à região da Amazônia. A intenção era buscar soluções para o problema da demarcação de fronteiras – motivo de permanentes disputas com o governo espanhol – e avaliar as possibilidades de exploração das terras brasileiras. O encarregado da missão foi Alexandre Rodrigues Ferreira, um jovem naturalista que, apesar de ter nascido na Bahia, havia estudado na Universidade de Coimbra, em Portugal. A expedição ficou conhecida como “Viagem Philosophica” (lê-se “filosófica”) e nela foram percorridos quase 40 mil quilômetros de um território jamais explorado por cientistas. É importante estimular a curiosidade e a pesquisa, valorizando, ao mesmo tempo, o caráter histórico da construção do conhecimento científico.
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Geralmente, as crianças se interessam bastante por fatos curiosos. Então, uma sugestão é mostrar outros dados interessantes sobre a Amazônia, como os que constam no endereço eletrônico sugerido ao lado. Explorar as informações com os alunos e ajudá-los na compreensão das comparações feitas. Por ser um bioma bastante extenso, é possível distinguir várias “Amazônias”, entre elas: a Bacia Amazônica, o Bioma Amazônia, a Amazônia legal, entre outras. O texto a seguir pode esclarecer um pouco mais o que é cada uma delas, ajudando nas conversas em sala de aula.
Para saber mais Acredite se quiser. Almanaque da Selva. Especial Veja. Disponível em: <http:// veja.abril.com.br/especiais/ amazonia/p_088.html>. Acesso em: jun. 2014.
Bacia Amazônica – desde sua nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a foz, o Amazonas tem uma extensão de 6 400 quilômetros, superando o Nilo, segundo as últimas pesquisas. É também o maior rio do planeta em vazão, com volume variando de 120 milhões a 200 milhões de litros de água por segundo [...]. Essa vazão de água doce corresponde a 20% de todos os rios do planeta. Estima-se que por dia ele lance no Oceano Atlântico 1,3 milhões de toneladas de sedimentos. Bioma Amazônia – corresponde ao conjunto de ecossistemas que formam a Bacia Amazônica. Está presente em nove países da América Latina. Além das florestas tropicais, sua paisagem também é composta por mangues, cerrados, várzeas, entre outros. No Brasil, encontra-se o núcleo dessa paisagem, a hileia amazônica, com grande concentração de árvores de grande porte, com até 50 metros de altura, tendo o rio Amazonas como eixo que domina 300 quilômetros para cada lado do seu curso, que ocupa 3,5 milhões de quilômetros quadrados. Amazônia Clássica – é uma divisão política e geográfica, que inclui os seis estados que formam a região Norte: Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Acre e Amapá. Nessas unidades, predomina a floresta tipo hileia. Amazônia Legal – é uma criação administrativa do governo federal, de 1996, que juntou os estados da Amazônia Clássica aos que se situavam em suas bordas (Maranhão, Tocantins e Mato Grosso), tendo com ela certa identidade física, humana e histórica, seja no Meio Norte (pelo lado do Nordeste), como no Planalto Central (pelo Centro-Oeste). Essa região poderia receber recursos dos incentivos fiscais, um fundo formado pela renúncia da União à cobrança de impostos de empreendedores dispostos a investir nessa fronteira ainda pouco conhecida e ocupada. Em vez de aplicarem capitais próprios, esses investidores podiam se habilitar a receber dinheiro que, sem os incentivos, teriam que ser recolhidos ao tesouro nacional na forma de imposto de renda. Esse fundo foi administrado por duas agências federais, a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia – SPVEA (entre 1953 e 1966) e, em seguida, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia – Sudam, extinta em 2000 sob acusações de corrupção. Sua recriação foi prometida, mas até hoje não efetivada [...]. Almanaque Brasil Socioambiental, 2004. p. 74.
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Região Norte Nesta unidade, trabalhamos a região como parte, subdivisão do espaço geo gráfico, que apresenta, em sua extensão, características naturais, econômicas, históricas e culturais comuns. Nesse contexto, regionalizar significa dividir o espaço geográfico em regiões de acordo com um critério preestabelecido. Devemos, no entanto, ressaltar que as regiões ou espaços no interior das regiões se inter-relacionam no âmbito nacional e mundial, considerando-se a complexidade das relações de produção em um mundo cada vez mais globalizado, resultado do processo de expansão do capitalismo. O texto abaixo aborda esse aspecto.
Região O conceito de região é proposto como tema de estudo em vários programas curriculares e livros didáticos do ensino fundamental (especialmente na 6· série) e médio. Na ciência geográfica esse é um conceito que tem sido discutido, formulado e reformulado ao longo de sua história, constituindo-se no cerne de uma de suas clássicas polêmicas, sobre sua “natureza” de ciência em busca de leis gerais ou de individualidades regionais. [...] Na discussão atual, na ciência geográfica, sobre o conceito de região alguns elementos merecem ser destacados por atender à necessidade de analisar o surgimento/ressurgimento, o desenvolvimento ou mesmo a morte da região ante a homogeneização do espaço e das relações de produção e ante o fenômeno da globalização da sociedade. Por um lado, a redefinição de fronteiras, o novo papel do Estado-nação desestrutura regiões consolidadas; por outro, assiste-se a surgimentos e ressurgimentos de regiões em consolidação. O momento atual, afirma Santos, “faz com que as regiões se transformem continuamente, legando portanto uma menor duração do edifício regional. Mas isso não suprime a região; apenas ela muda de conteúdo” [...]. CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 2003. p. 101-104.
É importante reconhecer também que as regiões não são naturalmente dadas. É a sociedade ou, especificamente, as instituições de pesquisa, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que definem os critérios de divisão do espaço. Na região Norte, além da exploração irracional de madeira, a devastação da floresta ocorre devido à expansão das áreas agrícolas e de pastagens, à exploração mineral, entre outros fatores. As atividades predatórias também atingem as Terras Indígenas – ou seja, aquelas ocupadas e utilizadas por esses grupos para suas atividades produtivas, com base na preservação dos recursos ambientais necessários ao bem-estar desses povos, bem como à sua reprodução física e cultural, segundo usos, costumes e tradições próprios. A Amazônia Legal concentra cerca de 60% da população indígena atual. Para mais informações sobre o tema, sugere-se a consulta a alguns sites, tais como o da Fundação Nacional dos Índios (Funai. Disponível em: <www.funai.gov.br>.
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Acesso em: jun. 2014), no qual se encontram diversos dados sobre a situação dos povos indígenas no Brasil e, em especial, sobre as Terras Indígenas; e o site do Conselho Indigenista Missionário (Cimi. Disponível em: <www.cimi.org.br/site/ pt-br>. Acesso em: jun. 2014), que também reúne notícias relacionadas aos direitos dos povos indígenas no Brasil, denunciando atos de violência, por exemplo.
Desmatamento Incentivar os alunos a conhecer não apenas as características dos principais biomas, mas também as ameaças enfrentadas em cada um e as atitudes que visam a preservação dessas regiões. Ao final da exploração do tema, mostrar uma tabela como esta para os alunos e levá-los a refletir sobre as características e os impactos presentes em cada bioma. Levar os alunos a observar que os impactos ambientais apontados na tabela têm como fator comum o desmatamento da vegetação nativa na maior parte dos casos. Bioma
Principais características
Principais impactos
Floresta Amazônica
Maior bioma, grande biodiversidade, muita madeira e outros recursos naturais.
Exploração ilegal de madeira, tráfico de animais silvestres, extração de minérios.
Cerrado
Segundo maior bioma brasileiro, árvores retorcidas pelas queimadas, solo rico em alumínio, abriga três importantes bacias hidrográficas.
Devastação decorrente do uso extensivo do solo pela agricultura e pela pecuária, extração de minérios.
Mata Atlântica
Bioma mais devastado do Brasil, localizado próximo à costa, grande biodiversidade, riqueza de fauna endêmica.
Devastação decorrente da intensa ocupação humana, perda da biodiversidade.
Caatinga
Bioma de temperaturas elevadas e pouca chuva em grande parte do ano, transformação da vegetação no período das chuvas.
Técnicas inadequadas de agricultura e de pecuária degradam o solo e os ecossistemas.
Pantanal
Localizado em uma planície alagada durante parte do ano, bioma único no mundo.
Caça e pesca ilegais, pecuária não sustentável e monocultura.
Vegetação de gramíneas, com baixas temperaturas em algumas épocas do ano.
Agricultura e pecuária, que provocam erosão e desgaste do solo, e devastação da vegetação nativa.
Pampa
Ressaltar que, embora a Amazônia e o Cerrado sejam os dois maiores biomas brasileiros, eles não devem ser tratados como os mais importantes, pois todo o conjunto dos biomas tem igual importância para a biosfera e apresenta espécies animais e vegetais, entre outros seres vivos, igualmente importantes para o equilíbrio dos ecossistemas.
Caatinga Se julgar oportuno, iniciar a conversa sobre Caatinga apresentando aos alunos uma música típica da região. Sugerimos a canção “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, composta em 1947. A intenção é que eles percebam o quanto a Caatinga está presente na vida dos nordestinos e é expressa nas diversas manifestações culturais: música, artesanato, vestimenta etc. A canção também permite uma conversa sobre Luiz Gonzaga, importante artista brasileiro. A seguir, segue a letra da música sugerida.
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Asa-branca Quando oiei a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu preguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornaia Nem um pé de prantação Por farta d’água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Inté mesmo a asa-branca Bateu asas do sertão
Para saber mais Uma análise da presença do bioma Caatinga na cultura popular nordestina. Agronline. Disponível em: <www.agron line.com.br/artigos/artigo. php?id=90>. Acesso em: abr. 2014. Tom da Caatinga. TV Futura. Disponível em: <www.youtube. com/watch?v=v5O83Ccj0bU>. Acesso em: jun. 2014.
“Intonce” eu disse adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje longe muitas légua Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Pra mim vortar pro meu sertão Quando o verde dos teus óio Se espalhar na prantação Eu te asseguro não chore não, viu Que eu vortarei, viu Meu coração GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Asa-branca. Luiz Gonzaga ao vivo: Volta pra curtir. BMG Brasil, 2001.
A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro. Para se informar mais sobre o assunto, ler o artigo “Uma análise da presença do bioma Caatinga na cultura popular nordestina”, indicado ao lado, que permite identificar diversos artistas e canções que retratam essa região. Também indicamos uma série de vídeos intitulada “Tom da Caatinga”. As informações sobre o bioma são apresentadas em meio a várias canções. Se julgar oportuno, exiba alguns trechos para a classe. Uma sugestão para evidenciar a diferença da paisagem da Caatinga em épocas de seca e em períodos de chuva é mostrar fotografias da Caatinga seca (que retratem o solo rachado, as árvores sem folhas e o ambiente com o aspecto de não existir vida) e fotografias que mostrem a Caatinga depois dos períodos de chuva (florida e verdejante). Explorar o significado da palavra Caatinga com os alunos. Contar que esse nome tem origem no tupi e significa “mato esbranquiçado”, porque, na época da seca, a vegetação assume esse aspecto. Sugerimos levar para a sala de aula um cacto e, com os alunos, pesquisar como cuidar dele: quanto de Sol essa planta precisa por dia e como deve ser regada. Perguntar: É diferente cuidar de um cacto e de uma samambaia? Como cada uma dessas plantas vive? Em que biomas elas vivem na natureza? Conduzir a conversa de modo que os alunos percebam que as samambaias são plantas típicas de regiões úmidas e quentes, como a Mata Atlântica. Já os cactos são adaptados a regiões secas e quentes, como a Caatinga. Mostrar aos alunos as adaptações dessa planta, como folhas modificadas em espinhos para evitar perda de água por transpiração. Comentar que alguns cactos guardam água em seu caule, assim como outras plantas típicas da Caatinga (a barriguda, por exemplo). Apesar dos fatores naturais difíceis, a seca não é a única responsável pelas condições precárias de vida no sertão nordestino. Há também a má distribuição de renda, que acontece em todo o país, e a falta de políticas eficientes que ajudem a minimizar os problemas causados pela escassez de água. Conversar sobre a importância dos rios para a região da Caatinga. Comentar com os alunos que o rio São Francisco é conhecido como “rio da integração nacional”, porque liga o Sudeste e o Centro-Oeste com o Nordeste. Suas nascentes ficam na
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Serra da Canastra, em Minas Gerais, e sua foz, na divisa de Sergipe e Alagoas. Esse rio percorre 2 700 km, banhando cinco estados. Às margens do rio São Francisco se desenvolve a agricultura, principalmente de frutas tropicais. A água, recurso escasso no bioma, é muito importante para os seres vivos que lá habitam e, nesse sentido, o rio São Francisco tem papel imprescindível para a região. Nesse momento, aproveitar o tema para propor uma pesquisa sobre os produtos agrícolas cultivados no Nordeste brasileiro, e sobre as frutas típicas da região, muitas delas exportadas. Se julgar oportuno, levar para a sala de aula algumas dessas frutas e elaborar com os alunos receitas saudáveis. No endereço eletrônico sugerido ao lado, é possível encontrar informações e curiosidades sobre esse bioma.
Para saber mais WWF Brasil. Curiosidades sobre a Caatinga. Disponível em: <www.wwf.org.br/ natureza_brasileira/ques toes_ambientais/biomas/ bioma_caatinga/bioma_caa tinga_curiosidades>. Acesso em: jun. 2014.
Cerrado Como sugerido para o caso da Amazônia, propomos a apresentação de imagens do Cerrado, antes da apresentação das informações do livro. Retomar o mapa dos biomas e pedir aos alunos que localizem o Cerrado. Contar que o Cerrado era visto como um bioma pobre em espécies e com vegetação seca. Esse foi um dos motivos que fizeram com que o estudo desse importante bioma fosse negligenciado por muito tempo. Atualmente, as pesquisas evidenciam a grande riqueza de sua fauna e flora, contendo matérias-primas importantes, como extratos vegetais para produção de medicamentos, e uma extensa lista de frutos comestíveis, ricos em vitaminas e outros nutrientes importantes para a saúde das pessoas. Muitas plantas do Cerrado apresentam adaptações à falta de água, já que esse bioma é seco durante boa parte do ano. As raízes profundas são exemplos dessas adaptações. Ler o texto a seguir com os alunos sobre o lobo-guará, animal típico do Cerrado, e depois pedir a eles que expressem suas impressões e interpretações em forma de desenho. Ao final da atividade, permitir aos alunos que compartilhem seus desenhos, explicando seu trabalho. Aproveitar o texto do lobo-guará para conversar sobre o respeito à biodiversidade. Ainda há bastante preconceito contra alguns animais considerados “cruéis” ou “azarentos”. Infelizmente, o lobo-guará é vitima de caçadores que acusam o animal de ser feroz. Ao contrário, trata-se de um mamífero tímido, cuja principal defesa é a fuga.
Quem tem medo do lobo-guará? Lobo brasileiro não tem nada de mau e está ameaçado pela destruição de seu hábitat Nos contos de fadas, o lobo é quase sempre o vilão. Quem não se lembra de “Chapeuzinho Vermelho”, ou de “Os Três Porquinhos”? Essas e outras histórias famosas surgiram na Europa, onde vivem os lobos-cinzentos, cujo nome científico é Canis lupus (“cão” e “lobo” em latim). Os lobos-cinzentos formam grupos chamados matilhas, e juntos podem caçar grandes animais, como veados e alces. No passado, à medida que os humanos foram se mudando para novas regiões, passaram a ocupar territórios onde os lobos-cinzentos vi-
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viam. Não demorou muito para as matilhas atacarem ovelhas, vacas e outros animais domésticos, despertando a ira dos fazendeiros. Por conta disso, durante séculos, os lobos foram considerados inimigos, sendo caçados, e, em algumas regiões, até extintos. Porém, com o passar do tempo, as pessoas perceberam a importância dos lobos-cinzentos para o equilíbrio da natureza. Assim, medidas foram tomadas para garantir a sobrevivência da espécie e de suas presas naturais, e também para evitar ataques aos rebanhos de fazendeiros. A má fama dos lobos-cinzentos – injustificada, como você viu – acabou se espalhando para todos os cantos do mundo e chegou até o Brasil. Não existem lobos-cinzentos por aqui, mas nosso país é lar de um parente distante deles, que conhecemos como lobo-guará. Só pelo nome, nosso lobo já causa medo em muita gente… Mas que bobeira! Os lobos-guarás vivem principalmente em áreas abertas naturais do Cerrado e dos Pampas do Brasil, e em algumas regiões de países vizinhos. Seu nome científico, Chrysocyon brachyurus, nos diz um pouco sobre suas características – em grego, significa “cão dourado de cauda curta”, e combina com o animal de pelagem alaranjada e cauda pequena se comparada com o resto do corpo. Já as orelhas são longas e as pernas são bem compridas, o que faz os lobos-guarás parecerem um tanto desengonçados. Muita gente acha que “lobo-guará” significa “lobo-vermelho”, mas não é não! Os indígenas conheciam esses animais como aguará-guazú (o aguará grande) – nome pelo qual ainda são chamados em outros países onde habitam. Aguará (que depois virou guará) é uma palavrinha misteriosa, que os pesquisadores não sabem direito como surgiu. Alguns, porém, acreditam que possa ser uma variação de jaguara (“fera”). As aparências enganam, e os lobos-guarás são feras bem tranquilas. Eles não vivem em matilhas, mas sozinhos, e só se encontram com outros da mesma espécie na época da reprodução. Além disso, enquanto seus “primos” lobos-cinzentos podem caçar grandes presas, os lobos-guarás preferem comer pequenos animais como roedores, e, acredite, muitas frutas! A preferida deles é a fruta da lobeira, uma planta nativa da América do Sul. As lobeiras e os lobos-guarás participam de uma relação chamada mutualismo, onde as duas espécies se ajudam: as lobeiras fornecem frutos que são consumidos pelos lobos, e os lobos liberam em suas fezes as sementes das plantas, ajudando para que germinem novas lobeiras por onde passam. Agora que você conhece um pouco mais sobre o Chrysocyon brachyurus, pense aí: será que Chapeuzinho Vermelho teria problemas se visse um lobo-guará no caminho para a casa da vovó? COSTA, H. C. Quem tem medo do lobo-guará? Ciência Hoje das Crianças. Instituto Ciência Hoje/RJ. Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/quem-tem-medo-do-lobo-guara>. Acesso em: jun. 2014.
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Produtos do Cerrado Mostrar fotografias de animais e de plantas típicas desse bioma. Solicitar aos alunos que observem o aspecto dos troncos da maioria das árvores do Cerrado. Citar alguns frutos típicos da região, como buriti, ingá, jatobá, mangaba e pequi, entre outros. Se julgar oportuno, compartilhar com os alunos as informações sobre a importância desses frutos para a saúde das pessoas, que podem ser obtidas no endereço eletrônico sugerido ao lado.
Região Nordeste
Para saber mais MOÇO, A. Delícias do cerrado. Planeta sustentável. Disponível em: <http://planeta sustentavel.abril.com.br/ noticia/saude/conteudo_ 273282.shtml>. Acesso em: jun. 2014.
A região Nordeste começou a ser ocupada e explorada economicamente com a chegada dos primeiros colonizadores europeus. Nos séculos XVI e XVII, com a intensa produção de cana-de-açúcar, tinha grande importância econômica. Já no século XVIII, com a descoberta de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, a região começou a entrar em decadência econômica. O desenvolvimento das indústrias na região Sudeste fez a crise da economia do Nordeste se agravar ainda mais. Foi por causa dessa longa crise na economia que muitos nordestinos migraram em busca de melhores condições de vida em outras regiões. No entanto, principalmente a partir da década de 1990, muitas empresas do Sul e do Sudeste instalaram-se no Nordeste. Essas empresas foram atraídas por vantagens oferecidas pelos governos de alguns estados e municípios nordestinos, como a isenção de impostos. Atualmente, existem vários polos industriais no Nordeste, principalmente na Bahia, em Pernambuco e no Ceará.
Pantanal É usual afirmar que o Pantanal é um bioma único porque não há nenhum outro parecido em todo o planeta. Os habitantes do Pantanal se adaptaram às condições características desse bioma. Na época das cheias, por exemplo, é preciso transferir a boiada para locais mais altos, onde ainda é possível encontrar alimento e espaço para os animais. Nessa época, observam-se, então, grandes migrações conduzidas pelos boiadeiros. Compartilhar com os alunos as informações contidas no endereço eletrônico a seguir. Nele, há diversas curiosidades sobre a maior planície inundável do planeta.
Para saber mais Curiosidades sobre o Pantanal. Portal Pantanal. Disponível em: <www.portalpantanal.com.br/ variedades/47-curiosidadespantanal.html>. Acesso em: jun. 2014.
Recordar com os alunos que algumas atividades humanas podem interferir no equilíbrio dos ecossistemas, como desmatamento, caça e pesca ilegais, poluição da água, do solo e do ar. Uma sugestão é apresentar aos alunos trechos do documentário “Pantanal no ar”, que pode ser solicitado no site da produtora Código Solar Produções,
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Para saber mais Site da produtora Código Solar Produções: Disponível em: <www.codigosolar.com.br>. Trailer do documentário “Pantanal no ar”. Disponível em: <www.codigosolar.com.br/ video/pantanal/pantanalnoar. html> . Acessos em: jun. 2014.
listado ao lado. O documentário tem duração de 87 minutos, por isso sugerimos selecionar alguns trechos para serem apresentados em sala de aula. Depois, promover uma roda de conversa sobre o que foi exibido. Vale a pena incentivar os alunos a conversar sobre as riquezas desse bioma e as principais ameaças que ele vem enfrentando. É válido, também, conversar sobre medidas que poderiam ser tomadas para minimizar esses efeitos negativos.
Região Centro-Oeste Até o final da década de 1950, a região Centro-Oeste estava praticamente isolada do restante do território brasileiro. A construção de Brasília, iniciada em 1957, foi uma das principais medidas tomadas pelo governo federal para favorecer o povoamento da região. Com a construção da nova capital, várias rodovias foram abertas para promover a ligação da região Centro-Oeste com o restante do país. Um grande número de pessoas mudou-se para essa região em busca de melhores condições de vida. No Centro-Oeste está o maior rebanho de bovinos do Brasil. Em geral, nessa região, o gado é criado solto e em grandes propriedades e sua produção é voltada principalmente para o fornecimento de carne. Nas décadas de 1970 e 1980, muitos agricultores do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo foram trabalhar nas áreas rurais do Centro-Oeste para criar gado ou plantar soja. O setor industrial da região Centro-Oeste cresceu bastante nos últimos anos. Os ramos que mais se desenvolveram foram os de alimentos, relacionados à produção agropecuária. Atualmente, Brasília, Goiânia e seus municípios vizinhos formam a área mais industrializada do Centro-Oeste.
Mata Atlântica
Para saber mais Pau-brasil: nativo da Mata Atlântica. Meu planetinha. Disponível em: <http://pla netasustentavel.abril.com. br/planetinha/videos/paubrasil-arvore-nativa-mataatlantica-500152.shtml>. Acesso em: jun. 2014.
Ao tratar do bioma Mata Atlântica, uma sugestão é mostrar fotografias de centros urbanos, como São Paulo, Vitória, Salvador, Rio de Janeiro etc. Mostrar um mapa com a divisão política do país e perguntar aos alunos em qual região se localiza as cidades apresentadas. Depois, pedir que verifiquem a que bioma corresponde essa área. A intenção é que percebam que a área onde originalmente se encontrava a Mata Atlântica foi ocupada por grandes cidades e apresenta um elevado crescimento urbano. Comentar que essa região também sofreu o impacto das atividades econômicas ao longo da história do Brasil. Comentar, por exemplo, sobre a exploração do pau-brasil, árvore que deu nome ao nosso país, quando os primeiros exploradores chegaram por aqui. No endereço eletrônico sugerido ao lado, há um vídeo curto que traz informações sobre o pau-brasil. Se julgar oportuno, assista-o com a classe. Atualmente restam cerca de 7% desse bioma. Uma sugestão para tornar mais clara a atual situação da Mata Atlântica é pegar uma folha de papel qua-
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driculado e delimitar 100 quadradinhos, que representariam 100% da Mata Atlântica original. Depois, pedir aos alunos que pintem os quadradinhos que indicam a área atual desse bioma: apenas 7 quadradinhos. Se houver disponibilidade, mostrar aos alunos um mapa com a localização atual dos trechos de Mata Atlântica. Pesquisar com a classe instituições e organizações destinadas a proteger os remanescentes da Mata Atlântica, bem como parques e áreas de proteção desse bioma. Conversar com os alunos sobre o que devemos e o que não devemos fazer se formos visitar uma área de proteção ambiental: Onde jogar o lixo?; Podemos recolher animais, plantas, pedras ou outras “lembrancinhas” do passeio? Como devemos tratar as plantas e os animais do local? Depois de explicar aos alunos que a Mata Atlântica é um dos biomas mais devastados do mundo, explorar com eles o infográfico “Onde a biodiversidade está mais ameaçada no planeta?”, disponível no link sugerido a seguir. Ele traz informações sobre as regiões do planeta que mais sofreram com as ações humanas. No Brasil, destaca-se a Mata Atlântica. Abaixo, também sugerimos outro endereço eletrônico com informações interessantes sobre esse bioma, que podem ser úteis nas conversas em sala de aula.
Para saber mais Onde a biodiversidade está mais ameaçada no planeta? Planeta sustentável. Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/infos/info_biodiversidade/index.html>. Acesso em: jun. 2014.
Região Sudeste A região Sudeste é a mais populosa do Brasil e concentra grande poder econômico. A região também se destaca por possuir uma produção agropecuária e industrial moderna e diversificada. No Sudeste estão localizadas as sedes de importantes empresas atuantes no Brasil, como bancos e indústrias. Além disso, bons hospitais de grande porte, que recebem pessoas de todo o Brasil, situam-se nessa região. Apesar de concentrar a maior parte da riqueza do país, a pobreza e a desigualdade social estão bastante presentes nessa região. A região Sudeste possui uma grande rede de transportes, composta de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, por onde se deslocam muitas pessoas, matérias-primas e mercadorias. É a maior produtora de diversos produtos agrícolas voltados à indústria e à exportação, tais como a laranja, o café e a cana-de-açúcar. As produções ocorrem em grandes propriedades monocultoras, principalmente as de laranja e as de cana-de-açúcar. A concentração econômica no Sudeste é resultado de um longo processo histórico. No século XIX, os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, especialmente, eram grandes produtores de café, principal produto
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da economia brasileira naquela época. A produção, o transporte e a venda do café, sobretudo para outros países, contribuiu para o crescimento da infraestrutura urbana, como o dos meios de transporte. Assim, muitas indústrias passaram a se instalar em cidades do Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro. Nessa época, muitos operários eram pessoas vindas de outros países, principalmente imigrantes europeus.
Cultura caiçara A cultura caiçara mescla as tradições dos indígenas, dos colonizadores portugueses e dos africanos trazidos para a colônia. Esse encontro se deu nas matas litorâneas do atual território brasileiro. Como fruto desse encontro, surgiu o povo caiçara, que guarda seus costumes e tradições, transmitindo-os de geração para geração. Em pequenas comunidades no litoral, principalmente do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, os caiçaras guardam habilidades de uso dos recursos naturais para alimentação, para construção de casas, na manufatura de redes, de instrumentos de trabalho ou de uso doméstico. Na culinária, se destacam os mais diversos usos da mandioca, bem como o preparo de pratos à base de peixes.
Pampa O Pampa também é chamado de Campos Sulinos, ou, simplesmente, Campos. Retomar o mapa de localização dos biomas e pedir aos alunos que identifiquem a área onde esse bioma está presente. Comentar que nesse bioma, nos meses de inverno, são registradas as temperaturas mais baixas do país. Eventualmente, algumas cidades localizadas no domínio do Pampa registram a ocorrência de neve. Aproveitar para comentar com os alunos que essa região do Brasil é bastante visitada pelos turistas. Porém, nem sempre as pessoas apreciam a natureza. Muitas das atividades humanas foram responsáveis pela destruição de parte desse bioma.
Região Sul A região Sul apresenta as menores temperaturas médias do Brasil e uma das vegetações nativas mais devastadas pela pecuária. Nela predomina o clima subtropical. Como a região está localizada na zona térmica temperada, no inverno as temperaturas caem muito e em alguns lugares pode até nevar. A devastação da Mata de Araucárias ocorreu devido à intensa exploração de madeira e à implantação de áreas para a agricultura e a criação de animais. Comentar que o corte das araucárias para extração de madeira quase exterminou essa espécie em seu ambiente natural. A araucária é uma árvore de grande porte e produz o pinhão, que é a sua semente. Diversos animais se alimentam do pinhão, inclusive os seres humanos. Se possível, levar para a sala
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de aula alguns pinhões e promover uma degustação das sementes, já cozidas e descascadas. Os alunos podem plantar algumas sementes (os pinhões) e produzir mudas de araucária. É fácil plantar o pinhão: basta deitá-lo sobre solo fértil, enterrando-o parcialmente. As mudas podem ser doadas ou plantadas na escola. Atentar para o fato de que as árvores são muito grandes; a produção das mudas só deve ser feita se houver espaço para plantar as árvores. A região Sul é a segunda mais industrializada do Brasil e possui indústrias de diferentes setores. A importância da indústria de alimentos na região tem relação com a produção agropecuária. As vinícolas, as fábricas de óleo vegetal, os moinhos de trigo, laticínios e frigoríficos, por exemplo, localizam-se próximos às áreas de produção agropecuária.
Para saber mais GONÇALVES, G. L. Os tuco-tucos. Disponível em: <www. ufrgs.br/projetotucotuco/ ctenomys.htm>. Acesso em: abr. 2014. Texto sobre o tuco-tuco, um animal típico da região dos Pampas.
Na agricultura, os principais produtos são o arroz, o trigo, o milho, a soja e o feijão. Na pecuária destaca-se a criação de suínos e de aves. Na região também se destacam a indústria automobilística, de informática e as metalúrgicas. Nas últimas décadas, muitas indústrias se instalaram na região Sul para aproveitar as vantagens oferecidas pelos governos estaduais, como impostos mais baixos. A proximidade com a Argentina, o Paraguai e o Uruguai, com os quais o Brasil tem aumentado a relação comercial, também atraiu indústrias para a região. Apesar de na região Sul a população ter melhor acesso a serviços de sanea mento básico e educação, também existe pobreza, principalmente nas áreas mais distantes do centro das cidades.
Comunidades tradicionais São denominadas comunidades tradicionais aquelas que possuem cultura própria, em muitos aspectos diferente da cultura predominante na sociedade, ou seja, têm hábitos e costumes específicos de sua comunidade. Geralmente ocupam determinado território e usam recursos naturais para a sobrevivência, sendo seus conhecimentos transmitidos de geração a geração. Geralmente têm conhecimento aprofundado da natureza e seus ciclos. Nessas comunidades não há acúmulo de bens e de capital. A unidade familiar aglutina as pessoas, bem como os mitos, a música e as comemorações coletivas. Além das comunidades citadas no livro, temos os caipiras, os quilombolas e os indígenas.
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Unidade 3 Nós e o planeta
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Esta unidade procura mostrar o papel que o ser humano desempenha como modificador do ambiente onde vive. Relembrar com os alunos o conceito de recursos naturais e sua importância para o desenvolvimento da sociedade humana.
O ser humano e o ambiente Informar aos alunos que, atualmente, há poucos lugares na Terra intocados pelo ser humano. Isso significa que na maioria dos lugares do planeta há pessoas; consequentemente, esses lugares devem apresentar interferências humanas. É interessante contar aos alunos um pouco sobre a história do Brasil no tempo em que os portugueses chegaram aqui: no país havia inúmeros povos indígenas, porém a paisagem ainda era pouco modificada. Os portugueses ficaram admirados com a exuberância das florestas brasileiras e relataram tudo o que viram, por carta e por desenhos, às autoridades que ficaram em Portugal. No site <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/carta-perovaz-caminha-como-interpretar-nosso-primeiro-documento-702761.shtml> (acesso em: maio 2014), é possível ver uma proposta de atividade que analisa trechos da carta que Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei de Portugal, descrevendo a paisagem da região onde a tripulação das naus portuguesas desembarcou pela primeira vez aqui no Brasil: a região de Mata Atlântica. Comentar com os alunos que a ocupação do país pelos europeus não teve apenas impactos negativos sobre os indígenas e a natureza brasileira. Portugueses, italianos, alemães, holandeses e espanhóis – além de outros povos que não os europeus, como os africanos, e povos orientais – contribuíram significativamente para a construção da cultura brasileira, influenciando a culinária, a música e a religião, por exemplo. Comentar que a população brasileira é caracterizada pela miscigenação dos povos.
O uso dos recursos naturais O estudo do uso racional dos recursos naturais é central na educação ambiental. Desde cedo, qualquer criança pode aprender atitudes práticas que, somadas ao conhecimento técnico, contribuirão para torná-la um cidadão responsável. Uma sugestão é providenciar, no início do ano letivo, uma caixa de papelão para guardar sucata, que poderá ser útil para diversas atividades. Estimular os alunos a abastecer a caixa com embalagens, papéis e outros materiais. Pedir aos alunos que procurem no dicionário o significado da palavra reciclagem. É provável que muitos deles já tenham algum conhecimento sobre o termo ou reconheçam a importância do processo de reciclagem para a preservação do ambiente. Permitir que conversem livremente e exponham suas ideias.
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A produção de açúcar e de etanol O tema apresenta o aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar no contexto do tema maior da sustentabilidade. O objetivo é estabelecer relações entre o presente e o passado, revelando a permanência da produção da cana-de-açúcar no presente e sua relevância na economia brasileira na produção de açúcar, de combustível (etanol) e na geração de energia. O trabalho com a análise do infográfico pretende desenvolver a habilidade de leitura de gráficos e de representações, cada vez mais presente nas fontes de informação na sociedade do conhecimento. O texto a seguir trata da importância dessas formas de representação para os alunos.
[...] as apresentações multimídia podem incentivar os alunos a se empenharem na aprendizagem ativa representando mentalmente o material em palavras e imagens e fazendo conexões mentais entre as representações visuais e verbais. Por outro lado, apresentar somente palavras pode incentivar os alunos – especialmente aqueles com menos experiência ou conhecimento linguístico – a participarem superficialmente da aprendizagem, por não conseguirem conectar as palavras com conceitos e outros conhecimentos. Disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edu/ImagemEduc/uso_educacional_do_infogrfico.html>. Acesso em: jun. 2014.
A produção de papel Reduzir o uso do papel é uma prática de sustentabilidade. Embora haja florestas plantadas destinadas à produção de papel, o consumo de água e energia necessárias para sua produção é muito elevado. Sendo ele um dos materiais mais presentes nas escolas, consideramos importante um trabalho de conscientização dos alunos em relação à importância de usá-lo sem desperdício e descartá-lo de forma correta. Para iniciar o trabalho, sugerimos que os alunos, divididos em grupos, façam uma exploração na escola listando materiais e produtos que são feitos de papel e que são utilizados no dia a dia da instituição: livros, cadernos, agendas, pastas, envelopes, apostilas, provas, cartazes, avisos, papel higiênico, guardanapos, entre outros. Reunir as listas dos diferentes grupos, criando uma lista única. Perguntar aos alunos se eles sabem o que se usa para fabricar o papel. Se possível, assistir com os alunos ao vídeo disponível em <www.youtube.com/ watch?v=jqty_zMgQRM>, que explica o processo de fabricação do papel. Apresente aos alunos as seguintes sugestões para economizar papel: §§Utilizar os versos dos papéis que foram impressos somente de um lado para outras finalidades. §§Quando o papel estiver totalmente usado, enviá-lo para a reciclagem. §§Reaproveitar os envelopes colocando etiquetas adesivas sobre o endereço do destinatário e do remetente.
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§§Reaproveitar os pedaços de papel-cartão, papel laminado, crepom, cartolina, papel pautado, entre outros, para novos eventos da escola. §§Usar jornais, revistas, papelões, sobras de isopor para substituir papéis pardos ou flip-chart na confecção de painéis e decorações no interior da escola. §§Usar sempre os dois lados das folhas do caderno por inteiro.
Para saber mais Para auxiliar o trabalho com a temática Arte e ampliar o repertório dos alunos, sugerimos o livro FIDALGO, Lúcia. Tarsila, a menina pintora. São Paulo: Paulus. Ele trata da vida da pintora modernista Tarsila do Amaral e de sua importância como artista. Essa obra compõe o acervo do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e está disponível nas bibliotecas das escolas.
Papel e arte É importante chamar a atenção para a matéria-prima do artista, o papel já impresso de revistas e folhetos cujo destino seria o lixo. Lembrar que a atitude das pessoas tem impacto na coletividade, uma vez que vivemos em sociedade. O artista costuma ser um formador de opinião, pois por meio da arte é capaz de revelar os acontecimentos sob um olhar mais crítico e, de uma maneira original e diferente, chamar a atenção das pessoas para os problemas do mundo. Essa é uma boa oportunidade para explicar o conceito de reciclagem. Leia sobre o processo de reciclagem e os tipos de papel recicláveis.
Os tipos de papéis que podem ser reciclados são os seguintes: papelão, jornal, revistas, papel de fax, papel-cartão, envelopes, fotocópias, e impressos em geral; os não recicláveis são: papel higiênico, papel toalha, fotografias, papel carbono, etiquetas e adesivos. Todos os papéis reciclados depois de coletados por cooperativas ou catadores são separados por tipo e vendidos para os “aparistas” que transformam os papéis em aparas que são enfardadas e novamente vendidas para as indústrias. Disponível em: <http://www.infoescola.com/ecologia/ reciclagem-de-papel/>. Acesso em: maio 2014.
Visite com os alunos o site do artista Silvio Alvarez e conheça outros exemplos surpreendentes do trabalho dele, disponível em <www.silvioalvarez. com.br/site/> (acesso em: maio 2014). Veja também este vídeo sobre a obra de Silvio Alvarez, disponível em <www.youtube.com/watch?v=l3LavafkFp0> (acesso em: maio 2014). Para finalizar, propor aos alunos que experimentem a técnica da colagem com a ajuda do professor de Arte. Expor os resultados na escola.
As formas de energia Energia é um conceito abstrato e de difícil definição. Por isso, sugerimos introduzir o termo com algumas ideias simples: a energia é algo necessário para fazer com que algo funcione, mova-se ou aconteça, e pode apresentar-se em várias formas (por exemplo: energia solar, energia elétrica, energia dos combustíveis, energia eólica etc.).
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A energia, principalmente a elétrica, é tema de notícias divulgadas frequentemente na mídia. Possivelmente, os alunos já ouviram os adultos comentando sobre o valor da conta de luz, ou problemas em equipamentos elétricos, ou mesmo presenciou quedas de energia que deixaram equipamentos indisponíveis. O texto a seguir oferece subsídios para a reflexão sobre o conceito de energia.
De todos os conceitos da Ciência, talvez o mais central seja o de energia. A combinação de energia com matéria forma o universo: matéria é a substância, energia é o que move a substância. A ideia de matéria é fácil de compreender. A matéria é o conteúdo do que podemos ver, cheirar e tocar. Ela possui massa e ocupa espaço. A energia, por outro lado, é abstrata. Não podemos ver, cheirar ou tocar a maioria das formas de energia. É surpreendente, mas a ideia de energia foi ignorada por Isaac Newton e sua existência ainda era objeto de debates pelos idos de 1850. Embora energia
nos seja familiar, é difícil defini-la, pois ela não é apenas uma “coisa”, mas uma coisa e um processo juntos – como se fosse um substantivo e um verbo. Pessoas, lugares e coisas possuem energia, mas geralmente observamos a energia apenas quando ela está sendo transferida ou transformada. Ela chega a nós na forma de ondas eletromagnéticas vindas do Sol e a sentimos como energia térmica; ela é capturada pelas plantas e mantém juntas as moléculas da matéria; ela está nos alimentos que comemos e nós a recebemos através da digestão. HEWITT, P. G. Física conceitual. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. p. 114.
Explicar que, ao estudar esta unidade, os alunos vão conhecer duas formas de energia: a energia térmica, que se relaciona ao calor; e a energia luminosa, que se relaciona à luz. Em um carro em funcionamento, por exemplo, como o da imagem da página 112, é possível perceber diferentes formas de energia. Explorar a figura com os alunos, identificando cada tipo de energia. Comentar com os alunos que, para a energia, vale o mesmo princípio da matéria apresentado anteriormente: a energia não pode ser criada ou destruída, ela apenas passa de uma forma para outra. As atividades propostas na página 113 permitem que os alunos tenham contato com exemplos e fixem o conceito de transformação de energia de uma forma em outra. É provável que a energia elétrica seja a forma de energia mais facilmente identificável pelos alunos nessa faixa etária. Aproveitar esse fato para discutir com eles a importância da energia elétrica para nosso dia a dia. Incentivá-los a pensar como seria um dia sem energia elétrica: Que atividades seriam impossíveis de ser realizadas? Que brincadeiras poderiam ser feitas sem o uso de energia elétrica? Perguntar aos alunos quais deles têm fogão elétrico e forno de micro-ondas em casa e, em seguida, perguntar como as pessoas que usam esses equipamentos para cozinhar fariam para preparar os alimentos, caso não houvesse energia elétrica. Aproveitar para discutir sobre formas de produção de energia elétrica. No endereço eletrônico sugerido ao lado, há infográficos sobre as fontes alterna-
Para saber mais MIRANDA, G. As alternativas de energia. Último segundo. Ciência. Disponível em: <http://ulti mosegundo.ig.com.br/ciencia/ as+alternativas+da+energia/ n1237597605585.html>. Acesso em: jun. 2014. Infográficos sobre formas alternativas de energia. SOALHEIRO, Bárbara. Como fazíamos sem. São Paulo: Panda Books. A obra mostra o processo de interação entre a sociedade e a natureza e, de forma instigante, busca responder à pergunta “como vivíamos sem”: a água limpa, a energia, o dinheiro, entre outros. Essa obra compõe o acervo do PNBE, contribui com a formação leitora e está disponível nas bibliotecas das escolas.
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tivas de energia (hidráulica, eólica, solar, nuclear, biocombustíveis e células combustíveis) com informações sobre seus prós e contras, bem como sobre o futuro de cada tipo de energia. Esses infográficos mostram como é produzida a energia elétrica em cada caso. Explorá-los com os alunos e aproveitar o tema para conversar sobre economia de energia elétrica, não apenas para reduzir a conta de luz do mês, mas também para preservar as fontes geradoras de energia, garantindo que elas sejam usadas pelas gerações futuras, além de conservar o ambiente.
Apagão: a falta de energia Nesta lição, encontramos a linha do tempo, um organizador gráfico comumente usado para dispor conteúdos em sequência temporal. Inicia-se pelo evento mais antigo e adicionam-se os mais recentes. Para que os alunos se habituem a essa forma de representação, faça na lousa uma linha para indicar diferentes eventos, como os aniversariantes do ano em sequência, as datas comemorativas do semestre ou outras.
Economia de energia Aproveitar o tema para discutir a importância da economia de energia elétrica – o uso racional dos recursos é um tema que permeará toda a coleção e será trabalhado mais detalhadamente em uma unidade de cada volume. Comentar que o chuveiro elétrico é, em geral, o aparelho que mais consome energia elétrica em uma residência, daí a importância de tomar banhos mais rápidos. Incentivar a economia de energia também de outros equipamentos, como televisão e computador. Proponha aos alunos as questões a seguir. Solicite que discutam, respondam o que souberem e pesquisem outras respostas em livros ou na internet. Ao final, a classe pode sintetizar as ideias em um desenho que represente a importância da energia e de seu uso consciente. a) Qual é a principal forma de produção de energia elétrica no Brasil? Qual é a fonte dessa energia? Resposta: É a produção de energia nas usinas hidrelétricas. Essa energia provém da queda‑d’água (energia do movimento da água). b) Se a energia elétrica produzida nas usinas hidrelétricas não causa poluição, por que ela pode prejudicar a natureza? Resposta: Porque, para a construção de uma usina hidrelétrica, é preciso alagar uma área enorme e muitas vezes alterar o curso de um rio. Essa alteração prejudica a vida dos animais e das plantas da região. Além disso, as pessoas que moram por perto são prejudicadas, pois precisam se mudar devido à inundação da área que habitavam. c) De onde vem a energia usada para o funcionamento dos automóveis? Resposta: Vem da queima de combustíveis fósseis. d) Por que o uso dos combustíveis fósseis causa poluição?
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Resposta: Porque a queima desses combustíveis libera gases que prejudicam a qualidade do ar. e) Converse com os colegas sobre os itens a seguir: §§Por que é melhor andar de bicicleta ou a pé para percorrer distâncias curtas em vez de andar de automóveis? Resposta: Espera-se que os alunos associem o uso de automóveis com a queima de combustíveis fósseis e a consequente poluição do meio ambiente. Há outras vantagens também: economia de dinheiro, exercício físico e contribuição para diminuição do trânsito. §§Ao economizar energia elétrica, estamos contribuindo com o ambiente? Resposta: Espera-se que os alunos digam que sim, pois, se o consumo de energia ultrapassar a capacidade de produção, haverá necessidade de construir novas usinas hidrelétricas e, consequentemente, novos prejuízos recairão sobre o ambiente. O tema pode ser enriquecido com uma campanha de conscientização para economia de energia elétrica, oferecendo a oportunidade de envolver toda a comunidade escolar. Os alunos podem fazer apresentações ou palestras e esclarecer o que é o selo Procel que consta nas embalagens de produtos eletroeletrônicos (ele indica que o produto consome pouca energia) ou dar dicas de como economizar energia elétrica. Por exemplo, em casa, as lâmpadas incandescentes poderiam ser trocadas por lâmpadas fluorescentes, que são mais eficientes e duram mais; é preciso verificar a borracha que veda a porta da geladeira, pois se estiver danificada, há maior consumo de energia pelo eletrodoméstico. Outras dicas que podem ser abordadas por eles são: se uma pessoa mora nos primeiros andares de um prédio, é preferível usar as escadas, pois, além de economizar energia ao não usar o elevador, ela estará se exercitando, o que é ótimo para a saúde; se uma pessoa estiver pintando as paredes de sua casa, dar preferência a cores claras, pois elas refletem e espalham a luz para todo o ambiente, e não será preciso ficar com as lâmpadas acesas o tempo todo. O assunto pode ser aprofundado ainda com a questão da energia no Brasil e no mundo, mostrada na sequência didática sugerida no site da Nova Escola (endereço eletrônico indicado ao lado). Nesse momento, não se preocupe em conceituar e diferenciar os termos calor e temperatura. O importante é a compreensão de que o calor é uma forma de energia que passa de um corpo para outro, no sentido do mais quente para o mais frio; é energia em trânsito. Ressaltar que o calor flui do corpo mais quente para o mais frio. É consenso dizer que o gelo “esfria” a bebida ou que a geladeira “esfria” os alimentos. Na realidade, o que existe são transferências de calor, do corpo mais quente para o corpo mais frio, até que ambos fiquem com a mesma temperatura. Comentar que, assim como outros tipos de energia, o calor não pode ser gerado ou destruído: ele se transforma. Alguns eletrodomésticos transformam energia elétrica em movimento (como a batedeira ou o liquidificador), mas parte dessa energia é transformada em calor, esquentando o motor do aparelho. Outro exemplo são as lâmpadas elétricas, que transformam energia elétrica em luz, mas parte dessa energia é transformada em calor, aquecendo
Para saber mais A energia que move o mundo. Nova Escola. Disponível em: <http://revistaescola.abril. com.br/ciencias/praticapedagogica/energia-movemu n d o - 5 0 7 2 3 3 . sht m l > . Acesso em: jun. 2014. Plano de aula sobre a questão da energia no Brasil e no mundo.
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o ambiente. Se houver disponibilidade, acender uma lâmpada comum sobre uma bancada e pedir aos alunos que coloquem a mão perto da lâmpada (sem encostarem nela, para evitar que se queimem). Assim, os alunos poderão perceber que, na lâmpada acesa, além de energia luminosa, há energia térmica (calor), que está sendo dissipada para o ambiente. Comentar que a luz fluorescente é conhecida como luz fria, pois produz menos energia térmica que a lâmpada comum. Se julgar oportuno, montar sobre uma bancada um conjunto formado por lâmpada comum, e outro, por lâmpada fluorescente. Deixar as lâmpadas acesas por algum tempo e pedir aos alunos que aproximem a mão de cada uma delas (sem encostar) e que sintam a diferença de temperatura.
Para saber mais Para sua leitura e formação: <http://www.atitudessusten taveis.com.br/artigos/a-sus tentabilidade-nas-escolas/>. O site reúne artigos sobre o tema da sustentabilidade aplicada às situações da sala de aula.
Economia de água Outro tema fundamental da ecologia é a preservação da água e de outros recursos naturais do planeta. A água é um recurso natural imprescindível para a vida. Perguntar aos alunos quais atitudes poderiam ajudar a preservar esse recurso natural. A troca de informações entre eles é uma maneira eficiente de aprendizagem. Perguntar, por exemplo, quais das atitudes citadas pela classe eles costumam praticar em casa. Compartilhe também as informações do texto a seguir, que fornece mais dados sobre a água.
Espelho d’água A superfície da Terra é dominada, em 75%, pelas águas. Os 25% restantes são terras emersas, ou seja, acima da água. Tamanha abundância de água cria condições essenciais para a vida e mantém o equilíbrio da natureza. Quem pensa que tanta água está disponível para o consumo humano está enganado, pois somente 2,7% é de água doce e grande parte está congelada ou embaixo da superfície do solo. A água de fácil acesso, dos rios, lagos e represas, representa muito pouco do total de água doce disponível. Mas água doce também não significa água potável. Para isso a água precisa ser de boa qualidade, estar livre de contaminação e de qualquer substância tóxica. Acredita-se que menos de 1% de toda a água doce do Planeta está em condições potáveis. [...] O problema se agrava quando a quantidade de água doce, de que também necessita a própria
natureza, tem múltiplos usos, sendo utilizada, ao mesmo tempo, por todos os habitantes do planeta e muitas vezes de forma pouco sustentável. Só a agricultura consome 70% da água doce mundial. A irrigação sem tecnologia gera grandes desperdícios e, considerando-se a pecuária, os pastos e a água para os rebanhos, o consumo é ainda maior. Essas atividades, juntas, também geram outros impactos, como a remoção de grandes áreas de vegetação e das matas ciliares, que protegem os rios e o solo, e causam a poluição das águas pelo despejo dos agrotóxicos. Estaríamos em melhor situação se houvesse bom uso e boa gestão dos recursos hídricos. Afinal, o pior hábito é o desperdício e o desconhecimento. Muitos ainda pensam: “Tem muita água, então, para que economizar?” VIEIRA, A. R.; COSTA, L.; BARRETO, S. R. Cadernos de Educação Ambiental Água para Vida, Água para Todos: Livro das águas. Brasília: WWF-Brasil, 2006. Disponível em: <http://cadernoaguas.wwf.org.br/ index.php?cap=1&pag=1&est=3>. Acesso em: jul. 2014.
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Em diversos momentos da vida escolar, os alunos serão solicitados a argumentar. Sugerimos aproveitar a oportunidade para começar a apresentar a ideia de uma boa argumentação científica: ela deve ser baseada em fatos (por exemplo: a água doce é um recurso muito raro no planeta, por isso devemos usar com consciência) e não com base em opiniões subjetivas e ligadas a preferências ou emoções (por exemplo: eu gosto da água, a água é boa). Apresentar esses referenciais aos alunos desde cedo ajuda-os a construir argumentações melhores no futuro. Complementando o conteúdo sobre economia de água, a atividade a seguir pode ser feita com classes de diferentes níveis, com as devidas adaptações.
Qual é a sua gota de contribuição? O nosso desafio Diante dos graves problemas ambientais que o mundo hoje enfrenta, o esforço individual pode parecer sem importância, mas, unido ao de um grupo, torna-se significativo. Atitudes, como a do beija-flor da famosa fábula utilizada pelo sociólogo Herbert de Souza para explicar o conceito de solidariedade, ilustram esta verdade. Betinho tornou-se símbolo do trabalho incansável pela mobilização e cidadania. Como ele, milhões de beija-flores, levando minúsculas gotas, jamais conseguiriam apagar totalmente o incêndio. Entretanto, a maior gota de contribuição deste pequeno animal e de Betinho é servir de exemplo para mobilizar outras pessoas a fazerem o mesmo. Do que precisaremos Folhas de papel branco ou reutilizado, lápis de cor, fita adesiva, cola, tesoura. Por onde começar A ideia é confeccionar um painel com folhas de papel, cujo tamanho irá variar de acordo com o espaço da exposição. Como fundo do painel, desenharemos o planeta Terra. Faremos um molde em formato de gota d’água e vamos reproduzi-lo quantas vezes for necessário para atingir todos os participantes. Como proceder Debatendo a questão O local de exposição do painel pode ser uma escola, um shopping, um salão da igreja, a sede de uma associação, entre outros. Debateremos sobre a condição da água: Como está a situação da água em nossa escola? Em nosso bairro? Em nosso
Para saber mais No site <www.tvcultura.com. br/aloescola/ciencias/aguabemlimitado/agua-bemlimi tado2.htm> (acesso em: fev. 2011), há informações sobre o uso racional da água, além de tratar do reúso desse recurso natural.
município? Em nossa região? No país? No mundo? [...] Pediremos que cada um pense na sua atitude diante das situações expostas. Qual o sentimento que gostaria de transmitir sobre a água: uma frase, uma música, um desenho, uma palavra? Como contribuir para mudar a situação? Qual a sua gota de contribuição? Distribuiremos, para cada participante, uma gota de papel. Cada um representa a sua ideia dentro da gota, colocando seu nome e, se quiser, a sua idade. Informações, ações práticas, trechos de poemas e músicas, desenhos e outras representações são bem-vindas para melhorar a condição da água em nossa região e no Planeta. [...] Montando o painel Cada participante cola a sua gota no painel. Pode-se imaginar também outros formatos como uma fonte, um canteiro, um jardim, onde as gotas d’água irão “cair”. Se o painel ficar exposto durante uma semana, os participantes e outras pessoas poderão colar mais gotas com novas ideias. Todas as gotas, juntas, formarão uma chuva de contribuições. Analisaremos o conteúdo do painel. Agrupando as gotas Agruparemos as gotas que representem: a) sentimentos b) desenhos c) frases informativas d) ações práticas Formaremos novas nuvens de gotas semelhantes. As gotas isoladas representarão pessoas tentando chamar a atenção sobre a água de um jeito diferente.
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Selecionando e divulgando as mensagens A partir da análise das nuvens e das gotas isoladas, os grupos programam atividades para divulgar o que foi produzido. Das gotas de ações, quais podem se transformar em atitudes práticas? Das gotas de informações, quais podem chamar a atenção das pessoas e sensibilizar sobre o tema? Das gotas de sentimentos, quais podem ser trabalhadas em atividades artísticas com a comunidade? Os grupos decidirão as formas de atuação e divulgação, como folhetos, cartazes, fotografias, letras de música, carta contendo um resumo do painel, um livro feito artesanalmente, entre outras. Descrever como o processo aconteceu e quem foram os colaboradores, com nomes e idades. Exemplo de cartaz: “Em 1 minuto de banho, podemos gastar cerca de 3 a 6 litros de água. Diminuindo 1 minuto do banho, você pode economizar até 5 litros de água. Imagine se todos os moradores do Município fizerem o mesmo!”. Mãos à obra É hora de agir. O primeiro passo será planejar como colocar em prática as formas de divulgação e quem serão seus responsáveis. Em seguida, pensar como monitorar a divulgação dos produtos
criados que contribuirão para mudar a realidade local. Caso isso aconteça, cada gota se transformará numa grande multiplicadora de ideias. [...] Para ir mais além §§Convidar representantes de instituições potenciais para conhecer o painel a fim de atraí-los para a causa e torná-los parceiros. Estender o convite para a participação no Plano de Ação. §§Uma exposição itinerante do painel, em diversos locais, pode contribuir para um novo olhar sobre o tema no espaço comunitário. Como trabalhar em nossa comunidade A atividade tem o propósito de contribuir, de forma participativa, para a leitura das pessoas sobre sua realidade local e como podem interagir para mudar o que for necessário. O objetivo é envolver as pessoas em todas as fases. Nosso primeiro passo será adaptar a atividade à realidade cultural da região, observando as dificuldades de leitura e escrita. As contribuições das gotas podem vir, sob a forma oral, transcritas em textos por voluntários e outros participantes da comunidade. VIEIRA, A. R.; COSTA, L.; BARRETO, S. R. Cadernos de Educação Ambiental Água para Vida, Água para Todos: Guia de Atividades. Brasília: WWF-Brasil, 2006. p. 46-47.
Bicicleta: transporte sustentável O ciclista francês Robert Marchand é um atleta centenário capaz de participar de competições e percorrer longas distâncias a bordo de sua bicicleta. A notícia possibilita aos alunos entenderem melhor a importância da bicicleta como meio de transporte cada vez mais presente nas cidades do mundo todo e como meio de recreação e esporte que favorece um estilo de vida saudável e ativo. É consenso entre a maior parte dos urbanistas que a adoção da bicicleta e a adaptação das vias urbanas ao trânsito seguro desse tipo de veículo, com a construção de ciclovias e ciclofaixas, contribui para a melhoria da vida nas grandes cidades, com menos tráfego e menos poluição.
Alimentação sustentável O tema do desperdício de alimentos está presente nesta lição e pode ser ampliado para outros tipos de desperdício, como o de papel, de água, de energia elétrica, de dinheiro. O uso sustentável dos recursos deve ser trabalhado em vários momentos do ensino. Trata-se, possivelmente, do tema mais
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importante a ser compreendido pelos alunos. As ações derivadas dessa compreensão são fundamentais para que o ser humano garanta sua continuidade no planeta, convivendo em harmonia com os demais seres vivos. Trabalhar com o significado da palavra sustentável e com suas consequências para o ambiente, conversando com os alunos sobre hábitos de consumo comuns do nosso dia a dia: §§Você gasta muita água? Seria possível economizar um pouquinho? Como? §§Sempre é possível economizar energia elétrica. Você tem alguma ideia de como fazer isso em sua casa? §§Você compra mais coisas do que precisa? Por que as pessoas fazem isso? §§Você já reparou na quantidade de embalagens que são usadas nos produtos, no supermercado? Observe isso na próxima vez que for às compras com seus familiares ou adultos que cuidam de você e peça a eles que escolham os produtos que tiverem menos embalagens.
O lixo no ambiente Nesta lição, os alunos serão convidados a refletir sobre um problema comum nas cidades: o descarte inadequado do lixo. Para criar um contexto favorável à reflexão sobre essa problemática, programar, se possível, uma “sessão de cinema” na escola com o filme Wall-e. Essa animação, de 2008, traz uma trama futurista que apresenta elementos para a reflexão sobre os efeitos do lixo no planeta. A história se passa em 2700 d.C., quando a humanidade passa a viver em uma nave após entulhar o mundo de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos. O plano era passar uma temporada no espaço enquanto robôs cuidariam da limpeza para que o planeta se tornasse novamente habitável. No entanto, as máquinas Wall-e, encarregadas do trabalho, não resistem e apenas um exemplar continua funcionando, esforçando-se para recuperar o planeta. Recomendar aos alunos que, durante a exibição do filme, registrem os aspectos que chamarem a atenção para que sejam discutidos ao final. Deixá-los debater os pontos levantados, esclarecendo as dúvidas que possam surgir. Se achar interessante, apresentar algumas perguntas: §§Qual é o tema principal do filme? §§Por que os seres humanos precisaram se retirar da Terra? §§Na sua opinião, o acúmulo de lixo poderia ter sido evitado? Como? §§A situação observada no filme pode se tornar real? §§Que objetivos levam à realização de um filme como esse? Após a reflexão sobre a produção e o descarte adequado do lixo, acompanhar a produção de cartazes pelos alunos no final da lição.
Para saber mais RIOS, Audifax. O desafio da mãe natureza. Ceará: EDR Didáticos. O livro apresenta dois poetas repentistas que aceitam o desafio de, com seu canto, denunciar os males que o homem tem feito ao meio ambiente. Trata de temas como lixo, poluição de praias e rios, pesca predatória, dengue, poluição sonora, escassez de energia, uso de agrotóxicos, entre outros. Promove a tomada de consciência e ressalta a preservação como prática de cidadania. A obra compõe o acervo do PNBE, contribui com a formação leitora e está disponível nas bibliotecas das escolas.
O cartaz é um gênero textual que pode ter uma função tanto apelativa quanto informativa e pode ser exposto em lugares públicos e privados. Apresenta, em geral, imagem, título e linguagem breves, simples e atraentes.
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Devastação e preservação Após a leitura do texto, no início desta lição e antes de propor as atividades, o professor pode consultar o Atlas da Mata Atlântica, que revela as principais áreas de concentração e de preservação da Mata Atlântica na atualidade, disponível em <www.sosma.org.br/projeto/atlas-da-mata-atlantica/> (acesso em: jun. 2014). Para preparar as atividades, sugerimos a leitura deste trecho:
A cobertura de áreas protegidas na Mata Atlântica avançou expressivamente ao longo dos últimos anos, com a contribuição dos governos federais, estaduais e mais recentemente dos governos municipais e iniciativa privada. No entanto, a maior parte dos remanescentes de vegetação nativa ainda permanece sem proteção. Assim, além do investimento na ampliação e consolidação da rede de áreas protegidas, as estratégias para a conservação da biodiversidade visam contemplar também formas inovadoras de incentivos para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, tais como a promoção da recuperação de áreas degradadas e do uso sustentável da vegetação nativa, bem como o incentivo ao pagamento pelos serviços ambientais prestados pela Mata Atlântica. Cabe enfatizar que um importante instrumento para a conservação e recuperação ambiental na Mata Atlântica foi a aprovação da Lei 11.428, de 2006, e o Decreto 6.660/2008, que regulamentou a referida lei. Disponível em: <www.mma.gov.br/biomas/mata-atlantica>. Acesso em: jun. 2014.
Para estimular o trabalho de criação da campanha publicitária, apresentar previamente algumas campanhas e analisá-las com os alunos.
Para saber mais FREITAS, Fernanda; e OLIVEIRA, Marta Parker. Cidades sustentáveis: uma introdução. O material produzido pelo Parlamento Jovem de Minas Gerais reúne temas gerais sobre a questão da sustentabilidade que serviram para embasar a discussão “Cidades sustentáveis: desafio para as novas gerações”. Os temas introdutórios tratam de questões como: uso e conservação da água, produção e consumo e gestão do espaço urbano e rural. Disponível em: <http://mediaserver.almg.gov.br/acervo/76/744076.pdf>. Acesso em: jun. 2014. Para auxiliar o trabalho com a temática da preservação das espécies, sugerimos a leitura do livro: BELLINGHAUSEN, Ingrid. Animais. Belo Horizonte: RHJ. A obra é uma adaptação da Declaração Universal dos Direitos dos Animais e lembra-nos do papel fundamental do homem para garantir a sobrevivência das espécies animais no planeta, por meio de uma relação de respeito e amor pela natureza. Essa obra compõe o acervo do PNBE, contribui com a formação leitora e está disponível nas bibliotecas das escolas.
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Unidade 4 Somos nosso corpo
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Uma das maneiras de estudar a organização do corpo humano é conversar com os alunos sobre o que eles acham que se modifica no corpo de um mú sico quando ele está se apresentando em um show de rock, em comparação aos momentos em que o artista está relaxado. Algumas mudanças acontecem, como o aquecimento do corpo e a produção de suor, a aceleração dos bati mentos do coração e dos movimentos respiratórios, a sensação de euforia e alegria pela apresentação, por exemplo. Perguntar aos alunos: O que faz o corpo reagir dessa forma? Por que sua mos quando estamos nos movimentando muito? O que faz o coração bater mais rápido e a respiração acelerar? Todas essas mudanças são resultado do trabalho do corpo para manter seu equilíbrio interno: a temperatura precisa ficar em uma faixa relativamente constante e o suprimento de oxigênio precisa ser adequado em qualquer con dição. Essa regulação de um estado de equilíbrio dinâmico é a homeostase e o organismo humano trabalha incessantemente para mantê-la.
Células e tecidos Ao falar sobre a célula é importante contar um pouco da história desse conceito. No endereço eletrônico sugerido ao lado, é possível obter mais in formações sobre a descoberta da célula e conhecer alguns dos pesquisadores que ajudaram na compreensão atual que temos sobre a unidade morfológica, funcional e genética dos seres vivos. Se a escola dispuser de um laboratório e microscópio, é interessante ob servar algumas células em lâminas previamente preparadas (epiderme de ce bola e células do epitélio bucal são comuns). Caso não haja microscópio dis ponível, sugerimos uma pesquisa de imagens de células em livros de Biologia ou na internet.
Para saber mais Microscopia: a descoberta da célula e a teoria celular. Disponível em: <http://educacao. uol.com.br/disciplinas/biolo gia/microscopia-a-descober ta-da-celula-e-a-te oriacelular.htm>. Acesso em: jul. 2014.
É importante que os alunos compreendam que, para manter o equilíbrio do corpo, todas as suas partes precisam funcionar de forma harmoniosa. Os alimentos que comemos, a quantidade de atividade física que praticamos, o ar que respiramos e até nossos pensamentos podem interferir no equilíbrio do corpo e na saúde.
Órgãos e sistemas Como dito anteriormente, os sistemas do corpo humano são estudados separadamente para facilitar a compreensão das funções de cada parte.
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Explicar aos alunos que, assim como a escrita da Língua Portuguesa é organi zada em letras, palavras, orações e parágrafos, a área de Ciências também organi za as estruturas do corpo humano (assim como organiza os seres vivos em grupos, ou os astros do céu em categorias). Essa organização nos ajuda a compreender o funcionamento do organismo parte a parte, e também como um todo. É essencial que os alunos tenham em mente que as partes funcionam de maneira integrada. Esta unidade pretende mostrar uma visão mais geral e integrada do funcionamento do corpo humano e de sua organização. Dessa maneira, os conhecimentos sobre a saúde e o bem-estar do organismo adqui rem mais significado.
Processos vitais Nesta unidade, os processos vitais – características que determinam a dis tinção entre os seres vivos e os elementos não vivos – são aplicados aos seres humanos; os alunos podem repensar sobre cada processo nos outros animais e nas plantas. Comentar que o equilíbrio do corpo é afetado por condições externas a ele, como a alimentação, a temperatura, o ar, e até mesmo internas, como os pen samentos. O corpo lida com essas condições por meio de diferentes processos fisiológicos, responsáveis pela manutenção da homeostase e também, em boa parte, pela manutenção de nossa saúde. Ao envelhecermos, o corpo perde pro gressivamente a capacidade de manter a homeostase, o que culmina na morte.
A digestão dos alimentos Aprender sobre o próprio corpo costuma motivar os alunos. Uma sugestão é promover uma palestra com um profissional especializado na área (gastroen terologista, pneumologista, nutrólogo ou outro) e permitir que os alunos façam questões, tirem suas dúvidas e satisfaçam a sua curiosidade. Lembrá-los de que é preciso respeitar a vez do colega falar; é preciso saber ouvir e pensar nas questões que se pretende fazer. Assim que for definido o tema da palestra, ajudar os alunos na formulação de algumas questões pertinentes ao assunto que será discutido. Após a palestra, em sala de aula, é possível recordar alguns conceitos ou informa ções importantes que foram levantados durante a conversa, relacionando-os aos temas que serão discutidos nesta unidade. A sugestão de palestra com um pro fissional especializado também pode ser feita após o estudo dos temas sugeridos, permitindo à classe tirar dúvidas e conversar sobre algum tema de seu interesse. Após discutir sobre alimentos, sempre numa perspectiva de alimentação saudável e equilibrada, comentar que, para o corpo aproveitar os nutrientes e calorias presentes neles, é preciso, em um primeiro momento, que eles sejam processados no sistema digestório. Solicitar que os alunos criem desenhos mos trando que caminho eles imaginam que os alimentos percorrem no organismo após serem engolidos, e o que acontece com os resíduos que o corpo não apro veita. Permitir que os alunos mostrem e expliquem seus desenhos aos colegas.
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Se houver um boneco (modelo) com órgãos que podem ser retirados, dê sequência a essa atividade, mostrando-o aos alunos. Identificar com eles as estruturas que fazem parte do sistema digestório e permitir que os estudantes manipulem as peças e observem a anatomia dos diversos órgãos que com põem o sistema digestório. Refazer com eles o trajeto do alimento pelo corpo humano, usando o modelo, e pedir que observem qual parte do desenho que fizeram deve ser modificada para representar o caminho correto do alimento no sistema digestório. Se a escola não dispuser do modelo de corpo humano, ele pode ser em prestado por algumas instituições de ensino. Há, ainda, a opção de o professor reproduzir um esquema do corpo humano com todos os órgãos internos em tamanho relativamente grande (por exemplo, com as dimensões de uma folha de cartolina ou do tamanho real de uma pessoa). Esse trabalho deverá ser feito previamente e da seguinte forma: em uma folha (cartolina ou papel maior), de senhe o contorno externo do corpo de uma pessoa e os contornos de seus órgãos internos. Em outra folha, reproduza os desenhos dos órgãos internos do mesmo tamanho que no primeiro esquema, porém, eles devem ser recortados. Colocar na parte inferior de cada desenho de órgão interno um pedaço de fita adesiva de modo que eles possam ser manipulados, colados e retirados do esquema do corpo humano, à medida que a explicação sobre o assunto acontece. Conversar com a classe sobre o uso de modelos no estudo de diferentes fenômenos e objetos. Para tornar a explicação mais concreta, dizer aos alunos que, de certa maneira, muitos brinquedos são modelos de objetos ou de seres vivos reais: eles não têm o mesmo tamanho, ou não são tão detalhados, ou não podem fazer tudo o que o objeto/ser vivo real faz: os modelos são distintos do objeto/ser vivo real, mas podem ser usados para se aprender sobre ele. Explicar que os diversos órgãos ficam sobrepostos, de modo que estão encaixados no espaço da cavidade abdominal. Explicar que, por causa disso, nas ilustrações dos livros, revistas ou sites, os órgãos são representados sepa radamente, para que possamos observá-los com mais nitidez. Uma sugestão de atividade é pedir aos alunos que, usando massa de mo delar e outros materiais, confeccionem um modelo esquemático do sistema digestório. Se julgar mais apropriado, pode-se dividir a classe em grupos e pedir que cada integrante modele uma estrutura do sistema digestório. A completa compreensão do processo de digestão envolve o entendimento de conceitos químicos, como a degradação de moléculas e a ação de enzimas. Esses conceitos são muito complexos para os alunos dessa faixa etária e, nesse momento, basta que saibam que a digestão é o processo que facilita e permite que os nutrientes possam ser aproveitados pelo organismo. Levar um espelho para a sala de aula e permitir que os alunos explorem o interior de suas bocas: dentes, língua, gengiva, parte interna da bochecha. Pedir que reparem que os dentes têm diferentes formatos. Essa característi ca faz com que os alimentos sejam presos, cortados, rasgados e triturados na boca. Pedir para que percebam como é a língua, os movimentos que ela faz
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e as estruturas que ela tem na sua superfície. Explicar que é pela superfície da língua que sentimos o sabor dos alimentos. Perguntar aos alunos: De onde vem a saliva? Como é a saliva? Por que come çamos a salivar quando vemos ou pensamos em uma comida gostosa? Comentar que a digestão dos alimentos tem início na boca e, quando começamos a salivar, significa que nosso corpo está se preparando para esse processo. Explorar detalhadamente a ilustração do sistema digestório. Ao final da observação da figura e leitura dos boxes explicativos, pedir aos alunos que expliquem o que ocorre desde a ingestão de um alimento e que descrevam o que vai acontecendo com ele no decorrer do processo de digestão. Espera-se que os alunos descrevam, com suas palavras: “Os dentes trituram o alimento e as glândulas salivares produzem saliva. A língua ajuda a misturar os pedaços de alimento com a saliva e depois empurra o bolo alimentar para a faringe...”. Incentivá-los a descrever os principais eventos em cada parte do sistema di gestório, de modo que todos os alunos participem do relato. Conversar com os alunos sobre a saúde do sistema digestório. Questioná -los sobre os sintomas que sentimos quando algo não vai bem com a digestão: azia, dor de estômago, dor de barriga, diarreia etc. Explicar que, para a digestão ocorrer de forma adequada, devemos mas tigar muito bem os alimentos antes de engolir, evitar tomar grande quanti dade de líquidos durante as refeições e não fazer atividades físicas intensas logo depois de comer, pois isso pode dificultar o processo de digestão dos alimentos. A seguir, listamos as principais enzimas do sistema digestório. Enzimas que digerem carboidratos Nome da enzima
Órgão onde é produzida
Amilase salivar
Glândulas salivares
Amilase pancreática
Pâncreas
Maltase
Intestino delgado
Sacarase
Intestino delgado
Lactase
Intestino delgado
Enzimas que digerem proteínas Nome da enzima
Órgão onde é produzida
Pepsina
Estômago
Tripsina
Pâncreas
Quimotripsina
Pâncreas
Carboxipeptidase
Pâncreas
Peptidases
Intestino delgado
Enzima que digere lipídios Nome da enzima Lipase pancreática
Órgão onde é produzida Pâncreas
Elaborado com base em: TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 496.
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Atividades práticas também ajudam os alunos a apreender os conceitos e podem ser usadas como mote para tratar dos conteúdos relacionados ao processo de digestão. Além das atividades sugeridas no livro, no boxe ao lado há a indicação de um site com inúmeras outras atividades. Se a escola dispuser de laboratório de Ciências, vale a pena levar os alunos e desenvolver atividades práticas. Algumas podem ser feitas mesmo fora do laboratório.
As trocas gasosas Da mesma forma que a digestão, a respiração envolve processos quí micos que ainda são de difícil entendimento aos alunos dessa faixa etária. No momento, é importante que eles saibam qual é a função do gás oxigê nio no corpo e como esse gás entra no organismo. Explicar, de forma bem simplificada, que o gás oxigênio, ao reagir com os nutrientes absorvidos pelo corpo, libera energia, que pode ser utilizada para o funcionamento do organismo e para a realização das atividades diárias, como andar, escovar os dentes, brincar, estudar, entre muitas outras. Comentar que esse gás está presente no ar e, quando respiramos, ele entra no organismo e vai para os pulmões.
Para saber mais CAVALCANTE, M. A química que dá gosto aprender. Nova escola. Disponível em: <http://revistaescola.abril. com.br/ciencias/praticapedagogica/quimica-gostoaprender-426142.shtml>. Acesso em: jun. 2014. Diversos experimentos de fácil execução que podem ser adaptados para os alunos desta faixa etária.
Uma sugestão é repetir a dinâmica do início do estudo do sistema diges tório. Solicitar que os alunos criem desenhos mostrando o caminho que eles imaginam que o ar faz pelo organismo. Permitir que eles mostrem e expliquem seus desenhos aos colegas. Depois, dar sequência à atividade, utilizando um modelo de corpo huma no (boneco ou esquemas manipuláveis produzidos por você) para mostrar as estruturas que fazem parte do sistema respiratório. Permitir que os estudantes manipulem as peças e observem a anatomia dos diversos órgãos que com põem esse sistema. Usando o modelo, refazer com os alunos o trajeto do ar pelo corpo humano e pedir que observem qual parte do desenho que fizeram deveria ser modificada para representar o caminho correto do ar no sistema respiratório. Pedir aos alunos que coloquem a mão sobre o tórax e percebam os mo vimentos que ocorrem durante a inspiração e a expiração. Comentar que, além dos pulmões, as costelas e certos músculos também participam dos movimentos respiratórios. No endereço sugerido a seguir, há diversas suges tões de atividades e animações sobre o sistema respiratório, indicadas para alunos dos anos finais do Ensino Fundamental. Com a sua orientação, os alunos têm condições de compreender as animações sugeridas na página, e esse recurso pode ajudá-los na compreensão do processo e na fixação dos conceitos.
Para saber mais Animações e atividades sobre o sistema respiratório. Disponível em: <http://portaldoprofessor. mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=933>. Acesso em: jun. 2014.
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Comentar com os alunos que as células são estruturas microscópicas que formam o corpo humano. Essas estruturas são como pequenas fábricas res ponsáveis pelo funcionamento do corpo e, para funcionarem, precisam de energia. Explicar que na respiração, bem como na digestão, acontecem inúmeras reações químicas. Durante algumas dessas reações há produção de energia e de outras substâncias, como água e gás carbônico. O gás carbônico sai do organismo pela expiração. Na respiração é fácil perceber a formação de água; basta colocar um espelho em frente à boca e ao nariz no momento da expi ração: o espelho vai ficar embaçado. Isso acontece porque a água formada na respiração sai da boca em forma de vapor de água e se condensa quando entra em contato com a superfície do espelho, que está mais fria. Fazer essa demonstração com os alunos é simples e pode ilustrar facilmente a formação de água no processo de respiração. É essencial desfazer a falsa impressão – comum a muitos alunos – de que na inspiração só entra gás oxigênio e na expiração só sai gás carbônico. Os demais gases que estão presentes na composição do ar, como o nitrogênio, o vapor de água, os gases nobres, entre outros, não são citados por motivo de simplificação. Porém, na inspiração, uma parcela maior de gás oxigênio do ar é captada pelos alvéolos pulmonares. Na expiração, uma parcela maior de gás carbônico sai do corpo, em relação àquela que foi inspirada, pois no ar que sai do corpo foi acrescentado o gás carbônico eliminado pelas células. Perguntar aos alunos se eles acham que é preciso pensar para respirar ou se os movimentos respiratórios simplesmente acontecem. Com isso, ajudá-los a perceber que a respiração é um movimento involuntário. Nós podemos con trolar a velocidade dos movimentos ou até prender a respiração por algum tem po, mas, neste último caso, logo o corpo dá sinais de que precisamos voltar a inspirar. Explicar aos alunos que as trocas gasosas, ou seja, a captação de gás oxigênio e a liberação de gás carbônico, acontecem no interior dos pulmões. O texto a seguir descreve um pouco mais sobre o processo de respiração.
As etapas da respiração Ventilação pulmonar, ou respiração, é o fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões. Respiração externa é a troca de gases entre os espaços aéreos (alvéolos dos pulmões) e o sangue, nos vasos capilares pulmonares. Nesse processo, o sangue capilar pulmonar recebe O2 e libera CO2. Respiração interna é a troca de gases entre o sangue nos vasos capilares sistêmicos e as células dos tecidos. O sangue fornece O2 e recebe CO2. No interior das células, as reações metabólicas que consomem O2 e desprendem CO2, durante a produção de ATP [energia], são denominadas de respiração celular. TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 451.
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Se achar conveniente, explorar o movimento das costelas e do diafragma durante a inspiração e a expiração. Pode ser difícil para os alunos compreen der os movimentos do diafragma. Para facilitar, uma sugestão é construir um modelo do funcionamento dos pulmões, conforme indicações a seguir.
§§ Garrafa PET de 2 litros, transparente; §§ 2 bexigas; §§ 2 elásticos; §§ Canudo de plástico firme (3 cm de comprimento); §§ Rolha. §§ Cortar a garrafa PET ao meio (usando um estilete). A parte que será usada é a do gargalo. Fazer um furo na rolha, atravessando-a, de modo que o canudo passe justo por ela. §§ Na ponta do canudo, amarrar a bexiga com um elástico, deixando bem apertado. Introduzir esse conjunto na garrafa, apertando bem a rolha para vedar.
§§ Para fazer o modelo funcionar, puxar a bexiga da parte externa da garrafa. A pressão interna da garrafa vai diminuir, forçando a entrada de ar na bexiga de dentro. Isso simula o movimento de inspiração. A expiração ocorre quando a bexiga externa está relaxada.
pulmão
Ilustrações: Wilson Jorge Filho
§§ Recortar a outra bexiga e posicioná-la na abertura maior da garrafa, esticando bem, conforme mostra a imagem. Amarrar o bico da bexiga com um elástico, para vedar a saída de ar.
diafragma
Dando prosseguimento ao estudo do sistema respiratório, disponibilizar um espelho para que os alunos observem o interior de suas narinas. Pedir que descrevam o que há dentro do nariz. É provável que alguns observem a presença de muco, além de inúmeros pelos. Aproveitar essa observação para explicar a função do muco e dos pelos: barrar poeira e outras sujeirinhas que podem estar no ar, para que elas não cheguem até os pulmões. Se a escola se localizar em grandes centros urbanos, é possível que alguns alunos já te nham notado que, ao assoar o nariz, sai um pouco de fuligem no lenço. Isso acontece porque o muco e os pelos nasais retêm as partículas de sujeira que
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são respiradas com o ar poluído. Ressaltar que é por isso que se recomenda inspirar o ar pelo nariz e não pela boca.
Para saber mais Programa Nacional de Controle do Tabagismo. Disponível em: <www.inca.gov.br/ tabagismo>. Acesso em: jun. 2014. PINSKY, L. Quais são os males que o cigarro provoca no corpo humano? Mundo estranho. Disponível em: <http://mundoestranho.abril. com.br/materia/quais-sao-osmales-que-o-cigarro-provocano-corpo-humano>. Acesso em: jun. 2014.
Sobre a saúde do sistema respiratório é possível propor uma pesquisa sobre os malefícios do cigarro no organismo. Há mais informações sobre esse assunto nos endereços eletrônicos sugeridos ao lado. Essa conscien tização é muito importante e deve ser feita desde a infância. Os resultados podem ser apresentados em forma de seminários ou é possível propor uma campanha de conscientização sobre os efeitos do cigarro em uma feira de saúde feita na escola ou em local cedido pela prefeitura da cidade onde a escola se localiza, envolvendo a comunidade na atividade. É importante lembrar que atividades como essa devem ser planejadas com antecedên cia, pois envolvem a autorização dos órgãos competentes e a notificação aos pais dos alunos. A Matemática pode ajudar a compreender conceitos relacionados à respi ração. Por exemplo, ao medir a frequência respiratória antes e depois de uma atividade física. Pedir aos alunos que contem, por 30 segundos, o número de respirações em condições normais (inspiração e expiração). Depois, orientá-los a multiplicar esse número por 2, para encontrar o número de movimentos res piratórios por minuto. Fazer o mesmo depois da atividade física. Com base nos resultados obtidos, ou seja, os números antes e depois do esforço físico, ajude os alunos na elaboração de um gráfico de barras com os valores dos movimen tos respiratórios de toda a classe. Ensiná-los a calcular a média de movimen tos respiratórios do grupo, dividindo a soma dos valores pelo número total de alunos. É desejável que os alunos compreendam que o trabalho científico se utiliza muito de dados numéricos para descrever e comparar objetos e eventos. Explicar que a frequência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e a frequência respiratória (movimentos respiratórios por minuto) não têm valores iguais, porém, quando uma aumenta, a outra também aumenta. A atividade física causa um aumento na frequência respiratória, uma vez que o aumento de acidez no sangue, causado pela presença de ácido carbô nico, é percebido pelo sistema nervoso central, que provoca um aumento na frequência de contração e relaxamento do diafragma. O mesmo acontece com o ritmo cardíaco. Se julgar oportuno, ajudar os alunos a perceber que os batimentos cardía cos também aceleram durante a atividade física. Lembrá-los de que o sangue recebe os nutrientes provenientes do sistema digestório e os gases do sistema respiratório. Dessa forma, eles começam a construir o entendimento das fun ções de transporte do sangue e a compreender que no corpo todos os sistemas agem de forma integrada. Outra atividade que envolve habilidades exigidas na Matemática é a ve rificação da mudança do volume da caixa torácica durante os movimentos respiratórios. Ajudar os alunos no processo de medição do tórax na inspiração e na expiração.
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Para saber mais BRASIL. Ministério da Educação. De onde vem o espirro? TV Escola. Disponível em: <http:// tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=2405>. Acesso em: jun. 2014.
Explicar para os alunos que na entrada da laringe há uma estrutura cha mada epiglote. Essa estrutura tem um mecanismo que permite sua abertura e fechamento. Quando engolimos algum alimento sólido ou líquido, a epiglote se fecha e impede a entrada de partículas alimentares nos pulmões. Às vezes, no entanto, o fechamento da epiglote falha (quando engolimos muito rápido ou quando falamos enquanto comemos, por exemplo) e partículas de alimento acabam entrando na laringe. Quando isso acontece, temos o reflexo imediato de tossir e, com isso, expulsar essas partículas e evitar que cheguem aos pulmões.
A circulação do sangue A compreensão de como o sangue faz o transporte de nutrientes, gases ou outras substâncias pelo corpo, e de que esse mesmo sangue é filtrado pelos rins que produzem a urina, envolve conceitos de bioquímica bastante abstratos para os alunos desta faixa etária. Apesar disso, eles têm condi ções de entender as funções básicas de transporte realizadas pelo sangue e pelo sistema cardiovascular e de compreender que os rins filtram o sangue, livrando o corpo de impurezas que são colocadas para fora do organismo por meio da urina. Para isso, uma sugestão é trazer esses conceitos para perto do cotidiano das crianças. Elas costumam brincar de correr, pular e muitas praticam al guma atividade física de forma regular. Essas ações podem ajudar a abordar os conceitos de circulação e excreção. Pedir que os alunos descrevam o que sentem quando praticam uma atividade física e permitir que eles expressem suas impressões e sensações a respeito do que estão descrevendo. Fazer per guntas como: Quem já jogou bola em um dia de calor? Como fica a respiração quando corremos? O que acontece com as batidas do coração? Quem fica com sede depois de correr? Por que quando bebemos água, depois de certo tempo, temos vontade de fazer xixi? É esperado que eles descrevam as alterações percebidas nos batimentos cardíacos, na frequência respiratória, na sensação de sede, no aumento da tem peratura do corpo. É importante que eles percebam que os sistemas estão in terligados e agem em conjunto para garantir o bom funcionamento do corpo. Por meio da descrição das sensações durante as atividades físicas, é possível explicar a importância de todas essas alterações fisiológicas para a integridade do organismo. A frequência respiratória aumenta para garantir o suprimento de gás oxigênio para as células do corpo; o coração bate mais rápido para levar o sangue com nutrientes e gás oxigênio para as partes do corpo que estão sendo requisitadas durante a atividade física; o corpo sua para ajudar a manter a tem peratura estável, já que o movimento dos músculos gasta energia e produz calor. A sensação de sede aparece para que a quantidade de água perdida durante a
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transpiração seja reposta. Conduzir a conversa de forma que os alunos constru am as primeiras ideias sobre circulação sanguínea e excreção. Outras perguntas simples também podem ajudar. Perguntar aos alu nos para que serve o coração. É provável que algumas respostas envolvam conceitos relacionados à emoção. Comentar que, tempos atrás, as pessoas acreditavam que o coração era o centro das emoções e dos pensamentos, bem como da memória. É daí que vem a expressão “saber de cor”, cuja origem é inglesa (to know by heart) e quer dizer “saber de coração”. Apro veitar para esclarecer que as emoções são controladas pelo sistema nervoso e não têm a ver com o coração, embora muitos apaixonados adorem dese nhar coraçõezinhos. Na paixão, por exemplo, é comum a pessoa sentir o coração bater mais forte em certas ocasiões. Explicar que é o cérebro que envia mensagens pelo corpo e faz liberar certas substâncias no sangue, que agem no coração, alterando o ritmo de suas batidas. Esse começo de con versa serve para que os alunos fiquem à vontade e troquem ideias. Dessa forma, a construção do conhecimento se faz de forma leve e não se limita a decorar conceitos e definições. Pedir aos alunos que coloquem a mão sobre o peito e percebam as batidas do coração. Comentar que o coração começa a trabalhar quando o bebê ainda é bem pequenininho, na barriga da mãe, e continua a bater enquanto houver vida. Com isso, ajudar os alunos a perceber a importância desse órgão para o funcionamento do corpo. Ressaltar que o funcionamento do coração é coorde nado pelo sistema nervoso central e pelo marca-passo, sistema nervoso próprio do coração (nódulo sinoatrial). Se algum aluno mencionar que o coração bate e, com isso, transporta o sangue pelo corpo, aproveitar a oportunidade para mencionar os componentes do sistema cardiovascular: coração, sangue e vasos sanguíneos. Questionar os alunos sobre se, alguma vez, eles se machucaram e viram o sangue sair pelo ferimento ou, ainda, se já fizeram exames de sangue. Pergun tar: Como é o sangue? Que cor ele tem? Explicar que o sangue é um líquido de cor avermelhada que carrega diver sas substâncias. O sangue circula dentro de vasos sanguíneos. Se o exame de sangue for mencionado, comentar que ele permite que os médicos detectem, no paciente, doenças, vírus ou bactérias, deficiências de nutrientes e outros problemas de saúde. Conduzir a conversa com os alunos e ajudá-los a relacionar o sangue com os sistemas digestório e respiratório, já estudados. Perguntar: Que substâncias do sistema digestório são transportadas pelo sangue? E do sistema respiratório, quais substâncias o sangue transporta? De onde vêm essas substâncias? Ao falar dos vasos sanguíneos, ressaltar a diferença entre veia, artéria e capilar. Comentar que os capilares são vasos sanguíneos mais finos que um fio de cabelo. Eles passam por entre as células de diferentes partes do corpo, o que permite trocas de substâncias entre sangue e células. O texto a seguir traz mais algumas informações sobre os capilares sanguíneos.
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Vasos capilares Os vasos capilares (capillaris = como fios de cabelo) são vasos microscópicos que conectam as arteríolas às vênulas. Os vasos capilares estão presentes em quase todas as células do corpo e são conhecidos como vãos de troca, porque permitem a troca de nutrientes e resíduos entre as células do corpo e o sangue. O número de vasos capilares varia com a atividade metabólica do tecido que eles servem. Os tecidos corporais com grandes necessidades metabólicas, tais como os músculos, o fígado, os rins e o sistema nervoso, têm redes capilares extensas. Os tecidos com menos necessidades metabólicas, tais como os tendões e os ligamentos, contêm poucos vasos capilares. Alguns tecidos – todos os epitélios de cobertura e revestimento, as córneas e as lentes dos bulbos dos olhos e as cartilagens – não contêm vasos capilares. TORTORA, G. J.; GRABOWSKI S. R. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 391.
Se houver disponível um modelo do corpo humano, mostrar aos alunos a localização do coração. Permitir que manuseiem a peça que representa esse órgão e que observem os grandes vasos sanguíneos que chegam e que saem dele, bem como suas cavidades internas. Orientá-los a observar que há vasos sanguíneos também na superfície do coração, pois esse órgão, assim como os demais, necessita de oxigênio e nutrientes para funcionar. Ajudar os alunos na interpretação do esquema que mostra o trajeto do san gue pelo coração. Nesse momento, é preciso que os alunos tenham em mente o que foi aprendido sobre o sistema respiratório. Recordar com eles de onde vêm o gás oxigênio e o gás carbônico, e como essas substâncias chegam ao sangue. Lembrar que o sangue também transporta os nutrientes provenientes da digestão. Nesse momento, não é necessário que os alunos compreendam todo o tra jeto do sangue, mas apenas que entendam que o sangue passa pelo coração e dele é bombeado para o corpo, por meio dos vasos sanguíneos. No endereço eletrônico ao lado há uma sugestão de sequência didática, com diversas atividades práticas que podem ser feitas com os alunos em sala de aula e no laboratório, com uso de materiais simples, que podem ajudá-los na fixação e na compreensão dos conceitos.
Para saber mais SILVA, M. A. G. Conhecendo nossa circulação. Portal do Professor. Disponível em: <http://portaldoprofessor. mec.gov.br/fichaTecnicaAula. html?aula=25519>. Acesso em: jun. 2014.
O sistema urinário Para explorar as funções do sistema urinário, ou seja, a importância da excreção para o corpo, fazer perguntas como: Por que quando bebemos bas tante líquido urinamos mais? Quem já reparou na cor do xixi? Que cor ele tem? Quem já reparou que, às vezes, o xixi está mais escuro e outras, mais claro? Será que isso tem relação com a quantidade de água que bebemos?
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Ajudar os alunos na formulação das hipóteses e, no decorrer do estudo do tema, a responder a cada uma das perguntas feitas inicialmente. Se houver disponibilidade, com a ajuda do modelo do corpo humano, mostrar a localização dos rins e dos demais componentes do sistema uri nário. Ressaltar a importância dos rins para a limpeza do organismo e para a formação da urina.
Para saber mais SILVA, A. G. S. Conhecendo nossa excreção. Portal do Professor. Disponível em: <http://portaldoprofessor. mec.gov.br/fichaTecnicaAula. html?aula=25526>. Acesso em: jun. 2014.
Explicar que o controle da urina é adquirido com o tempo e com o aprendizado. Por isso, os bebês usam fraldas. No endereço eletrônico sugerido ao lado, além de uma sugestão de sequência didática, há uma atividade prática que usa materiais simples e pode ser feita em sala de aula. Essa atividade ajuda na compreensão da função de alguns órgãos do sistema urinário, por meio de analogias simples. Vale lembrar que fazer analogias exige conhecimento técnico e é uma prática que deve ser estimulada, sempre que possível, pois pode ser usada como ferramenta de aprendizagem. Porém, o uso de analogias deve ser feito com cuidado para que os conceitos não sejam forçosamente relacionados à analogia proposta. Ao tratar do sistema urinário, é importante conversar com os alunos sobre higiene pessoal. É comum que meninas ou meninos tenham vergo nha de comentar sobre problemas relativos aos órgãos sexuais, à urina ou às fezes. Explicar que todas as partes do corpo devem ser tratadas com o mesmo cuidado e atenção; caso tenham algum problema ou desconforto, devem conversar com um adulto ou com um professor. Comentar que é preciso ficar atento ao aspecto da urina e das fezes, pois, se estiverem al teradas, podem indicar que algo não vai bem com o organismo. Se a urina apresentar coloração anormal ou odor diferente, ressaltar a importância de conversar com um adulto. O médico, por meio do exame de urina, pode detectar a presença de microrganismos causadores de doenças. Pode ser que alguns alunos tenham dificuldade em compreender que o sangue é filtrado pelo sistema urinário e que, nesse processo, é formado o xixi, já que a urina é mais parecida com água do que com sangue. Nesse mo mento é preciso esclarecer que grande parte do sangue é formada por água. Durante o processo de filtragem, os componentes úteis ao organismo voltam para a circulação sanguínea e as impurezas misturadas à água formam a urina, que é expelida do corpo. Aproveitar o assunto para falar da importância da água para o sistema urinário e para a saúde dos rins. Em certas situações, em que o corpo perde muita água, a pessoa pode ficar desidratada. Ao abordar o assunto, é impor tante dizer que o soro (caseiro ou o que é distribuído pronto nas unidades de saúde) só deve ser tomado em caso de necessidade. O texto sugerido a seguir pode ser trabalhado em sala de aula e ajuda a compreender as relações entre a função de urinar e o trabalho do sistema nervoso e dos músculos.
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O armazém Por dia, entre 150 e 200 litros de líquido dão uma passadinha pelos seus rins. E sabe por quê? Porque o mesmo sangue fica circulando por ali toda hora, num processo que não termina jamais – quer dizer, enquanto você está bem vivo. E seus rins ficam naquela labuta toda, fabricando xixi sem parar. E aí é que mora uma questão importante: se você é uma fábrica constante de xixi, por que não sai pingando líquido amarelo enquanto caminha pela rua? E a resposta é simples: porque você tem uma bexiga. A bexiga é um depósito que se estica na medida em que o corpo fabrica mais e mais xixi e que pode estocar facilmente até uns 400 mililitros de urina (dá quase umas duas latas de “refri”). Mas a verdade é que se você esperar para ter esse volume todo de urina na bexiga, já vai estar em desespero total. Esse seu órgão funciona como um balão e pode crescer em volume até 10 centímetros sem nunca, jamais explodir. Quando está lotada, você simplesmente tem que esvaziar a bichinha. Por bem ou por mal. Quer dizer, ou você corre e acha um banheiro ou um cantinho, ou vai sentir um xixi bem quentinho escorrendo pela perna abaixo. Quando a sua bexiga contém uns 150 mililitros de xixi, os nervos da parede dela começam a mandar os primeiros sinais para o cérebro. A mensagem é entendida e logo você passa a pensar na possibilidade de um ligeiro pit stop num banheiro próximo. Se você encontra um local propício para esvaziar a sua bexiga, então os músculos da parte de baixo dela vão se afrouxar e assim deixam passar o líquido em direção à uretra. MESQUITA, F. Almanaque de puns, melecas e coisas nojentas. São Paulo: Editora Panda, 2003. p. 140-141.
O estudo do corpo humano é complexo e, por isso, dividido em partes. No entanto, é fundamental que os alunos adquiram progressivamente a noção do todo, da integração. Além das conexões feitas no livro, cabe ao professor ficar atento às diversas oportunidades de fazer essas integrações durante as aulas (não só para o tema do corpo humano, mas em todos os demais). Não há intenção de que os alunos memorizem os níveis de organização do corpo, mas que comecem a perceber a integração que há entre as partes desse todo. A integração dos sistemas do corpo é trabalhada com mais detalhes em momentos posteriores do ensino. Uma atividade para que os alunos trabalhem a habilidade de estabele cer conexões entre as diversas partes do corpo é escolher algumas fotogra fias de pessoas em diversas atividades (praticando esportes, alimentando -se, estudando etc.) e pedir à classe que explique quais sistemas estão desempenhando essas funções, em cada situação. Comentar, depois, que todos os sistemas funcionam a todo momento no corpo, uns mais ativos que outros, dependendo da situação. No site da revista Nova Escola, suge rido ao lado, há a proposta de uma prática pedagógica que aborda os dife rentes sistemas do corpo humano e busca despertar no aluno a percepção do todo.
Para saber mais AMARANET, D. L. Uma viagem pelos sentidos. Nova Escola. Disponível em: <http:// revistaescola.abril.com.br/ ciencias/pratica-pedagogica/ uma-viagem-atraves-dossentidos-426253.shtml>. Acesso em: jun. 2014.
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Embora os sistemas do corpo humano sejam apresentados separadamente para facilitar o estudo, esperamos que os alunos se tornem capazes de compreender o organismo como um todo, no qual cada estrutura afeta o funcionamento de outras estruturas. Dessa forma, sempre que possível, reforce a ideia de que os sistemas agem em conjunto para o perfeito funcionamento do corpo humano.
Os sentidos Nesse momento, apresentamos as capacidades do corpo humano de perceber o ambiente (por meio dos sentidos) e de transmitir informações via sistema nervoso. O enfoque desse tema, além de apresentar as estruturas anatômicas, é mostrar a importância dessas funções para a nossa sobrevivência e manutenção da saúde.
Para saber mais Para auxiliar o trabalho com a temática dos sentidos, sugerimos a leitura da obra MEIRELLES, Rafael; CAVICCHIOLO, Giancarla. Desvendando a natureza. São Paulo: Positivo, 2008. A obra mostra a função de cada um dos sentidos, comparando a forma como os homens e outros bichos veem, ouvem, percebem e sentem os estímulos do meio ambiente. Também apresenta algumas curiosidades sobre animais e plantas e permite aprender mais sobre as diferentes espécies. Essa obra compõe o acervo do PNBE, contribui com a formação leitora e está disponível nas bibliotecas das escolas.
As funções dos seres vivos apresentam valor adaptativo e é esse o enfoque que gostaríamos de desenvolver no estudo do corpo humano. Para iniciar uma conversa sobre os sentidos, peça aos alunos que imaginem a vida dos primeiros seres humanos do planeta, que caçavam e coletavam vegetais para comer, abrigavam-se em cavernas e tinham de lutar contra predadores. Que importância tinham os sentidos para os seres humanos dessa época? Como eles os utilizavam? O que poderia acontecer a um homem desses se não pudesse ver, ouvir ou andar? Explique aos alunos que, na ausência de um ou mais sentidos, as pessoas com deficiência desenvolvem outros sentidos de maneira bastante apurada. As pessoas com deficiência visual, por exemplo, podem perceber objetos por meio do tato ou identificar uma pessoa por sua voz de maneira mais eficiente do que uma pessoa com visão normal. Se houver algum aluno com deficiência na classe, ele pode contar aos demais sobre suas habilidades (caso se sinta à vontade para isso). Nesse caso, oriente os demais alunos para que mantenham uma postura de respeito, evitando situações constrangedoras ou discriminatórias. Novamente, salientamos a intenção de enfocar o estudo dos sentidos em sua relação com a sobrevivência dos seres vivos. Pesquise em livros, revistas e na internet sobre animais e suas estratégias para obter alimento, caçar e fugir dos predadores. Faça com que os alunos percebam a importância dos sentidos nessas situações e lembre-os de que alguns animais possuem sentidos muito mais apurados do que o ser humano. Promova brincadeiras com os alunos, como pega-pega, esconde-esconde, amarelinha e dança. Escolha alguns alunos para brincar de olhos vendados ou com fones de ouvido, de modo que fiquem privados de um dos sentidos. Pergunte a eles como se sentiram e como driblaram a falta de um dos sentidos. Atenção: fazer essa atividade apenas em lugar aberto, livre de obstáculos, a fim de evitar acidentes. Converse com os alunos sobre o significado das palavras sensibilidade, sensação e sentidos. Eles podem buscar no dicionário, fazer desenhos, produzir textos e esquemas, trabalhando com as diversas interpretações que podem ser dadas a elas. A seguir, apresentamos a definição desses termos no contexto do estudo do sistema nervoso e dos sentidos; é interessante contrastar as definições construídas pelos alunos com estas:
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§§Sensibilidade – Percepção consciente ou inconsciente das condições do am biente ou do próprio organismo e de suas modificações. §§Sensação – Impressão causada por um estímulo do ambiente (por exemplo, o som de uma música). §§Sentido – Capacidade de perceber uma sensação específica. Nesta coleção, os alunos estudam com mais detalhes os chamados sen tidos especiais: audição, visão, gustação, olfato e equilíbrio. Há também os sentidos somáticos, que incluem sensações táteis (toque, pressão e vibração), sensações térmicas (calor e frio), sensações de dor e sensações propriocepti vas (sentido da posição dos músculos e das articulações, dos movimentos e da posição dos membros e da cabeça), além de sentidos viscerais (condições internas dos líquidos corporais e dos órgãos). Os alunos mais novos em geral têm a visão do corpo humano por partes: os olhos servem para ver; as orelhas, para ouvir; a “barriga”, para digerir os alimentos etc. Neste momento, como dito antes, pretendemos desenvolver uma visão mais integrada, apresentando os sentidos e sua interpretação no sistema nervoso. Pode ser que os alunos tenham dificuldade de compreender que a percepção das sensações não se dá nem nos olhos nem no nariz, mas no cérebro. Explique a eles que uma pessoa pode perder um ou mais sentidos ao sofrer lesões em regiões específicas do cérebro, responsáveis por coordenar as sensações, mesmo que o órgão do sentido correspondente continue intacto. O que aprendemos a conhecer como os órgãos dos sentidos são órgãos sen soriais complexos, que contêm os chamados receptores sensoriais. São esses receptores – células (geralmente nervosas) ou partes de células (dendritos) – as estruturas capazes de detectar estímulos e convertê-los em impulsos nervosos, que por sua vez serão conduzidos para o encéfalo. Dessa forma, pretendemos mostrar a rede de recepção de informações que há no corpo inteiro, além dos principais (e tradicionalmente estudados): olhos, orelhas, nariz, boca e pele. A tabela a seguir traz mais informações sobre receptores sensoriais que podem ser úteis nas conversas em sala de aula. Classificação dos receptores sensoriais Função
Descrição
Mecanorreceptores
Detectam a pressão mecânica; fornecem sensações de tato, pressão, vibração, propriocepção, audição e equilíbrio; também monitoram a distensão dos vasos sanguíneos e dos órgãos internos.
Termorreceptores
Detectam variações na temperatura.
Nociceptores
Receptores de dor que respondem a estímulos resultantes de dano físico ou químico ao tecido.
Fotorreceptores
Detectam a luz que alcança a retina do bulbo do olho.
Quimiorreceptores
Detectam substâncias químicas na boca (gosto), no nariz (cheiro) e nos líquidos corporais.
Osmorreceptores
Sentem a pressão osmótica dos líquidos corporais.
Fonte: Tortora, Gerard J. e Grabowski, Sandra Reynolds. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 291.
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Trabalhar os sentidos humanos possibilita a execução de diversas ativida des práticas interessantes. Nesta unidade, apresentamos algumas sugestões, mas o professor pode complementá-las de acordo com o interesse dos alunos e o tempo disponível. Por exemplo, para testar o tato: segure dois palitos de dente bem juntos, lado a lado. Peça a um aluno que feche os olhos; pressio ne levemente as duas pontas dos palitos em diferentes lugares da pele dele: nas costas, no ombro, no braço, na palma da mão, na ponta dos dedos, nos lábios. A cada parte do corpo testada, pergunte ao aluno quantas pontas ele sente; embora sejam sempre as duas pontas, em alguns lugares ele sentirá apenas uma. Isso acontece porque em certas partes do corpo (dedos e lábios, por exemplo) há um número muito maior de receptores táteis que em outras; nelas, temos grande sensibilidade e sentimos as duas pontas dos palitos. Nas regiões com menos receptores táteis, a sensibilidade diminui e temos a im pressão de haver apenas uma ponta de palito. Para perceber a relação entre o gosto e o cheiro (resultando no sabor dos alimentos), utilize essências alimentícias variadas (menta, baunilha, morango etc.), vendidas em lojas de produtos para festa. Peça a cada aluno que tape o nariz e respire somente pela boca. Pingue uma gota de essência na língua de cada um e em seguida peça que diga qual é o gosto, espalhando bem a essência na boca. Provavelmente os alunos não sentirão o sabor. Peça a eles que voltem a respirar pelo nariz; imediatamente será possível perceber o sabor da essência, que é praticamente o seu aroma. Depois da atividade, peça aos alunos que elaborem, coletivamente, uma conclusão para a pergunta a seguir, relacionando-a com o experimento que fizeram: Qual é o papel do olfato e da gustação para percebermos o sabor dos alimentos? Para que os alunos percebam o sentido do equilíbrio com uma atividade simples, leve-os para uma área livre da escola, como a quadra, por exemplo. Com uma bola em mãos, cada aluno deverá girar algumas vezes sobre o próprio eixo e, logo em seguida, tentar arremesar a bola em uma área combinada previa mente (na área de gol, por exemplo) a certa distância. Provavelmente eles senti rão tontura, falta de equilíbrio e não conseguirão jogar a bola para o lugar certo. Isso acontece porque, quando giramos sobre um eixo, o material líquido que há no interior da orelha também gira. Quando paramos, esse líquido continua a girar por algum tempo e perdemos momentaneamente o sentido do equilíbrio. Outra maneira interessante de introduzir o assunto é promover um pas seio pela escola ou por ruas próximas a ela. Organize a classe em grupos: cada grupo deve identificar as dificuldades que encontraria uma pessoa com deficiência física que utilizasse cadeira de rodas, uma pessoa com deficiên cia auditiva ou deficiência visual, por exemplo. Depois, peça aos grupos para elaborar um relatório de melhorias que poderiam ser feitas para adaptar a es cola (ou as ruas próximas a ela) de modo a facilitar o acesso dessas pessoas. Comente que o sistema nervoso e os órgãos dos sentidos precisam de cui dados para manter a saúde. O “exercício mental” ajuda a prevenir a doença de Alzheimer e outros males que afetam o sistema nervoso. Jogos, palavras cruzadas, tocar instrumentos musicais e leitura são ótimos exercícios mentais.
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É importante abordar os prejuízos, para a audição, da exposição acen tuada ao barulho. Muitas crianças utilizam aparelhos portáteis com fones de ouvido, em volume alto, por longos períodos. A exposição prolongada a esse ruído danifica a audição, muitas vezes de forma irreversível. Esse é um assunto interessante para desenvolvimento de projetos na escola, principal mente aqueles que visam à divulgação do conhecimento para a comunidade (familiares e amigos), em feiras de Ciências, por exemplo. A seguir, alguns exemplos do que pode ser planejado e executado: §§Convidar um médico para palestrar sobre cuidados com a audição: os alunos podem planejar a entrevista ou os tópicos da palestra; §§Produzir material educativo para ser distribuído a familiares e amigos dos alunos; §§Promover a verificação dos níveis de ruído dos aparelhos eletrônicos utiliza dos pelos alunos (tocadores de música digital, celulares, jogos eletrônicos; geralmente, essa informação consta no manual de instruções dos aparelhos) e concluir se há perigo para a audição. Ao falar sobre a visão, é preciso explicar para os alunos que ela é um dos sentidos mais complexos do corpo humano, ocupando uma grande área do córtex cerebral. Para começar a tratar do sentido da visão, sugerimos explorar a saúde dos olhos, conversando com os alunos sobre alguns cuidados que devemos ter com a visão: §§Se sentir dificuldade de enxergar a lousa, ficar apertando os olhos para ler, sentir dor de cabeça durante a leitura, é importante comunicar um adulto responsável e consultar um oftalmologista, verificando assim algum problema de visão e a necessidade do uso de lentes corretivas; §§Nunca olhar diretamente para o Sol, pois a luz forte provoca danos à retina; §§Se sentir os olhos ardendo ou coçando, secos, consultar um médico para que seja prescrito um colírio lubrificante; §§Não coçar ou colocar o dedo diretamente nos olhos. Isso pode provocar uma infecção. Comente que há muitas formas de “enxergar” sem usar a visão. Pergunte aos alunos que formas são essas e ouça suas ideias; algumas que podem surgir são: ouvimos um miado e logo visualizamos um gato por perto; passamos as mãos por um objeto e podemos “ver” em nossa mente algumas de suas caracte rísticas, ou até mesmo descobrir do que se trata. Balançamos uma lata fechada com as mãos para saber se há biscoitos dentro dela, sem precisar abri-la.
O controle do corpo Após apresentar os órgãos dos sentidos e as diversas sensações que eles nos transmitem, pergunte aos alunos onde essas sensações são captadas, in terpretadas e sentidas. Pergunte ainda como elas chegam até o cérebro. Os alunos terão de construir o caminho dos impulsos nervosos: dos receptores, passando pelos nervos até o sistema nervoso central. Simplificar um tema tão complexo como a transmissão de impulsos nervo sos, que envolve conhecimentos de bioquímica distantes dos conteúdos desta
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faixa etária, não é uma tarefa fácil. Buscamos, aqui, focar o estudo no conceito central: compreender que os estímulos são passados dos receptores sensoriais aos neurônios, até chegar ao encéfalo ou à medula. Esperamos, com isso, que a ideia principal seja compreendida e posteriormente construída e aprimorada em estudos mais detalhados, nos anos mais avançados. Explique que o corpo humano é repleto de nervos, que se ramificam por todas as regiões. Muitos deles são tão finos que não são representados nas figuras que ilustram o sistema nervoso. Explique também que diversas substâncias químicas (drogas, álcool, me dicamentos) são capazes de alterar a condução dos impulsos nervosos ou se ligar aos neurônios, provocando sensações variadas. Essas substâncias podem fazer com que os reflexos se tornem mais lentos, ou que a pessoa fique mais agressiva, por exemplo. Comente que a Lei Seca visa reduzir o número de acidentes de trânsito causados por motoristas embriagados. Pergunte aos alunos: Quais sentidos e movimentos são utilizados pelo motorista ao guiar. Por que é importante ter reflexos rápidos? Se uma pessoa alcoolizada realizasse a atividade da régua, o que aconteceria? Espera-se que os alunos percebam que uma pessoa alcooli zada tem “reflexos retardados”, ou seja, ela demora mais tempo para respon der a estímulos do ambiente. Por isso, é proibido consumir bebidas alcoólicas antes de dirigir. Quando alcoolizada, uma pessoa pode demorar a pisar no freio do carro ao ver um obstáculo, por exemplo. O álcool afeta o sistema nervoso e prejudica aspectos sociais e econômicos de muitas famílias. Se julgar oportuno, conversar mais com os alunos sobre o uso de álcool e outras drogas.
Inclusão social A discussão do tema inclusão social implica desenvolver postura de res peito mútuo, considerando as diferenças individuais. Somos seres únicos em nossa individualidade, mas necessariamente sociais. As relações sociais hu manas se estabelecem em termos de complementaridade. Nesse sentido, o olhar mútuo deve ser de respeito. O olhar que não discrimina é o que gera ações que permitem a participação ampla nos processos sociais. Essa discus são abarca tanto as práticas públicas inclusivas das pessoas com deficiência como o reconhecimento da diversidade étnica e cultural como fatores de enri quecimento das relações sociais. Vale relembrar a definição dada pela Unesco de diversidade e pluralidade cultural:
Identidade, diversidade e pluralismo Artigo 1‚ – A diversidade cultural, patrimônio comum da humanidade A cultura adquire formas diversas através do tempo e do espaço. Essa diversidade manifesta-se na originalidade e na pluralidade das identidades que caracterizam os grupos e as sociedades que compõem a humanidade. Fonte
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de intercâmbios, de inovação e de criatividade, a diversidade cultural é tão necessária para o gênero humano como a diversidade biológica o é para a natureza. Neste sentido, constitui o patrimônio comum da humanidade e deve ser reconhecida e consolidada em benefício das gerações presentes e futuras. Artigo 2‚ – Da diversidade cultural ao pluralismo cultural Nas nossas sociedades cada vez mais diversificadas, torna-se indispensável garantir a interação harmoniosa e a vontade de viver em conjunto de pessoas e grupos com identidades culturais plurais, variadas e dinâmicas. As políticas que favorecem a inclusão e a participação de todos os cidadãos garantem a coesão social, a vitalidade da sociedade civil e a paz. Definido desta forma, o pluralismo cultural constitui a resposta política à realidade da diversidade cultural. Inseparável de um contexto democrático, o pluralismo cultural é propício aos intercâmbios culturais e ao desenvolvimento das capacidades criadoras que nutrem a vida pública. Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, Unesco, 2002, p. 3. Disponível em: <http://www. unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/CLT/diversity/pdf/declaration_cultural_diversity_pt.pdf>. Acesso em: jun. 2014.
A discussão pode ser encaminhada para o plano atitudinal, enfocando a necessidade do combate à discriminação e ao preconceito.
Acessibilidade urbana Esse tema se refere aos direitos das pessoas com deficiência. Apesar de serem parte integrante dos direitos humanos fundamentais, por muito tempo os direitos das pessoas com deficiência foram ignorados. Segundo uma visão assistencialista superada, as pessoas com deficiência eram vistas muito mais como “objetos” passivos da proteção e da caridade alheia do que como sujei tos de direitos. Essa visão começa a ser superada com o reconhecimento de seus direitos e liberdades e com ações do poder público, de ONGs e da livre -iniciativa no sentido de garantir a essas pessoas o exercício de seus direitos. Várias iniciativas foram tomadas para que as pessoas com deficiência fossem dotadas dos meios necessários para participar ativamente da vida política, social, econômica e cultural. Para aprofundar o tema, convidar uma ou mais pessoas com deficiência e realizar com elas uma entrevista. Para a realização da entrevista, discutir pre viamente com a classe uma pauta de questões como: Quais dificuldades você enfrenta no seu cotidiano? Você já sofreu com discriminação em algum local? Que programas ou serviços feitos para pessoas com deficiência você utiliza ou utilizou? O que poderia ser modificado para melhorar a sua vida cotidiana? Para finalizar, discutir as respostas com o grupo.
A adolescência Uma maneira interessante de explorar esta lição é propor aos alunos que cada um traga algumas fotografias de quando eram bebês. Observem essas fotografias e conversem sobre as transformações que aconteceram no corpo deles, desde a
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época do nascimento até os dias atuais: crescimento, nascimento dos dentes, aprendizado, desenvolvimento etc. Com essa conversa, prepará-los para falar so bre as mudanças típicas da adolescência. Se os alunos já perceberam que muda ram muito desde que eram bebês, o que acham que vai acontecer nos próximos anos com seu organismo? Por quais mudanças eles acreditam que passarão? Outra maneira de iniciar a conversa sobre os temas propostos na unidade é ler para os alunos o texto sugerido a seguir. Ele foi extraído do livro de Jairo Bouer (veja a referência logo após o texto) e constitui boa fonte de referência para o trabalho em sala de aula.
A partir dos 10 ou 11 anos, a gente estranha a imagem que encontra a cada dia na frente do espelho. Detalhe: essa imagem pode mudar com uma velocidade alucinante! É a puberdade, fase em que acontecem grandes transformações no corpo e na cabeça. A história toda é “detonada” pelo aumento na produção e na liberação dos hormônios sexuais, tanto nas garotas como nos garotos. Nos homens, os testículos são os responsáveis pela produção do hormônio masculino, a testosterona. Nas mulheres, a mudança é comandada pelos ovários, onde são fabricados os hormônios femininos, o estrógeno e a progesterona. A testosterona faz a voz engrossar, as espinhas surgirem e o suor ficar com cheiro mais forte. O garoto cresce e ganha músculos. A barba aparece, o pênis e os testículos se desenvolvem e começa a produção de esperma e a ejaculação. Os hormônios femininos fazem com que a garota se desenvolva, os seios aumentem e a cintura se defina. A pele pode ficar mais oleosa e com espinhas. Pelos aparecem embaixo dos braços e na região genital. A idade em que essas mudanças chegam varia muito. Seus amigos e amigas podem começar antes de você. Isso é normal. Ninguém é melhor ou pior porque seu desenvolvimento corporal acontece mais tarde. [...] Para alguns, as mudanças acontecem muito rápido. Para outros, elas demoram muito. E a cabeça também muda. Mas, como o corpo às vezes se transforma rápido demais, nem sempre a cabeça acompanha o ritmo. Boa parte das [dúvidas] vem daí. Minha dica para você que está nessa idade é: antes de tudo, tenha muita calma. Você não é nenhum ser de outro planeta. É apenas uma pessoa passando por transformações. BOUER, J. Sexo & cia.: as dúvidas mais comuns (e as mais estranhas) que rolam na adolescência. São Paulo: Publifolha, 2002. p. 14.
É interessante ressaltar aos alunos que a puberdade não tem uma data marcada para começar. Mas é certo que as mudanças que caracterizam o início da adolescência vão acontecer com todos, meninos e meninas. Nesse momento, seria interessante ler com os alunos o texto sobre os rituais de ini ciação típicos da cultura indígena, no início da lição. Comentar que meninos e
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meninas passam pela puberdade, independentemente da sua cultura e do seu país de origem. Em algumas culturas, essa fase é marcada por comemorações e rituais, acentuando que o adolescente está deixando a vida de criança e se preparando para a vida adulta. Promover um dia de brincadeiras e atividades de que os alunos gostem: pedir a eles que tragam gibis, livros infantis, filmes, brinquedos e CDs de mú sica. Convidar outras classes para participar das atividades e jogos. No final, fazer uma roda de conversa para discutir: §§quais são as coisas boas e ruins de ser criança; §§o que os alunos gostariam que mudasse no tratamento que os adultos dão às crianças; §§o que as crianças podem fazer para conviver melhor com os adultos e entre si. Propor a elaboração de uma carta dos alunos para si mesmos, quando forem adolescentes. Essas cartas podem ser colocadas em uma caixa ou em uma “cápsula do tempo”, que permanecerá fechada por alguns anos. Deter minar com os alunos quando e onde a caixa será aberta. Outra sugestão para introduzir o tema de maneira descontraída é propor uma apresentação teatral em que os alunos tenham de interpretar adoles centes de 16 ou 17 anos. Dividir o trabalho de modo que cada um se sinta à vontade para atuar na montagem ou participar dos bastidores. Para criar os papéis, os alunos podem até mesmo imaginar como serão quando tiverem essa idade. Podem também observar os jovens na própria escola ou na família, obtendo as informações necessárias. Orientar os alunos a enfocar a observação não só nas características físicas, mas principalmente no comportamento dos adolescentes, evitando caricaturas e preconceitos. Orientar os alunos a sempre conversar com um adulto responsável no caso de dúvidas ou inseguranças. Uma atividade que pode complementar o assunto é pedir a eles que criem histórias em quadrinhos sobre a adolescência. Traba lhar a atividade em conjunto com as aulas de Língua Portuguesa.
O sistema genital A reprodução humana é um assunto que, geralmente, desperta bastan te o interesse dos alunos, tanto pelos aspectos biológicos quanto pelo lado dos relacionamentos humanos. O estudo da reprodução humana, nessa fase, enfoca as transformações no corpo, as diferenças anatômicas entre os sexos e a formação de uma nova vida. Assuntos relativos à sexualidade devem ser analisados; ninguém melhor que o professor para conhecer as necessidades de sua classe e perceber até que ponto vai a maturidade dos alunos para com preender o assunto ou mesmo falar sobre ele. Comentar com os alunos que é preciso conhecer o próprio corpo para manter a saúde. Muitas vezes, os alunos se acostumam a chamar por apeli dos as partes do sistema genital feminino ou masculino. Observar os nomes que eles utilizam e explicar quais são os correspondentes científicos para cada um deles.
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É importante que os alunos conheçam as partes do corpo sem mistifi cações. Eles podem modelar, em massinha, as estruturas desses sistemas. Orientá-los a usar pedaços de canudinho ou mangueiras finas como modelo para os dutos. Pedir a eles que acompanhem o caminho dos espermatozoides, desde sua produção até sua liberação pela uretra. O gameta feminino, liberado na ovulação, é o ovócito secundário. Aqui, como questão para simplificar, usamos simplesmente a denominação “óvulo” para nos referirmos ao gameta feminino. Rigorosamente, o ovócito é chamado de óvulo a partir de sua fecundação. O texto a seguir traz mais informações sobre esse assunto.
Durante o desenvolvimento fetal inicial, as células germinativas no ovário diferenciam-se em ovogônias, que podem originar células que se desenvolvem até em ovócitos secundários. Antes do nascimento, a maioria dessas células degenera, mas algumas se transformam em células maiores chamadas ovócitos primários. Essas células iniciam a meiose I, durante o desenvolvimento fetal, mas não a completam até após a puberdade. Ao nascer, encontram-se 200.000 a 2 milhões de ovogônias e ovócitos primários em cada ovário. Dessas células, restam cerca de 40.000 na puberdade, porém apenas 400 sofrem maturação e ovulam durante a vida reprodutiva de uma mulher, as restantes sofrem degeneração. Após a puberdade, os hormônios secretados pela adeno-hipófise estimulam, a cada mês, a retomada da ovogênese. A meiose I reinicia em vários ovócitos secundários, embora em cada ciclo somente um folículo ovárico vesiculoso alcance finalmente a maturidade necessária para a ovulação. O ovócito primário diploide completa a meiose I, resultando duas células haploides, de tamanhos diferentes, ambas com 23 cromossomos (n), com duas cromátides cada um. A célula menor produzida pela meiose I, chamada primeiro corpúsculo polar, é essencialmente um pacote de materiais nucleares descartados; a célula maior, conhecida como ovócito secundário, recebe a maior parte do citoplasma. Uma vez que o ovócito secundário é formado, ele inicia sua meiose II, mas não a leva até o final. O folículo no qual esses eventos ocorrem – o folículo ovárico maduro (de Graaf) – logo sofrerá ruptura, liberando seu ovócito secundário, em um processo conhecido como ovulação. Durante a ovulação, geralmente um único ovócito secundário (com o primeiro corpúsculo polar) é expelido dentro da cavidade pélvica e sugado para o interior da tuba uterina (de Falópio). Se um espermatozoide penetrar nesse ovócito secundário (fertilização), a meiose II recomeça. O ovócito secundário divide-se em duas células haploides (n) de tamanhos desiguais. A célula maior é o óvulo (ou ovo maduro); a menor é o segundo corpúsculo polar. TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 571-574.
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A fecundação Ressaltar que os espermatozoides são células que se movimentam desde o canal vaginal até as tubas uterinas. Já os óvulos não se movimentam, mas são impulsionados pelas tubas uterinas. Sabendo disso, questionar os alunos: Em que parte do sistema genital feminino geralmente acontece o encontro das células reprodutivas masculina e feminina? Em geral, o encontro acontece nas tubas uterinas. A relação sexual – ou seja, a forma natural pela qual os gametas femi ninos e os masculinos podem se encontrar no corpo da mulher – é apenas mencionada na explicação sobre a fecundação. Optamos por apresentar a relação sexual superficialmente, mas o trabalho pode ser estendido, depen dendo do interesse da classe. Esse aprofundamento pode ser tratado a partir dos questionamentos dos alunos, levando em conta os aspectos sociais e individuais de uma relação sexual. A orientação sexual é importante em to das as fases da vida, desde a infância, e principalmente na adolescência; o tema pode e deve extrapolar as fronteiras do livro todas as vezes que houver necessidade. Muitos dos preconceitos ou atitudes discriminatórias que uma criança pode apresentar são “aprendidos” sutilmente, quando ela observa o compor tamento de outra pessoa, suas falas e gestos. A criança pode pautar seus pen samentos e ações por atitudes de outras pessoas, por um modelo do senso co mum, muitas vezes sem parar para refletir sobre os motivos de determinados pensamentos e ações. Assim, comportamentos preconceituosos e intolerantes são perpassados de geração a geração. A escola, em sua função de formar cidadãos críticos, deve proporcionar mo mentos para que os alunos confrontem tais comportamentos preconcebidos com novas ideias e tirem, por si só, conclusões diferentes, que levem a atitudes dife rentes: respeitosas, tolerantes e abertas às particularidades de cada ser humano. Podem surgir curiosidades a respeito da homossexualidade. Explicar que o fato de um garoto gostar de balé ou uma garota gostar de futebol não tem relação com a orientação sexual. O processo de orientação sexual geralmente passa a ser mais bem compreendido pelo indivíduo quando ele passa a se interessar por relacionamentos amorosos/sexuais. Todas as pessoas devem ser respeitadas, independentemente da orientação sexual. Em certa época da infância e da adolescência, os alunos costumam formar “panelinhas”: meninas de um lado, meninos de outro. Algumas crianças, por apresentarem comportamentos considerados pelo grupo como “inadequados” a seu gênero, podem ser alvo de piadas, brincadeiras de mau gosto, agres sões físicas e todo tipo de discriminação (ou, no termo atual, podem sofrer bullying). Uma proposta é trabalhar o livro Menino brinca de boneca? (listado ao lado). Apresente-o para a classe, permitindo que eles tomem contato com diferentes exemplos que ajudam a desmistificar papéis muitas vezes precon ceituosos do homem e da mulher, estabelecidos desde a infância.
Para saber mais RIBEIRO, M. Menino brinca de boneca? Editora Salamandra, 2001.
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A proposta é discutir se há “certos” e “errados” para cada sexo. Essa con versa pode render ótimos frutos na classe e o trabalho pode ser estendido para outros anos, na escola, de acordo com o interesse dos demais professores e classes. O resultado que gostaríamos de atingir é único e simples: os alunos devem compreender que todas as pessoas têm o direito de serem tratadas com respeito. Essa atividade pode render inúmeras propostas e projetos. Uma sugestão é criar, com os alunos, uma dramatização com o tema “Somos todos iguais e todos diferentes”. É interessante contar com suporte da orientação pedagógi ca da escola e do professor de Língua Portuguesa para a produção do texto. O resultado do trabalho – apresentação – pode ser filmado, por exemplo. A questão da orientação sexual também pode surgir no trabalho com esse tema. Somos favoráveis à inclusão de práticas escolares que repudiem a ho mofobia na escola, em concordância com o que cita o MEC:
[...] a homofobia incita o ódio, a violência, a difamação, a injúria, a perseguição e a exclusão. Além de prejudicar a imagem das pessoas – alunos, professores ou servidores –, interfere no aprendizado e na evasão escolar. A homofobia cria e consolida um conjunto agressivo de referência contra gays, lésbicas, transgêneros e transexuais, identificando-os como pessoas perigosas, ridículas, anormais e doentes. BRASIL. MEC inicia discussões sobre homofobia. Ministério da Educação. Disponível em: <http://portal. mec.gov.br/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=6374>. Acesso em: jun. 2014.
Não se pode ignorar a questão, fazendo de conta que ela não existe. A temática homossexual está presente na realidade dos alunos, assim como a sexualidade. Elas devem sim ser abordadas e esclarecidas, e a medida é o questionamento dos alunos, o respeito por sua maturidade e capacidade de li dar com esses temas (assim como com qualquer outro). O livro sugerido abaixo pode ajudar a tratar do assunto em sala de aula.
Para saber mais CASTRO E SILVA, R. Orientação sexual: possibilidade de mudança na escola. Campinas: Editora Mercado das Letras, 2002.
A seguir, listamos mais alguns materiais com sugestões para tratar do as sunto em sala de aula. A cartilha para educadores Orientações técnicas de educação em sexualidade para o cenário brasileiro: tópicos e objetivos de aprendizagem, da Unesco, justifica a importância da orientação sexual desde os 5 anos de idade. As demais indicações são orientações educacionais da Revista Nova Escola. Em “Eles querem falar de sexo” há atividades práticas para crianças e adolescentes que estão descobrindo a própria sexualidade, ajudando a enfrentar essa fase sem mitos nem atropelos. Em “Será que elas são... homofóbicas” há uma pesquisa que indica que as escolas brasileiras são preconceituosas com os gays; a informação é a arma para reverter o quadro.
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“O despertar da sexualidade” mostra que, desde o nascimento, a criança ex plora o prazer, os contatos afetivos e as relações de gênero, e orienta a respon der às dúvidas sobre o tema.
Para saber mais UNESCO. Orientações técnicas de educação em sexualidade para o cenário brasileiro: tópicos e objetivos de aprendizagem. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/ images/0022/002277/227762por.pdf> GENTILE, P. Eles querem falar de sexo. In: Nova escola. Disponível em: <http://revistaescola. abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/eles-querem-falar-sexo-431419.shtml>. Acesso em: jun. 2014. PINHEIRO, T. Será que elas são... homofóbicas? Nova escola. Disponível em: <http://revistaes cola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/sera-elas-sao-451878.shtml>. Acesso em: jun. 2014. GURGEL, T. O despertar da sexualidade. Nova escola. Disponível em: <http://revistaescola. abril.com.br/crianca-e-adolescente/desenvolvimento-e-aprendizagem/despertar-sexualidade infancia-freud-528841.shtml>. Acesso em: jun. 2014.
Os direitos humanos A Constituição de 1988 foi apelidada Constituição cidadã por ser um marco no reconhecimento dos direitos humanos no Brasil. A base da Constituição é a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ela reconhece princípios funda mentais como a soberania, a dignidade do ser humano, o valor social do traba lho e da livre-iniciativa, o pluralismo político e o Estado de direito. Em seu artigo 3‚, ela traça objetivos de curto, médio e longo prazo, como a construção de uma sociedade livre, justa e solidária; a erradicação da pobreza, do analfabetismo e da marginalização; a redução das desigualdades sociais e regionais; o combate à discriminação e ao preconceito. Entre o texto constitucional e a prática da realidade cotidiana dos brasileiros ainda existe uma grande diferença, que cons titui um desafio para a sociedade nacional. Porém, o mero reconhecimento legal desses princípios já constitui uma conquista que pode servir como referência para políticas públicas que contribuam para diminuir essa diferença. O termo cidadania faz parte das campanhas políticas, está nos apelos publicitários, nos documentos do governo, em programas de TV ou rádio e em diversas outras situações que vivenciamos no cotidiano. Mas qual o significa do e a história por trás da ideia de cidadania? Antes de qualquer coisa, cidadania é um termo jurídico. O cidadão é o sujeito detentor de certos direitos assegurados pelo Estado. Esses direitos po dem ser, conforme a divisão já clássica do sociólogo inglês Thomas Humphrey Marshall, civis, políticos e sociais. Os direitos civis incluem as liberdades individuais, como a liberdade de consciência e de expressão, a liberdade de ir e vir, de ter um tratamento justo diante da lei, de escolher seu trabalho sem sofrer coação, entre outros. Os direitos políticos, que garantem a legitimida de das instituições políticas, incluem o direito de votar e ser votado, de se manifestar politicamente e discordar sem ser perseguido. Por fim, os direitos
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sociais, como o direito à educação, a um trabalho digno e um salário justo, procuram garantir a justiça social e a participação na riqueza coletiva. Esses direitos têm sua própria história, pontuada por lutas e derrotas, avan ços e retrocessos. A noção de cidadania varia no tempo e no espaço. Ser cidadão não tem o mesmo significado hoje em dia e na Antiguidade, na Suécia ou na Ve nezuela. Normalmente considera-se que a ideia de cidadania nasceu na Grécia Antiga, onde existia uma comunidade política organizada, que era chamada de Pólis, da qual os cidadãos podiam participar de maneira direta e em condições de igualdade. Estavam excluídos da cidadania os escravos, os estrangeiros, as crianças e as mulheres. Na Antiguidade clássica, a cidadania era muito distinta do mundo moderno, pois estava ligada ao pertencimento a uma cidade, enquan to hoje ela se liga ao pertencimento a um Estado nacional. A concepção moderna de cidadania nasce com as chamadas Revoluções Burguesas que originaram o Estado liberal moderno no século XVIII. O primei ro grande documento histórico que definia a cidadania como garantia de di reitos humanos fundamentais foi a Declaração de Independência dos Estados Unidos, de 1776. Nela há a célebre frase:
“consideramos estas verdades autoevidentes: que todos os homens são criados iguais, dotados pelo seu Criador de certos Direitos inalienáveis, que entre estes estão a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade”. apud HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: Uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 219.
Porém, essa declaração não impediu que a escravidão dos negros perma necesse na sociedade norte-americana até o século XIX e que as mulheres tenham sido excluídas do direito ao voto até 1920. Outra referência importante é a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão produzida no decorrer da Revolução Francesa (1789). Esse documen to serviu de base também para a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ratificada pelas Nações Unidas em 1948. Ver alguns artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Artigo 1‚. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir uns com os outros num espírito de fraternidade. Artigo 2‚. Todo ser humano pode fruir de todos os direitos e liberdades apresentados nesta Declaração, sem distinção de qualquer sorte, como raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra ordem, origem nacional ou social, bens, nascimento ou qualquer outro status [...] Artigo 21. (1) Todo ser humano tem o direito de participar do governo de seu país, diretamente ou por meio de representantes livremente escolhidos. (2) Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público no seu país.
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(3) A vontade do povo deve ser a base da autoridade do governo; esta vontade deve ser expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal e igual, realizadas por voto secreto ou por procedimento equivalente que assegure a liberdade de voto. Artigo 26. (1) Todo ser humano tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, ao menos nos estágios elementares e fundamentais. A educação elementar deve ser obrigatória. A educação técnica e profissional deve ser colocada à disposição de todos, e a educação superior deve ser igualmente acessível a todos com base no mérito. (2) A educação deve ser orientada para o pleno desenvolvimento da personalidade humana e para o fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais. Deve promover a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e deve fomentar as atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. (3) Os pais têm o direito prioritário de escolher o tipo de educação que será dado a seus filhos. apud HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: Uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 230-231, 234, 235.
Esse documento destaca a universalidade dos direitos humanos e o direito de todas as pessoas ao respeito, a ver reconhecida sua dignidade. Ele reconhece também que a cidadania implica não só direitos individuais, mas também exige deveres com relação à coletividade. É importante destacar que a definição teórica dos direitos não resulta necessariamente em sua implementação prática. Na verdade, a história da cidadania é um processo progressivo de inclusão, em que a esfera dos direitos e sua abrangência vão se dilatando paulatinamente. Sobre isso, ver o que diz Franco Cambi:
[...] ao lado da industrialização e dos movimentos nas classes sociais que ela ativa, ao lado da consciência de classe que ela veio a produzir, a contemporaneidade é também a época dos direitos, do seu reconhecimento teórico e de sua firmação prática. São direitos do homem, do cidadão, da criança, da mulher, do trabalhador, depois das etnias, das minorias, dos animais e da natureza, num processo que desde 1789 se expande de modo concêntrico e não linear [...], para incluir aspectos cada vez mais amplos e também distantes do homem, para tutelar sua existência e especificidade. CAMBI, Franco. História da Pedagogia. São Paulo: Unesp, 1999. p. 379.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos pode ser trabalhada em sala de aula a partir da adaptação feita por Ruth Rocha e Otávio Roth.
Direitos das crianças, dos adolescentes e dos idosos O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é o resultado das demandas dos movimentos sociais que, a partir do fim da ditadura militar no Brasil,
Para saber mais HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: Uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. Neste livro, a historiadora norte-americana analisa a gênese histórica de noções como a igualdade de todos perante a lei, a liberdade de consciência religiosa e o direito ao trabalho que estão na base da cidadania. A autora mobiliza conhecimentos da filosofia, política e história do cotidiano para mostrar os avanços e recuos no reconhecimento dos direitos humanos como direitos fundamentais e inquestionáveis de todos.
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se mobilizaram e colocaram em suas pautas como prioridade o combate aos maus-tratos e à exclusão de crianças e adolescentes. Por meio de reportagens e discussões veiculadas pelos meios de comunicação na época, camadas crescentes da população contribuíram para pressionar o poder público a instituir uma lei específica para proteger os direitos das crianças e dos adolescentes. Esse é um bom exemplo de como a participação das pessoas pode transformar uma situação. Os meios repressivos e autoritários de lidar com os mais jovens, herdados do passado e presentes mesmo nas escolas, passaram a ser questionados e combatidos. Porém, aqui é importante comentar também a distância que ainda existe entre os direitos de crianças e adolescentes e a prática, abordando, por meio de imagens, vídeos e reportagens, a situação da infância desassistida no Brasil. Nesse sentido, podem ser tratados temas como o trabalho infantil, o direito das crianças ao lazer, à educação, à moradia etc.
Para saber mais Anualmente, a Unicef lança relatórios sobre a situação de crianças e adolescentes no mundo todo, contendo análises e sugestões de políticas públicas para garantir os seus direitos. Sobre o Brasil, estão disponíveis dois relatórios, de 2009 e de 2011: Maria de Salete Silva e Pedro Ivo Alcântara (Coords.). O Direito de Aprender: Potencializar avanços e reduzir desigualdades. Brasília, DF: Unicef, 2009. Disponível em: <www.unicef.org/brazil/ pt/resources_14927.htm>. Acesso em: jun. 2014. Fundo das Nações Unidas para a Infância. O direito de ser adolescente: Oportunidade para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades. Brasília, DF: Unicef, 2011. Disponível em: <www. unicef.org/brazil/pt/br_sabrep11.pdf>. Acesso em: jun. 2014.
O Estatuto do Idoso foi criado em 2003 e visa garantir os direitos fun damentais a uma vida digna, à saúde, à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer.
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Planilhas de avaliação individual 5o ano
Nome do(a) aluno(a): Ano: C: consolidou o objetivo
Professor(a): PA: em processo de apropriação
NO: necessita de novas oportunidades de apropriação
1o bimestre – Unidade 1 Objetivos de aprendizagem ■■
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Percebe que os planetas do Sistema Solar orbitam ao redor do Sol. Compreende que, para o estudo do Universo, são utilizados modelos e cálculos matemáticos.
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Conclui que toda a energia que utilizamos provém do Sol.
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Relaciona a rotação da Terra com a sucessão dos dias e das noites. Relaciona a translação da Terra e a inclinação do seu eixo com a sucessão das estações do ano.
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Reconhece o globo terrestre e o planisfério como formas de representação da Terra.
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Conhece a divisão da Terra em hemisférios, identificando as principais linhas imaginárias.
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Reconhece a produção de lixo nos continentes como uma das causas da poluição dos oceanos. Reconhece que o planeta passou por diversas transformações ao longo de sua existência e que os primeiros seres vivos eram muito simples. Reconhece uma das teorias para o surgimento da diversidade da vida, que afirma que a biodiversidade atual é decorrente de modificações sofridas pelos primeiros seres vivos, ao longo do tempo.
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Reconhece os fósseis como evidência da evolução.
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Compreende as origens da espécie humana.
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NO
Compreende que a ciência classifica os elementos do Universo em grupos, de acordo com diferentes critérios. Reconhece que a Terra faz parte do Sistema Solar e este da Via Láctea.
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PA
Compreende que a tecnologia e a sociedade são determinantes para o avanço científico de cada época.
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C
Identifica quem eram e como viviam os primeiros habitantes das terras onde hoje é o Brasil.
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Define sítios arqueológicos compreendendo sua função.
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Compreende a importância da preservação do patrimônio histórico.
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2o bimestre – Unidade 2 Objetivos de aprendizagem ■■
Identifica as diferenças entre as zonas térmicas da Terra.
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Identifica os principais fatores que influenciam nos tipos climáticos.
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Reconhece as principais características dos tipos climáticos do Brasil.
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Compreende a definição de bioma e conhece os principais biomas brasileiros.
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NO
C
PA
NO
Reconhece algumas características físicas, de clima e a biodiversidade do bioma da Amazônia. Identifica características da região Norte, com ênfase nas principais atividades econômicas desenvolvidas. Reflete sobre as consequências do desmatamento para o ambiente. Reconhece a importância de práticas sustentáveis para a preservação das formações vegetais. Reconhece algumas características físicas, de clima e a biodiversidade do bioma da Caatinga. Reconhece algumas características físicas, de clima e a biodiversidade do bioma do Cerrado. Identifica características da região Nordeste, com ênfase nas principais atividades econômicas desenvolvidas. Reconhece algumas características físicas, de clima e a biodiversidade do bioma do Pantanal. Identifica características da região Centro-Oeste, com ênfase nas principais atividades econômicas desenvolvidas. Reconhece algumas características físicas, de clima e a biodiversidade do bioma da Mata Atlântica. Identifica características da região Sudeste, com ênfase nas principais atividades econômicas desenvolvidas. Valoriza ações das comunidades tradicionais em suas relações com a natureza e as diferentes manifestações culturais regionais da população brasileira. Reconhece algumas características físicas, de clima e a biodiversidade do bioma Pampa. Identifica características da região Sul, com ênfase nas principais atividades econômicas desenvolvidas.
Objetivos de aprendizagem
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PA
Compara a vegetação nativa antes da chegada dos europeus com a atual, quanto à cobertura no território brasileiro, identificando causas da devastação.
3o bimestre – Unidade 3
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C
Reconhece que os seres humanos sobrevivem em quase todos os ambientes da Terra. Reconhece que os seres humanos, muito mais do que os demais seres vivos, modificam o ambiente onde vivem. Identifica o desperdício de embalagens que são feitas de recursos naturais e quais recursos poderiam estar envolvidos na produção das embalagens que utilizamos.
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Identifica a cana-de-açúcar como um recurso renovável. Reconhece a origem e as etapas de produção do papel e conscientiza-se da importância do consumo consciente de papel. Identifica luz e calor como diferentes manifestações da energia e compreende que a energia não pode ser criada nem destruída, mas pode ser transformada de uma forma a outra. Relaciona a ausência de energia elétrica à impossibilidade de realização de tarefas e do funcionamento de aparelhos. Identifica procedimentos que evitam desperdício de energia. Reconhece que a água disponível para consumo está presente em quantidade relativamente pequena, comparada ao total de água do planeta.
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Compreende a importância do uso racional da água, relacionando-o à distribuição desigual.
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Repensa o consumo dos alimentos, conhecendo atitudes favoráveis ao seu bom uso.
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Reconhece os problemas gerados pelo lixo produzido nas cidades e as formas de diminuir a quantidade de lixo produzido nos grupos de convívio. Identifica fatores que levaram à destruição da Mata Atlântica.
4o bimestre – Unidade 4 Objetivos de aprendizagem ■■
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Identifica os alimentos como fonte de energia e de elementos estruturais para o corpo.
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Reconhece as principais estruturas e funções do sistema digestório humano. Compreende que o gás oxigênio é utilizado pelo corpo, em reações químicas, para obtenção de energia e que o gás carbônico é um produto dessas reações.
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Identifica as principais estruturas e funções do sistema respiratório.
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Compreende como ocorrem as trocas gasosas no organismo.
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Identifica as principais estruturas do sistema urinário e relaciona esse sistema à eliminação de resíduos tóxicos por meio da urina. Percebe a importância dos sentidos para a sobrevivência das pessoas e identifica as células receptoras dos sentidos como as unidades capazes de receber os estímulos do ambiente.
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Relaciona as sensações com o funcionamento do sistema nervoso central.
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Reconhece a importância da acessibilidade urbana.
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NO
Compreende que o estudo do corpo humano pode ser segmentado em diferentes níveis de organização, que são as células, os tecidos e os órgãos. Identifica os processos vitais.
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PA
Compreende que o corpo humano é um conjunto de estruturas que funcionam de forma integrada.
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C
Compreende que a adolescência é a fase da vida em que o corpo se transforma e se prepara para atingir a maturidade reprodutiva. Identifica as principais estruturas dos sistemas genitais masculino e feminino. Reconhece o espermatozoide e o óvulo como as células reprodutoras masculina e feminina, respectivamente, e conhece os processos de fecundação e gestação. Reconhece os direitos das crianças, dos adolescentes e dos idosos.
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Planilha de autoavaliação 5o ano
Nome do(a) aluno(a): Ano: C: consolidei o objetivo
Professor(a): PA: estou em processo de apropriação
Durante as aulas ■■
Participo das aulas com ideias e opiniões sobre o tema.
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Fico atento ao professor e aos comentários dos colegas.
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Respeito a minha vez de falar.
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Evito conversar com os colegas durante a explicação do professor.
Quanto à organização ■■
Mantenho minha mesa bem organizada.
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Tenho cuidado com meu material e com o material de uso coletivo.
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Trago o material necessário para a aula.
Trabalhos em grupo ■■
Contribuo com ideias e opiniões.
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Respeito a divisão de tarefas.
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Ajudo os colegas.
Atitude geral ■■
Resolvo com o diálogo os problemas que surgem.
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Respeito o que foi combinado com os colegas e o professor.
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Realizo com empenho as atividades propostas.
NO: necessito de novas oportunidades de apropriação
C
PA
NO
C
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