Ano 9 | nº 87 | janeiro/fevereiro de 2013
www.tiinside.com.br
Varejistas apostam no consumo móvel Servidor sem marca vira opção para data center Lojas de aplicativos avançam nas empresas
>editorial
Presidente Rubens Glasberg Diretores Editoriais André Mermelstein Claudiney Santos Samuel Possebon Diretor Comercial Manoel Fernandez Diretor Financeiro Otavio Jardanovski
Ano 9 | nº 87 |janeiro/fevereiro de 2013 | www.tiinside.com.br
Diretor-Editor Claudiney Santos
Fenômeno BYOD já é realidade nas empresas brasileiras
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esquisas recentes mostram que cerca de 50% das empresas brasileiras já permitem o uso de smartphones e tablets por seus empregados, o que traz novos desafios relacionados ao gerenciamento e à segurança por parte das áreas de TI. A adesão ao chamado BYOD (bring your own device, ou “traga seu próprio dispositivo”), portanto, não é mais motivo de discussão nas organizações. Grande parte delas já se rendeu à constatação de que não há outro jeito a não ser oferecer as condições ideais para a correta utilização dos dispositivos pessoais, de maneira a não comprometer o ambiente corporativo ou prejudicar o chamado ecossistema de trabalho. A favor do BYOD conspira um novo conceito de ambiente profissional que não exige mais um local físico para o desenvolvimento das atividades diárias e, por conseguinte, dá mais autonomia às novas gerações que estão entrando mercado de trabalho. Por lidarem mais facilmente com a tecnologia, esses novos trabalhadores almejam contar sempre com ferramentas de ponta, repletas de novas funcionalidades. Para as empresas, se por um lado a segurança é o principal motivo de preocupação da adesão ao BYOD, por outro lado não podem deixar de reconhecer a economia gerada devido ao fato
Editor Erivelto Tadeu Subeditora Gabriela Stripoli Repórteres Bruna Chieco, Fabiana Rolfini e Max Mello (Brasília) Colaboradores Inaldo Cristoni e Ana Moura Fé, Leandro Sanfelice (Vídeorepórter)
de não terem de arcar com os custos de aquisição desses dispositivos, e em alguns casos, até mesmo o aumento da produtividade dos empregados. Para dissecar os enormes desafios trazidos às empresas por esse fenômeno, TI INSIDE escalou o repórter Inaldo Cristoni, que acompanha de perto os temas de tecnologia há mais de uma década. Ele entrevistou vários especialistas e executivos de empresas de tecnologia e foi saber o que as companhias pensam e como lidam com essa nova realidade. Outro destaque desta edição é a reportagem sobre o avanço das lojas privativas de aplicativos nas empresas, nos moldes da App Store, da Apple, para distribuir aplicações de maneira eficiente a seus funcionários, principalmente em plataformas móveis. Escrita pela subeditora Gabriela Stripoli, ela ouviu um dos principais analistas do Gartner, Ken Parmelee, para quem o principal benefício da implantação de uma app store corporativa reside na gestão de dispositivos móveis. “Com o recurso, os gestores de TI conseguem ter uma visão exata de todas as atividades corporativas executadas nos aparelhos”, afirmou.
Arte Edmur Cason (Direção de Arte); Débora Harue Torigoe (Assistente); Rubens Jardim (Produção Gráfica); Geraldo José Nogueira (Edit. Eletrônica); Alexandre Barros e Bárbara Cason (Colaboradores) Departamento Comercial Manoel Fernandez (Diretor) Carla Gois (Gerente de Negócios); e Ivaneti Longo (Assistente) Gerente de Circulação Patrícia Brandão Gerente de Inscrições Gislaine Gaspar Marketing Harumi Ishihara (Diretora) Gisella Gimenez (Gerente) Gerente Administrativa Vilma Pereira TI Inside é uma publicação mensal da Converge Comunicações - Rua Sergipe, 401, Conj. 603, CEP 01243-001. Telefone: (11) 3138-4600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP. Sucursal SCN - Quadra 02 - Bloco D, sala 424 - Torre B Centro Empresarial Liberty Mall - CEP: 70712-903 Fone/Fax: (61) 3327-3755 - Brasília, DF. Jornalista Responsável Rubens Glasberg (MT 8.965) Impressão Ipsis Gráfica e Editora S.A. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista, sem autorização da Glasberg A.C.R. S/A CENTRAL DE ASSINATURAS 0800 014 5022 das 9 às 19 horas de segunda a sexta-feira Internet www.tiinside.com.br E-mail assine@convergecom.com.br REDAÇÃO (11) 3138-4600 E-mail cartas.tiinside@convergecom.com.br
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Instituto Verificador de Circulação
>sumário NEWS
4 PL da privacidade
Governo está próximo de finalizar projeto de lei sobre uso de dados de internautas
5 Bolsa de Mulher
A americana Batanga Media adquire o portal voltado ao público feminino
8 IPO da Linx
Abertura de capital da fabricante brasileira de software de varejo é bem-sucedido
GESTÃO
INFRAESTRUTURA
16 Small Data
Analistas alertam para que CIOs não percam o foco dos dados pequenos para alcançar os objetivos de negócio
MERCADO
22 Wi-Fi do futebol
Equipe de TI do Gillette Stadium, estádio do time de futebol americano New England Patriots, instalou 360 pontos de acesso Wi-Fi em banda larga
24 Servidor sem grife
18 Apps store corporativa
Cresce o número de empresas com lojas privativas de aplicativos, nos moldes da App Store, da Apple
Fornecedores de serviços de data center começam a aderir aos equipamentos de ODMs, sem marca
INTERNET
28 Voo do m-commerce
Grandes redes varejistas se preparam para a decolagem do consumo móvel no Brasil
GESTÃO
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Adesão ao fenômeno BYOD ( uso de dispositivos pessoais no trabalho) traz inúmeros desafios relacionados ao gerenciamento e segurança Capa: editoria de arte converge/Discovod/Konstantin Chagin/shutterstock.com
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Privacidade preservada
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titularidade dos dados para o próprio usuário. “Vivemos em uma sociedade da informação e é da natureza desse tipo de sociedade viver de dados. Por isso, precisamos garantir que os dados do cidadão sejam de posse dele. Que o usuário seja dono de seus dados no meio virtual”, completa Juliana. A nova norma acabaria, portanto, com disputas entre internautas e empresas sobre quem tem direitos sobre informações pessoais armazenadas em ambientes virtuais. Antes de utilizar os cookies dos navegadores dos usuários Juliana Pereira da Silva para direcionar a eles conteúdos publicitários específicos, por exemplo, os sites precisarão Em entrevista exclusiva a TI INSIDE, a solicitar uma autorização de uso. secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira da Silva, Depois de elaborar uma primeira versão do projeto, o explicou que o objetivo principal da regulamentação é trazer Ministério da Justiça submeteu à consulta pública quando mais segurança tanto para usuários quanto para empresas. recebeu cerca de 700 contribuições da sociedade civil e do “Recebemos muitas reclamações dos consumidores e, por empresariado. Encontros internacionais na busca de referências outro lado, informações de vários segmentos empresariais de sobre o tema foram feitos, especialmente na Europa — o último que há uma insegurança jurídica enorme nesse setor. Assim, um foi no mês passado em Bruxelas, na Bélgica. “Precisamos dos focos desse projeto é trazer segurança para a área, alinhar nossa norma com a legislação internacional. No Brasil, facilitando inclusive a geração de mais negócios”, afirma a essa é uma discussão recente, mas a Alemanha, por exemplo, secretária. tem legislações sobre o tema desde 1970”, afirma Juliana. Um dos pontos mais importantes da proposta da Senacon Apesar de o órgão do Ministério da Justiça estar é a criação de um órgão que fiscalize a relação das empresas finalizando a proposta, ainda deve demorar para entrar em com os dados dos usuários. “No Brasil, não basta ter uma vigor. Depois de analisada pela Casa Civil da presidência da norma, é preciso de um órgão que zele para que ela seja República, o anteprojeto segue para a Câmara dos cumprida”, comenta Juliana. “Nossa intenção é que esse Deputados e em seguida para o Senado Federal. Outra órgão não seja meramente observador, mas que ele tenha passagem pela Câmara pode ser necessária caso o projeto poder de punir, de aplicar sanções para quem desrespeitar as seja modificado por senadores. Por fim, o PL segue para regras”, afirma. O projeto do órgão trata apenas dos objetivos sanção presidencial, para só então iniciar-se o período de dessa nova instância, a sua estruturação administrativa e adaptação das empresas para as novas normas. política ficará a cargo da Casa Civil. Do ponto de vista do consumidor, a norma deve garantir a Max Melo, de Brasília
bbclips/shutterstock.com
m vazio jurídico brasileiro pode estar com os dias contados. Depois de cerca de dois anos de trabalho, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, pretende finalizar em breve a elaboração do projeto de lei que trata do uso dos dados pessoais dos usuários — como históricos de navegação e cookies — por parte das empresas. A proposta, que ainda passará pela Casa Civil da Presidência da República, última parada antes de ser debatida no Congresso Nacional, pretende tirar o Brasil da condição de único país do G20 sem uma legislação sobre o tema.
Talento bem remunerado
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o menos uma categoria profissional da área de TI ficou entre as mais bem pagas no ano passado na cidade de São Paulo, de acordo com estudo da Page Personnel, empresa especializada em recrutamento e seleção de profissionais. O salário médio de um
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administrador de banco de dados júnior, por exemplo, foi o que teve o maior aumento em 2012, de 90,3%, totalizando R$ 4,7 mil.
Em seguida, aparecem no ranking projetista civil pleno e técnico de edificações, cujos salários subiram 75,8% e 72,9%, respectivamente, para R$ 7,5 mil. Em quarto lugar está analista fiscal tributário pleno, cujo salário médio, no interior paulista, foi de R$ 5,5 mil, crescimento de 32,4% em relação a 2011. Já os cargos de analista contábil júnior, analista de crédito júnior (bancos de investimento) e analista de comércio exterior pleno obtiveram alta de 24,9% no ganho salarial. Nas três últimas posições do ranking estão os salários dos cargos de engenheiro ambiental sênior (22,4% de
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aumento), analista de produtos pleno (14,9%) e analista de crédito sênior de seguradora (12,9%). O relatório aponta que, de fato, contratar ou reter talentos está se tornando mais caro para as empresas, especialmente em São Paulo. “Os profissionais dessas categorias são bem valorizados, há falta de especialistas. A combinação procura e oferta impactou no resultado desses salários e o ganho médio real desse grupo ficou acima da média do mercado”, analisa Roberto Picino, diretor-executivo da Page Personnel. Para o estudo, foram consultados em julho de 2012, os informes de rendimentos de 30 mil candidatos. Além da capital paulista, foram ouvidos profissionais do interior do estado e do Rio de Janeiro. d e
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A Totvs diz que a união das duas empresas traz oportunidades de sinergias por meio da expansão do portfólio de produtos, que irá agregar soluções que integram tanto o mercado de distribuidores e atacadistas quanto o de varejo. A companhia ressalta que a aquisição fortalecerá ainda mais o seu posicionamento entre as pequenas, médias e grandes empresas nesses segmentos. O investimento da Totvs na aquisição da PC Sistemas contemplará pagamentos fixos e variáveis vinculados a indicadores financeiros, como o alcance de metas de receita líquida e margem Ebitda para este ano.
Banda larga, de verdade
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o contrário de como ocorre no Brasil, nos EUA, de acordo com a FCC, órgão regulador das telecomunicações americanas, os provedores de internet via cabo e satélite têm superado os índices de qualidade dos serviços, oferecendo aos clientes velocidades acima daquelas contratadas, sem custo adicional. Já no Brasil, as companhias são obrigadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a garantir apenas 20% da velocidade contratada.
O levantamento da FCC foi feito em setembro do ano passado com as principais operadoras americanas. Entre as operadoras de banda larga por fibra óptica, o órgão regulador constatou que a Verizon entrega 118% da velocidade contratada no download de dados, o que a coloca como a líder de mercado nesse quesito. Na sequência estão a Cablevision, com 115%, e a Comcast, com 103%. A ViaSat, operadora de banda larga de alta velocidade via satélite, teve taxas de download mais lentas quando comparadas a empresas de cabo. Ainda assim, entregou uma conexão 137% mais rápida que a contratada. A FCC começou a medir os serviços de banda larga em 2011, quando detectou que os provedores não estavam cumprindo as cláusulas contratuais dos serviços. A exigência pelo cumprimento das normas foi uma das principais causas que levaram a FCC a intensificar a fiscalização sobre as empresas. A Cablevision, por exemplo, que na época entregava apenas 54% da velocidade anunciada, investiu US$ 140 milhões em infraestrutura para se adequar às exigências. O cenário no Brasil, em contrapartida, ainda está longe disso. Até o ano passado, as operadoras tinham de cumprir apenas 10% da velocidade contratada. Com as novas normas da Anatel, anunciadas em 2012, esse índice deve aumentar gradativamente — mas de maneira tão vagarosa quanto o serviço prestado no país. Em novembro de 2014, será obrigatório que as operadoras garantam 40% da velocidade de conexão contratada pelos usuários. j a n e i r o / f e v e r e i r o
Em franca ascensão
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o ano passado, foram vendidos 3,1 milhões de tablets no Brasil, o que representa um crescimento de 222% em relação ao ano anterior. Apesar do aparecimento de modelos com preços mais atrativos, que tornaram o produto mais acessível, houve aumento nas vendas de todas as categorias de tablets, conforme aponta pesquisa da IT Data.
Em 2011, o preço médio de um tablet ultrapassava R$ 1 mil. No entanto, no quarto trimestre do ano passado, aparelhos abaixo de R$ 500 já representaram 56% das vendas. Mesmo assim, os tablets com faixa de preço superior também registraram alta nas vendas, mostrando o grande interesse do consumidor pelo produto. No ambiente corporativo, entretanto, a adoção de tablets ainda é pequena. As 1.140 companhias entrevistadas pela IT Data revelam que a proporção desse dispositivo móvel em relação aos PCs ainda é baixa — para cada 100 computadores, há 1,1 tablet. A consultoria aponta essa baixa penetração como uma grande oportunidade de crescimento. A consultoria prevê que, neste ano, as vendas de tablets no país devem superar a marca de 5,1 milhões de unidades, ou 67% de aumento. “Verificamos que as pessoas que estão comprando tablets já possuem um PC. Ou seja, elas não substituíram seu computador, e sim compraram mais uma opção de um produto tecnológico que possui mais mobilidade”, diz o diretor de pesquisas do IT Data, Ivair Rodrigues. Segundo ele, a venda de notebooks, em unidades, ainda é três vezes maior que a de tablets.
Grupo americano adquire Bolsa de Mulher
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Ideiasnet, companhia brasileira de participação de risco em empresas de tecnologia da informação, mídia, internet e telecomunicações, anunciou a venda do Bolsa de Mulher, portal de internet voltado para o público feminino, à empresa americana de mídia digital Batanga Media, por R$ 45 milhões. Com a transação, a Ideiasnet se torna sócia minoritária da Batanga, com 7% de participação acionária, ao lado dos investidores americanos H.I.G. Capital, Tudor Ventures e HarbourVest Partners.
A Batanga tem 150 milhões de visitantes únicos por mês nos Estados Unidos, onde o ponto forte de atuação é o mercado hispânico em território americano. A compra do Bolsa de Mulher se encaixa na estratégia de expansão da companhia para a América Latina, especialmente México, Colômbia, Chile, Venezuela, Argentina e Brasil.
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Thomas Pajot/shutterstock.com
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Totvs, maior fabricante brasileira de software de gestão empresarial, adquiriu 100% do capital social da W&D Participações, detentora da PC Sistemas. A empresa, que desenvolve soluções de gestão empresarial para os segmentos de distribuição, atacado e varejo, faturou R$ 52 milhões no ano passado, atendendo mais de 1,5 mil clientes em todo o Brasil. O valor da transação poderá alcançar R$ 95 milhões.
Peter Sobolev/shutterstock.com
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Estreia de gala
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Linx, fabricante brasileira de software para o setor varejista, realizou neste mês a oferta pública inicial de ações (IPO) na BM&FBovespa. As ações da empresa foram precificadas em R$ 27 cada, no topo da faixa indicativa sugerida pelos coordenadores da oferta, e iniciaram o pregão do dia 8 de fevereiro com alta de 12%, negociadas a R$ 30,01. Os papéis da empresa atingiram R$ 30,99, alta de 14,77% em relação ao preço inicial, e encerraram o dia valendo R$ 32, forte alta de 18,51%. As ações da Linx serão negociadas sob o código LINX3.
A oferta movimentou R$ 530,57 milhões, dos quais R$ 343,1 milhões da oferta primária, com o lançamento de 12,7 milhões de ações, e R$ 187,47 milhões da secundária, com a venda de 6,8 milhões de papéis. Com a abertura de capital, a Linx elevou seu capital social de R$ 2.688.461,95 para R$ 301.038.461,95. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi um dos financiadores do IPO da Linx, que recebeu R$ 137 milhões do BNDESPAR e em financiamento do BNDES. De acordo com o prospecto preliminar da oferta, a companhia pretende usar os recursos que serão levantados com a oferta primária para novas aquisições e para capital de giro.
Dinheiro repatriado
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Dell vai repatriar US$ 7,4 bilhões das subsidiárias que tem espalhadas pelo mundo para a operação de fechamento de capital. O repatriamento é uma das estratégias mais utilizadas por companhias americanas para evitar o pagamento de elevados impostos cobrados pelo governo dos EUA pelo envio de remessas do exterior.
Trapalhada punida
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cusada de prejudicar as negociações dos papéis do Facebook no dia da oferta pública inicial de ações (IPO), ocorrida em 18 de maio do ano passado, por conta de problemas técnicos, a bolsa eletrônica Nasdaq deve pagar multa de US$ 5 milhões. As tratativas ainda estão em andamento com a Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos EUA.
A estreia do Facebook na bolsa frustrou as expectativas dos analistas, com as ações sendo negociadas a US$ 38,23 no encerramento do dia, preço apenas 0,61% maior que o fixado pela empresa para o IPO. A abertura teve atraso de meia hora, causando ansiedade entre os investidores, que culparam a Nasdaq pelo ocorrido. No mesmo mês, Phillip Goldberg, investidor americano, moveu processo contra a bolsa por causa do atraso no início das negociações dos papéis. À época, ele disse que fez diversas tentativas sem sucesso para comprar ações da empresa no período da manhã. Após as acusações, a bolsa eletrônica criou um fundo de US$ 40 milhões para indenizar investidores prejudicados pelo problema técnico. Ainda assim, a iniciativa não foi suficiente para reparar os prejuízos aos corretores de Wall Street nessa operação, estimados em US$ 500 milhões. Além da multa, a Nasdaq ofereceu uma compensação de US$ 62 milhões aos investidores pelas perdas decorrentes das negociações. As discussões com a SEC abordam questões sobre a falta de controle da Nasdaq sobre seus sistemas e o órgão pode exigir que ela adote medidas para evitar futuros erros, segundo pessoas próximas ao assunto. 8
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Os detalhes da operação foram divulgados no início deste mês, em documento protocolado na Securities and Exchange Commission (SEC). Segundo o documento, a Dell possui US$ 11 bilhões em caixa e equivalentes, “substancialmente todo esse valor mantido fora dos EUA”. A fatia que será trazida de volta será utilizada para ajudar a financiar a recompra de ações e dará à companhia maior poder de amortização para suportar as necessidades de capital, segundo uma pessoa ligada ao assunto ouvida pelo jornal britânico Financial Times. A complexa operação de retirada das ações de circulação será liderada pelo CEO da companhia, Michael Dell, e o fundo de private equity Silver Lake Partners. Para cada papel, serão pagos US$ 13,65, um prêmio de 25% em relação ao preço das ações da empresa no dia 14 janeiro, data de fechamento das negociações para sair da bolsa. O preço levou alguns acionistas a moverem processo judicial contra o executivo e o conselho de administração da empresa, acusando-os de “não maximizar o valor acionário da companhia”. Segundo esses investidores, eles teriam violado seus deveres fiduciários ao vender a empresa a um preço inadequado, à custa de acionistas minoritários, conforme relato do The Huffington Post. Os executivos da Dell já previam uma resistência ao fechamento de capital, por isso, abriram um período de 45 dias para a inscrição de ofertas superiores àquelas oferecidas pelo CEO e pelo fundo de private equity. O valor total do negócio, US$ 24,4 bilhões, torna essa possibilidade remota.
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INALDO CRISTONI
Meu device no trabalho A adesão ao fenômeno BYOD (bring your own device, ou “traga seu próprio dispositivo”) traz desafios relacionados ao gerenciamento e segurança
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foto: divulgação
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esquisas recentes apontam para o crescimento do fenômeno conhecido pela sigla BYOD (bring your own device, ou “traga seu próprio dispositivo”) nas empresas de pequeno, médio e grande porte em nível mundial. Como o próprio nome sugere, uso de dispositivos pessoais no local de trabalho — seja smartphone, tablet ou mesmo um notebook — para executar as atividades profissionais diárias vem ganhando força a partir da combinação de dois fatores importantes: de um lado, traduz um desejo dos próprios empregados, que têm acesso e querem utilizar os recursos tecnológicos mais avançados que não lhe são oferecidos no trabalho; de outro, conta com o apoio das próprias empresas, que vislumbram a possibilidade de redução dos custos operacionais e aumento de produtividade de seus funcionários. Entretanto, existem muitos desafios relacionados principalmente ao gerenciamento e segurança que precisam ser observados para se obter os resultados esperados, pois a adoção do BYOD implica em permitir o acesso à rede corporativa, onde são processados os dados e as aplicações críticas para os negócios. No Brasil muitas empresas estão adotando o BYOD em escala superior à verificada em alguns países, como mostra estudo realizado em 2012 pela Unisys em nove países. Segundo Hélcio Beninatto, gerente geral e vice-presidente de Global Managed Service para América Latina da Unisys, os profissionais brasileiros que fazem parte do chamado mobile elite — que usam três ou mais
“Todas as questões que envolvem a adoção do BYOD não têm tanto a ver com a tecnologia e sim com os processos e governança” Julian Nakasone, da PromonLogicalis
dispositivos móveis próprios nas empresas — representavam um terço do total de colaboradores que adotam a tecnologia da informação no seu dia a dia. “Atualmente, mais de 50% das empresas brasileiras já permitem a utilização de smartphones e tablets pessoais no ambiente de trabalho”, reitera. A mobilidade é um dos fatores que contribuem para o avanço do BYOD. Outro pilar é a convergência tecnológica, que permite ao usuário concentrar o exercício de suas atividades em um único aparelho, por ser mais cômodo. Além disso, tem a chamada “consumeirização de TI”, fenômeno que reflete a facilidade com que as pessoas de todas as classes sociais têm acesso aos dispositivos móveis. A velocidade com que elas adquirem aparelhos de última geração para rodar aplicações mais avançadas é muito maior do que a verificada nas organizações, exigindo destas últimas uma mudança de atitude para acompanhar a evolução de seus profissionais. Para atualizar o seu parque, as empresas normalmente precisam elaborar projetos, fazer cotações no mercado, aprovar o orçamento, testar e validar as soluções etc., ou seja, o processo é mais lento. A favor do BYOD conspiram, ainda, a tendência de as empresas delegarem mais autonomia aos seus funcionários e a chegada das novas gerações no mercado de trabalho. Os jovens lidam facilmente com a tecnologia e almejam contar sempre com ferramentas de ponta, repletas de novas funcionalidades.
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“A realidade é que, hoje, os funcionários sentem a necessidade de utilizar os vários dispositivos que possuem para acessar o ambiente da empresa e aumentar a sua produtividade” Túlio Werneck, da Dell
“O que determina quais ferramentas de proteção devem ser adotadas nos devices é a análise sobre o mapeamento do risco, mitigação dos riscos e governança das informações” Luiz Faro, da Symantec
A procura das empresas para auxiliar no desenho de uma política e na busca por soluções para tornar viável a implantação de projetos de BYOD de uma forma segura tem sido grande, revela Luiz Faro, gerente comercial e especialista em segurança da Symantec. “Os usuários pedem e os gestores começam a permitir”, ressalta o executivo, acrescentando que a ideia de o funcionário usar o seu aparelho móvel pessoal para desempenhar suas funções profissionais desperta o interesse das grandes corporações e até mesmo das startups. Se os usuários preferem trabalhar com os seus próprios devices, as empresas começam a olhar o BYOD como estratégico e o consenso do mercado é de que se trata de um modelo benéfico, não há outro jeito a não ser oferecer as condições ideais para a sua correta adoção, sem comprometimento do ambiente corporativo e prejuízo do chamado ecossistema de trabalho. A primeira recomendação dos fornecedores de soluções é elaborar um plano diretor, sustentado em uma análise bastante criteriosa das vantagens e dos riscos inerentes desse processo, para evitar a adoção de forma desordenada. “Todas essas questões não têm tanto a ver com a tecnologia e sim com os processos e governança”, esclarece Julian Nakasone, diretor de tecnologia da PromonLogicalis. Sob a perspectiva das empresas, um dos desafios relacionados ao BYOD é o controle sobre a forma como os funcionários utilizam o dispositivo móvel quando estão fora do expediente, embora dificilmente os gestores de TI consigam impor uma política de controle sobre o que os funcionários podem instalar no aparelho. E como isso fatalmente sempre ocorre, existe o risco de baixarem algum arquivo infectado ou uma aplicação maliciosa que ameace a segurança das informações corporativas. Outro ponto importante diz respeito à maneira como a empresa pode se proteger de tais ameaças. E o que fazer, então, se o funcionário perder o aparelho ou for desligado da companhia? Pelo lado dos usuários um dos desafios reside no suporte do hardware, que é de sua inteira responsabilidade. Se o aparelho móvel está na assistência técnica, foi roubado 1 2
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ou perdido não importa, o fato é que ele não pode ficar impedido de trabalhar. Em uma abordagem de BYOD, quem trabalha com o seu próprio equipamento assume o compromisso de seguir as regras de segurança impostas pelas organizações para preservação da integridade das aplicações corporativas. Área segregada Os que as empresas normalmente fazem é criar no dispositivo dos funcionários uma espécie de compartimento ou área segregada na qual são ativadas as aplicações corporativas, que ficam blindadas de tudo o que é relacionado ao ambiente pessoal. Existem ferramentas no mercado que permitem o gerenciamento do “lado corporativo”
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do aparelho. A área de TI pode, por exemplo, monitorar se foi instalado algum software não autorizado ou se o funcionário descarregou dados sem permissão, por exemplo. Também é possível fazer atualizações automáticas dos aplicativos corporativos instalados. Mas nenhuma dessas medidas atinge as aplicações pessoais. “Os cuidados com o gerenciamento são os mesmos que as empresas normalmente devem tomar fora do BYOD. Do ponto de vista da tecnologia, nada muda porque o processo é transparente ao usuário”, explica Fabian Valverde, gerente de soluções de mobilidade da SAP Brasil. No BYOD a chamada usabilidade conta muito. Significa que é de fundamental importância a empresa estimular o desenvolvimento interno de aplicações corporativas compatíveis com os aparelhos móveis dos funcionários. A receita para um projeto bem-sucedido nessa área passa pelo que Túlio Werneck, gerente sênior de produtos da linha Kace para gerenciamento de TI da Dell, define como segmentação. Trata-se de estabelecer e identificar quem está autorizado a acessar que tipo de aplicações corporativas a partir de quais aparelhos móveis. Para o executivo, a observância de tais procedimentos ajuda na gestão da infraestrutura, especialmente no tocante à explosão de conteúdo que trafega pela rede corporativa. “A realidade é que, hoje, os funcionários sentem a necessidade de utilizar os vários dispositivos que possuem para acessar o ambiente da empresa e aumentar a sua produtividade”, afirma. No capítulo segurança, de extrema relevância, muitas empresas se deparam com o dilema de buscar um ponto de equilíbrio entre blindar as aplicações corporativas que rodam nos dispositivos sem exagerar na adoção de ferramentas de proteção e de mecanismos que impõem limites de acessos aos funcionários. Afinal, os aparelhos são de uso pessoal. Luiz Faro, da Symantec, lembra que na abordagem desse delicado tema é preciso estar atento ao fato de que o BYOD muda completamente a relação que existe entre segurança e espaço físico. Segundo ele, muito do que se faz com segurança tem a ver com o perímetro, ou seja, determinar até onde vai a rede e parar o fluxo de d e
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>gestão dados naquele ponto. No BYOD essa fronteira se dissolve, pois o usuário produz fora desse perímetro. Assim, a segurança tem o desafio de permitir a produtividade, que é uma exigência do negócio, sem deixar brechas para ameaças. O maior receio das empresas com o BYOD é o vazamento de informações estratégicas para o negócio. O temor se justifica porque o risco sempre existe não importam a eficiência dos mecanismos de proteção adotados e o grau de consciência dos funcionários de que eles são corresponsáveis pela integridade dos dados corporativos. Nesse sentido, o debate em torno dos mecanismos de proteção no BYOD tem a ver também com a governança de informações – um conceito importante para se definir no que consiste exatamente um dado precioso para que a empresa não tenha que proteger tudo de todo o mundo todo o tempo. Para o executivo da Symantec, o que determina quais ferramentas de proteção devem ser adotadas nos devices é a análise sobre o mapeamento do risco, mitigação dos riscos e governança das informações. Mas não basta olhar apenas sob a perspectiva da tecnologia, é preciso considerar também as pessoas e os processos, acrescenta. Questões legais Uma das vantagens atribuídas ao BYOD é que as empresas podem colocar em prática o projeto de mobilidade sem arcar com os custos de aquisição de aparelhos para sua força de trabalho. O fenômeno começou há alguns anos com aplicação restrita aos executivos, chegou a outras camadas da hierarquia corporativa e não vai demorar muito para seja uma realidade também entre os profissionais que realizam trabalho de campo, em um processo tende a levar a um aumento significativo no tráfego da rede, exigindo investimentos na expansão da capacidade da infraestrutura de conectividade. Isso porque os aplicativos baixados no tablet têm um perfil de tráfego diferente do tráfego tradicional do PC e quando são acionados endereçam muitos protocolos web que tradicionalmente são mais difíceis de ser inspecionados, explica Ghassan Dreibi, gerente de desenvolvimento de negócios de 1 4
metade das empresas no Brasil devem investir em BYOD
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adoção de dispositivos pessoais no local de trabalho (BYOD) é uma das prioridades de investimento para 48% das empresas brasileiras nos próximos dois anos. Segundo um estudo conduzido pela ebusiness Brasil (Associação Brasileira de e-business), para o qual foram ouvidos 200 executivos de TI, 39% dos entrevistados disseram já utilizar os equipamentos eletrônicos pessoais para atividades profissionais ou pretendem aderir, enquanto outros 28% já estão estudando essa possibilidade. Os profissionais que utilizam dispositivos pessoais nas empresas são em sua maioria presidentes e diretores, com 71% das respostas. Dentre os tipos de uso dos aparelhos para auxiliar o trabalho estão acesso a calendários, agendas, e-mails, entre outros. Entre os benefícios apontados pelos entrevistados, 76% mencionam a mobilidade, 44% citam a liberdade na decisão de escolher o dispositivo e 42% a economia de custos com a compra de equipamentos móveis. Além disso, 38% admitiram o aumento na produtividade dos funcionários. Como já era esperado, a prática de BYOD apresenta algumas resistências ligadas à segurança de dados, citada por 69% dos executivos. Além disso, 47% disseram que a área de TI não está pronta para atender os requisitos da tendência e 42% concluíram que a segurança física dos equipamentos também impossibilita este tipo de investimento. Apesar do elevado índice de adeptos do BYOD, uma parcela considerável (22%) não vê vantagens na adoção de dispositivos móveis no trabalho e 16% temem a perda de produtividade. A análise revela que pouco importa a influência dos departamentos de recursos humanos e jurídico das empresas em relação a adoção de dispositivos móveis no ambiente corporativo. Apenas 30% dos executivos de TI disseram ter alinhavada uma «política de BYOD» com estas áreas. Mas o estudo alerta para a necessidade de um gerenciamento de dispositivos móveis pela área de TI — metade dos entrevistados (49%) assumiu que não gerencia o BYOD. Outros 34% afirmaram que realizam o controle somente da informação (como e-mail, documentos e afins), e somente 17% realizam o gerenciamento de dispositivos e dados. A maioria dos entrevistados ouvidos pela ebusiness Brasil trabalha em empresas de grande porte, com receita acima de R$ 300 milhões, do segmento industrial (57%). Outro levantamento mostra que o uso de tecnologias de computação pessoal no local de trabalho para fins comerciais no Brasil já é maior do que em muitos países da Europa. Realizado pela Wakefield Research, o estudo revela que 97% dos empregados brasileiros utilizam dispositivos móveis na empresa, como smartphones, tablets, laptops e outros. O índice também é maior que nos Estados Unidos, onde 89% usam essas tecnologias. Mundialmente, 88% dos executivos relatam que os funcionários já estão usando suas próprias tecnologias pessoais para propósitos profissionais.
empresa a todo o momento, acumulando horas extras. Segundo Dreibi, muitas empresas procuram no departamento de RH da Cisco para esclarecer esse tipo de dúvida. Mesmo assim, e considerando que a propalada redução dos custos operacionais é Atualmente, mais de 50% relativa, pois só pode ser das empresas brasileiras obtida mediante a já permitem a utilização de disseminação do uso de smartphones e tablets pessoais ferramentas de colaboração pelos no ambiente de trabalho, funcionários e com o aponta estudo da Unisys processo de virtualização do parque de TI, o executivo da Cisco avalia que o preocupam, já que a legislação BYOD é um caminho sem volta. “As trabalhista brasileira obriga que as empresas não têm saída. O usuário empresa a fornecerem todos os vai levar o seu dispositivo para o local recursos necessários para os de trabalho queiram ou não os funcionários trabalharem. Por outro executivos. Se disserem que não lado, nessa abordagem, o profissional pode, ele [o usuário] encontrará uma desenvolve suas funções forma de usar”, observa. remotamente e fica a disposição da bordless network da Cisco. As empresas devem considerar todos os aspectos positivos e negativos para decidir se vale a pena ou não adotar o BYOD. Questões de ordem legal são um obstáculo e
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são os dados pequenos Apesar do frenesi em torno de big data, analistas alertam para que CIOs e responsáveis para os dados e inteligência de mercado não percam o foco do que eles chamam de dados pequenos – ou small data – para alcançar os objetivos de negócio
N
os dois últimos anos, o fenômeno big data — que consiste na análise de grandes volumes de informações coletadas de fontes variadas — se tornou alvo da atenção de empresas de diferentes setores, que querem usar melhor os dados disponíveis para alcançar os objetivos de negócio. Mas, apesar do autêntico frenesi em torno desse novo conceito, analistas alertam para que CIOs e responsáveis pela área de inteligência de negócios não percam o foco do que eles chamam de dados pequenos, ou small data, que nada mais são que dados estruturados usados nas operações diárias da empresa. A recomendação é direcionada particularmente às organizações de menor porte, e a ideia é que elas procurem maximizar o valor dos dados pequenos antes de partir para 1 6
Tools, podem muito bem executar projetos de big bata. A razão para trabalhos sofisticados de coleta e isso, além do desafio de se trabalhar análise de informações. Eles com grandes volumes de dados, são questionam, inclusive, se realmente big os elevados custos com hardware data é a única maneira de as para armazenar e analisar peta ou empresas obterem valor das zettabytes de arquivos. Há ainda o informações. Há uma corrente no fato de as ferramentas normalmente mercado que chega a usadas para afirmar que atualmente aplicações analíticas está se disseminando de dados massivos, Para alguns, o rapidamente no como o Hadoop e mercado vive a mundo dos negócios MapReduce, que atualmente dominam ‘síndrome dos dados a “síndrome dos as discussões externos’, em que os dados externos”, em que os dados criados envolvendo big data, dados criados e e mantidos fora da serem muito difíceis mantidos fora da empresa estão se de gerenciar, o que exige mão de obra empresa estão se tornando mais importantes do que especializada e cara. tornando mais aqueles que podem Alguns analistas importantes do que ser obtidos a partir de sustentam que ferramentas gratuitas aqueles obtidos a fontes internas. Os mais críticos e mais simples, como partir de fontes classificam big data o Google Analytics e o como um hype dos Bing Webmaster internas
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foto: divulgação
fornecedores de tecnologia, em especial dos fabricantes de banco de dados relacionais, que estão lutando para recuperar o atraso e jogando com a necessidade premente das empresas de trabalhar com grandes volumes de dados. Embates à parte, a opinião unânime no mercado é que a grande maioria das empresas irá se beneficiar com big data. Para o gerente de Novas Tecnologias Aplicadas e Evangelista Técnico da IBM Brasil, Cezar Taurion, big data não é, em absoluto, um hype de mercado. “É um tsunami ainda em alto mar, pouco visível, mas com poder de causar devastação imensa se for ignorado.” Apesar de rechaçar os críticos, ele concorda com a tese de que as empresas devem procurar maximizar o valor dos dados pequenos antes de partir para grandes projetos de big data. Isso porque, conforme observa, a maioria delas ainda não tem uma visão clara do que é big data, do seu potencial e de como alavancar esta potencialidade. “O próprio conceito [de big data] ainda está um pouco nebuloso.” O primeiro passo para a empresa ingressar no mundo do big data, independentemente do seu porte, é tratar os dados gerados pelos sistemas transacionais. O ERP, por exemplo, segundo Taurion, fornece informações sobre vendas, baixas no
estoque, etc., e ajuda a identificar gargalos. Por isso, se a companhia não tiver determinado grau de maturidade em relação ao tratamento de dados, ele diz que não faz sentido trazer mais informações de fora. Além dos dados gerados pelos sistemas transacionais, Taurion cita os dados não estruturados, gerados por e-mails, mídias sociais, mensagens instantâneas, sensores, fotos câmeras de vídeo e tuítes. “Se a empresa não tiver condições de tratar as informações internas, o que dirá dessas que estão fora.”
prepare-se para ser mais no mercado de tecnologia da informação. aguarde.
Outro ponto de concordância é o de que ferramentas como o Google Analytics e o Bing Webmaster Tools podem executar a coleta e análise de dados. Na realidade, diz o especialista da IBM, elas não deixam de ser recursos de big data. Ele acrescenta que a computação em nuvem também deve ser um impulsionador para big bata. “Daqui a dois ou três anos, o big data as a service será um negócio e permitirá que as empresas contratem serviços de análise de dados”, prevê. Na avaliação de Taurion, muitas empresas não têm escala que justifique a aquisição de hardware e software para big data. “Talvez para os grandes bancos valha a pena ter uma estratégia de big data internamente, que contemple uma nuvem híbrida, com parte dentro de casa e parte fora.” Dados na nuvem O uso de soluções de análise de dados no modelo SaaS — ofertadas pelos fornecedores como serviços por demanda — é apontado pelo analista sênior da Frost & Sullivan, Fernando Belfort, como uma das alternativas para empresas de menor porte ingressarem no mundo do big data. “Existem várias ferramentas analíticas disponíveis no modelo SaaS que permitem que se façam algumas projeções.” Mas ele faz questão de
“A maioria das empresas ainda não tem uma visão clara do que é big data, do seu potencial e de como alavancar esta potencialidade. O próprio conceito ainda está um pouco nebuloso” Cezar Taurion, da IBM
“O uso de soluções de análise de dados no modelo SaaS é uma das alternativas para empresas de menor porte ingressarem no mundo do big data” Fernando Belfort, da Frost & Sullivan
ressaltar que big data independe do tamanho da empresa, já que mesmo uma pequena organização pode ter de lidar com um volume muito grande de informações. O analista corrobora a opinião de que, antes de aderir a ferramentas analíticas, a empresa precisa pensar no ERP, no CRM, para começar a testar as simulações de gestão e sentir os benefícios. De todo modo, Belfort ressalta que big data ainda não é uma realidade no Brasil, seja para pequenas e médias empresas, seja para grandes corporações. “As grandes estão tendo a curiosidade e acredito que, a partir do segundo semestre deste ano, começarão a surgir os primeiros pilotos de big data.” Ao mesmo tempo em que pactua com a tese de que as empresas devem olhar com atenção para os dados estruturados internos, o diretor de Consultoria de Indústria da Teradata para América Latina, Américo de Paula, frisa que o que vai gerar valor para o negócio é a gestão dos dados internos com os externos. Embora concorde que o mundo dos negócios hoje vive a “síndrome dos dados externos”, ele diz que “o maior
foto: izilda frança
>gestão
valor é olhar o dado externo e saber cruzá-lo como o interno”. Como exemplo, De Paula cita a possibilidade uma empresa pegar informações do IBGE e confrontá-las com seus dados internos, e gerar uma série de análises. O executivo discorda, porém, da premissa que big data enseja ferramentas caras e sofisticadas. “No nosso portfólio
dispomos de soluções para todos os portes de companhias.” Radicalmente contrário à ideia do foco corporativo nos dados pequenos, o especialista para canais de big data da EMC no Brasil, Luiz Gustavo de Andrade, diz que, de maior ou menor porte, as empresas terão que tirar proveito das informações não estruturadas. A essência do big data, de acordo com ele, é a imprevisibilidade das informações. “Por isso, as empresas precisam ter consciência de que toda informação é importante.” Ele ressalta que, para isso, elas precisam se preocupar tanto com o armazenamento quanto com a análise de dados, que pode ser feita com várias ferramentas derivadas do Hadoop. Existe quase uma unanimidade entre os agentes desse mercado de que o limiar entre pequenos e grandes volumes de dados é muito tênue, já que depende do ramo de atividade da empresa. Por isso, eles acreditam que os fornecedores de hardware e software terão, inevitavelmente, que olhar para empresas menores, em vez de exclusivamente para aquelas que trabalham com volumes de dados na casa dos petabytes.
Mercado de big data deve crescer 40% em cinco anos, indica estudo
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mercado mundial de tecnologia e serviços de big data totalizará US$ 16,9 bilhões em 2015, ante os US$ 3,2 bilhões registrados em 2010, de acordo com relatório publicado pela IDC. A cifra, segundo a consultoria, representa uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) de 40%, cerca de sete vezes a taxa de crescimento estimada para o mesmo período para o setor de tecnologia da informação e comunicações (TICs) em geral. O relatório da IDC define projetos big data como aqueles que envolvem, tipicamente, dois ou mais formatos de dados. Além disso, abrangem a coleta de mais de 100 terabytes de dados, de alta velocidade, streaming de dados em tempo real, ou projetos que podem começar com conjuntos de dados menores, mas que crescem 60% ou mais ao ano. O estudo aponta que o crescimento do mercado de tecnologia de big data, por segmentos individuais, será de 27,3% para os servidores, 34,2% para software e 61,4%, para sistemas de armazenamento. De acordo com a IDC, com a expansão da oferta de appliances (dispositivos que integram hardware e software), serviços de computação em nuvem e de terceirização para big data, ao longo do tempo, os usuários finais irão prestar atenção cada vez menos para as capacidades da tecnologia e se concentrar nos argumentos de valor do negócio. O desempenho do sistema, disponibilidade, segurança, gerenciabilidade e tudo mais que importa para o negócio devem reduzir a margem de
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diferenciação entre os fornecedores. O relatório da IDC lista algumas aplicações de big data para alguns setores da indústria e de governo que já estão em evidência e que tendem a aumentar. Elas incluem aplicações de controle ajuste de preços no varejo, da loja até o nível do cliente, otimizando o tempo e as rotas para as remessas de produtos; de previsão de surtos de criminalidade para as forças policiais locais e de danos causados por tempestades para as companhias de seguros. A previsão da IDC é que haverá uma proliferação e diversidade de aplicações para big data. “Estamos apenas arranhando a superfície em termos de casos de uso”, disse Benjamin Woo, analista da empresa que coordenou o estudo. “Mas muitas delas serão mashups, informações de diversas fontes de dados para entregar mais inteligência aos usuários.” Woo cita como exemplo o aplicativo chamado PadMapper, que pode ser usado por quem está procurando um novo apartamento. Ele dispõe de uma aplicação para uma série de serviços de dados que podem ser sobrepostos em um mapa de determinado bairro no Google Maps. O usuário especifica suas preferências, como valor do aluguel que está disposto a pagar e o número de quartos e banheiros que deseja. O aplicativo vasculha as listagens das imobiliárias e mostra a localização dos imóveis que correspondem aos critérios do usuário. Há, ainda, outros conjuntos de dados que podem ser sobrepostos no mapa, como estatísticas de criminalidade do local.
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Lojas de apps versão corporativa Um número cada vez maior de empresas adere às lojas privativas de aplicativos, nos moldes da App Store, da Apple, para distribuir aplicações de maneira eficiente a seus funcionários, principalmente em plataformas móveis
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onde 70% delas planejam desenvolver uma loja de aplicativos, ante 52% das organizações americanas. No Brasil, o cenário não é diferente. Um estudo realizado no ano passado pela Mowa sobre mobilidade corporativa mostra que, das 500 maiores empresas que atuam no Brasil, fotos: divulgação
busca de alternativas por um número cada vez maior de empresas para distribuir aplicações de maneira eficiente a seus funcionários, principalmente em plataformas móveis, deu margem para o aparecimento, nos últimos dois anos, de uma miríade de lojas privativas de aplicativos, nos moldes da App Store, da Apple. Algumas companhias têm, inclusive, optado por criar suas próprias lojas de apps dentro de serviços como o Google Play — a loja de aplicativos para dispositivos móveis equipados com o sistema operacional Android —, nas quais elas podem publicar seus próprios programas ou aplicativos de desenvolvedores de confiança.
Relatório de um estudo mundial conduzido pela Symantec, intitulado “Estado da Mobilidade em 2012”, revela que 71% das companhias nas quais o uso de smartphones e tablets por empregados já é comum têm a intenção de implantar uma app store privada. Essa tendência é mais evidente entre as empresas da América Latina, j a n e i r o / f e v e r e i r o
26% possuem apps para smartphones e 24%, para tablets. De acordo com a pesquisa, houve um aumento no uso de apps móveis próprios pelas grandes empresas em atividade no país. Um ano atrás, 21% das 500 maiores empresas brasileiras tinham apps para smartphones e 13%, para tablets. “O principal benefício da implantação de uma app store corporativa reside na gestão de dispositivos móveis. Com o recurso, os gestores de TI conseguem ter uma visão exata de todas as atividades corporativas executadas nos “É muito difícil aparelhos”, comenta Ken Parmelee, criar uma app analista do Gartner. Nos cálculos da consultoria, 40% das grandes empresas store do zero. Ao tomar lançam mão desse artifício para iniciativas gerenciar melhor as atividades móveis dos funcionários. “No geral, o perfil é de inadequadas e sem companhias com uma estratégia de planejamento, MDM [sigla em inglês para gestão de solução criada dispositivos móveis] muito bem simplesmente planejada e implantada. Para elas, o uso de smartphones e tablets deve ser não funciona” estimulado com as devidas cautelas de Ken Parmelee, do Gartner
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>mercado “A app store é maneira mais fácil de disponibilizar aos profissionais nossos softwares, desenvolvidos pelo nosso departamento de TI, sem ter que deslocar um funcionário para instalar a aplicação em cada smartphone ou tablet”
segurança de informação, dados e políticas de acesso a aplicativos.”
Facilidade de distribuição Uma das pioneiras na implantação de uma loja privativa de aplicativos no Brasil é SAP. A criação app store, na realidade, é parte de um projeto mundial da fabricante alemã de software de gestão empresarial, por meio da qual os funcionários podem utilizar aplicativos do próprio portfólio da companhia. Batizada de Afaria, a loja permite à empresa saber exatamente quantos dispositivos estão sendo utilizados na rede corporativa e, consequentemente, melhorar a gestão. Anderson Atualmente, acessam a app store Cavalcanti, da Petrobras aproximadamente 60 mil aparelhos, com sistema operacional iOS, Android, Blackberry e Windows Phone. Na opinião do gerente de soluções de mobilidade da SAP Brasil, Fabian Valverde, incentivar os funcionários a usar smartphones e tablets sem a existência de uma app store própria era “impossível”. “A grande vantagem é a essência dos dispositivos móveis — o próprio usuário configura os apps e faz as atualizações. Com isso, há uma economia de tempo e eficiência corporativa”, afirma. A SAP conseguiu reduzir em 92% o tempo de cadastramento de novos aparelhos na rede corporativa e 90% o tempo gasto com atualizações de ferramentas de trabalho. Outra que partiu para a implantação de uma loja de aplicativos própria foi a Petrobras. No início do ano passado, a companhia adquiriu um software de gestão de dispositivos móveis no mercado porque notou que muitos funcionários utilizam seus próprios aparelhos no trabalho. Entre suas várias funcionalidades, o programa dispõe de uma para criação de loja de aplicativos. Hoje, a app store da Petrobras está disponível para 600 funcionários ao redor do mundo. “Foi uma necessidade interna. A app store é maneira mais fácil de disponibilizar aos profissionais as ferramentas de trabalho e foi a melhor maneira que encontramos para distribuir nossos softwares, desenvolvidos pelo nosso departamento de TI, sem ter que deslocar um funcionário para instalar a aplicação em cada smartphone ou tablet”, explica o coordenador do programa de mobilidade da área de tecnologia da Petrobras, Anderson Cavalcanti. 2 0
Para tornar a gestão das atividades dos funcionários nos aplicativos móveis menos complexa, a companhia criou perfis para fazer a distribuição de software de acordo com a necessidade de cada cargo. O plano de mobilidade foi incorporado à estratégia de gestão de tecnologia já existente na Petrobras, em que o funcionário tem permissões e
aplicativos Play Store voltada a clientes corporativos do Google Apps, cujos funcionários trabalham com tablets e smartphones equipados com o Android. Os programas são enviados ao canal privado por meio do Google Play Developer Console, ferramenta da empresa para desenvolvedores, e o acesso é controlado pelo administrador da conta. As opções de download e acesso aos aplicativos móveis são gerenciados pelo administrador dos perfis já existentes na contratação do Google Apps. A Apple, por exemplo, oferece um programa de compra em volume dentro da Apple Store, o App Store Volume Purchasing. Assim, empresas podem comprar apps e distribuir a seus funcionários para que utilizem em seus iPads e iPhones. Além disso, a fabricante também oferece o iOS Developer Enterprise Program, que dá aos desenvolvedores as ferramentas para construir e distribuir software para dispositivos com a plataforma iOS, exclusivamente. “O modelo de distribuição para o Android é mais aberto, então, hospedar lojas de
Estudo revela que 71% das companhias nas quais o uso de smartphones e tablets por empregados já é comum têm a intenção de implantar uma app store privada. Tendência que é mais evidente entre as empresas da América Latina restrições replicadas, de acordo com as diretrizes de utilização da rede interna. Além de SAP e Petrobras, outras companhias como a General Electric (GE) e a IBM já utilizam uma loja privativa de aplicativos há algum tempo. Apps store para todos Mas não são apenas as grandes corporações que podem ter uma app store privada, já que o custo de implantação de uma loja própria é salgado. Hoje, tanto fabricantes de dispositivos móveis quanto empresas de internet oferecem a possibilidade para uma pequena ou média empresa desenvolver um ambiente restrito em suas lojas de aplicativos convencionais, inclusive com a distribuição de software aos funcionários feita por meio de perfis de acesso para aumentar a segurança. Em dezembro do ano passado, o Google colocou no ar o Google Play Private Channel, interface da loja de
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aplicativos individuais [para usuários com iOS] é mais simples”, justifica o site do programa. Parmelee, analista do Gartner, considera esses caminhos arriscados. “É muito difícil criar uma app store do zero. Ao tomar iniciativas inadequadas e sem planejamento, solução criada simplesmente não funciona”, argumenta. Para o especialista, algumas empresas subestimam a complexidade da gestão de dispositivos móveis, enquanto deveriam contar com a experiência e conhecimento adquirido de fornecedoras de software de MDM, mais preparadas para lidar com a questão. “É sempre bom ressaltar também que os fabricantes de smartphones e tablets estão muito mais orientados para o consumidor final. É difícil imaginar providências deles como segurança e escalabilidade em uma relação com clientes corporativos”, critica Cavalcanti, da Petrobras. d e
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>infraestrutura GABRIELA STRIPOLI*
Futebol, lance a lance,
no smartphone
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m estádio com capacidade para mais de 70 mil torcedores onde, além de assistirem ao jogo, eles podem, ali da arquibancada, ver o replay em seus smartphones dos melhores lances — ou os mais polêmicos —, acessar estatísticas da partida e ter informações sobre os jogadores. Por meio do aparelho, os torcedores podem, também, fazer pedidos aos vendedores de refrigerantes e sanduíches, para que sejam entregues em seu assento, e até mesmo verificar os sanitários que estão com as menores filas. Tudo isso por meio de uma conexão Wi-Fi de alta velocidade, e o melhor, gratuita.
Gillette Stadium, estádio da equipe de futebol americano New England Patriots, em Não, infelizmente não se trata de Foxborough, nenhum dos estádios brasileiros onde no estado de Massachussets serão realizados os jogos da Copa do
Mundo de 2014, mas da arena da equipe de futebol americano New England Patriots, o Gillette Stadium, em Foxborough, no estado de Massachussets. Em operação desde agosto do ano passado, a rede tem 360 pontos de acesso instalados, que direcionam os sinais de conexão a áreas específicas das arquibancadas, a fim de evitar interferências e garantir a conexão sem interrupções quando o torcedor se desloca pelos corredores. “As aplicações estão num data center e a rede sem fio possui um software de autogerenciamento. O sistema regula automaticamente a conexão, de acordo com a demanda de usuários”, explica o vice-presidente de soluções e serviços da Enterasys, Daniel Dulac, um dos responsáveis pela implantação do projeto. Isso, segundo ele, evita quedas na conectividade caso a rede seja acessada repentinamente por um grande 2 2
fotos: divulgação
Para os torcedores acompanharem os melhores lances, acessar estatísticas da partida e ter informações sobre os jogadores, a equipe de TI do Gillette Stadium, estádio do time de futebol americano New England Patriots, instalou 360 pontos de acesso Wi-Fi em banda larga, além de painéis de alta definição
número de aparelhos, fenômeno conhecido como “hiperdensidade”. Em dezembro do ano passado, por exemplo, durante uma partida decisiva do time da casa, houve um pico de acesso simultâneo de 11 mil dispositivos móveis, para exibição de vídeos em alta resolução. Segundo Dulac, não houve registro de desconexões. A alta disponibilidade da rede é apresentada como uma solução para afastar o risco de blecaute das conexões móveis no Brasil durante a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. “Como acontece em datas comemorativas, quando as pessoas não conseguem enviar SMS ou publicar em redes sociais, um ‘apagão’ pode ocorrer”, prevê Dulac. Apesar disso, a possibilidade de implantação desta tecnologia nos estádios brasileiros onde serão realizados os jogos do campeonato mundial de futebol é bastante remota. É que a Fifa, que comanda o evento, determina que o
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acesso à banda larga móvel é responsabilidade das operadoras e deve estar disponível apenas no entorno dos estádios. Dentro deles, a implantação é facultativa. Os administradores das arenas pensaram nessa possibilidade, mas estão exigindo o pagamento por isso. As duas únicas negociações para a implantação da conexão indoor já concluídas, entre os 12 estádios que terão jogos da Copa, foram as dos estádios de Salvador e Fortaleza. Ao contrário do que ocorre com as arenas americanas, os administradores dos estádios brasileiros não possuem visão de negócio com TI. “Tivemos uma conversa com dois grandes clubes brasileiros para implantar um projeto nos moldes do Gillette Stadium, mas eles sequer possuem departamento de TI. Acabamos negociando com a equipe de compras, por isso a proposta não avançou. O projeto é levado às esferas superiores e ali fica paralisada, porque falta visão de negócio”, conta Reinaldo Opice, vice-presidente da Enterasys Networks d e
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para América Latina e presidente da subsidiária brasileira. A empresa não revela o valor do investimento total no projeto no Gillette Stadium e diz apenas que está em “um par de milhões de dólares”, mas ressalta que é pouco frente aos US$ 6 milhões para instalação de painéis de alta definição nos camarotes e para o grande público. “Além disso, houve o desenvolvimento de apps para os sistemas operacionais iOS e Android, mas é um valor baixo”, conta o vice-presidente de conteúdo do Kraft Sports Group, controlador do New England Patriots, Fred Kirsch. Nos Estados Unidos, os administradores dos estádios veem o Wi-Fi e os aplicativos como tão essenciais quanto a venda de alimentos e bebidas durante os jogos. O Kraft Sports Group viu na mobilidade uma nova fonte de receita. A companhia vende espaço publicitário dirigido para um público que conhece bem — seus torcedores. “Esse modelo ainda é subestimado pelas empresas esportivas brasileiras”, lamenta Opice. Com os smartphones conectados, os anúncios são entregues de maneira dirigida a determinados perfis de usuários, modelo de negócio adotado hoje pelas empresas de internet e transplantado para o ramo de negócio móvel. “A quem essas pessoas se importariam menos em ceder dados de conexão, a uma operadora de telefonia móvel ou ao departamento de tecnologia e conteúdo de uma organização com a qual possuem grande afinidade, como um time de futebol?”, indaga Dulac.
Devido ao desinteresse das arenas esportivas no Brasil, a Enterasys concentra sua estratégia de Wi-Fi no país aos ambientes hiperdensos, como grandes instalações corporativas e de eventos. “No futuro, acreditamos que as operadoras móveis irão operar com 3G e 4G apenas o espectro público, nos ambientes externos. Os locais privados terão conexão sem fio de alta velocidade, privada e roteada”, prevê Dulac. A empresa diz que nesse mercado é necessário atender as expectativas de maneira mais rápida que a demanda. “Hoje, as pessoas desejam o Wi-Fi em ambientes de escritório para conectar seus smartphones e tablets. Isso está diretamente relacionado ao fenômeno BYOD [bring your own device, ou “traga seu próprio dispositivo”]. Daqui a alguns anos, locais desconectados serão mal
vistos pelos empregados”, sustenta Dulac. Segundo ele, as redes autogerenciadas, assim como a solução implantada no Gillete Stadium, resolveriam problemas de produtividade “Como acontece ao direcionar atividades corporativas. Isso porque a largura de banda pode ser em datas comemorativas, autorregulada nas configurações do administrador de TI, seguindo o padrão quando as de acesso de cada login e o destino da pessoas não conseguem enviar aplicação demandada por internet. Por exemplo, um funcionário que depende SMS ou publicar de vídeos de treinamento para realizar em redes sociais, suas atividades terá mais velocidade da um ‘apagão’ conexão caso deseje acessá-los num pode ocorrer” tablet. Já o funcionário que estiver Daniel Dulac, utilizando redes sociais, em da Enterasys contrapartida, terá mais lentidão ao Networks carregar as informações. Atualmente, Dulac diz que os setores mais avançados na adoção de conexões Wi-Fi privativas são o educacional, de governo e saúde. No Brasil, o Hospital e Maternidade Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, é um dos pioneiros na adoção da solução da empresa. A demanda por internet sem interrupções é latente devido à necessidade de se obter rapidamente dados sensíveis de pacientes por médicos e enfermeiros. Todos os ambientes do hospital foram cobertos, desde a UTI e até mesmo áreas de exames, deslocamentos e dentro dos elevadores. “São os primeiros sinais do que acreditamos ser o futuro, com cidades inteiras conectadas, sejam em ambientes públicos ou privados”, conclui o executivo. *A jornalista viajou aos EUA a convite da Enterasys.
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>infraestrutura Bruna Chieco
A ascensão dos servidores sem grife Os equipamentos de marca se transformaram nos “novos vilões” dos fornecedores de serviços de data center, que estão abandonando os fabricantes tradicionais e recorrendo diretamente aos chamados ODMs
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“As empresas estão indo para a nuvem e parte do processamento está em provedores que estão em um processo de ‘self build’, ou seja, comprando direto em Taiwan, e tirando as marcas tradicionais da jogada para reduzir custos”
São números superlativos, que exigem grande poder de processamento e, consequentemente, um sem-número de servidores, os quais consomem muito, mas muito dinheiro das empresas. Por isso, nos últimos anos, os servidores se transformaram nos “novos vilões” dos fornecedores de serviços de data center, que estão abandonando os fabricantes tradicionais e recorrendo diretamente aos chamados ODMs (original design manufacturer), montadoras de computadores que produzem equipamentos sob encomenda para outras empresas, a preços mais acessíveis Henrique Cecci, que os de marcas consagradas. O modelo de compra direta de ODMs do Gartner é adotado atualmente por companhias como Google, em 100% de seus servidores, Amazon e, mais recentemente, pelo Facebook, como forma de reduzir custos. Mas outras empresas, tais como as de hospedagem de sites, colocation de servidor e serviços de computação em nuvem, estão recorrendo a essas montadoras de equipamentos. No Brasil, embora esse movimento ainda seja tímido, já há empresas que estão seguindo nessa linha e adotando essa estratégia para tornar 2 4
foto: divulgação
ara oferecer gratuitamente 5 GB de espaço na nuvem, com o lançamento em 2011 do serviço iCloud, a Apple teve de construir três centrais de servidores. Uma delas, localizada na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, tem área de 46,4 mil metros quadrados, o equivalente a cinco campos de futebol, e custou estimados US$ 500 milhões. No Facebook cerca de 1,06 bilhão de pessoas no mundo acessam diariamente suas contas, trocam mensagens, comentam notícias e fazem upload de fotos. A cada dia, mais de 600 milhões de usuários, em média, acessam a rede social. Para dar conta dessa demanda, o Facebook precisa manter um verdadeiro exército de servidores espalhados por seus data centers nos EUA.
seus gastos com servidores menores. O apelo de cunho econômico dos servidores sem grife é forte. De acordo com o analista de mercado do Gartner, Henrique Cecci, ao optar pela aquisição do servidor diretamente do ODM, a empresa consegue reduzir os custos entre 15% e 25%. “As empresas estão indo para a nuvem e parte do processamento está em provedores que estão em um processo de ‘self build’, ou seja, comprando direto em Taiwan, e tirando as marcas tradicionais da jogada para reduzir custos”, explica. O analista do Gartner ressalta que as empresas que adotam essa estratégia consideram também o benefício de ter um equipamento feito sob encomenda, de acordo com as necessidades do ambiente tecnológico. “Isso funciona bem em data centers em que as aplicações foram desenhadas com certa previsão de falha e, se um servidor cair, a substituição pode ser feita rapidamente. Em mercados com grandes data centers, como Estados Unidos e Europa, há maior apelo por esse modelo, principalmente em companhias como Google, Amazon e Facebook.” O reflexo dessa tendência também pode ser traduzido em números. Estudo
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do Gartner mostra que a indústria mundial de ODMs movimentou US$ 904,1 milhões no ano passado, com o embarque de 347,7 milhões de servidores. Para este ano, a perspectiva é que os gastos cheguem a US$ 1,05 bilhão e que as remessas totalizem 395,2 milhões de unidades, com taxas de crescimento de 13,55% e 11,05%, respectivamente, até 2016. Mercado brasileiro Apesar de a preocupação com os custos crescentes dos data centers no mundo, no Brasil, a adoção dos servidores sem grife — também chamados pejorativamente de segunda linha — ainda é pequena, em razão principalmente da forte cultura de compra de servidores atrelada aos serviços de suporte. Outro fator que pesa para a baixa demanda por esses equipamentos é o fato de as empresas de data center operarem aplicações relativamente menores. “No Brasil, o modelo ainda não é tão adotado, pois o impacto dos custos é mais sentido nos mega data centers. Contudo, mesmo aqui isso já é uma realidade, pois o país segue a tendência mundial”, afirma Cecci. “A redução de 15% a 25% nos custos é um apelo forte, além de tornar a empresa mais competitiva.” Essa avaliação é compartilhada pelo diretor de operações da Alog Datacenters, Nelson Mendonça, para quem a economia de custos é, de fato, um apelo forte. Mas ele ressalta que ainda não nota um movimento tão expressivo de empresas no Brasil em partir para a compra de servidores sem grife. De todo modo, ele diz que a Alog está acompanhando a tendência do mercado e afirma que não terá nenhum problema em se adaptar a essa mudança quando chegar o momento. “Se clientes começarem a migrar para concorrentes por conta de adoção de servidores de menor custo, com certeza vamos nos mover nesse
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sentido. Mas ainda notamos um forte apelo, também, pela marca e suporte.” A Alog, que possui cerca de 10 mil servidores, cresce em uma média de 30% ao ano, e, segundo Mendonça, investe pesadamente em equipamentos. Ele justifica a postura de cautela em relação aos servidores sem marca por ainda não se sentir confortável em adquirir um equipamento que não fornece garantia ao cliente. Embora admita que os gastos com tecnologia de um data center sejam elevados, boa parte dos quais com aquisição e manutenção de servidores, a UOL Diveo, que possui aproximadamente Nelson Mendonça, 20 mil servidores distribuídos em quatro da Alog data centers, avalia que o suporte Datacenters oferecido pelas grandes marcas é mais compensador. “Já deixamos de contratar servidores, pois o fabricante não tinha suporte apropriado no Brasil”, relata o diretor de arquitetura e soluções da UOL Diveo, Thiago Charnet. “A estratégia de ODMs seria uma problema, por ser um servidor sem o suporte. Acredito que, no momento, essa é uma realidade aplicada apenas a empresas com grandes data centers.” Outro aspecto que torna a adesão das empresas aos servidores sem marca no Brasi reside nos altos custos de importação e na dificuldade de contratar serviços de outros países, como Taiwan. O gerente de operações da Locaweb, Marco Fonseca, acredita que, para a estratégia de ODMs se tornar uma realidade entre a maioria das empresas brasileiras, as taxas de importação terão de ser menores. “A importação é um empecilho que nos deixa dependentes da Receita Federal. Enquanto a situação for essa, não vejo como adotar essa estratégia”, diz.
foto: divulgação
>infraestrutura “Se clientes começarem a migrar para concorrentes por conta de adoção de servidores de menor custo, com certeza vamos nos mover nesse sentido. Mas ainda notamos um forte apelo, também, pela marca e suporte”
Apesar da resistência aos ODMs de boa parte dos fornecedores de serviços de data center, o analista do Gartner ressalta que se trata de uma tendência irreversível na medida em que cada vez mais empresas migram para aplicações na nuvem e o número de servidores cresce exponencialmente. “Aqui isso começará a ocorrer e as empresas terão que reformular o modelo de negócio”, diz Cecci. Projeto pioneiro Uma das companhias que planejam adotar servidores de ODMs no Brasil é a gaúcha KingHost, empresa de hospedagem de sites que fornece vários serviços da área de infraestrutura de web, que iniciou recentemente testes com os equipamentos em seu data center, de um fornecedor de Taiwan. A meta da empresa com a medida é reduzir o custo de aquisição em até 40% e entre 30% e 40% gasto mensal com manutenção. “Atentos à movimentação de grandes empresas,
visualizamos essa oportunidade de entregar um serviço mais barato e melhor. Esse é um projeto interno, com prazo de até três meses para avaliação, antes de decidirmos se vamos mesmo aplicar o modelo”, explica o gerente de TI da KingHost, Joris Bredow. Ele antecipa que a ideia é manter parte do data center, que atualmente possui 950 servidores, híbrido, e migrar a outra parte para o ambiente ODM. O executivo ressalta que a empresa também busca o aumento na qualidade de serviço. “Poderemos adotar tecnologias mais sofisticadas a partir de ODMs, pois com fornecedores padrão essa tecnologia é mais cara. Contudo, primeiramente precisamos fazer análise com os novos servidores, já que com fabricantes de marca temos consultores, suporte e substituição de hardware em pouco tempo. A iniciativa precisa ter um custo adequado para substituição, por exemplo, sem impacto”, completa Bredow, que espera iniciar a implantação do novo parque de servidores até o fim do ano, caso o projeto seja aprovado. O Gartner lembra que nem sempre o objetivo da adoção desse modelo é somente a redução de custos. “Outros fatores estratégicos, como a simplificação das operações internas e os ganhos em termos de velocidade, agilidade e escalabilidade também são considerados”, explica Cecci. Bredow confirma que a companhia terá outros ganhos a partir de aquisições de servidores de ODMs, como otimização do espaço físico. “Já temos espaço físico provisionado para crescimento de nosso data center até o fim do ano. Com essa estratégia, não precisaremos de novo espaço físico e vamos até diminui-lo um pouco”, destaca.
Vendas de servidores têm crescimento tímido
Gravvi/shutterstock.com
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crescimento das vendas de servidores de ODMs ainda está longe de ameaçar os fabricantes tradicionais. Estimativas do Gartner indicam que o mercado mundial de servidores de marca deve crescer a uma taxa anual de 2,1% até 2016 e atingir US$ 58,4 bilhões. Em 2012, as vendas totalizaram US$ 51,9 bilhões e, para este ano, a consultoria estima que a cifra deva alcançar US$ 54 bilhões, como parte dos gastos mundiais de TI para o ano, projetados em US$ 3,7 trilhões. A consultoria registrou a remessa
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de 9,8 bilhões de servidores no mundo em 2012 e projeta uma taxa de crescimento anual de 4,5%, chegando a 11,8 milhões de máquinas em 2016. O Gartner avalia que a participação da América Latina no volume total de remessas será uma das menores em 2013, representando 4,2%, à frente apenas da Europa Central e da África (3%). A região, contudo, deve gastar US$ 2,5 bilhões com servidores neste ano, 4% a mais que em 2012, com crescimento de 1,7% ano a ano até 2016.
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>internet Ana Lúcia Moura Fé
A arrancada do
m-commerce
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ano de 2012 foi pródigo em indícios de que as vendas online por meio de aparelhos móveis (m-commerce) se consolidaram como fenômeno global. Os sinais mais óbvios estão nas estatísticas. Elas revelam ritmo acelerado de adesão dos consumidores, na esteira da explosão do consumo de smartphones e tablets em todo o mundo. Nos Estados Unidos, país mais maduro nessa área, as compras móveis devem superar US$ 38 bilhões neste ano, segundo a eMarketer. Isso representa 15% de todo o comércio eletrônico daquele país. Essa fatia era de apenas 7% em 2011.
No Brasil, os resultados são mais acanhados, mas o ritmo de expansão é igualmente vigoroso. De um market share nulo em meados de 2010, o m-commerce local chegou a 10% no ano passado. “Essa taxa é o dobro da obtida em 2011”, diz Gerson Rolim, diretor de comunicação e consultor da camara-e.net. Em valores absolutos, a e-bit — empresa de monitoramento de comércio eletrônico — calcula que o comércio móvel nacional movimentará R$ 2 bilhões em 2013. O crescimento deve se manter, tendo em vista a popularização dos dispositivos inteligentes no país e a perspectiva de acesso menos dispendioso à internet móvel de alto desempenho. “No mais tardar em 2014 o número de smartphones no Brasil será maior do que o dos básicos webfones”, diz Rolim. Segundo ele, o binômio aparelho inteligente/banda larga 3G ou 4G deverá anular um dos principais entraves para o avanço do m-commerce no país, que é o número irrisório de aparelhos com plano de dados. “Pouco acima de 2%, no caso de smartphones”, informa. 2 8
Do seu posto privilegiado de observação — os associados da camara-e.net respondem por mais de 80% do comércio virtual do país —, Rolim enxerga intensa movimentação das empresas para estender ao ambiente móvel a experiência já acumulada no e-commerce convencional. “Se houver barreira para essas empresas, não será tecnológica, porque o investimento delas em TI e integração é permanente, e vender via tablet ou smartphone se tornou simples hoje em dia”, afirma. O especialista acredita que um grande desafio, se houver, será no âmbito do mobile payment. “A oferta de opções de pagamentos com tecnologias variadas, como RFID [identificação por radiofrequência] e NFC [tecnologia de
entra na loja. Esse cenário abre um leque de abordagens inovadoras — como cupons e descontos instantâneos e personalizados, oferta de produtos que complementam a última compra realizada pelo cliente, etc. — que dependem da criatividade do marketing e das vendas tanto quanto da TI. Desafio e oportunidade No Walmart, o esforço de integração do ambiente multiplataforma é enfrentado conjuntamente por equipes nos Estados Unidos e no Brasil. “A ordem é desenvolver tecnologias que ofereçam a 'experiência Walmart' em tempo real, em qualquer lugar e a qualquer momento,
De um market share nulo em meados de 2010, o m-commerce no Brasil chegou a 10% no ano passado, o dobro da taxa obtida em 2011 comunicação por aproximação], pode exigir esforço extra de integração e de segurança”, diz. Afora isso, as grandes redes varejistas entram na corrida com vantagens únicas, em comparação com lojas virtuais pure play, 100% online. Uma delas é a possibilidade de integração multicanal em toda a sua amplitude. Aliada com CRM de ponta e recursos de geolocalização, essa integração pode permitir, por exemplo, que um vendedor identifique um comprador, seu histórico de compras e suas preferências no momento em que o mesmo, portando dispositivo inteligente,
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cobrindo todos os pontos de contato com o consumidor moderno. É um desafio e uma oportunidade”, diz Pablo Ibarrolaza, gerente de marketing do Walmart.com. A operação brasileira beneficia-se dos altos investimentos que a matriz destina ao tema, tendo à frente o @WalmartLabs. A incubadora de produtos móveis e sociais do grupo tem realizado uma série de compras que garantem fortalecimento rápido de musculatura. Um exemplo foi a compra, em 2012, da Small Society, desenvol vedora de aplicativos baseados no sistema operacional iOS, da Apple, que d e
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Oleg Zhevelev/shutterstock.com
Grandes redes varejistas se preparam para a explosão do consumo móvel no Brasil
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Pablo Ibarrolaza, do Walmart.com
“Atualmente, 1,5% do acesso ao e-commerce do Magazine Luiza origina-se em dispositivos móveis, incluindo tablets” Frederico Trajano, do Magazine Luiza
melhorar a experiência de compra de grande número de consumidores que já acessavam o “site desktop” via dispositivos móveis. A versão final foi lançada em maio do ano passado, em HTML 5 + CSS 3. “Não atende a 100% dos aparelhos, mas funciona muito bem para os que geravam o maior número de visitas em nosso site para desktop”, diz Trajano. O executivo revela que a empresa se preparou muito, tecnologicamente, para estar apta à integração multiplataforma. Hoje, a infraestrutura do grupo conta com uma camada para regras de negócios, o que significa que pode pensar em novos canais de venda e desenvolver plataformas específicas sem ter que reescrever essas regras. “Foi assim que pudemos desenvolver a foto: divulgação
“A ordem é desenvolver tecnologias que ofereçam a ‘experiência Walmart’ em tempo real, em qualquer lugar e a qualquer momento, cobrindo todos os pontos de contato com o consumidor moderno”
tem entre os clientes marcas de peso, como Starbucks e Whole Foods. Com o suporte internacional, o Walmart no Brasil lançou no primeiro semestre de 2012 o site para smartphones e, ainda no primeiro trimestre deste ano, deverá lançar a versão para tablets. “Isto permite que a empresa dê os próximos passos, que incluem criação de aplicativos para diferentes sistemas operacionais e ‘gamificação’ da experiência de compra. Sem uma plataforma web sólida não conseguiríamos finalizar a venda, por isso escolhemos este caminho”, explica o executivo. A equipe local deverá lançar neste ano tecnologias de SMS e QRCodes para geração de cupons. Também começará a usar plataformas como Foursquare para publicação de ofertas exclusivas. “Continuaremos a construir integrações com jogos sociais, como fizemos com o MegaCity, da Vostu, e estamos trabalhando em iniciativas para expandir a experiência física de compra com elementos virtuais”, adianta Ibarrolaza. Para atingir os vários tipos de consumidores, a rede varejista considera importantes abordagens com foco tanto em aplicativos quanto em navegadores. Segundo Ibarrolaza, entre os usuários de Apple, onde o tablet iPad é líder, há maior propensão ao uso de aplicativos por causa do iTunes. Já os usuários de Android, segmento onde os smartphones predominam, têm mais facilidade para utilizar o browser integrado no sistema operacional. “Para finalizar uma venda, precisamos de ambas as abordagens. O mesmo ocorre quando fazemos campanhas de e-mail marketing. Precisamos que existam páginas web móveis para aqueles consumidores que checam seu e-mail no smartphone”, diz. A expectativa do Walmart, com todas essas estratégias e táticas, é promover rápido aumento das vendas móveis, que hoje representam 3% do total comercializado no seu e-commerce (63% via tablets).
foto: Izilda França
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Integração multiplataforma No Magazine Luiza, Frederico Trajano, diretor de operações, informa que a abordagem escolhida pela empresa inclui plataforma específica para smartphones e, no caso de tablets, acesso à versão “desktop” do site. O diretor informa que a plataforma para smartphones foi desenvolvida para 3 0
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plataforma de social commerce Magazine Você, a plataforma móvel Clube de Ofertas e outros produtos que estão por vir em 2013”, diz. Atualmente, 1,5% do acesso ao e-commerce do Magazine Luiza originase em dispositivos móveis, incluindo tablets, informa Trajano. E quase 50% do tráfego na plataforma mobile vem de buscadores. “Pensando no comportamento das pessoas, é bem mais fácil ir até um buscador ou comparador de preços, buscar por um produto, encontrar o produto ou melhor preço e ir até o site”, avalia. Por outro lado, o executivo está ciente de que as pessoas esperam cada vez mais que as marcas tenham aplicativos, conforme atestam pesquisas junto a usuários americanos de smartphones. “Temos que estar preparados para atender onde e quando as pessoas quiserem”, diz ele, adiantando que a rede varejista já desenvolve seu aplicativo móvel. “Com certeza não será apenas um catálogo de produtos”, ressalta. Entre as várias ações com objetivo de fortalecer o m-commerce da empresa, Trajano destaca, ainda, o lançamento em 2012 de chip pré-pago com beneficio de navegação grátis nas plataformas da varejista e nas redes sociais. “Ofertas são enviadas para os clientes que podem escolher por fazer a compra em nossa plataforma móvel”, explica. A empresa também trabalha com geolocalização e SMS interativo, entre outras ferramentas. Thiago Sarraf, diretor de e-commerce da agência Enken e líder do comitê de comércio eletrônico da APADi (Associação Paulista das Agências Digitais), enxerga no Brasil uma maior tendência de adaptação do site para a plataforma móvel do que desenvolvimento de aplicativo de compra. Mas acredita que esse tipo de aplicativo continuará a evoluir e a se consolidar não apenas como ferramenta de compra, mas sobretudo canal de relacionamento com o cliente. Para Sarraf, um dos desafios das empresas é lidar com o grande volume de dados e as várias frentes que precisam de controle, monitoramento e atualização. “O m-commerce é mais um canal a ser coberto pelo sistema de gestão de informações”, diz. Os especialistas consultados alertam que não se deve separar internet de mobilidade. Tudo é internet, eles dizem. O que muda é a interação das pessoas e os meios usados para acesso. d e
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