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As pessoas, a água e a regulação

Luís Simas Assessor do Conselho de Administração da ERSAR

Licenciado em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e pós-graduado em Qualidade da Água e Controlo de Poluição pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

Iniciou a carreira profissional em 1995 nos Serviços Municipalizados de Santarém como técnico superior de controlo da qualidade da água para consumo humano. Em 2004 ingressou no Departamento da Qualidade da Água do Instituto Regulador de Águas e Resíduos. Entre 2008 e 2018 foi diretor do Departamento da Qualidade da Água da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Atualmente é assessor do Conselho de Administração da ERSAR.

“O papel das pessoas no setor da água é muito diverso e não há operações mais importantes do que outras. Todas são importantes, uma vez que os diferentes processos estão todos interligados e nenhum pode funcionar sem os restantes”

1. Para começar…

O Homem, enquanto espécie, tomou conta do planeta de tal forma que foi capaz de afetar o seu equilíbrio natural como demonstram as alterações climáticas. Também é um facto que a atividade humana tem alterado a própria “fisionomia” do planeta quando cortamos árvores nas florestas, quando desviamos cursos de água do seu percurso natural, quando construímos em locais “proibidos”, como são os leitos de cheia, ou quando caçamos espécies animais até à extinção, por exemplo.

A Revolução Agrícola e, mais tarde, a Revolução Industrial, contribuíram decisivamente para um Mundo Novo e para a criação de novas necessidades e consequente utilização de recursos naturais, demasiadas vezes de forma insustentável.

Contudo, também há uma visão positiva para a ação do Homem, que tem sido capaz de resolver problemas que ele próprio criou, que tem sido hábil para “inventar” soluções baseadas na natureza que corrigem ou mitigam erros cometidos no passado ou suficientemente inteligente para descobrir a cura para determinadas doenças que resultam das condições criadas pelo próprio Homem.

É assim que chegamos ao saneamento básico que é considerado por muitos como um dos maiores avanços, senão o maior, na proteção da saúde humana.

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