Players batalham por espaço em telepresença Varejo: o setor ideal para os data centers Ano 5 | nº 52 | novembro de 2009
www.tiinside.com.br
Maturidade em TI ainda é baixa
OS DIVIDENDOS DE SOA Empresas ganham competitividade ao portar aplicativos legados
>editorial
Ano 5 | nº 52 |nov de 2009 | www.tiinside.com.br Presidente Rubens Glasberg Diretores Editoriais André Mermelstein Claudiney Santos Samuel Possebon Diretor Comercial Manoel Fernandez Diretor Financeiro Otavio Jardanovski
SOA atinge a maturidade
É
comum na área de tecnologia aparecer modismos e siglas que prometem ser a nova onda do setor. Normalmente surgem hypes que logo se comprovam inexequíveis. Para quem acompanha a trajetória de SOA – Service Oriented Architecture - arquitetura orientada a serviço - quando ela surgiu há cerca de 10 anos, também trouxe desconfiança de ser uma nova “sopa de letrinhas” com vida curta, como tantas outras. Porém, aos olhos de quem se mantém ativo no mercado TIC, como a TI Inside, que organiza um evento anual sobre o tema por quatro anos seguidos, é fácil constatar as mudanças de enfoque por que passou SOA, entendida no começo apenas comum uma ferramenta de tecnologia para reuso de códigos e aproveitamento de legado. Por ser uma solução com prazo de maturidade longo, muitas empresas relutaram em sua adoção. Mas aqueles que entenderam que SOA é uma proposta para atender objetivos de negócios, conseguiram resultados mais rápidos e atingiram essa maturidade em menor tempo, como mostra os depoimentos de diferentes tipos de usuários ao editor Claudio Ferreira, que produziu a reportagem de capa dessa edição, ilustrando melhor a entendimento desse paradigma. Também passeamos pelo setor de varejo e constatamos uma forte tendência
Editor Claudiney Santos Redação Jackeline Carvalho (Comunicação Interativa)
de contratação dos serviços de data centers. As grades redes já reconhecem que esta oferta é uma alternativa essencial para garantir desempenho em períodos de picos tanto nas lojas físicas quanto nas virtuais, o e-commerce, além de apresentar maior segurança e menor custo. Resultados que, como os projetos de SOA, são perseguidos pelas equipes de TI diariamente. E também colocam em xeque a eficiência destes departamentos, recémavaliados em uma pesquisa conduzida pela Accenture, em parceria com a IDC Brasil. Na reportagem “Raio-X da maturidade”, conduzida pela jornalista Jackeline Carvalho, vemos que estes departamentos planejam melhor do que executam, o que resulta em gastos excessivos. Não que empresas em outros países estejam muito à frente nesta jornada do amadurecimento. A pesquisa também reflete um equilíbrio, e a reportagem apresenta algumas alternativas para a correção dos rumos. A nossa missão, tanto com os eventos organizados pela TI Inside, quanto com o trabalho da nossa equipe de reportagem, é monitorar o mercado e alertá-lo para as tendências e indicações de melhores práticas. Boa leitura!
Colaboradores Cláudio Ferreira, Genilson Cezar e Rodrigo Conceição Santos TI Inside Online Erivelto Tadeu (Editor) Victor Hugo Alves (Repórter) Arte Edmur Cason (Direção de Arte); Débora Harue Torigoe (Assistente); Rubens Jardim (Produção Gráfica); Geraldo José Nogueira (Edit. Eletrônica); Alexandre Barros e Bárbara Cason (colaboradores) Departamento Comercial Manoel Fernandez (Diretor) e Francisco Cesar Jannuzzi (Gerente de Negócios); Marco Godoi (Gerente de Negócios Online) e Ivaneti Longo (Assistente) Gerente de Circulação Gislaine Gaspar Gerente de Marketing Patricia Soderi Gerente Administrativa Vilma Pereira TI Inside é uma publicação mensal da Converge Comunicações - Rua Sergipe, 401, Conj. 603, CEP 01243-001. Telefone: (11) 3138-4600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP. Sucursal SCN - Quadra 02 - Bloco D, sala 424 - Torre B Centro Empresarial Liberty Mall - CEP: 70712-903 Fone/Fax: (61) 3327-3755 - Brasília, DF. Jornalista Responsável Rubens Glasberg (MT 8.965) Impressão Ipsis Gráfica e Editora S.A. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista, sem autorização da Glasberg A.C.R. S/A CENTRAL DE ASSINATURAS 0800 014 5022 das 9 às 19 horas de segunda a sexta-feira Internet www.tiinside.com.br E-mail assine@convergecom.com.br REDAÇÃO (11) 3138-4600 E-mail cartas.tiinside@convergecom.com.br PUBLICIDADE (11) 3214-3747 E-mail comercial@convergecom.com.br
Claudiney Santos Diretor/editor csantos@convergecom.com.br
>sumário
Instituto Verificador de Circulação
News
Infraestrutura
12 Data center no varejo
6 Mundo Wi-FI
30 Open Storage
Grandes redes já reconhecem a Conexões devem atingir 1,2 bilhão neste ano contribuição do outsourcing
7 Tendência
Serviço em nuvem conquista empresas
Tecnologia
Mercado de SaaS deve crescer 18% em 2009, indica estudo
Mercado
16 Imaturos?
8 Ano novo
32 Telepresença
Estudos indicam que empresas planejam melhor do que gastam
Gartner lista as 10 tecnologias mais quentes para o ano
Cresce a tendência de adoção no Brasil
Internet
ESPECIAL gestão fiscal
Gestão
36 Bloqueio
25 STF: petição eletrônica somente com
10 Gestão de risco
certificação digital ICP-Brasil
Desconfiança sobre redes sociais se mantém nas corporações
Como manter os custos alinhados às expectativas
Tecnologia
18 Capa
Projetos expõem as vantagens do SOA Capa: editoria de arte/converge
4
T I I n s i d e
|
n o v e m b r o
d e
2 0 0 9
>news
O wi-fi está na moda
Número de conexões Wi-Fi deve atingir 1,2 bilhão neste ano, motivado por promoções como as anunciadas pelo Google, Microsoft e Yahoo nos Estados Unidos
O
mercado de hotspot de Wi-Fi está entrando num período de recuperação, puxado principalmente pelo retorno do interesse dos provedores de serviços de comunicação e dos usuários finais. Segundo estudo da consultoria In-Stat, o uso da tecnologia crescerá 47% neste ano, atingindo um total de 1,2 bilhão de conexões Wi-Fi no mundo. A consultoria também calcula que o total de lugares com hotspot de conexões de internet sem fio Wi-Fi deve chegar a 245 mil localidades no mundo neste ano, sendo que a região da Ásia-Pacífico será a principal responsável pelo crescimento, principalmente a China. No entanto, a In-Stat ainda acredita que o crescimento do setor poderia ser maior, mas as preocupações com segurança ainda são um obstáculo para os hotspots. A consultoria afirma que a maior preocupação vem da parte dos usuários finais, e não dos corporativos. Não se depender da criatividade de algumas empresas. O Google, a Microsoft e o Yahoo!, por exemplo, anunciaram promoção nos Estados Unidos, a partir da qual oferecem acesso gratuito aos usuários, em algumas localidades. Quem deu pontapé inicial na estratégia foi a Microsoft que, em setembro, passou a oferecer acesso nos Wi-Fi hotspots (local onde a tecnologia está disponível) nos Estados Unidos. Porém, há uma condição para utilizar os serviços:
as pessoas devem usar o buscador Bing pelo menos uma vez. Também há o problema de saber onde são os locais disponíveis. Por outro lado, a rede de publicidade móvel e parceira da companhia, JiWire, diz que a campanha teve desempenho acima da média e que a Microsoft planeja continuar a promoção. Já o Google, anunciou uma promoção em que oferece locais de acesso Wi-Fi em 47 aeroportos nos EUA, por meio de uma parceria com a Boingo Wireless. Além disso, vale lembrar que a empresa já havia disponibilizado o mesmo formato de acesso a todos os passageiros em vôos da Virgin America. Agora, ambas as promoções vão durar até 15 de janeiro. A promoção do Yahoo dá o direito de as pessoas acessarem a tecnologia Wi-Fi gratuitamente na Times Square, em Nova York. Essa oferta também iniciou nesta quarta-feira e a duração será até o final do ano. De acordo com a Administração Federal de Aviação (FAA) norte-americana, entre as três promoções criadas, o Google tem grande possibilidade de levar a melhor, porque os locais escolhidos para disponibilizar os serviços Wi-Fi, os aeroportos, receberão mais de 100 milhões de pessoas até o dia 15 de janeiro. No Brasil, a empresa Vex promoveu, entre os dias 01 a 08 de outubro, o mesmo modelo de promoção, disponibilizando o acesso gratuito em cerca de 2.500 hotspots, instalados em diversos estabelecimentos públicos, como aeroportos, shoppings, hotéis, universidades e restaurantes. A proposta da ação era disseminar o uso da cultura de comunicação sem fio no País.
Entre os grandes Brasil é o quarto no ranking de uso de dados móveis na AL
A
rgentina e Venezuela lideram o ranking de uso das redes de dados GSM das operadoras móveis na América Latina, segundo dados da 3G Americas, organização criada para promover a implementação da tecnologia GSM, inclusive a LTE (longterm evolution), evolução das redes 3G atuais. O estudo divulgado pela associação revela
6
que tanto na Argentina quanto na Venezuela, empatadas na primeira posição, 29% da receita média por usuário (Arpu, na sigla em inglês) são provenientes dos gastos com dados móveis. O Brasil aparece apenas na quarta colocação no ranking, pois somente 12% da receita média por usuário é relacionada a dados. O país aparece atrás ainda do México, onde o percentual é de 17%, e do Equador, com 16%. Completam a lista Chile e Peru, ambos empatados com 10%, e a Colômbia, onde somente 7% do Arpu vem de dados móveis. Segundo a 3G Americas, o aumento do uso de dados elevou o Arpu em 8,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
T I I n s i d e
|
n o v e m b r o
d e
2 0 0 9
Contrato milionário
TENDÊNCIA
Politec terceiriza manutenção de software da Copasa por R$ 8 milhões
Mercado de SaaS deve crescer 18% neste ano, indica estudo
A
A
Politec Global IT Services, empresa de serviços de tecnologia sediada em Brasília, fechou contrato com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) para fazer a manutenção dos sistemas SAP da autarquia estadual. O contrato tem valor de R$ 8,1 milhões e o prazo é de cinco anos. Com mais de 11 mil funcionários, a Copasa contratou a Politec para prestar suporte e desenvolver melhorias nos módulos do ERP, como financeiro, compras, recursos humanos, folha de pagamento e relacionamento com fornecedor. “A Copasa tem módulos diferenciados e com pouca expertise no mercado como o CFM, que faz o fluxo de caixa de forma mais complexa, e o SEM, que controla todo o processo de licitação, como o pregão eletrônico e relacionamento com fornecedor”, comentou Alexandre Fonseca, diretor de utilities, telco e finanças da Politec. A empresa também será responsável por todo o desenvolvimento de fábrica de Abap, a linguagem de programação da SAP, com 10 mil horas/ano, utilizando a infraestrutura de sua fábrica em São Paulo, que é certificada em CMMi 3 (Capability Maturity Model Integration), em seus processos de desenvolvimento de sistemas.
n o v e m b r o
d e
2 0 0 9
pesar da retração que atingiu a maior parte do setor de TI devido à crise financeira mundial, as vendas de software como serviço (SaaS, na sigla em inglês) disponível via web vêm crescendo vigorosamente. Estudo do Gartner projeta que a receita mundial com SaaS totalizará US$ 7,5 bilhões neste ano, um aumento de 17,7% na comparação com os US$ 6,4 bilhões registrados em 2008. De acordo com a consultoria, essa modalidade de venda de software apresentará crescimento consistente nos próximos anos, atingindo cifra de US$ 14 bilhões em 2013, quase o dobro do registrado neste ano. O Gartner avalia que os segmentos de conteúdo, comunicações e colaboração (CCC, na sigla em inglês) e de CRM continuarão impulsionando a expansão das vendas de SaaS e devem totalizar receita de US$ 2,6 bilhões e US$ 2,3 bilhões neste ano, respectivamente. Já a modalidade de SaaS de software de ERP fechará o período com vendas de US$ 1,24 bilhão.
|
T I I n s i d e
7
>news
Pronto para 2010? Gartner lista as tecnologias mais quentes para o ano
O
ano de 2010 será marcado pela ampla adoção de tecnologias de cloud computing, computação social e memória flash. Segundo análise do Gartner, as empresas passarão a pensar, cada vez mais, em tecnologias com potencial para causar grandes mudanças em seus negócios no prazo de três anos. A consultoria listou as principais tendências do mercado de TI voltada aos negócios para 2010: n Cloud computing - segundo a consultoria será o grande carro-chefe dos investimentos das empresas em TI, por ser extremamente adaptável a diversos modelos de negócio e permitir que as operações das empresas sejam reorganizadas de forma mais eficiente. n Aplicações avançadas – o Gartner
aponta que essa tecnologia simula situações de negócios para analisar a produtividade de diferentes modelos de negócios. “Será importante para as implantações de software de gestão, como CRM e ERP”, analisou a consultoria. n TI verde – Na visão da consultoria, o conceito de TI verde fará parte das políticas sustentáveis das empresas, as quais incluirão maior uso de documentos eletrônicos, reuniões por meio de videoconferência e políticas de redução do consumo de energia. n Reorganização dos data centers – A consultoria observou que reestruturar o armazenamento de dados pode reduzir drasticamente os custos das empresas com manutenção e mão-de-obra, o que também levará a diminuir os custos para os clientes. n Computação Social – Para o Gartner esta é, na verdade, uma conseqüência da mudança na postura dos trabalhadores. Os funcionários não querem mais ter que realizar em ambientes diferentes seus próprios produtos e trabalho, e o acesso a informações externas. O Gartner prevê que, a partir de 2010, as companhias
devem investir mais em software sociais e de redes de compartilhamento. n Segurança – A consultoria entende que os investimentos em segurança serão realizados para o monitoramento das atividades dos funcionários. Será, na verdade, uma consequência das atividades sociais dos funcionários. As empresas agora terão que investir em tecnologias capazes de se antever aos possíveis perigos de um ambiente de compartilhamento. n Memória flash – Apesar de não ser novidade, o preço desse tipo de memória já está se aproximando do das memórias “comuns” usadas em PCs, diz o Gartner, que acredita que no ano que vem ela se tornará essencial para algumas modalidades de armazenamento de dados. n Virtualização – Já é considerada prioridade pelas empresas há alguns anos, mas, por tratar-se de implantações de longo prazo, a consultoria acredita que a adoção desta modalidade de aplicação de TI crescerá ainda mais em 2010. n Aplicações móveis – o Gartner constatou que, até o fim do ano que vem, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo terão dispositivos móveis perfeitamente capazes de realizar todos os tipos de transações, criando um novo mercado.
Investimentos em baixa Gastos das verticais da indústria com TI cairão 6,8% neste ano
O
s gastos mundiais da vertical indústrias com tecnologia da informação devem totalizar US$ 2,28 trilhões neste ano, 6,8% menores que o registrado no ano passado. No entanto, de acordo com estudo do Gartner, os investimentos voltarão a crescer em 2010, quando registrarão aumento de 2,3%, chegando a US$ 2,34 trilhões. O levantamento mostra ainda que os três segmentos que mais investiram em TI em 2008 foram também o que mais apresentaram queda. O segmento de serviços financeiros, o maior, ficou em terceiro lugar, com declínio de 8,3%, enquanto o segundo maior, a vertical de manufatura discreta, registrou queda de 8,5%. Segundo o diretor de pesquisas do Gartner, Kenneth Brant, apesar de esperar que os investimentos em tecnologia voltem a crescer em 2010, a consistência e a velocidade desse crescimento dependerão do desempenho das empresas de cada segmento.
8
T I I n s i d e
|
n o v e m b r o
d e
2 0 0 9
>gestão
Claudio Ferreira
Risco calculado
Estudo do Gartner alinha os principais fatores, em tempos de redução orçamentária, que podem ameaçar a gestão de riscos. Analistas comentam os tópicos e dão suas sugestões para minimizar os problemas e otimizar o investimento
G
Edson Perez, da T-Systems: agrega componentes sob medida, de acordo com as necessidades específicas e locais dos clientes, atendendo a todos os aspectos de segurança
1 0
persuadir as empresas a assumir o risco”, enumera. No entanto, ele mesmo questiona se os profissionais de segurança estarão aptos a cumprir essas metas críticas. O aspecto da gestão de riscos e sua contrapartida em investimentos é um tema complexo. “A segurança está inclusa em praticamente tudo que se adquire hoje, seja um equipamento ou mesmo software, o que dá uma sensação falsa de que está tudo bem. As pessoas se preocupam com a infraestrutura e não com o que está à volta dela, que faz parte da gestão de riscos. Um laptop roubado, se não protegido por uma política específica, ou mesmo uma conversa no elevador, pode levar a problemas para a corporação. É preciso pensar regras em conjunto com a segurança lógica e física”, admite Lilian foto: divulgação
astar bem é o mínimo aceitável. Essa premissa nunca foi tão evidente e presente como em 2009, principalmente depois do fantasma de a crise econômica mundial assolar todas as corporações em qualquer canto do mundo. E imagine quando o tópico em questão é a segurança em TI e a idéia estratégica de gestão dos riscos. Neste caso, convencer a direção a garantir os orçamentos é algo ainda mais sensível. Como lembra o Gartner, orçamentos de segurança, mesmo antes da crise (ver mais no Box: Reflexos da economia real), sempre foram difíceis de justificar. Os profissionais do setor enfrentam uma situação complexa, pois trabalham com recursos financeiros e humanos limitados para administrar um ambiente que está em constante mudança e onde os riscos não cessam, ao contrário, aumentam. “A maioria dos gastos com TI está passando por uma grande análise durante este período de incertezas econômicas, e a gestão de riscos – embora menos radicalmente afetada em comparação com os orçamentos gerais de tecnologia da informação – não é exceção”, argumenta Jay Heiser, vice-presidente de pesquisas do Gartner. Para o executivo, os principais fatores para justificar e otimizar os gastos com segurança são: “garantir que as práticas de controle de segurança e de riscos estejam alinhadas com os objetivos explícitos dos negócios e, crucialmente,
T I I n s i d e
|
n o v e m b r o
d e
Picciotti, diretora de integração de sistemas da Atos Origin. Os pecados capitais Para minimizar os problemas, o Gartner listou quatro erros mais comuns na gestão de riscos e seus reflexos no orçamento setorial. O primeiro ponto levantado é assumir uma abordagem do tipo “One Size Fits All” ou adotar uma solução padrão para todos, dentro da gestão da segurança e dos riscos. Em resumo: fazer com que o mesmo nível de proteção ou o mesmo patamar de gastos com segurança, que não pode ser eficaz e economicamente viável para todas as unidades de negócio, seja posto em prática. O próprio estudo do Gartner comenta: “um ótimo plano de gastos com segurança leva em consideração o nível de risco avaliado para evitar um excesso de gastos ou de proteção. Os gerentes de negócios devem oferecer uma quantidade relativamente pequena de perfis de gestão de riscos que sejam projetados para atender a diferentes casos de uso em função da sensibilidade/confidencialidade e do risco dos dados”. Ou seja, cada área ou unidade deve ser olhada pela sua própria realidade. A T-Systems, empresa global que provê serviços e soluções dentro do conceito de “Service Excellence” baseado nos processos ITIL para um mesmo cliente, independente do país que esteja alocado, agrega componentes sob medida, de acordo com as necessidades específicas e locais. “São consideradas as soluções e produtos que atendam a todos os quesitos dos clientes, 2 0 0 9
considerando o nível de criticidade dos processos e o atendimento de todos os aspectos de segurança da informação”, aponta Edson Perez, head de contas internacionais da T-Systems. Algo semelhante é pensado por Lílian. “O padrão são os componentes, mas não existe uma política padrão para todo mundo. É preciso ser customizado, cada empresa ou unidade é diferente da outra. Tem muito provedor que oferece algo padronizado mesmo, porque é mais barato. Montamos regras customizadas, mas na implementação elas precisam ser “recustomizadas”, conclui. O real e o desejo O segundo tópico explorado pelo Gartner é o de: fazer planos com base naquilo que a organização de segurança quer, e não no que a empresa precisa. No relatório da pesquisa, é dito que: “historicamente, os profissionais de segurança têm feito investimentos centrados na tecnologia e tomado decisões de implementação e distribuição com base naquilo que eles acreditam ser necessário, ao invés de pensarem no que a empresa precisa. É impossível defender os planos de segurança e os orçamentos que exigem se não forem baseados nos objetivos dos negócios”. E conclui: “se os gerentes de negócio não podem ou não fornecerem as informações sobre a significância dos riscos de seus processos de negócio, então os gerentes de alto nível devem entrar em ação e fazer a mediação”. Lílian, da Atos Origin, tem um discurso bem peculiar. “Muitas vezes não vale brigar com o cliente, o melhor é fazer o que ele deseja mesmo. Orientamos e esclarecemos, mas se ele tem certeza”, argumenta. Mais pragmática, a T-Systems acredita na importância da alta direção da empresa participar da definição do plano de contingência estabelecendo suas prioridades que farão parte da gestão de risco do negócio e da segurança das informações. Com base nessas definições é estabelecido um plano de contingência que atenda as necessidades apontadas e que podem variar de empresa para empresa. “Por exemplo, para as empresas que tem ações na bolsa, a SOX torna-se obrigatório, o que não ocorre para as demais empresas. Portanto, não existe ainda uma padronização de serviços préestabelecida”, finaliza Perez. Mais um tópico do Gartner, desta
Reflexos da economia real
F
alar em orçamentos sempre é algo sensível. O que dirá quando o tema a ser falado é segurança? É certo que os reflexos da crise econômica no mundo da TI no Brasil não foram tão graves como se poderia supor, projetos foram adiados, mas não se ouve falar em cortes expressivos nos budgets. “A crise afetou menos do que poderia no Brasil, algumas empresas podem ter reduzido uma coisa ou outra ou mesmo a sofisticação, mas as empresas estão mais conscientes, todo o budget vê segurança e o tema não pode sofrer cortes”, garante Lílian, da Atos. Ao ser questionada sobre a “sofisticação” cortada ela enumera os projetos de criptografia. “Mas nada no campo operacional”, finaliza. vez, sobre o falta de comunicação sobre os riscos das empresas e algumas possibilidades de ação. “Os profissionais de segurança devem desenvolver uma forma consistente de expressar e articular a amplitude das condições críticas de segurança de sistemas de TI específicos, dos ativos de informação e dos processos de negócio”. A recomendação do Gartner é montar uma escala simples de três níveis de informação – alto, médio e baixo, para fornecer um ponto de referência comum na articulação da criticidade da TI para o negócio. E utilizando um conjunto correspondente de níveis de serviço da gestão de riscos. Parece que no Brasil, mesmo com toda a facilidade de comunicação
EXTRAIA O SIM Os principais fatores para justificar e otimizar os gastos com segurança são:
n g arantir que as práticas de controle de segurança e de riscos estejam alinhadas com os objetivos explícitos dos negócios
n p ersuadir as empresas a
o utu b r o
assumir o risco
d e
2 0 0 9
|
T I I n s i d e
inerente ao nosso povo, não somos diferentes. “Temos dificuldade sim. As áreas trabalham longe uma das outras e é um problema de educação mesmo. Para melhorar a nossa comunicação interna sobre riscos, por exemplo, concentramos os esforços com as áreas de marketing e RH. É interessante manter esse diálogo”, conclui Lílian. Meu problema é seu O quarto e derradeiro tópico do Gartner fala sobre a permissão de que os gerentes de linha dos negócios transfiram seus riscos para a organização de TI e para a organização a área de segurança. Critica o documento: “os gerentes de negócios estão apenas querendo tirar vantagem do desejo das organizações de TI e de segurança de aceitar riscos residuais, assumindo a hipótese errada de que a “oferta padrão” de TI vá controlar efetivamente quaisquer formas de risco”. Tal abordagem faz com que o departamento de tecnologia da informação ou o setor de segurança sirvam como bode espiatório para qualquer possível falha de segurança, com a conseqüente redução resultante no serviço recebido ou na flexibilidade. Um tema polêmico, mas que, claro, encontra defesa por parte dos especialistas consultados. “A responsabilidade da área de TI na gestão de risco é alertar para os problemas potenciais e trabalhar alinhada com as demais áreas da empresa no atendimento dos processos de criticidade, definidos pela empresa e garantindo a segurança da informação. Vale ressaltar que a gestão de risco e a segurança da informação estão diretamente ligadas aos investimentos que a empresa deseja realizar. Isso certamente distribui o ‘peso’ das costas do gestor de TI com toda a corporação”, avalia Perez. Mais crítica, a executiva da Atos Origin, vê problemas mais graves. “O profissional vende uma coisa e ele acaba ignorando alguns procedimentos, o que fazemos é um projeto de validação que vai do gerente de negócios até a área de TI. Mas, claro, é mais fácil culpar alguém. No entanto, em tecnologia, as coisas são mais fáceis de provar. Se a questão gerar uma queda de braço entre TI e negócios é preciso buscar mediação na direção da empresa”, garante. 1 1
>gestão
Genilson Cezar
O data center
chegou ao varejo
A terceirização da infraestrutura de data center é a tábua da salvação das empresas do setor de varejo nesses tempos de dinheiro curto, competição acirrada e necessidade de ter mais agilidade para atender à clientela em suas lojas físicas e no comércio virtual
T
1 2
tecnológicas. Não dá mais para separar a tecnologia de qualquer aplicação de negócio de uma empresa. Por mais simples que seja um email num servidor de rede de uma varejista, utilizado para se comunicar com clientes e fornecedores, já é uma operação de missão crítica. Uma pane com os sistemas de gestão corporativa, com os ERPs (Enterprise Resources Planning) cada vez mais complexos e sofisticados, paralisa toda a cadeia produtiva da corporação”, avalia Alexandre Siffest, Chief Executive Office (CEO) da Ativas, provedora de soluções para Data Center, pertencente ao Grupo mineiro Asamar. fotos: divulgação
Daniel Domingues, da PromonLogicalis: abordagem consultiva, que analisa várias soluções de mercado e propõe projetos de acordo com as necessidades dos clientes
er alta disponibilidade do seu ambiente tecnológico, e, ao mesmo tempo, obter custos cada vez mais baixos, parece um paradoxo, mas a terceirização da infraestrutura de data center é hoje a tábua da salvação das empresas do setor de varejo. Basta acompanhar os exemplos: o grupo francês Carrefour, pioneiro no modelo de outsourcing de infraestrutura de data center, consolida sua experiência de ambiente escalável, implantando, agora, os sistemas de ERP e CRM. O grupo Pão de Açúcar, que já terceirizou o seu portal web, vai transferir no ano que vem dois data centers para o IBM Global Delivery Center, localizado em Hortolândia, no interior de São Paulo. O Magazine Luiza, igualmente, já hospeda toda a sua infraestrutura tecnológica do site de e-commerce no data center da DH&C, em São Paulo, e o Wal-Mart, a terceira maior rede de supermercados do Brasil, está investindo cerca de R$ 25 milhões no desenvolvimento e implantação de um projeto de outsourcing de seu ambiente de comércio eletrônico, expandindo sua estrutura de atendimento ao consumidor. “A estratégia das empresas atualmente é entregar para outros provedores as suas plataformas
T I I n s i d e
|
n o v e m b r o
d e
Atuante nas áreas de distribuição de combustíveis, exploração de petróleo, biodiesel, construção em aço e produtos florestais — por meio das empresas Alesat Combustíveis S.A, Alvorada Petróleo, Brasil Bionergia, Masb, Codeme Metform e Mourões Touro, a Ativas está construindo em Belo Horizonte (MG) o data center do grupo Asamar, que deve consumir cerca de US$ 50 milhões. Ocupando uma área de 6 mil m2, o espaço vai focar sua atuação em grandes e médias empresas, para oferecer serviços de hospedagem de aplicações (hosting e collocation), arm azenamento de soluções de backup, administração de banco de dados e sistemas operacionais, gerenciamento de aplicações e vendas de softwares como serviço. O faturamento previsto é de R$ 60 milhões por ano, informa Siffest. “A terceirização dos ambientes de TI está na ordem do dia dos CIOs, que, de uma hora para outra, com a crise econômica mundial, ficaram sem recursos para ampliar seus recursos de tecnologia. Com o outsourcing, os provedores proporcionam dois benefícios para as empresas: desoneram os clientes de terem que fazer investimentos em novas tecnologias e na capacitação de pessoal, e, ainda, possibilitam economia de gastos com um melhor nível de serviço”, explica o executivo. 2 0 0 9
>gestão
Ney Santos, do Carrefour do Brasil: contratos robustos e com gestão baseada em indicadores e metas
Índices de desempenho Não é por nada que a terceirização de serviços de infraestrutura é hoje uma das áreas que mais cresce no País, de acordo com estudo da IDC Brasil, que estima em R$ 7 bilhões o tamanho do mercado em 2008, com perspectivas de crescer mais 10% em 2009. Com a marca de R$ 44,2 milhões, em 2008, a DH&C Outsourcing, empresa adquirida no início deste ano pela UOL, teve um crescimento três vezes maior que os índices do mercado de TI, e tem metas desafiadoras para este ano, indica Thiago Charnet, director de IT Solutions: manter-se no mesmo patamar de excelência, crescendo 30% em receita, atingindo um faturamento de R$ 58 milhões. A estratégia básica de crescimento é focar em produtos e soluções para o varejo, especialmente infraestrutura tecnológica para expansão dos negócios de comércio eletrônico dos clientes. “O e-commerce demanda muita infraestrutura de data center. Não basta ter internet para atender à demanda dos consumidores, é preciso ter a cadeia inteira com alto nível de disponibilidade”, diz Charnet. Segundo ele, essa preocupação que motivou as grandes redes a adotarem o outsourcing, chega agora aos grupos de médio porte, que também buscam colocar seus negócios na web, através de infraestruturas terceirizadas. É o caso da Wal-Mart Brasil, presente hoje com 352 lojas em 18 estados brasileiros. De olho na movimentação positiva do setor de e-commerce, cujo crescimento é estimado em mais de 30% ao ano, o Wal-Mart investiu cerca de R$ 25 milhões no desenvolvimento de uma plataforma exclusiva para toda a rede de hipermercados. O plano de expansão prevê a implantação de 90 novas lojas, com investimento de R$ 1,6 bilhão e geração de dez mil novos postos de trabalho. O projeto está a cargo da DH&C e prevê, de acordo com Charnet, links de internet balanceados e sob demanda, o uso de alto SLA (acordos por níveis de services), com disponibilidade de 99,9% ao mês, a utilização de aplicativos mais específicos para gestão de processos de e-commerce, tecnologia cluster, storage com alto desempenho para armazenamento, infraestrutura de segurança. Tudo isso com garantia de serviços de infraestrutura, que diminui a vulnerabilidade do sistema contra 1 4
possíveis ataques e fraudes no sistema, e também atualização simples e rápida. “Estamos investindo pesado em infraestrutura de data center, em novos produtos e soluções para entrega rápida e com qualidade aos nossos clientes”, conta o executivo. Outro provedor que se preparou para o crescimento da demanda de outsourcing de infraestrutura de data center foi a PromonLogicalis. Com parcerias com a Cisco, VMWare e IBM, a empresa concentra foco principalmente nas redes de varejo do
estudo da IDC Brasil estima em R$ 7 bilhões o tamanho do mercado em 2008, com perspectivas de crescer mais 10% em 2009 setor de alimentos e de eletrodomésticos. “Temos uma oferta de integração de plataformas tecnológicas. Uma abordagem consultiva, que analisa várias soluções de mercado e propõe projetos de acordo com as necessidades dos clientes”, diz Daniel Domingues, líder de oferta de data center da PromonLogicalis. Custos previsíveis O modelo de outsourcing da infraestrutura de data center não é novidade para o Carrefour, a maior rede
T I I n s i d e
|
n o v e m b r o
d e
de supermercados do Brasil, com faturamento bruto de R$ 22,470 bilhões, em 2008, unidades em 17 Estados, atuando com diversos formatos de lojas e uma oferta de serviços que inclui postos de combustíveis, drogarias, serviços financeiros, turismo, entre outros, e um quadro de 65 mil funcionários. “Temos um modelo maduro e consolidado e vemos que há um movimento no varejo nesta direção. Mas estamos avançando no processo de gestão e adicionando outros recursos, como a implantação de um sistema de ERP comercial para varejo, desenvolvido in house, que certamente nos proporcionará novas vantagens competitivas frente aos concorrentes”, diz Ney Santos, diretor de TI do Carrefour do Brasil. Apesar das notícias que insinuavam possibilidade de o grupo abandonar mercados emergentes, entre os quais Brasil e China, o Carrefour indica que mantém seus planos de investimentos e expansão no País, onde pretende aportar recursos da ordem de R$ 2 bilhões até 2010, com a abertura de pelo menos 70 novas lojas. “Em termos de tecnologia, temos hoje a previsibilidade de custos, conhecemos o custo por cada tipo de serviço e a qualidade do serviço prestado pelos nossos provedores. Do ponto de vista de crescimento da empresa, podemos assegurar as tecnologias para todos os projetos de expansão – os servidores são virtualizados e dobramos de capacidade com uma simples ligação telefônica. É um modelo escalável, que não tem problema de crescimento de máquinas e sistemas, nem de energia”, conta Santos. O grupo trabalha no Brasil há muitos anos tendo a IBM como provedor de serviços de infraestrutura de data center, e com duas fábricas de software, da Accenture e da Unix. “Com cada desses provedores, temos contratos bastante robustos e com gestão baseada em indicadores e metas”, explica o executivo. São vários os benefícios de trabalhar dentro desse modelo de outsourcing, segundo Santos: “Os processos são muitos claros, a governança de TI fica mais madura, temos indicadores que são associados à operação do grupo Carrefour, enfim, os riscos são aos negócios são praticamente inexistentes”, afirma. 2 0 0 9
Ah claro,
eles querem um outro servidor… ...instalado amanhã, ...em um rack sem espaço, ...sem saber se há capacidade de energia e refrigeração. Relaxe, você pode fazer tudo isso com o Efficient Enterprise™. 2
Quando se gerencia uma instalação por inteiro, há muito com o que se preocupar: segurança, iluminação, refrigeração, HVAC (Heating, Ventilating, and Air Conditioning). E todos esses itens são dinâmicos e necessitam de energia – especialmente o data center. Todos sabemos que o alto consumo da energia elétrica de um data center pode limitar o crescimento das empresas não apenas no que se refere aos ativos de TI, mas também ao seu fornecimento para outras dependências da instalação. Como implementar data centers de maneira rápida e fácil? Como garantir a total disponibilidade do ambiente? Existe uma forma de reduzir seu atual consumo de energia? Com o Efficient Enterprise™ da APC, você consegue tudo isso com resultados imediatos e mensuráveis. A solução da APC oferece modularidade e escalabilidade para que você pague apenas o que utiliza; gerenciamento da capacidade para que você saiba onde colocar seu próximo servidor; e sistemas dedicados de contenção de calor e dispostos em racks que melhoram a previsibilidade térmica e de refrigeração. O Efficient Enterprise permite que você economize recursos através da eliminação previamente planejada do desperdício. Por exemplo, apenas pelo fato de trocar o sistema de refrigeração (de sala para racks), você economizará, em média, 35% do seu custo de eletricidade. Use sua energia de maneira inteligente. Com o Efficient Enterprise, você efetivamente irá eliminar incidentes de energia e pontos de calor, sendo mais ágil em atender às demandas de TI. Melhor ainda, você poderá evitar (ou pelo menos adiar) a construção de um novo data center porque suas instalações ocuparão um espaço mínimo. No final, tudo se resume a isso: você precisa ser o mais inteligente possível com sua energia. O que você precisa é do Efficient Enterprise.
4 1 3
O Efficient Enterprise permite uma refrigeração previsível e reduz as despesas operacionais considerando:
1 Refrigeração acoplada à fonte de calor
Nossa inovadora arquitetura InRow permite uma refrigeração mais eficiente e precisa porque reduz a distância entre o ponto de geração e remoção de calor.
2 Contenção de calor
O sistema de contenção de calor da APC reduz os pontos de calor evitando a mistura de ar quente da carga com o ar frio da sala.
3 Gerenciamento da capacidade
O software de gerenciamento da capacidade inteligente e integrado fornece dados em tempo real em suas demandas de energia e refrigeração.
4 Componentes eficientes e
dimensionados corretamente
Beneficie-se da eficiência energética dimensionando corretamente sua infraestrutura, investindo somente no que você precisa. Os no-breaks Symmetra PX da APC oferecem alta disponibilidade para sistemas de diversas potências, são modulares, ocupam uma área compacta, e são fáceis e rápidos de instalar. Graças à baixa distorção de corrente de entrada, os cabos elétricos não precisam ser super dimensionados, resultando em economias consideráveis.
Seu data center é eficiente?
GRÁTIS! Fazendo o download do White Paper # 113 da APC “Modelamento da eficiência elétrica em data centers”, você conhecerá um modelo simples de se conseguir eficiência, através de uma lógica que identifica e quantifica o desperdício dos equipamentos de energia e de refrigeração nos data centers. Visite www.apc.com/promo e digite o código 66124D. 2009 American Power Conversion Corporation. Todas as marcas são de propriedade da Schneider Electric Industries S.A.S, American Power Conversion Corporation ou de suas empresas afiliadas. E-mail: canal@apc.com - Al. Xingu, 850 - Barueri - São Paulo/SP – 06455-030 - www.apc.com/br
>tecnologia Jackeline Carvalho
Raio-X da maturidade Estudo realizado pela Accenture em parceria com a IDC revela que, no Brasil, as empresas planejam melhor do que executam, o que resulta em gastos excessivos
A
s maiores companhias brasileiras trabalham com um nível de maturidade insatisfatório quanto ao uso de infraestrutura em TI, indica pesquisa recente realizada pela Accenture em parceria com a IDC Brasil. Na análise dos resultados, especialistas destacam, por exemplo, que apenas metade das empresas entrevistadas dominam o padrão ITIL e que, em relação à aplicação de recursos, os gastos com a melhoria de infraestrutura estão mais generosos do que com as áreas de gestão e inovação. Os números também revelam que as empresas planejam melhor do que executam, fato que explica os gastos acima da previsão de investimentos. Sobre TI verde, o estudo “Brazil Infrastructure Maturity X-Ray” aponta que o conceito ainda não migrou das agendas de TI para a execução. Assim, a conclusão do estudo é a seguinte: o nível geral de maturidade de TI no Brasil está abaixo da meta desejada. Metodologia O estudo foi elaborado nos meses de agosto e setembro, com a participação de 150 grandes empresas (com mais de mil funcionários) no Brasil, nas áreas de serviços financeiros; manufatura e varejo de produtos; pesquisas (energia, utilidades e mineração); telecomunicações, mídia e alta tecnologia; e governo. Foram analisadas 15 áreas funcionais-chaves em serviços de suporte, serviços de entrega e governança de infraestrutura, considerando o alinhamento com ITIL, Cobit, OMM, Prince2 e CMMi. Do resultado foram extraídos indicadores de maturidade e indicadores de desempenho para 1 6
gerar uma escala de avaliação baseada em uma combinação de maturidade de processos e qualidade. Assim foram gerados índices de maturidade/ desempenho; plano de ação; e prioridades. Os itens da avaliação foram classificados em cinco níveis distintos (informal, repetível, definido, controlado e otimizado), para os quais foi determinado o grau de maturidade de cada um deles, além de ser feita uma análise da infraestrutura de TI das organizações como um todo. Assim, concluiu-se que as corporações poderiam gastar menos com projetos de TI se seguissem os seus próprios planejamentos. Por exemplo: as melhores práticas indicam uma concentração de, pelo menos, 40% do Orçamento de TI em gastos discricionários nas empresas de alta performance. A pesquisa apurou um nível médio abaixo do desejável, ou seja, 35% dos gastos com iniciativas estratégicas e melhorias nos processos; e 65% dos aportes em inicia atualizações, compliance/legal e manutenção do ambiente.
E os profissionais? O domínio e o uso do ITIL aplicados aos processos de gestão da infraestrutura de TI são reconhecidos como um dos grandes alavancadores da qualidade da gestão de TI. E neste quesito as empresas no Brasil estão alinhadas com os padrões internacionais de mercado, ao apresentarem níveis razoáveis de familiaridade com a metodologia por parte do pessoal de TI. Edmilson Rosa, consultor de gestão de processos, especialista em governança de TI e diretor da P2HE, empresa que oferece consultoria e soluções de TI, extrapola a questão da maturidade para os profissionais e questiona: “será esse tipo de maturidade, apoiada no uso e na evolução de estrutura tecnológica, a questão mais importante da TI nas empresas?” Segundo ele, não. “Sem desconsiderar os que se preocupam em analisar o setor, o fato é que as empresas precisam mais da maturidade dos profissionais de TI do que da tecnologia em si”, defende. Para ele, o conhecimento do negócio tem que fazer parte das atribuições
eu sei!
O domínio das empresas sobre o conceito de maturidade 5%
1 – Desconhece Totalmente
12%
2 – Conhece Mal
3 – Conhece Razoavelmente
33%
4 – Conhece Bem
31%
5 – Conhece Muito Bem
-10%
19%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Fonte: Accenture/IDC Brasil
T I I n s i d e
|
n o v e m b r o
d e
2 0 0 9
na primeira infância
o nível de maturidade das corporações no brasil:
Menor Maturidade
Maior Maturidade
2,4
1 - Inicial
2 - Replicável
3 - Definido
4 - Gerenciável
Índice de Maturidade de TI 2009: 2,4 daquele que atua nessa área. Se o profissional ou fornecedor de TI não entender bem do negócio da empresa em que trabalha ou do seu cliente, não há metodologia que consiga gerar o resultado que se espera. Da mesma forma, o consultor acredita que, sem saber muito bem o que o negócio
espera de TI, não haverá base suficiente para optar pela melhor solução. Uma visão menos abrangente, que ignora a relação direta entre a TI e o andamento dos negócios, acaba gerando dificuldade no momento de definir as ferramentas adequadas para cada caso. “Três questões devem ser tratadas
5 - Otimizável
Fonte: Accenture/IDC Brasil
neste momento. Primeiro: quais decisões devem ser tomadas para gestão e uso eficaz de TI? Segundo: quem deve tomar estas decisões? E por fim, como serão monitoradas? Este é o tipo de maturidade que as empresas esperam de seus profissionais e gestores de TI”, conclui Edmilson Rosa.
A prática do grupo ticket Empresa montou seus próprios índices para acompanhar a eficiência e a maturidade da TI
C
os conceitos defendidos pelo mercado. A sua primeira grande prioridade, por exemplo, é manter a área de produção funcionando e os sistemas estáveis, algo muito próximo ao que prega a biblioteca ITIL, quando indica as disciplinas voltadas a segurança, disponibilidade, performance, help desk e suporte a informações. A Ticket também investe na maturidade e na gestão de projetos, privilegiando a inovação. “Este ano, fortalecemos o escritório de projeto, com a capacitação da equipe e criação de uma unidade independente da TI”, explica Perez, ao dizer que a área de projeto ganhou status de área corporativa, porque há projetos que não envolvem somente tecnologia, mas precisam da participação do jurídico, do marketing, de RH e outras equipes muitas vezes esquecidas durante o planejamento de um serviço. Outra mudança promovida pela companhia foi a troca de parceiros tradicionais por contratos de terceirização com parceiros mais preocupados com processos e práticas mais maduras de medição dos negócios. Entre eles está a BrQ, uma prestadora de serviços de gestão e desenvolvimento de software. A ideia, porém, não é terceirizar atividades principais. Por isso, a Ticket mantém o mínimo de inteligência corporativa em todos os projetos, de forma a evitar dependência em relação ao terceiro. Em 1,5 ano da nova estratégia, Sergio Perez diz ter assistido um amadurecimento sustentável da área de TI, que deixou de exercer um atendimento personalizado para oferecer um serviço baseado em processo. “Temos poucos indicadores, mas aqueles que permitem tomada de decisão prática”, finaliza.
om cerca de 54 mil empresas em sua carteira de clientes, somando 5,3 milhões de usuários e uma rede de 280 mil estabelecimentos credenciados nos 4,8 mil municípios brasileiros, a Ticket pode se considerar inserida em uma atividade e com um número de clientes e usuários suficientes para sufocar a equipe de TI. Tamanho volume de transações, aumenta não apenas a responsabilidade em manter os sistemas em operação quanto as cobranças por eficiência técnica e operacional da área, apenas para focarmos em dois pontos estratégicos. Mas a empresa definiu uma estratégia que a está ajudando a abstrair os volumes, os riscos e os custos de TI. Sérgio Perez, gerente de planejamento e processos da Ticket, conta que a organização coletou as boas práticas do mercado, traduzidas por ITIL, Cobit e PMI, além dos indicadores gerados pelo Gartner, para compor uma análise de maturidade própria. “Às vezes a empresa não é madura por uma decisão estratégica. Porque tem outras prioridades”, diz Perez. Mas somente depois que pôde avaliar o seu grau de maturidade, com uma metodologia de medição própria, foi que a Ticket ganhou desenvoltura para trilhar seu próprio caminho nesta área, e até assumir o perfil de empresa que não quer ser um “early adopter” e que não pretende fazer da área de TI uma “princesinha” que tem tudo de melhor, todos os lançamentos. “A área de TI tem que viver em função do negócio e trabalhar com o budget disponível”, defende o gerente. Isso não quer dizer, no entanto, que a companhia negue
n o v e m b r o
d e
2 0 0 9
|
T I I n s i d e
1 7
“Às vezes a empresa não é madura por uma decisão estratégica. Porque tem outras prioridades” Sérgio Perez, gerente de planejamento e processos
>tecnologia Claudio Ferreira
SOA: do hype à solidez
do mundo real
Casos de sucesso comprovam que o uso da arquitetura orientada a serviços é um caminho sem volta e com grande possibilidade de sucesso, em especial quando se pensa em economia de recursos, reuso do legado, melhoria na produtividade e desenvolvimento de sistemas mais aderentes aos negócios. Veja quem percorre a estrada em SOA e como o mercado está preparado para auxiliar as corporações na adoção do conceito e da tecnologia associada
S
erá que o mercado brasileiro, no que diz respeito aos projetos de SOA (arquitetura orientada a serviços em tradução), migrou do mero hype – quando mais se fala e festeja do que se faz – para um novo estágio de maturidade? É complexo estabelecer qual o grau alcançado, porém já existe massa crítica, histórias e trajetórias bem definidas. Há prestadores de serviço de bom ou excelente nível com experiência local sobre o tema e o conceito passou a ser reconhecido mais facilmente, até mesmo fora da área de TI. Ainda é necessário acompanhar a evolução dos casos, mas um bom sinal pode ser conferido abaixo. “Acho que já conseguimos mostrar que quem embarcou na tecnologia teve benefícios, mas estamos em um processo de maturidade. É necessário evoluir os casos existente para aspectos de governança e de federação de serviços e integrar ainda mais com o business das empresas. No entanto, já passamos do estágio inicial”, avalia Paulo Mello de Souza, gerente de software WebSphere da IBM Brasil. A travessia do hype, que pode ter agido negativamente em dado momento, parece ter sido vencida, não apenas por uma demanda mais qualificada como pela geração de uma expectativa mais concreta e correta nos projetos.
1 8
T I I n s i d e
| n o v e m b r o
d e
2 0 0 9
fotos: divulgação
Para Waldir Arevolo, consultor sênior da TGT Consult, como outra hypes recentes, a exemplo do Cloud Computing e do SaaS (software como serviço), o SOA é um serviço dentro de uma arquitetura, no entanto, com boas diferenças de maturação. “Neste momento, SOA perdeu espaço no campo do hype para outras tecnologias, e está melhor absorvido pelo mercado. Existe uma idéia mais precisa do que ele pode gerar, principalmente quando falamos sobre questões como o legado de sistemas”, conclui. Vê-se cada vez mais empresas obtendo sucessos com uma abordagem planejada, focada no valor para os negócios, interoperabilidade e consecução de objetivos estratégicos de negócios. “O Brasil tem uma grande vantagem em relação aos outros mercados: nós podemos começar certo aqui, sem repetir os erros cometidos em outros lugares. Para ser sincero, a abordagem SOA tem mais de 10 anos, mas somente agora existe um forte movimento global de clarificação e desmistificação do paradigma. As empresas têm entendido que o paradigma de orientação a serviços é mais sobre negócios do que tecnologia”, garante Jean Rodrigues, diretor de soluções corporativas da SeedTS, empresa que se autodefine como especializada em SOA e que tem entre seus clientes Banco do Brasil Seguros, Globo.com, Previ, TIM, Claro e Vivo, entre outros. Sim ao legado Baseada em SOA, a solução mLife do HSBC Direct, que viabiliza a realização de transações financeiras via telefone celular, faz parte do novo serviço que permite transações também via internet, caixas automáticos, telefone e chat. Ao investir no projeto, a instituição financeira estabeleceu entre os principais objetivos a integração dos sistemas legados, adaptando-os aos processos de negócios do cliente. Ao baixar a mLife no celular, o usuário do HSBC Direct pode realizar operações bancárias diversas, como pagamentos e recargas, com a segurança proporcionada pelo Mobile Token, ferramenta responsável por gerar uma senha de seis dígitos, aleatória e diferente, que pode ser utilizada para acessar os canais internet, caixas eletrônicos, telefone e
chat. No celular, o Token é gerado dinamicamente a cada requisição, eliminando a necessidade de ser digitado pelo usuário. Dentro do conceito SOA, a solução conta com uma biblioteca de componentes pré-configuráveis, que reduz drasticamente o tempo de projeto, além de ser compatível com a maioria dos sistemas utilizados pelos celulares disponíveis hoje no mercado (Android, BlackBerry, iPhone, Symbian e modelos com Java padrão J2ME MIDP 2.0). Uma concepção que teve como parceiros tecnológicos a Siemens Enterprise Communications e a Wasys. “A escolha da plataforma apresentou diferenciais tecnológicos que contribuem para o pleno funcionamento do novo produto do banco, criado para atender a uma
n o v e m b r o
d e
2 0 0 9
|
T I I n s i d e
nova demanda de consumidores modernos”, explica Antonio Almeida, head de negócios diretos do HSBC na América Latina. Ele conclui que desta forma o cliente terá os serviços do HSBC à sua disposição por meio de canais de maior conveniência. A solução utiliza conexão GPRS e a plataforma também está preparada para operar com transmissões Bluetooth, Wi-Fi e SMS. O protocolo mXML, desenvolvido exclusivamente para a mLife, garante um tráfego de dados até 100 vezes menor que em um acesso HTML, um diferencial importante para se adequar ao contingente de celulares pré-pagos, hoje algo como 80% dos aparelhos em operação no Brasil. No pêndulo da lei Engana-se quem acha que apenas grandes empresas ou multinacionais investem em SOA, empresas de porte médio ou até mesmo o Governo tem seus exemplos (veja mais no Box: Investimento de mil faces). Um deles está no Supremo Tribunal Federal, que por meio de seu gabinete de tecnologia buscou uma solução de software livre. “Chegar ao SOA foi um processo de maturação que demorou por volta de 2 anos. Temos um legado bem heterogêneo e uma experiência prévia com a plataforma da Red Hat, além do padrão aberto ser o mais interessante dentre os que foram levados em consideração”, garante Alberto Magno Muniz Soares, analista judiciário do Supremo Tribunal de Justiça (STF). A escolha da plataforma JBoss, da Red Hat, obedeceu ainda a um estudo de mercado que analisou desde o custo/benefício – com custo visto como uma prioridade – até os recursos proporcionados pelas mais diversas abordagens SOA. “Realizamos uma prova de conceito e vimos a oportunidade de mudar o enfoque de componentização do desenvolvimento para serviços. A integração de sistemas era feita no banco de dados o que trazia algumas deformações e perda de agilidade, agora tudo mudou”, admite Soares. Para entender suas atribuições, o Gabinete de Tecnologia e Informação do Supremo Tribunal Federal Brasileiro é responsável pelo desenvolvimento de sistemas para a área de cobertura do Supremo Tribunal, envolvendo todos 1 9
“O investimento agrega muito valor, mas é de longo prazo e só deve se pagar em um ano e meio” Alberto Magno Muniz Soares, do STF
“A abordagem SOA tem mais de 10 anos, mas somente agora existe um forte movimento global de clarificação e desmistificação do paradigma. As empresas têm entendido que o paradigma de orientação a serviços é mais sobre negócios do que tecnologia” Jean Rodrigues, da SeedTS
os tribunais regionais brasileiros de recurso jurisdicional em segundo “SOA perdeu plano, o que significa algo como 35 espaço no tribunais em todos os estados do campo do hype Brasil. E todos os sistemas suportados usuários internos e externos para outras possuem que constantemente procuram novas tecnologias, e funcionalidades. está melhor Entre as demandas estava a absorvido pelo integração de sistemas, que foi uma mercado. Existe das funcionalidades mais importantes uma idéia mais para o STF. Mas seus usuários precisa do que também reclamavam constantemente ele pode gerar, sobre o acesso lento e os atrasos nos principalmente negócios causados por arquivos quando falamos compartilhados que não apareciam em sobre questões tempo real. Além de outros problemas, como o legado como o baixo desempenho e uma de sistemas” grande demanda por processos Waldir Arevolo, judiciais. da TGT Consult Receita do bolo A saída foi buscar uma arquitetura que pudesse oferecer uma integração
foto: divulgação
>tecnologia
fácil e rápida entre os sistemas e que disponibilizasse os componentes, aplicações e serviços, para que os usuários conseguissem integração uns
ROI longo
P
ode parecer um paradoxo, mas em tempos de crise econômica, fator que afeta e privilegia os projetos de retorno rápido, o ROI ligado ao SOA pode chegar aos 2 anos. Mesmo partindo da máxima de que o retorno depende de diversas variantes, alguns pontos são primordiais: quando e por onde começar o projeto, por exemplo. Outra premissa é identificar o tamanho correto dos processos e serviços para saber de antemão aqueles que podem oferecer ganhos mais rápidos. Assim como é importante ser acurado em relação a expectativa do projeto. “É possível obter alguns retornos no primeiro ano, mas o ROI total varia mesmo entre 2 e 3 anos. A empresa precisa entender que o investimento voltará até mesmo em fatores que podem surgir de um momento para outro, como um processo de fusão”, garante Arevolo, consultor da TGT. Um problema que age contra as expectativas é a documentação de processos, que pode retardar os projetos em curso. Mais generalista, Rodrigues, diretor da SeedTS, aponta que o ROI tem variantes que podem não apenas ser definidas por segmento a segmento, mas mesmo dentro de empresas do mesmo setor econômico. “Depende do que já foi feito, do planejamento estratégico e, claro, do quanto a empresa está aplicando os princípios que regem o paradigma de orientação à serviços”, alega. Um ROI de longo prazo pode se exacerbar, garante Rodrigues, quando o foco do investimento é em ferramentas, e não na busca por objetivos táticos, como a construção e a integração de sistemas. “SOA não é EAI – ferramentas de integração de sistemas É uma forma de automatizar os negócios com eficiência e eficácia. E, sob esse prisma, é possível investir muito menos, comprando as ferramentas quando elas fazem realmente diferença, encurtando o roadmap. Dessa forma, o ROI ocorre em tempos muito menores e é possível conseguir novos investimentos de maneira interativa e incremental, com retornos por ação”, conclui o executivo da SeedTS.
2 0
T I I n s i d e
| n o v e m b r o
d e
com os outros e pudessem compartilhar arquivos críticos, tais como contratos e processos. O STF exigiu ainda que as capacidades do sistema de integração chegassem à manipulação de solicitações por arquivo e procedimentos de configuração, para chamadas remotas de banco de dados compartilhados e linhas de mensagem. Como diferencial, a plataforma SOA JBoss fornece o roteamento de mensagens automáticas e apóia o intercâmbio de informações de vários fornecedores e canais, como FTP, SMTP, JMS e serviços Web. E permite ainda a execução de negócios, capacidade de resposta e flexibilidade em uma relação custo-benefício. Assim como abre plataformas e agrega segurança de conexão, autodescoberta, independência de localização e integração de funcionalidades padrão de implementação. Toda arquitetura do STF agora é desenvolvida em software de fonte aberta com a tecnologia Java, rodando na plataforma Red Hat Enterprise Linux. Como parceiro de implementação, o órgão escolheu a Stefanini. “Eles já tinham trabalhado conosco como fábrica de software e atuaram também na montagem de componentes”, relembra o analista. Ao todo já decorreram um ano e meio de trabalho e agora tudo é feito internamente por meio de um grupo técnico de software liderado por Soares. No próprio eixo A implementação e a continuidade do projeto não seguiram regras padrão. “Fizemos o que não se recomenda, iniciamos o projeto de uma forma bem ampla. Realizamos a prova de conceito e um pequeno projeto na seção de negócios do Tribunal e a partir dele, que agregava toda a instituição, todos viram os resultados”, relembra. Agora, o projeto já tem os sistemas totalmente integrados, mas, como alerta Soares: “ainda estamos em 30% do nosso objetivo final. Estamos no processo de formalização das políticas, subindo do operacional para o estratégico. A meta é atingir um nível maior de maturação, algo que deve demorar mais um ano”, projeta. Os novos projetos são baseados em 2 0 0 9
9 DE MARÇO DE 2010
AUDITÓRIO DA FINATEC - BRASÍLIA PROMOÇÃO
ORGANIZAÇÃO E VENDAS
PÚBLICO ESTIMADO:
250 PROFISSIONAIS
Ministérios, Autarquias, Congresso, Tribunais e Órgãos Públicos.
Faça parte deste showcase tecnológico.
A primeira edição de um evento voltado principalmente a órgãos governamentais que demandem soluções de TI e telecomunicações em suas atividades. O FORUM GOVERNO DIGITAL é dirigido ao aperfeiçoamento e orientação dos profissionais responsáveis pelas decisões sobre as plataformas e soluções de TI e Telecom que serão utilizadas pelas diferentes instâncias do Executivo, Legislativo e Judiciário e empresas do setor público.
CONFIRA OS TEMAS: •CLOUD COMPUTING E SERVIÇOS EM REDE •REDES BANDA LARGA MÓVEIS E FIXAS •SEGURANÇA DE SISTEMAS •SOLUÇÕES MÓVEIS •COMPUTAÇÃO DE ALTA DISPONIBILIDADE •TELEPRESENÇA •INTEROPERABILIDADE •VIRTUALIZAÇÃO
INSCRIÇÕES 0800 77 15 028 PARA PATROCINAR
(11) 3138.4623
comercial@convergecom.com.br
Roselaine dos Santos, da Morelli: automatização dos processos e a possibilidade de inserir a inteligência dos mesmos em seu sistema
JBoss Enterprise SOA e o legado está migrando do JBoss.org e Fedora para a nova plataforma. Cada serviço do STF em produção é monitorado e gerenciado. Tais capacidades são conseguidas usando o JBoss ON - JBoss Operations Network, que oferece informações precisas sobre o tratamento dos serviços hospedados no JBoss ESB, bem como a qualidade e métricas emitidas pela JMS tecnologia. “Baseado nos recursos do JBoss, podemos receber alertas, a fim de evitar qualquer comportamento imprevisível do serviço. Além disso, em certos casos, algumas ações padronizadas podem ser tomadas de acordo com os alertas, que permitem à equipe de TI se concentre exatamente nos reais problemas em potencial, deixando a solução resolver o que pode ser abordado por uma solução de gestão empresarial SOA”, finaliza. Do ponto de vista comercial, as economias de custos são significativas com o uso de software de fonte aberta, e do ponto de vista da tecnologia, a infraestrutura é vista
fotos: divulgação
>tecnologia
como mais estável e tolerante a falhas. E o modelo de apoio da Red Hat eliminou a necessidade de manter especialistas do parceiro em casa, reduzindo os desembolsos. “O investimento agrega muito valor, mas é de longo prazo e só deve se pagar em um ano e meio”, contabiliza (veja mais no Box: ROI longo).
Investimento de mil faces
O
k, não se pode generalizar na resposta quanto ao setor que mais investe em SOA, mas, na média, o óbvio mercado financeiro investe pesadamente, embora tenham desacelerado um pouco pela crise e outro tanto pela maturidade em que alcançaram. “A concorrência é muito acirrada, existem inclusive serviços comuns entre eles, porém eles são muito competitivos. O SPB os torna irmãos, mas quando se fala em cálculo de juros, por exemplo, cada um tem o seu”, argumenta Arevolo, consultor da TGT. Se o setor financeiro é agressivo nos investimentos pela concorrência, a área de telecom teve que investir pelas demandas de regulamentação, ou seja, foi mais reativo. É evidente que as telcos que passaram pelo processo de privatização tem legados maiores e mais complexos o que os torna consumidores de SOA em potencial. Assim como a onda de fusões e aquisições do setor também serve como motor consistente. “Os dois setores, telcos e finanças, são os mais consistentes em investimentos em SOA”, corrobora Souza, da IBM. No sentido oposto, por uma questão mais cultural, está o varejo, que tende a seguir tendências e não ditá-las, como acontece com o setor de telecomunicações, por exemplo. “Apesar disso, entendo que é uma questão de tempo ver essas indústrias mais conservadoras investirem em SOA. Falando sobre outros mercados, por exemplo, o Governo – em países como os Estados Unidos, Holanda e Inglaterra, entre outros – já investe significativamente em formas de e-government para fornecer serviços mais ágeis e com menos custos para o cidadão utilizando SOA. E aqui no Brasil isso também deve acontecer”, conclui Rodrigues, diretor da SeedTS. Já a indústria, por sua vez, ainda se ocupa muito mais do operacional que de aspectos competitivos. “Ela aguarda ver os cases para entender as lições e depois aplicar em casa. As indústrias são reativas mesmo e sofrem mais que outros setores com a redução de custos. Assim, nada mais claro que esperar a consolidação da tecnologia”, explica. 2 2
T I I n s i d e
| n o v e m b r o
d e
Pior que dor de dente Empresa pioneira no Brasil em peças para ortodontia, a Dental Morelli optou por adotar SOA com BPM como forma de desenvolver sistemas mais adequados aos processos de negócio para a sua área de SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente). Segundo Mathias Araújo Filho, coordenador de TI da Dental Morelli, as principais vantagens do projeto são a visibilidade e a organização dos fluxos de trabalho. “As regras de negócio são bem definidas no modelo elaborado e isso nos confere muito mais clareza na documentação dos processos. Agora somos capazes de administrar o nosso workflow de forma muito mais eficiente”, afirma. Como solução, foi escolhida o Ensemble, da InterSystems, com apoio de consultoria da Magna. A decisão teve como premissas o aumento da agilidade e maior assertividade ao SAC da empresa, assim como permite à Morelli a automatização dos processos e a possibilidade de inserir a inteligência dos mesmos em seu sistema. “Evitamos assim perder a propriedade intelectual que naturalmente as empresas perdem quando seus funcionários saem ou são demitidos. O sistema absorve todo este conhecimento, os processos se tornam automáticos e os profissionais contam com uma ferramenta poderosa para realizar as suas tarefas”, explica Araújo Filho. Com a criação de ligações de serviço, a Dental Morelli incorporou a solução à sua intranet. “Temos dois diretores, três gestores, três pessoas de marketing e seis profissionais do SAC que utilizam a solução de forma mais direta, mas, dependendo do caso, mais de 200 funcionários podem acessar a ferramenta para resolver determinada questão”, acrescenta o executivo. Iniciado em outubro de 2008, o projeto levou cerca de um ano para ser concluído. “A solução foi desenvolvida em aproximadamente cinco meses, mas a iniciativa envolve uma mudança na cultura e no antigo paradigma da empresa. Considerando todos os processos e treinamentos, o projeto foi conduzido em praticamente um ano”, conta Bruno Birepinte, diretor de novos negócios da Magna Sistemas. 2 0 0 9
Um time de seis profissionais, três da Magna e outros três da Dental Morelli, trabalharam durante este período para modelar os processos e gerar um modelo construtivo. “A sinergia entre os participantes foi essencial para o êxito do projeto”, completa Birepinte. O processo de implementação abrange desde o levantamento da situação instalada, o desenvolvimento do mapa de oportunidades de melhoria, a modelação do processo proposto, a organização da arquitetura de implementação e da solução sistêmica em arquitetura SOA. Afinal, a Dental Morelli lida com um grande número de informações e a grande maioria delas de difícil recuperação, organização e disponibilização. “Os próximos passos são algumas melhorias no processo do SAC, e iniciar a utilização do Ensemble como orquestrador de processos na área industrial, visando as melhorias contínuas requisitadas pelas normas da ANVISA e da ISO, com as quais temos certificação”, garante Roselaine
dos Santos, analista de sistemas da Morelli. Para o futuro Iniciado no final do primeiro semestre deste ano, com o final do pregão eletrônico de aquisição da
solução em maio, a Caixa Econômica também investiu em SOA. A instituição buscava uma ferramenta para a centralização dos processos de governança de componentes e serviços de software em projeto encabeçado pela área de arquitetura de soluções. Apenas o investimento total em licenças, instalação, transferência de conhecimento e garantia, conforme termos do edital, é de cerca de R$ 250 mil. De acordo com o projeto, a solução deveria permitir o armazenamento, busca, visualização e captura de componentes de software e seus artefatos relacionados, propiciando um ambiente de gestão centralizado destes componentes. O objetivo era atender a um grande volume de desenvolvimento da área de TI, gerado nos diversos pólos de produção do banco, em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Depois do processo de instalação e configuração da ferramenta, o passo seguinte era a operacionalização da solução e a transferência de conhecimento para os
“Veremos uma grande demanda e a maturidade vai avançar no framework de indústrias, com coisas mais prontas dentro dos processos e avanços em governança, algo que tende a aumentar junto com a federação de serviços” Paulo Mello de Souza, da IBM Brasil
>tecnologia Na linha de produção
T
endo em vista a tendência do crescimento de SOA e a experiência que adquiriram em projetos já realizados, a Art IT está montando uma Fábrica de SOA. Pode soar estranho, mas o conceito é o de criar uma estrutura que contará com todos os profissionais necessários para a implantação desse tipo de arquitetura, voltado para atender empresas de grande porte, como arquitetos de informação, projetistas, especialistas em processos de negócios e em legados, entre outros. O investimento anual nessa estrutura, que atualmente só é encontrada nas grandes empresas de TI, será de R$ 1,5 milhão. Valor que será em boa parte consumido pelo alto custo do time de profissionais. A Art IT tem atualmente cerca de 180 colaboradores e faturamento previsto de R$ 15,5 milhões em 2009.
mais de 60 profissionais envolvidos. Como vimos, as motivações para os projetos recorrem a diferentes justificativas. Mas como os executivos dos provedores analisam esse aspecto? “A linha do dinamismo e reuso ainda é a principal justificativa, assim como a redução de custos. Quando falamos em modernização, elas não deveriam ocorrer como forma de trazer o parque alinhado a um novo ecossistema de negócios. Não se pode ficar construindo “tomadas” de todos os tipos para integrar sistemas, e o SOA pode ser uma resposta para o melhor relacionamento e sem novas “tomadas””, ilustra Arevolo. As abordagens que focam mais em ferramentas e tecnologia como primeiros passos eram (e ainda são) muito caras, e como essa foi a estratégia utilizada inicialmente, foi a que acabou ficando na mente das pessoas. “Com um foco mais estratégico do que tático em objetivos de negócios, e claro, de acordo com as necessidades de cada empresa, não tenho dúvidas de que é possível comprovar retornos de investimento em SOA em tempos muito inferiores aos das abordagens anteriormente empregadas”, garante Rodrigues, da SeedTS. O executivo argumenta que é importante para qualquer empresa que deseje implementar o paradigma de orientação a serviços trabalhar na ordem os seguintes temas: pessoas, processos e ferramentas. Em resumo, conhecer os princípios que regem o novo paradigma permite às empresas uma transição muito menos custosa, menos arriscada e mais assertiva para SOA. Para todo mundo? Outra dúvida existencial quando se 2 4
fala em SOA é a de que apenas as grandes empresas o suportam, seja em termos de equipe, investimentos ou processos. Uma máxima que segue verdadeira ou uma mera repetição de um preconceito? Os sentimentos são diversos, se Arevolo admite que as médias companhias têm preconceito quanto a tecnologia, o executivo da IBM não o vê. “Não vejo isso, se uma média empresa consegue construir sua arquitetura de acordo com o tamanho do seu investimento e consegue linkar com o business, ela pode investir sim”, garante Souza. Com sensação inversa, o consultor da TGT admite o preconceito, mas também aponta fatores que começam a inibir esse
Prestadores de serviço SOA por eles mesmos nF uja de quem fala de SOA como
um produto encaixotado
nA orientação deve ser ao
serviço e não a um ou vários produtos
nU m provedor de alto nível
analisa o ambiente e diagnostica os caminhos, independente da tecnologia
nC onheça o portifólio de
clientes do provedor e analise as experiências, que devem ser positivas
nS aiba como a equipe do parceiro
está preparada e as certificações que possui
nB usque parceiros
especializados na prática e não apenas no discurso
T I I n s i d e
| n o v e m b r o
d e
discurso. Um deles é a realidade de contratação de serviços por parte do segmento, que faz com que as médias empresas reflitam o que elas precisam ou podem realizar com SOA como o sentido de alinhar TI com o business. Assim como a partir da maior especialização dos fornecedores, as empresas de médio e mesmo as de pequeno porte podem ganhar reforços em projetos de SOA. Sem se assustar com o escopo ou o preço daquilo que seria normal em um grande projeto. Com a retomada econômica e o horizonte de um 2010 melhor para toda a economia, os projetos SOA tendem a se acelerar. “Veremos uma grande demanda e a maturidade vai avançar no framework de indústrias, com coisas mais prontas dentro dos processos e avanços em governança, algo que tende a aumentar junto com a federação de serviços”, projeta Souza, da IBM. O executivo ainda cita, em menor escala, uma demanda pela construção de appliances preparados para trabalhar com SOA. Rodrigues, da SeedTS faz um mea culpa setorial, porém projeta uma melhoria para o mercado como um todo. “Conversando com alguns outros especialistas em Rotterdam (Holanda), quando palestrei no evento International SOA Symposium, entendemos que a indústria, de um modo geral, interpretou o paradigma de maneira equivocada e daí originaram-se implementações custosas e inadequadas, com foco em integrações e ferramentas. Nesse evento, presenciei uma resposta da indústria: o SOA Manifesto. Nele fica claro que a indústria aprendeu com esses equívocos e que caminhamos para um mundo orientado a serviços mais eficiente, mais focado nos negócios e menos custoso”, conclui. A percepção, em geral, é que os investimentos serão retomados em maior escala e que as empresas tendem a compreender ainda melhor que SOA não é um fim em si, mas um meio de se atingir objetivos estratégicos de negócios. Alavancando, como sua conseqüência, a automação de processos, a estratégia de informação corporativa e até mesmo outras tecnologias como a cloud computing e processos como o de governança. 2 0 0 9
>especial
STF: petição eletrônica somente com certificação digital ICP-Brasil Petições fiscais podem se transmitidas até às 24 horas do último dia de prazo, mas precisam utilizar certificação digital No Supremo Tribunal Federal (STF) já está disponível o serviço de petição eletrônica, que permite a transmissão de petições com o uso obrigatório do certificado digital emitida pela ICP-Brasil, em mais uma etapa do processo de informação dos processos judiciais. Para tanto, os usuários terão que se recadastrar no portal do STF. Mesmo com o lançamento do serviço, os peticionamentos apresentados fisicamente serão recebidos até o final de janeiro do próximo ano. O uso da certificação digital garante a segurança, autenticidade, confiabilidade e validade jurídica aos documentos que atualmente tramitam por meio eletrônico nos tribunais brasileiros. Com o serviço de petição eletrônica, o profissional de advocacia ganha mais tempo para o exercício de suas atividades, que inclui, além da preparação e envio de petições, a observação dos prazos processuais, controle de processos, atendimento de clientes, audiências e questões administrativas do seu escritório, entre outras, lembra Max Rezende Braga, do escritório Quintanilha, Rezende & Rutkwski Advogados, que possui certificado digital padrão ICP-Brasil desde maio deste ano. O advogado não precisa se deslocar ao tribunal ou fórum para mandar petições e documentos. Outra vantagem é a praticidade, pois as petições podem ser transmitidas até 24 horas do último dia de prazo.
Com a petição eletrônica não será mais necessário aguardar a chegada dos originais, caso eles tenham sido encaminhados via fax ou sem certificação digital. O STF possui um banco de dados onde são registradas as informações (usuário, hora e data) relativas à transmissão e os documentos enviados. O serviço possibilita também a consulta por mais de um usuário ao mesmo tempo, o que diminui o tempo de trâmite dos processos. No Paraná, desde começo do mês, o Tribunal de Justiça está recebendo processos eletrônicos somente com assinatura digital emitida pela ICP-Brasil. Os 5.800 advogados cadastrados no Projudi (Processo Judicial Digital) terão que adquirir o certificado digital no modelo A3 para continuar usando o sistema. Atualmente, as 38 comarcas de juizados especiais no Estado já estão operando virtualmente no sistema Projudi. Desde o início de agosto, os novos cadastrados no sistema estão sendo feitos somente com certificação digital. O sistema Projudi é um software desenvolvido para ambiente web, que oferece um meio digital para tramitação de processos judiciais eletrônicos. Todas as partes envolvidas podem atuar no processo de forma eletrônica e segura, pois o sistema autentica os usuários e ainda criptografa os dados trafegados. Uma das vantagens do Projudi é que os processos ficam acessíveis na internet a todas as partes envolvidas e a qualquer do dia. Por meio do nome do usuário e da senha de acesso, os advogados podem fazer petições, protocolar documentos e acompanhar os processos. O juiz, por sua vez, pode despachar diretamente no sistema.
>especial radar fiscal
Contribuintes devem ficar atentos ao prazo para adequação ao SPED As empresas que optaram pelo sistema de tributação por Lucro Presumido ou Lucro Real terão que transmitir por meio digital várias obrigações acessórias à Receita Federal e aos Fiscos estaduais e municipais a partir de janeiro do próximo ano. É o que determina o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Entretanto, apesar de estar em curso há alguns anos, muitas empresas ainda não se adaptaram ao novo sistema. Leomir Minozzo, presidente do Sescon Blumenau, lembra que a velha mania de deixar tudo para última hora pode custar caro ao contribuinte. Segundo ele, a multa para quem não cumprir o prazo de adequação pode chegar a R$ 5 mil. Por outro lado, acrescenta, o projeto exige das empresas investimentos na infraestrutura tecnológica e no treinamento de pessoal. O dirigente recomenda que os contabilistas orientem os seus clientes. “É importante esse trabalho em conjunto para fazer esses ajustes logo e evitar problemas lá na frente”, diz. Das três vertentes do SPED, a Escrituração Fiscal Digital (EFD) é que exige mais atenção dos contabilistas e empresários e também maior esforço na preparação das informações nos sistemas tecnológicos. A partir de janeiro de 2010, o Fisco passará a controlar os estoques das empresas. O SPED Fiscal também passará a receber as informações do PIS e Cofins, relativas a cada item (produto) por documento fiscal processado. A entrega será mensal. Minozzo lembra, também, que as empresas devem ter atenção especial ao inventário de final de ano, que se encerra em 31 de dezembro. Isso porque, quando forem entregar o primeiro SPED Fiscal, as empresas deverão dispor em meio eletrônico todo o seu Registro de Inventário, individualizando item por item e separando por tipo de produtos ou mercadorias. Os arquivos do SPED precisam ser validados por assinatura digital, para garantir confiabilidade dos dados enviados de forma eletrônica ao Fisco. Minozzo lembra que o Sescon Blumenau é um emissor de certificação digital.
Mais de 500 milhões de NF-e já foram emitidas no Brasil
E
m vigor desde abril do ano passado, a obrigatoriedade de emissão da NF-e proporcionou resultados positivos em termos de arrecadação. Segundo balanço divulgado pelo Portal da Nota Fiscal Eletrônica, o Brasil superou a marca de 500 milhões de emissões, o que corresponde a quase R$ 7 bilhões para os cofres públicos. Em todo o País, as empresas obrigadas a emitir a NF-e contribuíram para aumentar em 36,76% a arrecadação no primeiro semestre de 2009. Em Santa Catarina, por exemplo, os números chegaram a 24,9 milhões de NF-e emitidas, representando uma arrecadação de aproximadamente R$ 4 bilhões. Um total 6 mil estabelecimentos de 54 setores no Estado aderiram à nova regra.
Red Bull implanta solução de NF-e da Signature A partir deste mês, a Red Bull Brasil começa a emitir NF-e. A empresa ainda não é obrigada a fazer as emissões por meio eletrônico, assim como outras fabricantes de bebidas energéticas localizadas em Santa Catarina, mas decidiu se antecipar e adotar desde já o modelo imposto pelas Secretarias de Fazenda. A decisão foi tomada para facilitar a troca de documentos com fornecedores e parceiros. Segundo Francisco Sá, coordenador de impostos da Red Bull, a maioria deles já está emitindo NF-e. Ele diz que como consequência do projeto, a empresa melhorou a comunicação com o Fisco. A Red Bull, que emite e recebe aproximadamente 3 mil notas fiscais, adotou a solução Signature NF-e, cuja integração ao sistema de gestão R/3, da SAP, se deu por meio de um conector desenvolvido pela Signature South Consulting, para minimizar o impacto nas operações e no ambiente tecnológico do cliente. Esse conector funciona como uma interface de recepção da NF-e, de forma que todo o monitoramento do processo pode ser feito dentro do próprio software de ERP.
Ambulatório adota solução de GED com certificação digital
A
Intolabs, especializada em gestão do conhecimento e processo de negócios, e a Serasa Experian implantaram uma solução de gerenciamento eletrônico de documentos (GED) com uso de certificação digital no acervo de prontuários médico do Ambulatório Jardim dos Prados, administrado pelo Hospital Geral de Pedreiras, de São Paulo. A iniciativa faz parte do projeto AME (Ambulatório Médico de Especialidades), do governo do Estado de São Paulo, que integra a rede pública de saúde. No AME, o paciente tem acesso a consultas com médicos especialistas e realiza exames, o que torna mais ágil o atendimento e o diagnóstico, liberando os hospitais públicos para atendimentos de emergência, internações e cirurgias. Após um trabalho de consultoria, as duas empresas implantaram a solução de GED com certificação digital, contemplando uma demanda de 27 mil atendimentos mensais. A aplicação engloba, também, um legado de 5 milhões de páginas. O uso da solução torna mais ágil o acesso aos prontuários médicos a partir de qualquer ponto do ambulatório e serve como instrumento de modernização e melhoria no atendimento ao paciente. Com o projeto, o Ambulatório Jardim dos Prados adere à Resolução 1.820/07 do Conselho Federal de Medicina, que prevê o uso de sistemas informatizados para guarda e manuseio de prontuário de pacientes. A certificação digital assegura o mesmo valor jurídico de uma assinatura de próprio punho. No projeto, a Intolabs forneceu a solução de GED e a Serasa Experian, a certificação digital. As duas soluções são aderentes ao padrão NGS-2, da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).
O que vai acontecer com a Internet nos próximos dois anos? ST
RAS
PRE M
HOPS
E
WOR
SEM
FEIR
KS
PA L
RIOS
I
A
NÁ
IA
ÇÃO
WEB 2.0 | REDES SOCIAIS | BLOG | TWITTER | NEGÓCIOS | E-COMMERCE | YOU TUBE | WIKI | MARKETING 2.0
INSCRIÇÕES
PATROCÍNIO VIP
0800 77 15 028
www.convergecom.com.br/eventos
Para patrocinar (11) 3138.4623
comercial@convergecom.com.br
APOIO
PROMOÇÃO
REALIZAÇÃO
17a19 CENTRO DE CONVENÇÕES FREI CANECA, SÃO PAULO, SP
Março | 2010
O evento mais completo da Internet brasileira.
1º Prêmio Converge de Inovação Digital, um reconhecimento aos melhores cases, campanhas publicitárias e iniciativas relevantes dentro do conceito de WEB 2.0.
NÚMEROS DA EDIÇÃO DE 2009 19 Patrocinadores: Brasil Telecom, TV Cultura, TIM, UOL
3 dias de Fórum
HOST, Vivo, NET, In Press, Virtual Target, Alcatel Lucent, Inspirit, Direkt, Kaizen, Qualcomm, Caixa Economica,Webtraffic, Chleba, Unodata, Adobe, MMCafé, SEBRAE e PagSeguro
61,5 horas de Painéis, Palestras e Workshops
84 Painelistas e palestrantes 725 Inscritos 42 Workshops sobre tecnologia, marketing e negócios
7
13 Entidades de Apoio: Inter.NET, APADi, Assespro, Inetweb, Voit, Abranet, Internetsul, Abracom, MMA, ABES, Grupo de Mídia, Permission e Deutche Welle 4 Parceiros de Mídia: Avesso, Agência Estado,
Painéis de debates
Propaganda & Marketing e Sector TV
11 Palestras
A qualificação de público perfeita para seus negócios. Veja o perfil dos participantes dos nossos encontros: SETORES PARTICIPANTES
CARGOS DOS PARTICIPANTES
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS PALESTRAS
3%
12% 3%
5%
17%
27%
4%
8%
17%
35%
5%
9%
28%
6% 7%
17% 9%
Empresas Usuárias Agência de Publicidade Portal / Site Fornecedor (equip./software) Operadora de Telefonia (fixa / móvel / cabo)
10% 26%
10% Provedor de Acesso / Conteúdo Prestador de Serviço Consultoria Governo / Instituição / Associação Imprensa
42%
Gerente / Coordenador Supervisor Presidente / VP / Diretor Técnico / Analista
Webmaster / Webdesigner Produtor / Programador Jornalista / Publicitário Consultor
Muito Bom Bom Regular
Ruim Não Respondeu
Quem são os participantes do Web Expo Forum Por sua abrangência, o evento se caracteriza por reunir no mesmo Fórum profissionais de diferentes perfis: • Advogados • Consultores • Designers • Desenvolvedores • Diretores e gerentes de negócios • Diretores e gerentes de tecnologia • Educadores • Empresários • Fornecedores de serviços, produtos e soluções de tecnologia e telecom • Jornalistas • Investidores • Profissionais de comunicação • Profissionais de propaganda e marketing • Conteúdo, TV Paga e Broadcaster
>infraestrutura
Alexandro Cruz
Open Storage: diversidade
no mundo aberto
D
Carlos Toledo, da HP: Brasil não explora conceito em nuvem. Ainda prefere espaço de storage em data center ou manter a infraestutura internamente
e acordo com os estudos realizados por instituições como a IDC e o Gartner, pode-se considerar que o acesso à internet já é uma atividade mais rotineira que o ato de ligar uma TV diariamente. Junto com essa multiplicação ilimitada de acessos, nos deparamos com uma infinidade de serviços disponíveis, que vão desde o arquivamento de documentos virtual – cloud computing – até a integração de pessoas por meio de redes sociais, denominada web 2.0. Até bem pouco tempo, esse modelo de usabilidade acontecia por indivíduos comuns, que arquivavam suas fotos, vídeos e se comunicavam por chats e instant messengers. Agora, esse modelo tomou proporções maiores e começou a fazer parte da vida de grandes corporações. Pelos serviços em nuvem trafegam arquivos gerenciais e ações comerciais. Assim é a “virtualização como serviço”, onde nada é sólido, tudo é digital e trafegável por uma malha IP, e na 3 0
fotos: divulgação
A crescente utilização do cloud computing obrigou as empresas de data center a reavaliarem suas estratégias de investimentos na área de armazenamento
qual a comunicação precisa ser rápida e segura. Também conhecida como open storage, a “virtualização como serviço”, oferta explorada pelo Google e outros provedores que têm na cesta de produtos o armazenamento de informações na internet, tem como característica uma capacidade virtual suficientemente grande para disponibilizar serviços em alta T I I n s i d e
| n o v e m b r o
d e
velocidade. Conforme aponta o recente levantamento realizado pela Sun Microsystems, de 2006 a 2010, o volume de dados digitais deverá crescer seis vezes, e 70% desse conteúdo será produzido por indivíduos. Em contrapartida, o armazenamento de aproximadamente 85% desses novos arquivos será de responsabilidade das corporações. Para seguir uma metodologia adequada ao atendimento do crescente volume de informações e também disponibilizar eficiência dos serviços na hora da transferência de dados, muitas empresas, como a Amazon.com e o Google, investiram em novos modelos de armazenamento, optando por soluções de código aberto, Open Storage, cujo diferencial é a integração a outras plataformas, a custos inferiores. Versão brasileira O vice-presidente da Sun Microsystems para a América Latina, Miguel Martinez, defende que a grande vantagem em se adquirir uma solução open storage, reside na 2 0 0 9
possibilidade da associação de hardware padrão de mercado aos benefícios de software aberto. “O crescimento da comunidade de odrigo Gazzaneo, gerente de prática Unified Storage Latin America da EMC, desenvolvimento suporta maior enfatiza que o open storage não está só caracterizado no desenvolvimento de velocidade para inovação e expande soluções em códigos abertos. Ele se destina à criação de produtos que as opções de escolha por não estar possibilitem a integração com outros programas, com o intuito de otimizar o tráfego restrito a um único fornecedor”, avalia. de informações. Diante dessa mudança no Neste mercado de serviços em nuvem é preciso que todos se apresentem aos seus comportamento corporativo, Rodrigo clientes de maneira aberta e que possam se “plugar” a outros clientes e concorrentes. Gazzaneo, gerente de prática Unified “A grande maioria das companhias usa plataforma Windows na rede. Porém, como já Storage Latin America da EMC, existem pessoas que inseriram em suas empresas os aplicativos de Palm, mobile phone posiciona que o open storage não e BlackBerry, os datacenters devem estar preparados para atendê-las”, enfatiza o difere de ações já comuns aos executivo da EMC. A palavra open já é uma necessidade do clouding. usuários finais, que trocam e arquivam No cloud computing, os desenvolvedores recomendam aos data centers o conceito mensagens de email, se relacionam aberto como sentido de que todo cliente e qualquer infraestrutura possa ser recebida. em redes sociais on-line (como o Também é necessário ser rápido no desenvolvimento para reduzir seus custos na hora Orkut e Facebook), e usam espaços de investir nesse segmento. virtuais para armazenamento de dados “Por ser um mercado em formação, as parcerias, redes e ofertas ainda estão em e informações”. construção. É um grande desafio para os datacenters, porque terão que oferecer muito No Brasil, no entanto, a adoção de mais flexibilidade e a um custo extremamente competitivo. Hoje, o grande concorrente do open storage (ou armazenamento em cloud computing é a infraestrutura que as organizações já possuem internamente, antes nuvem) tem se mostrado diferente do de fazer contratos. Agora, o negócio é investir somente em link”, conclui o executivo. comportamento de outros países. Segundo o diretor de negócios de O contratante de storage avalia de negócios não estão considerando Storage da HP Brasil, Carlos Toledo, as esses serviços como simples e o custo da mão-de-obra capacitada empresas por aqui ainda são muito completo. Já do lado de quem para elaborar a plataforma storage conservadoras nesse conceito de fornece o sistema de arquivos virtual, em código aberto. armazenamento e mantêm uma política é preciso disponibilizar uma “O desenvolvimento do projeto é de gerenciamento baseada em dados infraestrutura adequada e que atenda mais fácil quando se trabalha em um hospedados em ambientes monolíticos. às necessidades de seus clientes centro computacional, como é o “Por aqui, as corporações ainda preferem com rapidez. “O problema é de quem caso do Google e da Amazon.com, adquirir esse serviço comprando um oferece os serviços. Ele deve possuir onde o custo de investimento está espaço de storage em qualquer data uma arquitetura para cuidar de todos absorvido entre os funcionários que center ou na própria empresa”. os modelos de armazenamento de criam as soluções. No entanto, essa O mercado em nuvem tem três informação. Ou seja, o data center não é a realidade da maioria das consumidores típicos: usuário comum; arca com todos os custos que o empresas que vão se posicionar corporativo; e data center. A área usuário abstraiu ou virtualizou”, afirma para oferecer os corporativa Gazzaneo. “Para que o open storage serviços em necessita de estudo elaborado pela nuvem, porque, consiga evoluir, é necessário fazer capacidade sun indica que entre uma mudança na arquitetura de toda além da aquisição computacional, a empresa”, completa Toledo, da HP. de softwares e mas sabe que esta 2006 e 2010 o volume plataformas, elas não é a sua de dados crescerá também precisam atividade principal. se preocupar em Ela é simplesmente 70% no mundo construir toda uma consumidora e, arquitetura de rede na parte física, e por isso, o cloud é interessante como isso é muito caro”, analisa. forma de economizar recursos. Já nos No mundo aberto, quando um data centers, a computação como data center decide mudar sua serviço ainda segue modelos físicos e arquitetura de rede, seja com engessados - realizam o hosting integração ou aliança, e com os de servidores. equipamentos, todo o processo de construção fica pronto em até três Para quem serve? meses. Também existem inúmeras A implementação de open storage ferramentas disponíveis para a é bastante animadora entre as implementação cloud, como o companhias que oferecem serviços servidor Cisco e o sistema on-line. Mas, na hora de implementáoperacional em nuvem Vienna. Além lo, será que a tecnologia é válida para disso, já está inserido nesse modelo qualquer empresa? Para o executivo de aquisição o suporte corporativo. da EMC, não. Segundo ele, os planos
Conceito
R
n o v e m b r o
d e
2 0 0 9
|
T I I n s i d e
3 1
Rodrigo Gazzaneo, da EMC: o open storage não difere de ações já comuns aos usuários finais, que trocam e arquivam mensagens de email, se relacionam em redes sociais on-line (como o Orkut e Facebook), e usam espaços virtuais para armazenamento de dados e informações
>mercado
Jackeline Carvalho
Telepresença cresce e aparece na América Latina
foto: divulgação/cisco
Adotada por grandes empresas neste primeiro momento, conceito deve gerar receitas de quase R$ 29 bilhões na região, em três ou quatro anos
3 2
T I I n s i d e
|
n o v e m b r o
d e
2 0 0 9
Alternativa A Cisco levou à feira uma solução que dispensa as salas-padrão de telepresença e cujo foco são pequenas reuniões virtuais, de até três pessoas. A sala em tamanho reduzido oferece os mesmos recursos de voz, vídeo, áudio e demais ferramentas de interatividade presente na versão para grandes grupos, porém, o modelo System 1300 dispõe de uma tela única e três câmeras, ideal para reuniões de múltiplos usos, como revisões operacionais, reuniões de planejamento e apresentações de resultados para clientes e acionistas em até 48 diferentes localidades.
O lançamento da Cisco tem como principal objetivo popularizar o acesso ao conceito de telepresença, hoje muito restrito a grandes corporações, pelo custo da infraestrutura que utiliza e pela exigência de ter salas com mobília especial. Uma estratégia vista com bons olhos, em especial no mercado brasileiro, onde a demanda ainda engatinha devido ao custo estimado para cada sala. Representante de diferentes fabricantes, dentre eles a Polycom e a Lifesize, a Commlogik engrossa o time de empresas que defendem a simplificação das implementações para
está crescendo mais de 35% ao mês, ao passo que hoje pelo menos 25% das companhias na lista Fortune já estão usando esse sistema de comunicação unificada. A rápida evolução desta solução acontece em consonância com a expansão no uso do vídeo no meio corporativo”, pondera Rodrigo Abreu, presidente da Cisco Brasil. Segundo ele, várias projeções indicam que entre 2012 e 2013 as aplicações de vídeo responderão pela maior parte do tráfego nas redes de dados, inclusive na América Latina. Um destes estudos foi produzido pela Frost & Sullivan, consultoria segundo a qual,
o mercado latino-americano de telepresença movimentou US$ 500 milhões e até 2013 deve registrar crescimento anual de 77,6%, resultando em US$ 27,8 bilhões popularizar o conceito de telepresença. “Para um país como o Brasil, com altas taxas e problemas de aduana, a composição de salas exatamente iguais para abrigar seis ou mais participantes em uma reunião virtual, fica praticamente impraticável. Cada sala custa por volta de US$ 500 mil”, afirma Carlos Wagner Manzini, diretor-geral da Commlogik do Brasil. Também por isso, a distribuidora passou a privilegiar as vendas dos produtos Lifesize, que podem ser oferecidos sem a mobília e a custo de US$ 70 mil. Defesa “A evolução no tráfego de telepresença da Cisco entre empresas fotos: divulgação
N
a última Futurecom, em meados de outubro, as soluções de telepresença dividiram os holofotes com temas como o debate em torno da expansão da banda larga; tecnologias dominantes na infraestrutura de rede das operadoras; e a defesa de um novo Marco Regulatório das Telecomunicações no País. Não por acaso o conceito desfilou entre polêmicas e grande soluções propostas pelas telcos: estamos falando de uma solução que encurta distâncias e, ao contrário das dificuldades impostas pela videoconferência, tem seu diferencial pautado na simplicidade de uso e na alta qualidade de áudio e vídeo. Ao expor os seus equipamentos no estande da Seal Telecom, a Sony chamou a solução de “evolução dos aparelhos de videoconferência”, reconhecendo que o produto tem como base a videoconferência produzida há mais de 10 anos. Só que a telepresença é suportada por uma plataforma de rede IP (Internet Protocol) e, assim, garante uma experiência face a face entre os usuários porque reproduz imagens em Full HD e em tamanho real. Cada pessoa é projetada em telas em frente aos participantes, de forma como se estivessem realmente sentadas à sua frente. “Nosso intuito é passar a sensação de que aquelas pessoas estão participando da reunião de forma presencial, tornando a situação menos virtual. Além disso, se alguém precisar mostrar um material impresso, pode fazer com a certeza de que as pessoas do outro lado da tela estão visualizando com perfeição”, afirma Carlos Nonatto, gerente de produto da linha IPELA da Sony Brasil.
n o v e m b r o
em 2006, o mercado latino-americano de telepresença movimentou US$ 500 milhões e até 2013 deve registrar crescimento anual de 77,6%, resultando em US$ 27,8 bilhões. Fernando Lucato, gerente de negócios de comunicação unificada da Cisco, indica que fatores como a otimização do tempo de executivos, corte de custos com viagens e contribuição das empresas à preservação ambiental são os argumentos de defesa dos investimentos em telepresença que, diga-se de passagem, tem o custo elevado pelo alto consumo de banda — no mínimo 2 Mbps dedicados para cada tela. Ao contrário do que propõem outras soluções de grande escala de conferência e colaboração, a telepresença está focada em um nicho “Premium” de tecnologia, tipicamente orientado a grandes corporações. Primeiro devido ao custo da infraestrutura – links dedicados de alta velocidade ainda apresentam custos altos na região —, e depois porque este é um grupo de empresas que mais facilmente irá superar a “cultura do aperto de mão e olhos nos olhos” para fechamento de negócios, de acordo com a Frost & Sullivan. Aporte Wagner Malerba, gerente de TI da Mirae Asset, empresa administradora de recursos, acaba de liderar um projeto de implementação de telepresença e atesta
d e
2 0 0 9
|
T I I n s i d e
3 3
Wagner bernardes, do orange: corporações médias também estão lotando telepresença, em busca de reduções de custo
>mercado “Para um país como o Brasil, com altas taxas e problemas de aduana, a composição de salas exatamente iguais para abrigar seis ou mais participantes em uma reunião virtual, fica praticamente impraticável. Cada sala custa por volta de US$ 500 mil” Carlos Wagner Manzini, da Commlogik do Brasil
“A evolução no tráfego de telepresença da Cisco entre empresas está crescendo mais de 35% ao mês, ao passo que hoje pelo menos 25% das companhias na lista Fortune já estão usando esse sistema de comunicação unificada. A rápida evolução desta solução acontece em consonância com a expansão no uso do vídeo no meio corporativo”
que o custo dos links de comunicações ainda é bem alto no País. “Os 20Mbps contratados no Brasil equivalem ao custo de aproximadamente 40 Mbps na Coréia”, compara. O executivo acaba de colocar em operação um projeto global de telepresença, que interliga os escritórios da empresa no Brasil, na China e na Coréia. Contratou 20 Mbps para implementar o sistema, operacionalizado pela Dimension Data, parceira mundial da Cisco. “Estamos falando de alta definição. Uma telepresença com três telas e dimensionada para acomodar seis pessoas em uma sala ocupa em média 15Mbps (5 para cada tela). Os outros 5Mbps são reservados para rodar a aplicação”, diz o executivo ao revelar que estuda otimizar a nova rede com a implementação de um sistema de telefonia IP. Provando de sua própria receita, a Cisco mantém 646 salas de telepre sença instaladas em suas unidades ao redor do mundo, e contabiliza mais de 400 mil reuniões foram realizadas pelo sistema, 81,3 mil delas evitaram viagens de executivos e profissionais. Isso trouxe uma redução de custos – estimada em US$ 325 milhões – e uma menor emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. Calcula-se que mais de 40 milhões de m3 desses gases deixaram de ser produzidos pela redução de viagens de negócios. Serviços Pelo custo e pela necessidade de precisão no atendimento – os usuários de telepresença são, geralmente, executivos em nível de presidência,
Rodrigo Abreu, presidente da Cisco Brasil 3 4
Benefícios e Recursos A visão de fabricantes e integradores sobre telepresença: n Cortar despesas de viagem nM elhora a comunicação entre
diretoria e gerência, outra tendência identificada pela Frost & Sullivan é a oferta de serviços gerenciados de telepresença. O mapeamento da consultoria sobre o desempenho deste segmento na América Latina mostra um salto 97,6% nas vendas de serviços, partindo de US$ 150 mil, em 2006, para US$ 17,6 milhões, em 2013. O estudo conclui que a medida em que a adoção de telepresença cresce e o custo da banda larga cai, a demanda por serviços gerenciados deve sofrer acréscimos significativos. E é neste segmento que apostam a Global Crossing, a Orange, a BT, a AT&T e outros provedores de projeção internacional. A Orange acredita que cada vez mais as salas vão se tornar uma ferramenta para as médias e grandes corporações, mas ressalta que tudo dependerá da aplicação. “Muitos falam em redução de custos com viagens, que é o principal argumento, mas isso é relativo. Temos visto corporações nem tão grandes buscando alternativas para otimizar recursos”, constata Wagner Bernardes, diretor de produtos e serviços da Orange Business Services. Para explorar mais essa oportunidade, a Global Crossing selou parceria com a Seal Telecom para a oferta da solução como serviço. “Quando o cliente contrata como serviço não está simplesmente substituindo a compra dos equipamentos por aluguel, no serviço ele conta também com o nosso apoio para a gestão da rede”, defende diretor de produtos de dados e internet da empresa de telecomunicações, Pablo Yañez. T I I n s i d e
|
n o v e m b r o
d e
clientes, parceiros e colaboradores nC ontribui para a construção da confiança, compreensão e relações entre diferentes culturas n I ntegração de colaboradores que trabalham em diferentes unidades nR edução no tempo de comercialização, pois torna as decisões mais rápidas e inteligentes n Melhora a qualidade de vida dos funcionários, que ganham maior tempo de lazer nT orna a organização mais “verde”, reduzindo o uso de carbono que seria utilizado nas viagens de avião n As reuniões iniciam-se prontamente, sem apresentar dificuldades de comunicação. nD evido à comunicação visual avançada, questões controversas são discutidas de forma mais eficiente, com menos riscos de má interpretação e confusão n Um sistema de Telepresença pode conectar até 48 single screen conversando ao mesmo tempo. Ou seja, é possível ter até 48 telas, com 96 pessoas em uma única reunião. nO áudio da Telepresença é de qualidade superior para fazer com que o som venha da direção correta, reforçando a impressão de que todo mundo está no mesmo lugar. Pode ser comparado a um som em 3D, também conhecido como espacial. A solução segue o padrão THX de som – sistema de som desenvolvido pelo cineasta George Lucas, que é usado em cinemas. Fonte: Dimension Data
2 0 0 9
ELEICÕES VENHA CONHECER AS PROPOSTAS PARA O SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES E MÍDIA 300 participantes, diretamente envolvidos com o dia-a-dia das políticas setoriais, reunidos para discussões altamente produtivas e de grande repercussão entre os agentes reguladores. Público altamente qualificado Atividades 4%
no anal cante por Assinatura so / Conteúdo élites
Cargos
4% 2% 1% 31%
5% 5% 5% 6% 6% 23%
8%
Operadora de Telefonia Fixa / Móvel Governo / Instituição / Associação Imprensa Prestador de Serviço Advocacia / Consultoria Bancos / Investidores / Grupos de Mídia Instituição de Ensino Programadora / Canal Fornecedor / Fabricante Operadora de TV por Assinatura Provedor de Acesso / Conteúdo Operadora de Satélites
Cargos 9%
17%
Venha participar do principal encontro sobre as tendências 3% 3%e regulatórias do setor de telecomunicações e mídia. políticas Presidente / VP / Diretor 32% 9%Uma promoção conjunta Gerente / CoordenadorTELETIME / Supervisor das revistas E TELA VIVA e Advogado / Consultor / Pesquisador do Centro de Política, Direito, Economia e Tecnologia Imprensa Técnico das Comunicações (CCom) da Universidade de Brasília. Especialista / Analista Autoridades
INSCRIÇÕES 0800 77 15 028
23% www.convergecom.com.br/eventos Promoção
3% 32%
13%
17%
13%
Dia 4 de fevereiro, 2010 | Brasília, DF
Patrocínio Master
3%
fonia Fixa / Móvel ão / Associação
ço ultoria res /
9a
23%
Presidente / VP / Diretor Gerente / Coordenador / Supervisor Advogado / Consultor / Pesquisador Imprensa Técnico Especialista / Analista Autoridades
PATROCINADORES DAS EDIÇÕES ANTERIORES
PARA PATROCINAR (11) 3138.4623
comercial@convergecom.com.br Organização e Vendas
>internet Claudio Ferreira
Será que é miopia? Algo como 54% das empresas norte-americanas bloqueiam o Twitter e o Facebook, de acordo com estudo da Robert Half. E aqui no Brasil? Algumas empresas mostram a receita para tirar proveito das redes sociais
C
onsultoria com forte presença no segmento de tecnologia, a Robert Half divulgou dados de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos sobre o impacto das redes sociais e sua restrição ou liberação dentro das empresa, e levantou muita polêmica. A maior delas se deve ao fato de mais da metade dos CIOs ouvidos, ou 54% deles, afirmarem claramente que suas empresas não permitem o acesso de seus funcionários aos sites de redes sociais como Twitter, Facebook e outros durante o expediente, dentro de um universo de 1.400 CIOs de empresas nos Estados Unidos, com 100 ou mais empregados. Os números ficam ainda piores, quando observamos que 19% das empresas permitem acesso apenas para fins comerciais e mais de 10% autorizam para uso pessoal limitado. Restando apenas 10% com permissão para qualquer tipo de uso pessoal e 1% não souberam ou não responderam. “Existem dois lados na história, o positivo e o negativo, quando falamos em redes sociais. Não se pode deixar de ter moderação e elas podem ser muito necessárias. Entretanto, ao mesmo tempo, a linha ou fronteira dessa presença é muito tênue. Para ser atrativa, é preciso obter as mesmas funcionalidades que existem em outro canais, com os limites sendo gerenciados pelos próprios usuários”, admite Maurício 3 6
Zanetti, diretor executivo da Inter.net, empresa que possui uma plataforma que customiza a montagem de redes sociais. Para alguns, os números da pesquisa não mentem mas são decepcionantes. “Faz sentido, infelizmente. É uma pena porque esse movimento vai na contramão da gestão colaborativa”, admite Maurício Conti, diretor de planejamento do Grupo Accenda. O executivo faz até mesmo uma análise mais profunda sobre a geração no poder nas corporações, como forma de justificar a pesquisa da Robert Half. “Na verdade é um conflito de quem está no poder, a geração X, que não é nativa dentro da tecnologia, com o outro extremo, a geração Y, que foi alfabetizada com computador e internet. Essa geração vive bem no caos, que é a tônica do que vemos
Pitanga e Pitaco
H
olding de empresas especializadas em marketing e comunicação que atua nas áreas de propaganda, branding, assessoria de imprensa, relações públicas, marketing direto, ativação e marketing de relacionamento, o Grupo Accenda se notabiliza por nomes curiosos e resultados no campo das redes sociais. Uma das empresas é a Pitanga Propaganda e o blog que é o ponto de contato de seus colaboradores se chama Pitaco (www.pitaco.com.br) Criado, originalmente, para atender empresas que atuam no mercado B2B de produtos complexos, o Grupo expandiu sua operação em 2007, passando a atender companhias com foco também em mercados B2C. “Começamos a trabalhar as redes sociais de forma institucional há um ano e meio. Vários funcionários estavam em sites profissionais como o Linkdin e era necessário ter um perfil da empresa. Fomos meio que levados pelo processo, reagindo a uma pressão benéfica dos colaboradores”, admite Conti, que se confessa usuário do Orkut desde o início da ferramenta, lá se vão 5 anos, pelo menos.
T I I n s i d e
|
n o v e m b r o
d e
2 0 0 9
>internet
Maurício Conti, do Grupo Accenda: há um conflito de quem está no poder, a geração X, que não é nativa dentro da tecnologia, com o outro extremo, a geração Y, que foi alfabetizada com computador e internet
hoje. A gestão do caos exige flexibilidade e rapidez e não soluções prontas ou restrição”, completa. Já para André Monteiro, gerente geral de marketing da GGD Metals (veja mais no Box: Metal sem restrição), os resultados demonstram uma certa miopia. “Tem semelhanças com o que a Apple tentou fazer ao delimitar o IPhone a uma única operadora. As pessoas jurídicas querem administrar as pessoas físicas. No entanto, a globalização e o profissionalismo impõem novas formas de comunicação e as empresas que não conseguem se adequar vão sofrer”, garante. Sem filtro, por favor! Para Conti, o tamanho da empresa pode ser determinante sim. “Nossa política interna é de aculturamento, sem restrições severas ao acesso. Em uma empresa
“As pessoas jurídicas querem administrar as pessoas físicas. No entanto, a globalização e o profissionalismo impõem novas formas de comunicação e as empresas que não conseguem se adequar vão sofrer” André Monteiro, da GGD Metals
3 8
de médio porte, como a nossa, isso é mais fácil. Uma grande corporação terá outras pressões internas”, admite. Para a Accenda, fica a critério dos usuários e da demanda filtrar o uso. A Accenda (veja mais no Box: Pitanga e Pitaco) faz uso do Twitter como ferramenta de divulgação de seu blog, o Pitaco, escrito pelos funcionários da empresa. “Aumentamos a nossa exposição, ao ponto de os acessos gerados pelo Twitter já serem a maior forma de contato do blog. Usamos a ferramenta ainda no mapeamento de tendências. O nível das informações de quem está em redes sociais é muito mais rápido do que aquele que não está, e isto compensa qualquer possível perda de produtividade”, garante Conti. Mais do que ser um hit no Twitter, as corporações que fazem uso dele querem outra forma de contato. “Nossa preocupação é com qualidade, não queremos volume, mas seguidores que tomam decisões e que conhecem o mercado no qual estão inseridos”, conclui Monteiro, da GGD Metals. Já a Unimed faz nas redes sociais o monitoramento das informações relevantes sobre o mercado e a marca. “Analisando o que é dito desde o início podemos dar um rápido retorno para tentar amenizar qualquer problema ou demanda. E o constante feedback que temos dos usuários a respeito de diversos temas, como a aceitação de nossas campanhas publicitárias ou a qualidade de nosso atendimento pelo Brasil também é algo importante”, aponta Fernanda Tremarin, gerente de marketing da Unimed do Brasil. E a ferramenta Twitter, qual o futuro ou em que momento pode-se dizer que atingiu a maturidade para trazer mais “conforto” as corporações que ainda o temem? Para Conti, do ponto de vista corporativo, tudo ainda está muito no início. “É preciso, por exemplo, saber qual o modelo de negócios deles. O Twitter e as redes sociais são novos canais e precisam estar integrados com os demais canais, e a infra-estrutura das empresas ainda não trabalha isso”, critica. O certo é que se o Twitter e outras redes sociais ainda não se disseminaram no B2C, menos ainda no B2B. T I I n s i d e
|
n o v e m b r o
d e
Metal sem restrição
D
istribuidora de aços e metais, a GGD Metals investiu recentemente nas mídias sociais e em 4 meses já contabiliza resultados. No Twitter, onde a estratégia é postar informações sobre o mercado e também dicas técnicas, com links para o site da empresa, já se gera um atualização por dia, em português e em inglês. Enquanto no YouTube foram postados vídeos institucionais. “Agregamos conhecimento para quem tem interesse no setor do aço, ou que deseja seguir carreira na área, por exemplo, por meio do Twitter. Dessa maneira, não invadimos o espaço virtual onde milhares de pessoas conversam voluntariamente, com ações de marketing direto que podem espantar mais do que atrair”, explica Monteiro. O investimento, que ele admite não ser nem um pouco comum para quem trabalha no B2B, se deveu ainda à carência de informações do setor. Já o YouTube, com vídeos, um institucional e dois sobre as ações de marketing da empresa, com personagens populares como Ivete Sangalo e Bruninho Rezende, do vôlei, serviu para complementar as ações. O resultado, revela Monteiro, foi uma alavancagem nas vendas – até mesmo com contatos gerados em mercados internacionais – e uma parceria com uma empresa norteamericana. “O mercado nos conheceu de forma mais rápida e dinâmica”, conclui. A GGD Metals planeja estar presente em outros canais, mas tudo será feito com cuidado para não errar na hora de se comunicar em uma mídia tão diferente e delicada. “Fazemos reuniões e estamos aos poucos aprendendo a lidar com a Web 2.0 da maneira certa. Ainda não temos resultados concretos, mas com a velocidade da informação das redes sociais, com certeza em breve sentiremos novos impactos dessas ações”, prevê Monteiro.
2 0 0 9
www.tiinside.com.br
O ano inteiro o melhor conteúdo de gestão em TI para você. Veja algumas das seções que você encontra aqui. >> NEWS notícias diárias do setor >> TECNOLOGIA tendências tecnológicas e as diversas áreas de PD&I. >> INFRA ESTRUTURA sistemas de software, armazenamento, aplicações, servidores, redes, datacenters, acesso à Internet, etc. >> OUTSOURCING voltado exclusivamente para o segmento de serviços de TI. >> SERVIÇOS canal interativo com enquetes, downloads, podcasts e whitepapers. >> GESTÃO FISCAL conteúdo dirigido para as áreas contábil e fiscal.
PARA ANUNCIAR 11 3138-4623
comercial@convergecom.com.br