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Artigo DRE como ferramenta gerencial para os postos de combustíveis

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DRE como ferramenta gerencial para os postos de combustíveis

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A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma poderosa ferramenta gerencial para avaliar a lucratividade. É amplamente utilizada na gestão econômica de empresas de todos os portes e segmentos. Pode ter finalidade contábil, fiscal ou gerencial e ser estruturada em diferentes formatos e modelos.

Na gestão dos postos de combustíveis, agrega valor ao processo decisório, pois permite a avaliação do lucro/prejuízo por diferentes divisões. Seu uso possibilita aos gestores uma visão mais clara da margem de lucro líquida, não se baseando exclusivamente na margem por produto, identificando assim “gargalos financeiros” específicos, o que permite maior atenção ao que realmente impacta o resultado.

Aconselha-se o uso da DRE Gerencial para construção de indicadores que consideram a variabilidade dos gastos, possibilitando comparações. São exemplos de indicadores usuais: o ponto de equilíbrio financeiro, o qual indica o nível de vendas ideal para, a partir dele, se alcançar o lucro; EBITDA, muito utilizado para definição do valor de mercado da empresa (valuation); margem de segurança operacional: representa a sobra de vendas até que comece o prejuízo; Margem de contribuição, que representa a sobra para pagar a estrutura fixa, depois de deduzidos custos e despesas variáveis. Inúmeros outros indicadores podem ser extraídos da DRE, para as mais diversas análises e comparativos, dependendo da necessidade de cada empresa.

Sua elaboração por negócio, loja de conveniência, pista de abastecimento e serviços, ou de maneira consolidada (soma de todos os negócios, CNPJ ou empresas), permite a comparação do lucro, gerando aprendizado e oportunidade de melhorias para toda rede. Em suma, a DRE é um resumo da real situação econômica da empresa em determinado intervalo de tempo, podendo ser elaborada com dados históricos do passado ou com projeções para o futuro. As projeções e previsões de cenários de DRE fazem parte do plano orçamentário e da construção de metas, indispensável para organização das atividades de gerentes, gestores e demais envolvidos com a gestão dos postos.

Muitos gestores do varejo de combustíveis concentram seu gerenciamento na margem por produto e não têm por hábito a análise da margem líquida, muito menos da DRE projetada, alinhada a metas, indicadores e ao plano estratégico orçamentário. Isso reflete no crescimento das dificuldades financeiras de muitos postos ou redes, que, por desconhecimento, falta de estrutura ou baixo investimento, acabam não destinando o devido esforço a esta ferramenta tão importante para o sucesso empresarial neste setor.

Rosane Machado

Empreendedora, professora de MBAs, palestrante, mentora e consultora empresarial, além de mestre em Controladoria e Finanças, e contadora. Fundadora da Roma Business Consulting (@romabc e @romabusinesscollege), possui atuação focada nas melhores técnicas e estratégias para profissionalização e governança de empresas familiares.

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