Hospital Magazine n.º13

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H O S P I TAL MAGAZINE

Revista do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, EPE | n.º13

Ministra garante reforço de meios no CHTS Pág. 11

Maternidade em obras para melhor servir a população Pág.09


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Índice

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- Dia da Saúde Mental 2020 assinalado em Amarante e Penafiel

19 20

- Profissionais seguros, doentes seguros - Dia Mundial dos Cuidados Paliativos no CHTS

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- Hospitalização Domiciliária já tratou cerca de 250 doentes

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- Na missão, a força da união - Endocrinologia premiada em congresso da SPEDM - Medicina Interna publica no European Journal of Internal Medicine

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- CHTS disponibiliza duas consultas diferenciadas em Reumatologia

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07

- Clínica APIC: humanização e segurança de cuidados - Pneumologia e Nefrologia vão ter novas instalações

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- Nos bastidores da luta contra a COVID-19

09

- Maternidade em obras para melhor servir a população - Investimento na eficiência energética com aval do Tribunal de Contas

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- Penafiel e Amarante: investimento no combate à COVID-19

11 12 14 2

- Ministra garante reforço de meios no CHTS - Obrigado! - Medicina Interna premiada - Dia Mundial da Diabetes assinalado online

Hospital Magazine

- Videochamadas acalmam saudades - App ajuda a proteger saúde mental dos profissionais - Homenagem aos profissionais

- A arte de não envelhecer - Dia Mundial da Prematuridade vivido de forma diferente - “Desenhos da Minha Dor” em exposição no Hospital Padre Américo

- Clínica do Pé Diabético comemora segundo aniversário com os utentes - Curso básico de Endoscopia Ginecológica - Voluntários celebram o seu dia com ação solidária - Casa do Pessoal entrega Prémio Gratidão aos profissionais - Rostos da Pandemia

Revista Trimestral - Edição n.º 13 | 2020 Tiragem: 1000 exemplares Propriedade - Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, E.P.E. | Avenida Hospital Padre Américo, 210 4560-136, Guilhufe, Penafiel | Tel: 255 714 000 Direção - Dr. Carlos Alberto Coordenação Editorial - Inês Sousa (SRPC) Design Gráfico - Sara Moreira (SRPC), Colaboradores - Carmo Pinheiro, Paula Mourão Gonçalves, (SRPC) E-mail: comunicacao@chts.min-saude.pt ERC Isento de registo Depósito Legal: 328563/11 Impressão Gráfica: Gráfica de Paredes, Lda. O conteúdo desta publicação é da responsabilidade do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, E.P.E., através do seu Serviço de Relações Públicas e Comunicação (SRPC). Os textos assinados são da responsabilidade dos seus autores, não representando a opinião do Conselho de Administração.

Ficha Técnica


Editorial Presidente do Conselho de Administração Dr. Carlos Alberto

O Ano 2020 fica, inapelavelmente, para sempre, marcado nas nossas vidas pelo aparecimento da pandemia COVID-19, com todas as tormentas que lhe estiveram associadas, quer nas vidas pessoais, familiares, profissionais ou outras. O CHTS também foi fortemente afetado por este circunstancialismo externo, a que tivemos de fazer face de modo intenso, com a dedicação e esforço dos nossos profissionais. A primeira vaga da pandemia na Primavera já nos tinha tocado de modo surpreendente logo no início, obrigando-nos a medidas ágeis e flexíveis para fazer face a algo que não conhecíamos, mas passados os meses piores de março e abril, novamente retomamos o trabalho para não deixarmos para trás nenhum dos 520.000 concidadãos da nossa região que temos sob nossa responsabilidade (mais de 5% da população portuguesa em 12 Concelhos de 4 Distritos). Retomamos o combate às listas de espera, retomamos os investimentos para em breve termos uma nova Maternidade, uma unidade de hemodiálise, uma unidade de Pneumologia que inclua também o estudo do sono, a implementação do projeto de eficiência energética com revestimento de fachadas, mudança de caixilharias, painéis fotovoltaicos, central de biomassa, iluminação LED, etc. A segunda vaga da COVID-19, em outubro, submeteu o CHTS a uma violenta pressão, por força de uma presença do vírus na nossa região sem paralelo em mais nenhum local do país. Chegamos a ter 10% do total de doentes com COVID-19 de todo o país internados no CHTS e não deixamos ninguém para trás, com a dedicação de profissionais a que mais uma vez aqui quero deixar uma palavra de muito apreço.

Com o aparecimento das vacinas, parece agora surgir a luz no fundo de um túnel muito escuro, mas essa pequena luz não nos pode fazer baixar a guarda das medidas de proteção e segurança, para nós próprios, nossos amigos familiares e, particularmente em relação aos nossos doentes. As fragilidades óbvias que vão subsistir mesmo depois da pandemia, vão mostrar-nos uma sociedade muito diferente, em que nós próprios nos vamos sentir diferentes, estranhos. Mas teremos de reganhar energias para seguir em frente porque vamos continuar a ter muitas pessoas a precisar da nossa ajuda e intervenção. Vamos apostar em mais investimentos de modernização, vamos aumentar significativamente o serviço de urgência, vamos continuar a reforçar a intervenção do Hospital São Gonçalo de Amarante, onde este ano já foi implementado o centro Oftalmológico, se alargou o âmbito das cirurgias com garantia de pernoita de doentes operados, se aumentou a capacidade de internamento com utilização de novos espaços. Mas vamos tentar melhorar ainda mais a humanização dos cuidados e a garantia de maior acesso dos doentes às consultas e cirurgias com combate às listas de espera e com a entrada de novos médicos de novas especialidades. Temos de ter esperança e acreditar que no próximo ano poderemos respirar um pouco melhor. Até lá, desejo a todos Festas Felizes, com todas as proteções!

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Hospitalização Domiciliária já tratou cerca de 250 doentes Em março de 2020 surgiu a necessidade de reorganização para fazer frente à pandemia provocada pela COVID-19. A UHD aumentou a lotação para sete doentes e o horário dos médicos e enfermeiros foram alterados de forma a existir o menor contacto possível entre os membros da equipa, diminuindo o risco de infeção dos profissionais e, por conseguinte, permitindo manter a UHD em funcionamento.

A Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) admitiu o seu primeiro doente a 5 de abril de 2019. Com uma lotação de cinco camas e 248 doentes tratados, no início de agosto a equipa já tinha percorrido cerca 59 mil quilómetros e efetuado 3 243 visitas a doentes, das quais 1.667 foram conjuntas, com presença de médico e enfermeiro, e 1.576 realizadas apenas por enfermeiro.

O primeiro ano de funcionamento desta unidade foi de adaptação para a comunidade, com alguns receios causados pelo desconhecimento do modelo de funcionamento, e para a equipa, que teve de manter os cuidados ao doente com o mesmo nível de eficiência e qualidade dos cuidados prestados em ambiente hospitalar. No primeiro ano foram tratados 188 doentes.

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Neste período, comparativamente aos meses homólogos do ano passado, ou seja, abril, maio e junho, registou-se um aumento de 227% no número de doentes tratados. A equipa da UHD é constituída por seis enfermeiros e três médicos e conta com a colaboração dos Serviços Farmacêuticos, Nutrição e Serviço Social. O índice de satisfação dos doentes e familiares, que corresponde a 100% dos utilizadores do serviço, tem uma taxa de 84% de “muito satisfeitos”.


Na missão, a força da união

A imagem retrata três enfermeiros, um deles encostado a uma parede enquanto os outros dois o ajudam a erguer-se. A fotografia, que tem sido replicada vezes sem conta nas redes sociais, tendo levado já a que o Polígrafo a analisasse para garantir tratar-se de uma imagem captada em Portugal e não em Itália, por exemplo, foi tirada pela enfermeira Vera Ferreira. É um retrato da pandemia e venceu um concurso de fotografia da Associação Portuguesa dos Enfermeiros Gestores e Liderança (APEGEL). A fotografia foi tirada durante a primeira vaga COVID-19, nos corredores do Serviço de Ortopedia do Hospital Padre Américo onde a enfermeira trabalha. A imagem, diz, “retrata a realidade do momento que vivemos naquela primeira vaga e que continuamos a viver”. “Mostra o espírito de entreajuda que se vive no hospital, num momento que nos uniu muito enquanto profissionais. Conseguiu mostrar às pessoas que estamos cá e que têm profissionais com quem podem contar e que não vão baixar os braços perante a pandemia”, acrescenta. “Na missão, a força da união” foi o título dado à foto por Vera Ferreira que, acrescenta, “esta foto não é em Itália, nos Estados Unidos, na China ou num sítio qualquer longínquo. É no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa”.

Endocrinologia premiada em congresso da SPEDM No âmbito do Congresso Português de Endocrinologia 2020 da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), realizado de 23 a 26 de janeiro, em Coimbra, foi atribuída uma Menção Honrosa do Prémio de Investigação Clínica ao Serviço de Endocrinologia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS). “First trimester fasting glucose and glycated haemoglobin cut-offs associated with abnormal glucose homeastasis in the post-partum reclassification in women with hyperglycemia in pregancy” de Catarina Chaves e outros autores, foi o trabalho distinguido e no qual foram avaliados dados do Registo Nacional de Diabetes e Gravidez. O trabalho, realizado no âmbito da Consulta Multidisciplinar de Patologia Endócrina e Gravidez, da qual é responsável Ana Morgado do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do CHTS, reflete o impacto dos níveis de glicemia em jejum e da hemoglobina glicosilada na reavaliação do metabolismo da glicose no pós-parto em mulheres com Diabetes Gestacional, esclarecendo, assim, quais as mulheres que, com maior probabilidade, poderão manter alterações no metabolismo da glicose após o parto.

Medicina Interna publica no European Journal of Internal Medicine Should the management of embolic stroke in the elderly be changed if they also have Covid-19?” é o título do trabalho publicado pelo Serviço de Medicina Interna do CHTS no Euopean Journal of Case Reports in Internal Medicine no passado mês de maio. Da autoria de Maria Carolina Seabra, Bárbara Silva, Vítor Fagundes, João Rocha, Luís Nogueira e Mari Mesquita, o trabalho explora os desafios para pacientes com AVC devido à associação entre infeção por SARS-CoV-2 e risco tromboembólico. Um tema pertinente e extremamente atual, que dignifica o nome e o trabalho desenvolvido pela instituição, quer ao nível assistencial, quer do ponto de vista académico e científico.

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CHTS disponibiliza duas consultas diferenciadas em Reumatologia autoimune, significa que o sistema imunitário dos doentes não está a funcionar adequadamente e ataca os tecidos do próprio corpo. É uma doença crónica porque não tem cura, mas se eficazmente tratada, tem bom prognóstico vital e funcional, sendo muito importante o diagnóstico precoce e a rápida instituição de tratamento modificador da doença.

A provar que há mais doenças para além da COVID-19, a Unidade de Reumatologia do CHTS iniciou, recentemente, duas consultas diferenciadas: a Consulta de Artrite Reumatóide e a Consulta de Técnicas Reumatológicas. A consulta dedicada à artrite reumatóide coloca o CHTS como o primeiro hospital público do Norte a disponibilizar uma consulta inteiramente dedicada a esta doença. A artrite reumatóide é uma doença reumática inflamatória crónica, autoimune, que atinge cerca de 1 por cento da população portuguesa, afetando mais as mulheres do que os homens. A doença tem como características principais a dor, inchaço e rigidez articular. Contudo, é uma doença sistémica que pode envolver diversos órgãos do corpo humano, tais como os olhos, pulmões, pele, vasos sanguíneos ou glândulas salivares. A sua causa ainda é desconhecida, mas existem estudos científicos a sugerir que a doença é causada pela interação de fatores de risco (como o tabagismo ou algumas infeções) com a existência de predisposição genética. Ou seja, os descendentes de doentes com artrite reumatóide têm um risco acrescido de contrair a doença, que aumenta com a exposição a fatores de risco. Sendo uma doença

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Segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, estudos científicos demonstraram que no período inicial da doença existe uma oportunidade única para influenciar o progresso da doença. A Consulta de Técnicas Reumatológicas abrange áreas como a ecografia músculo-esquelética, as infiltrações articulares e de tecidos moles e as biópsias. A Unidade de Reumatologia do CHTS, criada em 2019, é composta por dois médicos reumatologistas, Tiago Meirinhos, coordenador da Unidade, e João Lagoas Gomes, responsável pelas consultas de Artrite Reumatóide e Técnicas Reumatológicas.


Clínica APIC: humanização e segurança de cuidados

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) tem a funcionar, desde setembro, uma unidade de admissão centralizada de doentes para cirurgia convencional programada que representa um valor acrescentado para doentes e profissionais. A Clínica APIC (Clínica Admissão Pré-Internamento Cirúrgico) concentra todos os procedimentos administrativos de admissão e cuidados de enfermagem, reduzindo o tempo de internamento, que, entre outros benefícios, permite otimizar a gestão de camas hospitalares e garantir uma maior segurança para o doente.

A par da segurança do doente está a humanização de cuidados, quer a nível do espaço, com música ambiente e hotelaria comparável ao que de melhor existe no mercado, quer ao nível assistencial através da personalização de cuidados e pelo bom acolhimento devido à maior proximidade com os profissionais. O acompanhamento familiar é também um dos aspetos fundamentais desta unidade, ainda que não o seja possível fazer em período de contingência.

Pneumologia e Nefrologia vão ter novas instalações O Tribunal de Contas deu luz verde ao alargamento das instalações dos serviços de Pneumologia e Nefrologia, um investimento na ordem de um milhão de euros. A ampliação das instalações do Serviço de Pneumologia vai permitir melhorar os dois sectores técnicos mais importantes: a Unidade de Broncologia e Técnicas e a Unidade de Função Respiratória.

A Nefrologia é outro serviço cujas obras de alargamento vão permitir, pela primeira vez em muitos anos, a criação de uma unidade de diálise do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nesta região que permita dar resposta, evitando a necessidade de transferir doentes para outros hospitais.

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Nos bastidores da luta contra a COVID-19 contingência e formar todos os profissionais de saúde no que respeita a colocação do equipamento de proteção individual”, acrescenta a infeciologista.

Trabalho de equipa

Criada em meados de 2018, a Unidade de Doenças Infeciosas assumiu recentemente, e mercê das circunstâncias ditadas pela pandemia, um papel de destaque no CHTS, nomeadamente no que toca à coordenação da resposta aos doentes COVID-19 e à definição de circuitos de proteção de utentes e profissionais.

Cabe ainda a este grupo “garantir a vigilância epidemiológica dos casos no hospital, rastreando contactos de risco”, bem como “estabelecer normas de atuação, definir circuitos de roupas, de realização de exames, planos de

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Inicialmente com apenas dois elementos, agora três, a Unidade de Doenças Infeciosas não tinha capacidade para abordar todos os doentes com infeção por SARS-CoV-2, tendo sido criada a Unidade COVID-19, que junta infeciologistas, pneumologistas, endocrinologistas, reumatologistas, nefrologistas, imunoalergologistas, gastroenterologistas, fisiatras e neurologistas, aumentando assim a capacidade de resposta na abordagem, em regime de internamento, a estes doentes. Um trabalho de equipa que se estende “a todos os grupos profissionais do CHTS” e que a coordenadora da Unidade de Doenças Infeciosas considera essencial para ultrapassar um período tão conturbado como o que se vive atualmente. Um desafio que, diz, “ainda está longe de ter terminado”. Rui Oliveira

Rita Ferraz Coordenadora da Unidade e do Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (GCL - PPCIRA), explica que foi preciso “adquirir e selecionar, admitindo a escassez no mercado, o equipamento de proteção individual que garantisse a segurança dos profissionais, criar circuitos COVID e Não-COVID em todos os departamentos do hospital, que não se cruzassem e fossem independentes; criar fluxogramas de atuação para facilitar a circulação de doentes no Serviço de Urgência, garantir o reporte às Unidades de Saúde Pública/Unidades de Saúde Familiar dos casos positivos (e negativos que haviam sido rastreados por suspeita) de forma sistematizada e diária”.

Com o aumento do número de casos na região e, consequentemente, o aumento do número de internamentos, foi necessário refazer planos de contingência e circuitos COVID, encontrar novos espaços e novos mecanismos de reduzir a transmissão nosocomial do vírus, bem como reorganizar as equipas.


Maternidade em obras para melhor servir a população instalações mais modernas no internamento e uma hotelaria mais agradável e próxima de outras maternidades mais recentes. A maternidade do Hospital Padre Américo é uma das maiores do país e dá assistência à vasta população de 520.000 habitantes (mais de cinco por cento da população portuguesa), residente em 12 concelhos de quatro distritos.

Estão a decorrer a bom ritmo as obras de remodelação da área materno-infantil do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, localizada no Hospital Padre Américo, em Penafiel. A empreitada, iniciada em outubro e cujo valor de investimento é 154 309,38€, implica a realização de obras no piso 6, passando a garantir

Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração do CHTS, salienta que “com estas melhorias nas instalações, o conforto e privacidade que vamos poder proporcionar às mães e aos bebés serão significativamente melhores”. “Vão reforçar ainda mais o argumento de que a maternidade do Hospital Padre Américo é mesmo o local certo para que as mães venham dar à luz os seus filhos”, conclui Carlos Alberto.

Investimento na eficiência energética com aval do Tribunal de Contas Além da autorização para alargar os serviços de Pneumologia e Nefrologia, o CHTS recebeu também aval para o investimento de mais cinco milhões no projeto de Eficiência Energética. Esta intervenção vai assegurar uma poupança energética anual estimada em 323 mil euros, constituindo-se como um dos maiores projetos de eficiência energética da região do Tâmega e Sousa dos últimos tempos. Realizado no âmbito do Plano de Racionalização Energética e Carbónica, o projeto prevê o revestimento de 17 mil metros quadrados das fachadas do Hospital Padre Américo, com coberturas de alumínio de última geração.

O novo material assegurará mais conforto térmico a utentes e profissionais e uma poupança energética estimada de 27 mil euros por ano. Além dos revestimentos, está prevista a instalação de um sistema solar fotovoltaico para produção de energia elétrica, constituído por 1800 módulos, e a instalação de uma caldeira de biomassa que garantirá uma poupança anual de 199 mil euros. Prevê-se que as obras, que contam com uma comparticipação de 95 por cento de fundos comunitários, possam estar concluídas no final de 2021.

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Penafiel e Amarante: investimento no combate à COVID-19 Enquadradas no plano de contingência para resposta à segunda vaga da COVID-19, foram várias as medidas implementadas que, posteriormente, foram sendo adaptadas em conjunto com novas medidas face à grande carga assistencial, ao nível da necessidade de internamento e afluência à urgência, que se fez sentir no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) devido ao grande e rápido aumento do número de casos de infeção pela COVID-19 na região.

espaços no interior do Serviço de Urgência, permitindo reorganizar e aumentar a capacidade e, assim, melhorar as condições físicas para doentes e profissionais.

Acompanhando o incessante trabalho e dedicação dos profissionais no combate à pandemia, avançou-se com a instalação de estrutura modular em Penafiel, para apoio à urgência, e em Amarante foi criada uma nova área de internamento, a Ala D, de forma a alivar alguma da pressão no funcionamento do CHTS.

Além de se tratar de uma solução muito prática, devido à facilidade de implementação, esta estrutura tem todas as condições exigidas às unidades hospitalares desta tipologia como, por exemplo, climatização, gases medicinais, central de incêndio, rede informática e respetivo bastidor, entre outras.

Estas são algumas das medidas que permitiram criar melhores condições para os doentes e para os profissionais que continuam a trabalhar para dar mais dignidade e segurança a todos os que recorrem a estas unidades hospitalares.

Estrutura modular de apoio à Urgência em Penafiel Em Penafiel, foi instalada, junto à Urgência Geral do Hospital Padre Américo, uma estrutura modular de apoio que ficará de modo definitivo para auxiliar permanentemente o já habitual grande movimento na segunda maior urgência do Norte do país. Destinada a doentes não-respiratórios, esta estrutura exterior, com cerca de 500 m2, libertou

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A área é constituída por seis gabinetes de consulta, uma sala de internamento com oito camas e uma área amarela - doentes urgentes de acordo com a triagem de Manchester – com capacidade para 14 macas e três cadeirões.

Nova área de internamento em Amarante Na segunda fase de combate à pandemia COVID-19, tendo em conta a necessidade de reforço da resposta assistencial pelo facto de o CHTS ter estado no “olho do furacão”, com a enorme pressão originada pela incidência absolutamente inusitada de infeções, foi também necessário alargar a intervenção do Hospital São Gonçalo, tendo-se aproveitado o espaço do Hospital de Dia para internar doentes NÃO COVID e estando já preparada uma nova área no exterior da urgência para uma resposta adicional que venha a ser necessária.


Ministra garante reforço de meios no CHTS

Em visita ao Hospital Padre Américo, no passado dia 6 de novembro, a Ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu que os meios para o combate à Covid-19 no CHTS serão reforçados com efeito “imediato”. A ministra da Saúde visitou o Hospital Padre Américo após esta unidade ter estado sujeita a uma enorme pressão no que se refere à capacidade de receber mais doentes, tendo sido uma das estruturas hospitalares mais atingidas pelo crescimento do número de casos de COVID-19. De lembrar que o CHTS se encontra no epicentro da região onde se concentraram o maior número de casos da doença durante a segunda vaga da pandemia. De referir, também, que o CHTS serve uma população de mais de meio milhão de habitantes e que chegou a ter internados 235 doentes infetados.

do furacão neste momento. Nenhuma unidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está livre de sofrer uma pressão (…). Foram assumidos esses compromissos e não faltarão meios para resolver as necessidades assistenciais imediatamente”, disse, na altura Marta Temido. A ministra da Saúde admitiu dificuldades na contratação de novos profissionais uma vez que “o mercado não tem a disponibilidade de outros momentos”, mas sublinhou que, a este nível, Portugal “não é exceção”. “Desde o início da pandemia temos um regime excecional de contratação que permite que sejam contratados todos os profissionais que existem no mercado. Neste momento a situação com que nos deparamos é que o mercado não tem a disponibilidade que teve em outros momentos e há muitos profissionais que ficaram doentes”, explicou a governante.

“O Hospital de Penafiel está numa área que sabemos que geograficamente está no centro

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Obrigado! O momento difícil que vivemos e que veio pôr à prova a nossa capacidade profissional e humana, serviu também para mostrar a imensa solidariedade da nossa comunidade que, desde a primeira hora esteve nosso lado. Apoiando o centro hospitalar e os seus profissionais. Da pastelaria ou restaurante que tudo fez para que os nossos profissionais tivessem um agrado nos seus momentos de pausa, às empresas, grandes ou pequenas, que se uniram para nos fazer chegar equipamentos de proteção; às instituições, aos deputados que prescindiram das senhas de refeição para comprar camas articuladas; à Liga de Amigos, às paróquias, a empresários, de dentro e fora da região, que se empenharam na aquisição de ventiladores, às pessoas conhecidas do grande público e aos ilustres anónimos. Aos autarcas que nos apoiaram na busca de soluções. A todos os que disseram “estamos aqui, contem connosco!” o nosso muito obrigado.

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Medicina Interna Dia Mundial premiada da Diabetes assinalado online

O Serviço de Medicina Interna do CHTS recebeu o “Prémio AVC e investigação básica 2020”, atribuído no 21.º Congresso do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, que se realizou de 26 a 28 de novembro de 2020. “Perspetiva dos doentes e dos familiares internados por Acidente Vascular Cerebral (AVC), em relação ao risco de infeção por SARS-COV-2” foi o tema do trabalho que, após três meses de pandemia, pretendeu avaliar a visão de doentes e familiares sobre o receio/risco perante a COVID-19. Mari Mesquita, diretora do Serviço de Medicina Interna, salienta que “num ano tão difícil, com a pandemia a atingir particularmente a nossa área de influência, em que o nosso Serviço esteve tão sobrecarregado a tratar doentes COVID-19, este reconhecimento da excelência da continuidade assistencial aos doentes não COVID-19 é muito gratificante”. Os autores verificaram, no decorrer do tempo, um aumento do receio, sendo que os doentes do sexo masculino e com mais idade apresentaram maior receio de infeção no internamento. Nos doentes de menor idade, o receio fez atrasar o recurso ao Serviço de Urgência em contexto de AVC agudo. Ainda que a análise revele o receio inicial dos doentes, estes, posteriormente, sentiram que tiveram acesso ao mesmo tratamento que teriam sem a pandemia, em segurança e sem risco de infeção.

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Com as restrições impostas pela luta contra a COVID-19, este ano as comemorações do Dia Mundial da Diabetes, a 14 de novembro, ficaram comprometidas. De qualquer forma, a data não foi esquecida e o CHTS, em parceria com as Unidades Coordenadoras Funcionais dos três Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da sua área de influência, criou uma página de Facebook com o objetivo de divulgar conteúdos educativos relacionados com a diabetes. A página destina-se aos utentes e público em geral especialmente aos do ACES do Baixo Tâmega, Vale Sousa Norte e Vale Sousa Sul. No próximo ano, esperamos poder voltar a assinalar esta data com iniciativas de proximidade, sejam caminhadas, rastreios, sessões informativas dedicadas às escolas, aulas de ginástica, zumba, ou mesmo atividades radicais direcionadas para as crianças e jovens com diabetes tipo 1. Até lá, siga-nos no Facebook, através da página Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes do Tâmega e Sousa.


Videochamadas acalmam saudades Com as visitas canceladas por causa da pandemia de COVID-19, o CHTS encontrou nas videochamadas uma forma de os doentes manterem contato com a família e amigos, uma forma de matar saudades e, até, de conseguir ganhos em saúde. O projeto, nascido por ação de um grupo de enfermeiras da Medicina, acabou por ser alargado a quase todas as enfermarias do centro hospitalar e agora, quase 10 meses após a entrada em funcionamento, são raros os dias em que não há um utente ou um familiar a solicitar este serviço. “Até os olhos brilham”, diz Luísa Nunes, enfermeira responsável pela Unidade de Medicina Interna I, sobre o momento em que os utentes recebem a chamada. “Houve até um doente a quem, depois da chamada com os familiares, pudemos reduzir a percentagem de oxigénio, porque ele acalmou de tal maneira que começou a ventilar melhor”, conta.

App ajuda a proteger saúde mental dos profissionais O CHTS disponibiliza, desde abril, aos seus profissionais a MyndPal, uma aplicação móvel de apoio que integra o plano de intervenção de saúde mental em tempos de pandemia. A aplicação móvel foi desenvolvida pelo Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental (DPSM) do CHTS, em colaboração com várias startups, e utiliza escalas de avaliação do burnout, ansiedade e depressão, de preenchimento rápido, com o objetivo de rastrear situações de disfunção emocional e proteger a saúde mental dos profissionais da instituição. Em paralelo, está também a ser realizado o estudo “Viver com a Pandemia COVID-19: O Impacto na Saúde Mental no CHTS”, com três enfermeiros a liderar este estudo, dirigido a todos os profissionais, que pretende monitorizar e definir intervenções, de acordo com os problemas detetados ao nível da ansiedade, depressão, burnout e coping.

Homenagem aos profissionais

Para muitos dos utentes, nomeadamente na área da Medicina, onde a média de idades é mais alta, esta é, muitas vezes, o primeiro contacto com as novas tecnologias. O projeto, que beneficia do sistema de wi-fi que o CHTS disponibiliza já em todas as enfermarias, funciona através do Messenger das respetivas páginas de Facebook dos serviços ou via Whatsapp.

A tarde de 3 de maio foi diferente para os profissionais do Hospital Padre Américo. Um grupo de amigos juntou-se e organizou um espetáculo musical de homenagem aos profissionais de saúde.

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Dia da Saúde Mental 2020 assinalado em Amarante e Penafiel testemunho, via email, para posterior partilha. O Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência contribuiu para esta exposição com um placard intitulado “Pára, escuta e olha…são os mais novos!”, onde estão expostos alguns materiais desenvolvidos pela equipa durante o período de confinamento.

Apesar do período conturbado que vivemos, o CHTS não deixou de assinalar o Dia Mundial da Saúde Mental, que se comemora anualmente no dia 10 de outubro. Assim, no Hospital de São Gonçalo, a Consulta Externa da Unidade de Saúde Mental de Amarante organizou uma exposição temática intitulada “Dia da Saúde Mental 2020 – O Vírus Dentro de Nós”.

Tendo como ponto de partida um artigo de opinião, da autoria da psiquiatra Sandra Queirós, que aborda o impacto profundo da COVID-19 nos vários quadrantes da sociedade, mas também no indivíduo enquanto Pessoa, foram colocados, ao longo das paredes do hospital, testemunhos escritos ou fotografados, sobre as vivências dos profissionais de Saúde e utentes da Unidade de Saúde Mental, em tempos de Pandemia. Promovendo a interação entre exposição e visitantes, e respeitando as regras de segurança, o espectador é desafiado a deixar o seu

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Já no Hospital Padre Américo, o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental desafiou os doentes internados no serviço a expressar o que significa para eles o conceito de Saúde Mental. As diferentes expressões deste conceito foram capturadas em fotografia. A Saúde Mental é um dos pilares do conceito geral de Saúde. Em Portugal as doenças mentais atingem uma grande proporção da população, sendo que a promoção da saúde e a prevenção da doença mental constituem dois eixos fundamentais na globalidade dos cuidados de saúde mental.


A arte de não envelhecer

“Sem humor e sem fantasia não é possível viver. Vai-se tentando manter o essencial que é respirar e ter o coração a bater, mas isso não é viver”. Convidado a falar sobre “A Arte de Não Envelhecer”, o professor José Eduardo Pinto da Costa, falou da forma como norteia a sua própria vida e que, garante, a ciência confirma. “Do ponto de vista epidemiológico, está provado que as pessoas que têm um sentido positivo da vida, vivem, em média, mais sete anos e meio que os outros”. O reputado especialista em Medicina Legal foi o primeiro convidado do ciclo “Uma Hora Fora da Caixa”, que teve lugar no passado dia 24 de fevereiro, no auditório do Hospital Padre Américo, em Penafiel. Aos 85 anos, Pinto da Costa, professor jubilado do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, continua a dar conferências e mantém uma atividade muito pouco condizente com alguém a quem, lembra, antigamente era chamado de “velhinho” ou idoso, uma condição que, adverte, obriga a alguns cuidados. “Muitas pessoas dizem, ah, eu gostava de chegar à sua idade assim, nesse estado [físico e mental]. E eu digo, e pode, mas não é a comer hambúrgueres ou a beber Coca-Cola”. Nas palavras do professor, a genética tem uma preponderância na nossa saúde, na nossa vida, de apenas 30 por cento, o resto, diz “é comportamental e de interacção com o meio ambiente”.

mento não é uma doença”, “estar ao sol, pelo menos, 20 minutos dia, dar 10 mil passos diários e beber os dois a três litros de água recomendados”. Mas, mais importante que isto, vinca, “é não ter medo”. A vida, resume, “reparte-se em apenas dois valores: o amor e o medo. Amor devemos ter ao máximo e o medo devemos ter ao mínimo”. Lembrando que as mulheres são fisiologicamente mais resistentes que os homens e, por isso, têm uma maior esperança de vida e que homens e mulheres “só são iguais em termos de dignidade humana porque, na realidade, são completamente diferentes”, o professor catedrático chamou ainda a atenção para um fator primordial para um envelhecimento “com qualidade”, a sexualidade. “Sexualidade não é só procriar, como se preconizava na Idade Média, a sexualidade é uma energia biológica vulgar como comer ou beber”. E desengane-se quem pensa que os mais velhos não têm ou não beneficiam de uma vida sexual saudável e ativa. De resto, afirma: “Pode haver maior manifestação de sexualidade em ir tomar um café do que em andar às cambalhotas numa cama”. “A Arte de Não Envelhecer” foi a primeira de uma série de conversas que, assim que possivel, vão ser retomadas com temas e convidados “fora da caixa”, numa iniciativa do Serviço de Psicologia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

Portanto, aconselha, primeiro que tudo, há que “ser positivo”. Depois, e porque “o envelheci-

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Dia Mundial da Prematuridade vivido de forma diferente dirigida aos pais de prematuros com o intuito de promover a partilha de testemunhos e experiências sobre a prematuridade. Estas imagens podem ser vistas na página de Facebook do projeto “Crescer com Afetos”.

O Dia Mundial da Prematuridade é celebrado a 17 de novembro e, para assinalar a data, a equipa do “Crescer com Afetos”, um projeto de apoio à parentalidade da Unidade de Neonatologia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), preparou um vídeo de tributo aos pais de prematuros e aos profissionais que fazem parte da vida destes pequenos-grandes heróis. Ao contrário dos anos anteriores, dada a atual situação pandémica, não se podendo realizar atividades que permitam o convívio presencial entre as famílias de prematuros e os profissionais da Unidade Neonatologia, bem como apresentar atividades de sensibilização para a prematuridade abertas à comunidade, foram encontradas soluções online para manter estes objetivos. Com alguma criatividade, a data foi assinalada de outras formas, nomeadamente com a publicação de várias imagens de uma série temática

Foi também divulgado um vídeo sobre a vivência dos pais e profissionais na Unidade de Neonatologia e o desenvolvimento destes bebés, “pequenos demais para o colo, imensos para o coração”. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Pediatria, a taxa global de parto pré-termo (<37 semanas) é de 11 por cento a nível mundial. Em todo o mundo, um em cada 10 bebés nasce prematuro. A maternidade do CHTS é uma das maiores do país, com mais de 2.300 crianças a nascer anualmente, havendo por parte do hospital uma aposta muito grande na área materno-infantil que, até ao final do ano, vai ter um novo espaço com melhores condições de conforto e privacidade para mães e bebés. Em 2018, o número de partos foi de 2.317, dos quais, seis por cento foram recém-nascidos de baixo peso, o que corresponde a 371 recém-nascidos internados na Unidade de Neonatologia do CHTS.

“Desenhos da Minha Dor” em exposição no Hospital Padre Américo No início de outubro, a entrada principal do Hospital Padre Américo, recebeu a exposição “Desenhos da Minha Dor”, numa iniciativa do Serviço de Pediatria em parceria com a Associação Portuguesa Para o Estudo da Dor (APED).

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Profissionais Dia Mundial seguros, doentes dos Cuidados seguros Paliativos no CHTS

Sob o lema “Segurança do Profissional de Saúde: Uma prioridade para a Segurança do Doente” e o slogan “Profissionais de Saúde Seguros, Doentes Seguros”, o CHTS juntou-se às comemorações do Dia Mundial da Segurança do Doente, assinalado no passado dia 17 de setembro. Relembre-se, a este propósito, algumas das medidas implementadas pelo CHTS, nomeadamente, as boas práticas relativas à resposta à pandemia. Além de várias medidas para a segurança dos profissionais, entre as quais se destacam o registo de automonitorização diária de sintomas pelos profissionais, a elaboração de procedimentos de atuação perante casos suspeitos de COVID-19 em profissionais e de vigilância de contactos próximos com casos confirmados da doença. No que respeita à segurança do doente, a contratação de recursos humanos; alteração/ adaptação de espaços físicos, circuitos e procedimentos em várias áreas; formação de acolhimento de novos colaboradores e estagiários adaptada à nova realidade; formação aos elos dinamizadores de enfermagem do GCLPPCIRA; elaboração de planos de contingência, normas, procedimentos de atuação são algumas das muitas medidas implementadas.

Este ano, o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos foi assinalado no passado dia 10 de Outubro e o CHTS, através da sua Equipa Intra Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP), uniu-se ao propósito desta data que é chamar a atenção para os doentes em sofrimento e consciencializar a população relativamente às necessidades quer dos doentes e dos seus familiares, quer dos profissionais que acompanham quem vive nesta situação. Os Cuidados Paliativos são cuidados ativos e totais aos pacientes com doenças que constituem risco de vida e às suas famílias. São cuidados prestados por uma equipa multidisciplinar, num momento em que a doença do paciente já não responde aos tratamentos curativos que prolongam a vida. Os Cuidados Paliativos destinam-se mais ao doente do que à doença, aceitam a morte, melhoram a vida e constituem uma aliança entre o doente e os prestadores de cuidados. Preocupam-se mais com a “reconciliação” do que com a cura, não apressam nem protelam intencionalmente a morte.

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Clínica do Pé Diabético comemora segundo aniversário com os utentes plicou Maria de Jesus Dantas, a responsável por esta clínica, para os doentes “guardarem coisas importantes, como medicamentos, e para nunca se esquecerem de cuidar dos seus pés”. Depois da abertura, em 2018, da Clínica do Pé Diabético, no Hospital Padre Américo, em Penafiel, no ano passado, o CHTS avançou com um novo pólo, no Hospital São Gonçalo, em Amarante. Recorde-se que o CHTS tem a mais baixa taxa de amputações do País, pelo menos, desde 2011, fruto do trabalho que vinha sendo desenvolvido pela equipa coordenada pela cirurgiã Maria de Jesus Dantas. “Eu cuido dos meus pés” é a mensagem que pode ler-se no saco que foi oferecido aos utentes da Clínica do Pé Diabético, do CHTS, no passado dia 13 de julho. Não sendo possível, este ano, celebrar de forma mais efusiva, foi esta a maneira encontrada para assinalar o segundo aniversário da clínica, a primeira integrada numa instituição do Serviço Nacional de Saúde, totalmente dedicada ao tratamento do pé diabético e composta por uma equipa multidisciplinar que, não só trata dos problemas existentes, como ajuda na prevenção de feridas nos pés dos doentes diabéticos. Com a melhor taxa – porque a mais baixa – de amputações a nível nacional, o CHTS mantém a aposta neste serviço de excelência, como se lhe referiu o presidente do Conselho de Administração, Carlos Alberto. “Estão todos de parabéns, profissionais e doentes, e a forma de celebrar esta data é manter a boa resposta que a nossa população merece”, afirmou o presidente, na cerimónia, simbólica que reuniu alguns utentes. O saco de oferta serve, como ex-

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Atualmente, e perante alguns adiamentos ditados pela contenção da Covid-19, a clínica está em fase de recuperação das consultas que, entretanto, foram sendo realizadas de forma não presencial. Este trabalho é realizado “aos sábados, por forma a ‘não deixar ninguém para trás’ e voltar a fazer o acompanhamento preconizado para cada caso”, explica Maria de Jesus Dantas, uma ação que, assegura, é excelente para os doentes, mas também deixa a equipa “muito mais tranquila”.


Curso básico de Endoscopia Ginecológica Realizou-se, de 15 a 16 de setembro, no Hospital Padre Américo, o Curso básico de Endoscopia Ginecológica. Coorganizado pelos serviços de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) e Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNGE), este curso foi composto por módulos teóricos e módulos práticos, com modelos para simulação, tendo sido abordados temas relacionados com a Endoscopia Ginecológica, tais como “Anestesia em Cirurgia Laparoscópica/ Histeroscópica”, “Princípios da Eletrocirurgia”, “Preparação do Paciente e Organização da Sala Operatória”; entre outros.

Voluntários celebram o seu dia com ação solidária A Liga dos Amigos do Hospital Padre Américo e os seus Voluntários assinalaram, no passado dia 5 de dezembro, o Dia Internacional do Voluntariado com uma homenagem simbólica ao Padre Américo. Além da colocação de flores junto à estátua do Padre Américo, no âmbito da colaboração com o Serviço Social do CHTS, a Liga entregou também enxovais de inverno para recém-nascidos ao Serviço de Bloco de Partos.

Casa do Pessoal entrega Prémio Gratidão aos profissionais No passado dia 26 de maio, a Casa do Pessoal do Hospital Padre Américo comemorou o 39.º aniversário com uma sessão simbólica no auditório, com a entrega dos Prémios Gratidão às Unidades Equipas Linha COVID-19, uma distinção que, de uma forma geral, estendem “a todos os Profissionais do CHTS”, prémio esse recebido pelo presidente do Conselho de Administração do CHTS, Carlos Alberto.

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Rostos da Pandemia

tados por SARS-CoV-2.

A 13 de março, entraram os primeiros doentes COVID-19 na Medicina I do Hospital Padre Américo, em Penafiel. Alexandrino Coelho, assistente operacional, não esquece a data, é aqui que trabalha, o primeiro serviço de internamento do CHTS a receber infe-

Alexandrino conta já com 18 anos de casa, passou pelo Serviço de Urgência e, desde 2005, está no Serviço de Medicina Interna, mais propriamente no internamento Medicina I. Há 10 meses na linha da frente, fala do que sentiu inicialmente, na primeira vaga da pandemia, em março, “uma experiência nova”, uma doença sobre a qual ainda se sabia pouco, “não sabíamos o que iríamos enfrentar”. Pesa-lhe a ausência de visitas aos doentes internados porque muitos, principalmente os mais idosos, não compreendiam a razão e “achavam que tinham sido abandonados pela família”. “Viam-se fora do seu contexto familiar, entre quatro paredes, numa enfermaria”, tendo como único contacto os profissionais de saúde, “nós, completamente equipados e a só poderem ver-nos os olhos”, com uma palavra de conforto, a tentar explicar porque não era possível receber visitas e que as famílias esperavam por eles. A maioria da população reconhece o trabalho dos profissionais de saúde, considera, embora “uma pequena percentagem não conheça a realidade do dia-a-dia de um hospital”. O alerta que deixa é: “cumpram as normas e as restrições. Este Natal é diferente, mas há Natal todos os anos e vida só temos uma!” Paula Aires é enfermeira, em Amarante, há 25 anos e já passou pela Obstetrícia, Bloco Operatório e Psiquiatria até chegar ao internamento de Medicina Interna, Ala B, onde se encontra atualmente. Depois de uma primeira vaga mais calma, pois nessa altura o Hospital de São Gonçalo não teve doentes COVID-19, na segunda vaga, diz, “mudou tudo, foi muito diferente”. O grande número de doentes que recorriam ao Centro Hospitalar ditou que fosse criada uma Unidade de Internamento COVID-19 em Amarante.

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Foi necessário, rapidamente, preparar espaços e equipa “com o apoio da Infeciologia, GCL-PPCIRA e de algumas colegas do Hospital Padre Américo que tinham já estado em internamentos COVID-19 e que vieram cá. Depois, foi o nosso esforço pessoal, a nossa capacidade de adaptação para dar resposta a estes doentes que precisam de nós diariamente”. Quanto a momentos marcantes, refere, de uma forma geral, o momento de sair do hospital e chegar a casa. “Temos a noção de que estamos a fazer tudo direitinho e revemos muitas vezes as indicações, mas depois saímos e temos a família em casa e a grande preocupação é essa: será que fizemos tudo bem, será que podemos entrar em casa? O meu maior medo é contaminar a minha família.” Acredita que, nesta fase, “a comunidade já começa a reconhecer o trabalho dos profissionais de saúde”. Na primeira vaga “as pessoas não cumpriam as regras. A segunda vaga foi muito pesada para nós e muito por causa disso. Neste momento, estão mais conscientes, já cumprem mais e também já nos respeitam mais pelo nosso trabalho”. “É muito difícil estar aqui a recebê-los, sobretudo as pessoas mais idosas e perceber que foi alguém da família que, ainda que sem intenção, os infetou. É importante que os familiares se protejam a si próprios para assim protegerem os idosos que têm em casa, mais debilitados e com um risco maior de coisas não correrem bem”. Técnico coordenador do Serviço de Imagiologia, Luís Ramalho, com 30 anos de casa, foi o primeiro a radiografar utentes nas áreas COVID-19 do Serviço de Urgência do Hospital Padre Américo. Estar na linha da frente, diz, “foi como estar na linha da frente de outras situações, quem opta por este tipo de profissões, sabe que estas coisas podem acontecer, talvez não todas com a gravidade desta e com as implicações que está a ter, mas não é muito diferente do que lidar com outras coisas”. “Foi preciso adotar alguns cuidados, não tão poucos quanto isso, mas é apenas mais uma situação que a nossa profissão implica”, acrescenta. “São doentes com patologias pulmonares, avaliados também pela Imagiologia com a realização de raios-X e TAC torácicos”, explica, “o TAC não podia deslocar-se para as áreas COVID-19, mas reorganizamos os circuitos e colocamos nessas áreas equipamentos que evitam que ambas as tipologias de doentes - suspeitos e confir-


mados - tenham que circular pelo hospital para realizarem os exames”. “Houve claramente um esforço, quer em termos de equipamentos, quer em termos de recursos humanos para conseguirmos responder a todas essas solicitações”, salienta. Assume não ter uma situação específica marcante, no entanto, “quando os doentes são imensos, chegamos a pensar se teremos capacidade de resposta, é algo que nos assusta. Não estamos imunes a este tipo de perceção”. No início, “perante uma infeção que não conhecíamos bem, havia o receio de as coisas correrem mal para o nosso lado. Há sempre algum medo associado”. Afirma que a comunidade reconhece o trabalho dos profissionais, mas coloca dúvidas em relação aos “serviços de saúde, nomeadamente os nossos governantes”. A mensagem que pretende deixar à comunidade é só uma: ajudem-nos a ajudar-vos. “Se a comunidade não tiver algum cuidado, se não restringir alguns comportamentos, corremos o risco de quando cá chegarem, não termos capacidade, em absoluto, para os ajudar”. Leandra Rodrigues é um dos rostos do balcão de admissão do Serviço de Urgência. Faz parte do Hospital Padre Américo há 19 anos, tendo passado pelo Serviço de Arquivo antes de integrar a equipa da Urgência. Confessa que o medo maior foi na primeira vaga, “o desconhecimento sobre a doença foi dramático, as pessoas chegavam, sem nenhum cuidado em relação a distanciamentos físicos. Mas fomo-nos adaptando e controlando, conseguimos acalmar um pouco as pessoas e normalizar as admissões dos utentes”. Na segunda vaga, em novembro, pensou muitas vezes como “era possível ainda estarmos ali a trabalhar, a fazer a admissão de tanta gente, mas conseguimos”. Pela positiva, marcou-lhe o sorriso de algumas crianças que “entravam e saíam a sorrir, alheados ao que se estava a passar” e o caso de uma conhecida, “grávida e positiva, trazida pelos bombeiros todos equipados. Correu tudo bem, nem o bebé, nem o pai eram positivos. Fiquei feliz”. Há alturas em que, acredita, a comunidade reconhece o trabalho dos profissionais de saúde, “no entanto, no diaa-dia, principalmente quando estão aqui na Urgência, respeitam pouco, as pessoas estão ansiosas e descarregam em nós. Mas não me sinto frustrada, faço o meu trabalho”.

Aos utentes pede compreensão pelo trabalho que está a ser feito e “que primeiro se dirijam ao Centro de Saúde. Se o SNS 24 lhes diz para não vir ao hospital e manda mensagem para marcarem o teste nos centros de rastreio, façam isso. Deixem a urgência para as situações realmente urgentes”. Anestesiologista, Sara Jordana Mota trabalha há cerca de 2 anos no CHTS. Confessa que sentiu “um bocadinho de medo pelo desconhecido” e porque, também, “fomos colocados em posições que, normalmente, não estávamos habituados, apesar dos Cuidados Intensivos e a Sala de Emergência fazerem parte do nosso Internato, não é uma coisa que façamos no dia-a-dia, muito menos com doentes COVID-19, numa fase inicial, em março e abril, que ainda ninguém sabia muito bem como abordar”. Depois, diz, sobre trabalhar na linha da frente, “a seguir à Medicina Intensiva e à Medicina Interna, se calhar, somos as pessoas mais indicadas para o papel e, por isso, é cumprir uma missão e dar o nosso melhor”. São os episódios na Urgência que tem mais presente, “doentes com infeção grave por SARS-CoV-2 que chegaram à Sala de Emergência bastante debilitados, o que obrigou a uma intubação imediata, marca-nos estar perante a instabilidade de um doente e saber que a nossa resposta pode fazer a diferença entre a vida e a morte”. Numa fase inicial, acredita, “as pessoas, apesar de haver sempre algumas críticas, reconheceram o trabalho dos profissionais de saúde”. “Cancelaram-se consultas e cirurgias programadas, mas houve mais compreensão e as pessoas estavam todas numa mesma direção”. “Nesta segunda vaga, houve uma inversão, não é a mesma coisa, apesar de a situação, agora, estar um bocadinho pior, não reconhecem tanto”. “Por parte dos familiares, com quem contactamos na Unidade de Cuidados Intensivos, existe o reconhecimento e estão agradecidos porque realmente veem o nosso trabalho. Mas quem está de fora, quem não foi diretamente afetado ou quem não teve um familiar com COVID-19, não compreende.” “Claro que o emprego e a economia e tudo mais sofreram alterações, acredito que haja um cansaço, estamos todos cansados, nós também, mas continuamos a ter doentes”. “Eu sei que está a ser difícil para toda a gente, incluíndo nós, tanto profissionais como familiares, nós também temos família em casa, também não temos gozado a vida familiar em pleno. Mas estamos a lutar para levar esta situação a bom porto.”

Conheça outros rostos da pandemia, no site do CHTS, em www.chts.min-saude.pt

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www.chts.min-saude.pt


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