Questões indígenas: ecologia, terra e saberes ameríndios

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DEBATE E PENSAMENTO, FILMES, TEATRO e WORKSHOP 5 a 7 e 25 a 27 maio 2017

Questões indígenas: ecologia, terra e saberes ameríndios MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL


PROCUREM DANÇAR, A TERRA VAI FICAR MAL


Pensar em solidariedade com os indígenas na América do Sul enquanto conhecemos as suas culturas ou lutas políticas é o grande desafio que propomos neste programa. Éticas ou estéticas indígenas, a Terra como ser sensível e a expressão de potencialidades múltiplas de interação, a Amazónia e a Patagónia como espaço de resistência e confronto, mas também de proposição de formas de viver em conjunto que diferem do modo que ali tem sido imposto pelo projeto colonial serão parte deste diálogo. Ao pensarmos com os indígenas, veremos que a ideia antiga de que culturas, línguas ou sociedades minoritárias indígenas estão ou estiveram em vias de extinção são afinal expressão de ameaças que, ao tocarem um povo indígena, tocam um projeto de mundo sobre o qual iremos debater e no qual nós, Europeus, também estamos implicados.

programação: Liliana Coutinho consultadoria: Susana Viegas ilustração: Pedro Lourenço


MAIO 2017 ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ

EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO Os involuntários da pátria ● debate e pensamento sex 05 ↣ 18h30 RODRIGO LACERDA Vídeo nas aldeias ● filme sex 05 ↣ 21h30 ALEJANDRO REIG, ELISA LONCON ANTILEO E LUISA ELVIRA BELAUNDE Da relação com a Terra ● debate e pensamento sáb 06 ↣ 15h30 AILTON KRENAK Do sonho e da terra ● debate e pensamento sáb 06 ↣ 18h30 AILTON KRENAK E MARCO ALTENBERG O sonho da pedra ● filme sáb 06 ↣ 21h30

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LUISA ELVIRA BELAUNDE Ética do Bem Viver ● debate e pensamento dom 07 ↣ 10h às 17h30 TRINIDAD GONZÁLEZ Pájaro ● teatro qui 25 ↣ 21h30 sex 26 ↣ 21h30 APARECIDA VILAÇA A humanidade e a animalidade do universo indígena amazónico ● debate e pensamento sex 26 ↣ 18h30 JOSÉ BENGOA, FELIPE MILANEZ E RAUL LLASAG FERNANDEZ Resistência Política Ameríndia ● debate e pensamento sáb 27 ↣ 17h

A TERRA


Thinking in solidarity with the indigenous peoples of South America, as far as we understand their cultures and political struggles, is the great challenge that is proposed to the participants in this series of debates. When we think of the indigenous, we see that the old idea that cultures, languages or indigenous minority societies are or have been endangered is, after all, a threatening expression, since when we approach an indigenous people, we approach a world project — which we will debate here — in which we Europeans are also involved.

É O CORPO


DEBATE E PENSAMENTO ★ 5 maio sexta ↣ 18h30

EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO Os Involuntários da Pátria sobre o conceito e a condição de “indígena” no mundo atual, com especial atenção para o caso brasileiro Nesta conferência, o etnólogo americanista e professor­‑titular do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Eduardo Viveiros de Castro, falará sobre a natureza colonial da constituição da forma­‑Estado, em particular do Estado­‑nação moderno — natureza que se torna muito evidente no caso das antigas possessões coloniais europeias tornadas Estados­‑nação soberanos por este mundo fora —, e da contradição irresolúvel desta forma com a condição indígena, ou a forma­‑povo. Examinaremos de seguida os projetos­‑em­‑ato de criação de formas de constituição de coletivos não­ ‑estatais (o caso dos Chiapas, no México, e do Curdistão) baseadas em princípios de confederalismo democrático, municipalismo libertário, ocupações comunais e de outros modos de conjuração do estado de espírito que subjaz ao Estado como forma propriamente “espiritual” de captura transcendente dos povos. moderação: Susana Viegas ● sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● duração: 2h


In this lecture, Eduardo Viveiros de Castro will talk about the colonial nature of the constitution of the state­‑form, especially that of the modern nation­‑state — a nature that became highly evident with the former European colonial possessions made sovereign nation states across the globe — and the irresolvable contradiction of this form with the indigenous condition, or “people­‑form”.


FILME ★ 5 maio sexta ↣ 21h30

RODRIGO LACERDA Vídeo nas Aldeias

Espírito da TV (1990) Bicicletas de Nhanderú (2011) O cinema indígena faz parte do movimento transnacional de luta indígena que eclode nos anos 1950 mas que se intensifica, especialmente no Brasil, a partir dos anos 1980. O cinema, o vídeo e os media em geral, são utilizados pelos índios enquanto ferramentas de revitalização e reflexão sobre as suas culturas e território, sendo também meios de autorrepresentação e autodeterminação. Nesta sessão, com introdução e debate com o público, teremos o visionamento de dois filmes produzidos no âmbito da ONG Vídeo nas Aldeias, um projeto precursor no Brasil que, desde os anos 1980, desenvolve um trabalho colaborativo com povos indígenas e que, desde 1997, organiza oficinas de formação de cineastas em aldeias indígenas. Espírito da TV, de Vincent Carelli e Dominique Gallois, é uma reflexão sobre a imagem e Bicicletas de Nhanderú, de Ariel Duarte Ortega e Patrícia Ferreira (Keretxu), é sobre as diversas apropriações da imagem (e dessa reflexão e agência) pelas diferentes comunidades indígenas. sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h duração: 90 min


Film, video and the media in general are regarded by the indigenous population of Brazil as tools to be used for revitalising and reflecting upon their culture and their territory, as well as for their own self­‑representation and self­‑determination. In this session, we will be showing two films produced under the scope of the Brazilian NGO — Vídeo nas Aldeias (Video in the Villages) — whose work is being developed in collaboration with the indigenous peoples.


DEBATE E PENSAMENTO ★ 6 maio sábado ↣ 15h30

ALEJANDRO REIG, ELISA LONCON ANTILEO E LUISA ELVIRA BELAUNDE Da relação com a Terra Nas sociedades ameríndias, a Terra é sujeito de múltiplas vivências. Esta conferência aborda as dimensões ligadas às configurações do espaço/ território/ambiente e as que associam a vivência da terra à língua que viabiliza a comunicação entre as múltiplas entidades que a formam. Para os Yanomami, fazer paisagem, fazer sítio e fazer gente são dinâmicas interligadas que implicam uma coincidência entre o modelo cultural do ambiente e a convivência próxima, afetiva e quotidiana entre pessoas. Se esse é o questionamento que nos será trazido a debate por Alejandro Reig, já entre muitos dos povos ameríndios que vivem nas margens do rio Ucayali, no Peru, o rio ganha proeminência na reflexão sobre a terra. Luisa Elvira Belaunde mostrar­‑nos­‑á como o rio que transportou os toros de madeira e a borracha durante a história colonial violenta se transformou no espaço de criação dos seres humanos. Em contraste com a vivência­‑terra criadora de gente, a vivência­‑língua criadora de terra será aqui discutida por Elisa Loncon Antileo a propósito dos Mapuche, do Chile. Sustentando­‑se numa cosmogonia geocêntrica em que a Terra é vista como mãe e aqueles que a habitam como seus irmãos, o papel da língua


Mapuche — a “língua da Terra” — como comunicante da diversidade de elementos será aqui sublinhado. Se a fala com os ventos, os rios e as montanhas ocorre por meio de uma língua, perder a língua significa não só perder a comunicação entre os seres humanos, mas também perder as mensagens do canto dos pássaros, do amanhecer, do mar, do vento, das estrelas. em espanhol e português ● moderação: Susana Viegas sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h duração: 2h

In Amerindian societies, land is experienced in multiple ways. In this debate, we will mainly focus on two kinds of experiences: those relating to the configuration of space/ area/environment and those linking the experience of the land to the language that enables communication between the multiple entities it is made up of.


DEBATE E PENSAMENTO ★ 6 maio sábado ↣ 18h30

AILTON KRENAK Do sonho e da terra Ailton Krenak nasceu em 1953, na região do vale do Rio Doce, território do povo Krenak, um lugar cuja ecologia se encontra profundamente afetada pela atividade de extração mineira que aí tem decorrido. Ativista do movimento socio­‑ambiental e de defesa dos direitos indígenas na Constituição de 1988, organizou a Aliança dos Povos da Floresta que reúne comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazónia. É um dos reconhecidos fundadores do movimento indígena no Brasil, promovendo ativamente a cultura e a defesa dos direitos dos Povos Indígenas através da sua organização Núcleo de Cultura Indígena. Recuperando a sua cultura e os modos de fazer indígenas, que privilegiam a partilha de conhecimento pela oralidade, Krenak constrói pontos de entendimento entre diferentes perspetivas culturais. Nesta conferência, irá abordar o modo como as realidades vividas pelos povos indígenas se interlaçam com o universo do sonho — essa “instituição comum”, onde os vivos se encontram, não só entre eles, mas também com os seus antepassados, onde se cruzam tempos e lugares. moderação: Liliana Coutinho ● sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● duração: 2h


An activist of the social and environmental movement and a staunch defender of the indigenous rights enshrined in the 1988 Brazilian Constitution, Ailton Krenak organised the Alliance of the Peoples of the Forest, which brings together the indigenous and activist riverside communities in the Amazon rainforest. In this lecture, he will talk about the way in which the realities lived and experienced by the indigenous peoples are intertwined with the universe of the dream — that “common institution� where the living gather together, encountering not just one another, but also their ancestors, in a place where times and places intersect.


FILME ★ 6 maio sábado ↣ 21h30

AILTON KRENAK E MARCO ALTENBERG O sonho da pedra Durante os debates que movimentaram a Assembleia Constituinte de 1988, um jovem índio subiu à tribuna e, ao invés de recorrer apenas a um discurso verbal sobre as dificuldades vividas pelo seu povo, preferiu fazer uma performance. Passou então grossas camadas de tinta de jenipapo sobre seu rosto. Vinte e oito anos depois, estas imagens — do índio Ailton Krenak, hoje com 63 anos — voltam a causar uma profunda emoção. Disponíveis no YouTube, estão acessíveis a quem desejar vê­‑las. E quem quiser saber mais sobre a trajetória de Ailton Krenak poderá fazê­‑lo neste documentário que lhe é inteiramente dedicado. O cineasta carioca Marco Altberg realizou, para o Canal Curta!, este filme que mostra a trajetória do líder indígena, um dos maiores propagadores das causas dos povos originários. Altberg assinou, com Ailton, a série Taru Andé — O Encontro do Céu com a Terra, em 2006, vencedora do prémio de melhor série ambiental no FICA Goiás. Para ele, “enquanto o Brasil não se conciliar no respeito e reconhecimento à nossa ancestralidade, essa sombra ficará estacionada sobre as nossas cabeças”. sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h duração: 50 min


During the debates that animated and enlivened the 1988 Brazilian Constitution, a young Amerindian stepped onto the podium and, instead of resorting to a verbal discourse about the difficulties experienced by his people, preferred to put on a performance. He then placed thick layers of genipapo paint all over his face. This is a documentary film about the life trajectory of this Amerindian, Ailton Krenak, now 63 years old, an indigenous leader and one of the greatest proponents of the various causes of Brazil’s original native peoples.


WORKSHOP ★ 7 maio domingo ↣ 10h às 12h30 e 14h30 às 17h

LUISA ELVIRA BELAUNDE Ética do Bem Viver Neste workshop, Luisa Elvira Belaunde, Antropóloga do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, especialista em relações entre corporalidade, socialidade, arte e cosmologia entre os povos da Amazónia, apresenta­‑nos formas de conhecer e de sentir em algumas sociedades das terras baixas da Amazónia peruana sustentadas em dois tipos de relações. Primeiro, na relação das pessoas com as plantas e as bebidas extraídas dessas plantas. Em segundo lugar, com práticas criativas associadas à arte da cerâmica que enfatizam as relações entre escuta, pensamento e ação e estão na base da formação da autonomia pessoal. Cada sessão incorpora uma exposição das práticas do Bien Vivir indígenas e das relações entre corporalidade, socialidade, arte e cosmologia entre os povos da Amazónia. 10h–13h ↣ Viver bem e o aconselhamento das plantas entre os Airo Pai da Amazónia peruana 15h–17h ↣ O viver bem e a cerâmica palco da sala principal ● preço único: 14€ ● excecionalmente não se aceitam reservas ● máximo 20 participantes ● para público em geral


What other forms exist for creating a collective and what can we learn through contact with the native Amerindian cultures? In this workshop, Luisa Elvira Belaunde presents us with the different forms of knowledge and feelings in some societies from the Peruvian lowlands of the Amazon rainforest, which are based on two types of relations. Firstly, the relationship of subjectivity with plants and the beverages that are extracted from these plants. Secondly, the relationship with the creative practices associated with the art of ceramics that emphasise the relationship between listening, thinking and action, and which lie at the very basis of the formation of personal autonomy.


TEATRO ★ 25 e 26 maio quinta e sexta ↣ 21h30

TRINIDAD GONZÁLEZ Pájaro Estamos no dia mais frio do ano. Muito tarde, em plena noite, um grupo de amigos, todos relacionados com o mundo das humanidades e da arte, conversam e bebem vinho num clima snobe e de autossatisfação. A dona da casa decide sair para despejar o lixo. Quando volta, traz com ela um desconhecido que encontrou a dormir numa vala. O recém­‑chegado diz não ser um homem, mas sim um pássaro. O grupo de amigos recebe­‑o amavelmente, mas pouco a pouco começam a sentir­‑se agredidos pela peculiaridade da sua presença. O ambiente começa a tornar­‑se cada vez mais violento, de modo dissimulado, mas determinante. Evocando com subtileza e astúcia as contradições dos atuais sistemas de valores e a nossa relação com a natureza e a ecologia, Pájaro é a terceira obra escrita e encenada por Trinidad González. Marca também o regresso a Lisboa da dramaturga e encenadora chilena depois de La reunión ter sido considerado pelo jornal PÚBLICO um dos melhores espetáculos de teatro de 2014. em espanhol com legendagem ● sala principal com bancada 7€ a 14€ ● duração: 90 min classificação etária: a classificar pela CCE


Pájaro [Bird] is the third work written by the Chilean playwright Trinidad González, after La reunión [The Reunion] and Elías. At night, a group of friends, all linked to the world of the arts and humanities, find themselves chatting and drinking wine in a snobbish and self­‑satisfied manner. The owner of the house leaves the room to put the rubbish out. When she comes back, she brings with her an unknown person, who claims not to be a man, but a bird. The group of friends receive him in a pleasant and polite manner, but gradually the atmosphere becomes increasingly violent, in a slightly hidden manner at first, but decisively so.


DEBATE E PENSAMENTO ★ 26 maio sexta ↣ 18h30

APARECIDA VILAÇA A humanidade e a animalidade no universo indígena amazónico Como pensar um mundo em que a humanidade não é uma condição, mas uma posição na qual o parentesco não está relacionado com a reprodução, mas é produzido por atos quotidianos de cuidado e alimentação? Em que os animais se vêm a si próprios como humanos e tomam as pessoas por presas? Esta conferência introduz­‑nos no mundo amazónico, particularmente no dos Wari’, povo que vive na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, com o objetivo de questionar as nossas noções correntes de humanidade, animalidade e parentesco. Aparecida Vilaça (Brasil), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, investiga o povo Wari’ da Amazónia brasileira, focando­‑se nos temas do xamanismo, canibalismo e guerra, e nas transformações socioculturais relacionadas com a cristianização e a escolarização. sala principal com bancada ● entrada livre (sujeito à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h duração 2h


How should one think about a world in which being human is not a condition, but a position? A world where parenthood is not related with reproduction, but is produced through everyday acts of caring for and feeding others? Where animals see themselves as humans and take people as their prey? In this conference, Aparecida Vilaรงa takes us into the world of the Amazon in order to question our current notions of humanity, animality and parenthood.


DEBATE E PENSAMENTO ★ 27 maio sábado ↣ 17h

FELIPE MILANEZ, JOSÉ BENGOA E RAUL LLASAG FERNANDEZ Resistência Política Ameríndia A história do colonialismo na América Central e do Sul mostra que os processos políticos e religiosos que foram aí instalados provocaram o desaparecimento de milhões de pessoas através da introdução de doenças e do exercício da violência. Décadas depois da redação da Declaração Universal dos Direitos Humanos e de um extenso debate na área dos estudos pós­‑coloniais para a consciencialização dessa época da história, continua a ser necessário a mobilização em defesa de um sistema que, legalmente e na prática, seja capaz de assegurar o direito dos povos indígenas. Poderão os movimentos políticos que se organizam em torno destas comunidades permitir­‑nos um olhar renovado para as políticas e práticas sociais, económicas e ambientais que têm dominado as culturas europeias? Neste debate, parte­‑se da relação viva com a Mãe­ ‑Terra presente nas culturas indígenas para interrogar uma economia e uma gestão do território baseada na exploração dos recursos naturais. em português e espanhol ● sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● duração: 2h


The history of colonialism in Central and South America shows that the political and religious processes set up there led to the disappearance of millions of people. Based on the experiences of Milanez, Bengoa and Llasag Fernandez, this debate will focus on the need to mobilise people in defence of a system that is capable of ensuring the rights of indigenous peoples.


w w w.teatromariamatos.pt • telf. 218 438 801

COMO CHEGAR? Teatro Maria Matos Avenida Frei Miguel Contreiras, 52 1700-213 Lisboa comboio: Roma – Areeiro metro: Roma autocarros: 727, 735 e 767 bicicletas: ciclovia e parque de bicicletas junto ao Teatro Maria Matos

O ciclo Questões indígenas: Ecologia, Terra e Saberes Ameríndios é uma apresentação no âmbito da rede Imagine 2020 com o apoio do Programa Europa Criativa da União Europeia

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