Revista Industria de Bebidas - Edição 58

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SE BEBER NÃO DIRIJA

INDÚSTRIA DE

Ano 10 - No 58 - 2011

BEB DAS www.industriadebebidas.com.br

Refrigerantes Convenção completa 60 anos Desde 1951, garantindo qualidade em seus produtos

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Expediente

Edição Nº 58 – 2011 Convenção www.refrigerantesconvencao.com.br Diretoria Fábio dos Santos Cátia Rodrigues dos Santos fcsantos2002@uol.combr Editor e Jornalista Responsável Domingo Glenir Santanercchi – Mtb: 21.269 fcsantos2002@uol.com.br Repórter Bruno Almeida fcsantos2002@uol.com.br

Índice 06

Entrevista: AFREBRAS trabalha por uma carga tributária justa

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Evento: Congresso de Águas Minerais confirma o seu sucesso

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Embalagem: O retorno do leite em vidro

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Capa: Conveção comemora 60 anos

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Artigo: O uso de bombas hidráulicas na cervejaria

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Empresa: Buhler retorna ao mercado de cervejas com força total

Anunciantes Adecol ................................................ 14

Lapiendrius ................................ 4o Capa

Diagramação e Criação Mofo Design Studio www.mofodesign.com.br

Aro ................................................ 05/15

Mesal ................................................. 09

ArteCola ............................................. 18

Miaki .................................................. 27

Estagiária Letícia dos Santos Dutra fcsantos2002@uol.com.br

Cervesia ............................................. 28

MMC Equipamentos........................... 25

Eletroinox........................................... 23

Paulinox ............................................. 16

Expo Bebidas & Serviços .................... 30

Rami .................................................. 07

Feital .................................................. 29

Romar ................................................ 20

Fraccaroli...............................15/3o Capa

Sibrape ............................................... 26

Heuft..............................................13/20

STA Systems .................................. 19/21

Hexakron............................................ 17

System Plast .......................... 2a Capa/03

IEC-Perma .......................................... 24

Wallerstein ........................................ 19

Assinatura / Expedição Reinaldo A. dos Santos Thiago dos Santos Souza fcsantos2002@uol.com.br Departamento Comercial Fábio dos Santos Enéas B. de Jesus fcsantos2002@uol.com.br Departamento Administrativo Carla Rodrigues fcsantos2002@uol.com.br Colaboradores José Carlos Giordano umbrellagmp@terra.com.br Matthias R. Reinold matthias@cervesia.com.br Consultor Matthias R. Reinold (Mestre Cervejeiro) “Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da editora.” FC Santos Editora e Eventos LTDA Av. da Paz, 665 – Sala 04 – Utinga Santo André – SP – CEP: 09220-310 Tel.: (11) 2786-3076 / 2786-3168 Fax.: (11) 2786-3176 fcsantos2002@uol.com.br www.industriadebebidas.com.br

I.G Máquinas ..................................... 11

Editorial A cada edição a FC Santos Editora só tem que agradecer pelo apoio prestado por seus leitores, anunciantes e colaboradores. É com todo esse prestígio que estamos entregando a edição No 58 que vem apresentando assuntos variados do mercado de bebidas. Temos a honra de participar por mais um ano do evento da ADIBE, Expo Bebidas & Serviços e circulando essa edição para todos os expositores e visitantes do evento. Nossos leitores poderão acompanhar nessa edição uma entrevista exclusiva com o presidente da AFREBRAS, Sr. Fernando Rodrigues de Bairros, dando destaque as altas taxas de impostos sobre as indústrias de refrigerantes regionais no Brasil. Estivemos presente no maior evento de Águas Minerais, realizado pela ABINAM no mês de setembro no Rio de Janeiro e todos irão acompanhar em nossas páginas informações desse evento.

Nessa edição também estaremos dando destaque ao retorno do leite em embalagem de vidro. Nossa matéria de capa dessa edição, estará homenageando uma das principais empresas do mercado de Bebidas, completando 60 anos a Convenção estará presenteando todo o mercado de bebidas, contando a sua história de sucesso em todo esse período. Matthias R. Reinold, Mestre Cervejeiro e Consultor, nessa edição escreve um artigo com muitas informações de mercado e dados técnicos que irá auxiliar vários profissionais desse mercado. Encerrando as matérias dessa edição, temos a empresa Buhler, que retorna com força total ao mercado cervejeiro e apresenta através dessa matéria, uma nova tecnologia, focado para as Microcervejarias. Boa Leitura e ótimos negócios!



Entrevista

POR Bruno Almeida

AFREBRAS TRABALHA POR UMA CARGA TRIBUTÁRIA JUSTA Com um trabalho sério e atuante junto as indústrias de refrigerantes regionais do Brasil, Fernando Rodrigues de Bairros, Presidente da AFREBRAS, nos concedeu uma entrevista, mostrando o ponto de vista desse mercado. Faça uma análise do atual momento do mercado de bebidas. O mercado de bebidas está diante de inúmeras oportunidades, tendo em vista os efeitos do atual cenário macroeconômico e o fortalecimento da renda dos consumidores. Além disso, as mudanças na demanda, sobretudo no padrão de consumo, também tem gerado oportunidades para as empresas. Nesse sentido, a inovação tem norteado o posicionamento estratégico das empresas. Contudo, o setor de bebidas, especificamente as pequenas empresas, tem se deparado com fortes gargalos, como a elevada e complexa carga tributárias e o elevado poder de mercado e econômico das grandes corporações. Esses gargalos têm limitado a capacidade das pequenas empresas competirem no mercado. Como você analisa o primeiro semestre deste ano, para o setor de refrigerantes? O primeiro semestre de 2011 apresentou resultados positivos, comparado ao mesmo período de 2010. Houve crescimento de 13% no primeiro semestre deste ano. No entanto a perspectiva para o ano, analisado até agora, demonstra que haverá queda no crescimento e, até mesmo recessão na produção de refrigerantes. Fale sobre a importância do trabalho da AFREBRAS para com o 6

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mercado de bebidas A cooperação é fator essencial para o desenvolvimento das empresas, principalmente quando se trata de pequenas empresas. A AFREBRAS tem trabalhado no sentido de mobilizar estas empresas sobre a importância de cooperarem, através da concepção e implementação de projetos e, principalmente, na defesa de seus interesses.

No entanto, não temos dúvida que o mercado cresceria e se desenvolveria com mais ânimo e rapidez se a carga tributária incidente sobre o setor considerasse as diferenças entre grandes corporações e pequenas empresas. Sr. Fernando Rodrigues de Bairros Presidente da AFREBRAS Qual é a expectativa da AFREBRAS no que se tange ao crescimento desse mercado para 2011? Embora os números demonstrem que o resultado do ano seja recesso na produção, estamos torcendo para que ainda haja possibilidade de crescimento do setor. No entanto, não temos dúvida que o mercado cresceria e se desenvolveria com mais ânimo e rapidez se a carga tributária incidente sobre o setor considerasse

as diferenças entre grandes corporações e pequenas empresas.

Qual é a opinião da AFREBRAS sobre a carga tributária cobrada atualmente no Brasil? A carga tributária atual do setor de bebidas é abusiva e tende a prejudicar os pequenos fabricantes regionais, pois mantêm grandes e pequenos em um mesmo patamar, sendo que é necessário também incentivar os investimentos dos pequenos fabricantes. A cobrança de taxas sem haver diferenciação entre os portes das empresas existentes prejudica a competitividade. Essas grandes distorções ainda precisam ser corrigidas para que se tenha uma carga tributária justa: o correto seria que os impostos fossem proporcionais ao volume produzido pelas marcas.


Na sua visão, há como o governo estabelecer benefícios para esse setor, quais? Um dos grandes benefícios que o Governo poderia estabelecer ao setor seria a inclusão do setor no SIMPLES, pois existem empresas do setor que se enquadrariam perfeitamente dentro do regime do SIMPLES. Outra forma seria uma tributação justa onde o pequeno fabricante seria tributado como pequeno e o grande como grande, extinguindo alguns benefícios que as grandes corporações possuem que fazem com elas tenham tributação muitas das vezes menor que as menores empresas do setor. Quais são as ações que a AFREBRAS vem buscando junto ao governo, para diminuição da carga tributária no mercado de refrigerantes?

A Afrebras trabalha pela isonomia tributária entre os fabricantes de refrigerante do país e têm apresentado projetos para melhorar a realidade concorrencial deste mercado. Com a política atual, os grandes fabricantes acabam pagando menos impostos do que os fabricantes de menor porte. A economia do País está em um momento bom para investimentos? O cenário econômico tem sido favorável para a implementação de investimentos, sobretudo sob a ótica da demanda. Por outro lado, os elevados juros e spread dos bancos têm dificultado a busca por crédito, limitando a efetivação de investimentos. Mas, de fato, o que tem desmotivado as pequenas empresas a investirem é a elevada carga tributária.

Deixe um recado para toda a cadeia produtiva de refrigerantes, desde os fornecedores até os fabricantes e distribuidores. Os responsáveis pela movimentação e manutenção do setor de bebidas somos todos nós: fabricantes ou consumidores. Dessa forma, convido a todos a participar do Confrebras – 2º Congresso Brasileiro de Bebidas – que será realizado em Brasília-DF de 08 a 10 de novembro deste ano. Este é o local ideal para se discutir o setor, desenvolver soluções, fazer negócios e rever e fazer novas amizades. Serviço: FERNANDO RODRIGUES DE BAIRROS PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FABRICANTES DE REFRIGERANTES – AFREBRAS www.afrebras.org.br www.confrebras.org.br ■


Evento

POR Redação

Maior congresso mundial de águas minerais, debate perspectivas e tendências do setor Com a realização do 20º Congresso Brasileiro da Indústria de Águas Minerais em conjunto com o 8th Global Bottled Water Congress, principal evento internacional do setor, promovido pela primeira vez no País, o Rio de Janeiro se tornou a capital mundial do setor de águas minerais, de 13 a 15 de Setembro

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ela primeira vez, o Congresso Brasileiro da indústria de Águas Minerais, principal evento do mercado nacional, promovido pela Abinam, foi realizado em conjunto com o Global Bottled Water Congress, tradicional encontro mundial que reúne os mais importantes dirigentes das empresas lideres do setor, sob a coordenação da consultoria inglesa Zenith International. A escolha do Brasil para sediar a 8º edição do Congresso Global de Água Envasada é o resultado de um esforço da Abinam para consolidar a importância do mercado brasileiro no cenário internacional, hoje o sétimo maior produtor mundial de águas minerais. O evento reuniu, no Windsor Barra Hotel & Congressos, Barra da Tijuca-(RJ), representantes de mais de 120 países, entre lideranças empresariais, autoridades, pesquisadores, clientes, fornecedores e demais players do mercado nacional e internacional de águas minerais. Para o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, “o encontro foi uma oportunidade para a troca de conhecimento e propagação de experiências bem sucedidas”. Organizadas em painéis temáticos, as palestras ministradas por especialistas nacionais e internacionais, entre eles, representantes dos quatro maiores players mundiais – Nestlé Waters, Coca-Cola Company, PepsiCo e Danone, abor8

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daram os grandes temas do setor: perspectivas do mercado global; desafios da indústria; crescimento de negócios e estudos de casos; ética e meio ambiente; construção de marcas ícones, além de inovações em nível mundial. Os Workshops também apresentaram temas que apontam os novos rumos do mercado global de águas minerais – O que os Consumidores estão procurando na América Latina e no Mundo

pantes uma visão global de um setor que cresce a taxas expressivas em âmbito mundial e as principais tendências de mercado em todos os continentes”. EVENTO PARALELO

Outro destaque do congresso é a Expo-ABINAM’2011, tradicional mostra do setor que traz as novidades e tendências das indústrias fornecedoras de produtos, equipamentos, componentes, processos, serviços, materiais e embalagens voltadas para o mercado de águas envasadas. “A feira é uma grande oportunidade para abertura de novos mercados e divulgação dos produtos”, explica Lancia. Para que os interessados em degustar e conhecer a diversidade das águas minerais naturais brasileiras, o ponto de encontro é o Water Bar. Foto: ITATI ÁGUA MINERAL Sucesso nos eventos anterio(Edward Garner, Diretor de Comures, o espaço foi criado em 2003 nicações da Kantar Worldpanel), e com o objetivo de divulgar as váTendências Mundiais no Mercado rias marcas do produto, com ou de Águas Funcionais e Saborizadas sem gás, preparados líquidos aro(Andrés Padilla, Diretor da Amérimatizados, além de sucos e refrica Latina da Zenith International). gerantes produzidos com água miA palestra inaugural do Conneral natural. gresso foi ministrada pelo engenheiro Sérgio Augusto Damaso MERCADO GLOBAL de Sousa, Diretor Geral do Departamento Nacional de Produção A expansão do setor de água de Mineral (DNPM), do Ministério mineral é uma tendência munde Minas e Energia. dial. De acordo com a Zenith InSegundo o presidente da Abiternational, o consumo mundial nam, Carlos Alberto Lancia, “o de águas minerais em 2009 foi da objetivo é fornecer aos particiordem de 215 bilhões de litros, o


que representou um faturamento global de US$ 101 bilhões. No ranking dos dez maiores produtores mundiais, o Brasil desponta como sétimo colocado, com 8,4 bilhões de litros. A liderança permanece com os Estados Unidos (30,8 bilhões/litros), seguido de China (23,7 bilhões/litros), México (16,5 bilhões/litros), Indonésia (14 bilhões/litros), Alemanha (13 bilhões/litros) e em sexto lugar, Itália (11,6 bilhões/litros). Segundo estimativas da consultoria inglesa, em 2011, o consumo global do produto deverá atingir o patamar de 250 bilhões de litros, superando os resultados do mercado de refrigerantes, estimado em 22 bilhões de litros para o período. Mantida essa projeção, o consumo de água mineral registrará nesta década expansão de 124% contra 36% das bebidas carbonatadas. Nesse cenário, o Brasil é vis-

to como mercado em franca expansão. O crescente lançamento de produtos diferenciados – a exemplo de marcas Premium e de embalagens que agregam novas tecnologias e conceitos de responsabilidade sócio ambiental, apontam para um mercado mais exigente e competitivo. Em 2010, o faturamento do setor foi de R$ 1,2 bilhão contra R$ 1 bilhão em 2009, um incremento de 20%. Para o presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia, o setor deverá registrar crescimento da ordem de 15% em 2011, na comparação com o ano anterior. Ele lembra que o baixo índice de consumo per capita de água mineral no País (cerca de 45 litros/ano), bem inferior de países como Portugal (100 litros per capita/ano) e Alemanha (127 litros per capita/ano), mostra que o mercado brasileiro ainda tem muito para crescer.

Outro indicador da boa performance do setor nacional foi o resultado da pesquisa Nielsen, que apontou alta de 32,7% das vendas de água mineral no primeiro bimestre deste ano. O resultado posiciona o produto como líder no ranking de vendas no período, na avaliação de 134 categorias de itens de consumo. No Brasil existem atualmente 420 empresas engarrafadoras de água mineral e perto de 30 mil distribuidoras. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os maiores produtores, com participação de 35%, 8,5% e 7% no mercado brasileiro de águas minerais, respectivamente. Serviço: www.abinam.com.br Foto: ITATI ÁGUA MINERAL www.itati.com.br ■


Embalagem

POR Redação

O RETORNO

DO LEITE EM VIDRO Estudo de mercado realizado na Austrália confirma a preferência dos consumidores.

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ecentemente, os resultados de uma nova pesquisa com consumidores onde mostra que os australianos preferem comprar o leite em embalagens de vidro, caso estas voltem às prateleiras. A pesquisa, elaborada pelo instituto Ipsos, apontou que 50% dos consumidores de leite integral e 51% dos consumidores de leite aromatizado acham atraente a proposta do retorno do leite em vidro. Além disso, a pesquisa também revelou que 42% dos consumidores de leite integral e 28% de leite aromatizado garantem que o produto tem um melhor sabor quando envasado em embalagem de vidro versos outras embalagens. A O-I Austrália realizou esta pesquisa de mercado para examinar, com profundidade, os hábitos dos consumidores de leite e suas atitudes frente a este produto envasado em embalagem de vidro. Outras conclusões importantes sobre este estudo: - 58% dos consumidores de leite integral apontam como benefício o fato da embalagem de vidro ser 100% reciclável. - 46% dos consumidores de leite aromatizado identificaram como vantagem significativa a capaci10

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dade do vidro em manter o produto frio por mais tempo. - 63% dos consumidores, entre 30-34 anos, acham interessante o leite em vidro. - 68% dos consumidores de leite aromatizado, entre 25-39 anos, também concordam que esta embalagem é interessante. - 49% dos consumidores de leite se consideram um usuário médio, já que consomem entre três e sete litros por semana. - 42% dos compradores de leite aromatizado consideram um usuário médio se seu consumo de leite for de dois à quatro litros por semana. Brian Slingsby, gerente geral da O-I Austrália, disse que a pesquisa identificou uma tendência positiva para o leite envasado em vidro. “Os australianos amam o retorno do passado por isto, esperamos ver, num curto prazo, o vidro como a embalagem preferida de várias marcas de leite”, disse Slingsby. “A pesquisa indica também que a embalagem de vidro está associada à qualidade, higiene e sua capacidade em manter as bebidas frias por mais tempo, sem interferir em seu sabor”, concluiu. Em resposta a esta pesquisa

de mercado, que assinala o leite como um produto de compra regular e habitual em todos os lugares do mundo, a O-I Austrália lançou uma nova embalagem de vidro de 750ml para a indústria láctea. Esta embalagem foi desenvolvida especificamente para os mercados da Austrália e Nova Zelândia. Na América Latina, também já estão sendo desenvolvidos diversos shapes de embalagens que se adaptem às exigências do consumidor regional e que permitam que às marcas de leite se diferenciem nas gôndolas e satisfaçam o consumidor com um produto puro, 100% reciclável e adequado para todos os tipos de leite. Serviço: O-I Face a Face – Edição Nº 35 www.oidobrasil.com.br ■



Capa

POR Domingo Glenir Santarnercchi

Refrigerante Convenção 60 anos de sucesso Atuando a 60 anos no mercado de bebidas e com duas fábricas operando atualmente, uma na cidade do Rio de Janeiro e outra em São Paulo a Convenção se destaca no mercado como uma das principais indústrias de bebidas do Brasil, com uma diversificada linha de produtos.

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undada em 1951 na cidade de Itu / SP, iniciou suas atividades como “Destilaria de Bebidas”, produzindo, envasando e distribuindo bebidas alcoólicas (destiladas). Mais tarde, passou a produzir e envasar refrigerantes em garrafas de vidros 600ml. Construiu uma nova indústria na cidade do Rio de Janeiro em 1984. Em Setembro de 1986, instalou-se também em Caieiras / SP, onde mais tarde expandiu suas instalações passando a produzir, envasar e distribuir refrigerantes em garrafas PET 2000ml, 600ml e 350ml, em 2001 inaugurou a Cervejaria Guitt’s. As duas unidades fabris contam com equipamentos de tecnologia, incluindo o laboratório de análises que faz a verificação dos produtos em todas as fases de produção. Hoje a empresa possui um portfólio de produtos bastante diversificado dentro do segmento de bebidas, visando sempre garantir a melhor qualidade dos produtos e atendimento, garantindo assim, a tradição nos acompanha desde 1951. PORQUE CONVENÇÃO? No encontro de 18 de Abril de 1873 denominado “Convenção de Itu”, reuniu-se os paulistas partidários da derrubada do regime monárquico. Eram na sua maioria 12

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fazendeiros, comerciantes, profissionais liberais e beneficiários dos negócios da grande lavoura cafeeira. Neste encontro foram propostos novos princípios para a organização do País e lançadas bases do movimento republicano. Este grande marco histórico é que deu a inspiração para a criação da marca Convenção. REFRIGERANTES CONVENÇÃO INVESTE NA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL Empresa de bebidas se destaca pelo desenvolvimento de sistemas para garantir o melhor aproveitamento da água, de resíduos sólidos e de derivados de petróleo. Há mais de quinze anos a Convenção vem atualizando o seu comprometimento com ações sustentáveis desenvolvendo mecanismos para reaproveitamento dos recursos orgânicos. Dentre os processos desenvolvidos, destaque para o Sistema de Tratamento de Águas Residuárias (STAR), que foi iniciado em 1993 e possibilitou a redução entre 86% e 98% da quantidade de materiais orgânicos (açúcar) lançados nos córregos e efluentes da região. A partir da ampliação do seu parque industrial em 2002, a empresa verificou a necessidade de aprimorar o projeto e aumentou

o alcance com o desenvolvimento do Sistema de Tratamento de Efluentes Industriais, METHAX/ BIOPAQ. Internacionalmente reconhecido, esse processo é considerado o mais moderno e eficiente no tratamento de poluentes orgânicos do mercado. Com esse sistema, toda água proveniente da limpeza e desinfecções de pisos, tanques, equipamentos, tubulações, filtros de areia e carvão dos setores da elaboração de cervejas, refrigerantes e das salas de engarrafamento é direcionada para a Estação de Tratamento (ETE) que, após passar por várias etapas, reduz os poluentes e gera biogás. Já, o restante da água é devolvido para a natureza com uma redução de carga orgânica entre 80% e 90%. Com essa nova instalação, a Refrigerantes Convenção contribui com os serviços de saneamento, com a melhoria da qualidade de vida e também com a preservação ambiental da região. Para o Gerente de Qualidade da empresa, Carlos Teruo Arassato, o desafio com a geração do biogás na ETE é otimizar o uso dos equipamentos que atualmente consomem energia elétrica, reforçando assim o conceito de mobilidade sustentável. Arassato comenta que há projetos para a implantação do Reuso de Águas, visando enfrentar a es-



cassez dos recursos hídricos, além de contribuir para a preservação de fontes naturais e conseqüentemente para a redução das despesas de fornecimento. Além, da Estação de Tratamento, a empresa tem outros projetos ambientais, como a Coleta Seletiva, na qual todos os resíduos sólidos como vidro, papelão, plásticos de polietileno, bombonas plásticas, latas de alumínio, pet, varrição, orgânicos e obras são avaliados, classificados e acondicionados em seus devidos locais de armazenagem e, posteriormente, retirados por empresas especializadas que reaproveitam esses materiais. A Refrigerantes Convenção também aplica a Coleta Seletiva para derivados de petróleo como solventes, tintas e óleos lubrificantes. AOS 60 ANOS, REFRIGERANTES CONVENÇÃO FORTALECE SUA MARCA A empresa investiu na reformulação das embalagens dos produtos Cola e Chinotto e lançou recentemente novos refrigerantes o Guaraná Convenção Zero Açúcar e o Refrigerante Cola em embalagens de dois litros. A novidade Guaraná Convenção

Zero Açúcar chega ao mercado para atender as necessidades dos consumidores que buscam bebidas mais saudáveis e sem adição de açúcar. Com o lançamento, a empresa amplia sua presença nesse segmento, onde já oferece em seu mix o HCon Lemon disponível em PET de 350 ml. O Refrigerante Cola em embalagem de dois litros é outro lançamento e também tem a versão PET de 350 ml que traz um novo rótulo com o desenho de um jogador de futebol uniformizado para homenagear a paixão do brasileiro pelo esporte. Outro produto que teve sua embalagem reformulada foi a bebida refrescante Chinotto. Elaborado com produtos naturais, o digestivo é preparado com base em uma receita originária da Itália que combina os extratos vegetais aromáticos camomila, genziana, aspérula, chiretta, assenzio romano e canela. O produto pasteurizado, sem adição de conservantes, é ideal para acompanhar bebidas destiladas como a vodka, uísque, rum e gim. A reformulação das embalagens faz parte da estratégia da empresa que está desenvolvendo novos produtos de acordo com as tendências mundiais de consumo.


CONVENÇÃO INOVA E LANÇA ENERGÉTICO EM GARRAFA PET DE 2 LITROS A Refrigerantes Convenção, lançou recentemente o MSX – Energético Radical² disponível nas versões 350 ml e 2 litros. A novidade que poderá ser encontrada em supermercados, atacados, lojas e conveniência é destinada a jovens, esportistas, estudantes, profissionais dinâmicos e pessoas que precisam de uma dose extra de energia. Com o lançamento, a empresa quer ingressar no mercado de energéticos que cresceu 49% em 2009, segundo dados da Nielsen e atingir principalmente as novas classes de consumidores. Paulo Ferrari, diretor comercial da companhia explica que o mercado de energéticos está em constante crescimento. “Com o MSX vamos oferecer aos consumidores

uma bebida de qualidade a um valor acessível. Nos EUA e na Europa a média de consumo anual por pessoa é de 16 latas, bem inferior aos brasileiros que só consomem uma lata”, comenta. Segundo o executivo, o valor sugerido para venda no varejo é de R$ 5.00 para as embalagens de 350 ml e R$ 12.50 para as garrafas de 2 litros. “Estamos com um preço atrativo, nossa intenção é que cada vez mais esses consumidores tenham acesso aos energéticos considerados ainda como artigos de luxo”, explica Ferrari. Além do preço acessível, outro diferencial do MSX é a embalagem produzida em PET na cor preta elaborada estrategicamente para chamar a atenção dos consumidores nas gôndolas. O rótulo faz alusão ao felino que é um animal de hábitos noturnos e traz a figura de um tornado que

representa agitação. Outro destaque é o slogan “O Energético Radical ao Quadrado” que potencializa o poder da bebida, ao mesmo tempo que o relaciona com consumidores que praticam esportes, freqüentam baladas e estão em constante movimento realizando diversas atividades. O MSX faz parte do projeto de expansão da Refrigerantes Convenção que tem um portfólio com 64 produtos a venda entre refrigerantes, refrescos e cervejas e projeta o faturamento de 400 milhões para este ano.

FRACCAROLI


Capa

MERCADO DE ENERGÉTICOS NO BRASIL Dados da ABIR - Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não alcoólicas apontam que o Brasil produziu cerca de 60 milhões de litros de energético em 2009 e a previsão para 2010 é de aproximadamente 83 milhões, o que representa um crescimento de 40%. O mercado de energéticos faturou em 2009 cerca de 556 milhões de reais.

MERCADOS DE ATUAÇÃO A Refrigerantes Convenção atua no pequeno varejo, em auto-serviços, distribuidores e atacadistas, sendo que o maior percentual de vendas está concentrado nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A empresa conta com uma grande linha de produtos de qualidade, além do tradicional Guaraná, a Convenção produz mais 6 sabores: Limão, Laranja, Uva, Frutaína, Abacaxi e Cola. A linha é oferecida em embalagens PET 2

litros, PET 600 ml, vidro 600 ml e PET 350 ml. Também o Guaraná e a Cola Convenção Zero Açúcar

2 litros.A marca Vitt’s, outra linha de refrigerantes da empresa, é composta por Vitt’s Limão, Vitt’s



Capa

Uva, Vitt’s Cola e Vitt’s Cola Lemon, com um toque especial de limão. As bebidas são encontradas em embalagens PET de 2 litros, 350 ml e lata 350 ml.

HCon, bebida com zero açúcar, refrescante e com um toque de limão. É encontrada em embalagens PET de 350 ml. Guaraná Amazon Convenção,

pasteurizado o que quer dizer que não existem conservantes em sua formulação, o produto é exportado em latas de aço, numa embalagem especialmente desenvolvida


para caracterização da Amazônia no exterior. No mercado interno, a bebida é comercializada em latas de alumínio. Convenção Refresco, encontrada em copos de 290 ml, na medida ideal para o lanche das crianças, a linha é composta pelos sabores Maracujá, Uva, Laranja e Acerola, Guaraná e Guaraná com Açaí. Convenção Chá, consumido por milhares de pessoas em todo o mundo, o chá mate traz inúmeros benefícios à saúde, além de ajudar a combater o envelhecimento precoce e doenças degenerativas pelo fato de conter polifenóis – antioxidantes naturais. A erva-mate também auxilia no emagrecimento por acelerar o metabolismo, ter ação diurética, auxiliando na desintoxicação, além de contribuir no processo digestivo e na proteção cardiovascular. O Chá Convenção

é encontrado em copos de 290 ml no sabor Mate Natural e nas versões Mate com Limão e Mate com Pêssego. Xarope Convenção, nos sabores Uva, Groselha, Açaí e Guaraná, o produto está disponível no mercado em embalagem PET de 1 litro. Além de ser utilizado na preparação de coquetéis e outras receitas, um litro de Xarope Convenção pode render até 40 copos de refresco. Água Doce Vida, no portfólio de marcas da Convenção, a água Doce Vida é captada com controle de qualidade rigoroso que garante sua total pureza e leveza. O produto está disponível nas versões: Água Mineral Doce Vida sem Gás nas embalagens copo 310 ml, PET 510 ml, PET 1,5 litro e Galão 5 litros e na opção Água Gaseificada Doce Vida nas embalagens PET 510 ml e PET 1,5 litro.

CERVEJA TIPO STOUT É OPÇÃO DA GUITT’S Desde 2001, quando inaugurou a Cervejaria Guitt’s, a empresa vem apresentado ao mercado cervejas de qualidade que vem conquistando o consumidor. Mais um produto da Cervejaria Guitt’s, a Zebu é uma cerveja tipo Stout, de sabor encorpado e qualidade superior. É elaborada com maltes selecionados, com notas de torrado. Possui espuma densa e cremosa com amargor suave, resultado da utilização de lúpulos de primeiríssima qualidade. Possui graduação alcoólica de 5,3 % e está disponível em embalagens long neck. Ravache Gold, uma cerveja especial classificada como Premium Puro Malte que foi desenvolvida para atender consumidores mais


Capa exigentes que apreciam uma bebida de qualidade. A Ravache Gold foi elaborada dentro da Lei de Pureza Alemã que não permite o uso de conservantes ou aditivos na formulação deste tipo de bebida. A novidade é produzida com três tipos de maltes importados, dois tipos de lúpulos aromáticos e água puríssima da região da Serra dos Cristais. Com cor dourada, aroma de malte e lúpulo, a bebida apresenta espuma natural, amargor, corpo equilibrado, graduação alcoólica de 4,8% vol. e deve ser consumida entre 4º e 6ºC. Serviço: www.refrigerantesconvencao. com.br Fotos: Divulgação. ■



Artigo

POR Matthias R. Reinold

O uso de bombas hidráulicas na cervejaria Os processos das indústrias de bebidas movimentam enormes quantidades de líquido. Uma grande cervejaria pode, por exemplo, movimentar mais de 3 milhões de litros por dia (30.000 hl/dia). As bombas na indústria de bebidas, mais do que qualquer outro equipamento utilizado na produção, são submetidas às influências da corrosão e do desgaste e muitas vezes não são dimensionadas corretamente, com resultados desastrosos para o processo e produto. A tecnologia de construção de bombas é um sistema dinâmico que apresenta uma evolução constante, procurando adaptar-se às exigências crescentes dos processos, desde as técnicas de controle até a substituição de componentes. O funcionamento básico de uma bomba Bombas em geral são equipamentos para a movimentação de líquidos com diferentes características físico-químicas. Sua utilização se apóia no fato de que líquidos deixam-se transportar do modo mais econômico em tubulações. Conecta-se uma bomba à extremidade de saída da tubulação em questão, e essa bomba exercerá uma força sobre o líquido para que ele se movimente, a bomba aspirando de um lado e do outro lado gerando pressão. Provoca-se por meio disso um aumento da pressão na saída da bomba (bocal de descarga) e redução da pressão na entrada da bomba (bocal de sucção). Na bomba centrífuga a energia necessária para pressionar o líquido é gerada por um disco giratório dotado de pás. Bombas centrífugas, devido ao seu modo de construção, não podem desaerar uma tubulação no lado da sucção, ou seja, não conseguem aspirar o líquido sozinhas. Devemos proceder de modo que o líquido fique armazenado em um reservatório localizado acima da bomba ou que antes da partida da bomba a tubulação de sucção e a bomba sejam preenchidas com o líquido. A isso se soma uma maior sensibilidade da bomba centrífuga com relação a bolsões de ar ou 22

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gases dissolvidos no líquido, que podem levar à interrupção do bombeamento, quando as bolhas de ar ocupam o rotor da bomba. As chamadas bombas centrífugas auto-aspirantes apresentam condições para desaerar a tubulação de sucção. Para que isso aconteça, é necessário que a bomba esteja cheia de líquido pelo menos até a metade. Requisitos para uma bomba Uma bomba dimensionada para determinada aplicação deve ser observada no próprio local quanto à vazão horária, pressão de trabalho, consumo de energia, nível de ruído etc. Ou seja: a bomba deve trabalhar de modo que não se ouça, não se perceba e de preferência nunca quebre. Estas exigências seriam preenchidas se os equipamentos não fossem sujeitos a variáveis, como por exemplo, na limpeza CIP de tanques por meio de spray-balls, quando a bomba de recalque da solução do CIP não só trabalha com um ou dois tanques, mas sim com seções inteiras (onde os comprimentos das tubulações variam enormemente). Bombas também assumem múltiplas funções, como na filtração da cerveja (bomba do filtro): -Filtração com 200 hl/h a 6 bar; -Formação da pré-camada com 400 hl/h a cerca de 2 bar;

-Retrolavagem com 500 hl/h a 3 bar; -Limpeza (circulação) com 300 hl/h a cerca de 4 bar. Para se evitar que uma bomba apenas tenha que desempenhar múltiplas funções podemos utilizar várias bombas para as diversas aplicações ou um inversor de freqüência, de modo a variar a rotação da bomba (deve-se operar a bomba dentro da faixa de máximo rendimento - até 50% da sua vazão nominal). Algumas bombas centrífugas de múltiplas aplicações, como a transvasagem de líquido e também para CIP, são equipadas com motores e chave comutadora que permitem atender o processo de maneira adequada: vazão de 2 m3 /h a 0,5 bar e vazão de 16 m3 /h a 2,5 bar. Alguns critérios a serem levados em consideração Existem alguns critérios importantes que devem ser levados em consideração quando adquirimos uma bomba. Na indústria de bebidas geralmente utilizamos as chamadas bombas sanitárias, uma vez que seu desenho apresenta concepção sanitária, por entrar em contato direto com o líquido a ser bombeado (o próprio produto ou insumos utilizados em sua fabricação).


A bomba em corte representada ao lado foi aprovada pelas normas do European Hygienic Equipment Design Group (EHEDG) com relação à sua facilidade de limpeza. Foi comprovado que a bomba não apenas pode ser limpa por processo CIP, sem deixar resíduos, como também ao contrário da tubulação de referência, não apresentou nenhum resíduo de sujidade, o que é uma garantia absoluta de segurança durante um processo estéril. A válvula de membrana que serve de dreno, localizada no corpo da bomba, permite eliminar todo e qualquer resíduo de líquido. Os critérios para a construção de uma bomba estéril são: - Possibilidade de esvaziamento total do corpo da bomba - Corpo da bomba (carcaça do rotor) livre de cantos mortos - Superfícies de vedação livres de frestas - Boa capacidade de esterilização (SIP) - Boa capacidade de limpeza (CIP) - Conexões estéreis - Vedações estéreis - Construção (material) que impeça a corrosão Além da construção da bomba, que deve atender às necessidades de sanitariedade do processo, as conexões das tubulações devem permitir total isenção de contaminações microbiológicas e físico-químicas, como no desenho a seguir (que segue as normas de conexões estéreis):


Desenho em corte segundo as normas DIN 11864-1 e DIN 11864-2

Conexão com rosca DIN 11864 –1

Outros critérios são enumerados a seguir: Características da bomba: tipo de construção (material, conexões), consumo de energia, nível de ruído, desgaste do material. O material de construção da bomba deve ser resistente à corrosão, atóxico e não pode ser absorvente. Os materiais não podem conter substâncias que transmitam odor, cor e paladar indesejáveis. Geralmente utiliza-se aço inox 316 L para tal fim; Sanitariedade da bomba: as superfícies que entram em contato com o líquido devem ser lisas, oferecer poucos danos mecânicos ao produto, oferecer o menor espaço físico possível para desenvolvimento de microrganismos, oferecer a menor possibilidade de ligação química para partículas estranhas, ser de fácil limpeza e apresentar superfície eletropolida; Contrapressão de trabalho (kgf/ cm2 ou bar); Vazão necessária (litros/h, m3/h); Altura de sucção (metros); Distância ou altura do recalque (metros); Características do líquido a ser bombeado (temperatura, viscosidade, densidade, pressão de vapor, composição); Desenho isométrico das tubulações ou sistema onde a bomba irá ser inserida (perdas de carga etc);

Conexão com flange DIN 11864 - 2

Possibilidade de automação, ou seja, a integração a um sistema supervisório. Existem hoje bombas dosadoras de precisão (melhor que 2%) que possuem medição de vazão incorporada e uma interface para comunicação em rede PROFIBUS. Desse modo a comunicação entre os vários parâmetros da bomba e seu sistema de supervisão é completa, possibilitando a visualização de informações em tempo real, permitindo maior rapidez e facilidade na interação com os parâmetros disponibilizados. Tipos de bombas e suas aplicações Pelas características de cada processo, existem bombas que melhor se adaptam a eles, especializando com isso as aplicações: • Bombas centrífugas: bombeamento de xarope composto de refrigerantes, xarope simples, sucos, leite, na cervejaria: mostura, mosto, cerveja, trub, levedura; água, soluções de limpeza (CIP), outras aplicações; • Bombas centrífugas de múltiplos estágios: bombeamento de água, mosto quente e frio, utilização como bomba booster, bomba para pasteurização; • Bombas centrífugas auto-escorvantes: bombeamento de xaropes, sucos, na cervejaria: levedu-


ra, cerveja; retorno de soluções CIP; • Bombas helicoidais: bagaço de malte, levedura, líquidos viscosos, terra diatomácea utilizada no filtro de xarope de refrigerantes ou filtro de cerveja; • Bombas de lóbulos: levedura, líquidos viscosos (caramelo de milho, extrato de malte, xarope de açúcar) etc; • Bombas de êmbolos rotativos: líquidos viscosos (onde são exigidas maiores alturas de sucção e contrapressões do que a bomba de lóbulos); • Bombas de diafragma (ar comprimido): mosto, outros fluidos que contenham sólidos em suspensão, lodo na estação de tratamento de efluentes; • Bombas dosadoras de pistão e membrana: dosagem precisa de levedura, terra diatomácea, aditivos, insumos, produtos químicos, inclusive líquidos viscosos; • Bombas peristálticas: terra diatomácea, produtos químicos; • Bombas de vácuo: para retirar o ar presente nas garrafas durante o processo de enchimento (pré-evacuação); • Bombas submersas: estações de tratamento de água e efluentes industriais. Cuidados na instalação de uma bomba Não só apenas a bomba deverá estar bem dimensionada, mas também toda a tubulação e seus componentes, como válvulas, tees, reduções, curvas etc. Os cuidados devem ser redobrados, especialmente ao utilizarmos bombas que geram grandes pressões, como as de lóbulos, helicoidais, dosadoras de diafragma e pistão. Mesmo quando a pressão de trabalho possa nos parecer pequena (10 a 12 bar), uma bomba dosadora, ao ter o fluxo interrompido, pode gerar momentaneamente 30 a 40 bar, exercendo com isso uma pressão excessivamente elevada para determinadas tubulações ou vasos, podendo levar ao seu rompimento. Alguns parâmetros a serem observados: 1 - Choques de pressão: ocorrem quando a massa de líquido que flui através da tubulação é acelerada ou retardada (fechamento súbito de uma válvula, partida ou desligamento de uma bomba). Se uma válvula no final da tubulação é subitamente fechada, a velocidade do líquido é reduzida a zero. O líquido dentro da tubulação vai tendo a sua velocidade reduzida até atingir a bomba, com conseqüente aumento de pressão (com uma velocidade linear de 3 m/s, vazão de 55 m3/h e diâmetro da tubulação de 80 mm, a pressão pode chegar a 30 bar !)


Artigo 2 - Dilatação de tubulações: se em uma tubulação reta de cerveja de 50 metros de comprimento circulamos soda cáustica a 85oC, e

a temperatura da cerveja que nela trafega é de 5oC, temos então uma diferença de temperatura de 80oC. Isso significa que para cada 10 me-

tros de tubulação, há uma dilatação de 12,8 mm; para 50 metros de comprimento, cerca de 6 cm, segundo a tabela a seguir:

Diferença de temperatura (oC)

60

70

80

90

Dilatação em mm para 10 metros de tubulação

9,6

11,2

12,8

14,4

- Cavitação: a cavitação surge a partir da pequena altura de coluna de líquido, dimensionamento incorreto dos diâmetros das tubulações na sucção da bomba (velocidade linear muito elevada), dimensionamento incorreto da pressão de trabalho da bomba (super-dimensionamento e o não estrangulamento da bomba), fluxo de líquido na sucção desfavorável, temperatura do líquido a ser bombeado. Em geral, a simples observação de certas regras básicas na aqui-

sição, instalação, operação e manutenção das bombas evita uma série de transtornos no processo e assegura-se a qualidade do produto gerado pelo processo. Perdas de carga geradas no percurso - quando o líquido passa por um trocador de calor de placas, inúmeras curvas e válvulas no percurso, contrapressão da coluna de líquido, densidade e viscosidade do líquido, gases dissolvidos no líquido (como gás carbônico), podem fazer com que uma bomba jamais atinja o ren-

dimento desejado, prejudicando o processo de produção e muitas vezes também o produto. Serviço: Referências 1) Construção de bombas sanitárias – EHEDG 2) Informações da empresa Fristam 3) Informações da empresa Hilge Matthias R. Reinold Mestre cervejeiro – Diplom Braumeister www.cervesia.com.br ■



Empresa

POR Bruno Almeida

Buhler retorna ao mercado de cervejas com força total Empresa trás equipamentos de ultima tecnologia focados para micro cervejarias

U

ma das empresas mais conceituadas do mercado alimentício agora está de volta ao mercado de cervejas, e vem com força total. O foco da Buhler nesta volta são as micro cervejarias. Na Brasil Brau 2001, a empresa apresentou aos visitantes equipamentos para processamento de malte como a Diferencial Proportioning Scale Transflowtron MSDG, balança aplicada como medidora de vazão/fluxo de massa (com capacidade de pesagem e rendimento de produto); o Pub Malt Mill, moinho para pequenas capacidades (até 900 kg/h de malte) ideal para cervejarias artesanais/microcervejarias ou bares que tenham intenção de produzir sua própria cerveja; e ainda o plansifter

de laboratório DLKP, utilizado para análise simples e rápida de produtos já moídos. De acordo com Tacio Basso, Gerente de Vendas GM (milho, trigo e malte) da Buhler, “os equipamentos são mais modernos, de melhor eficiência no resultado, que hoje o Brasil não possui, então estamos investindo forte nos equipamentos para atender o mercado de micro cervejarias”. Basso destaca o conceito forte da Buhler em automação através do sistema WinCos, tecnologia que permite aos operadores acesso a várias informações sobre o que ocorre durante o funcionamento da planta. “A MSDG, por exemplo, integrada ao sistema WinCos pode gerar relatórios, com dados sobre volume, fluxo de produto, ou seja, dados que traduzem quanto de produto a planta está processando”. As tecnologias expostas na feira são produzidas na Europa e estão disponíveis para os empresários brasileiros. A Buhler apoia os clientes durante as fases iniciais de produção de cervejas: do recebimento do grão ou grits, armazenagem, passando pelo transporte, limpeza e classificação, até a preparação através do pelling ou seleção por cor e posterior moagem do grão maltado ou não maltado. “São sistemas que estão presentes em cervejarias mundialmente reconhecidas, que permitem o tratamento e preparação do grão. Oferecemos soluções desde o recebimento do grão até a hora que ele será usado para o processo de mostura, ou seja, durante todo processo seco da produção das cervejas”, afirma o executivo. Estas etapas influenciam na qualidade do produto final. Segundo Basso, os processos de alimentação, humana ou animal, exigem altíssimos critérios de segurança alimentar seguindo normas locais e internacionais. “Por isso, dentro de um processo de preparação do grão, temos certas tecnologias aplicadas para eliminação de grãos contaminados, materiais físicos contaminantes e micotoxinas”, esclarece. Serviço: www.buhlergroup.com Foto: divulgação ■






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