Manaus, julho de 2011
EDUARDO BRAGA Toda a verdade sobre a polêmica MP dos tablets
MODELO DE SUCESSO
BOLSA FLORESTA: EXEMPLO PARA O BRASIL Bolsa Verde do Governo Federal é baseado no programa amazonense. Págs. 04 e 05
COPA 2014
Obras em Manaus estão dentro do cronograma Coordenador da Unidade Gestora da Copa (UGP), Miguel Biango, assegura que Manaus está cumprindo todas as exigências da Fifa para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. A principal obra para o evento, a Arena da Amazônia, por exemplo, tem um prazo para ser concluída até o final do mês de julho de 2013. Pág. 03
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Os primeiros meses de mandato no Senado Atuação parlamentar do senador Eduardo Braga no primeiro semestre de 2011. Pág. 02
CULTURA
Amazonas no ritmo do Festival de Jazz Programação do evento conta com 38 atrações nacionais e internacionais. Pág. 06
2 SOU+ AMAZONAS
EDITORIAL
Senador Eduardo Braga
Um novo momento Com a criação deste Jornal, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), no Estado do Amazonas, juntamente com o nosso mandato, dispõem de um novo instrumento de prestação de contas e de interlocução com os mais amplos segmentos da nossa sociedade. Para além dos temas da política, que dizem respeito à nossa atuação parlamentar e dos nossos companheiros de partido, este espaço vai tratar dos assuntos que estão no dia a dia do povo amazonense. Neste primeiro número, acreditamos ser oportuno prestar contas do nosso trabalho como Senador da República, missão que recebemos da população deste estado, nas últimas eleições. Neste pouco tempo de mandato já foi possível sentir o tamanho do desafio que nos foi confiado. Por isso é com dedicação, coerência, e entusiasmo que temos trabalhado para o Amazonas e para o Brasil, certos de que o crescimento econômico que o País vivencia precisa chegar a todos os brasileiros e em todas as regiões. Neste sentido, seja nas participações em plenário, nas reuniões das comissões ou em audiências nos ministérios estamos realizando um imenso esforço para que as decisões do Senado e do Governo Federal beneficiem o nosso estado, principalmente por meio da ampliação das políticas sociais e dos recursos públicos aqui investidos. Estamos convencidos que este é um passo importante na luta pelo fim das desigualdades regionais e pela inserção definitiva da Amazônia nos programas federais estratégicos ao desenvolvimento nacional. Foi pensando nisso que apresentamos, e conseguimos aprovar, no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO - 2012), emendas de nossa autoria que vão permitir que o nosso Estado receba novos recursos do orçamento da União, no próximo ano. Dentre as áreas para as quais apontamos a necessidade de verbas federais estão: a segurança nas fronteiras, a educação, os centros vocacionais tecnológicos (CVTs), as universidades estaduais, os preparativos da Copa do Mundo (2014) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
GERAL
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potencial aqui instalado, e que torna esta região essencial ao desenvolvimento sustentável do País. E é com este olhar para a Amazônia e para o Brasil que focamos nossa ação parlamentar. Como presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, do Senado Federal, tivemos a oportunidade de implementar uma agenda ousada, e ao mesmo tempo, estratégica para a sociedade brasileira, principalmente no que se refere à democratização do acesso à informação, à transparência nos processos de concessões de rádio e televisão, ao marco civil da internet, à inserção das empresas de telefonia móvel no mercado de TV por assinatura, mas também aos temas voltados para inovação, tendo em vista, inclusive o desenvolvimento científico e tecnológico e um novo marco regulatório para o setor. Por diversas vezes fomos à tribuna do Senado falar das nossas premências, como ocorreu no início deste ano, quando o risco de epidemia de dengue nos colocou em situação de alerta e conseguimos sensibilizar o Ministério da Saúde a realizar uma força-tarefa no Estado, ou ainda para defender o equilíbrio e o bom senso nas discussões sobre o novo Código Florestal e dizer, ao Congresso Nacional que, ao contrário de ser um fator impeditivo ao progresso, a floresta em pé e a nossa biodiversidade podem ser uma vantagem comparativa para o País, na implementação de uma economia verde, criativa e, portanto, inclusiva e inovadora. Com toda certeza, nesse primeiro semestre estivemos diante de vários desafios que exigiram, em muitos momentos, uma atuação conjunta da bancada amazonense, de aliados no Palácio do Planalto e da parceria com o Governo do nosso Estado. Além do debate sobre o novo Código Florestal, cujo resultado vai impactar diretamente as atividades econômicas e sociais da Amazônia como um todo, outro assunto exigiu a nossa firme atuação. Trata-se da Medida Provisória 534, que ficou mais conhecida como a MP de desoneração dos tablets. Com apoio da bancada do PMDB no Senado fomos re-
cebemos a relatoria desta matéria, o que nos permitiu fazer o debate, procurando mostrar o equívoco do Governo Federal, neste caso. Coerente com a nossa trajetória fizemos uma verdadeira cruzada para convencer o poder Executivo e o Congresso Nacional que aquela MP, ao atrair para a região Sudeste investimentos internacionais bilionários na área de informática, e estender a outras regiões do País, os incentivos hoje destinados ao Polo Industrial de Manaus iria levar à falência às empresas ali instaladas, isto sem contar a disputa entre a Zona Franca e as outras regiões. Ampliar os investimentos destinados à nossa Zona Franca, que hoje garante 100 mil empregos diretos e um faturamento de US$ 40 bilhões anuais, é uma demanda permanente e que tem prioridade na nossa agenda.
União. Nossa sugestão é substituir o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA), o que vai permitir maior economia para Estados e municípios. Além deste, em outro projeto de lei proponho a redução das taxas de juros dessas dívidas, de 6% para 2%. Outro projeto de nossa autoria institui o sistema nacional de redução de emissões por desmatamento e degradação, conservação, manejo florestal sustentável, manutenção e aumento dos estoques de carbono florestal, também chamado de REDD+. Com isso, o Brasil, além de cumprir compromissos internacionais para redução do aquecimento global, também cria as condições para desenvolver uma economia limpa, de baixo carbono.
Mas outra preocupação do nosso mandato é o cuidado com a legislação brasileira. Minha convicção é que as nossas leis precisam estar cada vez mais atualizadas e sintonizadas com as reais necessidades da sociedade. Neste curto período apresentei alguns projetos de lei de grande interesse social. Destaco aqui nossa sugestão de modificação do atual indexador que reajusta as dívidas que os Estados e municípios junto à
Na verdade, este foi só o começo. Aproveitamos para agradecer mais uma vez apoio deste povo, colocar o meu mandato à disposição e reafirmar nosso compromisso com o Amazonas e nossa confiança no governo da presidente Dilma Rousseff. Ficamos com certeza de que a riqueza desta terra e a determinação da nossa gente são o maior passaporte para que tenhamos aqui, no Estado, condições de vida mais dignas e mais justas.
PRESIDENTE: Eduardo Braga
SECRETÁRIO GERAL: Miguel Capobiango Neto
JORNALISTA RESPONSÁVEL: Rodrigo Araújo
1° VICE: Francisco Roberto Duarte da Silva
SECRETÁRIO ADJUNTO: Lourenço Borghi Júnior
MTB/AM: 018/01
2° VICE: João Thomé V. Mestrinho de M. Raposo
1° TESOUREIRO: Danielle Farias da Cruz
3° VICE: Edilene Gonçalves Gomes (licenciada)
2° TESOUREIRO: Eduardo Henrique L. Backsmann
Representar um Estado tão grandioso como o Amazonas, em importância e tamanho, além de determinação e disciplina exige, também, uma atenção permanente com as necessidades urgentes da nossa população, mas sem perder de vista o
Publicação do
DIRETÓRIO AMAZONAS
ESPORTE
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CELEBRIDADE
Novo polvo para a próxima Copa do Mundo Oito polvos estão concorrendo, na Alemanha, ao posto de sucessor do polvo Paul, que ficou famoso em todo o mundo ao prever os vencedores dos jogos da Copa da África do Sul. “Estamos realizando distintos trabalhos de capacitação com os polvos, com a esperança de que ao menos um deles possa prever os resultados, como fazia Paul”, disse Britta Anlauf, porta-voz da Sea Life Alemanha.
Com esta finalidade, estão sendo treinados, em igualdade de condições, um polvo de cada um dos oito centros da vida marinha que há na Alemanha. O polvo Paul virou celebridade internacional após acertar 100% dos resultados da Copa do Mundo de 2010, incluindo a final entre as seleções de Holanda e Espanha. O animal faleceu por causas naturais, na Alemanha, no dia 26 de outubro do ano passado.
Eduardo Braga, então governador do Amazonas, comemora a escolha de Manaus como sede da Copa de 2014
Manaus dentro do cronograma O Coordenador da Unidade Gestora da Copa (UGP), Miguel Biango, assegurou que todas as exigências da Fifa para o mundial de 2014 estão sendo cumpridas. Com investimentos de quase R$ 500 milhões (75% financiados pelo BNDES e 35% pelo Governo do Amazonas), a Arena da Amazônia tem um prazo para ser concluída até julho de 2013. De acordo com Biango, não existe hoje nenhum impedimento para que o governo entregue a obra dentro do período estabelecido pela Fifa. Biango informou que existem hoje sete locais com possibilidades de serem escolhidos para campos de treinamento – Estádio Francisco Garcia de Rio Preto da Eva, Clube do Trabalhador (Sesi), Colégio Militar de Manaus, Universidade Ulbra, Estádio de Iranduba, Campo do Sesc, Estádio da Colina e o novo estádio, ainda em construção, na Zona Norte de Manaus.
O centro de treinamento que reunirá toda a infraestrutura necessária (como rede de hotéis, arquibancadas para mini-estádio com campos de futebol), está praticamente definido. Por reunir as condições necessárias, o Hotel Amazon Golf Resort, na estrada de Rio Preto da Eva, é um forte candidato para receber as seleções. Segundo Miguel Biango, as obras do pacote Copa 2014 estão focadas praticamente em três frentes – construção da Arena da Amazônia, reforma do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e readaptação do sistema viário para desafogar o trânsito em Manaus, que ganharia mais mobilidade a partir da entrada em operação do monotrilho e do sistema BRT. A grande ameaça para a viabilização dos projetos são as desapropriações de áreas onde os novos sistemas irão operar, de acordo com o coordenador.
CURIOSIDADES DO ESPORTE
O CARATÊ VEIO DA ÍNDIA
BRAZILIAN JIU-JITSU
Ao contrário do que indica a crença geral, o caratê não é uma arte marcial japonesa. Sua origem deu-se na Índia muitos séculos atrás. Seus ensinamentos foram aos poucos se espalhando pela Ásia e chegaram ao Japão apenas muito tempo depois.
A família Gracie é conhecida no Brasil e no mundo por ter desenvolvido o Gracie Jiu-Jitsu ou Brazilian Jiu-Jitsu, uma adaptação da arte marcial japonesa em que os lutadores mais fracos podem competir em igualdade de condições com os mais fortes. Os criadores da técnica foram Carlos e Hélio Gracie.
A ORIGEM DOS GANDULAS Gandulla era o nome de um argentino do time do Vasco da Gama na década de 40. Era tão ruim que nunca entrava nos jogos. Ficava na beira do campo pegando a bola que saía. A partir de então, todos que cumprem o ofício de “repositor de bolas” passaram a ser conhecidos como gandulas.
O patriarca da família, Gastão Gracie, conheceu o mestre japonês Maeda Koma, o Conde Koma, em Belém (PA). Em troca de abrigo na nova cidade, o oriental aceitou ensinar a arte marcial ao filho mais velho de Gastão, Carlos. Depois de quatro anos, o franzino Carlos se mudou com a família para o Rio de Janeiro e começou a se destacar como professor e lutador de Jiu-Jitsu por, vencer atletas mais fortes.
SURPRESA
José Aldo quer ser técnico do Flamengo O lutador amazonense José Aldo, melhor peso pena do mundo em MMA e detentor do cinturão do UFC, surpreendeu os amantes do esporte ao anunciar que pretende virar treinador de futebol assim que se aposentar do mundo da luta. “Penso em ser um técnico de futebol. Sou um cara viciado em estratégia. Vejo a lei-
“Penso em ser técnico de
futebol. Sou um cara viciado em estratégia”
José Aldo, lutador de MMA
tura dos jogos e se um dia conseguisse (virar treinador)... Seria ótimo ser técnico do Flamengo, meu time de coração, mas primeiro preciso começar com um time pequeno”, afirmou José Aldo, sem antes revelar que busca inspiração no atual comandante rubro-negro do Rio de Janeiro, Vanderlei Luxemburgo.
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ESPECIAL
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EXEMPLO
Brasil adota o modelo do nosso Bolsa Floresta Bolsa Floresta do Amazonas serve de modelo para o Bolsa Verde do Governo Junho de 2007. O então governador do Amazonas, hoje senador Eduardo Braga, lança o Bolsa Floresta. O projeto deu início a uma das experiências mais bem sucedidas do programa Zona Franca Verde, criando uma verdadeira legião de defensores da floresta amazônica. Junho de 2011. A presidente Dilma Rousseff, anuncia a criação do Bolsa Verde, um programa do Plano Brasil sem Miséria. Na justificativa do projeto, a mesma essência do Bolsa Floresta do Amazonas: o apoio financeiro às famílias em situação de extrema pobreza que promovem a conservação ambiental nas áreas onde vivem e trabalham. De acordo com dados do Governo Federal, das 16,2 milhões de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza no Brasil, 47% estão na área rural. “Recebi com grande alegria e orgulho a notícia de que a presidente Dilma Rousseff lançaria um programa que segue as mesmas diretrizes do nosso Bolsa Floresta. Isso significa que o Governo Federal entendeu que o nosso caboclo é o verdadeiro guardião da selva amazônica, o maior bem natural do Brasil”, comenta Eduardo Braga. Quatro anos após seu lançamento, o Bolsa Floresta se consolida em números no Estado do Amazonas. Hoje, nada menos que 35 mil pessoas estão inseridas no programa. As famílias do Bolsa Floresta participam de cursos, oficinas, treinamentos, enfim, as comunidades recebem informações técnicas e de qualidade para a criação de uma consciência ecológica. O trabalho se estende a 15 Unidades de Conservação do Estado do Amazonas, uma área que totaliza 10 milhões de hectares.
“No início do Bolsa Flores-
ta recebemos severas críticas sobre o programa. Mas seguimos firmes com nossos propósitos e hoje vemos o reconhecimento nacional pelo nosso trabalho.” Eduardo Braga, senador O Bolsa Floresta é o primeiro projeto brasileiro com certificação internacional em sua proposta base: recompensar e melhorar a qualidade de vida das populações tradicionais que se comprometem em manter e proteger as florestas tropicais, promovendo a redução do desmatamento e valorizando a floresta preservada. Atualmente, o Bolsa Floresta é o maior programa de pagamento por serviços ambientais do mundo. Do ano de 2008 a 2010, o investimento desse programa foi de R$ 22,5 milhões.
“É o Amazonas quem dá
esse exemplo para o Brasil. É a população do interior do Estado quem ensina ao país que vale a pena preservar o verde de nosso território, principalmente a nossa floresta amazônica” Eduardo Braga, senador
Bolsa Floresta Renda - Investimento de R$ 140 mil ao ano por unidade de conservação. É destinado ao apoio à produção sustentável de peixes, óleos vegetais, frutas, mel e castanha, entre outros produtos. Organiza a cadeia produtiva para certificar os produtos e aumentar o lucro do produtor. Participam do programa todas as atividades que não produzam desmatamento, que estejam legalizadas e que valorizam a floresta.
PARA ENTENDER MAIS No período entre 2003 e 2007, o Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado do Amazonas (SDS), formulou e coordenou a implementação de uma série de instrumentos inovadores de políticas públicas para as áreas de conservação do Estado. O objetivo do então governador Eduardo Braga e da equipe da SDS era promover o desenvolvimento sustentável, com especial ênfase para a conservação ambiental, combate à pobreza e mudanças climáticas. Essa política de sustentabilidade foi denominada como Zona Franca Verde. “Zona Franca”, no Amazonas, é sinônimo de emprego e renda, já o “verde” nos remete à floresta. “Zona Franca Verde”, portanto, foi definido como um programa de geração de emprego e renda a partir do uso sustentável dos recursos naturais de florestas, rios e lagos, com o objetivo de valorizar a floresta em pé e, assim, gerar emprego e renda e promover a conservação ambiental. Criado como Sub-Programa do Zona Franca Verde, o Bolsa Floresta foi direcionado para o desenvolvimento da cadeia produtiva dos serviços e produtos ambientais de base florestal, atuando sob quatro componentes: Renda; Social; Associação; e Familiar. A evolução em quatro modalidades resultou num sistema mais completo de concessão dos benefícios, estruturado de modo a propiciar com mais clareza o associativismo, a renda, a produção sustentável e os benefícios sociais básicos.
Atualmente, 35 mil pessoas estão inseridas no programa Bolsa Flores
Bolsa Floresta Social - Investimento de R$ 140 mil por ano por unidade de conservação. O principal foco é a melhoria da educação, saúde, comunicação e transporte, componentes básicos para a construção da cidadania das comunidades participantes. As ações são desenvolvidas em parceria com os órgãos governamentais responsáveis e instituições colaboradoras.
ESPECIAL 5
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a Bolsa Floresta, do Governo do Estado do Amazonas
O senador Eduardo Braga, então governador do Amazonas, implantou o Bolsa Floresta no Estado. De 2008 a 2010, foram investidos R$ 22,5 milhões no programa
Bolsa Floresta Familiar - Promove o envolvimento das famílias moradoras e usuárias das unidades de conservação para redução do desmatamento e valorização da floresta em pé. Esta modalidade também atua no sentido de promover o entendimento da realidade sócio-econômica e ambiental para melhorar a eficiência na aplicação dos recursos e avaliação dos resultados dos investimentos.
Bolsa Floresta Associação - destinado às associações dos moradores das Unidades de Conservação do Estado. Sua função é fortalecer a organização e o controle social do programa. Promove a gestão participativa por meio do fortalecimento da organização comunitária e contribui para o exercício da liderança associativa nas unidades de conservação.
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CULTURA
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EU RECOMENDO
BOA MÚSICA
Amor a vida: A saga de um brasileiro
Festival Amazonas Jazz
“Estou lendo o livro José
Alencar - Amor à vida - A saga de um brasileiro. Indico a obra por considerar o personagem um exemplo de homem público, empresário, político e um guerreiro na luta contra o câncer” Marcos Rotta, deputado estadual
O Amazonas começa a “respirar” jazz a partir do dia 17 até o dia 25 de julho. Na programação da 5ª edição do Festival Amazonas Jazz estão 38 atrações, além de 14 oficinas e workshops. Este ano, o festival será realizado no Teatro Amazonas, no Centro Cultural Largo de São Sebastião, Teatro Gebes Medeiros e em diversos Centros Culturais do Estado. A abertura, por exemplo, acontece no município de Autazes, às 19h, com a Amazonas Jazz Band. O festival deste ano terá várias atrações internacionais como Paquito D’ Rivera, músico cubano radicado nos Estados Unidos, tido como um dos mais influentes artistas da história do jazz. Com ele divide o palco o grupo internacional no qual figuram o tecladista alemão Vana Gierig, o contrabaixista norte-americano Sean Conly, o baterista italiano Marcelo Pellittieri e o percussionista brasileiro Vinícius Barros. Outro convidado do Festival, Idriss Boudrioua – saxofonista francês, radicado no Rio de Janeiro – apresentará sua sonoridade fortemente influenciada pelo bop, acompanhado por grandes músicos brasileiros. Participam ainda: grupo Cama de Gato, do Rio de Janeiro; Carla Cook, de Nova Iorque; Jeremy Pelt, várias vezes premiado pela revista Down Beat; o guitarrista Lupa Santiago com o seu grupo Regra de Três. Ulysses Rocha e Chico Pinheiro; o quinteto
de Lewis Nash, constituído por músicos radicados em Nova York; Maestro do Forró e a Orquestra Popular Bomba do Hemetério de Recife; e Jacobiando que apresenta seu chorinho com sotaque amazônico. Durante o evento, a Amazonas Band aproveita para lançar o CD Amazonas Jazz com Vinícius Dorin – gravado ao vivo no FAJ do ano passado. Além dos eventos no Teatro Amazonas e no Centro Cultural Largo de São Sebastião, o 5º Festival Amazonas Jazz apresenta eventos paralelos em diversos bairros da capital e no interior, destacando e incentivando a produção musical local de grupos profissionais manauaras e dos alunos do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro. No teatro Gebes Medeiros serão realizados os workshops da programação acadêmica do 5º Festival Amazonas Jazz. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no site http://www.festivalamazonasjazz. com.br/ ou na secretaria do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, às vagas são limitadas, 40 por oficina. Dentro da programação acadêmica acontecerá, também, o Curso de Técnicas de Gravação e Captação de Áudio, realizado em parceria com a Associação Brasileira dos Profissionais de Áudio. Para este serão apenas 20 vagas, o módulo será ministrado no Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro (Sambódromo), das 10h às 12h.
O livro “José Alencar - Amor à Vida - A Saga de um Brasileiro”, da jornalista Eliane Cantanhêde (Editora Primeira Pessoa), traz a biografia do ex-vice-presidente da República, José Alencar. A autora conta a história do menino pobre que estudou até a primeira série do antigo ginasial, saiu de casa aos 14 anos de idade, abriu sua primeira loja aos 18 anos, cresceu e lutou para a construção de um império empresarial. José Alencar exerceu, ainda, militância empresarial que, posteriormente, evoluiu para a política partidária. Apaixonouse pelos palanques. Sonhou um dia ser presidente da República para revolucionar o Brasil.
CULTURA SUSTENTÁVEL
Escola de lutheria de Maraã transforma madeira em instrumentos musicais O Município de Maraã (distante a 920 quilômetros de Manaus) está desenvolvendo um projeto inédito no interior do Amazonas: Está transformando madeira certificada em instrumentos musicais. O Projeto Cultural Maraã conta com uma escola de lutheria (fabricação artesanal de instrumentos) que utiliza madeira certificada pelo Ibama e retirada da mata por pessoas credenciadas das comunidades da região. Quem está no comando da escola de lutheria de Maraã é o luthier Edison Silva, ex-aluno da Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (OELA) - que funciona em Ma-
naus - e com títulos de pós-graduação em escolas de São Paulo e Niterói (RJ). Silva também coordena oficinas para 12 jovens da cidade, que estudam para se tornar futuros luthiers. Os instrumentos musicais produzidos pelo Projeto Cultural Maraã são confeccionados com restos de árvores de louro negro (madeira utilizada para fazer o fundo e as laterais dos violões), de maupá (que serve para fazer o tampo), de coração de negro (utilizado para as escalas do braço) e de cedro (usado para fazer o braço do instrumento).
ENTRETENIMENTO
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PALAVRAS CRUZADAS
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SALMO 121 - Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro?
- O Senhor é o seu protetor; como sombra que o protege, ele está à sua direita.
- O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.
- De dia o sol não o ferirá, nem a lua, de noite.
- Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta,
- O Senhor o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida.
- Sim, o protetor de Israel não dormirá, ele está sempre alerta!
- O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre.
SANTO DO MÊS
Nossa Senhora do Carmo Em 1222, dois cruzados ingleses levaram para a Inglaterra, alguns Carmelitas que habitavam o Monte Carmelo. Um homem penitente, austero, logo se uniu a eles. Era Simão Stock. Consta que tivesse ele recebido um aviso de Nossa Senhora que viriam da Palestina Monges devotos de Maria e que deveria unir-se a eles. Vieram depois tantos Carmelitas para a Europa que foi preciso nomear um Superior Geral para os mesmos. Em 1245, foi ele eleito para desempenhar este cargo. Encontrou ele dificuldades quase insuperáveis. Mandou que os Carmelitas estudassem: isto gerou uma discórdia interna, pois não queriam
os mais velhos que contemplativos estudassem. O clero secular revoltou-se contra eles e pediu a Roma sua supressão. Diante de tanta oposição, Simão Stock, com seus 90 anos, retirou-se para o mosteiro de Cambridge, no Ducado de Kent, e pedia a proteção de Maria. Orava ele em sua cela, quando viu um clarão, na noite de 16 de julho de 1251. Rodeada de anjos, Maria Santíssima entregou-lhe o Escapulário, dizendo-lhe: “Recebe, filho queridissimo, este Escapulário de tua Ordem: isto será para ti e todos os Carmelitas um privilégio. Quem morrer revestido dele não sofrerá o fogo eterno”.
Além de ser uma das iguarias regionais mais apreciadas pelo povo amazonense, os bombons de cupuaçu podem ser uma fonte de renda extra para a família.
Modo de preparo
CURIOSIDADES Em 1986, foi inaugurado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no Distrito Federal, o Panteão da Pátria. O monumento é dedicado a todos os personagens da história que se destacaram na luta pela
liberdade no Brasil. No local, fabricado em aço, está em exposição o Livro dos Heróis da Pátria, com os nomes de personagens como D. Pedro I, Marechal Deodoro e Tiradentes, entre outros.
BOMBOM DE CUPUAÇU
Ingredientes para 30 bombons *3 latas de leite condensado *1/2 kg de polpa de cupuaçu *1/2 kg de açúcar
Ingredientes para a cobertura *1/2 kg de chocolate ao leite
- Numa panela, coloque o leite condensado e leve ao fogo médio até soltar do fundo da panela e dar ponto de enrolar. - Deixe esfriar um pouco e retire 1/2 colher (sopa) da massa de leite condensado, achate com os dedos e passe o açúcar. - Recheie com 1 colher (chá) de doce de cupuaçu. Faça uma bolinha e feche, passe no açúcar novamente e deixe secar de um dia para o outro. - Derreta o chocolate em banho-maria e mergulhe os bombons para que fiquem todos cobertos. - Deixe secar e depois embrulhe. Se vc quiser dar um toque especial de acabamento nos bombons (foto), experimente raspas de coco e de chocolate branco, ou mesmo dando o efeito de pintura com o chocolate derretido.
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SENADOR EDUARDO BRAGA
‘Ouvi muitas inverdades e equívocos sobre tablets’ ENTREVISTA
A VERDADE SOBRE OS TABLETS Relator da Medida Provisória 534, que vai regulamentar a produção de tablets no Brasil, o senador Eduardo Braga defende que agora é a hora do Polo Industrial de Manaus ser inserido no Processo Produtivo Básico deste segmento de bens de informática.
O que o Polo Industrial de Manaus perdeu com a edição da Medida Provisória (MP) 534? Eduardo Braga - Absolutamente nada. Não perdemos nada porque, simplesmente, nossa indústria não fabrica tablets no Amazonas. No Brasil, atualmente, existem apenas três linhas de produção de Tablet: duas em São Paulo (o Galaxy da Samsung e o Xoom da Motorola) e uma em Ilheus, na Bahia (MyPad da Semp Toshiba). Diante desse quadro, não podemos dizer que perdemos os tablets, pois em momento algum o tivemos. Eu ouvi muitas inverdades e equívocos sobre esse tema, de pessoas que não entendem do assunto. Mas o fato é que a MP 534 terminou sendo benéfica para o Amazonas, pois agora temos a oportunidade de incluir no Processo Produtivo Básico dos tablets, componentes eletrônicos que são fabricados em nosso parque industrial. Eu, como relator da MP 534, estou lutando para que nossa indústria saia fortalecida desse embate. Em que pontos nessa discussão houve equívocos e inverdades? EB - O que temos que entender é que o tablet é classificado no Brasil como bem de informática, ou seja, sua fabricação no País é regulamentada pela Lei 8.248, aprovada pelo congresso em janeiro de 2001 e sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso no mesmo ano. Vale lembrar que a referida lei é a mesma que classificou o aparelho celular como bem de informática, tirando do Polo Industrial de Manaus várias linhas de produção. Foi neste descuido da bancada amazonense da época que vimos fábricas como a LG, Samsung, Sony Ericson e Motorola deixarem o Amazonas rumo a outros Estados brasileiros. Hoje, conseguimos trazer de volta para o Polo Industrial de Manaus a fábrica de celulares da Samsung. Essa empresa vai produzir este ano 4 milhões de celulares, isso é só a Samsung, fora o que a Nokia já está produzindo por aqui. É esse o trabalho precisa-
mos intensificar, gerando mais emprego e mais renda para o povo amazonense.
O iPad, sucesso mundial da americana Apple, deve ser produzido em São Paulo, ainda este ano.
O PIM tem como se mostrar competitivo neste mercado? EB - Atualmente, o Polo Industrial de Manaus é responsável pela fabricação de 98% das placas mãe usadas pelas indústrias de aparelhos celulares. Também fabricamos boa parte dos displays de aparelhos celulares fabricados no Brasil. Ou seja, temos know-how e mão de obra especializada para isso. Precisamos, agora, tentar garantir os incentivos fiscais para a fabricação dos componentes eletrônicos e físicos dos tablets. É saudável para o PIM ficar a mercê dos incentivo fiscais para se manter competitivo? EB - Essa é uma questão interessante e fundamental para o futuro de nossa indústria. Venho defendendo, há muitos anos, que precisamos preparar o Estado do Amazonas para o futuro. Devemos ficar atentos para o fato de, mais importante que oferecer incentivos fiscais, é oferecer uma mão de obra qualificada tecnicamente. Temos de investir em pesquisa, informação e inovação. Não foi por incentivos fiscais que as grandes indústrias de bens de informática se instalaram no Vale do Silício (EUA). Apple, Nokia, Microsoft e Adobe, entre tantas outras, se instalaram na Califórnia por causa da produção acadêmico-científica das universidades de Stanford e Berkeley, duas das mais conceituadas instituições de pesquisa do mundo. Durante minha passagem pelo Governo do Estado, criei a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) que hoje é uma das principais incentivadoras de pesquisa local. Investimos na ampliação e municiamos a Universidade do Estado Amazonas (UEA) de equipamentos que a transformaram em referência em vários setores. Somente desta forma que vamos conseguir uma indústria sempre forte e competitiva.
O MyPad já está sendro produzido pela japonesa Semp Toshiba em sua fábrica de Ilhéus, no Estado da Bahia.
O Galaxy da koreana Samsung, campeão de vendas no mercado brasileiro, tem sua linha de produção em São Paulo.
O Xoom da americana Motorola, também é produzido no interior do Estado de São Paulo.