Fotografando Noticias ano 3

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FOTOGRAFANDONOTÍCIAS Fotografando Noticias. Ano III. Agosto/2015. Jornal Online Experimental

Exposição Terminais SLZ.

Bruna Almeida

Tamara Cantanhede

Ana Beatriz Ribeiro

O dia a dia dos ludovicenses através dos olhos de jovens fotógrafos. página 9

PERFIL pág 3

CHECK IN pág 4

Thaís Torres

EDUCAÇÃO INCLUSIVA página 6

POLÍTICA COTIDIANO página 8

Bruna Almeida

“O jornalismo chegou assim, Pontos Turísticos da Capital! como uma cumplicidade do Fonte das Pedras, Prainha e Praia da Guia. acaso”. Joanita Mota


FOTOGRAFANDONOTICIAS

Fotografar é Preciso! Com brilho nos olhos apresentamos a terceira edição do jornal online “Fotografando Notícias”, sonhado, idealizado e produzido pelos futuros comunicadores e fotógrafos da Universidade Federal do Maranhão e laboratório de fotografia do Departamento de Comunicação Social - UFMA , que compartilham não só o talento para a comunicação, mas também o amor pelo fotojornalismo. Dividimos a paixão pela arte da fotografia, incentivada e fortalecida pela Professora, fotografa, e técnica, Aurea Costa, que costuma sempre nos lembrar, durante as aulas e a convivência no Laboratório, nosso cantinho acolhedor, de que fotografar não é algo com formulas definidas, mas sim o fruto de prática e inventividade. Prática, criatividade e técnica que exercitamos durante a construção de nossas matérias, no planejamento de nossas fotografias, no dia a dia em sala de aula e saídas de campo, em cada olhar e em cada click. Este jornal é resultado de grande trabalho e dedicação ao longo de nossas atividades, no curso de extensão “Fotojornalismo: Prática e Realidade”, que foi pensado e aplicado com a intensão de impulsionar o exercício da fotografia no curso de Comunicação Social, oportunizando o conhecimento diversificado, a expansão de novos aprendizados e horizontes. Encerramos o curso com a capacitação adequada para sermos profissionais completos, grandes fotojornalistas, quem sabe?! Com a certeza de que fizemos a diferença e inovamos num ambiente em que quase ninguém se movimenta, se estende, aprende. Buscamos ressaltar a importância da fotografia em nossa formação, destacando a valorização do profissional fotojornalista que exerce um precioso trabalho, afinal a imagem é necessária na compreensão dos fatos e na produção criativa de informação. A satisfação pela concretização de nosso projeto é imensa. Conhecimento e oportunidades foram o maior legado que a participação no curso e a criação do Fotografando Notícias nos deixou, mas acima de tudo nós aprendemos! Aprendemos que fotografar é preciso, antes, agora, depois e pra sempre. Mariana Durans

Expediente Universidade Federal do Maranhão - UFMA Laboratório de Fotografia Departamento Comunicação Social Reitor Prof. Dr. Natalino Salgado Filho Vice-Reitor Prof. Dr. Antônio Oliveira Chefe de Departamento Profa. Dra. Rosinete Ferreira Coordenador do Curso CS Prof. Dr. Silvio Rogerio Rocha de Castro Orientado e Organizado pelo Laboratório de Fotografia DCS UFMA Profa. Esp. e Téc. Lab. de fotografia Mary Aurea de A. Costa E. Revisão de texto Prof. Msc. Ed Wilson Araújo Projeto gráfico e editoração eletrônica Fabiana França. Graduanda do curso de Comunicação Social Rádio e TV/UFMA

Textos

Mariana Durans Tamara Cantanhede Bruna Almeida Thaís Torres Fabiana França Letícia Mourão

Fotos

Tamara Cantanhede Bruna Almeida Thaís Torres Fabiana França Ana Beatriz Ribeiro David Ferreira Julyane Galvão Leonardo Mendonça Ruy Barros Fale Conosco: labfotografiaufma@gmail.com Tel.(98) 3272-8420 Av. dos Portugueses, Centro de Ciências Sociais, Laboratório de Fotografia Departamento de Comunicação Social Bacanga, CEP.: 65080-040 São Luís – MA.


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Perfil: Professora Joanita Mota de Ataíde. “Eu já estava formada em língua portuguesa e o jornalismo chegou assim, como uma cumplicidade do acaso”. Graduada em Letras e Jornalismo, a professora do departamento de comunicação social da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Joanita Mota de Ataíde desde muito cedo já sabia o que queria fazer da vida: ensinar. Assim, aliou o prazer de dar aulas à paixão pela Língua Portuguesa.

TAMARACANTANHEDE

Foi em uma das salas de aula do familiar Centro de Ciências Socias (CCSo) da UFMA onde começamos nossa conversa. A professora Joanita, sorridente, mostra-se muito à vontade. Após sentarmos ouvimos alguns trovões, anuncio de que cairia muita água do céu. Assim, seguimos conversando. Atuando a mais de 20 anos como professora de comunicação na UFMA, Joanita Mota de Ataíde, foi a primogenita de seu Maçal Silva Ataíde e dona Lidonesa Mota Ataíde, que tiveram mais nove filhos. Natural da cidade de Barra do Corda- MA, teve uma infância tranquila. Crescendo às margens dos Rios Corda e Mearim adorava tomar banho nos rios, o que a fez ganhar do pai o apelido de “piabinha”, um conhecido peixe da região. Porém, atualmente, mesmo morando perto da praia, diz ter medo de entrar no mar e que prefere sentar no calçadão e admirá-lo de longe enquanto toma uma água de coco. Joanita viveu em Barra do Corda até os 13 anos, passando por algumas outras cidades do Maranhão até, enfim, chegar à São Luis para continuar a estudar. Incentivada por uma professora do ensino

básico, apaixonou-se por literatura brasileira, assim, passava horas lendo na biblioteca pública do estado. Concluído o antigo ginásio na capital maranhense partiu para a cidade de Recife, onde concluiu o ensino médio. Lá foi o inicio de tudo, onde nasceu o interesse pela língua portuguesa. A professora conta que na escola de Recife ela teve um professor de português fantástico, que a ensinou os caminhos de estudo da língua portuguesa. A partir daí Joanita iniciou um verdadeiro caso de amor com o português. Ao voltar para São Luís começou a dar aulas de língua portuguesa antes mesmo de prestar o vestibular para Letras. Vaga alcançada logo na primeira tentativa. Assim, formar-se em pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e logo em seguida já estava cursando jornalismo na mesma universidade. A paixão pelo jornalismo nasceu após participar de uma palestra de comunicação. “Após essa palestra fiquei encantada com comunicação então juntou uma coisa com outra: o jornalismo”, disse a professora aos suspiros.

A docência Antes de tornar-se professora da universidade Joanita trabalhou como assessora técnica na UFMA. Com o incentivo das colegas de trabalho, fez concurso para professora do quadro de comunicação na Universidade Federal do Piauí (UFPI), passou em primeiro lugar e logo depois conseguiu transferência para lecionar na UFMA. Após quatro anos de docência, afastou- se para realizar a pós graduação. Fez mestrado, doutorado e pós-doutorado na USP, sempre trabalhando na área da linguagem, sua grande paixão.

Questionada sobre como vê a fotografia na comunicação, Joanita diz ter tido pouco contato com a fotografia no curso, principalmente devido ao fato de, na época em que cursava jornalismo, não haver muito incentivo para práticas de fotojornalismo. Porém, já na pós graduação, teve a oportunidade de estudar o teórico Roland Barthes, autor do livro “a câmara clara”, foi nesse momento que ela teve um contato um pouco maior com a fotografia. No meio da nossa conversa fomos surpreendidas pelo lindo som de um passarinho que chamou a atenção da professora e a deixou admirada pela beleza e proximidade do canto. Passado o momento de encanto, continuamos a conversa, a professora então ressaltou que nos dias de hoje é muito difícil imaginar o jornalismo sem fotos. Para ela deve haver um diálogo entre o repórter fotográfico e o repórter do texto, ou o pauteiro, para que a foto “fale” também. A professora destacou ainda a importância de um verdadeiro fotojornalismo, com fotos que recortem a realidade e fujam do sensacionalismo. É a favor do uso da criatividade, do enfoque artístico, porém sem exageros. Depois de fazermos um comentário sobre a forte chuva que havia caído, olhei para o relógio e percebi que estava na hora de liberar Joanita, que ainda participaria de uma reunião naquela tarde. Assim, despedi-me da professora, que me mostrou como o amor ao que se faz pode construir um excelente profissional.

Tamara Cantanhede

Fotografia

Profª. Drª. Joanita Mota


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CHECK-IN !

Prainha

Fonte das Pedras

BRUNAALMEIDA

Praia da Guia São Luís deveria, e tem potencial, para ser uma das cidades mais belas do país se não fosse a negligência do poder público. São vários os espaços construídos e espalhados na ilha destinados, hoje, ao turismo, mas que estão esquecidos. Casarões; Praças, Ruas; Praias; Becos; Igrejas; Museus; Cais; Parques; Teatros; Fontes e não deixando de lado a comida e

Na era colonial devido ao crescimento e expansão da cidade algumas fontes públicas foram construídas para suprir a necessidade de abastecimento de água. Uma delas é a Fonte das Pedras considerada, inclusive por alguns historiadores, como porta de entrada da cidade. A Fonte das Pedras foi construída por volta de 1615, sendo considerada a fonte mais antiga de São Luís. A água da Fonte servia para suprir as necessidades das embarcações que ali atravessavam abastecendo na área conhecida hoje como Portinho, onde saíam para destinos distantes ou para o interior. É um local bastate arborizado, o que na época garantia a abundancia da água doce. Houve ainda uma discussão na Câmera a respeito do corte de algumas árvores, mas a decisão de preservar o local foi importante para não secar a nascente. O Monumento foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Ministério da Cultura em 12 de Julho de 1963, inscrito no livro

de Tombo de Belas Artes. Porém, o local vive um momento de descaso, o ambiente não tem muita visibilidade para os turistas e nem para a população. O local precisa passar por um processo de restauração com melhorias que vão desde o muro, bancos, o caminho de pedestres, grama que precisa ser replantada, pintura da fonte, dentre outras. A Fonte das Pedras é localizada no centro da cidade de São Luís, perto do mercado central. Fica situada à frente da rua de São João e entre as ruas do Mocambo e da Inveja. O local fica aberto para visitação pública, resistindo ao tempo e à ação de vândalos. Vale a visita!

Bruna Almeida

FONTE DAS PEDRAS

as danças típicas. É a história sendo esquecida e perdida nos espaços deixados por nossos antepassados. Na caderno Cotidiano desta edição, iremos explorar alguns destes ambientes que fazem parte do cenário ludovicense. Faremos uma viagem pela história e cultura viva desta capital e, que você, por alguma desatenção ainda não tenha conhecido.

Turistas visitando a Fonte das Pedras.


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Praia da Guia com vista para a Ponta da Areia.

Bruna Almeida

Localizada no bairro Vila Nova, a Praia da Guia faz parte da composição da orla marítima do eixo Itaqui Bacanga. Possui uma larga extensão de areia, mangues e vegetação rasteira. Além de proporcionar uma vista para a Ponta D’Areia e é considerada uma praia deserta. O acesso é pelo bairro Anjo da Guarda. Na rua que dá entrada à praia você encontra um resturante de frente para o mar. Para os amantes de aventura em maré cheia para chegar, de fato, na praia é preciso atravessar o canal em canoas que estão sempre no local. Caso contrário, é possível atravessar andando e desfrutar da calmaria, pôr-dosol e beleza deste lugar. Outro local para ser visitado é a Prainha, que fica perto da Praia da Guia do lado direito, seguindo depois da Colônia do Bonfim, é um outro local maginífico. A Prainha possui bares e restaurantes na própria orla. Um grande atrativo deste local é a vista do Palácio dos Leões, Convento das Mercês e todo o Centro Histórico de São Luís. Como ressaltado, essas praias são tidas como desertas. Isso se deve a falta de divulgação do local, além do acesso ser difícil e com pouca infraestrutura. Muita gente não conhece o caminho para chegar e o ideal é ir de carro. Além de levar água e comida, já que no local é difícil achar algo para vender, principalmente na praia da Guia, pois o restaurante fica distante.

Bruna Almeida

PRAIA DA GUIA E PRAINHA

prainha

Prainha com vista para o Centro Histórico.


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LIBRAS: A Comunicação Agora é Possível. Igreja evangélica foi o berço da formação de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais em São Luís. Saiba por que é de lá que surge também a importância da comunicação com surdos através dos sinais. THAÍSTORRES

Thaís Torres

Alunos do curso de LIBRAS apresentando atividades.

formem intérpretes, apoiem a pessoa com surdez e a capacite para seguir no estudo e pesquisa acadêmica dessa língua. O sonho com a graduação em Letras-Libras Licenciatura e Bacharelado já é possível. A intérprete e tutora do curso que está funcionando em modalidade à distância, Léa Cristina, explica alguns detalhes sobre a graduação: “No Campus da Cidade Universitária do Bacanga está funcionando um dos polos do curso existente no nordeste. A modalidade do curso é à distância e as aulas presenciais são a cada quinze dias. Surdos e ouvintes fluentes em língua de sinais integram o quadro de alunos que daqui a quatro anos serão os

novos professores, intérpretes e tradutores de Libras no Maranhão”. Por mais que os eruditos defendam a separação entre ciência e religião, fé e razão, a Igreja continua capacitando muitas pessoas para o exercício da Libras em escolas e universidades do Estado. A procura pelo curso de Libras tem crescido a cada ano. “Mais de 80% dos professores e intérpretes de Libras de São

Luís possuem ou possuíram algum vínculo com instituições religiosas”, afirma Léa. Prestar assistência ao aflito, necessitado ou a qualquer pessoa é um traço característico desenvolvido pelos cristãos desde a Igreja primitiva. Como disse Helen Keller, primeira pessoa surda e cega a conquistar o bacharelado em artes, “O Cristianismo, corretamente compreendido, é a ciência do amor”. Thaís Torres

“Jesus, tirando-o da multidão, levou-o à parte, pôs os seus dedos nos ouvidos dele e, cuspindo, tocou-lhe a língua; depois erguendo os olhos ao céu, deu um suspiro e disse: Efatá, isto é, Abre-te. Abriram-se-lhe os ouvidos, e logo se lhe desfez a prisão da língua, e falava com clareza. Recomendou-lhes Jesus expressamente que a ninguém o contassem; mas quanto mais o recomendava, tanto mais eles o publicavam. Admiravamse sobremaneira, dizendo: Ele tudo tem feito bem, faz até os surdos ouvir e os mudos falar”. A narrativa bíblica, curta e direta escrita por João Marcos no final do sétimo capítulo do seu evangelho coloca Jesus, o carpinteiro de 2.000 anos, mais uma vez com uma postura atuante em favor da minoria – talvez, por isso mesmo, os passos do rabino continuam a influenciar milhares de pessoas atualmente. Durante muito tempo, na cidade de São Luís, houve uma enorme dificuldade de comunicação entre surdos e ouvintes. Homens, mulheres, crianças. Uma comunidade presa em um mundo de silêncio e incompreensão. Os cristãos batistas foram os pioneiros no acolhimento a comunidade surda e na promoção do ensino da Língua Brasileira de Sinais no Estado. “A igreja tem como principal missão qualificar pessoas a serem discípulos de Jesus. Copiar seus passos, viver como ele viveu, amar como ele amou. Jesus Cristo não excluiu ninguém, ao contrário, ele supriu as necessidades físicas e espirituais de todas as pessoas, inclusive de um surdo como registra a Escritura”, comenta a intérprete Kelcia Carvalho, líder do Ministério SOM (Surdos Ouvindo a Mensagem), da Igreja Batista Getsêmani. “Cristo nos amou primeiro. Nós precisamos amar a todos, e precisamos amar os surdos também. Respeitamos sua língua e obedecemos o Ide de Cristo comunicando as verdades do Evangelho por meio dos sinais”. Após anos de ensino inclusivo e incentivo ao respeito pelo universo das pessoas com surdez e sua língua, outras igrejas e instituições, finalmente, começaram a priorizar essa educação. Hoje é fácil identificar instituições que

SAIBA MAIS LIVROS A Surdez: um olhar sobre as diferenças, SKLIAR, C. (Org), Mediação, 1998. Libras: conhecimento além dos sinais. PEREIRA, M. C. C., Pearson Brasil, 2011. Língua de Sinais: instrumentos de avaliação, QUADROS, R. M.; CRUZ, C. R., Artmed, 2010. SITES www.acessibilidadebrasil.org.br/libras/ www.ines.gov.br/ www.libras.ufsc.br/ Aluno explicando texto em LIBRAS.


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Fabiana França

eu me amo ! 58% da população brasileira diz fazer ‘selfies’ quase todos os dias FABIANAFRANÇA

olha o pau de selfie! Jovem tirando foto com o pau de selfie. TODO MUNDO ODEIA O PAU DE SELFIE! Na internet, há quem ame e que odeie o objeto cuja finalida é ajudar a tirar selfies. Chamado de pau de selfie, a ferrameta possibilita que as pessoas possam exandir o campo de enquadramento na captura da fotografia. Mas ele realmente seria fundamental para fotos com várias pessoas ou seria apenas status? A verdade é que ajudando ou não nas selfies, o curioso assistente dividiu opiniões sobre a real utilidade. Tanto que teve o uso proibido em grandes eventos como o festival de música Lollapalooza Brasil.

no selfie ! espaço

Internet

O ato de fotografar a si mesmo acabou se tornando um fenômeno global desde a 86ª edição do Academy Awards, ou como conhecemos no Brasil, Cerimônia do Oscar. Durante a noite da premiação, diversos artistas de Hollywood se reuniram para tirar aquela que seria a foto mais retuitada da história. O alcance desse gesto foi global. A partir desse momento a era das selfies começava, nas escolas, faculdades, empresas, entre famosos, vizinhos, colegas, por crianças, jovens e adultos. Todos estavam, e ainda estão, tirando fotos de si mesmo e compartilhando nas redes sociais. O impacto das selfies no meio social foi tão grande, que o nome, da língua inglesa, ganhou inclusão no dicionário. SELFIE, subst. fem. do inglês, sig. fotografia que alguém tira de si mesmo, em geral com smartphone ou webcam, e carrega em uma rede social. Segundo seu significado, a selfie está intimamente ligada ao compartilhamento nas redes sociais. É a partir dessas mídias digitais que as pessoas falam o que pensam, se relacionam e se expõem. Em uma pesquisa de janeiro deste ano encomendada pela Samsung - realizada pela empresa de consultoria Antennas - a moda das selfies é bem aceita pela população. Segundos os dados da pesquisa, 90% da população brasileira fazem selfies, 58% tiram esse tipo de foto quase todos os dias e 12% afirmaram que fazem as selfies todos os dias Entre os brasileiros entrevistados, 29% disseram gostar de tirar selfies sozinhos. . A professora de Psicologa da UFMA, Wania Silva, explica que parte dessa difusão das selfies acontece porque “ nos reconhecemos a partir do outro, inclusive, nossa constituição de sujeitos se dá a partir do outro que nos diz quem somos, então, nossa imagem passa pelo outro e dele retorna, o problema é ficarmos só nisso, existem pessoas que não conseguem ir além da imagem e vive em uma exigência de reconhecimento que venha do outro e nisso se escravizando”. A Psicologa aponta que a diferença é rejeitada na sociedade, por isso a insistência em tentar convencer e agradar ao outro, e em nossa atual época, essa tentativa de convencer o outro acontece a partir das selfies.

Astronauta faz a primeira selfie no espaço.


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#GovernoDoMA Utilização das redes sociais para divulgação das ações e informes. @BRUNAALMEIDA

Bruna Almeida

Divulgar primeiro o material pelas redes sociais e depois investir na divulgação oficial tem sido a principal ferramenta caracteristica adotada pelo novo Governo do Maranhão. O governador, Flavio Dino, tem adotado uma postura diferente frente a sua gestão em relação as tecnologias de comunicação. É através da internet que são adiantados pontos de plano de governo, respostas à reclamações e esclarecimentos de dúvidas que surgem diaramente nas redes sociais. Ações como mudanças administrativas, a baixos indíces de criminalidade, instalação de novos gabinetes, Bruna Almeida

Internauta acompanha ações do governo pelo facebook.

aprovações de novos programas, oportunidades de empregos, novos projetos de governo, denúncias, dentre outras prestações de serviçoes. E, todos esses dados divididos em notas escritas, vídeos e fotos. É a existencia de uma cobertura nessa área, onde o movimento acontece rapidamente, que repercute para muita gente. Fazem parte de sua linha de frente o Facebook e Twitter, onde é realizada uma conversa mais direta e informal com o eleitorado. São mais de 79 mil curtidas no Facebook e 42 mil seguidores no Twitter. Diante

de tamanha repercussão entramos em contato com sua assessoria que afirmou que é o própio governador que responde em seus perfis pessoais, onde possui conta desde 2009. Para um serviço de maior expansão do seu governo, Flávio Dino irá apoiar um sistema de ampliação de internet gratuita, a ser realizado pela secretaria de Ciência e Tecnologia, progressivamente. É através desta visisbilidade e grande repercussão que entendemos que a utilização das redes sociais proporciona uma interação bem maior entre ocandidato e seus eleitores.

REDES SOCIAIS DO GOVERNO DO MA. facebook.com/governodomaranhao Redes sociais são ferramentas de divulgação do Governo do MA.

twitter.com/GovernoMA


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O dia a dia dos ludovicenses, nos terminais, por jovens fotógrafos. Entre o vai e vem de inúmeras pessoas, na chegada e saída de diversos ônibus abarrotados de insatisfação, nada é percebido. LETÍCIAMOURÃO

Ana Beatriz Ribeiro

Julyane Galvão, Ruy Barros, Leonardo Mendonça e Davi Ferreira autores da Exposição Terminais.

pediam que fossem realmente retratadas as dificuldades vividas por eles”, explicou Mendonça. Ruy Barros acrescentou que “o intuito não era mostrar as partes críticas da capital, mas sim apresentar o dia a dia da população, as situações que são despercebidas, fugindo

um pouco das exposições tradicionais de São Luís. Nós estávamos refletindo sobre o cotidiano no terminal, não só pegamos o ônibus e fomos para o nosso destino. Observamos a demora, o cansaço das pessoas, a falta de limpeza, por exemplo”, ressaltou.

David Ferreira

alguns locais, os funcionários quiseram proibi-los de registrar as imagens, acreditando que aquilo prejudicaria o órgão em que eles trabalhavam. Eles não puderam expor o trabalho nos próprios terminais, pois foram impedidos. Também não tiveram incentivo das instituições públicas e privadas. Para expor a intervenção fotográfica, foi preciso a venda de materiais de exposições anteriores com o objetivo de arrecadar fundos. Quatro exposições foram realizadas: na UFMA, no shopping da ilha, no prédio de História da UEMA e num ato público contra o aumento das tarifas do transporte público, realizado na praça Deodoro. Leonardo Mendonça conta que depois de ver uma das exposições sobre os terminais, um funcionário de um dos locais entrou em contato com ele elogiando o trabalho e afirmando que todos gostaram bastante da exposição. “Quando chegávamos aos terminais, as pessoas que trabalhavam lá tentavam impedir o nosso trabalho por pensar que as fotografias fossem uma forma de denúncia, pois mostrariam o lado que a mídia não mostra. As pessoas acreditavam que nós fazíamos parte da imprensa e

Julyane Galvão

O rotineiro torna o mundo anestesiado. Todos os dias, buscamos uma forma de não sermos pisoteados ao entrar no coletivo de sempre ou de passar o tempo enquanto se aguarda o tão esperado ônibus. Nem nos damos conta dos problemas alheios, da lágrima que escorre pelo rosto da jovem vestida de colegial que brigou com o primeiro namoradinho, com as dores que uma senhora de idade sente depois de uma hora em pé ou pelas mãos da garotinha que perdeu sua boneca predileta no terminal de integração. Esse conjunto de coisas passa despercebido para muitas pessoas, mas não para um grupo de fotógrafos formado por Julyanne Torres, Ruy Barros, David Ferreira e Leonardo Mendonça. Além do amor pela fotografia, cada um deles possui mais uma característica em comum: adoram retratar as mesmas coisas, só que com olhares diferentes. Em fevereiro de 2014, este grupo de amigos decidiu sensibilizar o público, trazendo à tona sentimentos e percepções que na correria do dia a dia nem são percebidos. Eles fizeram fotografias, no ano passado, nos cinco terminais de integração, localizados nos bairros Cohama, Cohab, Praia Grande, São Cristóvão e Distrito industrial, apresentando as histórias de diferentes personagens encontrados nos respectivos terminais. Segundo Julyane Torres, eles queriam tocar a população e conseguiram. “Na fotografia, quisemos retratar o cotidiano da população que é algo tão gritante. As fotografias representam a nossa realidade e a de muita gente. Tivemos o feedback positivo de muitos órgãos, públicos e privados, e, principalmente, da população. Foi uma repercussão muito boa. Fizemos a nossa exposição inaugural na UFMA e logo após em um shopping local”, registrou. O grupo fotografou os terminais entre 6h e 18h, período de grande fluxo de pessoas. Por motivos de segurança, decidiram fotografar juntos, com o olhar da subjetividade para capturar o cotidiano. Fotografar nos terminais não foi algo fácil. O grupo sentiu algumas dificuldades. Em

Registros da Exposição Terminais.


Terminais SLZ

fotos de David Ferreira, Julyane Galvão, Leonardo Mendonça e Ruy Barros

FABIANAFRANÇ


ÇA


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