Um visionário chamado Veronezi (Antonio Veronezi, empresário)

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Ano V - nº 25 - fev/2007 - R$ 4,00

O doce sabor da aventura Movidos a adrenalina, doze guarulhenses amantes do motociclismo e do perigo formaram um grupo para participar de competições onde a única certeza é o risco

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empreendedores

Um

visionário

chamado Veronezi

Grandes empreendimentos de Guarulhos têm o toque de Midas do professor Tatiana Soledade

Sempre faço o que Guarulhos não tem. Se você quer ter sucesso, satisfaça a necessidade; isto vale para a vida e para um empreendimento”. Com esta filosofia o paulistano Antonio Veronezi se tornou o empresário mais ousado da cidade. Seus negócios geram cerca de seis mil empregos diretos. Aos 63 anos, Veronezi comanda o Grupo Internacional, que reúne o espaço “Internacional Eventos”, e três shoppings: o “Internacional

Shopping Guarulhos”, tido como um dos maiores da América Latina; o “Auto Shopping Internacional”, que comercializa veículos; e o “Poli Shopping” (Centro), o primeiro a ser instalado no município. O empresário também está na Educação, à frente da Universidade Guarulhos (UnG). Veronezi recorda que, com o Poli Shopping, “aprendeu a fazer shopping”. Segundo ele, quando começaram a surgir vários “vende-se” na via Dutra, decidiu fazer uma “engenha-

ria financeira” para comprar o prédio da Olivetti, onde, em 1998, inaugurou o Shopping Internacional. Veronezi não parou por aí e expandiu seus horizontes para São Paulo. Em janeiro deste ano foi inaugurado o campus Jabaquara da UnG, e, no segundo semestre, abrirá as portas ao público o “Santana Parque Shopping”, na zona Norte. De volta à sua casa, Guarulhos, o empresário afirma “ter a intenção de mais empreendimentos para 2008”.

Fotos: Divulgação

Figura polêmica, Antonio Veronezi se orgulha do êxito do que faz

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A grande tacada

O Internacional Shopping Guarulhos, no Itapegica, é tido com um dos maiores da América Latina

“A grande tacada em minha vida local. “Quem chega de fora consegue aconteceu em 1986, quando ganhei algumas regalias”, diz. 6 milhões de dólares ao vender uma Para Veronezi, o segredo para lidar empresa de lista telefônica para o bem com dinheiro é não tê-lo. “Sempre Grupo Abril”, recorda Veronezi. O tenho menos dinheiro do que preciempresário afirma que, quando assu- so”, afirma. Ressalta o que acredita miu a empresa em 1983, deparou-se ser o princípio mestre para uma boa com uma dívida de 4 milhões. Com os administração: “Prever, prover, e acom6 milhões recebidos, “transformou” a panhar”. “De nada adianta prever e Casa Poli (na qual era sócio com o so- não prover. Idéias luminosas precisam gro, Primo Poli, e o ser executadas cunhado, já falecie, se não forem do, Marco Antonio acompanhadas, Poli) no Poli Shopvão embora. Por ping, inaugurado O segredo para se ter isso faço questão em 1989. “Estão absoluta de acomerradas as pessoas sucesso com dinheiro é panhar de perto que pensam que não ter dinheiro” meus negócios”, tirei dinheiro da conta. Ele consiuniversidade”, diz. dera que a parte “Durante muito mais valiosa de tempo foi difícil ser empresário em qualquer empresa é o ser humano, Guarulhos”, afirma. Ele conta que, por isso é necessário escolher bem os embora não seja petista, para a sua colaboradores. “Ninguém faz nada sosurpresa reconhece que o prefeito Elói zinho. Boas pessoas em sua companhia Pietá tem mudado um pouco a situa- alavancam o negócio”. ção, ao conceder incentivos para que “Peço aos meus filhos para não empresas se instalem na cidade. “O ficarem exultantes, porque um dia prefeito refez o que Rinaldo Poli ado- vou tomar uma trombada e, como tou em 1957”, diz. Apesar disso, Vero- faço coisa grande, ela será de igual nezi afirma que é muito caro manter tamanho. Ela ainda não aconteceu, um empreendimento em Guarulhos, mas caso ocorra, desejo que eles não principalmente para o empresário me culpem”, frisa.

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Empreendedor

desde criança As características empreendedoras de Veronezi afloraram cedo. Seu pai era comerciante na vila Esperança (zona Leste de São Paulo), bairro onde Veronezi nasceu e a família morou por algum tempo. Após a separação dos pais, o garoto com então 11 anos foi trabalhar como office-boy em um colégio na Penha; em troca, podia estudar na instituição. O empresário formou-se em Química pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e chegou a Guarulhos no início dos anos 60 para trabalhar na extinta fábrica de pilhas Microlite. Fixou residência de vez na cidade ao se casar com Maria Dirce Poli Veronezi. Da união nasceram Alessandro, 34 anos, Victor, 33, e Ana Beatriz, 31; os dois homens atuam com o pai nos negócios.

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