Sou Mais Amazonas - Edição 04

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Presidenta Dilma reforça apoio à ZFM Página 4

EDUARDO BRAGA

Um dos 100 mais influentes no Congresso

COM APENAS NOVE MESES DE MANDATO, SENADOR ENTRA PARA SELETA LISTA PARLAMENTAR Página 4

SOLENIDADE EM MANAUS

PARA A COPA DE 2014

Lançamento do Bolsa Verde do Governo Federal foi marcado pelo reconhecimento ao trabalho de Eduardo Braga enquanto governador do Amazonas.

Projeto da Sudam vai financiar construção, ampliação e modernização de hotéis do Amazonas e do Mato Grosso. Objetivo é melhorar a rede para a Copa de 2014.

Governadores elogiam Braga pela criação do Bolsa Floresta

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Setor hoteleiro ganha linha de crédito de R$ 200 milhões

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GERAL

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DESTAQUE NO ROCK IN RIO

Kesha quer acampar na Amazônia

A cantora Kesha revelou aos fãs que um de seus sonhos é acampar na Amazônia. A loirinha americana foi um dos destaques no Rock in Rio deste ano.

"Quero muito ficar lá, na lama, no meio do nada, somente eu comigo mesma", comentou a cantora, anunciando que também pretente fazer uma grande viagem ainda este ano. "Uma de minhas ideias é ir de motocicleta da América do Sul até os Estados Unidos. Quero explorar, porque na sequência já entro no estúdio. Então, minha volta precisa ser a mais divertida possível". Kesha tem ficado conhecida não só por sua voz e estilo rebelde. A loira de 24 anos tem sua fama meteórica embasada também em seu talento como compositora. Já escreveu hits para importantes nomes da música pop, como Miley Cyrus, Miranda Cosgrove e Britney Spears. "Lembro que quando ouvi na rádio a Britney cantando Till the World Ends, coloquei o som no talo, praticamente estourando os alto-falantes, e fiquei parada, como uma idiota. É tão empolgante ouvir um dos grandes ícones da música pop cantando algo que compus. Fico muito lisonjeada".

Naturalmente, a facilidade e rapidez para compor - seus dois primeiros discos, Animal e Cannibal, foram ambos lançados em 2010 - dá aos seus fãs a oportunidade de ter material fresco da cantora em curtos espaços de tempo, algo cada vez mais raro na atual indústria fonográfica mundial. De fato, o próximo trabalho já começou a ser produzido assim que Kesha deixou o Brasil.

"Escrevo constantemente, praticamente todos os dias. Quando chegar ao estúdio, colocarei para fora todo o material que já tenho", afirmou. "Não sei ainda como o álbum irá soar, pois primeiro é necessário trabalhar as músicas. Mas, quanto à temática, com certeza será sobre minhas experiências pessoais". Mesmo bastante jovem e com apenas uma turnê na bagagem, Kesha afirmou que não ficou nada nervosa para o show no Rock in Rio, no qual se apresentou para um público de mais de 100 mil pessoas, além de dividir o palco com um de seus ídolos, Stevie Wonder. "Eu não fico nervosa: simplesmente me empolgo muito. Esta é uma oportunidade incrível na minha carreira", comentou.

ESPECIAL

Ciência e tecnologia na TV Senado

Inovação industrial, educação científica, pesquisa e banda larga foram alguns dos temas abordados na entrevista gravada pela TV Senado para uma série de programas especiais sobre Ciência e Tecnologia no Brasil. O cenário escolhido foi o museu do Senado, que fica próximo ao plenário da Casa.

LEI SANCIONADA

Menor preço e melhor qualidade na TV por assinatura

Ampliação da concorrência, redução de preços e melhoria na qualidade da programação de TVs por assinatura no Brasil. Para o senador Eduardo Braga (PMDB), esses são os benefícios diretos da Lei 12.485 (antigo PLC 116), sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. A lei permite a entrada das operadoras de telecomunicações no mercado de TV por assinatura, o que deve popularizar a Internet banda larga.

O senador Eduardo Braga (PMDB-AM), que também preside a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (CCT) do Senado, foi o convidado especial da nova série da emissora pública. O programa televisivo está sendo editado e ainda não tem data para ir ao ar.

Braga liderou os debates em torno da proposta que resultou na lei. Ele disse que a entrada da lei em vigor provocará uma mudança no estágio de desenvolvimento do setor, em benefício de telespectadores e assinantes.

“Essa melhoria se dará tanto na melhoria da qualidade da programação, como na redução de preços, resultado direto da ampliação da concorrência”, enfatizou. PRESIDENTE: Eduardo Braga

SECRETÁRIO GERAL: Miguel Capobiango Neto

2° VICE: João Thomé V. Mestrinho de M. Raposo

1° TESOUREIRO: Danielle Farias da Cruz

1° VICE: Francisco Roberto Duarte da Silva

3° VICE: Edilene Gonçalves Gomes (licenciada)

SECRETÁRIO ADJUNTO: Lourenço Borghi Júnior

2° TESOUREIRO: Eduardo Henrique L. Backsmann

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Rodrigo Araújo

MTB/AM: 018/01


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GERAL

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VOTAÇÃO

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Bolsa Floresta é referência nacional

O lançamento do programa Bolsa Verde pela presidenta Dilma Rousseff em Manaus revelou um fato interessante: não só o Governo Federal, mas outros estados da região Norte se inspiraram no programa Bolsa Floresta, do Governo da Amazonas, para criar seus próprios projetos de incentivo financeiro às comunidades que preservam a floresta amazônica.

nanceiro às famílias em situação de extrema pobreza que promovem a conservação ambiental nas áreas onde vivem e trabalham.

De acordo com dados do Governo Federal, das 16,2 milhões de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza no Brasil, 47% estão na área rural.

Durante a solenidade, a presidenta voltou a falar da importância da iniciativa amazonense com o Bolsa Floresta. "Quero parabenizar o senador Eduardo Braga que, enquanto governador do Estado do Amazonas, tomou a iniciativa de criar esse projeto pioneiro de premiar financeiramente as pessoas que vivem na floresta e que a preservam para as futuras gerações", disse Dilma Rousseff.

O governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB-RO), revelou que se baseou no Bolsa Floresta do Amazonas para criar o Bolsa Guaporé, no estado vizinho. "Agora, o Governo Federal utiliza as mesmas bases para criar o Bolsa Verde, um programa mais amplo, de abrangência nacional", destacou.

O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) disse que estava honrado em receber os elogios pelo trabalho realizado por ele enquanto governador do Amazonas. "O Amazonas vem dando um ótimo exemplo com o Bolsa Floresta.

Vem trabalhando duro nessa área. Aprendendo com os acertos e, é claro, com os erros também. O fato é que o Governo Federal recebeu todas as informações do nosso Estado, que mostrou os desafios, aquilo que deu certo e o que deu errado e tudo o que aprendemos nesses últimos quatro anos. Com certeza nossa experiência colaborou bastante na elaboração do Bolsa Verde", afirmou Braga.

Para o senador, o lançamento oficial do programa Bolsa Verde, em Manaus, foi

muito mais que simbólico. "Na verdade, o ato da presidente Dilma Rousseff é um reconhecimento pelo trabalho que vem sendo desenvolvido há quatro anos pelo Governo do Amazonas", disse.

No Amazonas, após quatro anos de seu lançamento, o Bolsa Floresta se consolida em números. Hoje, nada menos que 35 mil pessoas estão inseridas no programa, recebendo muito mais que a remuneração pela preservação ambiental. As famílias do Bolsa Floresta participam de cursos, oficinas, treinamentos, enfim, as comunidades recebem informações técnicas e de qualidade para a criação de uma consciência ecológica. O trabalho se estende a 15 Unidades de Conservação do Estado, uma área que totaliza 10 milhões de hectares.

Em junho de 2007, Eduardo Braga, na época governador do Estado, criou o Bolsa Floresta, como parte do programa Zona Franca Verde. No dia 28 de setembro, a presidenta Dilma lança o Bolsa Verde, programa do Governo Federal que traz a mesma essência do Bolsa Floresta do Amazonas: o apoio fi-

“No início do Bolsa Floresta recebemos severas críticas sobre o programa. Mas seguimos firmes com nossos propósitos e hoje vemos o reconhecimento nacional pelo nosso trabalho. É o Amazonas quem dá esse exemplo para o Brasil. É a população do interior do Estado quem ensina ao país que vale a pena preservar o verde de nosso território, principalmente a nossa floresta amazônica”, ressaltou o senador Eduardo Braga.

Amazonas, Roberto Bulbol, o anúncio da criação da nova linha de crédito para o setor foi um verdadeiro presente. Ele fez questão de salientar que esse tipo de ação termina fomentando outras atividades, além do segmento de hotelaria. "Estamos falando de um aquecimento

econômico em geral, pois uma reforma, uma ampliação, ou mesmo a construção de um estabelecimento significa contratação de mão de obra e aquisição de materiais, como colchões e condicionadores de ar, entre outros equipamentos", comentou.

OPORTUNIDADE

Crédito de R$ 200 milhões para a rede hoteleira Hotéis do Amazonas e de Mato Grosso ganharam uma linha de crédito especial de R$ 200 milhões com vistas à Copa do Mundo de 2014. Trata-se do Programa de Apoio à Construção de Hotéis para a Copa de 2014 – PACH Mundial 2014 – FDA, da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), que destinará recursos para construção, ampliação e modernização da rede hoteleira nos dois estados que receberão jogos do Mundial da Fifa. A linha de crédito para o setor hoteleiro foi criada a partir de uma reivindicação de Eduardo Braga no Senado. "Agora que temos os recursos, resta trabalhar para ampliar a nossa rede de hotéis até 2014. Caso isso não seja feito, o turista que vier a Manaus assistir a Copa do Mundo ficará confortavelmente hospedado em um dos transatlânticos que, com certeza, aportarão na baia do rio

Negro. Depois partirão sem deixar nada para o nosso Estado e nunca mais retornarão", advertiu o senador.

Eduardo Braga foi bastante elogiado pelas autoridades durante o evento. Eles ressaltaram a importância dos investimentos no setor nesta fase de preparação para a Copa de 2014. O superintendente da Sudam, Djalma Melo, lembrou que, com o aporte de R$ 200 milhões, sobe para quase R$ 3 bilhões o volume de recursos da superintendência para investimentos na região. "A determinação do senador está sendo importante para alavancar o volume de verbas na Sudam que, somente por meio do FDA (Fundo de Desenvolvimento da Amazônia), já investiu R$ 800 milhões no Amazonas", informou. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) no


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4 SOU+AMAZONAS POLÍTICO DE EXPRESSÃO

ESPECIAL

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Braga é um dos 100 mais influentes do Congresso

No primeiro ano de seu primeiro mandato como senador, Eduardo Braga (PMDB) foi classificado como um dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), que elabora a lista. Braga foi classificado como influente na categoria “debatedor”.

leitura da realidade e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão. Na formulação da lista, a instituição também considera critérios como percepção e juízo que outras pessoas têm ou fazem sobre determinado parlamentar e capacidade de liderar e influenciar escolhas. “Acredito que a indicação é fruto do trabalho e dedicação com os quais temos exercido o mandato, mandato este que devo ao povo do Amazonas”, comentou Eduardo Braga.

Segundo o DIAP, os “Cabeças” ou protagonistas do Congresso são os parlamentares que exercem real influência no processo decisório e sobre os atores nele envolvidos. São os parlamentares mais procurados pela imprensa.

A lista é elaborada anualmente e só considera os parlamentares que estão no efetivo exercício do mandato. De acordo com o Diap, é considerado um dos 100 mais influentes o parlamentar que tem a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, sendo de oportunidade, eficiência na

Além do senador, do Amazonas também compõem a lista a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) e o deputado federal Pauderney Avelino (DEM). A deputada Rebecca Garcia (PP) foi listada como uma das parlamentares em ascensão, com chances de se tornar influente nas próximas indicações.

FORTE ALIADA

Dilma reforça apoio a ZFM

"Eu não lhe disse que não abandonaria a Zona Franca de Manaus?”. A declaração foi dada pela presidente Dilma Rousseff ao senador Eduardo Braga (PMDB-AM) durante a abertura do Fórum Nacional do PMDB, realizado em setembro, em Brasília. Dilma se referia à promessa de acatar as emendas do senador no Plano Brasil Maior, para o Polo Industrial de Manaus (PIM) não perder suas vantagens comparativas. A primeira emenda de autoria do senador, incluída na MP 540, institui o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas Exportadoras (Reintegra), que define as características dos tablets e preserva a indústria de televisores e de telefones celulares do PIM.

AVANÇO

Aprovação da MP dos Tablets beneficia a ZFM

As empresas instaladas na Zona Franca de Manaus poderão produzir tablets com vantagens comparativas em relação a outros estados. A garantia está no Projeto de Lei de Conversão (PLC) 23/2011, resultante da Medida Provisória 534/2011, conhecida como MP dos Tablets. A medida reduz a zero a alíquota do Programa de Integração Social (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para quem

produz tablets no Brasil. O PLC foi aprovado no Senado e agora segue para aprovação da presidente Dilma. Após a aprovação, o relator da matéria, senador Eduardo Braga (PMDB), comemorou o resultado da votação, que prevê benefícios que até então as empresas da Zona Franca de Manaus não tinham, como a isenção fiscal para produção de bens de informática voltados para inclusão digital e crédito de 5,6% de PIS/Cofins para quem com-

prar tablets produzidos no Polo Industrial de Manaus (PIM). “Ao mesmo tempo em que as empresas do PIM que fabricarem tablets não vão pagar o PIS/Cofins, porque a isenção é para todo País, aqueles que comprarem esses produtos da Zona Franca poderão se creditar em 5,6%. Essa é uma vantagem efetivamente muito importante para a produção do tablet no Amazonas”, explicou Braga. Outra medida considerada importante

A outra emenda do senador Eduardo Braga concede isenção de Imposto de Renda (IR) às empresas fabricantes de máquinas, instrumentos e dispositivos baseados em tecnologia digital e voltados para programas de inclusão digital, tais como modem, tablets, desktops, netbooks e notebooks. O benefício terá duração de 10 anos.

“Foi uma vitória para o povo Amazonense e para a Zona Franca de Manaus, que manterá todas as vantagens competitivas e não será prejudicada com os efeitos da Medida Provisória (MP) 534/2011, que concede incentivos fiscais para a produção de tablets no Brasil”, reforçou o senador Eduardo Braga.

pelo senador por preservar as indústrias instaladas no PIM é a definição do que é tablet: máquinas automáticas de processamento de dados, portáteis, sem teclado, que tenham entrada e saída de dados por meio de uma tela sensível ao toque, de área superior a 140 cm² e 600cm² e que não possuam função de comando remoto. Essa definição preserva a competitividade da indústria de televisores e monitores do PIM e evita que os incentivos fiscais dos tablets sejam utilizados para a fabricação desses produtos em outras regiões.


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ESPECIAL

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DISCUSSÃO

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PMDB e o novo Código Florestal Brasileiro

“O PMDB está unido em torno do Código Florestal e da tese de que as florestas, a agricultura e o agronegócio não são inimigos”. Foi o que ressaltou o senador Eduardo Braga (PMDB) em palestra no Fórum Nacional do PMDB. O evento reuniu lideranças pemedebistas de estados e municípios brasileiros. O senador amazonense falou sobre os compromissos do partido com o meio ambiente.

Braga destacou que não conhece agricultores que sejam contra a água ou a chuva, principais componentes para o sucesso da agricultura brasileira e, por isso, é possível aliar produção com preservação ambiental.

“O grande desafio atual desse Código Florestal não é garantir terra, mas garantir água e clima, porque sem isso não há produção. Temos que ter um Código que prepare o Brasil para um futuro inteligente”, disse. Ele lembrou que os principais prejudi-

cados pelos impasses na atual legislação ambiental são os pequenos e micro produtores, especialmente os que vivem na Amazônia. Por isso, defendeu incentivos econômicos para os vivem na região e preservam a floresta.

“Temos que tirar a corda do pescoço do pequeno agricultor e legalizar suas atividades. Mas também temos que garantir que as pessoas que vivem no meio da floresta, na região Norte, possam colocar comida em suas mesas”, comentou, se referindo aos pagamentos por serviços ambientais.

Durante sua participação no Fórum, o senador Eduardo Braga também enfatizou que o PMDB não é um partido de determinadas regiões, mas de todo Brasil e que, por isso, a sigla precisa estar unida na construção de uma legislação ambiental que reconheça o papel da agricultura e daqueles que têm direito a receber uma recompensa por preservarem as florestas.

INCENTIVOS

PELA FLORESTA

Pagamento por serviços ambientais em debate Bancada da

É possível incentivar financeiramente quem conserva suas áreas de preservação permanente e de reserva legal. As formas de concretizar esses incentivos e garantir instrumentos econômicos no texto do Código Florestal em tramitação no Senado foram tema de audiência pública conjunta realizada nas comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Um dos principais defensores no Senado da proposta de pagamento por serviços ambientais e uso sustentável das propriedades rurais, o presidente da CCT, senador Eduardo Braga (PMDB), enfatizou que os mecanismos de remuneração para quem mantém a floresta em pé poderiam beneficiar milhares de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza na Amazônia. “A floresta amazônica é responsável pelos bons resultados da agricultura brasileira no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul do país. E o povo da Amazônia, e conserva a floresta em pé, é a que tem a menor renda per capta do País”, disse. Um dos convidados da audiência pública, o ex-secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas e superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável, Virgílio Viana, apresentou propostas de incentivos econômicos que poderiam ser garantidas no texto do novo Código Florestal. Uma das propostas prevê que a compensação de re-

serva legal possa ser feita em outro estado, mesmo que em biomas diferentes. Entretanto, ele ponderou que o tamanho da área a ser recuperada em outra região seria multiplicada por quatro. Segundo Viana, esse mecanismo de compensação poderia render até R$ 2 bilhões por ano para a região Amazônica.“Essa será uma oportunidade de implantar uma economia virtuosa, unindo o agronegócio rico das regiões centrais com as áreas pobres do Norte”, disse.

Outra proposta apresentada por Virgílio Viana é a inclusão de conceitos de pagamentos por serviços ambientais. Ele citou exemplo da Costa Rica, que remunera os proprietários rurais que contribuem com a preservação das florestas em quatro categorias: seqüestro de carbono, proteção dos mananciais de água, proteção da biodiversidade e da beleza cênica das propriedades. Para o professor de economia da UFRJ, Carlos Eduardo Young, também convidado da audiência pública, a reforma do Código Florestal é o momento do parlamento definir o futuro do país e dar uma solução econômica para o impasse entre produção e preservação. “Os pagamentos por serviços ambientais representam uma boa oportunidade de não perdermos o que já conseguimos em termos de proteção das nossas reservas legais e áreas de preservação permanente”, disse.

Amazônia está unida

Parlamentares dos estados da Amazônia Legal reuniram-se para discutir qual será a atuação do grupo em defesa da região na votação do novo Código Florestal. Segundo o senador Eduardo Braga, a região tem que ser a mais interessada na discussão, pois tem a maior área de floresta preservada do país.

“Temos que nos unir nessa discussão e vencer diferenças para termos mais peso e mais força nesse debate”, disse, após apresentação feita pela Fundação Amazonas Sustentável sobre incentivos econômicos para quem preserva a floresta. Presente no jantar, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) disse ser favorável à união dos parlamentares do norte e do pagamento dos serviços ambientais prestados pelos amazônidas ao resto do país.

“Na Amazônia, temos um povo bilionário, mas que vive na miséria. É correto apontarmos o pagamento por serviços ambientais, que seja pago, inclusive, pelo resto do mundo”, ressaltou.


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6 SOU+AMAZONAS EU RECOMENDO

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CULTURA

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A Sombra do Vento

O livro que estou lendo é “A Sombra do Vento”, do escritor espanhol, Carlos Ruiz Zafrón. A história é uma mistura de romance de aventura, textos góticos e folhetins amorosos. A história é uma verdadeira homenagem ao poder místico dos livros, ou seja, o encantamento que eles produzem nas pessoas.

Zafrón colocou de tudo no texto: mistério, morte, polícia, amizade e política. Por meio de uma linguagem direta, o autor prende a atenção do leitor do começo ao fim, sempre confrontando o

drama de querer ou não saber o final da história.

Rebecca Garcia Deputada Federal

O exemplar foi lançado em 2004 e desde lá vem recebendo boas indicações. Tanto que ficou mais de 60 semanas na lista dos livros mais vendidos da Espanha; onde é considerado um verdadeiro fenômeno literário. Sendo sucesso também na Alemanha e agora no Brasil também.

Recomendo a leitura e posso resumir o livro, dizendo que pelos olhos do personagem, podemos o quão é maravilhoso o mundo dos livros e o que se abre por meio deles.

AGENDA CULTURAL

Amazonas recebe o 8° Festival de Teatro da Amazônia O Amazonas será palco, no período de 7 a 16 de outubro, do 8° Festival de Teatro da Amazônia. No total, 18 espetáculos serão encenados nesta temporada. Participaram da seleção 29 grupos de teatro na categoria adulta e 12 na categoria infantil. De acordo com o presidente da Federação de Teatro do Amazonas (Afetam), Nivaldo Mota, a seleção optou pela qualidade dos trabalhos apresentados, o que resultou na diversidade artística. São responsáveis pela curadoria do evento: Humberto Braga, do Rio de Janeiro, Lucia Helena, de Brasília, Marcelo Bones, de Minas Gerais, Paulo Roberto, da Paraíba e Gabriel Guimard, de São Paulo. Três espetáculos de outros Estados participarão do Festival deste ano, o que, na avaliação de Nivaldo, mostra o amadurecimento do evento. Todas as montagens seleciona-

das receberão uma verba de poio à produção de, aproximadamente, R$ 15 mil. Além da mostra competitiva e não competitiva, o Festival contará com convivências, seminários e mostras paralelas.

Na abertura do festival, "Coisas Para Depois de Meia Noite", espetáculo escrito e dirigido por Denni Sales, promete mostrar o submundo fictício de Manaus, onde a prostituição, a homossexualidade, a nudez e a religião interagem no mesmo espaço criando uma harmonia suja e decadente.

As categorias disputadas serão: Melhor Espetáculo; Melhor Ator; Melhor Ator Coadjuvante; Melhor Atriz; Melhor Atriz Coadjuvante; Melhor Direção; Melhor Texto Original; Melhor Figurino; Melhor Cenário; Melhor Iluminação; Melhor Pesquisa Musical e Melhor Maquiagem. O vencedor de cada categoria receberá o troféu Jurupari.

OS SELECIONADOS 1) Mistério do Reino de Catipiripimpim - Cia Trupe do Banzeiro. 2) Coisas pra depois de meia noite - Denni Sales. 3) Assembléia das Arvores - Associação Amazônia Arte-Mythos. 4) Trans - Cia Cacos de Teatro. 5) João e Maria - Criart Teatral. 6) A vingança do boto - Grupo teatral Arte Norte. 7) A Bela Adormecida, Cia de Teatro Metamorfose. 8) Deus Danado, Daniel Mazzaro. 9) Quadrinhos, posso entrar na sua história? - Grupo de Teatro Plural. 10) Francisca - Teatro Experimental do SESC (TESC). 11) O Circo da Ilusão - Cia de Teatro Língua de Trapo. 12) Apenas um Blues e Uma Parede Pichada - Cia do Lavrado. 13) História de um Barquinho - Cia Vitória Régia. 14) Ventos da Morte - Associação dos Artistas Cênicos do Amazonas (Arte e Fato). 15) O casamento da filha de mapinguari - Cia Vitória Régia. 16) Dom Quixote - Teatro Experimental de Alta Floresta. 17) O Dia em Que a Terra Dançou: Uma Tragédia para a Juventude - Associação dos Artistas Cênicos do Amazonas (Arte e Fato). 18) Dorothy Garland - Grupo de Teatro e Dança Origem.


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ENTRETENIMENTO

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PALAVRAS CRUZADAS

SALMOS 51

1. Ao mestre de canto. Hino de Davi. 2. Quando Doeg, o idumeu, veio dizer a Saul: Davi entrou na casa de Aquimelec.

3. Por que te glorias de tua malícia, ó infame prepotente? 4. Continuamente maquinas a perdição; tua língua é afiada navalha, tecedora de enganos. 5. Tu preferes o mal ao bem, a mentira à lealdade. 6. Só gostas de palavras perniciosas, ó língua pérfida! 7. Por isso Deus te destruirá, há de te ex-

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cluir para sempre; ele te expulsará de tua tenda, e te extirpará da terra dos vivos. 8. Vendo isto, tomados de medo, os justos zombarão de ti, dizendo: 9. Eis o homem que não tomou a Deus por protetor, mas esperou na multidão de suas riquezas e se prevaleceu de seus próprios crimes. 10. Eu sou, porém, como a virente oliveira na casa de Deus: confio na misericórdia de Deus para sempre. 11. Louvar-vos-ei eternamente pelo que fizestes e cantarei vosso nome, na presença de vossos fiéis, porque é bom.

SANTO DO MÊS

Nossa Senhora da Conceição Aparecida

O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida de suas águas. Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.

CURIOSIDADES

Rio Amazonas

Durante muitas décadas, os livros de geografia informaram que o rio Amazonas, que nasce na Cordilheira dos Andes (Peru), tinha 6.400 km, contra 6.650 km do Nilo, um dos mais famosos e conhecidos rios do mundo. Depois de analisarem imagens de satélite e de uma pesquisa feita na cordi-

lheira dos Andes, os cientistas do Inpe anunciaram que o Amazonas é bem maior - a diferença foi de 592 km, um pouco mais do que a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro. Portanto, segundo o Inpe, o rio Amazonas possui, na realidade, uma extensão de 6.992 km.

PIRARUCU DE CASACA

Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros. Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada Basílica Velha. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o

INGREDIENTES 1kg de pirarucu seco; 4 bananas pacovan; 1kg de farinha do uarini torrada; 2 caixas de uva passa; 250g de ameixas secas sem caroço; 2 ovos cozidos; 1 cebola picada; 1 tomate picado sem pele e sem sementes; 1 pimentão verde picado; 2 colheres (sopa) de cebolinha picada; 2 colheres (sopa) de coentro picado; 1 xícara (chá) de de azeite de oliva para fritar; óleo para fritar as bananas 1 garrafa de leite de coco; 100g de azeitonas verdes (ou pretas) sem caroço; azeite de oliva e vinagre à gosto para a farofa

papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial.

A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a de São Pedro, no Vaticano. O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os 272 mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano.

MODO DE FAZER 1 - Deixe o pirarucu de molho por pelo menos 12 horas, trocando a água quatro vezes. Depois lave o peixe e afervente-o para retirar o sal restante. Frite-o em 1/2 xícara (chá) de azeite. Deixe esfriar e desfie-o em lascas. 2 - Faça uma farofa com a farinha, um pouco de azeite e vinagre. Não vai ao fogo. 4 - Frite as bananas em fatias. 5 - Refogue, em 1/2 xícara (chá) de azeite, as cebolas, o tomate, o pimentão e o cheiro-verde. 6 - Num refratário, alterne camadas de farofa, umedecendo-a com colheradas de leite de coco, o peixe, as bananas e o refogado. Espalhe as ameixas e as uvas passas. Leve ao forno para aquecer e sirva.


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‘Os resultados do Enem revelam as disparidades entre as escolas públicas e privadas’ A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado aprovou o projeto de lei que pretende transferir atribuições do Ministério da Educação (MEC) para o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A ideia é passar ao MCT a gestão do Ensino Superior do país. O senador Eduardo Braga (PMDB-AM), presidente da CCT, defendeu a proposta durante as discussões. O projeto do senador Cristovam Buarque alega que a Educação Básica está relegada a segundo plano no panorama educacional. Pela proposta, o MEC se transformaria em Ministério da Educação de Base, com foco para a Educação Infantil e a Básica. “Essa medida só traria vantagens: ajudaria a equilibrar a importância dos ministérios, hoje desigual em favor do MEC, tanto do ponto de vista de verbas orçamentárias quanto de estrutura administrativa e deixaria ao MCT a função de zelar pela produção científico-universitária, que é sua vocação por excelência e que já exerce hoje, via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)”, aponta a justificativa.

O Ministério da Educação precisa rever suas prioridades em relação ao ensino fundamental e médio, bem como a aplicação do orçamento hoje destinado à educação superior’’

O senador Eduardo Braga considera essa mudança fundamental para que o MEC reveja suas prioridades em relação ao ensino fundamental e de nível médio, bem como a aplicação do orçamento hoje destinado à educação superior.

Na opinião do senador, os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) “revelam as disparidades entre escolas públicas e privadas, e até mesmo, a desigualdade do ensino entre as regiões mais remotas do país”. Ele acredita que o MEC tem hoje estruturas gigantescas e que a reestruturação, nos termos da proposta do senador Cristovam vai permitir que os programas do MEC atualmente voltados para Ciência Tecnologia e Inovação ganhem prioridade no MCT.

Para o senador Ricardo Ferraço, relator da matéria, o “MEC concentra todas as competências relativas à Educação, tanto de nível Básico quanto Superior”. Por isso, na avaliação do relator, o poder político, a capacidade de organização, a visibilidade e a proximidade com a elite do segmento voltado ao Ensino Superior fazem com que o MEC

Senador Eduardo Braga

“ concentre a atenção e os recursos nessa área, em detrimento da Educação Básica. Segundo o senador Ricardo Ferraço, o modelo proposto é adotado em países como Portugal e França.

Já o senador Walter Pinheiro, concordou com o mérito da proposta uma vez que, para ele, o Ministério, ao cuidar de vários aspectos da educação, acaba dividindo atenção e orçamento. Ressal-

tou, no entanto, ser contrário à proposta por considerar que a reformulação da estrutura administrativa do Estado é papel do Executivo.

Agora, o projeto deve passar ainda por outras duas comissões (Educação, Cultura e Esporte; e Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado, antes de seguir à Câmara dos Deputados.

O poder político, a capacidade de organização a visibilidade e a proximidade com a elite do ensino superior fazem com que o Ministério da Educação concentra atenção e os recursos nessa área, em detrimento da educação básica’’

Senador Ricardo Ferraço


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