Hospital Magazine 08

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H O S P I TAL MAGAZINE

Receitas de bilheteira da Torre dos Clérigos revertem para o CHTS

Há 12 anos a entregar correio no Hospital Pág.05

Crianças com diabetes tipo 1 receberam bombas de insulina Pág.10

Revista do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, EPE N.º8 www.chts.min-saude.pt


Índice 04

- CHTS vai poder contratar 25 médicos recém-especialistas - 72 novos profissionais apresentam-se ao serviço

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Postais digitais: 12 anos a entregar correio no hospital

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Como uma brincadeira de crianças pode salvar vidas

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CHTS com equipa de formação em Suporte Básico e Suporte Avançado de vida

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VMER – Vale do Sousa recebe novo compressor cardíaco externo

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Primeira clínica integrada do Pé Diabético no SNS

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Crianças com diabetes tipo 1 recebem bombas de insulina

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-Simulacro de incêndio testou plano de emergência - CHTS participou no exercício “Marão18”

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CHTS é um dos hospitais com melhores resultados nas receitas sem papel

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Dia da Criança: Educar para a saúde a brincar

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- Receitas de bilheteira da Torre dos Clérigos revertem para o Centro Hospitalar

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- Idade de Ouro com saúde - Mostra Coesão Social´18 em Amarante

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Assinado protocolo com a Ordem dos Nutricionistas

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- “No Limiar do Pensamento” - Agenda

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Profissionais do CHTS aprendem a relaxar

Revista Trimestral - Edição n.º 8 | 2018 Tiragem: 1000 exemplares Propriedade - Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, E.P.E. | Avenida Hospital Padre Américo, 210 4560-136, Guilhufe, Penafiel | Tel: 255 714 000 Direção - Dr. Carlos Alberto Coordenação Editorial - Inês Sousa (SRPC) Design Gráfico - Sara Moreira (SRPC), Colaboradores - Carmo Pinheiro, Paula Mourão Gonçalves, (SRPC) E-mail: comunicacao@chts.min-saude.pt ERC Isento de registo Depósito Legal: 328563/11 Impressão Gráfica: Gráfica de Paredes, Lda. O conteúdo desta publicação é da responsabilidade do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, E.P.E., através do seu Serviço de Relações Públicas e Comunicação (SRPC). Os textos assinados são da responsabilidade dos seus autores, não representando a opinião do Conselho de Administração.

Ficha Técnica


Editorial Presidente do Conselho de Administração Dr. Carlos Alberto

Após pouco mais de dois anos de vigência do mandato do atual Conselho de Administração, é tempo de dar nota das várias ações já desenvolvidas, dos projetos em curso e também de algumas coisas ainda não concretizadas. Nestes dois anos foi possível passar o valor do Contrato Programa de cerca de 74 milhões de euros para cerca de 84 milhões, num reconhecimento por parte da tutela da importância e dimensão do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), bem como do enorme trabalho que, ao longo do tempo, vem sendo desenvolvido pelos nossos profissionais para se proporcionar uma adequada assistência a mais de 5% da população portuguesa (520.000 habitantes em 12 Concelhos de 4 Distritos). A nomeação das equipas dirigentes dos Departamentos foi mais um passo na mudança cultural que se tem vindo a implementar e que tem como objetivo colocar o CHTS noutros patamares de discussão e intervenção. A aposta no fortalecimento do internato médico, a intensificação da investigação e desenvolvimento e a abertura à participação em projetos de ensaios clínicos são também áreas em que pretendemos reforçar o conceito de hospital magnético, com atração de jovens talentos que desejem solidificar o seu percurso profissional. A criação de todas estas condições tenderá a revitalizar os diversos grupos profissionais, desde médicos a enfermeiros, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT) e outros. O espaço de intervenção é muito grande e a enorme casuística e população abrangidas deixam campo para que cada um possa procurar o seu valor acrescentado para os utentes e para a organização. Ao longo dos dois últimos anos foi ainda possível o reforço significativo de profissionais em algumas áreas assistenciais, mantendo-se, no entanto, ainda carências importantes em algumas especialidades médicas, TSDT, enfermagem e assistentes operacionais Continuaremos o esforço de persuasão da tutela para a necessidade desse reforço de recursos humanos para que as equipas possam ficar mais bem

dotadas e para que o acesso aos cuidados de saúde se possa fazer de modo mais efetivo. Tem vindo a ser dado cumprimento ao que tem sido legislado em termos de descongelamento das carreiras, progressões e acertos salariais, num processo que, apesar de burocrático e demorado, tem garantido que o CHTS esteja na primeira linha da sua implementação nos hospitais do SNS. A valorização dos profissionais aos mais diversos níveis, bem como a tomada de medidas tendentes a combater a precarização dos postos de trabalho estarão sempre nas nossas prioridades, no estrito cumprimento dos graus de autonomia de que dispomos. Continua em curso o plano de investimentos possível com as limitações financeiras existentes. Apesar de tudo, foi possível a aquisição cerca de 70 camas novas para o piso 9 de Medicina Interna, aguarda-se a chegada de uma TAC em processo de aquisição há vários anos, aguarda-se a adjudicação de um laser para Urologia, foi adquirido um mamógrafo, diversos monitores de sinais vitais, ventiladores para o Bloco Operatório, etc. Ao nível da modernização e informatização, foram também dados passos significativos com a aprovação de candidaturas a financiamentos que vão garantir a completa articulação das aplicações existentes, vão garantir a cobertura wireless no hospital, eliminar de modo significativo o papel em circulação, etc. E tudo isto, tendo garantido o reconhecimento, no final do ano passado, pela avaliação da IASIST em benchmarking, como melhor hospital do país do nosso grupo. Sinal de que, com o trabalho dos profissionais do CHTS ao longo dos anos (não somente nestes dois últimos), há um capital de credibilidade que permite dizer aos organismos competentes que aqui se tratam bem os utentes e também se trata bem o dinheiro dos contribuintes. A este propósito deve referir-se que o CHTS, pelas últimas informações disponibilizadas no portal do SNS, é o hospital com menor custo operacional por doente tratado do nosso grupo. Vamos todos com o mesmo empenho continuar este trabalho no futuro a bem das nossas populações.

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CHTS vai poder contratar 25 médicos recémespecialistas

72 novos profissionais apresentam-se ao serviço

Na sequência dos despachos publicados a 26 de julho, em Diário da República, que abrem concurso para admissão de novos médicos especialistas, ao Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) foram atribuídas vagas para contratar 25 médicos de diferentes especialidades.

Ao abrigo do processo de contratação autorizado pela tutela, já iniciaram funções, no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), 72 novos profissionais para colmatar as necessidades decorrentes da passagem dos horários de trabalho de 40 horas para as 35 horas semanais.

O CHTS, que integra o Hospital de Penafiel e o Hospital de Amarante, recebe assim mais de duas dezenas de médicos distribuídos pelas especialidades de Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Doenças Infeciosas, Endocrinologia e Nutrição, Ginecologia/Obstetrícia, Medicina Física e de Reabilitação, Medicina Interna, Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Patologia Clínica, Pediatria, Pneumologia, Psiquiatria e Radiologia. A especialidade de Medicina Interna é a que tem mais vagas, num total de oito, Cirurgia Geral e Ortopedia, com duas vagas, e as restantes especialidades com uma vaga. No total, a região Norte foi contemplada com 289 vagas para médicos nas diferentes áreas da prestação de cuidados de saúde, nomeadamente Hospitalar, Cuidados de Saúde Primários e Saúde Pública. Este concurso vem demonstrar o empenho do Governo na defesa do Serviço Nacional de Saúde e na melhoria de resposta aos cidadãos bem como da criação de estabilidade aos profissionais e às instituições.

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Este reforço autorizado permitiu a contratação de 45 novos Enfermeiros e 20 Assistentes Operacionais para os serviços de Cardiologia, Bloco, Medicina, Cirurgia, Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente, Ortopedia, Urgência, Pediatria, Especialidades Cirúrgicas, Ginecologia/Obstetrícia, Psiquiatria, Neonatologia e Esterilização. A autorização contempla também a admissão de sete Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica para as áreas de Análises, Medicina Física, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, Farmácia e Podologia. Na sessão de boas-vindas aos novos profissionais, Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração, classificou estas contratações como “mais um passo no rejuvenescimento do quadro de pessoal e uma mais-valia na melhoria dos cuidados prestados à nossa população”.


Postais digitais: 12 anos a entregar correio no hospital Projeto pioneiro do CHTS alargado a todos os hospitais do SNS colorido à comunicação com as pessoas internadas. Atualmente, e apesar dos SMS, MMS, videochamadas, Instagram stories ou publicações de Facebook, este meio de comunicação faz-se notar, exatamente, pela recuperação de uma forma mais clássica de comunicação: o postal ilustrado.

No âmbito da comemoração do 39º aniversário do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o Ministério da Saúde vai implementar a funcionalidade “Postais Digitais”, durante as próximas semanas, nos websites das unidades de saúde hospitalares. Um projeto nascido no Hospital Padre Américo há já 12 anos e que em muito contribui para a humanização de cuidados. O projeto, desenvolvido pelo Serviço de Relações Públicas e Comunicação em parceria com o Serviço de Informática do CHTS, em 2006, alargou-se, aquando da constituição do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em 2008, ao Hospital de Amarante.

O serviço, agora alargado aos vários hospitais do SNS, consiste em disponibilizar, através do site, o envio de postais online aos doentes internados. Estas mensagens são depois impressas e levadas em mãos ao doente. Na prática, um qualquer cidadão, em qualquer parte do mundo, entra no site, seleciona um postal, introduz o nome do doente e o serviço onde este se encontra internado, escreve a sua mensagem e envia o postal através da internet. O documento é recebido no Serviço de Relações Públicas e Comunicação, impresso, colocado num envelope fechado e entregue ao enfermeiro de serviço que, por sua vez, o fará chegar ao doente. Nenhum postal fica por entregar. Quando um postal é rececionado após a alta do destinatário, este é endereçado para a morada do doente. Entre março de 2006 e dezembro de 2017, foram entregues cerca de 3200 postais, existindo histórias curiosas de pessoas que encontraram aqui a melhor forma de acarinhar o doente que está internado.

Recorde-se que, à época, as redes sociais eram quase ficção científica e a comunicação muito menos próxima e imediata. Os postais virtuais que ganham vida no papel vieram dar um novo

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Como uma brincadeira de crianças pode salvar vidas Pode uma criança de 5 anos salvar uma vida? A resposta a esta pergunta é “sim” e treinar estes jovens heróis é a tarefa a que se propõe a equipa de enfermagem da Urgência Pediátrica do CHTS com o projeto “As Tuas Mãos Salvam Vidas”.

desmaia em casa” ou “o amigo que tem um acidente de bicicleta e não tem nenhum adulto por perto para ajudar”.

Ensinar as crianças a reconhecer quando uma pessoa está em paragem cardio-respiratória e a atuar correctamente é o grande objetivo desta equipa. “Além de ligar para o 112, qualquer criança, se sensibilizada para tal, é capaz de prestar assistência à vítima e mantê-la com vida até à chegada de socorro”, explica Renato Barros, enfermeiro-chefe da Urgência e um dos coordenadores do projeto. O truque é transformar o treino de reanimação cardiopulmonar (RCP) numa brincadeira de crianças.

Munida de bonecos de peluche, uma cantilena pedagógica e vontade de ensinar, a equipa de enfermagem da Urgência Pediátrica do CHTS, chega à escola. Duas enfermeiras por sala reúnem os alunos e certificam-se de que todos dispõem do seu boneco.

Em menos de três meses, o projeto “As Tuas Mãos salvam Vidas” foi dado a conhecer a mais de 500 crianças, mas o objetivo da equipa de enfermagem da Urgência Pediátrica do CHTS é chegar a todas as crianças dos 12 concelhos na área de influência do centro hospitalar e, quem sabe, atravessar estas “fronteiras”. “Não podemos perder a oportunidade de educar para salvar”, afirma Renato Barros, lembrando a declaração “As Crianças Salvam Vidas”, assinada em 2015 pela Organização Mundial de Saúde e que recomenda duas horas de treino de RCP por ano a crianças a partir dos 12 anos, em todas as escolas do mundo. Mais ambicioso, o projeto “As Tuas Mãos Salvam Vidas” destina-se a crianças ainda mais novas, não só para que tenham os conhecimentos básicos para atuar perante “a avó que

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Salvar vidas pode ser uma brincadeira de crianças

Sentadas no chão, as crianças assistem a um vídeo sobre reanimação e, de seguida, passam à prática. As enfermeiras vão demonstrando, passo a passo, o que fazer, da imediata ligação para o 112 à massagem cardíaca e à técnica para colocar a vítima em posição lateral de segurança. À vez, os miúdos vão sendo chamados a “salvar” a enfermeira caída no chão e depois praticam as massagens, ora nos colegas, ora nos bonecos. No final, juntam-se para cantar a “Canção da Reanimação”, que serve de mnemónica para ajudar no processo de salvamento. Foi assim que a Escola Básica de Santa Comba, em Vila Meã, assinalou o Dia Mundial da Criança, a 1 de junho, e a lição transformou-se numa festa, replicando aquilo que acontecera já noutras escolas em que o projeto foi dado a conhecer.


CHTS com equipa de formação em Suporte Básico e Suporte Avançado de Vida CHTS é o primeiro hospital do Norte com uma equipa própria de formadores em Suporte Básico e Suporte Avançado de Vida certificada pela American Heart Association. No final de setembro, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) deu início às ações de formação interna em Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Avançado de Vida. Os formadores, 10 médicos e enfermeiros do CHTS têm dupla certificação, a nacional, através do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e internacional, pela American Heart Association. O projeto teve início em fevereiro com a formação da equipa que está agora preparada para ministrar estes cursos aos profissionais do centro hospitalar, mas também a estender estas ações ao exterior. “Obviamente que só o hospital tem imensos candidatos a estes cursos, mas temos potencial e ambição para alargar a formação à comunidade”, refere António Marçôa, vogal do Conselho de Administração responsável pela área da Formação.

Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração, confirma esta abertura à comunidade: “Este é um hospital com um potencial imenso, com muita casuística, com uma população imensa, que caminha no sentido diferenciação”. Fernando Moura, diretor do Serviço de Anestesiologia e coordenador deste projeto, entende que é essencial “treinar muito” e dotar todos os profissionais do CHTS de conhecimentos em SBV, fazendo um a dois cursos mensais. E se esta formação é aberta a todos, independentemente da sua formação base, os cursos de Suporte Avançado de Vida, direcionados especificamente para médicos e enfermeiros, são outra aposta em matéria de formação. “Temos, agora, total autonomia em matéria de formação”, diz o anestesiologista, falando ainda do Suporte Avançado de Vida Pediátrico e do Curso Avançado de Trauma, áreas em que a equipa está capacitada para ensinar. A paragem cardiorrespiratória é uma das principais causas de morte em todo o mundo e as técnicas de Suporte Básico de Vida, a par da utilização da Desfibrilação Automática Externa são a forma mais eficaz de contrariar esta tendência. Uma “atuação correta e atempada pode fazer a diferença entre a vida e a morte”, reforça Marco Sousa, enfermeiro responsável pelo projeto.

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VMER – Vale do Sousa recebe novo compressor cardíaco externo

A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Vale do Sousa conta agora com um compressor cardíaco externo, entregue a 16 de julho no âmbito de um projeto do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), financiado pela Fundação EDP. Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração do CHTS, salienta a mais-valia deste novo equipamento que “vem, assim, beneficiar a região do Tâmega e Sousa, permitindo melhorar a resposta aos doentes que sofram de paragem cardiorrespiratória em ambiente pré-hospitalar”. Sediada no Hospital Padre Américo, em Penafiel, a VMER – Vale do Sousa tem que percorrer a vasta área de influência do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), 12 concelhos em quatro distritos. Os compressores cardíacos externos permitem aplicar de forma automática, contínua e segura, compressões torácicas a doentes em paragem cardiorrespiratória, no local da ocorrência e durante o transporte até às Unidades Hospita-

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lares. A sua utilização possibilita a realização de compressões torácicas mais eficazes, evitando a fadiga, inconsistências ou pausas normalmente associadas às compressões torácicas quando realizadas manualmente, libertando ao mesmo tempo os profissionais de saúde para outro tipo de de intervenções necessárias nestes doentes. A VMER do Vale do Sousa foi uma das 33 viaturas do país a receber um compressor cardíaco externo, numa cerimónia que teve lugar no Museu da Eletricidade, em Lisboa, e que foi presidida pela Secretária de Estado da Saúde, Rosa Valente de Matos. O investimento realizado pelo INEM foi de 374.092,20€, financiado em 75 por cento pela Fundação EDP, na sequência de um projeto apresentado pelo Instituto ao “Programa EDP Solidária – Saúde 2017” que foi selecionado como um dos vencedores pela sua relevância médica e social.


Primeira clínica integrada do Pé Diabético no SNS O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) inaugurou, em julho, a primeira Clínica do Pé Diabético num hospital do Serviço Nacional de Saúde. A nova valência permitirá prestar cuidados de excelência, numa área onde os resultados são já os melhores do país. No novo espaço, situado no edifício da Consulta Externa, concentram-se todos os cuidados dirigidos aos utentes que sofrem de pé diabético: consultas médicas, de enfermagem, de podologia e uma sala de tratamentos. A clínica dispõe ainda de um laboratório de suportes plantares, que foi baptizado com o nome do Dr. José António Freire Soares, antigo diretor clínico do então designado Centro Hospitalar do Vale do Sousa. O equipamento do laboratório foi oferecido pela Liga dos Amigos do Hospital Padre Américo. CHTS tem a mais baixa taxa de amputações do País Com uma área de abrangência de mais de meio milhão de habitantes, estima-se que existam 65 mil diabéticos, sendo expectáveis perto de 5 900 doentes com infeções no pé e 75 amputações/ano. “Em 2015 foram cinco os doentes que sofreram amputação major e nenhum dos amputados era proveniente da consulta”, explicou Maria de Jesus Dantas, responsável pela Consulta de Pé Diabético. A cirurgiã assinalou o pioneirismo do CHTS quando, em 1998, com “muitas dificuldades”,

criou a consulta do pé diabético. Actualmente, o centro hospitalar tem a mais baixa taxa de amputações do país, uma meta alcançada continuamente desde 2011. Em 2015, o número de amputações por 100 mil habitantes fixava-se nos 0,9, muito abaixo dos 5,5 de média nacional e dos 3,4 no contexto da Região Norte. Por ano, a equipa multidisciplinar faz cerca de 3 500 consultas, 800 das quais são primeiras consultas. O pé diabético é a principal causa de ocupação das camas hospitalares pelos diabéticos, com perto de dois mil internamentos/ano, consumindo importantes recursos de saúde. Nos últimos 10 anos, fizeram-se, em média, 1 600 amputações por ano devido à diabetes. Resultados são “fermento e estímulo” para outras unidades “Nós somos o melhor hospital do país nesta área, porque, ao longo de muitos anos, fomos consolidando o trabalho multidisciplinar”, referiu o presidente do Conselho de Administração do CHTS na cerimónia de inauguração. “Se já tínhamos bons resultados, podemos agora esperar mais e os nossos doentes vão agradecer”, acrescentou Carlos Alberto. Já Conceição Bacelar, representante da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), falou nos resultados alcançados como “uma espécie de fermento e estímulo” para outras unidades hospitalares.

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Crianças com diabetes tipo 1 receberam bombas de insulina O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) já colocou cinco “bombas de insulina” em crianças seguidas na Consulta Multidisciplinar da Diabetes na Criança e Adolescente. Até ao final do ano, serão colocados mais nove dispositivos em crianças e jovens com diabetes tipo 1. O CHTS viu a sua candidatura aprovada pela Direção-Geral da Saúde, no âmbito do Programa Nacional para a Diabetes, e é, desde janeiro de 2018, Centro de Tratamento de Dispositivos de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina. Foram atribuídos ao CHTS, para o ano de 2018, um total de 14 dispositivos de PSCI, usualmente chamados de “bombas de insulina”. A colocação será feita de forma faseada, tendo as duas primeiras sido aplicadas a 16 de julho e, a 6 de agosto, foram entregues mais três dispositivos a três crianças, de cinco e seis anos, com diabetes tipo 1. O Simão, a Rita e a Inês receberam assim uma “bomba de insulina” que lhes permitirá uma melhoria da qualidade de vida, uma vez que

este dispositivo dispensa a administração de múltiplas injeções por dia, e uma melhoria do controlo glicémico, pois imita de uma forma mais próxima a secreção fisiológica de insulina pelo pâncreas. Os pais tiveram que passar por um processo de formação de 16 horas para aprender a lidar com este novo dispositivo. Susana Lira, responsável pela Consulta Multidisciplinar da Diabetes na Criança e Adolescente, destaca o facto de “o nosso hospital ter, agora, a possibilidade de oferecer aos doentes portadores de diabetes tipo 1 esta modalidade de tratamento, o que constitui um importante avanço na qualidade assistencial, especialmente às crianças e jovens”. Método menos doloroso e mais fisiológico Edite Tomás, diretora do Serviço de Pediatria e Neonatologia, aponta como vantagem tratar-se de “um método menos invasivo, menos doloroso e muito mais fisiológico e que permite maior qualidade de vida”. Nas palavras de Simão, uma das crianças que já tem o dispositivo, a explicação, e a forma de lidar com a nova realidade, resume-se de forma simples: “Vim pôr uma bomba porque tenho diabetes. Não posso comer muitos doces. Isso faz diferença. Fazia

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picas no dedo. Agora já não vai ser preciso”. Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração, salienta a importância de o CHTS ser Centro de Tratamento porque, “se não fosse aqui no nosso centro hospitalar, estas crianças e famílias tinham que se deslocar para sítios mais distantes da sua área de residência e fazer aí também o acompanhamento”. Prioridade aos mais novos As nove bombas de insulina que ainda existem para aplicar não são suficientes para cobrir toda a população pediátrica de imediato, assume Edite Tomás. “Não são suficientes, mas percebemos que as coisas têm que ser feitas de forma faseada”, explica, referindo que tem havido um aumento da diabetes de tipo 1 e que está a ser dada prioridade aos mais novos. Carlos Alberto, acredita que será cumprido o programa do Governo que prevê que, até 2019, toda a população pediátrica tenha acesso a estes dispositivos. “Estou convencido que este foi um primeiro passo, com estas 14 bombas, e que, seguramente, em 2019, isto vai ser recuperado”, diz. Como funciona a bomba de insulina Os dispositivos de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina ou bombas de insulina administram insulina no organismo quase de forma contínua (aproximadamente de 5 em 5 minutos)

através de um cateter e uma cânula inseridos sob a pele. Este sistema permite que o organismo receba insulina de uma forma mais fisiológica, sendo o seu objetivo imitar o funcionamento de um pâncreas normal. O aparelho é programado para um débito basal que administra insulina continuamente e que pode variar por períodos horários, dependendo das necessidades. Na altura das refeições ou quando é necessário corrigir uma glicemia elevada, o portador da bomba administra uma quantidade de insulina extra. “Com a bomba as crianças passam de cinco injecções por dia para a introdução do cateter de três em três dias. Isso melhora a qualidade de vida e permite também um melhor controlo. Enquanto antes dávamos a insulina basal, que dura 24 horas, e depois sempre que comem tinham que fazer insulina rápida, com a bomba podemos alterar o perfil da insulina basal e adaptá-la a cada criança o que melhora em geral o controlo da diabetes e não há tanto risco de hipoglicemias”, sustenta Susana Lira. A bomba é utilizada externamente ao corpo (pode ficar guardada num bolso) e não é necessário nenhum procedimento cirúrgico.

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Simulacro CHTS participou de incêndio no exercício testou plano de “Marão 18” emergência

Pouco passava das 10h00 do dia 20 de junho quando o alarme soou no Hospital Padre Américo. Tinha deflagrado um incêndio no Serviço de Imagiologia. Rapidamente, a brigada de incêndio interna acorreu ao local, efetuando a intervenção de combate com recurso aos extintores. O incêndio foi provocado por um curto-circuito num equipamento elétrico no Serviço de Imagiologia.Tudo não passava, afinal, de um simulacro para testar a operacionalidade do Plano de Segurança Interno do hospital e a articulação com os meios de socorro externos, nomeadamente com os bombeiros e com a GNR. Os Bombeiros Voluntários de Penafiel e a Guarda Nacional Republicana (GNR) de Penafiel prontamente chegaram ao hospital e o incêndio foi dado como extinto pelas 10h36. Foram resgatadas do local duas vítimas intoxicadas pelo fumo, que foram estabilizadas e encaminhadas para o Serviço de Urgência. Esta operação envolveu, além da equipa interna, composta por elementos da equipa de segurança, duas viaturas e cinco elementos dos Bombeiros Voluntários de Penafiel, além de uma viatura e três agentes da GNR de Penafiel. Este é o 11º simulacro realizado no Hospital Padre Américo e a coordenação esteve a cargo do Grupo de Gestão do Risco Hospitalar do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

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O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) participou no exercício “MARÃO 18” organizado pelo Comando Distrital das Operações de Socorro (CDOS) do Porto e de Vila Real em parceria com as Infraestruturas de Portugal. Ao lado de muitas instituições ligadas à Proteção Civil e algumas corporações de Bombeiros locais com as quais o CHTS trabalha regularmente, o objetivo deste simulacro foi testar e exercitar a resposta operacional em caso de ocorrência de acidente grave dentro do Túnel do Marão. Duas vítimas mortais, dois feridos graves e quatro feridos ligeiros num acidente com uma mota, um carro que incendiou e um miniautocarro. Foi este o cenário do simulacro, realizado no passado dia 28 de junho, no túnel do Marão, na A4, sentido Amarante-Vila Real. As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Padre Américo, em Penafiel. O secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, disse que “esta é uma infraestrutura de grandes dimensões e que a segurança, dentro da mesma, está suportada por equipas de bombeiros capacitadas para responder de imediato”. José Artur Neves sublinha que “os profissionais da área vão agora avaliar e o que for necessário testar melhor, naturalmente, será testado”. O governante acompanhou todo o simulacro e assegurou que “o túnel está equipado com a melhor tecnologia do Mundo”.


CHTS é um dos hospitais com melhores resultados nas receitas sem papel O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) recebeu, no passado dia 29 de junho, a iniciativa “Caminho dos Hospitais” que teve como tema “Hospital sem Papel”, focando o processo de transformação digital e a respetiva desburocratização e desmaterialização dos processos. De acordo com o presidente do Conselho de Administração, o CHTS é “um dos hospitais de maior dimensão do País que tem assumido o processo de desmaterialização com grande intensidade”. Carlos Alberto Silva, que falava à margem do encontro promovido pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, acrescentou ainda que o CHTS é “um dos hospitais com melhor taxa de sucesso nas receitas sem papel, totalmente desmaterializadas”, um trabalho que, diz, tem vindo a ser desenvolvido em parceria com os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da região. Redução de papel é aposta forte “Começámos pela abolição total da circulação de processos clínicos em papel no Internamento e na Consulta. Prosseguimos para o desmantelamento das prateleiras do Arquivo, para dar um sinal de que queremos mesmo que seja uma mudança cultural, explicou Carlos Alberto Silva, para dar conta de uma tarefa transversal

a todo o centro hospitalar. “Num só dia, tirámos 25 impressoras da Urgência”, disse. Desmaterialização permite melhor cuidados Para o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, “a mudança que está em curso de desmaterialização de processos clínicos vai possibilitar uma melhor comunicação entre as organizações e permitir prestar melhores cuidados de saúde”, dando conta ainda da importância deste processo na integração dos cuidados hospitalares e cuidados de saúde primários. A sessão, que decorreu no Hospital Padre Américo, foi moderada por Filipa Carneiro, coordenadora de informatização clínica do CHTS, e contou, também, com a participação do presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, Pimenta Marinho, que falou da receita sem papel como “um projeto ambicioso”. Nas palavras daquele dirigente, a percentagem de receitas sem papel no Norte está um pouco abaixo da média nacional: 13 por cento contra 13,68, um valor claramente ultrapassado no CHTS, com 29,9 por cento das receitas sem papel. “É possível melhorar e simplificar a vida dos cidadãos”, referiu.

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Dia da Criança: Educar para a saúde a brincar O Dia Mundial da Criança foi preenchido de atividades e animação para os utentes do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS). Logo pela manhã, um grupo de alunos do 6º ano do Agrupamento de Escolas de Penafiel Sudeste apresentou uma peça de teatro no Internamento de Pediatria do Hospital Padre Américo. Estes alunos estiveram também presentes na Consulta Externa de Pediatria e na entrada principal do hospital, onde executaram modelagem de balões para oferecer às crianças que passavam pelo local. Como resultado de um trabalho iniciado nas aulas de Educação para a Cidadania, que levou ao desenvolvimento de objetos de artesanato com material reciclado para venda, os alunos

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doaram a verba angariada ao Serviço de Pediatria, além de livros e brinquedos. Da parte da tarde, foi a vez da equipa de enfermagem do Serviço de Pediatria subir ao palco, desta vez para transformar a História da Carochinha numa lição de saúde e estilos de vida saudáveis. A ação, a que assistiram os alunos do 2º ano da Escola Básica de Aparecida, Lousada, incluiu, ainda, um workshop sobre alimentação saudável. Extra-muros do hospital, a equipa de enfermagem da Urgência Pediátrica do CTHS deu a conhecer o projeto “As Tuas Mãos Salvam Vidas”, mais uma ação de educação para a saúde desenvolvida junto da comunidade escolar. [Ver reportagem na página 6]


Receitas de bilheteira da Torre dos Clérigos revertem para o Centro Hospitalar A receita de bilheteira das visitas à Torre dos Clérigos no fim-de-semana de 19 a 21 de outubro revertem, igualmente, para o CHTS, onde foi possível angariar 18 247 euros. Em 2016, esta iniciativa distinguiu a Liga de Amigos do Hospital Padre Américo, que recebeu, igualmente, 15 mil euros.

Pelo terceiro ano consecutivo, a Irmandade dos Clérigos escolheu o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) como uma das instituições beneficiadas pela iniciativa “Torre Solidária”. No passado dia 5 de setembro, no âmbito desta iniciativa solidária, foram adquiridos 12 monitores de sinais vitais, no valor de cerca de 15 000 euros, que vão permitir uma melhor prestação de cuidados aos nossos utentes.

A recuperação da Torre dos Clérigos, em 2014, permitiu aumentar o retorno financeiro com a bilheteira, tendo superado expectativas. “Desde 2015 temos destinado uma grande fatia da nossa receita de bilheteira para fins sociais. Estes donativos rondam o meio milhão de euros por ano, o que nos deixa muito felizes, adiantou o Presidente da Irmandade dos Clérigos, Pe. Américo Aguiar, a quem o CHTS agradece reconhecidamente todas estas iniciativas.

Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração do CHTS, salientou que “estas são as boas notícias de que todos nós gostamos, são boas notícias para doentes e profissionais e mostram o carácter solidário desta iniciativa”. A iniciativa ‘Torre Solidária’ compreende várias ações de solidariedade através das quais a Irmandade dos Clérigos atribui, a diferentes instituições, a receita de bilheteira da Torre dos Clérigos durante determinados dias. A Irmandade dos Clérigos realça que, ao longo de 2018, como em anos anteriores, os apoios vão manter-se focados na área da saúde, “quer seja para o apoio ao voluntariado, investigação, diagnóstico, tratamento ou ensino”.

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Idade de Ouro com saúde

Mostra Coesão Social’18 em Amarante

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) marcou presença na Idade de Ouro, evento organizado pela Câmara Municipal de Amarante no âmbito das comemorações do Dia do Município, que se comemorou no passado dia 8 de julho. Durante a manhã, no Parque Florestal de Amarante, estiveram profissionais de Enfermagem e Psicologia do CHTS que, em colaboração com o Agrupamento de Centros de Saúde do Tâmega I – Baixo Tâmega, realizaram testes de memória, testes de nutrição, rastreios de hipertensão e diabetes. A Idade de Ouro, convívio para seniores organizado pela autarquia, tem tido sempre a participação do CHTS, que se associa a este evento como forma de promoção da saúde. Profissionais do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) participaram, ao longo de dois dias, na Mostra Coesão Social’18 de Amarante com rastreios de hipertensão e diabetes, aconselhamento nutricional e testes de memória. Esta foi uma iniciativa do Município de Amarante que, segundo a autarquia, “pretende dar a conhecer as entidades do concelho que trabalham no domínio da Coesão Social e o excelente trabalho articulado que têm levado a cabo em prol do desenvolvimento social do concelho”. A mostra foi inaugurada a 28 de julho, no Parque Ribeirinho, pela vice-presidente da Câmara Municipal de Amarante, Lucinda Fonseca, e pelos vereadores Rita Marinho Batista e Adriano Santos, e contou também com a presença de Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração do CHTS, e José Ribeiro, enfermeiro-diretor.

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Assinado protocolo com a Ordem dos Nutricionistas

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) assinou, no passado dia 5 de setembro, um protocolo com a Ordem dos Nutricionistas, representada pela bastonária Alexandra Bento. Esta medida insere-se numa estratégia de valorização dos diversos grupos profissionais e de combate à precarização do trabalho, seguida pelo Governo e pelo Ministério da Saúde. O centro hospitalar compromete-se, assim, a garantir dois estágios remunerados por semestre a jovens que pretendam obter acesso àquela Ordem profissional. À semelhança do que já foi feito com a Ordem dos Psicólogos, a 6 de dezembro de 2017, o

CHTS assume este papel pioneiro na convicção de que, valorizando também este importante grupo profissional, estará a proporcionar melhores cuidados de saúde a mais de meio milhão de utentes. Para Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração, “este é mais um passo que valoriza os Nutricionistas, dá sequência à estratégia da tutela e traz valor acrescentado nos cuidados prestados à população”. A bastonária da Ordem dos Nutricionistas aplaudiu a iniciativa, dando conta que esta parceria “espelha a visão da Ordem dos Nutricionistas para o estágio de acesso à profissão”.

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“No Limiar do Pensamento”

Realizada por António Sequeira, “No Limiar do Pensamento” pretende combater o estigma associado à Doença Mental. A curta-metragem conta com a participação da atriz Paula Lobo Antunes e algumas das cenas foram filmadas no Hospital Padre Américo.

Agenda VII Encontro GO - MGF Organização: Serviço de Ginecologia e Obstetrícia 9 de novembro, 08H30, Casa de Cultura de Paredes II Jornadas de Pediatria Organização: Serviço de Pediatria 15 e 16 de novembro, 08H00, Hospital Padre Américo 7.ªJornada Urológica Organização: Serviço de Urologia 23 de novembro, 08H00, Penafiel Park Hotel & Spa Jornadas de Enfermagem do Departamento Médico: Desafios no Cuidar Organização: Equipa de enfermagem do Departamento Médico 5 e 6 de dezembro, 09H00, Hospital Padre Américo

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Profissionais do CHTS aprendem a relaxar

“Ao longo do dia, cheiro muitas flores e sopro muitas velas”. Em jeito de brincadeira, Catarina Assis, fisioterapeuta, dá conta dos ensinamentos apreendidos nas Sessões de Relaxamento para Profissionais e que aplica no dia-a-dia, nomeadamente no trabalho. O projeto, da responsabilidade do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do CHTS, teve início no Hospital de Amarante a 4 de junho, com cerca de 30 pessoas e já tem lista de espera para a formação de novas turmas. Em Penafiel, as inscrições já estão abertas. “Cheirar a flor e soprar a vela” já faz parte da gíria adotada pelo grupo e equivale a “inspirar, profunda e calmamente, pelo nariz e expirar pela boca”. Receita para acalmar em situações de maior stress, que também é “administrada” aos utentes. “Quando vejo que as pessoas na Urgência estão muito nervosas ou ansiosas, consigo ajudá-las desta forma”, explica Ilda Camila, assistente operacional no Serviço de Urgência. As sessões acontecem todas as segundas-feiras, após o trabalho, numa sala do Serviço de Psiquiatria. Quase às escuras e com uma suave música de fundo, as participantes estendem-se sobre os colchões. De olhos fechados e braços

alinhados com o corpo, deixam-se guiar pelas vozes suaves das psicólogas Inês Maia Ferreira e Sílvia Silva, percorrendo cenários imaginários e recantos da mente cujo destino final é o relaxamento total. “Eu fico tão relaxada que chego a adormecer”, revela Ana Lopes, administrativa do Serviço de Psiquiatria. Resultados satisfatórios para profissionais e utentes As sessões de relaxamento em Amarante foram impulsionadas por duas das primeiras psicólogas a frequentar o estágio profissional no CHTS ao abrigo de um protocolo com a Ordem dos Psicólogos. Inês Maia Ferreira e Sílvia Silva são acompanhadas neste trabalho pelos orientadores Carlos Araújo e Catarina Varejão, que destaca a importância deste tipo de actividades. “Os profissionais de saúde, como é sabido, estão sujeitos a uma grande pressão diária e são sérios candidatos a sofrer de stress ocupacional e burnout. É essencial aprenderem a relaxar”, diz. Já Márcia Mendes, coordenadora da Unidade de Psicologia, lembra que estas ações “beneficiam, não só os profissionais, mas também os utentes e as organizações”. O projeto foi também alargado ao Hospital de Penafiel e levou à criação de um Grupo de Relaxamento para Profissionais de Saúde.

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www.chts.min-saude.pt


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