CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
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OPALA SS V8
TÉCNICA BLOWER
Um clássico impecável com direito a preparação de ponta no motor V8
Entenda como funciona este eficiente sistema de preparação automotiva
96 ANOS DE CHEVROLET A história de como a GM se tornou a maior montadora do mundo
A REVISTA DO AFIÇIONADO POR OPALA, VECTRA, CORSA, BEL AIR...
IMPALA CUSTOM 63 Customizado nos Estados Unidos este Impala recebeu chassi exclusivo, mecânica de Corvette Z06 e design remodelado C
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MANTA ASFÁLTICA Descubra como evitar ruídos indesejados no interior do carro ANO 1 NÚMERO 1
R$ 9,90
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EXPEDIENTEEDITORIAL
QUALIDADE E REQUINTE CUSTOM & HIGH PERFORMANCE Diretor editorial: Alessio Fon Melozo Editor-executivo: Roberto Cardinale
REDAÇÃO Editor Assistente: Rodolfo Parisi Arte: Fabio Augusto Estagiário de arte: Luiz Pellegrini Estagiário de redação: Eric Inafuku Colaboração: Claudia Cardinale, Fernando Garcia e Fernando Cappelli Revisão e checagem: Elisabete Pereira, Milena Wiek e Sirlene Farias
FOTOS Marcello Garcia
MULTIMÍDIA Elder Giangrossi
PUBLICIDADE publicidade@streetmotors.com.br
ATENDIMENTO AO LEITOR – SUPORTE Horário de atendimento das 9 às 21h e-mail: atendimento@digerati.com.br, suporte@digerati.com.br, tel.:11 3217-2626
EDIÇÕES ANTERIORES Atendimento a jornaleiros: (11) 3648-9090 Canais de vendas: (11) 3648-9090 e-mail: vendas@digerati.com.br, fax: (11) 3217-2616 Site: www.streetmotors.com.br
CONTATO Redação: R. Haddock Lobo, 347, 12º andar, São Paulo - SP, CEP 01414-001, tel.: (11) 3217-2600, fax (11) 32172617 Publicidade: (11) 3217-2627 e-mail: publicidade@streetmotors.com.br, Representante comercial em Salvador: Aura Representações, tel.: (71) 345-5600, cel.: 9129-7792, Representante comercial nos EUA: USA-Multimedia, tel.: +1-407-903-50000, Ramal: 222 e-mail: info@multimediausa.com Marketing: (11) 3217-2600 e-mail: marketing@streetmotors.com.br Circulação: (11) 3217-2719 e-mail: circulacao@digerati.com.br
A REVISTA SS Custom & High Performance não tem vínculo algum com a GM do Brasil ou a sua matriz nos Estados Unidos. Esta é uma publicação totalmente independente da fábrica e voltada para os apaixonados pelos veículos desta marca.
REVISTA SS Custom & High Performance é uma publicação do Grupo Domo. Distribuidor exclusivo para todo o Brasil: Fernando Chinaglia Distribuidora S.A. Tel.: (21) 3879-7766. Impressão: Cly
Esta revista que você tem em mãos é a primeira de muitas outras que abordarão a inesquecível história de uma das mais conceituadas fabricantes de automóveis de todos os tempos. Quando tivemos a idéia de produzir uma publicação voltada aos aficionados por automóveis da marca Chevrolet, decidimos que ela não poderia ser apenas uma revista que abordasse veículos clássicos, ou então, apenas os últimos lançamentos da marca. Assim, ela precisaria abrir, ao máximo, o leque de opções desses incríveis veículos. Como nosso objetivo é agregar um pouco da história da marca, desde os primeiros veículos Chevrolet até os mais atuais, passando, é claro, pelos customizados e também por aqueles com mecânica preparada, notamos a necessidade da criação de uma revista que informasse tudo isso de forma clara, fácil e que, acima de tudo, levasse entretenimento ao leitor. Ao iniciar a pesquisa para o desenvolvimento desta revista, pude verificar que, até mesmo os proprietários dos modelos mais novos da Chevrolet são verdadeiros aficionados pelos automóveis da montadora, principalmente porque, atualmente, a marca é sinônimo de carros com requinte e qualidade. E tudo isso só nos empolgou ainda mais para colocarmos em prática este novo projeto do selo Street Motors. Assim nasceu a revista SS Custom & High Performance, uma publicação bimestral, em que, nesta primeira edição, você acompanhará algumas matérias interessantes sobre a história dessa conceituada marca, além de uma supermatéria com um Opala SS com mecânica V8. Outra reportagem desenvolvida especialmente para os apaixonados é sobre um ícone da Chevrolet chamado Chevette SL/E, em uma matéria realizada com um modelo extremamente bem-cuidado, com apenas 52 km rodados ao longo de 17 anos. Uma verdadeira preciosidade. Acompanhe, também, uma avaliação completa sobre o novo lançamento da montadora no Brasil, o Vectra GTX, e se divirta com uma matéria especial sobre o Corvette LS7, um superesportivo que, de fábrica, rende 430 cv de pura adrenalina. Espero que você, leitor, realmente goste do que verá nas próximas páginas e saiba que nossa redação estará trabalhando bastante para apresentar a você o que existe de melhor sobre os veículos Chevrolet no Brasil e no mundo. Aproveito também e deixo aqui um espaço aberto para você enviar suas sugestões ou críticas, para meu e-mail pessoal. Terei o maior prazer em lhe responder. Divirta-se e até a próxima edição! Roberto Cardinale Editor-executivo cardinale@grupodomo.com.br
STREET MOTORS É UM SELO DO GRUPO DOMO
Presidente: Alessandro Gerardi Conselho editorial: Alessandro Gerardi, Luís Afonso G. Neira, Alessio Fon Melozo e William Nakamura
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ÍNDICE
32 CAPAIMPALA Norte-americano fanático por muscle cars cria um verdadeiro Pro-Touring unindo a clássica carroceria do Impala 1963 com um motor V8 6.2 litros do moderníssimo Corvette LS7. Estilo e atitude em um carro único
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12 CONCEITOVOLT
HANDS ONCORVETTE
Desenvolvido pelo departamento de engenharia e design da GM nos Estados Unidos, o Volt promete chegar as ruas em breve
Saiba tudo sobre o novo esportivo lançado pela montadora norteamericana. Mecânica apimentada, rodas exclusivas e muito estilo
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PROJECTSTYPHOON
ÍCONESCHEVETTE SLE
Na década de 90 este SUV foi responsável por derrotar várias Ferrari. Atualmente, ele está ainda mais impressionante com seus 700 cv
Confira a história do clássico sedan desenvolvido pela Chevrolet do Brasil, que até hoje tem um espaço no coração dos brasileiros
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20 AVALIAÇÃOVECTRA GTX
HISTÓRIACHEVROLET
Lançado no segundo semestre de 2007, o novo hatchback da Chevrolet tem tudo para conquistar o mercado
Em 1912, idealizada por dois jovens visionários, nascia nos Estados Unidos a Chevrolet, a maior montadora do mundo
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PROJECTSVECTRA ELITE
HISTÓRIAHOLDEN
Criado para chamar atenção onde passa, este Vectra recebeu suspensão especial, rodas aro 20” e sistema de som multimídia
Iniciando sua trajetória como uma reparadora de automóveis na Austrália, a Holden transformou-se numa das principais divisões da GM fora dos EUA
06VITRINE
66CORSA KOMPRESSOR
Um espaço destinado aos produtos automotivos mais modernos e interessantes que o seu bolso pode comprar
Inspiração alemã foi o necessário para que este “popular” herdasse um compressor de Mercedes e projeto sonoro de tremer o chão
10ESPAÇO DO LEITOR
70OPALA V6
Envie suas dúvidas, curiosidades e críticas neste espaço criado especialmente para você interagir com nossa equipe
Quem disse que um Opalão não poderia utilizar o lendário V6? Confira esse modelo equipado com motor de Blazer e visual esportivo
38CURIOSIDADES
74FVM MANTA ASFÁLTICA
Conheça algumas das histórias mais interessantes da Chevrolet desde sua fundação até os dias atuais
Aprenda a técnica de utilização de mantas, que permite que seu carro tenha um isolamento acústico de primeiro mundo
40OPALA V8
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Clássico Opala SS, equipado com motor V8 de Camaro, rende mais de 350 cavalos nas ruas e pistas do país
Saiba como funciona esse tipo de preparação, que promete torques incríveis e uma elevação considerável da potência mecânica
56CHEVELLE MALIBU
82A ÚLTIMA IMPRESSÃO
Customizado no estilo norte-americano, este clássico sedan recebeu pintura especial, motor preparado e rodas aro 20”
Algumas fotos e momentos são únicos. Nesse espaço, o olhar do fotógrafo vale mais do que qualquer palavra
Entre em contato com a redação! Envie suas sugestões e críticas para o e-mail da redação no seguinte endereço: redacaoss@streetmotors.com.br
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VITRINE
A forma mais fácil e prática de encontrar o que você precisa para o seu automóvel ou acessórios especialmente projetados para quem é apaixonado por carros
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RODAS ESPORTIVAS
PILOTO DE RUA
A TSW coloca no mercado a linha 2008, das rodas lançadas no SEMA SHOW, nos EUA. Destaque para o modelo Croft, disponível nas medidas aro 17”, 18”, 19”e 20”. Mais informações: www.tsw.com.br
Bancos esportivos oferecem mais conforto e segurança. E é isso que a Rallye traz com os bancos Stradale. Confeccionados em couro ou Ultrasuede HP, são garantia de sucesso. Acesse: www.rallyedesign.com.br
PISANTE ESPERTO
MAPA ONBOARD
A Momo apresenta as pedaleiras Supergrip, confeccionadas em alumínio de alto relevo e desenvolvidas para carros com câmbio manual. Acompanham parafuso e manual. Detalhes: www.tireshop.com.br
Navegar é preciso, e para isso a Elgin comercializa o GPS T-Levo. O equipamento opera com mapas de 100 cidades, sistema de voz e muitas opções. Compre agora no site: www.t-levo.com.br
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BRILHO IMEDIATO
TOQUE DE MESTRE
A 3M do Brasil lança a cera spray que promove brilho e proteção com uma única aplicação. Deve ser utilizada com a superfície do carro ainda molhada e em apenas uma etapa você seca e encera o carro. Informações: www.3m.com.br
O novo volante S3R é a aposta da Shutt para 2008. Com 330 mm de diâmetro e acabamento anatômico, o acessório promete mais conforto aos condutores. Disponível em couro natural: preto, cinza e vermelho. Veja mais no site: www.shutt.com.br
TECNOLOGIA SONORA
SENSOR DE CHUVA
Potência para os ouvidos é o que a Falcon garante com o aparelho HS200CD, um amplificador de dois canais estéreo 60 WRMS. O equipamento ainda oferece entrada RCA de nível baixo para conexão de IPOD. Dúvidas: www.falcon.com.br
A Quantum Tecnologia apresenta o sensor de chuva QRS. O equipamento garante acionamento imediato quando gotas de chuva ou lama entram em contato com o pára-brisa. Acompanha manual de instruções. Acesse: www.tecquantum.com.br
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CLÁSSICO DE LUXO
PRATICIDADE
Novo lançamento da Lenker, empresa brasileira com mais de 50 anos de experiência, o volante Highhart tem acabamento em alumínio 6,5 mm usinado em CNC e 350 mm de diâmetro. Compre no site: www.lenker.com.br
A Chevrolet abastece sua gama de acessórios originais de fábrica com uma geladeira portátil. Disponível para todos os modelos da montadora, o equipamento é útil para quem viaja nos finais de semana. Detalhes: www.gm.com.br
EVOLUÇÃO SONORA
MAIS POTÊNCIA
O CD Player DEH-P7980 é um dos lançamentos da linha High End da Pioneer no Brasil. O equipamento oferece entrada USB na traseira e reproduz MP3, WMA e AAC. Oferece ainda frente destacável antifurto. Mais detalhes: www.pioneer.com.br
A Pro-1 Serious Performance, empresa especializada na comercialização de peças para carros de competição, apresenta um cabeçote de alumínio indicado para motores Chevy Big Block. Informações: www.pro-1.com.br
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ILUMINAÇÃO GARANTIDA
VISIBILIDADE TOTAL
A ATW Motorsports abastece sua linha de acessórios com a chegada dos faróis de xenon de 6500K. O equipamento garante vida útil de 2500 horas, é à prova d’água e conta com reator blindado. Acesse: www.atw.com.br
Especializada no desenvolvimento de produtos para limpeza automotiva, a Auto Shine apresenta o Limpa Vidros com 100 ml. O produto, além da sua função básica, ainda oferece antiembaçante. Dúvidas: www.autoshine.com.br
PARADA CERTA
CHEVY BIG BLOCK
A RG Brakes apresenta seu disco traseiro para Vectra CD com medidas 330x23mm, slotado e com miolo em alumínio anodizado e pista em ferro fundido, rotorizada. Acompanha pinça Wilwood de quatro pistões. Saiba mais: www.rgbrakes.com.br
A PowerTech trouxe dos Estados Unidos um motor big block GM 454 L29. O propulsor oferece 330 cavalos e é ideal para ser adicionado em qualquer muscle car da marca norte-americana. Mais detalhes: www.powertechnos.com.br
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EspaçoLEITOR
O D A V R E S E R R O T I O E ç L a , p Ê C Es O V A R PA Você, leitor da revista SS Custom & High Performance que está conhecendo nosso trabalho agora, informamos que este espaço é seu e estamos aguardando suas sugestões e possíveis críticas. Esperamos realmente que você participe. Saiba que estamos preparando diversas surpresas e algumas promoções exclusivas nas próximas edições da sua revista. Você, que assim como nós, é um aficionado pelos automóveis produzidos pela Chevrolet, pode nos ajudar enviando suas mensagens para redacaoss@streetmotors.com.br. Caso queira, também pode enviar cartas para o seguinte endereço: Rua Haddock Lobo, 347, 12º andar, São Paulo - SP, CEP 01414-001.
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CONCEITOSVOLT
FORÇA EM
AÇÃO
Conceito da General Motors dos Estados Unidos agrega sofisticação e alternativa de combustível com um motor elétrico
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Por Claudia Cardinale Fotos Divulgação
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ão é de hoje que a escassez de petróleo, a poluição, o buraco na camada de ozônio e muitos outros problemas da modernidade são constantemente divulgados pelos noticiários ao redor do planeta. Para isso, o homem, dotado de inúmeras idéias, vive em constante transformaçãp na procura de novos
caminhos, capazes de superar as dificuldades que assombram diariamente sua espécie. De olho nessas mudanças, a General Motors apresentou neste ano, no Salão de Detroit, nos Estados Unidos, sua opção para movimentar as máquinas do futuro, o conceito que recebeu o nome de Chevrolet Volt e apresen-
tou-se de forma ousada, desafiadora e com muito estilo. Trata-se de um carro movido por eletricidade e alimentado por uma bateria capaz de dar-lhe autonomia para fazer 64 km na cidade com apenas seis horas de carga, abastecidas em uma tomada comum de 110 V. Agora você deve estar se perguntando: “E se eu
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precisar percorrer mais do que a quilometragem apresentada?” Bom, não se preocupe.Tudo foi minuciosamente calculado. Quando a bateria está descarregada, um motor turboalimentado de um litro e três cilindros, movido a gasolina e estrategicamente instalado, assume o controle. Girando em velocidade constante, o propulsor transforma o combustível na energia necessária para recarregar a bateria, proporcionando, assim, 20 km por litro de combustível e garantindo ao motorista mais 1.029 km de autonomia. Está bom?
APELO NO BOLSO Economia foi a palavra determinante neste carro que tem tudo para ser uma das grandes apostas da montadora. O motor que serve de auxílio é alimentado com uma mistura de 85% de etanol, mais 15% de gasolina. Segundo seus projetistas, com essa mistura a economia de 62 km por litro corresponderia a mais 217 km por litro de gasolina. Apesar de o veículo ter sido apresentado com essa alimentação de motor, o sistema E-Flex da GM possibilitará à
montadora se adequar às necessidades específicas de cada mercado consumidor. A idéia é continuar trabalhando para apresentar novos sistemas de propulsão que auxiliem na diversificação das fontes de energia. Ao que tudo indica, logo teremos novidades. Mas o que seria de uma tecnologia tão avançada se ela não conseguisse chamar a atenção visual das pessoas. Desenvolvido para não deixar nenhum detalhe esquecido, o Chevrolet Volt apresenta-se com um design bem futurista e traduz perfeitamente a idéia do que significa modernidade. Quatro ocupantes poderão desfrutar confortavelmente desse futuro lançamento repleto de atitude. Tecnologias de última geração aguçam o desejo de pilotá-lo sem nenhuma pressa para voltar. Se causar impacto fazia parte dos planos da montadora, com certeza o objetivo foi atingido. Por enquanto só resta esperar, afinal, para que a comercialização desse veículo se torne possível, antes de tudo, é necessário o uso de uma grande bateria de íon-lítio com quase 181kg. E isso ainda exige muita negociação.
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Aposta de um teto transparente é para dar sensação de liberdade em quem estiver dentro do carro
Visual futurista com carroceria de cintura alta é a aposta da Chevrolet para o conceito Volt
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HANDS ONCORVETTE
MELHOR DE TODOS Chevrolet investe pesado e cria o Corvette mais potente de todos os tempos. São 430 cavalos movidos por um propulsor V8 de 6.2 litros
O
primeiro modelo do Corvette foi produzido em 1953, e o motivo de sua produção foi a grave crise de vendas, que corroborou para que a grande rival da Chevrolet nos Estados Unidos, a Ford Motors, tomasse a dianteira da comercialização de automóveis no país durante dois anos seguidos. À época, os Estados Unidos da América eram um país movido por suas clássicas e belas barcas. O Cadillac, por exemplo, vivia seu auge, mas nem isso possibilitava à montadora superar sua rival em números e faturamento. Tom Keating, então
o executivo geral da Chevrolet, tinha uma idéia que talvez colocasse a montadora na primeira posição e ainda daria uma imagem de juventude aos seus automóveis. Surgia assim o esportivo Chevrolet Corvette, nome dado a ele em alusão às corvetas – embarcações pequenas e velozes da marinha inglesa – devido ao seu porte pequeno e motor potente. As primeiras versões, desenvolvidas em 1953, eram equipadas com um motor seis cilindros de 235 polegadas cúbicas, câmbio automático de duas marchas com tração traseira e atingia os 170 km/h com uma potência bruta de 150 cv.
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O painel ganhou nova grafia garantindo mais exclusividade e o rádio é comandado por satélite XM
Em pouco tempo viu-se que o modelo não rendia tanto quanto o esperado e em 1955 a montadora equipava o carro com um V8 265 de 195 cavalos, que iniciou a trajetória de sucesso de um carro equipado com uma mecânica sensacional e dotado de uma carroceria extremamente leve de fibra de vidro.
REVOLUÇÃO Após cinqüenta e cinco anos de seu lançamento, a Chevrolet inova mais uma vez apresentando a última versão do Corvette, denominada C06 e equipada com o motor mais potente já desenvolvido para o modelo: o small block LS3 V8 de 6.2 litros, capaz de render incríveis 430 cavalos de potência com torque de 58,6 kgfm. Equipado com câmbio automático de seis velocidades, o carro atinge de 0 a 100 km/h em apenas 4,3 segundos. Se isso não bastar para você, a Chevrolet ainda possibilita a seus consumidores adquirirem um kit de exaustão que aumenta a cavalaria
para os 436 cavalos e faz o esportivo chegar aos 305 km/h. Toda a melhoria em relação ao modelo anterior veio com o aumento do bloco dos cilindros, agora com 103,25 mm (o antigo tinha 101,62 mm) e também com a implementação da cabeça do cilindro que equipa a versão superesportiva Z06 com o motor LS7/L92.
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Os pistões também são maiores, enquanto que o virabrequim e o comando de válvulas foram revisados. Complementa ainda o kit de melhorias um sistema de escape retrabalhado e injetores de combustível herdados do Z06 LS7. O toque final fica por conta do acabamento do motor. Já o kit especial de exaustão disponível pela montadora é similar ao modelo utilizado no Z06. Com duplo escape e ronco forte, o sistema permite ao condutor sentir-se dentro de um Fórmula 1 (se é que isso já não era possível). Aliado a isso há o câmbio de seis
marchas com possibilidade de troca de marchas através de “paletas” no volante, conhecidas como paddle shifters. O carro ainda conta com outras melhorias no design. Caso das novas rodas, as mesmas que foram utilizadas para equipar a versão especial Indianápolis 500 Pace Car, criada em 2007 com acabamento Sparkle Silver ou o opcional Competition Gray. As medidas foram mantidas e continuam sendo aro 18” na dianteira e aro 19” na traseira. Quem adquirir o Corvette 2008 também contará com a possibilidade de escolher dois novos tons de pintura: o Jetstre-
am Blue Metallic e o Crystal Red Mettalic. Por dentro pouco foi alterado, e o grande destaque fica para o painel de instrumentos inovador, sistema de rádio por satélite XM e muito mais. Prometido para o primeiro semestre de 2008, o novo Corvette C06 ao que tudo indica irá bater forte na concorrência. Se levar em conta os anos de produção, isso significa dizer que, além de um esportivo de primeira linha, o condutor estará comprando uma máquina com um belo currículo e que já pôde ser pilotada por inúmeras personalidades. Viva as Corvetas!
Novas rodas, inspiradas no modelo especialmente utilizado no Corvette Indianápolis 500 Pace Car
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A dianteira ganhou visual mais agressivo e o proprietรกrio pode optar por seis tipos de cores
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AVALIAÇÃOVECTRA GTX
CORDEIRO EM PELE DE LOBO O visual é agressivo e o design também, mas o motor não condiz com o estilo. Mesmo assim, o Vectra GTX é uma boa opção para quem quer se destacar na multidão
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uando o assunto é o mercado nacional dos hatchbacks esportivos, a disputa é intensa. Há anos é assim, seja pela briga do tradicional Golf com o Astra ou do Focus com o Stilo, e até mesmo do francês 307 e o recente C4 VTR. No entanto, nunca um carro chegou com tanta força, elogios e prestígio quanto o Vectra GT. O modelo,
derivado do Astra Europeu, em poucos meses – o lançamento foi feito em setembro de 2007 – conquistou o bolso dos consumidores dessa categoria e parece que em breve irá se tornar o hatchback mais vendido do mercado. O design externo, sem dúvida, é o que mais chama a atenção no modelo. No entanto, o motor Flexpower de 2.0
litros, quatro cilindros e oito válvulas com possibilidade de utilização de gasolina ou álcool, desagrada. O motivo, seus 128 cv com um torque de 19,6 kgfm a 2.400 rpm (álcool) e 121 cv com 18,3 kgfm a 2.600 rpm (gasolina), relativamente pouco para um carro que quer passar uma imagem de esportividade e potência, ainda mais na versão GTX. Se
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o compararmos com outros modelos que passam esse tipo de imagem, o Vectra GTX entra numa curva descendente. No entanto, os problemas do carro param por aí. Disponível em duas versões de acabamento, a GT e a GTX, o Vectra oferece conforto e estilo em ambas. Na GTX, a top de linha, o proprietário poderá contar com itens de série como rodas de aro 17” com pintura Performance Gray, antena tipo “Shark” e CD/MP3 Player com possibilidade de controle através de teclas alocadas no volante de couro. Quem adquire essa versão ainda irá contar com computador de bordo, controlador automático de velocidade e retrovisores escamoteáveis. Aos condutores que preferem
o conforto de um câmbio automático, também há essa opção de transmissão, mas como opcional.
NÃO SE PERCA Além desses acessórios exclusivos da versão GTX, o carro de “entrada” também possui uma gama de opcionais curiosos, caso da geladeira com acionamento executado diretamente pelo acendedor de cigarros, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro e sistema de som com entradas para Ipod, USB e SD Card. Um dos destaques internos de ambas as versões é o GPS de série, implementado pela primeira vez num automóvel dessa categoria. Segundo a montadora,
o equipamento oferece a localização de mais de 323 mil pontos em todo o país. Ainda segundo a montadora, o acessório também poderá sofrer atualizações gratuitas pelo site da marca num período de seis em seis meses. Fora esses acessórios “exclusivos”, o carro ainda garante o máximo de conforto ao usuário graças a uma gama de itens de série como acelerador eletrônico, ar-condicionado com duto no portaluvas, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, alerta luminoso de troca de marchas (shift-light), direção hidráulica, sistema de som de qualidade e muito mais. O motor 2.0 litros é uma novidade nesse segmento que ainda não havia
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Lanternas transparentes e friso cromado, dão destaque a traseira do hatchback
visto um propulsor, com esta litragem, ser flexível. Econômico, o motor que equipa os veículos com câmbio manual garante até 11,2 km/l na cidade e 14,8 km/l na estrada, utilizando gasolina como combustível. Já se a opção do condutor recair no álcool, o consumo cai para 7,4 km/l e 10,5km/l, respectivamente. Tudo isso oferecendo uma velocidade final na casa dos 189 km/h (álcool) e 186 km/h (gasolina), com uma aceleração de 0 a 100 km/h em 10,3 s e 10,8 s. Para empurrar essa mecânica, um câmbio de cinco marchas foi instalado, mas há a possibilidade de equipar o carro com transmissão automática de quatro velocidades. No quesito segurança, o Vectra GTX se destaca. São discos nas quatro rodas, assistidos por ABS e EBD. Na dianteira, são ventilados e possuem 280 mm de diâmetro, enquanto que na traseira são sólidos e equipados com discos de 230 mm. Complementa esse setor um par de airbags frontais, disponível para condutor e passageiro.
Interior completo conta com câmbio automático, computador de bordo e navegador GPS
O toque final do projeto fica por conta do design inovador e atrativo que conquistou o apreço de boa parte da imprensa brasileira. A inspiração no Astra Europeu é marcante, no entanto nosso modelo conta com detalhes diferentes na dianteira com um pára-choque menos agressivo e mais parecido com o que já equipa o Celta e Prisma, por exemplo. As opções de cores são muitas e vão desde o Volcano Orange
(nas fotos) até o azul Asthenes. No mais é o mesmo carro comercializado no velho continente, mudando apenas o nome e o preço, afinal, o nosso Vectra GTX tem preço base de R$68.990. Ao que tudo indica o público aceitou o valor do carro e as expectativas de vendas de Ray Young, presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, em torno dos 15.000 exemplares, por ano, serão facilmente atingidas.
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A pintura Volcano Orange, é apenas uma das diversas cores exclusivas do modelo
Design do Vectra GTX é inspirado no Astra Europeu, com o acréscimo do motor Flexpower
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Por Fernando Garcia Fotos Marcello Garcia
VELHO GUERREIRO Comercializado durante duas décadas e acumulando mais de um milhão de unidades vendidas no planeta, o Chevette até hoje é reverenciado
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09. Esses foram os números de um projeto da General Motors que anos mais tarde ficou conhecido como Chevrolet Chevette. A idéia de construir esse automóvel, segundo a GM um “veículo de passageiros de médio-pequeno porte”, partiu ainda cedo, em 1962. Porém, somente três anos depois, após uma forte pesquisa de mercado, foi que a GM anunciou o lançamento do carro, que obrigou a montadora a investir US$ 102 milhões no desenvolvimento de uma nova fábrica de motores em São José dos Campos (SP), na duplicação da fundição, em novo setor de estamparia e também numa moderna linha de montagem. Baseado no Opel Kadett, o Chevette foi um sucesso de vendas no seu segmento graças ao design moderno, durabilidade, eficiência e rapidez no trânsito. Contava também a seu favor o espaço interno. As primeiras unidades do Chevette vinham com motor de 1.400 cm3 (especialmente desenvolvido para o modelo) cuja potência máxima rendia bons 68 cv a partir das 5.800 rpm.
Além da mecânica ideal para o modelo, o peso de 870 kg, na prática, também ajudava no desempenho, fazendo com que o carro atingisse uma velocidade máxima de 140,62 km/h e aceleração de 0 a 100 Km/h em 19 segundos. Durante sua trajetória, o modelo ganhou diversas opções de configurações da carroceria: hatch, sedan, perua (Marajó) e picape (Chevy 500), esta última fabricada até 1995. O Sedan, porém, foi comercializado de 1973 a 1993, acumulando vinte anos de sucesso no mercado brasileiro.
INOVAÇÃO MECÂNICA Considerado o primeiro carro nacional com comando de válvulas no cabeçote acionado por correia dentada, o Chevette foi comercializado inicialmente nas versões Standard e SL (Super Luxo), apresentadas à imprensa no dia 24 de abril de 1973. Logo depois viriam as demais opções como a GP (Grand Prix),uma série especial fabricada em 1976, em homenagem ao Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 daquele ano. O modelo possuía
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Versão luxuosa conhecida como SE, foi sucesso de vendas no fim da década de 1980
faixas pretas no capô e laterais, faróis de neblina e sobre-aros nas rodas. Um ano depois surgiu a GP II, com mudanças no motor, tornando-se, assim, mais econômico graças às mudanças no comando de válvulas, distribuidor e carburador aperfeiçoado. A inovação mais significativa ocorreria em 1978, ano em que o Chevette ganhou um visual baseado no Pontiac Firebird norte-americano. No ano seguinte, a novidade ficava por conta da edição Jeans, diferenciada das outras versões pelas exclusivas padronagens dos tecidos na cor azul, além de um adesivo lateral frontal. Outra novidade foi a configuração de quatro portas para o Chevette, uma carroceria difícil de comercializar naquela época, quando somente os taxistas a consideravam um bom negócio. Em 1980 a General Motors trouxe a série Ouro Preto para o público. A novidade, além da cor dourada, é claro, contava com ignição eletrônica nas versões a álcool – tecnologia que só surgiria a partir de 1982 para as outras versões, sendo opcional nos modelos movidos a gasolina.
SUCESSO ABSOLUTO Com a comemoração de 500.000 unidades produzidas, a fábrica apostava em outros modelos, caso da versão hatch e uma perua, denominada Marajó, lançados em 1981. Curiosamente, uma versão automá-
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tica de três velocidades chegou a ser oferecida em 1984, um ano depois da segunda reestilização da linha Chevette. Porém, o Chevette automático durou apenas até o ano de 1990, devido à pouca procura dessa versão. Em 1987 foi a vez de chegar ao mercado a luxuosa versão SE que continha um acabamento mais primoroso e painel mais completo com conta-giros e luzes de controle do consumo de combustível. Um ano depois, a versão SE passou a ser chamada de SL/E, como forma de unificar o padrão de toda a gama Chevrolet que já tinha essa nomenclatura no Monza e no Opala.
Com a chegada dos carros populares, a GM aproveitou o momento para lançar o Chevette Júnior, como estratégia de aproximar o consumidor do sonho de ter um carro 0 Km. No entanto, a versão veio com ausência de acessórios e acabamento, caso do tecido das portas, vidros mais finos e um motor capaz de render apenas 50 cv, o que contribuiu para que o carro fosse um fracasso. No dia 12 de novembro de 1993, um Chevette L de 1,6 litro na cor branca se despedia da linha de montagem da GM acumulando um total de 1,6 milhão de unidades comercializadas.
PAIXÃO À PRIMEIRA VISTA O Chevette SL/E que você vê nas fotos pertence a um empresário de Curitiba (PR) que prefere não revelar sua identidade. A preciosidade está com apenas, acreditem, 54 km rodados originais! Trata-se de um modelo 0 Km adquirido há dois anos, graças à dedicação de seu atual dono e da empresa que o mantém, a Totty’s Hot Toys.
Ele nos contou que esse SL/E foi comprado por acaso em uma concessionária da GM, quando foi levar seu outro automóvel para uma revisão. Chegando lá, avistou o imaculado Chevette sem placas e brilhando como novo. Parecia que se tratava de um modelo recém - saído da fábrica, mas não. Era um autêntico e genuíno SL/E 1990. O vendedor, na época, disse que o modelo tinha sido comprado por um fiador que teve de se desfazer do carro depois de anos de processo judicial. “Enquanto o processo rolava, já que o ‘Chevettinho’ não possuía documentação, esperou anos e anos sobre cavaletes na casa desse fiador unicamente por ter que pagar uma dívida de um amigo”, comenta o empresário. “Além do SL/E, hibernam em minha garagem um Ford Landau 1983, um Opala Coupé 1977 e um Fusca 1965. O carro não sai da garagem para a rua e anda uma vez por semana dentro do pátio de minha empresa, conforme recomendaram os mecânicos da Totty’s Hot Toys”, completa.
Propulsor 1.6 litros do Chevrolet Chevette rendia 82 cv a 5.200 rpm e oferecia boa aceleração
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PROJECTSTYPHOON
TUFÃO BRASILEIRO GMC Typhoon recebe preparação de ponta e registra mais de 700 cavalos de pura performance. As Ferrari que se cuidem...
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ocê é daqueles que idolatram Ferrari e acha que as italianinhas são o que tem de melhor em performance e design? Pois bem, vamos voltar a 1991, época em que a Ferrari 348 GTS, equipada com motor V8 de 300 cavalos era considerada uma das máquinas mais possantes do mercado, capaz de fazer 0 a 100 km/h em 6 segundos. A herdeira do nome de Enzo Ferrari, porém, não contava com a petulância da GM, que decidiu dar uma lição nos italianos. Mas não pense você que foi com o lendário Corvette ou Camaro, mas sim com uma picape, conhecida como Syclone, e que vinha equipada com um motor Vortec 4.3 V6 equipado com turbo e intercooler originais de fábrica. Se você não a conhece, não esquente com isso, afinal, poucas unidades vieram para o país. Mas, voltando à história, pois bem, a renomada revista norte-americana Car & Driver resolveu fazer um teste com a Ferrari e a Syclone na famosa prova do quarto de milha. Preciso dizer o resultado?
Deu Syclone e com sobras. Não uma, mas três vezes, e a italianinha teve de sair de fininho para não ficar chato. Após o triunfo, um ano depois a GM fez a versão fechada da picape que ganhou o nome de Typhoon. Ciente da história e apreciador de carros superpotentes, um empresário, de São Paulo, adquiriu um dos poucos modelos 1993 que pintaram por aqui em 1997 e até hoje tem as chaves do SUV. “Esse carro já foi e voltou umas
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A GMC Typhoon foi um dos SUV mais rápidos produzidos no mundo na década de 1990
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Motor biturbo rende mais de 700 cavalos, contando ainda com óxido nitroso
duas vezes na minha mão. Vendi para um amigo, depois comprei novamente, vendi para outro, não agüentei e paguei para ter de volta”, conta. Além da paixão, outra coisa faz com que o dono não desgrude de sua Typhoon: o motor. Não o original, esse foi ganhando algumas “coisinhas” ao longo dos anos e hoje guarda sob o capô singelos 650 cavalos, que podem chegar aos 750 utilizando óxido nitroso. A preparação ficou sob a batuta da oficina Power Plus, especializada em projetos de alta performance e recordista durante anos nas arrancadas do Brasil, com a preparação do Dragster Top Fuel de Alejandro Sanches, com mais de 1.300 cavalos. Com investimentos beirando os mais de 150 mil reais, a estética não teve qualquer alteração visível, ou melhor, apenas o jogo de rodas com aro 20 da Kromma foram adicionados para manter o monstro no chão. Os pneus, grandes responsáveis por grudar no asfalto durante as aceleradas são os Hankook Ventus 245/40 R20 que escondem os imensos discos de freios perfurados de 14” equipados com pinças de quatro pistões Wilwood. A estabilidade nas curvas em alta velocidade, fator nem sempre muito confiável em SUVs, devido à falta de aerodinâmica, foi compensada com a aquisição de amortecedores especiais da marca ho-
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landesa Koni, que agora oferecem maior conforto ao proprietário. Com a base pronta, chegava a hora de despejar potência para dentro do motor, e, para isso, o projeto iniciou-se com a instalação de não um, mais dois turbos Garret 381 que trabalham com 0,6 bar de pressão, mas podem ser aumentados para 2,0 bar com o uso do booster. Dentro do cofre, tudo foi modificado para garantir pura performance na Typhoon. O cabeçote foi preparado em banco de fluxo e recebeu um comando de válvulas Crane Cams, os pistões foram substituídos pelos Arias, forjados, e a bielas são Crower. Os anéis agora são Total Seal, os balanceiros, tuchos roletados e molas são K-motion e o sistema de escape foi dimensionado e conta com pressurização especial desenvolvida pela Giba Escapes.
Uma injeção Halltech com seis bicos de 88 libras/h substituiu a original e dois bicos suplementares de 166 libras/h foram escolhidos para o local que conta com corpo de injeção Moroso de 800 CFM. Para alimentar toda a potência do motor Vortec biturbo, o pessoal da Power Plus tratou de instalar três bombas elétricas de Porsche 911. Quer mais? Chega né? O último detalhe é um filtro de óleo especial da empresa norte-americana System One.
SEM EXAGEROS Por dentro só o essencial para alta performance, ou seja, manômetros para controle do funcionamento do motor, nesse caso são sete, mais o velocímetro que marca a velocidade em milhas e o conta-giros, todos da Auto Meter, modelo Pro-Comp.
Para segurar tanto motorista, quanto passageiros, dois bancos conchas Sparco entraram no local dos originais e os cintos de segurança passaram a ser os especiais de quatro pontos produzidos pela Simpson. Nas poucas horas em que o dono não curte o ronco forte do motorzão, um sistema de áudio e vídeo Alpine é garantia de diversão e entretenimento, em parceria com os kits de voz Rockford Fosgate e os dois subs de 12” JL Áudio, amplificados pelos módulos Rockford Fosgate Punch 200 e 400 e instalados no porta-malas ao lado da maldosa garrafa de nitro que envia mais 100 cavalos de potência se for necessário. Se na época com ela original já foi difícil para a Ferrari chegar próximo, imagine agora? Com todo respeito ao senhor Enzo e sua escuderia, é melhor ficar bem longe desse tufão brasileiro.
Rodas aro 20” (ao lado) e bancos concha oferecem o máximo de segurança
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capaCORPALA
PROJETO
CORPALA Impala 63 recebe tratamento de luxo e ap贸s dois anos de trabalho 谩rduo torna-se um dos maiores destaques do Sema Show 2007
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magine que você tem um Chevrolet Impala 1963 Hard Top, mas não sabe o que fazer. Você acorda todos os dias, olha aquela “barca” maltratada pelo tempo, com a pintura gasta, o pára-lama trincado e os pneus com mais tempo de vida que sua pró-
pria casa. Pois é, essa é a situação de muita gente que possui carro antigo, mas que não se desprende do “xodó” por considerar o amigo de quatro rodas como um membro da família. Exemplos disso não faltam, e arrisque chamar o carro dessa pessoa de
“lata velha” para ver o que acontece. Em alguns casos, pode ser pior do que ofender a própria mãe. Esse foi o caso de Christian Prusia, um norte-americano fanático por carros antigos e que por anos teve seu Impala apenas como “enfeite” de garagem.
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Com o passar dos anos e aumento da conta bancária, Prusia sentiu necessidade de dar vida ao clássico carro da década de 1960, que em seus tempos áureos brilhava pelas ruas norte-americanas equipado com o motorzão V8 427, denominado pela montadora Z-11. Assim, em meados de 2005, Prusia e seus dois amigos Dave Eckert, um premiado construtor de automóveis customizados, e Michael Meirnik, ilustrador automotivo de mão cheia, deram início ao que chamaram de The Corpala Project, em alusão à junção dos nomes do carro em si, Impala e Corvette, devido à herança adquirida para o projeto: o incrível motor LS7 Small Block, considerado por muitos como o melhor motor dessa categoria já produzido.
INÍCIO Idéia na cabeça e projeto em mãos, faltava apenas o principal: dar início ao trabalho. Assim, por dois anos a equipe de profissionais, que ainda contou com a entrada do pintor automotivo Ben Con-
ley, do designer de interiores Jim Griffin e do especialista em cromeação Victor VanderStar, deu início ao projeto. Desde o princípio um do pontos que havia ficado acertado entre a equipe era de que o carro teria de se tornar um legítimo Pro-Touring, nome dado pelos norte-americanos ao automóvel que recebe aprimoramentos mecânicos e visuais. Além disso, outro item que não seria alterado era a pintura – uma combinação de prata metálico “Silver Star” e bordô “Charcoal Star” da PPG em contraste com os detalhes cromados da carroceria. As alterações de carroceria são visíveis, a começar pelas laterais, agora contando com faixas vermelhas e a denominação Z06, nome do modelo do Corvette que cedeu o motor para esse carro. As rodas também são outro destaque aparente. Feitas sob encomenda com inspiração em modelos antigos, elas receberam pintura preta fosca e calota com a inscrição SS. Para completar, os pneus escolhidos para
Rodas aro 20 na traseira e 18 na dianteira garantem um visual agressivo ao sedan norte-americano
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Grade e faróis renovados deram mais vida ao carro. O chassi também foi inteiramente desenvolvido para este Impala
equipar as rodas aro 20 na traseira e aro 18 na dianteira são os Toyo Proxes T1R, medidas 305/30 R20 (atrás) e 255/35 R18 (frente). Pretendendo dar uma cara mais invocada ao modelo, o projeto desenvolvido por Meirnik apresenta uma parte frontal lisa sem muitos adereços. Assim, o capô recebeu a mesma pintura do resto da carroceria e a grande dianteira cromada ganhou um tratamento especial da Star Bright Chrome and Plating, garantindo mais brilho e imponência ao Impala, em conjunto com os novos faróis PIIA equipados com lâmpadas de xenônio, além dos faróis de milha. O design da traseira também não fica devendo nada para carros com esse nível de customização. Originalmente o pára-choque é dividido em três partes, porém aqui ele tornou-se único garantindo um estilo mais agressivo, graças ao desenvolvimento de dois recortes que possibilitam a aparição do par de ponteiras duplas de 3”, inspiradas no estilo do Corvette. Outro detalhe que teve
o esportivo da GM como inspiração são as lanternas. Tradição entre todos os Impalas produzidos até hoje, o conjunto de seis lanternas foi substituído por um de quatro, oriundas de um Camaro Z28 1970, com as bordas cromadas. O toque final fica por conta da pintura “Dark Silver Star” no painel traseiro.
OBRA DE ARTE Se parasse por aí, o resultado já estaria de bom tamanho e credenciaria o carro como uma das jóias raras do mercado de customização. Contudo, em uma equipe na qual se encontra o nome de David Eckert, algo mais poderia vir a acontecer. E aconteceu! Como a idéia do carro era a de adicionar o motor, o sistema de transmissão e a suspensão do Corvette, o chassi teria de ser alterado. E ninguém melhor do que o proprietário da Eckert Rod and Custom para realizar esse trabalho. Assim, após quase dois meses de desenvolvimento, surgia o novo chassi do Corpala 63, que em seguida rece-
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Acima: traseira recebeu novo párachoque para acomodar as ponteiras duplas de escape
Interior recebeu couro vinho e elementos cromados, além de um painel completo com instrumentos de monitoração
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beu o poderoso motor V8 LS7 de 505 cavalos, apimentado com intercooler Magnuson MP122, ajustes na central eletrônica e linha de combustível, cabeçotes Finish Line e comando de válvulas e sistema de exaustão duplo QTP Screamer com canos de 3”. Com as modificações e acertos da equipe, o carro chegou à marca dos 550 cavalos de potência, oferecendo o máximo de performance e segurança ao mesmo tempo. Além da performance, a equipe ainda desenvolveu um acabamento de primeira linha no compartimento do motor, com muitos detalhes cromados e a pintura “Dark Silver Star”. O novo chassi também recebeu o conjunto de transmissão do Corvette
Coração de um Corvette LS7 que rende mais de 500 cavalos. Um verdadeiro Pro-Touring
C5, com câmbio manual de seis marchas e diferencial Unitrax 4.10, além de um sistema de suspensão com braços transversais CX Xtreme Suspension, desenvolvido especialmente para o carro. O ponto final fica por conta do sistema de freios dotados de discos de 14”, mordidos por pinças de seis pistões Baer 6S Monoblock Extreme nas quatro rodas. Todo o conjunto desenvolvido por Dave Eckert foi realizado pensando numa distribuição final de peso de 50/50 que garante, acima de tudo, estabilidade e segurança ao amigo e proprietário Christian Prusia. Por dentro, nada de exageros. Como todo rodder que se preze, Prusia queria um acabamento que combinasse com o carro e que ainda oferecesse acessórios não disponíveis na época. Assim, o primeiro item modificado por Jim Griffin foi o painel. Para destacar o Corpala, diante da concorrência acirrada do Sema Show, Griffin adotou um estilo old school com a implantação da coloração Bordô e Prata, inspiradas nas que são utilizadas nos Rolls Royces. Os bancos, assim como o painel e a forração das portas, são de couro bordô, adornados com detalhes cromados. No “chão”, a escolha recaiu em um um tom cinza, o que garantiu mais sobriedade ao carro, enquanto que o volante é original de época, mas com acabamento de couro. A parte interna ainda inclui um sistema multimídia composto de tela de 7” touch screen Sony, responsável por enviar os sinais de áudio para dez falantes, três amplificadores e dois subwoofers, instalados no porta-malas. Outro destaque na customização dessa relíquia norte-americana ficou por conta da instalação de um novo painel, acrescido de instrumentos para monitoramento do motor, garantindo assim um visual matador ao GM Corpala. Sem dúvida um trabalho de muito bom gosto e que mostrou que, com uma equipe de profissionais qualificados, tudo é possível quando o assunto é hot rods e custom cars, não só nos Estados Unidos, como em qualquer outro país do mundo.
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CURIOSIDADES
POR TRÁS DOS
BASTIDORES Conheça algumas das mais curiosas histórias envolvendo a Chevrolet e saiba o por quê do sucesso mundial da montadora
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s curiosidades que envolvem o mundo dos automóveis são muitas, sejam elas com relação a origens, nomes, apelidos, os significados de cada sigla presente em versões, capacidades cúbicas do motor e até mesmo preço de lançamento. Mas antes que comecemos a listar algumas curiosidades que circundam por trás dos bastidores do “cenário automobi-
lístico”, talvez seria o momento ideal para questionar você sobre uma coisa: afinal, qual a origem da palavra automóvel? Difícil não é? Pois bem, a palavra “automóvel” surgiu na França em 1875 e vem do Grego ‘autos’, que significa ‘por si só’ e do Latim ‘mobilis’, que quer dizer ‘móvel’. Contudo, não são somente essas as curiosidades que fazem parte da cultura do automóvel: a curiosidade do ho-
mem nesse incrível meio de transporte é imensa e normalmente remete a um passado nostálgico e curioso, que teve nas campanhas publicitárias um grande impulsionador da indústria automotiva. Porém, nada é mais interessante do que a curiosidade sobre fatos históricos envolvendo as montadoras e a Chevrolet é uma delas. Confira uma seleção especial que separamos para você.
ESPORTIVO ACESSÍVEL Apresentado em meados de 1966, numa época em que o segmento dos pony cars crescia com força total, o Chevrolet Camaro surgiu para fazer frente a lendas automotivas da época, como o Ford Mustang e o Plymouth Barracuda. O modelo chegou a ser fabricado nas carrocerias coupé, conversível e hard top e tinha no preço o grande diferencial em relação à concorrência. Com o fim da produção do lendário modelo norte-americano, em 2002, muitos fãs lamentaram sua “morte”. Porém, no Salão do Automóvel de Detroit, em 2006, a GM surpreendeu o mundo com a reedição modernizada do seu tradicional muscle car, em resposta ao Mustang e ao Dodge Challenger, apresentados ao mercado um ano antes. Segundo os fanáticos pelo modelo, ele era considerado um Corvette popular, devido a sua mecânica potente e preço baixo.
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Texto Fernando Garcia Fotos Divulgação
MOTORES REFRIGERADOS A ÁGUA Em 1921 a Chevrolet planejou abandonar os motores refrigerados a água para passar a adotar propulsores arrefecidos por cobre (um tipo de arrefecimento a ar desenvolvido através de lâminas de cobre). Porém, apesar de algumas tentativas, a medida revolucionária não foi para frente devido a problemas de durabilidade. No total, foram construídos cerca de 800 veículos com o novo tipo de motor.
O BOWTIE
SEGURANÇA Foi a Chevrolet, na década de 1960, que iniciou os primeiros testes com as bolsas de ar, conhecidas como airbags. Na época, a montadora estadunidense desenvolveu algumas ferramentas primordiais para as avaliações de segurança veiculares, caso dos “Dummies Hybrid III”, bonecos que atualmente são de uso comum na indústria automotiva para testes de impacto frontal. Após anos de testes, em 1974 nascia o primeiro carro norte-americano equipado com o sistema. O escolhido para a estréia foi o Oldsmobile Toronado, que recebeu airbags para o passageiro. A GM também foi a primeira montadora nos EUA a oferecer veículos com o equipamento dos dois lados.
A idéia de utilizar o “Bowtie”, como é conhecido o logotipo da Chevrolet, surgiu durante uma visita a William Billy Crapo Durant – um dos fundadores da montadora – em um hotel em que ficou hospedado na França. Diz a lenda que Durant ficou encantado com a decoração da dependência do hotel, e um elemento no papel de parede chamou sua atenção. O visionário empreendedor pediu uma amostra do papel e o utilizou mais tarde como logotipo de seus veículos. Porém, o logo só apareceu de verdade em 1914 no Chevrolet Pequeno Seis ou Modelo L, como ficou conhecido devido à construção do cabeçote de seis cilindros em L.
TAMANHO É DOCUMENTO
CHEVROLET 490
Você sabe qual foi o primeiro veículo sub-compacto da Chevrolet fabricado nos EUA? Foi o Vega. Fabricado entre 1971 e 1977, esse automóvel foi o antecessor do nosso popular Chevette e, assim como ele, também era comercializado com mecânicas 1.4 e 1.6 litros, sempre com duas portas e carrocerias hatchback, sedan e perua. O Vega também possuía uma interessante configuração denominada Panel Truck, que acabou sendo considerado como o primeiro utilitário compacto da GM. Anos depois, constatou-se que o carro na verdade era uma perua furgão, só que sem as janelas laterais traseiras.
Em 1915 a Chevrolet desenvolveu um automóvel equipado com motor de quatro cilindros que rendia 20 cv. Na época, o carro foi um tremendo sucesso de vendas nos EUA. Tudo começou a partir de um simples projeto de um carro popular que pudesse ser vendido com preço competitivo em relação ao seu concorrente, o Ford T, à época, custando 495 dólares. Para isso, a montadora criou o Chevrolet 490, que ganhou esse nome devido ao seu preço: 490 dólares. Desde então, o nome Chevrolet tem sido sinônimo de grande qualidade conjugada com preços acessíveis.
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Texto Rodolfo Parisi Fotos Por Roberto Cardinale FotosMarcello MarcelloGarcia Garcia
Apaixonado por carros antigos e motores potentes, mineiro resolve juntar as duas coisas para criar seu próprio sonho de consumo
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lguns carros esportivos fizeram história em nosso país. O Dodge Charger, o Maverick GT e o Puma GTB são apenas alguns exemplos de sucesso. Encabeçando
essa lista está o Opala SS, considerado por muitas pessoas um ícone dos muscle cars brasileiros. Em meados da década de 1970, o Opala, até então conhecido como o
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Restaurado com esmero e dedicação, este é um dos Opala SS mais bem conservados do país
carro mais rápido do Brasil, perdeu esse posto para o recém-chegado Dodge Dart com mecânica V8. Foi mais ou menos nessa mesma época também que a Chevrolet decidiu lançar um modelo esportivo para fazer frente ao seu concorrente. Surgia assim o Opala SS, versão que trazia de fábrica um motor 4.1 litros, com aproximadamente 140 cv e faixas pretas dividindo o capô, marca registrada desse esportivo. O destemido carro se despediu no início da década de 1980, mas deixou muitas saudades e uma legião de fãs.
CAMARADA CHEVY O SS que você acompanha nesta edição pertence a Cláudio Castanõn, um mineiro apaixonado por carros potentes. Ele comprou o Opala de um colecionador de São Paulo que havia acabado de restaurar o veículo por completo. Fabricado em 1973, o veículo ainda mantém seu design externo original, e seu grande diferencial fica por
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Herdado de um Chevy Camaro, o V8 350 rende mais de 350 cv de pura emoção
conta do que existe por debaixo do capô. “Montei esse Opala com o motor que ele deveria ter quando saiu de fábrica, pois não existe nada melhor do que um V8”, comenta Castanõn. Isso mesmo, além de ser um carro impecável, ele tem um verdadeiro canhão embaixo do capô. Seu motor V8 350 com câmbio Clark de cinco marchas, diferencial Dana 44 blocado e dois escapamentos, faz com que o carro produza verdadeira música para os ouvidos dos apaixonados pelos muscle cars. E o barulho realmente assusta, mas o mais impressionante é que o veículo mantém sua estabilidade, mesmo com toda essa potência. Segundo seu proprietário, o motor foi instalado no “cofre” sem nenhuma solda ou furação adicional, e ele se orgulha em dizer que para isso foram produzidos suportes em chapas de aço, o que proporcionou ao Opala a possibilidade de ser parafusado no mesmo local do original.
Pneus mais largos e rodas aro 17” garantem uma melhor “pegada” durante as pilotagens
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Herdado de um Chevy Camaro, esse motor V8, antes de ser instalado no veículo, recebeu um verdadeiro banho de loja para gerar mais 350 cv de potência. Por dentro, o destaque fica para a direção hidráulica e a embreagem. Seus bancos são de vinil preto, e, no painel, algumas alterações são responsáveis pelo complemento do charme interno do carro. O novo grafismo, como exemplo, foi acompanhado de três instrumentos responsáveis por mostrar a quantas anda a temperatura, os giros do motor e a pressão de óleo. Segundo Castanõn, a principal dificuldade para montar o projeto foi encontrar mão-de-obra especializada para trabalhar em um carro totalmente original, pois seu objetivo desde o início era não modificar nada ou quase nada na estrutura do Opala. Quem olha esse SS agora pode até pensar que ele é um mero clássico restaurado, mas, se prestar um pouco mais de atenção, irá perceber um pequeno, mas importante emblema nos pára-lamas dianteiros com a inscrição 350, o que entrega qual usina de potência o pacato carro esconde em seu cofre. Cláudio informa ainda que o veículo é utilizado somente em ocasiões especiais e que se sente orgulhoso ao apresentá-lo em público. “As pessoas ficam impressionadas com o acabamento do carro e quando descobrem que é um V8 350 ficam sem palavras”, revela o feliz proprietário.
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O painel manteve-se original, ganhando apenas três instrumentos de monitoramento norte-americanos
Acostumado a brincar nas arrancadas de Curitiba, o proprietário não perdeu a oportunidade de fazer um burnout
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HISTÓRIACHEVROLET
POR TRÁS DE UM GRANDE NOME
Graças à união de dois visionários empreendedores, a GM hoje é tida como a maior montadora de automóveis do mundo
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Texto Fernando Garcia Fotos Divulgação
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história da General Motors, que conhecemos por aqui, surgiu a partir do começo da década de 1920, mais precisamente no dia 26 de janeiro de 1925, de acordo com o registro no II Tabelionato de São Paulo, com o nome de Companhia Geral de Motores S.A. A razão social logo seria mudada para General Motors of Brazil.
No mundo, a General Motors Corporation, também conhecida apenas pela sigla GM, é uma gigante do universo automobilístico com sede em Detroit, nos Estados Unidos da América, e dona de várias outras marcas, entre elas Buick, Cadillac, Chevrolet, GMC, Holden, Hummer, Opel, Pontiac,
Saturn, Saab e Vauxhall. O grupo GM também tem participação na GM Daewoo, Suzuki e Wuling. É ainda parceira da Isuzu, Subaru e Lada. Com tudo isso, não é à toa que a GM é a maior montadora de automóveis do mundo, empregando atualmente mais de 300.000 funcionários.
A PARCERIA Mas. antes que comecemos a contar sua transição por terras tupiniquins, vamos
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voltar mais no tempo, iniciando no longínquo ano de 1911, em que o piloto Louis Joseph Chevrolet (1878-1941) e William Billy Crapo Durant (1861-1947), um empresário do ramo de carruagens, firmaram uma parceria no dia 8 de novembro, resultando no nascimento da Chevrolet Motor Car Company of Michigan.
Tanto o suíço Chevrolet, quanto o americano Durant, tinham uma boa bagagem automotiva em seus respectivos currículos. Louis Chevrolet já desenvolvia motores, o que o levou a ganhar gosto pelas corridas e a tornar-se um dos melhores construtores e pilotos de sua época, pilotando por 15 anos.
Astuto, destacou-se na sua primeira corrida: a prova Three Miles, da qual foi vencedor estabelecendo o recorde mundial (na época) de 52,8 segundos, com uma velocidade média de 109,7 Km/h. Graças a Louis, seu irmão, Gaston Chevrolet, também um bom piloto,
Em 1912 nascia o Chevrolet Seis, o primeiro automóvel produzido pela montadora norte-americana
Amigos e rivais ao mesmo tempo, Louis Chevrolet (de pé) e Henry Ford (no volante) posam para a fotografia
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ganhou em 1920 a famosa 500 Milhas de Indianápolis com um Frontenac. Já William Durant era um visionário empreendedor que ficou famoso através da Durant-Dort Carriage Company (1886), a maior fabricante de carrocerias para carruagens dos Estados Unidos, produzindo 50.000 unidades por ano. Percebendo o potencial do mercado de automóveis, Durant decidiu então mudar de ramo: passou a produzir carros. Assim, nasceu a Buick Motor Car Company, em Flint, Michigan (1903), financiada pela Durant-Dort Carriage Company Office Building.
OS PRIMEIROS CHEVROLET O fruto dessa parceria renderia bons frutos como o primeiro veículo da Chevrolet: o Clássico Seis, de 1912. O modelo, com 3,01 metros de comprimento, tinha capacidade para cinco passageiros e era equipado com um motor de seis cilindros em linha (4,9 litros) capaz de chegar a uma velocidade final de 104 Km/h. Revolucionário para sua época, o modelo vendeu razoavelmente bem: cerca de 2.999 unidades em 1912 e em torno de 5.987 unidades em 1913. Aliás, só por curiosidade, foi nesse mesmo ano que, pela primeira vez, a Chevrolet usaria seu logotipo: o “bowtie” ou a famosa gravata-borboleta. De acordo com uma lenda, o logotipo foi baseado na ilustração do papel de parede de um hotel em Paris onde William Durant teria se hospedado, em 1908. Visionário, o suíço guardou uma amostra na carteira para usá-la como símbolo da marca anos depois. Seguindo essa trajetória de sucessos, não demoraria muito para a marca lançar em 1915 o modelo 490 que concorreria diretamente com o já famoso Ford Modelo T. O 490 utilizava motor de quatro cilindros e rendia 20 cv, tornando-se um verdadeiro sucesso de vendas nos EUA. Seu preço de US$ 490 era bastante competitivo se comparado ao representante da Ford que custava US$ 495.
William Durant e o revolucionário Chevrolet 490, que rivalizava com o Ford T
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VOCÊ SABIA? O Chevrolet 490, lançado em 1915, deve o seu nome ao seu preço? Ele foi feito para competir diretamente com o modelo Ford T e – tal como o seu concorrente – podia ser adtquirido por apenas 490 dólares norte-americanos. Louis Chevrolet deixou a companhia em 1914, por não se entender com o seu sócio, Billy Durant, acerca do posicionamento da companhia? Chevrolet queria construir veículos exclusivos, ao passo que Durant preferia carros populares. A estratégia de ‘marca de valor’ da Chevrolet foi expressa logo em 1929, no slogan publicitário “A Six for the Price of a Four“ (“Um de seis pelo preço de um de quatro”). De fato, com o então novo “Stovebolt Six”, o cliente era contemplado com a suavidade e a aceleração de um motor de seis cilindros pelo preço de um motor de quatro. A primeira fábrica da GM situada fora da América do Norte foi construída na Dinamarca, em 1923? O então Diretor de Produção da GM, William Knudsen (1879-1948), emigrara da Dinamarca para os EUA em 1899... Em 1921, a Chevrolet planejou abandonar os motores arrefecidos a água para passar a adotar motores arrefecidos por cobre? A medida revolucionária não foi para frente devido a problemas de durabilidade. No total, foram construídos cerca de 800 veículos com o novo tipo de motor. O revés do motor arrefecido por cobre deu origem ao primeiro recinto dedicado a testes de automóveis? Até à data, o Recinto de Testes de Milford da GM, inaugurado em 1924, é o maior do seu gênero no mundo. O fundador da Chevrolet e da General Motors, Billy Durant (1861-1947), teve de deixar a companhia devido a problemas financeiros em três ocasiões? Durant, que, a certa altura, detinha uma fortuna de 120 milhões de dólares, morreu como gerente de uma pista de boliche.
Louis Chevrolet cruzando a linha de chegada, pilotando um Buick
Chevrolet e Amelia Earhart, a primeira mulher a cruzar o Atlântico, em 1932
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PROJECTsVECTRA
CARA NOVA Com visual renovado e um projeto acústico de fazer inveja, este sisudo Vectra Elite 2007 garante muita diversão e estilo ao seu proprietário
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m dos grandes segredos das customizações de qualidade é efetuar uma boa parceria com profissionais dotados de muitos anos de experiência no ramo. E, se o cliente ajudar, possuindo conhecimentos e técnicas do assunto, o resultado pode até superar as expectativas. É o caso deste Vectra
Elegance 2007, um carro de luxo que foi totalmente reformulado para saciar os desejos de seu dono. A realização do projeto ficou a critério das empresas Vira Lata, da cidade de Santos no litoral paulista, responsável pelo design do body kit e pintura, e da Carnevale, loja de som, rodas e suspensão da Praia Grande, outra cidade do litoral.
O proprietário, Ricardo Gonçalves Norberto, 26 anos, não deixou por menos na hora de montar essa bela máquina do jeito que ele queria e pediu para que o body kit desse uma nova identidade ao sedan GM. Especialistas em transformações radicais, os profissionais da Vira Lata não fizeram por menos e resolveram dar um
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Texto Eric Inafuku Fotos Eric Inafuku
ar agressivo ao Vectra com a adoção de um pára-choque exclusivo, inspirado no mesmo que equipa o SUV norteamericano Dodge Magnum R/T com grande dianteira estilizada. Tanto trabalho foi recompensado e fez do carro um dos mais elogiados do litoral. Na traseira, o pára-choque que equipa o setor também foi reesti-
lizado e passou a ser de fibra de vidro. As laterais, por sua vez, receberam novo design e são confeccionadas em chapas de alumínio. O sistema de iluminação recebeu novos adereços, entrando em pauta lâmpadas de xênon de 6.000k nos faróis. O aplique de window film adicionado aos vidros laterais dá a im-
pressão de que o teto do carro foi rebaixado, enquanto que a antena de teto, estilo “Shark”, garantiu mais juventude ao carro. Com o novo estilo – mais apimentado – novas rodas tiveram de ser adaptadas para atender as expectativas. Logo, um conjunto norte-americano aro 20” da HD Wheels, modelo Starlet
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Black, foi instalado em conjunto com pneus esportivos Toyo Proxes 4 nas medidas 205/40 R20. O apelo final da parte externa veio com a instalação de um kit de suspensão a ar, equipada com mangueira e solenóides de oito milímetros na dianteira e de uma polegada na traseira. Esse tipo de acerto possibilitou uma maior vazão de ar. Complementa o kit um compressor de ar da empresa norte-americana Airlift.
SÓ O ESSENCIAL Por dentro os bancos foram revestidos de couro, enquanto que o painel e as laterais das portas receberam uma pintura “branco pérola”. Para comple-
tar o requinte e esportividade interna, dois manômetros de pressão de ar da Orlan Rober de 52 mm foram instalados no console central. O sistema de som também é um show à parte. Encabeçado por uma unidade principal DVD Clarion CRX755VD, com tela retrátil de 7,5 polegadas, o som parece que foi feito para tremer os quarteirões. Para levar toda a fidelidade aos ouvidos dos passageiros, um kit três vias Audiobahn foi instalado nas portas dianteiras – o par de Mid Bass de 6” foi posicionado no local original das portas e o Mid Ranger de 3” e Tweeter estão alocados na altura do espelho retrovisor.
Quem viaja no banco traseiro também ganha em conforto graças à instalação de um outro kit três vias Audiobahn com Mid Bass disponíveis nas portas e Mid Rangers e Tweeter na coluna traseira. O ar multimídia é intensificado com a presença de duas telas Starsonic de 6,5 polegadas, adaptadas nos encostos de cabeça dos bancos dianteiros. E a excelência não pára por aí. Segundo o proprietário, o trabalho aqui teria que ser TOP de linha. “Sempre gostei de projetos acústicos com qualidade e, para isso, são necessários equipamentos que mostrem, além dos agudos, as batidas contundentes que só os graves oferecem”, informa em referên-
A suspensão foi toda modificada e a carroceria ainda recebeu rodas de aro 20”, garantindo agressividade
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O painel foi customizado e recebeu sistema de som com aparelho reprodutor de DVD
cia ao trio de subwoofers Audiobahn AW1000V posicionados no porta-malas em caixas seladas com duplo duto de 6” e confeccionadas com madeira MDF e vidro laminado de 21 mm. Para empurrar toda essa potência, dois amplificadores dbDrive foram adicionados ao conjunto. Um deles, o SPA1250.1, opera em conjunto com dois subwoofers de 12” e um outro, o SPA125.4, é responsável pelo terceiro de 15”. Além desses, mais dois outros amplificadores Audiobahn A4002V, localizados nas laterais do porta-malas, estão conectados aos falantes oferecendo controle total no sistema estéreo do projeto acústico. Por fim, para alimentar tudo isso, uma bateria de 80 amperes foi instalada no local original, enquanto que mais outras duas baterias auxiliares estão escondidas no porta-malas.
O porta-malas conta com equipamentos sonoros de última geração. Top de linha!
TUDO NORMAL Apesar de tanto equipamento, o motor é o original de 2.0 litros com oito válvulas e câmbio manual de cinco marchas. Mas, para o futuro, Ricardo pretende instalar um kit turbo adicionando mais performance ao sedan. Já na parte de customização interna o proprietário informa que falta pouco
para ficar do jeito que sonha: “Ainda preciso colocar mais uma tela de 15” e um kit de duas vias no porta-malas e assim posso me dar por satisfeito”, informa esse fanático por automóveis Chevrolet. Tanto é que, antes desse, outros quatro modelos haviam passado por sua mão. E, sim, foram customizados!
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PROJECTSMALIBU
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Texto Rodolfo Parisi Fotos Marcello Garcia
ESTILO
AMERICANO
EMPRESÁRIO PAULISTA TRANSFORMA SEU SONHO EM REALIDADE E RECRIA ESTE MALIBU COM INSPIRAÇÃO NOS MODELOS NORTE-AMERICANOS
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Rodas aro 20” equipadas com pneus de perfil baixo são garantias de sucesso nas ruas
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ntusiastas por clássicos podem passar a vida procurando pelo carro ideal para restaurar e trazer de volta seu brilho de época. Mas são inúmeras as dificuldades, e a maior parte destes problemas é bastante comum com veículos antigos: a falta de peças no mercado brasileiro e a escassez de mão-de-obra especializada em restauração. Muitas vezes os proprietários de alguns carros clássicos precisam se desdobrar para reconstruir o que a ferrugem tomou conta depois de muito tempo ou, pior ainda, em um total estado de abandono.
Mas existem aqueles que contaram com a sorte. Rodrigo Mesquita é um empresário, dono de uma oficina de reparação automotiva em Limeira, no interior de São Paulo, que foi privilegiadoao encontrar este Chevrolet Malibu de 1969. O carro, ao sair da fábrica, possuía a carroceria branca e seu interior contava com bancos revestidos na cor azul. O primeiro proprietário do veículo fez apenas uma mudança, transformando o carro branco em bege. Assim ficou por mais de 20 anos, passando por negociadores de carros até chegar às mãos de Rodrigo, que logo
iniciou o processo de desmontagem a fim de verificar o estado da carroceria e seus componentes. Segundo Rodrigo, o projeto reservado para o Malibu se iniciou com uma surpresa agradável. Ao realizar o processo de remoção da pintura, notou-se que a carroceria estava em ótimo estado de conservação, livre de grandes corrosões ou reparos malfeitos, e que o chassi também estava preservado de danos. Tudo isso poupou muito tempo de reparação e só animou a equipe para acelerar a restauração – um verdadeiro achado, como dizem os colecionadores.
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Em paralelo a essa fase, haviam sido encomendadas as rodas de origem japonesa, Tsuya, de 20 polegadas, no modelo Flow, já montadas em pneus Toyo Tires de medidas 245/35, modelo Proxes 4. Dentro da oficina já estava sendo desenvolvida uma das cores que diferenciaria esse projeto, após vários testes até chegar à tonalidade desejada. Toda inspiração veio de revistas ligadas a customização automotiva e em especial a um programa de TV, Overhaulin, no qual o especialista em Hot Rods Chip Foose restaura clássicos americanos com design atualizado. O chassi foi separado do restante do veículo, lixado e totalmente pintado. Já na carroceria, os frisos foram retirados e as quatro portas, alisadas, além da pintura em dois tons, verde e preto, separados por uma faixa laranja que faz o acabamento. Alguns componentes permaneceram
originais, como faróis, lanternas traseiras e retrovisores externos. Essa mistura do antigo com o contemporâneo provoca polêmica por onde passa, arrancando do público elogios e críticas. O motor de seis cilindros original saiu, e agora ronca no lugar um V8 small block modelo 305 vindo de um Camaro 1978, que possui como característica o virabrequim do 350 e diâmetro de pistão menor até do que os modelos 265 com 94,9 mm, mas os pistões, bielas e comandos não foram alterados. A alimentação é feita por um carburador Holley quadrijet 650, que está montado em um coletor de admissão Edelbrock em alumínio modelo Torker II que garante um bom fluxo ar/combustível. O sistema de ignição foi modificado. A bobina e o distribuidor são da marca Mallory, e os cabos de vela de 10 mm da fabricante Nika. A exaustão dos gases também foi
PIntura em dois tons, recebeu um fino toque de laranja, garantindo mais estilo
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otimizada, com um coletor de escape 8x2 ligado a dois abafadores construídos de forma artesanal pelo próprio Rodrigo, que teve como base o modelo de uma fabricante americana Flowmaster, que proporciona um ronco indescritível. Eles estão localizados logo abaixo dos bancos traseiros com canos de três polegadas. O sistema de escape acaba logo abaixo dos assentos traseiros. Outra melhoria foi no conjunto de freios dianteiros, que agora conta com o sistema de disco vindo do Opala. O sistema traseiro continua a tambor original.
Olhando de longe, à primeira vista parece que o carro teve a suspensão rebaixada, mas na verdade a suspensão é original. Além de as rodas oferecerem essa ilusão, o peso extra do motor V8 abaixa ligeiramente a frente proporcionando esse visual agressivo. Na parte interna, este Malibu recebeu poucas mudanças, porém evidentes, como o revestimento dos bancos em couro verde-folha com detalhes nas costuras em laranja e verde. Os bancos dianteiros, antes inteiriços, foram substituídos pelos que equipam o GM
Vectra. Entre eles fica o console da Blazer automática, também da Chevrolet, mas que recebeu uma personalização especial e guarda praticamente todos os comandos elétricos, incluindo os da abertura dos vidros, das portas e até mesmo do quebra-vento. Para concluir as modificações internas, foi instalado um o volante Momo com acabamento em madeira. Os instrumentos do painel, assim como os detalhes das portas, são totalmente originais. O carro foi concluído em um ano, mas Rodrigo afirma que faltam alguns
V8 Small Block, transplantado de um Chevy Camaro, garante potência na medida certa para o clássico norte-americano
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detalhes para terminar por completo. O valor gasto é recompensando quando se abre a porta e vira a ignição. O ronco indescritível dos 300 cavalos de força estimados é música para todo entusiasta por carro, seja ele conservador ou um apaixonado por Muscle Cars.
Interior restaurado, recebeu bancos de couro com costura especial e comandos elétricos para vidros e portas
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DIVISÕESHOLDEN
UMA HISTÓRIA
NOTÁVEL Tradição e prestígio marcam para sempre a trajetória de sucesso da Holden, uma montadora australiana que chamou a atenção da gigante General Motors
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oucas empresas automotivas no mundo fizeram e continuam fazendo tanto sucesso quanto a Holden. Com 151 anos de tradição, a montadora é considerada uma das marcas de maior prestígio no mercado internacional, principalmente na Austrália, seu país de origem. Tudo começou quando James Ale-
xander Holden, um jovem fabricante de produtos de couro e selas para animais, resolveu associar-se a Henry Adolf Frost, em 1885, para juntos iniciarem um trabalho de reparo e renovação de carruagens. Ao longo dos anos e aos poucos, a Holden&Frost foi ganhando credibilidade e transformando-se em uma das mais
respeitadas empresas do ramo. Os anos passaram, e as carruagens começaram a perder espaço para os automóveis. Ciente de todos os avanços tecnológicos, a Holden resolveu entrar para o mercado automotivo e, ainda tímida, em 1910, instituiu seu primeiro departamento voltado para esse novo desafio. Dispostos a manter a confiança que
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Texto Claudia Cardinale Fotos Divulgação
Holden Efijy, réplica high tech, inspirada no clássico FX da década de 1950
seus tradicionais clientes depositavam na empresa, tudo foi cautelosamente preparado. Foram quatro anos de espera até que a primeira carroceria fosse concluída com a qualidade desejada. Máquinas avançadas e técnicas inovadoras asseguraram o produto que acabava de chegar ao mercado, surgindo assim a Holden’s Motor Body Builders Ltd., que sete anos mais tarde
já tinha uma produção em grande escala para chassis importados de marcas como Dodge, Chevrolet e Overland. No entanto, a excelência do produto oferecido lhe proporcionou exclusividade na construção de carrocerias para a General Motors, na Austrália, que no início foi feita da mesma forma como era desenvolvida com as outras montadoras.
EXCLUSIVIDADE GM A partir de 1924 a produção anual da Holden atingiu 22.150 unidades produzidas, contra as 11.664 unidades fabricadas em 1923. De geração em geração a empresa continuou crescendo. Porém, em 1929, a Austrália sentiu os efeitos da depressão econômica ocasionados com a queda da bolsa de Nova York, fazendo com que as
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vendas de seus produtos despencassem em números significativos. Receosos com o futuro da companhia, em 1931 a Holden foi vendida para a General Motors e passou a se chamar General Motors Holden’s Ltd. e, a partir daí, em vez de produzir apenas carrocerias, os executivos da marca decidiram criar um veículo nacional. As conversas para essa produção foram se intensificando ao longo dos anos, até que, em 1939, o projeto denominado “2.200” começou a ganhar forma. Contudo, com o advento da Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1940, os planos da montadora tiveram de ser interrompidos. Mesmo assim, operando em conjunto com as Forças Armadas, a
empresa aproveitou para adquirir mais conhecimentos, fazendo com que a GM Holden ganhasse experiência e habilidade dentro do ramo automotivo.
O PRIMEIRO CARRO Quando a guerra terminou, em 1945, a GM-H resolveu atender a um pedido do governo da Austrália para fabricar o primeiro carro totalmente australiano. Assim, no dia 29 de novembro de 1948 o veículo foi apresentado ao público. O primeiro Holden, chamado de 48215, que mais tarde receberia o nome de FX, teve uma produção pequena no início: apenas 10 veículos. Porém, no ano seguinte, o número saltou para 7.000 unidades, abastecendo em parte as garagens dos
consumidores australianos, mostrando-se como um verdadeiro sucesso. Apesar de ter sido construído na Austrália, o projeto foi adaptado de um carro americano. Essa versão, de quatro portas, possuía capô e porta-malas bem mais altos que os pára-lamas, ampla grade dianteira, muito cromo e formas arredondadas. O FX reunia ainda características avançadas como um motor de 2.15 litros e seis cilindros. Tinha potência de 60 cv, atingia uma velocidade média de 130 km/h e ainda era econômico: 10 km/litro de gasolina. A carroceria pesava pouco, menos de uma tonelada, favorecendo ainda mais o acerto mecânico. De porte médio, com 4,37 metros de comprimen-
Sonho de consumo dos surfistas australianos, o Hz Sandman fez sucesso no fim da década de 1970
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to por 1,70 m de largura e 1,56 m de altura, o carro oferecia conforto para até seis ocupantes. Com todos esses predicados, o carro logo se tornou um dos mais desejados da época. Com o sucesso do primeiro carro, a Holden se animou para a produção de um novo modelo. Compartilhando a mesma base da carroceria tradicional, a montadora desenvolveu em 1951 sua primeira Utility Holden Coupe. O modelo 50-2106, conhecido como UTE, logo se transformou em outro lançamento de sucesso. Nos anos seguintes, graças a sua dedicação constante, a marca foi se consolidando no mercado e atingiu recorde de vendas em 1953 com a criação de uma segunda versão do carro. Denominado de FJ, o veículo se transformou no automóvel mais popular do país. As diferenças em relação ao seu antecessor foram sutis, tendo a grade vertical substituída por um modelo horizontal. Porém, a lista de acessórios aumentou, assim como sua opção de cores. O motor também foi aperfeiçoado fazendo com que a velocidade final passasse a atingir os 200 km/h. Segundo pesquisas, nessa época o número de veículos GM-H nas estradas australianas ganhava proporções enormes tanto que, de cada três carros, um era da GM-H. Com isso, não demorou para que a montadora se tornasse líder no mercado. Para as mudanças apresentadas em 1956, a empresa fez um investimento pesado na melhoria de seus automóveis, caso do FE que chegou às lojas com linhas remodeladas, vidros curvados e janela traseira maior que a dos modelos anteriores, proporcionando uma melhoria de visibilidade em torno de 40%.
até hoje já foram mais de 7,8 milhões de veículos vendidos. Um de seus grandes recordes ocorreu em 2004, quando chegou a 178.000 unidades. O sucesso da marca não se restringe à Austrália. As exportações, que tiveram início em 1954, fizeram com que os modelos se tornassem conhecidos e cobiçados em vários outros países. Durante todo esse período, mais de 750.000 modelos e cerca de quatro milhões de motores Holden foram fabricados somente para atender a demanda externa. Em sua lista de criações está o Caprice, o Berlina, o Calais, o Commodore, o Epica, o Astra, o Barina, o Tigra, o Viva, o Statesman, o Combo, Crewman, o Monaro, o Torana, o Rodeo, o Captiva, o UTE, o Gemini, o Vectra, o Omega entre outros, inclusive carros conceitos como o Torana TT36 e o EFIJY/Custom/Coupé.
O conceito Holden Torana GTR-X, um esportivo em todos os sentidos
CONSOLIDAÇÃO Ao longo de sua história, a Holden foi uma das grandes líderes de vendas dos anos 50/60 e 70, produzindo uma sucessão de veículos que fizeram a cabeça do público mais exigente. A montadora sempre demonstrou flexibilidade, e a cada ano se apresentava de forma mais ágil e eficaz. Desde 1948
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PROJECTScorsa
EVOLUÇÃO CONSTANTE Após viver na Alemanha e ver de perto as máquinas germânicas customizadas, bancário transforma seu Corsa 1.8 Maxx 2005 em uma verdadeira casa de shows
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Texto Rodolfo Parisi Fotos Marcello Garcia
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esejar algo em demasia pode tornar-se um vício incontrolável se não for bem dosado. Se o caso ainda tiver o reforço positivo de anos de vivência em um local onde o mais simples dos carros dá um verdadeiro “banho” nos produzidos por aqui, isso pode se intensificar. E foi assim com Henry Rover, 26
anos, um bancário fanático por automóveis que morou por um ano na Alemanha, terra das famosas Autobahns, em que os carros atingem os 250 km/ h sem o risco de levar multas e onde a cena local dos chamados “tunings” tem grande força. De volta ao Brasil, já em 2004 Henry estava à procura de um carro que pudesse atender suas expectativas quanto à performance e, principalmente, acústica. “Normalmente as pessoas fazem carros para os outros, com elementos
na parte externa e tudo mais. Eu prefiro algo para mim, por isso o projeto de som de qualidade”, comenta Rover. Com o carro em mãos, o bancário iniciou a busca por uma empresa de áudio que soubesse executar um trabalho classe A. E a escolha recaiu na renomada loja paulistana Leandrini, dos irmãos Willy, Telly, Ricky e Tony Leandrini, amigos de infância de Rover. O projeto contou ainda com alguns aprimoramentos visuais como adoção de bancos de couro, volante esportivo, pedaleira, manoplas e tapetes da em-
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Rodas aro 18” em conjunto com um sistema de suspensão especial garantem um visual esportivo
presa italiana Momo. Além disso, para monitorar o motor preparado, foram instalados manômetros Autometer Carbon de monovacuômetro, hallmeter e conta-giros Monster com shift light embutido. Um computador de bordo Fuel Tech complementa o jogo de acessórios para controle do motor.
CONTROLE DE DECIBÉIS Se na customização visual o carro não evoluiu tanto, o mesmo não pode ser dito do projeto multimídia. O trabalho executado pela Leandrini foi de primeiro mundo e, olhando no painel, praticamente não entrega o que o carro oferece, afinal estão acomodados apenas o aparelho de DVD Pioneer AVH P5750 e um botão que comanda a intensidade do subwoofer. O primeiro item, por sinal, conta com o diferencial de ser escamoteável, o que possibilita ao proprietário camuflar o equipamento para evitar furtos. Com a unidade central escolhida, deu-se início à aquisição dos outros equipamentos que fortaleceriam o
projeto, caso dos dois kits duas vias Lightning Áudio, um deles instalado nos locais originais das portas dianteiras, e, o outro, especialmente posicionado na coluna do porta-malas (virados para os encostos de cabeça traseiros) oferecendo uma sensação de palco acústico. O toque de luxo da parte interna se deu com a implementação de quatro telas Napoli de 5,4” nos encostos de cabeça dos quatro assentos. Os equipamentos ainda oferecem entradas de cabo de áudio, permitindo que cada passageiro escute o áudio da forma que mais lhe agrada. Mas é no porta-malas que o projeto toma sua forma mais exclusiva. Adaptados a uma caixa acústica especialmente desenvolvida para o Corsa com acabamento emborrachado, estão dois subwoofers Rockford Fosgate modelo Power 1. Cada equipamento de 15” oferece uma potência real de 600 Watts RMS, empurrados pelo poderoso amplificador Punch P8002 que, quando ligado em bridge, pode oferecer 800 Watts
RMS. Um outro amplificador de quatro canais Rockford Fosgate Punch P4004 de 400 Watts RMS fica responsável pela parte estéreo do projeto. Para finalizar o projeto multimídia, foi instalado um megacapacitor (equipamento que fornece cargas elétricas para o sistema de áudio) Lightning Áudio de 1.5 farad.
VISUAL + POTÊNCIA “Sempre gostei de carros mexidos. Tanto é que o meu próximo projeto será um Nova 70 ou um Malibu 67, comenta Rover que optou pela instalação de um projeto exclusivo neste Corsa: um compressor Blower M45. O projeto teve à frente a empresa paulista Blower Company, especializada na instalação desse tipo de mecânica que oferece mais potência e durabilidade ao motor. A transformação ainda conta com filtro de ar esportivo K&N, Fueltech Pro 1F, escape 4 em 1 desenvolvido pela Binho Escapes e kit de óxido nitroso da NOS, que proporciona um aumento de 40 cavalos nos
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O motor foi equipado com compressor de Mercedes e óxido nitroso para render mais de 200 cv
Acabamento luxuoso e projeto acústico TOP de linha
163 cavalos já existentes. O toque final fica para a instalação de velas NGK BR10ES, equipadas com cabos de vela Maxfire Competition. O resultado final é um carro forte, 26 kgfm de torque a 5.250 rpm e confiável. Para manter o carro no chão e estável em curvas, foi instalado um sistema de suspensão regulável da Drift Suspension e rodas Noova NV10 aro 18X7”, camufladas com pneus Toyo
Proxes T1-S 215/35 ZR18. O sistema de freios conta com pastilhas esportivas e óleo de freio DOT 5, ideal para carros de alta performance. Como todo bom apaixonado por customização que se preze, Rover não conseguiu se manter longe do upgrade visual, no entanto o trabalho realizado no Corsa chama a atenção pelo bom gosto. Nesse setor, a Leandrini também foi a escolhida e tratou de deixar o carro sem as maçanetas das portas e porta-malas, agora comandadas por controle remoto, e ainda instalou lanternas alemãs exclusivas da FK modelo 3D Cristal e um kit de faróis xênon de 7000K da Xenon K2. Sonho realizado e vício controlado. Assim, Henry Rover conseguiu saciar a vontade de ter um carro igual aos que via na Alemanha. No entanto, ele garante que não pára por aí. Segundo o bancário, os próximos passos virão na forma de um muscle car poderoso. “Não adianta querer parar. A customização é uma evolução constante”, finaliza.
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pROJECTSOpala V6
Estilo refinado no interior (ao lado) e agressivo na parte externa com rodas aro 18 e carroceria shaved
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Por Fernando Cappelli Fotos Marcello Garcia
OPALATERAPIA Advogado fanático pelo clássico sedan Chevrolet, utiliza do seu tempo livre para desenvolver um Opala dos sonhos e liberar o stress cotidiano
T
entar explicar a relação entre alguma ciência terapêutica comportamental e o antigomobilismo de uma forma coesa pode ser uma tarefa complicada. Mas o advogado paranaense Denis Norton Raby, de 45 anos, não só tem na ponta da língua uma teoria imediata que sintetiza os aspectos passionais e filosóficos dessa mistura, como também a usa com eficiência, para atenuar algumas mazelas que passa no cotidiano estressante de cidade grande: a ‘Opalaterapia’, denominação criada por ele para caracterizar o que considera sua forma de expressão mais intensa. “Um carro é uma experiência sensorial sofisticada e complexa que lida com formas e movimento. Meu primeiro automóvel foi este Opala L ano 1981, que me acompanhou em muitos momentos felizes e, principalmente, nas fases mais
complicadas. Era um carro bastante funcional na década de 1980 por ser muito espaçoso”, lembra. “A mecânica sempre foi confiável e ele é, no Brasil, o único remanescente da linha ‘bottle neck’ após a saída de mercado do Maverick”, finaliza. Com o passar do tempo, Raby adquiriu outros carros, mas nunca teve coragem de se desfazer do antigo amigo de mais de 20 anos de convivência. Assim, em 2001, decidiu promover uma série de mudanças em toda estrutura interna e externa para reforçar suas características básicas e deixá-lo em plenas condições de ser usado com freqüência.
TERAPIA DE CHOQUE A base mecânica moderna escolhida para apimentar a alma de seu Opala foi um motor Vortec V6 262, um propulsor que preza aspectos de regulari-
dade e confiabilidade e que no Brasil equipa algumas picapes S-10 e Blazer. Assim, o primeiro preparador a intervir no carro foi Aphonso Bardhall, de Curitiba, que logo precisou pensar em uma série de ajustes milimétricos no cofre do motor para que este coubesse dentro do espaço do Opala. “Nesse tipo de adaptação, é fundamental ajustar o agregado, alinhar o eixo cardã em relação ao virabrequim e reforçar o diferencial, já que partíamos de um carro quatro cilindros”, informa Bardhall, que decidiu também manter o motor apenas com a alteração da admissão, passando a ser com carburação Edelbrock de 500 CFM assentada sobre uma admissão de alumínio da mesma marca. Bardhall também foi responsável por escolher a caixa de câmbio modelo THC350 GM, inteiramente revisada por ele
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com peças B&M, conversor reforçado, e um kit Transpack. Para ressaltar a eficiência da dirigibilidade, o conjunto de direção hidráulica, parte integrante do conjunto do Vortec V6, foi mantido. O chassi monobloco do Opala é o original, mas o agregado dianteiro foi reforçado e gabaritado. O assentamento do motor (suporte dos coxins) foi inteiramente refeito, para acomodar o V6. Houve também uma pequena modificação na “parede corta fogo” para poder encaixar o distribuidor. Com isso, o “fecho” do capô passou a ser duplo (tipo o do Passat). O conjunto de suspensão - também original - foi totalmente revisado, ganhando recalibragem das molas e instalação de novos amortecedores a gás. Com toda essa adaptação ousada (de acordo com o proprietário, não existem muitos registros de Opalas com Vortec V6 por aqui), veio na seqüência à elaboração dos reparos e customização da carroceria. Para isso, entrou em cena a equipe da AC3 Cars, também de
Curitiba, sob a batuta do preparador Idini Gamballi Jr. O projeto partiu da completa desmontagem do Opala, seguida da “decapagem” da pintura. Nessa fase, foram descobertos painéis e partes bem comprometidas pela ação do tempo, que foram substituídas com o transplante de peças originárias de outros veículos doadores. Algumas modificações, como a adoção do estilo shaving (raspagem) de todas as fechaduras e maçanetas, também serviram para dar uma nova identidade ao Opala. E a instalação de um sistema eletrônico como substituição, deu um toque mais imponente. Já a escolha das rodas foi um trabalho de garimpo. Raby colocou modelos Sportiva Milano aro 18, calçadas com pneus Dunlop de medidas 245/40 ZR18, para criaram uma boa junção entre design e adaptação às caixas de roda. Os faróis e lanternas ainda são os originais de 1981 e os pára-choques customizados foram retirados de um Opala 1986.
Sistema de som com qualidade, faz a festa dos ocupantes do sedan brasileiro
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CROMOTERAPIA
Motor V6 262 preparado, é o mesmo que equipa a picape S10 e o SUV Blazer produzidos no Brasil
Para a pintura, foi analisada a ficha do automóvel que originalmente era em uma tonalidade bege e posteriormente foi pintado de “azul médio GM”. Optou-se então por manter o azul, mas com a adição de uma tonalidade totalmente fechada e de pigmentação roxa, que proporcionou um acabamento ‘camaleão’ para o carro. “Pela noite o Opala é preto. De dia, na sombra, é um azul metálico bem formal. E sob o sol fica com um brilho sofisticado que realmente desafia qualquer classificação”, explica Raby. Na parte interna, o requinte fica por conta do revestimento dos bancos e forramento das portas, todos refeitos em couro. Os instrumentos do painel foram adaptados de um Opala 1988, enquanto que o volante é um modelo da marca Lenker e a manopla de câmbio é Hurst. “O próximo passo será customizar o painel. Pretendemos efetuar uma substituição por uma peça totalmente personalizada. Além disso, estudamos retrabalhar os pára-choques e realizar pequenas intervenções externas que não afetem o design como, por exemplo, trocar a grade dianteira por algum outro desenho que torne a frente mais esportiva”, diz o preparador Idini. O Opala ainda conta com um projeto sonoro elaborado pela loja TechSound, de Curitiba (PR), com auto-falantes e CD player Pioneer P1Y, além de um módulo amplificador de cinco vias Alpine. “Estou feliz porque este Opala é um rascunho de estilo, uma espécie de caderneta onde fui anotando idéias sobre como fazer as coisas quando estou lidando com carros antigos. Em síntese, me ajudou a acabar com a ansiedade de oficina. Hoje tenho muito mais calma na hora de conduzir os meus projetos de restauro ou customização”, afirma Denis, que para poder manter em dia e compartilhar seu estilo pessoal desta que considera uma ‘terapia coletiva automotiva’, criou um blog que atualiza periodicamente. O endereço é o: http://www.opalav6.blogspot.com.
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Faça você mesmoMANTA ASFÁLTICA
SEM RUÍDOS Instale a manta asfáltica nas partes internas de seu veículo e acabe com aqueles barulhos insistentes m dos problemas mais comuns encontrados em veículos com sistemas de som de qualidade, é a vibração de partes metálicas como portas e laterais internas, causada pela fina camada da lataria dos automóveis fabricados atualmente. Uma das soluções para esse problema é a aplicação de mantas asfálticas ou de revestimen-
U
tos aplicados com pistolas de pintura. Um dos produtos mais conhecidos dos experts em som automotivo é a manta Dynamat, um produto norte-americano pouco comercializado por aqui devido ao seu alto custo. Dadas as dificuldades financeiras, comuns por aqui, muitas pessoas aplicam mantas asfálticas adesivas, normalmente utilizadas na
impermeabilização de telhados. SS Custom & High Performance tirou a dúvida sobre a qualidade dos resultados desses produtos “genéricos” e avaliou uma das mantas comercializadas em lojas de materiais de construção. Para executar o trabalho, você precisará apenas da manta asfáltica, de uma tesoura grande e de uma chave de fenda.
PASSO-A-PASSO MANTA ASFÁLTICA
Passo 1
Passo 2
Passo 3
A manta é comercializada em vários tamanhos e normalmente em rolos. Uma de suas faces é metálica, enquanto a outra, adesiva, deverá ser fixada na lataria do veículo
Por fora, a manta lembra aqueles protetores de pára-brisa que evitam com que os raios solares entrem dentro do carro. Essa parte é o que chamamos de isolante
Retire a fita protetora fixada na parte adesiva da manta asfáltica.Tome cuidado para não deixar aderir nenhum tipo de sujeira ou impureza
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Por Roberto Cardinale Fotos Rafael Vale
Passo 4
Passo 5
Passo 6
Aqui iremos instalar a manta na porta de um automóvel, mas o procedimento é o mesmo em qualquer parte do veículo. Primeiramente, retire a lateral da porta com cuidado
Remova a película plástica que protege as partes internas da porta. Caso o seu veículo não tenha essa película, você pode ir para o próximo passo
Recorte a manta em pequenos pedaços, pois, dessa maneira, ficará muito mais fácil a aplicação. Mantenha a superfície limpa antes de aplicar
Passo 7
Passo 8
Passo 9
A cada trecho aplicado, passe o cabo da chave de fenda ou qualquer outro objeto cilíndrico para ajudar na fixação da manta
A imagem mostra a parte interna da porta. Observe que toda a superfície da lataria deverá receber o revestimento da manta asfáltica
Faça o mesmo procedimento em todas as portas e verifique se não ficou nenhum espaço sobrando. Dessa forma, você conseguirá um resultado perfeito
Passo 10
Passo 11
Passo 12
Recorte alguns pedaços da película plástica e cole-os com pedaços da manta nas aberturas externas da porta. Isso ajudará na vedação
Depois de colar a manta na parte interna da porta, repita o procedimento agora externamente, tomando cuidado para que a superfície seja bem preenchida
Tome cuidado quando for preencher as bordas das portas. Devido as curvaturas, o setor oferece maior dificuldade durante a aplicação da manta
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Faça você mesmoMANTA ASFÁLTICA
Passo 13
Passo 14
Passo 15
Lembre-se de cortar a manta em pequenos pedaços para que fique mais simples a sua aplicação. Cole-a mesma sem deixar espaço entre as partes
Você pode utilizar qualquer objeto cilíndrico para ajudar na fixação da manta, pressionando-o em cima da parte metálica
Fique atento para não cobrir os pontos de fixação da lateral de porta, assim como qualquer parafuso que necessite de apertos no final
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TÉCNICABLOWER
COMPRESSÃO
ATIVA I
magine a cena: você tem um carro 1.0 litros e nunca consegue sair na frente de ninguém. Tudo bem, você até tentou comprar um carro mais possante, mas na hora H o bolso não acompanhou seus anseios. Além disso, sempre que você viaja com amigos eles chegam com pelo menos uma hora de antecedência – ou seria você
Utilização de compressores de ar, popularmente conhecidos como Blower, pode ter excelentes resultados em carros de baixas cilindradas
com atraso – e ficam tirando um sarro do seu carro. Pois bem, existem diversas formas de resolver esse tipo de problema: a primeira delas e a mais inviável (motivos financeiros) é a troca por um carro melhor. A segunda seria a de uma preparação aspirada no motor. No entanto, os problemas que podem acarretar
e a necessidade de acompanhamento fazem com que o benefício se torne um inconveniente em médio prazo. E ainda há também a possibilidade de turbo-alimentar o motor, recurso utilizado na maioria das vezes, mas que pode acarretar em danos mecânicos. Fim da linha? Que nada, um recurso que anda sendo utilizado em larga
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Por Rodolfo Parisi Fotos Divulgação
escala pelos apaixonados por velocidade é a compressão do ar do motor, desenvolvida com um sistema conhecido como Blower ou Supercharger. Utilizado há anos por montadoras como Mercedes e Ford, o sistema trabalha comprimindo o ar que entra no motor e em seguida, empurrando um volume maior do mesmo para dentro do propulsor. “Isso aumenta a eficiência volumétrica gerando mais torque e potência. Quando falamos em Blower, devemos sempre associá-lo a palavra torque”, informa Marcelo Vieira Silva, proprietário da MVS Preparações, em São Paulo e especialista na instalação do equipamento em qualquer tipo de automóvel. O sistema de funcionamento do equipamento acaba sendo um chamariz para quem é proprietário de carros de baixa cilindrada, afinal, em vez de aumentar a potência após certas rotações (em média 3.500 rpm), caso do turbo, o Blower opera já em baixa, gerando assim alta pressão no coletor e com isso uma excelente alta taxa de torque no motor. Outra vantagem em relação ao turbo, por exemplo, é que praticamente não há lag (demora de resposta), visto que a potência vem do zero e vai crescendo continuamente. Utilizado há mais tempo do que se imagina – segundo dados o primeiro Supercharger de que se tem notícia foi desenvolvido em 1900 por Gottlieb Daimler, um dos fundadores da Daimler-Chrysler –, o equipamento pode ser utilizado em qualquer tipo de carro. Nos Chevrolet, o sistema é compatível com o motor em que é instalado. “Podemos colocar um blower em qualquer carro, desde que ele respeite os limites de rotação e pressão de trabalho. Outra questão que tem de ser levada em consideração é o espaço disponível dentro do cofre do motor. Se for pequeno, torna-se inviável a instalação do equipamento”, comenta Vieira.
Motor sem o blower instalado contando apenas com preparação de óxido nitroso
Em seguida, já com o blower adaptado, o mesmo motor rendeu 219 cavalos de potência
O tamanho do compressor é de acordo com o carro. Mais torque com poucas alterações
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COMO INSTALAR Assim como um motor turbo ou equipado com óxido nitroso, a instalação do Blower requer alguns cuidados. As formas de instalação variam de acordo com o profissional em questão, podendo ele optar por posicionar o equipamento no coletor de escape, coletor de admissão ou em conjunto com um intercooler (equipamento que resfria o ar que entra no motor, oferecendo uma melhor performance). Para isso, o equipamento deve ser conectado ao virabrequim através de correias e polias. Dessa forma o equipamento forçará o ar para o coletor de admissão, se a instalação for feita dessa forma. Independentemente da forma como será feita a instalação, deve-se ter em mente que também são necessários alguns aprimoramentos mecânicos, como trabalho de cabeçotes, comando de válvulas, além de dimensionamento do escape. “A instalação requer cuidado e precisão, pois um trabalho malfeito pode fazer com que o cliente sofra danos irreversíveis. O blower foi criado para ter uma vida útil de mais de 250 mil quilômetros. Qualquer dano no equipamento resulta em sucata, pois não existe retífica para ele”, informa o especialista. Outra questão importante que deve ser levada em conta é que o blower dificilmente prejudica alguma peça do carro, afinal ele opera “sozinho”, tendo lubrificação própria com um óleo que deve ser trocado após os 250 mil quilômetros. Logo, os outros componentes do carro devem ser tratados como os de um carro original, ou seja, tendo manutenção periódica por parte do proprietário.
Instalado corretamente, o compressor pode durar mais de 250 mil quilômetros
O equipamento pode ser utilizado também em carros superesportivos como este Corvette
MELHORAS SIGNIFICATIVAS Com o equipamento instalado, resta a melhor parte do processo: a avaliação de resultados. Recomendado para quem está procurando força e potên-
Utilizado em larga escala nos Dragsters, o blower oferecer torque máximo e respostas imediatas
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cia, ao mesmo tempo, o equipamento faz com que um carro tenha um salto de quase 100% da potência inicial. No caso de um 1.0 litros, por exemplo, a sensação que o condutor terá é a de que está dirigindo um carro 2.0 litros, mas com a agilidade de um esportivo. Tudo isso, pois, além de elevar a potência, o blower ainda oferece torque maior do que um carro de alta cilindrada e maior potência. “Um carro 1.0 litro com blower instalado se comporta como um 2.0 litros, porém com mais agilidade, pois além do baixo peso as relações de marcha são curtas e o alto torque é conseguido em rotações mais baixas”, determina Vieira. “Sem dúvida a relação custo/benefício de quem utiliza essa preparação é única e a chance de ter outros car-
Um motor 1.0 litro de carros populares, por exemplo, pode render quase o dobro de potência ros dessa forma é grande”, determina o profissional. A instalação do equipamento é ideal para todos os gostos e estilo, desde aqueles que pretendem uti-
lizar o carro para competições, ou até mesmo para quem deseja ter um motor mais esperto no dia-a-dia. No entanto, tudo isso tem um custo em torno dos R$ 3.000.
BLOWER E DRAGSTERS Mesmo com a criação do blower, sendo datada no início do século passado a utilização do equipamento veio tornar-se popular com a utilização nos carros de competição conhecidos como Dragsters. Esse veículo, com aparência de um avião terrestre, necessita do máximo de força para percorrer um curto percurso, em torno de 400 metros, ou quarto de milha como é conhecido nos EUA, no menor tempo possível. Pela necessidade de explosão imediata, esse equipamento é utilizado, oferecendo assim, o mínimo de perda na aceleração do carro, além de otimização durante a troca de marchas. Uma questão também importante para que essa força bruta seja conseguida, é que a pressão máxima gerada em um blower de Dragster norte-americano é na casa dos 16 bar, algo impossível de se conseguir em um turbo. Assim, e claro, com acertos mecânicos de primeira linha, um Dragster bem ajustado, consegue percorrer o percurso dos 400 metros em cerca de 5 segundos, atingindo velocidades em torno dos 390 km/h. Loucura!
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ÚLTIMA IMPRESSÃOOPALAv6
Um olhar noturno daquele que por décadas era visto como um sonho na mente dos brasileiros. Assim é o Opala, um mito que povoa ainda hoje a mente dos apaixonados 82 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
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