Série Guerreiros de Zorn 01 – A Mulher de Ral Laurann Dohner
DISPONIBILIZAÇÃO: Soryu. TRADUÇÃO: Susana. EQUIPE DE REVISÃO: Yasmim, Rute, Kris e Roberta Lelis. REVISÃO FINAL: Dea. LEITURA FINAL E FORMATAÇÃO: Erika Suzuki
Sinopse: Ariel não sabia que existiam seres de outros planetas até que foi sequestrada e levada da Terra por uma nave. Quando os Anzons declaram que a raça dos terrícolas era inútil para reproduzir-se com sua espécie, descobre qual será seu destino: ser o prêmio para o ganhador de uma batalha brutal entre os grandes e musculosos homens de outro planeta. Ral é um guerreiro Zorn. Também foi sequestrado pelos Anzons, junto com seu povo. Forçados à escravidão, só têm uma coisa em mente: a liberdade de seu povo. Quer dizer, até que vê a pequena mulher humana e então estará mais que disposto em lutar para ganha-la. Não apenas seu corpo, mas também quer seu coração para sempre. Nas mãos desse ser de outro planeta, Ariel está a ponto de comprovar o quão agradável pode ser seu cativeiro.
INFORMAÇÃO DA SÉRIE: 01 – A Mulher de Ral – Distribuído 02 - Kidnapping Casey – Revisão Final 03 - Tempting Rever – Revisão Final 04 - Berrr's Vow – Revisão Inicial
Capítulo 1
Ariel permanecia com olhos baixos. Aprendeu a não levantar o olhar, a face esquerda ainda doía pelo tapa que havia recebido. Sabia que a ajuda nunca chegaria. Ainda se encontrava em um profundo estado de choque, por isso, com o passar das horas, se tornava mais difícil não se desesperar. Sua vida, tal como planejara, mudou para sempre, estava certa que a morte viria lhe dar as boas-vindas muito em breve. Isto não podia estar acontecendo. Quantas vezes tinha cruzado por sua mente esse pensamento desde o dia em que foi sequestrada? Seu olhar se moveu lentamente ao redor do chão da cova. Alguém havia varrido cuidadosamente a sujeira e os escombros até deixa-los quase limpos. Havia luzes no teto iluminando bem o lugar. Escutou passos se aproximando e o medo se apoderou dela. E agora? A ideia surgiu no momento em que um dos seres que a levara até aquele lugar entrou na sala. —Inútil. Resmungou em voz baixa. Levantou o olhar, esse ser não era humano. O impacto de saber que não era humano ainda não passara. Se alguns dias atrás lhe dissessem que existiam outras espécies teria rido e perguntaria de que filme saiu tal ideia. Mas, agora não era nada engraçado. Seu olhar percorreu o ser de pele azul. Seus olhos eram amarelos, como os de uma serpente e sua voz tênue de uma maneira horripilante que enviava calafrios por sua coluna. —Escutou-me terrícola? É inútil. Ela assentiu, não falaria. Sabia que se o olhasse por muito tempo ou falasse, receberia um novo golpe no rosto. Eles eram Anzons, foi o que lhe disseram quando a apanharam no bosque perto de sua casa. Os dias em que esteve cativa pareciam uma eternidade. Escutou outra série de passos e levantou a vista. As fêmeas de sua espécie tinham os mesmos horripilantes olhos amarelos e o tom azulado de pele. Tinham seios e parecia que só tinham cabelo em uma faixa na parte superior da cabeça até a parte inferior do pescoço, sua estrutura corporal não era tão distinta. Todos eram magros e altos.
—Foi confirmado. — A fêmea falou. —Ela não é capaz de se reproduzir com nossos machos O ser humano não é a resposta que procuramos. —Ela poderia dar algum alivio a nossos machos. Não é repulsiva à vista e sua forma é bastante similar à nossa. A fêmea replicou asperamente. —O exame físico que fiz enquanto ainda estava inconsciente afirma o contrário. Ela morreria. —Então é inútil de qualquer modo. A fêmea franziu o cenho. —Onde está sua compaixão Yoz? Seria uma tortura pra ela, a dura cobertura da ponta de seu sexo a rasgaria por dentro. Sangraria e a dor seria... — A mulher estremeceu. —Não desejaria tal destino a um inimigo e não estamos em guerra com o mundo dela. —Vai morrer de qualquer jeito e tenho curiosidade. —Yoz. — A fêmea sibilou. —Não permitirei. Tenho outro destino pra ela. —Precisamos de mais um trabalhador? —Não, acho que poderíamos premiar um dos mineiros com ela. Talvez não sejam compatíveis para se reproduzirem, mas sexualmente não séria machucada ao ser usada por um deles. Yoz reclamou. —Vhal, é asqueroso, isso é crueldade. Eles são tão horríveis. —Mas não a mataria e têm cabelo como ela. O macho soltou um bufido. Ariel sentiu seus olhos sobre ela. —Ela tem menos pêlos no corpo. Eles têm mais cabelo e são muito maiores. Embora, a textura da pele seja semelhante. —Já falei sobre isto com Mon, ele está de acordo. Leve-a às minas agora, Mon a espera.
O medo se instalou em Ariel, sacudiu a cabeça levantando-a para olhar fixamente aquele ser. -O que está acontecendo? Por favor, me diga. Por favor. O homem sibilou furiosamente para Ariel. A fêmea, Vhal, agarrou seu braço e sacudiu a cabeça. Seu rosto estava cheio de compaixão enquanto a entregava ao macho, Vhal inclinouse adiante, piscou para Ariel um par de vezes e uma língua, como de um lagarto, atravessou seus finos lábios azuis. Olhava para baixo, para Ariel. —Foi capturada em seu planeta quando passamos por ele, nossos machos superam em número a nossas fêmeas, dezoito pra um. Por isso estamos enfrentando uma eventual extinção se não encontrarmos uma espécie de fêmeas para se reproduzirem com nossos machos. Nossos corpos femininos só suportam uma ou duas fecundações em nossas vidas. Pomos os ovos e depois os jovens saem do ovo. Só temos entre três a seis crianças em cada fecundação. Realizamos em você vários exames e não é compatível com nossa espécie Ariel ficou atônita. —Então posso voltar para casa, por favor? —Sinto, mas não. Estamos em um grande... — Ela franziu o cenho. —Você o chamaria de asteroide. Enviamos nossas naves a planetas habitáveis, somos muito cuidadosos com nosso combustível. Nossa missão é muito importante e temos que completá-la antes de voltarmos ao nosso planeta. Se não encontrarmos fêmeas reprodutoras compatíveis eventualmente morreremos por causa da velhice. É imperativo que salvemos nossa espécie. Há outras estações como esta em busca de fêmeas. Se as encontrarmos precisaremos de todo nosso combustível para levá-las ao nosso planeta. Os olhos claros de Ariel se encheram de lágrimas. —Posso ter esperanças de que voltarei a ver meu lar outra vez? —Sinto muito. A voz da fêmea era triste. —Há mineiros aqui, que exploram este asteroide para nós. Fornecem-nos combustível e mais espaço para viver. Será designada a um deles por esse trabalho duro. São os Zorn. Outra espécie que possuímos. Possuem? Não deixou passar por alto esse termo. O horror inundou Ariel. —O que acontecerá comigo?
A mulher piscou. —Eles tratam bem às poucas mulheres que têm. Não as compartilham e será entregue a somente um deles. O implante em seu ouvido lhe permitirá se comunicar com o macho ao qual será entregue. Nosso comandante aprecia esportes, assim haverá um ganhador. Ele lhes oferece recompensas. Você será o prêmio. Ariel olhou para a fêmea horrorizada. —Por favor... Não. A mulher assentiu lentamente. —Será melhor do que aquilo que Yoz planejou para você. Uma união sexual com um dos nossos a mataria dolorosamente. — A fêmea se voltou. —Leve-a Yoz. Ariel queria resistir, mas sabia que seria inútil. O homem media quase o dobro de sua altura e era malditamente forte, apesar de ser tão magro. Ele agarrou a corrente que prendia seu pulso e os grilhões que a uniam à parede se abriram. Tinha que haver algum tipo de engrenagem alienígena que soltava os grilhões, pois se soltaram da parede quando ele os agarrou. Afastou-se, sem esperar para ver se Ariel o seguia ou não. Ela se levantou rapidamente para não ser arrastada. O macho tinha pernas longas. Seu torso alienígena não era tão magro, mas suas pernas eram muito mais longas que as humanas. Yoz a levou através de corredores de pedra. Ariel ficou sem fôlego ao ver uma grande janela coberta por um vidro espesso. Olhou além da janela, literalmente para o espaço exterior. Viu um mar negro repleto de estrelas. Yoz lhe deu um puxão que a fez tropeçar pra frente. A dor disparou por seu braço. —É bonito, não? — ele sibilou. —Mas terá que ver mais tarde, vai até se fartar dele. Estou cansado de vê-lo, nada muda por aqui. Levou-a para o que parecia ser um elevador, este era mais como um tubo redondo, sem paredes aderidas à plataforma. Yoz a agarrou pela parte posterior do seu pescoço e a segurou, de repente a plataforma caiu sob seus pés a uma velocidade alarmante. O medo se apoderou de Ariel, vendo como as pedras que os rodeavam passavam rapidamente, estava certa de que se tocasse em alguma das paredes de pedra, enquanto a plataforma os conduzia as entranhas do asteroide, sua carne se rasgaria. O macho não soltou seu pescoço até que a plataforma reduziu a velocidade e parou. Viu mais corredores de pedra.
Yoz caminhou rápido, saindo da plataforma. —Mova-se rápido, estou recebendo uma chamada. — Então o macho tocou a orelha. —Estou quase lá, Mon. Ariel estava surpresa. Não via nenhum tipo de dispositivo na orelha do macho, só sua pele. Então uma vez mais tocou sua orelha, como tinha feito tantas vezes desde que despertou logo depois de ser raptada. Estava tão assombrada pelo o que a rodeava que demorou em perceber que os lábios dos extraterrestres não se moviam corretamente para formar as palavras que ela ouvia. Só os escutava por um ouvido, agora recordava que tinham implantado algo para que pudesse entender sua língua. Yoz também devia ter algum tipo de dispositivo de comunicação como havia em seu ouvido. Ariel viu uma enorme porta e Yoz parou e colocou sua mão nela. Os Anzons só tinham quatro dedos já que não possuíam polegares. Antes que a porta se abrisse, escutou um forte gemido e uma corrente de ar frio os golpeou. Ariel estremeceu enquanto a rajada de ar se voltava contra eles, Yoz começou a caminhar. —Depressa ou a porta a esmagará. — Ele avisou. Ela correu para alcançá-lo. Ariel escutou outro forte gemido e voltou à cabeça para trás, a porta bateu no chão com um forte golpe e estremeceu. Os corredores eram mais amplos aqui, escutou novamente algo que lhe enviou um arrepio por suas costas. Eram grunhidos. —Já começou. — Falou Yoz. A empolgação o fez falar mais rápido. Dobraram uma esquina e o teto desapareceu, o corredor terminava em uma grande caverna. Viu mais seres da espécie de Yoz parados ali, estavam olhando para o fundo da caverna. Yoz empurrou outro alienígena, afastando-o. Ariel não teve alternativa a não ser segui-lo, já que seu pulso estava acorrentado, viu como os alienígenas azulados a olhavam fixamente enquanto passava por eles. Estes alienígenas usavam uma espécie de armadura negra, também viu armas atadas às suas cinturas. Yoz se aproximou do mais alto. Ele voltou sua cabeça e Ariel se encontrou com um par de olhos frios e amarelos. O alienígena a contemplou, seu olhar percorreu seu corpo e depois se dirigiu a Yoz. —Tire suas roupas e a acorrente à plataforma.
Yoz vacilou. —Completamente? —Está usando algo debaixo da roupa? —Há pequenas tiras sobre seus seios e sexo. —Deixe-os. Não quero um motim. Yoz assentiu com a cabeça, agarrou Ariel e a levou para o caminho da plataforma. Este não tinha nada em que pudesse apoiar-se, só uma longa faixa no chão e depois uma plataforma redonda aberta, esta tinha duas barras que subiam do chão. Yoz a colocou no centro da plataforma. —Fique parada e segure. Ela estava com medo, muito medo. —Ficar parada? —Não se mova. Se cair, morrerá. Ela tentou olhar por cima da plataforma pra baixo. Yoz a agarrou pela garganta e a obrigou a colocar-se de novo no centro da plataforma. —Faça como ordenei. Ela ficou quieta e levantou a cabeça. Yoz lhe soltou a garganta, pegou uma corda e atirou para cima, seus braços se elevaram, prendeu seu pulso na barra e a soltou, a correia ficando unida às barras. Então deu a volta e seus olhos o seguiram. Ele levantou a mão e um dos alienígenas lhe lançou outra corrente. Yoz a apanhou e amarrou seu outro pulso e a prendeu a outra barra. Seus braços estavam acima dela, muito altos e separados. Não era incômodo, mas sabia que poderia se mover muito pouco. Yoz ficou na frente dela para olhar-lhe dentro de seus olhos assustados. —Sinto pena de você. Ela ofegou quando lhe agarrou a camisa e a rasgou pela metade, era extremamente forte. Ariel era incapaz de detê-lo. Assim que ele arrancou a parte de cima foi até a cintura da saia, passando seus dedos nesta para depois colocá-los, com suas afiadas unhas, na beirada da
cintura da saia a rasgando de cima para baixo, deixando Ariel unicamente com seu sutiã e calcinha. Yoz a olhou com pena. Sacudindo a cabeça, afastou-se dela. Ariel girou sua cabeça para seguir o alienígena. Yoz caminhou de volta sobre uma faixa até seus companheiros alienígenas. A plataforma se levantou e de repente caiu rapidamente, fico sem fôlego pela sensação da queda, lutando para não gritar. A plataforma se desacelerou até parar com uma sacudida que lhe embrulhou o estômago. Provavelmente tinha descido uns cinquenta metros em somente alguns segundos. Não pôde evitar olhar ao redor, vendo um grupo de uns oitenta homens. Definitivamente eram homens, estava tendo o primeiro encontro com o que deveria ser a espécie Zorn, pareciam enormes. Recordou o comentário dos extraterrestres. Os homens tinham o cabelo comprido e espesso e lhes caía pelas costas até a cintura. Tinham torsos peludos. Podia vê-los porque todos eles estavam nus da cintura para cima. Tinham a pele escura, profundamente bronzeada e músculos enormes. Observou a um que estava à frente do resto, Ariel olhou fixamente seu rosto, parecia quase humano. A única diferença era que seu nariz era mais plano e longo que o de um humano. Tinha as maçãs do rosto altas e lábios grossos. Esses lábios se abriram e mostraram dentes bem afiados. O terror a inundou. Era quase como se alguém tivesse cruzado um humano com um animal. Seus olhos se cravaram nos dentes afiados antes que pudesse olhar o outro homem que se aproximou mais. A luz apanhou seus olhos, um brilhante azul elétrico. Uma cor que ela nunca tinha visto antes, quase resplandecia. Aterrorizada, Ariel começou a respirar mais rápido. Deixou que os sons ao seu redor penetrassem em seu terror. Os homens estavam rosnando como animais ferozes. Fechou os olhos. Lutou contra as ataduras em seus pulsos, mas não pôde libertar-se das correntes que mantinham seus braços acima dela. —O ganhador a leva. — Uma voz profunda gritou de cima. —Quero que a luta seja em grupos de quatro em quatro. Limpem a arena e escolham seus lutadores. Ariel se obrigou a permanecer com os olhos abertos, não queria ver, mas tinha que fazê-lo, o rosnar parou. Viu os homens movendo-se para dentro das sombras, não podia ver nada mais que a área bem iluminada diante dela. Respirou profundamente para tentar se tranquilizar. Esses homens em estado animal iriam lutar por ela.
Pareciam selvagens. O ganhador a devoraria? Seria o jantar? Não sabia o que poderia ser pior: a ideia de que estivessem lutando por ela para se alimentar ou ter sexo. Quatro homens saíram das sombras, olhou-os fixamente. Eles não a olharam, olhavam para cima. —Comecem. Exigiu a voz masculina de cima. Os homens se dividiram em pares para atacar uns aos outros. Usando punhos e chutes. O som de ossos sendo quebrados se tornou mais alto, escutou gemidos e grunhidos enquanto os golpes eram distribuídos. Dois homens estavam no chão, então os outros dois se voltaram um contra outro. Um deles fez um movimento em arco que jogou o outro fora da zona iluminada, este não voltou. O último homem caminhou até o lado da área de combate. Esperou cruzando seus braços sobre o peito. Outros quatro mais saíram e tudo recomeçou. Ariel estremecia diante da brutalidade da batalha, estes homens não estavam brincando. Havia sangue salpicado sobre chão, escutou como o braço de um quebrava. O som foi ensurdecedor. O homem rugia enquanto caía sustentando o braço, alguém saiu das sombras para leva-lo. O homem que ganhara esse combate esperava os outros dois terminarem. Quando só um deles ficou, os dois se atacaram. Ariel fechou os olhos, não queria ver mais. Os sons de luta continuaram. Era um som brutal. Finalmente, quando o silêncio encheu seus ouvidos, abriu os olhos com curiosidade. Mais homens enormes e musculosos esperavam na borda. Alguns deles estavam salpicados de sangue, outros se observaram mutuamente e se afastavam para a escuridão se retirando da luta. Ariel contou o restante que permaneciam ali esperando para lutar novamente. —Comecem. — A voz ordenou de novo. Os dezesseis terminaram na área de combate. Lutaram juntos em grupos. Rugidos e grunhidos surgiam enquanto brigavam. Os feridos eram arrastados para as sombras, o combate se reduziu a três homens. Dois deles trabalharam em equipe para atacar ao maior. Ariel estudou o homem solitário que era atacado pelos outros dois, era enorme. Muito maior que seus oponentes nos braços e ombros. Lutou com assombrosa rapidez enquanto se esquivava de punhos e chutes. Deu um murro no rosto de um dos homens, Ariel escutou que algo se rompia. O homem atingido retrocedeu cambaleando e caindo paralisado no chão, viu o sangue no rosto do homem caído. Ele gemeu e rodou para um lado com as mãos no rosto e não se levantou.
Os olhos de Ariel se dirigiram então aos dois últimos lutadores em combate. O maior lançou um chute que atingiu o outro no peito, o homem ficou sem fôlego enquanto agarrava as costelas. Caiu de joelhos enquanto o sangue gotejava de sua boca, olhou para baixo antes de cair com o seu rosto sobre o chão. O homem solitário ficou de pé rosnando. Jogou a cabeça para trás rugindo dentro da caverna. Ariel desejava poder tampar os ouvidos para poder amortecer o som aterrador. O rugido do homem foi diminuindo à medida que dava a volta para olhar os alienígenas azulados. —Ela é tua Ral. — O alienígena que estava acima dela proclamou. —Libertem-na para ele. Ariel sentiu terror enquanto o homem chamado Ral se dirigia para a plataforma. Escutou que alguém se movia perto dela. Da escuridão, um dos machos azuis com a armadura negra apareceu atrás dela agarrou seu pulso soltando-a com um puxão pra depois dirigir-se para o outro lado e soltá-la também. O sangue correu novamente por seus braços quando os baixou até seus flancos. Ariel experimentou a sensação de que milhares de alfinetes se cravavam sob sua pele, gemeu enquanto o macho azulado a agarrava por seus braços com firmeza. Empurrou-a para frente até que se encontrou olhando o ganhador a alguns centímetros abaixo de seu olhar. Ele tinha que medir mais de dois metros de altura contra seus um metro e sessenta. Imediatamente reconheceu-o por seus olhos, os olhos azuis elétricos pareciam brilhar e ele estava respirando com dificuldade. Olhou seus dentes afiados surgindo através de seus lábios carnudos, seu nariz plano se agitava e um suave grunhido escapou de sua garganta. Suas mãos eram grandes e quentes enquanto a agarrava pelos quadris tirando-a da plataforma, enquanto voltavam para a escuridão da caverna. Ele grunhiu. Os joelhos de Ariel começaram a ceder e teria caído no chão de pedra se as mãos enormes do homem não a tivessem segurado, girou em volta dela olhando para baixo. —Minha. — Ele grunhiu. Ariel abriu a boca, mas nada saiu. O homem a levantou até que estivessem cara a cara. Automaticamente ela colocou as mãos sobre seu peito para que a parte superior do corpo dele não entrasse em contato com seu torso. Suas mãos eram pálidas comparadas com a pele bronzeada. Tocou seus músculos fortes e o olhou nos olhos: tinha pestanas largas e espessas que combinavam com sua juba espessa e escura, sua pele era mais quente que a dela.
—Minha. — Grunhiu novamente. Ariel ficou sem fôlego quando a lançou por cima do ombro. Um braço extremamente musculoso apertou suas pernas contra seu torso, enquanto a mão firme a agarrou pelas nádegas, mantendo-a no lugar. Saiu da plataforma e se dirigiu para a escuridão com ela. Ariel não conseguia ver nada, fechou seus olhos e lutou contra o terror que sentia. O que faria com ela?
Capítulo 2
Ariel podia cheirá-lo, não cheirava mal, até que cheirava bem, considerando que tinha estado lutando. Notou a pele sob o cabelo que lhe caía até sua cintura, à primeira vista pensara que tinha as costas peludas, mas o cabelo lhe crescia da cabeça. Era mais suave ao tato do que parecia. Ariel ouvia grunhidos baixos enquanto ele se afastava rapidamente com ela. Desejava que não estivesse tão escuro para poder ver alguma coisa. Uma débil luz começou a penetrar enquanto caminhavam, assim pôde ver a parede rugosa. A luz se fez cada vez mais brilhante até que pôde ver o chão. Era uma pedra irregular, não lisa como a dos corredores que tinha visto anteriormente. —Ganhou. —Houve um grunhido suave. —Para quem a entregará, Ral? Ral se deteve. —Ela é minha. Houve uma pausa. —Mas sempre dá o que ganha, tenho estado esperado longamente. —Não ela. — Grunhiu Ral. —Esta é minha.
—Mas... —Basta. — Disse Ral. —Se afaste ou o tirarei do caminho. Ela ouviu o outro homem rosnar. —Pelo menos a compartilhará? —Não. Essa simples palavra aliviou Ariel. Não queria ser compartilhada, o homem que a segurava resmungou. —Saia de meu caminho. Se queria uma mulher, deveria esforçar-se mais para ganhar. —Mas... —Chega. — Ral avisou. —Saia do meu caminho agora. O homem deve ter se afastado do caminho de Ral, já que começaram a se mover novamente. Escutou outras vozes suaves, mas não se atrevia a olhar, teve medo de que tudo o que estivesse ao seu redor fosse algo que não desejava ver. O homem que a levava, deu várias voltas antes de parar. Suas mãos a soltaram, mas a manteve sobre seu ombro roçando-a contra a rocha. Moveu-se e virou, seguido de um rangido, agarrando-a de novo para que não caísse, entrou na habitação em penumbra. Ral se inclinou lentamente. Os pés descalços de Ariel tocaram a rocha fria, o braço ao redor de suas pernas a soltou e a mão que tinha em suas nádegas se retirou. Ambos se endireitaram até que ficaram um em frente ao outro. Ariel levantou o queixo e o olhou nos olhos antes de voltar sua atenção sobre a sala a seu redor. Era um pequeno espaço, paredes ásperas de rocha os rodeavam. Um colchão com mantas grossas em um canto e uma pilha de roupa no outro, viu uma porta rugosa feita de uma folha fina de rocha, era a única maneira de entrar ou sair. —Como se chama? —Sua voz era profunda quando ele rosnou as palavras. Seus olhos se focaram nos dele. —Ariel.
Ele piscou, seus olhos brilhavam. Ela engoliu saliva, olhando-o fixamente. Uma inspiração profunda fez seu peito enorme se expandir ainda mais. —Eu sou Ral. Sou Zorn. O que é você? —Humana. Sou da Terra. —Eles a sequestraram de seu planeta, certo? Ela assentiu. —Há alguns dias. Disseram que estavam procurando novas espécies para se reproduzirem, mas não sou compatível com eles. Seus olhos percorreram seu corpo. —Tire o resto da roupa. Ariel retrocedeu, o medo rugiu dentro dela. —Não. Ele franziu o cenho. —Agora. Ela retrocedeu afastando-se, movendo a cabeça. —O que quer? —Ver se é compatível comigo. Sua garganta secou. —Não. Ele grunhiu baixinho. —Não lhe farei mal, só quero ver se somos compatíveis. Ela sacudiu a cabeça outra vez e procurava uma via de escape. O homem se moveu rapidamente para agarrá-la pela cintura. Ariel ofegou enquanto era levantada do chão. Em questão de segundos a tinha de costas sobre seu colchão. Este era suave e cheirava como ele,
acomodou-se escarranchado sobre seus quadris enquanto a agarrava pelos pulsos, lutou, mas ele era muito mais forte. Juntou seus pulsos e os agarrou com uma de suas enormes mãos. Olhou para suas mãos muito maiores que as dela. Tinha a pele áspera nas palmas das mãos e nas pontas de seus dedos. Ral levou sua mão à sua cintura para soltar a corda que amarrava suas calças, enrolou a corda ao redor dos pulsos dela e empurrou suas mãos sobre sua cabeça. —Não se mova. Ela estava aterrorizada. —Por favor, não me machuque. Ele piscou e franziu o cenho. —Não tenho nenhuma intenção de machucá-la. Ariel não moveu seus braços, o homem era muito forte e grande. Sabia que não tinha nenhuma chance de ganhar em uma briga contra ele. Seus olhos se dirigiram para seu sutiã quando ele o alcançava. Ariel se apavorou mais ainda. O homem se apoderou do material entre seus seios e com um puxão o fecho foi destroçado, empurrou as partes do sutiã de um lado ao outro para poder contemplar seus seios e grunhiu em voz baixa. —Iguais. Ela lutou contra o impulso de mover-se, seu coração palpitava fortemente e estava lutando contra o desejo de chorar. —O que são iguais? —Seus seios são como os de nossas mulheres. Ele deslizou por ela até que se sentou escarranchado entre suas coxas, deu uma olhada na sua roupa inferior e a alcançou. —Não. — Suplicou Ariel em voz baixa. Ral se paralisou, levantou seus olhos para encontrar os dela, seus olhos intensos se estreitaram ligeiramente. -Quero me assegurar de que não lhe farei mal.
Ariel ficou rígida quando a criatura agarrou sua roupa inferior e a rasgou, tirando-a. Ele deslocou seu corpo levantando-o alguns centímetros, agarrando-a pelas coxas, separou-as pondo um de seus joelhos entre elas, moveu-se de novo até que estava sentado sobre seus pés com o corpo entre suas pernas abertas, a completa atenção de Ral se concentrava onde estivera sua calcinha. Ele grunhiu suavemente e levantou seus olhos. —Explique-me como se têm relações sexuais em seu mundo. Ariel lhe suplicava com o olhar. —Não faça isto. —Estamos fazendo isto. Desejo-a. — Ele alcançou a cintura de suas calças. —Quero ter sexo à sua maneira, mas se não me diz o que quero saber então vamos fazer sexo à minha maneira. Seu coração palpitava com força. —Não sei o que dizer. Ral grunhiu. —Compartilhou seu corpo com um macho antes? —Sim. — Sua voz estremeceu. —Como você e seus machos têm sexo? —Olha: até que fui sequestrada não tinha nem ideia de que existiam seres em outros planetas. Por favor, não faça isto. Ele inclinou a cabeça. —Seu mundo não faz viagens espaciais? —Fazemos, mas não há planetas perto o bastante de nós para que possamos chegar aonde a vida existe. Temos planetas próximos, mas não existe vida neles. —A vida existe em muitos outros mundos. — Ral percorreu suas pernas com as mãos e seus olhos vagaram por seu corpo.
—Diga-me o que a excita. Isto vai acontecer, assim me diga o que preciso saber para satisfazê-la. Ela tinha medo. Ele resmungou. —Desejo-a, mostre-me do que você gosta ou não terá prazer no que vou fazer. Ariel reprimiu um soluço e assentiu com a cabeça. Seus olhos percorreram o corpo de Ral. —O que faz para ter sexo? Ral abriu suas calças e Ariel ficou sem fôlego. Olhou seu pênis. Sentiu um pouco de medo. Era muito similar ao de um humano só que um pouco maior, mais grosso, e a cabeça de seu pênis era semelhante a um cogumelo. —Sou como seus homens? Ela tragou saliva fortemente. —É um pouco maior. Ral a tocava, separando seus lábios vaginais com seus dedos e olhando entre suas dobras. Com a outra mão explorou sua vagina, afundou um dedo dentro dela. Ariel ofegou. O homem tinha dedos grossos, ele empurrou mais profundamente e grunhiu. —Você pode me tomar. —Por favor, não faça isto. — Ela sussurrou. Ele negou com a cabeça para ela. —Está acontecendo. Tenho uma forte necessidade. Não tem nenhum sentido lutar, então me mostre como se excita ou me diga. —Solte meus pulsos. Por favor? — Sua voz tremeu. Ele assentiu. Ele estendeu as mãos depois de ter retirado o dedo de seu interior. Ariel levantou seus braços inclinando-os para ele. Ral desatou a corda que prendia seus pulsos e os soltou. Ral rosnou pra ela.
—Mostre-me. Toque-se como você gosta que a toquem. Ariel levantou seu olhar até seus olhos. —Por favor, não me obrigue a fazer isto. Ral voltou a grunhir e se inclinou até que só houvesse alguns centímetros separandoos. —Foi capturada, agora é uma escrava como nós. Não permitirão que retorne ao seu lar, você agora me pertence. Eu a protegerei, a alimentarei e serei o único macho que a tocará, em troca me dará prazer. — Seus olhos se estreitaram. —Não a machucarei se mostrar como você gosta de ser tocada, tem que me mostrar como agradá-la e assim ambos compartilharemos prazer ou pode se arriscar a ser machucada quando tiver meu prazer. Entendeu? Eu sou sua vida agora. Ela piscou para conter as lágrimas quentes e assentiu. —Entendi. —Toque-se e me mostre como sente prazer. Estava tremendo enquanto colocava seu dedo dentro de sua boca umedecendo o dedo e o introduziu entre eles. Ral retrocedeu para obter uma melhor visão dela. Ral lhe separou mais as coxas, seus olhos se cravaram nela enquanto via como utilizava sua outra mão para separar seus lábios vaginais, tocava seu clitóris com a ponta do dedo e desenhava círculos lentos. Ter os olhos o fechados tornava mais fácil para ela, nunca tinha se masturbado diante de alguém antes. Estava envergonhada. Tinha dificuldades para superar o medo. Abrindo seus olhos, ela o viu, estava observando a maneira como movia seus dedos em pequenos círculos sobre seu clitóris. Sua respiração era mais pesada, seu peito subia mais rápido e forte e um olhar faminto alterava suas feições. De repente Ral colocou o dedo dentro de sua vagina de novo. Empurrou outro dedo alguns segundos depois, levantando-o lentamente por dentro enquanto ela esfregava seus clitóris. A sensação a fez respirar mais forte. Ela gemeu. Ele grunhiu suavemente. Ariel estava se excitando cada vez mais, enquanto seu medo diminuía sensivelmente e a sensação de seus dedos se movendo em seu interior enquanto ela esfregava o próprio
clitóris a fazia sentir-se mais excitada. Os suaves grunhidos dele excitavam-na ainda mais. Sentia-se perversa, mas se sentia tão bem que decidiu não prestar atenção. Ariel esfregava mais rápido o clitóris, gritando enquanto chegava ao clímax. Um suave gemido retumbou da parte posterior da garganta dele enquanto lentamente retirava seus dedos. —Te senti, se apertou contra meus dedos. Agora está molhada. Já está pronta para mim. Ral a agarrou pelos quadris enquanto se movia e a virava. Ela ofegou diante de sua força. Ral separou suas coxas e se moveu de novo entre elas, sentando-se sobre os pés com seus joelhos juntos. Agarrou-a pelos quadris e a levantou do colchão. Ariel se segurava nas beiradas do colchão, o interior de suas coxas estava contra o exterior das pernas dele. Ral a tinha de barriga para baixo enquanto investia com seus quadris até pressionar seu pênis contra sua vagina molhada, lentamente se empurrou dentro dela. Ariel apertou os lençóis e gemeu, era grosso e não se deteve enquanto lentamente penetrava em seu interior. Ral a estava forçando a aceitá-lo. Era tão grosso que quase doía, um grunhido saiu de sua garganta enquanto ele a penetrava mais profundamente. Ariel se encontrou pressionando seu corpo contra o dele até estar completamente enterrado nela, enquanto ele titubeava. A sensação de estar totalmente preenchida por seu pênis grosso era arrebatadora. Ral soltou seus quadris e suas mãos enormes deslizaram sobre seu corpo, mãos ásperas acariciavam sua pele e grunhiu extasiado. —Tão bom. Tão molhada. Tão suave. Senhor das Luas, mulher. Ariel gemeu quando ele retrocedeu um pouco e a penetrava novamente. No inicio se moveu lentamente e depois aumentou o ritmo, suas mãos deslizavam de seu traseiro a seus quadris para envolvê-los e agarrar com firmeza. Ral levantou seus quadris acima de seu colo, então começou a penetrá-la com mais força e rapidez. As sensações a faziam ofegar e gemer. Ral a estava satisfazendo mais do que já sonhara antes, ele deslizou a mão ao redor de seu ventre, tomando seu montículo com os dedos. Dois dedos grossos roçaram seu clitóris agora sensível com cada movimento que fazia, estava muito molhada e com o rosto para baixo. Podia sentir sua umidade deslizar por suas coxas. Estava sobrecarregada pelo prazer primitivo, gritando quando gozou intensamente.
O homem atrás dela rugiu enquanto seu corpo sacudia violentamente. Ariel sentiu as rajadas do esperma quente em seu interior. Ral diminuiu o ritmo, finalmente desabou levando-a junto. Os dois estavam sem fôlego. —É minha, cuidarei de você. — Ele murmurou. Ariel fechou os olhos. Deixara-se seduzir por um alienígena sexy e aterrorizante que lhe dera o melhor sexo de toda sua vida. Ela lutou contra as lágrimas. Deus, sua vida estava tão bagunçada. O macho lentamente tirou seu pênis, enquanto deixava seu corpo, desabando na cama junto com ela e a atraiu para dentro de seus braços fazendo-a olha-lo. Ariel abriu os olhos e ele olhou seu rosto avermelhado. Franziu o cenho enquanto tocava sua face. —Seus olhos estão úmidos. —Lágrimas. —O que são? Ela piscou de novo. —Quando os humanos estão tristes ou machucados, choramos. Nossos olhos se enchem de lágrimas e estas se derramam por nossas bochechas. Ele franziu ainda mais o cenho. —Está machucada? Pensei que estava gostando. —E gostei. — Não ia mentir. —Gostei e muito, mas nem sequer o conheço. Ral lhe acariciou o quadril com sua mão enorme. —E isso a deixa triste porque não me conhecia antes de termos relações sexuais? Ela assentiu. —Nunca permiti que ninguém me tocasse sem estar apaixonada antes. —Estar o que? — Ral parecia confuso. Ariel mordeu o lábio por um segundo.
—É quando se quer passar o resto de sua vida com uma pessoa. Porque tem tantos sentimentos que não poderia viver sem ela, quando é tudo para você. Isso é estar apaixonado. Ele assentiu com a cabeça. —Então não chore, estamos apaixonados. Você é minha e nunca a deixarei ir. Vai passar sua vida comigo e com ninguém mais. Agora sou tudo para você e você é tudo para mim. Morreria para protegê-la e a manterei a salvo. Sempre cuidarei de você. Ariel suspirou, desanimada. —Não acredito que entenda. O arqueou uma sobrancelha negra. —É você quem não entende. É minha por toda a vida, a ganhei e a protegerei. Teremos sexo frequentemente e estou ansioso para que minha semente crie raízes em você. —Que sua semente crie raízes? Ral tocou seu ventre. —Espero que minha semente faça você crescer com minha descendência. A ansiedade a atravessou. —Quer me deixar grávida? —Não há tradução para grávida. É só uma palavra —Quer que tenha um bebê? Ele encolheu os ombros. —Descendência. Ariel assentiu. —Um bebê. —Sim. Eu gostaria que tivesse um comigo. Muitos comigo. —O que acontece se não formos compatíveis?
—Não vou abandona-la. É minha. Tomamos uma mulher como vinculo para estar com ela por toda vida, e a tomei. Você é minha sem importar se tivermos descendência ou não. Ariel o olhou fixamente. Ele rosnou suavemente. —Desejo-a de novo, vire-se. Ele ficou de joelhos de novo e se sentou com as pernas dobradas, ele acariciou suas coxas. —Levante-se. —Sempre têm sexo desta maneira? — Ela questionou. —Sim. Você não? —Às vezes. Nós gostamos em diferentes posições. —Mas não posso alcançar seu unis em qualquer outra posição. —Unis? —O unis é o que a faz se satisfazer no sexo, sem ele não pode ter prazer do sexo absolutamente. Ela o olhou. —Eu não acredito que tenha um unis e tive muito prazer. Ral de repente a agarrou, fazendo-a rodar sobre seu estômago. —Relaxe. Ariel ofegou quando ele empurrou dois dedos dentro de sua vagina. Estava empurrando profundamente nela, girando ambos os dedos, em busca de algo. Ariel gritou. —Isso dói! Retirou seus dedos e o escutou grunhir. Voltou sua cabeça para olhá-lo. Um olhar confuso estava em suas fortes feições. —Não tem um. —Como é isso?
—É algo duro, um conjunto de nervos de forma redonda que tenho que esfregar durante as relações sexuais. Ariel se virou e sentou de frente pra ele, separou suas pernas para que ele tivesse uma boa visão dela. Viu quando ele baixava o olhar. —Vê isto? — Ela tocou seus clitóris. —Acho que é aqui onde está meu unis. O outro lado dele está em meu interior e é outro ponto de prazer. Quando me acaricia nesses lugares faz com que eu tenha prazer. O desejo era evidente em suas feições. Ral colocou um dedo sobre seus clitóris. Ariel gemeu. Ral grunhiu em resposta. Ariel levantou seu quadril e se moveu aproximando-se, colocando seu traseiro sobre seu colo. -Possua-me desta maneira, enquanto me toca. Viu dúvida, mas também interesse em seu rosto expressivo. Ral agarrou seu pênis duro e começou a esfregar na vagina ainda úmida. Ele gemeu enquanto empurrava para dentro dela. Seu dedo brincava com seus clitóris e começou a mover seus quadris. —Senhor das Luas. — Ele gemeu. —Céus, como isso é gostoso. Ariel plantou seus pés no colchão para encontrar-se com os quadris dele em cada golpe. Agarrou-se aos lados de suas panturrilhas para obter maior acesso e mover-se mais rápido nele, sabia que não ia durar muito tempo. O homem não deixava de acariciar seu clitóris enquanto se empalava rápido e profundamente nela. Ariel sentiu que seu corpo se convulsionava em enérgicas contrações contra o pênis dele. Ariel gritou enquanto gozava intensamente. Seus olhos se abriram e ficou olhando Ral, observando como jogava sua cabeça para trás. Suas feições estavam rígidas e sua boca aberta, viu os dentes afiados entre seus lábios abertos enquanto grunhia profundamente. O pênis de Ral pulsou com força dentro dela e sentiu como seu sêmen vertia com força quando atingiu seu ápice. Ambos estavam ofegando. Ral abriu os olhos e baixou a cabeça, olhando Ariel. Um sorriso se desenhou em seu rosto. —Você é incrível.
—Você também.
Capítulo 3
—Acorde. Ariel abriu os olhos e girou a cabeça, tinha dormido sobre seu estômago. Ral já estava sentado e sorria. —É hora de comer e ir trabalhar, tem que vir comigo. — Esticou a mão para lhe afastar o cabelo loiro da face. Enrolou um dedo ao redor de um de seus cachos e depois o moveu ao longo de seu pescoço antes de afastá-lo. —É hora de trabalhar. Ela assentiu. —O que fazemos para trabalhar? Ral ficou de pé esticando seu corpo nu, Ariel tragou. O macho era lindo e seu corpo musculoso era a perfeição. Ele caminhou para frente e se agachou. Ariel apreciou a vista de seu traseiro musculoso, procurou algo para eles vestirem e virou seu rosto para a cama. —Ficará perto de mim, pode trazer-me água quando necessitar. Ela assentiu com a cabeça. —Está bem. — Arrastou-se saindo da cama. Ral lhe entregou a roupa da pilha. A camisa e as calças eram enormes, olhou-os levantando as sobrancelhas. Ral se pôs a rir. —Conseguirei roupas menores muito em breve, isto é o que tenho.
Ariel as pôs, as calças eram muito grandes e lhe caíram dos quadris. Ral caiu de joelhos diante dela, ainda nu, e utilizou a corda que tinha usado em seus pulsos ao redor de sua cintura. A calça permaneceu pra cima, a camisa quase chegava aos joelhos. Desejava que não tivesse destruído sua roupa intima. —Tenho que ir ao banheiro. —Banheiro? Ela ruborizou um pouco. —Tenho que fazer xixi. Tenho líquido no interior do meu corpo que devo liberar. Ele sorriu. —Urinar. —Sim. Ele assentiu com a cabeça. —Vamos urinar antes do café da manhã. —Está bem. Ral ficou de pé para colocar suas calças, não tinha sapatos. Inclinou-se e pegou o que parecia ser uma escova de cabelo, escovou-se antes de caminhar pra atrás dela. Suas mãos foram ternas enquanto lhe escovava o cabelo. Jogou a escova sobre a pilha de roupa e se dirigiu à porta empurrando-a para abri-la. Ral lhe estendeu a mão quando se voltou para olhála se aproximar dele e pôs sua mão pequena na sua maior. —Venha. O corredor estava pouco iluminado e vazio. Conduziu-a por um sinuoso caminho, um arco aberto os levou a um grande salão. Viu um tipo de banheiro primitivo com duchas abertas, alguns tinham aspecto estranho e três cachoeiras que saíam de buracos na parede. Aproximou-se de um dos banheiros para estudá-lo. Quase parecia como sanitários. Ele riu entre dentes. —Não são como os de seu mundo? Ela sacudiu a cabeça.
—Não. Ral sorriu. —Vou vigiar a porta. —Seu sorriso desapareceu. —Nunca deixe que outro macho veja sua pele nua. —Seus olhos brilhantes se estreitaram. —Desejariam ter sexo com você e então teria que matá-los. Se outro tentar tocá-la, grite. Nunca se afaste do meu lado. Ela assentiu. —Não quero que ninguém me veja sem roupa nem que me toque, a não ser você. O grande corpo de Ral relaxou. —Vá, vigiarei a porta para não deixar ninguém entrar. Usou o banheiro de maneira rápida e amarrou o cinto. —Ral? Já terminei. Retornou ao salão e se dirigiu a uma pequena cascata. Afastou a calça. Ela o observava. Ral virou a cabeça para lhe sorrir enquanto utilizava a parede, parecia divertido com a curiosidade dela. Fechou suas calças e se aproximou para levá-la a um lavabo, para que ambos pudessem lavar mãos. Conduziu-a por corredores que dobravam e mudavam de direção. Ela percebeu o aroma de algo que fez que seu estômago reclamasse fortemente. Ral virou a cabeça para olhála. —Tem muita fome? Ela assentiu. —Não como há muito tempo, estou morrendo de fome. —Não te alimentaram desde que a raptaram de seu planeta? —Deram-me de comer uma vez, logo depois de me raptarem, isto faz alguns dias. A raiva endureceu o rosto dele. —Os odeio.
Ariel também odiava os Anzons. Entraram em um grande salão. Várias mesas foram colocadas e viu uns cinquenta homens, mas só duas mulheres, não conseguia deixar de olhálas. Suas características revelavam que eram Zorn, se deu conta do que eram por seus narizes longos e achatados, tinham seios e traços faciais menores que os machos. Eram atraentes, as fêmeas devolveram o olhar de Ariel que lhes sorriu. Ambas desviaram o olhar dela. Ariel suspirou. Parecia que não poderia ser amiga delas. A um lado havia uma mesa estilo Buffet onde um homem Zorn estava servindo, abertamente olhava fixamente a Ariel. Sua mão se apertou sobre a de Ral. Que lhe sorriu. —São curiosos. Nunca vimos uma homin antes. —Humano. Ele riu entre dentes. —Humano. Ela lhe sorriu. —Correto. —Do planeta Terra. —Sim, lembrou. Ele se deteve diante da mesa, estudando o que estava sobre ela. —Reconhece algum dos alimentos que possa comer? Ela estudou a comida também e sacudiu a cabeça. —Não. —Este. — Ele apontou. —É muito doce, esse é amargo, aquele é extremamente picante para sua boca. — Continuou mostrando os alimentos sobre a mesa e a explicar seu sabor. Ariel decidiu provar alguns. Ral carregou os dois pratos e se dirigiu a uma mesa solitária. —Sente-se. Eu trarei nossas bebidas. Sentou-se e esperou, Ral voltou em um instante. Trouxe duas canecas cheias de água, sorria.
—Coma, Ariel. Adorava a forma como ele dizia seu nome. Escutava-se como "Ori Al". Provou a comida e deu um sorriso, estava delicioso. Ele pareceu aliviado enquanto comia, às vezes pegava algo de seu prato e o dava para que ela o provasse, decidiu que não gostava do que parecia ser uma banana de cor vermelha. Fez sua boca arder em chamas e quase se engasgou. Teve que beber água. Quando terminaram de comer, se encaminharam a um corredor largo, Ral parou, olhou-a nos olhos e avisou. —Fique sempre comigo e não se afaste de mim. É perigoso. Ela assentiu e sentiu um pouco de medo. —Perigoso? —Meu povo foi capturado à força de nosso planeta de caça. Somos fortes e resistentes. Entende? Havia poucas mulheres conosco. Uma mulher é rara e muito desejada aqui. Alguns estão zangados por terem perdido quando lutamos por você ontem, vão querer tocá-la. Se houver uma briga fique atrás de mim. Não vou perder. Sou muito forte e ganharei. Ela assentiu. Ele estendeu a mão para lhe acariciar a face. —Alguns Zorn pensam que só ganhei para poder monta-la, para saciar minha necessidade por uma fêmea. Podem pensar que não vou derramar seu sangue por uma estrangeira. Com o tempo se darão conta de que estou vinculado a você e não se atreverão a me desafiar por seu corpo. —Vinculado a mim? Ral sorriu. —Apaixonados. Ariel lhe devolveu o sorriso. —Está bem. —Oferecerão coisas para tê-la, não vou vendê-la nem trocá-la, então não se preocupe se os escutar me fazendo ofertas, é minha. E continuará sendo minha.
Ariel lhe pôs a mão sobre seu peito nu. Ele não usava camisa, mas era óbvio que lhe pertencia já que usava as roupas dele. —Confio em você. Ele sorriu. —Bem. Temos que ir. Fique perto de mim. As minas eram uma grande área cavernosa, onde os machos escavavam as paredes de rochas para aumentar o espaço. Alguns deles estavam pendurados pela cintura em cordas ao longo das paredes, utilizando ferramentas para quebrar as rochas. Ral sentou Ariel sobre uma grande rocha, piscou um dos olhos e depois foi trabalhar. Recolheu as grandes pedras depositadas sobre o piso para descarregá-las dentro de vagões providos de rodas que as retiravam quando Ral apertava um botão avisando que estava cheio, depois em seu lugar surgia um vazio. Depois de um tempo Ariel se levantou para estar mais perto de Ral. Começou a recolher pequenas pedras e a trabalhar junto com ele. Ral a olhou com um sorriso, surpreso. Ela devolveu-lhe o sorriso. Trabalharam juntos durante horas. Ariel notou a presença das três mulheres Zorn na caverna. Estavam sentadas sobre as rochas, mas não ajudavam a seus companheiros, descobriu que muitos olhos estavam observando-a. Um zumbido se ouviu por toda habitação. Ral jogou uma pedra do tamanho de uma bola de basquete dentro do vagão e deu meia volta. —Terminamos, nosso turno acabou. Obrigado por me ajudar. —Não posso levantar as grandes como você, mas sou boa com as pequenas. Ele se pôs a rir. —Faminta? —Sim. Morta de fome. Levou-a de volta ao grande salão que agora estava cheio. Ral a pegou pelo braço segurando com força contra seu flanco. Ariel sabia que estava em perigo, podia ver pela forma com que Ral ficou em guarda, observando todos os machos a seu redor. Encaminharam-se até a mesa principal. Ral encheu os pratos, entregou-os a Ariel e desta vez foram juntos pegar
água, depois a levou para a mesa, que estava cheia de gente. Deixou as canecas com água ao lado e se sentou. Ele separou as pernas. —Sente-se em meu colo. Ariel sentou-se no colo dele depois de colocar os pratos sobre a mesa. Ral se ajeitou atrás dela para lhe dar mais espaço no banco. Um dos homens sentado ao lado a olhou e depois inalou com força e virou a cabeça na direção dela. Ariel encontrou-se com olhos verdes brilhantes. O homem aspirou de novo. Ariel baixou a vista, podia sentir a tensão de Ral aumentar enquanto ele grunhia. —Minha. O homem ao lado se afastou alguns centímetros. Ral inclinou-se para Ariel até que seus lábios pressionaram em seu ouvido, disse algo em suaves rosnados. Ela franziu o cenho, percebendo que ele falava no ouvido errado. Virou a cabeça para olha-lo de frente e apontou o outro ouvido. —Este é o único que implantaram. Não entendi nada do que me disse. Ele franziu o cenho. —Só puseram implante em um de seus ouvidos? Ela assentiu. —Disse: não encontre o olhar de ninguém mais e coma rápido. Ariel assentiu e se voltou para a sua comida, comeu rapidamente. Ral devorou a dele. Acariciou o braço dela, abaixou o rosto até seu pescoço e, desta vez junto ao seu ouvido implantado, sussurrou. —Pronta para sair? —Sim. —Vamos à sala de banho e então retornaremos ao nosso quarto. —Parece bom.
Ral se levantou e ajudou Ariel a levantar, em seguida a atraiu para seu lado e se dirigiram à porta. Estavam quase fora do salão, quando três homens se interpuseram em seu caminho. Ral ficou tenso, colocando Ariel atrás dele, rosnou para três homens. —Saiam. Um dos homens franziu o cenho. —A compartilhe, temos necessidades e ela é de uma espécie diferente, não é uma mulher Zorn. —É minha, estou vinculado a ela. —Ral rosnou. —Se afaste de minha mulher ou o matarei para protegê-la. Ariel virou a cabeça para trás. Mais homens se aproximaram, olhando diretamente seu corpo. Não gostou da fome que via refletida em seus rostos, aproximou-se mais de Ral tentando moldar-se às suas costas com o medo crescendo. Ele virou a cabeça e grunhiu. Os homens se moveram retrocedendo, mas não o bastante longe para que Ariel se sentisse tranquila. Ral virou a cabeça para enfrentar os três homens na frente deles. —Gru, se você fizer isso morrerá. Entendeu? Dei muito a nosso povo, a ela manterei. Matarei a qualquer um que tente tirá-la de mim. Não vou compartilha-la. Está vinculada a mim. — Olhou para os homens com Gru. -Matarei a todos que não retrocederem agora. —Então um de nós morrerá, mas a teremos. — Gru rosnou. Ral rosnou de volta. Virou a cabeça. —Rham, Ber, Hosh, protejam-na. Três homens enormes avançaram afastando os outros homens de seu caminho. Os olhos de Ral se encontraram com os de Ariel. —Esta é minha manada, eles vão protegê-la, vá com eles. O terror a golpeou cruelmente. —Ral... —Estará a minha vista, eles se assegurarão de que fique bem.
Os três machos grandalhões rodearam Ariel, um deles agarrou-a pelo braço e a colocou de lado contra a parede, olhou aos três que a protegiam perguntando-se o que significava ser uma manada para os Zorn. Escutou um rugido e se virou rapidamente na direção de Ral. Quatro machos o atacavam em lugar de três. O horror se precipitou sobre ela, levantou a vista para um dos três grandalhões que a protegiam. —Não podem ajudar na luta? Um dos homens sacudiu a cabeça. —É a mulher pela qual Ral está lutando. Nós só a protegeremos. É nosso costume. —Seu costume é uma merda. — Ela sussurrou. O terror a invadiu enquanto o observava lutar. Ral era endemoniadamente bom. Havia quatro homens rodeando-o. Dois deles o agarraram pelos braços, enquanto o terceiro o segurava por trás. O quarto se aproximou de frente, era Gru. Ariel ofegou e tentou alcançar Ral. Queria saltar sobre um dos covardes. Ral precisava de ajuda. Um dos machos que a protegiam agarrou seu braço trazendo-a de volta. —Detenha-se. — Falou em voz baixa. —Ral não precisa de ajuda. Ral jogou sua cabeça para trás batendo fortemente no rosto do macho que estava atrás dele. Levantou ambos os pés para chutou ao que estava à frente dele, os outros dois que o tinham agarrado pelos braços cambalearam para trás tentando mantê-lo imóvel. Isso desequilibrou a ambos. Gru rugiu de dor quando Ral chutou seu peito. Seu corpo foi lançado para trás, batendo com força contra a parede áspera de rocha. Quando os pés de Ral tocaram o chão juntou seus braços ao mesmo tempo, fazendo com que aqueles que agarravam seus braços perdessem o equilíbrio e se chocassem entre si. Com um de seus braços livres, golpeou o rosto do homem que estava mais próximo a ele. Foi brutal e sangrento. Ral deu uma surra nos quatro homens que estavam ensanguentados no chão e alguns tinham os ossos quebrados. Ariel se deu conta de que os Zorn também brigavam com os dentes. Ral tinha rasgado o braço de um dos homens quando este tentara golpeá-lo no rosto. Ral girou e grunhiu ao redor do salão, aproximou-se para pegar Gru pelo cabelo. Agarrou até levanta-lo acima de seus pés instáveis.
—Ela é minha. Avisei que lhe custaria à vida, Gru. — olhou ao redor do salão. — Matarei qualquer um que se atrever a tocar a mulher com a qual estou vinculado. Ariel quase desmaiou quando observou a pressão que Ral estava exercendo sobre o pescoço de Gru. Simplesmente torceu e ela escutou o de seu pescoço quebrando, Ral soltou o corpo se agachou e agarrou o seguinte. O homem gemeu. —Por favor, Ral... Ral rompeu o pescoço e o jogou a um lado. Ariel fechou os olhos, lutando contra um soluço, escutou mais dois estalos. Os dois homens restantes também tinham implorado por sua vida. Ral não hesitou em matá-los. —Ela é minha. — Rugiu. Os olhos de Ariel se abriram de repente quando uma mão agarrou a dela. Um Ral ensanguentado estava ofegante quando puxou a mão dela. Tropeçou atrás dele quando não lhe deu outra opção a não ser segui-lo pelo salão, rodearam os cadáveres dos homens com quem tinha lutado e caminharam pelo corredor. Não pararam até que chegaram à sala de banho, onde a colocou junto dele. Dois homens ocupavam a lugar. Ral rosnou. —Fora. Baras, vigie a porta. Um deles assentiu com a cabeça e olhou rapidamente Ariel. —Está tudo bem, Ral? —Tive que matar quatro homens estúpidos o suficientemente para tentar tirar a minha mulher. O homem empalideceu. —Vou vigiar a porta. —Agradeço. — Disse Ral em voz baixa. Olhou na direção de Ariel, ela o olhava com medo. Ele franziu o cenho. —Por que me olha assim? —Matou aos quatro. Ele grunhiu baixinho.
—Não sei como são as coisas em seu planeta, mas agora não está mais nele Ariel. Se não os matasse, então teria que lutar dia após dia com eles para mantê-la comigo. Preferiria que os tivesse deixado levá-la? Sabe o que fariam com você? Usariam seu corpo até cansar-se e depois a passariam a outros machos. É pequena. Não sobreviveria por muito tempo. Eles a machucariam, você é minha. Você e eu estamos apaixonados, compreendeu? Ela assentiu com a cabeça. —É só que... —Lutou contra as lágrimas. —Fiquei com medo, não estou acostumada a tanta violência. Sei que não tinha outra opção e agradeço o que fez por mim, realmente, é só que estou impressionada. Ele suspirou mudando seu braço de posição. —Vou me lavar, tire a roupa, tomaremos banho juntos. Ariel se despiu rapidamente e não deixava de olhar à porta. Ral riu entre dentes. —Baras não deixará ninguém entrar, a maior parte de meu povo me teme já que sou o mais forte de todos. —Realmente luta muito bem. —Eu sou um... —Ele vacilou. —Não sei como lhe explicar isso. Em meu planeta alguns são mais fortes que outros, eu pertenço a uma das famílias mais poderosas. Meu pai dirige nosso planeta. Ficou atônita. —Como um rei? —Não conheço essa palavra, meu pai é o mais poderoso. Governa todo meu povo. —Merda. É como um príncipe. Ele encolheu os ombros. —Não entendo esse termo, mas meu povo me segue aqui. Às vezes, alguns deles se tornam estúpidos, esquecem que brigam com o melhor. É nosso costume, o mais forte governa ao mais fraco. Aqui eu sou o mais forte de meu povo. —Então, por que mesmo assim o desafiam?
—Para enganar os Anzons... — Ele vacilou. —Nós não gostamos de machucar uns aos outros, mas somos muito bons infligindo o bastante dano como para que pareça real. Às vezes fingimos que temos ossos quebrados, mas outras vezes a luta se torna real. Alguns realmente lutaram por você, eu sempre ganho a briga e entrego o prêmio a algum que o mereça. Desta vez fiquei com o prêmio para mim. Surpreendeu-se quando Ral guiou seu corpo nu para a ducha e agitou uma mão contra a parede. Uma cascata de água quente caiu em forma de chuva, isto surpreendeu Ariel. Ral riu entre dentes. —A água nos lavará, limpará tudo. Só tem que esfregar sua pele. —Não há nada para lavar o cabelo? Ele tocou a chuva. —Também limpa seu cabelo. Há substâncias químicas nessa água. Não engula, não danificará seus olhos se entrar em contato. Não tem bom sabor, mas se engolir muita água vomitará. —Então toda essa luta para me ganhar dos Anzons não foi real? Ela hesitou. —Aprendemos há muito tempo atrás, quando fomos capturados, que se não demonstrássemos que lutamos realmente, os Anzons nos reteriam o alimento para lutarmos de verdade. Alguns lutam realmente para tentar ganhar os prêmios que desejam com muita cobiça. Eu entrego meu prêmio ao que considero merecedor. Muitos realmente lutaram por você. Foram estúpidos ao tentarem te tirar de mim. Não deixaria que a tivessem, sabiam que não permitiria e que não eram merecedores de você. —É por isso que o pararam para perguntar a quem me entregaria. Ele assentiu com a cabeça. —Gru não gostou que eu a guardasse para mim, mas ganhei com lealdade o direito de mantê-la. Ele pensou que era digno o bastante para que eu a entregasse a ele. —Ganhou outras mulheres? —Sim.
O ciúme a corroeu. —Dormiu com elas? Ele a olhou com as pálpebras entrecerradas. —Não, as entreguei imediatamente aos que considerei merecedores. — Ele pegou seu rosto entre as mãos e o acariciou com seu polegar a face macia. —É a única mulher que esteve em minha cama desde que fomos feitos prisioneiros. Isso foi há seis meses. Ela se surpreendeu. —Por que se deitou comigo? Por que não se deitou com nenhuma dessas outras mulheres? Ele sorriu. —Senti-me fortemente atraído, estava em meu sangue desde que pus os olhos em você. Tinha que lhe ter. Ela assentiu. —Alegro-me. —Também me alegro. Vamos ao nosso quarto. Sinto a necessidade de estar novamente com você e não acho que seja seguro para nós fazê-lo aqui.
Capítulo 4
Ral fechou a porta. —Tire a roupa. Despiu-se rapidamente. Observou Ral tirar as calças, já estava excitado, caminhou até o colchão e se sentou sobre suas pernas acomodando-a em seu colo. —Em cima ou em baixo? Você escolhe. Ariel sorriu. —Sempre faz sentado? —Sua espécie não? —Não. Deite-se sobre suas costas para mim. Ele hesitou, mas então deitou. Ariel ficou de joelhos para subir através do colchão. Suas mãos acariciaram seu peito enquanto sentava com as pernas abertas em seu colo. O desejo ardia em seus olhos enquanto ele a observava em silêncio. Não protestou. Ariel se inclinou sobre ele abrindo a boca, passou a língua em seu peito. Instantaneamente seu corpo ficou tenso. Grunhindo, ele arqueou as costas para que seu corpo estivesse mais perto de sua boca. Ela encarou como um bom sinal, deslizou a língua pelos mamilos e o chupou em sua boca. Ele deslizou suas mãos por seu cabelo com um grunhido. —Senhor das Luas. — Ele sussurrou. Ariel sorriu e libertou seu mamilo. —Quem é ele? Ral riu entre dentes. —O protetor e vigilante de meu planeta. —Deus.
—É ele quem protege e vela por seu planeta? Ela hesitou. —Seu Senhor das Luas é uma pessoa viva, de carne e osso ou é uma crença? —Uma crença. Ela assentiu. —Eu tenho a Deus. —Faça isso outra vez com a sua boca. Baixou a cabeça para brincar com seu mamilo em sua boca, recuou um pouco e soprou sua pele úmida, sorriu ao ver como seus mamilos endureciam. Ral gemeu. —Eu preciso de você. Pegou com sua mão sua grossa ereção. Ela estava excitada e úmida. O olhou diretamente em seus olhos enquanto lentamente se acomodava sobre seus quadris. Gemeu enquanto deslizava para baixo, aceitando-o dentro de seu corpo, sentia-se malditamente bem, abaixou-se até o ter profundamente enterrado dentro dela. Ral gemia baixo. —Ariel, isso é incrível. —Espere. — Moveu-se sobre ele, cavalgando-o. Ral agarrou seus quadris, jogou a cabeça para trás, empurrando seus quadris para cima enquanto ela descia, moviam-se mais rápido, juntos e o prazer aumentou. —Toque-me. — Ela ofegou. —Estou tão perto. Afastou uma mão de seu quadril para que sua mão livre pudesse tocar seu clitóris, esfregando-o entre seus dedos. Isso foi o bastante, Ariel gritou gozando intensamente. Ral urrou jogando a cabeça pra trás, enquanto seu corpo quente se sacudia debaixo dela ao impulsionar-se profundamente para dentro. Ela se deixou cair sobre ele. Ariel sorriu contra seu peito. —Então... Foi tão bom como quando o faz sobre suas pernas? —Melhor. — Ele riu entre dentes.
—Suas mulheres Zorn não sentem prazer a menos que o façam dessa maneira? Esfregou-lhe o traseiro com suas mãos. —Seus unis só podem ser esfregados pelo hais de nosso corpo e é essa posição que funciona. —Hais? Ele virou-se a levando consigo assim Ariel ficou imobilizada sob seu corpo enorme. Retirou-se dela lentamente e ficou de joelhos, agarrou seu pênis tocando a ponta superior. —Hais, sinta-o, é mais duro que a parte de baixo. Explorou a ponta de seu pênis. Ral tinha uma região dura na ponta superior do pênis, viu como ele tremia enquanto esfregava com a ponta de seus dedos. Ele fechou os olhos com um gemido. —Área sensível? —Muito. Ela deslizou seus dedos pela parte inferior. —Que tal aqui? —É uma sensação boa, mas o hais é o mais sensível. —Dentro de mim o esfrega sem importar a posição em que esteja. — Libertou-o e retrocedeu. Ral assentiu. —Quando os machos Zorn querem castigar suas mulheres, fazem sexo em uma posição na qual as impeça de obter prazer. —Não entendo. Ele sorriu. —Somos uma sociedade dominada pelos homens. —Ainda não consigo entender.
A tomou entre seus braços para acomodá-la junto a si. —Se uma mulher for muito caprichosa e precisar ser lembrada de que o homem está no comando, fazemos sexo sem ela alcançar o seu prazer até que se submeta a ele. —Machucam a uma mulher? —Não. Imagine que fazemos amor, mas não permito que você tenha prazer. —Isso é mau. Pôs-se a rir. —É uma lição. Quando ela se submete, deixamos que tenha prazer. Esfregou seu peito com a ponta dos dedos, adorava tocar Ral. —Isso não funciona comigo. —Encontrarei uma maneira. O que aconteceria se não tocar seu unis? —Ainda gozaria, só que nem tanto. —De que outra forma você gosta de ser acariciada? —Têm sexo oral? Ele a olhou confuso. Ela sorriu maliciosa. —Usar a sua boca em meu unis ou uso a minha boca em seu hais. O olhar confuso desapareceu assentindo. —As mulheres podem, mas a menos que um homem tenha uma língua muito longa, não podemos alcançar um unis com a boca. São perto de quinze centímetros dentro de uma mulher. -Isso é péssimo para suas mulheres. —Elas apreciam a estimulação com o dedo. —Sua mão percorreu seu corpo parando em seus quadris. —Seu unis é muito acessível. Ela assentiu.
Ele a levantou e recostando Ariel sobre suas costas, sorriu para ela. —Vejamos se isto funciona. Ela hesitou. —Deixe-me tomar uma ducha primeiro. Ele riu entre dentes. —Por que vou prová-la? Não me importo. — Ele deslizou por ela e lhe separou as coxas. —Quero experimentar seu gosto. Ariel ofegou e abriu mais suas coxas. —Qualquer coisa que queira. Ral se moveu entre suas coxas examinando seu corpo de perto. Baixou a cabeça para olhar entre suas pernas abertas, com seus dedos separou suas dobras para obter uma visão perfeita de seu clitóris. —Bonita. Ariel se se pôs a rir. —Acha que sou bonita lá embaixo? Ele inalou com força. —Também cheira muito bem. — Sua boca desceu e sua língua tocou seus clitóris, chupando-o. Ariel gemeu, sua boca a libertou. —Bom? —Sim. —Sabe, deliciosa. Vou fazer o que eu gosto com você, pra ver a sua reação. —Não posso esperar. — Disse ela sem fôlego. Ral a lambeu e chupou, utilizando seus dentes para suavemente raspar seus clitóris. Ariel gemeu mais forte e agarrou com força o lençol. —Ral, se sente tão malditamente bem.
Ele rosnou, vibrando contra ela. Sua boca brincava com seus clitóris sem piedade, não levou muito tempo para que Ariel gritasse seu nome enquanto atingia o prazer. Ral levantou a cabeça entre suas coxas úmidas. —Quero fazer isso muitas vezes. —Quando quiser. — ela levantou sua cabeça, sorrindo. —Sua vez, deite-se de costas. Ral riu enquanto se deitava. Ariel se levantou e se meteu entre suas coxas musculosas olhando fixamente sua ereção dura. —Diga-me o que você gosta. —Mostre-me como gostam os homens de seu planeta. Ariel umedeceu os lábios, apoderou-se de seu pênis lhe passando a língua acima. Ele gemeu suavemente, apertando os lençóis. Os músculos de todo seu corpo se tencionaram. —Bom. — Ele grunhiu. Ariel passou a língua na parte inferior de seu eixo e o lambeu para cima, envolveu seus lábios ao redor de seu pênis e o tomou em sua boca. Gemendo em voz alta, Ral apertou os lençóis. —Senhor das Luas. É muito bom. Ariel lentamente o tomava cada vez mais profundo. O corpo de Ral se retorcia enquanto Ariel se movia mais rápido, chupando-o mais forte, utilizando sua língua para torturá-lo sem piedade. Ral se sacudiu. Ariel engoliu enquanto ele gozava em sua boca. Seu sêmen era mais quente que qualquer outra coisa que tivesse experimentado antes e seu sabor era doce como caramelo. Ela gemeu e o manteve em sua boca até que expeliu a última gota. Ral deu um suspiro tremulo. —Está me matando. O tirou da boca, o olhar aturdido em seu rosto a fez sorrir. —Você gostou? Ele a colocou sobre ele. —Gosto muito mais da sua maneira. Senhor das Luas, foi incrível.
—Achou diferente? —Nossas mulheres só lambem a ponta, não nos tomam dentro de suas bocas assim. Sua maneira é... —Ele estremeceu. —Foi incrivelmente melhor. Ariel se acomodou junto a Ral. —Temos o melhor sexo juntos. Ele se pôs a rir. —Temos. Estou pronto para dormir. Você está pronta para dormir? Não dormimos muito bem no último ciclo de sono. —Ummmm. Alguém me impediu de fazer isso. Aconchegou-se mais a Ral e fechou os olhos sentindo-se feliz e saciada envolvida nos braços dele. Ambos estavam a ponto de adormecer quando alguém bateu na porta. Ral grunhiu enquanto movia Ariel, agarrou a manta e cobriu completamente seu corpo do pescoço até os pés. —Fique. — Ordenou-lhe. Saltou da cama, agarrou suas calças e as pôs. Ariel agarrou a manta sobre seu corpo, sentindo um pouco de medo. Haveria mais homens na porta esperando para lutar com o Ral por ela? Ral empurrou a porta abrindo-a. Ariel não pôde ver porque o corpo enorme de Ral bloqueava a vista. Ouviu então uma suave voz masculina, mas não pôde distinguir as palavras. —Estarei lá em alguns minutos. — Fechou a porta. —Se vista Ariel. Temos que ir rápido. Ela se alarmou, mas saiu da cama para vestir-se rapidamente. Ral lhe ajudou com seu cinto. —O que está errado? —Temos que ir a uma reunião, é muito importante. Alguém de minha manada escutou algo que precisa nos dizer. —O que significa manada? Não entendo o termo.
—Significa que é fiel a mim e à minha família. São pessoas dignas de confiança, que não me trairão. Ganharam minha confiança e a de minha família. É um laço de amizade profundo. Entende? —Sim. Ral se apoderou de seu rosto e a estudou. —Esta apaixonada por mim, Ariel? Olhou-o fixamente. Sabia o que estava lhe pedindo, até se suas palavras não fossem exatamente as corretas, queria saber se sentia algo por ele. Ela assentiu. Não tinha certeza de como tinha acontecido, mas ela o amava. Ele matara para protegê-la e conservá-la, a fazia rir. Fazia amor com ela. Como não ia amá-lo? — Te amo. —Posso confiar em você? Assentiu, sem afastar seus olhos dos dele. —Sim. —Não tinha nenhuma dúvida, mas tinha que perguntar. Vamos, isto é muito importante. Abriu a porta e segurou sua mão. Caminhava tão rápido que Ariel teve que correr para manter-se ao seu lado ou correria o risco de ser arrastada. Terminaram em um quarto de dormir muito similar ao que compartilhava com Ral. O lugar estava cheio de homens. Ral colocou-a diante dele, seus braços rodeando-a possessivamente. A porta foi fechada atrás deles. —O que escutou que pode nos ajudar? — Falou em voz baixa. Um deles se levantou, saudou Ral com a cabeça e seus olhos se dirigiram para Ariel. —Podemos confiar nela? —Está vinculada a mim. — Grunhiu, sua voz soara irritada. —Não insulte minha mulher. O homem empalideceu.
—Não quis insultar sua mulher. — Ele baixou o olhar. —Fala. — Ral suspirou. O homem assentiu, levantou novamente a vista e olhou fixamente a Ral. —Estão preparando uma das grandes naves. Planejam descer em um grande planeta para obter mais mão de obra. Seu plano é se abrigarem que a nave seja o lar destes até que cavemos o suficiente para colocá-los aqui conosco. Ral sorriu. —Quando? O homem lhe devolveu o sorriso. —Amanhã pela manhã no primeiro turno, é perfeito. Estão planejando raptar centenas de trabalhadores. O sorriso de Ral se desvaneceu, percorreu com os olhos, os homens ao seu redor. —Nossa hora chegou. É isso. Façam todos os preparativos necessários e façam rápido. Não digam aos outros, o que vai acontecer. Vamos surpreendê-los. Todos vocês sabem o que têm que fazer. Levantaremos duas horas antes do primeiro turno para nos preparar. — Voltou seu olhar ao homem que viera com a notícia. — Está tudo em ordem? —Sim. Ral riu entre dentes. —Estamos muito perto. Todos estavam sorrindo, Ariel viu cada um deles. O por que de estarem tão entusiasmados com os novos prisioneiros estava além de sua compreensão. Talvez tivessem a esperança de que a maioria dos prisioneiros fossem mulheres. Talvez se sentissem sozinhos e queriam ver novas caras. Retornaram em silencio até seu quarto. Ral fechou a porta. —Dispa-se. — A fome ardia em seu olhar. Despiu-se, Ral a agarrou e a acomodou contra seu corpo. Seus olhares se encontraram, estavam quase nariz com nariz. —Se fizermos em pé, terá prazer? —Sim.
Ele rosnou suavemente. Ariel enlaçou suas pernas ao redor de seus quadris e seus braços ao redor de seu pescoço. Ral entrou nela imediatamente. Adorava a sensação dele em seu interior preenchendo-a, moveu-se, agarrou-a pelo traseiro e empurrou para cima e para baixo balançando-se. Ariel escondeu o rosto em seu ombro gemendo fortemente. Não estava certa que do que tinha despertado a veia selvagem de Ral. Mas, com um inferno, o estava desfrutando! —Senhor das Luas. — Sussurrou Ariel depois de gozar e de Ral explodir dentro dela forte o bastante para que o sentisse estremecer. Ral riu. —Exatamente. Senhor das Luas, foi muito bom. —Saiu de seu corpo e a baixou ao chão. Deu-lhe um beijo antes de afastar-se. —Temos que dormir. Ariel assentiu e se meteu na cama, levantou as mantas para Ral. —Venha. Ele sorriu e se deitou, aproximando-a de seu corpo até que a cabeça dela descansasse em seu peito. —Eu apaixonado por você Ariel. Sorriu de sua pronúncia. —Eu também estou apaixonada por você Ral. —Estou apaixonado por você. Melhor? — Acariciou suas costas com os dedos. —Perfeito. — Disse com sinceridade. A alegria irradiava através dela. Ral a amava.
Capítulo 5
—Acorde Ariel abriu os olhos. —Maldição, você se levanta cedo. Dormimos muito? Como sabe que horas são? —Escute. Temos patrulhas no corredor que nos dizem a hora. Meu ouvido é muito sensível. Se vista rápido, temos que nos apressar. Temos muito a fazer, Ariel. Vestiu-se, mas ao ver Ral vestir uma camisa ficou observando-o. —Vai usar uma camisa hoje? —Aonde vamos é mais frio que nas minas. —Está bem. Ral agarrou a manta da cama. Ariel o viu colocar toda a roupa que estava no chão dentro da manta. Algo definitivamente estava mal com Ral, mas não lhe dizia o que estava acontecendo. Levantou a trouxa de roupa sobre o ombro e abriu a porta, estendeu a mão para segurá-la. —Fique ao meu lado não importa o que acontecer, fique comigo Ariel. Você está vinculada a mim e eu a você, pertencemos um ao outro. —Eu me lembro. Não me afastarei de sua vista e ficarei bem perto de você o tempo todo. —Correto. Foram ao banheiro. Ral ordenou aos quatro homens que estavam dentro, que saíssem para que ela assim, pudesse ter privacidade. Quando terminou, ele entrou e utilizou a privada. Três homens estranhos entraram, Ral a atraiu para seu corpo e lhe fez um sinal com a cabeça para que não os olhasse, baixou os olhos, tampouco queria ver os três homens urinando. Deram privacidade a Ral, sem afastar-se de sua vista, se lavaram antes de sair, e depois se encaminharam ao refeitório.
—Coma rápido. Entregou-lhe os pratos com comida e as canecas com água. Ela olhou o lugar, estava lotado, diferente da manhã anterior. O salão estava anormalmente tranquilo. Ral se sentou no banco no final da mesa estendendo suas pernas musculosas, moveu-se no banco abrindo espaço para que Ariel se sentasse. Sem que tivesse que lhe dizer, Ariel deslizou sobre seu colo entre suas coxas. Comeram rapidamente, Ral fez um gesto aos homens ao seu redor. Ela levantou a vista, todos estavam tão tensos que quase podia sentir no ar, perguntava-se o que, demônios, estava acontecendo, voltou-se para Ral. Ele a olhou e sorriu. —Ral? —Confie em mim e pergunte depois. Fechou a boca e assentiu, queria que estivessem em movimento. Saíram do refeitório. Entretanto não se dirigiu para a mina, Ral pôs a manta sobre o ombro, pegou a sua mão e se dirigiu até umas portas marcadas com palavras que não podia ler. As marcas pareciam ondulações com alguns arranhões. A mão que segurava a sua a apertou mais, ele fez uma pausa para olhá-la. —Fique comigo. Se algo sair errado, teremos que correr. Corra comigo. Prometa Ariel. Não quero perdê-la e morrerei se a separarem de mim porque vou lutar para protegê-la sem me importar com as consequências. Ariel sentiu pânico. Que diabo estava acontecendo? Ral abriu a porta que conduzia a um pequeno corredor, deu um puxão para que avançasse e o percorreram até o final do corredor, este terminava em uma dessas coisas plataforma elevadora com paredes rochosas. Ral subiu e puxou-a para seus braços. —Não toque nas paredes. —Não o farei. — Estremeceu. —Seria como tocar em um ralador de queijo elétrico pela velocidade com que estas coisas se movem para cima ou para baixo. —Um ralador de queijo? —Não importa. Estava falando comigo mesma.
A plataforma parou. Ral farejou o ar enquanto a empurrava para frente, correram pelos corredores até chegar à outra porta grande. Se parecia com a porta que tinha atravessado com Yoz no dia em que a levaram para a mina. A porta sacudiu antes de abrir, Ariel ficou um pouco surpresa ao ver um dos homens de Ral diante deles. —Estamos preparados, o restante chegará em breve. Ral assentiu e avançaram sem dizer nada, sua mão a segurava com mais força enquanto a colocava atrás dele. Atravessaram uma grande sala para outra porta, parou e olhou para trás, Ariel olhou por cima do ombro para ver dúzias de Zorn entrarem na sala com mais Zorn logo atrás. A sala estava repleta com os Zorns. O homem que permitia a entrada no lugar, finalmente fechou a porta. Tinha que haver algumas centenas de Zorn no local com algumas outras espécies que não tinha visto antes. Os que não eram Zorn pareciam tão confusos quanto ela, só havia um punhado e todas eram mulheres. —Façamos. — Ral deu um sinal com a cabeça. As comportas se abriram, Ariel se virou para ver o que havia no quarto ao qual se dirigiam e ficou sem fôlego ao observar a maior nave que já tinha visto estacionada em o que parecia o espaço sideral. Foi então que viu a cúpula de cristal apenas perceptível com o espaço profundo como pano de fundo. Mais homens Zorn estavam na nave. Todo mundo se agitou freneticamente, como em uma debandada os Zorn começaram a correr. Ral apertou sua mão e a colocou mais perto de seu corpo e correram juntos para a nave. Era uma espaçonave. Isso compreendeu. Perguntava-se o que é que iria acontecer, conforme se aproximavam da nave de repente se deu conta e se surpreendeu: estavam tentando escapar. A impressão surgiu à medida que corriam pela rampa para o interior da barrida da nave, esta parecia com uma grande área de carga. Mais Zorn esperavam La dentro. Ral continuou se movendo, segurando Ariel, enquanto corriam através da área de carga para um corredor de metal. —Por aqui, Argis Ral. — Gritou um homem. —Estamos nos preparando para a decolagem. Ral nem sequer perdeu o fôlego enquanto corriam.
—Danificou as outras naves? —Sim. — grunhiu o outro Zorn que corria junto com eles. —Estarão incapazes de nos seguir, mas não por muito tempo. Ariel ofegava fortemente, sentia uma dor no flanco assim começou a diminuir o passo. Ral grunhiu, parou, virou e lançou a manta com roupa ao outro homem enquanto soltava a mão de Ariel. Em um instante Ral agarrava Ariel pela cintura, seu quadril bateu forte contra o ombro dele. Em seguida recomeçou a correr, enquanto a estreitava com força contra seu corpo. Chegaram a um elevador, Ral ficou ali com os outros homens Zorn enquanto o elevador subia. Ariel tirou o cabelo do rosto para olhar o homem Zorn que estava de pé a poucos metros dela e de Ral. —A nave está carregada. — O Zorn tocou a orelha, Ariel viu um dispositivo de metal preso à orelha do homem. —Estão fechando as portas de carga. Estamos prontos. Estão todos. —Vamos sair daqui. — Ral grunhiu. — Não esperem que eu chegue à central de comando. —Decolem, — Ordenou o Zorn. —Argis Ral ordena a decolagem. Os motores da nave não eram ensurdecedores, mas ainda assim Ariel sentiu a vibração quando foram ligados. A porta do elevador se abriu quando parou. Ral se moveu rapidamente para dentro da sala. Inclinou-se para baixar Ariel com suavidade, segurou-a pelos ombros e a fez dar a volta. Ariel olhou assombrada ao ver a grande janela. A sala era um tipo de centro de comando. Cinco Zorns estavam nos controles. Ral se dirigiu para uma grande cadeira levando Ariel consigo. Sentou-se e a colocou no colo, envolvendo-a com seu braço ao redor de sua cintura para assegurar-se de que não pudesse mover-se. —Relatório. — Ordenou Ral —Ativaram o alarme quando iniciamos a nave, mas anulamos seus sistemas. — O homem atrás deles grunhiu. —A cúpula está se retraindo, quarenta segundos para a decolagem. Ral grunhiu.
—Mais rápido, caramba. —Só podemos ir a certa velocidade, a cúpula começou a se abrir. Não podem chegar à nave. Os selos de pressão se romperam quando a cúpula começou a abrir. Serão sugados se saírem das docas, mesmo que pudessem contornar seu sistema de segurança. Ral assentiu com a cabeça. —E quanto às suas defesas? —Estão destruídas. — O homem que estava sentado à sua direita riu. —As explodimos quando deu a ordem para desatracar. Agora mesmo esses bastardos azuis estão ocupados lutando contra os incêndios que provocamos. Estaremos seguros. Não podem nos deter. Ral assentiu. Os olhos de Ariel se dirigiram aos seus, mas ele não a olhou, parecia triste enquanto olhava pela grande janela. —Até que estejamos livres e seguros não me sentirei muito confiante, Avi Viz. Temos acesso ao sistema de navegação? Sabemos onde estamos e como chegaremos em casa? —Sim, Argis Ral. Estamos a três semanas de casa na capacidade máxima. Ral fechou os olhos e sorriu. —Casa. — Seus olhos se abriram de repente. —Tempo? —Dez segundos. Estamos preparados, alertarei a nosso povo para que se segurem. Ral apertou Ariel com mais força contra seu corpo. —Segure-se com força, Ariel. Esta nave tem motores potentes e não teremos uma saída fácil. Queremos causar danos enquanto saímos daqui, incendiaremos seu pier. Ela envolveu seus braços ao redor do pescoço dele para agarrar-se com mais força. Os motores da nave vibraram com mais força à medida que a nave saía disparada para o espaço. Seu corpo foi atirado contra o de Ral, que a segurou com mais força. Ela virou a cabeça para ver como a nave voava para o espaço. —Têm uma arma que não explodiu. — Disse um homem. — Manobras evasivas. Ral grunhiu. —Podemos evitá-la?
O homem sorriu. —Não há problema, estaremos fora de seu alcance em: três, dois, um, agora. Estamos livres. Ral se pôs a rir, carregou Ariel em seus braços enquanto se levantava sorridente. —Somos livres, minha Ariel. — Ariel impressionada, olhou para Ral. Ele lhe piscou um olho. —Abram por completo as comunicações da nave. — Suavemente colocou Ariel na cadeira que tinha desocupado. Emocionalmente, Ariel foi se recuperando de toda aquela comoção. Tinham escapado dos Anzons, nem sequer imaginara que estavam tentando escapar. Ral não lhe dissera nada, isso explicava a reunião na noite anterior. Os Zorn não estavam ansiosos pela chegada de novos prisioneiros, mas sim pelo fato de ter uma grande nave pronta e carregada para usá-la durante a fuga, a dor se apoderou dela. Por que Ral não dissera nada? Não confiava nela? —Este é Argis Ral. — Falou Ral. —Estamos livres e em três semanas estaremos em casa. Veremos Zorn outra vez. Os homens jogaram para trás suas cabeças e rugiram, Ariel estremeceu. Ral lhe sorriu amplamente, passando sua mão sobre sua garganta. O homem da esquerda assentiu. —As comunicações estão desativadas, Argis Ral. Ral olhou para um de seus homens. —Alguém nos persegue? —Não, Argis Ral. Causamos danos suficientes. Ral assentiu. —Continue com a vigilância, não quero nenhuma surpresa. —Sim, Argis Ral. Ral se voltou para olhar a janela que dava para o espaço, cruzou os braços sobre seu peito musculoso, a satisfação em seu rosto era evidente. Ariel tragou. —Ral?
—Sim? —Está me levando pra casa? Ele assentiu, aproximou-se dela e se inclinou para segurar suavemente seu rosto entre suas mãos. —Estamos vinculados, será muito bem recebida em meu planeta. —Refiro-me à Terra. — Ela sussurrou. O sorriso dele desapareceu. —Estamos vinculados, Ariel. Não sei onde está seu mundo ou onde procurar. Sinto muito, minha casa é agora seu lar. Ela assentiu sentindo-se um pouco desconcertada. Que outra coisa podia fazer? Ral lhe sorriu e a soltou para ficar de pé, dirigiu-se a uma das estações e conversou em voz baixa com um de seus homens. Ariel foi sentar se na cadeira onde a tinha colocado e se limitou a observar Ral. Ele a levaria ao seu planeta, não retornaria à Terra. A dor e a raiva a pegaram em cheio quando se deu conta de que os homens de Ral tinham acesso ao sistema de navegação dos Anzons, poderiam encontrar seu mundo, mas ele nem sequer procuraria seu planeta. Fechou os olhos e lutou tentando conter as lágrimas que ardiam atrás de suas pálpebras. Finalmente abriu os olhos e olhou para o espaço exterior quando por fim pôde ter suas emoções controladas. De vez em quando voltava a cabeça para ver Ral, parecia emocionado enquanto se movia pelo lugar de uma estação a outra. Finalmente, dirigiu-se a ela e lhe estendeu a mão, tinham se passado horas. —Não estão nos perseguindo, não possuem nada mais rápido que nossa nave e estivemos vigiando-os. Fizemos uma fuga perfeita, memorizei o mapa da nave, vamos para os dormitórios do líder. —Está bem. — Deixou que ele a levantasse. Ral recuperou a manta com a roupa na porta, deixaram o centro de comando e desceram por um corredor. Detiveram-se em uma porta e a abriu, não estava fechada a chave.
Ral entrou primeiro, deixou a roupa cair e as luzes se acenderam automaticamente. Ariel olhou o grande quarto. —Agradável. — O quarto era enorme e parecia equipado com todas as comodidades dos Anzons. —Nos mantinham em habitações de rocha com tapetes grossos. —Ral parecia zangado. – No entanto, eles viviam no luxo. Ariel olhou o quarto de novo, tinha uma sala com confortáveis poltronas e havia uma grande cama. Uma das paredes era uma janela com vista para o espaço, seria bonito vê-lo quando estivessem deitados na cama, teria a vista do espaço para se divertir. Ral a alcançou e a envolveu entre os braços. —Amará Zorn. Olhou fixamente para Ral. —Poderia encontrar a Terra se quisesse. —Não posso deixá-la retornar à Terra. —Não entendo. Ele a segurou com mais força. —Poderia encontrar seu planeta, mas não posso deixa-la partir agora, Ariel. Estou apaixonado por você. Você é tudo para mim. Estamos vinculados. —O que significa isso? Vinculados? —Significa que a tomei como minha até a morte. Significa que estaremos juntos para sempre. Dedicarei minha vida à sua. —Quer dizer que estamos casados? —Casados? —Isso significa que estamos comprometidos um com o outro até a morte. —Sim, se isso for o que significa. Está vinculada a mim, Ariel. Nunca vou deixa-la. —O que significa Argis?
—Meu título real. —E Ral? —Meu nome. —Agora deveria chamá-lo de Argis Ral como todos fazem? Ele sorriu. —É minha vinculada, não é necessário que me chame por meu título, nunca. Quando fomos capturados e feitos prisioneiros, ordenei a meu povo que deixasse de mencionar meu título para proteger minha identidade. Só era um Zorn de muitos. —Se os Anzons o capturaram uma vez, poderiam retornar a seu planeta para leva-lo outra vez? —Não. Não fomos capturados em nosso planeta. O fizeram em outro que estávamos visitando. Era nosso planeta de caça, os Anzons cometeram muitos enganos conosco, pensavam que nós não podíamos ser inteligentes o suficiente para compreender e utilizar a tecnologia e que também não seriamos dignos de vê-los, inclusive de perto. Deixamos que acreditassem nisso, funcionou bem até termos uma boa oportunidade de escapar. —O que é um planeta de caça? —Minha espécie tira férias no planeta de caça. É um planeta primitivo, sem civilização. A nave que nos levou nos deixaria por uma semana, os Anzons pensaram que fossemos uma espécie muito primitiva, sem tecnologia, porque não a permitimos em nossos terrenos de caça. Isso poderia arruinar as férias. Se a tecnologia fosse permitida envenenaria o planeta e os animais que caçamos por esporte. Agora os Anzons aprenderam uma lição ao nos subestimar. —Ele riu entre dentes. —Então não nos seguirão até Zorn? A diversão iluminou os incríveis olhos azuis de Ral. —Não. Temos naves muito mais rápidas que esta e um sistema de defesa que não permitiria que eles se aproximassem de nosso planeta. Só nos capturaram porque estávamos em nosso planeta de caça. Quando chegarmos em casa, tomarei as medidas necessárias para proteger aquele planeta de agora em diante para que o que nos aconteceu nunca mais volte a ocorrer.
Capítulo 6
Ariel estava nervosa, sentou-se entre as coxas de Ral olhando para o planeta que eles estavam se aproximando. Zorn não era um planeta azul e branco, era de tons vermelhos e tinha três grandes luas em órbita. Ral fez um sinal a um de seus homens. —Abra a comunicação. —Sim, Argis Ral. —Este é Argis Ral. — Ele grunhiu. —Voltamos para casa, avisem a Hyvin Berrr. Um homem grunhiu em resposta. —Argis Ral? Confirme sua identidade. Ral emitiu alguns grunhidos, dos quais o tradutor não deu nenhuma tradução a Ariel, eram apenas uns sons ásperos. —Bem-vindo a casa Argis Ral. — O homem parecia feliz. —Seu pai ficará muito contente. Estivemos à sua procura, mas sem êxito. —Escapamos de nossos captores. — Ral abraçou Ariel. — Precisaremos de transportes. —Imediatamente, Argis Ral. — Disse o homem. Colocaram a nave em órbita do planeta e Ariel não podia deixar de olhar o planeta Zorn. Era tão diferente da Terra, não é que ela realmente tivesse visto a Terra do espaço, só em filmes e fotos. Zorn era definitivamente diferente, parecia maior que qualquer fotografia da Terra. Ela engoliu em seco. —Está tudo bem, Ariel? — Ral grunhiu suavemente em seu ouvido. —Sim, só estou nervosa. Como é? Sorriu e a abraçou com força.
—Você vai gostar, é lindo. Isso foi tudo o que ele disse sobre seu planeta. Nas últimas três semanas enquanto estavam viajando para Zorn, Ral tinha estado ocupado. Havia-a deixado praticamente sozinha, no dormitório do líder, na maior parte do tempo. Mas vinha a ela à noite para fazer amor e dormir. Evitara todas as suas perguntas e isso estava começando a preocupá-la. Só dizia que seu planeta era bonito e deixava muitas perguntas sem resposta. Ral fez com que ambos se levantassem e a conduziu para as entranhas da nave segurando sua mão, viu que a maioria de seu povo se encontrava reunido ali. Estavam felizes e emocionados, todos de pé e em grupos. Ral sorria enquanto os saudava com uma inclinação de cabeça, enquanto aproximava mais Ariel de si. —Estamos em casa, passou muito tempo desde que viram suas famílias e amigos. Ariel também tinha perdido seu lar e a sua família, mas sorriu para ele. Agora Ral era seu mundo, ter que retornar para casa significaria que teria que deixá-lo e depois de passar quase um mês juntos não podia imaginar a vida sem ele. —Enviaram naves de transporte para nos levar ao planeta, esta nave é muito grande para as estações de desembarque de nosso planeta. Ela olhou a nave ao redor deles. —O que acontecerá a ela? Ele sorriu. —Vamos conservá-la. Capturaram-nos, tomamos sua nave. Um forte ruído assustou Ariel. Ral riu entre dentes. —Nosso transporte está se acoplando. — Sinalizou com a cabeça para o canto mais afastada. —Nós iremos primeiro, meu pai e meus irmãos estarão ansiosos por me ver. Ela se agarrou fortemente a sua mão, olhando-o no rosto. —Como se sentirão a meu respeito? —Estamos vinculados, terão que aceitá-la.
—Seu pai não poderá desfazer este vínculo? Disse que era o líder deste mundo. Ral franziu o cenho. —Não o fará. O terror invadiu Ariel, Ral não confirmou que o homem não poderia desfazer o vínculo. Tinha usado a palavra "não o fará" o que implicava que era possível. O que aconteceria se o pai não quisesse Ariel na vida de Ral? O que seria dela, então? Nesse momento a comporta deslizou se abrindo para eles e alguns enormes homens Zorn vestidos com uniformes negros entraram. Ral sorriu, caminhou adiante, arrastando Ariel atrás dele enquanto fechava o espaço entre ele e os recém-chegados. —Argernon. — Sorriu Ral. —Veio até aqui só para ver-me. — Ral soltou Ariel para envolver o homem dentro de um grande abraço. Ariel então viu as semelhanças entre os dois homens, Argernon continuou sorrindo enquanto soltava Ral. —É muito bom vê-lo novamente irmão, tivemos medo de que estivesse morto. Ral se pôs a rir. —Sou muito rude para morrer. — Ral se voltou para pegar Ariel, levando-a para frente. Ariel levantou a cabeça para ver o Zorn grande, viu como seus olhos se arregalaram espantados ao vê-la também. Sua boca abriu, mas imediatamente a fechou, seus olhos se dirigiram para Ral. —Ela cheira fortemente a você. —Esta é Ariel, estou vinculado a ela. O horror transformou os traços de Argernon. —Está vinculado ao inimigo? Ral rosnou. —Ela não é o inimigo. —Ela é um de seus captores.
—Não. Ela foi sequestrada de seu mundo, como nós. Argernon ainda parecia zangado. —É de outro mundo, não pode se vincular a alguém de outro mundo. Pai não permitirá. Ral rosnou ferozmente. —Já está feito, ela é minha. Estamos vinculados. Argernon deu um passo atrás levantando as mãos. —Bem, deixarei isso para o Pai. — Seus olhos se dirigiram a Ariel. —É muito pequena e pálida. —Ela é minha. — Ral rosnou para seu irmão. —Ninguém vai afastá-la de mim. Argernon parecia preocupado e um pouco zangado. —É sexualmente compatível? Pode levar a sua descendência? Ral vacilou. —Não sei, nem me importa. Ela é minha. Argernon suspirou profundamente. —Vamos. Pai quer vê-lo. — Seus olhos se voltaram para Ariel. —Ela pode nos entender? —Sim. — Ral centrou sua atenção em Ariel. —Fale com meu irmão para ver se os tradutores Zorn funcionam com seu idioma. Ariel tragou. —Olá, Argernon. É um prazer conhecê-lo. Argernon franziu o cenho e seus olhos se dirigiram para Ral, negou com a cabeça. —Não posso entendê-la, fala muito baixo. Não fala como nós. A irritação fez Ral franzir o cenho.
—Vamos ter que pôr a alguém para trabalhar nisto. Os tradutores que nos colocaram funcionam, teremos que modificar nossos tradutores Zorn para seu idioma. —Isso é inaceitável. —Reclamou Argernon. —Trouxe para casa uma mulher que nem sequer pode falar ou nos entender. Ariel tocou no braço de Ral. —Eu posso entendê-lo. Ral assentiu com a cabeça. —Bom. —O que lhe disse? — Argernon parecia de péssimo humor. —Que ela pode te entender perfeitamente, vamos. Entre em contato com alguém e o ponha para trabalhar nisto imediatamente. Quero que minha mulher seja capaz de falar e que todos possam entendê-la e não somente os Zorn nesta nave. Argernon parecia furioso. Seus brilhantes olhos azuis se entrecerraram para Ariel por um segundo, podia sentir que a olhava diretamente fazendo-a se sentir desconfortável, fez um gesto com os olhos ao seu irmão. Que abaixou a cabeça como resposta afirmativa antes que o homem desse a volta e atravessasse a porta pela qual tinha vindo. O transporte era do tamanho de um ônibus da Terra. Ral pôs Ariel sobre seu colo para que os demais Zorn ocupassem os assentos, as portas se fecharam e se separaram e decolaram para o planeta. Ral prendeu a ambos com o cinto de segurança e a abraçou com força. Quando a nave entrou na atmosfera o transportador se sacudiu, foi uma viagem difícil. Ral riu de seu medo e a abraçou com mais força, acariciando sua face com a dele, sussurravalhe no ouvido sem o tradutor, em tom suave. Não o recordou que não podia entendê-lo, sabia a essência do que estava dizendo, estava afirmando que não havia perigo. O transporte não tinha janelas pelas quais pudesse ver alguma coisa até que pousaram com uma pequena sacudida. Ral a soltou do assento e pegou sua mão para levá-la para fora. Deu-se conta imediatamente de quem eram o pai e irmãos de Ral. O pai de Ral era tão parecido com ele que não precisava que o apresentassem para saber sua identidade. Os outros quatro mais jovens que o rodeava compartilhavam um forte traço familiar. Ral continuou
segurando sua mão até que chegaram à frente de seu pai, soltou a mão dela para agarrar o homem mais velho e lhe dar um forte abraço. Ariel não se moveu nem um centímetro enquanto observava Ral abraçando a cada um dos membros de sua família. Todos pareciam muito contentes por tê-lo de volta. Um dos irmãos de Ral voltou sua atenção para Ariel, franziu o cenho e seus olhos se voltaram para Ral. —Quem é ela? Ral retrocedeu soltando o abraço de seu irmão e se voltou, sorrindo alcançando Ariel. —Esta é Ariel, estou vinculado a ela. O homem mais velho rugiu, parecia furioso. Ariel ofegou quando quase cai de bunda enquanto cambaleava para trás tentando se afastar do homem. Ral a agarrou pela cintura antes de alcançar o chão e a apertou contra seu corpo. Ele rosnou para seu pai. —Por que fez isso? —Não pode estar vinculado a isso. — O pai de Ral rosnou outra vez. A boca de Ral se apertou em uma linha feroz. —Ela é da Terra, é humana. Foi sequestrada de seu planeta pelos Anzons que capturaram nosso povo, me uni a ela, é minha. Nunca volte a rugir outra vez para ela, Pai. —É pequena e fraca, olhe sua pele. É pálida. Hyvin Berrr olhava Ariel enquanto falava. Se olhar matasse, Ariel sabia que acabava de respirar pela última vez. Segundo Ral, este homem governava Zorn, se ele desejasse sua morte tinha o pressentimento de que não teria muito tempo de vida. —Ela é linda e valente, não me importa o que pensa. Estou vinculado a ela. —Ral grunhiu as palavras a seu pai. Seu corpo estava tenso e seu agarre em Ariel provavelmente lhe provocaria contusões. —É minha e não vou permitir que a separem de mim. Seu pai lançou um olhar feroz a Ariel. —Que tipo de influência ela tem sobre você? —Ele virou a cabeça para uma mulher Zorn que estava ao lado dele quieta. —Leve-a aos cientistas, quero saber se está fazendo algo ao meu filho para fazê-lo perder a cabeça.
Ral rugiu. —Não. Argernon se interpôs entre pai e irmão. —Deixe que seja examinada. Estará ao lado dela, Ral. Isto fará com que pai veja que não o enfeitiçou com seus métodos de outro mundo. Também pode fazer com que seu tradutor seja avaliado para ver se podem ser ajustados, assim outros Zorn além dos da nave possam entendê-la. Ral tinha dificuldade em respirar e evidentemente ainda estava furioso. Assentiu a Argernon com uma inclinação de cabeça. Seus olhos se voltaram para o pai. —Se tentar afasta-la de mim, pegaremos essa nave e iremos ao planeta de Ariel e me perderá para sempre. Ral agarrou a mão dela e se afastaram. Ela tinha que correr para seguir o ritmo de seus passos. Ariel deu uma olhada no rosto furioso de Hyvin Berrr antes que o perdesse de vista, seguiram à mulher Zorn para o centro médico. Ariel olhava ao redor, era bonito. A maioria dos edifícios era negra e o céu estava tingido de vermelho que lembrava o pôr de sol na Terra, só que todo o céu era vermelho claro. A terra era vermelha escura e a grama roxa. Aproximou-se de uma pequena ponte e parou. Ral parou junto com ela, seguindo a direção do olhar dela. —O que houve? —A água é de cor roxa escura. —De que cor é a água em seu planeta? —Basicamente é transparente, mas nossos oceanos são de cor azul. Ele esfregou sua mão na sua. —Parece bonito. —Estou alegre por poder respirar, estava um pouco preocupada com isso. Ral riu.
—Eu não, respiramos o mesmo. Vamos. A mulher Zorn estava esperando, seus olhos estavam fixos em Ariel. A mulher a olhava como se fosse um inseto, Ariel suspirou. Falou em voz baixa. —Não acho que sua gente goste de mim. —É diferente, mas é bonita de se olhar. Olhou-o nos olhos. —Acha isso? —Eles pensam o mesmo. Você é apenas diferente, nunca viram uma pele tão pálida antes. —O que ela está dizendo? — A mulher Zorn perguntou suave. Ral dirigiu sua atenção à mulher. —Ela acha que não a agrada, estava lhe explicando que você simplesmente tem curiosidade. A mulher olhou para Ariel e assentiu com a cabeça. —Ela pode nos entender, mas não podemos entendê-la, fala tão suave e estranhamente, mas é agradável ao ouvido. —Notamos isso. — Ral riu entre dentes. Dentro do edifício médico foram conduzidos ao segundo piso. A mulher sorriu a Ariel, que em sua opinião era um sorriso forçado. —Eu sou uma curadora, uma cientista. Entendeu? Sou Ahhu. —Ariel assentiu com a cabeça. A mulher parecia aliviada e se voltou para Ral. —Ficará para que possa traduzir? —Não vou me afastar de Ariel. —Pode tirar a roupa? Gostaria de examiná-la. Ariel ficou nervosa. —Agora me sinto como um inseto.
—O que é isso? — Ral arqueio sua sobrancelha. Encontrou seu olhar curioso. —Como um experimento científico. É uma descrição melhor? Ral a tomou entre os braços para lhe dar um abraço. —Sei que isto é difícil para você, Ariel. Sinto muito. Ela assentiu contra seu peito e deixou que a consolasse por um momento. Ariel se afastou. —Está tudo bem. — Tirou a roupa. Ahhu a olhava com sincera curiosidade. Ariel se ruborizou e viu como o olhar da mulher percorria cada centímetro dela. —Teve relações sexuais com ela. — Ahhu olhou Ral. —Correto? —Sim. Disse que estou vinculado a ela. Ahhu assentiu com a cabeça. —Como ela é fisicamente diferente de nossas mulheres? —Além de sua evidente beleza? — Grunhiu Ral. —Além disso. —Está tudo bem. — Suspirou Ariel. —Não fique bravo. Ral estava zangado, Ariel podia ver. Ral olhou à mulher Zorn. —Seu unis está na frente. —Não entendo. —Seu unis está na frente, exposto entre suas pernas quando as separa. Os olhos científicos da Zorn foram para Ariel. —Poderia vê-lo, por favor? Ariel sabia que Ahhu tinha que examiná-la, mas ainda assim sentia vergonha. Subiu sobre mesa de exame e abriu as coxas, mas fechou os olhos para não ver como seria a examinava. Quando sentiu uma mão seus olhos se abriram de repente e começou a mover-se
para afastar-se. Quando viu que era Ral quem a estava tocando relaxou imediatamente, ele separou seus lábios inferiores com os dedos para expor melhor seu sexo. Ral olhava fixamente nos olhos de Ariel. —Olhe, mas não a toque, Ahhu. — Ral avisou. —A está fazendo sentir-se incômoda e tem que tratá-la com o respeito que merece minha mulher. A mulher baixou a cabeça em um gesto de assentimento. —Certamente, Argis Ral. Ariel viu que Ahhu examinava cada centímetro exposto, a mulher pegou algo. Ral rugiu furioso. —Não. Ahhu se paralisou. —Queria documentá-lo. —Não vai ter um relatório da sexualidade de minha mulher para compartilhar com outros cientistas, largue isso agora. — Ele grunhiu. —Nenhum homem verá minha mulher assim, só eu. Ahhu pegou outro dispositivo eletrônico, aproximou-se para estudar o interior de Ariel, estava fascinada. —Sua cor é diferente. É rosa. —Também é mais suave em seu interior. — Ral deslizou a mão sobre ela, tampando seu montículo para cobrir seu sexo. —Já viu o suficiente. A mulher retrocedeu. —Pode ler sua mente? Algum tipo de habilidades como essa? —Não. — A mão de Ral abandonou seu montículo para ajudá-la a levantar. Entregoulhe a roupa e começou a ajudá-la a se vestir. —Não tem a capacidade de me controlar. Ahhu tinha o cenho franzido. —Então, por que se vinculou a ela?
Ral levantou Ariel da mesa para ajudá-la a ficar de pé. —Vê-la foi o suficiente, senti atração por sua frágil beleza, seu aroma é muito atraente e a desejei imediatamente. Quando estivemos a sós, cheguei a conhecê-la muito bem, soube que ela era minha para cuidar, soube que era a mulher com a qual queria estar vinculado. A cientista observava Ral. —Ela o agrada? Ral assentiu, agora que Ariel estava vestida, a ira de Ral pareceu se dissipar. —Mais do que tudo em minha vida. — Olhou pra baixo para Ariel. —Deixe que veja seu implante. — Olhou Ahhu. —Pode baixar o programa e carregar sua linguagem em nossos tradutores para que todos os Zorn possam entendê-la? Quanto tempo levaria isso? Ahhu se aproximou de uma parede e pegou outro dispositivo, depois se aproximou de Ariel. —Diga a ela para se sentar. Ariel se sentou. —Por favor, lembre a ela que posso entendê-la. Ral riu entre dentes. —Ela pode te entender, Ahhu. Você simplesmente não pode entendê-la. A mulher procurou o dispositivo no ouvido errado, Ariel desviou. —É este. A mulher se moveu e procurou no ouvido correto, leu a pequena tela e franziu o cenho olhando Ral. —Deixe-me vê-lo. Ahhu escaneou ambos os ouvidos de Ral e franziu o cenho. —Colocaram um novo implante em sua orelha esquerda, Argis Ral. Eu gostaria de remover o implante do outro mundo. Não sabemos o que sua tecnologia pode fazer, poderia ser perigoso.
—Não. Se o fizer não poderei entender Ariel. —Seu pai ordenou a retirada de todos os implantes do outro mundo. Não sabemos se contem dispositivos de rastreamento ou pré-disposições prejudiciais. Eles poderiam liberar veneno. —Quais são as probabilidades? A mulher vacilou. —Bem, lembre-se da história. Ariel franziu o cenho, encontrou o olhar de Ral. —Não seremos capazes de entender um ao outro, não é? —Não. Os tradutores Zorn, obviamente, não conhecem seu idioma ou seríamos capazes de entendê-lo. —Pelo menos permita que os retiremos para que façamos testes. Pode ser que sejamos capazes de baixar seu programa para adaptá-lo aos tradutores Zorn. — Disse Ahhu suavemente. Ral franziu o cenho. —Retire os outros implantes de nosso povo e teste com esses. —Todos devem ser retirados, Argis Ral. Juro que trabalharei muito para encontrar o modo de que nossos tradutores consigam entender sua mulher. Ral rosnou. Não houve tradução. —Deixe-nos a sós e feche a porta. Precisamos de algum tempo juntos. Ahhu assentiu. —Os Zorn resgatados estão chegando agora. Vou retirar seus implantes primeiro. — Saiu da sala. Ral olhou nos olhos de Ariel. —Temos que fazer isto. Ela poderia estar certa. Tivemos situações similares antes, quando alguns de nossos guerreiros foram capturados por espécies de outro mundo.
Introduziram implantes que liberaram veneno que matou a todos. Aconteceu, dias depois de terem fugido. —Mas estivemos viajando durante três semanas. —Estivemos a bordo de sua nave. Estamos fora do alcance de qualquer sinal que poderia ser enviado agora que estamos no planeta. É mais seguro se fizermos isso. Não vou pôr em risco sua vida ou a minha. —Compreendo. Ral se aproximou dela. —Não importa se podemos nos falar ou não. — A tomou em seus braços. —Sabemos o que há entre nós. —Nós sabemos. —Vou cuidar de você. Não será muito difícil para eles conseguirem um tradutor que funcione. Temos a nave Anzons, assim como seus programas. Encontraremos seu idioma e funcionará com nossos tradutores. Podemos fazer isso, juntos, Ariel. —Podemos fazer. — Repetiu ela, esperando que ambos tivessem razão. —Não se passará muito tempo antes que possamos voltar a nos entender. Ariel levantou a vista para ver dentro de seus olhos e tomou seu rosto com suas mãos. —Eu te amo. — Uma de suas mãos abaixou lentamente para seu coração. —Te amo tanto, Ral. — Tocou seu peito. Não estava certa de que seu coração estivesse no lugar onde tocou, mas havia escutado ali um ruído quando estava recostada sobre ele enquanto dormiam. —Meu coração é teu. Ral sorriu. —Estou apaixonado por você também, Ariel. Forçou um sorriso que não sentia, tinha um pouco de medo de não poder se comunicar com Ral por alguns dias. Ariel se perguntava se Ral também estava se fazendo de valente. Só tinha que ter um pouco de fé de que fariam funcionar de algum jeito.
—Só não me deixe comer coisas picantes que fazem minha boca queimar. Não vou ser capaz de entender quando me descrever minha refeição desta vez. Ele sorriu. —Lembrarei, vou cuidar muito bem de você.
Capítulo 7
Ariel odiava não poder falar com Ral. Depois que retiraram seus implantes, ele a levou para fora do prédio, onde um carro e um motorista os esperavam. Deixaram a cidade por uma área florestal. A casa de Ral se encontrava no limite da cidade. Outras casas estavam à vista, mas eram distantes o bastante para que tivessem privacidade. Ral tinha uma bela casa, embora as casas Zorn não fossem como as casas da Terra, eram construídas com pedras muito vermelhas. As paredes eram lisas ao tato, como se tivessem sido polidas. Tinham móveis de madeira, mas as cores não provinham de nenhum tipo de árvore que Ariel tivesse visto, com tons vermelho, púrpura profundo e até mesmo negro, o material do tecido nas poltronas e na roupa Zorn era grosso e suave como mescla de algodão. Ral deu um tour com Ariel por cada quarto da casa, sorrindo enquanto a levava ao último quarto grande. Ral grunhiu baixinho enquanto a levantava rapidamente em seus braços levando-a para a cama. Grunhiu de novo para ela. Ela sabia que ele estava falando, não estava só grunhido pra ela, mas não podia entendê-lo. Seus olhos se encontraram enquanto Ral a imobilizou embaixo dele, tocou sua garganta com o dedo e o passou por sua boca, rosnando pra ela.
—Quer ouvir como se escuta a minha voz enquanto falo sem o tradutor? Assentindo, Ral lhe sorriu. Tinha entendido o que estava lhe pedindo ou talvez só quisesse animá-la para que continuasse falando. —Eu adoro sua casa, é maior do que pensei que seria e amei os tons escuros. Nunca gostei muito do vermelho, nem conhecia tantos matizes desta cor, mas aí está e eu adorei. Nunca pensei que roxo poderia estar na casa de um homem hetero, mas não estamos na Terra. Definitivamente, o púrpura é um tom muito sexy em volta de um cara como você. Ral riu entre os dentes, nenhuma tradução foi necessária para esse som. Seus incríveis olhos brilhavam com diversão enquanto baixava a cabeça, roçou seus lábios contra os dela. Ariel envolveu seus braços ao redor de seu pescoço para aproximá-lo mais, era viciada no sexo com esse homem desde que o conheceu. Não tinham problemas comunicando-se quando se tocavam, ambos sabiam exatamente o que estavam dizendo enquanto o beijo se aprofundava. Desejavam-se. Um forte zumbido se ouviu, o corpo de Ral se tencionou interrompendo o beijo, e a contra gosto separou sua boca da dela. Grunhiu algo enquanto saía de cima dela. Deu um olhar faminto em seu corpo, levantou a palma da mão para ela e se voltou saindo do quarto. Ela ficou na cama como ele tinha indicado com a mão. Passaram-se alguns minutos até que Ariel escutou um ruído forte, como um vidro sendo quebrado, o que escutou a seguir foram rosnados. Saltou da cama para sair correndo do quarto. O pânico se apoderou dela, algo estava errado, deteve-se ao ver o que acontecia na sala. Ral se enfrentava com uma mulher Zorn irritada. A mulher era alta e musculosa, muito atraente. Cabelo castanho escuro caía por suas costas até os joelhos. Grande parte de seu corpo atlético era revelado pelo vestido que usava, com corte baixo no decote e alto nas pernas bem torneadas. Ambos não passaram despercebidos por Ariel. A mulher agarrou o braço de Ral com um grunhido e ele deu um tapa para afastar sua mão e grunhiu de volta algo que não soou bem. A mulher deixou cair a mão, e se olharam um ao outro. As fossas nasais da mulher se alargaram. Girou a cabeça violentamente em direção a Ariel para olhá-la. Ariel não precisou de um tradutor para compreender que a mulher a odiava, a raiva era evidente. A mulher rosnou e deu um passo na direção de Ariel.
Ral se interpôs em seu caminho e continuou rosnando para a mulher por um tempo. Por seu tom, Ariel sabia que estava zangado, era evidente que estavam discutindo. Ral apontou para a porta principal e grunhiu. Não, pensou Ariel, não precisava de um tradutor. A mulher estava furiosa por Ral estar com ela e porque ele queria a mulher fora da casa dele. Mas em vez de ir, ela se jogou sobre Ral que deu um passo para trás quando a mulher o atacou, agarrando-a pelos punhos que tentavam golpeá-lo, afastou a mulher para depois empurrá-la e ela aterrissou perto da porta acertando fortemente a bunda no chão. Ral grunhiu uma vez mais, apontando a porta principal. Ariel podia vê-la agora. A mulher lhe dirigiu um olhar enquanto rosnava em voz baixa, ficou de joelhos e agarrou a prega do vestido. Surpresa, Ariel viu como a mulher tirou o vestido por cima da cabeça com um puxão. Ao que parece às mulheres Zorn não usavam roupa de baixo porque a mulher estava completamente nua. As mulheres Zorn não eram tão diferentes, seus seios pareciam iguais, mas entre suas pernas eram ligeiramente diferentes. A mulher, obviamente, não tinha o muito necessário barbeador. Isto dava um novo significado à palavra peludo. Os olhos da mulher se focaram em Ral enquanto se jogou no chão ficando de quatro, grunhindo suavemente baixou sua cabeça, seus braços dobrados pelos cotovelos, inclinou-se até que os seios tocaram o chão e levantou o traseiro enquanto separava suas coxas cerca de trinta centímetros. —Ah, demônios, não! — Exclamou Ariel, surpresa. Novamente não precisava de um tradutor. A mulher estava se oferecendo sexualmente a Ral. Ral se voltou para Ariel e franziu o cenho. Ariel encontrou seu olhar e ele apontou para o quarto. Uma dor imensa atravessou Ariel. Ele iria aceitar a oferta dessa cadela? Ele queria que Ariel voltasse ao quarto, isso estava claro. Sacudiu a cabeça negando, sentia uma rajada de emoções, mas o ciúme e a dor eram os sentimentos mais fortes, ira e surpresa estavam em segundo lugar. Ral respirou profundamente e continuou franzindo o cenho. Apontou novamente para o quarto. —Vá à merda. — Disse ela suavemente, e novamente sacudiu a cabeça negando-se e cruzando os braços. —Se tocar nessa cadela, vou embora daqui. Ariel vacilou, apontou para a vadia e depois apontou para a porta. Apontou para ele e lhe mostrou a mão. Depois ela apontou para ele e depois para a mulher. E depois a si mesma e
à porta, esperava que ele entendesse o que estava dizendo, deixando escapar sua ira, ela grunhiu. Ral permanecia com o cenho franzido, parecia confuso. Ariel levantou a vista para olhá-lo nos olhos. Apontou para si mesma e depois pra ele, apontou para a mulher e depois para ele negando. Sabia o que queria dizer, esse movimento de cabeça era universal, seus olhos estavam cheios de lágrimas. Se ele tocasse essa mulher, o deixaria. Não lhe importava o que poderia lhe acontecer neste planeta. Não ia ficar com um homem que se deitava com outra mulher. O cenho de Ral suavizou, apontou a mulher negando com a cabeça. Ele tocou o coração e depois o dela. Suspirou enquanto seus olhos afastavam da vista dela para olhar a mulher nua inclinada no chão, grunhindo algo. Ariel observava a resposta da mulher, rosnou enquanto se levantava do chão. Via-se furiosa como o inferno quanto levantava o vestido. O pôs por cima da cabeça enquanto ficava de pé e grunhiu antes de se lançar sobre Ariel. Ral se moveu rapidamente e envolveu seu braço ao redor de Ariel tirando-a do alcance da mulher furiosa. Colocou Ariel atrás dele ainda rodeando-a com um braço e empurrou a outra para a porta com o outro. Ele grunhiu enquanto soltava Ariel. A mulher se jogou de novo sobre Ariel, mas Ral a agarrou pela garganta levantando-a do chão abriu a porta principal e a lançou para fora. Em questão de segundos a mulher tentava entrar de novo, mas Ral lhe fechou a porta na cara. Seus olhos azuis se encontraram com os de Ariel antes de avançar. Ariel ficou sem fôlego enquanto Ral a agarrava. Grunhiu suavemente enquanto a levantava e a levava para o quarto. Atrás deles, a mulher golpeava com força a porta. Tocava a irritante campainha uma e outra vez. Ral a ignorou enquanto carregava Ariel para o quarto. Voltou-se fechando a porta do quarto com um chute, quase silenciou a balburdia da mulher que batia contra a porta principal e tocava a campainha. Aproximou-se da cama depositando Ariel suavemente. Despiu-se enquanto Ral fazia o mesmo, o alívio tomou conta de Ariel, ele a queria. Tinha expulsado a chutes a outra mulher de sua casa. Ele subiu na cama e ficou de costas, sorriu grunhindo e tocou em suas coxas, lhe dando o olhar que ela conhecia muito bem. Sua posição favorita era com ela em cima, montando-o.
Colocou-se em cima dele, montando-o escarranchada mantendo sua ereção atrás dela. Ariel sorriu enquanto percorria, com a ponta dos dedos, o peito musculoso de Ral. O homem tinha um corpo que queria lamber e ela não hesitou em fazê-lo, baixou sua cabeça e começou com seu mamilo direito. Os gemidos também eram universais. Ral tinha a respiração pesada depois de um par de minutos, nos quais Ariel usara sua língua e dentes nele. Ral agarrou seus quadris, levantando-a, ela ofegou. Sempre se surpreendia por sua força enquanto lentamente a baixava sobre seu corpo para que assim estivesse corretamente sobre seu pênis. Abriu as pernas um pouco mais, estava molhada e pronta para que ele a penetrasse. Jogou a cabeça para trás gemendo enquanto estabelecia o ritmo quando estava profundamente dentro dela. A sensação era incrível. Ariel montou Ral lentamente, girava os quadris enquanto se movia para cima e para baixo sobre ele de forma que cada polegada de sua grossura acariciava seus nervos internos, levando-a cada vez mais perto ao êxtase. Olhou-o fixamente sem afastar o olhar. Ral percorreu com suas mãos todo seu corpo chegando até ao V entre suas coxas para acariciar seus clitóris com os dedos, acariciou a sensível protuberância enquanto ela gemia. Podia até imaginar o que ele estava pensando. Certamente pensava que estava muito molhada e apertada. Sabia que ele adorava a forma como seu corpo o rodeava enquanto seu pênis entrava e saía, apertou ainda mais seus músculos internos enquanto se movia mais rápido. Ariel veio com um grito, o clímax a alcançou quando Ral esfregou seu clitóris mais rapidamente com os dedos, exercendo mais pressão. Ral empurrava e vibrava dentro dela enquanto explodia, ela se deixou cair sobre seu peito. Com suas mãos, Ral acariciava suas costas percorrendo-a de cima a baixo. Ariel amava a textura áspera da mão dele sobre sua pele nua e estremeceu. Ele começou a endurecer novamente dentro dela, era impressionante seu tempo de recuperação. Os homens Zorn se pareciam muito com os homens humanos em muitos aspectos, mas ao mesmo tempo eram muito diferentes. Ral tinha a resistência de pelo menos cinco homens humanos. Ele suavemente virou-a até colocá-la embaixo dele. Ariel sorriu pra ele. —Amo você. Ral a olhou e inclinou a cabeça. Ariel tocou seu coração e depois o dela. Um sorriso se desenhou em seu rosto, moveu seus quadris e então a penetrou com movimentos rápidos e
ferozes. Ariel envolveu suas pernas ao redor de sua cintura para que seus tornozelos se prendessem sobre seu traseiro, enquanto se movia se agarrou a ele e rodou seus quadris enquanto ele a penetrava profundamente. O êxtase fluía através de seu corpo, seus músculos internos tremiam ao redor de seu pênis, gritou de novo minutos depois, gozando intensamente. Ral a seguiu e desabou sobre ela, tomando cuidado para não esmagá-la. Beijou-a no pescoço com um grunhido suave. Ariel tinha que admitir que quando ele grunhia tinha o mesmo efeito em sua pele ao excitá-la como se estivesse sussurrando palavras de amor, acariciou seu cabelo enquanto seus dedos deslizavam em meio a sua espessa cabeleira. Adorava seu cabelo comprido, nunca pensou que acharia o cabelo comprido sexy em um homem, mas tudo o que se relacionava com Ral a agradava. Ele saiu de Ariel, lhe sorriu enquanto estendia a mão para ajudá-la a levantar-se da cama, levou-a em silencio para a ducha onde se banharam juntos. Adorava banhar-se com Ral e a ele parecia apreciar muito percorrer seu corpo com as mãos ensaboadas. Ariel compreendeu que se tocavam com algo mais do que só o desejo de se limpar. Seu corpo se aquecia e riu quando viu como Ral, obviamente, se excitava. Deixou suas mãos ensaboadas vagarem pelos músculos de seu estomago riscando um caminho até que sua mão agarrou sua carne dura que apontava para ela. Ambas as mãos se fecharam sobre ele e o explorou com seus dedos. Ral se escorou contra a parede e seus olhos se entrecerraram com luxúria. Ariel via sua expressão enquanto o esfregava e deixou que suas unhas aranhassem suavemente suas bolas. Ral fechou os olhos e deixou escapar um gemido, jogando a cabeça para trás. Seus lábios se abriram e ela pôde ver seus dentes afiados. Esses dentes uma vez a tinham assustado, agora conhecia a maravilhosa sensação que produziam quando os tinha sobre sua pele. Ral explodiu com um rugido, sacudindo-se pela intensidade de seu gozo. Ariel lhe sorriu quando finalmente abriu os olhos, seu sorriso era amplo e feliz enquanto a olhava fixamente, aproximou-se e tomou seu rosto com ambas as mãos. Baixou a cabeça para roçar seus lábios contra os dela. Vestiram-se no dormitório. Enquanto se vestia, a irritação se apoderou dela, já que a Zorn que estava lá fora não havia se rendido. Ainda se ouvia a campainha da porta acompanhada ocasionalmente pelos
golpes dos chutes ou socos que a mulher dava na porta. Ral observou Ariel, ele tocou no seu coração e depois no dela. Saiu do quarto, Ariel o seguiu. Ariel se surpreendeu quando viu Ral abrir a porta e colocar-se de lado. A mulher irrompeu na sala grunhindo para Ral. Seus olhos escuros se entrecerraram. O ódio brotava de suas vísceras enquanto lançava um olhar a Ariel. A mulher, então, voltou à cabeça na direção de Ral, quando lhe falou baixinho. O olhar dele se voltou para Ariel tocando-se no peito e depois a apontou. Estava lhe dizendo que a amava. Ariel franziu o cenho e seus olhos se voltaram para a mulher. Se ele a amava, então por que diabos, estava permitindo a entrada dessa mulher em sua casa? A mulher se ajoelhou e começou a tirar seu vestido de novo. A ira atravessou Ariel. Se Ral pensava que podia ter ambas, estava prestes a dar-se conta da realidade. Ariel sairia pela porta principal, ela iria embora. Não lhe importava o que seu povo fizesse contra ela, provavelmente terminaria no centro médico como um coelhinho da índia, mas seria melhor que ver Ral tocar em outra mulher. Viu como Ral franzia o cenho quando passava por ele. Abriu a porta da frente, saindo furiosa, e a fechou com uma batida. Ficou olhando ao redor. Tudo lhe era estranho em Zorn, quase tudo era vermelho. Começou a caminhar para a rua, lutando para conter as lágrimas. Ral a tinha levado ao seu mundo, negou-se a devolvê-la para seu lar e agora a descartava. Talvez descartar não fosse a palavra correta, admitiu. Ele não tinha lhe pedido para ir embora, só trouxera uma mulher nua para suas vidas. Ouviu um rugido, segundos antes que a porta se abrisse atrás dela. Ariel não se virou. Não ia correr, ainda que estivesse com um pouco de medo. Ral parecia estar realmente furioso. Bem, sentia-se terrivelmente mal, pensou. Estava ferida por suas ações e furiosa com ele, ela não era do tipo que compartilhava. Seria condenada se ficava com o filho de uma cadela que metade do tempo estaria com ela e a outra metade com outra. Conseguiu chegar à rua antes que Ral a agarrasse pelo braço e a fizesse se voltar para ele. Ariel viu a confusão e a raiva no rosto dele, ele falou com ela. Ariel encolheu os ombros. —Não entendo uma merda do que está dizendo e sei que também não me entende, mas vá para o inferno. Não vou ficar lá enquanto transa com outra mulher. Vá se ferrar, amigo.
Estou fora daqui. Não me olhe desse jeito, não sou eu a que tem um homem nu de joelhos em minha casa. Seu idiota! Ral estava malditamente frustrado. Ariel puxou com força a fim de soltar o braço, enquanto dava a volta para começar a caminhar de novo. Ral rugiu de raiva e a agarrou de novo pelo braço. Tudo o que Ariel pôde fazer foi ofegar enquanto a girava e a colocava sobre seu ombro. Dois braços fortes se fecharam ao redor de suas coxas enquanto ele retornava furioso para a casa. Tinha deixado à porta principal completamente aberta. Com delicadeza a desceu ao chão da sala. Ariel olhou em volta, uma vez que estava de pé, a cadela ainda estava de joelhos no chão, nua e, obviamente, à espera de Ral. Ele olhava fixamente Ariel enquanto tocava no seu coração e então acariciou o peito de Ariel com a ponta dos dedos. —Você me ama? Quer que me lembre de que estamos vinculados? Que diabo significa isso? Maldito seja, Ral! — Apontava para a Zorn nua no chão e sacudiu a cabeça negando enquanto continuava gritando. —De nenhuma maldita maneira terá a ambas, imbecil. Se foder qualquer pessoa, seja a versão do seu mundo de um relacionamento, então pode esquecer. Deixe que seu pai desfaça o vínculo. Não ficarei. Ral grunhiu suavemente, deu a volta e caminhou para um dispositivo de comunicação na parede. Era como um telefone sem fio amplificado o escutava falar com alguém, já que o dispositivo estava no viva-voz. Falava com uma mulher, minutos mais tarde parecia extremamente frustrado. Seus olhos foram para Ariel, enquanto realizava outra chamada desta vez com um varão. Quando acabou, olhou para a mulher nua. Ele lhe rosnou algo. Seja lá o que disse, não deixou a Zorn muito feliz, lançou um olhar assassino a Ariel e finalmente se levantou, colocando o vestido de novo. Ral iria jogar a mulher para fora. Finalmente deve ter compreendido a mensagem "se tocar nessa mulher vou embora daqui". Entretanto a mulher não se foi, mas se dirigiu à cozinha. Ariel apertou os dentes. Ral se moveu para ficar de frente a ela, franzindo o cenho. Seus olhos se suavizaram enquanto lhe esfregava os braços com suas mãos grandes e quentes, era um gesto reconfortante. Ariel não sabia que diabo estava acontecendo, mas não estava nem um pouco feliz. Olhou pra cima, para olhar Ral antes de sacudir-se para sair de seu abraço. Ele franziu o cenho e se aproximou dela novamente, sua mão era gentil enquanto a pegava pelo braço.
Levou-a para a porta da frente, a surpresa a percorreu transpassando-a. Agora ele ia pô-la para fora? Acabara de persegui-la e trazê-la de volta para agora jogá-la na rua. Abriu a porta principal e ambos saíram, fechou a porta atrás deles. Dirigiu-se com ela à rua, viu um veículo se aproximando. A dor a atravessou. Ral iria se desfazer dela imediatamente, o veículo chegou e Ral continuava segurando seu braço enquanto abria a porta traseira e a empurrava com suavidade para o interior do veículo. Ariel lutou contra as lágrimas enquanto entrava, sentou-se rigidamente e então ficou boquiaberta quando Ral a empurrou para lhe dar espaço, ele subiu com ela. Fechou a porta, fechando-os juntos. Ariel o olhou sem nenhuma ideia do que estava se passando, ele não estava se desfazendo dela. Ele tocou seu coração e depois o dela, puxou-a para seu colo para abraçá-la enquanto falava com o condutor, o veículo avançou. Ariel se aconchegou sem ter ideia para onde iam, mas estavam juntos. Sentia-se aliviada por não estar se desfazendo dela também, estava confusa, zangada e queria respostas. Ral a abraçava enquanto percorriam o caminho de volta à cidade. Quando estacionaram, reconheceu o edifício, o condutor se deteve em frente ao edifício médico. Ral a levantou de seu colo para sair do veículo e lhe estendeu a mão. Ariel a tomou, esperava que tivessem seu tradutor pronto, realmente precisava falar com o Ral. Dentro viu outros Zorn, Ral manteve seu braço nela e avançou pelo corredor. Viu Ahhu caminhar a seu encontro. Ahhu sorriu para Ral, mas dirigiu um olhar sombrio a Ariel. Ral grunhiu com a mulher, e esta lhe devolveu o grunhido. Ariel não entendia nada, mas desejava poder entendê-los para saber o que estava acontecendo. Ahhu se virou, Ral abraçava Ariel com força enquanto ambos seguiam a mulher Zorn. Ahhu mostrou-lhes uma nova sala de exames. Ariel observava à mulher caminhar até o que parecia ser um computador. Ral fechou firmemente a porta atrás deles, trancando os três na sala, falou com a mulher enquanto trabalhava no console. Finalmente Ahhu se voltou para eles. —Pode me entender agora? — Dirigiu o olhar a Ariel. Ariel se encheu de alegria.
—Sim! Ral sorriu. —Também podemos lhe entender, senti falta de suas palavras. —Este é programa do tradutor que nós extraímos. — Explicou Ahhu. —O conis o reproduz para nós. Ainda não conseguimos resolver completamente o dispositivo, assim ainda não temos um novo implante para lhe dar, mas aqui podem conversar. Os olhos de Ral percorreram Ariel e depois se voltaram para a outra mulher. —Ahhu, precisamos ser capazes de nos entender todo o tempo. Isto está nos causando problemas. —Posso copiar o programa para que o execute em algum cômodo de sua casa para se comunicarem. É difícil adicionar um programa estranho a nosso implante tradutor, porque não o reconhece. A única razão pela qual esta funcionando no conis é porque ele executa quase qualquer tipo de programa. —Conis? — Disse Ariel em voz baixa. Ahhu apontou para o equipamento de computador. Ariel assentiu. —Entendo. — Ela se dirigiu a Ral. —Tem um conis em casa? Não me lembro de ter visto um. —Posso conseguir um. — Ele olhou Ahhu. —Deixe-nos, por favor. Consiga-me uma cópia do programa e diga a Abroo que preciso de um conis imediatamente para levar pra casa. Ahhu vacilou. —Enquanto estão aqui, preciso realizar mais exames. —Não. Grunhiu Ral. —Seu pai os ordenou, Ral. Está muito preocupado. Ral grunhiu de novo, não houve tradução, mas lhe deu a impressão de querer dizer "estou muito zangado”. —Não precisa se preocupar.
—Está muito preocupado. Permita-me realizar os exames, não pode fazê-lo mudar de opinião tão facilmente. Ordenou que as espécies de outros planetas abandonassem o nosso, Argis Ral. Poderia ordenar que ela partisse também. Deixe-me fazer os exames para provar a ele que não há perigo para sua saúde e bem-estar. A raiva invadiu Ral. —Ordenou a nossos homens que renunciassem às suas mulheres vinculadas de outros planetas? Ahhu vacilou. —Nenhum deles estava vinculado com essas mulheres, Ral. Só você se vinculou. Eles só compartilharam sexo. Os outros homens renunciaram facilmente a essas mulheres. Estão trabalhando para encontrar os planetas aos quais pertencem para devolvê-las. —Não vou renunciar a Ariel. Se ele ordenar que saia de nosso mundo, então irei com ela, deixe-nos. — Ele fez uma pausa. —Que exames terá que fazer agora? Não permitirei que seja ferida de maneira nenhuma. Ahhu se dirigiu a um gabinete e pegou algumas coisas antes de pô-las sobre a mesa, olhou para Ral. —Seu pai exige que me assegure de que não tem controle sexual sobre você. Preciso de seus fluidos sexuais para realizar testes e me assegurar de que não estão funcionando como droga em seu sistema. Também vou precisar de seus fluidos sexuais para examinar e ver se seus fluidos misturados aos dela causam alguma reação em seu próprio corpo. Ral grunhiu. —Bem. —Não podem misturar os fluidos. Isso será um problema? — Os olhos de Ahhu se dirigiram a Ariel. —Ela tem fluídos? —Sim, saia. Ocupar-me-ei das provas, feche a porta ao sair. Ahhu assentiu e saiu da sala, ouviu-se um forte clique do outro lado. Ral suspirou enquanto se virava, toda sua atenção concentrada em Ariel.
Capítulo 8
—Por que tentou sair de minha casa? O que fiz que para se irritasse tanto? Ariel cruzou os braços sobre os seios enquanto o olhava. —Não entendo. Pensei que o vínculo significava lealdade, não permitirei que transe com outras mulheres. Irei embora, Ral. Se tocar em outra mulher, juro que irei. Ele inclinou sua cabeça. —Já vejo. —Você vê? É tudo o que tem a dizer? Deixe-me lhe dizer algo, Ral. Eu sou humana, você é Zorn, sei que há algumas diferenças, mas não vou ficar com um homem que tem relações sexuais com outras mulheres. Não vai acontecer, se quiser foder essa vadia... Essa mulher... Vá em frente, faça-o. Mas não me tocará, nunca mais. —Isso não era um problema quando éramos prisioneiros, as mulheres eram poucas. Mas em meu mundo é aceitável que um homem tenha relações sexuais com várias mulheres. Eu não a convidei à nossa casa. Meu pai a enviou, ele quer que me vincule a ela em seu lugar. Mas eu lhe disse que não estava interessado, não desejo estar com ela, Ariel. —Deixou que ela voltasse depois de tê-la expulsado, ela tirou o maldito vestido e você não fez nada para ela o pôr de novo. —Alguns de minha espécie ficam nus em casa. Não é uma coisa incomum ou desconhecida. —Ela vai ou vou eu, Ral. É simples assim. Você realmente me feriu só em considerar. — Ela se afastou dele para olhar pela janela. —Realmente me machucou. Como se sentiria se eu tivesse sexo com outro homem?
Ral rosnou e em questão de segundos a estava tocando, a pegou pelos braços para virá-la. —Mataria. —É assim como me sinto, maldição. Sabe? A raiva que sente agora mesmo quando pensa em outro homem me tocando é a mesma raiva que eu sinto quando penso em você com outras. —Nossa cultura é diferente, mas entendo. — Seus olhos se suavizaram. —Prometo não tocar em nenhuma outra. Não era minha intenção fazê-la sofrer, Ariel. Não quis te machucar, não a quero e lhe disse que não. Você é a única que quero em minha cama. Simplesmente não pensei que considerasse ofensivo que a mulher estivesse nua. Agora que sei, não haverá mais mulheres nuas em nossa casa. Ariel olhou-o séria. —Desejou ter sexo com ela? Ele não afastou o olhar de Ariel. —Não, lhe disse que não e o digo a sério que você é a única que me põe duro, Ariel. É diferente das mulheres de meu mundo e sou viciado nessas diferenças. Poderia tocar outra mulher, mas não sentiria nada... — Ele vacilou. — Não merecem meu tempo ou meu interesse. Fui o suficientemente claro para que me entendesse? É à única mulher que quero tocar. —Ela vai embora? Ele vacilou. —A deram pra mim, se pô-la para fora não teria onde viver, não teria o que comer ou poderia ser machucada por estar desprotegida. Seria cruel. —Então a dê de presente para alguém, não a quero conosco. Acariciou lhe a bochecha. —Vou dá-la a alguém, é um bom plano. Precisamos de ajuda em casa, mas vou encontrar a uma mulher mais velha para que viva em um quarto da casa e se encarregue das tarefas do lar. Assim não terá que se preocupar se eu queira ter sexo com ela. Além disso, as mulheres mais velhas não andam nuas pela casa. Têm muito frio.
—Não tinha ajuda antes. Seu sorriso se desvaneceu. —Tinha, mas me desfiz dela antes de te levar pra casa. Ariel o olhou, ele desviou o olhar e, em seguida, voltou a olhá-la. Parecia um pouco envergonhado. —Tinha duas mulheres com as quais compartilhava minha cama, não quero deixa-la zangada ou magoá-la, mas antes de você, não estava vinculado. Tenho um forte apetite sexual, sabia que teria problemas se não as desse a um de meus irmãos. Não ficaram muito felizes quando as joguei de minha cama para compartilhá-la só com você. Não tenho a intenção de ter sexo com outras desde que estou vinculado a você, Ariel. Arruinou-me para as outras mulheres. Ela sorriu. —Perfeito. Ele se pôs a rir. —Ter ajuda em casa será bom, não sabe como fazer nossa comida. E não quero que vá às compras, ficaria preocupado e são as mulheres que fazem as compras. Temos um sexo sem igual, mas morreríamos de fome. —Não podemos permitir isso. —Está bem sabendo que tive duas mulheres antes de você? —Não estou muito emocionada, mas estou feliz por se desfazer delas. — Aproximouse mais dele para que estivessem peito a peito. Abriu-lhe a camisa para acariciá-lo. —No entanto, falo sério, se tocar outra mulher te deixarei, Ral. Serei fiel a você, mas espero que você também seja. —Essa é uma promessa que facilmente posso fazer. Ariel sorriu. —É um acordo então. — Ela hesitou. —O que exatamente nos faz estar vinculados? É como uma cerimônia?
—Eu não sair de você. —Não entendo. —Dei-lhe minha semente, eu a plantei dentro de si. —Oh. — Ela franziu o cenho. —Nunca fez isso com as outras mulheres? Quero dizer, realmente? —Não. Nós saímos antes de derramar nossa semente, não faço isso com você. Derramo minha semente profundamente em seu corpo, isso nos faz estar vinculados. — Sua mão esfregou seu ventre. — Você bebeu minha semente também. Nossas mulheres não fazem isso, elas se afastam antes que a derramemos. Disse-lhe que não me tomam dentro de sua boca, mas de qualquer forma o fez. — Ele sorriu amplamente — É incrível. —Então é isso que nos faz estar vinculados. Ele assentiu. —Está vinculada a mim, estou lhe oferecendo meus filhos com minha semente. —Se for capaz de ter filhos com você. Assentiu com a cabeça. —Se puder, o tempo nos dirá se é capaz de ter minha semente plantada dentro de você. A ideia de ficar grávida de Ral não a assustava, embora devesse. Ariel lhe sorriu. —Estou contente por podermos conversar. —Quando sairmos, levaremos o programa e me darão um conis para que possamos nos comunicar em nosso dormitório. —Esse é o único lugar no qual não precisamos conversar. — Ela riu. —Vamos pegar as amostras e sair daqui. — Ele recuou e Ariel o soltou. —Dispa-se e se deite. — Ariel olhou a sala de maneira incômoda. —Não seremos interrompidos. Ariel tirou a roupa. Ral fez o mesmo, ela olhou a maca de exames com um sorriso. —É um pouco pequena para nós dois.
—Só um de nós tem que caber nela, querem nossos fluidos. —Ele estreitou o olhar. —Te farei ficar muito molhada e pegarei uma amostra para eles. Você pode me pôr em sua boca para recolher minha semente, a avisarei antes de gozar para que possa afastar-se. —Quem vai primeiro? — O olhar de Ariel percorreu seu corpo musculoso e nu, adorava ver cada polegada dele. Seus olhos baixaram até sua ereção grande e ela sorriu. — Você está muito ansioso. Deveria ser o primeiro? —Não, só ficarei duro com seu sabor outra vez e vou desejá-la depois. Ariel sorriu largamente. —Bem. — Pegou um travesseiro da maca, deixou-o cair no chão e ficou de joelhos sobre ele, moveu seu dedo para ele. —Venha aqui. Ral moveu-se para frente de Ariel que se apoderou de seu pênis para aproximá-lo mais, envolveu uma mão ao redor de sua carne dura e com a outra massageava com suavidade seus testículos. Ral gemeu. —Você primeiro. — Ele acariciou seu rosto. Ela sacudiu a cabeça. —Você primeiro, depois será minha vez. —Sempre a desejarei. —Vamos coletar as amostras e depois poderá me tomar. Ariel viu como o forte desejo mudava o olhar de Ral, seu pênis cresceu em sua mão. —Boa ideia. —Tenho meus momentos. Então, onde está esse copo de coleta? Ele se deu a volta para alcançá-la, a levantou, abriu o recipiente e o colocou na maca a trinta centímetros de Ariel, ela baixou sua cabeça abrindo a boca. —É assim que fazem as mulheres Zorn? — Lambeu a dura pele da parte superior da cabeça do falo. —Sim. — Gemeu ele. —É tão bom.
—Diga-me como você gosta mais. — Ela abriu a boca amplamente para introduzir Ral, tomando-o dentro de sua boca, relaxou sua mandíbula e o levou mais fundo. Deixou que sua língua o tocasse rapidamente e percebeu que sua língua só podia estimular a parte inferior dele. A parte superior de sua boca esfregava seu ponto mais sensível, Ral grunhia enquanto seus dedos agarraram os lados de sua cabeça. —Isso é tão bom. Gosto disso, é muito melhor. Ariel levantou seu olhar para ele enquanto o tirava de sua boca. —Tenho uma ideia melhor. Quero tentar algo. Ele arqueou uma sobrancelha. —O que quer tentar? Usando seus braços se impulsionou para levantar-se. Ela riu de seu olhar confuso. —Deite-se de costas para mim. Ele subiu à maca parecia um tanto nervoso, mas o fez. Ariel pôde salvar o copo de amostra quando sua perna nua o golpeou e derrubou. Ral relaxou seu corpo enorme para baixo, assim estava de costas. Virou a cabeça para olhá-la. —Quer deitar-se sobre mim? Ariel negou e subiu à mesa com ele. —Quero experimentar uma nova posição e não quero que tente me segurar de pontacabeça, isso vai funcionar. — Ela o montou ao contrario, assim que seu traseiro estava de frente para ele e avançou de novo até que se encontraram fazendo a posição sessenta e nove. Os joelhos de Ariel terminaram perto das axilas dele. Ral grunhia, suas mãos grandes tremiam ligeiramente quando se apoderou das coxas dela. —Senhor das Luas, Ariel. Adoro esta vista de você. — Suas mãos deslizaram por suas coxas até obter uma vista melhor de sua vagina. Um de seus polegares roçou seus clitóris. Ariel gemia. —Ah, isso. Toque-me, mas lembre-se de não me fazer gozar. Depois me diga como se sente.
Ariel o tomou em sua boca. Desfrutava da textura dura de seu hais enquanto o esfregava, degustando seu sabor enquanto o atormentava com sua língua. Ele tinha o présêmen que tinha o gosto de doce. Ela gemeu enquanto apreciava o sabor. Chupou, levando-o um pouco mais profundo dentro de sua boca, movendo sua língua sobre seu hais para tirar mais doce dele. A mão em sua coxa a apertou quase dolorosamente enquanto Ral gemia em voz alta. Seu corpo se esticou debaixo dela, seu polegar acariciou mais fortemente seu clitóris parando ali antes de deslizar mais acima, empurrou o polegar em sua vagina, estava penetrando-a com o polegar segurando-a por dentro para roçar o seu ponto G. Ariel gemeu contra seu pênis. Ral rugiu. Não estava certa de que era possível pôr-se mais duro, mas o impossível aconteceu. Sentiu como seu falo quente aumentava enquanto continuava a acariciá-lo com a boca. Seu eixo já rígido tomava a consistência do aço. Sabia que não ia durar muito mais tempo, os músculos inferiores de seu abdômen começaram a tremer contra seus seios. Fez um ruído que parecia um gemido. Ele retirou o polegar de seu corpo para agarrar suas coxas com as duas mãos. Ariel o soltou, voltou a cabeça sobre seu ombro e levantou a parte superior do corpo para ver por cima de sua bunda. Ral tinha os olhos fortemente fechados e seus lábios muito abertos. Seus afiados dentes estavam expostos, parecia estar com muita dor. —Estou machucando você? Oh, Ral. Sinto muito. Ele levantou a cabeça abrindo os olhos de repente. O azul de seus olhos estava tão obscuro que pareciam ter perdido seu brilho. —Não me machucou. Senhor das Luas. Mas precisa parar, estou no meu limite. O que estava fazendo é tão bom que perco o controle facilmente. Quase gozei em sua boca e aconteceria se não tivesse parado. O alívio a invadiu pensou que o tinha ferido. Riu. —É muito? –É muito bom para descrevê-lo. Faz-me querer gozar rápido. —Está bem. Então façamos como antes. —Não, apenas prepare-se. Estou pronto para gozar.
Alcançou o pequeno frasco de coleta e lambeu a ponta de seu pênis, estimulando a ponta em forma de cogumelo, ele estremeceu debaixo dela. Ariel o colocou dentro da boca usando sua língua e seus lábios, sugo-o um pouco. Ral gemeu. —Agora. Tirou-o de sua boca para colocar o frasco, bem na hora, para apanhar sua semente. Coletou a maior parte, fechou a tampa do recipiente. Ral ainda estava duro, ela abriu sua boca e o lambeu como um sorvete. Fechou os olhos. Tinha o gosto de algodão doce derretido, era melhor que sobremesa. —Senhor das Luas. — Sussurrou Ral. —Pare Ariel, não posso suportar mais. — Seu corpo musculoso estremeceu. —Faz que me sinta tão bem que quase dói. Soltou-o de sua boca movendo-se com cuidado para que o frasco da amostra não caísse. Viu o rosto dele enquanto se levantava da maca, estava ruborizado. Tinha um sorriso bobo nos lábios quando se sentou. —Estou apaixonado por você. — Disse suavemente. —Acaba de me lembrar dos bons momentos. Este é um desses momentos. Ariel pôs a frasco de coleta na mesa e se sentou na outra maca. Virou-se para ele sorrindo. —Temos uma das amostras. Onde me quer Ral? Ral desceu da maca para chegar até ela, Ariel sempre se assombrava com sua força enquanto a levantava nos braços. Estavam quase na mesma altura quando ele lhe plantou um beijo terno e então se moveu para recostá-la sobre a maca, soltando-a, se endireitou e caminhou para a borda da maca para depois agarrá-la pelos tornozelos. Sorria enquanto lhe dava um puxão arrastando-a até que seu traseiro estava na beirada da maca, soltou seus tornozelos. —Abra-se completamente para mim. Ariel abriu suas coxas e se inclinou agarrando-se aos seus joelhos. Viu como os olhos dele observavam cada centímetro de seu corpo. Nunca antes estivera tão consciente sobre si mesma, mas agora estava. A expressão de Ral a excitou. Lentamente caiu de joelhos e suas mãos grandes começaram a acariciar o interior de suas coxas.
—Fico duro quando a vejo assim, está tão rosada e úmida para meu toque. Fico tão duro pelo aroma e o sabor de sua excitação. Está pronta para mim. —Sempre para você. — Ela sussurrou. Ral abaixou sua cabeça, Ariel fechou os olhos enquanto ele deslizava suas mãos ásperas sobre suas coxas e com seus dedos abriu os lábios vaginais para ter uma melhor visão. Hesitou por um momento antes que sua boca descesse. Com o primeiro toque de sua língua Ariel gemeu em voz alta. Ral não teve piedade, sua língua encontrou imediatamente seu clitóris lambendo-a com golpes fortes. O prazer atravessou seu corpo. O homem talvez não soubesse o que era um clitóris quando a conheceu, mas tinha aprendido a manipulá-lo como um profissional. Chupava e lambia, uma de suas mãos se moveu e ela empurrou seus quadris enquanto ele introduzia um dedo em seu interior, colocou mais outro dedo e os torceu dentro dela para encontrar o lugar correto. Ariel gemeu fortemente quando Ral começou a bombear dentro dela com movimentos rápidos, enquanto sua língua lambia e excitava seus clitóris. Ariel gritou, não ia aguentar muito tempo mais. Ele sabia muito bem como tocá-la, estremeceu debaixo dele, ele não se deteve. Seus dedos se moviam cada vez mais rápido, quando ele ainda sugava seus clitóris teve um dos orgasmos mais intenso de sua vida. Ele continuou atormentando-a até que lhe pediu para parar. O prazer estava se convertendo em dor, ele parou imediatamente, levantou o rosto enquanto ele lentamente retirava seus dedos. —Quero-a agora. — Ele grunhiu. Ariel abriu os olhos, viu como Ral se virava para pegar uma das coisas com forma de cotonete que Ahhu tinha deixado. Ele encontrou seus olhos e depois se abaixou até seu sexo exposto, utilizou o cotonete rapidamente antes de colocá-la em um saco de recolher amostras, jogou em cima da pequena mesa, suas mãos se apoderaram dela. Ariel ficou sem fôlego quando ele a levantou da mesa, ela o envolveu com seus braços e pernas enquanto era erguida, ficaram cara a cara. Seus olhares se encontraram durante uns segundos. Ral grunhia profundamente em sua garganta enquanto a beijava. Foi um beijo selvagem com tanta paixão que quase paralisou Ariel. Ela gemeu quando um de seus dentes lhe raspou o lábio inferior. O sabor de seu sangue estava entre eles, isto parecia excitar Ral aumentando sua paixão. Colocou uma mão entre seus corpos para guiar seu pênis. A cabeça
pressionou contra sua entrada que estava empapada, enquanto ele esfregava para cima e para baixo contra sua passagem estreita em movimentos ardentes que a excitavam cada vez mais. Esperava que ele entrasse rápido e forte, mas ele a penetrou lentamente enquanto deslizava profundamente em seu interior. Ela gemeu dentro de sua boca. Os braços dele mudaram de posição para lhe agarrar o traseiro com ambas as mãos, interrompeu o beijo para olhá-la nos olhos. —Diga-me se a machucar. — Ele grunhiu. Ariel assentiu. Ral começou a mover-se, rápido e duro. Ariel deixou cair à cabeça contra seu ombro. Gritou pela maravilhosa sensação de ter Ral em seu interior que a enchia e a fazia se sentir incrível enquanto esfregava cada um de seus terminais nervosos, moveu-se mais rápido dentro dela enquanto suas mãos se agarravam a ele. Não doeu, era tão bom, seus gemidos se converteram em soluços de prazer. Seu corpo começou a tencionar-se e então sua boca se abriu sobre seu ombro. Ela o mordeu, gritando contra sua pele enquanto gozava intensamente. Seus músculos internos enlouqueceram apertando seu pênis fortemente. Ral jogou a cabeça para trás, rugindo enquanto gozava. Estremeceu violentamente enquanto derramava seu esperma dentro dela. Ariel se deu conta que ainda estava mordendo-o. Soltou-se de seu agarre e abriu os olhos, viu as marcas de seus dentes em sua pele, por sorte não o fizera sangrar. Levantou os olhos e encontrou com os de Ral, que estava sorrindo. —Senhor das Luas, Ariel. Nada se compara com você. —Uau —O que significa isso? —Incrível. Maravilhoso. Impressionante. Amo você. Ele se pôs a rir. Seu olhar baixou até sua boca e seu sorriso desapareceu. —Fiz seu lábio sangrar, sinto muito. Está um pouco inchado. —Estou bem, não se preocupe, eu também o mordi. Estou feliz por não ter feito sangrar. Ele encolheu os ombros.
—Não teria me importado se o fizesse. Seria uma honra ser marcado por seus dentes. — Seu olhar se dirigiu à sua boca e riu. —Mas seus dentes são muito delicados para causar algum dano a minha pele. — Abriu sua boca para lhe mostrar seus dentes afiados. — Precisa de uns como os meus. Ariel negou com a cabeça enquanto sorria. —Teria te machucado se tivesse dentes como esses. Ele soltou seu corpo, sem deixar de sorrir. —Agora devemos nos vestir. Quero levá-la para casa. —Quero ir para casa com você. —Não haverá outras mulheres, Ariel. Prometo. Ela o olhou nos olhos. —Partiria meu coração. —Entendo. Se você me deixar, também partiria o meu.
Capítulo 9
A mulher que Ral arranjara era muito melhor que a anterior. Ariel sorria à anciã Zorn que estava em excelente forma para sua idade avançada. Tinha longos cabelos brancos, rugas cobriam seu rosto e usava roupas. Erra era doce. A primeira reação que teve ao ver a humana foi mostrar um amplo sorriso em seu rosto. Havia-lhe dito algumas palavras, mas Ariel não as pôde compreender,
pois o conis estava instalado no dormitório e eles estavam na sala. A anciã se aproximou lentamente dela. Da porta, um Ral sorridente assentiu com a cabeça para Ariel para lhe indicar que estava tudo bem. Ariel se sentia pequena, todos os Zorn adultos eram uns bons oito centímetros mais altos que ela, inclusive a anciã Erra era bem mais alta que ela. A mulher caminhou diretamente até Ariel dando-lhe o equivalente a um abraço, sem apertá-la muito forte. Havia se surpreendido, mas depois Ariel se recuperou rápido o suficiente para devolver o abraço à mulher. Erra tinha retrocedido e começou a tocar Ariel, está não se moveu enquanto as mãos da mulher tocavam sua face depois seu cabelo, Ariel levantou sua vista para ver os carinhosos olhos castanhos de Erra. No fundo destes se via a curiosidade. Ela era alguém de outro planeta e Ral gostava de lhe dizer que era tão linda como uma horma. Uma horma era uma pequena criatura que para Ariel era como uma versão Zorn de um macaco, não estava segura de que gostava da comparação, mas quando Ral tinha posto a foto de um deles no conis, compreendera. Tinham grandes olhos azuis, eram umas pequenas e lindas criaturas brancas. Haviam coisas piores com as quais podia ser comparada. Erra adorava superprotegê-la, algumas vezes se sentia como uma boneca. Erra a seguia para dentro do quarto para que pudessem se comunicar com o a ajuda do conis e, enquanto estavam no dormitório, agarrava uma escova para pentear os cabelos dourados de Ariel. Também gostava de passar loção sobre a pele exposta de Ariel. Dizia que sua pele era tão suave que temia que se danificasse se não passasse constantemente a loção. Ariel também a considerava como uma mãe. Não se importava. —Deveria tirar a roupa. — Erra fez um gesto para o corpo de Ariel. —Esconde-se de Argis Ral. — Erra olhou fixamente Ariel. —É muito diferente de nossas mulheres? —Eu gosto de usar roupas. Não as uso quando durmo com Ral. —Nossas mulheres ficam nuas em casa. Ral gostaria que andasse nua, é sua vinculada, não conhece nossos costumes. — Erra lhe sorriu. —Ele ficaria muito contente se no final do dia estivesse nua esperando na porta, é nosso costume. Você só tem que cobrir seu corpo ao sair ou da vista de outros homens, mas nunca em sua própria casa.
—Mas eu não sou Zorn e não sou tão diferente fisicamente. Simplesmente não me sinto confortável caminhando nua. Em minha cultura sempre estamos vestidos a menos que estejamos a sós com nosso vinculo e vamos fazer sexo, para dormir ou tomar banho. Erra suspirou. —É o vínculo de Ral e ele é Zorn. Agora você também é Zorn. Ariel pensou nisso e se dirigiu para o armário. Ral havia trazido várias roupas para que seu armário estivesse cheio, e tinha omitido o fato de que as roupas eram do tamanho de uma Zorn adolescente. Erra parecia se divertir em brincar com Ariel por ser bem menor que as mulheres Zorn. Ariel lhe tinha pedido algo para recortar a maioria dos trajes em seu armário, era discreta, mas gostava de expor um pouco mais de pele, se olhou diante do espelho quando terminou. As mulheres Zorn usavam vestidos folgados à altura do joelho. Se usavam sutiã ou calcinha, até agora não havia visto. Algumas mulheres que trabalhavam, como Ahhu, no centro médico, vestiam calças largas e camisas. Convivia muito pouco com as mulheres Zorn. Ral a mantinha em casa, não lhe permitia sair de casa sem ele. Tinha cortado e modificado bastante, assim parecia um micro vestido. Arrancou as mangas e fez um corte para aumentar o decote. Inclusive fizera uma abertura de uns centímetros nos lados para que suas coxas ficassem expostas. Teria que ser cuidadosa ao sentar-se, estava completamente nua debaixo do vestido. Sentia-se bem, mas nunca o usaria fora de casa, esperava que Ral gostasse. No momento ainda não estava pronta para andar nua. Erra viu Ariel quando saía do quarto, sorriu para mulher e lentamente deu um giro completo para que a visse. Viu como Erra levantava as sobrancelhas vendo o vestido modificado, sorriu. Erra levantou a mão pondo alto o dedo polegar. Ariel se pôs a rir, tinha ensinado esse gesto. Ral trabalhava seis horas por dia, quatro dias consecutivos, assim tinha três dias para descanso, era uma espécie de juiz. Ral lhe explicara que escutava a sua gente e se ocupava de seus assuntos, assegurava-lhe que adorava fazer isto. Ariel sentia saudades quando estava no trabalho. Erra apenas lhe permitia fazer algumas coisas na casa, normalmente ficava dormindo ou seguia Erra ao redor da casa para observar e aprender o que a mulher fazia. Já que não lhe era permitido sair da casa, ir ao jardim era a única maneira que tinha para tomar ar fresco. Ral se evadia de suas perguntas quando o questionava do porque não
podia ir às compras com Erra ou porque não lhe permitia sair de casa. Sempre a distraía, era malditamente bom nisso, passavam o tempo no jardim. Tinha um bonito arroio de cor vermelha, árvores negras e púrpuras com um muro alto ao redor. Sempre terminava levando-a para cama, depois de algumas horas com Ral terminava tão esgotada que se esquecia de interrogá-lo. Deu uma olhada no relógio, tinha aprendido a ler a hora Zorn com a ajuda dele, sabia que estaria em casa logo. Quando a pequena flecha golpeasse o símbolo que parecia uma ave ele já deveria estar em casa, mordeu o lábio. O que estava escondendo? Tinha que estar lhe escondendo algo. Corria algum perigo entre seu povo? Por isso não lhe permitia sair de casa? Talvez o caso fosse simplesmente de preocupação por ela, já que ela não podia comunicar-se com ninguém. Só tinha passado um pouco mais de uma semana desde a visita ao centro médico. Os Zorn ainda não tinham aperfeiçoado o programa de tradução dos Anzons para que funcionassem nos tradutores Zorn. Suspirou. Talvez tivessem computadores portáteis, uh, conis, com os que pudesse andar por aí. Um conis era do tamanho de um televisor de treze polegadas, perguntava-se se os Zorn teriam carrinhos de mão, riu ante da ideia de carregar um. Ral estava atrasado, observou como a flecha se movia do símbolo da ave ao da serpente, franziu o cenho, sempre estava em casa quando a flecha estava no símbolo da ave, foi em busca de Erra. Encontrou a mulher lavando roupa. Ariel a saudou e lhe fez o sinal de "temos que falar" seguiu-a através da casa. —Ele está demorando, estou preocupada. Erra olhou ao relógio. —Talvez tenha saído com os homens. Gostam de beber Amond enquanto falam de coisas como a união masculina. O Amond provavelmente era como a cerveja, não se incomodou em perguntar a Erra, os homens eram homens em qualquer planeta. —E não pensou em utilizar o dispositivo para me fazer uma chamada e me dizer que não viria para casa? Erra sorriu.
—Os homens em seu mundo fazem isso? — Sorriu. —As mulheres mandam lá, não é? A ideia de que um de nossos homens chame para pedir permissão para sair com outros homens é divertida. Ariel suspirou. —Genial. Então os homens deste mundo não ligam para dizer que vão chegar tarde? —Não, Ral a mima muito. Se os outros homens vissem a forma como ele te estraga, o ridicularizariam sem piedade. Já falam da maneira como se desfez das duas faxineiras que tinha em casa e da sua recusa em vincular-se com a mulher que seu pai enviou. Ela era muito desejada por muitos homens. Foi por isso que a ofereceram a ele. — Ariel franziu o cenho. —É verdade, ele rechaça todas as mulheres que se sentem atraídas por ele e o buscam quando está fora. É o herdeiro, Ariel, isso significa que vai governar este mundo quando seu pai se retirar ou morrer. Ele é muito poderoso e desejado. A maioria dos homens em sua posição têm pelo menos três mulheres em sua cama, se não mais. Ele está vinculado com você, mas os homens sempre compartilham sexo com outras mulheres além de sua vinculada.
Uma
vinculada é a favorita do homem, a qual dá de presente sua semente, é uma grande honra ser a vinculada. Nossos homens têm fortes necessidades sexuais que uma só mulher nunca poderia satisfazer. Ral se nega a tudo isso por você. —Eu satisfaço todas as suas necessidades. Erra sorriu. —Eu sei. Tenho escutado Um rubor cobriu as faces de Ariel. —Sinto muito. —Não deveria. Faz Argis Ral muito feliz. Ele a mima muito e de muitas formas, a maior parte de nossas mulheres trabalha, ele não quer que saia de casa. É muito possessivo e protetor com você. O vi com você e lhe dá toda a sua atenção. Nossos homens tendem a só dar atenção à sua vinculada durante o sexo. Mas ele sempre lhe dá. —Talvez pense que não há um trabalho que eu pudesse fazer. —Você é muito inteligente, há trabalhos que poderia fazer sem que precise falar nem que lhe falem. Ele quer cuidar e a conservar só para ele. Todos os homens vinculados são
possessivos e protetores, mas ele elevou isso a um novo nível. Todo mundo sabe disso. —Ariel suspirou. —Esteve tempo suficiente com Argis Ral para conceber. Sabia que os homens vinculados se livram de suas vinculadas se essas não podem conceber? É uma das poucas razões pelas quais se permite um rompimento. Mas Argis Ral não tem nenhuma intenção de lhe deixar em liberdade. O que quer dizer que a quer com ele até a morte. A ira de Ariel desapareceu, o que importava se tinha saído com outros homens? Ele tinha renunciado muito por ela, não era humano, tinham diferenças culturais. Ral tinha renunciado a muito de seus costumes para fazê-la feliz, assentiu com a cabeça. —Acho que vou me entreter com o conis e tentar aprender mais. Erra assentiu, ouviu a campainha, Ariel suspirou. Ral não a usava, simplesmente entrava. Erra se dirigiu a toda pressa para ver quem estava na porta. Ariel vacilou e depois seguiu à mulher. E se algo houvesse acontecido a Ral? O medo deu-lhe uma pontada. Talvez fosse por isso que não tinha retornado para casa. Quatro homens enormes estavam na porta, Erra lhes grunhiu algo para eles. Ariel abraçava seu corpo e rezava para que os homens a porta não lhe tivessem dado más notícias sobre Ral. Estava ferido? Morto? Quase lhe dobraram os joelhos diante do pensamento. Amava Ral, era todo seu mundo, não podia perdê-lo. Morreria se não pudesse estar com ele outra vez, amava-o demais. À medida que se dava conta, não se surpreendeu pela profundidade de seu amor por ele. Um dos homens da porta grunhiu de novo a Erra. Ele moveu seu corpo e seus olhos se encontraram com os de Ariel, de repente o homem empurrou Erra. Ela grunhiu, tentando empurrar ao homem para fora, mas ele era muito forte. Ele empurrou Erra com tanta força que ela caiu no chão. Ariel ofegou e imediatamente correu na direção de Erra para ajudá-la a levantar-se. Os outros três entraram na casa, o último deles fechou a porta atrás dele. Erra sibilou enquanto sacudia a cabeça na direção de Ariel, viu o terror nos olhos dela quando seus olhares se encontraram. Isto a fez parar em seco e Erra lhe grunhiu algo e apontou para o quarto. Erra ficou em pé antes de lançar-se contra o homem que a tinha derrubado, este tinha começado a caminhar na direção de Ariel, a anciã se atirou outra vez sobre ele gritando. O homem virou-se rapidamente, o poderoso movimento a enviou voando de costas para chocar-se fortemente contra a parede, caindo ao chão. Erra não se moveu, mas Ariel viu
que ainda respirava. Um suave gemido saiu de Erra um segundo depois, seus braços se moviam. O terror paralisou Ariel, os quatro homens voltaram sua atenção de novo a ela, aquele que se encontrava perto da porta agarrou a camisa e de um puxão a arrancou. Seus olhos foram ao outro, este levou a mão à dianteira de suas calças, abriu para mostrar que estava excitado. Estava claro para Ariel o que queriam, enquanto lentamente se aproximavam dela olhando seu corpo de cima abaixo. Grunhiam-lhe suavemente dizendo sabe Deus o que enquanto se separavam para rodeá-la. Ariel gritou enquanto corria para o quarto, fechando a porta atrás dela e passando a chave. Não tinha nenhuma saída, foi até a porta do banheiro e se virou. Algo golpeou fortemente a porta, esta era resistente e a tranca estavam posta, mas duvidava que alguma dessas coisas manteriam os homens fora por muito tempo. Não sabia o que fazer, estava aterrorizada. Iriam violentá-la, sabia disso. Tinham ferido Erra, que só havia tentado defendê-la. Perguntava-se se estava realmente ferida ou se seria capaz de conseguir ajuda. Algo golpeou a porta de novo e esta rangeu fortemente. A grossa madeira estava se rompendo, seus olhos percorreram o quarto freneticamente. Se Ral tinha armas naquele lugar nunca as tinha visto, em lugar disso pegou mais roupa e as abraçou contra seu corpo. Escutou um grunhido mais forte quando golpearam de novo a porta, viu como se estilhaçava e se abria em algumas partes, soluçou retrocedendo até entrar completamente dentro do banheiro. Fechou a porta trancando-a. Tremia enquanto colocava as calças e uma das enormes camisas de Ral. Se tivesse que lutar contra eles, não queria fazê-lo quase nua. Freneticamente fez uma avaliação do banheiro em busca de uma via de escape. Não havia janelas. Talvez devesse ter tentado escapar pela janela do quarto, mas se conseguisse chegar até o pátio. O muro que rodeava a casa a impediria, era muito alto para que pudesse subir por ele e não havia nenhuma porta, teria sido apanhada. Pelo menos no banheiro tinha outra porta entre ela e os homens. Escutou quando a porta do quarto se rompia, explodindo contra a parede. Ariel abriu as gavetas debaixo do gabinete em busca de uma arma. Encontrou as tesouras que Ral utilizava para cortar seu cabelo, agarrou a maior tesoura que havia na gaveta, esta era um pouco curva e extremamente afiada. Retrocedeu até a ducha e fechou a porta de vidro, não tinha como tranca-la, mas fez isso porque só tinha uma pequena abertura, assim só um
homem seria capaz de entrar na ducha para tentar agarrá-la, segurou a tesoura de maneira mortal. Arremeteram contra a porta do banheiro, sabia que não sobreviveria se pusessem as mãos nela, seria uma maneira horrível de morrer. Ral sempre fora amável com ela e não podia imaginá-lo tocando-a sem o cuidado de não machucá-la. Os homens Zorn eram grandes e fortes por natureza e os quatro que estavam atrás dela, obviamente, não se importariam com isso. Sabia que Ral mataria cada um deles quando soubesse o que tinham feito a ela. Seus pensamentos se dirigiram a Ral, a agonia a estraçalhava, ele se odiaria. Sabia que a amava. Rezou para que ele não se sentisse culpado, se tivesse vindo diretamente para casa estaria ali para defendê-la, o havia visto lutar contra quatro homens antes. Os quatro homens que entraram na casa não eram diferentes dos que estavam no asteroide que tinham tentado tirá-la dele. Ral facilmente poderia acabar com esses idiotas. A porta do banheiro caiu. O tempo dela se acabou, estavam no banheiro. O homem que havia atacado Erra com um puxão abriu a porta de cristal. Colocou a mão para agarrá-la, Ariel gritou e utilizou a tesoura como uma faca, lançando-se para frente apunhalando-o no peito. As alças da tesoura se cravaram em sua pele, mas não a cortou. Sentiu o sangue quente correndo por suas mãos, voltou a gritar quando o homem rugiu de dor. Ele cambaleou para trás com a tesoura incrustada profundamente em seu peito. Ele a jogou para trás e ela se chocou contra a parede do box tão forte que ficou sem fôlego, ficou olhando o rosto do homem enquanto este retrocedia cambaleando para seus companheiros. Ele olhou para baixo onde a tesoura se sobressaia do peito. Ariel viu a surpresa em seu rosto, ficou em silencio antes de cair. Seus companheiros se paralisaram em estado de choque, ao ver como saía o sangue do peito de seu companheiro. O ferido caiu para frente e não se moveu mais. A tesoura se cravou mais profundamente quando caiu, podia ver a ponta afiada saindo de suas costas, já que estava sem camisa. O sangue brotava da ferida, e escorria de suas costas até o piso do banheiro. Um dos atacantes jogou a cabeça para trás, uivando. Ariel gritou, os três ficaram em silêncio. Ela viu suas expressões. Eles iriam torturá-la antes de matá-la, não tinha dúvida disso. Um deles passou por cima do amigo caído para chegar ao box. Agarrou a Ariel pela frente da camisa de Ral, escutou como a roupa se rasgava enquanto o homem a puxava com força. Seu pé bateu contra a parte inferior da banheira, a dor disparou por seu pé ao ser
arrastada para frente. Seus pés bateram no corpo do homem caído enquanto era arrastada, gritando, do banheiro. Os pés de Ariel deixaram o chão. O homem a lançou sobre a cama bateu com força suficiente para ricochetear do outro lado da cama e cair fortemente no chão. A dor estalou por seu quadril, coxa e braço que receberam quase todo o impacto. Por baixo da cama podia vêlos se mover, sabia que se permanecesse ali, morreria. Rodou para debaixo da cama, as camas Zorn não eram tão diferentes às da Terra só eram mais altas e com colunas mais firmes. Avançou para o centro da grande cama e ficou ali ofegando. Aproximou-se e se agarrou as barras da estrutura. Seus dedos apenas tiveram tempo de apertar as barras e o colchão antes que uma mão grande a agarrasse pelo tornozelo. Gritou de dor quando um dos homens tentou arrastá-la para fora. Quase arrancou uma das barras da cama, o homem a puxou com força até que seus pés já não estivessem sob a cama e seus braços se estiravam dolorosamente acima dela já que se negava a soltar-se. —Tire-a daí. — Gritou um dos homens. O conis até estava ligado, traduzindo tudo o que era falado no quarto podia entendêlos e eles poderiam entendê-la. Sabia que isto provavelmente não a ajudaria, mas tinha que tentar. A mão que segurava seu tornozelo aumentou a pressão até que gritou de dor. Sentia como se estivessem esmagando seu tornozelo, o bastardo o fazia de propósito para machucála e que não pudesse escapar. A dor era forte o bastante para fazê-la gritar. —Ral te matará, não faça isso. —Ral está ocupado. — Refutou o outro homem. —E colocaremos fogo na casa quando terminarmos com você, assim não deixaremos nenhum aroma para sermos rastreados depois. —Tire-a agora, não temos muito tempo. O homem deu um puxão em seu tornozelo, Ariel gritou de novo. Seus dedos foram dolorosamente arranhados por agarrar-se a barra, o homem a tirou brutalmente de debaixo da cama. Ariel levantou a vista e viu os três homens Zorn meio nus. Aquele que a segurava pelo tornozelo não a largou, em lugar disso com a mão livre agarrou sua calça e deu um forte puxão. Ariel o chutou com seu pé livre. O Zorn era monstruosamente alto, por isso não pôde alcançar suas bolas, suas pernas eram muito curtas, mas chutou sua coxa. Ela gritou quando
lhe abaixou as calças, tentou girar e se agarrar a cabeceira da cama. Se pudesse soltar-se e arrastar-se de novo para debaixo da cama poderia atrasa-los um pouco mais antes de ser estuprada. Os dois homens se agacharam, agarrando-a pelos braços, levantaram-na e a lançaram sobre a cama. O homem que agarrava seu tornozelo pôs seu joelho na borda da cama entre suas coxas. Ela atirou sua perna livre até o peito e por puro terror encontrou forças para chutálo de novo. Desta vez o chuto mais forte e num lugar melhor. O homem jogou a cabeça para trás quando o pé dela acertou sua mandíbula. Seu agressor soltou seu tornozelo ao receber o impacto, infelizmente não lhe tinha quebrado o pescoço, porque rugiu de dor. Ouviu outro rugido e este se ouvia mais perto. Viu os homens que ainda sustentavam seus braços virarem suas cabeças em direção à porta do quarto. Ariel não perdeu tempo em ver o que chamara sua atenção. De um puxão moveu seu pé livre de novo para o peito, sentia muita dor. Devia ter quebrado o tornozelo ou torcido, mas ignorou a dor, olhou para baixo. O homem que tinha chutado segurava a mandíbula com uma mão enquanto que com a outra ainda prendia seu tornozelo. Respirando fundo, chutou o mais forte que pôde, seu pé acertou diretamente entre suas pernas. O sujeito ficou branco, viu sua boca se abrir e de repente soltou seu tornozelo enquanto agarrava a parte dianteira de suas calças. Caiu lentamente para trás até se chocar contra o chão soltando um guincho agudo. A alegria a invadiu nesse segundo. Essa era outra vulnerabilidade dos homens que eram universais sem importar seu planeta de origem. Ariel se virou tentando chutar a outro dos homens que a prendiam pelos braços, mas eles a soltaram. Ambos se afastaram da cama antes que ela tivesse a chance, o terror estava gravado em seus rostos enquanto olhavam para a porta quebrada do quarto, seus olhos seguiram os deles. Ral entrou furiosamente no aposento. Uma raiva como ela nunca viu igual distorcia seus traços. Ele rugiu machucando seus ouvidos. O conis não conseguiu traduzir, não precisava lhe dizer o que significava esse som. Os olhos de Ral se encontraram com os de Ariel. Viu como seus olhos percorriam seu corpo. Ele se moveu rápido para atacar o mais próximo a ele, o homem a sua direita. Algo quente a pulverizou. Olhou para seu braço e viu vários pontos vermelho brilhante por todo seu corpo. Seu cérebro o reconheceu como sangue, seus olhos se dirigiram em estado de choque a Ral e ao homem, viu o brilho de metal na mão de Ral. O enorme intruso caiu de joelhos e viu que sua garganta estava cortada, caiu para frente. Ral urrou outra vez
enquanto se dirigia ao outro Zorn, antes que o primeiro tocasse o piso. O segundo homem nem sequer teve tempo de fazer algum som antes que Ral estivesse sobre ele. Ral levantou o braço e ela escutou um grunhido. Escutou o silêncio por um segundo antes que ouvisse um gemido suave aos pés da cama. Ral se levantou do chão sozinho, caminhou lentamente até a beira da cama. Olhou para o homem que Ariel tinha chutado na virilha, viu Ral se abaixar. Sua expressão ainda estava transfigurada pela raiva pura. Um gemido, desta vez mais forte, proveniente do homem. Ral o levantou pelo cabelo e Ariel observou como cortava sua garganta jogando seu corpo ao lado. Ral respirava com dificuldade, estava todo ensanguentado, tinha sangue nas mãos e na roupa que usava. Voltou-se para olhar Ariel. —Estou bem. — A voz dela se quebrou. —Chegou bem a tempo. Ral deixou cair à adaga sobre a cama enquanto a alcançava. Ariel não se alterou, Ral foi até ela com as mãos ensanguentadas. Com suavidade, levantou-a em seus braços e a abraçou fortemente contra seu peito sangrento. Ele afundou o rosto em sua garganta, ainda estava respirando com dificuldade e tremia de fúria. Ariel não hesitou, jogou os braços ao redor de seu pescoço agarrando-se a ele. Ral a tinha salvado uma vez mais, tinha matado por ela novamente. Tinham sobrevivido e estavam juntos.
Capítulo 10
Ral se negava a soltá-la ou a se afastar dela. Ariel não se importava absolutamente. Ral sentou-se no sofá com Ariel em seu colo. Os braços dele estavam ao redor dela, segurando-a com força. Depois de um banho, ambos estavam limpos com os cabelos molhados e roupas limpas. Os mortos foram removidos de sua casa. Havia tido sorte, além de alguns hematomas, só tinha torcido o tornozelo. Não tinha nada quebrado. A polícia de Zorn chegou e se foi. Ahhu tinha vindo para tratar as lesões. Erra estava ferida, mas estava bem. Apressara-se em procurar ajuda, mas Ral chegara antes que os vizinhos pudessem resgatar Ariel. O conis fora levado à sala, já que o dormitório estava sujo de sangue e inviável até que pudesse ser limpo. —Não entendo como se atreveram. — Disse Erra em voz baixa. —É o Argis Ral. — Erra sustentava uma bolsa de gelo contra o enorme inchaço ao lado de sua fronte. —Era uma sentença de morte para eles, violentando Ariel ou não. Ral afrouxou a aperto sobre Ariel e com suavidade a pegou pela mandíbula, voltando seu rosto para que pudesse ver-lhe os olhos. —Eu sei por que aconteceu isto. Sei que ficará bem zangada, eu estou furioso. Quando fornecemos as amostras ao centro médico, nos gravaram sem nosso consentimento. Alguém com acesso à gravação a disponibilizou a qualquer um que tivesse acesso a um conis. Muitos nos viram. Ariel piscou, horrorizada ao escutar suas palavras, o sangue desapareceu de seu rosto e se sentiu um pouco enjoada. Seu coração quase parou, olhou-o nos olhos e viu a ira refletida nele, que assentiu sombriamente. —Provavelmente muitos homens viram nossa gravação, acredito que por isso se atreveram a vir aqui, viram como é entre nós. —Oh, Deus. —Ela suspirou. —Estou em um filme pornô com você na Internet. Ele franziu o cenho. —Eu...
—Eu sei. Você não entende, mas eu sim. Todos que tenham um conis poderão ver o que fizemos, certo? Nós, nus, fazendo o que fizemos no centro médico? —Já eliminei o arquivo. —Mas uma vez que está no conis está fora de seu controle. Não pode fazer nada para que outros deixem de vê-lo. Ele franziu o cenho. —Não é assim. Uma vez que se retira o arquivo ninguém pode vê-lo de novo, sai do sistema. —Não é possível que alguém o baixe e o possa ver mais tarde ou possa pô-lo de novo no conis? —Nosso conis não funciona assim, tem que estar no arquivo para poder vê-lo. Sentiu alívio. —Tem certeza? —Positivo, foi por isso que cheguei tarde, avisaram-me do problema e fui resolver. Toda a gravação foi destruída. O que me faz arder de fúria é pensar que esses homens a viram nua. Viram o que eu vejo quando a toco, o que é só meu. Quero matar todo homem que viu seu belo corpo sendo tocado por mim. Ela fechou os olhos, abriu-os depois de uma respiração profunda. —Então, por que me atacaram? Não entendo. —É muito sensível a meu tato, é diferente de nossas mulheres. Faz com que os homens fiquem excitados, Ariel. Muito duros e muito estúpidos, se pensam que podem vir atrás de você e a tocar. Matarei qualquer um que tente isso de novo. Não permitia que saísse de casa por medo de que pudesse atrair outros machos com sua aparência. Tive medo de que algum deles pudesse assustá-la ao aproximar-se para falar com você, mas nunca pensei que se atreveriam a vir aqui atrás de você desse jeito. Você é minha. A porta principal se abriu de repente, Ariel ofegou quando Ral a tirou de seu colo enquanto ficava de pé para enfrentar aos que entravam em sua casa. Ele se colocou entre Ariel e a porta para protegê-la, podia ver como seu corpo se tensionava.
Seu enorme corpo lentamente relaxou e depois se sentou esticando-se para alcançar Ariel e voltar a colocá-la em seu colo. Seu comportamento a deixou surpresa, imediatamente se sentiu ansiosa. Seis homens entraram na habitação. Ariel reconheceu os três irmãos de Ral e Hyvin Berrr. Os outros dois eram estranhos, mas estavam vestidos como guardas com armas atadas aos seus quadris. Fecharam a porta principal quando todos entraram dentro da sala. —O que quer?— Ral olhou para seu pai. — Estou furioso contigo. Foi você quem requisitou a realização dos exames e só você poderia ordenar que nos gravassem sem o nosso consentimento. Tudo isso é culpa sua. Hyvin Berrr baixou a cabeça um pouco, seus olhos, tão parecidos aos de Ral, olhavam fixamente, o resplandecente olhar de fúria de seu filho. —Não pensei que alguém pudesse roubar a gravação e pô-la no conis para que todos os vissem, essa não era minha intenção. Você é o que tomará meu lugar algum dia, vai governar Zorn, precisava me assegurar de que não o estivessem controlando. Queria testá-la, queria saber como estava lhe controlando. Ral grunhiu. —A pôs em perigo. O Homem baixou a vista, olhando o chão e depois retrocedeu. —Eu sei, que não tenho desculpa, lhe peço perdão. Sei que não o está controlando, revisei a gravação e os resultados dos exames. Não há controle químico. —Merda. — Ariel gemeu. — Ótimo, será que alguém não nos viu fazer sexo? —Eu não. — Falou Erra em um tom muito suave. Ariel lhe dirigiu um olhar de agradecimento. —Obrigada. —Todos o vimos. — Argernon disse com um grunhido, lançando a seu pai um olhar frio. —Não sabíamos o que íamos ver ou do contrário não teria ido a essa reunião, chamou a todos para avaliar o que ele chamou de uma ameaça. Toda a cor abandonou o rosto de Ariel.
—Genial. — Ela olhou para Ral. —Eu acho que agora todos os membros de sua família nos viram fazendo sexo. Ele grunhiu e olhou a seus irmãos e a seu pai. —Estou furioso. —Não o culpo. — Disse Hyvin Berrr em voz baixa. —Nunca pensei que isto poderia chegar à população para visualização, estou muito envergonhado Ral. Não foi minha intenção pôr em perigo qualquer um de vocês de nenhuma maneira, não tive intenção de que isto acontecesse. Seria um assunto familiar, privado. Vimos à gravação e nos demos conta de que havia algo entre vocês dois e não porque ela o estivesse controlando. Um dos irmão bufaram. —Ela pode me controlar se... Argernon lhe deu um forte murro na boca, grunhiu. —Essa é a mulher vinculada de nosso irmão, agora respeite-a. O irmão mais jovem fez uma careta de dor e colocou a mão em seu lábio partido que agora sangrava, assentiu com a cabeça e baixou seus olhos, não disse nada. Argernon suspirou, deu uma olhada em Ral. —O que nosso pai está querendo dizer é que não sabe o que fazer para arrumar as coisas. Não só causou problemas a você, a sua vinculada e com outros homens que a desejam. —Desesperadamente. — Opinou o irmão falando com sua mão ao redor da boca. Argernon grunhiu. —Continue falando, se quiser perder algum dente. — Seus olhos se voltaram para Ral. —Nosso pai realmente fez uma grande bagunça. Infelizmente, a gravação foi vista por muitos homens. Isto está causando muitos problemas no geral, necessitamos de sua ajuda. Precisamos que deixe de lado sua raiva porque está havendo um sério problema com nosso povo. Ral ficou tenso, com as emoções estampadas em seu rosto. Ariel viu como pressionava sua boca em uma linha fina. Parecia furioso enquanto dirigia um olhar a seu pai antes de dar toda sua atenção a seu irmão.
—Qual é o problema? Argernon hesitou, seus olhos se fixaram em Ariel nervosamente e depois se voltou para Ral. —Querem mulheres como ela, alguns exigem que seja permitido ir ao planeta dela para encontrarem mulheres com as que possam vincularem-se. Ariel sabia que não era a única a estar surpreendida pela declaração de Argernon. Ouviu Ral silvar e sentiu como seu corpo ficava tenso. Relaxou um segundo depois, sacudindo a cabeça e negando. —Diga-lhe que não estamos na escravidão, o que eles querem é errado. Não iremos a outro planeta para roubar mulheres, temos uma boa população de mulheres aqui. Nossos homens superam em número às nossas mulheres, mas não é um problema. —Tentamos. — Disse o irmão que ainda não tinha falado. —Mas estão dispostos a se rebelar, Ral. Teríamos uma guerra em nossas mãos, poderiam atacar a nossa família e nos tirar do poder. Muitos querem trazer várias de sua espécie aqui. Querem uma, como ela. —Não sou um maldito brinquedo. — Ariel estava furiosa. —Ral tem razão. Não podem ir ao meu planeta para sequestrar mulheres. —Elas não são iguais às nossas mulheres. — Ral franziu o cenho. O irmão mais jovem resmungou. —Não me diga. — Seu lábio tinha deixado de sangrar. —Ela foi feita para o puro prazer, é superior às nossas mulheres. Foi tão excitante vê-lo fazer de pé de frente com ela entre os braços. Desta vez foi Hyvin Berrr quem se voltou para lhe dar outro murro. O pai o acertou com força suficiente para fazê-lo cambalear. Hyvin Berrr grunhiu. —Basta. — Voltou-se para Ariel lhe pedindo desculpa com um olhar. —É jovem e sua boca está dominada por sua parte inferior, por favor, perdoe sua juventude. Ral levantou Ariel de seu colo e a sentou junto a ele. Lentamente ficou de pé para olhar seu irmão caçula.
—Uma palavra mais para envergonhar Ariel e eu vou te bater. — Lançou um olhar a seu pai. —Eles não entendem que ela é diferente em muitos sentidos, além do sexual. Hyvin Berrr hesitou. —Como quais? —Ela não compartilha com outras. — Avisou Ral em um tom tranquilo, dirigiu um olhar a seu irmão caçula. —Isso significa que só terá sexo com uma mulher até a morte. — Olhou de novo a seu pai. —É consciente de seu corpo nu, não anda nua a menos que estejamos sozinhos. É seu costume, precisam ter fortes emoções por um homem para ter relações sexuais com ele. Ariel precisa de um forte compromisso e de minha atenção total para ser feliz. Fico feliz em fazê-lo, mas os outros estarão? — Ral olhou para o irmão que só havia falado uma vez. —Raver, as humanas são incontroláveis, eu acho isso atraente. Mas a maioria dos homens estaria em desacordo com uma mulher que não se submete, nem cumpre suas demandas. Sua raça resiste, pelo que pude aprender com ela. Ainda não concebeu, é provável que eu não possa ter descendência, a mim não importa. Quero-a mais que tudo. Sei que muitos homens exigem vincular-se a uma mulher que seja capaz de lhes proporcionar descendência. Argernon sorriu. —Daremos esta informação à população, os faremos pensar sobre o desejo de querer a uma mulher como ela e o trabalho que dará mantê-las satisfeitas, não importa o quão interessados estejam sexualmente, pode ser que funcione. Do contrário, ainda teremos que enfrentar este problema. Raver se encontrou com os olhos de Ariel. —Seu mundo é muito diferente do nosso? Ela hesitou. —A água é azul e igual a nosso céu, só temos uma lua. As árvores, em sua maioria, são marrons. Os homens e as mulheres são iguais, as mulheres lutaram por esse direito, adoramos uma boa briga. Temos uma história de nos defender quando somos atacadas. Se eu não amasse Ral, teriam sérios problemas comigo. —Ela matou um de seus agressores. — Murmurou Ral em voz baixa. —Matarão para protegerem-se a si mesmas, é um povo forte e merecem nosso respeito. Se alguns de nossos
homens desejam encontrar uma mulher com quem vincular-se, terá que ser de maneira voluntária por parte da mulher. —De acordo. — Grunhiu Hyvin Berrr. —Daremos a nossos homens as informações de sua mulher, junto com os inconvenientes. Avisaremos que se desejam tentar se vincular a uma humana, primeiro deverá obter o consentimento dela. — O homem mais velho olhou a Ariel. —Seu povo sabe sobre nós? —Acreditam que estamos sozinhos no universo. Temos a suspeita e a esperança de que exista vida em outros planetas, mas não acredito que estejamos preparados para que alguém venha falar abertamente conosco. Dar-lhes-iam medo e minha gente é perigosa quando tem medo, a maioria ataca quando se sente ameaçada. Meu planeta está dividido por muitos líderes e nem todos compartilham a mesma opinião, ainda temos brigas entre nós que às vezes se convertem em guerras. Acredito que os atacariam se soubessem que estão lá. Ainda não contamos com a tecnologia para viajar muito longe dentro do espaço, entretanto estamos trabalhando nisso. Um dia, talvez, mas não acredito que meu povo esteja preparado para ter o primeiro contato com sua espécie. —E o que sugere? Ela hesitou, seus olhos foram até Ral, amava-o. Ele era tudo para ela. Se alguns destes Zorn estavam dispostos a amar a alguém de sua espécie tanto como ela era amada por ele, quem era ela para se interpor no caminho, voltou seus olhos para o pai de Ral. —Jure que fará dessa forma: que só trará mulheres que estejam de acordo em unir-se com seus homens? —Juro por minha honra. —Terá que ir à áreas remotas para encontrar mulheres e não deixe que meu povo saiba que estão ali, terão que ocultar sua visita. Temos excelentes sistemas de comunicação com dispositivos portáteis para pedir ajuda se for necessário. Contamos com olhos mecânicos no espaço ao redor de meu planeta que rastreiam movimentos. Além disso, temos armas. Terão que ir em uma pequena nave à noite. Há toneladas de avistamentos de naves espaciais à noite nas zonas mais afastadas dos Estados Unidos. As pessoas pensam que estão loucos quando alguém diz que viu um, bem, na realidade, ninguém leva a sério se não houver provas, não lhes dê nenhuma. Também falam muitos idiomas diferentes. Eu falo inglês, terão que se
assegurar de procurar uma mulher que fale este idioma para que possam entendê-la, sou dos Estados Unidos. —Bem, vamos trabalhar. — Hyvin Berrr assentiu com a cabeça a seu filho. —Eu causei esta confusão e vou arrumá-la, Ral. Coloquei guardas ao redor de sua casa para proteger a sua vinculada. Pedi a Raver que se encarregue de suas obrigações por um par de semanas, assim ficará mais tempo com sua vinculada e a tranquilize pela angústia pela qual passou hoje. Nunca quis que isto acontecesse. Ofereço minhas mais profundas desculpas, meu filho. De algum jeito resolverei está situação por você. Ral suspirou. —Aceita Ariel como minha vinculada? Hyvin Berrr fez uma profunda reverência. —Aceito, meu filho. — Ele se inclinou e seus olhos se voltaram para Ariel. —Está destinada a pertencer a meu filho como sua vinculada. Peço desculpas. —Obrigada. — Sussurrou Ariel. —Poderia nos compensar dando prioridade em integrar o programa de tradução dos alienígenas a nossos implantes tradutores, gostaria que fosse possível me comunicar com Ariel o tempo todo e não só em um quarto com o programa correndo no conis. Hyvin Berrr assentiu a Ral. —Considero uma prioridade. Vou informar aos médicos para que ponham todo o pessoal no projeto antes que termine o dia. —Obrigado pai e obrigado pelos guardas, assim me ajudaram a proteger Ariel. Ral abraçou Ariel contra seu corpo, ficando em silêncio enquanto sua família e os guardas saíam. Ariel sorriu para Erra quando a mulher se levantou em silêncio e caminhou para a cozinha que estava do outro lado da casa. Ariel e Ral ficaram sozinhos na sala de estar, ele suspirou. —Minha família fez uma completa bagunça de nossa vida. Ariel bufou.
—Parece que há algo que os seres humanos e os Zorn têm em comum: as famílias podem arruinar grandes momentos quando pensam que estão fazendo o correto ao colocar o nariz nos assuntos dos outros. Ele franziu o cenho, abrindo sua boca. Ela se pôs a rir. —Sei, você pode não acreditar. É uma coisa universal de família que, ao tentar proteger seus entes queridos, façam uma confusão maior ainda. Ele sorriu. —Os seres humanos também fazem? —Oh, sim. — Sorriu por sua vez, mas seu sorriso morreu com um pensamento. — Quantos Zorn você acha que nos viram fazendo sexo? Ele encolheu os ombros. —Lamento que pusessem a gravação no conis, mas já está feito. Não há maneira de mudarmos isso. —Bem, pelo menos seu pai me aceitou. —Se soubesse que isso bastaria para que a aceitasse, eu já o teria convidado para que nos visse fazendo sexo. Desde que chegamos, esteve me mandando mulheres no trabalho para tentar me afastar de você. Ele realmente conseguiu me irritar. —Nunca me falou disso. —Teria me deixado ir ao trabalho? Tinha trabalho a fazer. —Não tem trabalho por um par de semanas, ouviu o que seu pai disse. Ele fará que seu irmão cumpra suas obrigações. Um sorriso surgiu no rosto dele. —Isso significa que poderemos estar a sós e você estará nua para mim. — Ficou de pé e a pegou em seus braços, começou a caminhar direção ao quarto, paralisou-se. A raiva cruzou seu rosto. —Nosso quarto foi destruído. —Que tal o quarto de hóspedes?
Ele assentiu. —Amanhã teremos o quarto completamente limpo e despojado. Teremos nosso quarto novamente. Ariel jogou os braços ao redor do pescoço dele. —Te amo, Ral. Ele inclinou sua cabeça para beijá-la, seus olhos brilhavam. —Eu também te amo, Ariel. E vou demonstrar isso durante horas.
Capítulo 11
Ariel estava ansiosa. Não sabia o que estava acontecendo com ela e se alguém poderia fazer algo. Olhou para Ral, parecia realmente assustado enquanto segurava sua mão. —Se eles não puderem fazer nada por você, podemos retornar a seu planeta em uma semana. Falei com meu pai, disse-me que tinha alguém estudando o sistema de navegação dos Anzons com a descrição que nos deu de seu mundo. Achamos que temos encontrado a Terra. Levaria uma semana para chegar viajando rapidamente, poderia levá-la para que seus médicos possam vê-la. Não posso permitir que morra, Ariel. Você é tudo para mim. Ariel lutou contra as lágrimas, sentia-se feia. Tinha febre e estava muito vermelha, como se estivesse com queimaduras de sol, também estava se sentindo inchada. Era como os sintomas da TPM (tensão pré-menstrual), mas pior. Seu abdômen estava inchado, seus seios doíam e seus dedos estavam inchados.
—Não acredito que isto me mate, acho que estou com algum tipo de reação alérgica, provavelmente algo que comi. Ele grunhiu baixinho. —Está sofrendo, odeio isto. E não se sente bem. Sua pele está tão quente quanto a minha e é geralmente mais fria. E também está vermelha, sei que seus seios doem e que estão mais sensíveis. Ela sorriu. —Sempre me observa com tanto detalhes? Ele devolveu o sorriso. —Sempre tem toda minha atenção quando está com roupas e em especial quando as tira. Ahhu era a médica atribuída a Ariel. Era a melhor em seu campo e estava a cargo de toda a família Berrr, entrou sorrindo. Ariel relaxou na mesa de exames. Se Ahhu sorria depois de realizar todos os testes então tinha que ser algo que eles tivessem uma cura. —Deite-se e relaxe. — Ordenou Ahhu. —Encontrei a causa de seu mal-estar, esta é a primeira vez, por isso teremos que lhe observar de perto, mas acredito que você vai ficar bem. Ariel relaxou sobre suas costas. Ahhu ligou uma tela na parede e abriu uma cabine abaixo da mesa de exames, segurava uma espécie de varinha. Ela sorriu enquanto a levantava para Ariel. Quase protestou quando a mulher levantava seu vestido, mostrando que estava nua na parte de abaixo de seu corpo. Ahhu moveu a varinha sobre a pele exposta de Ariel. —Olhe. — Ahhu apontou para a tela. Ariel ficou olhando as sombras no colorido da tela, parecia uma névoa verde só que mais escura. Escutou Ahhu rir. —Você vê o que eu vejo? —Verde, é tudo o que vejo. — Ariel lançou um olhar a Ral. —Sabe do que ela está falando? Ele sacudiu a cabeça e grunhiu fortemente a Ahhu.
—O que é? Ahhu riu entre dentes, apertando um botão na varinha, baixando-a, e caminhou se aproximando da imagem congelada. —Podem ver essa massa escura aqui? É a cabeça. Aqui está o corpo. Aqui um braço e aqui as pernas dobradas. — Lhes sorriu. —Meus parabéns estão gerando uma nova vida. A surpresa atingiu Ariel. Ficou olhando a tela e viu a forma do bebê, agora que o tinha identificado. Seus olhos se encheram de lágrimas. Tinha chorado de felicidade na semana passada quando lhe tinham implantado o par de tradutores em seus ouvidos, pensou que haviam sido as melhores notícias que seu médico poderia ter lhe dado. Seus olhos se dirigiram para Ral. Ral tinha o olhar fixo na tela em estado de choque, ela viu que sua boca tinha ficado aberta. Ele tragou saliva e jogou a cabeça para trás soltando um rugido que fez Ariel saltar assustada. Olhou Ral enquanto ele inclinava sua cabeça para ela, seu enorme sorriso era quase doloroso. A emoção e a felicidade estavam claras em seus olhos à medida que se estreitavam com os de Ariel. —Criamos uma vida juntos. Ela riu. —Eu sei. Oh Ral, eu te amo. Ral a beijou, seu sorriso desapareceu, grunhindo, seus olhos se dirigiram a Ahhu. —Ela está em perigo? Ela não está bem, se o bebê arriscar sua vida deve salvar Ariel, ela é mais importante para mim. A surpresa golpeou Ariel com força, não tinha pensado nisso, voltou à cabeça e se encontrou com os olhos de Ahhu. A mulher sorria. —Não há motivos para preocupação, Argis Ral, realizei os testes. A criança é forte e saudável, acredito que ela tem febre porque nosso corpo é mais quente, assim o bebê deve estar aquecendo-a, não está em perigo. Vamos esfriar seu corpo um pouco. Isso ajudará a recuperar sua temperatura e a cor à sua normalidade. Vamos monitorá-la muito de perto. O inchaço é normal em nossas mulheres, é a maneira como o corpo se assegura de que tem os líquidos necessários. Às mulheres de sua espécie acontece o mesmo?
Ariel franziu o cenho. —Acredito que não. Ouvi falar do inchaço no final da gravidez. Uh, grávida. De quanto tempo estou? Pode dizer?. Ahhu assentiu com a cabeça. —Dois ciclos de lua. Dois meses. Ariel sorriu. —E quantos ciclos de lua dura à gestação de suas mulheres? Em meu planeta é de nove. —Oito. Ral suspiro aliviado. —Então não é tão diferente. Ahhu sorriu. —Estou segura de que ficará bem, espera uma descendência. Isso significa que são compatíveis, esta é uma boa notícia. Seu pai ficará emocionado, Argis Ral. Ral sorriu, virou a olhar para Ariel, sorridente. —Ele sempre desejou netos. Será muito mimada por ele. Se prepare. Ariel se pôs a rir. —Vamos fazer uma lista das coisas que pode nos dar. Ral se pôs a rir. —Peça-lhe menos tempo de trabalho para mim. Ahhu riu também. —Vou deixá-los a sós, tenho que informar à seu pai. Isto significa que as mulheres humanas são compatíveis para a reprodução. Para qualquer homem que queira se vincular à uma humana, isto será um motivo de alegria também. — Disse isto e se foi.
Ral levantou Ariel para seus braços e se sentou com ela em seu colo. Deu uma olhada à tela com a imagem de seu bebê ainda congelada. Ele sorriu enquanto seus olhos se dirigiam ao seu abdômen. —Agora temos tudo, Ariel. Sou o homem mais feliz de Zorn. Ariel jogou os braços ao redor do pescoço dele e se moveu em seu colo. O pênis de Ral endureceu contra seu traseiro. Ral sempre a desejava. —Temos tudo, sou a mulher mais feliz de Zorn. Ral a apertou contra seu peito. —Vamos para casa. Quero lhe mostrar o meu amor. Ela riu. -Vamos rápido.
Fim