PROGRAmmA setembro outubro 2016

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PROGRAmmA SETEMBRO 2016

HALORY GOERGER E ANTOINE DEFOORT Germinal ● teatro qui 08 e sex 09 ↣ 21h30 ╓─── BRUNO PERNADAS ║ ║ Those who throw objects ║ ║ at the crocodiles will be ║ ║ asked to retrieve them ║ ║ ● música ║ ╙ Æ ter 13 ↣ 22h ╓─── MERIJN OUDENAMPSEN ║ ║ Em Defesa da Utopia ║ ║ ● debate e pensamento ║ ╙ Æ qui 15 ↣ 18h30 ╓─── KATE MCINTOSH ║ ║ Mesa de Trabalho ║ ║ ★ Palácio Pombal ║ ║ ● crianças e jovens ║ ╟ Æ sáb 17 ↣ 15h às 19h ║ ╙ Æ dom 18 ↣ 11h às 13h e 14h às 19h ╓─── KATE MCINTOSH ║ ║ Worktable ║ ║ ★ Palácio Pombal ║ ║ ● instalação ║ ╟ Æ ter 20 a sex 23 ↣ 17h às 20h ║ ╙ Æ sáb 24 ↣ 15h às 20h ╓─── BRUNO PERNADAS ║ ║ Worst Summer Ever ║ ║ ● música ║ ╙ Æ ter 20 ↣ 22h ╓─── MALA VOADORA ║ ║ Moçambique ║ ║ ● teatro ║ ╟ Æ sex 23, sáb 24 ║ ║ e ter 27 ↣ 21h30 ║ ╙ Æ dom 25 ↣ 18h30 ╓─── MARCELO EVELIN ║ ║ ★ Espaço Alkantara ║ ║ ● masterclass ║ ╙ Æ seg 26 a qua 28 ↣ 14h às 19h ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ

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FILIPA FRANCISCO com FRANCISCO CAMACHO, MIGUEL PEREIRA E SÍLVIA REAL Projeto Espiões ● dança sex 30 e sáb 01 out ↣ 21h30 dom 02 out ↣ 18h30

MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL


EQUIPA diretor artístico Mark Deputter diretora executiva Andreia Cunha programador música Pedro Santos programadora crianças e jovens Susana Menezes assistentes de programação Laura Lopes e Liliana Coutinho adjunta gestão Glória Silva diretora de produção Mafalda Santos adjunta direção de produção Rafaela Gonçalves produtoras executivas Catarina Ferreira e Maria Ana Freitas

segurança Securitas António Simões, António Oliveira, Mário Fernandes, Filipe Tomé e Valter Julião PROGRAmmA proprietário EGEAC, E.M. diretor Mark Deputter editora Catarina Medina morada Avenida da Liberdade, 192 1250-147 Lisboa sede de redação Rua Bulhão Pato, 1B 1700-081 Lisboa periodicidade bimestral

diretora de comunicação Catarina Medina

tiragem 11 mil exemplares

gabinete de comunicação Susana Pomba

O PROGRAmmA foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico de 1990. Foi impresso em papel de produção nacional.

imagem e design gráfico barbara says… diretora de cena Rita Monteiro adjunta direção de cena Sílvia Lé camareira Rita Talina diretor técnico João Alves adjunta direção técnica Anaísa Guerreiro técnicos de audiovisual Félix Magalhães, João Van Zelst e Miguel Mendes técnicos de iluminação / palco Luís Balola, Nuno Samora, Paulo Lopes e Manuel Martins bilheteira/receção Diana Bento e Rosa Ramos frente de sala Luridima Isabel Clímaco (chefe de equipa), Afonso Matos, Ana Paula Santos, Francisco Tavares e Rita Resende limpeza Astrolimpa Hermínia Santos, Celeste Jesus, Maria Figueiredo, Maria Edmar, Matilde Reis, Simona Aconstantinesei, Lucinda Oliveira e Engrácia Rodrigues


ÍNDICE TEATRO

Æ HALORY GOERGER E ANTOINE DEFOORT: Germinal Æ MALA VOADORA: Moçambique

MÚSICA

Æ BRUNO PERNADAS Those who throw objects at the crocodiles will be asked to retrieve them Æ BRUNO PERNADAS: Worst Summer Ever Æ JOANA SÁ: À escuta: o aberto (para piano e instalação de placas ressoadoras de metal) Æ MATMOS: performs Robert Ashley’s Perfect Lives

DEBATE E PENSAMENTO

Æ MERIJN OUDENAMPSEN: Em Defesa da Utopia Æ NURSEL KILIÇ E EDA DÜZGÜN Democracia num Lugar Improvável Æ PROJETO D’AJUDA Æ HELENA INVERNO E VERÓNICA CASTRO Um Elefante na Sala Æ ANA BORRALHO, JOÃO GALANTE E ROBERTO FRATINI SERAFIDE: Arte e Participação Æ JAVIER TORET E AMADOR FERNÁNDEZ­‑SAVATER Democracias de Base — O Caso Espanhol

CRIANÇAS E JOVENS

Æ KATE MCINTOSH: Mesa de Trabalho Æ ANA LÚCIA PALMINHA, SUZANA BRANCO E MARIA JOÃO CASTELO: Saia de Roda

INSTALAÇÃO

Æ KATE MCINTOSH: Worktable

MASTERCLASS

Æ MARCELO EVELIN

DANÇA

Æ FILIPA FRANCISCO com FRANCISCO CAMACHO, MIGUEL PEREIRA E SÍLVIA REAL Projeto Espiões Æ FAUSTIN LINYEKULA: Le Cargo

PERFORMANCE

Æ PROJETO COLETIVO A PARTIR DE UMA PROPOSTA DE LOÏC TOUZÉ E ANNE KERZERHO À Volta da Mesa: para um imaginário do gesto Æ EDIT KALDOR: Web of Trust Æ CHRISTOPHE MEIERHANS A Hundred Wars to World Peace

ÓPERA

Æ VASCO MENDONÇA, KRIS VERDONCK, DIMITRI VERHULST, LOD MUZIEKTHEATER E ORQUESTRA GULBENKIAN Bosch Beach

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DEBATE

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PENSAMENTO,

WORKSHOPS,

Alice: “Would you tell me, please, which way I ought to go from here?” The cat: “That depends a good deal on where you want to get to.” Lewis Carroll, Alice in Wonderland

Em 1516, Thomas More publicou Utopia, uma crítica à sociedade em que vivia e um manifesto para um mundo melhor. Em 1917, a Revolução Russa derrubou o regime czarista, rumo a um futuro mais feliz. Como se sabe, as promessas não se realizaram e a história do século xx demonstrou que a humanidade é capaz de monstruosidades em nome de um suposto mundo ideal. Tornou­‑se hábito olhar para qualquer aspiração utópica com uma mistura de descrença e desconfiança. Depois da queda do muro de Berlim, pensar a sociedade em termos ideológicos tornou­‑se tabu e a política transformou­‑se num exercício de gestão. A ambição de construir um mundo melhor foi trocada pela convicção de que estamos a viver no melhor dos mundos possíveis e de que é suficiente confiar na “mão invisível” do mercado e limar as imperfeições. No entanto, o conceito da “gestão eficiente” do mundo globalizado em moldes neoliberais está a falhar. Confrontadas com a degradação alarmante do ecossistema, o aumento das desigualdades, a privatização selvagem do que deveria ser comum, a migração massiva, o desaparecimento da solidariedade, cada vez mais pessoas reclamam o regresso da política: uma política que reocupe o seu lugar central, que ouse imaginar novos modos de atuar, procure caminhos diferentes e inclua os cidadãos nos processos de decisão. Quais são as ideias que estão a emergir capazes de nos inspirar? Onde estão os projetos que experimentam diferentes formas de conviver? Quais são as utopias de que a humanidade precisa para agir criticamente e recriar o presente? Será que a arte tem aqui um papel a desempenhar? Business as usual deixou de ser opção: é preciso voltar a imaginar o mundo em que queremos viver. É preciso juntarmo­‑nos enquanto cidadãos para o construir.

R E S I L I Ê N C I A


PERFORMANCE, DANÇA, CRIANÇAS E JOVENS O ciclo UTOPIAS oferece um programa alargado que atravessa toda a temporada 2016­‑2017 do Teatro Maria Matos, com espetáculos, instalações, palestras, encontros e eventos no espaço público, com convidados que fazem do agir crítico e da imaginação política uma tarefa diária. As UTOPIAS da temporada estão organizadas em seis arquipélagos, seis territórios para conhecer possibilidades que estão já em curso, e de imaginar outras. Em setembro e outubro, visitamos o Arquipélago da Resiliência, em que olhamos para o regresso da imaginação política nos movimentos sociais que têm irrompido um pouco por todo o mundo nos últimos anos. À crescente precariedade e aos discursos do medo contrapõem mais solidariedade. Ao status quo respondem com ativismo e participação a todos os níveis da sociedade. A utopia é aqui um horizonte que se reinventa enquanto se vai caminhando. curadoria: Liliana Coutinho e Mark Deputter

↣ setembro ↣ outubro 2016

Arquipélago da Resiliência olha para o regresso da imaginação política nos movimentos sociais que têm irrompido um pouco por todo o mundo nos últimos anos.

↣ novembro ↣ dezembro 2016

Arquipélago das Diversidades parte da crise dos refugiados para revisitar os problemas e as oportunidades da sociedade diversa.

↣ janeiro ↣ fevereiro 2017

Arquipélago Comum revisita os muitos projetos utópicos surgidos dos comunismos e anarquismos que surgiram no início do século xx.

↣ março 2017

Arquipélago dos Afetos dá a palavra aos muitos que estão a repensar a política como uma atividade também afetiva.

↣ março ↣ abril 2017

Arquipélago Capital centra-se nas forças imaginativas e destrutivas do capitalismo.

↣ maio ↣ julho 2017

Arquipélago Verde foca o imaginário utópico mais influente da atualidade, surgido da necessidade incontornável de manter o planeta viável.


TEATRO ★ 8 e 9 setembro quinta e sexta ↣ 21h30

HALORY GOERGER E ANTOINE DEFOORT Germinal E se pudéssemos recomeçar do zero? Para iniciar o ciclo UTOPIAS, o Teatro Maria Matos volta a apresentar o espetáculo que marcou o Alkantara Festival de 2014, Germinal. Quatro indivíduos encontram­‑se num palco vazio, um espaço virgem. A partir do nada, iniciam a criação de um mundo novo, com tudo o que isso implica: a invenção da linguagem, o desenvolvimento do conhecimento, a construção da comunidade, a criação da própria história. Fazem experiências com ciência, tecnologia e estruturas sociais. Organizam o mundo de acordo com novas regras e categorias. Tudo se classifica. Tudo se parte. Com um humor subversivo e ácido, Goerger e Defoort jogam às utopias para dissecar o estado do mundo e os seus modos de funcionamento. sala principal com bancada ● 7€ a 14€ em francês com legendas ● duração: 70 min ● M/12

What if we could start from scratch? To open its program on utopia, Teatro Maria Matos presents a performance that marked Alkantara Festival 2014. In Germinal, we witness the birth of a new world and all that it implies: the invention of language, the development of knowledge, the construction of a community, the creation of history itself. With a subversive humour, Goerger and Defoort play around with utopia to dissect the state of the world and the way it functions.

Coapresentação

Com o apoio NXTSTP/ Programa Cultura da União Europeia

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conceito e direção: Halory Goerger e Antoine Defoort interpretação: Arnaud Boulogne, Jean­‑Baptiste Delannoy, Ondine Cloez, Beatriz Setién, Antoine Defoort, Denis Robert, Halory Goerger, Sébastien Vial e a voz de Mathilde Maillard conceção técnica: Maël Teillant direção técnica: Frédérick Borrutzu e Colin Plancher produção técnica e cenário: Frédérick Borrotzu e Colin Plancher luz: Sébastien Bausseron e Alice Dussart som: Robin Mignot e Régis Estreich consultor luz: Annie Leuridan construção cenário: Christian Allamano, Cédric Ravier e Danny Vandeput produção e olhar exterior: Julien Fournet assessoria de produção: Mathilde Maillard administração: Sarah Calvez e Kevin Deffrennes secretariado e digressão: Anne Rogeaux logística: Pauline Foury crédito fotográfico: Bea Borgers


MÚSICA ★ 13 setembro terça ↣ 22h

BRUNO PERNADAS Those who throw objects at the crocodiles will be asked to retrieve them Teria sido necessário estar bem longe do país em 2014 para que a estreia de Bruno Pernadas em nome próprio nos passasse ao lado. How can we be joyful in a world full of knowledge, editado com estrondo em março desse ano, foi o primeiro assalto de um ano vitorioso; depois, no mês seguinte, Pernadas deslumbrou­ ‑nos num concerto esgotado na sala do Teatro Maria Matos, onde todo o seu mundo sonoro frondoso ganhou corpo e magicamente se desfolhou; por último, no final do ano, nas inevitáveis listas da imprensa, o seu disco arrebatou o cume dos melhores discos nacionais do ano. Those who throw objects at the crododiles will be asked to retrieve them é finalmente o regresso de Pernadas e o regresso ao esplendor do seu álbum anterior — e arrisca­‑se, com desarmante facilidade, a conquistar iguais adjetivos e prémios. Voltamos a ouvir uma torrente pop de múltiplas cores e formas, brincando aos géneros como se fossem plasticina, mostrando composição acima da média interpretada por músicos de igual calibre. De volta estão as estrelas e o Espaço, o exotismo e os cheiros de outras culturas, o geométrico da composição e a liberdade musical. Acreditem: o relâmpago que sentiram em 2014 vai voltar a atingir­‑nos em cheio. E, quando se refizerem do golpe, preparem­‑se para serem fulminados de novo com Worst Summer Ever, na semana seguinte, mais um disco de originais e mais um concerto. sala principal 6 € a 12 € ● M/6

It was his year — Bruno Pernadas was in every best albums list of 2014 in Portugal and gave us an unforgettable concert —, now he continues with his pop dream and proposes a new journey over the never­‑ending musical labyrinth of his songs. Once again, our stage will be filled with flawless musicians that will put together piece by piece this whole new intoxicating sound puzzle, which will go straight into our future memories of 2016.

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u Wor s t S

guitarra, sintetizador, sampler e composição: Bruno Pernadas bateria e sampler: João Correia baixo elétrico: Nuno Lucas voz, teclados e sintetizador: Margarida Campelo voz e guitarra: Francisca Cortesão voz e guitarra: Afonso Cabral

trompete e flugelhorn: Diogo Duque saxofone alto, tenor e soprano: João Capinha saxofone tenor, soprano e barítono: Raimundo Semedo flauta: Diana Mortágua crédito fotográfico: Vera Marmelo

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guitarra, sampler, composição: Bruno Pernadas contrabaixo: Francisco Brito bateria: David Pires piano: Sérgio Rodrigues

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saxofone alto e soprano: João Mortágua saxofone tenor e soprano: Desidério Lázaro crédito fotográfico: Vera Marmelo


MÚSICA ★ 20 setembro terça ↣ 22h

BRUNO PERNADAS Worst Summer Ever Se 2016 já seria feliz com um novo disco de Bruno Pernadas, este ano arrisca­‑se a ser memorável com a edição simultânea de dois álbuns de originais em nome próprio. Depois da viagem por Those who throw objects at the crododiles will be asked to retrieve them, do dia 13, esta noite de dia 20 fica reservada para entrarmos em Worst Summer Ever, um trabalho em quinteto discursando o idioma clássico do jazz. Mas, como sabemos das partituras de Bruno Pernadas, nada é exatamente clássico, nem exatamente jazz, e este seu projeto é mais uma ideia musical que parece alimentar­‑se profusamente de muitos estilos para criar as suas próprias regras. Ou seja, o jazz como um rio agitado onde confluem diversos afluentes inesperados que enriquecem um caudal generoso de ideias e dinâmicas coletivas. Por vezes energético e demolidor, noutras vezes cinematográfico e melancólico, este quinteto, operando nas suas mais variadas formações, parece estar preparado para qualquer tipo de situações, deslumbrando­ ‑nos pela exatidão dos movimentos e pela invenção da sua espontaneidade. Não chega a ser o outro lado do espelho de Bruno Pernadas porque muito do seu jazz já habita o seu mundo pop, mas com Worst Summer Ever cria­‑se um díptico muito fiel às suas capacidades criativas. E, como sempre, um palco é o local privilegiado para assistir a isto tudo. sala principal com bancada 6€ a 12€ ● M/6

A week after presenting Those who throw objects at the crocodiles will be asked to retrieve them, Pernadas comes back with another record and another concert. Five warrior musicians get together around jazz, as a common language, even though they have accepted characteristics and emotions that don’t fit in that category and canon. This is only possible with an armoured quintet that shines intensely as a collective and as the sum of valuable individuals.

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DEBATE E PENSAMENTO ★ 15 setembro quinta ↣ 18h30

MERIJN OUDENAMPSEN Em Defesa da Utopia


Publicado em 1516, Utopia de Thomas More tornou­‑se o texto fundador da tradição utópica. Desde então tem funcionado como uma plataforma para avaliar os méritos do pensamento utópico e do engajamento intelectual. O utopismo conduz necessariamente à violência e totalitarismo? As ideias utópicas têm de terminar “num miserável ataque de depressão”, como Marx escreveu uma vez? É possível transformar a sociedade com base em ideias? Que papel podem desempenhar os intelectuais na política? O debate sobre o pensamento utópico tem sido dominado por uma série de académicos — Karl Popper, Isaiah Berlin, Hannah Arendt e John Gray — que têm descrito a tradição utópica como um bilhete só de ida para o totalitarismo. Nesta palestra, Merijn Oudenampsen argumenta que a mensagem da Utopia de More ou foi mal interpretada ou mal representada. O livro Utopia apresenta uma visão instável, fictícia, de uma sociedade alternativa que serve principalmente para criticar o aqui e agora. Esta pertence a uma cadeia utópica “iconoclasta”, que desempenha um papel central em movimentos de protesto tais como Occupy e 15M. conferência em inglês palco da sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h duração: 2h live streaming acessível em teatromariamatos.pt

Published in 1516, Utopia by Thomas More became the founding text of the utopian tradition. Ever since then, it has functioned as a platform to gauge the merits of utopian thought and intellectual engagement as such. Does utopianism necessarily lead to violence and totalitarianism? Is it possible to transform society on the basis of ideas? What role can intellectuals play in politics?

Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

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CRIANÇAS E JOVENS ★ +6 anos 17 e 18 setembro sábado ↣ 15h às 19h domingo ↣ 11h às 13h e 14h às 19h (de 15 em 15 mins)

KATE MCINTOSH Mesa de Trabalho Esta mesa de trabalho é especial. Nela, convidamos­‑te a desfazer objetos. São objetos que podes encontrar na vida quotidiana mas que hoje vão estar à tua disposição, preparados para serem trabalhados por ti. Preparado com luvas de segurança e vários tipos de ferramentas, vais poder usar toda a tua força ou toda a tua delicadeza para, por exemplo, separar as várias peças de um guarda­‑chuva ou de um brinquedo. Nesta instalação viva, nada pode ficar intacto! Mas não penses que estamos aqui só para desmantelar, porque cada pedaço ganhará uma nova vida. Depois desta primeira parte, vais receber um conjunto de instruções para avançares para outras ações e novas transformações. Palácio Pombal instalação ● 3€ (1 criança + 1 adulto) 6€ (2 crianças + 1 adulto) ● lotação reduzida excecionalmente não se aceitam reservas duração: 60 min (aprox.)

This is a special worktable. In it, we invite you to break apart objects that you can find in your daily life but that today will be at your disposal, prepared to be dismantled by you. But it doesn’t end there, you have to listen to the instructions and bring them back to life, in a new way.

Apresentação no âmbito da rede Create to Connect com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

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conceito e realização: Kate McIntosh produção: SPIN crédito fotográfico: Kate McIntosh Worktable (no original) foi uma encomenda do evento Performance is a Dirty Work da Roehampton University.


INSTALAÇÃO ★ 20 a 24 setembro terça a sexta ↣ 17h às 20h sábado ↣ 15h às 20h (de 15 em 15 mins)

KATE MCINTOSH Worktable Worktable é uma instalação viva, aberta ao público de forma contínua durante várias horas e vários dias. O visitante faz um percurso por uma série de salas: deve inscrever­‑se para entrar e pode ficar o tempo que quiser. Uma vez lá dentro, são dadas instruções, equipamento e óculos de segurança para que possa começar a trabalhar, ou seja, a quebrar, despedaçar, separar, dissecar… para depois reordenar, remontar, reconstruir os vários objetos que ali estão. Ao som de uma banda sonora que se vai criando pela amplificação dos gestos do trabalho, cabe a cada um decidir como é que os objetos se separam, e como é que as peças se voltam a juntar, para criar um algo novo, uma nova realidade. Mãos à obra.

Apresentação no âmbito da rede Create to Connect com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

Palácio Pombal preço único: 5€ ● lotação reduzida excecionalmente não se aceitam reservas duração: 60 min (aprox.)

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Worktable is a live installation, open to visitors continuously for several hours and days. It takes place in a series of rooms — you must sign in to enter, and can stay as long as you like. Once inside you are given instructions, equipment and safety goggles so you can get to work — it's up to you to decide how things come apart, and how they come back together again. Sign in and get to work.

conceito e realização: Kate McIntosh produção: SPIN crédito fotográfico: Kate McIntosh Worktable (no original) foi uma encomenda do evento Performance is a Dirty Work da Roehampton University.


TEATRO ★ 23 a 27 setembro (exceto segunda 26) sexta, sábado e terça ↣ 21h30 domingo ↣ 18h30 coprodução mm

MALA VOADORA Moçambique Os três elementos mais antigos da mala voadora nasceram em Moçambique. Um deles é Jorge Andrade. Apesar de ter vindo para Portugal com quatro anos, propõe­‑se a construir uma autobiografia como se tivesse vivido em Moçambique toda a sua vida. E para que a sua história se torne credível, vai ter de impô­‑la à História do país. E se o teatro documental só tem interesse se contar mentiras, trazem-se imagens efetivamente documentais para o contexto ficcional do teatro, ficcionando­ ‑as de um modo que não visa a verdade. Visa antes, como um romance histórico, inventar uma história cujo contexto advém da História. Jorge Andrade fará parte da História de Moçambique. sala principal com bancada 6€ a 12€ ● duração: 60 min classificação etária: a classificar pela CCE

Jorge Andrade was born in Mozambique but moved to Portugal with his parents when he was 4. In the piece Moçambique, he reinvents his biography starting from something that never happened: what if he would have stayed? Since documentary theatre only matters when it tells lies, he chooses to impose his personal history on the History of the country. Jorge Andrade becomes part of the History of Mozambique.

texto e direção: Jorge Andrade elenco: Isabel Zua, Jani Zhao, Jorge Andrade, Matamba Joaquim, Tânia Alves, Welkett Bungué, Bruno Huca, entre outros cenografia e figurinos: José Capela

fotografia de cena: José Carlos Duarte direção de produção: Joana Costa Santos apoio à produção e comunicação: Jonathan da Costa gestão e programação cultural: Vânia Rodrigues

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apoio: Centro Cultural Português em Moçambique coprodução: Mala Voadora, Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto. Rivoli. Campo Alegre e Teatro Viriato crédito fotográfico: António MV



DANÇA ★ 30 setembro a 2 outubro sexta e sábado ↣ 21h30 domingo ↣ 18h30 coprodução mm

FILIPA FRANCISCO com FRANCISCO CAMACHO, MIGUEL PEREIRA E SÍLVIA REAL Projeto Espiões Este espetáculo aborda a relação entre as artes performativas e a construção e transmissão da memória cultural. A partir das memórias individuais e coletivas de alguns dos artistas da sua vida — os coreógrafos­ ‑intérpretes Francisco Camacho, Miguel Pereira e Sílvia Real — Filipa Francisco identifica um património ímpar e desenha um gesto criativo e afirmativo face à escassez de arquivos e documentação sobre a dança no panorama nacional português. Na sequência de projetos anteriores como Íman, construído a partir das memórias individuais de intérpretes de dança africana e hip hop, ou A Viagem, que explora a dança tradicional como uma forma de ligação ao corpo, Projeto Espiões propõe valorizar uma herança incorporada através de um confronto entre repertórios e imaginários pessoais, e novos gestos coreográficos. sala principal com bancada 6€ a 12€ ● duração: 90 min classificação etária: a classificar pela CCE

Projeto Espiões [Project Spies] looks into the relationship between the performing arts and the creation and transmission of cultural heritage. Collecting the individual and shared memories of a number of artists she admires, Filipa Francisco identifies a rich and unequalled heritage and turns it into an act of creative resistance, in view of the lack of documentation on the history of dance in Portugal.

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criação e direção artística: Filipa Francisco cocriação e interpretação: Francisco Camacho, Miguel Pereira e Sílvia Real composição musical: António Pedro figurinos: Carlota Lagido desenho de luz e direção técnica: Carlos Ramos documentação e acompanhamento crítico: Cláudia Galhós produção e difusão: Materiais Diversos, estrutura financiada pela República Portuguesa — Cultura / Direção-Geral das Artes​ coprodução: Materiais Diversos, Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto. Rivoli. Campo Alegre e rede Open Latitudes (Latitudes Contemporaines, Vooruit, L’Arsenic, Body/ Mind, Teatro dele Moire, Sin Arts Culture, Le Phénix, MIR Festival/Materiais Diversos, financiado pelo programa Cultura da União Europeia) apoio: EIRA, Polo Cultural das Gaivotas | Boavista — Câmara Municipal de Lisboa, Fundação GDA, Companhia Caótica e Duplacena crédito fotográfico: Bruno Simão


PERFORMANCE ★ 1 e 2 outubro sábado e domingo ↣ 17h30

PROJETO COLETIVO A PARTIR DE UMA PROPOSTA DE LOÏC TOUZÉ E ANNE KERZERHO À Volta da Mesa: para um imaginário do gesto A economia hipertecnológica da atualidade criou um mundo de peritos, com conhecimentos altamente especializados nas suas áreas de trabalho. Esta especialização extrema criou uma sociedade de responsabilidades compartimentadas em que cada um age exclusivamente na área da sua competência. À Volta da Mesa é um passo na direção oposta, um gesto que propõe uma reaproximação a partir da realidade que todos partilhamos: o corpo e as suas capacidades. Reinventando a forma tradicional da conferência, À Volta da Mesa convida pessoas locais com uma prática de corpo específica a partilharem o seu conhecimento com um número reduzido de público reunido à volta de mesas. Os participantes terão a possibilidade de dialogar e pensar com pessoas de várias áreas da sociedade contemporânea acerca do gesto que emerge pelo exercício de uma profissão ou atividade: um bombeiro, um talhante, um respigador, uma médica, um cozinheiro, entre outros. Este evento propõe reconsiderar as ligações existentes entre prática e teoria, valorizando a experiência corporal e subjetiva e o seu papel na compreensão do mundo onde vivemos. Palácio Pombal ● evento performativo entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 16h ● duração: 90 min classificação etária: a classificar pela CCE

Reinventing the form of a traditional conference, Around the Table invites people who have a particular body practice to share their knowledge with a small public gathered around an ensemble of tables, creating the conditions for dialogue and reflection about questions of the body, in particular, about the specificities of the bodies and their specialists. Apresentação no âmbito da rede Create to Connect com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

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conceção: Loïc Touzé e Anne Kerzerho implementado por: António MV, Carolina Campos, Catarina Santos, David Marques, Francisca Manuel, Filipe Pereira, Joana Leal, Luísa Veloso, Matthieu Ehrlacher, Sara Palácios, Sezen Tonguz e Teresa Silva coordenação: Elizabete Francisca equipa internacional: Alain Michard, Jennifer Bonn e Loïc Touzé oradores: 15 habitantes locais (a definir)

música: Zarabatana (Bernardo Álvares, Carlos Godinho e Yaw Tembe) conceção da refeição: Catarina Santos e Inês Milagres produção: O Rumo do Fumo apoio: Forum Dança agradecimentos: Mariana Tengner Barros, alunos do curso PEPCC do Forum Dança, 3/QUARTOS e Causas Comuns coprodução: ORO/Nantes (estrutura apoiada pelo Estado, pela Prefeitura do País de Loire — Direção Regional do

Assuntos Culturais, pela Cidade de Nantes, e recebe a ajuda do Instituto Francês para os seus projetos no estrangeiro, assim como do Departamento de Loire-Atlântico) com a participação do colectivo kom.post e Louma (membros fundadores do projeto) coprodução (edição Lisboa): Maria Matos Teatro Municipal O Rumo do Fumo é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura/ Direção-Geral das Artes crédito desenho: Catarina Santos


DEBATE E PENSAMENTO ★ 4 outubro terça ↣ 18h30

NURSEL KILIÇ E EDA DÜZGÜN Democracia num Lugar Improvável Rojava é conhecida como a região no extremo Norte da Síria, na fronteira com a Turquia, onde o povo Curdo ergueu a frente de combate mais eficaz contra o Daesh. Mas atrás das imagens de guerra que os media internacionais nos mostram diariamente, existe uma outra realidade ainda pouco conhecida: Rojava é uma região que alberga milhares de pessoas de várias etnias e culturas, e tornou­‑se o berço de um novo projeto de sociedade, baseado num confederalismo democrático. Com um sistema de governação que privilegia a participação cidadã, a multiculturalidade, a economia cooperativa e a consciência ecológica, o projeto democrático de Rojava mostra­‑se como alternativa viável à organização económica dominante e às estruturas tradicionais do estado nação. Criando condições concretas para a participação das mulheres no espaço público, o conceito da igualdade de género está efetivamente a suplantar o patriarcado enraizado. Em Rojava está a decorrer uma reorganização do viver em comum e das estruturas políticas que o sustentam. É este território político que nos propomos conhecer durante esta conversa com Nursel Kiliç, porta­‑voz da Representação do Movimento das Mulheres Curdas, e Eda Düzgün, antiga representante do Cenî — Gabinete das Mulheres para a Paz e atual membro da Representação do Movimento das Mulheres Curdas. conferência em francês (com tradução simultânea) e inglês sala principal com bancada ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● duração: 2h live streaming acessível em teatromariamatos.pt

Rojava is known as the region, in the most northern part of Syria, where Kurdish people are resisting the military expansion of Daesh. But behind the images that are being spread by the international media, another, little known reality is taking shape. In this region and in these improbable circumstances, a multi­‑ethnic population is building a new democratic project, presenting itself as an alternative to the dominant structures of worldwide economy, patriarchy and the nation state.

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Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia


PERFORMANCE ★ 6 e 7 outubro quinta e sexta ↣ 21h30

EDIT KALDOR Web of Trust Os movimentos e as revoluções que aconteceram um pouco por todo o mundo desde 2010 têm origens e objetivos diferentes, mas partilham algumas características básicas: uma aversão do status quo reinante, uma vontade de mudança, uma necessidade de partilha e uma ferramenta poderosa para unir tudo: a internet. Web of Trust testa os limites das redes sociais, trazendo a internet para o teatro e usando­‑a como palco. Estabelece um processo de construção de uma rede online de pessoas com origens, necessidades e recursos diferentes. O desenvolvimento dessa rede de estranhos depende de todos aqueles que nela participam. Web of Trust lida com a distância entre palavras e ações, convidando o público a formular e a negociar as suas ideias sobre a relação entre o indivíduo e o coletivo, e a explorar o potencial de processos de auto­‑organização. É uma proposta para ser testada. Traga o seu tablet, computador portátil ou smartphone, se quiser participar. sala principal com bancada 6€ a 12€ ● duração: 90 min classificação etária: a classificar pela CCE

Web of Trust brings the internet into the theatre and uses it as its stage. It sets up a process of building an online network of people with very different backgrounds, needs and resources. How this web of strangers develops depends on all those who take part.

conceito: Edit Kaldor colaboração: Gigi Argyropoulou, Lisa Skwirblies, Jurrien van Rheenen, Bojan Djordjev, Joris Favié, Nele Beinborn, Rufino Henricus, Martin Kaffarnik, Nicola Unger, Oleg Myrzak, Meike Jansen, Giorgi M., Rudy Keijzer, Aleksandra Jarocka, Jana Mendelski, Ivo de Kler, Rodrigue Peguy, Alexander Nagel, Sylvain Vriens, entre outros

produção: Edit Kaldor/Stichting Kata coprodução: Kunstenfestivaldesarts, Hebbel am Ufer, Dublin Theatre Festival, SPRING Festival, Vooruit e Cincinnati Contemporary Arts Center apoio: City of Amsterdam, Performing Arts Fund Netherlands, Open Latitudes network e Onassis Cultural Centre

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crédito fotográfico: Luc Vleminckx / Edit Kaldor Coapresentação

Com o apoio NXTSTP /  Programa Cultura da União Europeia



MÚSICA ★ 13 e 14 outubro quinta e sexta ↣ 22h

JOANA SÁ À escuta: o aberto (para piano e instalação de placas ressoadoras de metal) Terceira parte de uma trilogia de solos para piano semi­‑preparado e extensões sonoras, À escuta: o aberto volta a mostrar Joana Sá em confronto direto entre corpo, música e instrumento, sendo que o foco está, desta vez, no corpo performativo. Ou seja, o corpo à escuta, o corpo que por um lado faz o tempo e o espaço musicais, que vive através da música, e que por outro lida com a sua própria sucumbência. Ainda, o gesto como intervalo mediador entre essas duas dimensões, como prolongamento ou extensão corpórea, abolindo interior ou exterior, e reformulando o espaço e o tempo como algo permanentemente vulnerável, ativo e líquido. Ao vivo, tal como já fizemos com Through This Looking Glass (2011) e Elogio da Desordem (2013) na nossa sala, experimentamos nas performances de Joana Sá uma tridimensionalidade rara, com som e imagem (e movimento e palavra) a invadir a nossa envolvência, jogando com dinâmicas que alteram a nossa perceção e fruição. É do seu piano que tudo se cria e transforma, estilhaçando composições que se materializam em ambientes e objetos circundantes. Ativando este processo, Joana Sá debruça­‑se uma vez mais na sua própria performance, na construção, como diria o filósofo e musicólogo Peter Szendy, de um corpo feito de “membros fantasmas” ou “corpos improváveis”, extensões fictícias que alimentam as suas histórias. Há eletrónica, imagens, chapas metálicas que relampejam no céu, mas À escuta: o aberto é uma peça para piano e tudo aquilo que, brilhantemente, se consegue criar fora dele. sala principal com bancada 6 € a 12 € ● M/6

À escuta: o aberto closes a trilogy of works that includes, Through This Looking Glass and Elogio da Desordem, both presented in our main room in 2011 and 2013, respectively. Once again, Joana Sá works with the body, its limits and possibilities, and their relation with a piano more and more open to the outside. Interpretative sounds, images and objects that fill a room up entirely.

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composição e performance: Joana Sá espaço cénico: Daniel Costa Neves, Rita Sá e Joana Sá design sonoro: Joana Sá e Hélder Nelson design de luz: Daniel Costa Neves e Tela Negra operação de som: Hélder Nelson operação de luz: Tela Negra produção: Turbina crédito fotográfico: Nuno Carvalho


DANÇA ★ 15 outubro sábado ↣ 21h

FAUSTIN LINYEKULA Le Cargo Na preparação do programa Artista na Cidade 2016, o coreógrafo Faustin Linyekula visitou o bairro da Cova da Moura, o maior e mais heterogéneo núcleo de população migrante na região da Grande Lisboa, exprimindo então a vontade de ali dançar. A dança de Linyekula é feita com e para a cidade e por isso estendemos esta vontade a outros bairros de Lisboa (Vale da Amoreira e Bairro Padre Cruz). Linyekula passou as últimas décadas a contar histórias: do Congo, da República Democrática do Congo, do Zaire, do Congo Belga. Ao longo da sua história o seu país foi chamado de todos esses nomes. Nelas, os corpos são marcados pela História e as vidas são marcadas pela violência. Como é que se pode deixar o corpo falar da História deixando as palavras para trás, mesmo se só por um instante? Nesta viagem em direção a si­‑próprio, Linyekula embarca num comboio que deixou de existir, cujos trilhos foram engolidos pela floresta. Procura o que desapareceu, dança o que foi proibido pela nova época, pelo Deus dos Milagres. Encontra o baterista mestre que desistiu do ritmo e se tornou pastor. Casa Conveniente / Zona não vigiada Av. João Paulo II, lote 536, 1A, Bairro do Condado, Chelas duração: 55 min ● M/6 ● entrada livre (sujeita à lotação reduzida do espaço)

The Congolese choreographer Faustin Linyekula, Artist in the City 2016, spent the last decades telling stories, stories of bodies marked by history, stories of lives marked by violence. How can we let the body speak of history while leaving words behind, even if for an instant?

Apresentação no âmbito da rede Create to Connect com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

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coreografia e interpretação: Faustin Linyekula música: Flamme Kapaya e Obilo Drummers produção: Studios Kabako e Virginie Dupray coprodução: Centre National de la Danse apoio: DRAC Ile­‑de­‑France, Ministério da Cultura e da Comunicação de França coapresentação: Maria Matos Teatro Municipal e Casa Conveniente/ Zona não vigiada crédito fotográfico: José Frade


DEBATE E PENSAMENTO ★ 16 outubro domingo ↣ 10h30 às 15h

PROJETO D’AJUDA Mais que uma fantasia, a utopia é uma realidade por concretizar. Fruto de um trabalho contínuo, iniciado em 2011, o Projeto D’Ajuda atua sobre o território do Bairro 2 de Maio, através da criação de momentos de participação, na construção de uma visão partilhada da cidade. Neste encontro com o Projeto D’Ajuda procuramos fomentar o diálogo entre duas visões do território, uma local e outra exterior. Através da escolha de um dos três percursos guiados, de uma exposição e de um almoço em jeito de tertúlia, o público terá ocasião de conhecer o bairro e os seus habitantes e de trocar ideias sobre a democracia participativa e as experiências de participação do Projeto D’Ajuda. Percurso 1

Pretende dar a conhecer a zona norte da Ajuda e a sua proximidade ao Parque Florestal de Monsanto, lugar de grande riqueza natural, mas sobretudo de histórias e memórias. Percurso 2

Surge de um processo de construção partilhada de guias emocionais com habitantes e trabalhadores da Ajuda. É um percurso assente verdadeiramente nas memórias, onde cada lugar apresentado se torna especial. Percurso 3

Foca-se na arte, na arquitetura, na paisagem e no património da Ajuda, através do olhar de dois jovens do Projeto D’Ajuda. Largo do Cantinho, Bairro 2 de Maio preço único: 5€ (inclui almoço) atenção: data limite de compra de bilhetes, 14 outubro lotação reduzida ● excecionalmente não se aceitam reservas

Three different paths to choose from, guided by the memories of the people who live in Ajuda and the places of this neighbourhood and a lunch/debate about Participant Democracy. This gathering will show us how Projeto D’Ajuda has worked in a participatory way with its inhabitants.

Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

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DEBATE E PENSAMENTO ★ 16 outubro domingo ↣ 17h30

HELENA INVERNO E VERÓNICA CASTRO Um Elefante na Sala ANA BORRALHO, JOÃO GALANTE E ROBERTO FRATINI SERAFIDE Arte e Participação Atlas estreou no Teatro Maria Matos em outubro de 2011, no auge dos movimentos sociais que se levantaram em cidades do mundo inteiro. Inspirados pela filosofia do artista Joseph Beuys que afirma “Nós somos a revolução” e “Todos somos artistas”, Ana Borralho & João Galante montaram uma performance a que chamam “uma coreografia de resistência”. Nesta performance, que mistura o pessoal, o político, o profissional e o artístico, 100 pessoas de diferentes profissões e de várias classes sociais sobem ao palco para partilhar as suas angústias e os seus sonhos e, sobretudo, para protestar. Quando Atlas é catapultada para os palcos internacionais ganha uma nova dimensão: inevitavelmente, os participantes de cada país acrescentam a esta coreografia social as suas variações culturais. O documentário Um Elefante na Sala regista a preparação e a apresentação desta performance em Lisboa e em Helsínquia. Depois da projeção do filme, segue­‑se um debate sobre o impacto social e político de propostas artísticas que chamam para os palcos pessoas estranhas à criação artística. filme e debate ● sala principal entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h duração: 85 min (filme) + 60 min (debate em inglês) classificação etária: a classificar pela CCE Atlas premièred at Teatro Maria Matos in October 2011, when social movements rise up in cities all over the world. Inspired by the writings of Joseph Beuys (“We are the revolution”, “We are all artists”), Ana Borralho & João Galante create a performance which they call “a choreography of resistance”. The film An Elephant in the Room documents the preparation and presentation of the performance in Lisbon and Helsinki. Its projection is followed by a debate about the social and political impact of this brand of artistic creation.

Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

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ÓPERA ★ 20 e 21 outubro quinta e sexta ↣ 21h30 encomenda mm

VASCO MENDONÇA, KRIS VERDONCK, DIMITRI VERHULST, LOD MUZIEKTHEATER E ORQUESTRA GULBENKIAN Bosch Beach

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Por ocasião do 500º aniversário da morte do pintor Hieronymus Bosch, o LOD muziektheater reúne o compositor Vasco Mendonça, o escritor Dimitri Verhulst e o encenador Kris Verdonck numa produção de teatro musical baseada na sua obra. Em Bosch Beach, as distopias criadas por Bosch são tomadas como ponto de partida para olhar o mundo de hoje. Que aspeto teria agora o inferno? Na época de Bosch — contemporâneo de Thomas More — existia a noção do “Falso Paraíso”, um lugar idílico, que esconde uma realidade terrível. O que, à primeira vista, parece “o melhor dos mundos possíveis” torna­‑se, sob uma outra perspetiva, um inferno na terra. A praia de Bosch é uma praia do Mediterrâneo atual, como as esplêndidas praias de Lampedusa, onde os turistas nadam em águas azuis e tomam banhos de sol enquanto outras pessoas, refugiadas, vão dando à costa. sala principal 7,5€ a 15€ ● duração: 75 min classificação etária: a classificar pela CCE

On the occasion of the 500th anniversary of Hieronymus Bosch’s death, composer Vasco Mendonça, writer Dimitri Verhulst and director Kris Verdonck create a music­‑theatre production based on his work. In Bosch Beach, the various dystopias depicted by Bosch are taken as the starting point for a look at today’s world. What would hell look like today?

música: Vasco Mendonça libreto: Dimitri Verhulst encenação: Kris Verdonck dramaturgia: Kristof Van Baarle coreografia : Marc Iglesias maestro: Etienne Siebens orquestra: Orquestra Gulbenkian cantores: Marion Tassou (soprano), Rodrigo Ferreira (contratenor) e Damien Pass (barítono) produção: LOD muziektheater coprodução: Jheronimus Bosch 500 Foundation,

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A Two Dogs Company, Kaaitheater, Maria Matos Teatro Municipal, Asko|Schönberg, Concertgebouw Brugge, Fundação Calouste Gulbenkian, Theater Mousonturm Frankfurt crédito fotográfico: Museo Nacional del Prado em colaboração com

Uma coprodução House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia


CRIANÇAS E JOVENS ★ 3↣5 anos 21 a 30 outubro (exceto segunda 24) encomenda mm

ANA LÚCIA PALMINHA, SUZANA BRANCO E MARIA JOÃO CASTELO Saia de Roda Queremos inventar uma festa! Uma festa onde participemos todos. Reunir para celebrar. Mas para isso é preciso trabalhar, imaginar em conjunto, cada um fazer a sua tarefa, porque esta festa é um imenso carrossel que gira com as mãos de todos a empurrar! Cheias de vontade, duas amigas juntam objetos, pequenas histórias, sons e movimentos de roda. Constroem assim uma festa que respira com diferentes cores e que é como as estações do ano — uma a seguir à outra sem nunca haver um fim. Por isso é preciso parar para ganhar forças e beber um copo de água fresquinha! Viajando pelo nosso país descobrimos tantas formas de festejar, de tocar música, de dançar, que nos apetece inventar esta celebração inspirada em coisas simples que vêm da natureza ou das gavetas antigas, mas que só acontecem se todos dermos um bocadinho de nós. E tu, o que é que trazes para a nossa festa? semana: 10h / sábado: 16h30 / domingo: 11h e 16h30 criança: 3€ / adulto: 7€ teatro ● sala de ensaios ● duração: 35 min classificação etária: a classificar pela CCE We want to make a party! A party with the participation of everyone. We should all get together and celebrate. Full of energy, two friends gather objects, short stories, sounds and the movements of a wheel to build a party that breeds with different colours and is like the seasons — one after the other without an end in sight.

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criação e interpretação: Ana Lúcia Palminha e Suzana Branco criação e conceção plástica: Maria João Castelo fotografia e vídeo: Diogo Pessoa de Andrade apoio à pesquisa: Teresa Perdigão e Ana Paula Guimarães crédito fotográfico: Maria João Castelo

30 outubro ↣ 11h

sessão descontraída O que é uma sessão descontraída? É uma sessão de teatro, dança ou música que decorre numa atmosfera mais descontraída e acolhedora e com mais tolerância no que diz respeito ao movimento e ao barulho na plateia. Destina-se a todos os indivíduos e famílias que prefiram um ambiente com reduzidos níveis de ansiedade. Pessoas com condições do espectro autista (ASD), incluindo síndrome de Asperger; pessoas com deficiência intelectual; crianças com défice de atenção; pessoas com síndroma de Down; pessoas com síndroma de Tourette; seniores em estados iniciais de demência; pessoas com deficiências sensoriais, sociais ou de comunicação; famílias com crianças pequenas. Mais informação em acessocultura.org


DEBATE E PENSAMENTO ★ 23 outubro domingo ↣ 17h30

JAVIER TORET E AMADOR FERNÁNDEZ­‑ SAVATER Democracias de Base — O Caso Espanhol com moderação de José Neves

Nos últimos anos temos assistido ao surgimento de movimentos de cidadãos que reivindicam o espaço público como espaço de construção de uma democracia participativa, propondo ações e políticas para colmatar desigualdades sociais e económicas: o Occupy Wall Street, o M­‑15, o Barcelona Comum, a Acampada do Rossio, a parisiense Noite de Pé, entre outros. Alguns desses movimentos diluem­‑se, outros reorganizam­‑se, trabalhando em escalas mais pequenas. Há os que ganham escala institucional. Um caso paradigmático deste último tipo de transformação decorre atualmente em Espanha, onde partidos como Podemos e Barcelona em Comum surgiram de plataformas de movimentos de cidadãos. Como é que se deu esta mudança de escala? Como é que se organizaram, primeiro, as plataformas cidadãs e depois os partidos? Que possibilidades surgiram e que outras

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In the last few years we have witnessed, motivated by economic and social crises, to the rise of citizen movements that claim public sphere as a space of construction of a participatory democracy. In this debate we focus on the Spanish case, where parties as Podemos and Barcelona em Comum emerged from platforms of citizen movements.

Encontro com Javier Toret Palácio Pombal ● em espanhol ● duração: 90 min ● entrada livre sujeita a seleção prévia ● máximo de 10 participantes ● inscrição obrigatória com envio de carta de motivação para lilianacoutinho@egeac.pt até 19 outubro

se fecharam neste processo? Que proximidade com os movimentos de base mantém estes partidos e de que forma convocam os cidadãos para a participação democrática? Amador Fernández­‑Savater (Madrid) é investigador independente, participante em vários movimentos cidadãos e editor. Javier Toret (Barcelona) é ativista, cofundador da rede autogestionária N­‑1.cc e do grupo Datanalysis15m e investigador no Instituto Interdisciplinar da Internet da Universidade Aberta da Catalunha. conferência em espanhol com tradução simultânea sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● duração: 2h live streaming acessível em teatromariamatos.pt

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Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

24 outubro segunda ↣ 18h30


MÚSICA ★ 26 outubro quarta ↣ 22h

MATMOS performs Robert Ashley’s Perfect Lives Raoul, um famoso cantor, e Buddy, seu amigo e o maior pianista do mundo, são dois forasteiros em pleno midwest norte­‑americano, atuando no Perfect Lives Lounge enquanto decidem, com a ajuda de dois locais, perpetrar o maior assalto de sempre, roubando por um dia — e apenas por um dia! — o dinheiro dos cofres do banco da cidade. Esta é a imaginativa e surreal intriga principal de Perfect Lives, uma ópera em sete atos escrita entre 1978 e 83, descrita habitualmente como sendo uma das grandes obras de “texto musical” da segunda metade do século XX. Foi, e continua a ser, um marco audiovisual por ter sido composta para televisão, para o canal britânico Channel 4, fazendo parte de uma trilogia de óperas feita para esse suporte. Falecido em março de 2014, Robert Ashley foi um dos mais brilhantes compositores norte­‑americanos, trabalhando habilmente voz, narração e eletrónica como poucos o fizeram dentro das regras operáticas, embora negasse habitualmente essa categorização por não explicar corretamente as suas intenções e ruturas. Observador atento dos comportamentos sociais, em especial à linguagem (incluindo a sua), os libretos são espelhos de uma realidade colorida e diversa, por vezes tragicamente mundana, tangencialmente pop, sempre experimental. Prestando um tributo começado, de modo tímido, quando nos visitaram em junho de 2015, os Matmos voltam a Perfect Lives para uma homenagem única e épica, propondo um ensemble de dez músicos e um videasta para recordar uma obra­‑prima absoluta e, assim, prestar justiça a um dos mais visionários compositores dos últimos 50 anos. sala principal 7,5€ a 15€ ● M/6

We heard a small excerpt of Perfect Lives when Matmos visited us in June 2015, now they come back with a large scale homage precisely to that masterpiece by Robert Ashley. Composed for TV, this is a rare opportunity to listen to the music, this time reworked in equal parts of Matmos invention, and faithfulness to the magic of the original.

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narrador, vídeo, guitarra, sintetizador: M.C. Schmidt eletrónica: Drew Daniel contrabaixo: Britton Powell voz: Jennifer Kirby e Caroline Marcantoni vídeo: Max Eilbacher piano: Walker Teret quarteto de cordas: a definir crédito fotográfico: Josh Sisk (Matmos) e stills de Perfect Lives


PERFORMANCE ★ 29 e 30 outubro sábado e domingo ↣ 19h30 coprodução mm

CHRISTOPHE MEIERHANS A Hundred Wars to World Peace

É um jantar e é sobre democracia. Não sobre democracia como engenharia institucional para a organização de massas, mas democracia como algo que internalizamos, como indivíduos, ao nível da nossa vida diária. Uma refeição reúne as pessoas, é acolhedora e convivial. No entanto, a mesa é também a casa das nossas convicções mais profundas: existenciais, éticas, estéticas, económicas, sociais, rituais ou religiosas. Noutras palavras, um jantar é o cenário perfeito para o confronto político. A cozinha será o nosso teatro de operações. Durante A Hundred Wars to World Peace — Verein zur Aufhebung des Notwendigen todos os

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This is a dinner and it is about democracy. All those present in the theatre will form a temporary community, each individual member holding the destiny of the whole community in his hands. But as spectators often disagree, this performance is not about consensus. It is sometimes said that we are what we eat. In A Hundred Wars to World Peace, we will eat what we are and nobody really knows what that will taste like.

conceito e direção: Christophe Meierhans (inspirado numa ideia original de Verein zur Aufhebung des Notwendigen, com um agradecimento a R. Komarnicki) dramaturgia: Bart Capelle cenografia e co­p ensamento: Holger Lindmüller e Michael Carstens vídeo: Luca Mattei produção: Hiros coprodução: Kaaitheater, Vooruit, BIT theatergarasjen, BUDA, Nouveau Théâtre de Montreuil e Vaba Lava apoio: The Flemish Government e Kunstenwerkplaats Pianofabriek crédito fotográfico: Luca Mattei Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

presentes no teatro irão formar uma comunidade temporária. Cada indivíduo terá o destino de toda a comunidade nas suas mãos. Mas como os espetadores entram em desacordo com regularidade, gostando de coisas diferentes e estando prontos para as defender, esta performance não é sobre consenso. Diz­‑se que somos o que comemos. Nesta performance, vamos comer o que somos e ninguém sabe realmente qual será o sabor. palco da sala principal ● 7€ a 14€ ● duração: 2h30 classificação etária: a classificar pela CCE

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MASTERCLASS ★ 26 a 28 setembro segunda a quarta ↣ 14h às 19h

coorganização: Maria Matos Teatro Municipal e Alkantara crédito fotográfico: Koen Cobbaert

MARCELO EVELIN O coreógrafo brasileiro Marcelo Evelin irá partilhar a investigação teórico­‑prática que desenvolve atualmente para a sua nova criação Dança Doente (a apresentar no Teatro Maria Matos em outubro de 2017). A articulação entre investigação, teoria e prática é comum no trabalho de Evelin. A pesquisa para esta peça tem como base os escritos do bailarino e coreógrafo japonês Hijikata Tatsumi e aborda a dança como pathos, partindo da experiência de alteração da perceção subjetiva do corpo, afetado e infetado pelo mundo. Espaço Alkantara ● masterclass dirigida a bailarinos de dança contemporânea ● entrada livre sujeita a seleção, máximo de 20 participantes ● inscrição obrigatória com CV, e carta de motivação (1 página) para sofia.matos@materiaisdiversos.com até 15 setembro

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Coproduções em digressão em setembro e outubro 2016 Æ ANA BORR ALHO & JOÃO GALANTE: Atlas Estreia outubro 2011 Loulé, Festival Verão Azul, Cine-teatro Louletano ↣ 24 setembro 2016 Æ ANTÓNIO JORGE GONÇALVES: Barriga da Baleia Estreia novembro 2012 S. Miguel, Açores, Teatro Micaelense ↣ 14 e 15 outubro 2016 Æ FILIPA FR ANCISCO: Projeto Espiões Estreia setembro 2016 Torres Vedras, Festival Materiais Diversos, Teatro Virgínia ↣ 17 setembro 2016 Æ INÊS BAR AHONA E MIGUEL FR AGATA: A Caminhada dos Elefantes Estreia novembro 2013 Matosinhos, Teatro Constantino Nery ↣ 1 outubro 2016 Æ PABLO FIDALGO LAREO: Habrás de ir a la guerra que empieza hoy Estreia Outubro 2015 Minde, Festival Materiais Diversos, Fábrica da Cultura ↣ 23 setembro 2016 Santiago de Compostela, Auditório de Galiza ↣ 11 outubro 2016 Æ TIAGO RODRIGUES/TEATRO NACIONAL D.MARIA II: By Heart Estreia novembro 2013 Alemanha, Wiesbaden, Wiesbaden Biennale ↣ 4 setembro 2016 Æ MARLENE MONTEIRO FREITAS com Andreas Merk: Jaguar Estreia outubro 2015 Suíça, Basel, Kaserne Basel ↣ 31 agosto e 1 setembro 2016 França, Artigue-près-Bordeaux, Le Cuvier ↣ 6 outubro 2016 França, Hauts-de-France, L’échangér-CDC ↣ 8 outubro 2016 Suíça, Berna, Bern Dampfzentral ↣ 22 e 23 outubro 2016 Æ MARLENE MONTEIRO FREITAS: de marfim e carne — as estátuas também sofrem Estreia maio 2014 Lisboa, Centro Cultural de Belém ↣ 16 e 17 setembro 2016 Suíça, Genebra, ADC ↣ 17 a 19 outubro 2016 Æ RIMINI PROTOKOLL: Europa em casa Estreia outubro 2015 Alemanha, Bona, Beethovenfest ↣ 11 setembro a 11 outubro 2016 Áustria, Viena, BRUT ↣ 28 setembro a 8 outubro 2016 Rússia, Moscovo, Territoryfest ↣ 12 a 20 outubro 2016 Æ CLÁUDIA DIAS: Segunda-feira: Atenção à Direita Estreia junho 2016 Irlanda, Dublin Tiger Fringe ↣ 18 a 20 setembro 2016 Espanha, Bilbao, Dantzaldia Festival, Alhóndiga-Azkuna Zentroa ↣ 6 setembro 2016 Lituânia, Vilnius International Theatre Festival Sirenos ↣ 12 e 13 outubro 2016 Torres Novas, Teatro Virgínia Materiais Diversos ↣ 22 outubro 2016 Æ RUI CATALÃO: E Agora, Nós! Estreia maio 2016 Barreiro, Auditório Municipal Augusto Cabrita ↣ 10 setembro 2016 Sesimbra, Cineteatro Municipal João Mota ↣ 15 outubro 2016 Santarém, Teatro Sá da Bandeira ↣ 2 de outubro 2016 Alcanena, Cineteatro São Pedro ↣ 22 outubro 2016 Almada, Teatro Municipal Joaquim Benite ↣ 29 outubro 2016


crĂŠdito fotogrĂĄfico: Gabriela Neeb e Elina Giounanli

o ezembr ro e d

ir ... a segu

novemb


, MARIA&LUIZ a i d B om ! s a n At e , α ρ έ μ η λ α Κ α ν ή θ Α Os teatros municipais Maria Matos e São Luiz lançam um novo festival bienal dedicado à criação artística de uma cidade, com pouca presença na programação cultural de Lisboa. Na primeira edição visitamos a cidade de Atenas, apresentando espetáculos de teatro e de dança de artistas e companhias gregas, entre elas, Alexandra Bachzetsis, Blitz Theatregroup, Anestis Azas e Prodromos Tsinikoris. Atenas não é apenas uma cidade onde, pela força dos acontecimentos, se experimenta com novas formas de democracia e solidariedade, é também um lugar com uma pujança artística extraordinária, impulsionada por uma nova geração de artistas. Venham viajar connosco. Bom dia, Atenas. As Noites Maria&Luiz são um espaço de programação internacional, feita em conjunto pelos teatros municipais Maria Matos e São Luiz.


BILHETEIRA terça a domingo das 15h às 20h em dias de espetáculo das 15h até 30 minutos após o início do mesmo 218 438 801 • bilheteira@teatromariamatos.pt bilheteira online: www.teatromariamatos.pt outros locais de venda: ABEP / CTT / Fnac / São Luiz Teatro Municipal / Worten

mm café

terça a domingo ↣ 18h às 02h * * NOVO HORÁRIO (a partir de 1 setembro)

DESCONTOS* PREÇO ÚNICO 5€ menores de 30 anos (apenas válido para espetáculos mencionados) DESCONTO 50% portadores do cartão Maria & Luiz, estudantes, maiores de 65 anos, pessoas com deficiência e acompanhante, desempregados, profissionais do espetáculo, funcionários da CML e empresas municipais (extensível a acompanhante) DESCONTO 30% grupos de dez ou mais pessoas (com reserva e levantamento antecipado) GRUPOS ESCOLARES Mais informação na bilheteira CARTÃO MARIA & LUIZ cartão que garante acesso a desconto de 50% em todos os espetáculos assinalados do Teatro Maria Matos e do Teatro São Luiz para maiores de 30 e menores de 65 anos durante 12 meses. Preço 10€. www.mariaeluiz.pt • mariaeluiz@egeac.pt Condições: Válido durante 12 meses a partir do momento da compra. Desconto mediante apresentação do cartão, apenas válido na bilheteira física e online do Teatro Maria Matos e do Teatro São Luiz. Não acumulável com outros descontos e não extensível a espetáculos de preço único, passes e outros selecionados. A utilização do cartão é pessoal e intransmissível. *descontos não acumuláveis


RESERVAS

levantamento prévio obrigatório até 30 minutos antes do espetáculo.

PROGRAMAÇÃO CRIANÇAS E JOVENS FAMÍLIAS ESPETÁCULOS 7€ preço adultos 3€ preço crianças / adolescentes RESERVAS levantamento prévio obrigatório nas 48h após a reserva não se aceitam reservas nas 48h antes do espetáculo ESCOLAS ESPETÁCULOS 3€ preço único para aluno em contexto escolar professor acompanhante não paga RESERVAS pagamento parcial obrigatório nas 48h após a reserva

COMO CHEGAR?

Teatro Maria Matos Avenida Frei Miguel Contreiras, 52 1700-213 Lisboa comboio: Roma — Areeiro • metro: Roma autocarros: 727, 735 e 767 bicicletas: Ciclovia e parque de bicicletas junto ao Teatro Maria Matos

RECEBER INFORMAÇÃO DO TEATRO MARIA MATOS Para receber o nosso programma em casa ou informação por email, por favor escreva-nos para: comunicacao@teatromariamatos.pt Teatro Maria Matos faz parte das seguintes redes de programação

House on Fire e Create to Connect são redes financiadas pelo Programa Cultura da União Europeia

Teatro Maria Matos nas redes sociais

Imagine 2020 é uma rede apoiada pelo programa Europa Criativa da União Europeia

Parceiros

Apoio à divulgação


PROGRAmmA OUTUBRO 2016

FILIPA FRANCISCO com FRANCISCO CAMACHO, MIGUEL PEREIRA E SÍLVIA REAL Projeto Espiões ● dança sex 30 set e sáb 01 ↣ 21h30 dom 02 ↣ 18h30 ╓─── PROJETO COLETIVO A PARTIR ║ ║ DE UMA PROPOSTA DE LOÏC ║ ║ TOUZÉ E ANNE KERZERHO ║ ║ À Volta da Mesa: para um ║ ║ imaginário do gesto ║ ║ ★ Palácio Pombal ║ ║ ● performance ║ ╙ Æ sáb 01 e dom 02 ↣ 17h30 ╓─── NURSEL KILIÇ E EDA DÜZGÜN ║ ║ Democracia num Lugar ║ ║ Improvável ║ ║ ● debate e pensamento ║ ╙ Æ ter 04 ↣ 18h30 ╓─── EDIT KALDOR ║ ║ Web of Trust ║ ║ ● performance ║ ╙ Æ qui 06 e sex 07 ↣ 21h30 ╓─── JOANA SÁ ║ ║ À escuta: o aberto ║ ║ (para piano e instalação de ║ ║ placas ressoadoras de metal) ║ ║ ● música ║ ╙ Æ qui 13 e sex 14 ↣ 22h ╓─── FAUSTIN LINYEKULA ║ ║ Le Cargo ║ ║ ★ Casa Conveniente / ║ ║ Zona não vigiada ║ ║ ● dança ║ ╙ Æ sáb 15 ↣ 21h ╓─── PROJETO D’AJUDA ║ ║ ★ Largo do Cantinho, ║ ║ Bairro 2 de Maio ║ ║ ● debate e pensamento ║ ╙ Æ dom 16 ↣ 10h30 às 15h ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╟Æ ║ ╙Æ

HELENA INVERNO E VERÓNICA CASTRO: Um Elefante na Sala ANA BORRALHO, JOÃO GALANTE E ROBERTO FRATINI SERAFIDE Arte e Participação ● debate e pensamento dom 16 ↣ 17h30 ╓─── VASCO MENDONÇA, KRIS ║ ║ VERDONCK, DIMITRI VERHULST, ║ ║ LOD MUZIEKTHEATER E ║ ║ ORQUESTRA GULBENKIAN ║ ║ Bosch Beach ║ ║ ● ópera ║ ╙ Æ qui 20 e sex 21 ↣ 21h30 ╓─── ANA LÚCIA PALMINHA, SUZANA ║ ║ BRANCO E MARIA JOÃO CASTELO ║ ║ Saia de Roda ║ ║ ● crianças e jovens ║ ╟ Æ sex 21, ter 25 a sex 28 ↣ 10h ║ ╟ Æ sáb 22 e sáb 29 ↣ 16h30 ║ ╙ Æ dom 23 e dom 30 ↣ 11h e 16h30 ╓─── JAVIER TORET E AMADOR ║ ║ FERNÁNDEZ-SAVATER ║ ║ Democracias de Base — ║ ║ — O Caso Espanhol ║ ║ ● debate e pensamento ║ ╙ Æ dom 23 ↣ 17h30 ╓─── Encontro com Javier Toret ║ ║ ★ Palácio Pombal ║ ║ ● debate e pensamento ║ ╙ Æ seg 24 ↣ 18h30 ╓─── MATMOS performs Robert ║ ║ Ashley’s Perfect Lives ║ ║ ● música ║ ╙ Æ qua 26 ↣ 22h ╓─── CHRISTOPHE MEIERHANS ║ ║ A Hundred Wars to World Peace ║ ║ ● performance ║ ╙ Æ sáb 29 e dom 30 ↣ 19h30 ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ


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