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Orientanda: Camila Tami Naniwa Professor Orientador: Marlon Paiva

Centro Três de Educação Urbana Trabalho de graduação interdisciplinar apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Univesidade Católica de Campinas, como parte das exigências para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista.

Campinas, 2016

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“Work it harder, Make it better, do it faster, makes us stronger; more than ever hour after, our work is never over” “Trabalhe duro faça melhor, faça mais rápido deixe mais forte, mais do que nunca, horas depois nosso trabalho nunca acaba.” Daft Punk, Harder, Better, Faster, Stronger. 2001

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Dedico à minha família em primeiro lugar, que sempre foi suporte para os meus sonhos, e foi nela que descobri a função do pilar, pois não somente um edifício, mas pessoas precisam de pilares para se manterem em pé, como eu tive o privilégio de ter Laura e Valter como meus pais. Ao meu namorado/bff André meu “senpai”, o maior incentivador de toda essa loucura de ser arquiteta, me deu os puxões de orelhas necessários e sempre me manteve com os pés no chão, mesmo que ao mesmo tempo me sinta flutuando ao lado dele, obrigada também pelas madrugadas me dando força nos trabalho, sempre me animando mesmo quando o café já não fazia mais efeito. Ao Zeby, meu super bff que durante estes cinco anos me aguentou na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, neste curso que nem é sempre muito motivador mas só de saber que você estava lá na PUC pra conversar era um alívio e um respiro pra continuar seguindo em frente. Aos meninos Gili, Dani, Gui, Matheuzinho e Afonso, obrigada pela amizade e pelos trabalhos em grupo, sempre aprendi muito com cada um de vocês, cada um com sua particularidade. Para meus amigos da SCAD que são para a vida, me incentivaram e me inspiraram, cada um com sua maneira de ser. Para o meu professor orientador Marlon, muito obrigada, por ser fonte de inspiração, como arquiteto, professor e pessoa. Sua disciplina e dedicação à nós é admirável. Obrigada também pelas terças-feiras em que você nem tinha obrigação de nos orientar, e foi mesmo assim. Ah e também pelos sonhos-de-valsa, pra aliviar o nosso nervosismo e ansiedade.

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Eu gostaria de agradecer aos profissionais com os quais tive contato: Meu professor, Manoel Lemes da Silva Neto: me ensinou direta e indiretamente durante as aulas, pesquisas e esbarradas no corredor como pensar como um arquiteto, sobre nossas responsabilidades sociais neste campo, e também ao nosso pensamento crítico. Jean Jaminet: Foi meu professor durante meu intercâmbio na SCAD, ele era extremamente rígido, porém brilhante, conseguia nos guiar durante o trajeto do aprender, um profissional competente que acredita nos alunos, ele consegue transformar loucuras estéticas em realidade, me ensinou a não desistir. Hsu Jen Huang: Professor de arquitetura da SCAD também, ele apenas trabalha na área acadêmica da faculdade, porém, era extremamente inteligente, tinha um olhar incrível para estética, sabia que se eu movesse uma linha por exemplo, um centímetro a mais, o projeto mudaria completamente de rumo, ele me inspirou a sempre querer melhorar. Eles não arquitetos-estrelas, porém foram indispensáveis na formação do meu pensamento como futura profissional de arquitetura, foram grandes fragmentos, do que sou hoje.

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Este trabalho têm como objetivo ser objeto de uma reflexão das políticas urbanas, do estudo social e cultural da sociedade. Busca como resultado através da reflexão, o bem estar da população e a garantia de um futuro e soluções melhores para as próximas gerações. Neste memorial iremos adentrar às camadas que influenciam um projeto arquitetônico, que se inicia desde os primeiros habitantes de Campinas, e todos os fatos históricos que são consequência do que a região é hoje. Estudaremos os problemas, os motivos dos problemas e as soluções para os mesmos. Esclarecendo que um projeto pode sim ser um espaço de transformação para uma região, e que pode valoriza-la ou sucateá-la dependendo do olhar de quem a decifra. Por fim, um projeto arquitetônico que se baseia nesta leitura, tentando compreender, prever e suprir a necessidade das próximas gerações. PALAVRAS

CHAVE:

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Cultura,

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Urbano,

Esportes,

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Três,

Educação,

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Transporte,

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Singer.

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This work aims to be the object of a reflection of urban policies, social and cultural study of society. It seeks as a result through reflection, the well being of the population and the guarantee of a future and better solutions for the next generations. In this memorial we will enter the layers that influence an architectural project, which starts from the first inhabitants of Campinas, and all the historical facts that are a consequence of what the region is today. We will study the problems, the reasons for the problems and the solutions to them. Clarifying that a project can be a space of transformation for a region, and that can value it or scrap it depending on the look of the person who deciphers it. Finally, an architectural project that is based on this reading, trying to understand, predict and supply the need of the next KEY

WORDS:

Culture,

Urban,

Sports,

Three,

Education,

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Transport,

Singer.


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1. ONDE?

5. PROJETO

1.1 Região Metropolitana de Campinas 14 1.2 Cronologia 17 1.3 Campinas 19 1.3.1 Esporte e Cultura 21 1.3.2 Educação 23 1.3.3 Densidades 25 1.3.4 A zona Sul 27

5.1 Implantação 79 5.1.2 Planta cota 100 81 5.1.3 Planta cota 102,5 82 5.1.4 Planta cota 105 83 5.1.5 Planta cota 107,5 84 5.1.6 Planta cota 110 85 5.1.7 Planta cota 102,5 86 5.2 Materialidade 87 5.3 Estrutura 87 5.4 Dados técnicos 87

2. ESTUDO DA ÁREA 2.1 Fronteiras 33 2.2 2.3 2.4 2.5

Programa 35 Parques 37 Uso do Solo 37 Gabarito 37

6. MATERIAL GRÁFICO 6.1 Diagramas 90

6.2 Render noturno 92 7. CONCLUSÃO 7.1 O que aprendi 97

3. ESTUDOS DE CASO 3.1 Sesc Pompéia 42 3.2 Escalade 46 3.3 Maat 50 3.4 Father Duffy Square 54 4. PROPOSTA 4.1 4.2 4.3 4.4

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8. REFERÊNCIAS 8.1 Bibliografia 99

Tema 61 Área 63 Programa 66 Desenvolvimento 69

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O estudo começa à partir do nosso país, o Brasil situado na América do Sul, um país de clima tropical, com inúmeros problemas sociais e políticos, porém com uma enorme potencialidade de ser um país bom, mas infelizmente, a má gestão, e corrupção nos faz de um país ainda em desenvolvimento ou como dizem: de terceiro mundo. 12

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Dentro do Brasil, o estado de São Paulo se destaca pela grande diversidade de pessoas e classes sociais, diversos migrantes vão para este estado com a perspectiva de uma vida melhor e mais digna, muitos atrás de um trabalho formal, informal ou em busca de uma educação melhor. O estado de São Paulo é coração do Brasil, e é de lá as principais empresas e universidades do país, e também o maior índice de diversidade por km quadrado. 13


RM S.J. RIO PRETO

RM PRESIDENTE PRUDENTE

REGIAO METROPOLITANA DE CAMPINAS 14

RM BAURU


RM RIBEIRAO PRETO

RM CAMPINAS RM jundiai

RM SOROCAba

RM sao paulo

rm s.j. campos

RM santos

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Em São Paulo está a região metropolitana de Campinas, nascida do processo de urbanização iniciado nos anos 50 e acelerado na década de 70 com o aprofundamento da industrialização do país, é composta pelas cidades de Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara D’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Que são interligadas por um Sistema viário bastante ramificado. Por conta disto e da revolução industrial, possui uma economia agroindustrial vasta, e conta com o Segundo maior terminal aéreo de carga do país, o Viracopos que será nosso objeto de estudo. REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS

O sistema viário é ligado pelas seguintes rodovias: Rodovia Bandeirantes, Rodovias Anhanguera, Rodovia Santos Dumont e Rodovia Dom Pedro, estas ligam Campinas ( a região polarizadora às outras cidades). E no dia-a-dia, são utilizadas para transportar pessoas para o trabalho, escola e lazer ligando uma cidade à outra. Possui uma estrutura consolidada no ramo industrial, têxtil, de pesquisa e com economia em crescimento. Portanto, em decorrência destes fatores, muitas pessoas das cidades vizinhas de Campinas migram todos os dias, ou quando necessário, para ter algum tipo de serviço de demanda específica. Um bom exemplo, são as universidades

da cidade, como UNICAMP e PUCCAMP, que têm diversos alunos de cidades vizinhas como Americana, Mogi-Mirim, Valinhos... E também vale citar o movimento da rodovia durante os horários de rush (que conectam Campinas à outras cidades). Falando um pouco mais sobre o aeroporto, Viracopos é o segundo maior aeroporto de cargas do Brasil (possui também voôs comerciais), possuindo portanto em seu entorno, um distrito industrial, também com descarga para as principais rodovias da cidade, sendo um ponto estratégico de implantação.

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O processo de articulação urbana dado entre a cidade de Campinas e os municípios que a ela fazem limite foi consequência da expansão urbana observada na região a partir dos anos 70. Tratava-se de uma crescente horizontalização e periferização dos espaços urbanizados que se consolidou na região sudoeste de expansão do município, na direção das cidades de Sumaré, Indaiatuba, Monte Mor e Hortolândia, compreendendo, portanto, a área de estudo selecionada para este Trabalho Final de Graduação. Ao longo da via Anhanguera, a expansão urbana se deu principalmente em decorrência da instalação de indústrias, em função do processo de interiorização do desenvolvimento que, por sua vez, favoreceu grandes eixos rodoviários regionais. Essa expansão não apresenta descontinuidade de ocupação, o que

REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA

BAIRRO RURAL DO MATO GROSSO

EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA

1842 1721

1916 1889

CIDADE DE CAMPINAS INAUGURAÇÃO DA COMPANHIA PAULISTA DAS ESTRADAS DE FERRO (CAMPINAS - JUNDIAÍ) LINHA DO TEMPO

TRANSPORTE RODOVIÁRIO NO BRASIL

CONSTRUÇÃO DA RODOVIA ANHANGUERA

FONTE: ELABORADO PELO PRÓPRIO AUTOR

FUNDAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS

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VIRACOPOS RECEBE A PRIMEIRA ESTAÇÃO DE PASSAGEIROS

1934 1932

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1960 1950

PLANO PRESTES MAIA

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configura uma mancha urbana de caráter contínuo, se estendendo até Americana e trabalhando na articulação entre a economia, o mercado de trabalho e a vida desse conjunto de municípios. Tal movimento, que culminou na periferização da região, foi fortalecido pela abertura do Aeroporto de Viracopos o principal equipamento das imediações da área estudada, pela implantação do Distrito Industrial de Campinas e pela construção de diversos conjuntos habitacionais. No que diz respeito à região da Anhanguera-interior, temse uma caracterização marcada pela localização de populações de baixa renda. Em contrapartida, na região que segue em direção a Valinhos e Vinhedo, verifica-se uma ocupação de renda média e alta.

APROVAÇÃOD E LOTEAMENTOS PARA DESASTRE AÉREO CAMPO DE OPERAÇÕES FINS URBANOS E MATOU 52 PESSOAS AÉREAS COMERCIAIS

1930 1920

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IMPLANTAÇÃO DOS PLANO DIRETOR DO DICS PREFEITO JACOR BITTAR

1970 1961

1980 1974

2006 1991

HOMOLOGAÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO DOS FLUXOS VIRACOPOS MIGRATÓRIOS LOTEAMENTOS À FIZERAM A CIDADE NORDESTE DO CATEGORIA DUPLICAR DE AEROPORTO INTERNACIONAL TAMANHO INÍCIO DAS OCUPAÇÕES DO PLANO PRELIMINAR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO 17

PROJETO DE AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO

CRIAÇÃO DA RODOVIA SANTOS DUMONT

2012

CRIAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS LEI ESTADUAL 870


SENTIDO AMERICANA

SUMARE

ANTES LARO

HORTOLANDIA

ITATINGA OURO VERDE

AEROPORTO VIRACOPOS

INDAIATUBA 18

ROD. BANDEIRANTES


ROD. DOM PEDRO SENTIDO JACAREI

VALINHOS

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É um dos maiores polos tecnológicos do país, com grandes empresas situadas próximas às rodovias que garantem a boa economia da cidade. A situação social da cidade é bastante dividida, sendo que na área norte situa-se melhor infraestrutura e poder aquisitivo (universidades, shoppings, transporte, lazer, educação e saúde) e na área sul situa-se uma região esquecida pelos administradores sem infraestrutura, saúde, lazer e educação, porém com uma enorme potencialidade oferecida pelo Aeroporto Viracopos, que hoje (já expandido) possui um projeto de expansão, valorizando e gerando novas demandas para a região.

VINHEDO

LOUVEIRA ROD. ANHANGUERA

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CAMPINAS

FONTE: ELABORADO PELO PRÓPRIO AUTOR


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EQUIPAMENTOS DE ESPORTE E CULTURA FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS

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Nota-se neste mapa de equipamentos de esporte e cutltura que a área central é a mais provida de equipamentos de esporte, polarizando a cidade de Campinas e região; A região sul e norte da cidade tem carência destes equipamentos, e não possuem sistema de transporte básico para se deslocarem para este ponto nodal.. 21


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EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS

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Neste mapa de educação, nota-se uma distribuição de pontos consideravelmente homogência, porém não estã proporcional à desidade demográfica da região, sendo mais uma vez, a região norte e sul a menos providas de educação.. 23


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DENSIDADE FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS

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Apesar da educação,c cultura e esporte serem mais concretados nas regiões centro-norte, percebe-se que a área mais densa da cidade concentra-se na região Sul. Isso ocorre por conta do distrito industrial existente próximo ao aeroporto Viracops, e alta taxa de migração. Todo este histórico contribuiu para a instalação de moradias irregulares, pobreza e a alto índice de violência. Mas por quê esta área com mais demanda possui menos oferta de equipamentos? 25


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Por conta da extrema demanda de infraestrutura e planejamento urbano, selecionamos a região Sul como objeto de estudo para esse trabalho, e tem como limites físicos as rodovias Santos Dumont, Bandeirantes e Lix da Cunha. Trata-se de um vazio urbano entre dois bairros já consolidados, segregados da cidade e entre si: a Vila América e Jardim Campo Belo. A região possui uma problemática urbana recorrente nas cidades brasileiras desprovidas de um planejamento urbano consciente. A área de estudo e seus bairros limítrofes são um claro exemplo de segregação urbana como resultado da especulação imobiliária. Sobretudo os bairros já consolidados, cumprem o precário papel de “ilhas urbanas” e tem o seu direito à cidade comprometido através da clara presença de barreiras físicas, sobretudo as rodovias, de dificílima transposição e, portanto, difícil acesso aos demais bairros e equipamentos da cidade. Outro fator importante que vem à tona ao analisar a região, é o conceito de ilegalidade, visto que o Jardim Campo Belo foi fundado a partir de uma ocupação ilegal. Trata-se de uma área isolada da cidade, que faz fronteira com o Aeroporto Internacional de Viracopos e sofre diariamente com os ruídos gerados pela movimentação aeroportuária, além das restrições legais para apropriação do espaço para vida urbana, fatores que são de desinteresse à especulação imobiliária e, portanto, de interesse à classe não possuidora de capital para tanto. Essas condições legais, somadas às condições morfológicas induziram a ocupação ilegal da área.

REGIÃO AEROPORTUÁRIA

FONTE: ELABORADO PELO PRÓPRIO AUTOR

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F R O N T E I R A S

A prioridade desta intervenção urbana, foi excluir as fronteiras existentes na área, conectando todas as regiões à cidade de Campinas e região metropolitana. Organizando e conectando o bairro com uma hierarquia de vias e implantação de linha de transporte público, como o BRT E VLT. Estabeleceu-se uma centralidade na área, onde se situará os principais equipamentos supridores de maiores demandas. Próximas às nascentes, criaram-se parques para garantir o lazer da população e também a preservação da natureza local. Sentimos também, a partir de estudos realizados do país, estado, cidade e região a necessidade de implantar ZEIS, hotel, creches, terminal urbano, escola agrícola, centro cultural e também o Centro Três,

PROJETO FRONTEIRAS

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FONTE: ELABORADO PELO PRÓPRIO AUTOR


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BRT VLT

CORREDOR VERDE MACIÇO ARBÓREO

ACESSOS PRINCIPAIS

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IMPLANTAÇÃO FRONTEIRAS

FONTE: ELABORADO PELO PRÓPRIO AUTOR

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É proposto um novo sistema viário, que prioriza transportes alternativos limpos, valoriza o pedestre através da criação de eixos pedonais que, por sua vez, foram desenhados de maneira a interligar de forma direta os principais equipamentos propostos na região. Há também um incentivo ao ciclista através de ciclovias, A proposta de implantação de linhas de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), Transporte Rápido por Ônibus (BRT), extrapolam os limites da área de projeto e promovem conexões com os demais bairros da cidade. Trata-se de uma alternativa para otimizar a forma de se transportar coletivamente. Para a articulação no interior da área, foi proposto ainda um bonde que interliga os parques do projeto. Além disso, foi pensada uma nova malha viária que configura o desenho urbano onde antes existia um vazio, promovendo articulações entre todos os setores do projeto através de vias locais, coletoras e arteriais 35


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Valendo-se da vegetação e dos cursos d’água pré-existentes, foram projetados parques de diferentes portesque visam a melhoria da qualidade de vida urbana da população residente dessa nova centralidade da cidade de Campinas. Os novos parques denominados Parque Ecológico Pedra Branca, Parque das Sensações e Jardim Botânico das Ligações funcionam de maneira a combater as ilhas de calor recorrentes nas cidades brasileiras, consequências do clima tropical somada a alta impermeabilidade do solo e ao aquecimento global. Além disso, auxiliam na barragem do ruído das rodovias. No interior do parque foram destinadas áreas para atividades como caminhada, nado, pedalinho, trilha, cinema ao ar livre, entre outras.

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De acordo com a dinâmica urbana pensada para cada região da área de intervenção, foi definido o mapa de uso do solo. Onde projeta-se a principal centralidade, o uso é predominantemente comercial. As quadras lindeiras às rodovias foram destinadas às indústrias limpas, dada a facilidade logística. As quadras de uso institucional foram dispostas de acordo com as necessidades da população e pensando em qual seria o local mais apropriado para a implantção de cada equipamento. Foram definidas, ainda, as quadras de uso misto, que compreendem a maioria da proposta e, por fim, as áreas de uso predominantemente residencial, onde se prevê que ajam comércios de caráter local.

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Os principais equipamentos, a área destinada às indústrias limpas, as vilas residenciais e quadras de uso predominantemente residencial foram projetadas para terem edificações com até 3 pavimentos. As quadras lindeiras à área rural e às principais vias foram projetadas para edificações de 4 a 6 pavimentos, com o intuito de trazer uma dinâmica diferente das zonas predominantemente residenciais. As quadras da principal centralidade da área, por sua vez, foram propostas com um gabarito de 7 a 10 pavimentos, afim de induzir maior fluxo de pessoas. O gabarito foi pensado também para valorizar a paisagem. 36


DIAGRAMAS DE IMPLANTAÇÃO

FONTE: ELABORADO PELO PRÓPRIO AUTOR

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SETORES - FRONTEIRAS

FONTE: ELABORADO PELO PRÓPRIO AUTOR

Os setores que rodeiam a área escolhida são as centrais e de uso misto, com maior movimento de pessoas. Estas quadras em tese terão maior movimento durante o horário comercial, reavivando a área de lazer (centro três) e com menor movimento durante os finais de semana, permitindo que o centro três tenha o fluxo facilitado para receber as pessoas da região. 38


SETORES - FRONTEIRAS

FONTE: ELABORADO PELO PRÓPRIO AUTOR

Por conta das restrições aeroportuárias, os gabaritos não podem exceder 6 pavimentos, tornando assim uma região com maior densidade, demanda e movimento de pessoas. 39


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É um desafio encontrar estudos de caso que se adequem exatamente ao programa, estética e paisagismo que gostaríamos de nos inspirar. Portanto, reservei fragmentos de casos que foram fontes de reflexão, inspiração e crítica para o meu projeto.

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SESC POMPÉIA

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FOTOGRAFIA: PEDRO KOK


PRIMEIRO NÍVEL

FONTE: WIKIARQUITERTURA

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TEATRO

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FOTOGRAFIA: PEDRO KOK


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O SESC é um programa que deu certo, com o programa que abrange a cultura (com o teatro), educação (com as oficinas) e lazer (esportes) em um complexo situado em diversas regiões do Brasil, esta em especial, projetada pela saudosa arquiteta Lina Bo Bardi, situada na região de Pompéia, São Paulo. O projeto reaproveita uma edificação pré-existente e abre para a população. Possui 5 módulos: 1- O módulo que engloba exposições, biblioteca e área de estar; 2- Teatro 3- Oficinas 4- Praça de alimentação 5- Centro de esporte e lazer Unificando estes programas em um só, gerando atrativos para a população

QUADRAS POLIESPORTIVAS FOTOGRAFIA: BEATRIZ MARQUES

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PERSPECTIVA EXTERNA

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FONTE: NEW WAVE ARCHITECTURE


SEÇÕES

FONTE: NEW WAVE ARCHITECTURE

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FONTE: NEW WAVE ARCHITECTURE


PERSEPECTIVA NOTURNA

FONTE: NEW WAVE ARCHITECTURE

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O espaço de escaladas no Irã se inspira nas rochas de escaladas do Irã, com um deconstrutivismo justificado, o criador tira vantagem das características naturais propícias para a escalada, criando assim, artificialmente o cenário ideal para quem se aventura neste esporte. A topografia se mistura com o edifício, fazendo com que função e natureza se confundam. Vale ressaltar o respeito com o entorno casando perfeitamente com o propósito do programa. A interação entre programa, forma e conceito se torna homogênea. Já na concepção estrutural, há um módulo de pilares metálicos não ortogonais, com uma casca de estrutura metálica que sustentam toda esta forma. 49


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PERSPECTIVA EXTERNA

FONTE: AL_A


IMPLANTAÇÃO

FONTE: AL_A

INSOLAÇÃO FONTE: AL_A

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O museu, projetado pela arquiteta Amanda Levete estabelece um diálogo entre a cidade e a natureza, sendo o próprio projeto mediador e intermediário entre os dois. Torna-se um espaço de conexão entre dois paralelos opostos. É um edifício que dialoga com tudo, com a natureza, cidade e as pessoas, se torna um edifício vivo, pela forma com que é utilizado pelas pessoas; ora se torna montanha, ora cobertura, ora espaço de passagem, ora espaço de estar. O ecletismo deste edifício foi a cereja do bolo para o conjunto de referências do centro três, pois vejo neste projeto um espaço multifacetado, dispensando os famosos “quatro lados” e se torna redondo e infinito, mesmo sendo apenas um.

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FONTE: DEZEEN


SISTEMA CONSTRUTIVO FONTE: DEZEEN

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DIAGRAMAS

FONTE: DEZEEN

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CHOI ROPIHA, PERKINS EASTMAN E PKSB ARCHITECTS

Uma das mais famosas escadarias do mundo, a escada se localiza na Times Square em Nova Iorque foi projetada com o propósito de criar um lugar prazeroso em maio ao caos. Este projeto se tornou referência para o projeto paisagístico do centro três, já que o a área selecionada próxima ao Viracopos é muito extensa, criando vários “não-lugares” (era necessário criar espaços). Portanto, baseando-se na ideia dos arquitetos de NY, a criação de um lugar de múltiplas funções como por exemplo: mirante, espaço para descanso e venda de guichês se tornou inspiração para criar as minhas próprias praças-mirantes distribuídas na área do centro três.

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Este programa tem como objetivo retirar as fronteiras, diminuir a criminalidade, tráfico de drogas, aumentar o nível de educação e qualificação para o jovem. Acima de tudo, construir um espaço público, mas de uso coletivo para as pessoas, para que elas se conheçam e que se torne um ponto nodal diante de todas as diferenças notadas, sendo o primeiro passo para uma sociedade mais igualitária. No estudo na etapa do PRÉ-TFG, notamos diversos problemas na escala da cidade e da região. Dentre todos, os principais são a falta de lazer, criminalidade, infra-estrutura, cultura e educação.

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FONTE: CORREIO POPULAR E DO PRÓPRIO AUTOR


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O problema social está diretamente ligado à educação fornecida para as pessoas. Porém, não basta a educação fundamental lecionada nas escolas, a educação tem que partir da escola, dos pais, das companhias, ou como somos disciplinados na nossa formação como pessoa. Portanto, proponho o Centro Três de Educação Urbana, que agrega três principais transformadores de uma sociedade: A cultura, o esporte e a educação. Observei ao estudar a região, a falta de opção para os jovens e adolescentes da região, não há parques, praças, oficinas... Infelizmente, gerando oportunidade para o aliciamento de menores para o tráfico de drogas e criminalidade (já que a região tem altos índices de tráfico de drogas, violência e crianças fora da escola). Este tipo de iniciativa já acontece no Brasil inteiro, como nas comunidade do Rio de Janeiro, onde ocorre diversos tipos de incentivo à cultura, retirando as crianças e adolescentes das ruas. Um outro ponto importante é que nesta proposta, é que, com o suporte do novo sistema de transporte público, não existirá mais fronteiras entre as regiões norte e sul, e todos podem utilizar o espaço, gerando assim um espaço para todos, não para uma classe social específica (como hoje aprendemos que existe educação de rico e de pobre), esta educação será para todos. Um espaço de transformação.

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Antes da intervenção urbana, nesta área havia um centro de distribuição “Galpão Arcel Viracopos”, oferecem serviço de “retail” para grandes empresas, porém após o levantamento de dados, foi decidido que este galpão seria realocado para outra região, já que o programa a ser inserido na etapa individual teria um papel social transformador nesta área. Foi selecionado uma área de 7 hectares para suprir a demanda oferecida pelo programa. O critério para selecionar a área era estabelecer um local democrático, onde abrengesse a cidade, o bairro e a região metropolitana. Com isso, o primeiro passo foi acompanhar as áreas por onde o transporte público passaria: como neste caso o BRT, após este filtro, seria necessário espaço para a implantação do edifício esportivo, e também área de fácil acesso para o módulo cultural (já que neste projeto, estamos focando em um espaço da cidade, do bairro, da região, e também nos modais de transporte: carro, transporte público e andando.) A quadra situada próxima à lagoa SINGER foi dividida em 5 quadras gerando maior articulação do bairro e abrindo novas possibilidades uso, já que se trata de uma região nobre para programas que atendam à população local e regional. O principal acesso do terreno é a Rodovia Santos Dumont, rua local e Via de BRT.

AONDE

FONTE: ELABORADO PELO PRÓPRIO AUTOR

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Com o auxílio do próprio entorno, foi decido que os programas seriam divididos em três blocos: o cultural (próximo à rodovia Santos Dumont, com o intuito de atrair as pessoas da região metropolitana para as atrações culturais; o esportivo (utilizando e revitalizando a empresa já existente, teria o auxílio do BRT proposto no programa urbano facilitando o transporte, polarizando e recebendo mais pessoas para este equipamento; e por fim, o educacional, que também teria sua função de abranger a região metropolitana, mas principalmente, suprindo a demanda do próprio bairro, pois como observamos, a situação atual social precisa disso para reverter os males causados por uma ocupação de terra-sem-lei.

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O edifício cultural conta com salas de cinema, teatro e exposições. Neste programa a intenção é fazer com que com a força que a nova modalidade de transporte implantada no bairro (BRT) traga mais pessoas para a nossa região. Portanto, ela será implantada lindeira à Rodovia Santos Dumont. Este edifício se abrirá para a Região Metropolitana.

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A área educacional será um espaço para oficinas profissionalizantes e ateliers. Como no projeto do SESC Pompéia , a idéia é criar oferta e demanda para a região, qualificando a mão de obra e gerando empregos. Espaço HIGH TECH de uso público para a população e biblioteca com área de estudos. ÁREA CONSTRUÍDA: 3428 metros quadrados

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O edifício esportivo será implantado próximo à represa Singer. A implantação deste módulo se dá por conta das pontecialidades naturais pré-existentes como a mata densa e a represa . A área esportiva, fica ao centro do terreno, e se abre tanto para o bairro novo, mas também para o bairro, se tornando um ponto nodal entre os pontos culturais e educacionais. ÁREA CONSTRUÍDA: 3428 metros quadrados

ÁREA CONSTRUÍDA: 12346 metros quadrados ÁREA OCUPADA: 4000 metros quadrados

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ÁREA OCUPADA: 2224 metros quadrados

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DIAGRAMA DE IMPLANTAÇÃO

FONTE: ELABORADO PELO PRÓPRIO AUTOR

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ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO

FONTE: ELABORADO PELO PRÓPRIO AUTOR

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No início da intervenção da quadra, foi delimitado uma quadra extremamente grande (com a intenção de ser uma mega quadra com eixos pedonais sem a presença de vias par a carros), porém, por ser uma área de extremo significado para o bairro, foi decido dividir esta mega quadra em 5 quadras para garantir maior diversidade de usos. O conceito inicial de implantação foi definido à partir das necessidades observadas através dos estudos urbanos do pré-tfg. A intenção é tirar maior proveito do entorno, como nestes diagramas, observa-se o estudo da insolação, ventilação e acessos, e também na parte natural, como a represa Singer. As entradas principais serão delimitadas através dos modais de transporte e função de cada edifício. Após a divisão de quadras, a área mudou de escala, porém o conceito e organização espacial se mantiveram iguais.

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CULTURAL EDUCACIONAL ADMINISTRATIVO ESPORTIVO

Após a divisão das quadras, já com um terreno menor, a ideia inicial era estabelecer 4 programas distintos: cultural, esportivo, educacional e um módulo administrativo, para que este bloco administrativo pudesse também ser um equipamento para a região. Neste primeiro traço, o edifício cultural ainda não está articulado com o terreno, e também não há um gerenciamento de fluxos do projeto.

Com a reavaliação das demandas da região, houve o redimensionamento das áreas necessárias para o bloco educacional, administrativo e esportivo, que diminuíram significativamente, aumentando a área livre do terreno. E também, começou a desconstrução do edifício cultural, para proporcionar mais leveza e priorizar as visuais. 72


Em decorrência do aumento da área livre do terreno, foi necessário criar atrações para a área e começar a enxerga-la na escala de parque, portanto, o primeiro passa foi trazer a represa para dentro, a fim de utilizar o potencial desta empresa para o bloco esportivo. O bloco administrativo foi extinto, por conta de uma reavaliação do programa e também pelo rearranjo do uso quadras vizinhas (as quadras vizinhas suprirão a demanda de espaço administrativo de co-working). E também, os três blocos existentes poderiam ter a sua própria área administrativa. Quanto aos blocos arquitetônicos, a articulação dos edifícios continuava, desta vez tentando trazer unidade para a leitura do observador.

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Por estar implantado em uma escala de parque, era necessário criar uma cobertura que garantisse abrigo nas horas de chuva para os visitantes, portanto, no primeiro momento, foram articulados grandes braços entre o edifício esportivo, educacional e cultural (que a princípio nesta implantação tinha a função de cobertura). A topografia ainda não estava articulada.

Para garantir mais qualidade para este parque, foi projetado externamente um teatro a céu-aberto, que tem relação direta com o edifício cultural (o teatro do edifício cultural abre para fora, olhando para as arquibancadas, e edifícios culturais). Começara, os primeiros traços de caminhos de cooper e ciclovias e a definição do desenho da represa Singer dentro do terreno. 74


MAQUETE FÍSICA

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Nesta implantação final, a cobertura (as coberturas citadas no diagrama 4) que permaneceu foi apenas a que liga o edifício educacional ao esportivo, e o restante dos braços seriam a transição entre a topografia (terra) e a construção (concreto), tornando o edifício totalmente interativo, ora as pessoas andam em cima, têm acesso ao cultural, assistem vôlei, apreciam a vista da represa... A intenção é tornar o espaço livre, e não determinar uma escada, arquibancada... o espaço é o que o sujeito quer que o espaço seja. Em relação ao restante das áreas livres, foram criadas praças-mirantes para que as pessoas possam estar em um outro patamar olhando tudo acima da copa das árvores (como no duffy square em NY, porém a relação é pessoa-natureza e não pessoa-edificação). Também próximo ao edifício esportivo, estabeleceuse quadras poliesportivas como porta de entrada do edifício cultural. E a represa se torna parte do programa, servindo como área para prática de esportes aquáticos. Quanto aos acessos principais, o acesso do edifício cultural se dá pela rua na cota 105 (marginal da Santos Dumont) e a entrada na cota 100, gerando uma espécie de controle de entrada natural para o edifício, o mesmo acontece com as docas (porém com um acesso mais privativo). O edifício educacional está com acesso principal para a rua 01 e 02 ou (intrabairro). Já o esportivo, têm acesso principal do BRT e da rua 02 (intra-bairro). A prioridade deste projeto é tirar proveito do transporte público implantado na área “fronteiras” porém, como a intenção é atingir a maior quantidade de pessoas, foi democrático criar bolsões de estacionamento próximos aos edifícios com vagas para carro, moto e bicicleta, e um especial para os ônibus (no caso de excursões ou circulares). Com isto, a implantação se tornou homogênea. E pretende abrigar neste espaço, o maior número de funções sociais que pode ter, para cumprir a meta de ser um espaço de transformação para a região de Campinas. 79


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PLANTA LEVEL 100

CORTE AA

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PLANTA LEVEL 102,50

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PLANTA LEVEL 105 CORTE BB

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PLANTA LEVEL 107,50

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PLANTA LEVEL 110

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PLANTA LEVEL 107,50

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Os principal material adotado é concreto aparente, que remete à cidade, respeitando a tradição, que se funde com a parede verde, onde há a fusão entre natureza e cidade, concreto, estrutura e terra, criando também unidade com o BRT projetado no plano-urbano (prétfg). Em pontos específicos do projeto há praças e calçadas em deck de madeira rústico, com madeira trazido da propria região, ora mesclada com piso de pedra (da pedreira vizinha à área de intervenção). A intenção é buscar a harmonia entre natureza o sintético, criando uma “selva-de-pedra” e priorizando a versatilidade e durabilidade do concreto: têm função de cobertura, piso e vedação.

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A estrutura adotada para este projeto foi a estrutura metálica para garantir maiores vãos proporcionando maior leveza. E também um dos requisitos foi pela “maleabilidade” para esculpir e estruturar o projeto. Garantindo também a economia de material na hora da execução (por se tratar de uma obra com preço elevado, esse tópico se torna essencial), precisão maior na dimensão, e também a reciclagem dos próprio produto, pois pode ser derretido e reutilizado novamente, gerando uma obra mais limpa e com menos desperdícios.

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MANTA IMPERMEABILIZANTE CONCRETO

O conforto térmico e acústico será garantido pela “lã-de-rocha” que é um isolante térmico e acústico e de fácil manuseio, que pode ser aplicado em forros, divisórias, e dutos de ar condicionado. A vantagem desta lã é que se trata de um material que se encontra facilmente na região, e possui um custo benefício excelente com boa performance. Esta lã será aplicada nos dutos de ar condicionado dos edifícios, divisórias, e exercerá grande importância nos teatros, cinemas e ateliers.

VIGA METALICA TRELICADA

VIGA EM “I” MANTA TERMICA

METAL DECK

PLACA REVESTIMENTO EXTERNO

CONCRETO

PISO ELEVADO PILAR METALICO

CORTE DD

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LEVEL 100

LEVEL 102,5

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LEVEL 107,5

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Ao fim deste novo começo, percebo que a arquitetura é uma grande ferramenta de manipulação, para o lado bom ou ruim. Nós agora arquitetos, temos que ter primor e cuidado ao pensar arquitetura, e ao pensar que cada traço do papel pode mudar a vida de uma pessoa ou influenciar na história de uma geração. Acredito que a lição que levo desta graduação é que nós arquitetos, não somos apenas responsáveis por construir casas, conceber estruturas ou edifícios. Nós somos artistas: esculpimos um mundo do qual idealizamos, vivemos num mundo onde nada é concreto, mundo de ideais. E cabe a nós, com esta visão, não desistir deste mundo e tentar torna-lo real para as pessoas, para quem sabe, fazermos parte de alguma mudança positiva na vida delas. A cada projeto (mesmo que fictício até então), tiro um aprendizado real, e neste em especial, só desejo que o mundo de desigualdade em que vivemos se torne mais homogêneo, que as fronteiras criadas pelo homem se desfaçam através das pontes criadas pelos arquitetos. Com muito orgulho, expresso todo o aprendizado adquirido neste memorial, que com esforço, posso dizer que irei tentar fazer a minha parte: a de criar pontes, esculpir, proteger e exercer meu papel social como arquiteta.

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FERREIRA, João Sette Whitaker. Perspectivas e desafios para o jovem arquiteto no Brasil: Qual o papel da profissão? Julho, 2016. Disponível em: <http://www. vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.133/3950> Acesso em 10 de maio de 2016

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Histórico dos planos urbanísticos e planos diretores de Campinas. Disponível em: <Histórico dos Planos Urbanísticos e Planos Diretores de Campinas > Acesso em 24 de maio de 2016

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MARICATO, Erminia. Habitação e Cidade. Edição 20, Brasil, Atual. 7/2004

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FILHO, Manoel Alves. Tecnologia é ferramenta na investigação da distribuição espacial da criminalidade em Campinas: Geoprocessamento é usado no estudo da violência. Disponível em: <https://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/ abril2004/ju249pag12.html> Acesso em 09 de junho de 2016 BUENO, Laura Machado de; SOUZA,Paulo Domingos de. Empreendimentos aeroportuários e seus impactos: O caso de Viracopos. Disponível em: <http://pe-

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