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# atualidade
from Revista APDA #28 - 1º trimestre 2023
by APDA - Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas
Enigma! Verificar causas. Função desajustada? Questões com a chefia? Faz sentido investir no desenvolvimento?
Potencial
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Questionável! Estará na área certa? Testar novas atribuições? Monitorizar de perto.
Insuficiente. Performance baixa. Função exige competências superiores. Ponderar reduzir responsabilidades ou saída.
Acredito que concordarão comigo se eu disser que o talento e o potencial não têm idade (espero!). Então porque continuam a ser apresentados programas de jovens de elevado potencial nas organizações? E os menos jovens?
Este é outro ponto crucial, a gestão de pessoas tem que orientar a sua atuação para o potencial no seu todo, tem que ter a capacidade de gerir o talento sénior, pois esse existe e existirá cada vez mais, até por questões demográficas.
Estamos a dar-lhe a devida atenção?
Em crescimento. Avaliar oportunidades a médio ou longo prazo. Foco no desempenho. Desafiar com projetos? Poderá vir a ser líder?
A manter na mesma função. Investir no desenvolvimento pessoal e profissional para aumento do desempenho. Desafiar?
Eficaz, mas dúbio. Estará bem na função que desempenha ou testar novas atribuições. Pode estar desmotivado. Ir monitorizando.
Desempenho
Muitos são os desafios para o futuro, principalmente porque a gestão de pessoas se torna, cada vez mais, numa ciência interpretativa e holística:
• fomentar e potenciar a individualidade;
• comunicar/enraizar de forma permanente, exaustiva e clara o propósito, a visão, a missão e os objetivos estratégicos;
• criar uma cultura que atraia o(s) talento(s) para a organização;
• recrutar pessoas alinhadas com o propósito e a cultura;
• reter (isto é, manter a atração), reconhecer e compensar o potencial e o desempenho – apostar nos desafios e não no engagement;
Alto potencial. Futuro líder. Preparar para funções de maior responsabilidade. Promover e dar mais atribuições.
Performance de alto impacto. Avaliar promoção na mesma área. Testar com desafios diferentes? Poderá vir a ser líder?
Especialista com elevado compromisso. Manter na atual função e não ponderar novas responsabilidades.
• considerar as expetativas e as motivações das pessoas;
• ter capacidade preditiva –aposta no analytics;
• promover uma cultura de feedback constante, em todos os sentidos;
• identificar competências já existentes – promover diagnósticos efetivos;
• desenvolver novas competências – foco no futuro;
• garantir uma liderança que assegure os processos de gestão de pessoas, principalmente pelo exemplo;
• desenvolver a próxima geração de líderes relevantes;
HUMANIZAR AS ORGANIZAÇÕES - O FUTURO (OU O PRESENTE) DA GESTÃO DE PESSOAS
• acompanhar a transformação exponencial;
• potenciar a transformação cultural e as novas formas de trabalho.
Por outro lado, a gestão de pessoas tem que assumir o seu posicionamento estratégico nas organizações, mas ainda mais importante, a sua atuação integrada com os negócios, já não basta garantir a conformidade e os serviços fundamentais. Isto acontece quando:
• a estratégia de gestão de pessoas faz parte da estratégia dos negócios;
• os negócios veem a função de gestão de pessoas como estratégica e como parte integrante dos seus planos de curto, médio e longo prazo;
• a função de gestão de pessoas ajuda a tomar as decisões de negócio através das pessoas, de dados, de insights e de um conhecimento profundo das áreas;
• os sistemas de gestão de pessoas e de negócio estão totalmente integrados.
O contributo das áreas de gestão de pessoas dependerá do seu foco, se for na gestão do dia-a-dia ou no futuro, se for nos processos ou nas pessoas. Somente quando o foco for no futuro e nas pessoas conseguiremos uma efetiva gestão da mudança, pois é nesta gestão que vamos desenvolver a nossa atividade nos próximos anos.
Estes são os princípios cruciais:
• foco nas pessoas e não apenas nos processos;
• humanização da relação e compromisso;
• respeito pela individualidade e pela diversidade.