2- Integrações
Esta temática aborda as relações que se produzem entre arquitetura e contexto físico e cultural, e as respostas que VPRG Arquitetos formula para integrar a produção em diferentes situações, que foram agrupadas em quatro áreas de pensamento: 1-Relações entre arquitetura e cidade 2-Relações entre arquitetura nova e arquitetura existente 3-Relações entre arquitetura e contexto 4-Relações entre arquitetura e paisagem
2.1- Arquitetura e cidade
A integração entre arquitetura e cidade é um tema universal e sempre presente na disciplina. A cidade, manifestação cultural por excelência, constitui a conjunção organizada de todas as arquiteturas. É possível ler nela uma ordem implícita, que determina uma hierarquia de objetos que traduzem os valores que possui a sociedade que a habita. A compreensão dessa ordem se torna essencial ao anexar novas peças à complexa trama de objetos que a compõe. Entender quando um objeto deve tornar se estruturante de uma determinada situação ou, pelo contrario, acompanhante ou coadjuvante de uma realidade urbana, resulta fundamental no ato de incorporar novos edifícios à estrutura existente da cidade.
A idéia de cidade conformada por monumentos estruturantes da sua imagem e por uma trama de espaços e objetos que dá forma ao conglomerado urbano está presente nas atitudes com que o escritório assume a integração de novos edifícios nas estruturas existentes. O edifício residencial em altura é o tipo arquitetônico que configura a cidade moderna, elemento que por repetição define sua imagem. Esta tipologia, transformada num dos maiores objetos de consumo da sociedade contemporânea, está sujeita a inúmeras condicionantes: as urbanísticas, que definem alturas, recuos, taxas de ocupação e, em alguns casos, até a sua concepção tipológica; as comerciais, que definem tamanhos e organização dos apartamentos e áreas sociais segundo as leis do mercado imobiliário; as imposições das construtoras, que determinam materiais, soluções construtivas e até recursos formais consagrados em função do menor custo de construção e da sua aceitação social e comercial. Neste contexto, as experimentações espaciais e as especulações morfológicas ficam limitadas a esses condicionamentos do mercado imobiliário.