Manual de orientação para elaboração da webaula 2

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MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO



Este manual orientará o autor quanto ao processo de produção do livro didático em suas etapas de planejamento, produção textual e revisão de acordo com o modelo acadêmico KLS.

Kroton Educacional Curadoria de Conteúdos Acadêmicos.


MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA A PRODUÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO

A publicação deste manual tem como objetivo oferecer a você as orientações que facilitem, ao máximo, a sua vida como autor do livro didático (LD) impresso da Kroton Educacional. Nossa intenção com esse manual é a de sistematizar e enriquecer as experiências que já construímos na tarefa de produzir livros didáticos para os nossos alunos. Desejamos acompanhá-lo na sua produção textual atendendo as suas necessidades como autor e consolidando a qualidade científica e atualidade dos conteúdos segundo as exigências do mercado de trabalho e desenvolvimento de competências e habilidades. Por estes motivos, introduzimos nesse manual as orientações técnicas, pedagógicas e metodológicas que envolvem a produção textual do LD, apresentando:

• as características do ensino e aprendizagem por competências e habilidades; • os recursos de linguagem para construir um texto instrucional dialógico; • as orientações técnicas, pedagógicas e metodológicas para a construção das unidades de ensino (UE) e suas seções de autoestudo (SA); • os elementos gráficos formais e suas funções pedagógicas.

Organizamos a sua estrutura em quatro UE e SA autossuficientes e sequencialmente dispostas conforme um passo a passo a ser seguido em sua rotina de produção textual. Na figura 1 expomos as unidades de ensino deste manual.


Figura 1 | UE deste manual

Unidade de ensino 1: livro didático

Unidade de ensino 2: planejamento

Unidade de ensino 3: pré-texto

Unidade de ensino 4: texto das UE

Fonte: Os autores (2014)

Na UE 1 apresentaremos o conceito do LD, sua organização estrutural e pedagógica, os recursos da linguagem dialógica e a metodologia de ensino (ME). Na UE 2 focaremos a elaboração do plano de ensino da disciplina (PE), do mapa conceitual (MC) e infográfico de conteúdos (IC). Na UE 3 detalharemos os elementos pré-textuais que apontam ao aluno todas as informações necessárias para iniciar o autoestudo. Na sequência, na UE 4 orientaremos a construção da parte textual e seus componentes. Por último, exporemos no Apêndice os formulários padronizados dos gabaritos das atividades avaliativas e outras informações relevantes para o seu trabalho. Abra-o. Leia-o sem pressa. Reflita sobre aquilo que leu. Dedique-se para colocar em prática o que ele ensina. Sinta-se convidado a fazer parte dessa missão e desenvolva ótimas construções. Se precisar de nós, estaremos sempre por aqui! Desejamos boa leitura!

Equipe de Curadoria de Conteúdos Acadêmicos


OTIMIZE O SEU ESTUDO! Caro autor! A rotina de estudos é algo que sempre está presente em nossas atividades acadêmicas. Seja como aprendente ou como professor, o hábito diário de estudo faz toda a diferença em nossa formação e atualização. Ela reforça a dedicação necessária para alcançar uma prática educativa de excelência. Mas também, ela nos exige vontade e disciplina. Itens indispensáveis para que haja aprendizagem. Muito mais complexo do que criar uma rotina é a tarefa de internalizá-la para que ela faça parte do seu dia a dia. Pensando em ajudá-lo nesse sentido, indicamos algumas dicas que podem ser úteis a você no estudo desse manual. Temos a certeza de que ao utilizálas você aproveitará com maior eficácia o conjunto de orientações na produção textual do livro didático.

1. Vontade Tenha vontade de estudar, considerando as orientações desse manual úteis para desenvolver com eficiência o seu trabalho. 2. Horário Visualize em sua rotina de estudos um tempo específico. Aconselhamos também que você organize seus horários, conforme as tarefas que tem que realizar no dia. 3. Persistência Persistir na rotina é parte do seu compromisso com o estudo. Nunca deixe para mais tarde, pois esse pode ser um tempo que você pode não tê-lo. 4. Conceda a si pequenos prazeres Conceda a si pequenas pausas planejadas em seu estudo. Só não esqueça de voltar aos estudos.


5. Pergunte Se você tiver dúvidas, anote-as e peça apoio aos colegas e equipes responsáveis. 6. Leia o material complementar Ele ajudará você a aprofundar seus conhecimentos e ir além, ampliando os assuntos discutidos. 7. Mantenha o foco Esta é uma dica importante que o ajudará a otimizar o seu estudo e a não se perder entre tantas demandas. Para tornar mais dinâmica a compreensão dos assuntos e o nosso diálogo, você será acompanhado por ícones que estarão dispostos na coluna de indexação das páginas. Conheça-os abaixo. Tabela 1 | Ícones pedagógicos usados neste manual ÍCONES Expor os desenhos produzidos

FUNÇÃO PEDAGÓGICA

Faça você mesmo!

Propõe uma atividade relacionada aos conteúdos abordados.

Reflita

Momento de pausa no texto para pensar e raciocinar sobre o conteúdo trabalhado.

Atenção

Indica elementos relevantes no texto, destacando um conceito ou uma ideia de muita relevância sobre o tema em estudo.

Vocabulário

Explica o sentido de palavras/termos técnicos utilizados.

Pesquise mais!

Indica leitura complementar.

Lembre-se

Remete o aluno a assuntos já tratados e sua fonte de busca.

Imagine

Convite à imaginação para ampliar assuntos e pensar em outras situações.

Assimile

Convida para assimilar os conteúdos sistematizados, destacando partes interessantes do texto.

Saiba mais

Acrescenta informações importantes ao assunto.

Agora, é com você!


Lista de siglas CHA: Conceito, habilidade e atitude CG: Competência geral CTec: Competência técnica IC: Infográfico dos conteúdos KLS: Kroton Learning System LD: Livro didático MC: Mapa conceitual ME: Metodologia de ensino PE: Plano de ensino SA: Seção de autoestudo SP: Situação-problema SR: Situação próxima à realidade profissional UE: Unidade de Ensino


SUMÁRIO SUMÁRIO UNIDADE DE ENSINO 1. Livro didático

13

Convite ao estudo

14

1.1 O livro didático: um parceiro na aprendizagem do aluno

17

1.2 Texto instrucional e linguagem dialógica

23

1.3 Metodologia de ensino no livro didático

29

Autoavalie-se

37

Gostou do tema? Dê mais alguns passos.

39

Referências

40

UNIDADE DE ENSINO 2. É preciso planejar!

43

Convite ao estudo

44

2.1 Plano de ensino da disciplina

45

2.2 Mapa conceitual da disciplina

47

2.3 Infográfico de conteúdos

59

Autoavalie-se

63

Gostou do tema? Dê mais alguns passos.

65

Referências

66

UNIDADE DE ENSINO 3. Pré-texto

69

Convite ao estudo

70

3.1 Palavras do autor

72

3.2 Otimize o seu estudo

73

3.2 Sumário

74

3.3 Títulos

75

Autoavalie-se

77

Gostou do tema? Dê mais alguns passos.

79

Referências

80


UNIDADE DE ENSINO 4. Texto das UE

83

Convite ao estudo

84

4.1 Convite ao estudo

86

4.2 Seção de autoestudo

92

4.2.1 Diálogo aberto

96

4.2.2 Não pode faltar!

99

4.2.3 Sem medo de errar!

101

4.2.4 Avançando na prática

102

4.2.5 Autovalie-se!

104

4.2.6 Faça valer a pena!

104

4.3 Produção textual dos elementos finais da UE

105

4.3.1 Gostou do tema? Dê mais alguns passos.

106

4.3.2 Fiz, aprendi!

107

4.3.3 Referências

108

APÊNDICE

115


MAPA CONCEITUAL DOS CONTEÚDOS DAS UE Todo estudo precisa de uma pauta criteriosa e organizada. Por isso, apresentamos na figura 2 o MC dos assuntos a serem estudados nesse manual. Leia-o atentamente. Figura 2 | Mapa conceitual deste manual

conceito

segundo

pautado

segue

pautada

adota

pilares

estabelece

de

visando a

elaborado em

IC

composto

manual

composto composto

formada

Fonte: Os autores (2014)

O mapa acima permite a você a visualização das informações a serem estudadas para que se sinta instrumentalizado na sua produção textual.



UNIDADE 1 LIVRO DIDÁTICO

Nesta UE você conhecerá a organização técnica, pedagógica e metodológica do LD. Este é um material educacional que organiza os conteúdos de ensino da disciplina e pressupõe uma linguagem instrucional dialógica em estilo de uma conversa didática guiada.


CONVITE AO ESTUDO

Nesta unidade apresentaremos a organização técnica, pedagógica e metodológica do LD. Como um material educacional, o LD organiza os conteúdos de ensino da disciplina utilizando uma linguagem instrucional dialógica na qual o autor desenvolve, junto ao aluno, uma conversa didática guiada. As características expressas pelos termos “educacional”, “dialógica” e “instrucional” já nos indica a complexidade da tarefa a ser realizada por você. O que esperamos de você como autor desse material? Desejamos que produza um material educacional de qualidade, exercendo um trabalho rigoroso e compartilhado com uma equipe de produção e revisão. Por isso, seu trabalho terá momentos individuais e outros compartilhados com os revisores. Mapeamos os assuntos abordados na UE 1, conforme indica a figura abaixo. Figura 3 | MC da UE 1

é

utilizado

direcionado

estilo

segue

Fonte: Os autores (2014)

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Manual do Livro didático

estapas

direcionado

características


Com base nesse mapeamento conceitual, mostramos na figura 4 a competência que esperamos que desenvolva e os objetivos específicos de aprendizagem a serem alcançados no estudo dessa UE.

Figura 3 | Competências e objetivos específicos de aprendizagem da ue 1

Competência a ser desenvolvida

Conhecer a organização técnica, pedagógica e metodológica do LD.

Objetivo 1: compreender o conceito de livro didático e visualizar em uma tabela a sua organização técnica do LD. Objetivo 2: entender a linguagem instrucional dialógica como parte de sua estratégia didática de produção textual. Objetivo 3: identificar a ME presente na estrutura das unidades de ensino e seções de autoestudo.

Fonte: Os autores (2014)

A partir da leitura da figura 4, certamente você conseguiu situar-se no percurso de autoestudo dessa UE. Consideramos apropriado mostrar como organizamos tecnicamente a divisão de cada UE e SA. Nossa intenção é aproximá-lo durante o autoestudo na própria organização estrutural do LD a ser disponibilizado ao aluno. As UE agrupam didaticamente os elementos apresentados na figura 5.

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Figura 5 | Elementos das UE deste manual

UE

Convite ao estudo SA Gostou do tema? Dê mais alguns passos. Autoavalie-se! Referências

Fonte: Os autores (2014)

Esses elementos estarão presentes em todas as UE desse manual. Nos tópicos das SA alcançaremos os objetivos específicos de aprendizagem, expostos na figura 6.

Figura 6 | Tópicos das SA

SA

Diálogo aberto: para introduzir o estudo. Não pode faltar!: para teorizar e exemplificar o assunto. Avançando na prática: para mostrar procedimentos práticos. Autoavalie-se!: para avaliar a aprendizagem.

Fonte: Os autores (2014)

Acreditamos que ao conhecer a forma de organização você otimizará o ritmo de leitura e a compreensão dos assuntos. Na primeira SA, a seguir, aprenderemos o conceito do LD no contexto do modelo de ensino por competências e habilidades.

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1.1 | O livro didático como um material educacional

→ Diálogo aberto Nessa SA nosso objetivo é mostrar a você o conceito de LD e visualizar em uma tabela a sua organização técnica. Você deve estar se perguntando: - Qual a necessidade do livro didático impresso em um mundo tão virtualizado? Muitas respostas e opiniões são possíveis para esse questionamento. Na visão institucional da Kroton Educacional, o LD impresso é um material educacional fundamental para o acadêmico, pois ele está envolvido em todas as práticas de ensino. A sua disponibilização estimula a preparação e o autoestudo do aluno, contribuindo eficientemente na sua aprendizagem e qualidade do processo de ensino e aprendizagem. Saiba que o livro é um recurso pedagógico imprescindível a ser usado sistematicamente para contextualizar, teorizar, exemplificar, transferir e avaliar.

→ Não pode faltar! Como já afirmamos na abertura do nosso diálogo, o LD é um material educacional a ser usado eficientemente como um recurso pedagógico que agrega qualidade ao processo de ensino e aprendizagem. Fernandez (2009, p. 395) nos ensina que o material educacional é “recurso pedagógico” com finalidade essencialmente didática que conta como suporte de comunicação o papel. Além disso, afirma que todo material educacional possui “uma configuração – em termos de forma e conteúdo – que se ajusta à concepção pedagógica que lhe deu origem”. Portanto, o LD é um recurso Manual do Livro didático

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fundamentado em uma abordagem metodológica que facilita o autoestudo utilizando uma linguagem dialógica instrucional, e fundamenta-se em uma ME. Você deve compreender que o LD: • medeia os conteúdos de aprendizagem contextualizados por situações próximas à realidade profissional (SR); • faz o uso de casos e exemplos do contexto profissional; • utiliza os recursos de linguagem dialógica instrucional para estimular o autoestudo; • contribui para a formação da autonomia intelectual e estimula a pesquisa.

Lembre-se É preciso uma completa sinergia entre os materiais educacionais! Ao escrever o LD tenha em mãos os manuais: de elaboração do Plano de ensino. de orientações para a utilização das imagens. de orientações para a produção da aula modelo. para elaboração e revisão de questões para a avaliação. de orientações para a produção da webaula. de Objetos de aprendizagem.

O LD seguirá um estilo de produção textual dialógica instrucional por meio do qual você estabelecerá com o aluno uma conversa didática guiada.

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→ Avançando na prática

Estruturalmente, o LD divide-se em três partes, conforme a figura 7.

Figura 3 | Competências e objetivos específicos de aprendizagem da ue 1

• • • •

Palavras do autor Otimize seu Estudo Infográfico dos Conteúdos Sumário

• 16 seções de autoestudo divididas igualmente em quatro unidades de ensino.

• Apêndice com os formulários das atividades avaliativas e outras orientações relevantes.

Fonte: Os autores (2014)

Na figura 8, temos o detalhamento desses elementos e a quantidade de páginas planejadas para cada um deles.

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Figura 8 | Estrutura detalhada do LD

Fonte: Os autores (2014)

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No apêndice A deste manual disponibilizamos as orientações sobre a elaboração das páginas de texto. Os elementos pré-textuais serão abordados na UE 3 desse manual. Já o desenvolvimento da parte textual, composta pelas UE, será detalhada na UE 4. Os gabaritos e outras informações relevantes serão disponibilizados no Apêndice deste manual. Para que visualize a estrutura técnica em sua totalidade, apresentamos a tabela 1 abaixo. Ela é um instrumento resumido que facilitará o seu autoestudo. Recomendamos que disponha dela com frequência durante a leitura desse manual.

Tabela 2 | Estrutura técnica do LD

Título do Livro

PRÉ-TEXTO

Palavras do autor

Introdução ao autoestudo

Otimize o estudo

Orienta o autoestudo

Infográfico dos Conteúdos

Mapa Conceitual da Disciplina direcionado ao aluno

1° Título da Unidade de ensino 1° Indicar as competências gerais e técnicas.

Unidades de ensino

TEXTO

2° Expor os objetivos específicos de aprendizagem da unidade. 2° Convite ao estudo = contextualização

→ passos 1 e 2 sistematizados em um quadro esquemático. 3° Descrever o ponto de partida do aprendizado dirigido por meio da situação da realidade profissional. 4° Criar conflito cognitivo no aluno a partir de questões para reflexão. 5° Apresentar o Infográfico dos conteúdos da unidade.

3° Seção de autoestudo

Ver a estrutura abaixo. 1° Planejar o total de 14 questões objetivas estilo Enade conforme Manual de Elaboração de Questões.

4° Avaliação da Unidade por meio da realização de um simulado

2° Planejar três questões discursivas em formato de situação-problema ou estudo de caso conforme Manual de Elaboração de Questões. → As questões devem indicar o nível de domínio das competências técnicas desenvolvidas na unidade.

Fonte: Os autores (2014)

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Unidades de ensino

Mensagem ao aluno indicando estudo complementar 5° Gostou do tema? Dê mais alguns passos.

6° Referências Finais da Unidade

bibliografia comentada;

materiais da Biblioteca Digital;

artigos etc.

1° Indicar as referências utilizadas na unidade mantendo coerência entre as referências (básica e complementar) previstas no Plano de Ensino.

Título da seção de autoestudo 1° Articular os novos conteúdos aos conteúdos já desenvolvidos, especificamente para as seções 2, 3 e 4. Diálogo aberto Introdução da seção a partir do processo de problematização da SR

2° Problematizar a SR tornando-a uma SP que demande o desenvolvimento de um conjunto de competências técnicas para resolvê-la. 3° Apresentar a partir da SP as competências técnicas específicas da seção tendo em vista a resolução da SP. 4° Identificar e analisar os problemas que a SP apresenta para agir competentemente.

TEXTO

5° Expor o(s) procedimento(s) de atuação pertinente(s) à SP da seção.

Seção de autoestudo

Não pode faltar! Teorização e Exemplificação a partir da sistematização dos conteúdos

1° Teorizar e exemplificar os conteúdos alternando essas tarefas por meio de atividades de aprendizagem de caráter conceitual. → atividades resolvidas pelo autor. → atividades a serem realizadas pelo aluno para que utilize os mesmos procedimentos usados na atividade resolvida pelo autor.

Sem medo de errar!

1° Aplicar os conteúdos na resolução da SP proposta na Aplicação dos seção (realizado pelo autor). procedimentos de atuação convenientes à SP Avançando na prática Transferência dos procedimentos aprendidos para novas SR Autoavalie-se! Autoavaliação de compreensão dos conteúdos

1° Propor ao aluno outras atividades com novas situações da realidade profissional relacionadas às competências técnicas previstas na seção para que ele generalize os procedimentos aprendidos. Check list direcionado ao aluno em forma de perguntas para que reflita sobre a aprendizagem dos conteúdos. → para o aluno retomar conteúdos antes de finalizar a seção.

Faça valer a pena! Cinco questões objetivas e duas questões discursivas de Avaliação direcionada à compreensão dos caráter conceitual. aspectos conceituais dos conteúdos

PÓS-TEXTO

Apêndice

Gabaritos comentados com resposta padrão

Gabarito 1 das atividades sugeridas pelo professor para serem realizadas pelo aluno na etapa da exemplificação. Gabarito 2 das atividades de transferência. Gabarito 3 das Questões Objetivas e Discursivas da seção. Gabarito 4 da Avaliação da Unidade.

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1.2 | Linguagem dialógica instrucional

→ Diálogo aberto Como leitor, o que você considera essencial em um texto direcionado ao autoestudo? Certamente, você imaginou muitas características, já que assume frequentemente a posição de leitor! Assumir ora a posição de autor, ora a de um leitor é altamente recomendável no desenvolvimento da produção textual do LD. O texto didático com estilo dialógico instrucional é aquele no qual você medeia os conteúdos de ensino interagindo com o aluno em um tom de conversa, provocando ideias e a construção de conceitos de forma reflexiva. Posicionar-se como autor/leitor é um requisito essencial do comportamento que desejamos de você. Cremos que isto contribui para tornar o texto mais interativo e dialógico, instruindo o aluno no caminho de aprendizagem a ser seguido.

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→ Não pode faltar!

A linguagem dialógica instrucional promove a interatividade entre o professor e o aluno, facilitando o autoestudo. Utilizamos um autor chamado Holmberg (1995), que elaborou a teoria da conversação didática guiada, conhecida no Brasil como linguagem dialógica instrucional (PIVA JR et al., 2011), a qual baseia-se na interatividade e diálogo contínuo com o aluno. O autor Freire (2009, p. 14) entende que:

O diálogo é uma exigência existencial, e se ele é o encontro em que se solidariza o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzirse a um ato de depositar ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de ideias a serem consumidas pelos permutantes. Não é também discussão guerreira, polêmica, entre sujeitos que não aspiram a comprometerse com a pronúncia do mundo, nem buscar a verdade, mas impor-se a sua.

Das palavras de Freire (2009) aprendemos que a dialogicidade não é apenas “trocar ideias”! Ou transmiti-las considerando a mente do aluno como um depósito de informações. O texto didático não é aquele no qual deposita-se os conteúdos, nem mesmo aquele tipo de produção textual voltado às publicações científicas. Reconhecer isso já é um passo importante no desenvolvimento do texto que irá produzir. Franco (2007, p. 30) ensina que o estilo conversacional “procura envolver 24

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o aluno em um diálogo com o escritor do texto”. Por meio do diálogo, conseguimos que o aluno “realize determinadas ações, atividades; estabelecer uma proximidade maior, dirigindo-se a ele como ‘você’. Estimulá-lo a procurar novas informações, a pesquisar conceitos, a relacionar os conteúdos com o seu cotidiano”. É exatamente esse o sentido que desejamos que imprima em seu texto! Um diálogo em tom de conversa pressupondo uma linguagem didática na qual o aluno aproprie-se dos conteúdos pelo autoestudo. O conteúdo passa a ser algo dinâmico e não algo para ser “doado”. Além dos recursos da linguagem dialógica instrucional, você disporá de um conjunto de ícones cuja missão é facilitar o diálogo com o aluno. A lista de ícones e as orientações de como usá-los encontram-se detalhadas no apêndice B deste manual.

→ Avançando na prática

Propomos abaixo um exemplo que ilustra a transformação de um texto mais formal em um texto mais dialógico.

Tabela 2 | Estrutura técnica do LD Exemplo de Linguagem Dialógica Instrucional Aula introdutória da disciplina de Logística

Texto 1a Poucas áreas de estudo têm um impacto tão significante no padrão de vida da sociedade como a logística. Praticamente todas as áreas da atividade humana são afetadas, direta ou indiretamente, pelo processo logístico. Por exemplo, uma campanha publicitária de vários milhões de dólares e, quando o comprador vai procurar o produto, ele não o encontra na loja. Ou, como seria possível comprar uma camisa de seda feita na China em uma loja em São Paulo? Por que um quilo de tomate é tão barato no campo e custa tão caro no supermercado? As dúvidas e perguntas acima, assim como muitas outras, exemplificam a influência da logística.

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Texto 1b Olá, pessoal, tudo bem? Meu nome é LOG e serei seu amigo nesta etapa sobre o incrível mundo da Logística. Gostaria de lhes desejar boas-vindas e dizer que teremos encontros extremamente agradáveis para ampliar a sua visão profissional e pessoal. Vamos lá, então!? Você poderia responder a algumas perguntas neste momento? Tente: Você faria uma campanha publicitária cara para divulgar um produto que pode não estar disponível na loja? Tente outra: como seria possível comprar uma camisa de seda feita na China em uma loja na sua cidade? Ou ainda: por que um quilo de tomate é tão barato no campo e custa tão caro no supermercado? A maioria das pessoas, principalmente as não ligadas ao mundo dos negócios, teria dificuldade em responder isto. Mas, e se eu fizer estas perguntas para funcionários de uma empresa qualquer? Faça um teste com seus colegas e acredito que ficará surpreso em como a Logística pode influenciar nossa vida!

Fonte: Branco (s/d). Disponível em: <http://cursos.ensinosuperior.sp.gov.br/ensinosuperior.sp.gov.br/univesp/ceeteps/moodledata/ file_manager/users/54/Exemplo_de_Linguagem_Dialogica_Instrucional_Fabio_Branco.pdf . Acesso em 08.10.14>

Se você comparar o texto 1a com o texto 1b, observará que o autor usou, por exemplo, a expressão “teremos” abrindo espaço para que o aluno se tornasse o interlocutor do texto. Outro exemplo é a expressão “tente”, pela qual provoca o aluno para com o conteúdo, aproximando-o de um exemplo do cotidiano. Você notará que o professor procurou diminuir a distância utilizando uma forma de comunicação mais dialógica. No texto 1a ele apenas expôs o conteúdo do texto de maneira monológica, ou seja, com menor interatividade. Diferentemente, no texto 1b ele faz convites constantes por meio de perguntas envolventes e desafiadoras a partir de situações próximas ao cotidiano do aluno. Com certeza, você é capaz de produzir o seu texto de maneira semelhante, isto é, provocando o aluno a interagir com os conteúdos. Sugerimos algumas dicas no desenvolvimento da escrita.

ATENÇÃO A principal característica do texto é o caráter instrutivo e dialógico e não informativo, por isso devemos ter todo o cuidado necessário com o texto.

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1. Desenvolva um estilo pessoal, usando pronomes pessoais possessivos. 2. Pressuponha que o aluno esteja conversando com você. Suscite perguntas. 3. Use vocabulário acessível, dispondo de palavras de fácil interpretação; quando usar termos técnicos, informe o conceito e fonte. 4. Evite a voz passiva e o uso do gerúndio. 5. Evite o uso de adjetivos que nada informam. 6. Use recursos que evidenciem o sequenciamento e a articulação entre os conteúdos. 7. Evite o uso de negações, ou seja, escreva o texto de forma positiva. 8. Prefira utilizar verbos que denotem ação. 9. Escreva o parágrafo de modo que ele seja uma unidade de pensamento em ordem lógica, ou seja, que ele tenha início, meio e fim. 10. Evite citações longas com mais de 12 linhas e citações diretas seguidas. 11. Interligue os parágrafos um ao outro, ordenando as ideias de acordo com os conteúdos de aprendizagem expostos no mapa conceitual que você elaborou. 12. Escreva a última frase do parágrafo transformando-a em uma ponte para o parágrafo seguinte. 13. Ofereça ao aluno diferentes visões sobre os conteúdos, para que ele possa refletir sobre e escolher sua posição. 14. Escreva usando pontos à vontade, pois eles encurtam as frases, facilitam a clareza e favorecem a compreensão. 15. Use as vírgulas com moderação, já que, se bem empregadas, auxiliam na clareza do texto; se excessivas, provocam confusão, cansaço e incorreção. 16. Faça uso dos recursos disponíveis: ícones, ilustrações, tabela e gráficos, para suplementar o texto.

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17. Exemplifique usando analogias, repetições planejadas intencionalmente e comparações; lembre-se de que os exemplos práticos ou reais auxiliam o aluno a se remeter à sua realidade. 18. Seja conciso e objetivo: não diga nem mais nem menos do que você pretende dizer; apenas o essencial e relevante. Portanto, corte palavras, utilize sinônimos ou transforme a frase toda se considerar necessário. 19. Seja persuasivo, apresentando os conteúdos de aprendizagem com boa argumentação. 20. Evite, com todo empenho, o uso de chavões, gírias e vícios de linguagem, pois isso esvazia suas ideias. 21. Converse com os alunos usando “você”. 22. Tenha preferência por frases que contenham menos que 20 palavras. 23. Tenha cuidado com o uso excessivo de palavras como “este”, “isso” ou “o qual”. 24. Pressuponha os conhecimentos prévios do aluno e provoque-o. 25. Enfatize as partes significativas do texto e relembre conceitos ou algo importante sempre que necessário, usando os ícones. 26. Crie relações entre as unidades e seções. Exemplo: “Na seção anterior você aprendeu que ..., por essa razão nesta seção irá aprender ...”. 27. Realize a leitura do texto pelo menos quatro vezes:

a. na primeira, foque nas informações, conferindo-as; b. na segunda, atente-se para os erros de grafia, acentuação, pontuação e digitação, se for o caso; c. na terceira, centre-se em eliminar repetições; d. na quarta, corte tudo o que achar desnecessário.

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Recomendamos que ao produzir o texto você sempre recorra a elas. Além do texto dialógico instrucional ser o principal modo de comunicar os conteúdos aos alunos, há outro ponto muito importante que confere qualidade ao LD: a ME. É ela que sustenta os procedimentos e estratégias didáticas propostas nesse manual.

1.3 | Metodologia de ensino no livro didático

→ Diálogo aberto

Você sabe que o planejamento é etapa importante de qualquer processo de concepção, criação e produção do material educacional. Planejar é criar um caminho que nos conduza ao ponto de chegada que desejamos.

→ Não pode faltar!

A ME a ser desenvolvida no LD contextualiza-se no paradigma educacional do ensino por competências e habilidades. Ela promove o desenvolvimento das competências e aproxima o aluno ao mercado de trabalho convidando-o, sistematicamente, a resolver situações-problema próximas à realidade profissional, mobilizando um conjunto de conteúdos de natureza conceitual, procedimental e atitudinal (CHA). Com base nessa abordagem, você desenvolverá a produção textual de acordo com a abordagem pedagógica progressiva de ensino, que implica no uso das metodologias ativas.

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A metodologia ativa (MA) é uma concepção educativa que estimula processos de ensinoaprendizagem crítico-reflexivos, na qual o educando participa e se compromete com seu aprendizado. O método propõe a elaboração de situações de ensino que promovam uma aproximação crítica do aluno com a realidade; a reflexão sobre problemas que geram curiosidade e desafio; a disponibilização de recursos para pesquisar problemas e soluções hipotéticas mais adequadas à situação e a aplicação dessas soluções (SOBRAL e CAMPOS, 2010, p. 209).

As metodologias ativas sugerem muitos procedimentos para tornar o aluno o centro do processo educativo. Como exemplos temos a metodologia de projetos didáticos, a metodologia da problematização, a ludificação, entre outras. Uma maneira para que entenda as metodologias ativas é o provérbio chinês.

REFLITA “O que eu ouço, eu esqueço; o que eu vejo, eu lembro; o que eu faço, eu compreendo.”

Esse provérbio nos lembra: trazer o aluno para o centro do processo educativo e torná-lo ativo. Silberman (1996) propôs uma mudança neste provérbio. Confira-o no quadro abaixo:

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ASSIMILE O que eu ouço, eu esqueço; O que eu ouço e vejo, eu me lembro; O que eu ouço, vejo e pergunto ou discuto, eu começo a compreender; O que eu ouço, vejo, discuto e faço, eu aprendo desenvolvendo conhecimento e habilidade; O que eu ensino para alguém, eu domino com maestria.

É interessante a mudança proposta pela autora, porque enfatiza a aprendizagem ativa, que significa aprender com sentido colocando em ação os conteúdos. Resumidamente, as metodologias ativas convocam o aluno a fazer, discutir, ouvir, ver e perguntar, ou seja, pressupõe a aprendizagem ativa. De acordo com Svinicki e McKeachie (2012), é consenso na literatura pedagógica a importância de envolver o aluno no processamento ativo das informações recebidas.

Na verdade, há uma diferença entre ouvir e escutar atentamente. Apesar de alguns professores acreditarem que falar é ensinar, o aluno não armazena as informações novas na memória de longo prazo até que consiga fazer alguma coisa com elas (SVINICKI E MCKEACHIE 2012, p. 201).

Além de colocar o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem, a ME proposta para o LD contempla a categoria pedagógica chamada de “tempos didáticos”. Eles integram articuladamente a rotina do aluno. Vejamos no quadro abaixo.

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Figura 9 | Tempos didáticos do processo de ensino e aprendizagem

Fonte: Os autores (2014)

Observe que na figura 9 o LD é um material educacional presente em todos os tempos didáticos. No tempo da pré-aula o LD tem a função de convidar o aluno ao autoestudo prévio à aula. No tempo da aula mediada ele será um material educacional de apoio ao desenvolvimento da teleaula, da videoaula e aula presencial. O tempo da pós-aula é o momento no qual o aluno aprofundará o autoestudo por meio da resolução de atividades de aprofundamento dos conteúdos da aula ministrada e os estudos prévios da próxima aula. Enfim, você deve preocupar-se em desenvolver um texto dialógico e instrucional de qualidade, a fim de evitar um problema enfrentado por muitos professores da Educação Superior, qual seja, o de que para os alunos “ler” é apenas passar os olhos ou cumprir uma tarefa obrigatória sem sentido. Estimular e provocar o aluno a ler com compreensão, entendendo os seus propósitos no contexto da disciplina, contribuirá para que sua aprendizagem seja mais eficaz. No próximo tópico apresentaremos a ME a ser seguida na construção das UE e das SA do livro do aluno. 32

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→ Avançando na prática

Você sabe que uma das queixas mais comuns dos alunos refere-se ao fato de que aquilo que aprendem em sala de aula nunca é aplicado na realidade. É muito comum ouvi-los dizendo: teoria não tem nada a ver com a prática. Porém, você sabe que aquilo que é ensinado pode ser sim “aplicado na prática”, e até demonstra isso na sua prática de ensino. Todavia, a dificuldade dos alunos é realizar a transferência do que foi aprendido em situações próximas à realidade profissional, já que esta é composta de um contexto com variáveis mais complexas. Disso decorre algo que já sabemos bem: tudo o que aprendemos sempre é situado e relacionado a um contexto. Isso significa que se você retirar o contexto do que está ensinando, não disporá mais da mesma situação e, por consequência, não terá mais a mesma resposta (SVINICKI E MCKEACHIE, 2012). A nossa ME envolve a resolução de situação-problema (SP) vinculada a uma situação próxima à realidade profissional (SR). Você deve entender que aprender por meio de situações próximas à realidade exige do aluno ação, dedicação, compromisso e muita atividade mental. Veja se você entendeu bem até aqui. Toda atuação competente ocorre em um contexto situacional único e complexo, com problemas reais a serem resolvidos, ou seja, em situações da realidade profissional. Ela é única porque a circunstância dessa situação é parecida, mas nunca igual em diversas circunstâncias. É também complexo porque o número de variáveis e relações é múltiplo (ZABALA, 1998). A partir da SR você indicará ao aluno as competências a serem alcançadas e as ferramentas e procedimentos necessários para desenvolvê-las no decorrer do processo de ensino e aprendizagem. A competência é um conhecimento construído, elaborado e desenvolvido pelo conjunto de descobertas e redescobertas realizadas pelo aluno. As

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habilidades são as competências em ação. É saber fazer bem alguma coisa de acordo com as necessidades e as solicitações do contexto. É ter jeito, facilidade e talento para executar algo. As ferramentas e os procedimentos consistem em ações que o aluno deve saber fazer. Veja na figura 10 o passo a passo do processo de atuação competente desenvolvido a partir de uma SR. Figura 10a | Processo para atuação competente Ponto de partida de uma atuação competente em uma situação da realidade profissional (SR) O sujeito analisa a SR considerando a sua complexidade e a problematiza. Após, elabora um conjunto de SP que ela gera. Para cada SP determina o maior número de procedimentos possíveis para resolvê-la de forma eficiente em menor tempo possível.

Passo 1 O sujeito aprende os conhecimentos necessários para resolver o conjunto de SP. Com base neles, identifica todos os procedimentos possíveis para resolver as SP.

Passo 2 Com base nesses conhecimentos ele seleciona somente os procedimentos de atuação adequados para resolver as SP levando em conta as suas condições reais.

Passo 3 O sujeito aplica os procedimentos de atuação selecionados mobilizando um conjunto de conceitos, habilidades e atitudes (CHA).

Passo 4 O sujeito esforça-se para transferir os procedimentos aprendidos para novas situações da realidade profissional utilizando uma nova postura estratégica e flexível.

Passo 5 O sujeito avalia os resultados da atuação verificando aqueles mais eficientes para padronizá-los em sua atuação profissional. Fonte: Adaptado de: Zabala (1998).

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Diante desse processo de atuação competente ilustrado na figura 10, resumimos as ações no esquema a seguir. Figura 10b | Procedimentos da atuação competente frente à SR

Análise e problematização da SR

Avaliação dos resultados obtidos

Elaboração de um conjunto de SP

Transferência para novo contexto

Identificação dos procedimentos possíveis para resolver a SP

Aplicação dos procedimentos de atuação

Aprendizagem dos conhecimentos relevantes

Seleção dos procedimentos adequados

Fonte: Adaptado de: Zabala (1998).

Com base nesse processo de atuação competente, construímos a metodologia ativa do LD detalhada na figura 11.

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Figura 11 | Passos da ME ativa do LD

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Contextualização do ensino e da SR

• Indicação das competências gerais e técnicas. • Exposição dos objetivos específicos de aprendizagem da unidade. • Descrição do ponto de partida do aprendizado dirigido por meio da situação da realidade profissional. • Criação do conflito cognitivo a partir de questões para reflexão. • Apresentação do Infográfico dos conteúdos da UE.

Problematização

• Problematização da SR tornando-a uma SP que demande o desenvolvimento de um conjunto de competências técnicas para resolvê-la. • Apresentação das competências técnicas específicas da seção tendo em vista a resolução da SP. • Identificação e análise dos problemas que a SP apresenta para agir competentemente. • Exposição do(s) procedimento(s) de atuação pertinente(s) à SP.

Teorização e Exemplificação

• Apresentação e sistematização dos conteúdos. • Exemplificação por meio de atividades de aprendizagem de caráter conteudista para auxiliar o aluno a melhorar o domínio dos conteúdos teorizados.

Aplicação dos procedimentos de atuação

• Aplicação dos conteúdos na resolução da SP proposta na seção.

Transferência dos procedimentos aprendidos para novas SR

• Proposição ao aluno de outras atividades com novas situações da realidade profissional relacionadas às competências técnicas previstas na seção para que ele generalize os procedimentos aprendidos.

Autoavaliação de compreensão dos conteúdos

• Checklist direcionado ao aluno em forma de perguntas para que reflita sobre a aprendizagem dos conteúdos. • Para o aluno retomar conteúdos antes de finalizar a seção

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• Cinco questões objetivas e duas questões discursivas de caráter conceitual.

• Avaliação por meio da realização de um simulado seguindo o padrão Enade.

Avaliação direcionada à compreensão dos aspectos conceituais dos conteúdos

Avaliação da Unidade

Fonte: Os autores (2014)

→ Autoavalie-se! A autoavaliação é um recurso muito interessante para que reflita o seu aprendizado e verifique os passos que você deu aqui. Ela possibilita a análise dos resultados alcançados nesta UE por meio de um checklist. A tabela abaixo possui três colunas. A primeira indica as competências propostas no início dessa UE. A segunda sinaliza os indicadores de domínio planejados para cada SA. A terceira coluna apresenta a evidência do seu desempenho.

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Tabela 2 | Estrutura técnica do LD

Conhecer a organização estrutural e de ensino do LD da disciplina segundo o modelo acadêmico do KLS.

Competência

CRITÉRIO DE DESEMPENHO Indicador de domínio

Compreendeu o conceito de livro didático como material educacional no contexto do ensino por competências e habilidades?

Entendeu a linguagem instrucional dialógica como parte de sua estratégia didática de produção textual?

Entendeu a ME presente na estrutura das unidades de ensino e seções de autoestudo?

Com clareza?

De forma objetiva?

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Fonte: Os autores (2014)

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Apropriando-se Apropriando-se Ampliando do uso correto da linguagem o seu de termos pedagógica embasamento técnicos? adequada? conceitual?

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→ Gostou do tema? Dê mais alguns passos Oferecemos a você recomendações de leitura complementar de livros relacionados aos assuntos discutidos na UE. Indicamos materiais de base digital e em papel que possam ampliar seus conhecimentos. Tomamos a liberdade de instigar sua leitura expondo, após a referência, uma pequena avaliação. ARAÚJO, Ulisses F. Aprendizagem baseada em problemas no ensino superior. São Paulo: Summus, 2009. Excelente material para aprofundar sobre a metodologia ativa de resolução de problema. DELORS, Jacques (Org). Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez/Brasília: MEC: UNESC, 1998. Uma literatura sobre formação do sujeito contemporâneo. Texto referência do modelo acadêmico do KLS. FAVA, Rui. Educação 3.0: como ensinar estudantes com culturas tão diferentes. 2. ed./ Rui Fava. Cuiabá: Carlini e Caniato Editorial, 2012. Texto referência que contém uma visão de formação do estudante contemporâneo sugerindo um novo paradigma educacional. ______. Educação 3.0. Aplicando o PDCA nas instituições de ensino. São Paulo: Saraiva, 2014. Texto referência para compreender o modelo curricular KLS. GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. 2.ed. São Paulo: Ática, 1994. Texto de aprofundamento pedagógico e filosófico das ideias pedagógicas.

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REFERÊNCIAS

CAMPOS, Claudinei José Gomes; SOBRAL, Fernanda Ribeiro. Utilização de metodologia ativa no ensino e assistência de enfermagem na produção nacional: revisão integrativa. In: Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S008062342012000100028&script=sci_arttext> . Acesso em: 04 nov. 2014. FERNANDEZ, C. T. Os métodos de preparação de material impresso para EAD. In: Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Ed. Pearson Education do Brasil, 2009. FRANCO, M. A. Elaboração de material impresso: conceitos e propostas. In: Educação a Distância: orientações metodológicas. Porto Alegre: Artmed, 2007. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se complementam. 50. ed. São Paulo: Cortez, 2009. HOLMBERG, B. Theory and practice of distance education. Londres: Routledge, 1995. PIVA, Jr et al. EAD na Prática: planejamento, métodos e ambientes de educação on-line. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. SVINICKI, Marilla; McKeachie, Wilbert J. Dicas de ensino: estratégias, pesquisa e teoria para professores universitários. São Paulo: Cengage Learning, 2012. ZABALA, Antoni. A prática educativa. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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UNIDADE 2 É PRECISO PLANEJAR!

Nessa UE você conhecerá o Plano de ensino (PE), o mapa conceitual (MC) e o infográfico de conteúdos (IC). O planejamento educacional é o principal instrumento da ação docente, tornando o processo pedagógico intencional, eficiente e qualitativo.


CONVITE AO ESTUDO

Os conhecimentos construídos na unidade anterior foram a base para que você inicie, nesta unidade, a primeira etapa do desenvolvimento do LD: o planejamento educacional. Você já sabe que o processo de ensino e aprendizagem consiste em uma ação intencional envolvendo o planejamento, a preparação e a opção por abordagens metodológicas. Por isso, planejar não é perder tempo. É economizar e distribui-lo de forma adequada para atingirmos nossos objetivos. Nossa missão nessa UE é conhecer o PE, o MC da disciplina e o IC. O PE é um documento pedagógico que organiza os planos didático e avaliativo, bem como as referências básicas e complementares da disciplina. Já o MC é um diagrama bidimensional indicando as relações hierárquicas entre os conteúdos, e você o utilizará como um recurso instrucional. A partir dele será elaborado o IC a ser apresentado na parte pré-textual do LD, após o sumário e na abertura de todas as UE. Para situá-lo, apresentamos na figura 12 o MC dos assuntos de estudo da UE. Figura 12a | MC da UE 2

orienta

é conforme

base é é é

Fonte: Os autores (2014)

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indica

entre

gera

diagramada


Conforme indicamos na figura 12, o PE deverá ser programado seguindo as orientações do Manual de orientações para a elaboração do Plano de ensino. Embora as suas orientações constem nele, fizemos questão de deixar registradas aqui algumas considerações importantes para o LD. Veja abaixo o que esperamos que conheça nessa UE. Figura 12b | Competência e objetivos específicos de aprendizagem da UE 2

Competência a ser desenvolvida Conhecer as ações de planejamento educacional necessárias para a produção do LD.

Objetivo 1: enfatizar a importância da elaboração do PE como documento pedagógico orientador do LD. Objetivo 2: elaborar o MC da disciplina usando as informações do PE. Objetivo 3: conhecer o preenchimento do formulário do infográfico de conteúdos.

Fonte: Os autores (2014)

A figura 12b indicou os três objetivos a serem alcançados nas SA dispostas a seguir.

2.1 | Plano de Ensino da Disciplina

→ Diálogo aberto Planejar é uma das atividades essenciais da docência, porque implica em fazer intencionalmente escolhas dentre as possíveis alternativas. No

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planejamento você toma decisões para alcançar os objetivos educacionais previstos de forma eficiente e adequada à proposta de ensino. Sendo a proposta metodológica do LD desenvolver competências por meio de um ensino eficiente e ativo, entendemos que, na prática, elaborar o PE é pensar no conjunto das atividades de ensino e aprendizagem a serem realizadas.

→ Avançando na prática Destacamos dois pontos sobre o PE e que estão relacionados ao LD. O primeiro deles é a necessidade de considerar o tempo disponível do aluno para desenvolver as atividades previstas no PE e disponibilizadas no LD. Você já deve ter visto alguns professores considerarem a sua disciplina como a mais importante do curso. Fácil de compreender, pois ela é a que está sob o seu foco. Entretanto, tenha a noção de que o aluno cumpre três ou quatro disciplinas no semestre. Isso traz efeitos em seu ritmo de estudo e cumprimento das atividades exigidas. Assim, ao planejar o PE, estime cuidadosamente o tempo de estudo dedicado à disciplina. Considerando essa dica você deixará mais claro o que espera do aluno e as suas exigências se tornarão mais realistas. Em segundo lugar, o PE é um contrato didático que especifica a gestão do ensino, da aprendizagem, do comportamento do aluno e da avaliação da aprendizagem. Portanto, ele é o documento pedagógico base para todo o desenvolvimento da disciplina.

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2.2 | O mapa conceitual da disciplina

→ Diálogo aberto Por que é preciso usar o MC da disciplina? Em que ele contribui no processo de planejamento do LD? Acreditamos que o MC é um recurso instrucional que agrega qualidade ao material educacional ao organizar graficamente os conteúdos da disciplina, deixando-os claros e precisos. A sua principal referência é a ementa do PE. Muitos professores acreditam que a ementa constitui o detalhamento de todos os conteúdos a serem abordados na disciplina. Mas, será? Vamos ao sentido da palavra “ementa”, segundo o dicionário: Ementa: 1. apontamento, rol, lembrança. 2. Sumário, resumo (FERREIRA 2010, p. 773, grifos do autor). A ementa de uma disciplina indica apenas uma seleção resumida dos conteúdos de ensino. Há um outro detalhe importante: a ementa já foi planejada tendo em vista o PPC e nela você não pode realizar nenhuma alteração. Contudo, é a partir dela que você detalhará de forma sistematizada, criteriosa e lógica (coerência com a estrutura, competências e objetivos da disciplina), os conteúdos de ensino da disciplina. O recurso que você utilizará para realizar esse detalhamento é o MC. Selecionar criteriosamente os conteúdos evitará que eles apareçam fragmentados no processo educativo. Além disso, ao elaborar o MC você será capaz de sopesar os conteúdos em sua validade, flexibilidade, significação e utilidade no ensino por competências. Com base nessas ideias, evitaremos detalhar conteúdos que não tenham significado no contexto do que foi proposto no PE.

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→ Não pode faltar! O MC é o recurso que facilitará a sua reflexão na organização dos conteúdos. Molina, Ontoria e Gómez (2004, p. 123) ressaltam que:

Sua função consiste em proporcionar aos estudantes uma seleção de conteúdos culturais significativos, além de estratégias cognitivas que permitam a construção eficaz de novas estruturas cognitivas.

Ele consiste numa representação gráfica que indica o conjunto de conceitos organizados em forma de diagrama estabelecendo conexões entre si. A sua aparência, por ser mais simples, pode ser confundida por muitos professores com organogramas ou esquemas. A partir do PE você deve elaborar o MC para: 1° hierarquizar os conteúdos dos mais amplos para os mais específicos; 2° expor os conteúdos de forma isolada e em suas conexões com os demais conteúdos; 3° zelar pela clareza e precisão conceitual; 4° orientar a elaboração do Sumário e; 5° organizar os conteúdos nas UE e SA. Novak e Gowin (1988) entendem que o MC apresenta-se como um recurso esquemático, método e estratégia.

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REFLITA Segundo Moreira (1984, p. 17), os “mapas conceituais são diagramas bidimensionais mostrando relações hierárquicas entre conceitos de uma disciplina. São diagramas hierárquicos que procuram refletir, em duas dimensões, a estrutura ou organização conceitual de uma disciplina ou parte dela. Isto é, sua existência deriva da própria estrutura da disciplina”.

Figura 13 | MC segundo Novak e Gowin (1988)

RECURSO

O MC é um “recurso esquemático para representar um conjunto de significados conceituais incluídos em uma estrutura de proposições”. (NOVAK e GOWIN 1988, p. 33).

MÉTODO

O MC é um “método para ajudar estudantes e educadores a captar o significado dos materiais que se vão aprender”. (NOVAK e GOWIN 1988, p. 19).

ESTRATÉGIA

O MC é uma estratégia “para poder ajudar os estudantes a aprender e para ajudar os educadores a organizar os materiais objeto dessa aprendizagem”. (NOVAK e GOWIN 1988, p. 19).

Fonte: Os autores (2014)

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Diferente do diagrama de fluxo, que reflete uma sucessão temporal e não uma temporalidade, direcionalidade e nem hierarquias significativas, o MC é um diagrama indicando as relações entre os conceitos segundo uma organização hierárquica. É importante também diferenciá-lo dos mapas mentais, que são mais livres e não se destinam a estabelecer as relações entre conceitos. Também não deve ser confundido com quadros sinóticos, que são diagramas classificatórios. Também não pode ser considerado como um organograma, porque este indica apenas hierarquia e não uma rede de significados. O resumo tem a finalidade de sistematizar os principais elementos do conteúdo, contextualizando-os conceitualmente. Como um recurso esquemático, ele apresenta uma teia de significados conceituais que fazem parte de uma estrutura de proposições explícitas ou implícitas. Os conceitos estão organizados dos mais gerais para os menos inclusivos na parte inferior.

IMAGINE “O pensamento reflexivo é um trabalho controlado, que implica levar e trazer conceitos, unindo-os e voltando a separá-los”. (BALLESTEROS et al. 2005, p. 56).

O MC aproxima-se do esquema ao: • organizar os conceitos em unidades mais amplas e gerais, de modo que ao pensar em um conceito já se remete ao todo; • separar os conceitos em subunidades; • estruturar de maneira seriada e hierárquica os conceitos.

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REFLITA “Um bom mapa conceitual é conciso e mostra as relações entre as ideias principais de modo simples e atraente, aproveitando a notável capacidade humana para a representação visual”. (NOVAK e GOWIN 1988, p. 106).

Aqui vale uma referência: por conceitos vamos entender “conteúdos”. De acordo com Ballesteros et al. (2005), o MC também cria um esquema de representação dos conceitos mais relevantes e pressupõe, por parte do professor, um processo criterioso de seleção. Posteriormente, retira-se dos conceitos selecionados aqueles mais significativos. Por sua vez, os conceitos mais significativos passam por uma etapa de interpretação que oportuniza compreendê-los. Desse processo resulta a sua integração. De forma resumida, o MC pressupõe quatro grandes processos:

Figura 14 | Processos amplos de concepção do MC

Seleção

Abstração

Interpretação

Integração

Fonte: Ballesteros (2005).

Apresentamos uma lista de expressões técnicas relacionadas ao MC presentes no tópico a seguir, que o orienta na sua elaboração.

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Elucidário

Figura 15 | Elucidário de termos usados na elaboração do MC Palavra de ligação: são aquelas cuja função é unir os conceitos indicando a relação entre eles. Exemplo: “a flor é amarela”. Os termos “flor” e “amarela” estão ligadas pela palavra “é”. Proposição: formado por dois ou mais conceitos (termos) que estão unidos por uma palavra de ligação formando uma unidade semântica (unidade de sentido). Hierarquização: arranjo metódico que dispõe os conteúdos por ordem de importância ocupando o lugar superior do MC. Use a seguinte imagem: uma pirâmide de conceitos. Conteúdos gerais mais inclusivos: são aqueles que estão dispostos no manual apenas uma vez.

Fonte: Os autores (2014)

Além desses termos, expomos na figura 16 como os conceitos ocupam a hierarquia do MC.

Figura 16 | Esquema básico do MC Conteúdo mais geral e inclusivo

A

Conteúdo intermediário

Conteúdos menos inclusivos Fonte: Os autores (2014)

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B E

F

C

D

G

H


O conceito “A” do esquema da figura 16 é o mais geral e amplo, situa-se no topo do mapa e desdobra-se em conceitos intermediários e menos inclusivos. O conceito “A” são aqueles conteúdos de ensino estruturantes da disciplina que, de maneira geral, não excedem a quatro conceitos. A partir do conceito “A” há o processo de detalhamento de conteúdos subordinados, intermediários e menos inclusivos.

Resumidamente o MC: a) agrupa uma quantidade pequena de conteúdos; b) é hierárquico, apresentando conteúdos mais gerais e inclusivos expostos na parte superior do MC, e os menos inclusivos na parte inferior; c) demanda que os conteúdos e palavras de ligação desempenhem a função de transmitir um significado; d) consiste numa forma específica de se visualizar os conteúdos; e) expõe com clareza os conteúdos, de modo a se tornarem acessíveis cognitivamente ao aluno.

Após essas reflexões, vamos ao trabalho? Para elaborar o MC da disciplina, utilize o processo a seguir.

LEMBRE-SE O MC da disciplina construído por você será a base para a produção do infográfico de conteúdos para o aluno. Dedicamos a seção 2.3 dessa UE só para tratar disso, ok?

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Para auxiliá-lo na elaboração do MC, indicamos um software chamado CMap Tools disponível no site <http://cmap.ihmc.us/download/> . Para ampliar seus conhecimentos sobre o uso pedagógico dessa ferramenta, sugerimos o seguinte tutorial disponível no Youtube.

Título: Introdução aos Mapas Conceituais Aplicados à Educação Autor: Henrique Cristóvão Publicado em: 22/04/2013 Descrição: Vídeo introdutório usado na disciplina “Uso de Mapas Conceituais como Ferramenta de Aprendizagem”, do curso de Especialização em Informática na Educação. Tempo total: 37min47s Acesse em: <https://www.youtube.com/watch?v=4lBT37SJ42c>

Após todas essas reflexões, vamos ao trabalho? Para elaborar o MC da disciplina, utilize o passo a passo a seguir.

→ Avançando na prática Com base no que estudamos até aqui, preparamos para você um roteiro que indica o passo a passo para planejar o MC da disciplina.

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Identifique os conteúdos de ensino mais gerais e inclusivos Comece respondendo a esta questão: quais são os conteúdos mais gerais e inclusivos da disciplina? Com base na ementa no PE, selecione e liste de três a quatro conteúdos mais gerais e inclusivos, que devem ser palavras únicas ou, no máximo, compostas de duas palavras.

1.

→ Se a lista dos conteúdos ultrapassar mais de oito conteúdos estruturantes, considere a possibilidade de preparar outro mapa conceitual, subdivida-os em dois mapas.

Ordene os conteúdos de ensino mais gerais e inclusivos Nesse passo você fará um arranjo metódico para hierarquizar os conteúdos conforme uma ordem que os classifique como mais gerais e inclusivos. Com isso, o MC terá mais clareza. → Para isso, ordene a sua lista dividindo-a em duas partes: na parte superior, indique os conteúdos de aprendizagem mais gerais e inclusivos; na parte inferior, indique os conteúdos intermediários e menos inclusivos.

2.

→ É bem comum que haja de um a quatro conteúdos de aprendizagem mais gerais e inclusivos. Por isso, é preciso determiná-los com bastante clareza para que sejam, no máximo, quatro. Essa organização facilitará a leitura das proposições.

Selecione os conteúdos intermediários e menos inclusivos Selecione e especifique dois, três ou quatro conteúdos intermediários e menos inclusivos e exponha-os abaixo dos conteúdos mais gerais e inclusivos.

3.

→ Evite colocar mais do que três ou quatro conteúdos intermediários e

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menos inclusivos abaixo do conteúdo mais geral e inclusivo. → Ao escrever o mapa você pode ter novas ideias, mas cuidado para não exagerar.

4.

Ligue os conteúdos utilizando palavras de ligação Use setas (linhas de conexão) que indiquem uma unidade de sentido e a relação entre os conteúdos. As linhas de conexão devem estar entre os conteúdos, unindo-os dois a dois. Entre a linha, escreva uma ou poucas palavras que definam a relação entre os conteúdos. A finalidade dessa conexão é criar sentido para formar uma conexão. Como já vimos anteriormente, as palavras de ligação têm a finalidade de construir proposições e fazer com que os conceitos tenham significados. Exemplo: alfabetização-----consiste em-----> → Sempre utilize um verbo para expressar a relação entre dois conceitos. → Cuidado com o uso de conceitos no singular e/ou plural: o verbo deve concordar com os conceitos. Outros exemplos de palavras de ligação: foram, tem, onde, composto, entre outros.

5.

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Revise e altere seu mapa Com certeza, o primeiro MC que fizer precisará de alguns ajustes e, por essa razão, é importante revisá-lo. Até que esteja suficientemente bom, você deve revisar para melhorá-lo. Isto implica incluir, excluir ou alterar os conteúdos estruturantes e específicos. A revisão é um passo muito importante de reflexão sobre a clareza, a prioridade, a hierarquia e a conexão entre os conteúdos.

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Verifique possíveis ligações cruzadas Neste momento, você analisará o seu MC e pode ser que considere necessário ligar conteúdos localizados em diferentes pontos. Assim, acrescente novas ligações entre os conteúdos de aprendizagem.

6.

→ Essa análise irá auxiliá-lo a examinar novas maneiras de ligar os conteúdos estabelecendo relações entre conceitos. Aqui ele se amplia para ser mais do que um resumo que apresenta uma sequência linear de conceitos.

Entenda o seu MC Podemos elaborar diferentes mapas para um mesmo conjunto de conteúdos. Não existe um único mapa correto, já que ele é pessoal e se transforma à medida que você vai refletindo sobre ele.

Identifique a pergunta focal que seu mc responde O MC é um diagrama. Portanto, ao terminá-lo, leia-o em voz alta e reflita: → Esse MC apresenta os conteúdos (conceitos, habilidades e procedimentos) necessários para que o aluno desenvolva as competências previstas no SISCON e no Plano de Ensino?

Divisão didática dos conteúdos em unidades e seções Os conteúdos do MC devem ser organizados em quatro unidades de ensino e 16 seções. Essa divisão facilitará o desenvolvimento da sua produção textual e a elaboração do IC pela Equipe de Design Instrucional. Use a figura a seguir para fazer essa separação.

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7.

8.

9.

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Figura 17 | Estrutura para divisão dos conteúdos nas UE e SA

UE 1

UE 2

UE 3

UE 4

Seção

Seção

Seção

Seção

Seção

Seção

Seção

Seção

Seção

Seção

Seção

Seção

Seção

Seção

Seção

Seção

1.1

1.2

1.3

1.4

2.1

2.2

2.3

2.4

3.1

3.2

3.3

3.4

4.1

4.2

4.3

4.4

Fonte: Os autores (2014)

Para dividir didaticamente os conteúdos organizados no MC que você elaborou, esteja atento às seguintes orientações:

1. Distribuir os conteúdos de ensino de maneira didática, lógica e progressiva, de modo a favorecer o autoestudo. 2. As UE devem conter os conceitos mais gerais e inclusivos. Inclusive, recomendamos anteriormente a preferência para que não haja mais do que quatro conceitos. 3. As SA devem conter os conteúdos intermediários e menos inclusivos.

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VOCABULÁRIO Infográfico é uma representação visual da informação, apresentando-a de forma mais dinâmica. Ele combina elementos textuais.

Ao finalizar o MC da disciplina, você deve submetê-lo à Equipe de Curadoria de Conteúdos para sua análise e aprovação. Somente após sua validação é que o MC e o PE serão encaminhados à Equipe de Design Instrucional para a produção gráfica transformá-lo em IC. Ao terminar de produzir o seu MC, realize uma revisão detalhada, preenchendo o checklist disponibilizado no apêndice C deste manual.

2.3 | Infográfico de conteúdos

→ Diálogo aberto Nesse tópico orientaremos você a preencher o formulário do IC para que a equipe de produção disponha de informações suficientes para transformar o MC numa representação mais dinâmica e visual a ser apresentada ao aluno na sua totalidade (após o sumário do LD) e parcialmente na abertura das UE. → Não pode faltar! No LD utilizamos predominantemente a representação escrita que possui o seu valor cognitivo para a aprendizagem do aluno. Porém, sinalizamos que

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essa representação não pode ser o seu único recurso. Organizar as informações de forma lógica, visual e dinâmica contribui muito para a aprendizagem. Representar nossas ideias ou um conjunto de informações de formas diversas nos possibilita atribuir novos significados e até pensá-las de forma diferente. As representações visuais concretizam, simplificam e conferem maior precisão às informações abstratas. Essa é a intenção do IC: representar os conteúdos de forma visual para facilitar a sua compreensão. Para o aluno, o IC possibilita a memorização dos conteúdos e o acesso direto a eles.

→ Avançando na prática Uma das tarefas realizadas na elaboração do MC foi a de separar didaticamente os conteúdos de ensino em UE e SA. Agora, a próxima tarefa é orientar a equipe de design instrucional quanto à elaboração do IC. Em perfeita sintonia com o PE, o MC e a separação dos conteúdos proposta na figura 19, você deverá preencher somente o campo 1 do formulário abaixo. Esse formulário fornecerá informações relevantes para a produção do IC, além de conter os itens para sua revisão de conteúdo. Junto a ele você deve enviar o PE e o MC completo elaborado segundo as orientações da seção 2.1.

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Tabela 5 | Formulário de produção do IC IDENTIFICAÇÃO DADOS INSTITUCIONAIS

CURSO: DISCIPLINA: TÍTULO DO LIVRO: AUTOR:

MATRIZ: SEMESTRE: DATA INÍCIO: PÚBLICO-ALVO:

RECEBIMENTO

CAMPO 1 INFORMAÇÕES DO AUTOR À EQUIPE DE DESIGN INSTRUCIONAL

Data de entrada:

Data de saída:

Responsável:

Checklist Escreva o título do IC. Escreva a pergunta focal que o IC deve responder. Escreva a competência geral a que ele está vinculado. Escreva a finalidade do IC no contexto do LD. Escreva quais expectativas você tem quanto ao IC.

Indique as frases para serem usadas no IC. Escreva o que deseja que o aluno aprenda com essa visualização. Escreva quais os efeitos que você pretende despertar no aluno com o IC. Liste as ideias que você tem para a representação gráfica de layout. Indique endereços que apontem exemplos de IC que possam auxiliar a equipe de produção. Em qual meio o IC será veiculado?

Fonte: Os autores (2014)

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CAMPO 2 CURADORIA DE CONTEÚDOS Check list de revisão de conteúdo do IC

RECEBIMENTO Data de entrada:

Data de saída:

Checklist

Apresentou um título atrativo? Apresentou pergunta focal? Apresentou os conteúdos de maneira dinâmica? Apresentou o conteúdo de maneira organizada de modo a não confundir o aluno? Facilitou a leitura e a compreensão do aluno? Manteve o foco nos conteúdos estruturantes? Agregou elementos informativos e visuais para que os conteúdos apareçam de forma dinâmica? Permitiu ao aluno acessar as informações à primeira vista? Os dados apresentados (conteúdos e ideias) apoiaram-se com fidedignidade ao MC elaborado pelo autor? Destacou os conteúdos estruturantes? Provocou deduções? Houve a integração entre a informação e os elementos visuais? Apresentou-se de modo acessível ao perfil do aluno? Possibilitou ao aluno extrair dele informações relevantes? Ele é autoexplicativo? Comunicou os conteúdos de forma clara, precisa e eficientemente?

Fonte: Os autores (2014)

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Responsável:

Manual do Livro didático

Sim

Não

Solicitação


Possibilitou ao acessar o maior número de informações no menor tempo possível? Configurou-se com elegância gráfica com simplicidade de design? O esquema de cores ficou agradável e pedagógico? As ilustrações selecionadas e organizadas no IC relacionaram-se com a proposta da disciplina?

GERÊNCIA DE REVISÃO Check list de revisão ortogramatical

RECEBIMENTO Data de entrada:

Data de saída:

Usou vocabulário acessível, dispondo de palavras de fácil interpretação?

Responsável:

Sim

Não

Solicitação

Evitou a voz passiva e o uso do gerúndio nas frases? Escreveu as frases de modo que ele seja uma unidade de pensamento em ordem lógica, ou seja, que ele tenha início, meio e fim? Evitou o uso de adjetivos que nada informam?

Fonte: Os autores (2014)

→ Autoavalie-se! Após tantos aprendizados, propomos a autoavaliação. Colocamos algumas questões para guiá-lo nessa tarefa.

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Tabela 6 | Autoavaliação da UE 2

Conhecer as ações de planejamento educacional necessárias para a produção do LD.

Competência

CRITÉRIO DE DESEMPENHO Indicador de domínio

Compreendeu a importância da elaboração do PE como documento pedagógico orientador do LD?

Você conseguiu elaborar o MC da disciplina usando as informações do PE?

Você compreendeu como preencher o formulário do infográfico de conteúdos?

Com clareza?

De forma objetiva?

Apropriando-se do uso correto de termos técnicos?

Apropriou-se da linguagem adequada?

Ampliou o seu embasamento conceitual?

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Fonte: Os autores (2014)

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Manual do Livro didático


→ Gostou do tema? Dê mais alguns passos

BALLESTEROS, A. et al. Mapas conceituais: uma técnica para aprender. São Paulo: Edições Loyola, 2005. Disponível em: <http://books.google. com.br/books?id=JBSE9Krufn8C&pg=PA83&dq=mapa+conceitual&hl=ptBR&sa=X&ei=5LA2VInSGrK1sQTk7IHIDw&ved=0CCMQ6AEwAQ#v=onep age&q=mapa%20conceitual&f=false>. Ótimo artigo que resume os principais conceitos envolvidos na elaboração do mapa conceitual. FERRARI, Márcio. As várias direções do conhecimento. Revista Fapesp, abril de 2014. p. 98-101. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/ uploads/2014/04/098-101_MapaConceitual_218.pdf> . Texto que indica as possibilidades de uso do mapa conceitual.

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REFERÊNCIAS

BALLESTEROS, A. et al. Mapas conceituais: uma técnica para aprender. São Paulo: Edições Loyola, 2005. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da língua portuguesa. 5. ed. Curitiba: Positivo, 2010. MASINI, E. S. et al. Aprendizagem significativa: condições para ocorrência e lacunas que levam a comprometimentos. São Paulo: Vetor Editora, 2008. MOLINA, Ana; ONTORIA, Antonio; GÓMEZ, Juan Pedro R. Os mapas conceituais. In: Potencializar a capacidade de aprender e pensar: o que mudar para aprender e como aprender para mudar. São Paulo: Madras, 2004, p. 103-126. MOREIRA, M. A. Mapas conceituais como instrumentos para promover a diferenciação conceitual progressiva e a reconciliação integrativa. In: Revista Ciência & Cultura, São Paulo, v. 32, n. 4, p. 474-479,1984. NOVAK, J. D.; GOWIN, D. B. Aprendiendo a aprender. Barcelona: Martínez Roca, 1988.

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UNIDADE 3 PRÉ-TEXTO

Nesta UE o nosso objetivo será o de orientá-lo quanto aos elementos que antecedem as unidades de ensino. Os elementos pré-textuais apresentam a organização do LD, a localização dos conteúdos e oferecem dicas de autoestudo ao aluno.


CONVITE AO ESTUDO

Ao chegar aqui, com certeza você já entendeu a proposta metodológica de ensino e o planejamento educacional do PE, do MC e IC. Na figura 8 da UE 1 expusemos que os elementos pré-textuais são sequencialmente as “Palavras do autor”, “Otimize o estudo”, o IC e o sumário. Por entender que o MC está ligado ao PE e ao IC, preferimos situar o seu estudo na UE que discutiu a etapa do planejamento. Contudo, é preciso que você lembre-se de que na estrutura do LD do aluno ele é um dos elementos pré-textuais. Dessa forma, o plano de estudo desta UE está representado no MC abaixo.

Figura 18 | MC da UE 3

finalidade

é

1

2

é

3

4

das das

Fonte: Os autores (2014)

70

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produzido

possibilita

do

iniciando

orientado

seguido


Os elementos pré-textuais indicados no MC acima são aqueles que antecedem o texto, apresentando informações que auxiliam a sua identificação, organização e localização. Com base nessa pauta de assuntos, planejamos a competência e os objetivos específicos de aprendizagem que desejamos que você desenvolva no decorrer do autoestudo dessa unidade. Figura 19a | Competência e objetivos específicos de aprendizagem da UE 3

Objetivo 1: aplicar as orientações indicadas para escrever o elemento “Palavras do autor”.

Competência a ser desenvolvida Conhecer os elementos prétextuais que antecedem as UE.

Objetivo 2: aplicar as orientações indicadas para escrever o elemento “Otimize o seu estudo”.

Objetivo 3: aplicar as orientações indicadas para construir o sumário.

Objetivo 4: aplicar as orientações indicadas para escrever os títulos e subtítulos das UE e SA.

Fonte: Os autores (2014)

A primeira tarefa será a de entender como escrever a abertura do LD nas “Palavras do autor”.

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3.1 | Palavras do autor

→ Diálogo aberto Llansol disse: “O começo de um livro é precioso”. Aderimos à ideia da autora e você fará a abertura do LD com o elemento pré-textual denominado “Palavras do autor”. Esse elemento consiste em um texto de sua autoria com a finalidade de apresentar ao aluno a disciplina e a organização do LD de maneira convidativa e organizada. “Palavras do Professor” é a carta que apresenta você como autor e convida o aluno para o autoestudo.

→ Não pode faltar! “Palavras do autor” consiste em um texto didático conciso que incentiva o aluno a iniciar o autoestudo que o LD propõe. Enfatiza a importância que o estudo proposto terá para a vida profissional do aluno. O seu estilo textual caracteriza-se pela linguagem dialógica instrucional. Com a função de apresentar, esclarecer e justificar o estudo da disciplina, ele estabelece com o aluno uma conversa. Ao ler essa apresentação, o aluno deverá ter a certeza de que o estudo do livro promoverá o seu aprendizado, oferecendo-lhe o contato inicial com os assuntos abordados no LD. Assim, as “Palavras do Professor” consistem na fonte mais segura e completa do que está sendo planejado em cada UE. Recomendamos que ao escrevê-lo coloque-se no lugar do aluno e faça com que ele se sinta incentivado ao ler suas palavras, sentindo que está ganhando tempo e conhecimento. 72

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→ Avançando na prática Conforme previsto na figura 8 da UE 1, o texto das “Palavras do autor” deve ter apenas uma página. Por isso, deve ser bem planejado. Para organizar o seu texto, proceda da seguinte forma: 1°. No primeiro parágrafo apresente a importância da disciplina e o seu objeto de estudo. Entenda que este primeiro parágrafo é a sua chance de conquistar o aluno. Em sua escrita, preocupe-se em deixar o aluno curioso e inspirado para prosseguir a leitura. Sugerimos um tom provocativo na sua escrita. 2°. Em seguida, descreva a importância do autoestudo da disciplina e indique as competências que serão trabalhadas no conjunto do LD. 3°. Após essa reflexão, reserve quatro parágrafos, um para cada unidade de ensino, para apresentar aquilo que o aluno irá estudar em cada uma delas. Ao final, deixe uma mensagem ao aluno, incentivando-o a iniciar a caminhada de estudo. Tenha como referência o PE da disciplina para que possa manter coerência entre ele e o que consta no conjunto do livro.

3.2 | Otimize o seu estudo

→ Diálogo aberto Após as “Palavras do autor”, será apresentada a rotina de estudos ao aluno. Trata-se de um texto padronizado pela Equipe de Curadoria de Conteúdos que oferece dicas sobre como desenvolver o autoestudo do material de forma eficiente. Além destas orientações, o texto socializa os ícones Manual do Livro didático

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pedagógicos que aparecerão no decorrer do LD e que auxiliarão o aluno na compreensão dos conteúdos. Os ícones são recursos instrucionais que tornam os alunos ativos. O uso estratégico desses recursos auxilia o aluno a focar a sua atenção localizando informações específicas e relevantes do que está estudando.

3.3 | Sumário

→ Diálogo aberto O sumário é um item importante, já que ele tem a função de auxiliar a localização dos conteúdos abordados no LD.

→ Não pode faltar! Ao contrário, o Sumário, além de possibilitar a localização dos assuntos, confere organização e visibilidade aos conteúdos do LD. Ele deve refletir uma sintonia fina com o MC da disciplina e o IC. De acordo com a NBR 6027, a sua função é enumerar as principais divisões, seções e outras partes constantes do livro. A NBR 6024 indica a numeração progressiva das seções de um documento, que tem uma flexibilidade na sua elaboração.

→ Avançando na prática Ao escrever as UE e AS, faça-o progressivamente ou após terminar todo o texto. Portanto, o sumário é o último item a ser elaborado. É interessante que você procure estabelecer uma sintonia fina entre ele e o IC a ser apresentado ao aluno, pois ambos guiarão o autoestudo: um expõe 74

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didaticamente os conteúdos segundo uma representação visual e dinâmica (IC), e o outro auxilia a sua localização no conjunto da obra (sumário). Ressaltamos que o sumário elaborado será diagramado por uma equipe própria. No LD ele será apresentado após o elemento “Palavras do professor”. Destacamos que o número de páginas indicadas também mudará após o LD ser submetido à diagramação. Outra tarefa importante que você deve realizar no desenvolvimento do sumário é quanto aos títulos das UE e AS, de modo que elas apareçam no sumário exatamente como estão indicadas no interior do livro. Abaixo indicamos-lhe o modelo de sumário a ser seguido. Tabela 7 - PADRONIZAÇÃO DO SUMÁRIO UNIDADE 1 — BRASÍLIA: DE JK AOS MILITARES .......................................................................................1 Seção 1 O Brasil nos tempos de Juscelino Kubitschek......................................................................3 Seção 2 O Governo de Jânio Quadros e a gestão de João Goulart ................................. 10 Seção 3 O Golpe Militar de 1964 ................................................................................................................................23

3.4 | Títulos

→ Diálogo aberto O título de um livro é o seu “ritual de batismo”. Ele deve ser sintético e delimitar o tema. O título do LD não deve ser o mesmo que o título da disciplina. Manual do Livro didático

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É do título do livro que deve surgir a inspiração dos títulos das unidades e seções. Saber construir o título das unidades e seções é uma estratégia importante para conquistar a atenção do aluno para o estudo a ser realizado. Assim, ele deve ser cuidadosamente redigido, para incentivar o aluno a imergir em sua leitura.

→ Não pode faltar! Orientamos que o título deve: • seguir o padrão da norma culta da língua portuguesa; • ser conciso; • ser relevante; • expressar completamente a síntese do que foi escrito; • ser criativo e interessante; • ser o último item a ser escrito, ou seja, após a escrita da seção, pense em algo que sintetize a principal ideia da unidade e da seção. Caso você queira, poderá iniciar a escrita da seção com um título prévio; não se limite, escreva-o e depois faça a seleção mais tarde. Além disso, ele pode ser definido a qualquer etapa do seu processo de construção da unidade e da seção. • caber inteiramente em uma linha; pode até mesmo ser uma frase que tenha um significado; • dispor dos seguintes elementos: linguagem poética, palavras que denotem ação, nomes, associações inusitadas. Pesquise em livros da área de conhecimento títulos e anote aqueles que achou interessantes. Procure olhá-los com atenção, identificando o que fez despertar o seu interesse. 76

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→ Autoavalie-se! Propomos a autoavaliação. Nela vamos refletir sobre o que aprendemos. Colocamos algumas questões para refletir sobre sua aprendizagem.

Figura 19b | Competência e objetivos específicos de aprendizagem da UE 3

Objetivo 1: aplicar as orientações indicadas para escrever o elemento “Palavras do autor”.

Competência a ser desenvolvida Conhecer os elementos prétextuais que antecedem as UE.

Objetivo 2: aplicar as orientações indicadas para escrever o elemento “Otimize o seu estudo”.

Objetivo 3: aplicar as orientações indicadas para construir o sumário. Objetivo 4: aplicar as orientações indicadas para escrever os títulos e subtítulos das UE e SA.

Fonte: Os autores (2014)

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Tabela 8 | Autoavaliação da UE 3

Competência

CRITÉRIO DE DESEMPENHO Indicador de domínio

Conhecer os elementos pré-

Você compreendeu como aplicar as orientações indicadas para escrever “Palavras do autor”?

Você entendeu como aplicar as orientações indicadas para escrever “Otimize o seu estudo”?

Você compreendeu como aplicar as orientações indicadas para construir o sumário?

Com clareza?

De forma objetiva?

Apropriando-se do uso correto de termos técnicos?

Apropriou-se da linguagem adequada?

Ampliou o seu embasamento conceitual?

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Fonte: Os autores (2014)

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Competência

Indicador de domínio

Conhecer os elementos pré-

CRITÉRIO DE DESEMPENHO

Você compreendeu como aplicar as orientações para escrever os títulos e subtítulos das UE e SA?

Com clareza?

De forma objetiva?

Apropriando-se do uso correto de termos técnicos?

Apropriou-se da linguagem adequada?

Ampliou o seu embasamento conceitual?

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

→ Gostou do tema? Dê mais alguns passos ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6.024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. SAATKAMP, Henry. Preparação e revisão de originais. Porto Alegre: Abigraf; Age, 1996. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 2000. MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 11. ed. Atlas: São Paulo, 2009. TOMINA, José Carlos. A Importância da Normalização. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/cb24/importancia.htm > Acesso em: 20 maio 2010. Manual do Livro didático

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. SAATKAMP, Henry. Preparação e revisão de originais. Porto Alegre: Abigraf; Age, 1996. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 2000. MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 11. ed. Atlas: São Paulo, 2009. TOMINA, José Carlos. A Importância da Normalização. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/cb24/importancia.htm > Acesso em: 20 maio 2010.

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UNIDADE 4 TEXTO DAS UE

Nesta UE estudaremos a parte textual do LD. Você conhecerá como estão estruturados os elementos que fazem parte da UE e SA e aprenderá a aplicar a ME, estudada na UE 1, no desenvolvimento da produção textual.


CONVITE AO ESTUDO

Ao desenvolver o texto das unidades, você deve dedicar o seu trabalho em possibilitar ao aluno que ele compreenda os conteúdos por meio do autoestudo. Na figura 20 mapeamos os assuntos que compõem o autoestudo dessa UE.

Figura 20 | MC da UE 4

composta

formada

Fonte: Os autores (2014)

Tendo como referência esse mapa, construímos a organização das SA dessa UE para orientá-lo no passo a passo a ser seguido no seu desenvolvimento textual. Leia na figura 21 a nossa pauta de autoestudo.

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Figura 19a | Competência e objetivos específicos de aprendizagem da UE 3

Objetivo 1: aplicar a contextualização do autoestudo na produção textual do elemento “Convite ao estudo”.

Objetivo 2: aplicar ME na produção textual das SA.

Competência a ser desenvolvida Conhecer a estrutura técnica e metodológica da UE e SA.

Objetivo 3: desenvolver a produção textual do estudo complementar no elemento “Gostou do tema?”. Objetivo 4: construir a avaliação da aprendizagem da UE de acordo com o estilo Enade no elemento “Fiz, aprendi!”. Objetivo 5: empregar as orientações para realizar a referenciação das obras utilizadas na UE.

Fonte: Os autores (2014)

Cada um desses objetivos acima será abordado nas SA que seguem.

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4.1 | Convite ao estudo da UE

→ Diálogo aberto O primeiro elemento da UE consiste em um texto dialógico instrucional didático no qual apresenta-se ao aluno uma mensagem para despertar-lhe o desejo de iniciar a leitura da unidade. Você deve saber que o “Convite ao estudo” situa o aluno na proposta didática da EU, fornecendo-lhe todas as informações necessárias para que possa, com autonomia, desenvolver o autoestudo. Como uma mensagem, ele deve ser redigido de forma sintética em até, no máximo, três páginas.

→ Não pode faltar! O “Convite ao estudo” apresenta a proposta didática da UE. Ele contextualiza o que você propõe indicando todas as informações necessárias que interferem diretamente no autoestudo. Ao contextualizar, você demonstrará também a afinidade entre o PE, o IC e o desenvolvimento da UE.

→ Avançando na prática O “Convite ao estudo” deve apresentar sequencialmente os itens especificados na figura 22 a seguir.

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Figura 22 | Estrutura do “convite ao estudo” da UE

Competências gerais e técnicas Objetivos específicos de aprendizagem Situação próxima à realidade profissional (SR) Exposição do IC Reflexão sobre a proposta da UE

Fonte: Os autores (2014)

Veja o passo a passo que você seguirá para produzi-los. 1. Escreva o título da UE conforme a orientação da seção 3.3 deste manual. 2. Inicie o texto com um parágrafo introdutório situando a temática da UE. 3. Após esse parágrafo, esquematize em um quadro as competências gerais, as competências técnicas e os objetivos específicos de aprendizagem conforme o previsto no PE. Ao redigir todo o texto da UE, bem como as competências e os objetivos, procure deixá-los claros e acessíveis à compreensão do aluno. 4. Descreva a SR planejada para a UE com riqueza de informações. A SR é uma situação contextualizada extraída do ambiente profissional e escolhida por você, possibilitando a sua problematização e a formulação de um conjunto de SP que oportuniza aprendizagem ao aluno. Ele será planejado por você primeiramente porque liga-se às competências previstas e os conteúdos a serem desenvolvidos na UE.

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Para planejar a SR você terá duas opções: a) Opção 1: elaborar uma SR geral e ampla e depois separá-la didaticamente em quatro SR específicas a serem abordadas em cada UE. A figura abaixo ilustra essa opção.

DICA Para elaborar a SR você pode utilizar casos, notícias do cotidiano e problemas comuns ao contexto da disciplina.

Lembre-se As competências e habilidades são compostas por um conjunto de conceitos, atitudes e aptidões que habilitam a pessoa para desempenhar papéis no contexto da vida profissional.

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Figura 23 | Opção 1 de planejamento da SR Opção 1 de planejamento da SR

CG da disciplina

SR geradora

gera

{n} P

abordada

SA 1

UE 2

gera

{n} P

abordada

SA 2

{n} CG téc

UE 3

gera

{n} P

abordada

SA 3

{n} CG téc

UE 4

gera

{n} P

abordada

SA 4

{n} CG téc

UE 1

{n} CG téc

{n} CG téc

SR geradora:

CG:

situação próxima à realidade profissional

competência geral

SResp 1

{n} P:

SR esp:

número válido de problemas

situação de realidade profissional específica

Fonte: Os autores (2014)

Nesta primeira opção, a SR é uma situação geradora ampla ligada à competência geral da disciplina e às competências técnicas. Caso opte por ela, você deve: • apresentar a SR geradora em sua totalidade no elemento “Convite ao Estudo” da UE 1 e depois separá-la didaticamente em quatro SR mais específicas a serem desenvolvidas em cada uma das UE; • após apresentar a SR geradora, apresentar ao aluno a SR específica a ser estudada em cada UE; • articular as SR específicas no desenvolvimento das EU, de modo que, ao chegar ao final da última, o aluno possa ter a visão geral da resolução da SR geral.

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Esse modo de organizar a SR possibilita a análise mais detalhada dos procedimentos e conteúdos envolvidos na SR em sua totalidade, e um processo mais gradativo do autoestudo.

Vejamos a segunda opção. b) Opção 2: elaborar uma SR específica para cada UE sem uma SR geradora, conforme ilustra a figura abaixo. Figura 24 | Opção 2 de planejamento da SR Opção 2 de planejamento da SR

CG da disciplina

{n} CG téc

CG: competência geral da disciplina

UE 1

{n} C téc

{n} CG téc: número de variável de competência técnica

{n} P

SA 1

{n} P

SA 2

{n} P

SA 3

{n} P

SA 4

SR 1

{n} P: número de variável de problema

Fonte: Os autores (2014)

Esta opção também é igualmente possível e sua vantagem é o desenvolvimento de SR diferentes para cada EU, sem depender de uma SR geradora. Orientamos que a opção entre uma ou outra deve fundamentar-se no PE, no MC e nas especificidades do objeto de conhecimento a ser estudado na disciplina. Destacamos que ao descrever a SR você deve dispor de todos os recursos da linguagem dialógica. 90

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Ao elaborar e apresentar a SR, o próximo passo que deve ser indicado no “Convite ao estudo” é a problematização.

5. Em seguida, problematize a SR elaborando as SP, consistindo em uma estratégia de ensino e aprendizagem na qual o aluno terá que mobilizar, conectar e articular os conteúdos com os dados apresentados na SR. 6. Após apresentar a SP, escreva um parágrafo articulando-a com o IC. 7. Apresente o recorte do MC que será estudado especificamente na UE tendo em vista a SR e a SP. Não se preocupe, pois a equipe o transformará em IC. 8. Para finalizar o “Convite ao estudo”, apresente o roteiro de antecipação de leitura abaixo, que enfatiza a importância de mobilizar os conhecimentos prévios do aluno. Ele é um instrumento que antecipa a reflexão sobre a proposta didática da UE e permite-lhe extrair informações do texto de maneira significativa. A estrutura do roteiro consiste na tabela padrão a seguir.

Tabela 9 | Padrão do roteiro para finalizar o “convite ao estudo” INSTRUÇÃO: Observe as seções da UE “passeando” pelas suas páginas. Após, vá preenchendo sequencialmente o roteiro anotando as informações pedidas.

1. O que eu já conheço sobre os conteúdos expostos no infográfico?

2. Quais possíveis dúvidas tenho sobre os conteúdos dispostos na unidade?

3. O que eu gostaria de aprender a respeito dos conteúdos?

4. Em qual ordem acredito que esses conteúdos estarão dispostos na UE?

Fonte: Os autores (2014)

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Tabela 10 | Resumo dos itens que compõem o “convite ao estudo”

Título da Unidade

Convite ao estudo

1. 2. 3. 4. 5. 6.

Parágrafo de abertura. Competências gerais, técnicas e objetivos de aprendizagem específicos da SA. Descrição da SR. Apresentação das SP e a indicação da SA na qual serão estudadas. Parágrafo de integração entre a SA e o MC. Finalização com a apresentação do roteiro de leitura.

Fonte: Os autores (2014)

4.2 | Seção de autoestudo

→ Diálogo aberto O objetivo de aprendizagem dessa seção é a de orientar como você aplicará a ME estudada na UE 1 na produção textual das SA que situam-se após o “Convite ao estudo”. A figura 25 ilustra como devem estar dispostas as seções no LD.

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Figura 25 | Disposição das sa nas UE Seção 1.1 Seção 1.2 Seção 1.3 Seção 1.4

LD

Seção 2.1 Seção 2.2 Seção 2.3 Seção 2.4 Seção 3.1 Seção 3.2 Seção 3.3 Seção 3.4 Seção 4.1 Seção 4.2 Seção 4.3 Seção 4.4

Fonte: Os autores (2014)

É muito importante enfatizar que cada SA deve ser desenvolvida como uma aula. Portanto, ela deve ter início, desenvolvimento e fechamento alcançando tudo aquilo que ela propõe. A figura 26 destaca todos os itens da SA.

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Figura 26 | Itens da SA

Título da seção Diálogo aberto

SA

Não pode faltar! Sem medo de errar Avançando na prática Autoavalie-se Faça valer a pena! Fonte: Os autores (2014)

→ Não pode faltar! A seção é organizada em sequências didáticas (SD). A SD é uma “[...] maneira de encadear e articular as diferentes atividades ao longo de uma unidade de ensino”. (ZABALA 2010, p. 147). Optamos por utilizar a SD, pois apresenta o conjunto de atividades planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa, e possibilita a sequencialidade do conteúdo de forma articulada. Observe na figura 27 a relação entre os passos da ME estudada na UE 1 e cada item da SA. Indicamos também o número de páginas a ser observado por você.

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Figura 27 | Itens da sa e a me

Título da seção de autoestudo

Diálogo aberto = 1 página

Não pode faltar = 5 páginas

Sem medo de errar = 1 página

nome atribuído à seção seguindo as orientações da seção 3.3 deste manual.

texto destinado à introdução da seção e contextualização do autoestudo. Nela problematiza-se a SR apresentada no “Convite ao estudo” tornando-a uma SP específica da seção. Você deve indicar ainda as competências técnicas, os conteúdos específicos e uma breve descrição dos procedimentos para a resolução da SP.

destinada à teorização e exemplificação. A teorização será dos conceitos, dos procedimentos e atitudes relacionados às competências técnicas e SP propostos. A exemplificação ocorrerá por meio de atividades resolvidas pelo professor e atividades a serem resolvidas pelo aluno para exercitar os procedimentos ensinados.

destinada à aplicação dos conteúdos trabalhados e os procedimentos aprendidos para resolver a SP apresentada no item “Diálogo aberto”.

Avançando na prática = 1 página

Autoavalie-se = 1 página

Faça valer a pena! = 1 página

destinada à transferência. Apresenta novas SP vinculadas à vida profissional que estejam relacionadas às competências técnicas e conteúdos desenvolvidos na seção.

item de autoavaliação da aprendizagem. Consiste em um checklist destinado ao aluno para que reflita sobre aquilo que foi aprendido.

avaliação específica dos aspectos conceituais desenvolvidos na seção.

Fonte: Os autores (2014)

No “Avançando na prática”, a seguir, você será orientado sobre como construir cada um dos itens especificados na figura acima.

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→ Avançando na prática

4.2.1 Diálogo aberto O “Diálogo aberto” tem a função de introduzir e contextualizar o autoestudo da seção. A seguir apresentaremos o passo a passo para seu desenvolvimento. 1° Abra a seção atribuindo-lhe um título. Sobre a produção desses títulos, reveja a seção 3.3 deste manual. 2° Problematize a SR apresentada no “Convite ao estudo” tornando-a uma SP.

DICA Ao escrever a seção, faça o aluno entrar em um “clima” de aula.

Você construirá uma SP relacionada à SR, aos conteúdos e às competências técnicas. Existe a possibilidade de você decidir quanto à quantidade de SP da seção. Contudo, todas elas devem ser resolvidas no decorrer da SA. A SP é um recorte da SR cuja resolução exige do aluno a utilização de um conjunto de procedimentos eficazes. A sua resolução deve mobilizar um conjunto de competências necessárias para aprender. O seu uso no processo de ensino e aprendizagem torna-se vantajoso, porque: • torna a aprendizagem significativa; • instiga a curiosidade do aluno, pressupondo a sua ação sobre a situação próxima às situações reais do contexto de trabalho;

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• é uma atividade mediadora; • reflete as inter-relações entre conceitos, procedimentos e atitudes; • valoriza a investigação, a integração, a cooperação e incentiva a ação do aluno.

A SP deve ser suficientemente desafiante e bem embasada em dados e informações. Para elaborar a SP você precisa pensar nas competências e, posteriormente, nos conteúdos de ensino. A escrita da SP deve informar claramente tudo o que o aluno deve fazer, o que se espera dele e explicitar suficientemente os dados que possibilitam sua resolução. Considere que na etapa de teorização você mediará os conteúdos mobilizados na SP. 3° A partir da SP você apresentará as competências técnicas e conteúdos mobilizados para resolvê-la. Elabore um parágrafo fazendo um “link” entre a SP e preencha o quadro abaixo da proposta didática da seção.

Lembre-se Aprendizagem significativa é aquela na qual “o significado do novo conhecimento é adquirido, atribuído, construído por meio da interação com algum novo conhecimento prévio, especificamente relevante, existente na estrutura cognitiva da aprendizagem”. (MASINI et al. 2008, p. 15-16).

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REFLITA O que eu preciso conhecer bem para ser capaz de resolver essa SP? • Competências técnicas mobilizadas: • Conteúdos mobilizados: • Procedimentos de resolução da SP: (aqui você descreverá brevemente o passo a passo para resolver a SP).

4° Articular os novos conteúdos aos conteúdos já desenvolvidos. Esse passo é específico para o desenvolvimento da produção textual das seções 2, 3 e 4 da UE. A finalidade dessa estratégia é estabelecer, de forma gradativa, a integração entre os conteúdos, de modo a evitar a sua fragmentação. Resumindo:

Tabela 11 | Resumo dos itens que compõem o “diálogo aberto”

Título da SA

Diálogo aberto

1. Problematização da SR e planejamento da SP. 2. Apresentação em um parágrafo das competências técnicas e os conteúdos usando um quadro esquemático. 3. Articular conteúdos com SA anteriores (quando cabível). Fonte: Os autores (2014)

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4.2.2 Não pode faltar! De acordo com a nossa ME, o item “Não pode faltar!” tem dois objetivos: teorizar e exemplificar os conteúdos. Nela você terá que realizar, respectivamente, duas tarefas: a) teorizar: sistematizar e expor os conteúdos previstos no PE e na UE. b) exemplificar: mostrar exemplos que esclareçam os conteúdos teorizados à medida que os expõe e sistematiza. Os exemplos serão atividades propostas nas quais você alternará atividades resolvidas por você e outras para que o aluno resolva aplicando o mesmo procedimento para praticar o que foi exemplificado. As atividades propostas ao aluno são um momento significativo no qual ele poderá melhorar o domínio dos conteúdos tendo como parâmetro os exemplos utilizados. Não há uma quantidade determinada de atividades. Porém, é preciso lembrá-lo de que existe a padronização de quantidades de páginas para cada item. As atividades a serem resolvidas pelo aluno devem ter um gabarito comentado, conforme o formulário do apêndice deste manual. Esclarecemos que para a elaboração dessas atividades você siga as orientações do Manual de Elaboração de Questões. Na etapa de teorização e exemplificação você deverá, obrigatoriamente, utilizar os ícones abaixo.

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Ícones e funções pedagógicas

Figura 29 | Ícones da etapa da teorização e exemplificação Assimile: convida o aluno a assimilar os conteúdos sistematizados destacando partes interessantes. Mínimo: 1. Máximo: 3 Pesquise mais!: indica leitura complementar. Mínimo: 1. Máximo: 3. Vocabulário: explica o sentido de palavras/termos técnicos. Mínimo: quantos forem necessários. Reflita: Momento de questionamento e reflexões que o autor propõe ao aluno. Mínimo: 1. Máximo: 3. Exemplificando: Indica exemplos resolvidos pelo autor. Mínimo: 1. Máximo: 3. Faça você mesmo: Convida o aluno a resolver a atividade proposta pelo autor (com ou sem pauta). Acompanha todas as atividades de exemplificação a serem realizadas pelo aluno.

Fonte: Os autores (2014)

Ao final da teorização e exemplificação, você escreverá um parágrafo convidando o aluno para a atividade do mapa vocabular. Após a leitura da seção, ele auxiliará o aluno a organizar os conteúdos trabalhados e exemplos. Consiste em uma oportunidade para que reflita ou até retome os conteúdos em uma representação visual. Figura 30 | Estrutura padrão da atividade do mapa vocabular Liste os conceitos aprendidos usando apenas palavraschave.

Fonte: Os autores (2014)

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Como eu conceituo cada um desses conceitos?

Quais exemplos posso atribuir para cada um desses conceitos?


Após a atividade do mapa vocabular, desenvolva de dois a três parágrafos para fechar a teorização e exemplificação dos conteúdos e convidar o aluno para aplicá-los na resolução da SP proposta pela seção. Resumindo: Tabela 12 | Resumo dos itens que compõem o “não pode faltar!”

1. Teorizar os conteúdos expondo-os e sistematizando-os. 2. Alternar a teorização e a exemplificação por meio de atividades resolvidas por você e outras propostas ao aluno. 3. Utilizar os ícones obrigatórios. Fonte: Os autores (2014)

4.2.3 Sem medo de errar! Neste item da seção você retomará a SP proposta no item “Diálogo aberto”, aplicará os conteúdos teorizados e exemplificados na sua resolução. Nesta etapa você deve utilizar os ícones abaixo. A resolução da SP deve ter apenas uma página.

LEMBRE-SE Você pode repetir um conceito várias vezes, pois isto permite ao aluno o feedback imediato e verificar se aprendeu ou não.

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Figura 31 | Ícones da etapa de aplicação

Ícones e funções pedagógicas

Atenção! - Indica elementos relevantes no texto. Mínimo: 1. Máximo: 3

Lembre-se - Remete o aluno a assuntos já tratados e sua fonte de busca. Mínimo: 1. Máximo: 3.

Fonte: Os autores (2014)

4.2.4 Avançando na prática Esse item da SA é destinado à transferência e nela você proporá ao aluno novas SP para que ele resolva. As novas SP são outras atividades com estrutura análoga àquela que você propôs no item “Diálogo aberto”. Essas atividades devem oportunizar ao aluno a transferência das competências desenvolvidas e os conteúdos aprendidos na SA. Para cada atividade você deve elaborar um gabarito comentado, conforme o formulário indicado no apêndice deste manual. Orientamos que exponha duas SP, conforme a tabela padronizada abaixo.

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Tabela 13 | Formulário padrão para a proposição da SP Pratique mais! Instrução Desafiamos você a praticar o que aprendeu transferindo seus conhecimentos para novas situações que pode encontrar no ambiente de trabalho. Realize as atividades e depois compare-as com a de seus colegas e com o gabarito disponibilizado no apêndice do livro. Título da situação-problema 1 1.

Competências técnicas

2.

Objetivos de aprendizagem

3.

Conteúdos relacionados

4.

Descrição da SP

5.

Resolução da SP:

Fonte: Os autores (2014)

Na etapa da transferência você deve, obrigatoriamente, utilizar os ícones abaixo. Figura 32 | Ícones da etapa da transferência

Ícones e funções pedagógicas

Lembre-se - Remete o aluno a assuntos já tratados e sua fonte de busca. Mínimo: 1. Máximo: 3. Faça você mesmo - Convida o aluno a atuar no texto realizando alguma atividade (com ou sem pauta). Mínimo: 1. Máximo: 3.

Fonte: Os autores (2014)

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4.2.5 Autoavalie-se! Esse item tem a função de promover a avaliação dos aspectos conceituais desenvolvidos na SA. A autoavaliação é um checklist direcionado ao aluno em forma de perguntas para que reflita sobre a aprendizagem dos conteúdos. A sua finalidade pedagógica é possibilitar-lhe a sua retomada antes de finalizar a seção. Ela proporciona a segurança ao aluno quanto ao processo de aprendizagem e consolidação de competências. Elabore um parágrafo introdutório para estimular o aluno a realizá-la e, em seguida, apresente o formulário abaixo. Figura 31 | Ícones da etapa de aplicação

Autoavalie-se! Instrução Chegou um momento importante do seu estudo: a autoavaliação. Esse momento é para que reflita sobre aquilo que aprendeu antes de caminhar para a avaliação da seção. 1. Competências técnicas

2. Conteúdos de Aprendizagem

Meu desempenho

Resposta

Aqui você escreverá perguntas

Sim

que farão o aluno refletir Autor, aqui você escreverá as competências técnicas na seção.

Autor, aqui você escreverá os conteúdos propostos da seção.

se ele alcançou ou não o desempenho esperado. Elabore questões que exijam do aluno respostas objetivas de “sim” ou “não”.

Fonte: Os autores (2014)

4.2.6 Faça valer a pena! Esse item propõe ao aluno questões para avaliar os aspectos conceituais desenvolvidos na SA. Você deverá elaborar cinco questões objetivas e duas questões discursivas. Reafirmamos que elas devem ser de caráter conceitual 104

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Não


e refletir unicamente os conteúdos desenvolvidos na seção. Para elaborá-las é necessário que siga as orientações padronizadas no Manual de Elaboração de Questões e apresente o gabarito de suas respostas conforme o formulário padronizado no apêndice desse manual.

4.3 | Produção textual dos elementos: “Gostou do tema?”, “Fiz, aprendi!” e Referências

→ Diálogo aberto Na seção anterior detalhamos como você desenvolverá os itens que compõem a SA da UE. Agora, orientamos como construir os outros elementos da UE que situam-se após a SA. São elementos importantes, pois juntos realizam o fechamento da UE até a sua culminância na avaliação da UE. Esses elementos são o “Gostou do tema? Dê mais alguns passos”, “Fiz, aprendi!” e Referências.

→ Não pode faltar! De modo bastante objetivo, a justificativa para cada um desses elementos é o que expomos na tabela abaixo.

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Tabela 15 | Elementos estudados nesta seção

Elemento

Função

Gostou do tema? Dê mais alguns passos

Indicar ao aluno o estudo complementar para que ele possa, de modo orientado, aprofundá-lo.

Fiz, aprendi!

Promover a avaliação sistemática de toda a proposta didática desenvolvida na UE.

Referências

Indicar ao aluno todas as referências que você utilizou no decorrer da UE.

Fonte: Os autores (2014)

Vamos às orientações.

→ Avançando na prática

4.3.1 Gostou do tema? Dê mais alguns passos Esse elemento reforça a importância da continuidade do estudo, da pesquisa e leitura de maneira que o aluno não só aprenda, mas deseje continuar a aprender e ser capaz de o fazê-lo. Esse elemento deve ter, no máximo, duas páginas. Nele você indicará materiais complementares de estudo, colocando após um breve comentário sobre elas. Após expor as referências, escreva dois ou três parágrafos realizando uma breve ligação entre o que foi estudado na UE atual e o que será abordado na próxima UE.

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Exemplo: ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Tradução: Alfredo Bosi. 3. ed. São Paulo, Mestre Jou, 2008. Obra fundamental para aprofundar conceitos e ter a visão deles no contexto das ideias filosóficas.

4.3.2 Fiz, aprendi! Esse elemento consiste na avaliação da unidade de ensino, dispondo de, no máximo, três páginas. A avaliação da unidade de ensino é um momento de reflexão sobre os conhecimentos desenvolvidos na UE. É importante que você saiba que ela segue um estilo de um simulado que contempla todos os conteúdos desenvolvidos nas UE, exceto na UE 1. Isso não significa o acúmulo dos conteúdos, mas sim a sua integração e articulação a fim de evitar a sua fragmentação. Outro argumento para justificar essa opção é que as provas do Enade exigem do candidato a mobilização interdisciplinar dos conteúdos. Julgamos importante frisar que a integração e articulação não interfere na quantidade padrão de questões estabelecidas. Para elaborar o simulado, você deve seguir as orientações previstas no Manual de elaboração de questões. Ao todo, você deve planejar: 1° o total de 14 questões objetivas de nível médio estilo Enade. 2° três questões discursivas em formato de situação-problema ou estudo de caso. As questões devem indicar o nível de domínio das competências técnicas desenvolvidas na unidade. Após elaborá-las, você deve preencher o formulário do gabarito disponibilizado no apêndice deste manual. O gabarito das questões objetivas deve conter apenas as letras que indicam a resposta correta; já o gabarito das questões discursivas deve ser elaborado apresentando a resposta padrão.

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4.3.3 Referências Após a avaliação da EU, você indicará todas as referências que utilizou na construção da UE. É importante que mantenha a coerência entre as referências (básica e complementar) previstas no PE. Para realizar as referências você deve seguir os padrões da ABNT 6023/2002.

→ Autoavalie-se! Propomos a reflexão sobre os conteúdos discutidos nessa unidade.

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Tabela 16 | Autoavaliação da UE

Competência

CRITÉRIO DE DESEMPENHO Indicador de domínio

Apropriando-se Apropriando-se Ampliou o seu do uso correto da linguagem embasamento de termos adequada? conceitual? técnicos?

Com clareza?

De forma objetiva?

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Aplicar a contextualização do autoestudo na produção textual do

Conhecer a estrutura técnica e metodológica da UE e SA.

elemento "Convite ao estudo".

Aplicar ME na produção textual das SA.

Desenvolver a produção textual do estudo complementar no elemento “Gostou do tema?”.

Fonte: Os autores (2014)

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Competência

CRITÉRIO DE DESEMPENHO Indicador de domínio

Construir a avaliação da aprendizagem da UE de acordo com o estilo Enade no elemento "Fiz, aprendi!".

Empregar as orientações para realizar a referenciação das obras utilizadas na UE

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Apropriando-se Apropriando-se Ampliou o seu do uso correto da linguagem embasamento de termos adequada? conceitual? técnicos?

Com clareza?

De forma objetiva?

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

Parcialmente

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→ Gostou do tema? Dê mais alguns passos BORDENAVE, Juan Diáz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de ensinoaprendizagem. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. Tematiza a metodologia da problematização. Um livro próximo à nossa proposta. HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. 4. ed. São Paulo: Ática, 1997. Apresenta os temas mais recorrentes da didática e como devemos entendê-los no processo de ensino e aprendizagem. MOREIRA, M. A. Teorias de aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999. NOGUEROL, Artur. Língua. In: ZABALA, Antoni (Org.). Como trabalhar os conteúdos Procedimentais em aula. Tradução Ernani Rosa. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999. Um clássico que, além de relacionar-se com o nosso modelo curricular, aborda tema de como desenvolver os conteúdos procedimentais. SACRISTÁN, Gimeno José; GÓMEZ Pérez I. Angel. Compreender e transformar o ensino. Porto Alegre: Artmed, 1998. Este livro traz reflexões importantes que podem contribuir para ampliar questões sobre o desenvolvimento de práticas educativas mais eficazes. SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros e tipos de discurso: considerações psicológicas e ontogenéticas. In: SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim e colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. Livro clássico sobre a sequência didática.

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REFERÊNCIAS

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Tradução: Ernani F. da Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2010.

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Manual do Livro didático


Manual do Livro didรกtico

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APÊNDICE

No Apêndice você encontrará as informações específicas para a produção do seu texto, bem como os formulários indicados ao longo desse manual.


APÊNDICE A

Orientações para elaboração das páginas de textos

Você deverá seguir as orientações disponibilizadas na sequência para formatar o texto.

1. Orientação para formatação da página - aplicativo Word. - papel A4. Margens (superior, inferior, esquerda e direita): 2 cm. - parágrafos: entrelinhas 1,5 cm; espaçamento: antes = 0; depois = 0 e selecionar a opção “não adicionar espaço entre parágrafos do mesmo estilo”. - O parágrafo deve ser de 1,25 cm de recuo da margem. - texto Arial 11, justificado.

2. Títulos e subtítulos Os títulos e subtítulos do LD deverão ser padronizados da seguinte forma: - título da UE: fonte 14, todas as letras em minúsculo, negrito e justificada de maneira uniforme entre as margens. - títulos das SA: fonte 14, somente a primeira letra em maiúsculo, negrito e justificada de maneira uniforme entre as margens. - subtítulos da SA: fonte 12, somente a primeira letra em maiúsculo e justificada de maneira uniforme entre as margens.

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Exemplo:

• Título da unidade de ensino Unidade de ensino 1 História da filosofia • Títulos das seções Filosofia na Grécia antiga • Títulos dos demais itens da UE Avaliação da unidade de ensino Gostou do tema? Dê mais alguns passos Referências

3. Gráficos, imagens e tabelas O uso de imagens deve seguir as orientações descritas no manual de uso de imagem. As figuras, os quadros, as tabelas e os gráficos devem ter um título e uma fonte. O título é posicionado acima do recurso e a fonte logo abaixo. Quando você produz um desses recursos exclusivamente para o material, a fonte, nesse caso, é composta pela expressão “O autor”, seguida pelo ano entre parênteses. No arquivo enviado para revisão e diagramação você deverá indicar o local exato no qual será inserida a imagem. Para isso, orientamos que utilize marca-texto com cor diferente da que foi usada no texto.

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APÊNDICE B

Os ícones e sua função pedagógica Os ícones são recursos utilizados para destacar questões relevantes no texto que você produziu. Eles consistem em desenhos padronizados que convidam o aluno a dar uma pausa na leitura do texto e chamar sua atenção. Eles devem ser usados somente no decorrer das UE e SA de forma obrigatória ou sempre que necessário, conforme descrito na tabela abaixo.- subtítulos da SA: fonte 12, somente a primeira letra em maiúsculo e justificada de maneira uniforme entre as margens.

Tabela 1 | Ícones e funções pedagógicas

Ícones

Nome do ícone

Propõe ao aluno uma atividade relacionada aos conteúdos abordados. Ela pode Faça você mesmo! conter ou não pauta para que o aluno faça a atividade no próprio livro. Caso queira que a atividade seja realizada no livro, você deve indicar essa necessidade para o diagramador. Momento de pausa no texto para que o aluno pense e raciocine sobre o Reflita conteúdo trabalhado. Orientamos que ela contenha questionamentos, frase que queira destacar e outros. Indica elementos relevantes no texto. Ele destaca um conceito ou uma ideia de Atenção muita relevância sobre o tema em estudo. Vocabulário Explica o sentido de palavras/termos técnicos utilizados no texto. Pesquise mais!

Indica leitura complementar.

Lembre-se

Remete o aluno a assuntos já tratados e sua fonte de busca.

Exemplificando

Convite à imaginação do aluno para ampliar assuntos e pensar em outras situações. Convida o aluno a assimilar os conteúdos sistematizados destacando partes interessantes do texto. Convida o aluno a assimilar os conteúdos sistematizados destacando partes interessantes do texto. Acrescenta informações importantes ao assunto. Ele incentiva o aluno a ampliar seus conhecimentos. Orientamos que ele seja formado por textos curtos (até, no máximo, cinco linhas), destacando curiosidades ou materiais complementares.

Imagine Assimile

Saiba mais

Fonte: Os autores (2014)

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Função pedagógica

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Para utilizá-los, basta que indique o nome do ícone escolhido para que seja substituído pela imagem específica pelo diagramador. Os ícones deverão ser inseridos na coluna de indexação situando-se à direita do bloco de texto. Veja o formato da página abaixo:

INTRODUÇÃO Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Sed eu magna posuere, gravida nibh in, malesuada augue. Cum sociis natoque penatibus et magnis dis parturient montes, nascetur ridiculus mus. Sed facilisis finibus metus, vitae accumsan metus bibendum ac. Donec vehicula varius ligula, vel accumsan justo venenatis nec. Sed massa mi, ullamcorper .

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APÊNDICE C

Esse instrumento o ajudará a verificar se as orientações acima indicadas foram seguidas. CHECKLIST DE REVISÃO 1. ESTRUTURA Apresentou-se em forma de um diagrama bidimensional? Apresentou-se como uma ferramenta de planejamento para organizar as ideias e os conceitos mais gerais e inclusivos da disciplina? Apresentou-se viável para sua produção pela equipe de design gráfico? O MC separou didaticamente os conteúdos em unidades e seções? 2. CONTEÚDO DO MC Demonstrou as relações hierárquicas entre os conceitos da disciplina? Apresentou os conceitos-chave da disciplina? Apresentou os conceitos mais gerais e os mais inclusivos? Apresentou linhas conectando os conceitos sugerindo relações entre eles? Ele integrou e relacionou os conceitos e promove a sua diferenciação conceitual? Os conectores dos conceitos foram indicados por palavras? O MC comunicou os conceitos mais significativos? Ele cobriu suficientemente o conjunto de conteúdos necessários da disciplina? Selecionou as informações e os conteúdos de maneira que o aluno assimile com exatidão os conjuntos de conteúdos da disciplina?

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Os conteúdos apresentaram-se rigorosamente corretos, precisos e exatos? Os conteúdos foram alinhados à estrutura curricular do curso?

3. ASPECTOS PEDAGÓGICOS Como recurso instrucional, apresentou-se de forma clara, concisa e didática para o aluno? Apresentou-se de forma concisa, facilitando a aprendizagem desses conceitos e relações? Ele se mostrou uma ferramenta eficaz para a aprendizagem do aluno? Apresentou uma visão geral prévia do que vai ser ensinado? Mostrou-se como uma representação concisa das estruturas conceituais? Ele atendeu ao perfil do aluno?

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APÊNDICE D

Formulário dos gabaritos das atividades avaliativas Temos, ao todo, três tipos de gabaritos, que seguem ilustrados abaixo. Figura 1 | Gabaritos das atividades avaliativas

Gabaritos Formulário das atividades de exemplificação: comentado Formulário das atividades de transferência: comentado Formulário da avaliação da seção: comentado Formulário da avaliação da unidade: resposta padrão Fonte: Os autores (2014)

Os gabaritos comentados são aqueles nos quais você traz mais detalhamentos sobre as respostas, relacionando-as com os conteúdos abordados na seção. Já o gabarito da avaliação da unidade (simulado) apenas apresentará a resposta padrão das questões dissertativas e objetivas.

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Manual do Livro didático

Fonte: Os autores (2014)


Formulário do gabarito de atividades de exemplificação IDENTIFICAÇÃO MATRIZ: SEMESTRE: DATA INÍCIO:

CURSO: DISCIPLINA: TÍTULO DO LIVRO: AUTOR:

RECEBIMENTO Data de entrada:

Data de saída:

Responsável: Informações

Unidade de Ensino: Seção de autoestudo: Questões objetivas Questão 1.

Alternativa correta

Comentários

a) b) c) d) e) Questão dissertativa Enunciado

Resposta

Formulário do gabarito de atividades de transferência IDENTIFICAÇÃO MATRIZ: SEMESTRE: DATA INÍCIO:

CURSO: DISCIPLINA: TÍTULO DO LIVRO: AUTOR:

RECEBIMENTO Data de entrada:

Data de saída:

Responsável: Informações

Unidade de Ensino: Seção de autoestudo: • Competências técnicas mobilizadas • Objetivos de aprendizagem • Conteúdos relacionados • Descrição da SP • Resolução comentada

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Formulário do gabarito da avaliação da seção IDENTIFICAÇÃO MATRIZ: SEMESTRE: DATA INÍCIO:

CURSO: DISCIPLINA: TÍTULO DO LIVRO: AUTOR:

RECEBIMENTO Data de entrada:

Data de saída:

Responsável: Informações

Unidade de Ensino: Seção de autoestudo: Questões objetivas Questão 1.

Alternativa correta Ao todo 5 questões.

Comentários

a) b) c) d) e) Questão dissertativa 1 Enunciado

Resposta Ao todo 5 questões.

Formulário do gabarito da avaliação da seção IDENTIFICAÇÃO CURSO:

MATRIZ: SEMESTRE: DATA INÍCIO:

DISCIPLINA: TÍTULO DO LIVRO: AUTOR:

RECEBIMENTO Data de entrada:

Data de saída:

Responsável: Informações

Unidade de Ensino: Questões objetivas Questão 1.

Alternativa correta Ao todo 14 questões.

Comentários

a) b) c) d) e) Questão dissertativa 1 Enunciado 124

Manual do Livro didático

Resposta Ao todo 5 questões.


ANOTAÇÕES

Manual do Livro didático

125


ANOTAÇÕES

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Manual de Orientação para a Elaboração da Webaula




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