H O S P I TAL MAGAZINE
Revista do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, EPE | n.º11
Hospital Padre Américo comemora o 18.º aniversário Pág.04
Nova cirurgia para tratamento da incontinência fecal Pág.05 Prioridade à humanização dos cuidados hospitalares Pág.10
Índice
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- Curso básico de traumatologia do membro inferior - Jornadas de Ortopedia do CHTS promovem articulação de cuidados
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CHTS promove o envelhecimento ativo
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A importância da multidisciplinariedade nos cuidados pediátricos e neonatais
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- Brincar aos hospitais no Dia da Criança - “Tarolas Pediátricos” ensinam crianças e adultos a proteger-se do sol
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Hospital Padre Américo comemora o 18.º aniversário
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CHTS tem cirurgia inovadora para tratar a incontinência fecal
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- CHTS presente na X edição da Feira da Saúde de Penafiel - Dia da Mãe assinalado no Hospital Padre Américo
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ABC dos Serviços
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CHTS realizou 5.ª edição do Curso Prático de Pé Diabético
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Rastreios e exercício físico na Idade de Ouro em Amarante
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Comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro
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CHTS: Prioridade à Humanização dos cuidados hospitalares
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Tuberculose e silicose foram os temas centrais da 4ª jornada de Pneumologia do CHTS
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Meias antiderrapantes para reduzir quedas
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Revista Trimestral - Edição n.º 11 | 2019 Tiragem: 1000 exemplares Propriedade - Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, E.P.E. | Avenida Hospital Padre Américo, 210 4560-136, Guilhufe, Penafiel | Tel: 255 714 000 Direção - Dr. Carlos Alberto Coordenação Editorial - Inês Sousa (SRPC) Design Gráfico - Sara Moreira (SRPC), Colaboradores - Carmo Pinheiro, Paula Mourão Gonçalves, (SRPC) E-mail: comunicacao@chts.min-saude.pt ERC Isento de registo Depósito Legal: 328563/11 Impressão Gráfica: Gráfica de Paredes, Lda. O conteúdo desta publicação é da responsabilidade do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, E.P.E., através do seu Serviço de Relações Públicas e Comunicação (SRPC). Os textos assinados são da responsabilidade dos seus autores, não representando a opinião do Conselho de Administração.
Ficha Técnica
Editorial Presidente do Conselho de Administração Dr. Carlos Alberto
O CHTS e o País entram agora numa nova etapa após a nomeação, há alguns meses, do novo Conselho de Administração e da tomada de posse, há poucas semanas, do novo Governo de Portugal. Embora um e outro sigam, no essencial, uma estratégia de continuidade em relação aos mandatos anteriores (as composições foram maioritariamente mantidas), há no entanto que dar resposta a novos desafios e a um tempo cada vez mais exigente. Pela parte do Governo, foi já transmitida a opção de ter a Saúde como uma das prioridades para a legislatura que agora se inicia, pelo que há fundadas expetativas que o CHTS possa continuar a ter o apoio da tutela para o desenvolvimento dos projetos que melhorem a capacidade assistencial a esta vasta região do Tâmega e Sousa (mais de 5 por cento da população portuguesa – 520.000 pessoas de 12 Concelhos em 4 Distritos – são referenciação direta do CHTS). Todos estamos, pois, convocados no CHTS para um empenho total em melhorar o acesso às consultas de especialidade, em melhorar a Humanização na prestação dos cuidados, em lutar pela obtenção da Certificação da Qualidade pelo modelo ACSA preconizado pela Direção-Geral da Saúde, em continuar uma gestão rigorosa dos dinheiros públicos que nos coloque na liderança dos hospitais com custos controlados, em garantir uma permanente capacidade de lutar pelos primeiros lugares nas análises de benchmarking. Os níveis de exigência crescentes têm de contar com a participação de todos na preocupação com melhoria nas competências (mais do
que as qualificações) nos diferentes grupos profissionais. Só poderemos coletivamente ficar satisfeitos quando formos capazes de assegurar elevados níveis de satisfação em todos os “stakeholders”, seja doentes, familiares, acompanhantes, colaboradores, comunidade envolvente, autarquias e demais instituições. Tornar o CHTS num Hospital Magnético, que seja atrativo para novos profissionais que desejem aqui desenvolver o seu percurso profissional, para os atuais profissionais que aqui se sintam felizes na continuidade do seu trabalho, para as mulheres grávidas que aqui sintam o local certo para ver nascer as suas crianças e para os doentes que aqui sintam a segurança para o seu tratamento, tem de ser o centro do nosso trabalho quotidiano. Tudo isto porque assumimos que a preocupação principal deve estar nas pessoas, nos seus comportamentos e expetativas. Mas não queremos deixar de referir a preocupação sempre presente de melhoria das instalações e equipamentos, agora que o Hospital Padre Américo em Penafiel fez 18 anos da sua inauguração e há investimentos que se espera possam avançar nos próximos tempos, como a eficiência energética que aguarda autorização superior. Hospital de Dia em Penafiel, Clínica do Pé Diabético no Hospital S. Gonçalo, em Amarante, Hospitalização Domiciliária em Amarante, serão alguns dos projetos que certamente farão notícia nos próximos tempos.
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Hospital Padre Américo comemora o 18.º aniversário
O Hospital Padre Américo assinalou, a 28 de outubro, o 18.º aniversário, numa cerimónia onde foram entregues os diplomas do 12.º ano, através do sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) a 13 funcionários e em que foram reconhecidos mais 14 colaboradores que completaram 25 anos ao serviço do hospital, nomeadamente ao serviço dos hospitais de Paredes e de Penafiel, que deram origem ao Hospital Padre Américo. E porque, como referiu José Ribeiro, enfermeiro-diretor do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, “numa instituição, não há nada mais importante que os recursos humanos”, a comemoração dos 18 anos “significa enaltecer o papel dos profissionais desta instituição”. O presidente do Conselho de Administração, Carlos Alberto, falou nos desafios que se colocam aos profissionais no futuro, no sentido de continuar o trabalho feito, para que a instituição seja atrativa, “magnética”, quer no sentido da fixação de novos profissionais, quer no que respeita às escolhas dos utentes. “Temos que trabalhar diariamente, não só pela qualidade técnica, mas também pela humanização dos cuidados prestados”, disse. Já Filipa Carneiro, diretora clínica do CHTS, destacou a “identidade própria do CHTS, de
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entrega e dinamismo”, enquanto André Silva, vogal do Conselho de Administração do CHTS, falou no exemplo dos cursos de RVCC como um exemplo de “integração na comunidade”, que o CHTS pratica e Augusta Morgado, igualmente vogal do Conselho de Administração, referiu-se à reunião dos colaboradores como um “encontro de família”.
CHTS tem cirurgia inovadora para tratar a incontinência fecal O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) disponibiliza, desde o início do ano passado, um tratamento inovador para a incontinência fecal. Trata-se de uma cirurgia minimamente invasivo para implantação de um dispositivo que vai permitir ao doente ter controlo sobre o esfíncter. Manuel Silva, de 50 anos, diz que esta cirurgia foi “a melhor coisa” que lhe aconteceu depois de, há oito anos, ter sido diagnosticado com um cancro no recto, o que levou a que, até agosto deste ano, fosse obrigado a usar fraldas por ter perdido o controlo sobre o esfíncter anal. Coisas tão simples como ir à praia ou, mesmo, “estar numa sala com outras pessoas” eram quase impossíveis. “Nem pensar em ir à praia de fralda”, diz, lembrando que tinha sempre receio que as pessoas em redor se apercebessem do mau odor. Em agosto deste ano, Manuel foi sujeito a uma cirurgia de neuromodulação das raízes sagradas – assim se chama o procedimento – e, desde então, a sua vida “mudou completamente”. Agora, embora ainda necessite, em situações de maior stress, de recorrer a fraldas, leva uma vida “perfeitamente normal”.
bém os jovens podem ser afetados, aparecendo, sobretudo, em mulheres, como consequência de uma complicação do parto, ou então, em qualquer dos géneros, após uma cirurgia proctológica (ao ânus) por causa de umas simples hemorróidas ou fístula anal. Outro caso especial são os doentes submetidos a cirurgia de ressecção do recto, a maioria por uma doença oncológica, em que a incontinência surge posteriormente. Após a formação dos profissionais em Barcelona, o Serviço de Cirurgia do CHTS iniciou este tratamento, tendo já colocado seis aparelhos. O procedimento consiste em colocar um elétrodo através do sacro junto à origem do nervo pudendo – o nervo que controla o esfíncter do ânus – e que está ligado a uma fonte de energia, semelhante ao pacemaker cardíaco, que é implantado na zona da nádega. O aparelho vai, então, modular os reflexos defecatórios proveniente, do cérebro através da estimulação desse nervo, permitindo que o doente tenha controlo sobre o esfíncter, tudo de uma forma indolor. No Norte do país, a par do CHTS, só o Hospital de Santo António e o Hospital de São João proporcionam este tratamento aos doentes.
Doença afeta 18 por cento dos adultos A incontinência fecal é uma condição clínica com uma expressão importante na sociedade, embora pouco reconhecida. Estima-se que possa atingir até 18 por cento dos adultos, no entanto, a sua real prevalência não é conhecida encontrando-se, seguramente, subdiagnosticada, uma vez que a vergonha e o pudor a ela associados levam a que os doentes não falem sobre o assunto, mesmo com o próprio médico. Muito frequente no doente idoso, decorrente das doenças neurológicas e degenerativas, tam-
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ABC dos SERVIÇOS Seguiu-se a apresentação das várias unidades que integram a Cirurgia Geral, nomeadamente as unidades de Patologia Esofagogástrica, Patologia Colorectal, Patologia Endócrina e da Mama, Patologia Hepatobiliar e Pancreática e a unidade dedicada ao tratamento do pé diabético.
Com o objetivo de dar a conhecer a todos os colaboradores do centro hospitalar o trabalho desenvolvido em cada sector de actividade, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa lançou o programa ABC dos Serviços, que permitiu já a apresentação do Serviço Social e da Cirurgia Geral.
A 8 de agosto, foi a vez do Serviço Social se dar a conhecer à comunidade hospitalar. Maria João Correia, diretora do serviço, iniciou a apresentação com as características essenciais de um assistente social, deu a conhecer os elementos e a missão do serviço.
A Cirurgia Geral foi o primeiro serviço a responder ao repto lançado pelo Conselho de Administração, numa sessão que teve lugar no dia 4 de julho, no auditório do Hospital Padre Américo, em Penafiel.
Na sua introdução, Maria João Correia, falou também sobre o projeto “Espaço Solidário”, em parceria com a Liga de Amigos do Hospital Padre Américo, que “dá resposta em tempo útil a situações cujas respostas das estruturas sociais na comunidade não são tão rápidas”.
Coube ao director de serviço, o cirurgião Manuel Oliveira, e à enfermeira-chefe, Goreti Carvalho, fazerem o enquadramento geral do que é o Serviço de Cirurgia Geral, de onde ressaltou as dificuldades ao nível da limitação das instalações e de um número reduzido de recursos humanos, dificuldades debeladas pelo “altíssimo profissionalismo e dedicação” dos vários colaboradores, como vincou Manuel Oliveira.
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Seguiu-se, depois, a caracterização do Serviço Social, as áreas de atuação e os elementos responsáveis, as equipas multidisciplinares onde se inserem, como solicitar atuação do Serviço Social, entre outros temas relacionados com o trabalho desenvolvido.
Rastreios e exercício físico na Idade de Ouro em Amarante O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa esteve presente em mais uma edição da Idade de Ouro, uma festa dedicada aos idosos, promovida pela Câmara Municipal de Amarante, no Parque Florestal. O encontro teve lugar no dia 8 de julho, Dia do Município de Amarante. Uma equipa de enfermeiros, psicólogos e uma nutricionista fizeram rastreios de diabetes, hipertensão arterial, além de ações de sensibilização para a lavagem das mãos, testes de
avaliação de memória e aconselhamento nutricional, uma atividade realizada em parceria com o Agrupamento de Centros de Saúde Tâmega I. Este ano, a novidade foi a realização de uma aula de ginástica, conduzida pelo professor André Neves, do ginásio Ideal Korpus, uma iniciativa que pôs à prova a boa forma dos participantes e que foi acolhida com grande entusiasmo.
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Comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa dedicou uma semana inteira à celebração do Dia Internacional do Enfermeiro. As atividades, promovidas pelas várias equipas de enfermagem do centro hospitalar, envolveram ações de Suporte Básico de Vida (SBV), um Peddypapper, rastreios, ações de sensibilização para a saúde, sem esquecer uma iniciativa de solidariedade social.
Logo a 11 de maio, enfermeiros do Serviço de Urgência do Hospital de São Gonçalo realizaram duas ações de formação em SBV na sede dos Escuteiros do Agrupamento 448 de Amarante, sob o lema “Um escuta sempre alerta”. A 12 de maio, o Dia Internacional do Enfermeiro foi assinalado, em Penafiel, com o Peddy Papper “À descoberta pelos caminhos do Românico”. Em Amarante, foi realizada a Operação de Sensibilização para a Saúde, em conjunto com a Guarda Nacional Republicana (GNR). Durante a manhã, junto à Câmara Municipal
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de Amarante, uma equipa de enfermagem distribuiu informação sobre como prevenir um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
No dia 13, enfermeiros do CHTS visitaram a freguesia de Fervença, em Celorico de Basto, para entregar roupas e bens essenciais angariados. A iniciativa, realizada em parceria com o departamento de Ação Social da Câmara de Celorico de Basto, contou com o apoio da Amorim Gerações – Felgueiras (armazém de revenda de têxteis), Pingo Doce (loja de Amarante), todos os Serviços do CHTS, tendo sido o transporte assegurado pela Câmara Municipal de Amarante.
No Centro Escolar de Santa Marinha do Zêzere, uma equipa de enfermagem da Pediatria falou às crianças sobre a profissão de enfermeiro e sobre a importância de lavar bem as mãos como medida de prevenção para a saúde. Enfermeiros do Serviço de Urgência do Hospital Padre Américo levaram à Escola Secundária de Paredes uma ação de formação em Suporte Básico de Vida para alunos do 11.º ano.
Prémio de investigação As comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro terminaram com as jornadas “O caminho e as práticas em enfermagem”, que tiveram lugar a 14 de maio, no Hospital de Amarante. Neste encontro, foi entregue o Prémio Enfermeira Arminda Mendes Costa, criado com o objetivo de premiar trabalhos de investigação na área de enfermagem realizados no CHTS. “Autogestão na pessoa com DPOC” foi o trabalho distinguido e é da autoria de Sílvia Vieira, enfermeira do Serviço de Medicina Interna – UF3.
A equipa de enfermagem do Serviço de Urgência Pediátrica deslocou-se, ainda, à Escola EB1 da Esperança, no Marco de Canaveses, para mais uma sessão de educação para a saúde do projeto “As tuas mãos salvam vidas”. Na Santa Casa da Misericórdia de São Bento de Arnóia, em Celorico de Basto, os enfermeiros do Serviço de Medicina do Hospital de Amarante desenvolveram uma formação sobre suporte básico de vida e desobstrução da via aérea. Ainda no dia 13, a equipa de enfermagem da Unidade de Neonatologia deslocou-se à creche “O Miúdo”, em Amarante, onde realizou uma formação sobre medidas preventivas e de atuação em situações de engasgamento. No dia 15, a equipa de enfermagem de Urologia esteve na Universidade Sénior de Penafiel para uma palestra sobre incontinência urinária.
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CHTS: Prioridade à humanização dos cuidados hospitalares
A Comissão de Humanização do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) realizou, a 20 de setembro, o Humanize Healthcare, um seminário dedicado à humanização dos cuidados de saúde hospitalares. A iniciativa pretendeu, também, assinalar os 40 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os 12 anos da constituição do CHTS, que integra o Hospital Padre Américo, em Penafiel, e o Hospital São Gonçalo, em Amarante. O encontro realizou-se no Centro Pastoral de Amarante e contou com a presença de Isabel Santos, presidente da Comissão de Democracia, Direitos Humanos e Questões Humanitárias da Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que falou sobre a necessidade do cuidado especial ao doente na conferência “Dos
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direitos da pessoa ao direito do cuidado: uma questão de Direitos Humanos”. Na sessão de abertura, José Ribeiro, enfermeiro-diretor do CHTS, fez questão de enaltecer a grande adesão dos profissionais ao concurso de ideias e ao concurso de fotografia lançados pela Comissão de Humanização. Referindo-se às várias “histórias humanizadas” e aos projetos a implementar no CHTS no âmbito da humanização que estão publicados no livro Humanizar +, José Ribeiro salientou “o desafio da humanização da atividade assistencial cada vez mais assumido como uma causa de todos, repetindo-se os gestos simples que se tornam hábitos humanizados”. Filipa Carneiro, diretora clínica do CHTS, destacou “a preocupação com a humanização
que existe, em simultâneo, num hospital cada vez mais tecnológico, já sem papel em várias áreas, onde se equilibram a inteligência artificial e a inteligência emocional e onde o saber fazer é também o saber estar”. O presidente da Câmara de Amarante, José Luís Gaspar, usou a imagem dos corações desenhados na viola amarantina para deixar o apelo: “Tal como esta viola que sem os corações, é apenas uma viola, quando olhamos para o coração, estamos a ser humanos. É isto que nos faz esquecer a vida apressada, sempre a correr, e dar uma palavra amiga ou um abraço”. A encerrar a sessão solene, Carlos Alberto,
presidente do Conselho de Administração do CHTS, alertou para a necessidade de “continuar com uma consciência mais alargada para a humanização em prol da enorme população que servimos. A maior parte das coisas, fazemos bem, mas é preciso manter os níveis de exigência”. Foram também realizados dois workshops, um dedicado ao Yoga do Riso e outro sobre Meditação Terapêutica com Taças Tibetanas, e duas conferências: “Transformação, Liderança e Cultura”, proferida por António Nunes e “Cuidar e Humanizar: Relações e significados” pelo Bispo Auxiliar do Porto, D. Armando Esteves Domingues.
Prémios para as melhores ideias e fotografias O Humanize Healthcare foi, também, palco da entrega dos prémios aos vencedores dos concursos de ideias e de fotografia criados no âmbito do projeto de humanização.
Foram ainda atribuídas duas menções honrosas, à enfermagem do Serviço de Bloco de Partos e Serviço de Ortopedia. No concurso de ideias, ganhou o projeto “Quedas em ambiente hospitalar – a segurança do doente em cadeira/cadeirão” de Elisabete Pereira, enfermeira do Gabinete de Gestão de Risco Hospitalar. Aos vencedores foi atribuído um valor de investimento que vão poder utilizar para implementar melhorias nos seus serviços, no caso do concurso de fotografia. Em relação ao concurso de ideias, este valor será utilizado para concretizar o projeto vencedor.
No concurso de fotografia “Pelo vosso olhar”, o primeiro prémio foi entregue à equipa de enfermagem da Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente do Hospital Padre Américo, o segundo lugar foi para o Serviço de Medicina Ala B do Hospital de São Gonçalo e o terceiro lugar para o Serviço de Urgência Básica, também do Hospital de Amarante.
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Tuberculose e silicose foram os temas centrais da 4 ª jornada de Pneumologia do CHTS O Serviço de Pneumologia realizou, a 17 de maio, a 4.ª Jornada de Pneumologia do CHTS, no Penafiel Park Hotel. A tuberculose e a silicose foram os temas centrais de um encontro que reuniu profissionais da especialidade, entre médicos e enfermeiros dos cuidados de saúde primários e área hospitalar, e outros profissionais de saúde. Com uma forte prevalência nos concelhos de Penafiel e Marco de Canaveses, a tuberculose e a silicose implicam “prevenção e diagnóstico precoces”, como referiu Maria do Céu Póvoa, diretora do Serviço de Pneumologia do CHTS, destacando a importância da Medicina Geral e Familiar neste processo. Na sessão de abertura, Alexandra Rabaçal, vereadora da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, falou sobre as políticas de saúde do município, preocupações e eixos estratégicos para “implementar medidas que possibilitem o envelhecimento saudável, vidas saudáveis e o exercício da cidadania em saúde”. Susana Oliveira, vice-presidente da Câmara de Penafiel, lembrou que a “a tuberculose é um problema de saúde pública em todo o mundo, Portugal tem a pior taxa da Europa Ocidental e na região Norte, e na sub-região do Tâmega e Sousa continua superior à média nacional.” “Ninguém gosta de fazer parte dos piores, é um combate difícil. Penafiel continua empenhado em trabalhar para fazer face a esta
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situação, com estratégias que visam a prevenção e o diagnóstico precoce, medidas para a melhoria das condições socioeconómicas e de trabalho. Peço aos que trabalham com a comunidade, aos que estão mais próximos dos doentes e dos potenciais doentes que se dediquem a este problema”, apelou Susana Oliveira. Além dos naturais desafios que se colocam à área da Pneumologia, tendo em conta as taxas de prevalência das patologias na vasta área de influência do CHTS, Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração do CHTS, destacou também a participação dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) nesta sessão de trabalho, pois “permite que estas pessoas se conheçam e que consigam fazer um trabalho mais articulado, de maior partilha e proximidade para melhor servir os mais de cinco por cento da população portuguesa, pelos quais temos a responsabilidade de tratar bem”.
Meias antiderrapantes para reduzir quedas O estado de saúde da pessoa, a idade cada vez mais avançada dos doentes internados, consequências do uso de fármacos e o uso de vestuário ou calçado inadequado são fatores determinantes para a possibilidade do acidente acontecer. Segundo Elisabete Pereira, enfermeira do Gabinete da Gestão de Risco Hospitalar, “há uma melhoria contínua dos resultados bem evidentes, demonstrativos da melhor qualidade dos cuidados que estamos a prestar”. Refere ainda a enfermeira que o CHTS “considera a atribuição de meias antiderrapantes um investimento e não uma despesa, um contributo para a satisfação dos doentes e família e, sem dúvida, uma melhoria significativa da cultura da qualidade e segurança assistencial”. A taxa de quedas no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), fruto de uma estratégia interna de melhoria da qualidade assistencial, tem diminuído drasticamente. De 5,41 quedas por mil camas ocupadas dia, em 2015, desceu para 2,09, em 2017. No último semestre de 2018, este número baixou para 2,01, o que significou uma redução de 3,84 por cento. Em 2019, a descida mantém-se e, para reforçar esta tendência, estão a ser entregues meias antiderrapantes a doentes no internamento. Segundo dados da Direção-Geral da Saúde, as quedas são o incidente mais reportado envolvendo doentes em ambiente hospitalar. Entre 2015 e 2017, foram registadas 22.799 quedas de doentes nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), 7.000 quedas em hospitais por ano, de um total de 47.090 eventos adversos, sendo esta a principal causa de incidentes a nível de segurança interna nos hospitais.
Carlos Alberto, presidente do conselho de administração, é peremptório: “Apesar do custo envolvido, os ganhos obtidos com esta medida são muito significativos, não apenas na segurança dos doentes, mas na diminuição de tempos de internamento e dos danos que as quedas evitadas poderiam trazer”. A roupa a trazer pelos doentes para o internamento não deve ser apertada para não restringir os movimentos, o comprimento das calças, camisas de noite e robes deve ser adequado à estatura para evitar que tropecem. O calçado deve ter sola antiderrapante e calcanhar fechado, privilegiando o uso de calçado com plataforma larga que favorece um maior contato com o solo, eliminando a utilização de chinelos.
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Curso básico de traumatologia do membro inferior
A Associação de Traumatologia de Penafiel, constituída por médicos do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), organizou o I Curso Básico de Traumatologia do Membro Inferior do Vale do Sousa que se realizou, a 11 e 12 de abril, no Instituto Superior de Ciências Educativas do Douro, em Penafiel. Jorge Alves, ortopedista do CHTS, foi o diretor do Curso que teve como destinatários 28 internos do 1.º ao 3.º ano da especialidade de Ortopedia e Traumatologia, vindos de todo o país. Médicos do Serviço de Ortopedia e Traumatologia foram os formadores, “profissionais com bastante experiência nas mais variadas patologias traumáticas, dada a grande sinistralidade da área de influência do CHTS”, afirma Jorge Alves. Com o objetivo de complementar a formação dos médicos internos na área da Traumatologia e capacitá-los com conhecimentos teóricos e capacidade técnica no tratamento, há já outro curso agendado, para o início do próximo ano, desta feita sobre Traumatologia do Membro Superior.
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Jornadas de Ortopedia do CHTS promovem articulação de cuidados Realizaram-se, a 9 e 10 de maio, as I Jornadas Multidisciplinares de Ortopedia do CHTS para a Medicina Geral e Familiar. A iniciativa, uma organização conjunta do CHTS e das Unidades de Saúde dos ACES Tâmega I, II e III, teve lugar no Museu Municipal de Penafiel. O evento, que reuniu profissionais das áreas da Ortopedia, Fisiatria, Anestesiologia, Radiologia e Medicina Geral e Familiar, teve como objetivo melhorar a articulação entre serviços, no sentido de otimizar os cuidados de saúde prestados à população. Na sessão de abertura, Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração, destacou a relevância destas iniciativas que envolvem o hospital e os ACES e o papel importante que desempenham na melhoria dos cuidados de saúde. As doenças que afetam o sistema musculoesquelético são responsáveis por uma elevada procura de cuidados de saúde, tanto a nível hospitalar, como nos centros de saúde. Tiago Costa, Médico Interno de Formação Específica do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do CHTS e um dos elementos da comissão organizadora, salienta a importância da comunicação entre os profissionais de saúde de diferentes áreas no acompanhamento destes doentes, “revendo todo o percurso do doente, desde a primeira abordagem nos centros de saúde, passando pela referenciação hospitalar, até à alta clínica”.
CHTS promove o envelhecimento ativo
Os utentes da Associação Emília Conceição Babo, em Amarante, foram os primeiros a participar numa sessão do projeto “Promover o Envelhecimento Ativo”, promovido por um grupo de enfermeiras do Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e que teve lugar no passado dia 29 de julho.
o Centro Social e Paroquial de São Romão de Carvalhosa, Marco de Canaveses.
“Promover o Envelhecimento Ativo” é um projeto dirigido à população idosa da área de influência do CHTS, que consiste num programa de exercícios integrados nas atividades da vida diária com uma componente de fortalecimento muscular, equilíbrio e flexibilidade. Já em agosto teve lugar outra sessão, desta vez na Associação de Desenvolvimento Integral de Lordelo, em Paredes, seguindo-se, em Setembro e Outubro, o Centro Social e Paroquial Imaculado Coração de Maria, em Irivo, Penafiel, e
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A importância da multidisciplinaridade nos cuidados pediátricos e neonatais Edite Tomás, diretora do Serviço de Pediatria, sobre as jornadas, salientou a importância “dos diferentes cuidados e os vários temas abordados que vão desde o nascimento até à transição para idade adulta, contribuindo para o melhor cuidar das crianças que são o futuro da nossa sociedade”.
Decorreram, a 6 e 7 de junho, as III Jornadas de Pediatria e II Jornadas de Neonatologia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa. A iniciativa realizou-se na Casa da Cultura de Paredes e abordou, numa perspetiva multidisciplinar, vários temas relacionados com a criança e o recém-nascido. Na sessão de abertura, Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração do CHTS, anunciou o arranque, no Hospital Padre Américo, do projeto “Alta Segura”, uma parceria com a Associação Portuguesa de Segurança Infantil (APSIA), que visa ajudar e esclarecer os pais sobre o uso da “cadeirinha”, de forma a que estes possam, aquando da alta do seu filho, estar capacitados para colocar corretamente, e sem receios, a criança no automóvel. “Somos a segunda maior maternidade do Norte, temos uma enorme responsabilidade e, simultaneamente, um grande potencial. A nossa preocupação é ir mais além nos cuidados às nossas crianças, garantido assim, à nossa população, que o Hospital Padre Américo é o sítio certo para nascer”, concluiu Carlos Alberto.
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“O CHTS tem a responsabilidade de tratar muitas crianças e o Serviço de Pediatria tem já um alto grau de diferenciação, sendo já referência em algumas áreas como, por exemplo, na colocação de Dispositivos de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina”, salientou Filipa Carneiro, diretora clínica. José Ribeiro, enfermeiro-diretor, destacou a resiliência dos diferentes profissionais envolvidos na Pediatria e a “intervenção em equipa ao longo do ciclo vital que é hoje uma realidade”. Nesta sessão esteve também Paulo Silva, vereador da Câmara Municipal de Paredes, que destacou a “abertura do CHTS à comunidade através de projetos e iniciativas que envolvem profissionais e população, muitos dos quais em parceria com o município”.
“Tarolas Brincar aos Pediátricos” hospitais no Dia da Criança ensinam crianças e adultos a proteger-se do sol
O Serviço de Urgência Pediátrica foi, no passado dia 16 de julho, palco de uma ação de educação para a saúde sobre os cuidados a ter com a exposição solar.
O Serviço de Pediatria do CHTS assinalou o Dia da Criança com a iniciativa “Pediatria Aberta: Um Sorriso no Hospital” que juntou em diversas atividades crianças da comunidade e as crianças internadas no serviço que pudessem participar. O principal objetivo foi desmistificar medos, promovendo junto das crianças uma imagem positiva do hospital e dos seus profissionais.
Toalhas estendidas, guarda-sol armado e óculos de sol, os Tarolas Pediátricos, grupo constituído pela equipa de enfermagem do serviço, encenou um dia na praia, para falar sobre a importância do sol e os cuidados a ter durante a exposição solar. “Beber muita água, evitar o sol entre as 12h e as 16h, ter sempre um chapéu, usar sempre protetor solar, no mínimo fator 30, que deve ser aplicado em casa e, depois, voltar a aplicar de 2 em 2 horas”, foram alguns dos conselhos transmitidos pela equipa de enfermagem.
As crianças tiveram à sua disposição bancas com material adequado para poderem “brincar aos hospitais”, pintar t-shirts, pinturas faciais e modelagem de balões realizada pelos alunos do Agrupamento de Escolas de Penafiel Sudeste. A iniciativa contou ainda com aulas de Yoga e Pilates, um momento musical proporcionado pelo grupo Amigos da Pediatria e um insuflável que fez as delícias das crianças.
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CHTS presente na X edição da Feira da Saúde de Penafiel
Dia da Mãe assinalado no Hospital Padre Américo
O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) participou, a 27 e 28 de setembro, na 10.ª edição da Feira da Saúde da Associação Empresarial de Penafiel, que se realizou no Jardim do Calvário. Foram vários os visitantes que passaram pelo stand do CHTS, onde as equipas de enfermagem da Medicina UF4 e Ortopedia realizaram, respetivamente, rastreios de diabetes e hipertensão arterial e sensibilização para a osteoporose com a campanha “Osso Saudável”. José Ribeiro, enfermeiro diretor do CHTS, esteve na inauguração do certame, tendo oferecido aos representantes do Município de Penafiel o livro Humanizar +, recentemente lançado e que conta as “histórias humanizadas” e os projetos a implementar no CHTS no âmbito da humanização.
O Dia da Mãe foi assinalado, a 5 de maio, com atividades no serviço de Obstetrícia e no Bloco de Partos. No Serviço de Obstetrícia foi proposto às recém-mamãs realizarem uma atividade em grupo que consistiu em dar um banho relaxante ao seu bebé numa banheira shantala. Devido ao formato da banheira e à posição do bebé, proporciona-lhe uma experiência extremamente relaxante, como se regressasse ao útero materno. No final, cada mãe recebeu uma fotografia da experiência e uma flor, oferecida pela Liga de Amigos do Hospital Padre Américo. No Serviço de Bloco de Partos assinalou-se o Dia da Mãe e também o Dia Mundial da Higiene das Mãos com a entrega de um postal como homenagem às mães e às suas “mãos que cuidam”. As recém-mamãs receberam ainda uma maçã biológica com uma mensagem sobre a importância da agricultura biológica como estratégia sustentável de promoção de saúde pública.
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CHTS realizou 5.ª edição do curso prático de pé diabético Decorreu, a 3 e 4 de outubro, o 5.º Curso Prático de Pé Diabético, organizado pela equipa da Consulta Multidisciplinar de Pé Diabético do CHTS que, desde 2011, mantém a mais baixa taxa de amputação do país. Com a duração de dois dias, a formação de cariz teórico-prático, acreditada e recomendada pela Sociedade Portuguesa de Cirurgia, foi dirigida a médicos, enfermeiros, podologistas, entre outros profissionais de saúde. Maria de Jesus Dantas, médica do Serviço de Cirurgia do CHTS, responsável pela Consulta do Pé Diabético e pela direção do Curso Prático de Pé Diabético, recebeu, em 2017, o Prémio Bial Medicina Clínica.
O presidente do Conselho de Administração, Carlos Alberto, lembrou também os bons resultados obtidos, sublinhando que “a temática do Pé Diabético aqui, no CHTS, tem ganho um relevo crescente, a nível regional e nacional, e tudo se deve à capacidade de juntar profissionais das diferentes áreas, resultando em mais e melhores cuidados aos nossos doentes.” Recorde-se que, em 2018, o CHTS inaugurou a Clínica do Pé Diabético, sendo esta a primeira clínica do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em ambiente hospitalar dedicada exclusivamente aos diabéticos. Desde maio de 2019, está também a funcionar um polo da clínica no Hospital de Amarante.
Na abertura do curso, Maria de Jesus Dantas salientou que “a diabetes é uma patologia muito prevalente e o pé diabético é uma das complicações mais comuns, o seu tratamento exige uma formação muito ampla e um espetro de conhecimento muito vasto”. José Ribeiro, enfermeiro diretor do CHTS, sobre a equipa da Consulta Multidisciplinar de Pé Diabético, destacou “os bons resultados de um projeto de equipa, bem liderado, que potencia competências, sempre com qualidade na formação e nos doentes que tratamos e cuidamos”.
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