Catálogo do Leilão de Julho de 2017

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Leilão JULHO de 2017

Leilão l

Rua Marquês de São Vicente 22 sala 201 Gávea CEP 22451-040 Rio de Janeiro RJ

Rua Marquês de São Vicente 22 sala 301 Gávea CEP 22451-040 Rio de Janeiro RJ

24 de julho de 2017

Organização




Leilão JULHO DE 2017 24 de julho segunda-feira

19:30h Atlântica Business Center Av. Atlântica, 1.130, 7º andar Copacabana – Rio de Janeiro Estacionamento pela Av. Princesa Isabel EXPOSIÇÃO 19 a 23 de julho 12 às 21 horas quarta, quinta, sexta, sábado e domingo Atlântica Business Center Estacionamento pela Av. Princesa Isabel Lances Prévios / Estimativas Soraia Cals Escritório de Arte Tel. (21) 2540 0688 contato@soraiacals.com.br Evandro Carneiro Leiloeiro Tel. (21) 2227 6894 contato@evandrocarneiroleiloes.com

Lances por Telefone nos Dias de Leilão até as 18h Tel. [21] 2227-6894 2543-8800 2543-8812

2540-0688 2543-8766 2543-8658

Capa

Quarta Capa

lote 1

Lote16

VALENTIM, Rubem 1922 – 1991 Composição Bahia 3 óleo s/ tela, ass., dat. 1967, sit. Brasília, ass., dat. 1967 e com etiqueta do Instituto Central de Arte – Universidade de Brasília no chassi Procedência: Jorge Cláudio e Vera Noel Ribeiro 100 x 73 cm

SERPA, Ivan 1923 – 1973 Abstração óleo s/ tela, ass., dat. 1950 sup. esq., ass. no verso, com etiqueta da exposição “Ivan Serpa”, realizada no Paço Imperial – Rio de Janeiro, entre 19 de abril e 13 de junho de 2004, e gravação “Coleção Paulo Lima” no chassi Reproduzido na p. 8 do catálogo da exposição retrospectiva “Ivan Serpa: 1947-1973”, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro, 1993 Procedência: Paulo Lima 55 x 46 cm (página ao lado)


Julho DE 2017 Leilão

24 de julho segunda-feira 19h30

Exposição

19 a 23 de julho quarta, quinta, sexta, sábado e domingo, das 12 às 21h

LOCAL

Atlântica Business Center Av. Atlântica, 1.130, 7º andar Copacabana – Rio de Janeiro (Estacionamento pela Av. Princesa Isabel)

Catálogo online a partir de 17 de julho www.soraiacals.com.br www.evandrocarneiroleiloes.com

Lances Prévios e Estimativas

Organização

Leiloeiro

Soraia Cals Escritório de Arte (21) 2540 0688 contato@soraiacals.com.br

Evandro Carneiro (21) 2227 6894 contato@evandrocarneiroleiloes.com

Telefones para Lances nos Dias de Leilão até às 18 h

2227-6894 2540-0688 2543-8800 2543-8766 2543-8812 2543-8658

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Regulamento do leilão

1. Os organizadores diligenciaram com esmero e cuidado a confecção do catálogo e procuraram descrever, tanto quanto possível, as peças a serem leiloadas. 2. O leilão obedecerá, rigorosamente, a ordem do catálogo. 3. Todos os lotes estão sujeitos a um preço mínimo, indicado pelo proprietário e ratificado pelos organizadores. 4. A adjudicação será pela oferta mais alta do último licitante. No caso de litígio, prevalecerá a palavra do leiloeiro oficial. 5. Considerando que as peças apresentadas são de propriedade de terceiros, entende‑se a sua venda no estado em que se encontram. Por essa razão, os orga‑ nizadores solicitam que os interessados procedam aos exames que desejarem, durante a vigência da exposição que antecede ao leilão, não sendo aceitas desistências após o arremate. 6. A retirada das peças adquiridas no leilão será por conta e risco do arrematante. 7. As peças foram cuidadosamente examinadas antes do leilão, e os organizadores se responsabilizam por sua autenticidade e descrição. Na hipótese de divergência quanto à autenticidade das peças, desde que baseada em laudo firmado por perito idôneo, o arrematante poderá optar pela anulação da transação, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias após a compra. 8. Para maior comodidade dos licitantes, serão colocadas, à disposição, credenciais numeradas que deverão, em todos os casos, ser preenchidas e firmadas pelos licitantes antes do leilão ou depois da primeira arrematação.

9. Juntamente com este livro/catálogo, são oferecidas listas com as indicações de preços‑base para o início de leilão de cada lote, podendo o leiloeiro a seu ex‑ clusivo critério modificá‑los para mais ou para menos, no momento do pregão. 10. O leiloeiro poderá receber ordens de compra, com limites máximos indicados, por escrito, pelos interes‑ sados. Nesse caso, um funcionário, devidamente cre‑ denciado, ficará incumbido de lançar, em nome e lugar do interessado, até o limite autorizado. 11. Serão aceitos, ainda, lances por telefone durante o leilão. Igualmente, o interessado em determinada peça poderá solicitar, por meio de prévio contato telefônico, que um funcionário devidamente credenciado lhe contate também por telefone, no momento do leilão em que for apregoada a peça de seu interesse. Nesses casos, um fun‑ cionário, devidamente credenciado, ficará incumbido de lançar, em nome e lugar do interessado, até o limite verbal autorizado, conforme contato telefônico simultâneo ao leilão. Em tais hipóteses, o licitante firmará a credencial de que trata o item 8, na forma ali prevista ou, antes, fornecerá os dados constantes da referida credencial, pelos telefones divulgados para o evento. 12. No ato da arrematação, o interessado pagará o sinal de 30% (trinta por cento) do preço, mais 5% (cinco por cento) referente à comissão do leiloeiro. Arrematada a peça e assinada pelo arrematante a credencial de com‑ pra, não mais serão admitidas desistências, podendo o saldo do preço ser cobrado via execução judicial. 13. O saldo deverá ser pago contra a entrega da peça, não tendo os organizadores qualquer responsabilidade pela eventual obtenção de crédito ou financiamento para sua aquisição, entendendo‑se que as medidas, para


tanto necessárias, são de responsabilidade exclusiva dos adquirentes.

16. Os interessados têm ciência das condições estabe‑

14. Após a licitação, as peças arrematadas estarão à disposição dos adquirentes, correndo, a partir desse momento, por conta exclusiva dos adquirentes, os cuidados para conservação das peças.As peças deverão ser retiradas, no prazo máximo de 3 (três) dias úteis após a data de licitação. 15. O leiloeiro, como mandatário dos vendedores e agin‑ do em nome destes, reserva‑se o direito de lançar por eles, de não aceitar lances e de agrupar ou reti‑ rar lotes, sem nenhuma obrigação de esclarecer os motivos de sua decisão.

lecidas neste regulamento, através do catálogo do leilão, na medida em que constitui parte deste im‑ presso, ou acessando o site mantido pelos organiza‑ dores na internet (www.evandrocarneiroleiloes.com ou www.soraiacals.com.br), pelo que não poderão alegar qualquer desconhecimento dessas condições, ficando eleito o foro central da Comarca do Estado do Rio de Janeiro, com exclusão de qualquer outro, por mais privilegiado que seja, para dirimir qualquer incidente alusivo à arrematação ou ao leilão.

Progressão de lances no leilão Até R$1.000,00

De R$20.000,01 a R$50.000,00

De R$500.000,01 a R$1.000.000,00

Lance mínimo de R$100,00

Lance mínimo de R$1.000,00

Lance mínimo de R$20.000,00

De R$1.000,01 a R$5.000,00

De R$50.000,01 a R$100.000,00

De R$1.000.000,01 a R$5.000.000,00

Lance mínimo de R$200,00

Lance mínimo de R$2.000,00

Lance mínimo de R$50.000,00

De R$5.000,01 a R$20.000,00

De R$100.000,01 a R$500.000,00

De R$5.000.000,01 em diante

Lance mínimo de R$500,00

Lance mínimo de R$5.000,00

Lance mínimo de R$100.000,00



Índice dos artistas

ABRAMO, Lívio 74, 92

GASTÃO MANOEL Henrique 57

MILHAZES, Beatriz 65

ALCIDES SANTOS, 143

GEIGER, Anna Bella 78

NIVOULIÈS DE PIERREFORT, Marie 120

AMOEDO, Rodolpho 87

GOELDI, Oswaldo 35, 36, 37, 38, 93

ORMEZZANO, Mário 83, 84

ÂNGELO DE AQUINO 46, 58, 63, 81

GOMIDE, Antônio 43

OSCAR PEREIRA DA SILVA 106

AURELINO DOS SANTOS 10, 11, 135

GONÇALO Ivo 68

POTEIRO, Antônio 134

AUTOR NÃO IDENTIFICADO 145,

GRACIANO, Clóvis 42

PRADO, Carlos 129

GRAUBEN do Monte Lima 136

ROBERTO MAGALHÃES 54

GUIGNARD, Alberto da Veiga 90, 130

RODRIGUES, Sérgio 141, 142

GUIMA 49, 50, 51

ROMANELLI, Armando 128

JENNER Augusto 127

SALDANHA, Ione 15

JOÃO MARIA DOS SANTOS 107

SAMICO, Gilvan 48

KAMINAGAI, Tadashi 115

SANTOS, Adilson 100, 101

KATZ, Renina 69

SCHERPENBERG, Katie Van 24, 80

KAZ, Paulina 112

SCLIAR, Carlos 109, 111

KRAJCBERG, Frans 17, 18, 25

SÉRGIO Telles 104, 105, 108

LEAL, Paulo Roberto 60, 61

SERPA, Ivan 13,16,26,27,28,29,30,31,32,33,

146,147, 148,149,150,151,152,155,156 BANDEIRA, Antônio 20 BARRABAND, Jacques 131, 132, 133, 133a BERTI, Leonello 110 BIANCO, Enrico 85,86,99 BONOMI, Maria 71 BRACHER, Carlos 121 BULCÃO, Athos 72 BUSTAMANTE SÁ, Rubens Fortes 118 CAMARGO, Iberê 44 CARYBÉ 39, 40, 41 CAVALLEIRO, Henrique 124 CÍCERO DIAS 138 DACOSTA, Milton 21, 91 DARCÍLIO Lima 47 DE DOME, José 125, 126 DI CAVALCANTI, Emiliano 94 DIAS, Antônio 79 DJANIRA da Mota e Silva 116 DJANIRA da Mota e Silva / MENDES

LEIRNER, Nelson 64, 139 LOIO-PÉRSIO 67 MAGALHÃES, Aloísio 76 MAGALHÃES, Roberto 45 MAIOLINO, Anna Maria 19, 70, 77 MALAGOLI, Ado 102 MANFREDO SOUZANETO 59 MARCIER, Emeric 117 MARQUETTI, Ivan 113, 114

CAMPOS, Paulo 137

MAURINO 144

ELSAS, Harry 95, 96, 97, 98

MENDONÇA, Fernando 103

FLEXOR, Samson 22, 23

MENDONÇA, Jorge de 122

FRANCISCO VIEIRA SERVAS (atribuído) 158

MESTRE BORBOLETA (atribuído) 160

FREIRE, Jadir 66

MESTRE DO INFICIONADO 159

GALENO 12

MESTRE JACUÍ 153, 154, 157

34,52,53, 55, 56, 62,73 SIGAUD, Eugênio 89 SUED, Eduardo 75 TENREIRO, Joaquim 119 VALENTIM CORRÊA PAES 161 VALENTIM, Rubem 1, 2, 3,4, 5, 6, 7, 8, 9 VERGARA, Carlos 82 VILLARES, Décio 88 VISCONTI CAVALLEIRO,Yvonne 123 VOLPI, Alfredo 14 ZIRALDO 140



Noite única lotes 1 a 161


Rubem Valentim déc. 1970

ROMA 1964 –1966

Como consequência do prêmio de viagem ganho no Salão Nacional de Arte Moderna, no ano anterior, Rubem Valentim viajou, em setembro de 1963, para a Europa, acompanhado de sua mulher, Lúcia Alencastro, uma das fundadoras da Escolinha de Arte do Brasil. Antes de se fixar em Roma, em março de 1964, o casal estagiou na Inglaterra (Bristol e Londres), onde Lúcia, bolsista do governo inglês, fez pesquisas no campo da educação pela arte. Na Europa, Valentim aprofundou seus contatos com a arte negro-africana, visitando museus de antropologia e exposições especializadas, reforçando, assim, suas raízes culturais. Como Wilfredo Lam, o notável pintor cubano, redescobre na Europa o lado recalcado de nossa formação cultural, o lado africano. As três ou quatro dezenas de telas realizadas em Roma mereceram fartos elogios da melhor crítica italiana, de Enrico Crispolti, Giuseppe Marchiori, Umbro Apollonio, várias vezes presidente da Bienal de Veneza, de Giulio Carlo Argan, um dos mais respeitados críticos e historiadores de arte deste século. Em texto definitivo, Argan afirma que os signos-símbolos mágicos de Valentim “aparecem subitamente imunizados, privados das suas próprias virtudes originárias, evocativos ou provocatórios.

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VALENTIM, Rubem 1922 – 1991 Composição Bahia 3 óleo s/ tela, ass., dat. 1967, sit. Brasília, ass., dat. 1967 e com etiqueta do Instituto Central de Arte – Universidade de Brasília no chassi Procedência: Jorge Cláudio e Vera Noel Ribeiro 100 x 73 cm (página ao lado)




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VALENTIM, Rubem 1922 – 1991 Emblema 8 acrílica s/ tela, ass., dat. 1973, tit., sit. Brasília e com emblema visual do artista no verso Procedência: Paulo Lima 70 x 50 cm (página ao lado)

O artista os elabora até que a obscuridade ameaçadora do fetiche se esclareça na límpida forma do mito”. E acrescenta: “O apelo de Valentim à simbólica-mágica talvez seja a recordação inconsciente de uma grande e luminosa civilização negra anterior às conquistas ocidentais. Por isso, a configuração de suas imagens é também mais claramente heráldica e emblemática que simbólica-mágica. Nesses signos está a recordação de um grande espaço civilizado, de antigas cidades, de impérios destruídos. A dispersão das populações negras, a sua dura existência no continente americano, reforçou o significado histórico, já agora não mágico, desses signos cabalísticos, como sinal de entendimento entre gente exilada, de liberdade entre populações oprimidas”. Antes de regressar ao Brasil, Valentim vai a Dacar participar do I Festival Mundial das Artes Negras, em junho de 1966, com doze telas da fase romana. Obras que foram longamente apreciadas por Léopold Sédar Senghor, presidente do Senegal, mas também poeta e um dos fundadores da Negritude, movimento que à sua época teve enorme repercussão em todo o mundo. Tivesse permanecido na Europa, certamente o curso da carreira de Valentim seria outro. Ele estaria fatalmente entre os primeiros, mas é certo também que não se comportaria apenas como um apêndice da arte internacional. E poderia dizer, então, como Lam, como Matta, como os cinéticos argentinos e venezuelanos, que sua arte era um “ato de descolonização” – o conquistado ao mesmo tempo conquista. A primeira e mais evidente característica da fase romana é a retomada dos signos e símbolos, distribuídos sobre a tela, abundantemente, mas segundo esquemas composicionais extremamente rigorosos. Simetria absoluta, ênfase na vertical. Telas-altares-retábulos. Já vimos que a origem mais próxima desses símbolos está na liturgia do candomblé. A origem mais remota, entretanto, como indicou Argan, perde-se na memória do tempo, pode ser encontrada em antigas civilizações negras anteriores às do Ocidente. O antropólogo senegalês Cheikh Anta Diop em seu livro Nations négres et culture (1954), referindo-se à existência do antigo Império de Gana, defende a preeminência da raça negra mesmo nos territórios ocupados pelos brancos. Nas telas de Roma, “desfilam” emblemas, brasões, broquéis, escudos, bandeiras, estandartes, marcos, alfanges, caiados e andores de uma procissão milenar, ecumênica, que se esvai no tempo, entre os povos. Procissões que são, igualmente, indícios e sinais de multidões oprimidas e subjugadas a irromperem sua revolta com seus cantos de guerra e paz. A segunda característica, que resulta do emprego da têmpera a ovo no lugar do óleo, é a sensualização da matéria pictórica. O cromatismo sai enriquecido: cores baixas, ocres, azuis e lilases em contraponto com cores vivas distribuídas em pontos estratégicos da composição. As cores se interiorizam; a atmosfera geral é solene, sacral.

Texto de Frederico Morais, extraído do catálogo da exposição de Rubem Valentim, “Construção e símbolo”, realizada no CCBB, em 1994.



Rubem valentim: teólogo visual

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VALENTIM, Rubem 1922 – 1991 Emblema 5 acrílica s/ tela, ass., dat. 1973, tit., sit. Brasília e com emblema visual do artista no verso Foi criada uma serigrafia a partir desta obra Procedência: Paulo Lima 70 x 50 cm (página ao lado)

A unanimidade da crítica em torno da importância da obra de Rubem Valentim muitas vezes dificulta o exame do próprio processo evolutivo de seu trabalho, ou a absorção de modificações, que, de tempos em tempos, vem ocorrendo. Isso apesar da rigorosa coerência de sua trajetória nestes quase 20 anos. E muitas vezes é o próprio artista que se antecipando à critica fecha seu próprio trabalho a novos enfoques. O importante debate realizado na última quinta-feira, no recinto de sua exposição, comprovou tudo isso que dissemos acima. A exposição de Valentim, no primeiro contato, incomoda pelo excesso de quadros. Gostaríamos de ver, entre um quadro e outro, um espaço amplo, a fim de podermos captar a aura de cada trabalho. Com suas cores fortes e recortes muito nítidos, eles parecem desejar um vazio em torno para manifestarem mais calmamente sua sacralidade. Depois, como que nos acostumamos com aquele supermercado de signos, o excesso configurando uma espécie de festa tribal ou a acumulação típica das coisas populares – é o horror vacui – das casas de milagres às bandeiras de um estádio de futebol. Vencida essa primeira dificuldade, que é a própria disposição das obras, pode-se perceber, na atual mostra de Valentim, algumas modificações bastante significativas. Elas se referem à tendência atual de Valentim em fragmentar seus elementos (originários dos ritos do candomblé) a fim de melhor integrá-los no fundo ou, por outra, fragmentar para eliminar uma oposição rígida entre fundo e superfície. A forma que resultaria justamente dessa não distinção entre dar e receber revelaria um aprofundamento da relação do artista com sua arte, mas principalmente do artista com o próprio mundo. Seria mesmo o prenúncio de uma maturação definitiva do artista e do homem. Explico. Na fase de maior definição da proposta de Valentim (e que, a meu ver, tem início com seu retorno da Europa, onde residiu cerca de três anos) – a redução plástica de signos do candomblé, como símbolo de uma situação mais geral, a de uma arte intimamente ligada às raízes culturais afro-brasileiras –, havia uma clara distinção entre o fundo e a superfície. Tinha-se a sensação de que as formas eram recortadas e colocadas sobre a tela. Cores fortes e chapadas. Tal sensação era acentuada pela própria simetria e verticalidade de suas composições. Essa rigidez explica a naturalidade com que Valentim passou do plano para o espaço, ou seja, da pintura para a escultura, depois do interregno do relevo. Mesmo na pintura, os elementos se destacavam do fundo, e os seus relevos apenas obviaram o que existia virtualmente. Daí para os “altares” foi apenas um passo. Nesse momento, o fundo para as formas-altares não era mais a tela-quadro, mas a tela-mundo, o próprio espaço real. Os relevos e altares, sobretudo aqueles nos quais o branco domina, constituem os momentos mais belos da arte de Valentim. E que sem dúvida foram fruto (apesar de já existirem virtualmente, como vimos, desde o início da década passada) de sua estada em Brasília – cidade vocacionalmente ecumênica e mística e na qual o espaço é parte de seu fluxo vital. Ao retomar mais intensamente, nos últimos anos, a pintura e mesmo considerando as dimensões modestas de seus quadros, Valentim o fez de forma diferente, aprofundando o significado de sua obra. [...] Texto publicado originalmente no caderno Artes Plásticas, em O Globo. Rio de Janeiro, 1 jul 1975.



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VALENTIM, Rubem 1922 – 1991 Emblema 80 acrílica s/ tela, ass., dat. 1980, tit., sit. Brasília – DF e com emblema visual do artista no verso Procedência: Paulo Lima 35 x 50 cm



VALENTIM: ÁSPERO, DIGNO, SOLITÁRIO Frederico Morais Frágil nas suas roupas largas e desalinhadas, pequeno, magro, uma calvície que

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VALENTIM, Rubem 1922 – 1991 Emblema 86 acrílica s/ tela, ass., dat. 1986, tit. e sit. Brasília no verso Reproduzida na p. 21 do livro Tenreiro, organização Soraia Cals (Rio de Janeiro: 1998) 41 x 27 cm (página ao lado)

avança com a idade (está hoje com 53 anos), um rosto manchado e cuja angulação é acentuada agora por um cavanhaque, uns sapatos pobres e, a tiracolo, uma dessas desajeitadas bolsas de plástico, dentro da qual acumula desarrumadamente jornais, papéis, documentos etc. Rubem Valen-tim possui, entretanto, uma extraordinária energia física e mental. Fala horas intermináveis, às vezes o dia inteiro, e quando se dá conta de que é preciso alimentar-se limita-se a um copo de água ou, então, a uma frugal refeição macrobiótica. E mesmo durante a refeição fala, insistindo sempre no mesmo ponto, que é sua arte, a qual defende com vigor e paixão. Valentim é um solitário. Litorâneo, baiano, amarga sua solidão no isolamento de Brasília. E, como todo solitário, é atento a tudo que ocorre – do comportamento das pessoas à nota escondida no jornal. E assim torna-se crítico. Va-lentim sabe das coisas, observa, anota. Um dia, certamente, escreverá suas memórias. Até lá, vai martelando nossos ouvidos com suas críticas duras, devastadoras às vezes, mas quase sempre corretas. A presença de Valentim em Brasília é uma fatalidade imposta por sua própria obra, na qual o arcaico de nossa cultura de base africana convive, semiologicamente, na universalidade de uma linguagem construtiva. O contato com Valentim é áspero – ele mesmo diz que ainda não foi polido, que é contemporâneo da pedra lascada. Estive longamente com o artista em Brasília, inclusive em sua bela casa, situada num ponto extremo da cidade. Contrastando com as residências pomposas em torno, ela é austera e despojada – o projeto, aliás, foi calcado em um dos seus objetos emblemáticos. Tanto interna quanto externamente não existem linhas curvas ou qualquer gratuidade decorativa. Simetria, paredes nuas. No seu despojamento azul e branco, a casa lembra um mosteiro jesuítico, até mesmo no fato de ser residência e oficina de trabalho e, quem sabe, no futuro, uma escola: o artista pensa transformar parte do terreno ainda existente em um centro cultural. Valentim prepara no momento duas exposições, uma para este mês, na Fundação Cultural do Distrito Federal, e outra para junho, no Rio. E é por isso que sua casa encontra-se abarrotada de trabalhos. Mesmo dentro do acúmulo, entretanto, pode-se perceber a imponência quase religiosa de seus objetos emblemáticos, dignidade que não se esvai, mesmo quando o artista usa cores mais fortes, da mesma maneira como eles contêm virtualmente um aspecto lúdico. Quero com isso dizer que vejo nesses objetos--totens, uma perspectiva de integração no espaço urbano, imagino-os entregues à participação pública, especialmente de crianças, em jardins ou áreas de lazer. Mas, além desses objetos e de algumas pinturas antigas, certamente inéditas, e que são mais coloridas e sensuais, a lembrar Torres-Garcia e vagamente Kandinsky ou Herbin (nome que a França começa também a revisar), vi seus trabalhos mais recentes, nos quais começa a romper com a rígida simetria dos últimos 10 ou mais anos. E ao romper a simetria, com a fragmentação da forma-signo, Valentim estabelece ao mesmo tempo um novo relacionamento entre fundo e superfície. É possível, caso insista na problemática atual, que seu vocabulário plástico fique cada vez mais dissimulado até, eventualmente, desaparecer.



Rubem Valentim déc. 1980

Em Brasília, acompanhado pelo artista, vi também o painel que rea- lizou para o edifício da Novacap (prédio horroroso, aliás). E uma das

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VALENTIM, Rubem 1922 – 1991 Emblema 87 acrílica s/ papel Fabriano colado em tela, ass., dat. 1987, tit., sit. Brasília e com emblema visual do artista no verso Procedência: Paulo Lima 38 x 28 cm (página ao lado)

obras públicas mais dignas que já vi – despojada e silenciosa. Todo ele realizado em mármore, tem a serenidade e a altivez das obras clássicas. Mantendo rigorosamente a coerência com toda sua obra anterior, Valentim não se limitou a cuidar da área restrita do painel. Foi além no sentido de criar uma ambientação para o painel. Levou seus signos para o piso de pedra portuguesa, mandou limpar as paredes próximas e repintá-las, construiu um pequeno lago junto do mural e que o reflete, em ondulações; enfim, amiúde passa por lá para ver como está tudo.

Texto publicado originalmente no caderno Artes Plásticas, em O Globo. Rio de Janeiro, 7 abr 1975.


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VALENTIM, Rubem

VALENTIM, Rubem

1922 – 1991 Emblema 1979

1922 – 1991 Emblema 85

acrílica s/ tela, ass., dat. 1979, tit., sit. Brasília – DF e com emblema visual do artista no verso Procedência: Paulo Lima 50 x 35 cm

acrílica s/ tela, ass., dat. 1985, tit. e sit. Brasília no verso Reproduzida na p. 21 do livro Tenreiro, organização Soraia Cals (Rio de Janeiro: 1998) 41 x 27 cm (página ao lado)



​UMA TEORIA DA ARTE BRASILEIRA ​

O substrato vem da terra, as raízes de nossa arte devem estar na própria cultura brasileira. “Meu pensamento sempre foi o resultado de uma consciência de terra, de povo. Eu venho pregando há muitos anos contra o colonialismo cultural, contra a aceitação passiva, sem nenhuma análise crítica, das formas que nos vêm do exterior – em revistas, bienais etc. – e a favor de um caminho voltado para as profundezas do ser brasileiro, suas raízes, seu sentir”. [...] “Um povo pode ser dominado economicamente, o seu território pode até ser ocupado e conquistado pelas armas. Mas o que não se pode fazer é entregar sua alma, seu sentir, sua poética, sua razão de ser. Se isto acontecer, ele deixará de existir historicamente como Nação, como povo. Assim, no Brasil de hoje, temos de defender nossa alma. É o que faço, transpondo todo este sentir e esta poética para uma linguagem contemporânea, evitando cair nas coisas caricatas, nos ‘tropicalismos’, no nefando kitsch, como tantos outros artistas brasileiros”. Partindo dos dados pessoais e regionais, o artista brasileiro deve buscar uma linguagem universal para se expressar plasticamente. Ter um olhar voltado para a realidade cultural profunda do Brasil e, simultaneamente, um olhar voltado para o que se faz no mundo, contemporaneamente. Tendo por princípio a ideia de estrutura, Valentim construiu uma ordem, isto é, passou do individual ao universal, superando, assim, as idiossincrasias pessoais ou locais. Porém, como esta ordem foi forjada aqui, no Brasil, na América Latina, ela expressa aquilo que nos caracteriza. Trata-se, portanto, de uma ordem sensível, orgânica, caliente, enfim, trata-se de um construtivismo emergente e não afluente. Valentim chegou em certos momentos de sua arte à pureza do design, porém na correta interpretação que Lúcio Costa deu ao termo: riscadura brasileira. Um design caboclo, brasileiro, latino-americano. “O que eu queria e continuo querendo” – afirma em seu manifesto – “é estabelecer um design, uma estrutura apta a revelar nossa realidade em termos de ordem sensível”. Enfim, o que ele sempre quis foi projetar/desenhar um Brasil que não se envergonhasse de sua cor, de seu caráter mestiço e mulato, da generosidade e ludicidade de seu povo, de sua capacidade de arriscar aquilo que é seu, seu próprio destino. Logotipo poético, as invenções de Valentim não dependem deste ou daquele suporte. Da pintura ao relevo, da escultura ao Objeto, da parede ao chão, do um ao múltiplo, do protótipo à série, enfim, do microcosmo da medalha ao macrocosmo da cidade, sua arte é sempre estrutura. Texto de Frederico Morais, extraído do catálogo da exposição de Rubem Valentim, “Construção e símbolo”, realizada no CCBB, em 1994.


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VALENTIM, Rubem 1922 – 1991 Símbolos Afro-Brasileiros conjunto de cinco medalhas em prata, todas ass. Os cunhos foram inutilizados após a edição da última medalha; edição Clube da Medalha do Brasil; acompanha catálogo, atestado de autenticidade e nota fiscal datada de 21 de janeiro de 1980 da Casa da Moeda do Brasil Reproduzido na p. 9 do catálogo da exposição “Rubem Valentim”, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro Procedência: Paulo Lima ø5 cm | 64 g (cada)


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AURELINO DOS SANTOS 1942 Sem Título óleo s/ tela, ass., dat. 1972 inf. dir., ass. e dat. 1972 inf. esq. 27 x 22 cm

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AURELINO DOS SANTOS 1942 Fachada óleo s/ tela, ass. e dat. 1970 inf. dir. 46 x 38 cm

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GALENO 1957 Sem Título

11

serigrafia em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1987 inf. dir., n. 13/50 inf. esq. e com indicação edição Espaço Capital – Brasília, DF, lat. esq. 47,5 x 32 cm (página ao lado)



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SERPA, Ivan

VOLPI, Alfredo

1923 – 1973 Homenagem a Volpi

1896 – 1988 Bandeirinhas em Fundo Terra

serigrafia em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1972 inf. dir., tit. e n. 38/100 inf. esq. Procedência: Paulo Lima MI 40 x 40 cm | ME 49,5 x 50 cm

têmpera s/ tela, ass. no verso (meados da década de 1970) com atestado de autenticidade n. 63, emitido pelo próprio artista e endossado pelo colecionador Ladi Biezus em 23 de março de 1985 catalogado na p. 399, sob o n. ACOAV.1393, do livro Alfredo Volpi – catálogo de obras – 2015. Edição comemorativa do Centenário da 1ª Pintura (São Paulo: Base 7/Instituto Alfredo Volpi de Arte Moderna, 2015) Procedência: Paulo Lima 47,7 x 32 cm (página ao lado)



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SALDANHA, Ione

SERPA, Ivan

1919 – 2001 Da série Bobinas

1923 – 1973 Abstração

acrílica s/ papel, ass. e dat. 1990 inf. dir. Procedência: Galeria Anna Maria Niemeyer 70 x 50 cm

óleo s/ tela, ass., dat. 1950 sup. esq., ass. no verso, com etiqueta da exposição “Ivan Serpa”, realizada no Paço Imperial – Rio de Janeiro, entre 19 de abril e 13 de junho de 2004, e gravação “Coleção Paulo Lima” no chassi Reproduzido na p. 8 do catálogo da exposição retrospectiva “Ivan Serpa: 1947-1973”, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro, 1993 Procedência: Paulo Lima 55 x 46 cm (página ao lado)



17

KRAJCBERG, Frans 1921 Da sĂŠrie Ibiza papel moldado e tingido com pigmentos naturais colados em tela, ass. e dat. 1961 no verso 65 x 50,5 cm


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KRAJCBERG, Frans 1921 Samambaia รณleo s/ tela, ass., dat. 1956 sup. esq., ass., sit. Rio de Janeiro e com etiqueta da Bienal de Sรฃo Paulo realizada entre setembro e dezembro de 1963 no verso 70,5 x 57 cm


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MAIOLINO, Anna Maria

BANDEIRA, Antônio

1942 Sem Título

1922 – 1967 Árvore de Natal

nanquim s/ papel, ass. e dat. 1983 inf. dir. 66 x 48 cm

óleo e guache s/ papel, ass., dat. 1956 inf. dir., ass., sit. Paris e com inscrição “Printemps” no verso 18,5 x 12,5 cm (página ao lado)



21

DACOSTA, Milton 1915 – 1988 Natureza-Morta óleo s/ tela, ass., dat. 1949 inf. dir., com etiqueta de exposição do artista realizada em julho de 1959 no MAM – Rio de Janeiro no verso, ass., dat. 1949 e tit. no chassi 38,5 x 55 cm



22

FLEXOR, Samson 1907 – 1971 Sem Título óleo s/ tela, ass. e dat. 1963 inf. dir. 65 x 100 cm


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FLEXOR, Samson 1907 – 1971 Sem Título óleo s/ tela, ass. e dat. 1963 inf. dir. 65 x 92 cm


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SCHERPENBERG, Katie Van

KRAJCBERG, Frans

1940 Totem (Da série “Mamãe, Prometo ser Feliz”)

1921 Escultura em Papel

acrílica e crochê colado s/ tela, ass. na parte inf., dat. 1998 na parte inf., ass., dat. 1998 e tit. no verso 100 x 70 cm

papel moldado em pedra, madeira gessada e tingida com pigmentos naturais, ass. inf. dir.; com atestado do artista situando e datando a obra na época de Cata Branca (Itabirito – MG), 1960 72 x 50,5 cm (página ao lado)



26

SERPA, Ivan 1923 – 1973 Sem Título

26

nanquim s/ papel, ass., dat. 1968 inf. dir., ass., dat. 1968 e sit. Rio no verso 46,5 x 61,5 cm

27

SERPA, Ivan 1923 – 1973 Planus litografia em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1969 inf. dir. e tit. inf. esq. MI 33 x 34,5 cm ME 38,5 x 40 cm

28

SERPA, Ivan 1923 – 1973 Da série Op Erótica

27

nanquim s/ cartão, ass., dat. 06/12/1970 inf. dir., ass., dat. 06/12/1970 e com etiqueta da exposição do artista no Paço Imperial – Rio de Janeiro no verso Reproduzido na p. 66 do catálogo da exposição retrospectiva “Ivan Serpa: 1947-1973”, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro, 1993, e na p. 40 do livro Ivan Serpa, de Fabiana Werneck Barcinski, Vera Beatriz Siqueira e Hélio Márcio Dias Ferreira (Rio de Janeiro: Silvia Roesler / Instituto Cultural The Axis / Banco Pactual, 2003) Procedência: Paulo Lima 100 x 70 cm (página ao lado)



29

SERPA, Ivan 1923 – 1973 Planus II litografia em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1968 inf. dir. e tit. inf. esq. MI 40,5 x 30 cm | ME 57,5 x 38,5 cm


30

SERPA, Ivan 1923 – 1973 Da série Op Erótica litografia impressa s/ papel, ass., dat. 1969 inf. dir. e com indicação BPI inf. esq. 70,5 x 50 cm



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SERPA, Ivan

SERPA, Ivan

1923 – 1973 Da série Mulher e Bicho

1923 – 1973 Da série Nova Figuração

pastel s/ tecido colado em cartão, ass. e dat. 19/02/1972 no centro Procedência: Paulo Lima 48 x 37 cm (página ao lado)

óleo s/ tela, ass., dat. 15/11/1965 centro inf. e com etiquetas da Coleção Paulo Lima e da exposição “Ivan Serpa”, realizada no Paço Imperial – Rio de Janeiro, entre 19 de abril de 13 de junho de 2004, no chassi Reproduzido na p. 41 do catálogo da exposição retrospectiva “Ivan Serpa: 1947–1973”, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro, 1993, e na p. 130 do livro Ivan Serpa, de Fabiana Werneck Barcinski, Vera Beatriz Siqueira e Hélio Márcio Dias Ferreira (Rio de Janeiro: Silvia Roesler / Instituto Cultural The Axis / Banco Pactual, 2003) Procedência: Paulo Lima 100 x 120 cm


33

SERPA, Ivan 1923 – 1973 Mulher e Bicho aquarela e tinta esferográfica s/ papel colado em cartão, ass. e dat. 25/03/1972 na parte inf. Procedência: Paulo Lima 30 x 20 cm


34

SERPA, Ivan 1923 – 1973 Da série Mulher e Bicho pastel envernizado s/ papel colado em cartão, ass. e dat. 1972 inf. esq. Procedência: Paulo Lima 32 x 24,5 cm


35

GOELDI, Oswaldo 1895 – 1961 Homem e Casarios xilogravura impressa s/ papel, ass. Beatriz Reynal, dat. 1970 e com inscrição “primeira tiragem póstuma de Oswaldo Goeldi” na parte inf. Procedência: Jorge Cláudio e Vera Noel Ribeiro MI 12 x 17,5 cm | ME 16,5 x 21 cm

36

GOELDI, Oswaldo 1895 – 1961 As Pedras Verdes (Ilustração para o livro “Martim Cererê, o Brasil dos Meninos, dos Poetas e dos Heróis”, de Cassiano Ricardo) 35

xilogravura impressa s/ papel, ass. Beatriz Reynal, dat. 1970 e com inscrição “primeira tiragem póstuma de Oswaldo Goeldi” na parte inf. Original reproduzido na p. 188 do livro Oswaldo Goeldi, de Ronaldo Brito, Silvia Roesler, Vera Beatriz Siqueira e Noemi Ribeiro (Rio de Janeiro: Instituto Cultural The Axis/Banco Pactual, 2002) Procedência: Jorge Cláudio e Vera Noel Ribeiro MI 26,5 x 19 cm | ME 30 x 22 cm

37

GOELDI, Oswaldo 1895 – 1961 Homens ao Mar xilogravura em cores impressa s/ papel, ass. Beatriz Reynal, dat. 1973 e com a inscrição “tiragem póstuma especial de Oswaldo Goeldi por Reis Júnior 1/12” na parte inf. Procedência: Jorge Cláudio e Vera Noel Ribeiro MI 20,5 x 27 cm | ME 28 x 34 cm (página ao lado)

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GOELDI, Oswaldo 1895 – 1961 Homem Caminhando

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xilogravura impressa s/ papel, ass. Beatriz Reynal, dat. 1970 e com a inscrição “tiragem de Oswaldo Goeldi póstuma 1/8” na parte inf. Original reproduzido na p. 42 do livro Oswaldo Goeldi, de Ronaldo Brito, Silvia Roesler, Vera Beatriz Siqueira e Noemi Ribeiro (Rio de Janeiro: Instituto Cultural The Axis/Banco Pactual, 2002) Procedência: Jorge Cláudio e Vera Noel Ribeiro MI 14 x 21,5 cm | ME 19,5 x 27 cm (página ao lado)


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CARYBÉ

CARYBÉ

CARYBÉ

1911 – 1997 Cavaleiros

1911 – 1997 Candomblé

1911 – 1997 Cena de Praia

guache s/ papel, ass. e dat. 1973 inf. dir. 52 x 69,5 cm (página ao lado)

aquarela e nanquim s/ papel, ass. e dat. 1955 inf. dir. 30 x 45 cm (página ao lado)

óleo s/ tela, ass. inf. dir. (década de 1970) Procedência: Villas Boas Corrêa 33 x 46,5 cm


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GRACIANO, Clóvis 1907 – 1988 Figuras com Pássaros óleo s/ tela, ass., dat. 1975, sit. Paris inf. esq. e com certificado de autenticidade do projeto de catalogação do artista n. 120/239 no verso 65 x 50,5 cm

43

GOMIDE, Antônio 1895 – 1967 Dança óleo s/ tela colada em cartão, ass. e dat. 1955 inf. esq. 60 x 50 cm

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CAMARGO, Iberê 1914 – 1994 Suely

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óleo s/ tela, ass., dat. 1980 inf. dir., ass., dat. 1980, tit. e com dedicatória no verso 78 x 55 cm (página ao lado)



45

MAGALHร ES, Roberto 1940 Homem com Mรกscara รณleo s/ tela, ass. com as iniciais e dat. 1973 inf. dir. 50 x 73 cm


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ÂNGELO DE AQUINO 1945 – 2007 Rex, o Anarquista Coroado liquitex s/ tela, ass., dat. maio/1985, tit. e sit. Rio no verso 150 x 200 cm


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DARCÍLIO Lima

SAMICO, Gilvan

1944 – 1991 Pêndulo, Figuras, Imagens Eróticas e Objetos

1928 – 2013 A Luta dos Homens

nanquim s/ papel, ass., dat. 09/04/1969 e sit. Rio no verso Procedência: Paulo Lima 54,5 x 39,5 cm

xilogravura em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1977 inf. esq., tit. no centro inf. e com inscrição prova do artista II/X inf. dir. Procedência: Paulo Lima MI 85 x 46,5 cm | ME 99 x 63,5 cm (página ao lado)



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GUIMA

GUIMA

GUIMA

1927 – 1993 O Canto das Sereias

1927 – 1993 Peixe Voador

1927 – 1993 Paisagem Surreal

nanquim s/ papel, ass. e dat. 1968 inf. dir. Procedência: Paulo Lima 24 x 28 cm

óleo s/ tela, ass. inf. dir., ass. e dat. 1972 no verso Procedência: Paulo Lima 16 x 22 cm (página ao lado)

óleo s/ tela, ass., dat. 1972 na parte inf., ass. e dat. 1972 no verso Procedência: Paulo Lima 16 x 22 cm (página ao lado)


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SERPA, Ivan

SERPA, Ivan

MAGALHÃES, Roberto

1927 – 1993 Mulher e Bicho

1923 – 1973 Da série Mulher e Bicho

1940 Sem Título

litografia em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1969 inf. dir. e n. 44/50 inf. esq. 46,5 x 33,5 cm (página ao lado)

tinta esferográfica s/ cartão, ass. e dat. 1972 inf. dir. Procedência: Paulo Lima 35 x 25 cm (página ao lado)

litografia impressa s/ papel, ass., dat. 1978 inf. dir. e com indicação PA inf. esq. 45 x 32 cm (página ao lado)

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SERPA, Ivan

SERPA, Ivan

1923 – 1973 Da série Bichos

1923 – 1973 Figuras e Bichos

litografia impressa s/ papel, ass., dat. 1970 inf. dir. e com indicação BPI inf. esq. 56 x 38,5 cm (página ao lado)

litografia impressa s/ papel, ass., dat. 1970 inf. dir., com indicação PI inf. esq. ass. e dat. 1970 na chapa centro inf. MI 17 x 20 cm | ME 25,5 x 28,5 cm


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GASTÃO MANOEL Henrique

ÂNGELO DE AQUINO

1933 Sem Título

1945 – 2007 Sem Título

escultura de parede em madeira, s/ ass. Procedência: Galeria Anna Maria Niemeyer 47,5 x 9 x 9 cm

escultura em cerâmica pintada, ass. na parte inf. (década de 1980) 28,5 x 27 x 6,5 cm


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MANFREDO SOUZANETO

LEAL, Paulo Roberto

1947 Caminhante

1946 – 1991 Da série DES-MOV-EM

acrílica s/ tela, ass., dat. 1984, tit. e com n. 37 no verso 90 x 210 cm

dobradura de papel em caixa de acrílico gravada com nome do artista, dat. 1972/1998 inf. dir. e n. 1/100 em cima das laterais 10,5 x 25 x 10 cm


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LEAL, Paulo Roberto 1946 – 1991 Da série Rio Malandro acrílica s/ papel artesanal, ass. pelo curador do Projeto Concreto, Armando Mattos, sob a assinatura de Paulo Roberto Leal carimbada, e com os n. RNF 061/062 e 1152 no verso (1986) Reproduzida na capa de edição do Mapa das Artes – RJ 33,5 x 52,5 cm

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SERPA, Ivan 1923 – 1973 Sem Título

62

serigrafia em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1973 inf. dir., tit. e com as indicações tema 21/127 – permuta I – 10/10 inf. esq. Procedência: Paulo Lima MI 45,5 x 36 cm ME 62 x 50,5 cm


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63

ÂNGELO DE AQUINO 1945 – 2007 O Kilim do Cachorro acrílica s/ tela, ass., dat. julho de 2003, tit. e sit. Rio no verso 80 x 100 cm

64

LEIRNER, Nelson 1932 Yes... Nós Temos Banana serigrafia em cores impressa s/ papel, ass., dat. dezembro/1999 + 2 inf. dir., tit. e com dedicatória inf. esq. 74 x 55,5 cm

64


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MILHAZES, Beatriz 1960 Sem Título serigrafia em cores impressa s/ papel, ass. com as iniciais inf. dir., n. 36/300 inf. esq., ass., dat. 1993 e com dedicatória no verso 16 x 22 cm

66

FREIRE, Jadir 1957 – 1994 Sem Título acrílica s/ tela, ass., dat. 1987 e sit. Rio inf. dir. 135 x 120 cm

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LOIO-PÉRSIO 1927 – 2004 Composição 10/71 óleo e têmpera s/ tela, ass., dat. 1971 sup. dir., ass. e dat. 1971 no verso 24 x 33 cm (página ao lado)

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GONÇALO Ivo 1958 A Montanha

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óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1982 e tit. no verso 90 x 100 cm (página ao lado)


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KATZ, Renina

MAIOLINO, Anna Maria

BONOMI, Maria

BULCÃO, Athos

1935 Piaçaguera

1918 – 2008 Sem Título

litografia em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1980 inf. dir., tit. ilegível e n. 29/100 inf. esq. MI 35,5 x 65 cm | ME 57 x 75,5 cm

serigrafia em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1990 inf. dir. e n. 22/100 inf. esq. MI 38 x 56,5 cm ME 48 x 65,5 cm (página ao lado)

1926 Sem Título litografia em cores impressa s/ papel, ass. e n. 5/20 inf. esq. MI 43 x 62,5 cm ME 50,5 x 71 cm (página ao lado)

1942 Sem Título xilogravura impressa s/ papel, ass., dat. 1966 inf. dir. e com indicação PA inf. esq. MI 9,5 x 18 cm ME 48 x 33 cm (página ao lado)

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SERPA, Ivan

ABRAMO, Lívio

SUED, Eduardo

MAGALHÃES, Aloísio

1923 – 1973 Paisagem

1903 – 1992 Sem Título

1925 Sem Título

1927 – 1982 Sem Título

litografia impressa s/ papel, ass., dat. 1969 inf. dir., ass., dat. 1947 na chapa e com indicação prova de impressor inf. esq. 64,5 x 50 cm (página ao lado)

xilogravura impressa s/ papel, ass. inf. esq., dat. 1953, sit. Rio e com indicação HC inf. dir. MI 28,5 x 17,5 cm ME 36,5 x 25 cm (página ao lado)

gravura em metal impressa s/ papel, ass., dat. 1970 inf. dir. e n. 8/50 inf. esq. MI 15,5 x 20 cm ME 30,5 x 39 cm

litografia impressa s/ papel, ass., dat. 1973 inf. dir. e com indicação PI inf. esq. MI 38 x 38 cm ME 57 x 76 cm

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MAIOLINO, Anna Maria

GEIGER, Anna Bella

1942 Sem Título gravura em metal em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1974 inf. dir., com indicação PE inf. esq. e n. 6590/1 no verso 57 x 72 cm

1933 Sem Título serigrafia em cores impressa s/ papel, ass., dat. 74/83, com dedicatória dat. agosto/1986 e sit. Rio inf. dir. e n. 26/50 inf. esq. MI 50 x 50 cm ME 76 x 56 cm


79

79

DIAS, Antônio 1944 Constelação litografia impressa s/ papel, ass. inf. dir. e com indicação PI inf. esq. MI 35 x 50 cm | ME 60 x 80 cm

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SCHERPENBERG, Katie van 1940 Viajante das Perdidas Ilusões 80

litografia em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1992 inf. dir., tit. no centro inf. e n. 7/10 inf. esq. MI 36 x 48 cm | ME 50 x 70,5 cm

81

ÂNGELO DE AQUINO 1945 – 2007 Reflexões Sobre Mim Mesmo litografia em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1979 inf. dir., tit. centro inf. e com indicação PI 2/3 inf. esq. 56 x 75,5 cm

82

VERGARA, Carlos 1941 Sem Título

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monotipia e pintura s/ papel, ass. e dat. 2000 inf. dir. 65 x 50 cm (página ao lado)



83

83

ORMEZZANO, Mário 1915 – 1983 Samba escultura em terracota, ass. na parte inf. e tit. parte sup. do verso (década de 1970) 39 x 33 x 20 cm

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ORMEZZANO, Mário 1915 – 1983 Messalina

84

escultura em terracota, ass. inf. esq. e tit. inf. dir. do verso (década de 1970) 23 x 29 x 17 cm


85

85

BIANCO, Enrico 1918 – 2013 Nu no Espelho óleo s/ tela, s/ ass. Reproduzido sob o n. 681, na p. 211, do livro Bianco (Rio de Janeiro: Léo Christiano, 1983) 60 x 25 cm

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86

BIANCO, Enrico 1918 – 2013 Nu óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass. e dat. 1970 inf. dir. Reproduzido sob o n. 680, na p. 211, do livro Bianco (Rio de Janeiro: Léo Christiano, 1983) 60 x 25 cm


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AMOEDO, Rodolpho

VILLARES, Décio

SIGAUD, Eugênio

1857 – 1941 Estudo para Alegoria no Palácio da Justiça – RJ

1851 – 1931 Retrato de Benjamin Constant

1899 – 1979 Operários

óleo s/ tela colada em madeira, ass. inf. esq. (década de 1880) 30 x 20 cm

encáustica e óleo s/ tela, ass. e dat. 1972 inf. dir. 24 x 14 cm

aquarela e nanquim s/ papel, ass. com monograma inf. dir. (década de 1900) 25,7 x 19,3 cm


90

GUIGNARD, Alberto da Veiga 1896 – 1962 Cabeça de Cristo óleo s/ madeira, ass., dat. 1961 sup. dir., ass. e dat. 1961 no verso Procedência: Erymá Carneiro 14,5 x 12 cm


91

91

DACOSTA, Milton 1915 – 1988 Mulheres 92

grafite s/ papel, ass. e dat. 1963 inf. esq. Procedência: Valdemar Szaniecki 21 x 27 cm

92

ABRAMO, Lívio 1903 – 1992 Negra xilogravura impressa s/ papel, ass. inf. esq., dat. 1951, tit. e n. 15/50 inf. dir. Procedência: Jorge Cláudio e Vera Noel Ribeiro MI 19,5 x 24 cm | ME 26 x 32 cm

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GOELDI, Oswaldo 1895 – 1961 Homens de Chapéus

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xilogravura impressa s/ papel, ass. Beatriz Reynal e com a inscrição “primeira tiragem póstuma de Oswaldo Goeldi, 1/12, 1971” na parte inf. MI 10,5 x 11 cm | ME 17 x 17 cm


frente

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verso

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DI CAVALCANTI, Emiliano 1897 – 1976 Moça grafite s/ papel, ass. inf. dir. e com estudo de figura no verso (década de 1960) 32,5 x 25 cm


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ELSAS, Harry

ELSAS, Harry

ELSAS, Harry

ELSAS, Harry

1925 – 1994 Velho Índio

1925 – 1994 Boi

1925 – 1994 Porta-Bandeira

1925 – 1994 Baiana

óleo s/ tela, ass. e dat. 1978 inf. esq. 73 x 54 cm

óleo s/ tela colada em chapa de madeira industrializada, ass. e dat. 1971 inf. dir. 80 x 70 cm

óleo s/ tela, ass. e dat. 1977 inf. dir. 100 x 50 cm

óleo s/ tela, ass. e dat. 1978 inf. dir. 60 x 50 cm


99

BIANCO, Enrico 1918 – 2013 Lençóis óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass. e dat. 1970 inf. dir. Reproduzido sob o n. 663, na p. 210, do livro Bianco (Rio de Janeiro: Léo Christiano, 1983) 60 x 46 cm


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100

SANTOS, Adilson 1944 Metamorfose รณleo s/ tela, ass., dat. 1975 lat. esq., ass., tit. e sit. Rio no verso 30 x 30 cm

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SANTOS, Adilson 1944 Natureza-Morta se Libertando

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รณleo s/ tela, ass., dat. 1974 parte inf., ass., tit. e sit. Rio no verso 22 x 22 cm


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MALAGOLI, Ado 1906 – 1994 Composição com Frutas e Objetos óleo s/ tela, ass., dat. 1943, sit. Rio inf. dir. e com carimbo do Salão Nacional de Belas Artes – 1944 no verso 60 x 91 cm


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MENDONÇA, Fernando 1962 Praça da Harmonia acrílica s/ tela, ass., dat. 2016, tit. e sit. Rio no verso 40,5 x 70 cm (página ao lado)

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SÉRGIO Telles 1936 Paisagem de Ouro Preto óleo s/ tela, ass. inf. esq., ass., dat. 1997, sit. Ouro Preto no verso, ass., dat. 1997 e sit. Ouro Preto no chassi 59 x 72 cm (página ao lado)

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SÉRGIO Telles 1936 Vista do Alto de Santa Teresa óleo s/ tela, ass. inf. dir., ass., dat. 1998, tit. e sit. Rio no verso 55 x 65,5 cm

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OSCAR PEREIRA DA SILVA 1867 – 1939 Paisagem óleo s/ tela, ass. inf. dir. (década de 1920) 15 x 10 cm

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JOÃO MARIA DOS SANTOS

SÉRGIO Telles

1909 – 1988 Jazz Band

1936 Soirée Dansante, na Gafieira Estudantina

óleo s/ tela, ass. inf. dir. e ass. no verso 40,5 x 26,5 cm (página ao lado)

óleo s/ tela, ass., dat. 1999 inf. dir., ass., dat. 1999, tit. e sit. Rio no verso 60 x 80 cm


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SCLIAR, Carlos

BERTI, Leonello

SCLIAR, Carlos

KAZ, Paulina

1920 – 2001 Laranja em Movimento

1927 Flores

1920 – 2001 Flores Amarelas e Brancas

1915 – 2001 Vasos na Janela com Vento

vinil e colagem encerados s/ cartão, ass., dat. 1976 centro inf., ass., dat. 28/02/1976, tit., sit. Cabo Frio e com a numeração do artista 2/ CF/76 no verso 26 x 37 cm

óleo s/ tela, ass. inf. dir. (década de 1960) 55,5 x 46 cm

vinil encerado s/ tela colada em chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1982 inf. esq., ass., dat. 24/07/1982, sit. Cabo Frio e com numeração do artista 209/CF/82 56 x 37 cm

óleo s/ tela, s/ ass. (1986) com atestado de autenticidade de Leonel Kaz, filho da artista 65 x 81 cm


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MARQUETTI, Ivan 1941 – 2004 Flores Brancas óleo s/ tela, ass., dat. 1984 inf. dir., ass., dat. set/1984, tit., sit. Olinda e com dedicatória no verso 80 x 55 cm


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MARQUETTI, Ivan

KAMINAGAI, Tadashi 1899 – 1982 São Luís

DJANIRA da Mota e Silva

MARCIER, Emeric

1941 – 2004 Vista da Misericórdia óleo s/ tela, ass., dat. 1986 inf. esq., ass., dat. julho/1986, tit., sit. Olinda no verso e com fragmento de etiqueta da Galeria Cláudio Gil no chassi 70 x 100 cm

óleo s/ tela, ass., dat. 1953 e sit. São Luís inf. dir. Reproduzido na p. 85 do catálogo da exposição “Um círculo de ligações: Foujita no Brasil, Kaminagai e o jovem Mori”, realizada entre março e junho de 2008 no Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo 53 x 71,5 cm

1914 – 1979 Centro do Rio Visto de Santa Tereza óleo s/ tela, ass. inf. dir. (década de 1960) 50 x 73 cm (página ao lado)

1916 – 1990 Paisagem na Cornualha óleo s/ tela, ass. e dat. 1969 inf. dir. 45 x 66 cm (página ao lado)


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BUSTAMANTE SÁ, Rubens Fortes

TENREIRO, Joaquim

NIVOULIÈS DE PIERREFORT, Marie

BRACHER, Carlos

1907 – 1988 Convento de São Francisco óleo s/ tela, ass. inf. esq., ass., dat. 1977, tit. e sit. Cabo Frio no verso 24 x 41 cm

1906 – 1992 Paisagem de Santa Tereza – Rio de Janeiro óleo s/ tela, ass., dat. 1978 inf. dir., ass., dat. 1978 e sit. Santa Tereza – Rio de Janeiro no verso Procedência: Paulo Lima 27,5 x 35 cm

1879 – 1968 Porto Mediterrâneo óleo s/ tela, ass. inf. dir. (década de 1930) 60 x 81 cm (página ao lado)

1940 Paisagem de Ouro Preto com Cinco Igrejas óleo s/ tela, ass. inf. dir., ass., dat. 05/10/1978, tit., sit. Ouro Preto, n. 194/78 no verso e catalogado sob o n. BR 9798 da Galeria Bonino no chassi 89 x 130 cm (página ao lado)


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MENDONÇA, Jorge de

VISCONTI CAVALLEIRO, Yvonne

CAVALLEIRO, Henrique

1879 – 1933 Pedra da Gávea

1901 – 1965 Praia Vermelha

1892 – 1975 Pão-de-Açúcar Visto da Praia Vermelha

óleo s/ tela, ass. inf. esq. (década de 1940) 45 x 60 cm

óleo s/ tela, ass. inf. esq. (década de 1950) 65 x 80 cm (página ao lado)

óleo s/ tela, ass. inf. dir. (década de 1950) 50 x 61 cm (página ao lado)


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DE DOME, José 1921 – 1982 Um Canto no Arraial do Cabo 125

óleo s/ tela, ass., dat. 10/1974, sit. Cabo Frio inf. dir., ass., dat. 10/74, tit. e sit. Cabo Frio no verso 41 x 33 cm

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DE DOME, José 1921 – 1982 Aparição óleo s/ tela, ass., dat. 04/07/1965, sit. Rio GB inf. dir., ass. e tit. no verso 55,5 x 38 cm

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JENNER Augusto 1924 – 2003 Alagados em Azul óleo s/ tela, ass., dat. 1985 inf. dir., dat. 13/09/1985, tit., sit. Bahia, sit. Rio e com logotipo da Nova Série Luiza no verso 50 x 100 cm (página ao lado)

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ROMANELLI, Armando 1945 Angra dos Reis

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óleo s/ tela, ass. inf. dir., ass., dat. 2004 e tit. no verso 73,5 x 100 cm (página ao lado)


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PRADO, Carlos

GUIGNARD, Alberto da Veiga

1908 – 1992 Sem Título

1896 – 1962 Paisagem de Ouro Preto

óleo s/ cartão, ass. e dat. 1956 inf. dir. 70 x 47,5 cm

grafite s/ papel, ass., dat. 1956 inf. dir. e sit. Ouro Preto inf. esq. Procedência: Jorge Cláudio e Vera Noel Ribeiro 60 x 42 cm (página ao lado)



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BARRABAND, Jacques

BARRABAND, Jacques

BARRABAND, Jacques

BARRABAND, Jacques

1767 – 1809 Le Perroquet Lori Radhia PL. 94

1767 – 1809 Le Perroquet a Joues Bleues PL. 106

1767 – 1809 Le Petit Perroquet Vert PL. 105

1767 – 1809 Le Perroquet a Joues Orange PL. 111

gravura em metal em cores impressa s/ papel, com indicação de autoria inf. esq. e marca da Imprimerie Langlois no centro inf. 39 x 30,5 cm

gravura em metal em cores impressa s/ papel, com indicação de autoria inf. esq. e marca da Imprimerie Langlois no centro inf. 40,5 x 30,5 cm

gravura em metal em cores impressa s/ papel, com indicação de autoria inf. esq. e marca da Imprimerie Langlois no centro inf. 35 x 25 cm

gravura em metal em cores impressa s/ papel, com indicação de autoria inf. esq. e marca da Imprimerie Langlois no centro inf. 34 x 24,5 cm

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POTEIRO, Antônio

AURELINO DOS SANTOS

GRAUBEN do Monte Lima

1942 Sem Título

1889 – 1972 Pássaros e Borboletas

óleo s/ tela, ass. e dat. 1972 inf. dir. 55 x 46 cm (página ao lado)

óleo s/ tela, ass. e dat. 1971 inf. dir. 35 x 27 cm (página ao lado)

1925 – 2010 Pastoreiro óleo s/ tela, ass. e dat. 1983 inf. dir. e catalogado com o n. BR 9224 da Galeria Bonino no chassi 90,5 x 140 cm (página ao lado)


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DJANIRA da Mota e Silva / MENDES CAMPOS, Paulo 1914 – 1979 / 1922 – 1991 Antologia Poética livro de Paulo Mendes Campos com cinco ilustrações em águas-fortes de Djanira, todas ass. e n. 19/100 (Rio de Janeiro: Fontana, 1980) Tiragem de 100 exemplares, n. de 1 a 100; 10 coleções de provas de artista para uso do gravador, todas ass. pelo poeta; exemplar n. 19, ass. na p. 54 por Paulo Mendes Campos 26 x 26 x 2,7 cm


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CÍCERO DIAS 1907 – 2003 A Ilha dos Amores livro com quatro litografias, sendo uma repetida e três coloridas manualmente a aquarela, s/ ass., s/ papel inglês melotex, ilustrando texto “Os lusíadas”, de Luís Vaz de Camões Tiragem limitada de 180 exemplares, n. de 1 a 70 (61 a 70 destinados ao fundo legal e 10 exemplares n. de A a J fora de comércio); exemplar 148/180 (Lisboa: Attica, julho de 1944) 26 x 19,5 cm


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LEIRNER, Nelson 1932 Epi New ier adesivos colados s/ cartão, ass., dat. 1999 + 4 inf. esq. e tit. inf. esq. 15,5 x 30,5 cm

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ZIRALDO 1932 Mulher de Amigo Meu Pra Mim é Homem aquarela e nanquim s/ papel, ass. inf. dir. e tit. no centro 29,5 x 22 cm 140


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RODRIGUES, Sérgio 1927 – 2014 Poltrona Moleca com Banqueta estrutura desmontável em madeira de lei maciça com laterais planas e boleadas e cunhas para fixação de travessas; almofadas estofadas em couro natural; acompanha banqueta (1963) Reproduzida nas p. 138 e 268 do livro Sérgio Rodrigues, editado por Soraia Cals (Rio de Janeiro: Icatu, 2000) poltrona: 73,5 x 104 x 83 cm banqueta: 43 x 81 x 57 cm

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RODRIGUES, Sérgio 1927 – 2014 Poltrona Stella estrutura em madeira de lei maciça com acabamento em verniz. Almofadas soltadas no assento e no encosto. Primeira poltrona estofada desenhada e produzida pela Taba Reproduzida nas p. 125 e 269 do livro Sérgio Rodrigues, editado por Soraia Cals (Rio de Janeiro: Icatu, 2000) 76 x 73 x 86 cm

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ALCIDES SANTOS 1945 Oratório óleo s/ madeira, com decoração floral e pássaros, ass. em ambas as portas aberto: 78 x 81 x 25 cm fechado: 78 x 53 x 25 cm

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MAURINO 1943 Grupo

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escultura em madeira policromada, s/ ass. (década de 1970) 76 x 50 x 46 cm

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Oratório de Alcova de Pequenas Dimensões e Santa Rita em Miniatura século XIX caixa retangular. Cimalha em arco com remates em curva e contracurva. Policromia em bom estado geral, tanto o oratório quanto a imagem. Minas Gerais 22 x 13 x 8 cm (página ao lado)

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Oratório “Bala” século XVIII / XIX madeira torneada. Composto de dois elementos cilíndricos encaixados, e um terceiro à guisa de tampo. Rara peça de coleção cujo abrir e fechar se dá pela rotação dos cilindros. Ligeira perda no alto da porta do cilindro externo. Minas Gerais 26,5 x 12 x 12 cm (página ao lado)

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Oratório dito “de Alcova”

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século XVIII madeira entalhada e policromada (vestígios de policromia). Formato retangular, alisares e cimalha entalhado. Belíssimo concha D. João V. Raro. Minas Gerais 55 x 21,5 x 15 cm (página ao lado)


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Lapinha ou Maquineta D. José I em Pequenas Dimensões

Pequeno Oratório de Esmoler e Santo Onofre

Oratório de Viagem e Nossa Senhora das Dores

Esmoleira de Parede

Pequena Caixa de Esmolas

século XIX placa hexagonal irregular, com molduras na cimalha e pequena mísula para imagem, apresentando ao “pé” caixa de esmolas com gaveta para recolha das contribuições. Madeira policromada (resquícios de policromia). Rara. Minas Gerais 65 x 45 x 23,5 cm

século XVIII / XIX pequena caixa de esmolas, cujas dimensões fazem supor destinava-se ao porte, angariando donativos, sobretudo porquanto em sua placa apresenta-se retratada N. Sra. do Rosário, patrona de diversas irmandades de negros pobres (forros ou escravos). Madeira policromada (policromia em razoável estado no geral), assim como a imagem da patrona. Minas Gerais 25 x 9 x 9,5 cm

século XVIII madeira policromada e Nossa Senhora da Conceição em calcita (CaCO3 carbonato de cálcio, dita pedra- -sabão). Caixa retangular com entalhes vegetalistas a volta da face frontal, apresentando florão no arremate e pés em voluta. Minas Gerais 31 x 15 x 7 cm

século XVIII / XIX pequeno oratório de esmoler, cujas dimensões e correia fazem supor destinavase ao porte, angariando donativos. Caixa retangular, cimalha em arco, apoiado sobre pés de esteio. Contém imagem miniatura de Santo Onofre em sua clássica posição. Ausentes as portas. Madeira policromada (razoável estado de policromia, no geral e na imagem). Minas Gerais 16 x 7,5 x 9,5 cm

século XVIII / XIX raro conjunto miniatura para devoção íntima. Caixa de formato retangular, encimada por cimalha em curva e contracurva. Porta única articulada com ferragens de época. Madeira policromada (policromia em bom estado geral). Minas Gerais aberto: 13,5 x 13 x 6 cm fechado: 13,5 x 8,5 x 6 cm


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MESTRE JACUÍ

MESTRE JACUÍ

século XIX São José de Botas

século XIX Nossa Senhora do Carmo

Nossa Senhora de Montserrat com Menino Jesus no Colo

Oratório de Viagem e São Félix Miniatura

madeira policromada (policromia em bom estado geral). Menino entalhado no bloco. Não apresenta perdas significativas, a não ser a mão esquerda do Menino Jesus. Obra de evidente autoria de Mestre Jacuí. Minas Gerais 28 x 12 x 10 cm

Menino entalhado no bloco. Madeira policromada (resquícios de policromia e algumas perdas). Obra de evidente autoria de Mestre Jacuí. Minas Gerais 34 x 12,5 x 8 cm

século XIX madeira (cedro) policromada (policromia em ótimo estado geral). Talha num único bloco. Minas Gerais 25,5 x 10 x 8 cm

século XIX caixa retangular de fatura singela contendo imagem miniatura para devoção íntima. Madeira policromada (policromia em bom estado geral). Minas Gerais 10 x 5 x 3 cm


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MESTRE JACUÍ

FRANCISCO VIEIRA SERVAS (atribuído)

MESTRE DO INFICIONADO

MESTRE BORBOLETA (atribuído)

século XVIII Santo Antônio

século XIX São Sebastião

século XIX São Sebastião

pose clássica. Madeira policromada (remanescentes da policromia original). Ausentes o Menino e a mão direita. Toda talha no mesmo bloco. Algo no panejamento e na solução dos cabelos sugere autoria de Francisco Vieira Servas (ou sua oficina), mas os elementos não são suficientes para uma afirmativa definitiva. Minas Gerais 21 x 9 x 7 cm (página ao lado)

pose clássica. Madeira policromada (policromia em ótimo estado geral). Toda talha no mesmo bloco. Obra de evidente autoria do Mestre do Inficionado (Munícipio de Santa Rita Durão). Minas Gerais 31 x 9 x 7 cm

pose clássica. Madeira policromada (policromia em bom estado geral). Algo no panejamento do perigônio sugere autoria do Mestre Borboleta, mas os demais elementos não são suficientes para uma afirmativa definitiva. Minas Gerais 29,5 x 19 x 11 cm

século XIX Sant’ana Mestra com Nossa Senhora Menina Sentada Sobre Cadeirão talha num único bloco. Madeira policromada (policromia ausente). Obra de evidente autoria de Mestre Jacuí. Minas Gerais 17 x 9,5 x 7 cm (página ao lado)

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VALENTIM CORRÊA PAES século XVIII / XIX São José de Botas madeira policromada (policromia em ótimo estado geral). Obra de evidente autoria do Mestre Valentim Corrêa Paes. Minas Gerais 25 x 10 x 10 cm



Créditos

Catálogo Coordenação editorial Soraia Cals

Exposição

Restauro das Obras

Montagem Evandro Carneiro

Óleos

Soraia Cals

Produção Felipe Rezende Alves

Evandro Carneiro

Francisco Roberto F. de Almeida

Produção editorial e design

Catálogo e fotografia digital Felipe Araujo Editorial Maria Fernanda Cals Marcella Cals Descrição dos santos Luiz Felipe Paim da Luz Bruno Lobo

Saulo de Oliveira Rezende

Cláudio Valério Teixeira Sílvia Bazzoni Papéis Laura Macedo Thânia Regina Teixeira

Colaboradores Alexandre Campello

Molduras Moldurax

Luiz Carlos Franzão Fernando Braga

Agradecimentos Armando Mattos - Projeto Concreto Ely Iutaka

Administração

Manipulação e tratamento de imagens Estúdio Kelly Polato

Gerência executiva Joseane Amorim

Impressão Maistype/SP

Departamento Jurídico

Revisão

Secretaria Regina Toscano

Rosalina Gouveia

Celio Belem

Cândido Carneiro

Marcela Casé

Sanzia Cristina Vieira Juvenal Arquivo e organização das obras Elizabeth S. F. Oliveira Sanzia Cristina Vieira Juvenal Site Júlio Feferman

Fernando Ortega Flávio Szenkier Galeria Tina Zappoli Gonçalo Ivo Ida Paskin Wal Weissman


Leilão JULHO de 2017

Leilão l

Rua Marquês de São Vicente 22 sala 201 Gávea CEP 22451-040 Rio de Janeiro RJ

Rua Marquês de São Vicente 22 sala 301 Gávea CEP 22451-040 Rio de Janeiro RJ

24 de julho de 2017

Organização


© Soraia Cals Escritório de Arte ©Frederico Moraes de seus textos Todos direitos reservados desta edição, de acordo com a legislação em vigor Rio de Janeiro, Julho de 2017.


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