checksound nr 12

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ficha técnica

editorial

Proprietário Rúben Viegas Director Geral Rúben Viegas Directora Editorial Susana Pinto Design e Paginação Teresa Bento, Vitor Luis Fotografia Rúben Viegas, António Nascimento, Ricardo Costa, Mónica Moitas, Miguel Duarte, Cláudia Andrade, João Ribeiro, Paulo Tavares, Carina Martins, Ivo Mendes, André Henriques Colaboradores Andreia Silva, Telma Guerreiro, David Rafael, Jorge Mestre, Tiago Rodrigues, Paulo Duarte Internet Susana Pinto Publicidade | Director Comercial Vitor Luis Periodicidade Mensal Registo na ERC nr. 125369

Neste mês de Fevereiro, temos para vocês grandes concertos que se realizaram em várias casas de espectáculos, Maxime, MusicBox, Coliseu de Lisboa, In Live Café na Moita, Casino de Lisboa, Casa da Música no Porto, São Mamede Centro de Artes e Espectáculos, Centro Cultural de Belém, Arcádia Rock Bar em Faro, procurando assim abranger cada vez mais a nossa cobertura de reportagem, tentando através do nosso trabalho por os nossos leitores nesses sítios, como se lá estivessem estado, onde irão adquirir o conhecimento através de nós de determinados sítios que provavelmente podem desconhecer. Ainda longe do Verão e já se fala nos míticos e grandiosos festivais, que nos brindam com bandas de grande qualidade e qualidade de organização nesses mesmo eventos. Para abrir em grande tivemos a confirmação de Depeche Mode no Porto, The Killers e Duffy no Festival Super Bock Super Rock em Lisboa. Boa aposta esta da promotora Música no Coração, em dividir este festival pelas áreas do Porto e de Lisboa, como já aconteceu o ano passado com o acto 1 e o acto 2 do evento, penso eu que a voz de muitos festivaleiros foi ouvida, tentando assim descentralizar Lisboa, onde tudo e mais alguma coisa acontece, quem sabe se o próximo passo será algum novo festival no Algarve, era de facto uma grande aposta visto que nesta região no Verão a sua população aumenta muito e o seu clima e praias dão-nos agradáveis noites e espaços de lazer. Seguindo-se o Festival Optimus Alive! que para além de fazer dois anos de existência já se impôs com garra no calendário de todos os festivaleiros do país, dando-nos para já Metallica, Spliknot, Mastodon, procurando criar um primeiro dia de festival, para o pessoal que gosta de música de peso e de grande qualidade, onde temos também já confirmado para o último dia Dave Matthews Band. Qualidade para todos os gostos irá estar certamente presente, até mesmo com bandas que muitos irão ficar a conhecer e a passar a ouvir no seu dia-a-dia. Irá ser de certo um Verão cheio de novidades e com grandes concertos para todos os gostos. Preparem-se para o número 13 da CheckSound, a edição de Maio irá ter um grande leque de concertos que se realizaram em Fevereiro, dando-nos oportunidade de vos dar muitas reportagens, com grande toque de fotojornalismo. Espero que muitos de vocês consigam esquecer a crise do país com boa música. E peço a todos vocês que nos continuem a apoiar como têm feito até hoje. Keep the music alive in your hearts !

índice

2 a 3 Ficha Técnica, Editorial, 4 a 19 13 Degrees to Chaos,

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Índice, Cartoon For The Glory, No Turning Back, Vultures 20 a 23 Stomp 24 a 37 Hacksaw, Square, Studi Hunters, Moonspell 38 a 45 Sator, In Tha Umbra 46 a 53 The Sullen, Capitão Fantasma 54 a 61 Blaze, The Hypers 62 a 65 Maria João 66 a 77 Disarm You, Porn Sheep Hospital, Suchi Rucara 78 a 81 The Fall 82 a 85 The Profilers 86 a 89 Deolinda 90 a 109 Fotobook: Suicide Girls - Tiffini 110 a 111 Destaques 112 a 113 Reviews

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6 DEZEMBRO 2008 MONTIJO

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FOTOS IVO MENDES

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6 JANEIRO CASINO, LISBOA

FOTOS GAB. IMPRENSA, CASINO DE LISBOA

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9 JANEIRO Sテグ MAMEDE, GUIMARテウS

FOTOS JOテグ RIBEIRO

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9 JANEIRO ARCÁDIA BAR, FARO

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FOTOS RÚBEN VIEGAS

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10 JANEIRO INLIVE CAFFE, MOITA

FOTOS ANTÓNIO NASCIMENTO

TEXTO TELMA GUERREIRO

O In Live Café recebeu este sábado, num concerto organizado pela Rock Lab produções, dois elementos do rock português, com The Sullens a abrirem a noite e a mostrarem a sua garra. Podemos ouvir temas como “Kerosene”, “Nokesh blues”, ou “Petrified” em 45 minutos de disposições Roqueiras, num concerto agradável desta banda lisboeta.

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Dos Capitão Fantasma, não há muito a dizer, para além de já tínhamos saudades de os ver o vivo. Os maiores no seu género contagiante e frenético, sempre dispostos a transportarem-nos para os anos 50 de forma crua, desconcertante e revolucionária. O clube de fãs, sempre fiel à banda de Jorge Bruto, ele canta, grita, dança, voa por cima das nossas cabeças ao som dos temas “a ratoeira”, um “king machado” duro e violento, “mini má sorte”, e os mais recentes . “FACA“ (a vingança), “SOUTIEN NEGRO” e o tributo aos últimos 20 anos de carreira “NEM 20 ANOS” Tempo ainda para voltar ao passado com “assassino fantasma”,”hotel destino”, “lobisomem”, “cruela”, ou o já clássico “rock das caveiras”, aplaudido por uma multidão histérica e sempre presente, que mesmo neste tempo em que mal ouvimos falar deles, continuou a acompanhar a banda e até a trazer os mais pequenos para provar que é desde cedo que se incorpora e idealiza a música sempre rica, perturbadora e cheia de mensagem dos Capitão Fantasma e do seu mais recente e actual “Viva Cadáver”.

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14 JANEIRO MUSICBOX, LISBOA

FOTOS IVO MENDES

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15 JANEIRO CCB, LISBOA

FOTOS ANTÓNIO NASCIMENTO

Quer fosse a saudade, a curiosidade ou a vontade de estar num local aquecido nestas noites de inverno à beira-rio, a sala do CCB encontrava-se apinhada de gente para receber o espectáculo que Maria João no âmbito dos concertos do ciclo “Dose Dupla” tinha para nos oferecer, desta vez não com a formação a que nos habitou mas com um Pianista da “nova geração” como cari-nhosamente o apresentou, João Farinha, e o seu mais recente projecto baptizado de “Ogre” O colectivo, aqui apresentado pelos dois músicos, esta ainda a dar os primeiros passos, e introduz uma abordagem diferente à música que Maria João canta e remete para sons mais electrónicos, de fusão com um género mais contemporâneo, com o recurso a samplers, e ao órgão multifacetado do João. Para já, o reportório conta com temas tão diversos como “ A ilha” de Roberto carlos, o standard de jazz “There Will never be another You”, ou a lindíssima “Beatriz” de Chico Buarque, sem esquecer os temas em nome próprio com

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TEXTO TELMA GUERREIRO

“Parrots and Lions” e “Torrente” do álbum tralha da autoria da cantora. A noite fez-se de simplicidade, da humildade que já nos habituamos a ver na Maria, na partilha de como nasceu o “Ogre”, nas suas razões e vontades, bem como na musicalidade mais urbana do João, num misto de barroco, com o seu órgão a soar a Cravo, com o que há de mais tecnológico para os efeitos repetitivos da voz de Maria João, como pano de fundo para as suas cantigas, mas sempre com o tom de quem esta ainda a aprender com um longo e

promissor caminho, ao qual não vão ser alheios as motivações e o trabalho desta nova formação. Depois de mais de 90 minutos de boa musica e principalmente de boa companhia, houve ainda tempo para Dancing in The Dark de Bruce Springsteen que esperamos ouvir novamente em breve e o sempre mágico, em tom de Hino “Old Man” do Neil Young. João e João encontram-se no início de uma longa estrada que os fará sem dúvida vir a ser reconhecidos em breve e a descolarem-se daquilo que é para nós Maria João e o seu som dos últimos 25 anos, e que culminou nesta noite de esperança em novos desafios, em novas sonoridades em “When You Wish Upon a Star”.

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15 JANEIRO MUSICBOX, LISBOA

FOTOS IVO MENDES

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17 JANEIRO CASA DA MÚSICA, PORTO

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FOTOS ANDRÉ HENRIQUES

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17 JANEIRO MAXIME, LISBOA

FOTOS IVO MENDES

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25 JANEIRO CASA DA MÚSICA, PORTO

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FOTOS ANDRÉ HENRIQUES

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Tiffini

Hรก aproximadamente 2,000 belas SuicideGirls em todo o mundo

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THURSDAY COMMON EXISTENCE EPITAPH

ROLO TOMASSI HYSTERICS HASSLE

ONE HUNDRED STEPS HUMAN CLOUDS RASTILHO

IN:MOTION IN:MOTION n/a

soa a ROCK ALTERNATIVO, METAL para fãs de STAIND, DEFTONES, ALICE IN CHAINS

STORM & STRESS SIN Será desta a afirmação e confirmação de uma banda que sempre prometeu bastante? Cada vez menos Emo e mais Post-Hardcore. “As He Climbed The Dark Mountain” já toca em “repeat” há vários dias. Das músicas do ano, num, que será também certamente, dos melhores álbuns do ano.

Quem olha para a carinha bonita e santinha de Eva Spence, nunca poderia imaginar que de lá saísse tanta raiva e insanidade. Uma fascinante e surpreendente miscelânea de sons, que vagueiam entre o Post-Hardcore, Noisecore e até Indie. Para quem gosta de “loucura” de The Locust, An Albatross e These Arms Are Snakes.

Nem sempre o que é nacional é bom, mas neste caso o ditado aplica-se na perfeição. A Rastilho continua a surpreender-nos com as suas edições ecléticas. As influentes vão de More Than a Thousand a Poison The Well, passando por Norma Jean, The Used ou Funeral For A Friend. O Emocore nacional está vivo e recomenda-se!

LET IT BURN

soa a METALCORE, HARDCORE para fãs de INTEGRITY, THIS IS HELL, RUINER

SWITCHTENSE THE RISE OF SCIENCE CASEY n/a

THE CASTING OUT GO CRAZY! THROW FIREWORKS! n/a

NAPALM DEATH TIME WAITS FOR NO SLAVE CENTURY MEDIA

CONFRONTATION OF SOULS RASTILHO

soa a METAL, METALCORE para fãs de PANTERA, LAMB OF GOD, HATEBREED

OMAR RODRIGUEZ-LOPEZ OLD MONEY STONES THROW

soa a EXPERIMENTAL, ROCK, INSTRUMENTAL para fãs de THE MARS VOLTA, CRIME IN CHOIR Tinha tudo! Tinha tudo para um dos álbuns do ano! Mas tinha até demais, com extensivos interludes com conversas que abundam pelo álbum, coisa que ao todo é capaz de ser uns bons 30 minutos. Será que foi uma estratégia para nos acordar e fazer mudar para a próxima faixa? Para quem gosta de Circa Survive, Fiore e Engine Down.

O senhor Nathan Gray, outrora vocalista dos tão conceituados Boys Sets Fire, volta agora aos discos e com uma nova banda. Punk Hardcore de grande qualidade, também, outra coisa não seria de esperar.

Napalm é Napalm, nem se notam os anos a passar, Greenway está cada vez mais a passar do irmão mais velho que qualquer metaleiro queria ter para o pai que qualquer metaleiro queria ter. É Grind!? é Napalm!

RED SPAROWES APHORISMS SARGENT HOUSE

soa a ROCK INSTRUMENTAL, POST-ROCK

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para fãs de MOGWAI, PELICAN, RUSSIAN CIRCLES

TODAY WE RISE

OVERCOMING THE ARCHETYPE LET IT BURN

soa a HARDCORE, METAL, ROCK para fãs de EVERGREEN TERRACE, BOY SETS FIRE, AS I LAY DYING, COMEBACK KID

NEW YORK SKA-JAZZ ENSEMBLE

STEP FORWARD BRIXTON

soa a SKA, JAZZ, INSTRUMENTAL para fãs de TOKYO SKA PARADISE ORCHESTRA, THE SKATALITES

DEFYING CONTROL STORIES OF HOPE AND MAYHEM FREEBASE

soa a PUNK ROCK MELÓDICO para fãs de RISE AGAINST, STRUNG OUT, SATANIC SURFERS

RIVERSIDE REALITY DREAM n/a

soa a ROCK PROGRESSIVO, METAL para fãs de ANATHEMA, PORCUPINE TREE, OPETH

DISARM YOU

DISTANCE AN EXCUSE ROCKIT

soa a POST-HARDCORE para fãs de AT THE DRIVE-IN, LACK, THESE ARMS ARE SNAKES

GMC

R12 BOLETIM AGRÁRIO INFECTED

soa a PUNK ROCK, SKA para fãs de PESTE & SIDA, CENSURADOS, MATA-RATOS

VêTOR LUêS

Surpreendente! Magnifico! Viciante! E podia estar aqui o dia todo a adjectivar, porque estes Coreanos bem o merecem. Hardcore e Screamo com umas pitadas de Experimentalismo que nos lembram claramente Envy e Converge, e que nada lhes ficam a dever.

RED TAPE PARADE

BALLADS OF THE FLEXIBLE BULLET LET IT BURN

soa a PUNK, HARDCORE para fãs de MINOR THREAT, KID DYNAMITE, HOT WATER MUSIC

RELTIH 13 YEARS IN MISERY INFECTED / ZEROWORK

soa a CRUST, PUNK, GRIND para fãs de SIMBIOSE, RATOS DE PORÃO, WOLFBRIGADE

SUCHI RUKARA EQUATION WE LOVE PANDAS

soa a POST-HARDCORE, SCREAMO para fãs de ADORNO, IF LUCY FELL, ENVY


Andrew Bird Noble Beast CD,2009,Fat Possum

Migração A razão da migração de algumas aves, é na maioria dos casos a busca de melhor clima e a procura de alimento, ora com Andrew Bird aconteceu o mesmo. Primeiro a busca de um lugar pacifico, sossegado e equilibrado, coisa que conseguiu no interior dos EUA, numa pequena quinta no estado de Illinois, de seguida com mestria alimentou o corpo e a mente, o efeito de toda esta disciplina está implícito em Noble Beast. O 8º disco de Bird é fortemente cerebral e apinhado de requinte, já vão longe os tempos do pop mais objectivo e concreto de Mysterious Production of Eggs, desde do trabalho de 2007 (Armchair Apocrypha) que Andrew Bird começou a piscar o olho á folk e essa passagem tem sido feita de uma forma pacifica, as roturas tem sido mínimas e eficácia enorme. Noble Beast continua a mostrar um músico de um enorme talento, o engenho de Andrew está em perfeita ascensão, mais do que nunca está exemplar na composição, tem uma faculdade natural na sua voz, vive a genialidade do seu assobio e continua um violinista de arte refinada. Chegado a este ponto, já nada pode correr mal, agora há que continuar a migrar pelo mundo fora e alimentado todo o bando que por aí sequioso da sua musica. António Antunes (www.pensosonoro.blogspot.com)

The Act-Ups The Act-Ups play the old psychedelic sounds of today CD,2008,Hey,Pachuco!

Dois anos passados sobre “The Marriage of Heaven and Hell” (Hey, Pachuco! Recs, 2006) e o EP “Take me Home” (Groovie Records, 2006) - cinco após “I Bet You Love Us Too” (Hey, Pachuco! Recs), os The Act-Ups regressaram aos discos. O que é bom, desde logo. Resumindo, já, o último disco dos The Act-Ups não é um disco de grandes segredos. Quero dizer, de muitos segredos. Ou, começando de outra forma este pequeno olhar, talvez devesse afirmar que com este “The Act-Ups Play the Old Psychedelic Sounds of Today”, os The Act-Ups regressam iguais a si mesmos; talvez com uma pequena grande diferença: Regressam melhores ainda. Se a ideia sempre foi divertirem-se divertindo pelo caminho também os outros, então essa ideia mantém-se. Se a ideia sempre foi fazer jus ao historial roqueiro que se tem feito pelo Barreiro, então a história mantém-se, também. A tradição ainda é o que era. Então estão melhores em quê? Em tudo o resto. Se o que faziam já o faziam bem - mais cru e sujo, é verdade, agora fazem-no ainda melhor. Essencialmente, porque é um disco musicalmente mais clean, mais produ-

zido e por isso mesmo, um disco sonoramente mais evoluído. A famosa tirada política da ‘evolução na continuidade’ assenta-lhes que nem uma luva. Se é melhor ou pior? Aqui vai uma excelente resposta: Depende! Mas depende de quê? Dos dias; da vontade; da disposição de cada um; de cada um. O Sr. Vian diria da espuma dos dias. Mas isto agora também não interessa nada. O que interessa é que todas as capacidades dos The Act-Ups ficaram salvaguardadas. E todas podem bem resumir-se à capacidade de fazer de cada momento - em disco ou ao vivo, uma genuína festa comemorativa do verdadeiro espírito rock’n roll. Sem cartões, nem talões, nem complicação, apenas pelo prazer de fazer boa música; com autenticidade. E isso está lá, só que melhor. Mais abrangentes e directos, por sinal mais musicais do que nunca, os The Act-Ups nunca perdem a veia garage-rock de sempre; cruzada com algumas costelas punk e soul. Enfim, rock. No fundo, bem lá no fundo - e à tona também, o que o grupo de Nick Nicotine - voz e guitarra, Johnny Intense - guitarra, N Very - guitarra, Tony Fetiche baixo - e Pistol Pete - bateria, nos querem dizer, é que a vida sem rock’n roll é uma grande chatice. É mesmo! Rui Dinís (a-trompa.net)

Alla Polacca We’re Metal And Fire In The CD,2008,Bor PliersLand Of Time

o contrário de outros, que dizem de cortar a respiração, “We’re Metal And Fire In The Pliers Of Time” tem o condão de nos deixar respirar. Respirar bem. Bem-vindos ao novo álbum da banda de Márcio Carvalho (baixo e voz), Duarte Silva (bateria), Leonel Sousa (guitarra e voz) e Pedro Silva (guitarra); os Alla Polacca. Cinco após o lançamento do álbum de estreia, o split “Why Not You?” (Bor Land, 2003), partilhado com os Stowaways, os Alla Polacca regressam para completar um ciclo. Assim parece. Regressam para mostrar o que por este ou por aquele motivo ficou por dizer em 2003. É assim que nasce “We’re Metal And Fire In The Pliers Of Time”, numa continuidade mais ou menos evidente. Não uma continuidade simplista marcada pela repetição, mas sim uma continuidade marcada pela experiência e pelo aperfeiçoamento que cinco anos das nossas vidas podem trazer. É assim como uma busca que termina, uma busca que resultou num disco mais consistente, mais homogéneo, mais Alla Polacca do que nunca. Os mesmos Alla Polacca de sempre; felizmente. Mas voltemos à respiração. À respiração proporcionada por um disco que vive sem pressas, um disco fortemente ambiental, de atmosferas quase sempre melancólicas; quase sempre. Um disco que nos diz o que tem a dizer sem arrepios, desvendando aqui e ali uma faceta mais sónica nestes Alla Polacca. Experimentando algumas variações de ritmo, é ainda assim a canção o que os Alla Polacca perseguem; primeiro através da música, numa busca incerta do ser pop, depois através das palavras, todas da autoria de Francisco Silva (Old Jerusalem). Tudo parece querer surgir com uma naturalidade única, num elogio à espontaneidade que a banda faz questão de afirmar, quer numa ideia de improviso subjacente ao processo criativo, quer nos avanços experimentais sentidos em “We’re Metal And Fire In The Pliers Of Time”. Tudo sem nunca perder o lado emocional das suas canções, muitas vezes simples, outras vezes cheias dos complexos pormenores que as identificam; que marcam sem dúvida o rock ambiental dos Alla Polacca. Porque é importante haver tempo para respirar enquanto se reflecte; enquanto se absorve com prazer o sentido da coisa, é importante conhecer “We’re Metal And Fire In The Pliers Of Time”. Rui Dinís (a-trompa.net)

Luís Costa & Paulo Petreca Short Fleeting Moods CD,2008

Gitane Demone Life After Death 2DVD+CD,2008,Cult Epics

na bateria, os The Cynicals puderam finalmente dar uma pequena imagem do que são - ou eram - em palco. Eram, porque hoje, ainda à procura de um novo vocalista - com JRebola a assegurar esse papel, serão certamente diferentes. Uma imagem ao vivo bastante forte, naturalmente marcada pelo carisma e características performativas do vocalista JMacias. Infelizmente, e tal como noutros casos - lembro-me sempre dos Bunnyranch, nem sempre um disco parece suficiente. Nem sempre se consegue perceber a pura energia rock’n roll que brota de um palco ocupado pelos The Cynicals - o dramatismo. De outra forma, e se são óptimos em disco, dão a ideia que serão sempre melhores ao vivo. O facto é que de uma maneira ou de outra, tal como se pode ler no texto de apresentação do disco, os The Cynicals podem bem ser “a melhor banda de punk rock/cabaret nacional“(1). Era importante este disco existir, essencialmente por ser obrigatório marcar uma época da vida dos The Cynicals. A época de JMacias nos The Cynicals. O resto é arte em forma de som. O disco foi produzido por Carlos e Luis Cabral & the Cynicals. Rui Dinís (a-trompa.net)

Cannibal Corpse Evisceration Plague CD,2009,Metal Blade

Me, myself and I! É assim que Luís Costa apresenta os membros da sua banda, as personagens do universo de “Short Fleeting Moods”. A única personagem de um pequeno universo. Mas não está realmente só. Neste novo argumento e em parceria com Paula Petreca, Luís Costa oferece-nos uma pequena obra sob a forma de som e vídeo. De outra forma, se nos apetecer, é música com imagens dentro; música com uma força visual própria; música com vida própria. É aqui que aparece Paula Petreca. As imagens. No fim, como já se disse por aqui, “são seis pequenas canções desenhadas com a simplicidade e beleza melódica a que Luís Costa nos vem habituando“; tudo num exercício de melancolia; num exercício de simplicidade; num exercício pessoal. Etéreo, “Short Fleeting Moods” é um registo com tempo para se explicar, pedindo-nos muito menos para se fazer entender. Para mergulhar. O EP “Short Fleeting Moods” é igualmente servido por uma edição em “cdr-imitação-de-vinyl“. Rui Dinís (a-trompa.net)

Blasfemea BLSFM CD,2008

“Life After Death” é um duplo DVD que reúne gravações vídeo de Gitane Demone, a loira de tipo “femme fatale” que foi em tempos vocalista de Christian Death. As gravações datam de 1989 a 1998 e incluem videoclips, entrevistas, actuações ao vivo, reportagens de TV, performances “fetish”, entre outros. Entre estas pérolas incluem-se gravações com o malogrado Rozz Williams, tanto em dueto com G.D. como uma actuação da já referida banda Death Rock / Post-Punk / Goth. As gravações não têm imagem ou som perfeitos, pertencendo todas elas à geração VHS e HI8, exibindo as reportagens de TV, inclusive, os logótipos das estações e até legendas embutidas. Mas isso não é o mais importante neste registo, servindo o seu propósito maior de antologia visual e sonora desta senhora ainda no activo. Aliás, esse aspecto visual, ao qual podemos chamar retro, atribui ao conteúdo de “Life After Death” um certo ar “old school” e “undeground” que me agrada particularmente. E se 210 minutos de vídeo não bastassem, a caixa limitada a 2500 exemplares inclui ainda um CD intitulado “Times” e um livrete de 12 páginas com memórias contadas na primeira pessoa. “Times” inclui 40 minutos de versões, na sua maioria de “standards” do Jazz, inéditas até à data, e que abraçam um período que vai desde 1989 até 1996. Um documento indispensável para os amantes da cena Death Rock, Goth, Dark e Avantgarde Jazz. RDS (fenxiwebzine.blogspot.com)

The Cynicals I Didn’t kill Rockhave and Roll (so it must been you!) CD,2008,J.F.Corroios

1, 2, 3, acção… É num ritmo alegremente trucidante que os Blasfemea nos apresentam o seu trabalho de estreia. Entre a invenção e o prazer. Nos Blasfemea a coisa tem essencialmente a ver com o prazer. Sem nunca se mostrarem muito preocupados em inventar o que quer que seja, a música dos Blasfemea joga-se essencialmente no campo do prazer; no simples prazer de criar; no prazer de dançar; no prazer de usufruir o melhor dos dias. Perfeitamente encravados no campo do electro-rock, as aspirações pop dos Blasfemea são mais que justas. Num EP ocupado por apenas cinco faixas, o apelo ao suor, provocado pelo seu ritmo intenso, faz de “BLSFM” um documento virado para a noite; para o colorido das luzes; para a humidade dos corpos. Não sendo novo, o que fazem fazem-no bem, servindo na perfeição os intentos do quarteto formado por Tiago Amaro (Voz/ Guitarra/Teclas), Fábio Jevelim (Voz/Guitarra), David Pessoa (Baixo) e Rui Lourenço (Bateria): Divertir. Se servirá para os diferenciar da concorrência, isso só o tempo o dirá - se é que interessa. Para já, “BLSFM” é um bom produto pop; um produto com a visível produção Rui Maia (X-Wife). Um excelente final com “Under Neon”. Vibrante. A edição de vinil conta com mais 3 remixes produzidas pelos DJ’s nacionais drop top, riskodisko e klipar. Rui Dinís (a-trompa.net)

Quem presenciou a final do Festival de Corroios’2007, aquela que os The Cynicals venceram e deu origem à gravação deste CD-EP, sabe que o resultado não poderia ter sido outro. Primeiro, porque foram efectivamente os melhores; em segundo, porque foi apenas o culminar de um ano e meio absolutamente dominador, com vitórias nos mais variadíssimos concursos de música moderna (Corroios, COMA, Equalizador LX, Paleão e Palmela, em 2006; mais um segundo no Termómetro 2007). Em todo o caso, quis o destino que fosse a Junta de Freguesia de Corroios a apadrinhar a estreia em disco destes cínicos conimbricenses. Formados em 2004 e ainda com o carismático JMacías na voz (seguiria um rumo diferente ainda em 2008), mas também com JRebola na guitarra e voz, Cami na guitarra e nos coros, João Baptista no baixo, Luis Du’Arte no piano, orgão e coros e Richy Gallagher

A banda de Death Metal mais famosa (e mais lucrativa) do planeta está de volta. “Evisceration Plague” traz 12 novos temas repletos de brutalidade. O som reconhece-se instantaneamente ao carregar no botão “play”, mas nota-se que há ligeiras mudanças em relação às 2 ou 3 últimas propostas. Os Cannibal Corpse de 2009 têm mais groove e não abusam tanto dos “blastbeats”; têm um som mais “old school” a fazer lembrar os primórdios da banda (leia-se fase Chris Barnes); têm inclusive uns trejeitos Thrash que dão outra cor a este novo álbum; e adoptam uma produção mais crua e potente em detrimento das mais recentes edições com um som demasiado polido. São cerca de 39 minutos do mais puro Cannibal Corpse que, na minha modesta opinião, suplantam tudo o que fizeram nos últimos 15 anos. Esta recuperação de um som mais “old school” agrada-me imenso e é extremamente refrescante (se é que a designação se pode usar ao falar desta banda). Agora só resta presenciar a devastação “in loco”. RDS (fenxiwebzine.blogspot.com)

CineMuerte Aurora Core CD,2008,Raging Planet

Este é o novo trabalho para o duo CineMuerte, o segundo disco de longa duração após a estreia “Born From Ashes” em 2006. São 9 novos temas, em pouco mais de 38 minutos, com a habitual fusão de elementos Pop, Rock, Metal e Góticos. Sophia Vieira e João Vaz fazem-se acompanhar em “Aurora Core” por Pedro Cardoso (F.e.v.e.r.) na bateria e Ricardo Amorim (Moonspell) na guitarra. Há ainda uma letra escrita por Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell, cedida à banda, para a faixa “The Night Of Everyday”. Há também uma parte multimédia que inclui o vídeo promocional do tema de apresentação “Air” e um curto “making of”, além de informações técnicas sobre o disco. O disco foi misturado e masterizado por Waldemar Sorychta (Moonspell, Tiamat, Samael, Lacuna Coil, The Gathering) o que, por si, já é sinónimo de qualidade. Mas não são os nomes aliados a um disco que o fazem ser o que é. A música contida na rodela cinzenta é o principal. E aqui isso não falha. Som forte e potente quanto baste para agradar aos ouvintes de sonoridades mais “pesadas”, mas com muita melodia e uma cristalinidade que permite apreciar todos os elementos em jogo. Não há grande diferença entre este “Aurora Core” e a anterior proposta. É apenas um passo em frente para o duo que, com apenas dois discos, já conseguiu criar a sua sonoridade e identidade. Os CineMuerte continuam na mesma e isso é bom, muito bom. RDS (fenxiwebzine.blogspot.com)

No activo há quase 20 anos, e depois de uma ausência de 15 anos nas edições discográficas, estes Suecos regressam com este brutalíssimo “Awakenig Of The Gods”. Em 11 novos temas destilam um Death Metal que tanto tem de “old school” como “new school”. As pitadas de Thrash tanto nas guitarras como nos ritmos é refrescante e não deixa o som dos Seance tornar-se demasiado repetitivo e monótono. Som cru mas poderoso e audível; ritmos devastadores sempre a partir e com imensas mudanças; riffs de guitarra fabulosos; voz cavernosa a aumentar a crueza; e muita técnica musical, é o que nos oferecem em cerca de 37 minutos. Recomendo vivamente a fãs de Death / Thrash pesadão e rápido da velha escola. RDS (fenxiwebzine.blogspot.com)

Não foi fácil o primeiro olhar sobre o segundo disco do projecto Rose Blanket, agora da inteira responsabilidade de Miguel Dias, o seu único compositor. Muito menos para quem conhecia bem o primeiro disco, o homónimo de 2004, “Rose Banket” (Bor Land). Não que este segundo disco seja uma experiência totalmente diferente, mas essencialmente porque é uma experiência tingida de uma forma diferente, numa nova abordagem proporcionada por uma utilização instrumental mais rica e diversificada. Um interessante trabalho realizado pelo próprio Miguel Dias e pelos seus inúmeros convidados - Pedro Oliveira na bateria e percussões; André Simão no baixo; Pedro Amaro no trompete; Bárbara Reis no violino; Miguel Gomes na guitarra. Uma nova abordagem que não elimina nos Rose Blanket a sua faceta mais interior, a tal intensidade intimista que sempre sobressaiu no projecto de Miguel Dias. Nisto, e sendo este um trabalho fortemente instrumental, deve ainda assim ressaltar-se a brilhante participação das vozes convidadas: Ana Deus (Três Tristes Tigres), Petra Pais (Nobody´s Bizness), Francisco Silva (Old Jerusalem) e Ana Figueira (Unplayable Sofa Guitar). Um quarteto que fala por si, provando-o neste “Our Early Balloons”. Depois, o segundo, o terceiro e os seguintes olhares, desvendam finalmente o quão interessante é o novo trabalho de Miguel Dias, a figura criativa por detrás dos Rose Blanket. Desvendam um verdadeiro ensaio musical, espontâneo e por vezes desconcertante; espontâneo pela estética da sua diversidade, desconcertante pela sua cambiante composição. “Our Early Balloons” é um ensaio sem género definido e essencialmente marcado pelo momento, por um alinhamento harmoniosamente diferenciado e criativo. Uma forma livre e aberta de se encarar a música; a vida. Genericamente, uma experiência musical sentida. Um belo disco. Rui Dinís (a-trompa.net)

mais brilhante. Com o nascer dessa nova inclinação estética, surge tambem a vertente romatica, que apesar de não ser completamente desconhecida, se encontrava bem camuflada. Os Odawas caminharam em direcção ao planeta pop, sem deixarem descurar o ambientes mais sombrios, daqui resulta por um lado um piscar de olhos a uns Band Of Horses no que concerne a estrutura vocal, enquanto que a motivação instrumental continua o lo-fi folk de uns Iron & Wine a marcar pontos. A estrutura marcadamente melancólica deixa um suave rasto a solidão, ouça-se “Moonlight/Twilight” onde a harmónica marca um grito de animal moribundo ou então acordem (e planem) ao som de “Swan Song Of The Humpback Angler”. The Blue Depths mostra uns Odawas mais acessíveis, mais abertos, deixaram de lado a sua obscuridade e apresentam-se com o coração nas mãos. Estamos assim perante uma banda mais sociável e substancialmente mais afável, é o efeito pop a dar o ar da sua graça. Os Odawas propõem como preparação para The Blue Depths magníficos 10 discos, acompanhados com o um pequeno texto explicativo (ver em http:// odawas.net). António Antunes (www.pensosonoro.blogspot.com)

Satans Revolver TheMassacre Circleville EP,2008,Raging Planet

Without Death Penalty Confine Your Dreams To Your Pillow CD,2008

Blanket OurRose Early Balloons CD,2008

V/A Raridades Vol.1

7”,2008,Infected/Zeroworks/Can I Say/Your Poison Edição conjunta das independentes Infected, Zerowork, Can I Say e Your Poison. Em formato de vinil de 7” são apresentados 4 temas raros e/ou inéditos de Crise Total (ao vivo no RRV em 84, tema de uma compilação 7” de 89), Peste & Sida (ao vivo em 88), Censurados (ao vivo no RRV em 89) e Vómito (tema de uma maquete de 89), tudo dos finais dos 80s. Ao disco adiciona-se uma banda desenhada de Marcos Farrajota e Afonso C.P., bem “old school”, feita à mão e fotocopiada. Além disso, esta edição DIY é limitada a 500 cópias, numeradas à mão. O preço é de 7 euros (uma verdadeira pechincha) + portes. Por breves momentos voltei atrás no tempo ao escutar estas pérolas. Uma verdadeira preciosidade que se vai tornar em objecto de colecção para, não só os Punks lusos, mas todos os aficionados da MMP. O título refere que este é o volume 1. Haverá mais? Espero que sim, e o meu apoio vai todo para estas editoras. Força nisso! A minha classificação só pode ser mesmo 100%. É pena saber a pouco. RDS (fenxiwebzine.blogspot.com)

Seance Awakening Of The Gods CD,2009,Pulverised Records

Eis que chegou “Confine Your Dreams To Your Pillow”… Com sede na Invicta cidade do Porto, os Without Death Penalty lançaram há tempos o EP “Confine Your Dreams To Your Pillow”, segundo os próprios, uma mistura de indie-rock, post-rock e algum posthardcore. Uma mistura explosiva, felizmente, digo eu. Este é o ponto de partida e por enquanto o ponto de chegada para o quarteto formado por Vítor Barros (guitarra eléctrica), Zé Pedro Santos (bateria), Pedro Freitas (baixo) e Bruno Martins (voz e guitarra). Mergulhados num conjunto de ideias exploratórias - e interessantes, os quatro temas de “Confine Your Dreams To Your Pillow” espraiem-se por variadas texturas sónicas, sem nunca fugir ao rumo tirano traçado pelas guitarras. Se a ideia era chamar a atenção, os Without Death Penalty conseguiram-no. Agora ficamos à espera, para ouvir o resto; para ver o futuro. Rui Dinís (a-trompa.net)

Depois de várias apresentações ao vivo por esse país fora, os Satans Revolver decidem ir a estúdio e registar alguns temas. “The Circleville Massacre” é o EP que resulta dessa sessão. A 5 temas adiciona-se ainda uma faixa multimédia com curtos vídeos promocionais de estúdio e ao vivo. Os vídeos pouco ou nada atribuem de especial ao disco, resultando apenas como um extra mais estilístico que funcional. Os elementos da banda provêm de nomes já conhecidos da cena Underground nacional como Twentyinchburial, Aside, As Good As Dead, Before The Torn ou Forgodsfake e a sonoridade de Satans Revolver reflecte essa experiência e alguma heterogeneidade de estilos. Uma fusão de Hardcore, Metal e Southern Rock / Stoner fazem os pouco mais de 17 minutos. Há boas ideias mas também alguns “clichés”, resultando o EP mais divertido que propriamente uma obra de arte. Mas talvez seja essa mesma a ideia principal da banda, em ter apenas um grande gozo com o projecto. Nada de surpreendente, nada de novo, mas eficaz o suficiente para uma noitada de copos com os amigos, rodando na aparelhagem ao lado de discos de Sick Of It All, Down, Eyehategod, Pro-Pain ou outros que tais. RDS (fenxiwebzine.blogspot.com)

Attrition KillThe The25Buddha! Year Anniversary Tour CD,2009,Two Gods

Odawas TheCD,2009,Jagjaguwar Blue Depths

Terrenos The Blue Depths apresenta uns Odawas, numa índole substancialmente mais terrena, onde o ambiente presa pela segurança e pelo conforto. Até aqui tínhamos conhecido uns Odawas dentro do post-rock experimental, ondulados aqui e ali por algumas marés de rock sinfónico. Com a edição do 3º álbum a banda de Bloomington (Indiana), surge na paisagem pop uma atmosfera mais cristalina e

Os Britânicos Attrition regressam às edições com um disco ao vivo, gravado aquando da digressão comemorativa dos 25 anos da banda, entre 2006 e 2007, na Europa, USA e México. São 9 temas, mais intro e outro, que perfazem 48m38s. O som mantém-se, de certa forma, inalterado pois estas faixas foram retiradas directamente da mesa de mistura e, posteriormente, masterizadas pelo próprio Martin Bowes. Não é o primeiro disco ao vivo da banda, mas marca uma fase importante pois não é qualquer banda que se aguenta 25 anos, principalmente na cena alternativa (ou talvez sejam as que se aguentam melhor pois fazem-no por gosto). Uma excelente proposta para os fãs de Attrition, Darkwave e Electrogoth em geral. RDS (fenxiwebzine.blogspot.com)



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