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Festival InShadow O Festival InShadow propõe algo diferente, dando especial enfoque à combinação do vídeo e da dança, sendo o único do género em Portugal. A Metropolis conversou com Pedro Sena Nunes, um dos directores artísticos da Voarte, organizadora do Festival, que chega agora à sua 5.ª edição.
TATIANA HENRIQUES Do que se trata o Festival InShadow? O InShadow - Festival Internacional de Vídeo, Performance e Tecnologias é criado pela Vo’Arte em co-produção com o São Luiz Teatro Municipal e em parceria com o Teatro do Bairro, que explora a criação contemporânea transdisciplinar e a relação entre a imagem e o corpo nas linguagens da performance, do vídeo e da tecnologia. Dá especial atenção à área do vídeo-dança e, por esse motivo, posicionase como o único Festival em Portugal que explora este género. No entanto, tem uma programação muito abrangente que integra espectáculos, documentários sobre percursos criativos, sessões especiais dedicadas ao país convidado – que este ano é a França –, exposições, instalações, workshops e masterclasses. Quais são os principais destaques desta edição? Este ano, os grandes destaques são, sem dúvida, o projecto educativo, com uma oferta muito forte e diferente da formação oferecida em Portugal na área da dança, do vídeo, da performance e das tecnologias. Além disso, destaque também para os espectáculos, que integram nomes nacionais e internacionais consagrados, como a companhia t.r.a.n.s.i.t.s.c.a.p.e (Pierre Larauza & Emmanuelle Vincent) que irá apresentar Xl Pleasures, uma coprodução Vo’Arte, e a CiM (Companhia Integrada Multidisciplinar), que apresentará EDGE, espectáculo criado no âmbito do projecto Europeu FRAGILE, que integra intérpretes invisuais e normovisuais.
O que é o LittleShadow? O LittleShadow é uma secção criada para as crianças. As crianças são o futuro, acreditamos que é imprescindível contribuirmos para a sua formação e as linguagens artísticas não podem ser esquecidas. Porquê o título ‘InShadow’? Pela sombra que nos descobre misteriosamente cada ano. O Festival InShadow é extraordinário, resulta do nosso trabalho, um trabalho sem precedentes que faz um festival acontecer. A sombra como uma possibilidade de confronto. A sombra sugere uma narrativa e a sua sequência desafia a produção de imagens e, por sua vez, a chegada de outras palavras. Propomos uma programação reveladora de proezas. É a 5.ª vez que se realiza este Festival. Como tem sido a recepção do público ao longo dos anos? A recepção do público tem sido crescente, desde a 1ª edição, em 2009, temos tido cada vez mais público. O InShadow veio “desbravar” caminhos na área do vídeo-dança em Portugal, e à medida que foi familiarizando o público Português com essa linguagem, o Festival foi tendo mais e mais público. A recepção tem sido proporcional à promoção do festival e ao crescimento do género do vídeo-dança em Portugal. A França é o país convidado. Por que recaiu a escolha neste país? Em primeiro lugar, não tínhamos tido ainda um país Europeu como convidado e era algo que queríamos há muito. Depois, a França tem muita experiência no uso das tecnologias em palco e, além disso, é o país onde nasceu o cinema e onde se formam as vanguardas da imagem em movimento. Estamos muito satisfeitos com esta aposta, conseguimos trazer ao Festival nomes franceses muito fortes.
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