Clash 2 nicole williams

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SINOPSE: A única coisa fácil sobre o relacionamento de Jude e Lucy é o amor que um sente pelo outro. Todo o resto é difícil. Especialmente quando se trata do temperamento explosivo de Jude e o crescente ciúme de Lucy pela irmã de Espírito de Jude e o esquadrão de elogios que vem recebendo das líderes de torcida. Sentindo o estresse de tentar se segurar na essência bad boy dele enquanto torna-se a bailarina principal em sua classe, Lucy sabe que algo vai quebrar. Ela quer os as duas coisas. Ela precisa de ambos. Mas se não fizer uma escolha, ela corre o risco de perder tudo. Para Lucy Larson e Jude Ryder, o amor pode apenas não ser o suficiente.

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Capítulo 1

E

u não me deixei concentrar no fato de que cerca de mil pares de olhos estavam presos em mim. Enquanto avançava para o difícil

movimento do final da apresentação, eu estava dançando apenas para uma pessoa. As luzes não me permitiam enxergar a multidão, a pressão para fazer o certo foi o que me levou para frente, – eu empurrei tudo de lado e dancei para ele. Os últimos compassos da música chegaram ao fim, quando eu fiz o meu grand allegro1final no ar. Apontados meus pés desceramno exato momento que o último acorde fluiu através do lugar. Era isso. O momento que eu amava. A respiração em meio ao silêncio, e a imobilidade antes deme mover para uma reverência, eos aplausos da multidão. Uma janela de dois segundos para refletir sobre o deleite equanto sangue, suor e lágrimas derramadas para chegar a este ponto. O ponto em que, se eu fosse um espectador no jogo da vida de Lucy Larson, eu poderia acenar com a cabeça e pensar muito bem, você fez o seu trabalho. Era um momento que eu queria que durasse para sempre, mas aceitei-o pelo o que era. Um olhar pela perfeição antes que fosse levado. Sugando uma respiração, eu levantei meus braços e, movendo-me em posição de reverência, eu levantei meus olhos. 1

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Movimento do balé – braços e pernas esticados.


Exatamente onde Madame Fontaine tinha me treinado para orientá-los na conclusão de uma performance. Frente e no centro. E, em seguida, contra tudo o que ela me advertia para nunca fazer, um sorriso jogado nos cantos da minha boca. Era impossível não o fazer quando quem estava a minha frente e no centro era Jude Ryder. Ele saltou de seu assento, batendo palmas como se estivesse tentando encher a sala inteira com elas, sorrindo para mim de uma forma que fez meu estômago se apertar. Aqueles em torno dele já estavam espiando por cima com curiosidade, por isso, quando Jude pulou para o seu lugar e começou exclamando “Bravo!”

no

volume

máximo,

aqueles

olhares

agudos

de

curiosidade transformaram em algo não tão benigno. Não que eu me importasse. Eu aprendi um tempo atrás que estar com Jude significava ir contra o fluxo da sociedade. Estávamos constantemente lutando contra a corrente e sobre cada norma social e princípio geralmente aceito lá fora. Custou, mas valeu a pena passar por tudo, apenas para ficar com ele. Tomando mais uma reverência, eu encontrei o seu olhar mais uma vez e fiz o impensável. Obrigada por fazer com que Madame Fontaine não estivesse aqui esta noite, porque seu coque perpetuamente apertado poderia ter caído quando adicionei uma piscadinha para ele, junto ao meu sorriso. Destinado direto para o homem elevando-se sobre a multidão, torcendo por mim como se eu tivesse apenas salvado o mundo de seu fim. As luzes se apagaram e, antes disso eu me apressei para fora do palco, ouvi mais uma rodada das exclamações de Jude e seus assobios. Ele estava quebrando todas as regras não ditas de como se deve mostrar o seu apreço pelas artes. E eu adorei.

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Como a nossa relação, fazíamos tudo um pouco fora do normal. — Acho que você poderia tentar, só por uma vez, não ter um desempenho perfeito? Você sabe, para que o resto de nós não se pareça como amadores. — Thomas, estudante e dançarino, sussurrou para mim enquanto eu corria atrás das cortinas. — Eu poderia, — sussurrei de volta quando a última dançarina subiu ao palco. — Mas onde estariaa diversão nisso? Sorrindo, ele me jogou uma garrafa de água. Eu a peguei com uma mão, acenei em agradecimento e fui para o backstage para me esticar e me trocar. Eu tinha uma janela de 10 minutos antes da apresentação final, e eu sabia por experiência que Jude seria rápido o suficiente em me encontrar no backstage,se eu não o encontrasse primeiro. Ele não era exatamente um homem paciente, especialmente depois de um espetáculo de dança. O que era como vê-lo jogar futebol fazia comigo, e como me ver dançar fazia com ele. Deslizando para o vestiário, peguei meu pé, esticando minhas pernas enquanto pulava para o meu canto da sala, me desvinculando da sapatilha de ponta. A faixa de elástico colorida enrolada em volta do meu pescoço, segurando meu espartilho no lugar para meu desempenho não se transformar em um show pornográfico, tirei um momento para esticar meu pescoço para o lado. O problema com o guardarroupa não poderia ter escolhido um momento melhor para ter um mau funcionamento. Esticando a outra perna para trás, meus dedos trabalharam para desfazer a minha outrasapatilha de ponta. Jogando as duas na minha bolsa, eu retirei minha calça jeans, blusa e botas de montaria. Era noite de sexta-feira e, como Jude tinha um jogo em

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casa amanhã, isso significava que nós teríamos a noite toda para nós. Ele tinha algo planejado e ele me disse para vestir algo sexy. Eu gostaria de ter me vestido para o encontro quente, mas realmente, quando o assunto era estar com Jude, não me importava com o que eu estava vestindo. Na verdade, eu teria preferido usar nada, mas o Santo Padroeiro guardião daVirtude, Jude Ryder, não queria nada disso até que ele “resolvesse sua merda”. Eu nunca quis que uma coisa fosse resolvida tão depressa quanto isso. Eu realmente precisava me esticar um pouco mais, mas eu tinha dois minutos no máximo, antes de Jude vir estourando através da porta do quarto. Torcendo meus braços atrás de mim, eu trabalhava nos nós do espartilho da minha fantasia. Onde estava Eva quando eu precisava dela? Essa menina poderia apertar e desapertar um espartilho mais rápido do que um malandro poderia baixar um zíper no banco de trás de seu carro esporte. Eu estava meio que pensando na ideia de procurar um par de tesouras para escapar logo de dentro dele, quando um conjunto de quentes mãos de cetim, repousaram sobre meus ombros. — Posso ser útil? — Thomas disse, sorrindo para mim enquanto eu olhava por cima do meu ombro. — Se o seu apoio vem com velocidade e precisão, então sim, por favor. — respondi.

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Seu sorriso enrolou com maldade. — Quando se trata de retirar as roupas das mulheres, velocidade e precisão são de extrema importância. Eu lhe dei uma cotovelada enquanto ele ria. — Então esteja a vontade, Sr. Dedos Quentes. —

Sim,

senhora.

ele

disse,

estalando

os

dedos

drasticamente antes de passar para a parte de trás do meu espartilho. Thomas estava certo, ele dominava a parte da velocidade e precisão para despir uma mulher. No entanto, não havia nada nem remotamente íntimo sobre um dançarino ajudando outro dançarino vestir ou despir-se, homem ou não. Se você dança por um longo tempo, acaba se acostumando com cada dançarino em um raio de três metros e também a vê-lo nu perto de você. Não havia espaço para ser uma puritana no mundo da dança. — Quase lá. — Thomas murmurou enquanto seus dedos trabalhavam o rebite no fundo do meu espartilho. Estava prestes a soltar alguma piadinha inteligente e espirituosa quando a porta do camarim se abriu. Eu não tive um segundo para explicar antes do rosto de Jude empalidecer e se transformar em um rosto de um assassino. — Que porra é essa? — Ele gritou, com o rosto vermelho flamejante. — Jude. — comecei, virando-me para ele e segurando minhas mãos. — Você é um homem morto. — ele cuspiu, dando uma guinada do outro lado da sala para nós.

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Colocando-me na frente dele, enfiei as duas mãos em seu peito em forma de parede de tijolos. Eles estavam queimando por causa dessa manobra. — Jude! — desta vez eu gritei, — Pare! — pedi, colocandome na frente dele de novo quando ele pulou para Thomas, que se moveu para um canto da sala. — Claro que eu vou parar. — Jude respondeu, piscando os olhos de prata ônix. — Assim que esse dançarinoestiver em uma cadeira de rodas. Eu não tinha visto a sua raiva monstro em meses e, vê-lo de novo em toda a sua grandeza,me deixou sem palavras. Esse era o tipo de raiva que as pessoas contavam histórias nas fogueiras. Girando em torno de mim de novo, Jude empurrou Thomas, que estava olhando com os olhos arregalados, meio confuso, meio apavorado, para um homem que tentavadestruí-lo. Minha força não era suficiente para pará-lo, nem mesmo perto disso, mas eu tinha outros poderes que poderiam convencê-lo a me ouvir. Correndo na frente dele, eu pulei, passando os braços e as pernas em torno dele tão apertado o quanto podiam. Ele se acalmou instantaneamente, o olhar assassino se abrandouem seus olhos. Mas não sumiu. — Jude. — eu disse calmamente, esperando que seus olhos se movessem para os meus. Eles o fizeram. — Pare. — repeti.Fiz um gesto para trás em direção a Thomas. — Ele estava me ajudando a sair do meu traje. Eu pedi isso para ele e ele concordou. Eu queria me apressar e me trocar para que pudesse estar logo com você. — enfatizei, — E, a menos que você queria esperar um ano e meio por mim, você deveria agradecer Thomas.

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Olhando entre Thomas e eu, as linhas de seu rosto escurecidas. No entanto, seu olhar pousou em mim. — Por que você não me pediu ajuda, Luce? — Ele perguntou, sua mandíbula apertada. — Porque você não estava aqui. —respondi, sentindo como se eu estivesse dizendo o óbvio, mas se o óbvio era o que levaria Jude a se acalmar, éo que eu falaria. — Estou aqui agora. Coloquei minhas mãos sobre suas bochechas. — Sim, você está. — eu disse, esperando que seus olhos tivessem um tom mais leve. Seu peito estava começando a levantar e cair em um padrão regular de novo. — Obrigado pela ajuda, Thomas. — enfatizei, olhando para onde ele estava, ainda olhando para Jude como se ainda estivesse vendo a própria bomba nuclear indo em direção a ele. — Falo com você mais tarde? Thomas passou por nós, nunca tirando os olhos de Jude. — Claro, Lucy. — ele disse, lançando-me um sorriso inclinado. — Falo com você mais tarde. Sorri. — Boa noite. — Tchau, Peter Pan. — Jude falou depois dele. — Vou falar com você mais tarde também. Thomas já estava fora da porta do camarim, mas não havia dúvida de que ele tinha ouvido o mais recente ataque de xingamentos e ameaças de Jude. Suspirando, corri os dois polegares para baixo de seu rosto. — Jude Ryder. O que eu vou fazer com você? — perguntei. Foi, talvez, a pergunta mais intrigante que eu já tinha me perguntado. Nada era fácil sobre o nosso relacionamento. Bem,

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nada além do modo como nos apaixonamos um pelo outro. Tudo o mais era como tentar nadar contra a corrente. Parecia que, por mais que eu nadasse com vigor, não estava fazendo muito progresso, mas depois algo acontecia e lhe mostrava a realidade. Preso entre meus quadris, Jude me colocou de volta no chão. Girando em torno de mim, seus dedos trabalharam a fita de cetim,

livrando

os

últimos

botões.

Suas

mãos

quase

deslizavampela minha pele, mas esse “quase”, disparava rajadas de calor profundo em meu estômago. — O que eu vou fazer com você, Luce? — Ele jogou de volta para mim, sua voz cuidadosamente controlada. As peças do homem que eu amava foram se encaixando juntas novamente. O monstro da raiva saiu da sua gaiola. — Já que você está praticamente me deixando de topless, vou deixar que você mesmo responda os espaços em branco dessa pergunta. — provoquei, arqueando uma sobrancelha quando me virei para encará-lo. Seus olhos não estavam líquidos, como eles geralmente ficavam quando estávamos dividindo, ou a ponto de compartilhar um momento íntimo. Os cantos de sua boca não tremiam em antecipação. Jude era um pilar de controle olhando para mim, como se eu tivesse acabado de me comportar como uma criança. — Não faça isso de novo, Luce. — ele disse, dobrando a fita em suas mãos antes de enchê-lo em seu bolso. — O quê? — perguntei com um encolher de ombros, fingindo ignorância. Estava começando a me sentir um pouco irritada. Eu não

gostava

que

principalemente Jude.

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me

mandassem

fazer

alguma

coisa,


— Você sabe o quê. Eu podia sentir um olhar furioso estabelecer em meu rosto. — Já que eu obviamente o desapontei, eu não gostaria de fazer, o que quer que tenha sido, de novo, então por que você não soletra para mim? Amaldiçoei-me. A única coisa que resultaria de combater fogo com fogo seriam algumas desagradáveis queimaduras de primeiro grau. Jude e eu não precisávamos que nossa relação ficasse mais complicada, então por que eu estava tentando fazer exatamente isso? Sugando uma respiração lenta, testemunhei o esforço que custou para ele ficar calmo. Ele estava fazendo o esforço para se impedir de explodirnovamente em ‘Jude, o raivoso’.Por que eu não consegui me esforçar também? — Não deixe que outro homem, vestindo roupas apertadas de fadas ou não, a ajude tirar suas roupas de novo. — eledisse, seus olhos estreitando apenas o suficiente para me mostrar algumas das emoções escaldantes que estavam disparando através dele agora. — Se você precisar de ajuda, que seja com uma meia, você me chama, entendeu? Esse é o meu trabalho. Que ótimo. O possessivo, o dominante estava de volta na cidade. Parecia como se no último minuto, eles tivessem decidido que fariam uma residência permanente por aqui. Ele podia negar o quanto quisesse, mas estava óbvio que seu lado ‘possessivo e dominante’ não confiava em mim, e pode me chamar de idiota, mas

a

confiança

não

era

relacionamento, era essencial.

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apenas

fundamental

para

um


— Entendeu, Luce? —perguntou novamente quando fiquei quieta. Deus, eu o amava. Até demais, para o próprio bem da minha sanidade mental, mas eu não seria mandada. — Não, Jude. Eu não 'entendi', — respondi, um fio de fumaça saindo do meu nariz. — Então, por que você não vai esperar lá fora e deixa isso passar enquanto eu termino de me trocar? — Sozinha. — acrescentei antes que pudesse abrir a boca para objetar. Porque se ele fizesse, eu não seria capaz de dizer não. Ele fez uma pausa, olhando para mim com a indecisão escrita em seu rosto. Por fim, ele concordou. — Tudo bem, — ele disse. — Eu vou estar lá fora. — Porque assim você pode assustar os outros caras que poderiam me ajudar a tirar meu traje, ou apenas porque está esperando pacientemente e respeitosamente por sua namorada? — perguntei, virando-me e voltando para a minha mochila. O suspiro de Jude foi torturado. — Ambos. — ele disseum pouco acima de um sussurro antes de fechar a porta atrás dele. Assim que ele se foi, eu senti o que estava me impedindo. Culpa.

Remorso.

Seguido

por

uma

dose

potente

de

arrependimento. Eu sabia onde estava me metendo quando Jude e eu voltamos a ficar juntos no início do ano. Fui de boa vontade e com os dois olhos abertos, eu estava feliz de ir a fundo com ele. Jude já tinha passado por mais merda do que qualquer pessoa deveria passar e junto com isso veio certas características que poderiam ser classificadas como menos do que picante.

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Mas a gente ganha o mal com o bem. E quando se tratava de Jude Ryder Jamieson, havia um excesso de bom que sempre conseguia não necessariamente limpar o mal, mas conseguia equilibrar as coisas de um jeito justo. Se eu fosse apontar o dedo para seus defeitos, também deveria girar e apontar esse dedo para o meu próprio peito, porque eu não era uma flor inocente e impecável. Isso era parte da beleza de nós estarmos juntos. Era também uma parte do problema. Eu

tinha

muitos

gatilhos

que

passavam

o

meu

temperamento e muitos fantasmas do meu passado, assim como Jude tinha. Quando sua raiva inflamava, a minha respondia na mesma

moeda,

e

vice-versa.

Os

dois

últimos

minutos

demonstraram a situação. Então, como sempre, a raiva que eu sentia em relação à Jude se virou para mim. Se eu tivesse pensado por um momento no lado de Jude, o que eu teria dito ou feito se tivesse visto alguma menina ajudando-o tirar suas roupas? Encolhendo os ombros dentro do meu casaco,percebi que a minha reação não teria sido muito longe da sua. Na verdade, minhas garras teriam feito alguns estragos antes que ele pudesse abrir a boca para explicar. O Jude antigo, um pré-Lucy, teria chutado uma bunda primeiro e feito perguntas depois. O Jude novo, embora ainda não tivesse uma pós-graduação em gestão de raiva, conseguiu deixar que ‘palavras’ lidassem com a situação. Não os punhos. Progresso. Progresso significativo que ele tinha feito por mim. E como eu tinha pagado isso?

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Gritando com ele e jogando-o para fora do camarim. Lançando o resto das minhas roupas, como se eu tivesse declarando guerra contra elas, coloquei todo o figurino na minha mochila e logo a coloquei por cima do ombro. Eu não me incomodei em soltar o coque do meu cabelo, o que me daria dor de cabeça. Não me importei em lavar as três camadas de maquiagem profundas que cobriam o meu rosto. Eu tinha que chegar até ele. Eu não poderia chegar lá rápido o suficiente. Movendo-me rápido para o outro lado da sala, abri a porta. Encostado à parede oposta, Jude estava com uma cara atormentada. A emoção que se expressava em seu rosto era a emoção exata que eu estava sufocando dentro de mim. Um lado de sua boca se curvou quando ele esfregou a parte de trás do seu pescoço. Soltando a minha mochila, me joguei contra ele, envolvendo os braços em torno dele com tanta força que eu podia sentir cada uma de suas costelas com força contra meu peito. Um batimento cardíaco não tinha passado antes de seus braços estarem em volta de mim com tanta urgência, alívio e talvez até algo mais. — Sinto muito. — eu disse, inalando o garoto que, mesmo em cheiro, exalava um sinal de problema, mascarado por uma doçura relutante. Enfiando minha cabeça embaixo do seu queixo, ele exalou. — Sinto muito, também.

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Capítulo 2

-P

or que você não vai me dizer para onde estamos indo? —perguntei, pressionada tão fortemente contra Jude no assento de sua velha picape, que

cada pedacinho de mim estava contra cada pedacinho dele. Ele sorriu para a escura estrada que estávamos seguindo. Onde quer que estivéssemos indo, eu duvidava que existisse conveniências modernas como água quente e recepção de celular. — Porque estou me divertindo com suas tentativas de tentar tirar essa informação de mim. — Ele respondeu, me olhando. Seus olhos completos por uma alegria perversa. Meu coração acelerou antes de parar completamente. E então voltar a bater como se estivesse tentando voar. — É mesmo? Ele fez um barulho de concordância, umidecendo seus lábios. Contra todo o instinto que havia sido derrubado pelo desejo, eu retirei meu cinto e deslizei contra o banco até estar contra a janela de passageiro — Ainda se divertindo? Ele me olhou, seu rosto pensativo, antes de alcançar o banco ao meu lado. — Onde você pensa que está indo? — Ele perguntou, me arrastando de volta para ele, mas não paroupor ai. Agarrando minha coxa direita, me levantando, deslizando-me até que meus quadris estivessem sobre seu colo. O carro não desacelerou, ele acelerou,e meu corpo vibrava sobre o de Jude.

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— Acho que não vou a lugar algum. — sussurrei, colocando meus dedos atrás de seu pescoço, sentindo o volante contra minhas costas, sentindo seu corpo firme em todos os lugares. Com um olho na estrada e uma mão no volante, ele mantinha o resto de seu corpo atento a mim. — Certo, você não vai. — ele disse, sua boca curvando em um sorriso que desapareceu quando minha boca cobriu a dele. Não foi bem um gemido, era mais profundo que isso, mas o som que veio de seu peito quando meus lábios partiram os seus e minha língua deslizou para dentro da sua, que era todo Jude. Eu não estava prestando muita atenção no carro, mas pensei ter sentido um aumento na velocidade. Jude me beijou de volta, correspondendo a cada deslize da minha língua e a cada movimento dos meus lábios com os seus. Sua mão livre deslizou sob meu suéter, parando nas minhas costas. Sua mão estava quente, um pouco áspera pelos dias de trabalho na garagem e no campo de futebol, e elas eram competentes. A picape deu um solavanco, me pressionando ainda mais contra seu colo. Calor espalhou sobre a área entre minhas pernas, e desta vez fui eu que fiz um barulho que ainda estava para ser nomeado. A realidade de nós dirigindo em uma estrada escura de cascalho, de40 a 60km por hora, não passou pela minha cabeça quando minhas mãos deixaram seu pescoço para puxar a barra do meu suéter. Se ele não iria fazer isso, eu iria. Jogando meu suéter sobre minha cabeça, eu coloquei-o sobre o banco.

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— Luce. — Jude disse, sua voz estava tensa o suficiente para me deixar saber que eu estava fazendo alguma coisa muito certa. — Estou tentando dirigir aqui. Eu

tinha

desviado

disso

muitas

vezes

antes,

metaforicamente falando, mas eu não iria deixá-lo desta vez. Eu estaria colocando meus pés embaixo do freio antes que ele pudesse frear. Movendo minha boca perto de sua orelha, sussurrei, — Eu também. — antes de colocar o lóbulo de sua orelha na minha boca, sugando-a suavemente. Outro som correu pela sua garganta, dessa vez tão alto que seu peito vibrou. — Para o inferno com isso. — ele disse, nada de hesitação ou incerteza em sua voz. Era tão firme e decidido quanto seu corpo vibrando sob o meu. Com um toque de seus dedos, meu sutiã estava livre das minhas costas, escorregando pelos meus braços até cair ao chão ao lado dos pés de Jude. Sua boca cobriu a minha novamente, quente e inflexível. Eu não conseguia respirar. Eu não queria que isso significasse não ser capaz de beijar Jude como ele estava me beijando agora. Como ele poderia me fazer sentir sua paixão, seu amor e sua possessão em um beijo, era inexplicável. Mas ele podia.

O

corpo

de

Jude

expressava

seus

sentimentos,

frequentemente, melhor que suas palavras. — Uma ajudinha? — ele respirou no espaço entre nossas bocas. Sua mão agarrou a minha e dirigiu para o botão de sua camisa — A menos que queira terminar isso em um hospital, eu preciso manter uma mão no volante. — suas palavras estavam tensas, como eu sabia que as minhas seriam se eu pudesse falar

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agora, — Quero senti-la contra mim, Luce.— ele disse quando meus dedos esqueceram o que era para eles estarem fazendo. Mesmo com ambas as minhas mãos desastradas sobre ele, levou um longo beijo para ter o primeiro botão libertado. Eu era graciosa em qualquer coisa, exceto em ter intimidade com Jude. Nisso eu me tornava desastrada, eu era uma bagunça nos nervos eno meus membros. Decidindo que cruzaríamos qualquer linha depois que eu terminasse o que estava fazendo, parei de beijá-lo para que pudesse me concentrar. Concentrar um pouquinho mais. O jeito que ele me olhou deixou-me quase inútil. As emoções que ele podia transmitir com aqueles olhos sempre me confundiam, não importava o que eu estava tentando fazer no momento. — Você tem certeza que é seguro? —perguntei, me forçando a controlar minha respiração. Eu tinha armazenado e largado muito oxigênio quanto meus pulmões eram capazes antes de voltar com o assunto. — Não que eu realmente me importe, mas tenho certeza que estamos quebrando todas as leis de tráfego jamais postas em ação, e eu meio que fiz você me prometer andar na linha. — mais dois botões livres, um pouco mais e eu estaria lá. Eu sorri. Isso era uma das poucas coisas que me faziam felizes. O sorriso de Jude igualou aos olhos quando encontraram com os meus por um instante. — Claro que estamos seguros, Luce. — Ele prometeu, um olho voltando para a estrada. — Eu nunca te colocaria em perigo. Nunca deixaria nada acontecer a

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você. — Ele disse, como se fosse um mantra. — Você sabe disso. Certo? Deixei Jude pegar uma simples pergunta e convertê-la em algo que não era. — Claro que sim. — eu disse, olhando para ele antes de focar o próximo botão. Eu não iria deixar a conversa me parar. — Estava apenas verificando. Distrair um motorista enquanto nos despimos a sessenta quilômetros por hora é a primeira vez para mim. Só queria ter o voto de segurança aprovado antes de continuar. — É melhor que seja mesmo a primeira. — ele disse, a expressão seria de seu rosto desvanecendo. — E considere seu voto de segurança carimbado. Eu estava dirigindo antes mesmo de me masturbar, Luce. Posso controlar um veículo melhor do que me controlar. — Baby,— eu disse, libertando a ultimo botão antes de puxar sua camisa livre de suas calças. — Suas palavras nunca falham em me fazer desmaiar e contorcer-me ao mesmo tempo. Tirando a camisa de seu corpo, deslizei meu peito contra o dele. As suaves partes do meu corpo se formando contra as duras partes dele. O leve brilho de suor estava cobrindo seu peito, trocando com o meu brilho. Outro aumento na velocidade. — Não te desapontarei, Luce. —Ele disse, sua mão livre apertando levemente minhas costas, encaixando meu corpo contra o seu como uma chave deslizando na fechadura. Esse era o mais distante que ele tinha deixado as coisas irem desde a última primavera, logo antes de nos formarmos e descobrir como nossas famílias e o nosso passado trágico nos

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unia. Meu corpo tinha esquecido como respirar, eu tinha que me lembrar de como fazer isto. — Você nunca desaponta. — sussurrei através de um sorriso enquanto minhas mãos deslizavam para o plano de sua barriga, indo para a costura de seu jeans. Agora meus dedos conseguiram libertar o botão no espaço de uma inalação surpresa. — Luce. — Tinha aviso em sua voz, mas também era convidativo. Eu escolhi escutar o último. Apertando seu zíper entre meu polegar e o indicador, eu o deslizei, dividida entre querer saborear o momento e querendo deixá-lo me devorar inteira. Depois de abrir o zíper, eu arrastei o material de seu jeans para baixo e deslizando sobre ele, seu corpo movendo para baixo até que eu pudesse sentir seu calor contra minhas pernas. Ele rosnou, movendo abaixo de mim, fazendo-me suspirar altamente. — Merda. — ele murmurou enquanto ambos braços apertaram-me antes dele socar o pé nos freios. Seus braços seguraram-me mais firme do que qualquer cinto de segurança puderia segurar. —Pensei que você pudesse lidar com isso. —respirei, sorrindo para ele. Seu peito subia e descia fortemente contra o meu, ele encontrou meu sorriso com um dele. — Eu estava errado.

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E então sua boca cobriu a minha, suas mãos em volta do meu rosto. Seu corpo contra o meu, curvando minhas costas contra o volante. — É mesmo? — consegui me afastar da sua boca obstinada. Essa era uma questão que ele não precisava explicar. Era uma que eu tinha estado perguntando. Uma que ele nunca tinha concordado, até hoje. Eu senti seu sorriso contra a minha boca enquanto sua língua provocava a minha. Segurando meu rosto tão firme quanto podia e ainda podia ser considerado gentil, sua boca deixou a minha, seus olhos tomando o lugar. — Inferno, sim. — ele respondeu, seu sorriso, era uma linha tênue entre paz e conflito. Cada músculo do meu corpo cerrou em antecipação. Ia acontecer. Finalmente. O homem que havia dormido com mais mulheres que eu me importava em saber estava finalmente se permitindo dormir com sua namorada. — Você tem certeza? — Ele perguntou, parecendo como se fosse à falência se minha resposta fosse negativa. — Eu tenho tanta certeza que comecei a tomar a pílula na semana seguinte que voltamos. — respondi, indo para cima e para baixo sobre seu colo. Ele rosnou, sua cabeça caindo contra o banco. — Você tem certeza? — perguntei, movendo um pouco mais rápido para influenciar sua resposta. — Luce, eu tenho tanta certeza que fiz o teste e venho carregando essa camisinha no meu bolso desde odia em que voltamos. — ele disse sorrindo o que foi tipo uma tortura para mim.

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Coloquei minhas mãos em volta de seu rosto, traçando a cicatriz que corria pela sua bochecha com meu polegar. Esse homem era tudo que eu queria, – de todas as formas que uma mulher poderia querer um homem, – e pelo menos agora, eu poderia tê-lo do jeito que não tinha. — Eu te amo, Jude. — eu disse. Porque era tudo o que tinha para ser dito. As linhas de sua testa suavizaram. — E isso me faz o bastardo mais sortudo do mundo. Sorri para ele. — Venha. — disse, segurando seu rosto enquanto descia minha boca sobre a sua.— Eu quero saber como o bastardo mais sortudo do mundo faz amor. — Sim, senhora. — ele disse antes de colocar sua boca na minha. Suas mãos tinham encontrado o caminho para o botão do meu jeans quando uma luz cegante de faróis dianteiros entrava na cabine. Eu rosnei, cobrindo meus olhos com meu braço quando o motorista jogou a luz da sua picape em nós. — Porra. — Jude amaldiçoou, olhando sobre seus ombros. A porta da picape se abriu, seguido por algum homem buzinando e gritando. — Esperando companhia? — suspirei, me cobrindo com o outro braço enquanto eu me retirava de seu colo. Era doloroso, me separar do do-que-poderia-ter-sido. — Não exatamente. — ele respondeu, se dobrando sobre meu colo e agarrando meu suéter. Escorregando-o sobre a minha

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cabeça, colocando o suéter, segurando cada manga enquanto em trabalhava em passar cada braço nelas. O suéter parecia mais amassado do que tinha estado cinco minutos antes. Jude tinha recém fechado o zíper quando alguém apareceu do lado da janela do motorista. — Ryder, cara! — Um dos colegas de time de Jude gritou através do painel de vidro, paralisando nós dois. — Você está satisfazendo seus caprichos com esta atrevida? — Olhando para mim, ele balançou suas sobrancelhas. — Seu bastardo sortudo. Olhando-me, Jude sorriu para mim. — Eu te disse.

O fogo crepitava nos meus pés, as estrelas brilhando sobre mim, os braços de Jude seguraram-me bem apertado contra ele, e os sons de arrotos do time de futebol americano do colégio se misturaram à serenata de ‘Hey, Jude’, que estava sendo feita para mim. — Eu não acredito que essa é nossa grande noite, a que eu pensei que você tinha planejado só para nós, mas você envolveu mais de quinze jogadores de futebol. — Eu disse, inclinando minha cabeça contra o peito de Jude para ele não poder ver minha expressão. — Desculpe, baby, — Ele disse, beijando a linha da minha testa. — Pensei que teríamos algumas horas para nós antes desses animais aparecerem.

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Algumas horas? Eu poderia me contentar com, oh, uns quinze minutos. O coro de arrotos vinha com um final inconclusivo, o silêncio temporário servia apenas para ser interrompido por um coro de peidos, eu rosnei, fechando meus olhos e beliscando meu nariz. —Cara, isso élamentável, Ryder. —Tony disse, o wide receiver2 número um de Jude, a voz inconfundível gritou através da fogueira, — Se eu estivesse tentando ganhar uma menina de volta, eu não teria, de jeito nenhum, me esforçado tanto em subornar sua companheira de quarto para apenas levá-la a um lugar a fim de fazer uma serenata, com um DJ tocando músicas velhas, enquanto professo meu amor eterno por ela. Abri meus olhos para que eu pudesse entregar um olhar através do fogo para Tony. Eu amava o garoto, seu caráter contagiante era impossível não amar, a maioria dos dias. Esse não era um deles. — Eu iria apenas chegar nela e dizer algo do tipo ‘Hey, baby, como você vai?’.Sabe, alguma coisa realmente suave como isso? — Tony sorria como o diabo para mim. — Tony. — Jude falou, enrolando o queixo sobre meu ombro, —Quando foi a última vez que você foi procurar sua exnamorada e ralou seu traseiro para tê-la novamente? O rosto de Tony se torceu enquanto pensava no assunto. Dando de ombros, ele respondeu. — Nunca.

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Posição do futebol americano. Traduzido literalmente, quer dizer ‘recebedor’. É o jogador da linha ofensiva, que então, recebe os passes.

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— Exatamente. — Jude disse, mostrando o seu dedo do meio para ele. Meus braços estavam enfiados dentro da manta que Jude tinha me envolvido mais cedo, quando ele baixou seu dedo, eu o cutuquei. — Mais um para mim. — Qual é, Lucy. — Tony disse enquanto o resto dos jogadores caia na risada, dando um banho de marshmallows nele,— Você sabe que eu te acho foda. Estou só um pouco ciumento porque você é mais ou menos cinco vezes muito boa para Ryder e eu quero entrar nesses cinco-vezes-muito-boa-paramim também. — Talvez se você parasse de derrubar a bola e começasse a chegar na linha final3, você poderia conseguir encontrar uma menina que quisesse fazer mais do que passar as mãos sobre todas essas vinte polegada de bíceps. – eu disse, apontando minha mão. Jude sufocou sua risada na manta. O resto do time, não muito. Elevando suas sobrancelhas para mim, Tony levantou as mangas da sua camisa, beijando seus bíceps grotescamente gigantes, então repetiu para o outro. — Para de me acusar, Lucy. Jude vai nos pegar se você não parar de ser tão obvia. — ele disse, curvando sua cabeça conforme a garrafa de bebida passou por ele, — E não precisa se preocupar com a linha final amanhã, baby. Ela vai ser minha própria vadia amanhã. — Eu não vou segurar a minha respiração. — respondi, não mais capaz de conter meu sorriso com o contínuojeito teatralde 3

Do original ‘End zone’, é uma marcação do campo de futebol americano. Após cruzar a linha final, é feita a marcação dos pontos.

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Tony. As vezes, era como assistir o One man three-ring circus4. E, com toda a brincadeira de lado, Tony era um inferno de umwide receiver. Juntos, ele e Jude fizeram recordes que provavelmente nunca seriam batidos. — Isso que eu nunca entendo. — Tony disse, cutucando o cara perto dele. Outro jogador. Eu acho que seu nome era Kurt. Ou talvez fosse Kirk. Ou Kent. Tá, K alguma coisa. — No departamento de aparência, Ryder é um sete, ou talvez oito. — ele disse, estreitando seus olhos enquanto inspecionava Jude. Kurt ou Kirk avaliou Jude também, coçando o queixo. — Então você seria menos dois, Tony. — murmurei, realmente amaldiçoando o destino que me fez ficar presa a passar a noite brincando com alguns dos amigos de time de Jude, enquanto o resto falava e realizavam todas coisas masculinas que nunca seria entendido por mulheres. — A personalidade dele é um saco. — Tony continuou, acotovelando o jogador de nome K. — Então por que, em todas as coisas injustas e profanas, como consegue todas as gostosonas fazendo fila do lado de fora de sua porta? Jude se inclinou para frente. — Eu posso te dar uns centímetros de explicação, Rufello. Tony e o jogador olharam para Jude, então os dois, inclinaram suas cabeças para trás e caíram na gargalhada. Jude se juntou no meio. Mas alguma coisa que Tony disse era clara. — Que gostosonas estão fazendo fila do lado de fora da porta de Jude? — perguntei, tentando manter minha voz estável. 4

É um programa de TV que mostra números de circo.

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A risada de Tony morreu, seus olhos escuros desviaram assim que pousaram em mim. O corpo de Jude endureceu em volta de mim o suficiente para me dizer que tinha alguma coisa errada. — Você. — Tony disse, empurrando suas mãos na minha direção.— Você é a gostosona fazendo fila do lado de fora da porta dele. Não, eu não estava acreditando. Eu tinha visto Tony quase chorar na noite que seu troféu VIP sênior do ensino médio do ano quebrou ao meio quando um cara usou-o como taco de beisebol em uma das festas lendárias em sua casa, e seu sorriso estava quase presente. Não tinha um traço disso agora, o que significava que Tony estava trabalhando em esconder algo. — Você. — ele repetiu novamente, quando eu continuei segurando-o como prisioneiro do meu olhar. — E Adriana Vix. — outro colega de time de Jude acrescentou atrás de nós, soando como se contentaria em fazer amor com o nome, sozinho. Agora meu corpo ficou tenso, já não encaixando no de Jude. Torcendo no banco entre suas pernas, eu encontrei seus olhos. Nada neles entregou alguma coisa. Era, talvez, o pior jeito que poderiam estar. — Quem é Adriana Vix? — perguntei, minha voz uma perfeita mistura de ansiedade e irritação. As mãos de Jude se encaixaram no meu rosto, olhando diretamente dentro dos meus olhos. Era difícil de respirar quando ele me olhava assim, — Ninguém. — ele respondeu, sem remover sua mão ou sem parar de me olhar.

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— Ninguém? — o cara de trás gritou, indo para um banco próximo a nós. — Sua definição de ‘ninguém’ deve ser para meninas que um homem amputaria seus membros para estar junto. Para estar com elasuma vez. — o jogador cujo nome eu não me lembrava, mas sabia que aquecia muito os bancos, continuou. Ele iria ficar permanentemente montando no banco se ele não mostrar a adorável Adriana Vix onde o sol não brilhava. — Matt. — Jude avisou, finalmente deixando meu rosto, apenas para me envolver com seus braços, — Cala a sua boca. —Foi

sua

garota

que

perguntou.

ele

respondeu,

segurando suas mãos. — Eu estava apenas respondendo. — Bem, pare de fantasiar. — Jude disse, sua voz estável, mas podia sentir vacilando. A ponto de explodir, — Na verdade, por que não para de falar pelo resto da noite? Matt concedeu com um dar de ombros, tomando um gole de sua cerveja. Se ele não fosse o titular do time uma noite antes do jogo, eu poderia tirar de Matt quemera Adriana Vix com divagações de um bêbado. Matt estava sóbrio, o que significava que Adriana era tão gostosa quanto ele estava falando. Virando-me, para que pudesse inclinar minhas costas no lado das pernas dobradas de Jude, encontrei seus olhos novamente. Ele estava usando seu velho gorro cinza hoje, mas só porque estava frio. Ele já não se escondia atrás do gorro. — Ela gosta de você? — ganhei pontos por conseguir fazer a pergunta com o mínimo de emoção possível. Ele levantou o ombro. — Talvez um pouco. — ele respondeu, seus olhos nunca deixando os meus.

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— Um pouco? — Tony piou através da fogueira enquanto os outros próximos a ele sorriam para nós. — Graças ao Ryder, a população masculina de Syracuse tem apreciado ainda mais o amplo busto em exposição da Adriana. Eu acho que eles quase saíram naquele minúsculo vestido que ela estava usando ontem. — Tony assobiou entre os dentes, seus olhos turvos em desvaneios. — Aquela coisa linda está só esperando para dar o bote. E ela tem os olhos postos no nosso homem, amor. — ele disse, olhando para mim com um pouco de culpa. Como se eu já estivesse perdido a partida por Jude, por falta. Falta de aparência. — Diga isso novamente, Tony. — Jude avisou, sua mandíbula apertada. — E a única coisa que eu jogarei na sua cabeça de alfinete novamente será minha bota. — O quê? — Tony disse, — Por falar a verdade sobre Adriana estar ofegante por você? — Não, cabeça de merda. — Jude disse, notas de raiva saindo entre seus dentes. — Não chame minha garota de ‘amor’ novamente. Ela é minha. Apenas eu posso chamá-la assim. Não algum punheteiro idiota com uma boca grande. Aqui estava. O Rottweiler territorial que Jude era quando se tratava de mim. Normalmente, isso me irritava quando ele falava de mim como se eu fosse alguma coisa que poderia ter dono, mas agora, após ouvir a sobre deusa peituda, eu estava bem com ele, por ser territorial comigo como ele queria. — Foimal. — Tony disse, subindo e tirando a poeira de suas calças.—Já que eu não consigo manter minha boca fechada, é melhor eu ir para cama antes que leve um murro na cara. — Ele sorriu para mim, mas seus olhos não eram provocadores. Tinha

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aquele pingo de raiva neles. Como se eu tivesse tido minha chance e agora não era para eu me aproximar. Eu iria ser derrubada por Adriana Vix. —Coloquem suas bundaspeludas e feias na cama. — Tony gritou, olhando uma última vez para os garotos na fogueira, — Temos alguns traseiros para acabar amanhã. Um coro de grunidos e vaias seguiam enquanto a maioria dos caras se levantava e seguia Tony em suas respectivas tendas ou entravam nas portas traseiras de seus carros. Essa noite não tinha sido nada do que eu tinha imaginado. Jude e eu sentamos amontoados juntos e ficamos em silêncio por um minuto, ambos olhando para fogo, esperando o outro dizer algo primeiro. — Você gosta dela? —sussurrei antes de perceber que eu tinha pensado isso. O suspiro de Jude foi longo e irritado. Era a primeira vez que eu me lembrava de estar aliviada por ele estar bravo comigo. Girei-me, assim poderia olhá-lo, mas ainda prensada entre suas pernas, ele nivelou meu olhar com aqueles olhos escuros. — Não. — ele respondeu. — Não do jeito maluco que vocês, mulheres, pensam. Ele apenas pegou um vislumbre no quão ‘mulher maluca’ que minha mente pode ser. — E do outro jeito? Eu vi as últimas chamas nas sombras do fogo apagando do lado da bochecha de Jude. — Ela é ok. — ele respondeu, levantando sua sobrancelha e esperando. Porque ele me conhecia o suficiente para saber que algo estava para vim.

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— Ela é ok? — repeti, minha voz crescendo. — Ela é ok no sentido transaria-com-ela-em-dois-segundos-se-eu-fosse-solteiro, ou ela é ok tipo, ela é apenas uma garota? Jude tinha me avisado dois meses atrás para não fazer perguntas

se

eu

não

quisesse

respostas

sinceras.

Eu

instantemente desejei não ter feito a pergunta. — Luce, — Jude disse, desenrolando a manta em volta de mim, agarrando minhas mãos quando ficaram livres. — Você é minha garota. A garota. — Para juntar, as outras emoções piscando sobre seu rosto, um traço de dor também. — Quando olho para Adriana, ou para qualquer outra menina, isso é tudo o que vejo. Alguma outra menina que não é aminha garota. Eu não as vejo, Luce. Eu vejo você. — ele continuou, o forro da pele entre suas sobrancelhas. — Eu sempre vejo só você. A preocupação cerrada no meu estômago começou a se desfazer. — Então você poderia, por favor, pelo amor de deus, parar com essa coisa de Garota Paranoica? Quando Jude estava assim, a melhor coisa a fazer era parar e desistir. Eu sabia disso, mas eu nunca era a que seguia um conselho, e não faria isso agora. — Do mesmo jeito quevocê não ficoutodo paranoico a respeito de Thomas e eu hoje cedo? — se minhas palavras não apontaram um dedo de hipocrisia no seu jeito, meu olhar certamente apontou. As palavras de Jude prenderam em sua boca. Fechando-a, sua testa franzida enquanto ele se inclinava no tronco atrás dele. Rosto franzido, olhos estreitos, dentes trabalhando no lado direito

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de sua bochecha. Era uma expressão nova de Jude que logo tinha se tornado muito familiar. Era seu olhar de quando ele estava pensando, se concentrando arduamente no trabalho de substituir sua reação instintiva de raiva. Eu esperei, dando-lhe tanto tempo e espaço quanto ele precisava. — Luce. — ele disse finalmente, sua voz era calma — O que você quer que eu faça? —parou, esperando minha resposta, mas eu não tinha certeza do que ele estava perguntando, então nenhuma resposta veio, — Por favor, só me fale. — continuou,— Diga-me o que você quer que eu diga, e faça, quando se trata de Adriana ou qualquer outra menina que passe por mim, e eu farei. Você quer que dispare um cuspe entre seus olhos? Assim seja. Você quer que empurre longe qualquer uma que me olhe? Eu farei. Você quer que eu feche os olhos para não ver nenhum sorrisinho sugestivo que me dão? — Ele parou, seu rosto cansado. — Bem, seria uma droga, mas faria isto. Por você, — pegando meu rosto com suas mãos novamente, inclinando-se para frente assim seus olhos estava olhando dentro dos meus a um pé de distância, — Apenas me diga, baby. O que você quer que eu faça? Eu não conseguia colocar em palavras, porque se ele me perguntava coisas desse tipo, assim, na lata, eu nem mesmo sabia o que queria que ele fizesse ou dissesse quando se tratava de outra mulher balançando seus peitos na frente de Jude. Homens como Jude não podiam andar através de um cemitério sem ser atingido. Então o que eu queria que ele fizesse quando se tratava da fonte interminável de meninas prontas e desejando se jogar em sua cama na primeira oportunidade? Eu queria que ele

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fosse mal com elas? Bem, sim, um pouco, mas alguma parte de mim, aquela que queria salvar o mundo, reconheceu que essa não era a resposta. Então o que era? Aquela pergunta deveria permanecer sem resposta porque eu tinha algo mais em mente. Laçando meus dedos nos dele enquanto aqueciam meu rosto, eu fui mais perto até ter eliminado o espaço que nos separavam. — Eu quero que você me leve para cama. Tenho certeza que nunca vi as rusgas no rosto de Jude sumirem tão rápido. — Agora isso, eu posso fazer. — Ele respondeu, me colocando entre seus braços antes de levantar, — Eu posso fazer com um sorriso. Poderia rir se eu me permitisse, mas um nome ainda pendurava entre nós. Eu ainda não estava pronta, nem era capaz, de pressionar o botão deletar no fato de que Adriana Vix estava tentando colocar suas garras no meu homem. — Espere até colocar os olhos no que eu fiz para nós, — Jude disse, sua voz clara enquanto me carregava através do acampamento improvisado, em direção à sua picape enferrujada. Estava tão enferrujada que não dava para dizer se, originalmente, ela tinha sido preta ou cinza, ou alguma outra cor entre essas. Ele tinha conseguidocompra-lapor uma ninharia de algumvelho fazendeiro e tinha usado parte do dinheiro que tinha trabalhado na garagem para comprar partes do que precisava. O lado de dentro estava em um bom estado, mas julgando o exterior, a picape parecia estar precisando ser jogada no lixo. Eu amava que Jude não se importava com o que os outros pensavam, só o que eu pensava. Eu amava como ele dizia que o

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lado de dentro era o que importava. Eu sabia que ele estava falando do carro em especial,quando ele dizia isso, eu ficava com meus joelhos ainda mais moles. Tecendo

entre

algunsnovos

e

envenenados

carros

monstruosos de seus colegas de time, Jude parou atrás do dele. Baixando a trava traseira com uma mão, ela fez barulho enquanto abria, — Seu quarto para a noite, Senhorita Larson. — Ele disse em uma voz musical, movimentando para o colchão de ar e um monte de mantas e travesseiros empilhados nos fundos de seu caminhão. Ele tinha até mesmo colocado chocolate em volta do meu travesseiro, do lado de uma rosa branca. Na escola, eu tinha aprendido o que as cores das rosas significavam, e como você poderia decifrar as intenções de um cara baseado no que ele tinha te dado. Rosa significava que ele tinha uma queda por você, amarelo significava que ele queria ser apenas amigo – eu não podia contar o número de rosas amarelas abandonadas que eu tinha visto decorando as latas de lixo da escola, – vermelho significava que ele te amava, e branca representava a pureza. Significava que as intenções dele eram puras. Significava que ele não queria fazer todas as coisas que uma menina estava prevendo fazer na cama montada atrás de sua picapeà noite. Que todas as malditas rosas brancas vão para o inferno! Mas, mesmo no meu momento odiando rosas brancas, eu meio que amei isto. Logo quando pensei que conhecia todas as faces de Jude Ryder, ele veio e deixou uma rosa branca no meu

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travesseiro. No mesmo carro em que ele concordou em fazer sexo comigo, lá na cabine, pressionada contra o volante. — Você pode ser um pouco romântico quando você quer.— eu disse, olhando para ele. — Não diga mais nada. — ele disse, me sentando na porta traseira. Ela rangeu sobre mim, — Poderia arruinar minha reputação de fodão. Além do mais, você acha que as meninas estão alinhadas agora... — Ele insinuou, me lançando um sorriso infantil. Eu empurrei seu peito; essa reação ganhou uma risada dele. Então decidi dá-lo uma coisa que ele não estava esperando. Agarrando dois punhados de sua roupa, eu o puxei para mim. — Venha aqui. — eu sussurrei, baixando minha boca na dele, — Deixe-me colocar essas meninas nos seus lugares. Seus lábios partiram com sua inalação surpresa quando minha boca cobriu a sua, abrindo-a mais. Suas mãos agarram o meu quadril, me deslizando para o canto da porta, assim, eu fiquei

pressionada

contra

ele.

Nesse

ângulo,

nós

nos

encaixávamos perfeitamente. A realização me fez beijá-lo mais, minhas mãos se juntando no jogo de não ser capaz de explorá-lo rápido e forte o suficiente. Eu podia escutar a rápida batida do coração de Jude. Eu podia sentir cada parte dele que me queria. Eu podia ver o eclipse incerto em seus olhos quando apertei minhas pernas ao redor de seu torso, esfregando-me nele. Eu podia sentir o conflito tentando assumir sua luta de falta de cuidado, e eu queria pará-la.

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Agarrando a bainha de sua camisa, puxei de suas costas, tentando lançar para fora de sua cabeça. Apenas para ser parada antes de fazê-la passar seu peito. — O quê? — perguntei, desta vez sabendo sua resposta. Ele não parou. — Não. — ele disse firmemente. — Não assim. Eu rosnei tão audivelmente que poderia ter acordado alguns pares de rapazes perto de nós. —Não assim? Desejo e paixão queimando uma noite de sexo? Jude sorriu tão abertamente que a cicatriz em sua bochecha enrugou. Agarrando a porta, ele trabalhou em regularizar sua respiração. — Isso parece bom — ele disse, sua respiração quase normal. A minha poderia ser normal por pelo menos outros dez minutos — Mas não estou realmente a fim de fazer sexo quando minha garota esta motivada por causa de ciúmes de outra garota. Pelo menos não da nossa primeira vez. — ele disse, pressionando um beijo na minha têmpora, — Depois disso, terei o prazer de entreter e suportar todos e quaisquer episódios de ciúmes, sexo e raiva que você quiser jogar no meu caminho. Eu o empurrei novamente, decidindo ter um rumo casto esta noite. Chutando minhas botas, eu corri para o colchão de ar, aconchegando as mantas a minha volta. Ainda sorrindo para mim, Jude tirou suas botas e saltou para dentro do nosso quarto improvisado. O colchão de ar levantou um pouco. Se aconchegando atrás de mim, um braço em baixo e outro estendido acima de mim, segurando uma rosa branca.

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Jude riu atrรกs do meu pescoรงo. Eu segurei a rosa e joguei-a para fora da picape.

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Capítulo 3

E

stava chovendo, – na verdade, era mais como um vazamento. Pelo menos, era o que eu pensava quando acordei. Então ouvi o riso

abafado e entendi a razão das minhas roupas e cobertores estarem encharcados em volta de mim, e não tinha nada a ver com a natureza. Eu abri os olhos quando um dos companheiros de Jude estava pairando sobre nós em cima da cabine, derrubando um balde de cinco litros de água sobre nós. Eu gritei quando um dos membros da equipe de futebol explodiu em risadas perto do carro de Jude. O que só durou até Jude acordar assustado, dando um salto para o primeiro garoto que conseguiu enxergar. O jogador ficou de pé e saltou do caminhão antes que Jude pudesse prender um de seus tornozelos, mas Jude já estava fora da cama e atrás dele um segundo mais tarde. O pobre rapaz não iria tão longe. — Por que você está correndo, Clay? — Jude gritou atrás dele, deixando um rastro de respingos de água atrás dele. — Nós dois sabemos que eu sou infernalmente muito mais rápido do que você! Assistindo Jude fechar o espaço entre ele e Clay, eu torcia meu cabelo e jogava os cobertores pesados para o lado. Eles fizeram um som de batida quando atingiram um dos carros.

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Fiz questão de jogar o meu olhar em cada jogador em pé ao redor, terminando em Tony, que estava sorrindo para mim com aquele sorriso de menino. Ele já estava perdoado antes de abrir a boca. — O quê? — Ele disse, como se eu estivesse exagerando. — Desculpe, Lucy. Mas não é justo que somente Ryder possa ter passado uma noite quentinha, aconchegado ao seu traseiro quente. Tínhamos que tomar uma atitude. Saltando da cabine até o colchão, eu me joguei sobre a porta traseira. — Da próxima vez que vocês, meninos, decidirem algo assim, tomar alguma atitude em relação à Jude, vocês poderiam esperar para despejar um bocado de água quando eu estivesse fora da picape? — eu queria pegar um cobertor para envolver em torno de mim, mas todos eles estavam encharcados. — Está congelando aqui fora. — Minha respiração estava nebulando o ar, me fazendo tremer ainda mais. O sorriso de Tony se desvaneceu um pouco. — Ah, inferno, Lucy. — ele disse, dando de ombros embaixo de sua camiseta. — Nós somos animais. Nós vivemos o momento e não pensamos realmente sobre as consequências de nossas ações. — segurando sua camiseta para mim como se fosse uma oferta de paz, as sobrancelhas levantadas. — Perdoa-nos? Não nesta vida, teria sido a minha resposta se eu tivesse sido capaz de falar, superando toda a minha tremedeira. Eu odiava só algumas coisas mais do que odiava sentir frio, – aquele novo tratamento de canal sem Novocaine 5 é uma delas. Fazendo carranca para Tony, então ele saberia que isso não iria absolvê-lo de qualquer envolvimento seu na brincadeira desta

5

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Usado como anestésico.


manhã, peguei a camisa de moletom que poderia até caber dois homens de porte normais, com espaço de sobra. — Pegue este pedaço de merda de volta. — aparecendo por trás de mim, Jude agarrou o moletom de Tony para fora das minhas mãos e atirou-o em seu rosto. — Da próxima vez que você ou qualquer um dos seus bastardos fizerem isso com a minha garota de novo, eu irei chutar todas as suas bundas. Vocês entenderam?

Jude

gritou,

seus

olhos

ainda

varrendo

silenciosamente seus companheiros. Ele esperou até que cada um deles tivesse assentido em acordo. — E você, — Jude disse, dando um passo à frente e colocando o dedo na cara de Tony. — Você nunca mais tente dar à minha garota algo seu para vestir em seu corpo, — Os músculos logo abaixo do pescoço de Jude estavam saindo como barbatanas de tubarão de tão tenso que ele estava. — Ou eu nunca mais vou jogar outra bola em seu caminho. Entendeu? E eu pensei que estava chateada por alguns litros de água. — Ryder. —Tony disse, levantando as mãos em sinal de rendição. Jude deu mais um passo para ele até que seus peitos estavam batendo uns contra os outros. — Você. Entendeu. Isso? Tony abaixou os olhos, dando um passo para trás. — Eu entendi. — Bom. — Jude respondeu, voltando-se para mim. A superfície de raiva se dissolvendo. — Vamos pegar umas roupas secas. — ele disse, em voz baixa e controlada.

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Assenti

em

aprovação.

Eu

não

sei

como

ele

podia

transformar sua ira e jogá-la fora como se fosse ligado a um interruptor, mas era tanto um dom, como uma maldição. — Hey, Ryder. — um de seus companheiros de equipe o chamou. Um dos que tinham estado nos bastidores e não tinha experimentado uma dose letal da fúria de Jude. Nennhum dos que estavam envolvidos estaria se dirigindo a ele por um tempo. — O que diabos você fez para Hopkins? Jude passou o braço em volta de mim, dirigindo-me para o lado do passageiro da sua picape. — Tranquei ele no seu carro, Palinski! Quando olhei para ele, ele me deu seu sorriso inclinado. — Você não fez isso. — eu disse, sabendo que ele tinha feito. — Inferno, sim, eu fiz. — ele disse, abrindo a porta e inclinando-se sobre o assento para recuperar sua mochila. — E isso não foi toda a vingança que vou fazer contra aquele babaca por hoje. — Eu gostaria de saber? Mexendo o conteúdo de sua bolsa, tirou uma camisa escura de mangas compridas. — Não. Você não quer saber. — Ele respondeu, entregando a camisa de volta para mim. — Mas você vai ver. Colocando a camisa quentinha e seca em minhas mãos, eu assenti. — Aí está algo para apenas sentar e desfrutar assistindo. — Ryder. — disse Tony, limpando a garganta quando ele andou em torno da frente do carro. Ele estava segurando o telefone. — O treinador acabou de ligar. Ele nos quer uma hora mais cedo do que de costume. Eu disse a ele que nos levaria pelo

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menos uma hora para voltar. Ele disse que é melhor que a gente leve nossa bunda para lá rapidamente. — seu rosto era quase uma careta, como se estivesse antecipando um voo da reação explosiva de Jude. — Se o treinador queria que estivéssemos lá uma hora mais cedo, ele deveria ter nos contado isso antes. — Jude respondeu, sem olhar para ele enquanto vasculhava o conteúdo um pouco mais em sua bolsa. — Eu tenho que levar Luce para um café da manhã antes de levá-la de volta para o prédio, então o treinador vai ter que esperar. — Você quer que eu diga a ele qual é a razão para você estar atrasado? — Tony perguntou, nada antagônico sobre ele, apenas sendo honesto, uma questão bondade. — Merda, sim, eu quero. — Jude disse, agarrando minha cintura e levantando-me para a cabine. — Diga-lhe que a minha garota vem antes do futebol. Diga-lhe que o café da manhã da minha garota vem antes do futebol. —voltando o seu olhar para Tony, ele olhou para ele, esperando, — Você precisa que eu coloque isso por escrito ou acha que pode dar o recado? — acrescentou quando Tony só olhou em resposta. — Não. — Ele disse, finalmente, gerenciamento com um pequeno sorriso. — Garota. Café da manhã. E só depois o futebol. — recitou, batendo em sua cabeça. — Acho que eu entendi tudo. Fixando o cinto de segurança sobre mim, Jude bateu a porta do lado do passageiro e deu a volta na frente do carro. Parando na porta do lado do motorista, ele retirou as roupas molhadas sobre a sua cabeça, jogando-as para as árvores. Abrindo a porta, ele se jogou dentro do carro e ligou o motor. Explodindo os aquecedores, ele centrou cada um deles em mim. Eu não tinha

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mais frio, e agora tudo parecia tão grudento e quente, mesmo que o calor no aquecedor não tenha feito seu trabalho ainda. Tinha tudo a ver com o garoto que acabava de sentar ao meu lado, com a camiseta molhada e sorrindo. —O quê? — Ele disse, seu sorriso e elevando quando eu continuei a olhar para ele. Percorrendo meus olhos para baixo dele, fiz toda a minha inspeção por seu corpo, até que parei nos seus olhos cor de prata. Imitei seu sorriso. —Isso sim é que é um bom jeito de se acordar.

Depois de Jude se assegurar que um pequeno café da manhã e um sanduíche de ovo branco e um copo de café quente seria mais do que suficiente para me alimentar, nós paramos na entrada da casa que ele e cinco dos outros caras tinham alugado. Se não fosse pelo homem que eu amava vivendo ali, eu nem mesmo entraria no lugar. Não era totalmente sujo e desprezível, mas estava perto disso, e todo o lugar, não importa se era de manhã ou tarde, fim de semana ou dia de semana, cheirava a roupa suja e sexo. Ele levou uma hora e meia para voltar, depois de Jude fazer várias paradas para comer e tomar café, o que significava que ele já estava meia hora atrasado. Jude não era o único jogador de futebol de toda a faculdade, mas era por jogadores como ele que os treinadores rezavam todos os domingos, então ele sabia que não ficaria de castigo no banco. Mas ele estava em apuros. De algum tipo ou de outro.

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—Eu vou levá-la até o quarto. — ele disse, ainda sem camisa, ainda sorrindo malvadamente aquele sorriso dele. Ter que me sentar ao lado desse homem por aproximadamente 90 minutos, conseguindo manter as mãos longe dele, deveria ter me rendido algum tipo de medalha. Uma grande. —Você tem um jogo para ganhar. — eu disse, beijando o canto de sua boca torcida. — Eu sei o meu caminho. — Cuidado com o degrau. Acho que Ben pode ter dado uma festa na noite passada, enquanto o resto de nós estava fora e você sabe como suas festas são. — ele disse, pegando meu queixo entre o polegar e o dedo. Aproximando-me, seus lábios mal roçaram os meus antes que terminaram na parte de baixo do meu queixo. Correndo os lábios para baixo, seus dentes roçaram a minha pele sensível. E o garoto ainda estava sem camisa, para que eu pudesse testemunhar

todos os músculos que se

tencionavam e rolavam com a sua boca e suas mãos me explorando. Foda-se a medalha, eu merecia mais algo como o Prêmio Nobel da Paz. Estava tremendo quando sua boca me deixou. E eu estava inequivocamente tremendo apenas porque estava sentindo a dor de ser abandonada. Eu sabia que ele estaria estava virando um convencido. Jude adorava a maneira como ele podia me fazer sentir e responder aoque fazia comigo. No entanto, eu estava começando a ficar um pouco cansada de todas as preliminares que conduziam a um completo nada.

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Alcançando a maçaneta da porta, eu exalei, tentando me recompor. — Vejo você daqui a pouco, — eu disse, falhando no teste de me recompor. — Eu vou ser uma das 50 mil pessoas gritando, jogando os braços no ar e exclamando o seu nome. — Você vai ser a única coisa que eu vou ver, Luce. — ele disse, quandodeslizei para fora da porta. Ele me entregou minha bolsa, apoiando o outro braço sobre o volante. Eu queria tirar uma foto para congelar esse momento. Iria me manter quente durante as noites frias de inverno em Nova York, quando eu dormia sozinha na minha cama. — Sim, você meio que é o único que eu enxergo também. — disse. —Mas é principalmente por causa da forma como a sua bunda fica nesses shorts elásticos. Ele bufou. — E eu pensei que esse era o título que cabia a mim, mundialmente falando. — Era, Ryder — esclareci, — Essa é a palavra chave.

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Capítulo 4

P

elo

menos

o

chuveiro

que

Jude

e

Tony

compartilhavam, estava limpo. Pelo menos limpo pelos padrões de bacharel da faculdade.

Levou uma hora e meia de água quente para fazer o trabalho de me aquecer. Eu não conseguia me lembrar se alguma vez já me senti tão bem tomando um banho, especialmente sabendo que esse era o lugar onde Jude ficava totalmente nu um par de vezes por

dia.

Eu

mesmo

encontrei

meus

olhos

se

fechando,

imaginando a cena,enquanto ensaboei meu corpo na sua banheira. Enrolando meu cabelo em uma toalha, escovei meus dentes e entrei em minha calça jeans e no moletom de futebol de Siracusa favorito de Jude. Ele não tinha sido lavado, por isso ainda cheirava como ele. Felizmente, de um jeito bom, – sabão e a homem –, e não do jeito como ele cheirava quando treinava. Escorreguei nas minhas botas antes de sair do banheiro porque Jude não tinha exagerado, o quarto estava uma bagunça. Do tipo que a gente consideraria chamar uma equipe de detetização, apenas para se certificar de que era seguro entrar ali. Eu tive que desviar de obstáculos como garrafas de cerveja, recortes de papelão de mulheres vestidas de biquíni deitadas no chão e um par de boxers. A única coisa que fazia seu banheiro mais limpo de que o resto da casa, era a falta de recortes de mulheres decorando as paredes.

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Fechando a porta do banheiro atrás de mim, eu voltei para o quarto de Jude, e logo freiei meu movimento quase que imediatamente. Este não era o mesmo quarto que eu tinha deixado a 30 minutos atrás. Eu tive que verificar a foto de nós dois decorando a sua cômoda para me assegurar que este era, de fato, o quarto de Jude. O quarto estava limpo, quase brilhantemente limpo. A cama estava feita, e os cantos sequer tinham sido puxados, apertados e dobrados. Não havia um único artigo de roupa decorando o tapete ou qualquer superfície plana, como havia apenas há um tempo atrás. A confusão se foi, mas foi trocada por algo quase tão ofensivo em minha opinião. Papel crepom laranja e branco girava no ventilador de teto para os cantos da sala. Cartazes com letras brilhantes de glitter laranja com o número ‘17’, ‘Vai Ryder!’, ou ‘Syracuse #1’ foram colados pelo menos três para cada parede. Alguém tinha invadido o quarto de Jude para fazer piadinha e ele ia ficar puto quando ele visse. Andando com cuidado por todo o quarto que eu não reconheci, abri a gaveta da minha cômoda e enfiei minha bolsa de higiene para dentro. Jude e eu tentávamos revezar os fins de semana, então eu estava na casa dele todos os outros. Em vez de apenas emprestar-me uma de suas gavetas para as minhas coisas, ele saiu e comprou um armário inteiro só para mim. O gesto me deixou sem palavras. Fechando a gaveta, eu fiz outra investigação no quarto. A nossa foto me chamou a atenção novamente. Tomei alguns passos mais próximos, eu entendi o porquê. Uma linha diagonal rachada aparecia no porta-retrato, cortando Jude de mim quase

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que perfeitamente. Levantei a foto, corri o dedo ao longo da linha, suprimindo o meu tremor. — Sinto muito por isso. Eu me assustei, a foto escapou das minhas mãos e caiu no canto da mesinha de Jude. O vidro rachou mais uma vez, mas não se despedaçou. Claro que eu choraria se eu continuasse a olhar para a foto quebrada em meus pés, eu me virei. E imediatamente fiquei desejando ter permanecido com o olhar no vidro rachado por toda a eternidade. — Eu acidentalmente derrubei-o mais cedo, quando estava limpando. — a menina alta e magra em um alegre uniforme laranja e branco deslizou em torno do quarto de Jude dizendo, sem olhar para mim. — Quem é você? — perguntei desnecessariamente, cruzando os braços. Eu já sabia. — Adriana. —ela disse,não me oferecendo nada mais, ela carregava um cesto de roupa cheio de roupas dobradas e colocou sobre a cômoda de Jude. — Você sabe, ninguém é permitido no quarto do jogador antes do jogo, exceto por sua irmã de Espírito. — ela disse, abrindo a gaveta de cima antes de começar a empilhar as cuecas de Jude lá dentro. Duas emoções me bateram assistindo Adriana Vix – uma menina que era duas vezes o meu tamanho e duas vezes mais bonita do que eu, – pegando toda a cueca limpa do meu namorado e montando camadas delas. Havia raiva, – pura e crua, – provavelmente do tipo que Jude sentia. E havia algo que

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apertou minha garganta e o coração, sentindo como se ambos pudessem se quebrar. — Eu sou a namorada dele. — respondi, tentando deixar a raiva falar. — Estou autorizada a estar aqui qualquer hora que eu quiser. Você pode sair por ai, — apontei para o cartaz — Número 17, se você não acredita em mim. E que porra é ‘irmã de Espír’to'? Além do óbvio, é claro. — terminei, avaliando-a antes de enrolar o meu nariz. Ela era de pele acobreada, de cabelos escuros, e tinha esses olhos verdes cor de grama que quase brilhavam contra o contraste da sua pele escura. Suas pernas eram tão longas, a saia, parecia mais uma calcinha do que uma saia, e como Tony tinha tão ardentemente colocado, ela tinha peitos enormes. E, aparentemente, não tinha nenhum problema em deixar o mundo conhecer seus seios, em um nível de não deixar nada para a imaginação. — Cada uma das líderes de torcida é atribuída a um dos jogadores de futebol. Só para os melhores, claro, porque não há número suficiente de nós para cobrir todos eles, então qual é o ponto para esperarde qualquer maneira? — Ela explicou, deslizando a gaveta de Jude fechada e passando para a segunda de baixo. Camisas dobradas e selecionadas por corres, de forma codificada, — Sou a capitã da minha equipe e Jude é a estrela da equipe. É óbvio que fomos designados um para o outro. — Ela disse, sorrindo para as camisas limpas de Jude. Era impressionante como os cabelos escuros brilhantes dessa garota estavam apelando para serem arrancados. Eu mesma reconheci que haveria consequências, possivelmente até mesmo uma noite na prisão. E eu não me importava.

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— Obviamente. —brinquei, estreitando os olhos enquanto ela se mudou para a próxima gaveta, empilhando os três pares de calças de Jude. — Então o quê? Como irmãs de Espírito, vocês começam a limpar seus quartos, lavar as suas roupas, cozinhar brownies, e outros cinquenta tipos merdas de dona de casa? — Ah, lá estava ele. O temperamento que eu precisava para me exaltar e não engasguei com minhas palavras diante desta Barbie exótica. Virando-se, ela deixou cair o cesto de roupa vazio no chão. — E qualquer tipo de outras necessidades que possam ser resolvidas. — ela disse, seu sorriso contando a história toda. Senti meus punhos formigarem, preparando para o impacto. Eu ainda não tinha estado em uma briga de garotas, mas senti isso vindo, ainda mais forte. — Ouça, Adriana, não é? — falei, dando a volta ao pé da cama de Jude, de pé, tão alta quanto eu podia. Ela ainda era um pé e meio mais alta do que eu. — Eu conheço o jogo que você está jogando. Eu já o vi um milhão de vezes diferentes e de um milhão de maneiras diferentes. Mas deixe-me lhe poupar o suspense sobre o resultado deste pequeno jogo que você está tentando manipular. Dei mais um passo para frente, cruzando os braços, porque eu não confiava neles, eles podiam pensar por conta própria e aterrar um soco direto entre seus bonitos olhos verdes. — Você vai perder. Jude está comigo e eu estou com Jude. Fim de história. Você pode perguntar a ele, se precisar de maiores explicações. Os lábios de Adriana se franziram por um momento antes de se achatar de volta aquele sorriso de cera. — Você não lava a

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roupa dele, não limpa seu quarto, todos nós sabemos que você não deu para o cara, então... No que você é boa para ele? Um homem tem necessidades. Ele pode ser seu hoje. Mas o que dizer sobre o amanhã? — ela se inclinou em sua cômoda, seus dedos brincando com o canto dela. Eu não queria seus dedos correndo sobre qualquer coisa de Jude daquele jeito. — Tudo bem, deixe-me colocar isso na língua dos idiotas, — eu disse, juntando os dedos embaixo do meu queixo. — Fique longe de Jude ou eu, figurativamente e literalmente, vou chutar o seu traseiro. E vou fazer isso sorrindo. — acrescentei, encerrando o assunto. Arqueando uma das sobrancelhas, a mais meticulosamente esculpida que eu tinha visto, Adriana estalou a língua. — Você quer saber o que aconteceu com a última garota que esteve no meu caminho? Não realmente, mas eu não pude resistir. — O quê? Ela levantou um ombro, deslizando através do quarto, em direção à porta, com aquelas malditas pernas intermináveis. — Eu não sei. Nunca mais ouvi nada sobre ela depois que eu consegui seu homem. — ela disse, olhando de volta para mim. — Ela se afogou, assim que apareci. É melhor que você saiba nadar muito bem, se for contra mim. Esta cadela teve sorte que eu estava a deixandopartir em paz. — Como a porra de um peixe.

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Até a hora em que caminhei entre os milhares de fãs para chegar ao lugar guardado para mim a cada jogo em casa, a minha raiva e ódio de Adriana não tinha esmaecido nem um pouco. Eu sabia que tinha a Srta. Vix nos meus ombros, e aquela briga de garota que eu venho ensaiando pelos últimos 18 anos, estaria finalmente dominando minha cabeça. Descendo

de

lado

a

linha

da

frente,

equilibrando

cuidadosamente a minha pipoca e chocolate quente, encontrei um rosto familiar no assento ao lado da minha frente e um no centro. — Ei, você! — Holly gritou acima da multidão para mim, pegando a pipoca de mim para que eu pudesse me sentar. —Achei que você não poderia aparecer. —respondi, dandolhe um abraço de lado antes de tomar o meu lugar. Syracuse ainda tinha que entrar em campo, mas restavam apenas segundos de distância, a julgar pelo volume de estourar os tímpanos que estavam fazendo. Jude estava prestes a conduzir os garotos para o meio do campo, para a loucura de milhares que estava aqui, que estariam vendo a malha de seus shorts se esticarem a cada passo, destacando cada músculo que merecia ser destacado e... Bem, essa era uma visão que eu nunca queria perder. Mantendo meus olhos fixos na equipe no final do túnel, cutuquei a perna de Holly. — Sua mãe concordou em cuidar do pequeno Jude por uma noite? — Isso vai me custar algumas coisas, além de que tive que concordar em ajeitar seu cabelo de graça por um ano, mas, sim, ela concordou. Além disso, eu tive que fazer permanente em uma dezena de velhinhas na casa de repouso na cidade para pagar a

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passagem aérea, — Holly disse, jogando um pedaço de pipoca na boca. — Esta é a minha primeira noite fora e, a julgar pela falta de entusiasmo de mamãe para ficar com seu único neto, esse provavelmente vai ser o meu último por um tempo, por isso estousoltando os cabelos hoje à noite, menina. — enredando os dedos por seus cabelos, Holly o despenteou, então jogou a cabeça para frente, dando-lhe uma chacoalhada. — E isto é um aviso. — ela acrescentou, quando balançou a cabeça para cima. Seu longo cabelo loiro tinha alcançado apenas uma polegada e meia de altura. — Apenas certifique-se de usar um preservativo desta vez. — falei, sorrindo para ela de lado. — E não invente de procurar alguém que pareça remotamentecom Sawyer Diamond. —Isso não é engraçado. — disse, empurrando meu braço. —Como está o Sr. Diamond?

— perguntei, não me

importando realmente, mas achando que ela tinha alguma fofoca nova, já que viviam em uma cidade onde todo mundo se conhecia além de negócios. — Não sei. Não me importo. — Ela respondeu. — No entanto, fico feliz acada vez que um de seus amigos gosta de um belo pedaço de bunda, e eu sei que ele está tendo sorte com nada mais do que o lado macio de sua mão. Eu ri, segurando o meu chocolate quente. Ela tomou-o, lançando um sorriso em meu caminho. Depois de aprender que ela não era o amor de Jude, eu era capaz de olhar para Holly com uma luz neutra. E eu aprendi a gostar dela. Muito. Nossos olhares não eram a única coisa semelhante sobre nós duas, nossas personalidades eram tão

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similares que, muitas vezes, ela dizia exatamente a mesma coisa que eu estava prestes a dizer. Holly apenas era mais corajosa. Onde eu era covarde demais para fazer, Holly fazia sem pensar duas vezes. Era um traço que eu queria aguçar. A equipe visitante entrou em erupção de seu túnel, recebido pelas vaias e gracejos de quase todos no estádio. Até mesmo Holly se juntou, arremessando algumas peças de pipoca para o campo. E então as bandeiras laranja e branca começaram a se agitar, seguidos por uma pirueta de costas, enlouquecendo os expectadores todos. No começo, eu odiava essa coisa, essa entrada no túnel. Eu não precisei consultar o número no peito para identificá-lo quando ele correu para fora do túnel. Jude tinha uma determinada marca de arrogância, que mesmo correndo, eu seria capaz de identificar, nem que se passasse 50 anos. — Eu juro que aquele homem pode ser arrogante até dormindo. — gritei para ela. —Sim, mas a arrogância de Jude se justifica, não é manipulação. Ele se move como se soubesse exatamente que tem o poder de jogar a cabeça de todas as mulheres para trás na cama. E, bem, ele sabe. — ela disse, inclinando o chocolate quente de volta. —Sim, ele sabe. — murmurei, perdida no mar de ruído. O estádio foi à loucura, gritando, cantando, e curvando-se quando seu herói levou a sua equipe para o campo. Em apenas dois meses jogando pela faculdade, Jude já tinha se tornado uma lenda. Ele jogava em um nível totalmente diferente do resto dos

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meninos da faculdade. Ele jogava como se ele fosse um deus. E seus fãs o adoravam, acompanhando a ideia. Atirando-me no meu lugar, agarrando Holly comigo, eu saltava e gritava, fazendo o meu melhor. Tanto, que eu já me sentia rouca quando Jude tomou o seu lugar à margem, bem na minha linha de visão. O treinador estava falando com ele, mas Jude olhou para trás, seus olhos me encontrando imediatamente. Esse era um dos benefícios de conseguir o assento central na frente para a sua namorada, eu suponho. Ele acenou para Holly, então piscou para mim, que eu respondi com um beijo no ar. Seu sorriso aumentou antes de voltar sua atenção ao treinador. — Esse homem tem uma bunda digna de olhar, e parece como se estivesse dizendo por-favor-me-agarre. — Holly disse, olhando um pouco sonhadora à parte traseira de Jude. Eu teria ficado com ciúmes se tivesse sido qualquer uma, mas era a melhor amiga de infância de Jude. Holly, e só Holly, poderia fazer uma observação honesta sobre a bunda de Jude sem ter uma namorada

ciumenta

sobre

ela,

Quero

dizer,

isso

definitivamente manteria uma garota presa na cama. — Holly acrescentou, mastigando um pedaço de pipoca. Um flash de calor foi liberado nas minhas bochechas, assim que eu visualizei a imagem. Como se pudesse sentir dois pares de olhos devorando seu traseiro, Jude deslocou seu braço para trás e deu um tapa em sua bunda, e depois me jogou um sorriso rápido por cima do ombro, antes de se amontoar com alguns de seus iniciantes. Jude Ryder era de todos os tipos cruel.

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— Então. — Holly começou, me dando cotoveladas, — Vocês...? Fiquei encarando ela de lado. —Oh,

isso

foi

um

maldito

‘não’.—

ela

murmurou,

escondendo o sorriso atrás da xícara de chocolate quente. Eu assisti quando Jude e os caras entraram em campo. O número 23 me chamou a atenção. Onde esteve estampado “Hopkins” durante a temporada inteira, hoje tinha a palavra “Idiota” escrito em preto em um pedaço de fita adesiva. Jude levou sua vingança a sério. —Bem, não foi por falta de tentativa. — eu disse, virando-me no meu lugar para ela. Eu estava confortável falando com Holly sobre a aparente incapacidade de Jude para dormir comigo, porque Holly era a epítome da imparcialidade. Eu duvidava que mesmo que eu confessasse à ela um fetiche por chupar os dedos do pé, ela nem ao menos teria levantado uma sobrancelha. — De minha parte, pelo menos.— acrescentei. — Você sabe que não é porque ele não quer, certo? — Eladisse, olhando para mim. — Porque o homem te quer tão arduamente que está prestes a explodir em suas calças. Ele apenas está decidido fazer essa coisa toda certa por você. Ele não quer estragar qualquer coisa, e se você for Jude, você acredita que estragar coisas está na sua natureza. — Ela fez uma pausa, mordiscando um pedaço de pipoca quando Jude se alinhou atrás de sua linha ofensiva. Eu pulei com o resto dos fãs. — Basta darlhe algum tempo.

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— Se passar tempo demais eu vou implodir e aí, se é certo ou não dormir comigo, já não fará diferença alguma. — respondi, prendendo a respiração enquanto Jude se agachou na posição. —Querida, eu sei como é. —Holly disse. — Esta égua foi levada para o pasto só antes da chegada do pequeno Jude. —Deus, Holly. — Eu disse, quase engasgando com o meu grão de pipoca, mas então a bola subiu no centro e eu congelei. Jude driblou para o lado, depois para o outro, arqueando as costas quando Tony se dobrou pelo campo. O braço de Jude se turvou, a bola arqueando em um espiral digno de elogio, até que pousou nos braços de Tony, embalados no número 15. A multidão explodiu, pom-poms tremendo, as mãos de espuma saltando, cantando fanáticamente, e isso era mais intenso do que qualquer show de rock que já fui. — Porra! — Holly gritou para mim, depois de assobiar entre os dentes, — Esse menino não é só uma bunda linda. —Ele sabe jogar. —

eu disse,

enfatizando de modo

insuficiente. — Bunda linda é apenas um título honorário. Holly disse algo de volta, mas Jude voltou para sua posição e eu fiquei atenta ao jogo. Desta vez, logo que Jude pegou a bola, ele

correu.

Esquivando-se

de

um

par

de

jogadores

que

apareceram em sua frente, ele desbravou um caminho passando pela linha de10 jardas, passando pela de5 jardas, e os últimos metros estavam abertos. E nós estávamos liderando o placar, com seis pontos em menos de um minuto de jogo. E eu sabia que esses pontos eram quase todos graças ao número 17, Jude Ryder.

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Pulei e gritei para o campo. Holly estava gritando também, mas suas frases eram recheadas por ‘Bunda linda’, mais do que qualquer outra comemoração em relação ao jogo. Jude deixou a bola cair na zona final, sem fazer qualquer teatrinho durante sua marcação de touchdown. Na verdade, ele só fez brincadeirinhas em seu primeiro jogo. Deve ser porque cansa ficar fazendo isso tantas vezes por jogo, além do mais, depois de um tempo, perde a graça. Mesmo assim, havia uma certa tradição no primeiro touchdown que ele marcava na partida, e essa ele não tinha deixado morrer. Eu já estava debruçada sobre o parapeito antes mesmo de ele passar pela linha das 10 jardas. E parecia que todo o estádio já estava me olhando, porque se algum deles já veio assistir a algum jogo, já sabiam que Jude Ryder estaria saindo de seu capacete. E também sabiam para quem ele estava sorrindo. Eu nunca fui do tipo de fazer uma cena ou demonstrações públicas de afeto, mas quando se tratava de Jude, eu apenas aceitava o que quer que ele queira me dar. Não importa se estivéssemos sozinhos ou sob o foco de milhares de fãs enlouquecidos. Quando estávamos olhando para o outro do jeito que estávamos agora, tudo ficava no esquecimento. Batendo

com

os

ombros

através

de

tapas

de

seus

companheiros de equipe nas costas quando ele passou, ele deixou cair o capacete antes de saltar para o ar. Suas mãos se agarraram ao parapeito e, fazendo um movimento de lado, ele selevantou. Inclinando-se mais longe, eu sorri para o seu rosto suado. — Exibido. — sussurrei, tão perto que quase podia provar o sal de sua pele.

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Seu sorriso se curvou com superioridade. — Venha aqui. — ele ordenou, baixando os olhos para os meus lábios. Baixando a minha boca para a dele, eu provei o suor salgado de sua pele. E então o beijei. A multidão explodiu novamente, amando o show que seu quarterback estava dando. Mas não estávamos fazendo isso por eles. Isso, nós fazíamos por nós. Tudo o que fazíamos como um casal, fazíamos por nós. Ele não me deixou fugir quando me mexi. Em vez disso, conseguiu manter-se segurando no parapeito apenas com um braço, enquanto o outro pegou a parte de trás do meu pescoço e me puxou de volta para ele. Ele me beijou mais forte, então eu não podia respirar e o estádio estava girando e, como esperado, com exceção de Jude, tudo desapareceu. Eu estava total e completamente me derretento por ele. Então, inclinando-se para trás, pressionou um último beijo doce em meus lábios. — Meu Deus, Luce. — ele respirou, o calor dele revestindo meu rosto.— Como um homem deveria se concentrar em futebol depois disso? — Boa sorte com isso. — respondi, minha voz cambaleando como eu tinha imaginado que estaria. — É melhor que venha mais desses depois do jogo. — Ele disse, piscando um sorriso travesso quando ele se abaixou. — Muitos outros. — eu disse para ele. — Ryder! — O treinador gritou acima do barulho, — Eu com certeza sei que você não se importa de fazer papel de bobo, mas desista de fazer um tolo de mim e do resto da equipe! Acalme seu pau e mantenha o foco!

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Jude revirou os olhos para mim antes de se virar e voltar para a linha lateral. —É bom ver você também, Jude! — Holly gritou, cruzando os braços e olhando positivamente mais a frente. Girando, Jude estendeu os braços. — Você sabe que eu te amo, Hol! — Sim, sim.— ela murmurou, acenando. E então uma deusa bronzeada colocou-se no caminho de Jude, as mãos nos quadris e dando-lhe um olhar que me fez ver o vermelho mais uma vez. Ela disse alguma coisa, mas eu não conseguia ouvir o quê. Embora eu soubesse que sefosse uma leitora de lábios, eu teria sido capaz de atirar-me sobre o parapeito e batido naquele sorriso sugestivo em seu rosto. Jude assentiu em reconhecimento, descendo para recuperar seu capacete. Adriana se moveu mais rápido, agarrando o capacete e balançando-o para fora de seu alcance. Jude estendeu a mão para ele, mas ela se esquivou dele, levantando mais. O rosto de Jude não estava divertido, e o meu estava enfurecido. Essa garota recorria a artifícios infantis para chamar a atenção de um menino. Isto era fraco. E patético. Estendendo

o

braço

novamente

para

ele,

Adriana

o

contornou, pendurando-o fora do alcance de Jude. Ele fez uma pausa, pendurando as mãos nos quadris, e soltou um suspiro. Pareceu que ele disse, por favor, e ela balançou a cabeça. Então, seus olhos pousaram em mim antes de ela bater o dedo em seurosto. Ela esperou, segurando o capacete dele, certificando-se de que eu estava olhando para ela. Eu estava.

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Então, quando Jude se inclinou e lhe deu um beijo no rosto, ela chegou a testemunhar a tempestade que nublou o meu rosto. Abaixando o capacete, ela entregou-o de volta para ele, mas não antes de levantar uma sobrancelha para mim e estabelecer um sorriso vitorioso em seu lugar. — Quem é essa puta? — Holly disse, soando tão furiosa quanto eu. Encarando-a, mesmo depois que ela já tinha ficado de costas para mim e agora olhava o resto de suasirmãs de Espírito, eu planejei a minha vingança. — Ela está prestes a ser uma puta morta.

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Capítulo 5

-V

ista isso. — Holly me ordenou, jogando um pedaço de pano vermelho no meu caminho. Eu o agarrei antes que ele caísse na minha

cara, eu o segurei na minha frente. Era tomara que caia, justo ao corpo, com o comprimento de um vestido até o joelho. — Por quê? — perguntei. Em um mundo de homens, isto era considerado sexy. No mundo das mulheres, era considerado inútil. — Porque você vai ganhar dessa Vadia Vix em seu próprio jogo. — ela zombou, desdobrando um vestido branco justo, que era consideravelmente mais curto que o meu. — Vadia Vix. — eu repetia quando deslizei o moletom de Jude sobre minha cabeça. — Eu adoro o som de como isso rima, o adjetivo parece realmente combinar com o nome. — Isso é porque as ancestrais dela serviram de inspiração para a criação do termo ‘Vadia’. Eu ri enquanto lutava para retirar meus jeans skinny do corpo. Estava feliz que Holly estava aqui. Ela não fez nada além de segurar a minha mão pelo resto do jogo que o Syracuse ganhou, graças a Jude Ryder, que fez um total de sete passes para a linha final

neste jogo.

Entre encarar a Adriana,

mentalizando buracos negros em sua cara, e gritar a plenos pulmões a cada passe concluído que Jude jogava, eu estava completamente drenada de energia.

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— Que horas são? — perguntei quando Holly mandou uma mensagem para alguém em seu telefone. — Hora de você por a sua bunda neste vestido e mostrar a Vadia Vix que a vingança é um prato melhor de ser servido pelo lado quente de Lucy. Eu suspirei e entrei no vestido. —Apenas se apresse ok? A rua já está repleta de carros e a equipe vai estar chegando em breve. Você quer estar lá embaixo quando Jude aparecer, até porque você vai ser a única coisa que ele vai ver naquele lugar. — Holly disse, se arrastando para fora de suas próprias roupas e deslizando para dentro do vestido branco. Era uma tradição da equipe que a casa de Jude recebesse os jogadores em casa após as partidas. Nunca havia escassez de mulheres e álcool, e as inibições ficavam sempre em falta, portanto, era o momento de ser selvagem e poderia ser aproveitado por todos. A última festa que a equipe tinha hospedado aqui há algumas semanas, Jude e eu acabamosnos escondendo em seu quarto escuro, nos acariciando aos montes. Eu ficaria mais do que bem com uma repetição daquela noite. Amarrando o laço atrás de seu pescoço, Holly jogou um saco de cosméticos na cama de Jude e começou a peneirar o seu conteúdo. Pegando alguns tubos, ela marchou para mim, empunhando-os como se fossem armas. — Fique quieta. — ela ordenou, destapando o que eu imaginei que fosse delineador preto. — Me obrigue a isso. — brinquei, mesmo sabendo que discutir com a Holly seria inútil.

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— Não pense que eu não vou. Eu cedi com um suspiro, fechei os olhos e deixei que ela fizesse seu trabalho. A menina delineava, mascarava, e brilhava em menos de um minuto. Ela tinha um dom. — Qual tamanho de sapato que você usa? — Ela perguntou, correndo de volta para a sua mala enquanto eu batia os dedos nos meus lábios. — Trinta e sete. —Ah, perfeito. — pegando um par de sapatos pretos envernizados de sua bolsa, ela jogou-os no chão aos meus pés. Eu tentei correr o meu pé para dentro de um, mas não ia. Olhando para baixo para o tamanho, eu entendi o porquê. — Estes são trinta e seis. — eu disse, admirando minhas botas, ou talvez ficar descalça, fosse a minha melhor opção. —E daí? — ela disse, colocando um pouco de gloss cor de rosa nos lábios. Como isto não estava fazendo sentido? — E daí que este é um número menor. —soletrei para ela. —Beleza é dor, queridinha. — ela disse, tirando um par de saltos de tiras pratas de sua bolsa e os calçando. — Coloque esses sapatos sexys e supere isso. —Eu deveria tentar argumentar novamente? — perguntei, apertando os dentes enquanto tentava colocar o meu primeiro pé no sapato pequeno, orando que algumas horas usando isso hoje a noite não afetasse a minha dança por algumas semanas a frente.

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— Você poderia. — ela disse, jogando a cabeça para frente novamente e alisando as raízes. — Mas seria um desperdício de tempo. — Eu achei mesmo que seria. — murmurei, me preparando, enquanto deslizava meu outro pé no último par do sapato. — Ok, deixe-me dar uma olhada em você. — ela disse, deslizando um brinco de candelabro prata em seu ouvido. Ela me estudou, como um pintor inspecionava sua obra-prima, e um sorriso fez um caminho lento em seu rosto. — Tire a sua roupa íntima. — O quê? — perguntei, eu nunca estava preparada para a próxima coisa que saia da boca de Holly. — Não! — Tire. Elas. Fora. — ela repetiu, deslizando o último brinco no lugar. — Você que tire as suas para fora. — eu joguei de volta como uma criança insolente. Seu sorriso se alargou. —Eles já estão fora, baby. Estremeci. — Holly. — falei, — Eu não estou tirando a minha calcinha. Fim da história. — Oh, sim, você está. — ela disparou de volta. — Fim da história. Eu abri minha boca para jogar a bola de vôlei de volta, mas não saiu nada. Era difícil fazer um argumento lógico contra este tipo de insanidade. — Lucy, se você quer esfregar o rosto perfeito da Adriana Vix em sua própria pilha de merda, você tem que ter muitos truques

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na sua mochila, assim como ela faz. Porque eu conheço o tipo dela e elas jogam sujo. E elas são pequenas e implacáveis putas. Marchando sobre mim, ela bateu os punhos nos quadris. — Truque número um: você é muito sexy. — ela começou, agitando as mãos no meu vestido. — Truque número dois: você vai ficar olhando para os lados, a qualquer momento que ele olhar para você. O truque número três: você vai ser graciosa e simpática com todos os caras ao seu redor e isso irá deixá-lo louco. — Holly não deve ter experimentado a ira de Jude se ela achava que qualquer cara dentro do estado iria fazer um movimento para mim com Jude na mesma sala.— E truque número quatro, — ela balançou as sobrancelhas para mim. — Adriana estará pendurada em um dos braços de Jude, e você será aquela vai colocar uma calcinha na palma da mão dele e sair. Para uma pessoa louca, ela fez muito sentido. Ela esperou enquanto eu trabalhava tudo isso na minha cabeça. Finalmente, aceitando que ela pensou isso e qualquer plano era melhor do que nenhum plano, eu coloquei o meu vestido e passei a calcinha pelas minhas pernas. Obrigada aos fabricantes de calcinha, eu tinha selecionado um par minúsculo, que iria deixar Jude louco. Eu a tinha em meu punho e segurei na frente dela. — E onde é que eu vou mantê-la enquanto espero o momento perfeito para colocá-la na mão dele? Ela não tinha pensado em tudo. Revirando os olhos, como eu não soubesse fazer nada direito, ela pescou a calcinha da minha mão e colocou-a entre o meu decote.

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— Aqui. — ela disse, arrumando meus seios. — Você está pronta para ir. — Que bom que você está aqui, Holly. — eu disse, passando os dedos pelo meu cabelo e tentando fazer aquele movimento que ela sempre fazia, de bater os cabelos. — E obrigada por me deixar paranoica que eu estou prestes a perder meu namorado para um tipo como Adriana Vix. — Não é isso o que eu estou dizendo, Lucy Larson. — ela disse, parecendo ofendida. — Eu sei o que Jude sente por você. Esse tipo de amor louco é mais profundo, baby. Ele não vai a lugar nenhum. — abrindo a porta de Jude, ela acenou. — Não é com ele que eu estou preocupada. É com a Vadia Vix. Esse tipo de melhor tem um jeito de manipular os homens e, antes mesmo que eles percebam suas calças já estão nos tornozelos. Elas são perigosas, então, quanto mais cedo você mostrar que ela não está colocando suas garras em volta do seu homem, mais cedo ela pode passar para o próximo par de calças que quiser rasgar. Eu puxei uma respiração. Eu precisava disso. — Tudo bem, vamos fazer isso. — Este é o espírito. — ela disse, batendo nas minhas costas enquanto eu passava por ela. — Hora de deixar o Jude louco. A música começou a bombar quando passamos no corredor. Claro que era algum hip-hop bem ruim, que fazia as tábuas do assoalho vibrarem. — Eu sei que você tem uma diva em você, Lucy. — Holly disse enquanto dobrava o corredor para as escadas. — Mas hoje, eu preciso de você deixe a diva livre. Que ela seja tudo o que pode ser. Entendeu?

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— Entendi. — eu disse, examinando a sala que já estava duas vezes mais lotada do que a capacidade máxima e o time de futebol não estava nem aqui ainda. Fazendo nosso caminho através da multidão de corpos, eu vi que a reforma improvisada de Holly foi eficaz. Cada macho dentro de um raio de corpos virou-se para assistir enquanto nós passávamos. — Ei, idiota! — Holly gritou atrás de mim. — Mantenha as suas mãos para si mesmo, a menos que você queira que eu corteas fora enquanto você dorme! O infrator levantou as mãos e se afastou. Então, talvez ela tivesse sido um pouco eficaz demais. — Aqui está bom. — ela gritou acima da música, agarrando o meu braço e me puxando para uma parada. — A primeira coisa que Jude vai ver é você, assim que ele entrar por aquela porta. —Você realmente pensou sobre isso. — eu disse, tentando me

convencer

que

o

cara

ao

meu

lado

não

estava

propositadamente se esfregando contra mim. — Localização, localização, localização. — ela citou, alisando meu vestido para baixo antes de levantar meus seios mais alto. A boca do cara por trás de Holly caiu. — Pare com isso. — eu exigi, enxotando as mãos que estavam agora moldando meus peitos na posição. — Tudo bem. — ela disse, dando-lhes um empurrão final. — Basta lembrar. Uma diva para matar todas as divas. E deslize aquela calcinha na mão dele na primeira oportunidade antes que Vix tente alguma coisa.

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Eu balancei a cabeça em reconhecimento. Diva, diva, diva. Pensar como uma diva, agir como uma diva. Diva é um estado de espírito. Meu encorajamento mental para mim mesma não estava ajudando, então decidi colocar um pouco de teoria diva em prática. Virando-me para o cara ainda se esfregando contra mim, eu trabalhei um meio sorriso no rosto. Olhando para ele através de meus cílios, vi que tinha conseguidosua atenção. — Como está quente aqui. — eu disse lentamente, um pouco sugestivamente. Lentamente os olhos do menino se arregalaram, eu quase podia ver o pulso acelerando em seu pescoço. — Com certeza está. — ele respondeu, aproximando-se e descansando a mão na minha cintura. — Eu poderia ter alguma coisa para me refrescar. — cruzei um braço sobre minha barriga, escovando outro lado para cima e para baixo do meu outro braço. Os cantos de seus olhos alinhados assistindo o carinho dos meus dedos na minha pele. Molhando os lábios, ele chegou mais perto. Perto o suficiente para saber que eu... Uhu, atingi a marca. — Acho que estou pronto para o desafio. — eledisse,um lado de sua boca curvando-se. —Hey, Sr.Convencido.— Holly rebateu. —Ela quer dizer uma bebida. Uma bebida fria. Balançando a cabeça, ele limpou a garganta e deu um passo para trás. — Oh, sim. — ele disse. —Claro. Eu vou buscar. — Lançando um olhar como se aquele tempo longe de mim fosse machuca-lo, ele começou a rasgar no meio da multidão, em direção à cozinha.

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—Você é inteligente o suficiente para saber que não deve beber qualquer coisa que ele lhe der, certo?— Holly disse, enquanto observávamos o menino ir em frente. — Sim. — eu respondi, balançando a cabeça. — O quão diva isso foi? — Você tem talento natural. — ela disse, me cutucando. — Mantenha o bom trabalho. A música chegou a um fim abrupto, alguns instantes de silêncio, saturando o ambiente antes das primeiras batidas de Eye of the Tiger fazer a sala tremer. E se os jogadores não estavam convencidos de que eram heróis por aqui, com toda essa cantoria, eles ficariam. — Hora do Show. —Holly disse, empurrando-me. —Você vai parar de me bater com os cotovelos? — Eu assobiei para ela. —Estarei parecendo um dálmata roxo quando você for embora amanhã. — Oh, cresça. — ela murmurou, concentrando-se na porta da frente quando ela disparou aberta. — Diva. —acrescentou . —Pirralha. —Ooooh. Arrase. — ela brincou, dando uma cotovelada em mim novamente. Desta vez, me esquivei da cotovelada por pouco. O kicker6, Kurt ou Kirk, foi o primeiro a atravessar a porta, uma das líderes de torcida, sem dúvida, a sua irmã de Espírito, pendurada em seu cotovelo. Logo atrás do K alguma coisa, Tony entrou, com uma loira de salto baixo em seu braço. 6

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Posição de jogador de futebol.


Os jogadores nunca tinham chegado dessa forma antes, Jude geralmente vinha pelo primeiro pela porta, gritando alguma obscenidade, antes de lançar-me sobre seu ombro e nos levar para um lugar tranquilo, onde pudéssemos ficar sozinhos. Eu sabia exatamente o que e quem era a responsável pela mudança na entrada. E era Adriana Vix. A Vadia Vix. — Certo, Lucy, entre em posição. —Holly disse, arrastandome na frente da porta. — Essas garotasjá estão chegando requebrando com tudo. — Não me diga. — eu disse, balançando a cabeça quando o desfile continuou. Eu não estava segurando a minha respiração por Jude, eu sabia que ela estava guardando a sua entrada para o grand finale. — Aqui, incline seu quadril assim. — Holly instruiu, arrastando-me para o lado do sofá velho com uma mesa caindo aos pedaços que tinha sido danificada com água. Em pé na minha frente, ela posicionou meu quadril, onde ela queria, em seguida, agarrou a minha mão. — Mão no quadril, pés cruzados à altura dos tornozelos. — ela se agachou, ajustando-os. Voltando para seu lugar, seu olhar encontrou o meu com um grau de seriedade endurecido. — Quando ele entrar, e seus olhos cairem sobre você, eu quero os seus olhos emanando inocência. E eu quero a sua boca aberta só um pouco, como se faz durante um orgasmo. — Apertando as mãos sobre meus ombros, ela niveloume com mais uma olhada. —Entendeu? —Claro.

eu respondi,

porque

não

havia

qualquer

momento para esclarecimentos. Eu podia ver o topo da cabeça raspada de Jude subindo as escadas da frente. A cabeça de

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cabelos escuros brilhantes balançando a alguns centímetros abaixo. — Coloque um prego no caixão dessa puta. — Holly disse, dirigindo seu punho em sua mão antes de desaparecer no meio da multidão. Mesmo obscurecida por uma massa de corpos, Jude se movendo para a sala fez meu coração acelerar. Mesmo com aimagem de toda fantasia masculina colada ao seu braço, ele fez minhas pernas enfraquecer. Como eu esperava, Adriana estava radiante enquanto caminhava e, ao que parecia, esta era sua própria passarela de Miss América. Eu ficaria honrada em acrescentar algumas lágrimas aos olhos, se ela não afrouxasse seu aperto no braço de Jude. Saltando para a sala como se fosse a estrela da noite, ela acenou para a multidão enquanto o coro bateu palmas pela sala. Ela estava usando um simples, curto, vestido colorido turquesa que fazia sua pele quase brilhar em seu bronzeado. A multidão estava cantando, — Ry-Der. Ry-Der. Ry-Der.— e meu coração estava batendo duas batidas em uma sílaba. Ele tinha mudado para uma confortável camisa branca de gola V e calças jeans escuras que pairavam fora de seus quadris, finalizando com seu par de sapatos gasto da Converse. Mais de um ano juntos, e o homem ainda podia fazer meu estômago apertar só de olhar para ele. Quando Jude e Adriana brilharam no meio da multidão, começou o show, abrindo caminho para onde eu estava encostada na mesa ao lado do sofá caindo aos pedaços, mão no quadril, olhos e boca prontos para realizar os pedidos, quando ele

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olhou para o meu caminho. Holly não poderia ter me colocado em uma localização melhor. Os olhos de Adriana pousaram em mim primeiro, e seu rosto se desfez em um sorriso enquanto sua mão enrolava mais no antebraço musculoso de Jude. Mas eu não me desviei do plano, – resistindo à vontade de sorrir de volta para ela e minha força de vontade para pegar em espadas. O olhar de Jude não só moveu para mim, – ele derrapou por mim. Parando em seu caminho, ele me segurou em seus olhos. Ele sequer piscou. — Uau. — ele murmurou, correndo os olhos pelo meu corpo. Inalando pelo nariz, empurrei os músculos que apertavam no meu estômago, provocados pela maneira como ele estava olhando para mim. Abrindo os olhos mais amplos, pisquei-os lentamente, infundindo tanta inocência quanto eu era capaz neles. Então, mordendo meu lábio inferior sugestivamente, eu separei a minha boca exatamente como eu imaginava que Holly queria. Jude apenas vacilou no lugar. A carranca de Adriana se aprofundou, com uma forma de rara indignação. Eu devia a Holly este grande momento. Se desfazendo da aderência mortal de Adriana, ele cortou o resto da sala em minha direção. Adriana bateu as mãos nos quadris, parecendo um terremoto longe de explodir. Foi uma bela visão. Mais ainda, foi ele sorrindo para mim quando empurrou o resto da multidão, movendo-se tão rápido quanto pôde. Pisando

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na minha frente, seus olhos estavam brilhando em piscinas de prata. —Porra, Luce. — ele disse, parecendo sem fôlego, avaliandome com os olhos. Olhando-me com o entusiasmo e antecipação de desembrulhar um presente. Eu não tinha palavras para o homem que estava em pé diante de mim, adorando-me com tudo o que ele era. Achatando minhas mãos sobre seu peito, eu pressionei-me contra ele. Sua boca se abriu com uma inalação de surpresa. Os saltos fizeram o trabalho, então eu não tive que ficar na ponta dos pés quando eu colei a minha boca na sua. Minha boca estava inflexível contra a sua, alisando, chupando, e quebrando os lábios, como se esse fosse o grande momento da minha vida. Após sua surpresa passar, ele abaixou suas mãos no lugar sobre meus quadris, amassando eles com uma urgência que apertou os músculos em minhas coxas. Por esta altura, em nossa sessão de amasso em público, a multidão havia começando a assobiar, e quando a mão de Jude se arredondou em torno de meu traseiro, cavando na carne lá atrás, eles começaram a gritar. Minha respiração estava se tornando irregular, com todas as coisas que estávamos fazendo com a língua. Passei minhas mãos de seu pescoço até seu rosto. Olhando para aqueles olhos famintos, sentindo o calor de sua respiração com rajadas sobre o meu rosto, eu sorri. — Bom jogo.

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Capítulo 6

melhor você não estar olhando para o que eu acho que você está, Kurt. — Jude advertiu, reaparecendo com um par de cervejas na mão e

afastando o K alguma coisa para o lado. — Eu certamente não estou olhando para o que você acha que eu estava. — Kurt disse, inclinando sua cerveja em nosso caminho antes de desaparecer no meio da multidão. — Ele certamente estava. — Jude disse, entregando-me uma das cervejas antes de descansar sua mão na minha cintura. — Não que eu possa culpá-lo. Tilintando minha garrafa contra a de Jude, tomei um gole. — Mas você vai bater nele se fizer isso de novo. — eu imaginei. — Inferno, sim, eu vou. — ele disse, acariciando meu pescoço antes de colocar um caminho de beijos por ele. A garrafa de vidro escorregadia quase caiu das minhas mãos. — Isso vale para você também, Denoza. — Jude disse, olhando por cima para um de seus companheiros, enquanto sua boca continuou a molhar a pele acima da minha clavícula. — E eu vou começar rancando seus olhos curiosos. — Desculpe, Ryder. — Denoza disse, sorrindo timidamente entre nós. — O que eu posso dizer? Sua garota édigna de ser olhada. — É isso mesmo. Ela é. — Jude disse, endireitando-se e colocando-se na minha frente. — Por mim.

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Denoza levantou as mãos em sinal de rendição. — Sem danos não há falta7, homem. — ele disse antes de mover seus olhos para uma menina esparramada na escada e seguir em linha reta o caminho dela. — Não no meu caderninho. — Jude murmurou depois dele, antes de se virar. — Você vai me matar, Luce. — ele disse, com o rosto torcendo quando ele deu outro olhar para mim. — Eu sou um filho da puta durão, e eu posso lutar contra cada um desses caras, um perdedor de cada vez, mas eu acho que eles poderiam me pegar se todos eles viessem de uma vez. — Devo me trocar? — sugeri, dando um passo em direção à escada. — Merda, não. — Jude disse, pegando a minha mão e me puxando para trás. — Eu só queria que fosse só eu e você, então eu poderia aproveitar ter você toda só para mim. Levantando meus braços, eu enrolei sobre seu pescoço e comecei a balançar em nosso próprio ritmo. Dançando ao ritmo da música de Jude e Lucy. — É só eu e você, amor. — eu disse, descansando minha cabeça contra seu peito, fechando os olhos quando seus braços se apertaram em torno de mim. A música não era apropriada, a multidão não era apropriada, mas tudo sobre a forma como Jude me segurou a ele, compensou nossa incapacidade de adaptação ao mundo que nos rodeia. Nem um minuto depois, a música parou. Jude e eu continuamos a balançar no ritmo para o silêncio.

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Expressão: no harm, no foul... Utilizada para se desculpar informalmente dizendo que não houve problema algum, e também no futebol americano.

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— Ok, pessoal. — uma voz familiar falou através de um microfone. — É hora de fazer um novo jeito de comemorar as noites de jogos que certamente se tornará uma tradição. Pensei que nós estávamos comemorando a noite toda. Suspirando, levantei a cabeça do peito de Jude para ver o que a cadela tinha na manga agora. — Como todos sabem, os jogadores principais foram designados para uma irmã de Espírito no início do ano. — Revirei os olhos para o resto das líderes de torcida agrupadas em torno de Adriana, pulando e batendo palmas em emoção. — Nosso objetivo é facilitar suas vidas para que eles possam se concentrar em detonar todo sábado! Um rugido irrompeu pela sala. — Mas um homem tem que ter sua diversão também, certo? — As sobrancelhas de Adriana levantaram em sugestão enquanto os garotos rugiam empolgados, — Portanto, esta noite marca o início de uma nova tradição para as irmãs de Espiríto. — levantando o braço que ela tinha escondido atrás das costas, ela revelou uma garrafa de vodka. Outra explosão de aplausos. Outra garota bonita segurava uma garrafa de licor. Era estranhamente deprimente. — Nós não apenas lavamos suas roupas e fazemos seus brownies, nós deixamos vocês bêbados como um gambá! — Adriana esperou a multidão se acalmar antes de continuar. Eu já estava me sentindo mal do estômago antes de seus olhos pousarem em Jude. — Cada irmã de Espiríto servirá uma dose para

seu

jogador

quarterback.

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designado,

começando

com

o

primeiro


Sim, isso é o que eu estava esperando. Ela estava usando o artifício de um jogo e a motivação da pressão dos colegas para separar Jude de mim. Holly estava certa sobre suas leituras de manipulação de Adriana. — Isso significa você, Jude Ryder! — Gritou no microfone, agitando a garrafa para ele. Jude gemeu, olhando para mim, mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, um monte dos seus companheiros de equipe chegaram atrás dele e começaram empurrá-lo para a frente da sala. — Não se preocupe, encontro de Jude da noite, você vai tê-lo de volta. — Adriana disse, olhando diretamente para mim. Eu queria dar um tapa naquele sorriso de satisfação do seu rosto por se referir a mim como nada mais que “encontro do Jude da noite”. — Isso é, se ele quiser voltar depois de brincar com o que temos planejado para ele. Um par de rapazes ao meu redor jogaram suas cabeças para trás e fizeram o grito de um coiote. Lembrei-me, mais uma vez, que os homens evoluíram dos macacos. Empurrando Jude ao lado de Adriana, os garotos voltaram para a multidão para que todos pudessem ver o que estava acontecendo na frente. Eu não gostava de ver Jude tão perto de Adriana, vendo o quão perto em altura eles estavam. Em seus saltos,

apenas alguns centímetros os separavam. Eles se

encaixam perfeitamente. Por que a minha mente foi lá, eu não sei, mas a imagem de Jude armando-se acima de Adriana enquanto a beijava, movendo-se dentro dela, fez-me agarrar o meu estômago.

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— Vai funcionar assim... — Adriana disse, olhando para Jude, que estava esfregando a parte de trás de seu pescoço, parecendo desconfortável, — Copo para a dose. — ela começou, levantando um copo pequeno. — A dose. — ela continuou, derramando o líquido claro até a borda. Então, entregando a garrafa para uma de suas companheiras líderes de torcida, ela levantou o dedo indicador para a multidão, que estava olhando uns para os outros como se algo grande estivesse prestes a acontecer. Baixando seu vestido tomara que caia, ela alojou o copo entre seus seios enormes. — Aproveite. — ela instruiu. — Mãos não são permitidas. Oh, inferno, não. Os caras tinham se transformado em animais raivosos, jogando os braços no ar e aplaudindo. Adriana

se

balançou

um

pouco,

fazendo

uma

mini

reverência para Jude, sem derramar uma gota de líquido, mesmo antes de seu olhar mudar para mim. — O que você está esperando, Jude? — ela disse, olhando em nenhum outro lugar além de mim. — Beba. — Que porra você está fazendo parada aqui, sua imbecil? Ah, você é mesmo uma garota idiota. — Holly vaiou ao meu lado, me empurrando para frente da sala. Descendo meu vestido, ela bateu a calcinha na minha mão. — Vai pegar aquela cadela em seu próprio jogo. Levou um mais sólido empurrão de Holly, mas depois eu fui em ação. Correndo através dos corpos gritando “Ry-der” e atirando os punhos para o ar, eu enrolei a calcinha na minha mão, assistindo Jude, que estava me observando. Eu tinha sua atenção, provavelmente porque ele estava preocupado sobre eu

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estar sendo molestada pelo olhar de um de seus companheiros de equipe, mas agora, eu tomaria sua atenção de qualquer jeito que eu pudesse. — A dose está ficando quente. — Adriana disse no microfone, dando-lhe uma pequena sacudida em seu busto. Desta vez, um pouco de liquido derramou, correndo para baixo no seu decote. Empurrando o último homem hulk de pé entre mim e Jude, eu passei roçando Jude, enrolando meu mindinho sobre o dele, esperando sua mão abrir. Assim que a abriu, eu coloquei o fio dental rendado em suas mãos, arqueei uma sobrancelha para ele, e continuei andando. Afastando-me de Jude, de pé ao lado de Adriana, mas sendo pressionado por todos os seus colegas de equipe para beber a dose de álcool da peituda, trouxe-me perto da hiperventilação. Mas eu não poderia voltar atrás porque o que eu ia dizer? O que eu ia fazer? Eu tinha que confiar que Holly, em toda sua sabedoria, devoradora de homens, sabia o que estava fazendo. A multidão começou a dispersar no momento que eu saí para o corredor, e não havia sinal de ninguém quando entrei no banheiro no final do corredor. Fechando a porta atrás de mim, eu apoiei as minhas mãos em cima da pia e foquei na respiração. Antes de eu completar uma respiração, a porta sussurrou aberta. Olhando através do espelho, meu sorriso puxou tão apertado que quase doeu, quando eu vi o rosto de Jude, envolto em uma expressão de fome, olhando de volta para mim.

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— Acho que você perdeu alguma coisa. — ele disse em voz baixa, levantando a mão onde minha calcinha pendia em seu dedo. Meu sorriso esticou ainda mais. Agora ele estava sofrendo. — Parece que a pessoa certa a encontrou. Pisando dentro do banheiro, Jude fechou a porta atrás de si. O banheiro era pequeno, e pequeno era um termo generoso para ele. Para nós dois cabermos aqui, minha bunda estava colidindo com o balcão da pia e as costas de Jude estava pressionada contra a parede do chuveiro. — Então, isso significa...? — Ele disse, olhando para o meu corpo, terminando no centro do mesmo. Senti cada músculo dentro de mim contrair, antes que ficassem mole sob o peso de seu olhar. — Por que você não descobre por si mesmo? — sussurrei, minha respiração já chegando em rajadas curtas. Seu olhar ficou fixo naquele ponto ao sul do meu umbigo enquanto um sorriso lento se arrastou. — Com prazer. — ele disse, sua voz rouca e profunda. Então, antes que o flash de calor tivesse a chance de se espalhar, Jude atirou-se contra mim, levantando-me no balcão. Sua boca esmagou contra a minha, forçando sua língua dentro e percorrendo sobre cada plano que poderia alcançar. Oprimida, minha cabeça caiu para trás contra o espelho, tentando manter o ritmo com ele. Bem no meio do nosso beijo, Jude se afastou de repente, avaliando-me onde eu estava deitada sobre o balcão, respirando como se eu tivesse corrido uma milha em dois minutos. Olhando

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para o espaço entre as minhas pernas, testa franzida, como se ele estivesse torturado, antes de um sorriso torto surgir. Agarrando minha

cintura,

ele

mudou-me

para

a

beira

do

balcão.

Descansando a mão no interior de um joelho, ele abriu. Repetindo o mesmo com o outro, ele se colocou entre minhas pernas, olhando para mim como se não pudesse lidar com as emoções que estava sentindo agora. Segurando a barra do meu vestido com as duas mãos, Jude a enrolou em uma volta, seus polegares arrastando ao longo da pele sensível das minhas coxas. Meu coração estava disparado e tudo estava acelerando naquele caminho. E ele nem tinha me tocado lá ainda. Seus dedos enrolaram o vestido mais acima, e depois mais ainda. Todo o percurso para cima, os olhos de Jude fixados nos meus. Como se ele quisesse prestar atenção a cada reação que aparecia em meu rosto pelo jeito que ele me tocava. Mais um rolo e não haveria mais nada para deslizar para cima. Meu corpo estava doendo por alguma libertação, pulsando como se tivesse seu próprio batimento cardíaco. O polegar de Jude deslizou pelo restante da minha coxa. Quando ele retirou, eu quase gemi em voz alta. E então, quando ele o abaixou de volta para o lugar que latejava mais, eu gritei. Agarrando as bordas do balcão, eu me forcei a continuar olhando para os olhos dele, que foram escurecendo. — Eu vou ser condenado. — ele respirou, as palavras todas guturais e ásperas. Eu não poderia agradecê-lo com palavras, — eu estava a uma polegada de ter um AVC.

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Fechando o espaço entre nós, ele beijou o canto da minha boca. — Eu te amo. — ele sussurrou na minha orelha, antes de seu polegar começar a movimentar em círculos lentos sobre mim. Minha cabeça caiu para trás, batendo no espelho, mas a dor maçante que senti emparelhou bem com o pulsar agudo espalhando o seu caminho através do meu corpo pelo polegar habilidoso de Jude. Minha respiração veio em suspiros curtos enquanto tudo apertou em uma bola. Eu estava tão perto. — Eu amo muitovocê, Luce. — Jude disse enquanto sua boca explorava minha garganta. E isso era tudo que eu precisava. Meus dedos cravaram em suas costas enquanto meu corpo tremia contra o seu. Como meus músculos ficaram moles, deixei-me curvar para ele. Eu controlei através da minha respiração alternada. Eu podia sentir seu sorriso contra a minha pele. Puta merda. Meu corpo parecia que ainda estava intacto, mas a alguns momentos atrás, parecia que estava caindo aos pedaços. Eu não conseguia acalmar minha respiração e minhas coxas ainda estavam tremendo enquanto Jude continuava chupando as manchas suaves do meu ombro. Bem quando minha cabeça estava caindo para trás de novo, a porta do banheiro explodiu aberta, batendo em Jude. — Acho que é melhor encontrar outro banheiro para se refrescar, Adriana. — Holly olhou por cima do ombro de Adriana, atirando-me um sorriso de camaradagem. Adriana pegou no ato, as minhas pernas em volta de Jude onde ele me segurava cativa no balcão, ainda explorando minha pele com a sua boca. Novas

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lágrimas picaram para a vida em seus olhos avermelhados. — Este está... Ocupado. — Holly acrescentou, piscando-me o olho antes de puxar o cotovelo de Adriana. Mas antes de ela sair do banheiro, seus olhos encontraram os meus. Minha boca curvou-se, meus lábios ainda separados pela minha respiração cortada. Mantendo seu olhar, eu enrolei meus dedos em volta de Jude, arqueando o pescoço para dar a Jude melhor acesso. Eu não tive que dizer uma única palavra para Adriana obter a mensagem. Estava claro. Jude era meu. Só depois que a porta se fechou novamente que a boca de Jude diminuiu o ritmo. Dando um último beliscar sobre o meu ombro, ele levantou a cabeça. Seu rosto estava presunçoso quando ele me pegou, ainda abalado com o que tinha feito para mim. — Acho que ela descobriu o que “surgiu” quando eu a deixei plantada com uma dose entre os peitos. — ele disse, apoiando as mãos no balcão do lado de fora das minhas pernas. — Acho que ela descobriu. — respondi, saindo da borda do balcão já que minhas pernas estavam dormentes. Má ideia. Porque nada do que era susposto estar funcionando em meu corpo estava. Os braços de Jude enrolados ao redor de mim mantiveram-me firme, — Eu acho que eu mostrei a ela. — eu disse, segurando os braços de Jude enquanto a sensação drenou de volta para as minhas pernas. Suas sobrancelhas apertaram. — Mostrou a ela o quê? — Que é melhor ela manter as mãos e as vistas para fora do meu homem. — respondi, não tendo certeza que deveria estar

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admitindo isso para ele, mas minha mente ainda estava nebulosa e embriagada. Olhando para mim, suas sobrancelhas apertaram mais por um instante antes de todo o seu rosto se enrugar. — É disso que se trata. — ele disse, correndo os olhos pelo meu vestido que ainda estava enrolado em minha cintura. — Não é? Esta noite inteira tem sido sobre Adriana. Não é sobre mim. Ok, certo. Eu não deveria ter dito nada. Especialmente quando os cantos de seus olhos enrugaram com as palavras que ele disse. — Não, isto foi por você. — eu disse, revirando meu vestido de volta para baixo. — Não minta para mim, Luce. — ele disse, os músculos de sua mandíbula ficando tensos, — Tudo, o vestido, os pequenos sorrisos tímidos e olhos flertando, a calcinha, o maldito orgasmo no banheiro enquanto Holly “acidentalmente” mostra a Adriana o que está acontecendo, tudo era apenas algum plano calculado colocado em jogo por uma namorada ciumenta. — Não. — eu disse. — Essa coisa toda no banheiro foi uma grande, espontânea e prazerosa surpresa. — argumentei de volta. — Pelo menos até agora. Não há nada agradável sobre o meu namorado me chamando de namorada calculista ciumenta. — Mesmo enquanto eu dizia as palavras, eu sabia que era verdade. — Então isso não foi planejado. — ele disse agitando o dedo ao redor da sala, — Mas todo o resto foi. E você com certeza não se importou quando Adriana teve uma visão do nosso momento quente e pesado.

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Por que ele estava agindo assim? Jude raramente levantava a voz para mim. E o fato de que a razão pela qual ele tinha quebrado a tradição foi por causa de Adriana me fez tão indignada quanto triste. — Se isso que é preciso, ver você me transformando em todos e qualquer estado, então sim. Pode ter a maldita certeza de que eu não me importo! — ótimo, agora eu estava gritando também. Sua testa enrugou enquanto ele se afastava de mim tanto quanto o banheiro permitia. Indo da intimidade que nós acabamos de compartilhar para ele querendo separar-se tão longe de mim quanto o espaço permitiria, fez meu corpo doer. — Então ainda, depois de tudo, depois de todo esse tempo, — ele fez uma pausa, respirando através de seu nariz, — Você ainda não confia em mim? Ele esperou pela minha resposta, mas eu não tinha uma de imediato. A pergunta que ele tinha me lançado, não era nada do que eu esperava. Era isso? Eu não confiava nele? Minha primeira resposta foi ‘não é isso, é claro que eu confio’, mas por que mais eu tinha agido como tal namorada louca? Se eu confiava nele, importaria se toda Adriana no mundo se jogasse nele? Eu não queria admitir a minha resposta para essa pergunta. — Sim. — ele disse, movendo-se em direção à porta. — É o que eu pensava. — Abrindo a porta, ele olhou para mim. — Aqui, você pode ter isso de volta agora. — ele jogou a calcinha para mim. — Foi uma boa jogada. Estou feliz por ser um peão em seu pequeno jogo. — Jude. — eu chamei por ele.

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Deixe-me

sozinho,

Lucy!

ele

gritou

de

volta,

desaparecendo no corredor. Ele só me chamava de Lucy quando estava ferido ou irritado. Imaginei que era um pouco de ambos. E toda a coisa de deixá-lo sozinho não estava acontecendo. Não quando eu sabia que um conjunto de braços de boasvindas estava espreitando como um tubarão lána festa, mais do que feliz em nos dar um motivo para brigar.

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Capítulo 7

O

único tempo que eu perdi antes de ir atrás dele foi o tempo que levou para colocar minha calcinha de volta onde pertencia. Girando pelo

corredor, eu fiz uma pesquisa preliminar do piso principal. Sorte minha que Jude era uma torre que se destacava na sala na maioria do tempo, mas assim eram muitos de seus companheiros de equipe, então, tecendo meu caminho em direção à escada, subi um pouco, pulando sobre um casal fazendo algo muito próximo ao que Jude e eu tínhamos acabado de fazer atrás de uma porta fechada. Olhando para baixo, para a sala lotada, eu não o vi. Saber que ele não estava à vista fez meu estômago torcer enquanto a minha imaginação fugia de mim, pensando quem poderia estar confortando-o e onde eles poderiam estar trancados. Subindo as escadas, corri pelo corredor, incapaz de chegar ao seu quarto rápido o suficiente. Eu estava me comportando irracionalmente, eu sabia disso, mas eu não era capaz de parar isso. A loucura tinha criado raízes e não podia ser morta. Eu não bati antes de entrar em seu quarto, não tendo certeza de que eu queria ver o que ia encontrar lá dentro. Suspirei de alívio quando o encontrei escuro e vazio. Quando eu estava prestes a sair e procurar no próximo local, notei uma figura agachada no chão ao lado de sua cama. Seus cotovelos estavam apoiados sobre as pernas dobradas, a cabeça pendurada entre elas. Ele parecia quebrado. O que eu tinha feito?

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Fechei a porta atrás de mim e atravessei o quarto. — Jude? — Vá embora, Luce. — ele disse em voz tão baixa que era quase um sussurro. Ele nunca tinha dito essas palavras para mimantes, e eu tinha ouvido elas duas vezes em menos de cinco minutos. — Não. — eu disse, dando a volta ao lado da cama onde ele estava encostado. — Vá embora. — ele repetiu, enrolando os dedos sobre a parte de trás do seu pescoço. Arranquei os sapatos e cheguei ao lado dele no chão. — Não. — eu repeti. — Você está com raiva de mim e eu estou com raiva de você. Vamos conversarsobre isso. — Sim, eu estou com raiva de você. — disse ele no chão. — Mas eu tenho uma boa razão para estar. Por que diabos você está com raiva de mim? Eu abri minha boca em resposta. — E é melhora sua resposta não ter ‘Adriana’ nela. Eu não gostei do jeito que seu nome soava saindo dele. — Droga, certo, minha resposta temo nome dela. Jude balançou a cabeça, ainda recusando-se a olhar para mim. — Então você está com raiva de mim por causa de Adriana. — ele disse, não escondendo seu sarcasmo. — Uma garota que eu nunca toquei ou olhei de uma forma íntima. Ótimo. Isso faz uma tonelada de merda de sentido, Luce. Meu temperamento estava queimando, eu podia sentir isso inflamando. — Não se faça de bobo. — eu disse. — Como se você

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não estivesse ciente de que ela deixaria você tocá-la de qualquer forma íntima que você quiser. Jude bufou. — Sim, bem, só para seu conhecimento, não há escassez de mulheres aqui que não me deixariam fazer o que diabos eu quisesse com elas. Não há falta de Adrianas no mundo, Luce. — ele fez uma pausa, tomando um par de respirações, enquanto eu tentava não calcular mentalmente o número de mulheres que queria ir para a cama de Jude qualquer noite da semana. — Mas você sabe o que me faz dizer não toda vez? Você sabe o que me faz imune a todas as mulheres e todo o estratagema que elas jogam em mim?

— Ele não esperou pela

minha resposta, — Você, Luce. — ele disse, com a voz cansada. — Pode não faltar Adrianas lá fora, mas só há uma de você. E essa é a pessoa para qual eu quero me entregar. Ele estava dizendo todas as coisas certas, e, na verdade, ele não tinha me dado uma razão para duvidar dele desde que tinha esclarecido toda a situação de Holly e o pequeno Jude, mas eu não estava pronta para ser apaziguada. Não depois da porrada de munição que Adriana tinha disparado no meu caminho todos os dias. — Você a deixa lavar sua roupa, Jude. — eu comecei, desejando que um grampo mágico aparecesse para que eu pudesse prendê-lo na minha boca. — Ela limpa o seu quarto. Você a leva para uma maldita sala em seus braços com centenas de pessoas assistindo. — Minha voz estava fugindo de mim, enchendo a sala escura, com sua insegurança. — Ela passa os dedos sobre sua roupa de baixo limpa e passada. Porra, Jude!

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Eu estava jogando tudo em cima dele. Tudo o que tinha estado aguentando até hoje, quando teria sido mais construtivo arrumar um salão de dança e me acabar nele. Sua cabeça se virou para mim e se era a escuridão no quarto ou a atual cor de seus olhos, eles pareciam pretos. — Você não ouviu o que eu acabei de dizer para você? — Ele disse, seus dentes trincados. — Você não ouviu que acabei de professar que tudo o que eu quero é você? Mesmo quando você está agindo como uma namorada louca? — estreitando os olhos para mim, ele ergueu-se. — Sim, eu ouvi isso. — respondi, pulando ao lado dele. — Então, eu sou sua garota. Eu sou a única garota que você quer fazer gemer no banheiro. Sim, eu entendo. — minhas palavras estavam machucando-o, eu vi como cada uma gravou uma profunda ruga em seu rosto. — Mas você a deixa cuidar de você como se ela fosse sua namorada. — agarrando um punhado da cama recém-feita de Jude, eu arranquei as cobertas fora. — Você pode não querer ela intimamente, mas você a deixa em sua vida íntima. Jude olhou para mim, seus olhos se estreitaram como se ele não reconhecesse a pessoa diante dele. — Tudo bem. — ele disse, agarrando os cobertores enrolados em minha mão e puxando o resto deles para fora da cama. Enrolando-os em uma bola, ele os jogou através do quarto. — Feliz? — ele perguntou retoricamente enquanto cruzava o quarto até sua cômoda. Deslizando a parte superior aberta, ele a tirou do local, levando-a até a janela. Abrindo a janela, Jude segurou a gaveta da cômoda do lado de fora, derrubando seu

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conteúdo. Suas boxers limpas e dobradas caindo feito páraquedas para o chão abaixo. A gaveta seguiu atrás delas. — Feliz agora? — Ele perguntou de novo, erguendo as sobrancelhas para mim onde eu estava congelada ao lado de sua cama. Lançando-se através do quarto novamente, ele arrancou a segunda gaveta da cômoda. Correndo de volta para a janela, ele derramou suas camisas para o chão. A gaveta estilhaçou-se quando bateu no chão. — Já está feliz? — Desta vez, ele não olhou para mim, ele apenas correu através do quarto, arrancou a última gaveta para fora, e desta vez, quando chegou à janela, ele jogou todas as coisas. O som daquilo quebrando ecoou de volta para o quarto. Girando, ele olhou para mim. Seu peito subia e desciaforte, seus olhos estavam piscando, ele estava perdido. — O que mais, Luce? O que mais você quer que eu jogue fora? — ele gritou, me esperando. — Hein? Certamente há algo mais que eu possa quebrar para provar o meu amor por você. O que é? — Ele estava em um frenesi, e fazia tempo que eu não o via assim.Tudo por minha causa. Eu amava saber que eu tinha poder sobre ele, mas não esse tipo de poder. — Jude. — eu sussurrei, mal capaz de fazer um som. — Pare. — Parar? Por quê? — Ele gritou, estendendo os braços e girando ao redor do quarto. — Eu estou provando o meu amor por você. Então vamos lá, Luce. O que mais eu posso arruinar para te fazer feliz? — Nada. — sussurrei, mordendo o lábio. — O que você disse?

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— Nada. — repeti olhando para ele. — Isso não é o que eu quis dizer, Jude. Por que você fica ofendido toda vez que eu questiono você? A pele entre as suas sobrancelhas enrugou. — Por que você me questiona? Essa era uma pergunta que eu não tinha uma resposta. Eu a considerei, observando no que meus ciúmes e insegurança tinham reduzido Jude. Era para eu ser a pessoa que lhe traz conforto e apoio, mas hoje à noite, eu não tinha feito nada disso. Uma lágrima escapou de meus olhos antes que eu soubesse que ela tinha se formado. Os olhos de Jude se estreitaram ao vê-la, assistindo ela cair ao lado do meu rosto. Um lado de seu rosto se apertou. — Digame o que fazer, Luce. Diga-me o que você quer de mim. Porque eu vou fazer. Eu faria qualquer coisa. — ele disse, colocando os braços atrás do pescoço e me olhando como se estivesse com medo de que eu desaparecesse. — Você quer que eu diga a Adriana para se ferrar e nunca mais parecer desse jeito novamente? Sem problemas. Você quer que eu não fale com outra mulher pelo resto da minha vida? Eu vou fazer isso. — Atravessando o quarto, ele parou na minha frente, agarrando os lados dos meus braços. — Eu farei qualquer coisa. Apenas me diga o que fazer. — Ele me segurou, olhando para mim, enquanto esperava pela minha resposta. Eu não tinha uma. — Você é tudo que eu tenho, Luce. Eu vou fazer de tudo para não perdê-la. — ele disse, sua cicatriz comprimindo em sua bochecha. — Apenas me diga o que estou fazendo de errado e eu vou corrigir isso.

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Este homem tinha passado o suficiente. Por que eu estava fazendo-o caminharem mais merda? — Você não está fazendo nada de errado, Jude. — eu disse, engolindo em seco. E ele não estava. Como namorado, ele era um sonho. Como companheiro, ele tinha os ingredientes de uma vida inteira. — Sou eu. Eu estou fazendo tudo errado hoje à noite. — Eu pressionei minhas mãos para os lados do seu rosto, tentando esfregar as linhas enrugadas. — Eu vi Adriana toda selvagem para você e deixei minhas inseguranças me transformarem em uma pessoa louca. Eu confio em você. Eu não confio nela. Ele soltou uma respiração pela boca. — Você confia em mim? Minha garganta apertou que ele tinha que perguntar. — Sim, Jude. Eu confio em você. — Você me ama? — Sempre. — Eu respondi, acariciando suas bochechas. — Então, foda-se Adriana Vix. — ele disse. Eu arqueei a sobrancelha. — Alguém que não é louco por sua garota pode foder com ela. — ele esclareceu, sorrindo para mim. — Não deixe ninguém entre nós, Luce. Essa coisa que temos vai ser difícil o suficiente sem os tipos como Adriana Vix complicando. — Eu sei. — falei, olhando para longe. — Parece que às vezes eu estou apenas esperando o chão cair sob nós. Sabe? — eu me senti culpada por admitir isso, mas era realista, e casais como Jude e eu não tínhamos as chances ao nosso favor.

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— Eu sei, querida. — ele disse. — Eu sei. Quando isso acontecer, porém, vamos agarrar uma corda e esperar passar. Balancei a cabeça, perguntando-me se este era o tipo de vida que eu e Jude poderíamos esperar a partir daqui. Momentos marcantes de paixão, interrompidos por falhas de comunicação, seguidos de fazer as pazes. Não seria uma má maneira de passar uma vida. — Vamos lá então. — ele disse, passando as mãos para baixo, nas minhas. — Venha para a cama comigo. — Levando-me para a cama sem cobertas, ele tirou os sapatos, me pegou em seus braços e caiu sobre o colchão. Rolando-me para o meu lado, ele apertou-se contra as minhas costas, encasulando entre seus braços e pernas. — Discutir com você é desgastante. — ele disse ao lado da minha orelha, meio bocejando. — Não vamos mais fazer isso. — Ok. — eu menti. Era uma boa ideia, mas uma que eu e Jude nunca conseguiríamos que durasse. Pessoas como Jude e eu não vivíamos sem um jogo de gritos de vez em quando, essa era a realidade. Mas a realidade era muito mais fácil de enfrentar com Jude envolto em torno de mim, do jeito que ele estava agora. Nós ficamos por um tempo em silêncio, e ainda aproveitando o calor um do outro. Uma brisa correu pela janela acariciando meu rosto. Eu sorri. — Espero que você tenha mais roupas escondidas em algum lugar. — eu disse, cutucando meu cotovelo em suas costelas, reprisando Jude lançando suas gavetas para fora da janela. — Bem, a resposta é um maldito ‘não’. — disse ele em uma voz sonolenta. — E eu estava sem cueca, esta manhã.

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— Espere, — eu disse, de repente me sentindo muito acordada. — Isso quer dizer que...? — Sim. — ele respondeu, aninhando-se ainda mais em meu pescoço, já meio adormecido. Eu dei-lhe passe livre hoje à noite. Ele ganhou um grande jogo, me fez sentir coisas que uma garota não deve espalhar sobre o balcão do banheiro dos meninos, discutiu comigo e conseguiu dizer exatamente a coisa certa para me acalmar. Ele tinha o direito de estar exausto. Sorrindo, dobrei-me mais perto dele. — Isso poderia ter feito às coisas muito mais interessantes lá no banheiro. Senti a curva de um sorriso no meu pescoço antes de seguilo para o sono.

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Capítulo 8

S

vínculo

que

eu corpo não estava me envolvendo como se ele fosse um escudo contra o mundo, mas estava bem perto disso. Seja qual fosse o

construímos

nos

meses

tumultuados

que

compartilhamos, nós tínhamos passado para um novo nível de consciência quando se tratava de um de nós. — Eu posso sentir você me encarando. — eu disse, mantendo os olhos fechados e me envolvendo mais no travesseiro de Jude. Cheirava como ele, talvez seja por isso que meus sonhos foram tão doces. Sua mão se fechou sobre a minha, levando-a até a boca. — Desculpe, Luce. — ele disse, beijando meus dedos. — Eu não queria te acordar. Volte a dormir. Girando a minha mão, ele pressionou um beijo na palma. — Como poderia uma garota dormir quando você está fazendo isso? — sorri, abrindo meus olhos. Seus olhos estavam fixos em mim, metálicos na luz da manhã. Um canto de sua boca se curvou para cima. — Ela não pode. — ele disse, pulando em cima da cama, estrategicamente pousando em cima de mim. — Bom. — eu disse, desejando ter um minuto para escovar os dentes e passar uma escova no meu cabelo, mas com Jude, esses momentos de negligência vinham raramente, então eu não

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estava a ponto de me desculpar enquanto todos os seus motores estavam disparados. — Dormir é superestimado. Sua mão deslizou para meu lado, desviando e passando sobre minhas costelas, antes de se decidir sobre o topo do meu peito. — Sim, é. — ele sussurrou, beijando a área abaixo da minha orelha. Esse era um inferno de um despertador. — Você trancou a porta? — provoquei, colocando-me abaixo dele para que as partes importantes ficassem alinhadas. Ninguém em seu perfeito juízo iria entrar no quarto de Jude Ryder quando a porta estava fechada. Não se não quisesse um buraco do tamanho de um punho em sua testa. Desafiando a minha suposição anterior, a porta de Jude explodiu aberta no próximo segundo, batendo na parede. — Uhh, — Holly disse, fazendo uma careta e segurando as mãos sobre os olhos. — Vocês são como um maldito par de coelhos. Então todos, menos Holly, sabiam que não deveriam se atirar para dentro do quarto de Jude sem ser convidado. — Vocês dois não tiveram o suficiente um do outro na noite passada? — ela estava falando em voz baixa, pelo menos para o padrão Holly, e a julgar pela forma como ela estava esfregando seus dedos em sua têmpora, ela teve uma noite selvagem. — Não. — Jude respondeu, levantando-se fora de mim. — Bom dia, Holly. — resmunguei, sentando-me na cama. — É bom ver você.

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— Não se lamente como um bebê para mim. Você o teve para si mesma toda a noite passada e agora eu preciso pegá-lo emprestado por algumas horas, ou então eu vou perder meu voo. — Sim. — eu disse, arrastando-me para fora da cama. — Eu tenho um monte de lição de casa para terminar também. — correndo os dedos pelo meu cabelo, eu fiz uma trança rápida, já que não haveria tempo nem para um banho. — Parece que você tem duas meninas que precisam de seus serviços de motorista esta manhã. — Eu vivo para servi-las. — ele disse, uma expressão surgindo em seu rosto, que mostrou o que ele estava pensando. Ou revivendo. Eu não estava corando, o código genético apenas não tinha construído isso em meu sistema, mas eu pensei sentir um vermelho subindo meu pescoço em seu olhar. — Tudo bem, garoto apaixonado. — Holly disse, estalando os dedos. Ela estremeceu, agarrando as têmporas novamente. — O aeroporto. Ainda hoje. Corri em volta da cama, agarrando os sapatos que Holly me emprestou, e puxei minha bolsa para baixo da prateleira em seu armário. Agarrando as chaves da mesa de cabeceira, Jude pegou minha mão e me levou até a porta. — Já está na hora. — Holly sussurrou, cavando através de sua bolsa. Jude agarrou a mala de Holly que estava do lado de fora e nós pegamos nosso caminho pelo corredor, passando por cima e em volta de corpos decorando o chão.

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— Parece que nós perdemos uma grande festa. — eu disse, olhando para um casal em estado de coma, perguntando-me todas as acrobacias que eles tinham feito para estar nessa posição. — Eu não diria que nós perdemos. — Jude disse, olhando para mim com um sorriso sugestivo. — Acho que esse aí é o cara que eu dei uns amassos como uma viciada em sexo durante uma recaída na noite passada. — Holly disse, inclinando-se para um dos companheiros de Jude que ainda estava sorrindo em seu sono. — Ou talvez seja aquele. — ela disse, virando a mão do cara em frente ao primeiro e inspecionando seu rosto. — Sim, definitivamente esse aqui. Seus lábios são os mais inchados dos dois. Falando nisso... — agitando através de sua bolsa, ela retirou um tubo de gloss, — Meus lábios estão super doloridos. — Eu pensei que você disse que estava com pressa, Hol. — Jude chamou-a, mantendo minha mão na dele. Na parte inferior da escada, uma pirâmide de corpos bloqueava o caminho. Pulando sobre ela, Jude virou-se, agarrou a minha cintura e me levantou sobre a barricada humana. Esperando por Holly fazer seu caminho vacilante para baixo, levantou-a também. A caminhonete de Jude estava estacionada um pouco longe, então nós caminhamos. Chegando ao redor do lado da casa, uma colcha de retalhos de roupas e madeira lascada decorava o pátio lateral. Eu parei em meu caminho, avaliando a decoração do jardim de Jude. — Alguém teve a visita dos macacos raivosos ontem à noite. — Holly disse, parando ao meu lado.

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Olhando para Jude, ele me olhou com o canto dos olhos. — Eles certamente tiveram. — A raiva é uma coisa terrível. — ele acrescentou, atravessando o gramado, mas não antes de pegar uma camiseta preta caída sobre um arbusto. Eu sorri em suas costas. No momento em que Holly e eu arrastamos nossas cansadas e lentas bundas para a caminhonete de Jude, ele já tinha a mala de Holly na lá dentro e as duas portas abertas para nós. Retirando a camisa branca que ele ainda estava vestindo sobre a sua cabeça, ele a jogou atrás da caminhonete também. Não me admira que ele nunca tivesse roupas limpas. Levantando a camiseta preta acima de sua cabeça, ele fez uma pausa, olhando para mim, as sobrancelhas se unindo. — Está tudo bem. — eu disse, revirando os olhos. Só porque eu tinha me comportado como uma louca ciumenta noite passada não significa que eu queria ser lembrada disso. Elas eram suas roupas, independentemente de quem tinha lavado e dobrado elas. — Só checando. — ele disse com um leve sorriso antes de puxar pela cabeça. Holly e eu ficamos lá do lado de fora da picape, assistindo ao show. Colocando a camisa em seus jeans, Jude parou, olhando para nós em confusão. — O quê? — Ele perguntou, arrumando as costas e me dando um sorriso diabólico. Desviei o meu olhar, tentando não parecer impressionada enquanto eu entrava na cabine. — Oh, vá fazer ‘o quê’em você mesmo.

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Holly riu. — Sabe, Jude, quanto mais velho você está, mais feio você fica. — ela disse, piscando para mim enquanto se arrastava ao meu lado. — Sim, sim. — ele disse, subindo para o banco do motorista e ligou a caminhonete. — E quanto mais você envelhece, mais cruel você fica. Agarrando minha coxa, ele me puxou para mais perto, até que nós tomamos o espaço destinado para uma pessoa só. Ele não mesoltou nem uma vez em todo o caminho.

— Por que quinta-feira parece que nunca vai chegar aqui? — Eu gemi, parando do lado de fora do meu dormitório, ainda na picape de Jude. — Porque você quer que chegue logo. — ele respondeu, escovando meu cabelo por cima do meu ombro. Eu gemi mais alto. Holly tinha chegado lá a tempo e, enquanto eu quis que o caminho do aeroporto até Juilliard passasse lento, é claro que não tinha. O adeus que Jude e eu éramos obrigados a nos dar todos os domingos nunca ficava mais fácil. Nós vamosàfaculdadecom quase cinco horas de distância, então a possibilidade de aprontar uma visita de dia de semana à tarde estava fora de questão. Quando a gente se despede, era um eterno adeus por cinco dias. Exceto para esta semana. Seria apenas por três dias, devido ao feriado de Ação de Graças. Era realmente um tempo para ser grata.

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— Então, você está ok com comemorar com meu pai e minha mãe na quinta-feira? — perguntei de novo, só para ter certeza. Jude tinha sido civilizado, como eles também, mas havia uma tensão entre as duas famílias que eu duvidava que iria afrouxar com o tempo. O pai de Jude assassinou meu irmão, porque meu pai tinha lhe demitido, era o tipo de drama que os criadores de programas de televisão não poderiam sequer imaginar. Era o tipo de coisa que as pessoas não “passam por cima” depois de alguns jantares de família. — Luce, — ele disse, acariciando meu rosto, — Você é a minha família. Onde você for, eu vou. — Ele piscou, olhando através do pára-brisa. — Não há ninguém além de você. Eu não gostava de insistir sobre a ausência da família de Jude porque fazia meu coração doer, como fez agora. Jude realmente não tinha família. Sem pais, sem irmãos, sem avós, tias ou tios. E não devido à escolha. A família de Jude tinha todos eles, e um por um, o abadonou. Eu sabia, no fundo de sua raiva e possessividade sobre mim, que isso era o que ele mais temia: que um dia eu virasse minhas costas para ele e caminhar tão longe quanto eu pudesse. A dor no meu coração se aprofundou. — Bom. — falei, tentando jogar a dor fora como se eu não estivesse machucada, — Porque nós somos um time e os times não deixam que seus membros vão para os feriados de família sozinhos. — Tudo bem, time. — ele disse, virando-se em seu banco, parando onde eu estava. Lançando um olhar para o meu

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dormitório aparecendo na frente de nós, ele suspirou. — Até quinta-feira? Deixei sair um suspiro. — Até quinta-feira. Inclinando-se, seus olhos pousaram em minha boca. — Melhor fazer desse um dos bons, então. Eu não pude deixar de sorrir, apesar de me sentir uma merda. Molhando meus lábios, inclinei-me mais perto, fazendo disso um dos bons beijos.

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Capítulo 9

O

cheiro de patchouli8 e a batida de reggae estavam espalhados por todo o corredor, me alertando que minha colega de quarto e amiga,

India, havia feito, estava fazendo agora, ou estava prestes a fazer sexo no nosso dormitório. Era um evento comum nos meus dias. Se eu tivesse sorte, eu poderia me esquivar e fugir com meus livros para que então pudesse estudar nas áreas comuns lá em baixo. Se eu não tivesse, o quarto logo começaria em um coral de gritos, gemidos e rosnados, e então eu teria que esperar. A última vez que eu tinha entrado no quarto e India estava lá com o cara da vez, eu tinha visto coisas que nenhuma pessoa religiosa poderia ter visto. Parando do lado de fora da porta, eu escutei. Nada mais do que Bob Marley tocando seu groove. — Indie? —perguntei, batendo na porta, — É seguro entrar? — Sim, sua pequena puritana. — India gritou de volta através da porta. Abrindo a porta, o odor de patcholi quase me derrubou. India estava estendida sobre a cadeira que tínhamos no canto vestindo seu roupão quimono vermelho de seda, fumando alguma coisa que, provavelmente, não seriaaceito pelo conselheiro residente. — Se divertindo? 8

Nome dado a um conjunto de espécies de plantas, culivadas para a produção de óleos. comum na Indonésia.

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— Uh-uhum — Ela respirou, me lançando um pequeno sorriso estúpido. — Se você estivesse chegado cinco minutos antes, poderíamos ter transformado isso aqui em um menáge. Jogando minha mala na minha cama, eu pulo na nossa cadeira de escritório. — Chato ser eu. India inclinou-se para frente em sua cadeira, sua pele escura ainda com suor. — Falando em chatice. — Ela começou, colocando seus lábios juntos. — Vocês...? —fazendo alguns círculos com seu dedo indicador. — Não é da sua conta. — Eu disse, girando na cadeira. — Então vocês não fizeram. — Ela disse, inclinando para trás na cadeira. — Não. — Eu disse, cacarejando minha língua — Não fizemos. — É um saco ser você — Ela disse, rindo. — Oh, cala a boca. — Eu disse, agarrando nosso porquinhoda-India de pelúcia, que mantínhamos apoiado na mesa do computador e joguei-o nela. — Você já faz por todos nós. — Sim — Ela disse, dando outra tragada na sua fumaça — Sim, eu faço. Dando outra volta na cadeira, eu olhei para o teto, parando toda a tentativa de estudo porque, enquanto India bancava um homem galinha na versão feminina, não tinha como fazer outra coisa além de escutar os lamentos sobre o mundo complicado dos homens da minha companheira de quarto.Holly sempre me salvava, mas ela estava presa em um voo pelas próximas horas.

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— Como Jude está? — Ela perguntou, pegando minhas manobras táticas. — Ele está... — suspirei, revivendo o fim de semana. Um monte de altos e baixo — Ele é Jude. — estabeleci. — Montanha Russa Jude. — India disse, fazendo um som mm-mm-mm com sua boca. — Agora, querida, esta é uma estrada que nunca iria querer sair. — Eu sei — falei, começando a me sentir tonta pelos rodopios. — Eu não quero sair também. — Então, qual o problema? — O problema é a montanha russa. — falei, — Nós estamos ou no topo do mundo ou batendo na porta do inferno. Não existe meio termo. Sem tempo para respirar. Apenas o constante sobe e desce em cem milhas por hora. Era sempre bom falar com India sobre meus problemas com Jude e meu relacionamento. Ela nunca julgava, sempre dava conselhos sólidos. — Eu sei, Lucy. — Ela disse, mexendo-se em seu assento, — Mas seu homem é uma pessoa apaixonada. Assim como você. Se vocês dois estão juntos, você tem que aceitar a montanha russa como o jeito dele. Você não gostaria que ele mudasse quem ele é, assim como ele não quer que você mude. O dramático sobe e desce será como você irá passar sua vida com Jude. É um fato. Você tem que se perguntar se vale a pena. O que vocês dois tem juntos vale a pena o sacrifício? — Seus olhos estreitaram em mim, dirigindo o recado. Eu sabia que ela estava certa, e sabia que valia a pena, mas eu sou humana e não podia me impedir de querer o inatingível. —

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Eu apenas queria poder trocar a montanha russa por um carrossel. Ser capaz de antecipar o que está por vir, fazer a jornada menos dramática com os sobes e desces. — Eu entendo, — India disse, assentindo com sua cabeça. — Mas não foi assim que vocês foram tratados, querida. Jude viveu com as mesmas merdas que você, e aquele homem não é um carrossel, Lucy. Aquele homem é o super-doper-looper9, o Six Flags10 inteiro, a montanha russa extraordinária que faz os joelhos tremerem. —Ela sugou uma respiração, depois da explanação. — Eu sei — admiti, me sentindo melhor. Jude era uma montanha russa, eu era uma montanha russa. Juntos, nós criávamos toda essa coisa de super-duperlooper. Era assustador, parada no chão e olhando para isto, mas se essa era o caminho que eu teria que passar para ficar com Jude, então eu seria a primeira da fila. — Hey, agradeça às suas estrelas que seu homem não é um carrinho de bate-bate. — India acrescentou, dando outra tragada antes de soltar uma fumaça em formato de círculos, —Namorei um homem uma vez que era assim. O homem é solenemente o responsável do porque eu não namoro mais. Ele até mesmo fazia amor como um carrinho de bate-bate. Acelera, bate, acelera, bate. — India sentou, balançado para frente e para trás. —Acelera, bate, acelera, bate. — Eu comecei a rir, assistindo ela se balançando para frente e para trás. —Acelera, bate, acelera, bate. E afoga o carro. – esfregando seu nariz, ela rosnou, caindo para trás no sofá. 9

Referência às voltas de cabeça para baixo nas montanhas russas. Parque de diversões americano.

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Nossas risadas misturaram pelo corredor com o Sr. Marley.

—Ótimo treino hoje, Lucy. — Thomas disse, vindo atrás de mim enquanto eu andava para fora das portas do auditório. — Bem, meu parceiro é um inferno de um dançarino, isso ajuda. —falei, cutucando-o enquanto enrolava meu cachecol em volta do meu pescoço. Era a quarta-feira antes do dia de Ação de Graças e o tempo em Nova York já estava mudando. O que tinha possuído a garota que achava que tinha que ter sol para que uma pessoa pudesse ter animo o suficiente para ir à escola, ao invés de viver nesse lugar onde o inverno era frio e longo? Minha mochilabalançava contra meu corpo enquanto eu andava, lembrando-me o porquê. — Yeah, então, aquele seu namorado... — Thomas começou, parecendo apreensivo só de falar sobre Jude — Ele sabe que somos parceiros no recital de inverno? Pobre Thomas. Ele era um dançarino, não um lutador. Eu estaria com medo entre as calças também do namorado da minha parceira, que facilmente poderia fazê-lo voar com um soco forte. — Ainda não. — Eu disse, colocando minha touca também. Eu iria viver com eles de agora até Maio. Thomas clareou sua garganta, remexendo o zíper de sua mochila. — Você está planejando contar para ele? — É claro que sim. —falei, virando em direção ao meu dormitório. Eu ainda tinha que terminar uma tarefa antes do fim

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do dia e, quanto mais cedoeu fosse para cama hoje, mais cedo Jude estaria aqui pela manhã para passarmos quatro dias inteiros juntos. India estava indo para casa de seus pais em Miami, então teríamos o quarto inteiro para nós. Eu não estava planejando sair do quarto nem uma única vez. É para isso que inventaram a entrega a domicílio. — Quando? Dei de ombros. Eu não tinha pensando muito nisso. — Esse final de semana, eu acho. — Ok. — Thomas disse. — Eu só quero estar preparado. Provavelmente é melhor que ele saiba mais cedo do que mais tarde. Fará o choque ser um pouco menos... Extremo. — Você parece ter pensado bastante nisso. — Eu disse, tentando não sorrir para demonstrar minha diversão. — Bom para você. — Sim, — Thomas disse. — Se o cara quase bateu na minha bunda por ajudá-la a tirar o espartilho, ele irá me assassinar no local quando ele ver nossa interpretação moderna do Estupro de Perséfone. Thomas continuou me dizendo sobre nossa atuação juntos e sobre Jude e sua reação. Ele achava que quanto mais Jude tivesse tempo de entender que nós seriamos o casal número um no palco, menos chance ele tinha de ser assassinado. — Não se preocupe, você ficará bem. — Eu disse, parando do lado de fora do dormitório. — Eu diria que ficarei qualquer coisa, exceto bem, depois que seu namorado terminar comigo, mas obrigada pelo voto de

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confiança.— Indo em direção a calçada, Thomas acenou. — Divirta-se, Lucy. Oh, eu irei. — Você também. — Eu falei depois dele, me apressando para dentro do prédio, porque eu estava a vinte segundos de me quebrar em um festival de tagarelice. India já tinha saído quando voltei, mas ela tinha deixado um presente. Em cima da minha cama havia uma sacola preta, com papel de seda em uma cascata de cores vermelhas e rosas. Essas não eram as cores que me vinham na cabeça quando eu pensava em Ação de Graças. Rasgando a sacola, eu joguei o papel de seda atrás de mim, olhando para dentro. Minha boca caiu quando puxei o item para cima. Era preto, com lacinhos e tinha buracos onde normalmente seriam cobertos. — India. — eu murmurei, sacudindo minha cabeça. Jogando a lingerie para o lado, peguei a primeira coisa dentro da sacola que meus dedos alcançaram. Uma coisa gelada e dura. Era um par de algemas, completo com chave, pendendo no meu dedo. Jogando-os de volta na sacola como se eles tivessem me picado, enrolei a parte de cima da sacola e guardei bem fundo no meu closet. Eu poderia estar pronta para dar o próximo passo com Jude, mas não estava pronta para ir do A ao Z na mesma noite. Eu teria que devolver esse presente para ela no Natal, já que foi uma garotinha boazinha de dar um presente desses para sua amiga.

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Apressei minha última tarefa e mandei por e-mail para meu professor às oito da noite. Fazendo uma xícara quente de chá e um hambúrguer vegetariano no microondas para o jantar, eu desliguei as luzes e me arrastei para a cama, desejando que caísse em um sono profundo. Depois de virar e jogar meus lençóis como um furacão três horas depois, percebi que o sono e eu não estávamos fazendo as coisas fáceis para um ao outro. Algum tempo depois da meia noite, coloquei um DVD velho para ver e assisti dois filmes antes de conseguir cochilar. Meu alarme estava tocando menos de duas horas depois. Precisava recuperar a qualidade de sono.

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Capítulo 10

E

u estava na minha terceira xícara de café, e em algum lugar entre a segunda e a terceira, eu cruzei a linha de alerta para o nervosismo.

Oh, bem, estar nervosa era melhor do que estar em coma. Saber que Jude estava chegando a qualquer momento ajudou a melhorar significativamente a minha perspectiva. Meus pais haviam feito reservas em um lugar chique no centro, querendo que nós tivéssemos uma boa alimentação no Dia de Ação de Graças. Eu tentei insistir com ele de que não precisávamos de nada chique, mas mamãe disse que tinha acabado de conseguir uma nova conta e as coisas estavam melhores. E não importou tudo o que eu disse, nada foi capaz de convencê-la, então estávamos indo, nós quatro, comer em algum lugar chique lá no SoHo. Jude havia me mandado mensagem perguntando o que eu estava vestindo e se era o tipo de lugar que ele precisaria ir de gravata. Eu respondi a ele que era o tipo de lugar que ele poderia escolher o que quisesse vestir. Jude sempre ficava maravilhoso. Com ou sem gravata. Eu escolhi algo mais sofisticado, um vestido com uma cor de amora, vintage, porque eu estava praticamente morando no meu jeans e moletons e eu me sentia bem em me arrumar um pouco mais de vez em quando. Colocando as minhas sapatilhas, uma batida soou na porta.

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Eu praticamente dancei ao cruzar a sala. Abrindo a porta com tudo, encontrei o Jude parado lá, parecendo um pouco desconfortável em sua gravata e camisa social, segurando suas mãos atrás das costas. O desconforto dele sumiu quando ele deu uma boa olhada em mim. — Você fica mais linda a cada vez que eu te vejo. — ele disse, me olhando como se tivesse tentando firmar esse momento na memória dele. —

Obrigada.

eu

respondi,

fazendo

uma

pequena

reverência. — E você também se arrumou bem. —corri meu dedo pela gravata dele. —

É

do

Tony.

ele

disse,

adivinhando

os

meus

pensamentos. — O Tony tem gravatas? — Isso não combinava com a imagem de conquistador que eu tinha. — Ele é católico. — Jude disse, vendo meus dedos deslizarem pela gravata. — E a mãe dele liga para ele todo domingo para se certificar que ele foi à missa. Então sim, o Tony tem um monte de gravatas. — Ela ficou boa em você. — eu disse, deixando a gravata preta cair de volta no lugar. — Tony me ajudou a arrumá-la porque eu não sabia que infernos eu estava fazendo. — ele disse, estralando o pescoço de um lado e do outro, como se aquilo estivesse estrangulando-o. — Você está com a sua mochila? — eu perguntei, sem ver uma a vista. A expressão no rosto de Jude caiu. — Que mochila?

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Meu rosto caiu junto com o dele. — A mochila que você deveria trazer para passar quatro dias inteiros comigo. — eu disse, querendo fazer biquinho. — Essa mochila. — Ah, — Jude disse, seu braço alcançando algo, - Você quer dizer essa aqui? Pegando-a de sua mão, eu a joguei em cima da cama. Pronto. Agora nós estávamos prontos para o final de semana. — E isso também é para você. — ele disse, tirando sua outra mão das costas. Outra rosa. Uma rosa de cor rosa dessa vez. Nós estávamos fazendo progresso; ela ainda não era a rosa vermelha do amor, paixão, e no meu modo de ver, sexo, mas era um passo na direção certa em vista da rosa branca da pureza que ele havia me dado da última vez. Ele deu uma risadinha enquanto eu continuava a estudar a rosa. — É apenas uma flor, Luce. Não a resposta para todas as questões da vida. Pegando-a dele, eu a coloquei no meu travesseiro. — Tudo significa alguma coisa. Querendo admitir ou não. Entrando no meu quarto, ele encarou a minha cama antes de olhar novamente para mim. Ele me deu um estúpido sorrisinho enquanto pegava o meu casaco pendurado na cadeira giratória. — Eu suponho que seja

verdade. — Jude admitiu,

segurando o meu casaco aberto para mim, — Se você é uma mulher. Mas para nós homens, uma rosa é apenas uma rosa. E a menos que nós estejamos apaixonados por uma garota ou esperando conseguir uma transa, nós não saímos do nosso caminho para consegui-las.

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Enfiando meus braços no meu casaco de lã que batia na altura do meu joelho, o Jude deslizou para fora o meu cabelo que tinha ficado preso embaixo do colarinho. Seus dedos apenas roçaram o meu pescoço e isso disparou um raio pelo meu corpo. Antecipação fez o toque dele ainda mais inflamável. — Então quais dessas razões masculinas fizeram você comprar uma rosa para uma garota? Prendendo o cinto do casaco, eu me virei para ele. Ele estava com aquele sorriso no rosto. Ele ergueu as sobrancelhas. — As duas. O meu estômago se revirou e caiu. — Vamos lá. — ele disse, pegando a minha mão e me levando para fora do quarto. — Nós temos o final de semana inteiro. Vamos passar pelo almoço de Ação de Graças, café da manhã, seja lá o que for, antes das roupas começarem a voar. Fechando a porta atrás de nós, eu soltei a respiração. — Se você insiste. Jude riu enquanto nós caminhávamos pelo corredor. — Já que os seus pais meio que voaram lá do outro lado do país para quepudessem jantar com a preciosa filha deles e o filho da mãe do namorado dela em um restaurante granfino, sim, eu tenho que insistir. — Você está fazendo muito sentido para ser um membro da espécie masculina. — eu disse enquanto nós descíamos pela escadaria. Jude me deu um olhar que queria dizer obviamente.

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Meus saltos batiam na escadaria, preenchendo o espaço com um eco. — Como infernos as mulheres conseguem andar nesses negócios? — Jude disse, estudando os sapatos com uma careta. — Nós temos poderes especiais que nos permitem isso. Jude parou no degrau atrás de mim. — Sim, bem, com ou sem poderes especiais... — me puxando para os seus braços, ele me apertou contra seu peito —.... Eu não quero que você quebre o pescoço nessas escadas. Coloquei os meus braços em volta do pescoço dele. — Você vai me carregar por mais quatro lances de escada? — Não. — ele respondeu, seus olhos me observando. — Eu vou te beijar por mais quatro lances de escada. — Abaixando seu pescoço, eu ergui o meu, e quando nossas bocas se encontraram, eu não tinha certeza de como ele estava conseguindo descer pela escadaria sem cair, mas eu não teria sido capaz de conseguir fazer isso. Talvez fosse esse o motivo verdadeiro para ele me carregar. Chegamos com os braços duros à porta da saída, uma surpresa de Nova York estava nos esperando. Flocos de neve rodavam no céu, caindo em nossos rostos. Jude olhou para cima, levando os lábios dele junto. O céu estava nublado, uma tonalidade azul acinzentada tingindo-o. — Parece que uma tempestade está vindo em nossa direção, — ele disse, me carregando o resto do caminho até a sua caminhonete. — Ainda bem que eu vim preparado. — Chutando seus novos pneus de neve, ele abriu a porta e me colocou para dentro.

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Eu olhei para o meu Mazda, estacionado em seu lugar, suas janelas já cobertas por uma fina camada de neve. Pneus de neve eram um conceito estranho para mim, e eu estava despreparada para o inverno que já estava aqui, pelo jeito. — Não se preocupe, Luce, — Jude disse, pulando ao meu lado. — Eu vou cuidar disso. Eu levo o seu carro no mecânico alguma hora esse final de semana e te arrumo um par de pneus de neve para colocar. Eu não gostei dessa solução por umas duas razões. —Você não vai para lugar algum nesse final de semana a menos que você conte se mover da cabeceira da minha cama até o pé dela. — eu comecei, olhando-o enquanto ele saía do estacionamento. Ele estava sorrindo. — E eu sou mais do que capaz de cuidar dos meus próprios pneus de neve. Eu não preciso que você faça tudo para mim. Seu rosto se contorceu. — Por que não? — Porque sim. — eu respondi. — Porque porquê? Por causa de um monte de razões, mas eu não estava com vontade de listá-las durante o percurso inteiro. Então em vez disso eu me aproximei dele e descansei minha cabeça no ombro dele. — Apenas porque sim. O percurso até o SoHo demorou vinte minutos, mas com a minha cabeça enfiada no pescoço do Jude e o seu braço em volta de mim fez o caminho parecer ainda mais curto. — Esse é o lugar? — Jude perguntou, inspecionando o restaurante,

que parecia

ter

sido construído com

enquanto nós passávamos por ele.

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janelas


— É. — respondi, procurando os meus pais. O voo deles havia chegado mais cedo pela manhã e haviam dito que eles iriam se situar no hotel deles antes de nos encontrar para o almoço. Jude estava visivelmente desconfortável, continuando a encarar o lugar como se ele não pertencesse ali. — Ei. — eu disse, colocando minha mão na perna dele, — Você está bem com tudo isso? Claro que eu queria que ele dividisse o dia de Ação de Graças com a minha família, mas não se isso significasse que ele fosse ficar desconfortável o tempo inteiro. Manobrando a sua caminhonete em um lugar apertado na rua, ele olhou para mim. — Sim, eu estou bem. — Ele pegou minha mão e a beijou antes de desligar o carro. — Você é minha família. Eu vou aonde você for, Luce. Aquela sensação de calor que parecia estar sempre presente quando o Jude estava por perto me derreteu. Suas palavras eram tão habilidosas quanto suas mãos. Eu sabia que a situação de montanha-russa valia a pena para que eu possa chamar esse homem ao meu lado de meu. Chegando ao meu lado, Jude abriu a porta para mim e, ao invés de me ajudar com uma mão, ele me pegou de volta no colo. Pressionando um beijo quente na minha testa, ele me carregou pela rua branca de neve e não me colocou no chão até que nós estávamos parados na frente do saguão do restaurante. Nós dois estávamos rindo, consumidos um pelo outro, então os clientes e a equipe do restaurante nos encarando como se o circo tivesse acabado de chegar à cidade, nenhum de nós

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registrou imediatamente. Uma linha de clientes esperando por suas

mesas

estavam

nos

avaliando

com

caretas,

e

a

recepcionistaparada atrás de uma mesa estava com os olhos estreitos entre eu e o Jude. — Sinto muito. — eu disse, limpando a garganta. A mão do Jude se entrelaçou entre o meu braço, agarrando a minha cintura... A outra repetiu o mesmo do outro lado. — Eu não sinto. — ele disse alto, as palavras ecoando pelo saguão de pé-direito alto. E então ele estava me abaixando até perto do chão, seus olhos sorrindo para mim antes de seus lábios fazerem um lento trabalho de descongelar os meus. Tão logo eles derreteram em submissão, ele se inclinou para trás. Sorrindo para mim, ele sussurrou, — Eu não sinto. — antes de me erguer de volta para a posição vertical. A sala estava girando, e agora os olhos estreitados dos curiosos haviam se transformado em pequenos sorrisos. Alguns dos homens até ergueram suas taças de martini para nós dois. — Nome de sua reserva?— a pequena recepcionista de cabelos vermelhos disse, ainda olhando para mim com os olhos estreitados. Por mim estava tudo ótimo. Eu também faria cara feia para ela se um homem como Jude tivesse acabado de fazer o que ele tinha feito com ela, sem se importar se o mundo inteiro visse o quanto ele era louco por ela. Para ser a namorada do Jude, valia a pena receber alguns olhares feios de vez em quando. — Larson. — respondi, dando a ela um sorriso doce enquanto eu colocava as duas mãos em volta do braço do Jude.

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Verificando seu livro, seus olhos voltaram para onde minhas mãos estavam fixadas no Jude. — Mesa vinte e dois. — ela ladrou para a recepcionista ao lado dela. — Por aqui. — a outra disse, nos levando para a sala de jantar. — Obrigada. — eu disse com outro sorriso enquanto nós passávamos

pela

ruiva

cujos

olhos

eu

conseguia

sentir

observando cada passo que o traseiro do Jude dava. Pode encarar o quanto quiser, querida, porque o homem é meu. Meus pais se levantaram da mesa logo que nos viram cruzando o salão de jantar. Os dois estavam sorrindo, os dois chegando mais perto de parecer com os pais da minha juventude. Os pais que eles foram antes da tragédia nos transformar em pessoas que nós não reconhecíamos. Jude segurou minha mão apertada na sua, amassando-a como se fosse um calmante para nervosismo. Eu entendia o motivo. Até mesmo para mim, antes da crise financeira familiar, este lugar poderia estar um pouco fora da liga da família Larson, reservada talvez apenas uma vez por ano para jantares especiais. Mas para o Jude, alguém que não era exatamente de uma família destituída, mas pobre, antes de passar os cinco anos de sua adolescência em um abrigo para garotos onde cachorrosquentes e vegetais enlatados eram uma ocorrência diária, este lugar provavelmente parecia como uma terra estrangeira. Uma terra estrangeira onde os cidadãos estavam encarandoo, a sua camisa social um número menor enfiada em um jeans

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com barras desgastadas e um Converse velho, como se ele fosse um turista indesejado. Eu fiquei tensa, agarrando a mão dele com mais força e olhando feio para alguns dos piores ofensores enquanto nós passávamos. — Minha Lucy in the Sky. — papai disse, abrindo seus braços quando nós nos aproximamos. — Ei, pai. — respondi, soltando a mão do Jude para dar um abraço nele. — Feliz dia do peru. — ele disse, me apertando com vontade. — Glu, glu. — eu disse, sorrindo para minha mãe. — Oi, querida. — ela disse, seu rosto parecendo mais jovem do que da última vez que eu havia a visto. Algumas das rugas profundas

haviam

desaparecido,

e

ao

invés

de

parecer

perpetuamente irritada, ela estava tendendo mais para o lado pacífico das expressões faciais. Indo do papai para a mamãe, eu dei um abraço nela. — Hey Jude. — eu ouvi o papai dizer, com um sorriso de puro prazer em seu rosto. — Desculpa, mas isso nunca enjoa. — Oi, Sr. Larson, — Jude disse formalmente, apertando a mão dele. — Feliz dia de Ação de Graças. — olhando para minha mãe, Jude limpou a garganta. — Obrigado por terem me convidado, — ele disse, mudando de pé, seu rosto parecendo incerto. Dando a volta na mesa até onde ele estava, eu peguei a mão dele de novo e ele visivelmente relaxou. Isso seria mais difícil para o Jude do que eu havia antecipado. Eu seguraria a mão dele à tarde inteira se fosse isso que ele precisasse.

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Minha mãe contornou a mesa e, parando na frente do Jude, ela colocou as mãos nos ombros dele. — Nós estamos contentes que você veio, — ela disse, sua voz suave e seu sorriso apenas triste o bastante para se adivinhar o que estava se passando pela cabeça dela. Colocando os braços em volta dele, ela puxou Jude para um abraço. Ele parecia tão desconfortável quanto ela. Deixando as saudações fora do caminho, nós tomamos nossos lugares. Eu puxei a minha cadeira para mais perto do Jude e encontrei a mão dele embaixo da toalha de mesa. — Esse é um lugar sofisticado. — Jude disse, olhando para os tetos pintados e lustres pendurados acima de nós. O olhar depapai seguiu o de Jude e, apesar de ser apenas um pouco depois do meio dia e ele estar sentado em uma cadeira de espaldar alto, que não era nada como a sua poltrona velha, papai parecia alerta... Presente no momento. Era uma boa mudança. — É um pouco exagerado, mas a comida supostamente é incrível. — o pai respondeu. Jude assentiu, olhando para o menu de Ação de Graças do restaurante. —Realmente sofisticado. — ele acrescentou, seus olhos se arregalando enquanto ele olhava os preços. — Você deve deixar eu pagar a minha parte e a de Luce, Sr. Larson. Ambos os rostos dos meus pais pareciam ofendidos. Jude de alguma forma conseguia trabalhar meio período em uma oficina perto do campus e estava conseguindo juntar um dinheiro extra. Eu não sabia como ele conseguia trabalhar vinte horas por semana fora as aulas dele e o horário do futebol americano e ainda arrumar tempo para nós, mas ele conseguia.

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Ele dizia que conseguia porque não dormia. Eu estava começando a achar que isso não era um exagero. — Nós não poderíamos deixar você fazer isso. — minha mãe disse. — Nós convidamos vocês dois aqui e nós insistimos. Jude abriu sua boca, o que era um esforço desperdiçado quando se tratava em discutir com a minha mãe, quando papai acenou sua mão. — Nós podemos lidar com isso, Jude. — ele disse. — É o mínimo que podemos fazer. A expressão do Jude se tornou vazia... Até mesmo o pouco de cor sumindo do rosto dele... Antes da mão dele se apertar em volta da minha. — O mínimo que vocês podem fazer já que arruinaram a minha família? Minha cabeça chicoteou para o lado, minha boca abrindo. Eu sabia que o Jude estava desconfortável, mas eu nunca achei que ele estaria tão chateado assim. Eu estava errada. Eu o pressionei para isso. Era muita coisa, muito rápido. Os ombros do meu pai caíram quando ele se inclinou novamente em sua cadeira. — Eu quis dizer que o mínimo que nós podíamos fazer já que você tem cuidado tão bem de nossa filha. Nem Jude ou outra pessoa teve uma chance de responder porque a nossa garçonete chegou, seus olhos automaticamente mirando o Jude. — O que eu posso trazer para vocês beberem essa tarde? — ela perguntou. Bem, ela perguntou ao Jude. Ninguém respondeu; nós ainda estávamos muito chocados em silêncio devido à pequena explosão do Jude. Então eu quebrei o gelo. — Eu tomarei um chá de romã. —acho que poderia ter

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jogado um ‘por favor’ para garantir, mas a idiota não conseguia tirar seus olhos gordos de cima do Jude. — Eu tomarei uma água. — Jude disse, encarando omenu. — Ah, peça algo divertido. — mãe disse, tentando aliviar o clima. — Eles estão servindo um tipo especial de cidra quente hoje ou... Jude olhou para cima, seus olhos parando na mãe. — Eu tomarei água. — ele repetiu, sua mandíbula ficando mais tensa. Atirando um olhar de ‘deixa pra lá’ para minha mãe, eu olhei novamente para a garçonete. Ela ainda estava fixada no Jude. — Sabe o quê? Eu tomarei água também. Jude olhou para mim, os músculos de seu pescoço se esticando, e eu sorri para ele. Ele parecia tão angustiado e pronto para enlouquecer como um gorila enjaulado. Eu nunca pensaria que um almoço de Ação de Graças com os meus pais pudesse ser tão potencialmente perigoso como ele estava se tornando. Eu deveria ter sabido. — Por favor quatro águas.— o pai disse, largando o seu menu. — Vocês já sabem o que vão pedir? — a garçonete pediu. — Nós queremos quatro dos cinco pratos de Ação de Graças. — o pai disse, pegando os nossos menus. — Eu não quero. — Jude disse, balançando a cabeça. — Mas obrigado. — Jude... — eu comecei, antes de ele me olhar com olhos que cortaram a minha frase.

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— Eu não estou com fome, Luce. — ele disse. — Eu estou bem. Nós tínhamos ido de mal a pior em dez segundos. As coisas não estavam se encaminhando bem para o resto da tarde se continuássemos nesse ritmo. — Filho... — papai começou, nada a não ser preocupação em sua voz, antes da cabeça do Jude chicotear para o lado para olhar feio para ele. — Eu não sou seu filho. — Jude disse, sua mandíbula tensa. — O homem cujo filho eu sou está na cadeia por matar o seu filho. Então não finja que nós temos algum tipo de relacionamento que lhe dá o direito de me chamar de ‘filho’. — Explodindo de seu assento, Jude enfiou a cadeira para trás e marchou para longe da mesa. Pulando do meu assento, eu segui atrás dele. Mesmo caminhando rápido, ele estava passando com tudo pela saída antes que eu tivesse saído da sala de jantar. Eu tinha certeza que as pessoas estavam olhando nós dois, mas eu só prestava atenção nas costas largas que caminhava com propósito para a rua. Logo que eu me enfiei pela porta, corri pelos degraus e para a rua. — Jude! —gritei para ele, mas ele não me ouviu. Ele estava caminhando ao lado de sua caminhonete, suas mãos nos quadris e seus olhos em algum lugar totalmente diferente. Então, segurando sua cabeça, ele chutou o pneu da picape antes de enfiar seu punho na lataria enferrujada. O outro punho dele seguiu, até que os dois estavam se movendo tão rápido que

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eu não conseguia dizer qual era responsável por cada nota metálica explodindo no ar. — Jude. — eu corri pela rua em direção a ele, quase escorregando na neve fresca. — Jude, para! — eu disse, parando ao lado dele e pegando um de seus braços. Ele estava tão preocupado em bater o inferno em sua caminhonete, que eu tive que colocar os dois braços em volta de um braço dele antes deconseguir sua atenção. — Jude. — eu disse, tomando um fôlego, — O que você está fazendo? Seu olhar desviou para as marcas que ele havia cravado em sua picape para os meus olhos. Eles não eclipsaram do negro para claro como eles normalmente faziam quando eu interrompia um de seus ataques de raiva, e ter ele olhando para mim com aqueles olhos escuros e torturados, fez um arrepio percorrer a minha espinha. — Eu preciso que você me deixe em paz agora, Luce. — ele disse, com uma mordida em cada palavra. — Pro inferno que eu vou te deixar sozinho. — eu disse, sem soltar do braço dele. — Droga, Lucy! —ele gritou, enfiando seu outro punho na lataria da picape. — Não é seguro ficar perto de mim agora. — Você não me machucaria. — eu disse. — Eu nunca faria isso intencionalmente, mas eu machuco as coisas, Luce. Eu machuco pessoas. — ele disse, desviando o olhar do meu. — Pode acreditar que eu não quero, mas está no meu maldito DNA. A única maneira que eu posso te proteger de mim é se eu reconhecer as vezes que não é seguro estar ao meu

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redor, te falar, e você realmente ouvir. — O tom dele havia se transformado de bravo para... Quase implorando. Ele estava me implorando para eu virar as costas e deixá-lo sozinho, quando momentos como esse era quando nós precisávamos mais um do outro. — Eu preciso resolver as minhas merdas agora. E preciso fazer isso sozinho. — ele disse, encaixando sua mão na minha bochecha, mas ele foi cuidadoso, como se ele estivesse com medo de que o contato pudesse me quebrar. — Diga aos seus pais que eu sinto muito. Ergui minha mão e a dobrei sobre a mão dele na minha bochecha, tentando pressioná-la contra mim. Ela foi recebida com uma umidade quente. Segurando minha mão na frente do meu rosto, eu agarrei a mão dele. — Você está sangrando. — Quase nada. — ele disse, puxando a mão. — Quase nada é um corte de papel,— eu disse, encarando a sua outra mão que também estava pingando sangue. — Você está criando poças de sangue na neve. Você precisa de pontos. Abrindo a porta do lado do motorista, eu peguei as chaves que ele havia deixado embaixo do assento. Eu não sabia onde o hospital mais próximo ficava, mas nós estávamos em Nova York. Um não poderia estar muito distante. — Entre. — eu instruí. — Vou te levar para dar uns pontos nesses cortes. — Não, você não vai. — Jude disse, pegando a minha cintura e me tirando da picape, — Você vai voltar lá para dentro e aproveitar o dia com os seus pais. — Você precisa dar uma olhada nisso. — eu disse, acenando minhas mãos para as dele.

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— Deixa quieto, Luce. — ele avisou, soltando-me e pulando em sua caminhonete. — Pare de agir como um imbecil e pense! — eu disse, chutando sua porta enquanto ele a fechava. Abrindo a janela, ele suspirou. Ele não estava olhando para mim. — Eu estou trabalhando nisso, — ele disse. — Os seus pais vão te dar uma carona de volta para sua casa? — Se eu disser não, você ficaria? Ele não pausou. — Não. — ele disse, ligando novamente a caminhonete. — Mas eu me certificaria que um táxi estivesse aqui te esperando para te levar em segurança para casa. Irritante. — Então sim, eles me levarão para casa. — Bom. — ele disse, assentindo uma vez. — Eu te ligo mais tarde. Depois que eu colocar minha cabeça no lugar. Eu ri um pouco para soltar um pouco a minha frustração. — Se eu tiver que esperar você colocar a cabeça no lugar, eu ficarei esperando para sempre. Seu rosto se enrugou enquanto seus olhos se fechavam. — Acho que estou começando a ver isso também, Luce. Em seguida, sem o menor dos olhares em minha direção, ele saiu da vaga do estacionamento, pausando e esperando eu me mexer. Cedendo, eu dei alguns passos para trás. — Tchau. — ele sussurrou, seguindo para a estrada, as rodas da picape fazendo linhas na neve. Meus olhos se encheram de lágrimas, mas eu não as deixaria cair, porque deixá-las cair,

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era como se eu estivesse admitindo que valia a pena chorar por isso. Algo que valia a pena a chorar não era um lugar que eu queria visitar quando se tratava do Jude e eu. Então, eu não chorei. Eu forcei as lágrimas a desaparecerem. Eu me concentrei no sangue que marcava a neve aos meus pés, empurrando para longe os pensamentos que se esgueiravam para cima de mim, sussurrando que isso era uma metáfora para o que estava por vir.

Eu voltei de fato ao restaurante, ignorando os olhares de curiosidade e as caretas de reprovação; eu até consegui jogar papo fora com os meus pais e comer um pouco de tudo que foi servido. Eu fui seguindo a maré, colocando a minha máscara de Está tudo bem, mas não estava. Cada segundo que passava, perfurava outro buraco no meu coração. Eu queria estar com ele, confortar o que precisava de conforto, de ser assegurada de que nós ficaríamos bem. Que nós passaríamos por essa tempestade. Depois do almoço, eu mostrei Nova York para os meus pais. Nós vimos as paisagens, jogamos mais papo fora, e a dor no meu coração ficava pior. — Querida, você tem certeza de que você não quer ficar conosco no hotel esta noite? — mamãe perguntou, se virando em seu assento enquanto papai dirigia pelo campus de Juilliard. — Nós saímos em um voo logo cedo amanhã, mas você poderia ficar dormindo, pedir serviço de quarto, e nós poderíamos arrumar um taxista para te levar de volta.

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— Obrigada, mas eu tenho um monte de dever de casa para fazer e eu preciso ensaiar para o recital de inverno. — eu disse, olhando pela janela, tentando afogar o som de ‘Blackbird’ que estava tocando nos auto-falantes. Mesmo sendo um carro alugado, papai tinha que ter Beatles tocando. — Você tem dever de casa no feriado de Ação de Graças? — Meu pai entrou na conversa, olhando no espelho retrovisor. — Nem me fale. — eu disse, soando tão entorpecida quanto eu estava me sentindo. — Eles são feitores de escravos aqui. O papai fez um estalo com a língua, balançando a cabeça. — É aqui, Lucy in the sky? — o pai perguntou, desacelerando na frente de um dormitório escuro e olhando para ele. — Lar, doce lar. — eu disse, indo abrir a porta do carro espalhafatoso que eles haviam alugado para a viagem. Na verdade, eles haviam sido espalhafatosos com a viagem inteira, o dia inteiro. E um robô teria sido uma companhia tão boa quanto. Saindo do carro, eu olhei para o Mazda. A neve havia parado, mas uns bons dois centímetros o cobriam. — Você vai ficar bem, Lucy? — minha mãe perguntou, saindo do carro e olhando por cima dele para mim. — Ela vai ficar ótima. — meu pai respondeu por mim, saindo do carro e dando um sorriso só meu. Eu assenti, porque era só essa mentira que eu era capaz de dar no momento. — Obrigada por terem vindo até aqui. — eu disse, dando um abraço no meu pai. — E desculpa pelas coisas terem ficado tão complicadas.

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— A vida é complicada, minha Lucy in the sky, — ele disse, acariciando minha bochecha. — Isso é esperado. Para alguém que havia sido declarado mentalmente instável um pouco mais de cinco anos atrás, meu pai era um homem muito sábio. Minha mãe deu a volta no carro e me envolveu em seus braços. — Tudo ficará bem, querida. — ela disse no meu ouvido. — Os homens apenas precisam de tempo para resolver estes tipos de coisas. Eles não têm a necessidade de falar sobre o assunto até esgotá-lo como nós. E para alguém que havia sido a rainha do gelo pelos últimos cinco anos, ela estava sendo surpreendentemente afetuosa. — Obrigada, mãe, — eu respondi. — Isso soa como um bom conselho. — Eu sou a especialista neles. — ela disse, sorrindo na minha frente. — Eu tenho vivido isso pelos últimos cinco anos. — ela balbuciou, olhando para o pai. — Tenham um bom voo. — eu disse, dando uma bitoca rápida na bochecha de cada um antes de seguir para a entrada do prédio. — Vejo vocês no Natal. — Eu te amo, querida. — minha mãe disse enquanto eles me viam seguir para o meu dormitório. Eles obviamente não iriam tiram os olhos de mim até eu estava em segurança trancada lá dentro. Para os pais cujos filhos não

cresceram

em

Nova

York,

esse

era

um

lugar

onde

assassinatos ocorriam em cada esquina e um criminoso estava escondido em cada sombra. Eu tinha certeza que a minha mãe

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estava agarrada a uma lata de spray de pimenta quando ela saiu do carro. Deslizando meu cartão-chave na frente do registro, eu empurrei a porta para abri-la. Antes de entrar, eu acenei para eles. Eles acenaram em resposta, sorrindo para mim, minha mãe enfiada sobre o braço do meu pai, parecendo como os pais que eles haviam sido quando eu estava no ensino fundamental. Pelo menos uma coisa na minha vida estava melhorando. O corredor do dormitório está quieto. Silencioso. Quase todos haviam voltado para casa para celebrar com suas famílias, enquanto alguns poucos ficaram para trás, provavelmente celebrando até tarde da noite com seus amigos. Empurrando a porta da escada, eu caminhei pelo corredor vazio, contemplando a minha próxima jogada. Eu estava lutando contra todos os instintos que diziam para eu pular no Mazda e não parar até eu achar o Jude. Eu sabia que deveria ficar esperando e fazer o que ele pediu. Ficar no aguardo, dar a ele um pouco de espaço, e ele me ligaria quando o ataque de raiva que havia estourado tivesse diminuído. Mas demoraria quanto tempo para ele ligar? Ele quis dizer esta noite? Amanhã? Na próxima semana? Batendo a cabeça na minha porta, eu cheguei a conclusão de que um desastre estava esperando para acontecer. Eu não iria deixar o destino tomar as decisões por mim. Esse era o meu trabalho. Eu preferia ser a culpada por ter tomado a decisão errada do que o destino ganhar todo o crédito quando eu tomar uma certa.

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Ligando a luz, eu fiquei parada no batente da porta, encarando a cama, onde a mala do Jude e a rosa cor de rosa que ele havia me dado horas antes estava. A rosa já estava começando a murchar. Encarando aquela flor, as pétalas rosas se curvando nas extremidades enquanto a vida se esvaia dela, me ajudou a tomar uma decisão. Desligando a luz, eu fechei de novo a porta e corri pelo corredor. Eu não iria deixar o que nós temos morrer por negligência. Eu estava descendo as escadas e fora da porta em menos do que alguns minutos após os meus pais terem ido. Eu ainda não havia comprado aqueles negócios de puxar neve que os nativos de Nova York pareciam ter pelo menos dois nos porta-malas de seus carros em qualquer dia do ano, então eu usei o meu antebraço para tirar a neve das janelas antes de me jogar para dentro. Eu liguei os aquecedores no máximo logo que liguei o carro e apertei o acelerador com um pouco de força, dada às condições de condução no inverno. O carro derrapou em um padrão na neve antes de eu conseguir controlá-lo. Respirando devagar, pressionei o acelerador cuidadosamente e o carro se comportou bem. Quando eu deixei Long Island, eu já estava me sentindo confortável o bastante com a direção na neve para ser perigosa, mas as estradas estavam silenciosas e ficariam mais ainda quando estivesse chegandoà Syracuse. Seria bem depois das duas da manhã, talvez até mais tarde por causa das estradas, antes de eu chegar apartamento do Jude.

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à entrada de cascalho do


Eu não sabia onde ele havia ido... Ele poderia estar em qualquer lugar... Mas aqui seria o meu ponto de partida. Eu procuraria sob cada canto e recanto de Nova York até eu encontrá-lo. Eu não me importava se ele havia pedido para eu o deixar em paz e dar a ele tempo para entender as merdas dele. Eu também era verdade o que a minha mãe havia dito sobre os homens não quererem discutir um assunto até a morte. Eu não queria conversar... Eu só precisava que ele soubesse que eu estava aqui por ele. Apenas precisava que ele me abraçasse enquanto entendesse o que precisava entender. Eu precisava que ele soubesse que eu não iria para lugar algum e ele não podia me mandar para algum lugar que não fosse onde ele estava. Eu só precisava que ele olhasse nos meus olhos e soubesse que tudo ficaria bem. Já era depois das três quando eu desliguei a ignição do lado de fora do apartamento do Jude. A neve havia tornado a viagem difícil e acrescentou outra hora em cima da jornada de cinco horas. Eu não estava cansada, no entanto, porque estacionada do outro lado do gramado estava a caminhonete do Jude, a evidência do incidente desta tarde, onde a picape dele havia se tornado um saco de pancadas, bem na minha frente. O aglomerado de carros de sempre que se espalhavam pela rua e pela calçada, não parecia estar havendo uma festa lá dentro, mas a quantidade de carros que tinha lá na frente era como se fosse como qualquer outra noite de festa. Caminhando pela grama, eu me certifiquei de ir devagar por causa da temperatura baixa que havia tornado grande parte do estado de Nova York uma folha fina de gelo. Eu ainda estava com

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as minhas sapatilhas e elas não eram exatamente os sapatos ideais para sair vagando no meio de um campo de gelo. Passei pela calçada e pelas escadas e, descansando minha mão na maçaneta, eu exalei, percebendo que estive com tanta pressa para chegar aqui, que não havia realmente planejado o que eu iria dizer. Eu não precisava dizer nada, eu me lembrei. Só precisava colocar meus braços em volta dele e deixá-lo saber que eu estava aqui por ele. Qualquer que seja a forma que ele precisasse de mim. Contanto que não fosse ser deixada para trás em alguma rua doSoHo. Eu não bati, porque ninguém teria respondido, e bater não era uma formalidade que este lugar requeria. Na verdade, não haviam formalidades que habitassem dentro das paredes desta casa, fora chamar um táxi para a última garota que você transou. Alguns caras estavam espalhados pela sala, comendo pizza e jogando vídeo game, mas ninguém me notou quando eu entrei. Jude não estava entre eles, então eu subi as escadas, esperando que minha busca terminasse no quarto dele. Eu não precisava de uma audiência para ver como o Jude iria reagir comigo aparecendo no meio da noite. A porta dele estava fechada, nenhum som saindo dela a não ser o fluxo do chuveiro. Abrindo a porta, eu entrei. Eu já estava indo em direção ao banheiro quando percebi que não era o Jude no chuveiro, fazendo ondas de vapor entrarem no quarto. Ele estava estendido sobre a cama, em um coma bêbado. Totalmente pelado.

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Os dedos dele ainda estavam em torno de uma garrafa quase vazia

de

tequila.

Minha

mente

não

estava

conseguindo

acompanhar tudo que estava vendo. Jude. Nu. Cama. Bêbado. Tequila. Chuveiro. Logo que o meu coração começou a acelerar, entendendo o que eu não queria encarar, o chuveiro foi desligado. Eu queria virar e correr para fora do quarto dele, desta casa, e fingir que eu não havia visto nada disso. Eu queria acordar amanhã com uma mente apagada de tudo que aconteceu entre a meia noite de ontem e as três horas da manhã de hoje. Eu ouvi a cortina deslizar e, enquanto eu estava voltando para trás em direção à porta, alguém caminhou para fora do banheiro. Tão nua quanto o Jude e ainda molhada do chuveiro, o olhar da Adriana se moveu para onde eu estava, seu rosto caindo por um segundo. E então ele se levantou em um sorriso. — Ops.— ela disse, se virando na minha direção para que eu pudesse ver cada centímetro nu do corpo que o Jude havia apreciado. — Nós não estávamos exatamente esperando por você. Continuei me movendo para trás, incapaz de sair do quarto dele rápido o bastante. Na minha pressa, meu quadril bateu na lateral do armário do Jude. Algo caiu no chão, se quebrando. Eu não precisava olhar para baixo para confirmar o que havia acabado de se quebrar em uma bagunça impossível de arrumar. O barulho acordou Jude. Balançando a cabeça, a primeira coisa que ele notou foi a garrafa que estava segurando. Suas sobrancelhas se uniram. Examinando seus braços nus depois, seus olhos viajaram por todo o comprimento dele. Uma careta foi acrescentada à sua

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expressão. Em seguida ele notou a Adriana, em todo o seu esplendor molhada e nu, que parou de dar um sorrisinho de escárnio para mim para lançar uma piscadela para ele. A expressão dele se endureceu, seu rosto ficando pálido, em seguida, quando seus olhos percorreram o meu caminho, a expressão toda dele se quebrou. Igual a minha havia feito. Eu não iria me perder na frente dela. Eu não iria deixá-la ver que ehavia ganhado. Finalmente alcançando a porta, eu me joguei para fora, já correndo pelo corredor quando o grito de Jude estalou atrás de mim. — Luce! Eu não parei... Eu nem mesmo desacelerei. Eu nunca iria parar ou desacelerar ou suspirar por ele dizer Luce novamente. Correndo pelas escadas, eu bati em cheio em um peitoral duro. — Opa. — Tony disse, me segurando. — Lucy? O que você está fazendo aqui? — ele perguntou, olhando para mim. — Porque está tão chateada? Jogando um olhar por cima do ombro, eu me esquivei do abraço do Tony. Eu não o vi, mas a voz dele estava se aproximando. — Luce! — Jude gritou de novo pelo corredor. — Espera! Eu não esperei. Eu não podia. Correndo para fora da porta, eu pulei os degraus, deslizando quase o caminho inteiro até o Mazda. Minhas mãos estavam tremendo, mas consegui tirar as chaves do bolso do meu casaco e ligar a ignição. Colocando o carro na primeira marcha, uma sombra apareceu na luz amarela que saía da porta aberta.

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Jude. Apertei o acelerador, esquecendo que eu estava em um bloco de gelo. Meus pneus rodaram, me levando a lugar nenhum. — Não, Luce! — ele gritou tão alto que eu conseguia ouvir do outro lado do gramado e através das janelas do meu carro. Respirando fundo, fui com mais calma no acelerador desta vez e ganhei um pouco de tração. Encorajando o Mazda a seguir em frente, consegui ganhar um pouco de velocidade. Antes que eu tivesse conseguido passar por alguns carros, eu vi o Jude pulando pelos degraus e correndo pelo gramado em minha direção. Ele ainda estava pelado, nada a não ser a cueca que ele estava agarrando à sua região baixa. Agarrando o volante, pressionei mais ainda o acelerador, rezando que eu não terminasse em uma vala no final da estrada. — Lucy! — ele gritou, batendo na lateral do carro. Eu gritei em surpresa, pressionando o acelerador um pouco mais. Batendo na minha janela, ele correu junto com o carro. — Para, Lucy! — ele gritou. — Não faça isso. Eu não conseguia olhar para ele, eu não conseguia olhar para o que eu havia perdido, assim tão recente. Mantendo os meus olhos na estrada, mordi meu lábio para evitar chorar e balancei minha cabeça antes de apertar o acelerador. Ele não conseguiu mais manter o ritmo quando eu cheguei ao final da quadra, e apesar de eu jurar que não ia fazer, eu olhei pelo espelho retrovisor.

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Ele estava agachado no meio da rua, sua respiração saindo fumegando o ar da noite, e sua cabeça pendida como se ele estivesse tanto rezando, como aceitando a sua punição.

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Capítulo 11

E

u não sei como consegui chegar inteira no estacionamento de um hotel nos arredores de Monticello... Inteira, mas eu acho que deveria

ter algo a ver com anjos. Inúmeros alertas foram anunciados no rádio aconselhando as pessoas a ficarem fora das estradas, e se alguém tivesse que sair por causa de uma emergência, se certificar de que os pneus estivessem com correntes. Então o fato de que uma garota que nunca havia dirigido na neve ou no gelo em sua vida, conseguiu dirigir seu carro que nem mesmo possuía pneus de neve por centenas de quilômetros sem batê-lo devido a um estado de asfixia devido aos soluços, eu sabia que tinha que haver uma mãozinha nisso. Pegando a minha bolsa, eu saí do carro. Meus saltos deslizavam e escorregavam pelo estacionamento, conseguindo chegar dentro do saguão com segurança. O ar estava perfumado com café e algum tipo de desinfetante químico. Mas era limpo e era um lugar onde o Jude não podia me encontrar. Eu sabia que ele viria procurar... Eu fiquei checando o meu espelho retrovisor a cada quilômetro, esperando ver os faróis quadrados da caminhonete dele em mim, mas eles nunca apareceram.

Mas

então,

vai

saber?

Talvez

eu

tivesse

superestimado ele. Talvez ele tivesse tirado o negócio de ficar atrás de mim do sistema dele quando ficou correndo no meio da rua cheia de gelo, vestindo nada a não ser uma cueca. O pensamento me deixou ainda mais deprimida. Eu queria ser

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perseguida, em alguma parte de mim que eu não queria reconhecer... Eu queria saber que eu significava mais para ele do que desistir depois de alguns minutos. Mas então eu me lembrava do corpo lustroso e nu da Adriana e aquele sorrisinho dela e eu jurei que nunca mais queria ver Jude Ryder de novo. Andei cuidadosamente pelo saguão, como se eu ainda estivesse atravessando gelo, e a recepcionista olhou para cima. Seu sorriso era caloroso. — Bom dia. — ela cumprimentou. — Oi. — eu respondi, porque não havia nada ‘bom’ sobre aquela manhã. — Preciso de um quarto, se você tiver um. Eu não havia pensado que o hotel poderia estar lotado. O pensamento de voltar para o carro e andar com os punhos apertados mais alguns quilômetros até o próximo lugar fez o meu estômago se revirar. — Temos sim. — ela disse, tamborilando seus dedos sobre as teclas. — Por quanto tempo você ficará conosco? Tanto tempo quanto possível. Até o final dos tempos. — Até domingo. —falei. Eu não queria ficar no meu quarto ou em um lugar que poderia ser encontrada, até que eu realmente tivesse que ser. — O check-in não é até às três, então eu tecnicamente deveria te cobrar por quatro noites.— ela disse, passando o cartão-chave por um dispositivo. — Tudo bem. — eu disse, pegando a minha carteira.

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— Mas como é o final de semana de Ação de Graças e eu gosto de dar um tempo ao ‘tecnicamente’ nos feriados... — ela disse, olhando para mim com aquele sorriso novamente. — Obrigada. — eu disse, entregando a ela o meu cartão. Eu não sabia quanto isso custaria, eu nem mesmo sabia se o único quarto que eles tinham restante era a suíte presidencial. Apenas queria rastejar em uma cama e deixar o sono me levar para longe da realidade por um tempo. Ela pegou o meu cartão, estudando o meu rosto. Seu sorriso se alinhou em preocupação. — Querida, você está bem? Ótimo. Eu era uma exposição andante óbvia de emoção. Eu acho que os meus olhos vermelhos e rosto inchado entregavam que eu não estava ‘bem’. Eu assenti. — Apenas cansada. —respondi, desejando que ela pudesse passar o meu cartão mais rápido para quepudesse seguir o meu caminho. Entregando-me uma cópia do meu recibo, ela me entregou de volta o cartão. — Dê uma ligada para a recepção se você precisar de qualquer coisa. — ela disse, descansando sua mão sobre a minha. Dando um tapinha, ela me deu outro sorriso. — Só Deus sabe que eu os amo, mas os homens são uns gigantes pé no saco. Eu não me perguntei o motivo pelo qual, de toda a população de recepcionistas de hotel, eu terminei justo na frente da mais perceptiva delas, porque a ironia da coisa toda meio que combinava com o tom das últimas vinte e quatro horas.

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Tentando dar sorriso de volta, bati o meu cartão no balcão. —

Concordo.—respondi,

antes

de

seguir

em

direção

aos

elevadores. Cheguei até o terceiro andar; eu até mesmo passei pelo corredor e entrei no meu quarto antes do próximo lote de lágrimas chegarem. Para alguém que detestava chorar, eu estava fazendo muito disso hoje. Tomando alguns segundos para tirar meus sapatos e casaco, deslizei embaixo das cobertas e fechei meus olhos. Eu estava dormindo antes que a próxima lágrima pudesse cair no meu travesseiro.

Passei os próximos três dias sem sair do quarto. Eu dormi quase o dia todo na sexta-feira, assisti televisão sem realmente assistir depois disso, e não pedi a minha primeira refeição até a tarde de sábado, porque eu havia perdido o meu apetite. Mesmo assim, eu tive que me forçar a terminar metade da minha torrada com queijo. Entre surfar pelos canais e dormir, eu tomei banhos. Eu preferia os banhos porque eu podia fingir que não estava chorando quando estava no chuveiro. Eu até mesmo tentei encontrar um estúdio de balé que eu pudesse dançar apenas para me livrar um pouco da dor sufocando dentro de mim. Claro, nem um único estúdio estaria aberto nesse final de semana de feriado. Desliguei meu telefone quando acordei na sexta-feira porque o Jude esteve ligando a cada meia hora desde cedo naquela manhã. O meu palpite era que ele havia chegado no meu

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dormitório, apenas para descobrir que eu não estava lá, e estava ficando louco tentando descobrir onde eu estava, ou preocupado com o que havia acontecido comigo nessas estradas. Desligando o meu telefone, eu me lembrei que um homem que dormia com outra mulher não tinha o direito de se preocupar comigo, ou de se certificar se eu estava segura. Eu dormi até tarde no domingo, querendo adiar o inevitável. O hotel tinha sido como um cobertor quente de segurança, mantendo-me fora da linha da tempestade que estava se aproximando de mim, mas o hotel não poderia me esconder para sempre. Eu tinha a realidade para voltar e eu tinha certeza que não iria arruinar a minha vida por causa de um cara que nem deveria ter entrado na minha vida em primeiro lugar. O gelo e a neve haviam derretido sexta-feira à tarde, então as estradas e o meu Mazda se entenderam bem mais nessa viagem, embora as estradas estivessem centenas de vezes mais cheias nessa viagem graças aos turistas de feriado voltando para casa. Era tarde quando voltei para Juilliard. Eu disse a mim mesma que não era porque eu estava enrolando, mas porque eu queria aproveitar as paisagens da cidade atrás do pára-brisa do meu carro. Claro que eu estava vivendo em um estado de negação o final de semana inteiro, então por que parar agora? O estacionamento estava quase cheio novamente, quase todas as luzes estavam ligadas e fluindo de pessoas que estavam voltando de um longo final de semana. Estacionando na minha vaga, desliguei o carro e respirei fundo algumas vezes antes de sair. Eu não podia mais ficar enrolando.

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Jude e a sua picape não estava em nenhum lugar à vista, então talvez eu estava certa e eu não tinha valido a pena mais do que por alguns minutos de perseguição e um trilhão de ligações telefônicas. Este pensamento foi um dos mais depressivos que eu já tive. Eu ainda estava com a mesma roupa na qual deixei o dormitório

na

quinta-feira,

ela

estava

amassada,

suja,

e

necessitando de uma lata de lixo agora. Eu conseguia sentir os cheiros e ouvir fracamente os sons desde a escada, que a India estava de volta. Era só isso que eu precisava. Acomodar-me ao seu lado enquanto ela fazia algum tipo de chá hippie que continha algo que eu não queria saber o que era, enquanto eu derramava tudo que estava dentro de mim e ela me dava um sábio conselho, ou me daria a ideia de fazer um vodu de Jude. Empurrando a porta da escada, que parecia duas vezes mais pesada do que costumava ser, eu fiquei tensa logo que virei pelo corredor. A mesma figura, quase na mesma posição que eu havia visto no meu espelho retrovisor há quatro noites, estava agachado no corredor, encarando a minha porta como se ele estivesse implorando para que eu o deixasse entrar. Eu tinha acabado de dar o meu primeiro passo na direção da escada quando os ombros do Jude ficaram tensos, logo antes de sua cabeça se virar na minha direção. — Luce. — ele sussurrou, dizendo o meu nome como uma oração. Eu balancei minha cabeça, meus olhos se enchendo com mais malditas lágrimas enquanto eu continuava recuando. Eu

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não podia mais fazer isso. Eu não podia mais com o Jude Ryder porque iria acabar sendo o motivo da minha morte ou internação. — Luce. Por favor. — ele implorou, tentando se levantar. Ele cambaleou, como se tivesse ficado sem força ou estivesse totalmente bêbado. Eu continuei recuando. Era a única maneira que eu sabia para me manter protegida dele. Eu apenas continuaria recuando até o fim do mundo se tivesse que fazê-lo. — Luce. — ele repetiu, seu rosto inteiro se retorcendo. Se equilibrando na parede, Jude deu dois passos na minha direção. Mas ele não conseguiu chegar a dar um antes de suas pernas cederem, seu corpo inteiro desmoronando em seus joelhos. Foi instintivo, não racional, como eu respondi. Correndo em direção a ele, eu tive esse lampejo de pânico de que ele estivesse morrendo. Eu nunca havia visto o Jude fraco; não achei que ele tinha isso nele. Vulnerabilidade, claro, mas nunca fraqueza. E aqui estava ele, incapaz de suportar seu próprio peso mais do que um passo de cada vez. Deslizando no chão ao lado dele, eu pude notar logo de cara que a sua falta de equilíbrio e coordenação não era induzida pelo álcool. Sua respiração forçada apenas tinha o cheiro do Jude, e seus olhos estavam claros. Exceto quando eles se levantaram para encontrar os meus, eles nublaram com uma emoção que era tão profunda que eu tinha certeza que nunca poderia decifrar. — Deus, Luce.— ele sussurrou, sua respiração saindo entrecortada, — Nunca mais faça isso comigo.

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Seus braços se envolveram ao meu redor, me puxando contra ele com toda a força que lhe restava. Não era o abraço normal dele, o que dava a sensação que aqueles braços poderiam me proteger de todo mundo; esse era oco e até mesmo um pouco estranho. Afastando-me dele, me assegurando que ele não ia morrer tão cedo, o meu pesar se transformou em raiva. Parcialmente devido ao fato de ele estar aqui quando não tinha o direito de estar mais aqui, e parcialmente porque eu tinha que olhar para o que eu perdi de novo. Seu rosto se cobriu com dor quando eu o empurrei para longe. — Nunca mais faça isso com você? — cuspi as palavras de volta para ele. Eu não me importava o quão fraco ele estava; ele não merecia nem mesmo o mínimo de misericórdia. — Nunca mais faça isso com você? — eu não conseguia falar mais outra coisa. — Sim. — ele disse, encarando o chão, —Não faça mais isso comigo. Você sabe o quão malditamente preocupado eu estive com você? — O peito dele estava arfando com suas palavras, como se o oxigênio não estivesse chegando aos pulmões dele. — Você sabe quantas vezes eu andei por essa cidade me certificando que você não estava morta em algum beco? Você sabe quantos hospitais, delegacias, e jornais eu liguei a cada hora para me certificar de que eles não tinham te encontrado no fundo de alguma vala? — Seus olhos se ergueram de volta aos meus, e eles estavam igual ônix. — Então, sim, nunca mais faça isso comigo de novo. — Ótimo. — eu disse, dando outro empurrão no peito dele. Pela primeira vez, consegui realmente movê-lo. —Vou parar de

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fazer isso quando você parar de transar com vadias pelas minhas costas. Ah, espera, eu já estou farta de você e suas traições, então pode transar com quem infernos você quiser. — Empurrando-o novamente, eu me levantei, me atirando em direção à porta. Eu precisava de uma barreira entre nós nesse momento, de preferência um estado ou dois, mas eu me contentaria com uma porta de dormitório. — Você não está farta de mim. — ele disse, seus dentes cerrados enquanto ele andava de joelhos em minha direção. — Ah, sim, eu estou. Eu estou tão farta de você, Jude Ryder! —gritei, me virando para ele quando abri a porta. — ESTOU FARTA! — Batendo a porta, ela voltou a ser aberta. Jude havia se enfiado no batente da porta e eu consegui batê-la com força na lateral do rosto dele. Ele fez uma careta, mas parecia mais devido ao tipo de dor que não era física. — Infernos e Hades, vocês dois! —India gritou, saindo da cadeira no canto e indo em nossa direção. — Parem de fazer cena. Vocês não são o primeiro casal a ter uma briga, então parem de agir como se fossem. Empurrando-me para o lado, ela se inclinou sobre o Jude, olhando pelo corredor. — Desculpa. — ela gritou, - Nós estamos resolvendo alguns problemas aqui. Nós não manteremos todos acordados a noite inteira. Acenando para o corredor, ela olhou para o Jude, que estava inclinado

no

batente

da

porta,

respirando

como

se

não

conseguisse recuperar o fôlego e encarando o chão como seestivesse esperando que ele o engolisse. Passando os braços

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embaixo dos de Jude, ela o puxou para dentro do quarto. — Entra aqui, seu louco filho da mãe. Uma vez que o Jude entrou, ela fechou a porta e bateu suas costas contra ela. Exalando, ela olhou para onde eu estava de pé ao lado da minha cama, braços cruzados e olhando em todo lugar a não ser o Jude. — Escute o homem. — ela disse como se fosse uma ordem. — Ele fez por merecer e você merece isso também. — Espera. — meus olhos vão para India, — Você já falou com ele? Você realmente acreditou no monte de mentiras que ele contou? India não era ingênua e acreditava que enquanto espécie, os humanos não eram confiáveis, então seja o que for que o Jude tenha falado com ela, deve ter sido impressionante. Uma grande e impressionante mentira. — Isso mesmo. — ela disse, olhando para mim como se eu estivesse me comportando como uma criança. — Você tem um problema com isso? — Apenas alguns milhões. —retruquei. —Amiga. — eu tentei perfurar um pouco mais fundo. Não funcionou. India era um pilar que não seria penetrado por quaisquer dispositivos de culpa. —Escute

amiga.

ela

acrescentou,

arqueando

uma

sobrancelha. — Ele está aqui. Conversem sobre essa merda e então você pode voltar a odiar o traseiro triste dele quando tudo estiver na mesa.

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Andando em minha direção, ela colocou os braços em volta de mim e me deu um longo e apertado abraço. Seus brincos longos e dourados soaram no meu ombro. — Converse. Escute. Eu sei que parece difícil, mas realmente não é.— ela disse, movendo-se em direção a porta. —Eu estarei na sala comum se você precisar de mim. Inclinando-se sobre o Jude, ela deu um tapinha na bochecha dele. Ele não respondeu. — Aqui está a sua chance. Não desperdice. Abrindo a porta, India olhou novamente para a forma amassada do Jude, fazendo uma careta. — Veja se você consegue que esse homem coma ou beba algo, Lucy. Ele estará batendo na porta da morte se não colocar alguns fluídos dentro dele. E é melhor você beber, seu bastardo louco. — ela disse, cutucando a perna do Jude. — Porque uma pessoa apenas consegue passar sete dias sem fluídos antes de seus sistemas se desligarem. Eu acho que você está no dia quatro. Antes de fechar a porta atrás dela, India me deu um pequeno sorriso de encorajamento, e em seguida, era apenas o Jude e eu. Por mais que eu estivesse brava com ele, me deu uma pontada quando eu realmente o olhei. Fraco, cansado, mal era capaz de recuperar o fôlego, encarando o chão sem realmente vêlo. — Você realmente não bebe ou come nada há quatro dias? — perguntei, indo em direção ao frigobar. — Eu não me lembro. — ele respondeu, sua voz tão fraca quanto o resto dele.

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— Maldito tolo. — murmurei, pegando umas duas garrafas de água e uma barra de chocolate que a India e eu mantínhamos escondido na parte de trás para casos de emergência. Um homem prestes a desmaiar por não comer a quatro dias se qualificava uma emergência. Caindo de joelhos na frente dele, abri a tampa de uma das garrafas. — Aqui. — eu disse, erguendo-a aos seus lábios, — Beba. Não era um pedido. Ele não se moveu; sua cabeça apenas ficou parada lá, seus punhos abrindo e fechando sobre suas coxas. — Jude. — eu disse, erguendo o queixo dele até que nós estivéssemos no menos nível. — Beba isso. Por favor. Seus olhos estavam quase tão vazios quanto o seu abraço havia sido no corredor. Algo se retorceu na minha barriga, algo que era mais profundo do que qualquer outra coisa havia sido. Ele abriu seus lábios e eu ergui a garrafa até sua boca e a inclinei para que um fluxo constante caísse. Ele engoliu, mantendo seus olhos fixos nos meus, engolindo tudo que eu estava dando a ele até a garrafa estar vazia. Eu tive que desviar o olhar, porque não podia olhar naqueles olhos mais. O cinza havia sido drenado deles, deixando nada a não ser o preto. — Melhor? —pergunto, jogando a garrafa para o lado e entregando a ele a próxima. Ele assente, parecendo como se estivesse prestes a me puxar para ele.

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— Bom. — eu digo, erguendo minha mão e dando um tapa na bochecha dele. Eu não tinha percebido que iria fazer isso, mas a sensação foi malditamente boa. Pelo menos foi boa até que seus olhos se encolheram e fecharam

enquanto

uma

mão

vermelha

florescia

em

sua

bochecha. — Desculpa. — eu disse, inclinando em sua direção e inspecionando seu rosto. Eu havia acabado de bater no Jude. Com força. E eu nem soube que estava prestes a fazê-lo. Se segure, porque essa montanha-russa havia alcançado o cume e estava prestes a cair diretamente para baixo. — Jude, Deus. — eu disse, segurando seu rosto. Fui reduzida a um monstro emocional e de instinto. — Desculpa. — Faça de novo. —sussurrou, seus olhos ainda fechados. — O quê? — eu disse, esperando ter ouvido errado ou estar confundindo o que ele queria dizer. — Não. — Faça... – abrindo seus olhos, eles se fixaram nos meus — ... De novo. Essa montanha-russa estava descendo. Até fim. — Não. — eu disse novamente, me perguntando se o meu tapa havia soltado algum parafuso. — Droga, Luce. — ele gritou, agarrando meu pulso enquanto eu tentava me afastar, —Me bata de novo! — Não! — eu estava gritando agora também. — Me solta, Jude!

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— Me bata! — ele gritou, erguendo minha mão acima dele e a batendo contra o seu rosto. — De novo! — Agarrando minha outra mão, ele a endireitou e a dirigiu a sua outra bochecha. —Para! — eu gritei, tentando soltar meus pulsos de seu aperto. Suas mãos eram como amarras sobre a minha, sem me deixar ir. Ele levou a outra palma em seu rosto, e então outra. — Para. — eu choraminguei, minha garganta se contraindo em torno de meus soluços. Ele não parou. Tapa após tapa, Jude bateu minhas mãos contra o seu rosto até elas estarem formigando. — Jude, pare. — eu chorei, meus soluços me estremecendo. Suas

bochechas

estavam

vermelhas,

vasos

capilares

se

quebrando na superfície. — Por favor. Em seguida, tão subitamente como tinha começado, ele largou minhas mãos, deixando-as cair novamente no meu colo. Elas ardiam, como se centenas de agulhas estivessem cutucando a superfície, mas o que eu sentia por dentro era o que machucava mais. Eu amava o homem quebrado ajoelhado na minha frente... O amava como eu nunca amaria outro. Mas eu não podia ficar com ele. Por muitas razões, esse último episódio foi o mais recente. — Você está se sentindo melhor? — ele disse, caindo para trás, usando minha cama como um encosto. — Não. — respondi, enxugando o meu rosto com as costas do meu casaco, olhando para as minhas mãos como se eu não pudesse acreditar do que elas eram capazes.

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— Eu também não. — ele disse, esfregando suas mãos em seu rosto. A respiração dele havia se tornado mais curta, e as partes de seu rosto que não estavam vermelhas estavam brancas e úmidas. Eu nunca havia visto o Jude tão frágil... Nunca tinha imaginado que ele poderia ser. — Aqui. — eu disse, jogando a barra de chocolate nele. — Coma isso. —Pensei que você não se importava. — ele disse, virando a barra em sua mão, inspecionando-a. — Eu não me importo. — menti, me acomodando em uma posição mais confortável no chão. — Apenas coma. Eu não quero você desmaiando porque levaria uma dezena de caras para mover você de lugar. Um canto da boca dele se levantou enquanto ele abria a barra. Quebrando um pedaço, ele o jogou para mim. — Parece que você precisa de sustento tanto quanto eu.— ele disse, quebrando outro pedaço. — Eu comerei se você comer. Eu suspirei, sabendo que ele estava certo, por mais que eu não queria que ele estivesse. — Ótimo. — Dando uma mordida, deixei o chocolate derreter na minha boca. Erguendo seu pedaço para mim, ele enfiou o negócio todo dentro da boca. Ele mastigou, me encarando como se estivesse contemplando a sua próxima jogada. — Eu não transei com a Adriana, Luce.

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Eu quase engasguei com o pedaço de chocolate que ainda estava derretendo na minha boca. Ele não iria facilitar essa conversa. Ele estava encarando de frente, como um touro. — Claro que não. — eu disse, tirando meus sapatos e jogando-os do outro lado do quarto. — Ela apenas precisava emprestar o seu chuveiro. Enquanto você dormia nu na cama. Com uma garrafa vazia de tequila na mão. Os músculos no pescoço dele ficaram tensos, sua mandíbula seguindo. — Eu não transei com ela, Luce. — ele repetiu. Eu ri de forma entrecortada. — Você estava bêbado, Jude. Totalmente bêbado. — eu disse, tentando não visualizar a cena toda na minha mente de novo. — Como infernos você saberia? Eu estava insultada que ele seguiu com o ato de negação. Jude sabia que eu não era uma menina ingênua e o fato de que ele estava me tratando como uma agora, era simplesmente insultante. — Como diabos eu vou saber? — ele repetiu, seu rosto retorcido em descrença. — Como diabos vou saber, Luce? — Ok, agora ele estava parecendo insultado. — Eu sei porque mesmo se tivesse bebido até a última gota de álcool em cada bar decadente desta cidade, há apenas uma garota que eu gostaria de rastejar junto para a cama. — Deixe-me adivinhar, — eu pensei, tocando a minha têmpora. — Adriana Vix? Jude bateu no chão com seu punho. — Você poderia parar de ser tão difícil?

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— Você poderia parar de transar com putas manipuladoras pelas minhas costas? — Golpe baixo, mas era aí que eu queria atingir nesse momento. — Eu não posso parar o que nunca comecei. —ele disse, estalando seu pescoço, tentando difundir a bomba relógio que estava prestes a explodir novamente. — Então você está me dizendo que uma Adriana Vix nua, recém saída do banho apenas magicamente apareceu no seu quarto? — Eu esperava que isso soasse tão absurdo como era. — Você acreditaria em mim se eu te contasse o que aconteceu? — ele perguntou, mantendo suas palavras lentas, seus músculos relaxando. — Não. — eu respondi, — Mas eu tenho certeza que será muito divertido e bastante imaginativo, então por favor, conte. Ele tomou outro fôlego, realmente tentando não reagir as minhas palavras. — Depois que deixei o restaurante, dirigi de volta para a casa. Eu estava puto e bravo comigo mesmo por estragar o dia, então peguei uma garrafa de tequila para mim e subi as escadas e fiquei emburrado no meu quarto até eu estar bêbado. — Totalmente bêbado. — eu esclareci. — Luce. — ele baixou seu olhar para o meu, —Você e eu sabemos que levaria bem mais do que uma garrafa para me deixar totalmente bêbado. E daí que o homem conseguia beber? Não naquele dia. Não com um estômago vazio. Não depois de ele deixar a namorada dele no meio da rua coberta de neve.

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— Eu estava meio bêbado, claro, mas quando subi na cama naquela noite, eu estava sozinho. E eu pelo menos estava vestindo uma cueca. — Então a Adriana entrou no seu quarto, tirou sua roupa, te posicionou, e pulou no chuveiro? — Talvez. — E eu tenho ‘burra’ tatuado no meu rosto aonde? — perguntei olhando feio para ele. —Nenhuma vez te tratei como se você fosse uma garota burra, Luce, então não entra nessa. — ele disse, quase gritando. — Estou te dizendo o que eu sei que aconteceu, estou admitindo o que eu não sei, mas te juro, sobre o túmulo do seu irmão, que não levei a Adriana Vix para a cama comigo ontem à noite. Eu recuei com suas palavras, me afastando para longe dele. — Não traga o meu irmão nisso. — eu avisei, erguendo meu dedo para ele. — Não jure sobre o túmulo dele, seu bastardo mentiroso! — Tudo bem. — Jude disse, exalando pelo nariz. — Eu não vou jurar sobre o túmulo de ninguém. Eu apenas estou te dando minha palavra. Eu não fiz isso, Luce. Eu te amo. Eu só amei você. — A dor brilhando através dos seus olhos novamente. — Eu preciso que você acredite em mim. Eu ri. — Tarde demais. Deixando a barra de chocolate pela metade de lado, ele exalou. Ele estava cansado e esgotado, talvez até mais do que eu. — Então eu preciso que você confie em mim, Luce. — Olhando para cima, ele encontra meus olhos e eu não preciso de palavras para entender o que ele está querendo dizer.

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Confiança. O que eu não havia dado a ele meses atrás. O que eu havia pagado para não dar a ele. O que eu prometi a ele que ele sempre teria. E esse era o golpe baixo do Jude. Me pedindo para confiar nele, sabendo que eu não poderia negar, quando eu já o tinha feito antes. Eu sabia o que eu tinha visto, então não podia acreditar nele. Mas eu o conhecia, e por causa disso... Não importa o quão absurdo todo esse negócio era... Eu tinha decidido confiar nele. — Tudo bem. — sussurrei, percebendo que confiança era tão dolorosa quanto amor. A respiração que ele esteve segurando caiu da boca dele, as linhas se neutralizando em seu rosto. O corpo inteiro dele relaxou. — Então estamos bem? — perguntou tão baixinho que era como se ele estivesse com medo da resposta. — Nós vamos conseguir passar cima disso? Minhas mãos estão tremendo por que era isso. O fim. — Eu confio em você, Jude. —comecei, me concentrando em minhas mãos trêmulas porque eu não conseguia ver o rosto dele se quebrar novamente, —Mas eu não posso mais fazer isso agora. Eu preciso de um tempo. Tive que parar para me recompor antes de poder continuar. — Eu não posso continuar com essa montanha-russa, sem saber o que vai acontecer a cada curva. Eu preciso de um tempo para me endireitar. Para descobrir o que eu quero e como, e se nós nos encaixamos nisso. Preciso me concentrar na faculdade e na dança e o que eu quero para o meu futuro. Eu preciso de... Tempo.

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Ele ficou em silêncio, sem se mexer, o tempo inteiro, deixando-me falar tudo o que eu queria. — Luce. — ele disse depois de um minuto de silêncio, — Você está dizendo o que eu acho que está dizendo? A voz dele quase fez eu me quebrar em soluços novamente. — Sim. — eu disse, virando minhas mãos. —Acho que sim. Ele respirou fundo, sua cabeça caindo contra o meu colchão. — Eu só preciso de um pouco de tempo, Jude. — eu me apressei, querendo dar a ele uma migalha de esperança que não havia para dar. —Preciso de um tempo do tornado que você e eu criamos em todos os lugares que nós vamos. — Quanto tempo? — sua voz era um sussurro, seu próprio olhar concentrado onde minhas mãos tremiam em meu colo. — Eu não sei, — respondi. — Um mês. Talvez mais. — Um mês? — ele resfolegou, socando o chão novamente. — Eu não sei, Jude. Eu apenas não sei no momento. —falei, a beira de perder minha pose novamente. —Sinto muito. E eu sentia mesmo. Apesar do que tivesse ou não acontecido no quarto do Jude na quinta-feira à noite até a sexta-feira de manhã, eu não queria magoá-lo. Eu não queria ser aquela responsável pela dor em sua voz ou a agonia em seu rosto. Ele me estudou, silenciosamente me observando. Pelo que pareceu ser uns cinco minutos. Seus olhos não perderam um detalhe.

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Se arrastando pelo chão até onde eu estava, suas mãos se dobraram sobre as minhas no meu colo, onde elas ainda tremiam. — Ok. — ele disse, sua voz tensa. — Leve o tempo que precisar. Leve o tanto de tempo que você precisar. — Respirando fundo, ele deixou o fôlego sair devagar. — Eu estarei aqui quando você estiver pronta. Não importa o quanto tempo levar. Eu sempre estarei aqui, Luce. Eu sou seu. — ele sussurrou, apertando minhas mãos, - Para sempre. Ele se levantou, olhando para onde eu estava sentada, apenas se controlando por um fio, e me encarou. Como se a ideia de se virar e sair pela porta fosse debilitante. Se inclinando, ele beijou o topo da minha cabeça. —Eu te amo, Luce. — ele disse, virando e seguindo para a porta. — E eu sinto muito se por eu estar em sua vida, torna tudo tão difícil. E eu sinto muito por ser um pedaço de merda tentando melhorar e não ser mais um pedaço de merda. — Abrindo a porta, ele parou antes de fecha-la atrás dele. — Eu faria qualquer coisa para te fazer feliz. Logo que a porta se fechou atrás dele, meus olhos se levantaram em direção a ela, desejando que eu pudesse voltar atrás em tudo o que eu havia dito. Mas eu sabia que não podia. Eu não podia continuar fazendo isso comigo mesma. Não era saudável sentir estes tipos de emoções de uma forma regular. Fiquei sentada lá na mesma posição, dizendo a mim mesma que eu havia cometido um erro gigante, apenas para lembrar a mim mesma que eu havia feito a coisa certa, dois segundos depois. Eu não tinha certeza de quanto tempo fiquei brincando de

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advogado do diabo comigo mesma quando uma batida soou do lado de fora da porta. — Entra. — Minha garganta doía e minha voz estava rouca. India enfiou sua cabeça para dentro, franzindo a testa quando ela me viu no chão. — Aquele bastardo quebrou o seu coração? — ela perguntou, entrando e se ajoelhando ao meu lado. Balancei a cabeça. — Não. — eu disse, —Mas acho que acabei de quebrar o dele. — Vocês dois. — ela disse, abaixando a cabeça. — Quando vocês dois vão se entender, hein? Minhas mãos haviam parado de tremer, mas elas estavam dormentes. Mortas. —

Talvez

nunca.

respondi.

Talvez nós

nunca

devêssemos ter ficado juntos em primeiro lugar. — Dizer essas palavras machucava minha garganta mais ainda do que os soluços tinham feito. — Lucy, só Deus sabe o quanto eu te amo e você é a minha irmã certinha, mas você pode ser doida às vezes. Minha cabeça se levantou repentinamente. O que eu precisava da India era compaixão e um ombro para chorar até meus olhos caírem. Não outra voz me dizendo que eu havia cometido o maior erro da minha vida. — Quando vocês vão parar de olhar para todas as razões pelas quais não deveriam estar juntos e começar a se concentrar nas razões pelas quais vocês deveriam estar juntos? — ela perguntou, o piercing de sua sobrancelha balançando com suas sobrancelhas.

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—India, — eu disse, —Até onde a gente sabe, ele transou com a minha arqui-inimiga. Quaisquer razões pelas quais nós deveríamos ficar juntos meio que saíram voando pela janela junto com a cueca dele. — Foi isso que o Jude admitiu? — ela perguntou, sentandose ao meu lado. —Que fez sua arqui-inimiga perder o fôlego? — Claro que ele não admitiu isso. — eu vociferei, olhando feio para a barra de chocolate comida pela metade no chão. — Ele disse que não fez isso. — Então a culpada é você. — India disse, seus olhos se estreitando ao mesmo tempo em que seu braço se curvou sobre o meu ombro. — Se você diz que vai confiar no seu homem, então confie em seu homem. Não revogue o privilégio quando ele mais precisa. — Ah vamos lá, Indie.— eu disse, tão cansada de discutir. — Você também não. — Eu já falei o que tinha para falar. — ela disse, segurando sua mão sobre o peito. — Você é livre para cometer tantos erros quanto o resto de nós. Eu apenas acho que esse em específico é aquele no qual você vai se arrepender pelo resto da sua vida. — Obrigada pelas palavras de incentivo. — eu disse, dando a ela o sinal de jóia. — Amiga. — acrescentei, para enfiar a faca um pouco mais fundo. Ela não ficou impressionada. — Falando do Sr. Maior Arrependimento da Sua Vida, — ela disse, sorrindo docemente para mim, —Onde está o comedor de arqui-inimigas? Eu ergui um ombro. — Indo para a faculdade. — eu adivinhei.

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— Como? — ela perguntou, olhando por cima de mim como se eu estivesse brincando. — Com a caminhonete de merda que faz cinco quilômetros por litro e tem uma impressionante variedade de marcas de punhos pontilhando o porta-malas. — E ela teve a coragem de me chamar de doida. — Aquela caminhonete de merda que foi guinchada a três noites atrás depois que ele apareceu?— ela disse, levantando-se e andando em direção a janela. — Um dos caras que ficaram aí durante o final de

semana

disse que ele dirigiu aquela

caminhonete até a porta da frente e a deixou lá enquanto procurava em cada andar por você. Eu acho que Juilliard decidiu que uma caminhonete bloqueando a entrada da frente de um de seus dormitórios era uma violação de estacionamento. — Então como ele está voltando? — A menos que tenha uma linha de ônibus que vai de Nova York até Syracuse tarde da noite no domingo, eu diria que ele deve estar indo a pé. — India respondeu, olhando pela janela. — Você tem que estar brincando comigo. — murmurei, sabendo que ela estava certa. Jude era louco o bastante para tentar isso. Ou ele terminaria pedindo carona, e o pensamento do tipo de pessoa que ele poderia encontrar fizeram o meu estômago pular na minha garganta. — India.— eu disse, pulando, —Você poderia encontrá-lo e levá-lo para casa? Por favor? — eu iria implorar se fosse necessário.

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— Não posso, amiguinha. — ela disse, pulando em sua cadeira e ligando seu notebook. — Eu tenho mais dever de casa hoje do que um homem latino tem charme. —India. — resmunguei, dando a ela um rosto triste que não deu em nada a não ser uma virada de olhos dela. — Desculpo, eu não posso. — ela disse, tirando algo do bolso de seu jeans apertado. — Mas você pode usar o meu lindo carro. Ele te levará lá mais rápido e seguro. — Jogando as chaves para mim, ela me acenou. — Agora vá logo. Ele não pode estar mais do que uns dois quilômetros na estrada. — olhando para mim, ela sorriu, — Dois a menos, apenas mais duzentos e cinquenta para ir. Olhando feio para ela, peguei minha bolsa e marchei na direção da porta. — Tenha uma boa viagem. — ela falou para as minhas costas, ronronando como uma gatinha. Fazendo o meu caminho pelo corredor, descendo as escadas, e saindo pela porta, eu debati se eu levava o carro da India ou o meu. Logo que eu saí para a fria noite de novembro, eu decidi. Assentos aquecidos de couro era a melhor pedida. Marchando até o carro de luxo, eu olhei em volta, sem realmente esperar ver o Jude, mas meio esperando que eu visse. Eu me atrapalhei com os botões na chave dela, eu ajustei o banco, já que a India tinha quase dois metros, virei a chave na ignição, e aumentei o aquecimento nos assentos para o máximo. Calor subiu pelo meu corpo quase imediatamente. Saindo do estacionamento, eu decidi dirigir pela rota que eu dirigia a cada dois finais de semana quando eu ia ver o Jude. Eu

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não sabia se ele havia tomado essa rota... Eu nem mesmo sabia se ele estava a pé... Mas era um ponto de partida. Eu cruzei alguns quilômetros abaixo do limite de velocidade, virando minha cabeça a cada calçada, certa de que eu o veria na próxima quadra. A próxima quadra no final das contas foi a seis quilômetros pela estrada. A India estava certa. Ele estava planejando caminhar a jornada entre Nova York e Syracuse a pé. Não que eu precisasse de mais confirmação, mas o homem era louco. O andar dele era decidido, seus ombros indo para frente e suas mãos enfiadas em seus bolsos, provavelmente para mantêlas quentes. Eu podia ver a névoa se formando com a respiração dele meia quadra para trás. Aproximando-me dele, eu abri a janela. — Precisa de uma carona, caubói? A boca dele se curvou para cima enquanto ele continuava caminhando pela calçada. — Garotas não deveriam oferecer caronas para homens doidos perambulando pelas ruas tarde da noite. Eu me lembrei que eu estava brava com ele e que nós estávamos dando um tempo. Depois que eu der uma carona para ele até em casa. — Eu gosto que meus homens sejam loucos. Parando, ele virou e caminhou em direção ao carro. — Então eu adoraria uma carona.— ele disse, deslizando para o assento do passageiro e sorrindo para mim. Era o tipo triste já que não alcançava seus olhos. — Com frio? — perguntei, aumentando a temperatura do assento dele.

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Ele ergueu um ombro. — Eu já estive com mais frio. Eu notei que ele estava escondendo algo entre as linhas... Como uma mensagem subliminar... Mas eu não tinha certeza do que era. — Tudo bem então, — eu disse, aumentando a velocidade do carro. — Syracuse ou farra? Segurando suas mãos na frente do aquecedor, ele desviou o olhar de mim e encarou a janela. — Eu quero farra. Eu olhei para ele. O calor que estava saindo do carro aumentava o perfume suave normal que já era do Jude. Cada respiração que eu dava, eu sentia o cheiro de Jude. Cada respiração doía. — Claro que você escolheria farra. — Nós dois sabemos onde eu preferia estar, mas já que isso não é possível, então claro, Syracuse está bom. Eu olhei para o relógio brilhando com uma luz néon verde no escuro. Nós passamos cinco minutos no que seria uma jornada de cinco horas. Se ele continuasse a dar esses golpes, eu iria estar derrubada antes de nós atingirmos a interestadual. — Nós podíamos não fazer isso? —perguntei. — Eu preciso de um tempo. Você concordou em me dar um. Mas eu não poderia deixar você caminhar milhões de quilômetros no escuro e no frio. Nós podemos ficar de boa? — Sim, Luce. — ele disse, inclinando a cabeça para trás sobre o descanso do assento. — Eu posso ficar do jeito que você quiser que eu fique. Quando nós cruzamos a interestadual, Jude e eu não havíamos dito outra palavra um para o outro. Nós nunca

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conseguimos dominar a arte de jogar conversa fora e já que o assunto pesado estava na mesa, nós nos acomodamos em um silêncio mútuo. Embora ele não parecesse silencioso. Na primeira parada, o Jude insistiu que ele dirigisse o resto do caminho e aquelas foram as primeiras e últimas palavras que ele disse para mim pelo resto do caminho.

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Capítulo 12

E

u acordei de sobressalto, mas o meu choque foi curto. Eu estava no banco do passageiro do carro da India, o cinto de segurança apertador

ao redor de mim, a luz da manhã apenas começando a fazer seu caminho para dentro do carro. Eu estava encarando o teto já que o meu assento estava reclinado. Desafivelando o meu cinto, eu me mexi no lugar. Jude estava reclinado no assento do motorista, acordado, e me observando. — Que horas são? — perguntei, deslocando-me mais para o lado para olhar ele de frente. — Um pouco depois das cinco, eu acho. — ele disse, as olheiras embaixo dos seus olhos escureceram. Eu não tinha certeza de quanto tempo o Jude havia passado sem dormir, mas eu sabia que sendo uma ou quatro noites, não era saudável. Eu... Nós, sendo a verdadeira dinamite... Não éramos saudáveis para ele, assim como não éramos para mim. Minha primeira aula era às nove, então não tinha jeito de não me atrasar, a menos que eu fizesse quarenta quilômetros acima do limite de segurança de velocidade. — Eu tenho que ir. — eu disse, alcançando a trava ao lado do assento para erguer novamente o assento.

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Jude não se mexeu; ele apenas permaneceu reclinado, curvado naquela posição, encarando o espaço no qual eu havia dormido. Finalmente, ele suspirou. — Sim. Eu sei. Movendo o assento para cima, ele saiu do carro. Ele esperou por mim enquanto eu dava a volta pela frente, segurando a porta aberta e chutando o chão. Outro adeus que eu teria que dizer ao Jude, o tipo do semipermanente, e eu não queria fazer isso de novo. — Tchau. — sussurrei, passando ao lado dele para subir no carro. A palavra ficou presa na minha garganta, com um gosto amargo. Seus braços repentinamente se enroscaram ao meu redor e me puxaram contra ele, surpreendendo-me. Ele se segurou em mim, recusando-se a me soltar, e eu o deixei. No passado, Jude sempre parecia ser aquele a se segurar em mim quando nós estávamos próximos desse jeito, mas agora parecia como se eu que tivesse segurando-o. Aninhando-se no meu pescoço, o corpo dele tremeu uma vez. Eu ia começar a soluçar de novo se ele não me soltasse. Eu estava a uma respiração no pescoço de derrubar a minha primeira lágrima quando os braços dele se ergueram, parecia como se ele estivesse quebrando concreto para se libertar dele. — Tchau, Luce. — ele sussurrou, pressionando seus lábios na minha têmpora antes de se virar e seguir para a casa. Ele não olhou para trás nenhuma vez, mas eu o observei o tempo inteiro até que ele desapareceu na casa. Arrastando-me para o carro, eu ajustei o assento do motorista e antes de eu ir

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embora, olhei para a janela do quarto do Jude. Ele estava na janela, olhando para mim com os mesmos olhos que eu tinha acabado de observá-lo enquanto ele se afastava de mim. Por que eu fazia isso comigo mesma? Por que eu não apenas pisava do acelerador, sem dar a janela mais um segundo de pensamento? Claro que eu sabia a resposta disso. Eu o amava. Mas algumas vezes, como eu estava aprendendo, o amor não era o bastante.

Algumas semanas se passaram. Algumas semanas nunca passaram tão lentamente. Jude manteve sua palavra, dando-me o espaço que eu precisava, nem mesmo mandando uma mensagem de ‘Oi’ para mim. Porque eu era quem eu era, uma parte de mim estava agradecida a ele por atender o meu pedido, e outra parte estava magoada. Mas porque o Jude era quem ele era, nada ou ninguém falaria a ele o que fazer e uma parte de mim sabia que se ele realmente quisesse me mandar uma mensagem com um ‘Oi’, ele teria mandado. Na

terça-feira

após

a

nossa

separação

por

tempo

indeterminado, eu acordei com um novo conjunto de pneus de neve no Mazda. Não havia uma nota ou qualquer coisa que indicasse que era a fada dos pneus, mas claro que eu sabia. Eu não sabia como ele tinha feito, mas o gesto – sabendo o quanto eles custavam e o tempo que havia demorado em colocá-los, – fez-

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me derramar um novo lote de lágrimas frescas na manhã seguinte após ter tido um dia de descanso. Na outra semana, eu acordei com uma rosa apoiada no meu pára-brisa. Uma rosa vermelha. Eu fui reduzida àquelas garotas emocionais para as quais eu revirava meus olhos, deixando poças de lágrimas em todo lugar que eu ia. Irritou-me muito no começo, mas eu segui em frente. Seguir em frente sem o Jude parecia ser como passar a vida sem uma bússola, então se o meu corpo precisava de algumas lágrimas para aprender a lidar com isso, eu podia lidar elas. Então tentei me perder no salão de dança. Eu me jogava na dança, o que havia sempre sido a minha terapia preferida, e, pela primeira vez, não deu a mesma satisfação. Não importa o quanto e por quanto tempo eu dançasse, a dor nunca parava. Thomas e eu dançamos no recital de inverno no último final de semana e as pessoas ainda estavam falando sobre isso. Eu me recusava a me deixar olhar no assento na frente e no meio enquanto nós dançávamos, porque eu sabia que se eu o encontrasse vazio, ou preenchido por outra pessoa, eu não teria conseguido fazer o resto da dança. Eu estava certa. Enquanto Thomas e eu fazíamos nossos agradecimentos, eu me descuidei e meus olhos foram para aquele um assento que havia sido inundado por um rosto sorridente no ano passado. Não estava lá essa noite. Um homem de meia idade com um rosto sem emoção estava sentado no assento do Jude. Tive que cortar os agradecimentos e aplausos pela metade porque eu não iria chorar no palco. Ainda tinha um senso de decoro quando se tratava de onde e quem eu deixava me ver chorar.

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Resumindo, eu estava uma bagunça. Numa sexta-feira a tarde, uma semana antes da faculdade parar e começar as férias de inverno, eu estava me apressando em direção ao meu dormitório, esperando que se eu andasse mais rápido, mais quente eu ficaria contra as temperaturas ainda não tão frígidas. Era um pensamento bom. — Eu não acho que você poderia parecer mais enraivecida com o tempo se você tentasse. — uma voz familiar chamou enquanto eu caminhava pelo corredor para o meu dormitório. Erguendo minha cabeça, encontrei o Tony empoleirado no degrau mais alto na frente da porta, enfiado em um casaco preto e grande e sorrindo o seu sorriso de Tony para mim. — Quanto tempo!— eu disse, permitindo-me sorrir. A sensação era boa, ter um pedaço do Jude por perto. Tony arqueou uma sobrancelha. — Não era isso que você queria? Dando uma volta a mais no cachecol no meu pescoço, eu fui até ele, — É eu sei. — Vocês mulheres. — ele disse, balançando a cabeça. — Vocês jogam esse jogo bruto de fingir saber o que querem, mas logo que nós damos isso a vocês, vocês querem o contrário. Eu dei um sorrisinho para ele enquanto subia as escadas e passava o meu cartão-chave. Nenhuma conversa era necessária no frio quando um quarto aquecido estava a uma passada de cartão. — Você é bastante atento para um jogador certificado. — eu disse, segurando a porta aberta.

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Tony passou pela porta e eu segui atrás dele. Ele pulou na primeira cadeira que ele viu na sala comum. — Essas cadeiras são bem boas.— ele disse, avaliando a sala. Pegando a cadeira ao lado dele, eu tirei minhas luvas. — Por que você está aqui, Tony? —perguntei, porque ele ainda não tinha mencionado, e o Tony e eu havíamos sido amigos por associação ao Jude. Nós não tínhamos uma relação que iria justificar ele dirigir cinco horas para me visitar. Seu rosto caiu. Meu estômago seguiu. — Ah, meu Deus.— sussurrei,— O Jude está bem? — minha mente, claro, começou a disparar uma lista de coisas que poderiam ter acontecido com ele. — O que você acha? — ele perguntou, me observando. — Não brinque comigo, Tony. — eu avisei, meu coração começando a desacelerar quando percebi onde o Tony estava querendo chegar. Em relação a seus membros e a vida, o Jude estava bem. Em relação ao coração e a alma, ele estava uma completa bagunça, juntamente comigo. — Em relação a sua reação de pavor, sim, ele está bem. Sem ossos quebrados, sem membros pendurados, sem tumores se espalhando rapidamente. Esperei o meu pulso voltar ao normal. — Então o que foi? Olhando para o chão, Tony se inclinou para frente, apoiando seus cotovelos em seus joelhos. Seu pé estava batendo no chão como um pistão sob efeito de ácido. — Eu ouvi sobre o que aconteceu com a Adriana. — ele começou, me fazendo recuar. Passei três semanas sem ouvir esse

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nome e tentando não pensar nele. Ouvi-lo agora me jogava contra a parede. — Eu ouvi a história do Jude, ele me contou a sua história, e só Deus sabe que eu tive que ouvir a Adriana contando vantagem sobre como ela tinha dormido com o quaterback que tinha namorada. Estava desejando não ter convidado o Tony para entrar. — De qualquer forma, eu não pensei muito nisso depois que o drama diminuiu um pouco. Acreditei no Jude porque ele é meu amigo, mas até eu tinha que admitir que tive minhas dúvidas sobre todo o testemunho ‘de jeito nenhum eu faria isso’, ou‘eu não transei com a Adriana Vix’, — ele disse, seus olhos se movendo pelo quarto. — Quero dizer, ela é a Adriana Vix. Adriana. Vix. — Eu entendi, Tony. — eu interrompi, sem humor para esperar ele ter uma ereção enquanto ele fantasiava sobre ela na minha frente. — Qual é o seu ponto? Balançando a cabeça, ele olhou para mim. — Umas duas noites atrás, eu estava com a minha irmã de Espírito sendo... — seu rosto se alinhou enquanto ele contemplava —.... Servido, e ela estava um pouco bêbada e falou um pouco demais do que a Adriana teria gostado. Essa foi uma frase que eu não podia e não queria entender. Então eu olhei para o Tony e esperei. — Minha Irmã de Espírito é a Payton Presley, — ele explicou, o que não explicava nada para mim. — Ela e a Adriana são, tipo, melhores amigas. Pelo menos tanto quanto aqueles tipos de garotas podem ser. É mais como ‘você é minha inimiga favorita,

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então eu vou enfiar a faca nas suas costas suavemente quando você se virar’. Esse tipo de coisa. Nada disso tinha a ver com o Jude e eu. — E? — eu tentei não soar irritada. — Então a Payton estava falando demais na cama sobre como ela pelo menos não tinha que encenar uma transa com seu jogador de futebol. Meu coração pegou ritmo de novo. — Eu calmamente a pressionei por maiores detalhes e, aparentemente, Adriana contou a ela tudo que aconteceu. Sobre o Jude chegando bravo na casa depois que vocês brigaram, se trancando no quarto com uma garrafa de tequila. E então, não me odeie, — ele disse, olhando para mim como se ele estivesse um pouco com medo de mim. Ele tinha mais de cinqüenta quilos a mais que eu e parecia como se ele quisesse sumir da minha frente, — Mas eu posso ter sido quem mencionou a briga sua e do Jude para a Adriana naquela noite. Jude havia se aberto comigo sobre o que aconteceu, não muito... Ele não havia falado tanto... Mas eu não achei que era grande coisa contar pra ela quando ela apareceu mais tarde naquela noite. Tudo estava fazendo sentido agora. E a realização do que aconteceu estava me fazendo sentir todos os tipos de coisas. — Payton me contou que a Adriana imaginou que você acabaria aparecendo pela porta da frente, então ela acampou no quarto do Jude, tirando a roupa dele enquanto ele estava em um coma de tequila, ficou com um roupão na frente da janela até você estacionar, — Tony suspirou, inclinando-se na cadeira e encarando o teto, — E você sabe o resto.

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Palavras me falharam. Meu coração estava batendo tão forte que estava ecoando através de mim. Havia tantas coisas que eu precisava dizer e eu precisava fazer. Jude estava certo. Ele não havia dormido com ela. Ele havia me falado que não importava o quão bêbado ele ficasse, ele nunca iria querer ninguém a não ser eu. Ou pelo menos não na época. Vai saber o que havia mudado nele durante essas semanas separados? Eu tinha umas cem perguntas para o Tony, e cerca de um milhão de coisas que eu queria dizer, mas apenas duas palavras estavam na ponta da minha língua. — Aquela. Puta. Tony assentiu. — Não é exatamente novidade, Lucy. — Ficando de pé, ele olhou para mim. — Eu sei que isso não é da minha conta, e eu vou arrumar muitos problemas com as líderes de torcida se elas descobrirem que eu denunciei uma delas, mas eu não ligo. Eu gosto do Jude. Eu gosto de você. Ele ama você, — ele disse, enfiando suas mãos nos bolsos. — Você merece saber a verdade. Eu tinha a verdade há semanas, e eu me recusava a acreditar. — Desculpa despejar tudo isso em você, Lucy. Eu sei que você queria seu espaço e tempo e tudo mais, mas eu não podia não contar para você. — O Jude sabe que você está aqui?

— perguntei,

contemplando o meu próximo passo. — Não.— ele disse, dando-me um sorriso envergonhado. — E ele provavelmente chutaria a minha bunda se ele soubesse.

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Eu assenti. Ele deu um tapinha na minha perna antes de seguir para a porta. — Eu tenho que voltar. Nós vamos dar uma grande festa essa noite e alguém precisa cuidar dos barris de cerveja. — Tony? — eu o chamei. Parando, ele se virou. — Obrigada. — O que eu posso dizer? — ele disse, passando os dedos em seu cabelo escuro. — Pode ser que eu nunca encontre algo tão especial como o que vocês dois têm, juntos, mas com certeza eu não vou deixar vocês jogarem tudo fora sem uma luta. É isso o que todo mundo achava que eu tinha feito? Jogado a minha relação e do Jude fora? Isso é o mais longe de como eu teria descrito isso. Na verdade, eu a carregava comigo para todo lugar que eu ia. — Falo com você mais tarde, Lucy.— ele disse, acenando antes de abrir a porta e pular pelos degraus. Mais tarde não estava assim tão errado, eu decidi. Indo com minha intuição, deixando-a ditar algo que era precipitado e cada tom de irresponsável, eu sai do meu assento e estava pulando pela escadaria da frente do dormitório enquanto a caminhonete do Tony saía do estacionamento. Pulei no meu carro, seguindo para fora do estacionamento com apenas o rosto de uma pessoa na minha mente enquanto eu seguia para o norte.

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Capítulo 13

U

m cappuccino duplo, um pit stop, e metade de um tanque de gasolina depois, eu estava entrando para a rua da casa de Jude. A rua

já estava cheia de carros, mas eu não deixei isso me parar. Eu tinha um plano em mente e agora eu estava perto de colocar esse plano em ação, eu passei na frente da casa, encaminhei o carro para o estacionamento e deixei-o no meio da rua. O carro de Jude estava de volta na garagem, comprovando que se o meu fosse rebocado, eu poderia obtê-lo de volta de alguma forma. Saltando através do pátio e subindo as escadas, eu me deixei entrar. Isso não foi tão ruim quanto eu pensei que seria, estar aqui depois de semanas de separação, mas eu sabia que tinha tudo a ver com a adrenalina surgindo à vida agora. Eu tinha uma mensagem para entregar e não estava indo embora daqui até que isso tivesse sido ouvido. Tecendo pela sala repleta de corpos, eu deslizei para fora do meu casaco e joguei-o no pedaço mais próximo de mobiliário. Meu chapéu e luvas seguiram. Eu reconheci alguns rostos na multidão, mas a maioria eram estranhos cujos olhos caíram sobre mim, provavelmente querendo saber qual era o motivo para a expressão escaldante no meu rosto. Fazendo meu caminho para o fim da sala onde a lareira estava, vi Jude. Ele estava sentado no sofá, sozinho, um copo cheio de cerveja na mão, apenas olhando para a lareira, onde não

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havia fogo queimando. Seu gorro cinza estava de volta, colocado baixo em sua testa. Meu estômago ardia, vendo-o assim. Eu queria ir e envolver meus braços em torno dele até que estivesse certa de que, sob a estátua sentada na minha frente, estava o homem que eu amava. Mas isso teria que esperar. Eu vim aqui à procura de alguém. Eu tinha levado cinco horas para encontrar aquela vadia da Adriana Vix e dar-lhe um pedaço da minha mente, – e o meu punho, –como doação. Eu não tinha que adivinhar quem estava no centro do círculo de caras em cima da mesa da sala de jantar. Uma explosão fresca de adrenalina passou por mim quando eu marchei por toda a sala. Ombros empurrando meu caminho através do agrupamento de rapazes, eu parei na frente de Adriana. Por um segundo, ela pareceu surpresa em me ver, então seus olhos se estreitaram quando cruzou os braços, olhando como se eu estivesse tomando seu espaço. — O quê? — Ela disse, balançando o pescoço para o lado. Eu sorri. Ela não deveria ter vindo para mim com palavras quando já havia passado o tempo para palavras. Meu braço já estava balançando para trás quando seus olhos se arregalaram, percebendo que eu não estava no humor de "falar". Meu punho chocou em todo o rosto, jogando-a de volta para a multidão de caras com o choque em seus rostos.

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— Isso é ‘o quê’. — eu disse, apertando minha mão. Essas maçãs do rosto dela eram afiadas, mas porra, se não valeu a pena. — Vadia! — Eu acrescentei, encarando-a. Ela se afastou dos caras agitados sobre ela. Aqueles olhos verdes ficaram pretos. — Você vai pagar por isso. — ela fervia, os punhos cerrados. — Isso vai deixar um hematoma. Sem um segundo pensamento, meu outro braço atravessou meu corpo, pousando no outro lado do seu rosto. — Aí. — eu gritei, sacudindo a mão também. — Aí está outro, para eles combinarem. A pele bronze de Adriana brilhou vermelho logo antes dela investir contra mim, os dedos envolvendo em torno de meu pescoço. — Você, sua prostituta desprezada! Dirigindo-me para a mesa, as unhas cravando-se em meu pescoço, ela chutou minhas pernas debaixo de mim. Minhas costas bateram na mesa, o ar imediatamente fugindo de meus pulmões. O impacto tinha afrouxado as mãos, então me empurrei para baixo da mesa, mas não antes de pegar um punhado de seu cabelo e puxá-lo comigo. Adriana

gritou,

soando

como

uma

leoa

constipada.

Lançando-se sobre a mesa para mim, ela arranhou meu braço que tinha um punhado de seu cabelo. Santas unhas de Freddie Kruger. Essas iam deixar uma cicatriz. Até aqui, Adriana e eu rolamos, lutamos, e praticamente desencadeamos a briga de garotas do século, uma multidão se reunindo em torno da mesa. Os caras estavam gritando, jogando

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seus punhos no ar, cantando, — Luta de gatas. Luta de gatas. Luta de gatas! O comprimento do vestido de puta de Adriana tinha rolado o seu caminho ao longo de suas nádegas, ea calcinha que ela usava não deixou nada para a imaginação. Eu, pelo menos, vim preparada para a batalha com um par de jeans, mas em algum lugar ao longo do caminho, ela conseguiu subir a minha blusa até o meu umbigo, então meu sutiã de laços brancos estavam em exposição

para

todos

os

olhos

esbugalhados

e

celulares

levantados para capturar uma imagem. Outro cabelo voando, palma da mão batendo para baixo da mesa e eu aterrizei em cima de Adriana, conseguindo imobilizá-la na mesa com as pernas. Ela se contorcia embaixo de mim, tentando libertar-se. Essa garota pode ter mais de trinta centímetros e ser dez quilos mais pesada, apenas de sutiã, mas eu era uma dançarina e eu poderia estrangular um rinoceronte com as minhas coxas se eu precisasse. Levantando a minha mão no ar, eu dei um tapa em sua bochecha. — Isso foi para todas as outras garotas que você tem brutalizado. — gritei por cima dela, dobrando a minha mão em um punho e trazendo-o de volta para baixo. — E isso foi para Jude. — Seu lábio inferior foi dividido e estava sangrando, o rosto vermelho pontilhado de inúmeras bofetadas e golpes, e seu cabelo, parecia que um furacão havia acabado de chegar à cidade. Eu não poderia estar parecendo muito melhor. — E este é por mim. — eu disse, engolindo em uma respiração e aumentando meu dedo do meio para ela. Eu sorri para ela, mantendo o meu dedo pendurado acima de sua face.

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Gritando, ela se contorcia mais forte, conseguindo obter uma perna livre que ela prontamente chutou direito no meu queixo. Eu voei para fora da mesa, caindo no chão, aos pés de inúmeros espectadores. Adriana saltou da mesa, caindo em cima de mim, desencadeando um frenesi de hits e grunhidos. Isso não poderia mesmo ser classificada mais como uma simples briga entre garotas. Na verdade, eu tenho certeza que uma vez que essa coisa toda se tornasse viral na internet, o WWalguma coisa estaria chamando-nos para assinar contratos de luta grecoromana. — Que porra é essa?! — Uma voz gritou acima do coro de gritos. Antes de Adriana pudesse pousar outro punho no meu rosto, ela foi empurrada para longe, caindo de bunda a poucos metros de distância.

— Luce. — ele respirou fora da minha orelha, parecendo tão assustado quanto eu já tinha o ouvido falar. — Eu peguei você. — Dois braços fortes enrolaram em volta de mim, me levantando suavemente em seu peito. — Que diabos você estava fazendo? Você está bem? — Ele perguntou, engolindo em seco quando olhou para a minha cara. — Eu ganhei? —perguntei, deixando-o dobrar me para mais perto dele. Olhando estreitaram.

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para

baixo,

para

Adriana,

seus

olhos

se


— Você arrebentou, bebê. — eledisse, um canto de sua boca levantando para mim. A dor começou a me bater, em seguida, espalhando-se a partir de minha cabeça. — Então, eu estou bem. — respondi. Respirando, Jude balançou a cabeça. — Vamos tirar você daqui, assassina. — ele disse, me guiando pela multidão, não se importando quem ou quantas pessoas ele empurrou para fora do caminho. — Você está muito bonita! — Eu gritei para baixo, para Adriana como passamos por ela. — Vagabunda. — Eu joguei fora para uma boa medida. Limpando o lábio sangrando, ela zombou para mim. —Até mesmo no meu pior dia, o seu namorado ainda se masturba na minha cara quando você não estiver por perto. Esta cadela não iria parar. Contorcendo-me nos braços de Jude, tentando libertar-me para que eu pudesse terminar o que comecei, ele só me segurou mais apertado. — Pronta para o segunda round? — Eu fervi para ela, empurrando contra o peito de Jude. — Lucy. — ele disse, movendo-se por entre a multidão mais rápido, provavelmente esperando colocar mais espaço entre Adriana e eu. — Acalme-se. Respire. — ele falou como o treinador, olhando nos meus olhos. Um deles parecia estar inchando. Tomando uma quantidade formidável de esforço, eu fiz como solicitado, tomei uma respiração profunda e me visualizei derretendo em seus braços.

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— E eu pensei que era o único com problemas de raiva, —ele disse, subindo as escadas. — Estou com medo depois dessa noite, você me ultrapassou, Luce. A dor estava realmente começando a bater em casa agora, reunindo-se em cada terminação nervosa. —

Raiva

por

osmose.

respondi,

movendo

minha

mandíbula. Sim, isso iria ferir também. Arrependi-me imediatamente das palavras. Seu rosto caiu, embora ele tentasse manter os olhos de seguir. Eu não conseguia imaginar como corrigir todos os erros que eu tinha jogado em Jude, eu só parecia continuar a adicionar mais para a pilha, então dobrei minha mão sobre o seu coração e deixei-o me levar para seu quarto. Ele me acompanhou até sua cama, me apoiando na frente de um monte de travesseiros. — Deus, Luce. —ele disse, ajoelhando-se ao meu lado e examinando meu rosto. Eu realmente não queria saber e com certeza não estaria olhando em um espelhopelos próximos pares de semanas. — Em que porra você estava pensando? Correndo os dedos sobre o meu rosto, eu estremeci em quase todo lugar que toquei. — Eu estava pensando em dar a aquela puta um gosto de seu próprio remédio. — eu disse, — Meu punho fazendo a dosagem. Ele suspirou, passando a mão pelo lado do meu pescoço. — Não se preocupe. — ele disse enquanto tirava minhas mãos para encontrar sangue manchando os dedos. — Eu vou te consertar. — Levantando-se, ele se lançou através do quarto. — Eu estarei de volta. — ele disse, desaparecendo atrás da porta.

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Com Jude fora, a dor realmente começou a corroer-me. Eu sentia dor, e eu não era uma grande covarde, mas isso parecia como se cada nervo decidisse crescer a cada batida do coração. Isso pareceu tão bom na hora, dar e levar uma surra em Adriana, mas agora eu estava começando a questionar por que eu tinha feito isso. Eu não estava arrependida, apenas questionando. Nunca fui uma pessoa violenta, - eu tinha um pavio curto, com certeza, - mas eu nunca deixaria meus punhos resolverem um problema que tive com alguém. Por que eu fiz isso desta vez? Todas as questões levaram a uma resposta: Jude. Ele não me fez ir atrás de Adriana, mas o meu amor por ele e pela dor que tinha sido causadapela mão de Adriana, tinha sido o combustível para meu fogo. Percebi então que não era Jude o problema. Ele não era a razão pela qual a nossa relação era nada menos do que explosivo. Era eu. Era a pessoa que me tornei com Jude ao meu lado. Minha raiva atingiu um pico de novos níveis, superior a sua, mas eu não tinha o autocontrole para apagar a raiva antes de queimar alguém. Eu não poderia nos consertar até que eu me consertasse. E ele não podia me corrigir para mim. Era uma tarefa que era toda minha. Era uma que eu não tinha certeza de que poderia enfrentar. Jude estava deslizando de volta para o quarto antes que eu pudesse seguir esses pensamentos para sua trilha deprimente. — Sentiu minha falta? — Ele disse, um punhado de itens dobrados contra o peito.

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— Senti sua falta. — eu respondi, deixando cair a cabeça para trás nos travesseiros. — Sorte para você, Luce, você optou por uma briga enquanto eu estava por perto. — ele disse, baixando o conteúdo em seus braços na cama. — Alguém que consegue remendar, atender, e costurar praticamente qualquer ferimento em um homem ou mulher.— Ele sorriu para mim. — Eu tinha tudo planejado. — eu disse quando ele molhou algumas almofadas de algodão com álcool. — Você realmente acha que foi o calor do momento? — Oh, não, Luce. Parecia que você sabia exatamente o que estava fazendo. Enxugando meu rosto com o algodão, ele se encolheu antes de mim. Doeu, mas não pior do que qualquer outra parte do meu corpo. — Você está começando a ser um mentiroso pior a cada dia que passa. — eu disse, fazendo uma careta quando ele correu a almofada sobre a minha sobrancelha. Devoter ganhadoum pequeno e agradável corte. Ele sorriu para a minha sobrancelha. — Verdade por osmose. Comecei a sorrir para ele, mas isso machucou muito meu rosto, por isso eu me conformei com um pequeno olhar. Ele ignorou, continuando a trabalhar no meu rosto meticulosamente. Eu não deveria, mas fiquei observando-o trabalhar em cima de mim, seus olhos se estreitaram em foco, a ponta de sua língua entre os dentes, enquanto ele assistia a cada arranhão, contusão

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e corte. Eu nunca tinha experimentado mãos tão gentis como as suas. — Eu já pareço uma múmia? —perguntei um tempo depois, quando ele se inclinou para trás e investigou meu rosto depois de escorregar outra bandagem no lugar. — Não. — disse, tampando o tubo de pomada de primeiro socorros. — Você parece mais fodidamente bela do que eu já vi. — Alto elogio vindo do Rei Fodão. — eu disse, sorrindo com a dor que causou a mover minha boca. Coletando os invólucros vazios e os pedaços de algodão manchados de sangue, ele os jogou na lata de lixo. — Importaria de me dizer o que era tudo isso? — Eu disse a você, — eu disse. — Dar a Adriana Vix um pedaço de Adriana Vix. — Sim. — ele disse, arrastando a palavra. — Mas você queria colocá-la no lugar desde a noite que o idiota do Tony mencionou ela pela primeira vez. Por que você escolheu fazê-lo hoje à noite? — Balançando um frasco de analgésicos na palma da mão, ele me entregou três. Eu engoli-os, sem qualquer água. — Porque o 'idiota do Tony' me fez uma visitinha hoje cedo que acionou o gatinho da necessidade de lançar Adriana em uma armadilha. Jude estudou as mãos cruzadas sobre meu colo. — Disselhe o que Payton lhe disse? — Yeah. — Então, foi eu ou Tony que te convenceu de que eu estava dizendo a verdade? — As rugas ao redor dos olhos se aprofundou.

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— Você, Jude. — eu respondi. — Eu te disse que eu confio em você. Eu não queria acreditar, mas eu confiei em você. Tony foi apenas aquele que brilhou uma luz sobre a verdade. Sua mandíbula se apertou. — Então, quando você entrou em seu carro e dirigiu aqui, você estava vindo para ver Adriana? Ou eu? Eu não podia mentir para ele, mas eu não conseguia verbalizar a verdade. Minha falta de resposta respondeu a sua pergunta. Seus olhos se fecharam enquanto sua cabeça caiu em suas mãos. — Jude, — comecei, — Não importa se eu vim aqui para te ver, eu não vim aqui para te machucar. — Deslizando para baixo da cama, eu queria que os analgésicos funcionassem mais rápido. — A última coisa que eu quero fazer é te machucar. E isso é tudo o que eu pareço ser capazde fazer nos últimos tempos. A única solução para não machucá-lo mais era em embora. — Obrigada pelo remendo. — eu disse, realizando manobras fora da extremidade da cama. — Você realmente sabe o que está fazendo quando se trata de lutar contra feridas. Sorte a minha. — Eu lhe dei um sorriso por cima do meu ombro enquanto eu me levantei. Cambaleei no lugar quando cada músculo gritava comigo para voltar a deitar. Rangendo os dentes, eu me dirigi para a porta. — Você realmente odeia estar em torno de mim tanto assim agora que está me dando as costas quando mal consegue ficar de pé?

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Suas palavras me pararam, mas foi a sua voz que me quebrou.

Essa

voz

profunda

e

quente

que

uma

garota

poderiaapenas perder-se, ser drenada de toda a sua alma. — Eu não odeio você, Jude. — eu disse, olhando para a porta. — Eu te amo. Esse é o problema. Eu te amo pra caramba e isso não é saudável. — peguei um soluço que estava prestes a explodir de meu peito. —É por isso que eu precisava de tempo e espaço. É por isso que eu não posso ficar aqui com você mais um minuto. — Você já teve seu tempo, Luce. Eu dei-lhe o seu espaço. — ele disse, na cama gemendo como ele estava. — Eu ganhei 50 anos de idade em três semanas, porque fiz a minha parte e fiquei longe de você. Mas agora você está aqui. E talvez você não esteja aqui por minha causa, mas de qualquer forma, você não pode ficar longe. Ele fez uma pausa, embora eu não visse o que estava em seu rosto porque eu não podia virar e encará-lo, eu podia imaginar. — Você precisa de mais tempo? Está bem. Eu posso fazer isso. Eu poderia fazer qualquer coisa por você, Luce. Mas, por favor, pelo amor de Deus, me dê alguma esperança. Uma lágrima esquiou no meu rosto, sanguando uma das minhas ataduras. — Dê-me o menor raio de esperança que ainda vai ter um lugar para você e eu do outro lado disto. Eu não podia mentir para ele. Eu não poderia machucá-lo. Esses dois desejos não poderiam caber na minha mão e essa era uma das razões pelas quais eu tinha celebrado que a vida não era justa.

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— Eu não vou mentir para você, Jude. — sussurrei, optando por não mentir para ele que, pela admissão, fazia com que eu o machucasse. Agora eu realmente não poderia ficar neste quarto por mais tempo. Correndo em direção a porta, minhas pernas se sentiam como se estavam indo para cova debaixo de mim a cada passo, eu mordi as lágrimas. — Não vá. — ele sussurrou. Seu pedido trabalhou em mim como se ele tivesse me dado uma ordem. Eu ouvi o gemer e andar quando ele andou lentamente vindo atrás de mim. — Fique. — ele pediu, parando atrás de mim. Eu podia sentir o calor rolando em seu peito, ele estava tão perto. — Eu não posso. — eu disse, com foco no bronze brilhante da maçaneta. Isso era tanto a porta de entrada para a minha fuga, bem como o caminho para o meu inferno pessoal. — Eu sei. — ele disse, as tábuas choramingaram quando ele deu mais um passo em minha direção. Seu peito encostou contra minhas costas, mas ele não me tocou em qualquer outro lugar. — Não fique porque você quer. Fique porque eu quero que você fique. Droga. Meu coração não podia quebrar mais uma vez antes de se tornar impossível colocar junto novamente. — Por favor. — ele suplicou, com o coração explodindo nas minhas costas, — Pense nisso como um presente de Natal antecipado.

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Fechei os olhos. — Eu sei que não tenho direito a um, mas eu quero um. Eu preciso de um. — Jude tinha orgulho apenas o suficiente para não implorar, mas foi o mais próximo que eu tinha ouvido dele, — Fique. E essa foi a minha ruína. O rapaz que faz as mães atravessarem as ruas com seus filhos quando eles o viam andando pela calçada, o garoto que não tem qualquer outra pessoa, o garoto que eu amava, me implorando para ficar com ele. — Ok. — eu disse, esticando minha mão para trás, para a sua. Seus dedos entrelaçados nos meus, amassando-os como se eles fossem capazes de dar-lhe força. Virando-me, ele ergueu a sua mão no meu rosto e não fazer nada além de olhar nos meus olhos. Deixando escapar a respiração que estava segurando em cativeiro, ele me dobrou em seus braços e Jude Ryder me abraçou. Ele abraçou-me como se eu fosse tudo o que ele queria e tudo o que ele nunca poderia ter. Ele me abraçou, sem a expectativa de um abraço levando para outra coisa. Foi o momento mais íntimo que tinhamos compartilhado. Completamente

vestido,

alinhados

verticalmente,

bocas

separadas, e eu estava me afogando na intimidade. Quando seus braços começaram a desaparecer de mim, peguei uma de suas mãos e levei-o para a cama. Deitando, eu dei um tapinha no espaço ao meu lado. Ele se arrastou para isso, o colchão me rolando enquanto ele se acomodava ao meu lado. Enrolando meus braços em torno dele, eu dobrei meu queixo

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sobre a cabeça, sabendo que na parte da manhã, eu teria que deixá-lo ir. Mas não agora. Não esta noite. Isso me fez desejar que o amanhã nunca chegasse. — Eu te amo, Luce. — ele murmurou, soando como se o sono ia encontrá-lo na próxima respiração. Engoli em seco, empurrando para baixo a dor subindo na minha garganta. — Eu te amo, Jude.

Eu não tinha dormido bem nas últimas semanas. Três semanas para ser exata. Claro que eu sabia o que, ou quem, foi o responsável pelas sólidas oito horas de sono. Jude ainda estava dormindo na mesma posição que ele tinha dormido a noite passada, com exceção das linhas que tinham alisado de seu rosto. Eu quase beijei os lábios entreabertos antes que eu me impedisse. Deslizando o meu braço debaixo dele, eu rolei para o lado da cama. Meu corpo estava rígido, como se eu precisasse lubrificar minhas juntas para levá-los a se mover corretamente. Olhando por cima de Jude para me certificar de que ele não tinha se assustado e acordado, coloquei minhas botas e me levantei. Essa façanha doeu mais do que tinha doído ontem à noite, me fazendoquerer que eu ainda tivesse aquela garrafa de analgésicos no porta-luvas. Dando-me uma contagem de três, deixei-me olhar para ele. Era assim que eu escolheria me lembrar

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dele quando o meu coração doesse a cada batida depois que eu o deixasse. Em paz, enquanto eu saía da sua vida. Virando-me, movi através da sala tão silenciosamente como uma pessoa com a articulação dura era possível. A porta gemeu aberta e minha adrenalina disparou quando eu olhei para trás, Jude com certeza estaria estourando acordado. Mas ele estava dormindo, desfrutando de mais alguns minutos ou horas de paz antes que acordasse e descobrisse que eu saí sem um adeus, mas talvez isso é o que a noite passada tinha sido. Um adeus. Nosso adeus. Uma

vez

que

eu

estava

no

corredor,

as

escadas

apresentaram um desafio à medida que cada degrau me fez sentir como os músculos das minhas pernas estivessem para estourar através da pele. Alguns retardatários da festa estavam decorando os sofás e tapetes, mas quando passei por eles, eu estava livre da casa. O Mazda não havia sido rebocado, além de todos os milagres de guardas de trânsito em todos os lugares, por isso corri para dentro do banco do motorista, eu virei a chave mais e pegou no instante seguinte. Agora que eu tinha sucumbido ao inevitável, eu não poderia sair daqui rápido o suficiente. Foi um par de milhas abaixo da estrada, quando eu peguei o primeiro semáforo vermelho, que um pedaço de papel dobrado descansando em meu painel chamou minha atenção. Eu mantive o meu carro limpo, quase analmente limpo, então eu sabia que não poderia ter sido algum esboço aleatória ou notas de aula. Agarrando-o, desdobrei, imediatamente reconheci a caligrafia.

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Eu apenas queria que você soubesse que eu estaria correndo atrás de você agora, nu, se fosse exigido isso. Mas porque eu estou respeitando a sua necessidade de tempo e espaço, eu vou me esforçar para ficar aqui na cama e fingir que estou dormindo. Isso não estava assinado, mas não precisa de uma assinatura. Sabendo que Jude teve algum tempo durante a noite acordado, sabendo que eu iria deixá-lo sem uma despedida formal, para rabiscar uma nota e colocá-la dentro do meu carro, me fez amaldiçoar o dia em que eu deixei a dúvida entrar em minha vida. No momento, em algum lugar ao longo do caminho, que eu deixei a dúvida calçar seu caminho entre mim e Jude até que ele havia construído um muro tão alto que não havia nenhuma maneira que eu pudesse escalá-lo. Agarrei a nota na minha mão todo o caminho de casa.

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Capítulo 14

A

faculdade estava oficialmente em pausa para as férias de inverno. India tinha ido embora ontem para um Natal ensolarado em Barbados, juntamente com o resto dos moradores do dormitório, e uma vez que o meu voo não era até domingo de manhã, eu ia ter um fim de semana tranquilo só para mim. A perspectiva não era atraente em qualquer nível da escala de prazer. Além do recado, eu não tinha tido qualquer contato com Jude desde que fugi no meu carro no último sábado de manhã. E mesmo que eu tivesse chorado na minha cama todas as noites, uma vez que sentia seus braços fantasmas em torno de mim, tinha valido a pena as oito horas no sábado a noite. O prazer, então valeu a pena a dor agora. Sentada na cadeira giratória, observando o pote de café, eu sabia que não poderia ficar nesta sala vazia por mais 24 horas. Correndo para o meu armário antes que pudesse mudar de ideia, eu deslizei em um par de leggings, minhas botas, e debati sobre um top para vestir. O debate acabou quando minha mão agarrou a grande camiseta laranja dobrada na prateleira de cima. Puxei-a e, depois de reorganizar o meu cabelo e esfregar um pouco de maquiagem, eu estava fora da porta, as chaves e a bolsa na mão. Eu segui para o norte, para fora do estacionamento, verificando o indicador de combustível para me certificar de que eu tinha um tanque cheio. Ia ser uma longa viagem. Hoje era um grande jogo para Syracuse. O jogo um dia antes da véspera de Natal era esperado ser o jogo da temporada. Eu não

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podia perdê-lo. Eu tinha perdido os últimos dois jogos em casa de Jude e eu não poderia perder outro. Eu poderia estar dando um tempo, mas eu ainda podia desaparecer no meio da multidão de dezenas de milhares de pessoas e apreciá-lo jogar o jogo que parecia criado por ele. Era uma coisa egoísta o que eu estava fazendo, mas dado que eu estava sozinha um dia antes do Natal, seregoísta parecia mais aceitável hoje. Passei o tempo da viagem ouvindo alguns dos meus CDs favoritos, tentando não pensar sobre Jude, falando, em seguida, e então dando-me um presente de Natal antecipado e escrevi para mim mesma um passe livre para pensar em Jude tanto quanto eu queria hoje. Faltava menos de meia hora para começar, o que significava que eu tive que estacionar a um quilômetro de distância e caminhar. Eu amava um jogo de futebol, eu sempre amei. Mesmo quando era uma criança arrancando grama nas laterais dos jogos de John, eu adorava isso. Eu amava o rugido dos fãs, eu amava o choque de capacete batendo em capacete, eu amava a energia no ar, eu amava os cachorros-quentes. Eu amava tudo. Mas acima de tudo, eu adorava assistir Jude jogando. Ele jogava com o coração de um jogador que realmente amava o jogo. Ele teria jogado todos os dias, mesmo se não fosse em troca de uma bolsa de estudos ou, um dia, em breve, em troca de milhões de dólares por ano. Jude jogava porque ele adorava. E eu adorava vê-lo jogar. Fazendo meu caminho até a janela da bilheteria, eu imediatamente desejei que eu tivesse escolhido outro guichê. — Se você não fica mais bonita a cada vez que eu vejo você, mocinha. — o homem idoso atrás do balcão disse com um

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sorriso. Seu nome era Lou, e ele me faz lembrar de meu avô, — Eu não te vi nos últimos dois jogos. Sr. Jude não está estragando as coisas com você, está? Eu sorri de volta educadamente. — Não, o Sr. Jude não foi fez nada para estragar as coisas. — eu disse, cruzando os braços sobre o balcão. — Isso é bom de ouvir, srta. Lucy. Eu não gostaria de ter que lhe ensinar uma lição sobre como um homem deveria tratar uma mulher. — Eu não acho que qualquer um de nós iria querer isso. — sorri e esperei por Lou me dar o ingresso. O velho amava gracejar comigo e eu normalmente estava feliz em brincar junto, mas desta vez era diferente. Eu duvidava de que, se ele soubesse como eu tinha machucado Jude, ele estaria me provocando assim tão bem-humorado agora. Deslizando através da pilha de bilhetes, tirou dois. Jude sempre deixou um para mim e um extra no caso que eu quisesse trazer um amigo. — Eu estava me perguntando se esses bilhetes não iam ser reclamados novamente hoje. — ele disse, deslizandoos pela janela. — Se não tivesse certeza de que o Sr. Jude teria deixado o campo para me remover pessoalmente do lugar, eu teria usado-os. — Por que você não os aceita hoje, Lou? — Eu disse, empurrando-os de volta para ele. — Eu só quero um bilhete normal hoje. — Por que você quer um bilhete normal quando tem assentos na primeira fila, querida? — As linhas de expressão se aprofundaram em seu rosto. — Por favor, Lou? — perguntei, mordendo meu lábio. Eu não queria explicar-lhe o que eu não conseguia explicar a mim mesma. — Apenas um ingresso normal?

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Ele suspirou, batendo com os dedos sobre o balcão. — Ok. — ele disse, — Mas é só porque eu não posso dizer não para um rosto bonito. Trocando por um assento normal, ele deslizou de volta pela janela para mim. — É por conta da casa, mas você tem que levar estes dois com você. O Sr. Jude me despediria se descobrisse que você esteve aqui e eu não tentei dá-los a você, pelo menos. — Obrigada, Lou. — eu disse, pegando os bilhetes. — Talvez um desses jogos eu e você possamos usá-los juntos. Os olhos castanhos de Lou suavizaram. — Isso seria uma verdadeira honra, srta. Lucy. Tocando os bilhetes no balcão, eu virei a cabeça para dentro dos portões. — Obrigada mais uma vez. Ele acenou afirmativamente, parecendo estar sem palavras. Andando através do túnel, o rugido da multidão se amplificou. Syracuse estava tomando o campo. Apressei-me, não querendo perder. Este era um dos meus momentos favoritos do jogo. Quando Jude vinha correndo para o campo, levando um exército de homens, todos eles parecendo ser tão invencíveis como acreditavam que eram, eu tinha arrepios a cada vez. Jude estava apenas na linha das vinte jardas quando eu entrei e consegui uma visão do campo. Logo em seguida, assisti-o cobrir o campo com seus companheiros de equipe, eu sabia que tinha tomado a decisão certa em vir. O peso que eu tinha amarrado à minha volta desabou no momento em que meus olhos o encontraram. Eu poderia encher meus pulmões de novo, eu poderia formar um sorriso que não pareceria forçado, eu podia sentir meu coração bater como se não fosse apenas mais uma tarefa. Eu olhei para ele até que a equipe havia se estabelecido em um aquecimento pré-jogo antes de fazer o meu caminho para o meu lugar. Espremendo por uma menina muito grávida

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inspecionando seus ingressos, com o que eu assumi ser seu marido vestido com um uniforme do Exército, eu olhei de volta para eles novamente. Olhando para as arquibancadas, os seus olhos caíram na parte de trás, enquanto ela deu o primeiro passo para cima. Eu parei, olhando ela dar um segundo passo. Se estargrávida significava subir um degrau a cada cinco segundos, eu não tinha certeza que eu iria gostar muito disso. — Quer trocar? — perguntei de repente. Eu não podia vê-la conter outra respiração enquanto tentava outro passo. — Eles são muito bons lugares. O marido olhou para mim, confuso, em seguida, estudou os ingressos que eu estava segurando para eles. Seus olhos se arregalaram. — Não me leve a mal, senhora, porque eu venderia meu primogênito por ingressos como estes. — ele atirou em sua esposa um sorriso malicioso quando ela bateu seu braço, — Mas vê aquela fila, lá no fundo, ali onde alguns dos espectadores estão com os narizes sangrando? Esses são os nossos lugares. Eu gostei desses dois. — Como é a vista lá de cima? — É uma merda. — ele respondeu, ajudando sua esposa com as duas escadas que acabara de escalada. Empurrando os bilhetes na mão, eu sorri. — Bem, a vista destes lugares não. — eu disse, recuando. O pontapé inicial não ia esperar por mim chegar a minha bunda em meu lugar. — Apenas faça-me um favor e certifique-se de dar ao número dezessete um momento difícil. Virando, eu continuei andando, sorrindo todo o caminho para o meu lugar. Lou tinha me dado um sólido bilhete normal. Especialmente desde que eu cheguei tarde e não tinha um bilhete reservado.

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Havia duas cadeiras vazias no final da linha, o meu era o segundo, Sorrindo para a família na fila à minha frente, o menino mais pequeno virou em seu assento para olhar para mim. Ele tinha um número dezessete laranja na camisa. — Eu gosto de sua camisa. — eu disse. — Tenho uma igual. Seus olhos se arregalaram avaliadoras. Foi bom saber que eu poderia impressionar um menino de cinco anos de idade. — Você quer ser como Jude quando crescer também? Este menino com um punhado de sardas e um topete ia me fazer chorar. Pela maldita mil e uma vez no mês passado. — Claro que sim. — eu disse assim que ele se virou em seu assento. — Eu também. — ele disse, quando sua mãe atirou-me um olhar de desculpas. Acenei. — Eu não deveria estar dizendo isso, pois você é umaestranha e uma menina, mas Jude é um superherói disfarçado. — ele sussurrou, olhando de um lado para outro. — Ele é? — Eu disse, olhando para ele no campo, aquecendo o braço para cima. Jogando a bola, ele olhou para as arquibancadas, estudando a primeira fila, — A lycra laranja e branca meio que dão um status de super-herói, né? O rosto do menino franziu, se mostrando confuso sobre isso. Dois segundos depois, sumiu. — Não. — ele disse com confiança. — Qualquer um pode sair e comprar lycras laranja e branco. Mas ninguém mais pode ser como Jude Ryder. Puxando um pacote de Red Vines da minha bolsa, eu ofereci-lhe um. Era o mínimo que eu poderia fazer por dois fãs número um de Jude. — Desde que eu sou uma menina e tudo mais, e não estou atualizada com o círculo de super-heróis... — eu disse, agarrando o meu próprio pedaço de alcaçuz, — O que o coloca em sociedade com os gostos de Superman e Wolverine?

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— Danny, você está incomodando essa garota? — Sua mãe chamou do outro lado da linha do que eu imaginei eram seus irmãos mais velhos. Ele deu de ombros. — Eu não sei. — ele disse, olhando para mim. — Estou incomodando? — Ele está sendo bonzinho. — falei para a mãe dele. — Ele está me fazendo companhia. — Tudo bem. — ela disse, dando a Danny aquele olhar de mãe. — Comporte-se, ok? — Ok, mamãe. — ele respondeu, apoiando-se sobre os joelhos e colocando o queixo na parte de trás do assento. — Seu papai e mamãe não explicaram isso a você ainda? — ele perguntou, seu nariz enrugando sardento. — Explicaram o que para mim? — Super-heróis não são reais. — disse ele, parecendo um pouco triste para mim. — Eles são de faz de conta. — Mas eu pensei que você disse que Jude era um. — eu disse, mastigando. O rapaz revirou os olhos e suspirou. — Super-heróis de quadrinhos não são reais. Jude é um super-herói da vida real. — Oooooh. —eu disse, balançando a cabeça. — Eu entendo agora. A cabeça de Danny girou quando as equipes se alinharam no campo para o pontapé inicial. — Então, o que qualifica Jude como um super-herói? — Eu disse, inclinando-me para frente e vendo o campo com ele. A equipe visitante deu o pontapé inicial e o Syracuse se espalhou pelo campo. Danny olhou para mim, parecendo que esta pergunta minha era mais insultante ainda. — Ele é forte, ele é rápido. — ele

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começou, contando os itens nos dedos. — Ele pode jogar a bola, tipo, por dez milhas... Ele vai se casar com a garota mais linda do mundo e eles vão fazer bebês super-heróis. — Ele fez uma pausa, eu não tinha certeza se era porque ele tinha acabado a sua lista ou se estava recuperando o fôlego. — Mais alguma coisa? — E um dia, ele vai ser o presidente dos Estados Unidos da América. — ele disse, girando em seu assento quando Jude levou sua linha ofensiva para a posição sessenta. — Então todas essas coisas fazem dele um super-herói, não é? — Eu disse, continuando a conversa. Em parte, porque a criança poderia acompanhar-me em alguns dos meus temas favoritos: futebol e Jude. E em segundo lugar, porque era bom conversar. Com alguém. Mesmo que esse alguém fosse um baixinho, sardento, adorador de super-herói. — Bem, sim, isso e... — Ele olhou para o campo quando Jude puxou um de seus notórios passes, aqueles que ele finge ir para um lado e vai para o outro, e correu com bola para a fim da zona antes da outra equipe ter descoberto o que diabos estava acontecendo. — Isso. — Danny disse, pulando em sua cadeira e acenando com as mãos para onde Jude marcou seis pontos no primeiro minuto do jogo. Uma vez que os aplausos morreram até um rugido surdo, Danny girou em torno de sua cadeira, sorrindo de orelha a orelha. — Agora você acredita em mim? Teria sido impossível argumentar. — Eu acredito em você. E assim foi como a primeira metade do jogo continuou. Danny e eu brincamos entre gritos e em balançar nossas cabeças quando o time da casa colocava outra bola na zona final. Eu não poderia imaginar um melhor presente de Natal para mim mesma. Como todo jogo que Jude tinha jogado, jogou este como se sua vida estivesse pendurada na balança. Ele era bom, porque

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tinha o talento. Ele era o melhor, porque acreditava que era e jogava de acordo. E cada um de nós nas arquibancadas reconhecemos que estávamos presenciando uma lenda se criando. O nome de Jude não estaria apenas no livro dos recordes de futebol da faculdade, mas seria eternizada pelos garotos como Danny, que contariam histórias de Jude em torno da mesa de jantar para seus filhos. Eu sabia que poderia ser sensível a isso, mas parecia que Jude não conseguia parar de olhar para dentro dessa linha da frente quando ele estava nos bastidores. Eu provavelmente estava apenas imaginando, esperando que ele estivesse olhando para mim e querendo saber quem eram as pessoas nos meus lugares, mas este era o meu presente de Natal e eu tinha carta branca para saltar para qualquer conclusão que eu queria. Na metade, estávamos à frente por dois touchdowns,– um feito irreal dada a forma como os analistas tinham chamado isso como um dos jogos mais apertados da história do futebol universitário, – enquanto Jude levou o time para fora do campo. Danny tinha ficado quieto uma vez que o jogo tinha parado, além de vomitar futebol, ou mais especificamente louvores para Jude. Eu estava prestes a saltar para cima e sair, quando Danny se contorceu em seu assento, seus olhos se arregalando enquanto olhava para as filas acima de nós. Seus olhos não poderiam ter ampliado ainda mais. Em seguida, um grupo de outros espectadores começaram a torcer em seus assentos, cutucando seus vizinhos e acenando com as mãos ou cabeças até as arquibancadas. — Puta que... — Danny. — sua mãe avisou, atirando-lhe um olhar. — Modos. Virando no meu lugar, olhei por cima do meu ombro e eu quase que imediatamente me senti desmaiar. Eu não teria

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acreditado que Jude descendo as escadas era real se todos ao meu redor não estivessem olhando para ele como eu estava, - em reverência. — Hey, Luce. — ele disse, parando no final da linha. — Oi.— respondi, dando-lhe um sorriso tímido. Eu não esperava que ele soubesse que eu estava aqui, eu não tinha a intenção que ele descobrisse. — Aproveitando o jogo desta vista? — perguntou, deixando o capacete e deslizando na cadeira vazia ao meu lado. — Eu estou. — respondi, sem mover meu braço quando ele se pressionava contra o meu. — Você está jogando um grande jogo. E todos achavam que este seria o primeiro jogo que vocês supostamente poderiam perder. Eu podia sentir os olhos de Danny sobre nós, sem perder uma única coisa. Ele realmente acreditava que Jude era um super-herói, e agiu conforme a ideia. — Bem, uma vez que eu soubesse que você estava aqui, eu posso ter dado um outro ritmo ao jogo. — ele disse, sorrindo seu sorriso único para mim. — Lou disse, não foi? — adivinhei. — Lou não precisava me dizer, Luce. — ele disse, olhando entre mim e o campo. — Eu não preciso que alguém me diga quando a minha garota está nas arquibancadas. Eu poderia acha-la, mesmo se eu estivesse jogando no Superdome 11 e você estivesse enfiada na última fileira. Claro que ele podia. Eu não poderia ter feito o mesmo com ele? Eu fui uma tola em pensar que eu poderia aparecer neste jogo e sair antes que ele soubesse que eu estava aqui. Ele sabia que eu estava aqui antes de eu sequer saber que estava indo. 11

Estádio localizado em New orleans, casa do New Orleans Saints.

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Essa era a maldição e a benção relacionamento, entre muitos outros.

de

Jude

e

meu

— Você não deveria estar no vestiário, recebendo uma conversa incentivadora do seu treinador? Talvez um plano de ação para o segundo tempo? — Eu sabia que Jude fazia o que ele queria, mas senti a necessidade de lembrá-lo, desde que eu não poderia me contorcer mais na cadeira com todos ao nosso redor nos observando com interesse, sem pestanejar, tomando goles de refrigerante e jogando pipoca em suas bocas. — O plano é sempre o mesmo. — ele respondeu, seus olhos vagando sobre o meu rosto, provavelmente inspecionando meus machucados, uma semana depois. A vermelhidão tinha ido embora, mas as contusões eram ainda bastante fortes. — Arrebentar. — Acho que você tem que descer. — eu disse, sabendo que alguns membros da equipe visitante poderia pessoalmente relacionar isso com desistência. — O que você está fazendo aqui, Luce? — ele perguntou, me estudando. — Vendo você jogar. — eu respondi, sabendo que não era uma resposta que ele aceitaria. — Sim. — ele disse, fazendo uma careta. — Eu não vou engolir essa. Claro que não. — Você sabe porque. — acrescentei com um sussurro. — Preciso ouvir você dizer. — ele disse, engolindo em seco. — Eu já passei muitos dias sem ouvi-lo. Suspirando, fechei os olhos. — Eu te amo. — eu disse, sabendo que isso era a verdade e que não mudou. — E eu senti sua falta. — Sim. — ele disse, — Eu também.

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Só então, a multidão, e não apenas aqueles que nos rodeiam, tomaram um suspiro coletivo antes de desencadear uma alegria que explodiu através das arquibancadas. — É vocês!— Danny gritou, apontando para a enorme tela em frente a nós. — Merda. — Jude e eu dissemos em uníssono. Eu estava querendo a cabeça do homem da câmera, porque, nessa tela, bem como nas outras três ao redor do estádio, estava Jude e eu em tempo real, e borbulhantes legendas vermelhas de "Beije-me" cercado por corações flutuantes. O estádio começou a cantar, "Beijo! Beijo! Beijo!"Enquanto o meu rosto ficou quase tão vermelho quanto os malditos corações flutuando em nossos rostos na tela. Jude não estava vermelho embora, ele nem sequer parecia desconfortável. Ele estava em algum lugar entre um meio sorriso e um sorriso total. Se eu não o conhecesse melhor, eu teria acreditado que ele armou a coisa toda. Olhando para ele, eu o encontrei olhando para mim. Seu sorriso evoluiu para um completo arrogante, quente como o inferno sorriso. — Venha aqui. — ele disse, tecendo os dedos pelo meu cabelo. Eu não precisava de mais nada além do que um ‘venha aqui’, até porque ele fechou todo o espaço entre nós, até que seus lábios descansaram nos meus. A multidão foi à loucura,–como se estivéssemos em uma lua cheia selvagem, – quando seu herói não apenas me beijou. Ele me consumiu. Sua outra mão foi para o meu pescoço, seus dedos enrolaram em minha pele, os lábios pedindo os meus, pressionando-os para responder.

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Eu não tinha certeza se ele estava sentindo os olhos de milhares de fãs em cima de nós, ou o período de tempo que se passou desde que Jude e eu tínhamos nos beijado assim, ou se os sentimentos que estavam passando em cima de mim, me afogando em sua intensidade, tanto que me deixaram aterrorizada. Porque esses sentimentos, me diziamque Jude estava destinado a ser meu primeiro e único, a realidade não foi por esse caminho e ferrou tudo. Finalmente, ele desistiu. Seus lábios deixaram de tentar trabalhar nos meus. Seus dedos caíram contra mim, e eu me senti com frio subitamente. A multidão ainda estava agitada, ignorando os dois corações quebrando após o beijo. — Eu realmente perdi você. — ele sussurrou, suas palavras ainda fresca contra minha pele. — Você se foi desta vez, não é, Luce? Olhei para aqueles olhos cinza-prata, não capaz de imaginar qualquer coisa que eu poderia fazer que não fosse pior que feri-lo. — Você nunca pode me perder, Jude. — eu disse, esquecendo da multidão. Esquecendo tudo, exceto todos os motivos que devemos estar juntos e todos os motivos que não podiamos. — Mas eu não posso ter você do jeito que eu quero. — ele disse, correndo o polegar pela minha bochecha. — Eu não sei. — Então o que você está fazendo aqui, Luce? — ele perguntou, sua voz elevando. — Você quer tempo? Você quer espaço? Ótimo. Eu dei isso para você. Mas então você continua se jogando em minha vida sempre que quer. Nenhum aviso. Nenhum pedido de desculpas. Sem permanência. Você aparece na minha porta da frente e esgueira-se pela parte de trás, sem sequer um adeus. — ele continuou, sem tirar os olhos de cima de mim. —

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Você não pode continuar neste sobe e desce. A montanha-russa vai matá-la. Você sabe o que eu não aguento? Você entrando e saindo da minha vida antes que eu saiba que você estava lá em primeiro lugar. Você olhando para mim do jeito que está agora e, em seguida, ser capaz de virar as costas e ir embora cinco minutos depois.— sua mão fechou sobre a minha bochecha antes dele se abaixar. — Isso é o que vai me matar. Eu não posso viver me perguntando se você ainda é minha. Era como se ele soubesse exatamente as palavras que poderiam me engasgar, ao mesmo tempo, o que me acionaria. — Sinto muito. — eu disse. — Eu só queria te ver jogar mais uma vez antes de sair para as férias de inverno. Nunca pensei que você saberia que eu estava aqui. Ele bufou, curvando os lábios em descrença. Essa resposta física inclinando as emoções para o pêndulo de fogo. — Tudo bem. Eu entrando e saindo da sua vida vai te matar? Considere-me oficialmente saindo de vez. — Você vai parar com essa coisa defensiva e de bancar a menina insegura e ter uma conversa adulta? — Ele disse, os músculos de seu pescoço se movendo sob a pele em um sinal certo de que ele estava atirando para cima também. — Felizmente. — eu respondi, rangendo os dentes. — Assim que você fizer essa coisa não-aguento-a-pressão que os meninos fazem e se levantar e sair. Ele fez uma pausa, o rosto caindo por um segundo antes que ele disparasse de volta. —Você quer que eu vá embora? — Eu não posso imaginar qualquer coisa que me faria mais alegre nesta temporada de férias. — Tudo bem. — ele disse, atirando para cima. — Eu vou. Mas já que você não consegue ficar longe de mim por mais de algumas horas, eu vou vê-la em breve, tenho certeza.

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— Se por breve você quer dizer nunca, então, isso soa bem para mim. — respondi, querendo pular no meu lugar para que eu pudesse entrar em seu rosto. — Onde é que eu assino? — Sabe, Luce?— ele disse, virando-se para voltar a subir as escadas. — Você tem uma forma de merda de mostrar o seu amor por alguém. Eu vacilei. Isso doeu mais do que eu conseguia me lembrar de suas palavras me machucando. Mordendo meu lábio, eu olhei para ele. — O mesmo de você. — E isso foi uma mentira descarada. Jude, talvez mais do que qualquer um que eu já tinha conhecido, era capaz de expressar o seu amor como o amor era para ser expresso. Balançando a cabeça para mim, com o rosto sangrando de toda a emoção, antes que ele virasse as costas e corresse até as escadas. Fãs estenderam suas mãos enquanto ele corria, mas era como se ele não visse nada ao seu redor. — Uau. — uma voz atordoada disse, assobiando uma fila abaixo de mim. — Você é a garota que Jude Ryder vai se casar e fazer bebê super-heróis? Se Danny não tinha ouvido Jude e minha acalorada discussão, talvez isso significasse que todos dentro de um raio de dez metros que me olhavam como se eu fosse uma pária também não. — Acho que eu acabei de me descoroar desse título. — respondi, sentindo-se entorpecida. Ou, pelo menos, mais dormente. — Você é como a Lois Lane da vida real. — ele continuou, saltando em seu assento. — Só que loira. E mais jovem. E mais bonita também. Eu nem mesmo poderia fazer um sorriso hesitante parecer real.

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Ele se abriu para mim como se eu fosse quase tão legal quanto os quadrinhos. — Puta que... — Danny. — sua mãe gritou, me dando um sorriso simpático. Tanta coisa para ninguém ouvir.

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Capítulo 15

D

anny estava me observando. Não disse nada, mas algo estava comendo esse garoto de dentro para fora.

— O que foi, Danny? — perguntei, mordendo as minhas unhas. Eu nunca tinha, até este momento, sido uma mordedora de unha. — Por que você brigou com Jude? — Ele perguntou, parecendo aliviado que tinha conseguido tirar isso das suas costas. — Porque é isso que nós fazemos e somos bons nisso. — eu respondi. — Mas você o ama? — Olhei para sua mãe, desejando que ela escolhesse este momento para sair com o garoto para o banheiro ou algo assim. —Sim. — Mais alívio inundou seu rosto. — Então, você ainda vai se casar? — Eu não sei. — eu disse, trabalhando meus dentes sobre a unha seguinte. Manicures eram superestimadas. — Eu não penso que sim. — Por que não? — Porque... — eu disse, entendendo por que os pais eram um grande fã desta única palavra como resposta. — Porque às vezes o amor não é suficiente. Seu nariz sardento enrugou. — Bem, duh. — ele disse, batendo as mãos sobre a parte traseira do assento. — Eu só completei seis anos e até eu sei isso.

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Uma criança de seis anos tinha mais sabedoria de vida, ao que parece, do que eu tinha. O conceito era mais deprimente do que deveria ser. — Você sabe isso, hein, espertinho? — Eu disse. — Eu sei muito. — E como um menino do jardim de infância provavelmente namorou um total de zero meninas, — eu disse, arqueando uma sobrancelha para ele, — O que exatamente você sabe sobre o amor? Ele fez aquela carinha não divertida, — Mamãe me disse que o amor é como uma semente. Você tem que plantar para crescer. Mas isso não é tudo. Você precisa regá-la. O sol deve brilhar apenas o suficiente, mas não muito. As raízes têm que segurar, — ele continuou, estreitando os olhos em concentração. — E a partir daí, se aparecer sua cabeça acima da superfície, apesar de cerca de um milhão de coisas que poderiam matá-lo, por isso é preciso ter monte de sorte também. Senti minha boca pronta para cair aberta. Eu estava prestes a murmurar uma maldição quando eu parei. Esse garoto era sábio além de seus anos. — Você não pode plantar uma semente e esperar que ela vá crescer por conta própria. É preciso um trabalho para fazer qualquer coisa crescer. — Ele sorriu para mim, claramente satisfeito consigo mesmo. — Uau. — eu respondi, atordoada. — Isso é algo seriamente inteligente, Danny. — Eu sei. — ele disse. — Você tem alguma dúvida? Eu estava sorrindo para uma criança de seis anos. Não é um dos meus melhores momentos. — Acho que eu estou bem, mas eu vou deixar você saber.

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Ele virou-se em sua cadeira e eu estava no meio de um suspiro de alívio quando ele olhou por cima do ombro. — Você não deveria ter entrado em uma briga com Jude. — ele disse, as sobrancelhas justas. —Você pode realmente mexer com o seu jogo. Ele pode voltar para o segundo tempo e estar uma bagunça. Você pode ser a única responsável por ele perder o jogo, se o fizermos. — Jude vai ficar bem. — eu disse, olhando para baixo para o campo tranquilo. — Ele está acostumado a lutar contra nós. Nunca o parou antes. Sua boca fez uma cara de pato enquanto ele considerava isso. — Isso é triste. — ele respondeu, com o mundo inteiro de respostas à sua disposição. Essa é a que ele escolheu. — É. — repeti como as arquibancadas começaram a explodir com corpos e vozes crescentes. Quando Syracuse entrou em campo após o tempo, Jude não estava liderando. Eu quase entrei em pânico, com certeza a nossa luta tinha mexido com ele e ele se mandou, para nunca ser visto de novo, mas depois eu peguei um vislumbre do número 17 no meio do pelotão. Isso não foi só eu que notei também. Os olhos apertados de confusão viraram em meu caminho, estreitos apertões de cabelo em acusação. Eles poderiam muito bem marcar a palavra pária sobre a minha testa, porque não poderia ter sido mais desconfortável do que eu sentia agora. Pontapé inicial tinha apenas começando quando alguém parou no final da minha fila, virou-se e estava tão obviamente olhando para mim, que eu não poderia sequer fingir que eu não tinha notado. — Sim? — eu disse, irritada, olhando para o garoto de fraternidade sorrindo para mim. Sua fraternidade, delta-delta-

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idiota alguma coisa, estava marcado em seu boné de beisebol. Eu não poderia evitar revirar os olhos. — Este lugar está ocupado? — Ele perguntou, olhando para a cadeira vazia que Jude tinha ocupado anteriormente. Ele sentou-se nela por todos cinco minutos, mas eu estava superprotetora disso. — Sim. — eu disse, largando minha bolsa nele, — Está. A multidão gritou, aplaudindo qualquer estelar jogada que nossa equipe tinha acabado de fazer. Não só ele estava me irritando, sorrindo para mim de uma forma que era apenas de uma maneira muito extravagante, pedindo para ocupar o assento de Jude, ele me fez perder o pontapé inicial. Strike quatro. Você está a caminho do inferno. — É melhor encontrar outra garota para se sentar ao seu lado. — Danny virou em seu assento, dando um olhar a esse cara, que era três vezes maior do que ele. — Esta é a futura esposa de Jude Ryder. — Espere. — o cara disse, rindo para Danny. — Você é garota do quarterback? Jude apenas tomou o campo com sua linha quando o vi olhar para o meu caminho. Ele estava tão longe que não teria sido possível, mas eu jurei que seus olhos brilharam pretos quando viu o cara espreitando em cima de mim. — Por que você não ‘espera’ a si mesmo e volta para o resto do seu clã de futuros gerentes? — Eu disse, mandando-o embora com a minha mão. Estalando os dedos, o cara pegou o telefone e começou a folhear as páginas. Eu não tinha certeza exatamente o que ele estava procurando, mas eu tinha uma boa ideia. Assisti Jude enquanto ele se alinhava, sua cabeça inclinou para trás, para o meu caminho novamente. Droga, ele precisava

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se concentrar no jogo e não em mim. Eu poderia lidar com isso eu mesma. O menino da fraternidade sorriu como o Coringa. — Você é garota de Ryder. — ele disse, dando seu telefone para mim. Na tela estava eu enlouquecida enfrentando Adriana, meus braços para o alto e meu cabelo um tornado loiro-branco. — Eu não me importo se esse assento está ocupado. — ele disse, pegando minha bolsa e jogando-a no meu colo. — Eu preciso tirar uma foto com a menina que estava no lado vencedor da mais falada briga de gatas em toda a história da faculdade. — Envolvendo o braço em volta de mim, ele deslizou o telefone na frente de nós, prestes a pegar uma imagem. Quando merdinhas como este vão descobrir que não podiam fazer o que quisessem com uma mulher? Nós não éramos bestas que podiam controlar. Nós éramos mulheres que poderiam governar o mundo com os olhos fechados, mas somos espertas o suficiente para saber ficar de fora dessa confusão toda. Nós éramos mulheres, ouçam o nosso rugido. E eu fiz exatamente isso enquanto eu pegava o telefone da mão dele e o atirei para o campo. Jude tinha acabado uma caminhada quando meu próprio projétil caia em espiral nas linhas laterais. Tomando um outro olhar para trás quando seus olhos deveria ter estado em nada, exceto no campo, eu vi ele congelar quando viu o que estava acontecendo entre mim e cara da fraternidade. O tempo parou em seguida, enquanto Jude me olhava e eu olhava para ele. Ambos os nossos rostos alinhados com preocupação um pelo outro. No entanto, a preocupação de Jude estava deslocada. O garoto de fraternidade tinha escolhido um palavrão perfeitamente sem criatividade para gritar para mim antes de marchar para longe de volta para sua turma de candidatos a gerentes. Mas eu tinha o direito de estar absolutamente preocupada porque, rompendo a linha defensiva

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de Jude, um cara da equipe visitante quebrou a linha defensiva e foi direito para o quarterback congelado no lugar. Eu já estava gritando seu nome quando o homem foi para cima de Jude. Mesmo após o impacto inicial, os olhos de Jude não deixaram os meus, mas quando seu corpo caiu no chão, quicando e derrapando uns bons 10 metros, seus olhos estavam muito além do ponto de reconhecimento quando eles se fecharam.

— JUDE! — O grito foi primordial, saindo de uma parte de mim que eu não sabia que existia. Estalando para fora do meu assento, eu estava descendo as escadas antes que eu soubesse que estava correndo. Meus olhos estavam presos nele, decorando a grama sintética de uma forma que um corpo não deve ficar. Eu não estava pensando em nada certo, eu era toda instinto. Não tinha dúvidas de que se alguém estivesse no meu caminho, eu teria feito qualquer coisa para passar por ele. Mas ninguém o fez, e quando cheguei a barreira de concreto que separava o campo da arquibancada, eu balançava as pernas sobre ela. Torcendo para que meu estômago se enrolasse na parede, eu desci para o campo. A respiração saiu dos meus pulmões com o impacto. Eu tinha subestimado a queda, mas isso não me parou. Todo mundo estava tão concentrado em Jude e os treinadores correndo lá para fora, para ele, ninguém viu a garota louca correndo através do campo. Empurrada e bloqueada pelos jogadores que formam um círculo ao redor dele, eu derrapei de joelhos ao lado dele. — Jude. — eu disse, tentando recuperar o fôlego. O trio de treinadores olharam para mim, os olhos arregalados antes de estreitarem. — Você precisa dar o fora

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daqui, senhorita. — disse um deles enquanto o outro removia o capacete de Jude. Eu soluçava uma nota terrível quando eu peguei a mão dele e, pela primeira vez, caiu mole na minha. — Eu não vou sair. — respondi, mordendo o lado da minha bochecha. — Se você não sair por sua própria vontade, nós vamos chamar alguém para acompanhá-la. — o terceiro disse, segurando uma luz acima dos olhos de Jude quando ele os levantou. Outro soluço escapou antes que eu o parasse. Aqueles olhos cinzentos seu estavam parados, mortos. — Eu não vou sair. — eu disse, dobrando a mão de Jude em ambas as minhas, tentando infundir um pouco de calor e de vida para ele, — E eu tenho pena da pessoa que tentar me levar para longe dele. — Meus olhos brilharam para cada um dos treinadores. — Tudo bem. — um deles colocou uma cinta em volta do pescoço de Jude e respondeu. — Mas se você entrar no nosso caminho, eu vou alegremente usar o tranquilizante. Vou fazer meus ‘cuidados emergenciais’ em você. Entendeu? — Ok. — eu disse, querendo correr minhas mãos sobre cada parte de Jude, até que descobrissem qual era o problema com ele. Até que identificassem o que precisava ser corrigido. Isso era um sentimento impotente, sem saber o que precisava ser cuidado. Como cuidar do pior tipo de situação. Um dos do treinador tirou o telefone do bolso. — Temos que levá-lo, rapazes. — ele disse. Os outros assentiram em acordo. Mordendo o outro lado da minha bochecha, eu olhava para aquele ponto no pescoço de Jude, onde o menor movimento poderia ser detectado. Comecei segurando minha respiração,

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esperando em tortura para o seu pulso para levantar esse pedaço de pele novamente. Enquanto ele tivesse pulso, ele estaria vivo. Mais um par de treinadores correu para o campo, carregando uma maca. Os jogadores se afastaram, pendurando suas cabeças enquanto vagavam em volta da borda do campo. Aninhado a maca ao lado de Jude, os cinco treinadores se posicionaram ao redor dele, deslizando as mãos no lugar.

Eu não soltei de sua mão quando eles o içaram para a maca e eu não soltei de sua mão quando eles fizeram o seu caminho fora do campo. Eu não tinha certeza se o estádio estava silencioso ou se eu era incapaz de ouvir qualquer coisa em meu choque, mas eu não ouvi um som quando movemos Jude para fora do campo. Só quando estávamos indo através de um dos túneis da equipe eu ouvi o barulho de uma sirene de ambulância. Os paramédicos estavam balançando a porta da parte de trás aberta quando saímos. Um dos treinadores lhes disse o que tinha acontecido e que os ferimentos que eles achavam que ele pode ter sofrido. Quando as palavras concussão, coma e paralisado foram expressas, tive que ignorá-las. Eu tive que fingir que a realidade não era tão real agora. Transferindo-o para a ambulância, eu segui atrás com o paramédico, tomando um lugar antes que eu pudesse ser expulsa. —Quem é você? — Ele gritou para mim assim que os treinadores se afastaram para as portas se fecharam. — Eu sou a única família que ele tem. — sussurrei, tentando não deixar a multidão que assistia nos afastar, como se fosse um carro fúnebre no seu caminho para um funeral.

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Correndo por uma sala de emergência, enquanto uma pessoa que eu amava era transportadodevido a seus ferimentos, foi um episódio que eu nunca queria repetir na minha vida. Apressando-o em uma sala, me mandaram ficar de fora, na sala de espera. Dois seguranças tiveram que ser chamados quando eu disse na cara azeda de uma certa enfermeira, para ela mesma ir. Eles deram uma olhada para mim, enlouquecida e preocupada, fora da minha mente, e deixaram-me com um aviso. Andando pela sala de espera, eu tive que lutar contra o impulso de pelo menos uma centena de vezes de empurrar o segurança que tinha sido claramente instruído para se manter de olho em mim. Meu telefone tocou a cada minuto, como se todos os conhecidos e amigos de Jude estivessem querendo saber como ele estava. Eu desliguei depois de dez minutos. O que eu poderia dizer a eles? Ele havia sido sequestrado para uma sala de emergência enquanto os médicos entravam mais apressados em seu quarto do que em um campo de golfe em uma manhã ensolarada de sábado? Para dar a qualquer um deles uma resposta de como Jude estava, eu teria que mentir ou admitir coisas que eu tinha certeza de que não podia admitir. Então eu andava. Mordi as unhas. Doía em lugares que eu não sabia que poderia doer. Mas eu não iria me deixar pensar, ou contemplar, ou considerar qualquer uma das muitas coisas que iria quebrar-me agora, se eu deixasse. Eu mal estava me segurando, me comportando como nada melhor do que um animal enjaulado, se eu deixar qualquer uma dessas emoções entrar, nenhum frasco de tranquilizante poderia me subjugar. Poderia ter sido 15 minutos, poderia ter sido 15 horas, mas quando o médico com o rosto sério caminhou para a sala de

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espera, com os olhos se movendo para o meu caminho, levou uma vida inteira para ele atravessar a sala em minha direção. — Eu entendo que você está de alguma forma relacionada com o Sr. Ryder? — ele disse, cruzando os braços. Ele não estava coberto de sangue, então isso me garantiu que era um bom sinal. — Sim. — eu disse, minha voz rouca. Eu estava relacionada a ele em todos os sentidos que uma pessoa pode ficar sem o vínculo da ligação de sangue. — Ele sofreu uma concussão do impacto. — ele começou quando minhas entranhas se torceram. — Eu o coloquei em coma induzido para dar a seu cérebro e corpo a chance de se curar, mas não saberemos a extensão total dos danos até que ele acorde. Engoli a bile subindo na minha garganta. — Ele está bem? — Minha voz era apenas um sussurro. — Ele está vivo. — o médico disse. — Nós não saberemos se ele está bem, até que ele acorde. Até então, ele precisa ter silêncio e descanso. Uma enfermeira enfiou a cabeça na esquina do corredor. — Doutor. — ela interrompeu, — Temos um ferimento de bala no estômago chegando. Dando-lhe um aceno de cabeça por cima do ombro, ele começou a se afastar. — Nós o movemos até o quinto andar. Você pode ir vê-lo agora, se quiser. — Obrigada. — eu disse enquanto ele corria, porque o que mais você poderia oferecer a pessoa que ajudou alguém que você ama? Seguindo os sinais que levavam para o elevador, apertei o botão do quinto andar, seguido por um trio de socos sobre o

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botão ‘fechar porta’. Minhas pernas estavam saltando, minha respiração estava parando, meus dedos estavam tocando por cima do corrimão do elevador. Minha ansiedade foi se manifestando de uma forma hiper ativano instante em que as portas se abriram, eu voei para fora, correndo para o posto de enfermagem. — Com licença? — eu perguntei, minha voz soando tão xaltada como o resto do meu corpo se sentia. — Você poderia me dizer qual quarto Jude Ryder foi levado? Eu não esperei a mulher de meia-idade, com o olhar enrugado olhar para cima de seu gráfico antes de perguntar. Quando o fez, o sorriso que tinha lhe rendido as rugas trabalharam em posição. Talvez a razão para que ela seja uma enfermeira do quinto andar era porque ela era cinco vezes mais calorosa do que as enfermeiras azedo no ER. — Ele foi levado para o 512. — ela disse, apontando para o corredor à direita. — Você pode ir vê-lo agora. Apenas certifiquese que ele tenha muita tranquilidade e essas coisas, tudo bem? — Tudo bem. Eu vou. — eu disse, passando os braços em volta do meu estômago. — O médico disse que o colocaram em coma para que seu cérebro possa se curar. Alguma ideia de quando ele vai acordar? Havia cerca de um milhão de perguntas que eu tinha agora, que eu não tinha pensado em perguntar ao médico, enquanto ele estava na minha frente. — Poderia ser na próxima semana. — ela disse, com um encolher de ombros. — Pode ser em uma hora. O cérebro é uma coisa complicada, que tem uma mente própria. — Ela sorriu para o pequeno trocadilho. — Os médicos gostam de pensar que podem comandá-lo para fazer o seu lance, mas na minha experiência, o cérebro ganha toda vez.

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Por que todo o pessoal médico não poderia ser tão fundamentado e honesto como esta era? — Parece muito... Inconclusivo. — Hun, sempre que você está falando sobre o corpo humano ou o cérebro, é sempre inconclusivos. — Não é exatamente o que eu precisava ouvir agora. — Obrigada. — eu disse, acenando enquanto me dirigia para o corredor. — Deixe-nos saber se você precisar de alguma coisa. — ela me chamou. O quarto 512 estava no final do corredor e quanto mais perto eu chegava, mais longe o quarto parecia ficar. Toda essa noite tinha sido uma maluca versão de Alice no País das Maravilhas. Deslizando dentro do quarto, fechei a porta silenciosamente atrás de mim. Olhando para ele na cama, se eu me empenhasse, eu poderia fingir que estava dormindo em sua própria cama. Mas então o monitor de frequência cardíaca apitou e o cheiro de antiséptico do hospital me levou de volta para a realidade. Eu não tinha uma aversão a hospitais como a maioria das pessoas faz. Para mim, eles eram lugares onde seus entes queridos foram levados para que tivessem pelo menos uma esperança de serem curados. Quando John tinha sido baleado, o único lugar que ele foi levado foi ao legista. Jude estava aqui, seu batimento cardíaco batendo a cada segundo. Isso significava que ele estava vivo e tinha uma chance de lutar. Havia esperança. Indo ao pé da cama, eu olhava para ele. Se não fosse a bata de hospital, fios e tubos que serpenteavam sobre seu corpo, ele parecia não pertencer aqui. Sem feridas costuradas, sem marcas pretas e azuis, sem apoio para ossos quebrados. Tudo sobre a

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superfície era perfeito, mas o que estava acontecendo dentro do cérebro dele era onde a verdadeira ameaça esperava. Eu sabia mais sobre concussões do que qualquer um que não era médico deveria. Assistindo centenas de jogos na minha vida, eu tinha visto a minha cota de meninos caindo sem sentido. John teve a sorte de escapar do rito de passagem de concussão, mas muitos de seus companheiros de equipe não. Mas se recuperaram com pouco ou nenhum efeito em longo prazo. Mas alguns, os nomes e rostos que estiveram na linha de frente da minha mente agora, ficaran alterados para sempre. Essas almas menos afortunadas nunca andariam em um campo de futebol de novo, e alguns não poderiam sequer levantar uma colher à boca. A percepção de que isto era potencialmente o que Jude teria de enfrentar dependendo do que seu cérebro dissesse, meu corpo inteiro enfraqueceu. Andando ao lado da cama, eu desabei sobre a borda da mesma, agarrando a sua mão na minha. Isto é o que acontecia quando você não prestava atenção à advertência sobre a vida jogada no seu caminho, ou quando não ouvia aquela voz na sua cabeça que lhe dizia que alguém ia se machucar se não parasse de lutar contra a natureza. Jude e eu estávamos em um trem desgovernado e ele foi o único a levar o peso do impacto quando o trem se chocou contra a parede. Eu sabia quando, e se Jude saísse disso, poderíamos tentar juntar nossas merdas e seguir em frente, mas não passaria muito antes de bater em outra parede. E depois de cair aos pedaços uma vez, a gente passaria pela queda seguinte, até que, finalmente, não haveria mais nada do que tinha sido uma vez. Não haveria Jude. Não haveria Lucy. Não haveria nós. Nada do amor que tinhamos compartilhado. Apenas uma confusão dispersa que nunca poderia ser corrigida. Minha mão estava se torcendo, então eu soltei meu domínio sobre ele. A última coisa que ele precisava era de uma amputação de mão depois que eu cortasse sua circulação, enquanto eu me preocupava.

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Eu sabia que não poderia ir, mas eu também sabia que não podia ficar. E isto, a cruel ironia disso tudoera pensar nosso tempo juntos, foi maravilhoso. Eu o amava, mas não deveria. Eu confiava nele, mas não era natural. Eu o queria, mas não poderia tê-lo. Com a gente, não era como mais um caso de estar querendo muito um pedaço de bolo, e não pararíamos até que o tivéssemos. Não. Era mais algo como se estivéssemos tentando fazer o nosso melhor com dois pratos vazios. Você não podia criar algo do nada e, ao mesmo tempo que nós não tínhamos algo concreto, ainda assim, aquilo era o que as pessoas passavam a vida inteira procurando. A vida nos deu um grande ‘nada’ quando pensávamos no futuro. Não havia nenhum lugar para ir, exceto aqui, um de nós indo para o encontro com a morte, caso não nos separássemos. Eu sabia que não podia ser ele, ele me avisou inúmeras vezes antes que era incapaz de andar para longe de mim. Por isso, tinha que ser eu. Eu tinha que ser aquela a levantar, virar as costas para este homem, e nunca parar de andar. Eu nunca tinha enfrentado algo com mais medo antes. Droga. Eu estava apertando sua mão novamente. Limpando a garganta, tentei trazer as palavras para a superfície. Elas não quiseram vir. Devem ter reconhecido a importância que teriam e resolveram se manter engarrafadas dentro de mim. Adeus. Seria a coisa mais difícil que eu já tive que dizer, e a coisa mais difícil que eu teria que viver. Jude não era apenas o meu primeiro amor. Ele era o meu amor para sempre. Mas, aparentemente, haviam forças contra mim, dizendo que eu não deveria passar a minha vida com essa pessoa.

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Ainda engasgada com a palavra, os dedos de Jude mexeram na minha mão. Eu pulei no meu lugar. Olhando para sua mão, eu o assisti voltar à vida, tecendo através e ao redor de mim. Agora outra coisa estava ficando presa na minha garganta: alívio. Seus olhos brilharam abertos no instante seguinte, caindo onde nossas mãos estavam entrelaçadas. Seguindo seu olhar, eu não poderia determinar quais dedos eram dele e quais eram os meus. Outra peça de evidência para a teoria de Alice no País das Maravilhas já que eles eram ásperos dedos longos de homem e os meus eram magro e macio, dedos de menina. Nossas mãos se fundiram em uma só, criando a sua própria mão Jude e Lucy. ‘Jucy’ ou um ‘Lude’12. A ideia me fez sorrir. Senti seus olhos se movem para cima, me esperando para encontrá-los. Quando eu fiz, eu queria colocar o mundo em chamas e assistir ao incêndio, apenas porque o mundo estava fazendo de tudo a me deixar ficar com este homem. Seus olhos fizeram uma careta de confusão quando esquadrinharam o quarto. — Você foi atingido, Jude. Forte. — expliquei, segurando sua mão como se forças estivessem tentando nos separar. Eu não baixei os braços, porque desta vez, sua mão estava segurando a minha de volta. — Você desmaiou, sofreu uma concussão, de modo que os médicos o colocaram em coma para que o seu cérebro pudesse tomar o seu tempo de recuperação. — o que não tinha durado muito. Mas não deveria ter me surpreendido, Jude não se conformava com as normas sociais, uma coma imposto a ele não tinha nenhuma expectativa. — Eu me lembro de ser atingido. — ele disse, estendendo a mão para sua cabeça. — O resto, não tanto. — Deus, Jude. Eu sinto muito. — eu disse, a necessidade de dizer muito mais.

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Combinações dos nomes deles, como um casal. Jude + Lucy e Lucy + Jude.

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— Desculpa por quê? — Ele disse, inspecionando a IV correndo em seu braço. — Por eu ter sido burro o suficiente para olhar na direção oposta de um cara de 140 quilos que queria me amassar na grama?O erro foi meu, Luce. — Sim, mas a nossa briga... — eu disse, correndo para perto dele quando eu deveria estar se movendo na direção oposta. — Você não estaria tão distraído se que não tivesse feito isso. — Luce. Nós brigamos. Estou acostumado com isso. Claro, essa briga foi a mais assustadora que eu já tive, mas você está aqui agora. Isso é tudo o que importa. Não importa quantas brigas temos, ou o quanto elas atingem a escala Richter, nada disso importa, desde que no final do dia, você ainda esteja comigo. Ele mudou de posição na cama, apoiando-se nos cotovelos. — E eu não estava todo distraído pela briga. Eu estava distraído com aquele babaca que eu estava planejando torturar, logo que o jogo tivesse acabado. Sorrindo para mim, a cor começou a voltar em seu rosto. — Aquele foi um inferno de um lance em espiral, o telefone no campo. Vou começar a chamar você de braço Foguete Laser. Se o treinador visse isso, ele iria despejar minha bunda e deixá-la ser a quarterback da partida. Eu sorri para seu antebraço, traçando padrões sobre as linhas de músculo e veias. — Se você continuar a ser atingido como hoje, você estará esquentando o banco, com certeza, Ryder. Ele bufou, como se não apenas achasse que era invencível, mas como se tivesse certeza. Levantando a mão em seu pescoço, ele procurou por algo abaixo de sua roupa. Sua expressão caiu. — Onde diabos está o meu colar? — Ele disse ele, sentando-se na cama e buscando pelo quarto. — Eu não acho que você vai encontrá-lo colado ao teto. — eu disse quando ele investigou as telhas brancas.

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— Onde ele está? — Ele perguntou, com a voz firme. — Jude. — eu disse, preocupada, — Acalme-se. Eu tenho certeza que ele está por perto. Eles provavelmente tiraram quando você estava no pronto-socorro e o colocaram em uma gaveta ou algo assim. Nós vamos encontrá-lo. — Tudo bem. — ele disse, exalando, — Você está certa. Nós vamos encontrá-lo. Colapsando de volta para a cama, ele parecia exausto. — Desde quando você começou a usar um colar? — perguntei, esperando que não fosse um enorme colar de ouro com uma águia pendurada. — Desde que eu comecei a tentar ser melhor. — ele disse. — E isso aconteceu quando? — provoquei, estreitando os olhos para ele. Ele riu, um profundo e gutural som dele que foi direito através de mim, vibrando por todo o seu caminho. Do mesmo jeito que aparceu, ele se foi, seu rosto se torceu. — O que foi? — perguntei, pronta para apertar o botão vermelho repousado sobre a mesa ao lado da cama. — Eu estava sonhando. — ele disse, seus olhos indo para aquele lugar distante. — Eu me lembro disso. Isso é o que me acordou. — Um lado de se rosto se torceu para cima. — Foi o mesmo sonho repetidas vezes. Eu devo ter tido milhares de vezes e tudo que eu lembro é que queria passar por esse sonho e acordar. Mas eu não podia. Algo estava me segurando para baixo. Algo estava me impedindo de acordar. O que provavelmente tinha algo a ver com uma equipe de médicos forçando-o em coma. Um coma que durou toda uma hora. — O que era? — perguntei, querendo chegar dentro dele e extrair todo o veneno que eu poderia.

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Seus olhos escuros cintilaram nos meus. — Você. Eu engoli. — Eu? — tentei soar brava, mas nunca soei tão assustada. — O que eu estava fazendo? — Eu já sabia antes que ele se encolheu com a resposta. — Você estava me deixando. — ele respirou, o braço cobrindo o peito. — Você me deixou. E nunca voltou, não importa o quanto eu corri atrás de você ou quão alto eu implorei-lhe para parar. — E isso poderia ter sido as drogas, ou a iluminação horrível em um quarto de hospital, mas, pela primeira vez, os olhos de Jude pareciam que poderiam ter derramado lágrimas. — Você tinha me deixado. E agora era a minha cara e todo o resto que estava torcendo quando as palavras me falharam. Não era a minha consciência, que reagiu, era o meu coração. O coração que eu estava privando por tanto tempo e tinha acabado de deixar livre. Em um movimento contínuo, eu estava sentada sobre seu colo, cobrindo a sua boca com a minha. Beijei-o, Deus, como eu nunca tinha beijado antes. Eu não podia beijá-lo o suficiente. Eu queria que sua boca me fizesse esquecer tudo. Eu precisava esquecer a realidade por um tempo e fingir que a vida estava trabalhando do jeito que eu queria. Seus lábios estavam quietos sob o meu por um segundo enquanto ele processava o que diabos tinha acontecido, mas quando voltou a si, eles se moveram contra os meus como se estivessem tentando me consumir tanto quanto os meus estavam tentando. O monitor de frequência cardíaca começou a apitar por causa das nossas bocas frenéticas recuando e avançando uma sobre a outra. Inclinando-me para trás, eu arranquei o moletom sobre minha cabeça e minha camiseta estava a caminho do chão. As mãos de Jude agarraram meu rosto, me puxando de volta para ele, sua língua forçando seu caminho em minha boca. Eu tremia,

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sentindo suas mãos, sua boca e o resto de seu corpo querendo, tomando, e me tendo. Uma mão se arrastou pelas minhas costas, não poupando tempo liberando meu sutiã. Sua respiração pela primeira vez, era quase tão irregular quanto a minha e essa percepção colocou uma rachadura no sonho que estávamos participando ativamente. Nós não deveríamos estar fazendo isso agora, por uma dúzia de diferentes razões. E eu não queria me preocupar com nenhuma delas agora. Sua boca se movendo em cima de mim e não foi suficiente para manter a realidade na borda. Eu tinha que ter tudo dele. Inclinando-me para trás, o que eu esperava que fosse a última vez, eu deslizei tudo o que ainda estava cobrindo-me pelas minhas pernas, nos meus tornozelos, e para o chão. A respiração de Jude engatou novamente quando seus olhos me inspecionaram. Nua, torturada e morrendo em minha necessidade por ele. — Eu sou um filho da puta sortudo. — ele respirou, dando um sorriso, ele apoiou-se nos cotovelos. — E de jeito nenhum vou deixar algo ficar no caminho desta vez. — suas mãos deslizavam para baixo nos meus quadris, ondulando na carne de meu traseiro. — Me ajude a conseguir tirar esse maldito vestido de hospital. Eu sorri, inclinando-me e deixando que meus dedos trabalhassem sobre os nós na parte de trás de seu vestido enquanto minha boca trabalhava ao longo dos tendões e músculos de seu pescoço. Sua respiração pesada escovou em meu corpo para cima e para baixo no mesmo compasso de seu coração. Levantei-me com ele, eu caí com ele, - sempre juntos. Puxando o último laço livre, eu deslizei o vestido para cima e sobre seus braços, puxando-o através de minhas pernas e sobre seu corpo até que ele se juntou a minha descartada roupa no chão.

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Isso estava dando certo. Eu não senti nada, exceto o aqui e agora. Eu não senti nada, exceto Jude - seu corpo, o seu amor, e sua necessidade. Suas mãos voltaram para o meu lado, levantando-me e me fazendo deslizar. Eu podia senti-lo contra mim, apenas esperando minha aceitação final. Julgando se este era realmente o momento perfeito. O lugar no tempo onde Jude e eu iríamos marcar esta última passagem de intimidade. Eu estava tão pronta para este momento que eu podia sentir cada nervo meu pulsando para a vida. — Sabe, o médico disse que era você para ficar relaxado e descansando. — eu disse, sorrindo para ele onde seu rosto estava tão excitado como torturado. — Eu não diria que isso conta como descanso e relaxamento. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo, deslizando até meus seios e moldando sob meu queixo. Segurando meu rosto entre suas mãos suaves, as linhas e os músculos de seu rosto suavizados. — Luce. Eu te amo. Este é exatamente o que eu preciso agora. As ordens do médico que se danem. Meu coração estava batendo tão forte no meu peito, que meu osso esterno estava começando a doer. Era isso. A luz verde. No entanto, eu também sabia neste momento, que uma luz vermelha estava no horizonte e isso era por causa do vislumbre da cruel realidade, eu levantei-me em cima dele. — Assim? —apoiando as mãos no seu peito. Seu coração empurrou contra elas. Ele acenou com a cabeça, passando os polegares para baixo minha mandíbula. — Assim. E então eu abaixei-me em cima dele, deixando-me consumir de todas as maneiras que podia. Ele gemia abaixo de mim, enquanto suas mãos caíram de volta para meus quadris.

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— Assim? — eu respirei, não capaz de respirar novamente quando me movi em cima dele novamente. Nós dois estremecemos com a separação. Seus dedos se enroscaram em meus quadris, deslizando-os de volta para baixo sobre ele. O monitor de frequência cardíaca estava realmente gritando agora, apenas incapaz de manter-se no controle com Jude. — Droga de coisa. — ele respirou, sua testa franziu quando eu me movi em cima dele novamente. Rasgando o peito, ele arrancou os fios de seu peito, Jogando-os para o chão. Ele fez o mesmo com a sua IV, — Agora sim. — ele disse, torcendo abaixo de mim, balançando-me mais até que eu estava de costas ao lado dele. — Nada está entre nós, — ele disse, esfregando em meu pescoço enquanto balançou em cima de mim. Eu estava vagamente consciente que o monitor cardíaco já estava gritando algum tipo de aviso, mas quando Jude balançou os quadris nos meus, seu gemido se perdeu dentro de mim quando ele me beijou seguindo os movimentos que nossos quadris estavam criando, não havia mais nada além dele. Sua língua me abalou, seguido por seus quadris, enquanto ele montava todo o seu corpo contra o meu. Ele não estava só fazendo amor comigo, ele estava me possuindo. Não havia nada que eu queria mais do que ele, nada que eu não estaria disposta a sacrificar. Nada em minha vida era mais importante do que este homem se movendo dentro de mim, em todos os sentidos que uma pessoa poderia entrar na outra. Separando sua boca da minha, sua respiração pesada veio apenas para fora da minha orelha. Eu podia sentir o brilho de suor cobrindo seu rosto, misturando-se com meu. Movendo dentro de mim de novo, desta vez mais profundo, eu quase gritei. Estava tão perto que eu duvidava que iria durar muito mais. — Eu não vou deixar você ir, Luce. — ele sussurrou, sua voz firme. — Eu não vou deixar você ir. Você é minha. — ele respirou,

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afundando seus dentes em meu ouvido enquanto seus quadris se encontravam contra o meu, mais uma vez. E foi isso. Meu corpo tremia contra o seu, a minha mão estendida para a barra de metal na cama. Ele continuou se movendo dentro de mim, batendo aceleradamente, quando o meu corpo se apertou em torno dele. Sua mão se juntou à minha sobre a barra enquanto ele me seguia, esquecendo a realidade no caminho, os dedos se entrelaçaram com os meus, espremendo-os antes que seu corpo caísse contra o meu. — Porra, Luce. — ele disse, com a cabeça subindo e descendo no meu peito. Eu estava pensando exatamente a mesma coisa. — Como você se sente? — perguntei, tentando trazer a minha frequência cardíaca para baixo. Ele não estava tendo nada disso. —Como está sua cabeça? — Minha cabeça está bem. — ele disse, enrolando seus braços em volta das minhas costas. — É o meu maldito coração que está prestes a estourar em alguma coisa. Eu comecei a rir, sentindo-me tão perto da euforia como um pessimista, sarcástico natural poderia estar. Ele se juntou, seu riso vibrando contra mim. E então a porta explodiu aberta quando a mesma enfermeira entrou, sua expressão forrada com preocupação. Seus olhos pousaram na máquina primeiro, depois onde Jude descansava a bunda nua em cima de mim. As linhas de preocupação desapareceram de seu rosto enquanto ela nos abençoou com uma expressão que era muito comum em pais. Caminhando para o monitor, ela desligou a coisa gritando antes de virar e para sair do quarto. — Pelo menos você morreu e foi para o céu. — ela disse em um tom divertido antes de fechar-nos de volta para dentro da sala.

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— Sim. — Jude disse no meu peito, sorrindo. — Eu certamente o fiz. — É muito ruim que as nossas férias celestes não durarem um pouco mais de tempo. — eu disse, correndo os dedos sobre sua cabeça raspada. Seu corpo ficou tenso com meu toque quando senti a curva de seu sorriso nascia do lado do meu peito. — Quem diz que não podemos fazer uma viagem de volta? — Ele disse, levantando-se sobre mim novamente. Eu não tive a chance de responder com a minha resposta antes que sua boca e corpo se movessem para mim novamente.

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Capítulo 16

J

ude estava dormindo o sono de um homem feliz ao meu lado. Seu sorriso torto ainda estava em seu rosto enquanto seus braços me seguravam, como se eu fosse um vício. Mesmo depois de um segundo round, corpo tremendo, ranger os dentes em torno de um grito, rolar em uma cama de hospital, eu não tinha sido capaz de adormecer. Jude não teve problemas. Na verdade, meu batimento cardíaco não tinha se recuperado totalmente, antes que ele tivesse adormecido. Então, eu tinha estado acordada por seis horas, olhando para o homem enrolado em volta de mim, mais confuso do que eu já tinha estado antes. Como poderíamos ser errado um para o outro depois de uma grande parte de nossa relação apenas provou o quão certo nós éramos um para um outro? E por que, não importa o que fizéssemos, as coisas não queriam que nos soltássemos? Meu voo estava saindo em menos de duas horas. Eu não tinha minha bolsa comigo, e não tinha nenhuma maneira que eu fosse capaz de dirigir até meu dormitório para pegá-la e retornar antes do meu avião já ter pousado no ensolarado sul do Arizona, onde minha família ia passar o Natal, com os meus avós. Felizmente, como eu tinha reservado o bilhete no mês passado, eu imaginei que estaria no jogo de Jude no sábado antes de viajar e planejado me hospedar em sua casa naquela noite antes de dirigir para o aeroporto. Meus planos certamente não tinha considerado uma cama de hospital, ou dedos cerrados na barra de metal da cama, mas se eu saísse agora, pelo menos eu ainda podia fazer o meu voo. Eu não poderia acordá-lo. Eu não podia deixá-lo saber que estava saindo, porque ele não me deixaria ir. Ou ele compraria um bilhete e viria comigo.

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E uma parte de mim queria muito que isso acontecesse. Mas a parte confusa de mim, a que estava coçando a cabeça em admiração, contemplando o que fazer a seguir, precisava de um tempo e espaço para trabalhar essa nova complicação em que estava se tornando o conto sem fim de Jude e minha história. Mais tempo e espaço. Eu suspirei, me deslocando na cama, tentando sair debaixo dele. ‘Tempo e espaço’ no mês passado não tinha feito nada, exceto me confundir ainda mais e complicar as coisas entre nós dois. Então, eu jurei que iria me forçar a tomar uma decisão no momento em que o avião retornasse a Nova York depois do Ano Novo. Antes de eu vir para cá, eu seria capaz de lhe dar uma resposta firme e definitiva para a questão Jude e Lucy. Colocando o lençol em torno dele, fui até minhas roupas, tocando meu pescoço e braços em todas as aberturas apropriadas. Pegando minha bolsa da mesa, eu parei ao pé da cama e só olhava para ele. Parecia que eu não seria capaz de parar. Ele era meu. Eu sabia disso com todo o meu coração. Mas eu poderia tê-lo? Esta era a pergunta que eu não iria descansar até que pudesse responder. Nem mesmo ousei correr os dedos sobre as pontas de seus dedos com medo de ele acordar e convencer-me de voltar para a cama, corri para a porta, tendo o cuidado de fechá-la sem fazer ruído. Eu tomei as escadas, desviando dos elevadores e do posto de enfermagem porque eu não queria me explicar. Eu não poderia explicar nada agora. Uma vez eu estava do lado de fora do hospital, eu tinha uma linha de táxis para escolher. Deslizando dentro do mais próximo,

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eu olhei de volta para o hospital, os meus olhos mudando para o quinto andar. — O aeroporto, por favor, — eu disse, estreitando os olhos para melhor foco na janela Eu estava olhando para dentro do quarto. Uma sombra se moveu de repente lá dentro. — E por favor, rápido. — acrescentei, a bola voltando a formar na minha garganta. O taxista seguiu o meu pedido em alta velocidade. Na verdade, ele colocou os outros taxistas NYC na vergonha. Menos de meia hora depois que tinha deixado o hospital, estávamos parando na calçada do aeroporto. Não tendo nenhuma outra bagagem além de minha bolsa, eu entreguei o motorista o seu dinheiro mais uma boa gorjeta pelo trabalho bem feito. Corri meu caminho para o balcão, querendo sair do chão daqui para que eu pudesse pensar. Meus pensamentos estavam sufocados aqui em Nova York. Eu não podia pensar claramente. Bilhete na mão, entrei na fila de segurança. Sendo véspera de Natal, eu esperava que houvesse mais pessoas mal-humoradas e crianças gritando do que havia, e antes que eu tivesse tempo para cavar o meu telefone da minha bolsa para ligar para meus pais para que eles soubessem que eu estava no meu caminho, um agente da TSA foi conduzindo-me através dos detectores de metal. Jogando minha bolsa, telefone, e botas na esteira, eu passei pelo detector de metais. Dei um suspiro de alívio quando isso não apitou. A última vez que tinha voado, eu tinha esquecido de tirar o meu colar de prata esterlina e eu tive de suportar um intenso ‘escaneamento’ de um muito ansioso e jovem agente masculino. Eu tinha sido o ponto alto de seu dia quando ele tinha revistado meu ponto mais baixo. Pegando meus pertences no final da esteira, eu ouvi. Bem, eu o ouvi. — Lucy! — Minha cabeça se levantou. Eu não podia vê-lo ainda, mas eu podia ouvi-lo como se estivesse em pé na minha

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frente. Os agentes e outras pessoas ao meu redor pararam o que estavam fazendo para olhar também. — Lucy! — Desta vez mais perto quando Jude surgiu ao virar a esquina do corredor, em uma corrida, pé descalço e uma bata de hospital ondulando ao redor dele. Seus olhos travaram em mim como se tivessem sido treinados para encontrar e mais nada. — Lucy. — ele repetiu, chegando nos portões de segurança. Agentes da TSA foram aparecendo em seu caminho, passando entre um e outro. Ele não parou de correr, tirando um, então duas linhas de pessoas. Ele não parou até que uma dupla de grandes agentes o abordou. Minhas mãos cobriram minha boca quando os guardas os pararam, cada um segurando um braço de Jude e o jogou de costas. Jude não lutou de volta, ou talvez não conseguisse, ele apenas olhou para mim com aqueles olhos escuros, suplicandome para ficar. — Você não pode me deixar, Luce. — ele gritou, resistindo os guardas que tentavam retirá-lo da área de segurança. — Eu só vou embora por pouco tempo. — eu disse, certo de que ele não podia me ouvir desde que eu não conseguia mais do que um sussurro. — Vou voltar. Eu prometo. Com uma resposta que iria decidir o destino do nosso relacionamento. — Você não pode me deixar. — ele disse, sua voz embargada, seu rosto sumindo depois que os guardas o puxaram para longe. Com sucesso agora, — Você não pode me deixar. — ele disse uma última vez, derrotado. Eu não sei o que foi pior: assistir Jude desistir e ser afastado ou virar e ir para o meu portão. Ambos me consumiram até o momento em que o avião pousou no Arizona, eu não tinha certeza se alguma coisa da velha Lucy Larson ainda restava.

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Capítulo 17

O

Natal chegou e passou por mim tanto quanto eu o percebi. Bem, eu percebi. Você não pode deixar de perceber quando toda a sua grande família aparece na véspera de Natal enfeitada com alguma variedade de suéteres natalinos de xadrez vermelho e verde, listras, xadrez ou poá, piscando com luzes e tilintando com sinos. Suéters feios de Natal eram uma tradição nova, e uma que eu esperava que morresse com as lojas de departamento que vendiam essas monstruosidades. Duas horas na festa da família Larson, todos, exceto eu, estavam em um trem expresso para a Vila dos Bêbados. Eu, a única adolescente lá, estava tão sóbria quanto uma freira prestes a dar seus votos. A vida não fazia mais sentido. Eu estava prestes a parar de tentar dar sentido a ela, em primeiro lugar. Eu me enrolei na poltrona velha do vovô, olhando para o cacto piscando com luzes de Natal, tentando imaginar o que Jude estava fazendo naquele exato minuto. Passando por um momento de fraqueza, tirei meu telefone do bolso e digitei: ‘Feliz Natal. Beijos e beijos.’ e pressionei enviar antes que eu pudesse repensar isso. Esperei a maior parte da noite, verificando minha tela para ter certeza de que ele não havia respondido. Ele nunca o fez. Encontrando-me incapaz de dormir novamente na manhã do dia de Ano Novo, eu entrei como um zumbi na cozinha, indo direto para o pote de café. — E eu pensei que eu era a insone da família. Nem sequer me sobressaltei, eu era aquela privada de sono. Mamãe se levantou de sua cadeira na mesa e foi até o armário

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onde a vovó mantinha as canecas de café. Derramando uma para mim, acrescentou açúcar e creme sem perguntar. — Obrigada. — eu bocejei quando ela colocou a caneca na frente da minha cadeira. — De nada. — disse ela, sentando-se de volta e me olhando, como se estivesse esperando por algo. Era muito cedo para saber o que exatamente, e com a minha mãe, nada é como parecia. Ela poderia estar esperando que eu compartilhasse a minha meta e cada sonho com ela tanto quanto ela poderia estar prestes a dizer-me que o cabelo curto que eu estava usando ultimamente não era bom para o meu rosto em forma de coração. Eu engoli metade da caneca de café antes de ela limpar sua garganta. — Então, eu estou oficialmente cheia de esperar que você se abra sobre o que tem te deixado tão para baixo que você não poderia mais ir para baixo, nem se quisesse. — ela disse, colocando a xícara sobre a mesa. — O que está acontecendo com você, Lucille? Eu sei que tem algo a ver com você e Jude, eu só não consigo descobrir o que é. Eu me encolhi, primeiro sobre seu uso do meu nome completo e estremeci quando ela disse o nome de Jude. Até mesmo seu nome me machucava ouvir. Suspirei, tomando um gole grande de café antes de poder falar tudo. — Eu não tenho certeza se estamos destinados a ficar juntos. — falei, não oferecendo nada mais. Esta era, no cerne de todas as minhas preocupações, a pedra angular. Minha mãe acenou com a cabeça, tirando alguns momentos para pensar antes de responder. — Você não tem certeza se vocês supostamente permaneceriam juntos, ou se não deveriam estar juntos?

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Meu cérebro não estava funcionando bem o suficiente para ter esses tipos de conversas. — Existe uma diferença? — É claro que sim. — disse ela, apertando mais a corda de seu roupão novo. — Supor é assumir. Deveria é uma coisa totalmente diferente. Deveria implica dever e obrigação. É um período em que ‘supor’ é um ponto de interrogação. — disse ela, olhando-me do outro lado da mesa. — Então, sim, há uma diferença. Sim, eu deveria ter ficado na cama e continuado a agitar-me e virar-me. Isso seria melhor do que ter essa conversa com a minha mãe antes do amanhecer. — Acho que eu não sei. — Eu disse. — Você quer saber o que eu acho? — Mamãe perguntou, sua voz e rosto preocupados. — Claro. — eu disse, precisando de alguns conselhos sólidos de mãe. Nos meses que se seguiram ao meu último ano, nós tínhamos conseguido reconstruir boa parte do relacionamento que havíamos perdido após a morte de John. Ela até colocou sorrateiramente alguns recados em guardanapos nos pacotes de suprimentos que ela e meu pai me enviaram para a faculdade. — Do lado de fora, você e Jude supostamente não poderiam ficar juntos. — ela começou lentamente, olhando meu rosto para ver a minha reação. — Mas, ao mesmo tempo, vocês dois deveriam estar juntos. Eu balancei a cabeça, tentando limpá-la. Eu não podia entender. Esta conversa toda parecia um paradoxo gigante. — Tudo bem, mãe. Isso ficou claro como lama. — eu disse, estreitando os olhos quando o início de uma dor de cabeça surgiu. — Você está dizendo que devemos ou não ficar juntos? — Vocês deveriam. — ela respondeu imediatamente.

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Ainda bem que foi esclarecido e, mesmo que eu quisesse esclarecimentos sobre todo o labirinto mental de dever/suposição eu não poderia fazer isso para mim mesma sem provocar uma enxaqueca. — Como você pode ter tanta certeza quando eu não tenho? — Oh, querida. — disse ela, acariciando minha mão. — É porque você está deixando os contos de fadas com os quais você cresceu ouvindo em livros de história e os ideais infundados de nuvens de amor encher a sua mente. O amor não é fácil. Especialmente o tipo muito bom. É difícil, e você vai querer rasgar seu cabelo para fora todos os dias que sentir o vento bater em suas costas. — Ela fez uma pausa, sorrindo para si mesma. — Mas vale a pena. Vale a pena lutar. Não deixe o que não é verdadeiro cegar você para o que é. A vida não é perfeita, certo como a merda que não é perfeita, então, por que deveríamos esperar que o amor seja? — Eu entendo isso, eu realmente entendo. Mas vamos lá, mãe, — eu disse, arrastando o dedo ao longo da borda do meu copo. — O amor não é o suficiente, às vezes. — Bebê, — disse ela, olhando para mim como se eu tivesse dito algo muito imaturo, — Eu assino o meu nome em sangue que não é. Eu gemia, afundando-se em minha cadeira. Esta pequena conversa de mãe/filha não estava me dando nada. — Eu estou tão confusa agora, mamãe. Estou tão confusa. Eu não acho que qualquer coisa que você poderia dizer ou explicar poderia limpar tudo para mim. Ela ficou em silêncio por um minuto, sua testa enrugando junto com os cantos de seus olhos, enquanto ela trabalhava algo em sua mente. — O amor é o que os une, Lucy. Mas é o sangue, suor e lágrimas de trabalho duro que os mantêm juntos. — ela começou,

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escolhendo as palavras com cuidado. — O amor não é só amor, querida. É um trabalho duro, e confiança, e as lágrimas, mesmo com alguns vislumbres de devastação. Mas, ao final de cada dia, se você ainda pode olhar para a pessoa ao seu lado e não pode imaginar qualquer outra pessoa que prefira ter lá, a dor e o sofrimento, e os altos e baixos do amor, valem a pena. E as nuvens de confusão começaram a partir. — O amor é tanto sofrimento como é doçura. Se fosse perfeito, ele seria chamado de amor perfeito. Mas não, eles falam que o amor é ‘agridoce’. — Você está dizendo que toda relação experimenta os mesmos tipos de altos e baixos que Jude e eu passamos? — Eu perguntei, tomando mais um gole de café. — Porque eu acho que mais pessoas optariam por ficar sozinhas se fosse esse o caso. — Lucy, você é uma pessoa apaixonada, emocional. Jude não é muito diferente. O que você espera que seja o resultado quando os dois se juntam? Vocês dois não multiplicam os picos e vales juntos, vocês colocam algum exponencial alto lá em cima deles. — disse ela, levantando-se e pegando o pote de café do armário, — E não há dúvida, para algumas pessoas, a vida seria muito mais fácil se eles nunca se apaixonassem. Que nunca tenham que sofrer por um homem como se ele fosse mais importante do que o ar que a mantém viva. — Ela encheu meu copo, depois o dela, antes de colocar o pote entre nós. Pela palestra da minha mãe sobre amor, nós o drenaríamos em breve. — A vida seria mais suave e você saberia mais o que esperar do dia-a-dia, se você mantivesse o amor fora da sua vida, — ela fez uma pausa, olhando para a janela, quando os primeiros raios da aurora começaram a brilhar. — Mas você estaria sozinha. — Então você está dizendo que eu deveria escolher Jude ao invés da vida solitária de eremita? — perguntei, levantando as sobrancelhas para ela.

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— Eu estou dizendo que você deve escolher Jude se, no final do dia, quando o mundo está contra você, você pode dizer com absoluta certeza que você quer Jude ao seu lado. Você pode dizer que os bons momentos valem os tempos ruins? Meu corpo e minha mente estavam se tornando mais alertas, conforme a cafeína pulsava em minhas veias e minha mente começou a clarear depois de semanas de preocupação e incerteza. Já era tempo. — Quando você se tornou uma fã número um de Jude? — perguntei, sorrindo para ela. Mamãe tinha ido de aversão a Jude, quando nos conhecemos, a não gostar dele pela totalidade do meu último ano, a tolerá-lo desde que nós estávamos juntos na faculdade. Eu não tinha percebido que ela cruzou para a terra de aprovação de Jude. — Quando ele provou de novo e de novo que ele é seu. — respondeu ela simplesmente. — Eu consigo perdoar erros passados de um homem, suas deficiências atuais, e seus fracassos futuros se cada minuto de cada dia, ele me ama como se fosse sua religião. — disse ela, tomando fôlego. — Jude ama assim. Ele só me levou um tempo para ver isso, então ele tem o selo de aprovação de mãe agora. Eu não respondi, minha mente estava trabalhando duramente. Não tanto repensando as coisas, mas realinhando expectativas e suposições e até um pouco da minha visão de mundo. Eu estava tão focada sobre quais razões Jude e eu não deveríamos estar juntos que eu estava cega para as razões pelas quais deveríamos. E agora que eu tinha "visto a luz", essas razões valiam cada ponto de dificuldade que apareceu no nosso caminho. — Trabalhando nas coisas, querida? — Mamãe disse, assustando-me. Eu tinha ido tão longe pelos caminhos dos meus pensamentos que tudo tinha desaparecido.

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Eu tomei uma respiração lenta, sentindo sangrar confiança em minhas veias, abafando toda a dúvida. — Tudo certo, eu acho. — eu disse, sentindo o colete pesado que eu estava usando por muito tempo levantar-se. — Obrigada, mãe. Pelo café, por me ouvir, e por toda a convera ‘Vai, Jude!’. — De nada, Lucy, — disse ela, arqueando uma sobrancelha quando ela me estudou. — Mas o que diabos você ainda está fazendo nessa cadeira? Meus olhos a encararam, ela estava falando o que eu imaginei que ela estava? Acenando com a mão na porta de trás, ela disse: — Vá buscar o seu homem. Vão ser felizes e infelizes juntos. Sim, ela estava.

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Capítulo 18

V

oar no Dia de Ano Novo tinha suas vantagens. Não tinha ninguém, então eu não tive problemas em alterar meu bilhete de regresso para agora, o voo saia em uma hora. Quando eu comecei a tagarelar toda a minha história com a pobre senhora por trás do balcão, ela me deu um sorriso e atualizou-me para a primeira classe. O posto de segurança foi cem vezes mais suave desta vez, e um carrinho de café foi posicionado ao lado da minha porta, por isso, no momento em que chamou o meu voo, eu estava realmente agitada como um fio vivo. Primeira classe era tudo o que as pessoas falavam. Os assentos eram duas vezes maiores e pelo menos 10 vezes mais confortáveis. Os comissários estavam ansiosos para atender todos os seus pedidos, ao contrário dos que quase rosnavam quando você pedia um gole de água se estivesse sufocando,engasgando com um dos pretzels nojentos e velhos que gostavam de vender. Aqui, temos pequenas amêndoas e bandejas de queijo, junto com nossos drinques servidos em copos de cristal. Foi um voo a 30 mil pés de altura, mas mesmo assim, com todas as minhas necessidades básicas e não tão básico conhecidas sendo atendidas, eu não podia esperar até que tocasse o chão. Eu não acho que o meu pé tenha parado de se mexer uma vez em todo o voo. Fui a primeira pessoa a sair do avião quando essas portas se abriram, e eu estava em uma corrida na hora que eu atingi o terminal. Eu não diminui quando olhos começaram a olhar para mim. Eu estava me acostumando a esses tipos de momentos de escruntinio público e constrangimento. E eu poderia considerar este um prelúdio para o que estava por vir.

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No entanto, eu ia perder o momento se não corresse até a saída do aeroporto e encontrar um motorista de táxi que me levasse a tempo para Syracuse, porque o pontapé inicial era a menos de uma hora. Eu não tinha qualquer bagagem para recuperar na esteira, então eu invadi a saídaes e quase bati em um táxi antes que eu pudesse me atrasar. Escalando para dentro, eu pego a minha respiração. — Para o Carrier Dome, por favor. — eu disse, respirando como se eu estivesse tentando decolar. — E se não fosse uma questão de amor e vida, eu não estaria implorando agora para quebrar todas as regras de trânsito para chegar lá o mais rápido que pudesse, em alguns minutos. — Preferencialmente em um único minuto. — acrescentei. O taxista olhou para mim por cima do ombro. Seu rosto era familiar. — Por que você está com tanta pressa para chegar onde quer que vá? — Ele perguntou, deslizando seus óculos de sol sobre os olhos. — Nunca foi dito a você para desfrutar da viagem? — Vou aproveitar a viagem uma vez que eu chegar lá. — eu respondi, agradecendo minhas estrelas da sorte que eu caí neste táxi. Esse cara tinha me levado para cá na minha primeira viagem em tempo recorde, o que ele apenas fez de novo agora. Ele sorriu para mim, afastando-se do meio-fio. — Qual é a maldita pressa? Eu sorri de volta. — Eu tenho que pedir desculpas, suplicar, e fazer amor com o homem que eu amo. — eu respondi, — Agora faça esse pedaço amarelo de merda se movimentar! Ele descansou a cabeça para trás e riu. — A sua sorte é que eu gosto de mulheres mandonas. — ele disse, fazendo o pedaço amarelo de merda andar na estrada. Desta vez, como os carros e cenários turvando por mim, eu temia por minha vida. Eu acho que finalmente decidir sobre a vida que queria viver,a tornava mais valiosa.

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Mas, quando nós terminamos em uma parada na calçada das janelas da bilheteria, nós não fizemos em apenas um minuto, mas quebramos cada registro mundial de velocidade de táxi. Eu estava tentada perguntar ao motorista se ele era um ex-piloto Nascar, mas eu tinha um lugar para ir e apenas alguns poucos minutos de sobra. Empurrando algum dinheiro em sua mão, eu deslizei para fora da porta. — Você é um deus entre os taxistas, meu amigo. — eu disse. Ele riu como se fosse bonito eu reconhecer o que ele já sabia. — Boa sorte. — ele disse antes de eu fechar a porta. Eu sabia que essa seria a última chance para uma boa respiração profunda, então eu a peguei, segurando-a, sugando toda a coragem que eu podia pegar, antes de deixá-la ir. Virando-se, eu corri em direção aos portões onde o meu vendedor de bilhete mestre favorito esperava por trás da janela. — Srta. Lucy! — Ele disse, seu rosto se iluminando. — Eu não tinha certeza se você conseguiria. Chegou bem em cima não é, menina? — Ele disse, verificando o relógio sobre seu ombro. — Como está se sentindo hoje, Lou? — perguntei, sabendo que meu plano cairia de cara no chão sem sua ajuda. — Velho. — ele começou, olhando-me, — E ágil, e rabugento, como o dia em que nasci. — Eu exalei meu alívio. — Bom. — eu disse. — Eu preciso de um favor. O rosto de Lou achatou de surpresa, olhando de um lado para outro para os outros empregados ao redor dele, ele se debruçou sobre o balcão, com os olhos reluzente. — Espero que seja um bom.

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Minhas mãos suavam. Não pegajosas, não úmidas. Mas suadas. Eles não eram as únicas coisas que estavam assim. Cada parte do meu corpo parecia ter crescido glândulas sudoríparas excessivas que estavam pingando como se eu estivesse passando através de algum ritual de purificação em uma sauna. Para não ser excluído, meu coração estava prestes a estourar no meu peito e meus joelhos estavam considerando fortemente me deixar fora do jogo. Se minha mente não estivesse decidida, tão firme em sua empreitada, o meu corpo iria desmoronar debaixo de mim. — Você não terá muito tempo, Srta. Lucy, — Lou sussurrou para mim, entregando-me um microfone sem fio. — Eu não preciso de muito. — respondi, o meu pé batendo, fazendo seu reaparecimento quando eu olhava para as arquibancadas. Onde os aeroportos estavam próximo ao vazio no dia de Ano Novo, as arquibancadas nos estádios de futebol da faculdade estavam lotadas. E eu estava prestes a ir na frente de tudo isso. Merda, foi a única resposta que minha mente tinha para mim. Esperemos que ela seja mais articulada quando eu sair para o campo e colocasse esse microfone na minha boca. — Você sabe como manejar uma dessas coisas? — Ele perguntou, olhando para o microfone nas minhas mãos. Ele estava escorregadio em minhas mãos suadas, agora, em além de não tropeçar, não passar mal, e não dizer nada estúpido, eu tinha a acrescentar ‘não deixar o microfone cair das minhas mãos’ para a lista. — Deslizar o botão do ‘Ligar. — eu recitei, minha voz tremendo muito. — Colocá-lo perto da boca. Tentar não choramingar como uma idiota.

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Lou sorriu aquele sorriso quente dele que se instalou profundamente nas linhas de seu rosto. — Acontece que eu tenho uma queda para choramingos idiotas. — ele disse, descansando a mão no meu ombro, — Minha esposa era uma dessas, e eu juro, foi isso que me conquistou. Ela dizia tudo que vinha em sua mente, sem passar por nenhum filtro. — aqueles olhos castanhos seus assumiram um brilho fraco, — Cinco anos já se passaram depois que ela faleceu, isso é o que eu sinto mais falta quando deito na cama. Envolvendo meus braços em torno dele, dei um instável e suado abraço em Lou, um que ele parecia se derreter. Quando eu me afastei, ele limpou os olhos. — Sr. Jude é um homem de muita sorte. — ele disse, recuando. Eu sorri depois dele. — Eu não sei exatamente o que dizer. — Não, hum, com certeza você não sabe. — ele disse, acenando com a cabeça em direção ao campo, — Vá buscá-lo. — Ok. — eu disse, me sentindo como se eu estivesse prestes a vomitar. — Quando você estiver pronta, basta dar um aceno de cabeça e eu vou ter certeza de que os fluxos de microfone estejam livres todo o caminho até o estacionamento. Eu mostrei-lhe um polegar para cima, porque os meus nervos estavam apertando a minha garganta. Perscrutando as arquibancadas, outra onda de náusea rolou sobre mim. As equipes não tinham tomado o campo ainda, mas estavam prestes a fazer. Lou me garantiu que se Jude estivesse no vestiário ou no túnel, ou no campo, não haveria nenhuma maneira no inferno que não pudesse ouvir minha voz vindo através dos alto-falantes. Junto com outros 50 mil.

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Vulnerabilidade era difícil o suficiente sem uma carga de estranhos imparciais testemunhando isso. Mas era isso que eu tinha que fazer. Jude colocou-se assim muitas vezes antes, não se importando com o que os outros pensavam dele e o jeito que ele se sentia por mim, era a minha vez. Eu era a única que tinha muito a reparar. E reparação foi uma curta caminhada para a linha das 50 jardas. Fechando os olhos, visualizei o rosto de Jude. Suas muitas faces. A que caia na gargalhada quando eu tentavaser difícil, a que tinha se transformado em um sorriso quando eu disse a ele que o amava, aquele que tinha quebrado quando eu fui embora muitas malditas vezes. E, finalmente, o de aceitação que eu esperava encontrar esperando por mim quando eu dissesse o que precisava ser dito. Com determinação renovada, abri os olhos e dei meu primeiro passo para o campo. Prendi a respiração, esperando que ninguém viessse me atacar quando percebessem que eu não tinha um crachá balançando de meu pescoço, mas ninguém parecia prestar muita atenção para a menina vagando para a linha das 50 jardas com um microfone na mão. Minhas mãos tremiam na linha das 20 jardas, e todo o resto começou a tremer quando passer na linha dos 30, mas quando dei meus passos finais para as 50, tudo se acalmou. Eu pulei, -e essa foi a parte mais difícil - agora tudo o que eu tinha a fazer era aproveitar a queda livre. Segurando o microfone, eu esquadrinhei a multidão. As pessoas estavam começando a mudar sua atenção para o meu caminho. Eu fingi que estava verificando os garotos que pegam as águas à margem do campo. Olhando para o túnel escuro, eu dei um aceno de cabeça. O microfone zumbiu em sinal de vida. Eu vacilei em surpresa. Foi a primeira vez que eu tinha segurado uma dessas coisas e não tinha previsto isso. Dançar não exigia microfones.

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— Olá? — Eu disse, cimentando o meu lugar para a idiota do ano. Eu estava esperando que alguém me respondesse de volta? Minha voz brilhou ao redor do estádio. Agora eu tinha conseguido a atenção de cada um. Incluindo os altos caras com largos ombros e camisetas que liam-se ‘SEGURANÇA’ em suas costas. Lou estava certo. Eu teria que ser rápida. — Meu nome é Lucy. — eu comecei, minha voz quebrando. Limpei-a. Fingindo que está falando com ninguém, exceto Jude, — E uma vez eu me apaixonei por esse cara. — O estádio ficou em silêncio quando todos tomaram seus assentos para o Show da Lucy Larson. — Ele não era exatamente um príncipe de conto de fadas. Mas eu não sou princesa de conto de fadas. — Eu parei, me lembrando de respirar. Isso tudo seria em vão se eu desmaiasse pela falta de oxigênio. — Ele não montava em um cavalo branco ou dizia as coisas certas na hora certa. Mas ele era o meu príncipe. Ele teria sido o tipo que eu escreveria sobre, se eu tivesse escrito todos aqueles contos de fadas. Eu notei um par de guardas de segurança alcançando seus walkie talkies, murmurando alguma coisa para eles com rostos sérios. Depressa, Lucy. — Esse homem me fez sentir coisas que eu nunca imaginei sentir. Ele me fez querer coisas que eu não tinha certeza que eu poderia ter. Ele fez-me coisas que eu não sabia que existia. — Minha voz estava ficando mais forte quando as palavras começaram a derramar de mim. Tudo o que eu precisava dizer por tanto tempo foi finalmente tendo o seu dia, — Ele me fez feliz. Ele me deixava louca. Ele fez com que eu agradecesse aos céus pelo dia que eu o conheci. Ele me fez amaldiçoar os mesmo céus pelo dia que eu o conheci. — eu sorri, uma série de lembranças intermitentes pela minha mente.

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— Eu fodi com tudo. Ele fodeu com tudo. Eu tinha certeza que não poderia viver sem ele. Eu estava tão certa que ele seria a minha morte. Eu estava confusa. — passeando pelalinha das 50 jardas, eu completei uma volta, à espera do número 17 correr por todo o campo, para mim. Nenhum rosto sorridente estava vindo para mim ainda. Eu tinha mais para compensar. Eu só esperava que fosse suficiente. — Nós éramos essa montanha-russa. Cima, para baixo, de um lado, para o outro, e tão logo eu tinha certeza de que estava vindo para uma parada, e que poderíamos sair dela uma vez por todas, repetíamos o mesmo passeio tudo de novo. Eu não achei que eu queria ser uma passageira em mais um passeio, então eu saí, deixando-o montá-lo sozinho. Um par de guardas concordou em seus walkies antes de guardá-los e vir para o campo para mim. Eu fiz uma outra pesquisa de campo. Onde ele estava? — Então, nós compartilhamos uma noite incrível em um quarto de hospital e eu sabia que tudo ia ficar bem. E aí a dúvida se arrastou de volta na minha mente e eu não sabia se estaria tudo bem de novo. Então eu o deixei. Eu o machuquei. — Uma única lágrima fantasma que eu não sabia que existia se esquiou pela minha bochecha. Ignorando os guardas fazendo o seu caminho para mim, eu olhei para as arquibancadas. Além do que eu esperava, mais rostos estavam virando simpatia, além do julgamento. Aparentemente, eu não era a única que era uma merda em assuntos amorosos. — Mas, então, esta manhã, mais uma noite sem dormir e um bule de café, alguém bateu algum sentido em mim. Obrigada, mãe, — eu disse, acenando para o câmera que foi me seguindo. — Eu percebi que nunca tinha ficado fora dessa montanha-russa, estávamos apenas andando em carros diferentes. Minha vida é

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uma montanha-russa, eu estando ou não sentada ao lado deste menino, e eu prefiro compartilhar essa jornada louca pela vida com ele ao meu lado. Tomando uma respiração profunda, eu fui para o final porque eu tinha talvez dez segundos antes de ser escoltada para fora do campo. Espero que não me algemem. — Eu estou cheia de ir embora. Já chega de me questionar se podemos fazer isso, Jude. Torcedores se levantaram nas arquibancadas quando os fãs começaram a perceber que sua estrela quarterback era de quem essa menina com parafuso solto estava falando. — Eu estou cheia de fingir que algum dia vou amar alguém tanto quanto eu amo você. Eu sei que demorei um pouco, mas eu sei disso agora. Eu fui feita para amar você. Fui feita para partilhar a minha vida com você. Estou reescrevendo o conto de fadas que você e eu começamos a trilhar juntos. — parei novamente para ter uma respiração, escaneando o campo. Ele não estava vindo. Mesmo se tivesse escondido em algum lugar muito trás do estádio, ele poderia ter vindo para mim agora, se ele quisesse. Nada parava Jude de ter o que ele queria. A possibilidade de que eu não era mais o que ele queria, me quebrou. Eu lutei através do medo. Eu estava cansada de viver assim. — Eu te amo, Jude Ryder. Eu sou cansada de deixar isso me assustar. Eu não vou a lugar nenhum. Um dos guardas de segurança parouna minha frente, limpando a garganta. — Sim, senhora. Acho que você irá. Não era assim como eu tinha imaginado isso tudo. Eu dei à vida – e ao rosto sorrindo sobre mim, - o dedo.

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— Vou pegar isso. — ele disse, pegando o microfone das minhas mãos. — Depois de você. — ele disse, que foi uma sombra de uma demanda, apontando-me fora do campo. O outro guarda empurrou-se ao meu lado, esperando por mim também. Pelo menos nem um estava balançando um par de algemas na frente de mim. Tomando um olhar mais ao redor do campo, eu senti meu coração já golpeado quebrar uma ultima vez. Isso estava feito, – e não poderia quebrar mais do que acabou de fazer. Se Jude não queria isso, eu não precisava disso de todas as maneiras. Fazendo-me segurar minha cabeça erguida, segui atrás de um dos guardas, o outro se manteve ao meu lado enquanto eu deixei o campo. O estádio ficou em silêncio de novo quando eu senti os olhos de todas as pessoas me olhando sendo escoltada do campo, onde eu apenas acabava de mostrar a minha alma. Onde eu tinha sido deixada lá para morrer. Meu futuro estava piscando em minha mente quando atravessamos no túnel escuro, parecendo triste e vazio. Meu futuro, sem Jude, não era um lugar que eu ansiava acordar a cada dia. Eu estava no meio do túnel, no ponto onde ele é mais escuro, quando algo zumbiu à vida no estádio. Ele me assustou tanto quanto da primeira vez. Os dois guardas congelaram junto comigo, mas suas bocas não fizeram uma curva em sorrisos como o meu fez. — Lucy Larson? — Essa voz que eu não poderia amar mais sem ser declarada mentalmente instável levantou-se através do estádio. —Poderia voltar aqui? Eu preciso te perguntar uma coisa. — Os guardas gemeram. Eu quase derreti. Eu estava tão tonta, e Lucy Larson normalmente não ficava tonta.

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— Pronto para fazer uma viagem de volta, rapazes? — Eu disse, já me dirigindo de volta sem que se sentissem a necessidade de me acompanhar ou não. Seus passos indicaram que estavam atrás de mim. Eu não estava desacelerando para esperar por eles. Apressando para fora do túnel, a luz do estádio cegou-me por um momento, mas então um flash de laranja e branco que decorava o campo da linha das 50 jardas clareou minha visão. Jude estava nessa linha, o seu capacete em seus pés, e seus olhos em nenhum outro lugar, exceto em mim. Seu rosto não me deu nenhuma pista, mas eu não me importava se ele estava lá para me castigar na frente de todos ou se ele estava pensando em fazer amor comigo ali mesmo no campo. Eu não estava virando as costas para ele novamente. Eu disse-me para andar, para colocar um pé na frente do outro, mas eu não podia. Tudo o que eu era capaz de fazer era correr. E 50 jardas nunca haviam parecido tão longe e nunca eu quis alguma coisa, tanto quanto como eu queria acabar com essa distância. A multidão não estava mais em silêncio. As pessoas estavam começando a torcer, a onda começou a agitar a arquibancada. Mas a única coisa que eu realmente notei foi o homem me observando, mantendo alguma emoção que era tão intensa que eu podia sentir saindo dele em ondas constantes abaixo da superfície. Desacelerando da minha corrida, eu parei antes de me jogar em seus braços. Isto tinha de ser uma das poucas vezes que me aproximei de Jude e seus braços não tinha estado aberto. — Isso foi um inferno de um discurso, Luce. — ele disse, com o rosto finalmente quebrando em um sorriso. Quase idêntico ao que ele tinha me dado aquele dia no praia quando ele caiu em mim. — Eu estava imaginando o quão longe você iria me deixar ir. — eu disse, repetindo sua fala naquele primeiro dia, na praia,

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quando eu tinha me apaixonado por um menino quebrado, que tinha conseguido se infiltrar em mim em algum momento ao longo do caminho. — Até onde você acha que teria que ir até chegar ao topo do mundo? — Ele respondeu, seu sorriso aprofundamento. — Eu diria que eu caí sobre ele há algum tempo. — eu respondi, sabendo que eu tinha caído há tanto tempo que já não conseguia me lembrar mais do tempo em que eu tinha meus pés no chão. Jude se aproximou de mim, descansando uma mão no meu quadril. — Então é uma coisa muito boa que você se agarrou a essa corda que eu lhe disse que iríamos precisar quando o chão caísse. Eu sorri quando sua expressão se suavizou. — Na verdade, foi muito bom sim. — eu disse, sentindo o calor de sua mão derreter qualquer confusão ou incerteza ou dúvida deixada. — Você não disse que tinha algo para me perguntar? — eu arqueei uma sobrancelha, examinando a multidão e as câmeras voltadas para nós, — Porque eu diria que temos mais cinco segundos antes de enviarem a equipe da SWAT. Jude soltou um suspiro, aquele flash em seus olhos parecendo... Nervoso? — Eu não estava pensando em fazê-lo desta forma, — ele disse, um lado de sua boca se enrolando, — Mas suponho que segue o nosso costume, Luce. — Será que essa concussão deixou algo solto? — Eu o provoquei, divertida com esta luta de desconforto rolando fora dele. — Não, eu ainda vejo tudo tão claramente como eu fazia antes, — ele respondeu, puxando uma corrente ao redor de seu pescoço. — E é hora de você também ver.

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Jogando o microfone para o lado, ele recuou. A multidão explodiu em um coro de aplausos e exclamações. Então, tomando uma respiração profunda, Jude baixou para o campo. Em um joelho. Merda. Meus joelhos estavam prestes a se juntar aos seus. Deslizando o colar sobre a sua cabeça, havia um anel pendurado nele. — Eu sei que sou um verdadeiro fodido, e Deus sabe que não há nada que eu poderia fazer para merecê-la, — ele começou, pegando a minha mão na sua, depois de libertar o anel da corrente. Eu não podia encher meus pulmões, eu não conseguia sentir minhas pernas abaixo de mim, mas eu podia sentir a sua mão ao redor da minha. E ele continuava me aterrando. — Mas eu a quero, Lucy Larson. Muito. Eu quero você para sempre. Do tipode desejo que não vai embora. — Sua testa alisou, seus olhos prata. — Facilite o meu sofrimento. Faça-me o homem mais feliz do mundo. Case comigo? Se isto era se pendurar por uma corda após o terreno ter caído abaixo de você, eu me tornaria a melhor alpinista na história das cordas. Jude Ryder. O homem que eu amava. O homem que eu não poderia viver sem. Meu marido. Sim, isso funcionava. — Por que diabos não? — respondi, nunca senti tanta certeza de algo em minha vida. Seu rosto suavizou com alívio. E pura, desenfreada, alegria. — Isso foi um sim? — Ele perguntou, já deslizando o anel no meu dedo. Eu não tinha olhado para o anel uma única vez. Eu podia senti-lo lá, o aro de metal fresco em minha pele, mas eu não precisava vê-lo para sentir a sua promessa. Poderia ter vindo dentro de um salgadinho. Eu não me importava. Porque eu tinha Jude. Para sempre.

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— Não. — eu disse a ele puxando a sua mão, erguendo-se. — Isso foi um; ‘por que porra você levou tanto tempo, Ryder?’ Agora levante-se e me beije. — Eu pisquei para ele, sorrindo para mim como um tolo. Levantando, seus braços me agarraram, firmemente contra ele. — Sim, senhora.

dobrando-me

Envolvendo as minhas pernas em volta dele, ele levantou-me mais, tecendo seus dedos pelo meu cabelo. — O nome é Jude Ryder, já que você vai ser minha esposa em breve. E eu não costumava ter namoradas, dar flores, ou ir a encontros. E então eu conheci você, e isso não funcionou para você. Então eu mudei por você. E você mudou por mim também. — ele disse, levandome de volta no tempo e me mantendo aqui no presente, e, olhando em seus olhos e sentindo meus lábios nos dele, eu senti o futuro também. Foi surreal. O tipo de verdade que poucas pessoas raramente experimentam. E lá estava eu, vivendo. Erguendo os lábios dos meus, ele passou o dedo pelo meu rosto. — E nós trabalhamos para formar algo especial.

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Epílogo —Isso parece reto? Olhando para cima do chão, onde eu estava dobrando roupas frescas do secador, eu estudei a imagem de Jude que estava equilibrando em uma escadinha tentando pendurar acima da lareira. Acima da nossa lareira. Claro, era alugado e era no interior um apartamento tão bom como seria de se esperar de um apartamento de oitocentos dólares por mês em Nova York. Mas era nosso, o lugar que nós tínhamos para ficar juntos. Então era realmente ótimo. Nós tínhamos conseguido as chaves um par de dias atrás, e estávamos tentando nos ajeitar entre as aulas, futebol e trabalho, mas eu sabia que não importava quanto tempo as caixas ficassem fechadas, eu me sentiria estabelecida enquanto Jude estivesse comigo. — Não. — eu disse, movendo-me em meus joelhos. — Está torto. — Droga. — ele murmurou, puxando a pintura fora do gancho. — Eu não consigo colocar essa coisa reta. Eu estou começando a pensar que as paredes estão tortas. — Eu tenho certeza que é isso, amor. — eu disse, dobrando outro par de suas cuecas. — Eu tenho certeza que isso não tem nada a ver com sua falta de experiência em pendurar quadros.

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— Se isso não fosse uma impossibilidade física, eu te pegaria e mostraria a você qual é sua punição por me provocar. — ele disse, apoiando a imagem contra a lareira, lançando-me um sorriso malicioso. Pegando um par de minha própria roupa no interior da pilha, eu arremessei nele. — Eu não chamaria exatamente quatro vezes em um período de 24 horas de uma “impossibilidade física”. Ele arrebatou minha calcinha no ar antes que elas acertassem na mosca sua cara. — Isso foi um desafio, Luce? — Isso foi o que você quiser que seja. — Eu disse enquanto ele começava a se aproximar, — Isto é, depois que você pendurar certo essa foto. — Eu adiciono, parando ele em seu caminho. — Por que eu não posso simplesmente apoiar a coisa no aparador da chaminé? — ele perguntou, seu rosto fazendo aquela coisa torturada, quando ele fazia também beicinho, sozinho, ou fazendo sexo. Levantando a foto que nós dois tínhamos tiradono noivado, bem na praia, onde nos conhecemos, ele repousou a foto no aparador, apoiando-a contra a parede atrás dele. — Está vendo? Problema resolvido. — Problema não resolvido. — eu disse, levantando-me e cruzando a sala até ele. O lugar era pequeno o suficiente para cruzá-lo em apenas cinco passos. — Olhe para essa coisa. — Toquei no aparador, feito de tijolos que estavam desmoronando. Uma avalanche de poeira desceu em cascata até o chão. — Isso poderia desmoronar qualquer dia, e nosso foto junto.

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A pele entre suas sobrancelhas franziu. — Cara, isso é uma merda. O chão quer cair até debaixo da nossa foto. Isso não é justo. Eu o encarei e ele riu em divertimento. — Desde que você está se divertindo tanto com isso, então faça certo. Nossa foto também precisa de uma corda para se manter no lugar, apenas no caso de o chão cair. — Eu acredito, Luce. — ele respondeu virando a imagem ao redor, — Que isso é chamado de fio. Não corda. Eu gemi quando ele me entregou a foto e subiu a escadinha de novo, martelo na mão. — Você poderia ser mais irritante? Eu sabia por experiência que podia. — Por você, Luce. — ele disse, olhando para baixo, para mim, enquanto reposicionava o gancho e prego. — Eu poderia ser o que você quiser que eu seja. — Que tal ficar quieto e focado até você conseguir essa coisa? Ele piscou para mim, selando seus lábios enquanto ele martelava o prego em um novo local. — Você sabe, toda essa ideia de apartamento foi a mais brilhante coisa tola que você já fez até agora. — eu disse, investigando a sala que, para pagar todos os meses, fez com que Jude tivesse que pegar horas extras na garagem. Tudo para que pudessemos passar fins de semana juntos. Sem mais dividir um quarto com India e seus colegas de casa. Este era um lugar todo nosso.

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Ele fez uma careta para mim, movendo a boca em silêncio. — O quê? — Eu devo ficar quieto e focado agora. — ele sussurrou para mim. Eu soltei um suspiro de exasperação. — Que tal apenas focado, então? — Disse. — Desde que pedir para você ficar quieto é como alguma rara forma de tortura para você. — Focado. — ele disse, balançando as sobrancelhas para mim. — Eu posso ficar focado, Luce. — A sua mente pode focar algo que não seja sexo? — Eu golpeei seu traseiro. — Raramente. — Mais como nunca. — eu murmuro. Ele sorriu em concordância. — Então por que o apartamento é minha mais brilhante ideia? — Bem, Sr. Audição Seletiva, é a sua mais brilhante ideia porque temos nosso próprio lugar, um lugar onde não temos a ponta dos pés em torno de outras pessoas. Um lugar onde nós podemos crescer. Gesticulando que ele estava pronto, entreguei-lhe a imagem. — É a sua ideia mais tola, porque você está pagando oitocentos dólares por mês por dois dias da semana, e que fica a duas horas de carro da minha escola e três horas de seu apartamento. E não vamos esquecer que somos um casal de calouros da faculdade de dezoito anos, que passaram a morar juntos e que estamos noivos.

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Ele olhou para mim como ele sempre fazia quando eu estava bancando a louca. — Eu não tenho certeza de como responder a isso, então que tal eu oferecer um “de nada”? — Segurando a foto no gancho de novo, ele ajustou, esticando o pescoço de lado para verificar. A maldita coisa ainda estava torta. — Obrigada. — eu disse, enquanto ajustava novamente, apenas tornando isso pior. — Obrigado pelo quê? — ele disse, os punhos fechando-se como se ele quisesse levá-los até a parede em frustração. — Obrigado como um prelúdio para o meu “de nada”, ou obrigado pela mais brilhante coisa tola que eu já fiz? — Ele ajustou para o outro lado e, no meio de endireitá-lo, o gancho caiu para fora da parede em uma nuvem de poeira de gesso. — Merda! — ele gritou, socando a parede. Eu chequei a foto onde tinha caído no aparador. O vidro não quebrou. Havia sobrevivido à queda e seu impacto. — Obrigada por tudo. — eu disse, pegando sua mão. Seu punho liberando imediatamente, relaxando em meu aperto. Seus dedos teceram através dos meus, tocando o círculo de ouro em meu dedo anelar. Nós não tínhamos definido uma data ainda, tínhamos apenas dezoito anos depois de tudo, mas estávamos loucos de amor. Então talvez nós iremos esperar até que terminássemos a faculdade

e fazer a coisa toda de

casamento, e talvez nós fôssemos acordar amanhã e não poder esperar para sermos amarrados juntos de uma forma definitiva, e

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correr para o tribunal mais próximo e exigir um casamento apressado. Não importava para mim de qualquer maneira. Eu não tinha qualquer dúvida mais. Confusão não turvava minha mente para longe da verdade. Mas eu estava feliz por ter passado por tudo isso. Eu tive que andar através do fogo para ver o que estava do outro lado. Eu tive que ser queimada para saber que valeu a pena. Eu tive que não só me perguntar, mas viver minha vida sem Jude nela para perceber o quanto ele pertencia a ela. —

De

nada.

ele

disse,

as

linhas

de

seu

rosto

desaparecendo. — Mais uma vez. — Terceira vez é um charme? — Eu disse, recuperando o gancho onde ele havia caído no chão. Ele olhou para as ferramentas, arrebatando das minhas mãos e reposicionando na parede. — Vamos colocar essa coisa pendurada. — eu disse, enquanto ele bateu o prego e um gancho em um novo pedaço da parede de gesso. — Nós dois temos que acordar bem cedo,é uma longa viagem, por isso temos de ir para a cama. Neste espaço de muitas caixas lacradas com fitas e algumas já abertas, a cama tinha sido a prioridade. Os lençóis ainda não tinham sido arrumados depois que Jude arrastou o colchão para cima em alguns lances de escadas antes de nós batizarmos o loft. — Então me ajude, Deus. — Jude murmurou para a parede. — Se você não cooperar, vou rasgar você para baixo.

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Eu sorri, entregando-lhe a foto. Nada como um pouco de “incentivo” para conseguir um homem focado. Segurando o fôlego, ele fixou o prego no gancho e deixou pendurado. Descendo do banquinho, ele pegou minha mão e atravessamos o quarto. Cinco passos depois, ele nos virou para que pudessemos pegar o efeito completo da imagem. Ela ainda estava torta. Mas menos do que a primeira e a segunda tentativa. Talvez ele estivese certo, — talvez as paredes fossem tortas. Envolvendo seu braço em volta de mim, ele me puxou para perto. — Perfeito. — ele disse, beijando minha cabeça. Olhei para ele, então, voltei para a foto. — Próximo disso o suficiente. — eu disse, colocando-me mais perto dele. — Próximo o suficiente para mim.

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Traduzido por: LOLAAH P. DAYANE NINA SERENA CATTY ANIINHA DÉBI INGRID FABI JEH

Revisão Inicial: G AB I F .

Revisão Final: NATH

Formatado por: ANNE CRAWFIELD

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