Ăndice
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Tema / justificativa
Contexto I Rio de Janeiro 2016
Conceituação
1. Relação entre a estruturação urbana devido aos grandes eventos e o processo de remoções.
1. Embasamento teórico 2. O que são comunidades ecológicas?
2. Rio de Janeiro: cidade partida. 3. Áreas vulneráveis a redefinição da linha de costa pela elevação do nível médio do mar.
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Partido I Princípios de ação
Estudo Preliminar
1. Casas - Esquema blocos 2. Condições de insolação e ventilação 3. Drenagem 4. Espaços públicos (conexão) 5. Eixos conexão biodiversidade 6. Atuar nas escalas região, bairro e casa
1. Programa de necessidades 2. Posicionar programa 3. Masterplan com alterações
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Metodologia projetual
Cronograma de trabalho Plano de trabalho
Referências bibliográficas
Estudo de Caso: Favela Asa Branca 1. Introdução 2. Análise de contexto 2.1. Recorte 1 - Região 2.2. Recorte 2 - Favela
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COMUNIDADES ECOLÓGICAS: ESTUDO DE CASO SOBRE A FAVELA ASA BRANCA
1921
1968
2015
Ano 1921. Desmonte do morro do Castelo, durante a reforma de Pereira Passos. Ano 1968. Remoção da favela da Catacumba, governo de Carlos Lacerda. Ano 2015. Remoção da favela Metrô-Mangueira, durante obras de infraestrutura urbana para grandes eventos.
tema / justificativa
ARQ1109 - PROPOSTA DE PROJETO FINAL - PUC-RIO
Os padrões de vida, de consumo e o modelo de desenvolvimento que induzem à predação de recursos naturais e energéticos regularam a forma como produzimos as cidades desde o período da Revolução industrial. Cidades “cinzas”, desconectadas da natureza e dos anseios naturais humanos, projetadas para os automóveis e moldadas pelos interesses privados, trazem consigo preocupações no que diz respeito a vulnerabilidade às mudanças climáticas, a efetividade de seus sistemas sociais, ambientais e econômicos sobre cenários adversos e a qualidade de vida de seus habitantes. Sobre esse contexto, a cidade do Rio de Janeiro sofre com a falta de visão sistêmica no planejamento e continua a repetir os
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erros de políticas e reformas urbanas passadas. Historicamente, o município passou por vários processos de remodelação pautados, principalmente, por questões estéticas, sanitaristas, pela abertura de grandes eixos viários e que tiveram como consequência direta as demolições e desapropriações sobre as áreas mais pobres. Da a reforma proposta por Pereira Passos, em 1875, até as obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, continuamos a remover assentamentos informais, expulsando seus residentes para áreas suburbanas e longe dos locais de trabalho; canalizar rios, encarados como pontos de recebimento de esgoto e lixo e, por isso, considerados vetores de transmissão de doenças e não-atrativos; construir grandes anéis viários com a priorização do trânsito de veículos individuais poluentes em detrimento do transporte público e meios não-poluentes. Este trabalho tem como objetivo questionar a lógica de produção urbana carioca, encarando a necessidade de uma mudança de paradigmas fundamentada, principalmente, na efemeridade, adaptabilidade e evolução dos cenários e dinâmicas. Para isso, o ponto de partida adotado tem origem nas favelas, espaços sintomáticos do fracasso das políticas públicas na cidade e que, mesmo assim, guardam características positivas no que diz respeito a sua organização social, ao sentimento de pertencimento de seus moradores, a sua pequena pegada ecológica, a organicidade do crescimento de seus espaços e a adoção de soluções criativas para a resolução de problemas intrínsecos, fatores que se perderam nos grandes centros urbanos.
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Colagem síntese representativa do processo de remoção e das reinvindicações dos moradores pelo direito à cidade.
Contexto rio de janeiro 2016
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A cidade do Rio de Janeiro passa por um período de vertiginosa valorização imobiliária, fruto, principalmente, da reestruturação urbana para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. A perspectiva de consolidação de uma cidade voltada para o mercado imobiliário ameaça as individualidades, a medida em que constrói espaços cada vez mais genéricos, impessoais e voltados para interesses particulares. O desmantelamento do programa “Morar Carioca”, bem como o elevado número de remoções na cidade, reforçam essa lógica de produção urbana, e mais uma vez, deixam escapar a oportunidade de resolver problemas intrínsecos à cidade do Rio de Janeiro. Somado a esses fatores, vivemos uma época de incertezas, marcada pelas mudanças climáticas, sobrecargas dos sistemas e elevação do nível do mar. Tais fatos tornam emergenciais a adoção de soluções sistemáticas que visem a resiliência e diminuam os impactos negativos sobre a cidade.
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População da cidade x População residente em aglomerados subnormais (IBGE, 2010)
Relação entre a estruturação urbana devido aos grandes eventos e o processo de remoções. Mapa retirado do livro SMH 2016: Remoções no Rio de Janeiro olímpico.
Favelas c/ remoções
MCMV
Porto Maravilha
Clusters olímpicos
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rio de janeiro: cidade partida Mega-eventos + Governança corporativa + City Marketing + Processo de produção espacial capitalista
=
CIDADE ForMAL
recursos naturais
cidade informal
Especulação imobiliária: De 2001 a 2010: Preços dos imóveis residenciais e comerciais chegaram a subir 400% e 700%, respectivamente. (Fonte: FGV 2010); Aumento do preço do solo Investimento urbano em áreas já valorizadas pelo mercado Multiplicação de condomínios privados Privatização dos espaços públicos.
Ausência de gestão ambiental (continuamos impermeabilizando o solo, desmatando, despejando esgoto e canalizando rios) Abandono do “legado ambiental”e piora da qualidade das águas Cultura de jardins homogêneos Extinção de espécies e perda de diversidade Desconexão das pessoas com a natureza.
22 mil famílias removidas de suas casas (entre janeiro de 2009 e dezembro de 2015). (Fonte: RioNow). Perda de vínculos de vizinhança; Abandono do programa “Morar Carioca” Aumento da segregação sócio-espacial / gentrificação.
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Áreas vulneráveis a redefinição da linha de costa pela elevação do nível médio do mar.
Mapa adaptado do projeto: Região Metropolitana do Rio de Janeiro: Vulnerabilidades das megacidades brasileiras às mudanças climáticas.
Favela Asa Branca
O estudo considerou a possibilidade de estabelecimento da Baixada de Jacarepaguá como o caso mais crítico na capital carioca, visto que a faixa marginal do sistema lagunar de mesmo nome é fortemente adensada, o que causaria maiores danos sociais, ambientais e econômicos com a expansão de seu espelho d’ água.
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TEIA DE CONCEITOS
CONCEITOS: INTERSTICIOS MORAR CARIOCA ESPAÇOS LIVRES
CONCEITUAÇÃO
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Como a cidade pode transformar o panorama atual em uma oportunidade para reforçar sua economia, afirmar sua herança sócio-cultural e preparar-se para os desafios das mudanças climáticas?
Historicamente, as favelas se estabeleceram em várias partes da cidade como a única alternativa de moradia para grande parte da população mais pobre. Constituíram-se, assim, como territórios às margens da cidade formal, destituídos de infra-estrutura urbana - com sistemas de abastecimento de água, drenagem, coleta de esgoto e de lixo precários - e ausência de serviços públicos como creches, escolas e hospitais. Porém, seus espaços e casas são exemplos da organicidade e poder de participação popular na construção de um território, o que apesar de deflagrar problemas de infraestrutura e planejamento, apresenta uma série de aspectos positivos que se perderam ao longo do tempo no âmbito do Urbanismo. Enquanto várias cidades se apressam para estimular a transformação e construção de cidades para a escala humana, bem como o engajamento popular na tomada de decisões, a dinamicidade dos espaços e a adaptabilidade de cenários, tais características se desenvolveram nos assentamentos informais por décadas. Sobre este contexto, o presente trabalho busca retomar os anseios inatos às pessoas na construção das cidades, enxergando o papel do arquiteto como fundamental ouvinte e líder de projeto de uma equipe formada pelos usuários do espaço, principais conhecedores do local e de suas vocações. Por vezes, a imposição das correntes de pensamento da Arquitetura e do Urbanismo e da vontade dos planejadores urbanos se sobrepuseram aos anseios e predisposição locais, e tiveram graves consequências espaciais. A homogeneização das soluções sobre os espaços das favelas, são consequência de visões e anseios superficiais, resultantes de interesses externos a esses territórios. Sobre esse ponto, este estudo pretende
potencializar as dinâmicas positivas que se desenvolveram nos assentamentos informais, enquanto mitiga problemas relacionados à ausência do poder público, a infraestrutura precária e a homogeneização das soluções adotadas por projetos urbanos passados e busca a resiliência de seu território, bem como a garantia de melhor qualidade de vida para seus moradores. As comunidades ecológicas bus-
cam alcançar a resiliência social, econômica e ecológica por meio da reconexão entre as pessoas e a natureza, a recuperação de cenários ambientais degradados, a mimetização dos processos naturais e o envolvimento de seus habitantes nesses processos. Voltam-se para o bem-estar de seus moradores, cidadãos participantes da vida em comunidade, e não meros consumidores de bens e serviços. Buscam fechar seus ciclos de energia localmente, por meio da produção local de alimentos e o fornecimento de águas para garantir seu funcionamento mesmo em cenários de crise. Seu território funciona como um catalisador social e é protagonista de importantes funções ecológicas para a cidade, possuindo pequena pegada ecológica. Tratam-se de comunidades mais igualitárias, cooperativas, seguras, e que oferecem mais oportunidades por meio de uma economia rentável e ao mesmo tempo, não-predatória.
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Vista da laje de um morador da Rua Leonardo Villas Boas. Foto: Rio On Watch.
eSTUDO DE CASO FAVELA ASA BRANCA
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Asa Branca é um exemplo de resistência entre as comunidades cariocas que, apesar de renegadas pelo Estado, construíram sua infraestrutura, ainda que rudimentar, por meio do engajamento de seus moradores. Seu território denota o fracasso dos programas de urbanização anteriores, visto que apesar de ter passado pelo “Bairro Maravilha”, continuou apresentando problemas de drenagem, de propagação de vetores de doenças pelo Canal da Pavuninha, a carência de espaços de lazer e de equipamentos públicos. A favela tem potencial para se tornar uma comunidade ecológica pelo estilo de vida de seus moradores, que possuem baixa pegada ecológica; pela proximidade com um corpo d´água degradado e que ainda
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assim, suas margens funcionam como um espaço de encontro entre os moradores; e por ser uma área fortemente antropizada com problemas que poderiam ser mitigados pela implementação de infraestrutura verde, fato que melhoraria a qualidade de vida de seus moradores, a conexão com os recursos naturais e a consolidação de seu território como um espaço de funções ecossistêmicas.
Vista de uma das principais ruas da comunidade - Rua Dulce Bia Foto: Associação de Moradores de Asa Branca. Tirada em 2012.
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recorte 2
recorte 1
ANĂ LISE DE CONTEXTO
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recorte 1: região mapa síntese
legenda TOPOGRA topografiaFIA m nível- -00-80 de nível Curva de a 80 m Curva m nível--8585-160 de nível Curva Curva de a 160 m 200mm 165a -200 nível- -165 de nível Curva Curva de 240mm 205a -240 nível- -205 de nível Curva Curva de
hidrografia ÁGUAS: Rios Rios Trechos cobertos cobertos Trechos irregular Margens com ocupaçãoirregular comocupação Margens ciliar mataciliar Trechos com commata Trechos uá Lagoa de de Jacarepag Jacarepaguá Lagoa
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viário vegetaçãoO VIÁRIO VEGETAÇÃ Fragmentos Vias expressas densa Viasexpressas vegetaçãodensa devegetação os de Fragment (Transolímpica e (ameaçad (ameaçados dodo tecido BRT Linhas (Transolímpica LinhasdodoBRT expansão pelaexpansão os pela oca) urbano) Transcari e Transcarioca) urbano) tecido BRT natural EstaçõesdodoBRT Vegetação primitiva primitiva (área (áreanatural Estações Vegetação genética) matrizgenética) preservadaa aa matriz preservad lineares (jardins cosmé Parques lineares Parques ticos) (jardins cosméticos) Vegetação ciliar
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na avu oP
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topografia Pedra da Águia Caída
TOPOGRAFIA Curva de nível - 0Curva de nível - 85 Curva de nível - 16 Curva de nível - 20
Morro do Outeiro
O bairro de Curicica situa-se na baixada de Jacarepaguá, região que recebe as águas provenientes do Maciço da Pedra Branca (com 1024 m de altura) e do Maciço da Tijuca (com 1021 m de altura). Incidem diretamente sobre a dinâmica de águas na favela pequenas elevações, tais como: o Morro do Outeiro (com 56 m de altura) e grandes elevações, como o Maciço da Pedra Branca). O recorte analisado apresenta enchentes recorrentes, devido a constituição do seu relevo como área de baixada, e que são potencializadas, principalmente, pela expansão descontrolada do tecido urbano, o desmatamento de grandes áreas e a impermeabilização do solo. 3D ilustrando parte do perfil do relevo da região. Maciço da Pedra Branca Pedra da Águia Caída
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hidrografia “Além do complexo lagunar, a Baixada de Jacarepaguá também é bastante vascularizada por rios e canais. A maior parte das águas que descem a vertente sul das cadeias montanhosas acaba sendo direcionadas para as lagoas; porém, em determinados locais, as escarpas dos respectivos maciços alcançam a linha costeira e as águas escorrem direto para o mar (MARQUES, 1984). A característica de formação dos ambientes lênticos da Baixada faz com que a renovação das águas seja insuficiente, o que aumenta a suscetibilidade dos mesmos a impactos negativos. Por estar localizado numa área deprimida, o complexo lagunar de Jacarepaguá recebe naturalmente fluxos de água e sedimentos originados em toda a área abrangida pela bacia de drenagem. Mais recentemente, com o crescimento desordenado da ocupação urbana, vêm sendo acrescidos poluentes de origem antrópica aos fluxos de água e sedimentos em direção ás lagoas e suas margens. Esses efluentes, após percorrerem vastas áreas da bacia hidrográfica da Baixada de Jacarepaguá, acabam sendo despejados in natura nos ecossistemas lagunares configurando um quadro de insalubridade e degradação ambiental.“¹ 5 1
Rio dos Passarin hos da
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ÁGUAS: Rios Trechos cobertos Margens com ocupa Trechos com mata c Lagoa de Jacarepag
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Quatro principais sub-bacias, partes da Macrobacia de Jacarepaguá, possuem influência no recorte estudado: Arroio Pavuna, Pavuninha, Passarinhos e Caçambé. De forma geral, esses corpos d’água estão bastante assoreados, possuem trechos com as margens ocupadas por favelas e por vegetação aquática.
ÁGUAS: Rios Rios ÁGUAS: Trechos cobertos cobertos Trechos Rios Margenscobertos com ocupação irregular comocupação Margens Trechos ciliar irregular irregular com Trechos ocupação commata Margens uá Jacarepag decom Trechos mata Lagoa ciliar mataciliar com Trechos Lagoa de de Jacarepag Jacarepaguá uá Lagoa
A RioRi
¹ Fonte: Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) das obras de prolongamento do molhe existente na entrada do Canal da Joatinga e as melhorias da circulação hídrica do Complexo Lagunar de Jacarepaguá.
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TRECHOS GERAIS - SUB-BACIAS
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Planos e projetos existentes: Projetos do INEA (Instituto Nacional do Ambiente) previstos para a Bacia Hidrográfica de Jacarepaguá :
Trecho 1: Rio Pavuninha na altura da favela Parque União de Curicica. A ocupação das margens acontece de forma semelhante no rio dos Passarinhos e no Arroio Pavuna.
Trecho 2: Ponto de encontro entre o rio Pavuninha e dos Passarinhos. Foz alterada pelas obras olímpicas.
Trecho 3: Foz dos rios Caçambé, Pavuninha e dos Passarinhos, alteradas pelas obras olímpicas. Antes, desembocavam em pontos distintos da Lagoa de Jacarepaguá.
Projeto Rio Ecobarreira - O projeto tem o objetivo principal de reduzir o lixo flutuante presente nos corpos d’água. As ecobarreiras são estruturas flutuantes que, instaladas transversalmente nas calhas de rios nos trechos próximos à foz, retêm o lixo flutuante. Na concepção do projeto, pelo CIDS/FGV, previu-se utilização de materiais reciclados para flutuação, como garrafas PET, bombonas plásticas, além da madeira plástica POLICOG, material produzido a partir de Pet’s. Status: Inoperante. Projeto Ecobarcos - Também foi criado para reduzir o lixo flutuante existente, utilizando embarcações para fazer o recolhimento diário de lixo flutuante e sedimentado nas áreas costeiras e do entorno das ilhas da Baía de Guanabara. Status: Inoperante. Projeto de Saneamento da Restinga de Itapeba - A CEDAE é responsável pela execução deste projeto, que tem a finalidade de coletar todo o esgoto da área adjacente às avenidas das Américas, Salvador Allende, Alfredo Balthazar, Professor Fausto Moreira, Otávio Dupont e Di Cavalcanti, garantindo o tratamento final do esgoto produzido nas edificações presentes. Status: Em execução.
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ASPECTOS RELEVANTES - RIO PAVUNINHA Trecho 4: Rio Pavuninha no trecho da Favela Asa Branca. Moradores convivem com grandes quantidades de lixo, com o mau-cheiro e a proliferação de doenças. Foto: Associação de moradores de Asa Branca. Tirada em 2012.
Trecho 4: Travessias possíveis em poucos pontos do rio e, por várias vezes, feita de forma improvisada. Foto: Associação de moradores de Asa Branca. Tirada em 2013.
Trecho 5: Segundo os moradores, as obras da Transolímpica pioraram o assoreamento e as enchentes. Foto: Reportagem do RJTV 1ª edição (dia 12 de novembro de 2015 - “Rio desapareceu emabaixo do lixo”).
Trecho 6: Obras de “dragagem” foram feitas com o final da construção da Transolímpica. Para isso, parte da mata ciliar foi retirada, o que deflagrou o estado crítico do rio para os moradores do entorno. O escoamento da água é prejudicado pela quantidade de lixo e ,assim, vira um reservatório de água parada e vetor de transmissão de doenças, como a dengue. Foto: Página do Facebook: Canal Pavuninha Tirada em Janeiro de 2016.
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Rio Pavuninha em 2016: obras de dragagem melhoraram a quantidade de lixo, porém o mau-cheiro continua. Em Outubro, durante entrevistas, moradores relataram que as enchentes cessaram após as intervenções, porém, até então, o sistema não havia sido submetido a grandes níveis de precipitação.
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vegetação
VEGETAÇÃO Fragmentos de vege (ameaçados pela exp tecido urbano) Vegetação primitiva preservada a matriz Parques lineares (jar ticos) Vegetação ciliar
A Baixada de Jacarepaguá têmicas dos diferentes tipos de vegepossui inúmeras áreas de preservação tação à aplicação na fase projetual para (APP) formadas por remanescentes diversos fins, valendo-se das caracterísde restinga, mangue e floresta om- ticas particulares e do equilíbrio e recubrófila densa nas cotas mais altas que peração dos ecossistemas possíveis. integram o Maciço da Pedra Branca. VEGETAÇÃO No recorte analisado, fica eviFragmentos densa densa vegetação devegetação osde Fragment dente a presença de uma coleção de (ameaçados do do expansão fragmentos de vegetação densa impelaexpansão ospela (ameaçad pactados pela ação antrópica (queitecidourbano) urbano) tecido madas, aberturas de estradas, expanVegetação primitiva natural natural (área primitiva(área Vegetação são da malha urbana). genética) preservadaaaamatriz genética) matriz preservad A desconexão entre as áreas verdes, a presença de jardins cosParques lineares lineares (jardins cosmé Parques méticos, e a retirada da mata ciliar, (jardins cosméticos) ticos) associados a outros fatores, são resVegetação ciliar ponsáveis pela supressão das funções Propriedades - Vegetação local ecológicas da paisagem e da potenAtrai fauna cialização de problemas relacionados à restrição do espaço destinado a Propriedades fitoterápicas biodiversidade em ilhas desconexas; à drenagem; e as ilhas de calor. Inflorescência ornamental A análise da página ao lado, Folhagem ornamental busca apreender as principais características sobre algumas espécies Frutos comestíveis pioneiras da região. Dessa forma, obRegeneração ecossistêmica jetiva-se conectar as funções ecossis-
ESPÉCIES PIONEIRAS
Quaresmeira
Açoita-Cavalo
Pau-cigarra
Embaúba
Aroeira-da-praia
Bromélia Noeregelia cruenta
Tocoyena bullata
Palmeira Guriri
Seashore paspalum
Mangue-branco
Mangue-vermelho
manguezais
restinga
Crindiúva
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florestais
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recorte 1: região PARTIDO I PRINCÍPIOS DE AÇÃO
As cheias urbanas estão diretamente associadas a falhas nas várias etapas dos sistemas de drenagem, seja por erro de concepção, por falta de manutenção, por obsolescência ou pelo crescimento urbano desordenado. Com as mudanças climáticas, e o provável aumento de ocorrência de fenômenos extremos, é de se esperar que os atuais sistemas fiquem sobrecarregados e falhem com mais frequência, uma vez que maiores precipitações aumentarão as vazões geradas pelo ambiente urbano impermeabilizado. Em cidades costeiras, a elevação do nível médio do mar poderá restringir a descarga do sistema de drenagem. O aumento da intensidade das chuvas extremas demanda ampliação da rede de drenagem. O aumento do nível do mar, por sua vez, gera uma restrição de descarga na foz, afetando a capacida-
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PLANOS GERAIS VETORES - CONECTAR ÁREAS VERDES PRESERVAR PASSARELA BIODIVERSIDADE FUNÇÕES ESPAÇOS LIVRES: NÃO TEM MELHORAR SISTEMA DE DRENAGEM VER MORAR CARIOCA ESPAÇOS LIVRES oBJETIVOS PRINCIPAIS PONTUADOS
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recorte 2: favela
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Pág 19 http://www.globalgarbage.org/Apresentacao_ouroazul.pdf http://www0.rio.rj.gov.br/ smac/up_arq/sub/Volume%20 3%20-%20Meio%20Biotico%20(Parte%201).pdf
² Estudo realizado com base no “Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do Projeto de Recuperação Ambiental da Macrobacia de Jacarepaguá”.
https://globoplay.globo. com/v/4603946/