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ENTREVISTA
Arte
COM PROPÓSITO
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Na Viva Projetcs, Cecilia Tanure e Camilla Barella desenvolvem conteúdo, projetos e consultorias relacionadas à Arte Contemporânea. Entre seus projetos mais recentes, desenvolveram um especialmente para o residencial Tom Delfim Moreira, no Leblon
FOTO: DECO CURY
TOM: O que despertou em vocês a paixão pelas artes visuais?
Cecilia Tanure: O poder da arte de transcender barreiras é algo que une as pessoas e que transforma vidas. Desde o começo da Viva Projects, em 2016, criamos projetos em territórios híbridos com o objetivo de gerar mudanças, sejam nas esferas públicas ou privadas. Da mesma forma que a arte teve um impacto libertador em vários sentidos em nossas vidas, colaboramos para que essas experiências pudessem ter um alcance maior, independentemente de qualquer fator social.
TOM: No ano que vem se completam 100 anos da Semana de Arte Moderna. Vocês conseguem ver uma mudança conceitual ou emergente em uma nova forma de fazer arte no século XXI?
Camilla Barella: Assim como na semana de 22, a arte de hoje segue procurando por rompimentos. Lá atrás, esse rompimento estava mais ligado com a definição das diversas formas e formações da arte, e a mudança aconteceu de e para a burguesia. Hoje em dia, esse rompimento nas artes não acontece só em suas definições, mas também em sua expansão, não havendo mais a necessidade de definir nada já que tudo está interligado, a arte e a vida. Da mesma forma que o Modernismo lutou contra o ensino acadêmico, os artistas de hoje fogem de uma necessidade de uma formação tradicional e de uma definição fixa do que é arte.
TOM: A liberdade e a subjetividade marcam a produção artística contemporânea. Além disso, existem outras peculiaridades da arte que se fazem nos dias de hoje?
Cecilia Tanure: A arte produzida hoje tende a ser mais acessível como consequência de um grande esforço coletivo de tornar esse circuito mais representativo. Pensa-se num público mais amplo e busca-se falar/escrever sobre arte de uma forma mais direta e clara. Além disso, a Arte Contemporânea não precisa necessariamente de uma forma física para existir, sendo o processo e a experiência muitas vezes o ponto principal, e o artista acaba sendo o público.
Arte
TOM: Desde 2016, você duas estão à frente da Viva Projects. Com estes cinco anos de experiência, pode-se fazer uma avalição do momento atual da Arte Contemporânea?
Camilla Barella: Hoje vemos no cenário nacional trocas entre artistas e empresas/marcas acontecendo de uma forma muito fluida e positiva. Novos formatos de projetos, exposições e colaborações vêm sendo desenvolvidos, trazendo meios alternativos e fomentando a produção cultural. A arte não tem um lugar definido para acontecer, buscando sempre fusões.
TOM: Qual a influência nas artes de uma sociedade marcada pela troca e fluxo intenso de informações, uso de novas tecnologias e novas mídias?
Cecilia Tanure: A arte acaba sendo como um despertador por muitas vezes. O mundo acelera cada vez mais, e não conseguimos sair do piloto automático. Precisamos de um estranhamento e de um choque. Da mesma forma que as tecnologias têm a capacidade de nos alienar, ela pode ser usada como meio para a criação de obras de arte. Já é muito frequente ver trabalhos que falam sobre essa sociedade que já está quase em estado gasoso, seja no fluxo de informações, sistemas de vigilância ou realidade virtual.
TOM DELFIM MOREIRA
TOM: Como foi feita a seleção das obras de arte e dos respectivos artistas para o residencial Tom Delfim Moreira?
Camilla Barella: Desde o começo do projeto, a única certeza que tínhamos era de que aquele seria um lugar de passagem e que faria parte do cotidiano dos moradores. Quando pensamos nos trabalhos do Vik Muniz, a intenção era trazer algo descontraído. O Vik faz uso de materiais não convencionais para criar colagens que depois são fotografadas. Por conta de sua escala, não é possível absorver o trabalho de uma vez só. São muitos detalhes que trazem consigo a identidade do Brasil e, no caso da obra escolhida, da cidade do Rio de Janeiro. Já com o artista carioca Ernesto Neto, a ideia foi de trazer uma obra que alterasse o espaço. Os trabalhos dele trazem uma energia muito positiva e provocam as pessoas a se relacionarem com elas. Transformando-se em uma espécie de galeria, o lobby virou um lugar de passagem marcante e único.
TOM: As obras seguem um fio condutor para que possam estar reunidas em um único espaço?
Cecilia Tanure: Foram selecionados artistas cuja produção tende, com frequência, a ser considerada uma representação da cultura nacional, no Brasil e no mundo. Cada obra representa o melhor da produção de cada artista. São obras da mesma qualidade dos exemplares encontrados nas mais prestigiosas instituições e melhores coleções particulares.
TOM: Que experiência vocês imaginam que os moradores poderão ter com essas obras que representam o melhor da arte contemporânea brasileira?
Camilla Barella: A experiência de conviver com obras de arte no seu cotidiano, além de um enorme privilégio, alimenta a alma. O projeto do lobby dará aos moradores e visitantes a sensação de estar passando por uma galeria ou sala de museu. O empreendimento contará com esculturas da artista Iole de Freitas que conversa com o seu entorno, instalada no canteiro da Avenida Delfim Moreira. Com isso, o acesso não ficará restrito apenas aos moradores, mas sim a todos os passantes.
TOM: Se o Leblon tivesse uma obra de arte que o pudesse representar, qual artista poderia ser o seu autor? Por quê?
Cecilia Tanure: Com linhas modernas e orgânicas, a obra “As Três Graças” da Iole de Freitas foi selecionada para ser uma transição entre a paisagem e a fachada. Uma obra muito bela, de aço, que será uma espécie de espelho que ao mesmo tempo reflete e realça, mas que também se camufla tanto na natureza quanto na arquitetura. A dança presente na escultura estática se conecta com os movimentos do mar e da orla do Leblon.
Os Tons do Leblon
O que dizer do Leblon, esse bairro que guarda a essência do bom carioca?
Em primeiro lugar, que é tudo de bom estar e viver aqui. Em suas ruas, restaurantes e bares circulam grandes nomes da cultura e da arte do país. O Leblon das novelas de Manoel Carlos, das crônicas de João Ubaldo, do Hotel Marina quando acende, da praça que o Cazuza resolveu morar para sempre. O Leblon do Jobi do Bracarense, do Bibi, do Talho, do baixo, do sushi, do Kurt. Todos tão íntimos que a gente chama pelo apelido.
E o que falar das noites na Dias Ferreira, endereço icônico da zona sul? Simplicidade e sofisticação. Cordialidade e moda. Cultura, arte e praia. Tudo junto e misturado. E, agora, com esse mais recente lançamento, o Tom Delfim Moreira que veio para ficar e se tornar mais um marco na história do bairro. Um divisor de águas. E que águas. Um ícone por natureza. E que natureza. Reúne tudo o que Leblon tem de melhor. Tudo que faz o Leblon ter esse tom tão especial.
Alto Estilo
Beleza, exclusividade e sofisticação marcam o residencial Tom Delfim Moreira, no Leblon
Com a sinuosidade e a aplicação do vidro em toda a sua fachada, o Tom Delfim Moreira tem uma visão de todo o oceano e da paisagem carioca
Os revestimentos apresentados nas ilustrações artísticas são referenciais e podem apresentar variação dimensional, de cor e de textura
á 67 anos no mercado, a Gafisa é uma das cons-
Htrutoras e incorporadoras mais respeitadas do Brasil e investe no mercado do Rio de Janeiro em alto estilo. A cidade, onde iniciou sua trajetória e que atualmente é o segundo maior mercado imobiliário do país. Seu mais recente lançamento é o residencial Tom
Delfim Moreira, localizado no último terreno disponível no número 558 da famosa avenida, no quadrilátero formado pelas ruas João Lira e José Linhares, no luxuoso bairro do Leblon. Um terreno de frente para o mar que reforça a exclusividade do empreendimento. A arquitetura do Tom
Delfim Moreira é assinada pelo escritório internacional de arquitetura Gensler. De acordo com Michel Rike, arquiteto da Zien Arquitetura, parceira da Gensler, a arquitetura do Tom Delfim Moreira “foi inspirada nas ondas do mar e no morro Dois Irmãos.
A ARTE E A CONTEMPLAÇÃO TÊM ESPAÇO DE DESTAQUE NO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ARQUITETÔNICO DO EMPREENDIMENTO
O despojamento é o conceito adotado para os futuros ambientes do Tom Delfim Moreira. Além da generosa vista para o mar (que invade os interiores), a ambientação procura privilegiar a natureza com espécies vegetais naturais
As vegetações apresentadas nas ilustrações artísticas são de porte adulto e, que será atingido ao longo do tempo. O porte da vegetação na entrega do empreendimento será “não adulto”, de acordo com o projeto paisagístico
No Tom não existem limites. Existem espaços para a imaginação, a criação e a personalização”, afirma o arquiteto. Este é o primeiro projeto residencial deste porte no Brasil para a Gensler. “A Gafisa tem as mesmas preocupações que nós com relação ao design do empreendimento. Nós estamos entusiasmados e orgulhosos com este importante projeto”, ressalta Michel Rike, do escritório Zien Arquitetura. Em parceria com a Gensler, a ideia é trazer o mar para dentro dos apartamentos, por isso, a decisão de se aplicar o vidro em toda a fachada permitirá uma visão praticamente total do oceano e da paisagem carioca. O empreendimento apresentará aspectos tecnológicos, métodos construtivos e os melhores acabamentos, que reforçarão ainda mais a exclusividade deste grandioso projeto da Gafisa. Para as áreas externas, o paisagismo foi planejado por Sá e Almeida Arquitetura Paisagística. “Com uma paisagem tão marcante como a da praia do Leblon, só resta ao paisagismo reverenciá-la, fazendo o mínimo de intervenções, de modo a respeitar a sua fruição e a continuidade do espaço.
Brasilidade, sofisticação e exclusividade são os pilares para a arquitetura e os interiores do Tom Delfim Moreira
Os revestimentos apresentados nas ilustrações artísticas são referenciais e podem apresentar variação dimensional, de cor e de textura
Todas as áreas comuns têm sistema de automação e de presença
O luxo aqui é passar despercebido e deixar a paisagem se impor”, pontua Marcos Sá. Os interiores das áreas comuns foi idealizado pelo designer Erick Figueira de Melo. Para a criação do decorado virtual foi convidado o arquiteto Rodrigo Jorge. “O projeto foi inspirado na paisagem, no lifestyle imaginário do morador, no design brasileiro aplicado no mobiliário e demais elementos de decoração. Brasilidade, sofisticação e exclusividade foram os pilares para o processo criativo”, afirma Rodrigo Jorge. O lobby e as áreas externas do Tom Delfim Moreira ganharam um toque especial com obras de arte assinadas por alguns dos mais importantes artistas brasileiros da atualidade. Seguindo exemplos de grandes empreendimentos da cena internacional, a Viva Projects – das sócias Cecilia Tanure e Camilla Barella – idealizou para o empreendimento um projeto que transforma o residencial do Leblon, por meio da arte, em um marco urbano. “A Viva Projetcs fez uma seleção de obras a serem adquiridas pela incorporadora para áreas externas e internas do edifício. Os artistas escolhidos são os maiores expoentes do cenário artístico contemporâneo nacional e internacional, criando obras que trazem em sua identidade a cultura brasileira”, afirma Cecilia Tanure.
Os equipamentos e mobiliários das partes comuns do empreendimento constantes do presente material são referenciais, podendo sofrer revisão dos modelos, especificações e quantidades, sem aviso prévio
Foto: Pepe Schettino| Cortesia Galeria Fortes D’Aloia & Gabriel
No lobby, a tela “Cable Car” do artista Vik Muniz e instalação “Ternura em Nós”, do artista Ernesto Neto
As esculturas da artista plástica Iole de Freitas ocuparão o canteiro em frente ao edifício, refletindo, em seu movimento pelo espaço, as linhas da fachada e tornando-se um presente à cidade do Rio de Janeiro devido a sua dimensão pública. Tendo como referência a estética do cubo branco, o lobby se transforma em uma galeria, recebendo obras de Vik Muniz e Ernesto Neto. Ao fundo do edifício, a monotonia das empenas é quebrada com um projeto exclusivo dos irmãos Campana, desenvolvido especialmente para o empreendimento.
Entre as obras de arte selecionadas para o Tom Delfim Moreira, a série de esculturas “As Três Graças”, da artista Iole de Freitas, ocupa o canteiro em frente ao edifício
Processo de adoção e legalização do canteiro onde a obra de arte será alocada se encontra em trâmite de aprovação junto aos órgãos competentes
A tela “Cable Car”, de Vik Muniz
ALBUM | POSTCARDS FROM NOWHERE
Formadas por fotos em p&b e sépia, retiradas de recordações de famílias, as imagens da série Album são elas mesmas enormes reproduções de cenas pessoais imortalizadas pela câmera.Tirar fotografias era, até pouco mais da metade do século XX, uma ação quase solene, reservada a ocasiões especiais, pelo preço e especificidade dos materiais utilizados. Dessa forma, apenas os momentos verdadeiramente memoráveis mereciam registro. Com o barateamento do equipamento e o advento da tecnologia digital em sua reprodutibilidade infinita e instantânea, a fotografia hoje tornou-se corriqueira, perdendo a dimensão de solenidade e de intimidade. É isso que Muniz problematiza em Album, por meio da miríade de imagens que concorrem para formar a macrofoto.
Já em Postcards from Nowhere, Muniz se vale de fragmentos de cartões-postais para refazer paisagens icônicas. A própria técnica usada para fotografar essas “colagens” acrescenta volume aos recortes, com a projeção de uma iluminação que torna perceptíveis as sobreposições de suas pequenas partes. Isso cria a ilusão de que a fotografia em dimensão gigante é ainda um recorte, e não uma reprodução. Mais uma camada que joga com a ideia de representação. No movimento de aproximação e afastamento para captar tanto a imagem maior quanto seus pedaços, o espectador recorre não só ao que vê, mas também ao imaginário que conserva sobre esses logradouros famosos. Como define o crítico britânico Christopher Turner sobre o trabalho de Vik Muniz, “a multiplicidade de imagens utilizadas para compor suas colagens acrescenta uma terceira camada mediadora, que envolve ainda mais o público e faz referência a toda a bagagem visual e cultural que cada um traz ao seu encontro com a arte. As peças isoladas que compõem o quebra-cabeça são, elas mesmas, imagens que chamam atenção e desaceleram o movimento do olho, frustrando qualquer leitura sem solavancos”.
Retrato: Bob Wolfenson
Criado em 2017, o cobogó ‘Mão’ foi desenhado pelo Instituto Campana em parceria com a Divina Terra Revestimentos. Em 2019, fez parte da exposição "Irmãos Campana: 35 Revoluções" no MAM do Rio.
A EMPRESA CONSOLIDA O SEU
RETORNO PARA O RIO COM O
AMBICIOSO PROJETO DE SE TORNAR A PRINCIPAL INCORPORADORA IMOBILIÁRIA DA CIDADE NOS PRÓXIMOS ANOS
LEBLON
Com sua extensa orla praiana e um lifestyle único em todo o mundo, a zona sul do Rio é inspiração até mesmo para artistas que imortalizaram a área com suas obras de arte. O Leblon é um dos bairros mais tradicionais da cidade, com uma natureza acolhedora e ideal para se viver com qualidade. Além do caráter de aconchego urbano, a região abriga uma gama comercial e de serviços bastante ampla, contando com muitas lojas de alto padrão e shoppings com mix de marcas mundialmente consagradas. A praia do Leblon é conhecida por ser um ambiente ideal para atividades de harmonia entre o corpo e a mente, com diversas atividades ao ar livre entre os postos 11 e 12, a faixa de areia mais cobiçada da região. A vista deslumbrante, o espaço verde, o contato com a natureza e o mar favorecem o prestigiado bairro carioca que, em conjunto com a beleza do seu entorno e o elevado padrão de suas residências, tornou-se um dos lugares mais valorizados em todo o Brasil.
SOBRE A GAFISA
Há 67 anos no mercado, a Gafisa é uma das construtoras e incorporadoras mais respeitadas do Brasil. Presente em 40 cidades e 19 estados de todo o país, a Gafisa coleciona marcas que a posicionam como uma das maiores companhias do mercado imobiliário. Ao longo de sua trajetória, a empresa já entregou mais de 1.200 empreendimentos – que, juntos, formariam uma cidade com 1,5 milhão de habitantes -, e construiu 16 milhões de metros quadrados – aproximadamente 15% da cidade de São Francisco (Estados Unidos). Isso significa que um em cada 130 brasileiros mora em um Gafisa. Reconhecida pelo pioneirismo e pela força do icônico triângulo, a Gafisa desenvolve projetos que refletem o seu compromisso com o conforto, o bem-estar e a segurança de seus clientes. Sob os pilares solidez, qualidade, tradição, credibilidade e inovação, a companhia vivencia um novo momento, com foco em identificar promissoras oportunidades de fusões e aquisições, de compra de terrenos e de diversificação de seu negócio, trabalhando para se tornar uma completa plataforma de produtos, serviços e soluções imobiliárias. Os esforços têm como meta garantir crescimento para os seus negócios, gerar valor aos seus acionistas e transformar produtos em experiências e expectativas para a satisfação do seu público.