PROGRAmmA janeiro e fevereiro 2017

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PROGRAmmA JANEIRO

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ROMEU COSTA Manta ● crianças e jovens qui 12 ↣ 10h sex 13 ↣ 10h sáb 14 ↣ 16h30 dom 15 ↣ 11h e 16h30 ALEXEI YURCHAK Everything Was Forever, Until It Was No More: The Last Soviet Generation ● debate e pensamento qui 12 ↣ 18h30 LAMBCHOP FLOTUS ● música ter 17 ↣ 22h ANTÓNIO GUERREIRO Propostas para um glossário do nosso tempo ● debate e pensamento sáb 21 ↣ 15h às 18h MARIANO PENSOTTI Arde Brillante en los bosques de la noche ● teatro sáb 21 ↣ 21h30 dom 22 ↣ 18h30 STAVROS STAVRIDES Espaços Urbanos Comuns: prefigurando experiências de emancipação social ● debate e pensamento ter 24 ↣ 18h30 TÂNIA CARVALHO Glimpse — 5 Room Puzzle ● dança qui 26 ↣ 21h30 sex 27 ↣ 21h30 sáb 28 ↣ 21h30

FEVEREIRO 2017

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ANDRÉ GUEDES Nova Árgea ● performance qui 02 ↣ 21h30 sex 03 ↣ 21h30 sáb 04 ↣ 18h30 e 21h30 ANDRÉ GUEDES E CONVIDADOS Conversa sobre Nova Árgea ● debate e pensamento sáb 04 ↣ 19h30 LUÍS GUERRA A tundra ● dança ter 07 ↣ 21h30 MICHAEL LÖWY E ANTÓNIO GUERREIRO Romantismo e Revolução ● debate e pensamento qui 09 ↣ 17h30 MORITZ VON OSWALD & RASHAD BECKER ● música sex 10 ↣ 22h Coleção de poemas de Rita Taborda Duarte com Crista Alfaiate ● crianças e jovens sáb 11 e dom 12 ↣ 11h e 16h30 qua 15 a sex 17 ↣ (escolas) GUILLERMO CALDERÓN Mateluna ● teatro qua 15 ↣ 21h30 qui 16 ↣ 21h30 sex 17 ↣ 21h30 MÁRCIA LANÇA E NUNO LUCAS Por esse mundo fora ● crianças e jovens sáb 18 e 25 ↣ 16h30 dom 19 e 26 ↣ 11h e 16h30 qua 22 ↣ 10h qui 23 ↣ 10h sex 24 ↣ 10h

MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL


EQUIPA diretor artístico Mark Deputter diretora executiva Andreia Cunha programador música Pedro Santos programadora crianças e jovens Susana Menezes assistentes de programação Laura Lopes e Liliana Coutinho adjunta gestão Glória Silva diretora de produção Mafalda Santos

segurança Securitas António Simões, António Oliveira, Mário Fernandes, Filipe Tomé e Valter Julião PROGRAmmA proprietário EGEAC, E.M. diretor Mark Deputter editora Catarina Medina tradutor: John Elliott

adjunta direção de produção Rafaela Gonçalves

morada Avenida da Liberdade, 192 1250-147 Lisboa

produtoras executivas Catarina Ferreira e Maria Ana Freitas

sede de redação Rua Bulhão Pato, 1B 1700-081 Lisboa

diretora de comunicação Catarina Medina

periodicidade bimestral

gabinete de comunicação Rita Tomás

tiragem 11 mil exemplares

imagem e design gráfico barbara says…

O PROGRAmmA foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico de 1990. Foi impresso em papel de produção nacional.

diretora de cena Rita Monteiro adjunta direção de cena Sílvia Lé camareira Rita Talina diretor técnico João Alves adjunta direção técnica Anaísa Guerreiro técnicos de audiovisual Félix Magalhães, João Van Zelst e Miguel Mendes técnicos de iluminação/palco Luís Balola, Nuno Samora, Paulo Lopes e Manuel Martins bilheteira/receção Diana Bento, Mafalda Cabrita e Rosa Ramos frente de sala Luridima Isabel Clímaco (chefe de equipa), Afonso Matos, Ana Paula Santos, Francisco Tavares e Raquel Alexandra Luís limpeza Astrolimpa Hermínia Santos, Celeste Jesus, Maria Figueiredo, Maria Edmar, Matilde Reis, Simona Aconstantinesei, Lucinda Oliveira e Engrácia Rodrigues


ÍNDICE CRIANÇAS E JOVENS

Æ ROMEU COSTA: Manta Æ COLEÇÃO DE POEMAS DE RITA TABORDA DUARTE com Crista Alfaiate Æ MÁRCIA LANÇA E NUNO LUCAS: Por esse mundo fora

DEBATE E PENSAMENTO

Æ ALEXEI YURCHAK Everything Was Forever, Until It Was No More: The Last Soviet Generation Æ ANTÓNIO GUERREIRO Propostas para um glossário do nosso tempo Æ STAVROS STAVRIDES Espaços Urbanos Comuns: prefigurando experiências de emancipação social Æ MICHAEL LÖWY e ANTÓNIO GUERREIRO Romantismo e Revolução

MÚSICA

Æ LAMBCHOP: FLOTUS Æ MORITZ VON OSWALD & RASHAD BECKER

TEATRO

Æ MARIANO PENSOTTI Arde Brillante en los bosques de la noche Æ GUILLERMO CALDERÓN: Mateluna Æ RUI CATALÃO: Assembleia

DANÇA

Æ TÂNIA CARVALHO: Glimpse – 5 Room Puzzle Æ LUÍS GUERRA: A tundra

PERFORMANCE

Æ ANDRÉ GUEDES: Nova Árgea Æ BOJAN DJORDJEV: The Discreet Charm of Marxism — six course dinner piece

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setembro ↣ outubro 2016

Arquipélago 6

da Resiliência olhou para o regresso da imaginação política nos movimentos sociais que têm irrompido um pouco por todo o mundo nos últimos anos.

março 2017

Arquipélago 6

dos Afetos dá a palavra aos muitos que estão a repensar a política como uma atividade também afetiva.

março ↣ abril 2017 novembro ↣ dezembro 2016

Arquipélago 6

das Diversidades partiu da crise dos refugiados para revisitar os problemas e as oportunidades da sociedade diversa.

janeiro ↣ fevereiro 2017

Arquipélago >

Comum revisita os muitos projetos utópicos surgidos dos comunismos e anarquismos que nasceram no início do século xx.

Arquipélago 6

Capital centra­‑se nas forças imaginativas e destrutivas do capitalismo.

maio ↣ julho 2017

Arquipélago 6

Verde foca­‑se no imaginário utópico mais influente da atualidade, surgido da necessidade incontornável de manter o planeta viável.

UTOPIAS offers an extensive program that crosses the entirety of Teatro Maria Matos’s 2016­‑2017 season featuring performances, installations, talks, meetings, and events in public space with guests that make critical action and political imagination a daily activity. This season’s UTOPIAS are organized in six archipelagos, six territories to learn the possibilities already underway, and imagine future ones.

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ARQUIPÉLAGO Abrimos o ano de 2017 com uma programação relativa a uma das efemérides que está na base do ciclo UTOPIAS: o centenário da Revolução Russa de 1917. Ao longo da sua história, o comunismo tem suscitado ideários utópicos e motivado projetos de sociedade. Se muitos desses projetos e sistemas políticos falharam, os textos de Marx e o comunismo mantiveram­‑se como referências inspiradoras para pensar o bem comum, livres agora da dicotomia herdada da Guerra Fria. Se os comunismos são muitos, têm como elo de união a construção consciente de uma sociedade onde a propriedade dos meios de produção não é privada mas comum, para que a riqueza produzida seja benéfica para a sociedade como um todo. Esta ideia deu origem a projetos de sociedade que vão da centralidade do Estado como proprietário e garante do bem comum, até às formas de comunismo anárquico, sem estado, promotoras da autogestão democrática. Da sua realização emergiram distopias e totalitarismos, mas também um variado leque de experiências e modelos bem­‑sucedidos. Qualquer que seja a leitura das heranças do comunismo, muitas das questões que estiveram na base da Revolução Russa mantêm a sua pertinência. No Arquipélago Comum, fazemos incursões na história do comunismo, olhamos para projetos “comunitários” em curso nas nossas cidades, e revisitamos a velha oposição entre público e privado, entre indivíduo e comunidade. O ciclo UTOPIAS oferece um programa alargado que atravessa toda a temporada 2016­‑2017 do Teatro Maria Matos com espetáculos, instalações, palestras, encontros e eventos no espaço público, trazendo convidados que fazem do agir crítico e da imaginação política uma tarefa diária. As UTOPIAS da temporada estão organizadas em seis arquipélagos, seis territórios para conhecer possibilidades que estão já em curso, e de imaginar outras.

COMUM


CRIANÇAS E JOVENS ★ 6+ anos 12 a 15 janeiro ↣ quinta a domingo encomenda mm

ROMEU COSTA Manta “Nos livros aos quadradinhos, cada quadrado conta um pedaço de uma história. Neste livro, que não é um livro de banda­‑desenhada nem nada assim parecido, cada quadradinho (de tecido) tem também uma história para contar. Há uma manta de retalhos, uma avó com boa memória e muitos netos de ouvido atento. À noite, ao deitar, não são precisos livros: basta à avó olhar a manta e todas as personagens e enredos que lá moram, para a sessão começar…” A Manta (Planeta Tangerina)

A partir de Manta, livro de Isabel Minhós Martins, Romeu Costa transforma uma manta num livro aberto. Histórias e desenhos animados habitarão esta manta e pessoas de carne e osso irão explorar o mundo que começa e acaba nela. Deitados no chão, a observar a manta de histórias suspensa em cima das nossas cabeças, aprenderemos juntos a conhecermo­‑nos um pouco melhor. semana: 10h / sábado: 16h30 / domingo: 11h e 16h30 teatro ● palco da sala principal criança: 3€ / adulto: 7€ ● duração: 40 min classificação etária: a classificar pela CCE

Based on Manta (Quilt), the book by Isabel Minhós Martins, Romeu Costa transforms a quilt into an open book. This quilt will be inhabited by a series of stories and cartoons, in which real people made of flesh and blood will explore the world that begins and ends in it. Lying on the floor, observing the patchwork of stories suspended above our heads, we will learn together how to get to know one another a little better.

texto: Isabel Minhós Martins criação e direção artística: Romeu Costa interpretação: Carla Galvão animação e edição: Marta Costa e alunos do módulo Animação da Escola Superior de Artes

e Design — Caldas da Rainha (sob supervisão do professor Fernando Galrito) espaço cénico e figurinos: Marta Carreiras música: Rui Rebelo coordenação técnica: Nuno Figueira produção executiva: Teresa Leal

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uma encomenda: Maria Matos Teatro Municipal coprodução: Cine-teatro Constantino Nery, Maria Matos Teatro Municipal e Teatro Municipal do Porto agradecimento: Teatro Meridional foto: Nuno Figueira


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DEBATE E PENSAMENTO ★ 12 janeiro quinta ↣ 18h30

ALEXEI YURCHAK Everything Was Forever, Until It Was No More: The Last Soviet Generation Para o povo soviético, o colapso do Estado surgiu como uma surpresa completa e, ao mesmo tempo, como algo de natural. Esse evento dramático revelou um paradoxo presente no seio do sistema soviético: se a maioria dos seus cidadãos experimentava este sistema como eterno e imutável, também tinham estado sempre preparados para a sua desintegração. No livro Everything Was Forever, Until It Was No More: The Last Soviet Generation [Tudo foi para sempre, até não o ser mais: a última geração soviética], Alexei Yurchak, professor de Antropologia na Universidade de Califórnia, Berkeley, usa este paradoxo como ponto de partida para a análise da vida soviética durante o período do “socialismo tardio”. Por um lado, a imagem do socialismo que emerge neste livro é muito diferente dos estereótipos que reduzem a realidade soviética a um simplismo binário: estado de opressão versus resistência popular, cultura oficial versus não oficial, linguagem totalitária versus linguagem privada, mentira pública versus verdade escondida. Por outro, o próprio conceito de hipernormalização que Yurchak introduz revela-se potencialmente útil para análise de outros sistemas políticos, como comprovou o célebre documentário de Adam Curtis, HyperNormalisation, estreado em 2016. Nesta conferência, Alexei Yurchak discutirá os argumentos principais do seu livro, estendendo esta reflexão à análise do capitalismo contemporâneo. Uma parceria entre o Teatro Maria Matos e o Instituto de História Contemporânea, da Universidade Nova de Lisboa no âmbito do seu programa em torno do centenário da Revolução de Outubro.

em inglês ● sala principal entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● duração: 2h live streaming acessível em teatromariamatos.pt Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia Apoio streaming


Alexei Yurchak is professor of Anthropology at University of California, Berkeley, and the author of the book Everything Was Forever, Until It Was No More: The Last Soviet Generation. In this talk he will examine how everyday behaviours can make large ideological systems collapse. For the Soviet people, the collapse of their state came as a complete surprise, and at the same time, as something natural. That dramatic event exposed a paradox: while most citizens experienced the system as eternal and immutable, they had also been always prepared for its disintegration.

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MÚSICA ★ 17 janeiro terça ↣ 22h

Lambchop FLOTUS FLOTUS pode ser uma surpresa, sim, mas não absoluta, especialmente para aqueles que procuram colecionar todos os pedaços da história. Sobretudo, quando em 2015, três dos elementos dos Lambchop nos presentearam com The Diet, um disco com veias eletrónicas que voou abaixo do radar. Contudo, há que admitir: é uma surpresa e é arrebatadora, como se um edifício de mais de uma dezena de pisos, feitos pacientemente ao longo de mais de duas décadas, explodisse em pequenos fragmentos que novamente aglutinados constroem algo novo e encantador. Nestas tais duas décadas, os Lambchop foram mapeando uma carreira imaculada, na qual nenhuma obra desmereceu a fama que foram entretanto conquistando, materializada pelo epíteto de “instituição musical norte­‑americana” que tanto se repete. Mas é daqui que verdadeiramente nasce FLOTUS, quatro anos depois do lamento a Vic Chesnutt, como se da dor nascesse uma eletrónica tão inteligente e desafiante que julgaríamos que sempre esteve por lá. Uma surpresa e seguramente um milagre, pois FLOTUS, entre a herança da eletrónica alemã e as produções de Brian Eno, é um dos melhores discos de Lambchop e uma nova e excitante vida para a pop pastoral e reconfortante de Kurt Wagner. Apesar de o piano ser uma figura central para este concerto, este é um ponto de mudança que se torna imperioso testemunhar. sala principal ● preço único: 14€ (excecionalmente não se aceitam reservas) ● M/6

After a twenty­‑year career, a dozen flawless albums and the title of an “American musical institution”, Lambchop have instigated their own revolution by reformulating the backbone of their sound with the use of electronics, making a complete break with their past. But the real feat accomplished in this change is that we can hear how the identity of Kurt Wagner’s project has been maintained entirely unaltered and how FLOTUS is set to become one of the band’s best ever albums.

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voz, guitarra, eletrรณnica: Kurt Wagner piano: Tony Crow baixo: Matt Swansom bateria, eletrรณnica: Andy Stack foto: Elise Tyler


DEBATE E PENSAMENTO 21 janeiro a 11 fevereiro sábados ↣ 15h às 18h

ANTÓNIO GUERREIRO Propostas para um glossário do nosso tempo


A propósito da sua nova criação O olhar de milhões, a estrear no fim de 2017, Raquel Castro convidou o ensaísta e crítico literário António Guerreiro a apresentar um seminário no qual se desenvolverão alguns conceitos da nossa contemporaneidade. A ideia de época e a possibilidade de apreender e nomear a configuração ou a imagem de entidades histórico­‑cronológicas dotadas de alguma autonomia correspondeu a um modo tipicamente moderno de escandir o tempo histórico. Traçar uma “ontologia do presente” ou caracterizar as “tonalidades afectivas” fundamentais da época através de conceitos, categorias e formações de sentido foi um exercício importante, praticado por filósofos, sociólogos, historiadores. O nosso tempo já não se deixa apreender na lógica da “época das epoquizações”, a temporalização da história inaugurada pelo Iluminismo chegou ao seu fim e, por conseguinte, tornou­‑se muito pouco plausível toda a pretensão de identificar uma configuração precisa do tempo presente. Mas é ainda assim possível isolar formações de sentido, conceitos, nomes comuns em torno dos quais se foi constituindo uma problemática especificamente contemporânea, de modo a constituir uma espécie de glossário fundamental do nosso tempo. Esse glossário, constituído sem grande respeito por fronteiras disciplinares e metodológicas, atravessa algumas grandes questões e problemas do mapa político e cultural em que nos situamos. António Guerreiro

moderação de Raquel Castro com a contribuição de Ana Bigotte Vieira, investigadora e dramaturgista seminário ● sala de ensaios ● entrada livre (sujeita a seleção), máximo de 20 participantes inscrição obrigatória com CV e carta de motivação (1 página) para barba.azul.producao@gmail.com até 16 de janeiro duração de cada sessão: 3 horas

Linked to her new creation O olhar de milhões (A million eyes), which is due to be premièred towards the end of 2017, Raquel Castro has invited the essayist and literary critic António Guerreiro to present a seminar in which some of our contemporary concepts will be examined and discussed. imagem: Eugenia Loli O olhar de milhões é uma coprodução da rede

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TEATRO ★ 21 e 22 janeiro sábado ↣ 21h30 / domingo ↣ 18h30 coprodução mm

MARIANO PENSOTTI Arde Brillante en los bosques de la noche

Nesta nova criação, o dramaturgo e encenador argentino Mariano Pensotti revisita a figura de Alexandra Kollontai, revolucionária soviética e feminista. Partindo das suas preocupações em torno das políticas do corpo, da sexualidade e da identidade feminina, vai à procura das ressonâncias da Revolução Russa na América Latina de hoje. Pensotti propõem­‑nos uma peça em três partes cujas histórias agem umas sobre as outras, transformando a vida das suas personagens: um teatro de marionetas, feitas à imagem dos atores que as manipulam, um teatro e um filme. Apropriando­‑se de algumas propostas formais das vanguardas russas, a peça discute a dicotomia entre ser espectador ou

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In Burning bright in the forest of the night, the Argentinean playwright and stage director Mariano Pensotti revisits the figure of Alexandra Kollontai, a Soviet revolutionary and feminist. Searching for echoes of the Russian Revolution in today’s Latin America, the play discusses the dichotomy between being a spectator or a participant in History and investigates the validity of some ideas about the political control over people’s bodies.

texto e encenação: Mariano Pensotti interpretação: Susana Pampín, Laura López Moyano, Inés Efrón, Esteban Bigliardi, Patricio Aramburu cenografia e figurinos: Mariana Tirantte música: Diego Vainer design de luz: Alejandro Le Roux produção executiva: Florencia Wasser / Grupo Marea assistentes de palco: Malena Juanatey, Tatiana Mladineo assistente de produção do filme: Gonzalo Córdoba Estévez assistente de encenação: Juan Schnitman encomenda: HAU Hebbel am Ufer coprodução: Complejo Teatral de Buenos Aires, HAU Hebbel am Ufer, Kunstenfestivaldesarts, Maria Matos Teatro Municipal colaboração: Cultural San Martin foto: Mariano Pensotti

participante na História e investiga a validade de algumas ideias acerca do controle político sobre o corpo. Qual é a relevância atual de ideias que fizeram a Revolução Russa, cem anos depois de esta ter ocorrido? um programa Lisboa Capital Ibero-Americana da Cultura 2017 em espanhol com legendagem ● sala principal ● 7€ a 14€ duração: 1h50 ● classificação etária: a classificar pela CCE Uma coprodução House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia


DEBATE E PENSAMENTO ★ 24 janeiro terça ↣ 18h30

STAVROS STAVRIDES Espaços Urbanos Comuns: prefigurando experiências de emancipação social Stavros Stavrides é arquiteto, ativista e professor na Escola de Arquitetura da Universidade de Atenas. Nesta conferência, abordará o modo como as vivências dos “espaços comuns” nas metrópoles contemporâneas criam formas de vida pública que ultrapassam os limites dos “espaços públicos” existentes. Se os espaços públicos são usados segundo ​​ regras estabelecidas por autoridades específicas, os espaços comuns emergem através de práticas capazes de nos fazer redescobrir a democracia. A partilha entre “estranhos” implica necessariamente a criação de formas e regras de vida social que beneficiam das diferenças entre as pessoas e encorajam a construção participativa de mundos urbanos. A partir de exemplos recentes de comunas urbanas criadas em cidades em crise (incluindo Atenas), esta apresentação mostrará como a vivência dos espaços comuns emergentes potencia a elaboração de regras coletivas. É através dessas experiências que a emancipação social como projeto político pode ser reequacionada e a cidade, como um conjunto de espaços de comunhão em expansão, pode ser repensada. moderação de Joana Braga, arquiteta em português e inglês ● sala principal entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● duração: 2h live streaming acessível em teatromariamatos.pt

Whereas public spaces are used under the rules established by specific authorities, common spaces emerge through practices that rediscover democracy as praxis. Drawing from examples related to recent experiences of urban commoning in crisis ridden cities (including Athens), Stavros Stavrides presentation will attempt to show that emerging common spaces may shape potentialities of collective rule­‑making. It is through such experiences that social emancipation as a political project may be re­‑problematized.

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Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia Apoio streaming


DANÇA ★ 26 a 28 janeiro quinta a sábado ↣ 21h30 coprodução mm

TÂNIA CARVALHO Glimpse — 5 Room Puzzle Depois de A Tecedura do Caos, espetáculo aclamado pela crítica e considerado um dos melhores de 2015 pelo jornal PÚBLICO, Tânia Carvalho regressa ao Teatro Maria Matos com uma nova criação. Uma coreografia para três bailarinos. Variações sobre duas sequências de movimento distintas — para dois elementos diferentes — traçando, com cada uma delas, um desenho novo no espaço. (Harmonia contida) Conjugação de um terceiro elemento — discrepante dos dois anteriores — com algumas das variações sobre as duas sequências de movimento distintas. (Harmonia disparatada) Tânia Carvalho

sala principal 6€ a 12€ ● duração: 45 min ● M/6

After the widely acclaimed A tecedura do caos [Weaving chaos] in 2015, Tânia Carvalho returns to Teatro Maria Matos with a new choreography for three dancers. Through variations and different sequences of elements, this performance explores the formal aspect of dancing, and the concepts of contained harmony and foolish harmony.

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coreografia e direção: Tânia Carvalho intérpretes: Luís Guerra, Marta Cerqueira e Tânia Carvalho figurinos: Aleksandar Protic música: Diogo Alvim desenho de luz: Zeca Iglésias e Tânia Carvalho vídeo promocional: Manuel Guerra booking: Colette de Turville produção: Tânia Carvalho produção executiva: João Guimarães

coprodução: KLAP —- Maison pour la danse, La Vilette, Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto, Théâtre de la Ville com Les Spectacles Vivants — Centre Pompidou apoio: O Espaço do Tempo, O Palácio, Inestética Companhia Teatral 
 foto: Rui Palma


PERFORMANCE ★ 2 a 4 fevereiro quinta e sexta ↣ 21h30 sábado ↣ 18h30 e 21h30 coprodução mm

ANDRÉ GUEDES Nova Árgea

Uma apresentação House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

Nova Árgea é a versão cénica de uma instalação apresentada em 2012 no centro cultural Phakt, no âmbito da bienal de arte contemporânea de Rennes. Foi concebida em contraponto ao contexto onde se situa este centro cultural, no complexo urbanístico Le Colombier, de meados dos anos 1970, que tem como maior atração um centro comercial. Na mesma época e durante o PREC (Processo Revolucionário em Curso), no pós­‑25 de Abril, foi criada em Árgea, Torres Novas, a cooperativa agrícola A Comunal. Os seus fundadores eram gente da cidade que, na busca do ideal revolucionário de fraternidade entre classes sociais, procuraram criar um projeto de comunidade com os camponeses e proletariado rural baseado na troca de conhecimento e na contribuição de todos os envolvidos para o fazer comum.

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Inspirada em A Comunal, Nova Árgea coloca os membros de uma comunidade ficcional envolvidos em torno de um jogo da artista Clara Batalha, numa narrativa visual que coexiste com textos da poeta Fiama Hasse Pais Brandão, do urbanista francês Gaston Bardet e de periódicos da época. palco da sala principal 6€ a 12€ ● duração: 45 min ● lotação reduzida classificação etária: a classificar pela CCE sábado ↣ 19h30 conversa sobre comunidade e cooperativismo com antigos participantes de A Comunal: Carlos Clara, Manuela Fazenda e Pedro Fazenda

Nova Árgea sets the members of a fictional community playing a board game and applying it to real life. Inspired by A Comunal, an agricultural cooperative created after the revolution of 25 April 1974, which brought city people and the rural proletariat together, exchanging knowledge for the common good, André Guedes now brings to Teatro Maria Matos the stage version of an installation presented in 2012.

conceção e direção: André Guedes intérpretes (diaporama): Tiago Barbosa, Antonia Buresi, Matthieu Ehrlacher, Elizabete Francisca, Vera Mantero e João Ferro Martins voz: Sara Graça e Paula Só música: Tiago Miranda jogo de tabuleiro e desenhos: Clara Batalha textos (excertos): Fiama Hasse Pais Brandão, Clara Batalha, Gaston Bardet, André Guedes, artigos sobre a cooperativa A Comunal do jornal A Gazeta da Semana (1976) e da revista Século Ilustrado (1975) fotografias: André Carvalho, André Guedes, Tugba Karop produção da versão original: Les Laboratoires de Rennes — Biennale d’Art Contemporaine, Phakt — Centre Culturel Colombier produção executiva (2017): Culturproject coprodução: Maria Matos Teatro Municipal


DANÇA ★ 7 fevereiro terça ↣ 21h30 coprodução mm

LUÍS GUERRA A tundra A Rede 5 Sentidos, que reúne onze teatros de todo o país, convidou o coreógrafo e intérprete Luís Guerra a criar uma nova coreografia que circulasse pelos teatros da rede. O resultado desta coprodução à escala nacional é a peça A tundra. A tundra é um dos biomas mais ventosos, secos e frios deste planeta. A severidade deste ecossistema convida, muitas vezes, a que abrandemos para nos entregarmos à contemplação. Um local privilegiado para observarmos silêncio interno, para abrandarmos o fluxo da mente. Este espetáculo é uma homenagem a estes locais. Através de uma coreografia desenhada e não­‑narrativa, é­‑vos oferecida uma metáfora da magia que as regiões de tundra podem conter e exercer. Convido­‑vos a assistirem ao espetáculo, se possível, sem demasiadas ideias pré­‑concebidas e num estado de consciência onde o pensamento racional consiga estar tranquilo — onde as vozes internas sejam anestesiadas temporariamente. Seria incrível se, na verdade, nesta noite e em conjunto, conseguíssemos aceder a algo que estivesse para lá do visível, para lá do conhecido. Aceder a espaços mais improváveis do nosso inconsciente coletivo. Luís Guerra

sala principal ● 6€ a 12€ duração: 60 min ● M/6

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direção e coreografia: Luís Guerra dançado por: Alice Lopes, António Cabrita, Gonçalo Ferreira de Almeida, Luís Guerra e Luís Marrafa composição musical original: Darr Tah Lei


The tundra, the new performance by choreographer and performer Luís Guerra, is a non­‑narrative choreography inspired by, and created in homage to, this harsh cold and windy ecosystem. The audience are invited to unleash, for a while, the inner voices of their minds and perhaps wander through unknown and unpredictable places of our collective unconsciousness.

figurinos: Luzia Arieira (confeção dos coletes) e Carol Carvalho (bordados à mão) direção técnica e desenho de luzes: Zeca Iglésias

produção executiva: Andreia Abreu coprodução: Rede 5 Sentidos — Teatro Viriato, Teatro da Guarda, Maria Matos Teatro Municipal, Centro Cultural Vila Flor, Teatro Virgínia, Centro

A tundra é uma coprodução da rede

de Artes de Ovar, Teatro Académico Gil Vicente, Teatro Micaelense, Teatro Nacional de São João, Teatro Municipal do Porto, O Espaço do Tempo ilustrações: Joalharia de Inverno, Luís Guerra


DEBATE E PENSAMENTO ★ 9 fevereiro quinta ↣ 17h30

MICHAEL LÖWY e ANTÓNIO GUERREIRO Romantismo e Revolução O sociólogo Michael Löwy nasceu no Brasil na década de 1930, filho de pais judeus vindos de Viena de Áustria. Iniciou os seus estudos em ciências sociais na cidade de São Paulo mas foi com a ida para Paris, onde vive, que o trabalho se desenvolveu. Löwy traça pontes entre o pensamento de tradição marxista, o surrealismo e o anarquismo. Os seus escritos sobre a influência do marxismo na América Latina tiveram grande repercussão internacional, mas a sua obra estende­‑se a temas tão amplos como o do judaísmo libertário e o do romantismo de inspiração socialista. Nesta conversa entre Michael Löwy e o crítico e ensaísta António Guerreiro, será abordada a relação entre Romantismo e Revolução. A anteceder este encontro, a partir das 17h30, terá lugar uma introdução geral à obra de Löwy, em particular ao seu pensamento marxista romântico. Esta apresentação estará a cargo de José Neves, professor do departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e editor do livro Utopias: Ensaios sobre Religião, Política e História (2016), uma coletânea de ensaios de Michael Löwy. Uma parceria entre o Teatro Maria Matos e o Instituto de História Contemporânea, da Universidade Nova de Lisboa no âmbito do seu programa em torno do centenário da revolução de Outubro. Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

Apoio streaming

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17h30 ↣ introdução à obra de Michael Löwy pelo historiador José Neves 18h30 ↣ conversa Michael Löwy e António Guerreiro em francês com tradução simultânea palco da sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● duração: 2h live streaming acessível em teatromariamatos.pt

The essayist and literary critic António Guerreiro joins the philosopher Michael Löwy for a conversation about the relationship between Romanticism and Revolution. Löwy has written about such wide­‑ranging themes as libertarian Judaism and socialist­‑inspired romanticism, but his work has mainly been influenced by Marxism in Latin America.


MÚSICA ★ 10 fevereiro sexta ↣ 22h

MORITZ VON OSWALD & RASHAD BECKER Moritz von Oswald e Rashar Becker são dois nomes absolutamente primordiais da história da música experimental e eletrónica que irradiou, e continua a irradiar, de Berlim nos últimos 20 anos. O primeiro é um dos artesãos de algumas das mais fantásticas variações techno da capital alemã; o segundo é possivelmente a figura mais omnipresente da cena experimental ao masterizar uma parte substancial da música eletrónica e não só editada nas últimas décadas. Sem se declararem como um duo oficial, esta colaboração é, pois, uma rara lição de como assistir à criação de novos diálogos e hipóteses, ancorados na eletrónica mas nascidos de algo maleável, acústico e, por que não, improvável: em palco, um piano é ponto de partida, motor de arranque e matéria­ ‑prima para que uma composição, estruturada mas respirando improvisação livre, vá nascendo, crescendo e morrendo. Pelo meio das máquinas e dos seus fios comunicantes, eis a história de algo orgânico e perene, que, por diversas fases da sua vida, atinge momentos de incrível beleza e complexidade. Não há muitos músicos que tenham esta capacidade de brincar aos deuses. sala principal 7€ a 14€ ● M/6

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Two names that are absolutely essential for telling the history of electronic music in Berlin, but also for illustrating the development of the European experimental scene and musical vanguard over the last twenty years. Unexpectedly, everything starts from a piano, developing from there to prove that all paths are valid when you know exactly where you want to get to — and, at present, there are few musicians as lucid as von Oswald and Becker.

piano e eletrĂłnica: Moritz von Oswald eletrĂłnica: Rashad Becker foto: Adriano Ferreira Borges


CRIANÇAS E JOVENS ★ +7 anos 11 e 12 fevereiro sábado e domingo ↣ 11h e 16h30 encomenda mm

Coleção de poemas de

RITA TABORDA DUARTE com

CRISTA ALFAIATE Saltando de ideia em ideia, pulando de verso em verso, olharemos o mundo pelo seu lado reverso: falaremos de animais como a girafa ou a pulga, que vive no pelo do cão, mas também da bicharada, que mora lá num cantinho, entre as rimas da poesia e a nossa imaginação. Vamos apresentar­‑vos os bichinhos pequeninos, o que têm de menos, de mais e que, até por isso mesmo, não se chamam animais e são chamados de animenos. E assim, sempre a rimar, rapazes e raparigas, toda a gente, eu e tu, poderemos conhecer elefantigas, misto de elefante e formigas que nem se veem a olho nu, um camarito rosado ou um girafeu canguru. Além de alguns animais, também queremos apresentar­‑vos outros tantos animenos, que vivem bem sossegados nos pensamentos desgrenhados. É isto que vos prometemos e não faremos a coisa por menos! poesia ● sala de ensaios preço único: 2€ ● duração: 25 min classificação etária: a classificar pela CCE

Crista Alfaiate brings the poems of Rita Taborda Duarte to life in our second Collection of Poems. Leaping from idea to idea, and hopping from verse to verse, they will look at the world from its other side: they will talk about animals such as the giraffe or the flea, who lives in the dog’s fur, but also about all the animals and insects that live over there in the corner, amid the rhymes of poetry and the imagination.

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ESCOLAS 15 a 17 fevereiro (durante as manhãs) este projeto desloca­‑se às escolas no concelho de Lisboa mediante marcação: bilheteira@teatromariamatos.pt 218 438 801 ● preço: 60€ ● lotação máxima: 60 pessoas pagamento integral na bilheteira do Teatro Maria Matos para confirmação da reserva

poemas: Rita Taborda Duarte interpretação: Crista Alfaiate uma encomenda: Maria Matos Teatro Municipal produção: Maria Matos Teatro Municipal ilustrações: Pedro Proença


TEATRO ★ 15 a 17 fevereiro quarta a sexta ↣ 21h30 coprodução mm

GUILLERMO CALDERÓN Mateluna O dramaturgo e encenador chileno Guillermo Calderón é uma das vozes mais singulares e influentes do teatro latino­‑americano. Não é um desconhecido em Lisboa, tendo já apresentado as peças Villa, Discurso e Escuela, no âmbito do festival Próximo Futuro. Para a criação de Escuela (2013), Calderón entrevistou antigos membros da resistência à ditadura chilena. Um deles, Jorge Mateluna, contou como o seu grupo foi detido num assalto a um banco em 1990, tendo sido condenado a uma pena de prisão de 14 anos. Depois da estreia de Escuela, Jorge foi detido por outro assalto armado. Na mesma prisão, cumpre agora uma pena de 17 anos. Nega a sua participação neste assalto e existem realmente indícios de que o prenderam com base em provas falsas. Um motivo possível é o facto de, durante o roubo de 1990, um polícia ter morrido. Mateluna é sobre a ética da violência política e sobre os conceitos da verdade e de inspiração artística. A sua história aborda a relação entre a realidade exposta em Escuela e a violência política do presente, tocando nos sentimentos profundos de culpa e justiça herdados da ditadura de Pinochet. Um programa Lisboa Capital Ibero-Americana da Cultura 2017 em espanhol com legendagem sala principal com bancada ● 7€ a 14€ ● duração: 1h20 classificação etária: a classificar pela CCE

Mateluna originates from the interviews that Calderón undertook with former members of the resistance to the Chilean dictatorship, during his preparations for the play Escuela (2013). This new work is a play about the ethics of political violence and also about the concepts of truth and artistic inspiration. Its story raises the question of the relationship between the reality that was exposed in Escuela and today’s political violence, also touching on the deep feelings of guilt and justice, inherited from Pinochet’s dictatorship. Uma coprodução House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

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dramaturgia e encenação: Guillermo Calderon assistência de direção: Ximena Sánchez interpretação: Camila González Brito, Andrea Giadach Cristensen, María Paz González Durney, Luis Cerda Esparza, Carlos Ugarte Díaz, Francisca Lewin Castellano

direção técnica e cenários: Loreto Martínez Labarca adereços: Carlos Fragoso produção: Fundación teatro a mil (FITAM) coprodução: HAU Hebbel am Ufer, Fundación teatro a mil (FITAM), Maria Matos Teatro Municipal

apoio:


CRIANÇAS E JOVENS ★ +4 anos 18 a 26 fevereiro (exceto 20 e 21) e 1 a 10 março (exceto 5, 6 e 7) encomenda mm ● reposição

MÁRCIA LANÇA e NUNO LUCAS Por esse mundo fora Márcia e Nuno são exploradores sempre prontos para uma próxima aventura. Atentos ao inesperado e amantes do desconhecido, desta vez deparam­‑se com um lugar cheio de caixas. Intrigados, questionam­‑se. O que fazem ali todas aquelas caixas? O que contém cada uma delas? O que se pode fazer com todas essas caixas? Por vezes a curiosidade leva­‑nos a superar os nossos limites. Quantas histórias já viveste, em que mesmo com medo, abriste portas, janelas, cofres, armários? Quantas vezes já foste levado pela necessidade de saber, de conhecer, de desvendar? Cada vez que abrimos uma caixa, um mundo de possibilidades é criado. Cada gesto desencadeia uma onda de descoberta e de espanto. Até onde nos leva a nossa curiosidade? semana ↣ 10h / sábado ↣ 16h30 / domingo ↣ 11h e 16h30 performance ● sala de ensaios criança: 3€ / adulto: 7€ ● duração: 35 min classificação etária: a classificar pela CCE

Márcia and Nuno are explorers who are always ready for their next adventure. Alert to the unexpected and lovers of the unknown, this time they find themselves in a place full of boxes. After last year’s great success, they return to our theatre to show us just how far our curiosity can take us.

criação e interpretação: Márcia Lança e Nuno Lucas
 composição sonora: Nuno Morão
 apoio figurinos: Benedetta Maxia

direção técnica: Tasso Adamoupolus residências: 30 da Mouraria, Rua das Gaivotas 6, Maria Matos Teatro Municipal

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coprodução: VAGAR e Maria Matos Teatro Municipal


19 fevereiro ↣ 16h30

sessão descontraída O que é uma sessão descontraída? É uma sessão de teatro, dança ou música que decorre numa atmosfera mais descontraída e acolhedora e com mais tolerância no que diz respeito ao movimento e ao barulho na plateia. Destina-se a todos os indivíduos e famílias que prefiram um ambiente com reduzidos níveis de ansiedade. Famílias com crianças pequenas, pessoas com condições do espectro autista (ASD), incluindo síndrome de Asperger; pessoas com deficiência intelectual; crianças com défice de atenção; pessoas com síndroma de Down; pessoas com síndroma de Tourette; seniores em estados iniciais de demência; pessoas com deficiências sensoriais, sociais ou de comunicação. mais informação em acessocultura.org


TEATRO ★ 24 a 26 fevereiro sexta a sábado ↣ 21h30 domingo ↣ 18h30

RUI CATALÃO Assembleia Um casal discute “o problema da habitação” e da “coabitação” no local onde moram. Quando chegam a um acordo sobre as situações que enfrentam, identificam problemas que só podem ser resolvidos no contexto da comunidade, usando “ferramentas” políticas para os solucionarem. É então preciso tomar decisões coletivas: o casal convoca uma assembleia — o público da plateia! O diálogo que se segue entre o casal e o público visa estabelecer um contrato: a comunidade, representada pela assembleia, aceita como válidos os problemas enunciados? Quem se solidariza? Está disposta a responsabilizar­‑se, assumindo uma causa comum? Como é que pretende fazê­‑lo? Quem faz o quê? Com que meios? Recorrendo a que tipo de ações? Quem se compromete? Quem se responsabiliza? Qual é a próxima etapa? Assembleia parte de um laboratório de trabalho aberto à comunidade de Chelas, no qual são abordadas temáticas locais sugeridas pelos participantes. sala principal com bancada 6€ a 12€ ● duração: 60 min classificação etária: a classificar pela CCE

A couple discusses the “housing problem” and the difficulties of “cohabitation” in the place where they live. The problems that they identify can only be solved collectively. And so a meeting is called — with the audience sitting in the stalls! Does this community accept the problems that have been outlined as valid ones? Who sympathises with them? Are you ready to take responsibility in defence of a common cause? Assembleia (Meeting) is based on a working laboratory open to the community of Chelas. autoria, formação e encenação: Rui Catalão articulação com comunidade: Paulo Lage e Vânia Cerqueira formador: Luis Leonardo Mucauro luzes: Cristóvão Cunha

produção: ORG.I.A coprodução: Maria Matos Teatro Municipal projeto financiado pela República Portuguesa | Cultura / Direção-Geral das Artes foto: dados do mapa ©2016 Google, Digital Globe

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Apresentação no âmbito da rede Create to Connect com o apoio do Programa Cultura da União Europeia



PERFORMANCE ★ 28 fevereiro terça ↣ 19h30

BOJAN DJORDJEV The Discreet Charm of Marxism — six course dinner piece

criação: Bojan Djordjev com: André Amálio desenho gráfico: Katarina Popović; desenho do espaço: Siniša Ilić; tradução portuguesa: Joana Frazão consultor: Erwin Jans produção: DasArts e Walking Theory foto: Jelena Janković

A performance The Discreet Charm of Marxism [O charme discreto do marxismo] evoca a tradição do simpósio, tão antiga quanto a civilização da Europa Ocidental. Explorando a noção de “alimento para o pensamento”, a peça encena textos marxistas sobre a luta de classes e a revolução, como uma refeição de seis pratos. Se a audiência é convidada a consumir, ler e discutir a comida que lhe é servida em papel, numa biblioteca instalada para o efeito, há comida e bebida real, servida como se servem os livros. Em The Discreet Charm of Marxism, o papel principal pertence à audiência,

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Exploring the notion of ‘food for thought’, The Discreet Charm of Marxism stages a series of Marxist texts on the class struggle and revolution in the form of a six­‑course meal. The audience are invited to consume/read and discuss the food together. The ‘food’ and entire dinner iconography is rendered through paper and graphic design, while real food and drinks are served as ‘books’ in the library, so that no one stays hungry. Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

mas o grau de participação é deixado ao critério de cada um. Criando condições para a mobilização coletiva do conhecimento do público, o teatro torna­‑se um espaço para pensar em conjunto e a arte um lugar para decifrar a condição atual do nosso mundo. palco da sala principal preço único: 10€ (inclui jantar) duração: 2h classificação etária: a classificar pela CCE

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Novo livro da série Performing Urgency

Joined Forces: Audience Participation in the Theatre Joined Forces: Audience Participation in the Theatre é o terceiro livro da série Performing Urgency encomendada pela rede House on Fire (depois de Not Just a Mirror. Looking for the Political Theatre of Today e Turn Turtle! Reenacting the Institute). Apresenta vários exemplos de participação do público no teatro ligando­‑os aos problemas de participação na democracia e à arte socialmente comprometida. preço especial de lançamento: 10€ (até 31 janeiro) livro: 14,90 € ● à venda na bilheteira do Teatro Maria Matos ebook: 9,99 € ● www.alexander­‑verlag.com

Joined forces: Audience Participation in the Theatre consists of four interviews and ten essays, case studies, manifestos and anti-manifestos produced by theatre makers, curators, critics and scholars. They present various examples of audience participation in the theatre, linking them to the problems of participation in democracy and to socially engaged art.

uma publicação: House on Fire edição: Alexander Verlag coedição: Live Arts Development Agency House on Fire tem o apoio do Programa Cultura da União Europeia


. . . r i u g e a s MÚSICA 2 março 2017

@C

O mais recente álbum, Three­‑Body Problem, desafiou, como nunca acontecera, Miguel Carvalhais e Pedro Tudela a trabalharem com um leque alargado de músicos, muitos deles acústicos, provocando a dupla a agir e a reagir a uma maior complexidade de sons e propostas. É a partir dessa experiência e processo de trabalho que @c criam Lâminas, a sua nova obra, em estreia no Teatro Maria Matos. 6€ a 12€ ● M/6


Coproduções do Maria Matos Teatro Municipal em digressão em janeiro e fevereiro 2017 Æ INÊS BARAHONA E MIGUEL FRAGATA: A Caminhada dos Elefantes Estreia novembro 2013 França, Besançon, Spectacles en Recommandé ↣ 18 janeiro 2017 Tondela, ACERT ↣ 22 e 23 fevereiro 2017 França, Rouen, Festival Torres de Paroles ↣ 3 a 6 março 2017 Æ TÂNIA CARVALHO: A tecedura do caos Estreia fevereiro 2015 Suécia, Estocolmo, Dansens Hus ↣ 16 e 17 fevereiro 2017 Æ RIMINI PROTOKOLL: Europa em casa Estreia outubro 2015 EUA, Santa Barbara, MCA Museum of Contemporary Art ↣ 20 janeiro e 17 fevereiro 2017 Æ MARLENE MONTEIRO FREITAS EM COLABORAÇÃO COM ANDREAS MERK: Jaguar Estreia outubro 2015 França, Grenoble, Le Pacifique — CDC Grenoble ↣ 30 janeiro 2017 França, Dijon Bourgogne, Art Danse — CDC Dijon Bourgogne, ↣ 1 fevereiro 2017 Æ MÁRCIA LANÇA E NUNO LUCAS: Por esse mundo fora Estreia março 2016 França, Vanves, Théâtre de Vanves ↣ 20 e 21 janeiro 2017 Æ TÂNIA CARVALHO: Glimpse — 5 Room Puzzle Estreia abril 2016 França, Paris, Centre Pompidou ↣ 11 a 14 janeiro 2017 Æ GUILLERMO CALDERÓN: Mateluna Estreia setembro 2016 Espanha, Santiago de Compostela, Festival Escenas do Cambio ↣ 12 fevereiro 2017 Æ MARIANO PENSOTTI Arde Brillante en los bosques de la noche Estreia janeiro 2017 Alemanha, Berlim, HAU ↣ 13 a 15 janeiro 2017 Æ ROMEU COSTA: Manta Estreia janeiro 2017 Porto, Teatro Municipal do Porto ↣ 27 e 28 janeiro 2017 Matosinhos, Cine­‑Teatro Constantino Nery ↣ 2 a 4 fevereiro 2017 Æ LUÍS GUERRA: A tundra Estreia fevereiro 2017 Viseu, Teatro Viriato ↣ 2 fevereiro 2017 Guarda, Teatro Municipal da Guarda ↣ 4 fevereiro 2017 Guimarães, Centro Cultural Vila Flor ↣ 9 fevereiro 2017 Torres Novas, Teatro Virgínia ↣ 11 fevereiro 2017


maria&luiz


BILHETEIRA terça a domingo das 15h às 20h em dias de espetáculo das 15h até 30 minutos após o início do mesmo 218 438 801 • bilheteira@teatromariamatos.pt bilheteira online: www.teatromariamatos.pt outros locais de venda: ABEP / CTT / Fnac / São Luiz Teatro Municipal / Worten LAMBCHOP Preço único 14€ Excecionalmente não se aceitam reservas e não se aplicam descontos

mm café

terça a domingo ↣ 18h às 02h

DESCONTOS* PREÇO ÚNICO 5€ menores de 30 anos (apenas válido para espetáculos mencionados) DESCONTO 50% portadores do cartão Maria & Luiz, estudantes, maiores de 65 anos, pessoas com deficiência e acompanhante, desempregados, profissionais do espetáculo, funcionários da CML e empresas municipais (extensível a acompanhante) DESCONTO 30% grupos de dez ou mais pessoas (com reserva e levantamento antecipado) GRUPOS ESCOLARES Mais informação na bilheteira CARTÃO MARIA & LUIZ cartão que garante acesso a desconto de 50% em todos os espetáculos assinalados do Teatro Maria Matos e do Teatro São Luiz para maiores de 30 e menores de 65 anos durante 12 meses. Preço 10€. www.mariaeluiz.pt • mariaeluiz@egeac.pt Condições: Válido durante 12 meses a partir do momento da compra. Desconto mediante apresentação do cartão, apenas válido na bilheteira física e online do Teatro Maria Matos e do Teatro São Luiz. Não acumulável com outros descontos e não extensível a espetáculos de preço único, passes e outros selecionados. A utilização do cartão é pessoal e intransmissível. *descontos não acumuláveis


RESERVAS

levantamento prévio obrigatório até 30 minutos antes do espetáculo.

PROGRAMAÇÃO CRIANÇAS E JOVENS FAMÍLIAS ESPETÁCULOS 7€ preço adultos 3€ preço crianças / adolescentes RESERVAS levantamento prévio obrigatório nas 48h após a reserva não se aceitam reservas nas 48h antes do espetáculo ESCOLAS ESPETÁCULOS 3€ preço único para aluno em contexto escolar professor acompanhante não paga RESERVAS pagamento parcial obrigatório nas 48h após a reserva

COMO CHEGAR?

Teatro Maria Matos Avenida Frei Miguel Contreiras, 52 1700-213 Lisboa comboio: Roma — Areeiro • metro: Roma autocarros: 727, 735 e 767 bicicletas: Ciclovia e parque de bicicletas junto ao Teatro Maria Matos

RECEBER INFORMAÇÃO DO TEATRO MARIA MATOS Para receber o nosso programma em casa ou informação por email, por favor escreva-nos para: comunicacao@teatromariamatos.pt

Teatro Maria Matos faz parte das seguintes redes de programação

House on Fire e Create to Connect são redes financiadas pelo Programa Cultura da União Europeia

Teatro Maria Matos nas redes sociais

Imagine 2020 é uma rede apoiada pelo programa Europa Criativa da União Europeia

Parceiros

Apoio à divulgação


PROGRAmmA

FEVEREIRO 2017 RUI CATALÃO Assembleia ● teatro sex 24 ↣ 21h30 sáb 25 ↣ 21h30 dom 26 ↣ 18h30 ╓─── BOJAN DJORDJEV ║ ║ The Discreet Charm of ║ ║ Marxism — six course dinner ║ ║ piece ║ ╙ Æ ● performance ter 28 ↣ 19h30 ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╙Æ


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