Iconografia igrejas coloniais es

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ACERVO ICONOGRÁFICO DAS IGREJAS COLONIAIS DO ESPÍRITO SANTO/BRASIL.

SPINASSÉ , Marcos A. (1); SILVA, Nilo Ricas da. (2) 1. Universidade Vila Velha - UVV. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Av. Comissário José Dantas de Melo, n°21, Boa Vista, Vila Velha – ES - CEP 29102-920 E-mail spinasse@msn.com e marcos.spinasse@uvv.br Doutorando UFAL – FAU - PPG Arquitetura e Urbanismo - Doutorado Cidades Campus A. C. Simões - Av. Lourival Melo Mota, s/n, Cidade Universitária - Maceió - AL, CEP 57072-900 2. Universidade Vila Velha - UVV. Faculdade de Publicidade e Propaganda Av. Comissário José Dantas de Melo, n°21, Boa Vista, Vila Velha – ES - CEP 29102-920 E-mail nilo.ricas@gmail.com


Acervo Iconográfico das Igrejas Coloniais do Espírito Santo/Brasil

RESUMO Apoiados na pesquisa Arquitetura Memória, coordenada pela Profª Drª. Simone Neiva, realizada pela Universidade Vila Velha (UVV) que busca o levantamento e registro das 12 igrejas coloniais do Espírito Santo, Estado da Região Sudeste do Brasil, experimentamos a adoção de uma metodologia que tem fragmentos dos trabalhos realizados pelo SEBRAE de vários Estados da Federação, sobre a iconografia local, acrescida de algumas pesquisas literárias no campo da representação gráfica de símbolos, no conceito figura-fundo da Gestalt, na teoria da cor e nas técnicas de produção gráfica. A ideia é o desenvolvimento de uma metodologia para identificar, selecionar, preparar os ícones de um espaço (neste caso da arquitetura religiosa colonial do Espírito Santo) para elaborar um conjunto de elemento que comporão a identidade visual (forma, cor e textura) para o desenvolvimento de produtos artesanais e/ou industriais como forma geração de renda. O objetivo principal é de identificar, registrar e catalogar os elementos iconográficos materiais (visuais) que melhor caracterizam as 12 igrejas coloniais que compõem o conjunto histórico do Espírito Santo com a intensão de deixar uma contribuição para a instituição que administra cada igreja como forma de geração de renda por meio da produção e comercialização de produtos identificados com a identidade visual da igreja. O método de análise da iconografia consiste na identificação e seleção dos materiais iconográficos levantados por meio de fotografias em cada uma das 12 igrejas e é estruturada em duas vertentes: Vertente Técnica e Vertente Semântica

Palavras-chave: Espírito Santo, Iconografia, identidade cultural, igrejas coloniais, produto

6º SEMINÁRIO MESTRES E CONSELHEIROS: AGENTES MULTIPLICADORES DO PATRIMÔNIO Belo Horizonte, de 04 a 06 de junho de 2014 ISSN 1983-7518


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Introdução Um olhar mais atento ou treinado pode encontrar nos espaços construídos uma série de elementos que por sua configuração e uso torna aquela edificação única e dotada de uma personalidade visual que muitas vezes passam despercebidos àqueles que passeiam por ali. Muitas vezes elementos iconográficos é que vão auferir a característica de originalidade ao espaço e podem recuperar da memória daqueles que não estão presentes, que o visitaram ou não, sentimentos positivos que construirão o arcabouço da identidade da edificação. A reflexão e descrição da busca destes elementos iconográficos e sua possível reprodutibilidade que se funda este artigo. Apoiados na pesquisa Arquitetura Memória, coordenada pela Profª Drª. Simone Neiva, realizada pela Universidade Vila Velha (UVV) que busca o levantamento e registro das 12 igrejas coloniais do Espírito santo, estado da Região sudeste do Brasil, experimentamos a adoção de uma metodologia que tem fragmentos dos trabalhos realizados pelo SEBRAE de vários Estados da Federação, sobre a iconografia local, acrescida de algumas pesquisas literárias no campo da representação gráfica de símbolos, no conceito figura-fundo da Gestalt, na teoria da cor e nas técnicas de produção gráfica. A ideia é o desenvolvimento de uma metodologia para identificar, selecionar, preparar os ícones de um espaço (neste caso da arquitetura religiosa colonial do Espírito Santo) para elaborar um conjunto de elemento que comporão a identidade visual (forma, cor e textura) para o desenvolvimento de produtos artesanais e/ou industriais como forma geração de renda. O objetivo principal é de identificar, registrar e catalogar os elementos iconográficos materiais (visuais) que melhor caracterizam as 12 igrejas coloniais que compõem o conjunto histórico do Espírito Santo. E a intensão final é a de contribuir para a instituição que administra cada igreja como forma de geração de renda por meio da produção e comercialização de produtos identificados com a iconografia a arquitetura religiosa que estão á frente. O método a ser usado, a priori, será o levantamento iconográfico da dimensão física/material da arquitetura religiosa do Espírito Santo que consiste em fotografar no espaço edificado os elementos que definem e qualificam os limitadores físicos internos e externos, assim como, dos artefatos que constituem o conteúdo das 12 igrejas coloniais que compõem o conjunto 3 6º SEMINÁRIO MESTRES E CONSELHEIROS: AGENTES MULTIPLICADORES DO PATRIMÔNIO Belo Horizonte, de 04 a 06 de junho de 2014 ISSN 1983-7518


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histórico do Espírito Santo para em seguida transformá-los em ícones por meio de sua representação gráfica. Para análise e seleção dos elementos da iconografia identificados em cada uma das igrejas indicadas no projeto de pesquisa serão utilizadas duas vertentes. A saber: Vertente Técnica e Vertente Semântica A Vertente Técnica: Baseia-se na escolha de elementos visuais que suas possíveis sínteses gráficas possuem grande potencial de reprodutibilidade através dos processos de reprodução gráficas, industriais ou artesanais, disponíveis (impresso, digital e gestual). A Vertente Semântica: Focará a identificação e o registro dos elementos com maior potencial de expressarem com maior autenticidade o conjunto de componentes visuais (sinais, artefatos e outras expressões gráficas e pictóricas) próprios, no caso, de cada igreja, de converter-se em ícones percebidos como parte da cultura e de serem entendidos como objetos semióticos e, assim, poder contribuir para o aumento do valor de troca do artefato comercial. Serão utilizadas as imagens, coletadas por meio de fotografias, da fachada, do edifício em perspectiva, dos ícones que melhor representem a arquitetura religiosa em estudo, das diversas cores e texturas gráficas e táteis, encontradas no local.

Agregando valor aos produtos No universo mercadológico hodierno é possível perceber práticas, advindas de estratégias desenvolvidas e experimentadas por um longo período, que visam encontrar os meios mais eficientes e eficazes para auferir ganho econômico na produção e comercialização de bens e serviços. Essa condição, invariavelmente, perpassa quase todas as atividades realizadas pelo ser humano em nossos tempos e o patrimônio histórico cultural não fica fora desta realidade e, desta forma, as atividades ligadas a manter, preservar, valorizar estarão de uma maneira ou de outra, relacionadas aos princípios ditados pelas leis mercadológicas. Além de manter uma reserva material que registra a ação do ser humano ao longo de sua existência, os elementos que persistem as intempéries do tempo estão também no rol dos produtos de mercado. Por exemplo, muitos dos destinos turísticos incluem, ou são, sítios ou edificações históricas de uma localidade, município, estado ou país. Neste cenário, onde o ser humano é bombardeado pela comunicação publicitária constantemente é possível que o ideário mercadológico também permeie a essência das decisões 6º SEMINÁRIO MESTRES E CONSELHEIROS: AGENTES MULTIPLICADORES DO PATRIMÔNIO Belo Horizonte, de 04 a 06 de junho de 2014 ISSN 1983-7518


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que determinam, ou determinarão, o destino do patrimônio histórico. Essa influência pode contribuir de forma positiva ou negativa para o futuro de nosso passado. Longe de fazer uma análise mais aprofundada deste tema focaremos aqui em uma possiblidade de nos apropriarmos de algumas ferramentas e procedimentos que poderão servir como contribuição positiva para o desenvolvimento material de edificações, obras, usos e costumes que são de grande valor para a nossa civilização. Auferir valores simbólicos a produtos é uma estratégia para elevar o valor econômico de um produto e diferenciá-lo com um preço maior de outros que são similares e elaborados com as mesmas matérias primas e meio de produção. Uma das técnicas utilizada é o branding que “trata de problemas de comunicação, visando essencialmente à criação de uma predisposição para valorização positivas. Assim, atribui grande importância para os aspectos simbólicos do design” (BONSIEPE, 2011, pg.59) Como o foco que estudamos aqui é a possibilidade de aplicar em produtos comerciais (artesanais ou industriais) os elementos visuais que aufira ao produto um aumento de seu valor econômico agregado baseado na identidade visual de cada uma das edificações religiosa torna-se importante traçar algumas considerações sobre este tema. Podemos encontrar definições de identidade ligada á várias ramos da ciência; uns entende como aquilo que é relativo à construção da identidade, outros com a preservação/destruição da Identidade, ou como características definidoras, etc. Porém, aqui utilizaremos um conceito que é adotado pelo design de branding: a identidade constitui-se na “soma de todas as características que tornam a marca ou uma empresa inconfundível e singular” (PAULMANN, 2005 apud BONSIEPE, 2011, pg. 21). Neste viés, se entendermos marca ou empresa como elementos da categoria entidade, assim como são as organizações e instituições, poderíamos parafrasear o autor acima afirmando que a identidade constitui-se na soma de todas as características que tornam a ENTIDADE inconfundível e singular, e assim utilizar este mesmo raciocínio para cada uma das igrejas em foco. Para tanto, ainda com relação à identidade, Bonsiepe (2011), afirma que o imaginário (do outro, do público) traz uma referencia mental, um (pré) conceito sobre esta determinada entidade, que pode divergir da autoimagem, isto é, de como cada entidade vê a si própria (realidade). O teórico citado continua dizendo que pode existir um momento em que a imagem (do outro, do público) ou como o outro vê esta determinada entidade se alinhará, ou se alinha, 5 6º SEMINÁRIO MESTRES E CONSELHEIROS: AGENTES MULTIPLICADORES DO PATRIMÔNIO Belo Horizonte, de 04 a 06 de junho de 2014 ISSN 1983-7518


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com a realidade da entidade. Este momento, em caso de percepções positiva, seria o qual o artefato (produto) teria agregado a si um valor maior, gerando, assim, a disponibilidade do outro (o consumidor) a uma predisposição de compra e, também, a para pagar um valor monetário maior. Porém ele (BONSIEPE, 2011) nos alerta a evitar o face-lifting, que seriam apenas correções estéticas na face ou no exterior dos artefatos sem que tenha uma relação simbólica consistente e alinhadas com a realidade que representa. Por esta lógica de Bonsiepe (2011), quando utilizada com a devida racionalidade, a identidade, expressa nos produtos, pode garantir um ticket para sua entrada no mundo globalizado (mercado global) e, também, contribuir para o engrandecimento dos elementos que geraram o valor ao artefato e inclusive, se for um território, do ser humano residente na região de origem. Neste prisma e se ainda considerarmos o conceito de cultura de massa A cultura são todos os bens: todos os equipamentos (casa de culturas, etc.), todas as pessoas (especialistas que trabalham neste tipo de equipamento)., todas as referências teóricas e ideológicas relativas a este funcionamento, enfim, tudo o que contribui para a produção de objetos semióticos (livros, filmes, etc.), difundidos num mercado determinado de circulação monetária ou estatal. Difunde-se cultura exatamente como Coca-Cola, cigarros “de quem não sabe o que quer”, carros ou qualquer coisa. (GUATTARI, ROLNIK, 199, pg. 17)

os elementos da iconografia de cada uma das igrejas em foco poderiam ser percebidos como parte da cultura e entendidos como objetos semióticos e, assim, contribuiriam para o aumento do valor de troca do artefato comercial.

Metodologia Assim como se faz para encontrar uma mina de inestimáveis metais preciosos, o processo de buscar, identificar, selecionar, preparar e utilizar os elementos visuais (sinais, artefatos e outras expressões gráficas e pictóricas) próprios de cada uma das 12 igrejas coloniais do Estado do Espírito Santo requer um método adequado.

Iconografia conceito restrito Antes é necessário esclarecer que conceito de iconografia é adotado ao longo deste trabalho. Na teoria da semiótica de Charles Sander Peirce o ícone seria a relação do signo com o objeto que representa na primeiridade (NETTO, 1989). Isto é, em grosso modo, seria como identificar o que um determinado desenho pode representar sem uma reflexão muito profunda e prolongada. O ícone pode ser considerado um sinal que apresenta relação de semelhança 6º SEMINÁRIO MESTRES E CONSELHEIROS: AGENTES MULTIPLICADORES DO PATRIMÔNIO Belo Horizonte, de 04 a 06 de junho de 2014 ISSN 1983-7518


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com a realidade exterior a ele de forma objetiva. Por exemplo, uma circunferência arrodeada de segmentos de linhas retas onde o centro geométrico da circunferência é o eixo de rotação de cada uma delas (Figura 01), pode representar o sol sem muita ambiguidade.

Figura 01 - Pode se identificar o sol por este desenho sem uma reflexão muito profunda e prolongada.

Por outro lado, ao nos remetermos ao grego antigo e retomarmos a etimologia da palavra ícone chegaremos ao étimo eikon que se refere à imagem e grafia a graphia que seria a utilização de sinais gráficos para exprimir uma ideia expressa pela língua falada. Apropriando-nos da premissa que a grafia é a forma de expressar uma ideia por meio de sinais gráficos, parece ser possível afirmar que a grafia, também, poderia ser utilizada para transmitir mensagens expressas pela linguagem visual. Desta forma, utilizaremos aqui que iconografia seria a representação, feita por meio de sinais gráficos apropriados, para expressar com maior autenticidade o conjunto de elementos visuais (sinais, artefatos e outras expressões gráficas e pictóricas) próprios, no caso, de cada igreja em foco.

Processo geral O processo consiste nas seguintes etapas (1) EXPLORAÇÃO DO ESPAÇO em busca dos seus elementos visuais; (2) CAPTURA FOTOGRÁFICA dos elementos visuais, das cores e texturas; (3) (a) SÍNTESE GRÁFICA do ícone, (b) ESTRUTURAÇÃO DAS CORES na Paleta Cromática. (c) CONVERSÃO DAS TEXTURAS para alto contraste; (4) (a) ESTUDO DE CORES (ícone + paleta cromática), (b) ESTUDO NA TEXTURA (ícone + textura em cor); (5) APLICAÇÃO NO ARTEFATO (Estudos de cores) Cada um dos elementos visuais encontrados no espaço de cada igreja, isto é, na tridimensionalidade euclidiana deve ser capturado e Imobilizado no espaço plano de uma fotografia 7 6º SEMINÁRIO MESTRES E CONSELHEIROS: AGENTES MULTIPLICADORES DO PATRIMÔNIO Belo Horizonte, de 04 a 06 de junho de 2014 ISSN 1983-7518


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(Figura 02 D e B). A partir da fotografia se elabora a síntese gráfica. Primeiramente se define o que é figura e o que fundo de acordo com as leis da Gestalt. Em seguida separa a figura do fundo, utilizando o branco para o fundo e o ponto, a linha e o plano em preto para configurar a figura. O resultado é a síntese gráfica em alto contraste (fundo branco com figura em preto) do ícone (Figura 02 E). Da mesma maneira também se captura e imobiliza em fotografias as cores e as texturas encontradas. As cores são classificadas estruturadas primeiramente em acromáticas e cromáticas. As acromáticas são classificas em cinza escuro, cinza médio e cinza claro e as cromáticas em pares de análogas a partir de um sistema triádico de matizes cromáticas. Já as texturas são convertidas em alto contraste (fundo branco e figura em preto). Os ícones representados pelas sínteses gráficas (fundo branco com figura em preto) são sujeitos a um estudo de cor. As cores estruturadas serão aplicadas nas sínteses gráficas dos ícones, onde no fundo, além do branco, será experimentado o preto, os três cinzas e as seis cores em composição com a figura em preto, branco, três cinzas e seis cores gerando 110 possibilidades de composição dicromática (Figura 02 A).

Figura 02 – (A) ESTUDO DE CORES (ícone + paleta cromática); (B, C e D) EXPLORAÇÃO DO ESPAÇO em busca dos seus elementos visuais e a CAPTURA FOTOGRÁFICA dos elementos visuais, das cores e texturas; (F) SÍNTESE GRÁFICA do ícone em Preto (figura) e branco (fundo); (Fe G) Amostra de ícones prontos aplicação nos produtos.

As texturas convertidas em alto contraste (fundo branco e figura em preto) serão coloridas utilizando a paleta cromática substituindo o preto da figura por cada uma das cores. O resultado destas texturas acromática (textura em preto, cinza escuro, cinza médio e cinza claro) 6º SEMINÁRIO MESTRES E CONSELHEIROS: AGENTES MULTIPLICADORES DO PATRIMÔNIO Belo Horizonte, de 04 a 06 de junho de 2014 ISSN 1983-7518


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e cromática (textura em seis tons de cores) serão utilizados como fundo para o ícone em cor da mesma forma que foi feito no Estudo de Cores gerando infinitas possibilidades de composição ícone/fundo com textura. A próxima etapa é um estudo da aplicação dos ícones dicromático e a textura em produtos artesanais ou industriais disponíveis (Figura 03).

Figura 03 – Amostra de ícones prontos aplicação nos produtos (A) Caneca e (B) Camiseta.

Nesta pesquisa devido à exiguidade do tempo e o atual estágio da pesquisa não será apresentada o estudo do ícone com fundo em textura em cor e o produto desenvolvido até o momento para cada igreja consiste em: (1) 05 fotos dos elementos visuais originais e 01 foto da fachada principal; (2) 05 ícones e 01 fachada em síntese gráfica (alto contraste em preto e branco); (3) 03 fotos das cores originais de composição em 15 cores, seno 05 cores para cada foto; (4) Estudo cromático de 03 ícones com 110 possibilidades dicromática para cada ícone; (5) 03 fotos das texturas originais; (6) Conversão das 03 texturas para alto contraste (preto e branco); (7) Aplicação de ícones (diacronia) em 05 artefatos (a) Camiseta, (b) Bolsa (tipo porta níquel), (c) Caneca, (d) Bloco de notas (Capa e folha) e (e) Chaveiro (frente e verso)

Processo específico Faz-se necessário a explanação de algum procedimento e conceituações específicas

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(1) EXPLORAÇÃO DO ESPAÇO em busca dos seus elementos visuais; Visitar a igreja com postura de pesquisador na intensão de encontrar, por meio da percepção treinada, elementos visuais que apresente potencial para se tornarem ícones com condições de serem duplicados em série de forma semelhante ao original em nos diversos sistemas de reprodução gráficas disponíveis, assim como, de auferir aos produtos, que os receberão como suporte, um alto valor agregado, (2) CAPTURA FOTOGRÁFICA dos elementos visuais, das cores e texturas; Fotografar todos os potenciais ícones Critério de escolha Uma equipe técnica científica ad hoc por meio da inferência abdutiva, que consiste em estabelecer uma conclusão a partir das premissas perceptivas que “devem ter forma para serem vistas, mas devem fazer sentido para serem entendidas e usadas” (Krippendorf, 1989 apud VIANNA, 2012, pg.18) consultam e deliberam sobre quais elementos teriam mais potencial em ser torna um ícone. Escolhem entre os elementos coletados aqueles com maior potencial de reprodutibilidade nos meios de reprodução gráficas disponíveis e que, depois de devidamente convertidos em matrizes gráficas, tenham a capacidade de minimizar a divergência entre realidade formal da igreja e Imagem percebida de seu público e, também, de gerar uma percepção positiva e um valor simbólico apreciado. (3) (a) SÍNTESE GRÁFICA do ícone, Com foi dito anteriormente para elaborar a síntese gráfica do elemento visual a fim de torná-lo um ícone iniciou-se utilizando um dos conceitos básicos da Teoria da Gestalt da figura e do fundo e a intenção de deixar explícito o contraste entre ambos, A Gestalt utiliza algumas leis que regem a percepção humana das formas. Estas leis agem em concordância com o comportamento natural do cérebro no processo de percepção e procuram organizar as totalidades. O princípio da Figura e Fundo, utilizado nesta pesquisa, constitui-se em um conceito fundamental na Psicologia da Gestalt. Ela afirma que o mundo de cada indivíduo é composto de figuras e fundos. As figuras são definidas por estar em destaque num determinado momento e o fundo é o que fica em segundo plano. Segundo Ginger (1995, p.38), “não se pode distinguir 6º SEMINÁRIO MESTRES E CONSELHEIROS: AGENTES MULTIPLICADORES DO PATRIMÔNIO Belo Horizonte, de 04 a 06 de junho de 2014 ISSN 1983-7518


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uma figura sem um fundo: a Gestalt se interessa por ambos, mas, sobretudo, por sua inter-relação”.

Figura 04 - Fonte: BARKI, p.19. Na imagem se os dois rostos que se olham é a figura o resto da imagem (em branco será o fundo), porém se considerarmos o “cálice ou o Jarro” em branco como figura, o fundo será a área em preto.

Vernon (1974, pg. 19) afirma que “o ambiente completamente homogêneo não pode ser percebido; parece vago, indefinido, sem localização no espaço. A percepção só ocorre na medida em que surge alguma forma ou padrão, e na medida em que são discriminados em virtude do contorno que os separa de seu fundo. Essa é a experiência conhecida como figura-fundo, fundamental para toda percepção.”

A configuração do ícone por meio de uma síntese gráfica se deu pela separação da figura do fundo, utilizando o branco para o fundo e o ponto, a linha e o plano em preto para configurar a figura. O resultado é a síntese gráfica em alto contraste (fundo branco com figura em preto) do ícone. O motivo de optar-se pela figura-fundo e a elaboração da síntese gráfica utilizando o alto contraste (preto e branco) tem como motivação a tentativa de auferir ao ícone as características próprias das matrizes de reprodução gráficas adotadas nos diversos sistemas disponíveis na atualidade. Desta forma, temos que conhecer os elementos gráficos que irão configurar a imagem figura-fundo, para Frutiger (1999) o ponto no sentindo gráfico é uma superfície material, visível ao olho humano. É a menor unidade gráfica e, por assim dizer, o “átomo” de toda expressão pictórica que em determinadas fases, o olho humano Irá observar esses elementos de formas diferentes, pois se colocarmos pontos em linha reta com intervalos constantes nosso olho irá

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traçar um linha que no primeiro momento irá representar as distancias mais curtas entre dois pontos e no segundo momento ele é capaz de imaginar as interseções. A linha em si, é concebida como uma reta, onde essa reta é a justaposição de pontos que irá induzir nosso olho, fazendo com que haja uma complementação transformando esses pontos em uma linha reta. A partir desses elementos temos a formação das imagens figura-fundo, onde toda a percepção se da por meio da visão, que contrasta o desenho com a base, em meio a isso temos os grupos de contraste branco e preto, que para Frutiger (1999) é o contraste bidimensional que simboliza a oposição entre o escuro e o claro, tendo uma linha divisória que irá transparecer o contorno extremamente nítido criando uma forma absoluta. Já o contraste de cor sé da pela “oposição máxima entre o fundo e o sinal obtida por meio do uso de cores complementares (por exemplo, um sinal vermelho sobre um fundo verde)” (FRUTIGER, 1999, p.76.), podemos chegar a um contrate mínimo, desde que a imagem e o fundo tenham a mesma escala de cor. Para os meios tons Frutiger (1999, p.76) fala que “os meios-tons são produzidos por retícula, ou seja, vários pontos alinhados que simulam aos olhos uma superfície acinzentada” permitindo a reprodução figura-fundo com todas as nuances de modelagem e dos efeitos de profundidade. Com base no que foi dito, Adrian Frutiger (1999) está presente nesta pesquisa de iconografia das igrejas, onde os elementos que foram selecionados sejam eles da vertente semântica ou da vertente técnica vão formar a nossa figura-fundo, onde figura é todo o elemento de representação gráfica que terá presente pontos, linhas e plano, que por meio de contrastes irão se diferenciar do fundo, que para essa pesquisa será todo o entorno da figura, onde não teremos presentes elementos gráficos, como pontos, linhas e planos. (3) (b) ESTRUTURAÇÃO DAS CORES na Paleta Cromática. (c) CONVERSÃO DAS TEXTURAS para alto contraste; (4) (a) ESTUDO DE CORES (ícone + paleta cromática), (b) ESTUDO NA TEXTURA (ícone + textura em cor); De acordo com Davidoff (2001), os olhos e o cérebro fazem um trabalho em conjunto para obter informações sobre os objetos percebidos, através dos dados sensoriais. Os neurônios da retina são os responsáveis em enviar informações sobre forma, detalhe, contorno (limites), cor e movimento.

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As informações visuais são processadas em diferentes regiões corticais, onde um mesmo objeto vai ser analisado e reanalisado por diferentes partes do cérebro nos seus mais diferentes aspectos. Davidoff afirma que cada célula do sistema visual tem um campo receptivo, uma parte da retina associada com a célula. A célula reage quando esta região da retina é estimulada... quanto maior o campo receptivo das células cerebrais, mais fácil torna-se reconhecer um objeto que tenha mudado de localização. (2001, pg. 164)

Da mesma forma que se percebe objetos, as cores também são percebidas pelos seres humanos através dos mecanismos biológicos inatos para a percepção de cores (DAVIDOFF, 2001). A teoria tricromática da percepção de cores, experimentada por George Wald, afirma que a retina contém três tipos diferentes de cones, que são sensíveis a diferentes faixas de cores: uma azul-violeta, outra aos tons de verde e a terceira a faixa amarelo-vermelho. Com gênese no sistema perceptivo que compõe cores a partir de mistura de outras foi possível traçar as premissas de alguns sistemas de reprodução cromática. Desta forma, o espectro cromático que sensibiliza o sistema óptico humano, a princípio, pode ser reproduzido parcialmente por meio da emissão da luz (sistema aditivo) RGB ou por meio do da reflexão/absorção da luz sobre uma determinada superfície (sistema subtrativo) conhecido como “Process Color” (CMYK ou quadricromia). Outro sistema reflexivo é o de “Cores Spot” da empresa Pantone®. O sistema aditivo compõe estímulo cromático por meio da emissão e combinação de variados níveis das luzes vermelha (Red), verde (Green) e azul (Blue) que é chamado de RGB (Cores luzes). Neste sistema, a composição das variações dos níveis de intensidade (0 a 255 tons) das luzes R, G e B reproduzem milhões de cores. Já o sistema subtrativo cria cores através de superfícies refletoras por meio da combinação um conjunto de pontos de tamanhos variados (retícula segundo Frutiger,1999) nas cores C cian (azul), M - magenta (rosa avermelhado) e Y - yellow (amarelo); um padrão acromático (“cor” preta – K - blacK) e adicionado a esta tricomia para realçar a eficiência da superfície refletora. Este sistema é conhecido pelas iniciais CMYK e também é nomeado no meio gráfico como “Process Color”. No sistema CMYK a cores são resultado da mistura da luz refletida pelas retículas da quadricromia (CMYK) e ocorre no sistema ocular do ser humano que as veem. Neste sistema, a composição das variações do percentual (0 a 100%) de cobertura da superfície branca (geralmente papel) por retículas de cada uma das cores (CMYK) reproduzem, também, milhões de cores. 13 6º SEMINÁRIO MESTRES E CONSELHEIROS: AGENTES MULTIPLICADORES DO PATRIMÔNIO Belo Horizonte, de 04 a 06 de junho de 2014 ISSN 1983-7518


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No outro sistema reflexivo, “Cores Spot” da empresa Pantone®, cada cor sobre a superfície se dá pela mistura física/mecânica das tintas que são compostas por uma combinação de percentuais ou frações das 14 cores básicas que integram seu sistema. O resultado é uma paleta de cores que identifica cada uma por um número único. Para escolher as cores capturadas nas igrejas foi adotado como partida o sistema RGB, o circulo cromático ou espectro da cor (Matiz, Análoga e Complementar) e a variação da intensidade luz (claro e escuro) geradoras dos tons e da saturação. Por questões de limitações quantitativas foram escolhidas três fotos cada qual com padrões diferentes de cores. Através do software Adobe Kuler ® (ADOBE, 2014) cada foi processada e decomposta em cinco cores predominantes o que gerou um conjunto de 15 cores. Estas cores foram divididas em duas categorias acromáticas e cromáticas. Acromática que é quando a intensidade das luzes R, G e B são próximas, isto é, quando o R, o G e o B possuem numerações com valores parecidos, sendo o cinza escuro (RGB entre 1 a 85), o cinza médio (RGD de 86 a 170) e o cinza claro (RGB de 171 a 254). O branco (RGB igual a 0) e Preto (RGB igual a 255). Cromática consiste em escolher três pares de análogas. Sendo análogas as cores com que são compostas por duas luzes com intensidades com valores próximos e a terceira com intensidade com valor oposto as duas primeiras. Por exemplo, uma cor composta por R e G em torno de 50 e B em torno de 200 fazendo par com outra cor composta por R e G em torno de 100 e B em torno de 230. Sendo assim chegamos a uma paleta cromática composta por 11 tons, sendo (1) Acromáticas: (a)Branco, (b)Cinza Claro, (c)Cinza Médio, (d)Cinza Escuro, (e)Preto, e (2) Cromáticas: (a)Análoga 1A, (b)Análoga 1B, (c)Análoga 2C, (d)Análoga 2D, (e)Análoga 3E, (f)Análoga 3F. Esta Paleta Cromática propicia 110 combinações dicromáticas de figura fundo para o Estudo Cromático de cada um dos ícones. Esta paleta cromática pode ser ampliada se suas cores também colorirem cada uma das três texturas que poderão ser utilizada para configurar o fundo de cada um dos ícones. Os resultas encontrados em cores em RGB, que reproduz as cores por meio da luz, podem ser relacionada, através da comparação visual, com as cores similares utilizadas por outros sistemas de reprodução gráfica tornando possível a reprodução, com autenticidade de cor,

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tanto no sistema CMYK quanto em Cor Spot ou mesmo em outros sistemas reprodutivos como serigrafia, tintas diversas para pinturas, película para recorte, bordados e etc. Outro ponto importante é que, apesar da geração de 110 possibilidades de combinações de cores e sua possível ampliação com a adoção das texturas como fundo dos ícones, as composições serão sempre dicromáticas sem meios tons reticulados, fato que possibilita uma reprodução de baixa complexidade em todos os meios de reprodução gráfica existentes. (5) APLICAÇÃO NO ARTEFATO (Estudos de cores) Este processo resulta em matrizes dicromáticas que propiciam uma infinidade de possibilidades de aplicações impressas sobre diversos produtos artesanais e/ou industriais que lhe dará um caráter original, exclusivo e que expressara a identidade visual da igreja donde foi originado. As propostas de aplicação dos ícones em produtos serão exemplificadas em 05 artefatos (a) Camiseta, (b) Bolsa (tipo porta níquel), (c) Caneca, (d) Bloco de notas (Capa e folha) e (e) Chaveiro (frente e verso). Vale ressaltar que estes produto não representam a totalidade da infinidade de possibilidades aplicativas que podem originar da criatividade humana (Figura 3 e 4)

Conclusão Pela presente pesquisa, que confirma e amplia estudos iconográficos e suas diversas possibilidades de usos, verificou-se uma sistematização metodológica da exploração sadia do legado histórico cultural sem que se degrade o patrimônio e que, pelo contrário, pode contribuir com uma perspectiva de geração de trabalho e renda para a conservação, reconhecimento e valorização dos fragmentos da presença do ser humano nesta dimensão material para esta e as gerações que virão. A elaboração e experimentação do processo que consiste nas seguintes etapas de EXPLORAÇÃO DO ESPAÇO em busca dos seus elementos visuais; da CAPTURA FOTOGRÁFICA dos elementos visuais, das cores e texturas; da SÍNTESE GRÁFICA do ícone e da ESTRUTURAÇÃO DAS CORES na Paleta Cromática; da CONVERSÃO DAS TEXTURAS para alto contraste; do ESTUDO DE CORES (ícone + paleta cromática) e do ESTUDO NA TEXTURA (ícone + textura em cor) e, por fim, da APLICAÇÃO NO ARTEFATO (Estudos de cores), nos parece ser a contribuição valiosa que se deixa de herança para os diversos agentes multiplicadores do patrimônio.

15 6º SEMINÁRIO MESTRES E CONSELHEIROS: AGENTES MULTIPLICADORES DO PATRIMÔNIO Belo Horizonte, de 04 a 06 de junho de 2014 ISSN 1983-7518


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O aprendizado com esta pesquisas nos apresenta como produto uma forma de lidar com os desafios da educação especialmente ligados com o planejamento e desenvolvimento patrimonial que utiliza o patrimônio, sem degradá-lo, contribuindo para sua auto sustentabilidade. Donde se conclui que é possível o desenvolvimento e uso de uma metodologia para identificar, selecionar, preparar os ícones de um espaço para elaborar um conjunto de elemento que comporão a identidade visual (forma, cor e textura) para o desenvolvimento de produtos artesanais e/ou industriais como forma geração de renda.

Referências Bibliográficas BARKI, José. Introdução ao Estudo da Forma Arquitetônica. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Departamento de Análise e Representação da forma. Disponível em <http://www.fau.ufrj.br/apostilas/aforma>. Acesso em 28 jan. 2008. BONSIEPE, Gui. Design, Cultura e Sociedade. São Paulo: Blucher, 2011. DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. 3 ed. Tradução de Lenke Perez. São Paulo: Makron Books, 2001. GINGER, Serge e Anne. Gestalt: Uma Terapia do Contato. Tradução de Sonia de Souza Rangel. 3 ed. São Paulo: Summus, 1995. FRUTIGER, Adrian. Sinais e Símbolos: desenho, projeto e significado. Tradução Karina Jannini. São Paulo: Martins Fontes, 1999. GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: Cartografias do Desejo. Petrópolis: Vozes, 1999. NETTO, J. Teixeira Coelho. Semiótica, informação e comunicação. São Paulo: Perspectiva, 1989. VERNON, Magdalen Dorothea. Percepção e Experiência. São Paulo: Perspectiva, 1974.

6º SEMINÁRIO MESTRES E CONSELHEIROS: AGENTES MULTIPLICADORES DO PATRIMÔNIO Belo Horizonte, de 04 a 06 de junho de 2014 ISSN 1983-7518


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VIANNA, Maurício [et al.]. Design thinking : inovação em negócios, Rio de Janeiro : MJV Press, 2012. 162p. ADODE Systems Incorporated, 2014. Disponível em <https://kuler.adobe.com/create/color-wheel/> acesso em 09/05/2014

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