Ano 7 | nº 67 | abril de 2011
www.tiinside.com.br
ESPECIAL
Brasilcap terceiriza produção de sistema Falta de planejamento retarda efeito do BI Vestuários, enfim, chegam à web
SUL
PÓLO PRODUTOR DE TI Como os três estados contribuem e consomem novos recursos tecnológicos
O MAIOR EVENTO DE FUTEBOL DO PLANETA. A GENTE NÃO IA FICAR NO BANCO. OI. PATROCINADORA OFICIAL E FORNECEDORA DE TODOS OS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES PARA A COPA DO MUNDO DA FIFA BRASIL 2014™.
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>editorial
Ano 7 | nº 67 |abril de 2011 | www.tiinside.com.br
Presidente Rubens Glasberg Diretores Editoriais André Mermelstein Claudiney Santos Samuel Possebon Diretor Comercial Manoel Fernandez Diretor Financeiro Otavio Jardanovski
Mercado do Sul reflete expansão econômica
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reportagem de capa dessa edição aborda o mercado de tecnologia da informação e telecomunicações (TIC) na Região Sul do Brasil. Buscamos fazer um retrato amplo que vai da formação e fomento ao empreende dorismo dos profissionais locais, até a presença e o investimento de empresas locais e multinacionais do setor e ainda as tendências de utilização da tecnologia por parte das corporações e Governos. O mercado de tecnologia da informação e comunicação no Sul do País reflete particularidades possíveis apenas nos três estados que mais se desenvolveram economicamente nos últimos dois anos. Primeiro é preciso ressaltar que o Sul, de acordo com dados de participação das regiões brasileiras na economia em 2008, divulgados em novembro do ano passado, representa 16,6% do PIB nacional. Assim como a presença de médias e pequenas empresas, para não falar apenas das grandes, se fortaleceu no último biênio, comportamento que traz mais perspectivas de investimentos em TIC na região ou mesmo fortalece a intenção dos usuários domésticos. Um exemplo é o dado divulgado pela Intel, segundo o qual, em 2011, 38% das pessoas ouvidas comprarão computadores, com maior destaque ao Rio Grande do Sul, no qual algo como 50% dos entrevistados estão propensos à compra dos equipamentos. Com o Paraná logo atrás (44%) e Santa Catarina (34%) quase na média. O que traz alento para os fornecedores da região. Vale ressaltar a participação do Estado nas incubadoras de empresas, como a Tecnosinos, TecnoPUC e Valetec, todas gaúchas, para fomentar e ajudar o empreendedorismo na criação de empresas inovadoras. Esse círculo virtuoso se completa com a instalação de centros de desenvolvimento de multinacionais em várias cidades
Editor Claudiney Santos Redação Jackeline Carvalho (Comunicação Interativa)
e na capital dos três estados, atraídas pela mãos de obra das universidades que têm em seu currículo cursos nas áreas tecnologia. Essa edição também tem um caráter especial, pois vai circular na primeira versão da CeBIT na América Latina, feira e congresso BITS – Business IT South America, que acontece de 10 a 12 de maio em Porto Alegre, promovido pela Deutsche Messe em cooperação com a Converge Comunicações e a Fiergs-Ciergs, reunindo profissionais do Brasil e do exterior. O evento irá retratar o momento ímpar vivido pelo País, às voltas com a preparação da infraestrutura para receber o mundial de futebol da FIFA e as Olimpíadas, eventos que devem gerar um alto volume de dados e para os quais os provedores de serviços de data center, registrados em outra reportagem, se preparam com um grande investimento na computação em nuvem. A venda de vestuários e adereços pela web também foi alvo de nossas investigações, já que o setor demorou a apostar no e-commerce e ainda patina na formatação de um modelo vencedor. E em se tratando de iniciativas bem sucedidas a Sabesp – companhia de saneamento básico de São Paulo – dá exemplo ao adotar uma plataforma de business intelligece para controlar os gastos com telecomunicações. Como resultado, além da economia imediata, a possibilidade de filtrar gastos pessoais e corporativos. O BI, aliás, aparece novamente na lista de prioridades dos gestores de TI, mas dessa vez nossa equipe de jornalistas registra que, apesar do alto consumo de informações e das boas intenções, as empresas continuam errando muito ao tomar decisões estratégicas. Boa leitura.
Claudiney Santos Diretor/editor csantos@convergecom.com.br
Colaboradores Claudio Ferreira Marcelo Vieira TI Inside Online Erivelto Tadeu (Editor) Pedro Canário (Repórter) Victor Hugo Alves (Repórter) Arte Edmur Cason (Direção de Arte); Débora Harue Torigoe (Assistente); Rubens Jardim (Produção Gráfica); Geraldo José Nogueira (Edit. Eletrônica); Alexandre Barros e Bárbara Cason (colaboradores) Departamento Comercial Manoel Fernandez (Diretor) Francisco Cesar Jannuzzi e Carla Gois (Gerentes de Negócios); Marco Godoi (Gerente de Negócios Online); e Ivaneti Longo (Assistente) Gerente de Circulação Gislaine Gaspar Marketing Elisa Leitão Gisella Gimenez (assistente) Gerente Administrativa Vilma Pereira TI Inside é uma publicação mensal da Converge Comunicações - Rua Sergipe, 401, Conj. 603, CEP 01243-001. Telefone: (11) 3138-4600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP. Sucursal SCN - Quadra 02 - Bloco D, sala 424 - Torre B Centro Empresarial Liberty Mall - CEP: 70712-903 Fone/Fax: (61) 3327-3755 - Brasília, DF. Jornalista Responsável Rubens Glasberg (MT 8.965) Impressão Ipsis Gráfica e Editora S.A. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista, sem autorização da Glasberg A.C.R. S/A CENTRAL DE ASSINATURAS 0800 014 5022 das 9 às 19 horas de segunda a sexta-feira Internet www.tiinside.com.br E-mail assine@convergecom.com.br REDAÇÃO (11) 3138-4600 E-mail cartas.tiinside@convergecom.com.br PUBLICIDADE (11) 3214-3747 E-mail comercial@convergecom.com.br
>sumário
Instituto Verificador de Circulação
NEWS
10 Terceirização
4 Alta demanda
Mercado de tablet movimentará quase US$ 50 bi em 2015
Brasilcap manda desenvolver sistema para pagamento do Cap Fiador
6 Sinal verde
12 Impressão otimizada
Câmara aprova projeto que regulamenta lan house
Grupo Martins terceiriza projeto, suporte e manutenção de impressoras
7 Paixão nacional
37 Gestão fiscal
SulAmérica adquire solução integrada para emissão de NF-e
INFRAESTRUTURA
42 Por que elas erram?
Fala de planejamento retarda efeito do business intelligence
MERCADO
Quatro em cada nove brasileiros têm um PC
ESPECIAL
14 Nova face
GESTÃO 8 Telefonia inteligente
Sabesp reduz custo de telefonia usando solução de BI
Segundo o Gartner não há outra saída aos data centers senão a TI Verde
MERCADO
18 Especial Sul
O perfil de desenvolvimento e consumo de TIC na região que mais cresce no País Capa: shutterstock/editoria de arte converge
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INTERNET 42 A moda na web
Varejo de vestuário e acessório finalmente se lança no e-commerce
>news ALTA DEMANDA Mercado de tablets movimentará quase US$ 50 bi em 2015
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s vendas mundiais de tablet PCs devem atingir US$ 49 bilhões em 2015, saltando de praticamente nada em 2009, de acordo com projeção da Strategy Analytics, que aponta a América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico como as regiões mais atrativas para os fabricantes desses dispositivos. De acordo com o estudo, dentro de quatro anos a receita mundial da indústria de tablet PCs superará a de diversas categorias de eletrônicos de consumo, com exceção dos segmentos de TVs e computadores pessoais. A queda nos preços dos tablets nos próximos anos, em razão da maior concorrência, também será um impulsionador das vendas, já que se tornarão mais acessíveis à população. A consultoria avalia que os equipamentos representam grande oportunidade para as empresas tanto em mercados maduros como nos emergentes. Segundo o estudo, ainda que 80% do faturamento da indústria em 2015 seja proveniente das vendas dos modelos chamados de entrada e dos modelos mais sofisticados (high-end).
Líder nacional
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Totvs manteve a liderança em participação de mercado de sistemas de gestão empresarial (ERP), mas, quando analisado somente o segmento de grandes empresas, a SAP ainda tem o maior market share, segundo o estudo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP). O levantamento mostra que a empresa tem 38% de participação no mercado de ERP brasileiro, enquanto que suas principais concorrentes SAP e Oracle detêm 27% e 17%, respectivamente. Considerando apenas o segmento de médias para pequenas empresas (companhias com 30 a 160 teclados), a Totvs fica com quota de 54%, contra 8% da SAP e da Oracle. Já na faixa de médias empresas (companhias com 160 a 550 teclados), o estudo mostra a Totvs com market share de 40%, a SAP com 20% e a Oracle, 19%. No segmento de empresas de grande porte (companhias com mais de 550 teclados), a SAP lidera com folga, respondendo por 50% dos ERPs instalados, frente 21% da Tovts e 20% da Oracle. A pesquisa revela, ainda, que há um grande domínio da Microsoft em software para o setor corporativo: o sistema operacional Windows está presente em 97% dos PCs usados nas empresas, o Office em 92% e o Internet Explorer, em 91%. Além disso, a empresa tem 73% de participação no segmento de software de correio eletrônico para empresas e de 67% na área de sistemas operacionais para servidores (Windows Server). O Linux, por sua vez, há três anos está estacionado em 20% de representatividade. No quesito banco de dados para servidores, a Oracle mantém a liderança com market share de 36%, seguida de perto pelos sistemas padrão SQL, cuja parcela total atualmente é de 34%. No terceiro posto aparecem o Access, da Microsoft, e o Progress, ambos com 6%, enquanto o DB2 detém participação de 5%. 4
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Grande consumidor EUA são os maiores compradores do software nacional
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s Estados Unidos foram o destino de 72,7% das exportações de software e serviços da indústria brasileira de tecnologia da informação em 2009. O segundo maior mercado é o México, que representou 3,8% das exportações, e os países do Mercosul, com 3,1%. No total, as exportações somaram R$ 2,1 bilhões, sendo que as vendas externas de software customizável foram as mais expressivas, respondendo por 55,8% da receita. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O relatório, denominado Pesquisa de Serviços de Tecnologia da Informação 2009, mostra que a receita das empresas brasileiras de software e serviços de TI alcançou R$ 39,35 bilhões em 2009, com destaque para a área de desenvolvimento de software, cujo montante ficou em R$ 13 bilhões, respondendo por 33,1% do total. Já a receita com licenciamento e representação de software produzido no exterior atingiu R$ 4,4 bilhões naquele ano, representando 11,1%. Quando se soma o obtido com software nacional e o produzido no exterior, as vendas totalizam R$ 18 bilhões, ou 46% da receita total das empresas. Os serviços profissionais, por sua vez, totalizaram R$ 20,4 bilhões, representando 51,8% do faturamento das empresas brasileiras de TI. Os setores financeiro, público e de telecomunicações foram os responsáveis pela maior demanda representando 18,3%, 18,2% e 10%, respectivamente, da receita. Outra área que apresentou bom desempenho foi a de consultoria em sistemas e processos em TI, que movimentou R$ 5,6 bilhões em 2009.
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>news Sinal verde
Câmara aprova projeto que regulamenta lan house
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plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em 19/04, o Projeto de Lei 4361/04, que regulamenta o funcionamento das chamadas lan houses e prevê sua participação em parcerias com os governos para o desenvolvimento de atividades educacionais, culturais e de utilidade pública. Agora a matéria será analisada pelo Senado. O texto aprovado é o de uma emenda do relator, o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ). São previstas parcerias entre os governos municipais, estaduais e federal, para ampliar o acesso à internet por meio de programas de complementação pedagógica. Se o projeto virar lei, as lan houses passarão a ser definidas como centros de inclusão digital (CID), que apresentam interesse social para a universalização do acesso à internet, além de prestadoras de serviços. Uma das emendas incluídas no texto, de autoria da deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), prevê a garantia de acessibilidade a pessoas com deficiência, na forma de um regulamento. Segundo Leite, a realidade brasileira revela que o acesso à internet está caracterizado pelas lan houses. Estima-se que existam hoje aproximadamente 108 mil lan houses em todo o Brasil, e 45% do total de usuários acessam a internet nesses estabelecimentos. Nas classes D e E, esse número sobe para 74%. “Na faixa etária de menores de 16 anos, 60% dos que acessam a internet o fazem por meio de uma lan house, por isso não podemos estabelecer restrições para esse grupo”, explicou o relator, que rejeitou propostas de proibir os jovens de frequentar essas casas. De acordo com o texto aprovado, as lan houses deverão possuir software que orientem e alertem menores de 18 anos sobre o acesso a jogos eletrônicos não recomendados para sua idade, respeitando a classificação indicativa do Ministério da Justiça. Isso valerá também para sites pornográficos e afins. Os equipamentos também terão de possuir programas que garantam a inviolabilidade dos dados pessoais do usuário e do conteúdo acessado, salvo no caso de ordem da Justiça para investigação. Essas regras deverão aparecer na tela inicial de cada computador e seu descumprimento pela lan house implicará o descredenciamento automático de programas públicos de apoio. Para viabilizar o acordo de aprovação do projeto, Leite retirou dispositivo que permitia aos governos contabilizarem os recursos usados nessas parcerias para o alcance dos percentuais mínimos
previstos na Constituição para aplicar na educação. Identificação Outra emenda aprovada, defendida pelo PPS, prevê que as lan houses registrem o nome e a identidade dos usuários. Inicialmente, o partido pretendia que o endereço também fosse anotado e estabelecia punições para as casas que não cumprissem a regras. Entre os serviços que podem ser oferecidos pelas lan houses estão o acesso a programas de pesquisa e estudo e a conexão com instituições públicas para o cumprimento de obrigações legais e exercício da cidadania. Para estimular a atualização tecnológica das lan houses, o projeto aprovado estabelece prioridade em linhas especiais de financiamento para compra de computadores. Isso se aplica, por exemplo, a bancos públicos como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Outro ponto do projeto permite a municípios e organizações representativas das lan houses instituir selos de qualidade com o objetivo de incentivar a melhoria do serviço prestado. Como exemplo de cooperação entre governo e iniciativa privada, Otavio Leite cita o projeto Centro de Internet Popular, da prefeitura de Estância (SE). Segundo o relator, ao todo são 21 estabelecimentos nos quais os alunos da rede pública municipal podem acessar gratuitamente a internet por meio de um tíquete distribuído pela prefeitura que dá direito a seis horas mensais – cinco para pesquisas escolares e uma para entretenimento. Em contrapartida, os donos de lan houses participantes do programa devem oferecer um projeto pedagógico que possa transformar esses estabelecimentos em ambientes de aprendizagem. As informações são da Agência Câmara.
Fim da linha Oracle abandona desenvolvimento do OpenOffice.org
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Oracle decidiu interromper o desenvolvimento do pacote de aplicativos para escritório OpenOffice.org, deixando a atualização do sistema a cargo da comunidade open source. A companhia informou que não irá mais oferecer uma versão comercial da suíte de programas de produtividade. Em comunicado, a fabricante de software disse que “dada a amplitude de interesse nos aplicativos de produtividade de código aberto e a rápida evolução das tecnologias de computação pessoal, acreditamos que o projeto OpenOffice.org seria melhor gerido por uma organização sem fins comerciais focada no atendimento ao público”. A Oracle, no entanto, afirma que continuará a realizar diversos investimentos em tecnologias de código aberto, incluindo Linux e MySQL.
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PAIXÃO NACIONAL Quatro de cada nove brasileiros têm um PC
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uso de computadores no Brasil continua crescendo de forma contínua. E embora a taxa de penetração desses produtos ainda esteja bastante abaixo dos Estados Unidos, maior mercado de computadores do mundo, ela é bem superior à média mundial. Enquanto no país existem atualmente 44 PCs para cada 100 habitantes, nos EUA o número é de 106 equipamentos por 100 habitantes e, no mundo, a média é de 36 computadores por 100 habitantes. Os números constam da pesquisa “Mercado Brasileiro de Tecnologia de Informação (TI) e Uso nas Empresas”, divulgada anualmente pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP). De acordo com o relatório, no ano passado havia 78,2 milhões de computadores em uso no país, número que chegou a 85 milhões neste ano, o que significa que quatro de cada nove brasileiros têm um equipamento para uso doméstico ou corporativo. O levantamento aponta que o número de computadores no país duplicou nos últimos três anos e a tendência é que essa progressão se repita nos próximos três ou quatro anos. Para 2012, a expectativa é de um computador para cada dois
brasileiros, totalizando uma base instalada de 98 milhões de computadores. “Vamos atingir um PC para cada dois habitantes antes do previsto. O Brasil está bastante acima da média mundial no uso de PCs pela população e atualmente 3,4% dos computadores do mundo estão no país. Esta participação só tende a crescer nos próximos anos”, segundo o coordenador da pesquisa e professor da FGV, Fernando Meirelles. A projeção da FGV é que a base instalada de PCs no Brasil chegue a 140 milhões em 2014, o que, se confirmado, representará dois PCs para cada três habitantes. Segundo Meirelles, o aumento se deve basicamente a dois fatores. O primeiro fator é a queda, ano a ano, nos preços dos chamados equipamentos de entrada de linha, e o segundo aspecto é o crescimento da percepção das pessoas sobre a utilidade do computador. “A conectividade ainda é um grande gargalo, mas, com o acesso à banda larga mais disseminado, o mercado brasileiro de PCs deve avançar ainda mais rápido”, pondera. O estudo revela ainda que as empresas investem atualmente 6,7% da receita líquida em TI, quantia que vem crescendo 8% ao ano e que deve ser ainda maior no futuro. Segundo o relatório, os gastos das empresas com TI dobraram nos últimos 14 anos.
Fernando Meirelles, da fgv: disseminação da banda larga deve acelerar expansão do mercado de pc
>gestão Marcelo Vieira
Telefonia inteligente Sabesp implementa solução de BI para redução de custos com telefonia
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Sérgio Nakamura, da Sabesp: a solução facilitou a unificação de nossas unidades de negócios, padronizando a tarifação
foto: divulgação
Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) é uma concessionária de serviços de saneamento. Fundada pelo estado em 1973, abriu seu capital em 1994, quando tornou-se uma empresa de economia mista. Atualmente, fornece água e trata os esgotos de 366 municípios. Tem ações negociadas nas bolsas de São Paulo e Nova Iorque. Seu maior acionista é o governo do estado de São Paulo. A partir de 1995, a Sabesp adotou um modelo de administração descentralizado, baseado no conceito de unidades de negócio regionais, divididas por bacias hidrográficas. São 16 unidades, que possuem autonomia de gestão, aplicação e alocação de recursos. financeira de recursos de “Quando começou o movimento de telecomunicações. Em 2003 foram criação das unidades de negócio na instalados alguns pontos piloto para empresa, cada uma recebeu autonomia testes, e a adoção em definitivo foi feita total”, explica Sérgio Nakamura, gestor em 2007 sendo que, este ano, foi de estratégias de telecom e redes da implantada um nova versão do sistema, Sabesp. “Naquela época os serviços de o Sumus Servidor for Web BI (SSW-BI). telecomunicações também foram descentralizados. Depois percebeu-se que a estrutura antiga deveria ter sido mantida, Somente com a adoção do sistema para melhor controle de de BI e a cobrança de ligações gastos da holding.” particulares, a Sabesp obteve No entanto, cada unidade já havia adotado redução de 10% a 13% nos gastos sistemas de tarifação para telefonia de diferentes Acessibilidade empresas e modelos. “Os principais A ferramenta atende a 220 problemas decorrentes da localidades, que reúnem 16 mil ramais e descentralização foram os gastos 748 PABX, sendo aproximadamente 80% consideráveis e descontrolados, além da já com a nova versão do SSW-BI. Com o falta de um inventário do que era sistema, relatórios e informações podem realmente contratado”, diz Nakamura. ser acessados via web. “O sistema tem a “Heranças de uma Sabesp sob o conceito vantagem de permitir grande de empresa pública.” acessibilidade por parte dos gestores, que A companhia decidiu então investir podem ver essas informações onde em um sistema unificado para controle estiverem”, diz Vanderlei Ruiz, gerente de de custos de telefonia. A plataforma pós-vendas da Sumus. adotada é fornecida pela Sumus, Somente com a adoção do sistema e especialista em gestão técnica e 8
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da cobrança de ligações particulares, já obteve-se redução de 10% a 13% nos gastos. Além desse recurso, a ferramenta oferece opções de relatórios e gráficos para dimensionamento de infraestrutura, com identificação de desperdícios, análise de tarifas, rateio de despesas etc. Há ainda um recurso de autoanálise, que demonstra tendências de crescimento ou queda dos gastos. “Adotamos a ferramenta da Sumus para unificar nossa rede de telecomunicações”, explica Sérgio Nakamura. “Para o processo de centralização, a solução facilitou a unificação de nossas unidades de negócios, padronizando a tarifação.” O sistema atende tanto a plataformas IPT (de telefonia IP) como PABX convencionais, e permite o controle do número ilimitado de sites, usuários, ramais e senhas da empresa em um mesmo sistema. Uma solução desenvolvida pela própria Sabesp, trabalhando em conjunto com o SSW-BI, identifica os ramais de onde partem as ligações, para quem fez chamadas passíveis de cobrança direta ao funcionário. No futuro próximo, esse recurso permitirá identificar automaticamente quais números chamados são ou não particulares, com o desconto das ligações sendo feito diretamente na folha de pagamento. A expectativa da Sabesp é economizar ainda mais, conforme os recursos da ferramenta forem incorporados e explorados. Além disso, a empresa está adotando procedimentos empresarias para o uso racional de telefonia fixa e móvel, com limites de utilização para cada unidade administrativa. Segundo Nakamura, ainda há vários abusos e irregularidades na utilização dos recursos. “Mas a maior mudança já aconteceu. Agora vamos afinar nossas ações com o uso da ferramenta e conseguir redução ainda maior dos gastos com ligações.”
>gestão Jackeline Carvalho
Brasilcap: novo sistema de
faturamento do seguro fiança Aplicação viabiliza a emissão de boletos para pagamentos de parcelas do Cap Fiador, proposta de título de capitalização para locadores de imóveis
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Augusto Pestana, da Brasilcap: empresa precisava de um novo meio de pagamento para os produtos, e a urgência levou à terceirização do desenvolvimento
explosão do mercado imobiliário brasileiro nos últimos anos – o crescimento aproximado foi de 39%, em 2010, com expectativas de 930 mil imóveis financiados – fez a Brasilcap, empresa de capitalização com mais de 3 milhões de títulos ativos e uma carteira de 1,8 milhão de clientes, observar atentamente o setor e desenvolver soluções atraentes a nova clientela. Um dos produtos, voltado ao contingente de locadores de imóveis (inquilinos), é Cap Fiador, um título de capitalização de pagamento único que funciona como garantia locatícia. A proposta é o que o cliente faça pagamento único, que varia entre R$ 2 mil e R$ 30 mil, e se a fiança não for utilizada, o título devolve 100% do valor despendido após o fim do prazo de capitalização, que é de 30 meses, ou de acordo com o período que consta no contrato de locação. Até a diversificação dos produtos, o único canal de vendas da empresa era o Banco do Brasil, o qual oferecia aos seus clientes os títulos de capitalização pagos por meio de débito em conta ou cartão de crédito. Mas o Cap Fiador exigiu das áreas comercial e de TI da Brasilcap uma nova forma de pagamento, o boleto bancário, condição essencial à ampliação do alcance do produto. Com R$ 3 bilhões de faturamento em 2010, 510 funcionários e um montante variando entre 1% a 1,5% do faturamento aportado em TI, a Brasilcap definiu como premissa para lançamento do Cap Fiador o desenvolvimento de um conjunto de soluções tecnológicas que permitisse a venda do produto para consumidores de outros bancos, com o boleto bancário como mais uma alternativa de pagamento, 1 0
segundo o CIO Carlos Augusto Pestana. “Precisávamos de um novo meio de pagamento para os produtos. E como tínhamos uma certa urgência, fomos procurar empresas que já tivessem experiência e conhecimento prévio neste trabalho”, relata o executivo. “No processo de concorrência para a escolha do fornecedor foram analisados quesitos como competência, capacidade, potencial, certificações e se a expertise dos players correspondia ao nível de exigência e qualidade da companhia. A Smart Solutions se mostrou um parceiro qualificado, confiável e comprometido”, completa Pestana. Agilidade Foram nove profissionais envolvidos durante todo o trabalho, sendo cinco da Brasilcap e quatro da Smart Solutions. “A implantação durou seis meses, e, em outubro, entregamos desde o módulo com novas regras de negócios, até a integração destes módulos o seu back-office”, diz o
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gerente de Negócios da Smart Solutions, Ricardo Godinho. Uma das particularidades do projeto, segundo Godinho, é a programação utilizando um misto de ferramentas. “Uma parte antiga das aplicações está em Visual Basic e a parte de portal foi desenvolvida em Java, com algumas integrações feitas em VB”, diz, ao estimar que 80% da programação está em Java e 20% VB em função do legado. Com um investimento de aproximadamente R$ 260 mil feito no desenvolvimento da plataforma de pagamento do Cap Fiador, a Brasilcap diversificou a possibilidade de comercialização do produto para, além das agências do Banco do Brasil, as imobiliárias, permitindo que o pagamento seja feito por boleto bancário ou por cartão. Toda a contratação do Cap Fiador é feita pelo portal, aonde o cliente também opta pela forma de pagamento mais conveniente para ele. Após três meses do lançamento, o produto já era comercializado em imobiliárias de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro e a expectativa de lançamento em São Paulo em curto prazo. “Em pouco mais de um mês de vendas já tivemos o retorno de todo o investimento que fizemos”, destaca Pestana. Para ele, o maior benefício para a Brasilcap ao terceirizar o desenvolvimento da aplicação de pagamentos foi conseguir lançar o Cap Fiador no mercado dentro do prazo e com a liberdade de oferecer mais uma alternativa de pagamento para os consumidores, aumentando a abrangência do produto e a visibilidade da marca no setor imobiliário.
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>gestão Marcelo Vieira
Impressão aos quatro cantos Grupo Martins terceiriza projeto, suporte e manutenção de impressoras e obtém 20% de redução de custos
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Hoje, no ambiente são usados basicamente 10 modelos diferentes de impressora, principalmente da linha Office da Samsung. Foram investidos cerca de R$ 2,5 milhões de reais nos equipamentos. A Alldora fornece o suporte para a operação, que vai da instalação à administração da cadeia de suprimentos.
magine uma grande empresa, espalhada pelo Brasil, em 39 filiais em todos os estados. Calcule agora a quantidade de papel e tinta usados diariamente em impressões, e você entenderá o problema do Grupo Martins, rede atacadista brasileira, com sede em Uberlândia, Minas Gerais. “Eu não tenho Objetivando implantar um modelo de que me outsourcing que alcançasse todas as suas preocupar com filiais, o Grupo contratou a Alldora para impressão. Tenho transformar as impressões em serviço. “O que me objetivo é manter o foco no que é preocupar com importante”, diz Flávio Borges, diretor de TI meus clientes” do Martins. “Eu não tenho que me Flávio Borges, preocupar com impressão. Tenho que me diretor de TI do preocupar com meus clientes.” Grupo Martins Segundo Borges, antes do outsourcing os documentos rodavam em máquinas de pequeno porte, de várias marcas e modelos, a laser, jato de tinta, preto e branco, colorida, etc. Havia muitos problemas de manutenção, derivados principalmente dos diferentes modelos (com muitos padrões de cartuchos e suprimentos). No departamento de TI, dois especialistas dedicavam-se exclusivamente às impressoras. “O custo por página era absurdo”, diz Borges. “Decidimos fazer um estudo e terceirizar toda a impressão da Martins.” O processo começou em 2004, quando foram contratadas duas empresas, uma responsável pelas páginas coloridas, outra pelas impressões em preto. O Grupo alugava as impressoras, mas ainda tinha que arcar com os custos dos suprimentos, como papel, cartuchos e peças de reposição. Em 2009, a empresa decidiu evoluir o contrato. “Não queríamos nos preocupar nem com papel”, conta Borges, ao explicar a transferência do processo para a Alldora. “Um belo dia levaram embora todas as impressoras
departamentais”. Sobraram apenas duas: uma para o presidente da empresa, para documentos confidenciais, e outra para reuniões de conselho. Espalhadas por todo o País, as outras 353 são geridas pela empresa. Segundo Marcelo Filosof, diretor de negócios internacionais da Alldora, a demanda do Grupo Martins representou um desafio. “Foi um trabalho bastante complexo, espalhado entre diversas empresas e filiais”, explica. “A maior dificuldade foi a distribuição física do Grupo, aliada à necessidade de impressão de dados variáveis em alto volume.” A empresa foi escolhida para o outsourcing por ter apresentado a melhor proposta de serviço e valor. O Grupo Martins precisava de uma solução que alcançasse toda a sua base, inclusive lugares distantes como Belém, por exemplo. Também ajudou na escolha a sinergia entre as empresas, já que a Alldora se comprometeu a utilizar impressoras da Samsung, um dos grandes parceiros comerciais da Martins. 1 2
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Na ponta do lápis A manutenção é feita em tempo real através do Allcontrol, software web que monitora as máquinas, suprimentos e SLA. Para Filosof, as principais vantagens do sistema são a disponibilidade dos equipamentos, a redução de custos e a qualidade da impressão, além do foco na real necessidade do cliente. O papel, no entanto, ainda fica por conta da Martins. Pelo fato de ser uma distribuidora e atacadista, a empresa consegue negociar o insumo a um bom preço. “Usamos nosso próprio papel”, diz Borges. São impressas aproximadamente 3 milhões de página por mês, entre Danfes (representação simplificada da nota fiscal eletrônica), boletos e documentos auxiliares de transporte. A economia com o modelo chega a 20%, índice considerado satisfatório pelo Grupo. No entanto, “reduzir os custos com impressão ainda é uma verdadeira paranóia por aqui”, diz Borges. Com o projeto de implantação concluído, os valores do contrato entre Martins e Alldora são renegociados anualmente, de acordo com a variação dos custos de cartuchos, tonners, equipamentos etc. Em caso de expansões do Grupo, o contrato prevê que a implantação do sistema em novas unidades também fique por conta da Alldora. As empresas, inclusive, trabalham juntas em novas funcionalidades ainda não reveladas.
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>mercado
Jackeline Carvalho
Data center tem que ser verde e inteligente Gartner traça perfil dos centro de dados do final da década, e aconselha a construção de ambientes com gordura de 20 a 25%
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aumento exponencial do tráfego de dados resultante do avanço da internet e de suas características sociais deve elevar o consumo de energia elétrica nos próximos anos. Projeção do Gartner mostra que, até 2015, 50% dos data centers mundiais terão zonas de alta densidade, enquanto esta proporção era de 10% no ano passado. A consultoria também prevê, em paralelo, que, até 2018, a demanda por projetos de centros de dados mais inteligentes, a pressão por eficiência energética, realidade dos ambientes de alta densidade e potencial da computação em nuvem serão os principais fatores a impactar negativamente a demanda por capacidade dos data centers. Para equilibrar a balança do aumento de consumo energético e a ameaça de redução de demanda, os gestores de data centers precisarão arregaçar as mangas e colocar em prática um plano que contemple, em primeiro plano, a inteligência do negócio, de forma a ser capaz de considerar as variáveis tempo e
como sendo aquelas que consomem mais de 10 quilowatts de energia por rack de equipamento e diz que qualquer rack que tenha mais de 50% de sua capacidade ocupada estará,
capacidade de uso como dados importantes para a projeção da capacidade de processamento. No quesito consumo de energia, o Gartner define zonas de alta densidade
RECOMENDAÇÕES O Gartner indica que os responsáveis pela gestão de data center foquem nos pontos a seguir para otimizarem projetos nesta área: Projetos mais inteligentes – atualmente, os data centers apresentam demandas variadas de acordo com tempo de uso, de capacidade, etc. novos projetos levarão estas variáveis em consideração, na contramão de métodos tradicionais, concebidos à época em que os mainframes estavam em alta Green IT I(TI Verde) – grande parte dos gestores desta área oferecem pouca atenção a este item, exceto em momentos nos quais sofreram algum tipo de pressão tanto por parte de profissionais de alta gestão de dentro das empresas quanto pelo público externo. Porém, com a crescente conscientização em relação a este tema, os responsáveis pelo gerenciamento já estão voltando suas 1 4
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atenções ao quesito eficiência energética, nos momentos da concepção e da execução dos projetos Conquista da densidade – com projetos mais inteligentes e a tendência pela adoção do Green IT, os responsáveis pela concepção dos data centers focam na densidade computacional destes ambientes que em grande parte, são subutilizados. A implantação da nuvem privada e a alocação de recursos fornecerão métodos para melhoria da escalabilidade nos data centers. Cloud computing – profissionais de TI responsáveis pela gestão de data centers estão começando a considerar a possibilidade de transferir trabalhos que não são essenciais para as suas atividades aos provedores de nuvem.
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apresentam o risco de se tornarem centros de alto consumo de energia. O Gartner aconselha as empresas a projetarem grandes espaços capazes de suportar o aumento de capacidade, com uma “gordura” de 20% a 25%. Pois, como os custos com espaços são altos, os usuários devem garantir que o projeto e o tamanho desta zona sejam grandes o suficiente para acomodar o crescimento entre 5 a 10 anos. “Os métodos tradicionais para concepções de projetos de data centers deixarão de ser funcionais, a não ser que se busque a compreensão das forças externas que impactarão os custos, a logevidade e o tamanho destes ambientes”, explica o vice-presidente administrativo e diretor de pesquisa do Gartner para infraestrutura, David Cappuccio.
foto: divulgação
necessariamente, em uma zona de alta densidade, daí a relação com o alto tráfego de dados. Segundo o estudo, os data center desenvolvidos nos últimos cinco anos foram desenhados para ter uma distribuição uniforme de energia entre os racks, sempre entre 2 kW e 4 kW por rack. Mas como cada vez mais espaço tem sido consumido por empresas, a distribuição de energia rapidamente se tornou obsoleta. Por isso, o instituto de pesquisas aponta que as zonas de alta densidade vão se tornar mais necessárias ao longo dos próximos anos. Para o Gartner, essas zonas são uma forma de melhor organizar e gerenciar o consumo de energia, principalmente os relacionados à refrigeração, pois racks de servidores organizados permitem melhor circulação de ar e sistemas de resfriamento menos
robusto. As zonas de alta densidade, segundo a consultoria, serão usadas como forma de economizar espaço dentro dos data centers, mas
“Os métodos tradicionais para concepções de projetos de data centers deixarão de ser funcionais, a não ser que se busque a compreensão das forças externas que impactarão os custos, a logevidade e o tamanho destes ambientes” David Cappuccio, do Gartner
A hora e a vez dos
empreendimentos brasileiros Aquecimento econômico e expansão acelerada dos negócios na web fazem da infraestrutura local um novo alvo de investimentos
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s serviços baseados em nuvem não apenas estão entre as prioridades dos gestores de TI, como os 3% das corporações latinoamericanas que possuem a maioria da sua TI no cloud computing, atualmente, devem saltar para 43% em quatro anos. Os dados do Gartner se somam a uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia a qual revela que o consumo de dados de computadores em empresas no mundo é de aproximadamente 9,57 zettabytes por ano. Esse panorama justifica os investimentos anunciados no Brasil para fomentar a infraestrutura de data centers e também o aumento do interesse internacional sobre a infraestrutura montada por empreendedores locais. “Desde o ano passado ouvimos do JP Morgam e do Gartner, respectivamente, que no final desta década o Brasil será a
marketing e processos da Alog. Além disso, lembra ele, o Mundial da FIFA e as Olimpíadas devem contribuir ainda mais para ampliar a geração e o consumo de dados digitais. “Esses dois eventos vão explodir o conceito de celular. Haverá uma mudança de paradigma como a que estamos vendo com a banda larga”, afirma, utilizando essas expectativas como pano de fundo para a incorporação da Alog pela Equinix, por US$ 127 milhões, em fevereiro último. Na mesma linha dos investimentos internacionais, a Iron Mountain, empresa com mais de 60 anos de operação e com instalações na América do Norte, Europa, América Latina e Pacífico, para atender a mais de 100 mil clientes corporativos, investiu R$ 6 milhões na construção de dois centros de dados um em Curitiba e outro em São Paulo. O objetivo é atender inicialmente clientes nacionais, apesar de estar em estudo a oferta de serviços também na Argentina,
5ª maior economia do mundo e que acabaremos nos tornando o 2º maior mercado de TI, ficando atrás apenas da China entre os países emergentes”, pondera Victor Arnaud, diretor de a b r i l
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Gil Torquato, da UOL Diveo: implantações, fusões e incorporações de data centers no Brasil são fruto de uma demanda crescente e paralela à expansão da internet
“Desde o ano passado ouvimos do JP Morgam e do Gartner, respectivamente, que no final desta década o Brasil será a 5ª maior economia do mundo e que acabaremos nos tornando o 2º maior mercado de TI, ficando atrás apenas da China entre os países emergentes”
Chile, Peru e México. A instalação de Curitiba, que já está em operação, segue os padrões adotados nos Estados Unidos e na Europa. A expectativa é que o crescimento da receita no País, em 2011, seja superior a 25%. Já a T-Systems, por outro lado, se preparou para a alta demanda construindo, em São Paulo, um data center de R$ 50 milhões, 1400 metros quadrados e aproximadamente 2 mil servidores. Mesmo reconhecendo a alta competição presente no mercado brasileiro, a companhia alemã importou da matriz uma proposta de cloud computing privada para atrair os primeiros clientes ao seu ambiente e trabalha com uma reserva de 50% à espera da explosão dos dados digitais no País. “Também estamos preparados para o crescimento”, avisa Slawomir Kupczyk, vice-presidente da área de ICTO da T-Systems do Brasil.
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de referência a sua própria experiência na área de conteúdo online, apresentado como o maior portal de conteúdo da América Latina, com 4 milhões de visualizações de páginas mensais, segundo do Ibope. A aquisição mais significativa, a DHC, aconteceu há dois anos. Com essa transação, o UOL incorporou como clientes algumas grandes corporações e também os gigantes de e-commerce, a exemplo do B2W, holding que controla a Americanas. com, o Ingresso.com, o Shoptime.com e o Submarino.com. “Compramos a DHC, ganhamos musculatura e há um ano e meio atrás adquirimos a Tech4b, que atua na área quality assurance e que criou entre os vários serviços, um sistema automático de medição e desempenho, com o qual é possível prevenir falhas, avisando ao usuário sobre a necessidade de ampliar a infraestrutura ou, caso o problema esteja no software, identificar o script e recomendar ações ao usuário”, explica
Por que investir? Ao incorporar a Alog, a Equinix garante sua entrada no mercado de data center do Brasil e da América do Sul, e vai utilizar todo o poder internacional para ofuscar o avanço das operações locais na Victor Arnaud, área de cloud computing e outras da Alog correlatas. “A posição da Alog no Brasil, juntamente com um forte modelo de negócio complementar, nos dá a oportunidade de entrar neste importante e emergente mercado e rapidamente acomodar as demandas de nossos clientes por serviços de data center na América do Sul”, disse Steve Smith, CEO da Equinix, em comunicado. Mas essas ações não serão isoladas, muito menos pioneiras do ponto de vista financeiro, porque uma outra organização tem monitorado o mercado brasileiro há mais de três anos e programou seus investimentos a partir da demanda identificada. “Começamos em 2008 focados em pequenas e medias empresas, atuando em algo que está próximo do dia-a-dia, na hospedagem de site, com o UOL Host. Hoje esta divisão tem mais de 500 mil clientes”, explica Gil Torquato, presidente do UOL Diveo. O crescimento aconteceu também com os serviços de contratação de domínios na web, aplicativos e soluções de gestão de negócios vendidos como serviço pela internet, além de lojas virtuais – serviço que reúne mais de 5 mil iniciativas. Para crescer no segmento corporativo de médias e grandes organizações, o UOL foi às compras e utilizou como caso
Torquato, ao completar que Embraer, Procter & Gamble, Souza cruz, AmBev são clientes conquistados com a compra da Tech4b. Ao final do ano passado, o UOL deu a sua cartada mais recente ao efetivar a compra da Diveo, a princípio negada pela companhia, mas posteriormente reconhecida. “Já era um desejo antigo, porque primeiro a competência da Diveo era algo reconhecido pelo mercado – atendimento, infraestrutura de data center, principalmente o de Tamboré com mais de 17 mil metros quadrados – e também pelo relacionamento entre as duas empresas”, afirma Torquato. A compra foi concluída em dezembro e mudou a identidade do UOL para UOL Diveo, resultando na soma de mais de 3 mil clientes corporativos, desde os contratos do UOL Hosting Datacenter. “A Diveo trouxe a Saraiva, a Livraria Cultura e uma série de clientes de varejo, algo que nos permite afirmar que temos 90% do mercado de e-commerce, somando o UOL Hosting e a Diveo”, relata o executivo. Somente no segmento financeiro são mais de 100 bancos, segundo ele, além da própria Bovespa, completa. Torquato arrisca dizer que, se consideradas as operações de multinacionais na área de data centers, como HP e IBM, hoje o UOL Diveo ocupa a terceira colocação no Brasil. Sobre a tendência de consolidação do setor, ele diz que ainda não enxerga os movimentos ocorridos no passado recente com este perfil. Para Torquato, as negociações são fruto de uma demanda crescente e paralela à expansão da internet, visão com a qual Victor Arnaud, da Alog, concorda parcialmente, ao afirmar que “a consolidação, além de estar em curso, beneficia o consumidor final ao permitir a oferta de mais serviços maduros e de menor custo”.
25% EM CINCO ANOS
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os US$ 5 bilhões investidos mundialmente, em 2010, em infraestrutura de TI – servidores, storage e redes – 5% foi destinado a cloud computing. Segundo a IDC, até 2015, esse percentual deve chegar a 25% na América Latina, região onde foram ouvidas 600 empresas em janeiro do ano passado, para saber quantas estavam ou tinham pretensões de investir em cloud computing. Três e meio porcento disse ter projetos, dado que saltou para 14.5%, em dezembro de 2010. De acordo com a consultoria, o primeiro passo para um ambiente de cloud é a virtualização num prazo de 12 a 18 meses ocorre a transição para a computação em nuvem. A tendência, segundo a IDC, é que o usuário departamental pressione a mudança para o cloud, especialmente a geração Y. Aqueles que já perceberam que a migração para o cloud é um caminho sem volta, vão demandar estrutura elástica e compartilhada, com rápida implementação, interface web e padronização, conclui a IDC.
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Sotaque sulista Não apenas a cultura e o comportamento diferem a região Sul do País. O mercado de tecnologia da informação e comunicação também reflete particularidades possíveis apenas nos três estados que mais se desenvolveram economicamente nos últimos dois anos. Um mapeamento regional, no entanto, sempre implica escolhas, direcionamentos e em uma visão prévia, que pode e até deve ser alterada ou aprimorada no curso das investigações. Nesta Reportagem Especial sobre o mercado de TIC na Região Sul do Brasil buscamos fazer um retrato amplo que vai da formação e fomento ao empreendedorismo dos profissionais locais, até a presença e o investimento de empresas do setor e ainda as tendências de utilização da tecnologia por parte das corporações e Governos 1 8
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alar da presença de TIC na Região Sul do País é algo que nos mostra a riqueza e a diversidade presente em todas as partes do Brasil. Mesmo nos três estados que compõem a região ou ainda dentro de cada um deles existem realidades, culturas e formas heterogêneas de pensar a tecnologia. Abordamos e olhamos para diferentes aspectos e trazemos uma visão de TIC no Sul. Para entender um pouco mais sobre o que propomos aqui, dividimos esta reportagem especial em quatro visões: a da formação dos profissionais; o investimento em incubadoras como forma de estímulo ao empreendedorismo e ao
estrutura e a competitividade da economia local facilitam a instalação de empresas na região Sul. Nossa localização não é estratégica, se comparada às empresas instaladas em São Paulo, por exemplo, porém os incentivos fiscais, apoio público e de associações da área, o nível de industrialização da região e a qualidade da mão de obra, nos tornam competitivos”. Mesmo, como citou o executivo, fora do eixo Rio-São Paulo, nada impede que os clientes de todo o país sejam atendidos. A própria Teclógica atende a clientes de todas as regiões e também na América Latina. Outro fato é que a região Sul é extremamente desenvolvida, com alto poder aquisitivo, condição econômica privilegiada e ainda exibe uma média educacional superior a outras regiões e estados. Não é por acaso que a Dell está lá desde 1999 – com crescimento anual recente na casa dos 40% – assim como existem filiais e fábricas de software de gigantes como SAP, Accenture e HP, entre muitas outras. Mas nem tudo é perfeito. As questões de tributação e mesmo de incentivo dos Governos, além da carência de mão de obra qualificada em número suficiente para atender a demanda, também se repetem no extremo Sul do país. “Essas e outras barreiras inibem a formação de empresas e de inovação. Temos pessoas capacitadas, mas boa parte do que vemos aqui são integradores e prestadores de serviço e pouco desenvolvimento de tecnologia própria. No entanto, pela vontade política e os investimentos, espero que isso mude no médio prazo”, critica, com alguma esperança, Leandro Coletti, diretor da iVirtua. É possível confrontar ou mesmo entender essa afirmação, assim como outras, como: o Sul e o Rio Grande do Sul estão ligados quase atavicamente à questão do software livre; ou que Santa Catarina – em boa parte por conta do case Datasul – é o núcleo nacional e principal do ERP made in Brazil; ou ainda que o mercado paranaense está atrelado em demasia a São Paulo. É possível dizer que todas as afirmações estão corretas ou mesmo indicar que tudo é uma quaseverdade. Por isso queremos que você tire suas conclusões a partir do material que trazemos na TI Inside deste mês. Boa Leitura.
surgimento de novas empresas do setor; falamos sobre a presença e investimentos da indústria TIC, desde as multinacionais com sede local (caso da Dell e da GVT) ou mesmo de quem possui filial com investimentos pesados (caso da IBM) e ainda das companhias brasileiras como Positivo, Sênior, Benner e Parks, entre outras; e concluímos com as tendências, projetos recentes de tecnologia e como o Sul está investindo em TIC. Primeiro é preciso ressaltar que o Sul, de acordo com dados de participação das regiões brasileiras na economia em 2008, divulgados em novembro do ano passado, representa 16,6% do PIB do País. Assim como a presença de médias e pequenas empresas, para não falar apenas das grandes, se fortaleceu nos últimos dois anos, o que traz mais perspectivas de investimentos em TIC na região ou mesmo fortalece a intenção dos usuários domésticos. Um exemplo é o dado divulgado pela Intel, segundo o qual, em 2011, 38% das pessoas ouvidas comprarão computadores. Enquete que teve como maior destaque o Rio Grande do Sul, aonde algo como 50% dos entrevistados estão propensos a compra dos equipamentos. Com o Paraná logo atrás (44%) e Santa Catarina (34%) quase na média. O que traz alento para os fornecedores Mas não é só isso, a região tem suas competências em inovação e fabricação. “Temos acompanhado o desenvolvimento em TIC e nosso estado (Rio Grande do Sul) foi um dos pioneiros nessa área, depois aconteceu uma transformação. Agora retomamos essa competência e temos um número expressivo de profissionais, com grande habilidade”, garante Olivério Maria Ferreira, presidente do Conselho Superior da Valetec (Associação de Desenvolvimento Tecnológico do Vale). Ele lembra a atração da Dell e a vocação local de pioneirismo em TIC, algo que remonta ao tempo pré abertura de mercado, com experiências bem sucedidas como a Edisa. Razões e projeções O ambiente favorável da economia e mesmo da cultura local também facilitam e “empurram” o setor de TIC. Para Luiz Carlos Mesquita Scheid, sócio diretor da Teclógica, empresa sediada em Blumenau (SC), “a a b r i l
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Academia e mercado lado a lado
As universidades sulistas se aproximam da demanda das empresas e preparam profissionais para a realidade do mercado, contando com o apoio de players de peso e, reconhecendo o gap entre a formação e o perfil das vagas ofertadas
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tão propalada proximidade entre a Academia, as instituições de ensino, e o mercado é a tônica na relação atual das universidades sulistas e, em especial, do Rio Grande do Sul com o mercado. Não por acaso, uma integradora de peso como a Sonda Procwork busca uma parceria explícita e voltada para a formação de profissionais com a UCS (Universidade de Caxias do Sul), veja mais no Box “Conexão empresainstituição”, caminho também perseguido pelas gigantes Dell, Microsoft, IBM, SAP e outras instaladas na região. “O Rio Grande do Sul possui universidades capacitadas, tanto em Porto Alegre, aonde temos programas de trainees e mantemos a área de RH bem próxima para captarmos talentos, como no Curitiba é hoje um pólo de interior. E o estado está investindo na atração de empresas de software formação de precisam ser enfrentados como, por talentos de exemplo, o tempo de duração dos inovação por meio das incubadoras cursos e a capacidade de de tecnologia”, aponta Daniel Neiva, customização de currículos às diretor de vendas para pequenas e necessidades das empresas”, médias empresas e consumidores completa. finais da Dell Brasil. No estado existem 26 universidades e No Vale dos Sinos faculdades e uma oferta de O Instituto de Informática da aproximadamente 40 cursos de Unisinos, por exemplo, de acordo graduação orientados à TIC, 13 deles com Susana, tem como objetivo cursos de mestrado e doutorado. promover a educação continuada Para Susana Kakuta, diretora da com foco na área da TI para Unisinos e Tecnosinos, esse número organizações e profissionais, ainda não responde ao desafio atual comprometendo-se com o da TI brasileira. “Via de regra sobram desenvolvimento regional. Fazem vagas de trabalho no mercado. Neste parte da educação continuada sentido, creio que alguns desafios 2 0
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cursos, formações, consultorias, assessorias, eventos e demais atividades de capacitação. O Instituto de Informática atua no campus da Unisinos em São Leopoldo, bem como em uma sede própria em Porto Alegre. Além disso, os cursos podem ser realizados na modalidade in company, com soluções customizadas a necessidades específicas de cada empresa, e ministradas dentro do espaço físico da contratante. As capacitações do Instituto de Informática são oferecidas em várias áreas da Tecnologia da Informação, bem como em atividades correlatas como gestão e administração, com a oferta de cursos oficiais, chancelados pelos fabricantes. Além
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ultinacionais de tecnologia como SAP, Microsoft e outras estreitam a conexão com as instituições de ensino superior como forma de suprir necessidades de clientes ao mesmo tempo em que disseminam suas plataformas frente aos novos profissionais. Essa prática também tem atraído players de serviço como é o caso da integradora Sonda Procwork, que falam em um objetivo explícito: contribuir para a qualificação da mão de obra regional e ampliar a capacidade de atendimento de projetos voltados para a plataforma de ERP. De olho nessa premissa, a Sonda Procwork fechou uma parceria com a UCS (Universidade de Caxias do Sul) para fornecer cursos de extensão especializados em sistemas de gestão empresarial, os famosos ERPs. A meta é formar consultores locais e mão de obra qualificada para atender à demanda local do mercado de TI, que vem aumentando consideravelmente na medida em que o cenário atual é de alta procura por softwares de gestão pelas empresas da região. “Caxias do Sul é um pólo industrial importante e cada vez mais há carência de mão de obra especializada. Com a oferta dos cursos, nosso objetivo é ampliar a capacidade de atendimento e, conseqüentemente, movimentar a economia local”, explica Daniel Antônio Faccin, coordenador de extensão do CCTI (Centro de Computação e Tecnologia da Informação), da Universidade de Caxias do Sul. Os cursos serão ministrados por profissionais da Sonda Procwork, presente no estado do Rio Grande do Sul através de sua regional localizada em Porto Alegre. Parceira da SAP há 15 anos, a empresa concentra o maior número de profissionais especializados nesta tecnologia, somando 2,3 mil consultores. “A intenção é que os alunos treinados estejam aptos para ingressar em novas frentes na sua carreira. Além disso, pretendemos absorver parte destes recursos, já que a regional gaúcha apresenta alta demanda na entrega de projetos de gestão”, esclarece Marcelo Duarte, diretor da regional Rio Grande do Sul da Sonda Procwork.
disso, há cursos próprios desenvolvidos pela Unisinos, universidade que possui uma vasta experiência na área – com a tradição da educação jesuíta de mais de quatro séculos. As principais áreas de atuação do Instituto de Informática são as Academias SAP, desenvolvimento de sistemas, banco de dados, infraestrutura de TI, gestão de TI, qualidade de software, teste de software, design gráfico, Web design e informática básica. 40 anos em informática A Faculdade de Informática da PUC-RS teve sua criação inicial no Departamento do Instituto de “O Rio Grande do Matemática em 1971. Em 1977, Sul possui passou a ter vida própria no Instituto universidades de Informática e, finalmente, em 1998, capacitadas, tanto em razão de uma reforma curricular, em Porto Alegre, se tornou a Faculdade de Informática aonde temos da PUC-RS. Atualmente dispõe de programas de uma infraestrutura considerada trainees e moderna e um corpo docente em mantemos a área permanente qualificação. Esses de RH bem atributos lhe permitem oferecer uma de cursos, tanto em nível de próxima para gama graduação como de pós-graduação, captarmos além de um conjunto relevante de talentos, como no projetos de pesquisa com apoio interior. E o estado governamental e em parceria com está investindo na empresas. formação de “Temos uma forte tradição na talentos de capacitação universitária instalada no inovação por meio estado, desde os primórdios da das incubadoras de história das ciências da computação tecnologia” no Rio Grande do Sul. Aqui nasceram Daniel Neiva, da as primeiras empresas de TI do País, Dell Brasil a exemplo da Edisa”, relembra Luís
Humberto Villwock, gestor de relacionamento da TecnoPUC, parque tecnológico ligado à PUCRS. A instituição abriga atualmente dois cursos de graduação, o Bacharelado em Ciência da Computação e o Bacharelado em Sistemas de Informação, e oferece em parceria o curso de Engenharia de Computação de responsabilidade
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da Faculdade de Engenharia. A Faculdade de Informática da PUC-RS conta com um Programa de Pós-Graduação que oferece os cursos de Mestrado e de Doutorado em Ciência da Computação e especializações variadas, como: Informática na Educação, Gerenciamento de Projetos com ênfase em Tecnologia da Informação, Especialização em Jogos Digitais e Especialização em Educação a Distância com Ênfase na Docência e Tutoria em EAD. O Bacharelado em Ciência da Computação (antigo Bacharelado em Informática) funciona no Campus Central desde 1983 e já formou 1414 bacharéis (até 2009/2). “Eles não costumam ter dificuldades para encontrar colocações no mercado de trabalho. Normalmente mais de 90% dos formandos já estão atuando”, aponta o Villwock. Já o bacharelado em Sistemas de Informação, curso que se iniciou em 1999, formou 280 bacharéis (até 2009/2), enquanto o mestrado em Ciência da Computação, criado em 1993, formou 292 mestres. 2 0 1 1
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Fomento às TICs A participação do Estado nas incubadoras Tecnosinos, TecnoPUC e Valetec, todas gaúchas, fomenta e ajuda o empreendedorismo focado em inovação
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e compararmos as políticas, e mesmo o investimento dos setores públicos e privados no Brasil, no desenvolvimento de tecnologias e na criação de empresas de TIC com outros países do mundo, estamos em franca desvantagem. No entanto, alguns esforços precisam ser apresentados para que sirvam de exemplo a outras experiências surjam, como os da Tecnosinos, da TecnoPUC e da Valetec, entre outras. “TIC é tecnologia e inovação, portanto os componentes de ineditismo e risco estão bem presentes, e somos ainda muito tímidos”, admite Susana Kakuta, diretora da Unisinos e da incubadora tecnológica Tecnosinos. No Brasil, iniciativas como as de empresas de “venture capital”, “seed money” e “angel finance” – modalidades de investimento de risco – são incipientes, para se dizer o mínimo. Na prática, falamos de incubadoras que fazem um trabalho de ponta na região Sul e mais especificamente no Rio Grande do Sul. A Tecnosinos, por exemplo, é ligada a Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), e ambas estão localizadas na cidade de São Leopoldo. Sua gestão é compartilhada pela Associação da Empresas do Pólo de Informática; Associação Comercial, Industrial e de Serviços de São Leopoldo – ACIS-SL; Unisinos e Prefeitura Municipal de São Leopoldo. Diretrizes e resultados Susana revela que o programa de incubação da Tecnosinos trabalha em cinco eixos principais: no fomento ao empreendedorismo – apenas no primeiro semestre deste ano serão capacitados cerca de 750 alunos, através da implantação de um eixo empreendedor nos cursos de
graduação; criação de competências nas startups incubadas, por meio de um programa anual de avaliação e capacitação; um programa de aceleração de empresas, no qual são tratados temas como a internacionalização das empresas, por exemplo; fomento à inovação, através
alocar novas empresas incubadas. “As empresas têm acesso a tudo isto, de forma orientada e seguindo um programa de desenvolvimento de acordo com o Business Plan de cada negócio”, indica a gestora. Entre os parceiros estratégicos da Tecnosinos é possível enumerar o Seprorgs (Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul); o Governo do Estado do Rio Grande do Sul; a Assespro-RS (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet) do Rio Grande do Sul; a Softsul (Associação Sul-riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software); e a Abinee (Associação Brasileira da Indústria de Eletroeletrônica) regional sul. Como exemplos de incubadas, a executiva cita a SBPA, uma pequena empresa de simuladores de vôo para centros de capacitação de pilotos aprovado e homologado pela ANAC, ou a Vieira
a Zero Defect, a KW (incorporada pela Tlantis) e, mais recentemente, a Netwall, Sthima, Engeltec e Tecnotag foram incubadas na TecnoPUC do aproveitamento de editais e parcerias com mestres e doutores das áreas de pesquisa da Unisinos; e, por fim, um programa de expansão, que busca criar infraestrutura para
Filho que está fazendo o primeiro sistema de navegação nacional para navios petroleiros. Até abril, foram incubadas 66 empresas, criados 3 mil empregos
MÃO DUPLA Alguns parceiros estratégicos da Tecnosinos: • Seprorgs (Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul) • Governo do Estado do Rio Grande do Sul • Assespro-RS (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet) do Rio Grande do Sul • Softsul (Associação Sul-riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software) • Abinee (Associação Brasileira da Indústria de Eletroeletrônica) regional sul
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Quais as prioridades de TiC do novo governo
Saiba anteS no maiS completo evento para oS deciSoreS públicoS.
Promovido Pelas Publicações Ti inside e TeleTime, o evenTo Terá como foco a discussão de PolíTicas Públicas e soluções Tecnológicas volTadas ao desenvolvimenTo do governo 2.0. ParTiciPe! PrinciPais temas: O gOvernO e a sOciedade cOnectada as perspectivas de uma política nacional de desenvolvimento das Tics e o papel do governo, empresas e sociedade nesse esforço. cOmunidades digitais iniciativas de governos locais e privadas para o desenvolvimento da conectividade e do uso das Tics da banda larga aO clOud cOmputing infraestrutura e alternativas para dar suporte às novas ferramentas do governo 2.0 mObilidade e gOvernO: aplicações e ferramentas móveis que podem fazer a diferença no atendimento ao cidadão e facilitar a comunicação e a troca de informações entre órgãos públicos.
26 de maio de 2011
auditório da Finatec/Unb - brasília-dF
confira a programação no site: www.convergeeventos.com.br
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>mercado Desenvolvimento Tecnológico do diretos, e gerado um faturamento Vale), Olivério Maria Ferreira, pretende de R$ 1,8 bilhão – os dois últimos dar continuidade aos projetos do números até dezembro de 2010. Tudo Parque Tecnológico do Vale do Sinos, isso, a partir de 122 novos produtos, localizado em Campo Bom, no Rio 37 novas tecnologias e 48 registros de Grande do Sul. Sua meta é ampliar o propriedade intelectual. Como diálogo com empresas da região e infraestrutura, a incubadora conta com incentivar a inovação e a 3 mil m2 disponíveis para as novas consolidação da economia local. empresas. Veja mais detalhes ainda no Indicado pela Prefeitura de Novo Box Planejamento até 2019. Hamburgo e pela ASPEUR (mantenedora da Universidade Veterana e premiada Feevale) para o cargo Olivério tem Outro exemplo de incubadora da como premissa esclarecer a função região Sul é a TecnoPUC, criada em da Valetec aos empresários da 2002 por meio da AGT (Agência de região. E um dos planos é seguir o Gestão Tecnológica) e inaugurado em processo de ampliação da incubadora agosto de 2003. Seu para outras cidades, como a objetivo é inserir a PUCNo Brasil, iniciativas como as de implementação do HamburgTech, na RS diretamente no empresas de “venture capital”, cidade de Novo Hamburgo, um novo processo de parque tecnológico que deverá ser desenvolvimento tecno- “seed money” e “angel finance” – instalado no bairro de Hamburgo econômico-social da modalidades de investimento de Velho. Já na cidade de Estância Velha região e do País. E suas risco – são incipientes o objetivo é a construção de um metas são: atrair Parque Industrial Tecnológico. empresas de pesquisa e “Buscamos empresas inovadoras e desenvolvimento (P&D) para trabalhar é de chegar aos 6 mil trabalhadores. estamos criando incentivos aos em parceria com a Universidade; “A TecnoPUC é financiada, em produtos. Dentre as empresas que promover a criação e o parte, pelo aluguel das suas foram incubadas, a maioria é voltada desenvolvimento de novas empresas instalações às empresas, e também para gestão, como de processos e de base tecnológica; atrair projetos pelo desenvolvimento de projetos em controle de produção e empresas de pesquisa e desenvolvimento conjunto com a iniciativa privada e voltadas para design”, garante Ferreira. tecnológico em geral; estimular a por projetos financiados pelo poder No total, foram incubadas 10 empresas inovação e a interação empresaspúblico, através de editais dos fundos e a perspectiva é mais 10 este ano. Universidade; gerar uma sinergia setoriais e financiamentos Mauricio Andrade, executivo da positiva entre o meio acadêmico e o subvencionados para a área de Valetec, explica que a grande tarefa é empresarial; e atuar de forma inovação”, aponta o Luís Humberto mudar a matriz tecnológica atual do coordenada com as esferas Villwock, gestor de relacionamento da Rio Grande do Sul. “Estamos mais governamentais, particularmente no TecnoPUC. Como exemplos de integrando soluções que âmbito do Projeto Porto Alegre empresas gestadas pela incubadora desenvolvendo no estado e mesmo Tecnópole. ele cita a Zero Defect, KW na região Sul, mas trabalhamos na Por dois anos não consecutivos, (incorporada pela Tlantis) e, mais mudança desse perfil. Falta uma a TecnoPUC ganhou o prêmio de recentemente, a Netwall, Sthima, integração que deve começar pelos melhor parque tecnológico do País, Engeltec e Tecnotag. parques tecnológicos e chegar as pela Anprotec (Associação Nacional empresas”, admite o gestor, que cita de Entidades Promotoras de Direto do Vale como exemplo a possibilidade do Empreendimentos Inovadores). Recentemente guindado ao cargo HamburgTech unir pequenas e Atualmente, a incubadora possui de Presidente do Conselho Superior grandes empresas de TIC. duas áreas físicas, a primeira da Valetec (Associação de localizada no campus principal da PUC-RS, contando com 44 mil metros quadrados de área construída, em 5,4 hectares de área total, e a A Tecnosinos montou um plano master de desenvolvimento com metas até 2019. segunda no campus de Viamão, com Veja as metas abaixo: outros 32 mil m2 de área construída, distribuídos em 15 ha de área total. R$ 50 milhões em projetos de PD&I da união Universidade-Empresas Nestas áreas co-habitam cerca de 62 300 empresas startups, incluindo novas especialidades; empresas, oito instituições, cinco 20 empresas-âncora, das atuais e novas especialidades; unidades da rede InovaPUC, oito Certificação Cerne N4 Consolidada; centros de pesquisa da PUC-RS e Ser o 1º “Green Tech Park” das Américas; um Instituto de Pesquisa. Trabalham aproximadamente 4,1 mil pessoas e a Chegar aos 10 mil empregos tecnológicos previsão para o final do ano de 2011
Planejamento até 2019
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08 e 09 de junho de 2011
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A invasão dos fornecedores locais e “estrangeiros” Os estados do Sul abrigam desde a sede da gigante do hardware Dell até uma filial em ascensão com trabalho regionalizado, como a IBM, ou a multinacional de telecom GVT e ainda diversas empresas locais, por exemplo, a iVirtua, Parks, Benner, Senior, Teclógica, Positivo e a NL Informática. Conheça um pouco mais da história, do crescimento e dos planos de cada uma
T
entar fazer um desenho completo no qual podemos ver as principais empresas ou mesmo todas aquelas que podem ser representativas do trabalho de TIC em uma região é sempre complicado. É óbvio que não se pode falar de todas as companhias e, claro, vamos deixar de fora muitas, mas tentamos montar um panorama para mostrar a diversidade e as competências sulistas. Inclusive para quem deseja se aproveitar da proximidade da região com outros países da América do Sul (veja mais no Box: O caminho da exportação). Algumas linhas podem ser traçadas nesse quadro. O Rio Grande do Sul é hoje pólo de atração de gigantes de informática como a Dell (com sede no estado) ou ainda de filiais importantes como acontece com a IBM, HP, SAP e Accenture. Ou ainda de empresas locais de diferentes especializações como a “Não faz Parks em telecom, a iVirtua em parte da solução de ciclo de vida de TI e até nossa mesmo em sistemas de gestão estratégia como a NL Informática. Falando em ERP, Santa Catarina sermos e a modalidade dos pacotes são adquiridos ou quase que sinônimo hoje. Afinal, as mesmo abrir cidades de Blumenau, com Senior e o capital”, Benner, e Joinville – com a Datasul e Jorge José Logocenter, ambas incorporadas a Cenci, da Totvs, que mantém uma alentada Senior estrutura local de desenvolvimento – mostram esse trabalho. Assim como Florianópolis é um pólo de atração de empresas de TI. E ainda a Teclógica, de serviços e software em geral, também de Blumenau. O Paraná mostra tanto a
operadora de telefonia GVT, agora uma empresa controlada pela gigante francesa Vivendi, como a igualmente grande Positivo, hoje a maior fabricante de desktops e notebooks do país e que pretende se aventurar pelo mundo dos tablets, além, é claro, de uma série de outras empresas de menor porte baseadas em Curitiba. A
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capital do estado é hoje um pólo de atração de empresas de software, como o consórcio Curitiba Offshore Center, formado por 16 empresas em 2009, para exportação de sistemas. No RS, mas sem fábrica A maior empresa de TIC com sede brasileira no Sul é a norte-americana Dell, uma das maiores fabricantes de computadores do mundo. A empresa está em Eldorado do Sul, nas proximidades de Porto Alegre, com toda a sua administração e demais departamentos, porém a fábrica foi transferida para Hortolândia, interior de São Paulo, e desde 2007 concentra toda a produção. “A decisão de mudança da fábrica se deve a necessidade de estarmos com a produção mais perto de boa parte dos clientes. A fábrica no Sul implicava em custos altos de logística para o Sudeste, afinal 70% do PIB do Brasil está por lá. E a crise na Argentina afetou nossos planos de exportação”, confessa sem medo Daniel Neiva, diretor de vendas para pequenas e médias empresas e consumidores finais da Dell Brasil. O executivo, entretanto, se apressa dizer que toda a administração ficou em Eldorado e não existe qualquer perspectiva de mudança. “Algo como 75% a 80% de nossa equipe permanece aqui”, conclui. O compromisso com o Rio Grande do Sul passa pela parceria da empresa como a TecnoPUC, que gerou um centro de desenvolvimento não apenas para o desenvolvimento de sistemas internos para a Dell local como também em língua inglesa e espanhol. “Só temos três centros com essa característica no mundo”, 2 0 1 1
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>mercado assegura o executivo. E em breve será inaugurado um novo prédio para abrigar até 400 posições, das quais um bom número será de novas vagas. Esforço regional Completando em 2011 a marca de 100 anos no Brasil, dos quais 77 anos em Porto Alegre, a IBM está reforçando sua estratégia em todo o País e exibe investimentos e resultados a partir da capital gaúcha que controla toda a operação na região Sul. “Intensificamos a nossa presença regional com ênfase no trabalho com os parceiros. Elegemos cidades que são pólos econômicos em todo o País, saindo das capitais. Das 35 trabalhadas, 10 delas estão no Sul e estamos prospectando outras localidades”, revela Frank Koja, diretor da regional Sul da IBM. A partir do escritório de Porto Alegre, Koja gerencia colaboradores baseados em toda a região. “Temos grandes perspectivas, afinal a capital gaúcha e Curitiba serão sedes da Copa do Mundo e isso fomenta novos projetos. Tenho visto nos três estados as possibilidades do “Smarter Planet” e das Cidades Inteligentes, como algo amplamente discutido pelos governos, e estamos mais próximos deles’, garante. Destaque no segmento de telecomunicações, a veterana e brasileira Parks, criada em 1966, trabalha fortemente na inovação do setor a partir de Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul. Recentemente, a empresa conseguiu o reconhecimento de qualidade de sua unidade fabril com a ISO 9001:2008.
Reconhecida pelos seus modems ADSL, a fabricante, por meio de alianças comerciais, passou a se concentrar em outros sistemas wireless, especialmente nas tecnologias WiMax e 3G, aumentando o portifólio de soluções para as operadoras móveis e áreas corporativas. Em 2008, a Parks diversificou sua operação inaugurando a unidade fabril para serviço de ECM, atendendo a diversas empresas da região Sul no desenvolvimento de serviços de manufatura de produtos. Perto da capital Empresa gaúcha especializada em segurança e monitoramento de TI, com sede em Montenegro, no Vale do Paranhana, grande Porto Alegre, a
iVirtua é atualmente o segundo maior faturamento da cidade. “Mesmo assim não temos benefício ou incentivo algum, ao contrário, somos sempre cobrados pelas autoridades locais”, critica Leandro Coletti, diretor da empresa. Em sua reivindicação ele fala até mesmo da falta de uma associação das empresas de TI mais atuante na região e admite: “ainda temos poucas empresas geradoras ou inovadoras em TIC na região”. O mais comum, ele garante, são os prestadores de serviços. A plataforma principal da iVirtua é o gerenciamento do ciclo de vida de TI por meio de uma solução desenvolvida pela empresa, que tem entre os clientes a rede de supermercados Sonae. O início aconteceu quando a empresa prestava serviços com soluções de multinacionais como a Microsoft e Tivoli, da IBM, quando em 2004 achou que elas não se adequavam à realidade local e partiu para o desenvolvimento. “Fomos bem assediados há 3 anos e depois vieram os fundos interessados em adquirir a empresa. Nosso mercado está se consolidando e nossos concorrentes foram comprando empresas. Ou fazemos fusão ou trabalhamos com um fundo. Acho mais factível um fundo, algum ligado ao mercado de tecnologia. Trabalhei na Oracle e IBM e vejo que é possível fazer tecnologia nacional de alto nível.
O caminho da exportação
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ara empresas como a Dell, IBM e outras, o fato de ter uma base ou filial na Região Sul não se traduz necessariamente em maior facilidade de exportação de soluções e serviços para os países próximos como Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile. E a razão é simples, normalmente esses países têm subsidiárias destas empresas. Resta então as empresas brasileiras que desejam exportar. “Muitas vezes é mais fácil para as corporações da região sulamericana importarem de outros países que do Brasil, até pelos impostos mesmo”, garante Neiva da Dell. Porém, empresas de offshore utilizam a região Sul como plataforma de exportação, como a Accenture que possui fábricas de software em Curitiba e em Porto Alegre. Outro exemplo é o da Teclógica que a partir do Sul fornece serviços para o Brasil, e ainda América Latina e Caribe, mas a localização é minimizada. “O que deve ter nos ajudado foi o fato de aprendermos a fornecer serviços de TIC a clientes que estão distantes desde o inicio das operações. Nosso problema é a barreira da língua, uma vez que nossos profissionais começaram a falar espanhol os processos garantiram uma entrega com qualidade diferenciada”, conclui Scheid, sócio diretor da Teclógica.
Leandro Coletti, da iVirtua: reclamações sobre a falta de incentivo público ao empreendedorismo local e também a ausência de uma associação das empresas de TI mais atuante na região 3 0
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Brasil, Banco do Brasil, Cabesp, Furnas Centrais Elétricas, Marinha do Brasil e UPS do Brasil, entre outros. Também de Blumenau, o Grupo Senior, especializado no desenvolvimento de software de gestão empresarial e que era composto por cinco empresas com CNPJs distintos, passou recentemente por um processo de fusão que resultou na nova Senior, uma empresa que alcançou o faturamento de R$ 362 milhões no último ano e cuja meta em 2011 é chegar aos R$ 440 milhões, com algo como 20% de crescimento. Já em Joinville, o empresário Miguel Abuhab, fundador da Datasul, criou também a Neogrid, empresa especializada em supply chain management, que tem crescido a taxas de 40% nos últimos dois anos e atende nove entre dez varejistas no Brasil e mesmo companhias mundiais, como Coca Cola, Procter & Gamble, Nestlé, Kraft, conectando mais de 200 mil empresas na cadeia de distribuição. Isso se deve às aquisições de empresas internacionais como a Agentrics e VivaCadena, que possibilitou à Neogrid torna-se uma empresa global desse setor.
Como acontece conosco ou com uma Totvs”, compara Coletti. Chegando à Serra Questionado se a proximidade na região de empresas como Dell, HP, SAP, etc. ajuda no processo das empresas de TIC locais, ele é cético. “Elas acabam freando o empreendedorismo. O pior é que muitos nem faturam pelo estado, como nós. Internamente até já estudamos trocar de estado por conta de melhores realidades tributárias, como acontece em cidades no interior de São Paulo e Rio de Janeiro, porém não devemos partir para essa alternativa”, admite. A NL Informática iniciou suas atividades em 1981 na Serra Gaúcha em seu setor, na época conhecida como N&L Informática. Desenvolvendo o seu carro-chefe, o NLGestão, seu sistema de ERP que tem como conceito ser multiempresas, auxiliando em todas as unidades fiscais, gerenciais, processos comerciais e industriais das corporações, com seus módulos integrados e voltados para todas as áreas de negócio. O ERP já está implementado em empresas de grande robustez como o Grupo Grazziotin, Lojas Marisa, Lojas Esplanada e Puras S.A., entre outros. E a localização é enfatizada. “Por se tratar de um pólo de referência na área de informática, muitas instituições de ensino voltadas para área de TI se voltaram para região. Ganhamos pela qualificação local, porém a concorrência é grande, somente em Caxias do Sul existem mais de 50 empresas na área”, explica Grasiela Tesser, diretora comercial da NL Informática. De Itajaí para o mundo Se Joinville na década de 90 e mesmo no início deste século viram a batalha acirrada pelo mercado de ERP brasileiro com a Logocenter e a Datasul, a cidade agora vê a Totvs seguindo os passos de ambas depois de adquirir as concorrentes. No entanto, Blumenau se consolida não apenas em oferecer outras alternativas em ERP, como no desenvolvimento de software em geral. Exemplo disto é a Cetil, que na pré-história do mercado de TIC era um bureau de serviços para a indústria e instituições financeiras. Vários empreendedores de hoje
trabalharam nesta empresa cerca de 30 anos atrás e as universidades da região desenvolveram bons cursos que suprem o mercado com profissionais. E como a região possui uma quantidade muito grande de empresas, as companhias de ERP tiveram uma base para iniciar suas operações. Uma dessas empresas é a Benner, criada em 1997, e ainda hoje com 100% de capital nacional. A fornecedora de ERP está entre os principais players no fornecimento de tecnologia para o segmento de transportes e logística e soma mais de 3,5 mil pacotes implementados em 750 corporações de todo o País. Entre seus clientes estão marcas como: Marítima, Porto Seguro Saúde, Grupo SantanderBanespa, Bayer, Pão de Açúcar, Klabin, HSBC, cervejarias Kaiser, BNDES, Bradesco Saúde, Atento
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O caminho alternativo A fusão tem como uma de suas principais diretrizes, mesmo que não explicitamente, ser uma alternativa aos grandes players globais de ERP como SAP e Oracle e até mesmo a Totvs. A empresa, a partir da nova configuração como S/A, pode agora buscar aportes de capital para fazer aquisições, assim como a Microsiga fez tempos atrás no processo de formação da Totvs ao abocanhar as catarinenses Datasul e Logocenter. Questionado se o processo de consolidação da empresa também não poderia ser um ensaio ou preparação para sua venda, o gestor descartou tal possibilidade. “Não faz parte da nossa estratégia sermos adquiridos ou mesmo abrir o capital”, sentencia Jorge José Cenci, presidente da Senior. Para garantir os 20% de aumento de receita em 2011 a empresa acredita na capacitação, área que recebeu aporte de algo como R$ 1,2 milhão e projeta mais R$ 1,5 milhão este ano, tanto internamente como nos parceiros. No total, foram 43,3 mil pessoas participantes, dos quais 3 1
“Intensificamos a nossa presença regional com ênfase no trabalho com os parceiros. Elegemos cidades que são pólos econômicos em todo o país, saindo das capitais, e das 35 trabalhadas, 10 delas estão no Sul e estamos prospectando outras localidades” Frank Koja, da IBM
“Por se tratar de um pólo de referência na área de informática, muitas instituições de ensino voltadas para área de TI se voltaram para região. Ganhamos pela qualificação local, porém a concorrência é grande, somente em Caxias do Sul existem mais de 50 empresas na área” Grasiela Tesser, da NL Informática
>mercado taxa de penetração de Internet na base de clientes do mercado brasileiro, de 75%. Em 2010 a GVT chegou aos R$ 2,4 bilhões de receita líquida, com 43% de crescimento anualizado. Valores que, de acordo com o presidente da GVT, Amos Genish, podem ser atribuídos à expansão da operação para outros mercados, além do aumento e melhoria de suas ofertas, especialmente de banda larga, assim como o bom momento da economia do País. Gigante do mercado de PCs, a Positivo Informática é o maior fabricante de computadores do Brasil e bem posicionada na tecnologia educacional. Ao longo de 2010 foram 1,980 milhão de equipamentos comercializados, o que garantiu um crescimento de 11,3%. Quanto aos detalhes estratégicos e os planos para 2011, não os obtivemos. Como ressaltou a assessoria de imprensa em contato conosco, “a Positivo está em “quiet period””, ou seja, não fala externamente. Algo até comum em uma empresa que sempre se caracterizou pelo estilo low profile, mas mesmo assim decepcionante.
processos da fábrica de software, e CMMI for service para o gerenciamento de aplicações. Neste mesmo ano é criada a Universidade Teclógica como resposta as necessidades de treinamento, reciclagem e especialização do conhecimento, acessível tanto para colaboradores quanto para clientes. “Nosso modelo de negócios espera estabelecer um relacionamento de longo prazo com os clientes, dado que a natureza dos sistemas de informações e em conseqüência os serviços prestados ao seu entorno, são de continua evolução”, aponta Luiz Carlos Mesquita Scheid, sócio diretor da Teclógica. E o Paraná? Concebida em 2000, a GVT ou Global Village Telecom era uma operadora local de telecomunicações, porém foi adquirida pelo grupo francês Vivendi, o que acelerou sua expansão para outras regiões, saindo da base do Sul e mesmo de Curitiba, onde está a sua sede. Números recentes falam que a empresa possui 2,5 milhões de linhas em serviço e a mais alta
70% deles ou 30,3 mil profissionais ligados ao canal, tanto em conteúdo técnico como comercial. O executor da capacitação mais pesada é a Academia Senior que forma consultores especializados nas plataformas da empresa em 4 meses e em sessões presenciais. Na última temporada, foram 46 novos consultores internos e mais 92 nos parceiros. Fundada em 1994, a Teclógica faturou R$ 16 milhões em 2010 e conta com 200 colaboradores. A empresa teve como focos iniciais a consultoria, suporte a sistemas operacionais, banco de dados e redes, e desenvolvimento de software, mas a partir da montagem de sua fábrica de software em 1998 para suprir as demandas dos clientes, se fixou nesse segmento. E a empresa garante que soma mais de mil projetos de desenvolvimento de sistemas e prospecção de novas tecnologias. Em 2008, a companhia iniciou uma jornada rumo a internalização de um modelo de maturidade para o desenvolvimento das soluções com o CMMi for software, com certificação alcançada para o nível 2 em todos os
Corporações, projetos e investimentos Empresas públicas e privadas, cidades e mesmo o consumidor final seguem ávidos por produtos e soluções de TIC em todo o País e não seria diferente na Região Sul. Veja alguns projetos, previsões de mercado e como algumas das principais corporações com sede nos estados sulistas estão se movimentando
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esmo com o alto crescimento do PIB em 2010 e o conseqüente consumo aquecido – com a previsão de evolução 5% da economia nacional – muitos analistas ainda falam em expansão de dois dígitos para o consumo de tecnologia da informação e comunicações, o famoso TIC. E isso tanto no âmbito do consumidor final como no corporativo. Mas quais os setores ou tecnologias que estarão em alta e mesmo qual a tendência 3 2
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registrada em projetos nas principais corporações do Sul nos últimos meses? É claro que falar em tendências ou pesquisas específicas sobre a região é algo raro para não dizer impossível. Mas podemos iniciar essa nossa pequena radiografia com a previsão de um estudo patrocinado pela Intel no que diz respeito à compra de PCs em 2011. Se em todo o Brasil algo como 38% dos entrevistados disseram que vão comprar máquinas, a região Sul apresenta números ainda mais interessantes: no Rio Grande do
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15 a 17 de junho de 2011 Transamerica Expo Center · São Paulo
A TECNOLOGIA ALÉM DA WEB é o tema central do Ciab FEBRABAN 2011, que abordará a influência dos novos dispositivos móveis (como smartphones e tablets) no relacionamento com clientes das instituições. Com a presença de palestrantes renomados como Tom Davenport e Tom Kelley já confirmados, a edição 2011 contará com mais de 100 empresas expositoras em 5 mil m².
TOM KELLEY
TOM DAVENPORT
presidente da IDEO Global Design foi eleito como personalidade e palestrante internacional sobre metodologias para se obter inovação corporativa.
eleito pela Optimize Magazine como um dos mais importantes analistas de estratégia de negócios e consultores de TI do mundo.
PALESTRA 15/06
PALESTRA 16/06
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>mercado Sul 50% indicaram o desejo de compra, no Paraná o registro é de 44% e em Santa Catarina o índice ficou em 34%. “O Rio Grande do Sul é o exemplo de região onde já existe grande penetração dos computadores nos lares, e cujo crescimento está sendo ditado pela compra de uma Weg segunda máquina ou pela Equipamentos individualização”, disse Cássio Tietê, Elétricos diretor de marketing da Intel Brasil. possui 5 mil Mudando de objeto da análise, é usuários do ERP da SAP, interessante investigar qual o nível de 3,8 mil compras das corporações, ele segue computadores, em volume – percentual, claro – ou 236 servidores mesmo em tendências (Veja também e 16,8 terabytes de dados o Box: Software Livre como rótulo) e armazenados, inovação o que vemos no Sudeste, entre por exemplo? “As empresas locais outros itens possuem um nível de investimento e excelência próxima do eixo Rio-São Paulo. Os fornecedores são muito exigidos e questionados pelos gestores de TI, que trazem uma ótima formação e são criteriosos na aquisição em TIC”, aponta Leandro Coletti, diretor da iVirtua. Terceirizar é preciso? Podemos citar algumas tendências corporativas, uma delas é a aceleração do outsourcing de TI. Algo que tem como principal exemplo o projeto da Randon, iniciado em
quando a Tivit iniciará a integração do SAP com outros 80 sistemas legados. E a justificativa para tal investimento, como afirmou Carlos Roberto Nascimento, gerente de TI do Grupo, é que desta forma a equipe de TI poderá focar no business da Randon. Outro projeto de outsourcing em TI, desta vez em maior escala, está paralisado desde março último. O SindBancários e Fetrafi-RS, entidades de trabalhadores dos bancos, conseguiram que o Banrisul
execelência na prestação de serviços e produtos é a tônica da região, aonde os fornecedores são cobrados com a mesma exigência que aqueles presentes no sudeste cancelasse, pelo menos temporariamente, a decisão de terceirizar seus processos que eram feitos pela área de tele-processamento
fevereiro deste ano. O parceiro neste caso é a Tivit, que pelo contrato firmado, com duração de 7 anos, vai terceirizar as operações do ERP da SAP. O sistema alemão ainda está em implementação na gigante sediada em Caxias do Sul (RS) e sua escolha aconteceu no final de 2010 em disputa com os pacotes da Oracle e Infor. Para se ter uma ideia do tamanho e do trabalho do projeto de gestão, a Randon Implementos e Participações é um conjunto de empresas do setor automobilístico que teve uma receita bruta em 2010 na ordem dos R$ 5,6 bilhões, uma renda 51% maior que no ano anterior. E a estimativa é chegar próximo dos R$ 6 bilhões em 2011. O projeto prevê a conclusão da implementação até outubro deste ano, 3 4
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(ATP) da instituição e que monitora os ativos de rede do banco. Os dirigentes sindicais afirmam que insistir na terceirização seria por em risco informações estratégicas, além de dizer que a equipe que seria dispensada “desempenha de forma adequada o serviço”. Resultado, o pregão eletrônico que seria feito nos dias 10 e 11 de março para escolher o provedor está faria “Serviços de Monitoração de Ativos de Rede de Infraestrutura de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC)” e “Serviços de Suportes e Manutenção para os produtos Oracle Enterprise Linux Premier e Oracle Enterprise Linux Premier Limited”, está suspenso. Soluções no tamanho Grande pólo calçadista e de moda, a Serra Gaúcha, formada pelos municípios de Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha e Guaporé concentra boa parte das empresas com esse perfil no Rio Grande do Sul. Um agrupamento que chamou a intenção da Millenium, desenvolvedora paulista de um ERP específico para o segmento. “Não podemos perder a chance de gerar novos negócios em uma cidade onde atendemos a 75% dos clientes que possuímos em todo o estado gaúcho”, afirmou Israel Santos, executivo da companhia para a região. O produto em questão é o aplicativo Millennium Basic, voltado para pequenas e médias confecções e, como explica Santos, mesmo as empresas de menor porte têm
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os fornecedores é dividir o trabalho necessidade por um controle em verticais”, garante Frank Koja, especializado de processos de diretor da regional Sul da IBM. produção e vendas visando uma maior competitividade. Em Caxias do Lá em Santa Catarina Sul, considerada a cidade sede do Multinacional Brasileira com pólo, a software house mantém um ramificações em setores industriais, a escritório com uma equipe focada catarinense Weg Equipamentos em atividades comerciais, Elétricos possui 11 fábricas no Brasil e implantação e suporte. em outros países como China, México Antes de sairmos do Rio Grande do Sul para outros estados é no paraná destacam-se as cidades interessante digitais e algumas já usufruem do entender se os benefício da conexão grátis demais estados têm perfis ou estão e Portugal. E os números de TI culturalmente, em TIC, claro, impressionam: 5 mil usuários do ERP alinhados com o “primo da fronteira”. da SAP, 3,8 mil computadores, 236 “Os estilos dos gestores mudam, de servidores e 16,8 terabytes de dados acordo com o estado. Mas em TIC a armazenados, entre outros itens. maior influência é no perfil e tamanho No final do ano passado a da empresa, como o fato dela ser empresa buscou no mercado uma uma multinacional ou ainda se a solução que fizesse a gestão e a companhia quer operar apenas automatização de seus processos regionalmente ou nacionalmente ou internos e chegou até o ser um player brasileiro com ManageEngine ServiceDesk Plus ITIL, pretensões globais. Uma saída para
distribuído com exclusividade no Brasil pela Inspirit. Uma solução que possibilita o controle de todos os ativos da infraestrutura de TI – sejam máquinas ou sistemas – e que é utilizada no regime de Cloud Computing. A aplicação proporcionou maior controle de gestão dos ativos, trouxe aceleração a resolução das solicitações e minimizou o tempo de inoperância dos usuários internos. No desenvolvimento do projeto, a Inspirit também trabalhou tanto na implementação como no treinamento e ainda no suporte da solução. Paranaenses com certeza No Paraná, um tipo de projeto que evolui rapidamente é o das cidades digitais. Algumas localidades já usufruem dos benefícios da conexão gratuita com 100% de sinal disponível, são elas: Pitangueiras, Nova Aurora, Piraí do Sul, Assai, Cascavel, Engenheiro Beltrão, Chopinzinho, Ortigueira, Boa Esperança e Araruna.
>mercado projeto de R$ 80 milhões da copel integra informações da cadeia de geração e distribuição de energia elétrica seguindo padrões da aneel Além delas, os moradores de Palotina, Toledo, Pinhais, Guaira, Foz do Iguaçu, São José dos Pinhais já contam com sinal wi-fi na administração pública e trabalham para o acesso livre em toda área urbana. Já a Copel (Companhia Paranaense de Energia), empresa que atua na geração, transmissão e distribuição de energia, tinha como premissa automatizar, gerenciar e armazenar os dados provenientes de todas as suas fontes de negócio em um ambiente centralizado, agilizando o processo de tomada de decisão do time estratégico e trazendo maior confiabilidade pelo monitoramento em tempo real das informações. A empresa opera um parque gerador próprio com usinas, linhas de transmissão, subestações, linhas e redes elétricas do sistema de distribuição, bem como um extenso sistema óptico de telecomunicações que integra as principais cidades do estado do Paraná. E para interligar esse sistema era necessário uma solução com alta capacidade. No total, o investimento do ano passado soma R$ 80 milhões na atualização do parque tecnológico da Copel com o objetivo de integrar as informações referentes a toda sua cadeia de geração e distribuição de eletricidade. O projeto foi assinado via dois consórcios. Um para ERP, no qual participaram as empresas SAP, Ingram Micro, Core Technologies e CSC, e outro de billing, com a participação da Elucid e Ação Informática, no qual elas vão utilizar banco de dados, servidores e soluções de armazenamento da IBM. Na velocidade da luz O projeto contemplou a implementação de servidores Power 570, sistemas de armazenamento em disco DS 5100 e o banco de dados
DB2, todos da IBM, o que garante uma maior integração ao sistema de ERP da SAP. Trazendo, como revela a direção da companhia, uma redução de despesas associadas a hardware e TCO (Custo Total de Propriedade) do projeto. Toda a infraestrutura fornecida pela IBM é redundante para evitar paradas no sistema e permitir a alta
disponibilidade dos serviços prestados pela Copel. Com o projeto desenvolvido prevendo um crescimento de 50% na infraestrutura de TI ao longo dos 5 anos de ciclo de vida do contrato. Como meta, a solução deve proporcionar uma maior precisão na cobrança de seus serviços e oferecer aos clientes da Copel um atendimento mais rápido, tanto para uma simples solicitação de segunda via da conta de energia, quanto para um pedido de ligação de eletricidade em determinada região. Para se ter uma ideia de volume, a empresa efetua mais de 70 mil novas ligações a cada ano. A integração dos sistemas, de acordo com a empresa, também “mira” a diminuição dos custos na geração de energia e proporcionar uma base sustentável para o crescimento do da Copel e mesmo do estado. E o novo ambiente de TI ainda permite a adequação às normas e padrões exigidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Software livre como rótulo
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Sul do país, mais especificamente o Rio Grande do Sul com o bastião da cidade de Porto Alegre e mesmo o Paraná, ficou ao longo dos anos tratado como sinônimo de região do software-livre. Especialmente na capital gaúcha durante os Governos do PT e mesmo com o Presidente Lula, quando vários executivos e responsáveis pela política local foram “chamados” à Brasília. Mas será que essa tendência ou realidade – ou pior: rótulo – ainda é percebida pelo mercado interno e pelos executivos que trabalham na região? “É verdade, existiram muitas iniciativas no Rio Grande do Sul e no Paraná em software livre e essa visão trazia resultados, até políticos. Nos últimos 2 anos sentimos uma mudança nessa perspectiva, a visão ideológica ou mesmo ortodoxa, principalmente no segmento público, mudou um pouco, mas deixou um mercado interessante”, garante Koja, da IBM. Outros executivos não vêem aspectos negativos, mas sim a perspectiva de ver a abertura de mercado regional para os sistemas abertos e mais especificamente para os sabores de Linux. “Os Governos locais têm incentivado e investido na plataforma até como forma de acelerar a inclusão digital. Existem empresas regionais que já usam o Linux em desktops, o que ainda não é tão comum. Nossa política é atender a necessidade de cliente e o uso dos sistemas abertos em servidores já ocupa boa parte de nossas máquinas”, admite Daniel Neiva, diretor de vendas para pequenas e médias empresas e consumidores finais da Dell Brasil. Outra visão é que a associação entre o Sul ou mesmo o Rio Grande do Sul com os sistemas abertos serve até mesmo como propaganda benéfica para a visibilidade do estado e das empresas locais, mesmo entre aquelas que não os adotaram. “Grandes iniciativas surgiram a partir deste movimento. E não prejudicaram o trabalho de empresas de TI e desenvolvimento de software de gestão, como é o nosso caso, pois é uma tecnologia que depende de alto nível de serviço e segurança, o que ainda é contestado em alguns momentos em relação às plataformas de software livre”, completa Grasiela Tesser, diretora comercial da NL Informática.
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Easy-Way projeta expansão de 40% em 2011 com oferta de soluções tributárias
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pós fechar o exercício 2010 com faturamento de R$ 30 milhões, por conta da demanda aquecida por soluções fiscais e tributárias, a Easy-Way do Brasil projeta uma cenário ainda mais promissor este ano. A expectativa da expansão dos negócios em torno de 40% em 2011, com aumento da carteira de clientes de médio e grande portes, que atualmente soma 15 mil empresas. O fator de impulsão da receita é a movimentação em torno das novas obrigações acessórias agendas para este ano. Entre elas figura a Escrituração Fiscal Digital (EFD) do PIS/Cofins, que deve ser transmitida este ano por todas as empresas tributadas pelo Lucro Real e pelas empresas do Lucro Presumido ou Arbitrado a partir de 2012. “Nossa expansão está alinhada às mudanças da área tributária. Além disso, os contribuintes devem entender que a arrecadação dos impostos e apresentação correta de todas as informações obrigatórias podem
ajudar na redução da carga tributária do Brasil, que atualmente é alta”, afirma Reinaldo Mendes Jr., presidente da Easy-Way do Brasil. Fundada em 1991, a empresa está sempre investindo em infraestrutura tecnológica, o que envolve pesquisa, suporte, atendimento e processos de implementação das soluções. No ano passado, por exemplo, foram feitos aportes de aproximadamente R$ 20 milhões em sistemas para atender as exigências da Receita Federal e facilitar o entendimento e trabalho das organizações, conta o executivo. “Os últimos produtos desenvolvidos foram o Easy-Sped Contábil, Easy-Sped Fiscal para atender ao Projeto SPED, e o Easy-ePIS/Cofins, com o objetivo de auxiliar na entrega da EFD-PIS/Cofins”, afirma. Além de implementar os sistemas, a Easy-Way oferece treinamento e suporte técnico, para que não ocorram erros no momento do envio das declarações.
Caixa disciplina os procedimentos para acesso ao Conectividade Social
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Caixa Econômica Federal publicou no Diário Oficial da União as circulares 547 e 548, que disciplinam os novos procedimentos para o recolhimento mensal (Sefip) e rescisório ao FGTS (GRRF). As circulares tratam, também, da utilização do certificado digital padrão ICP-Brasil para acesso às informações contidas no Conectividade Social – canal utilizado por mais de 2 milhões de empresas e através do qual transitam milhões de arquivos referentes ao FGTS. O Conectividade Social é um canal de relacionamento eletrônico através do qual empresas, escritórios de contabilidade, instituições financeiras, superintendências regionais do trabalho, sindicatos, prefeituras e outros órgãos podem fazer a transmissão de dados referentes ao FGTS para a Caixa. Todas as funcionalidades relativas ao FGTS disponíveis no aplicativo Conectividade Social e no ambiente “Conexão Segura” estão contempladas na nova versão do Conectividade Social, que utiliza a certificação digital emitida no modelo ICP-Brasil, inclusive o envio de arquivos Sefip, GRRF, SIUMP e outros. O acesso ao Conectividade Social passa a ser exclusivamente por meio da internet, inclusive para envio e recebimento de arquivos. A versão do Conectividade Social que utiliza os certificados digitais em padrão diferente do ICP-Brasil ficará disponível até o dia 31 de dezembro deste ano. A partir de janeiro do próximo ano, os usuários do Conectividade Social deverão utilizar exclusivamente as funcionalidades do novo canal. Com relação ao recolhimento da multa rescisória do FGTS para diretor não empregado é facultativo para os casos de exoneração antecipada de mandato ou quando houver exoneração para as nomeações sem prazo de vigência. Neste caso, havendo recolhimento de multa rescisória, a base de cálculo corresponde a todos os depósitos efetuados durante a vigência do mandato, acrescida das remunerações aplicáveis às contas vinculadas, do valor do depósito do mês da rescisão e do mês imediatamente anterior. Já no caso do Sefip, as mudanças são para adequá-lo ao recolhimento do FGTS para o diretor não empregado e substituir a palavra “selo” pela palavra “protocolo”. O “selo” é o arquivo gerado pelo programa para que seja impressa a Guia de Recolhimento do FGTS (GRF) e outras funcionalidades, tais como os relatórios.
Último grupo de contribuintes começará a emitir a NF-e em julho
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Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) incluiu mais um grupo de contribuintes na obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e): atacadistas de livros, jornais e outras publicações; impressores de jornais, livros, revistas e outras publicações periódicas; e representantes comerciais que atuam nessas áreas. A emissão da NF-e terá início a partir de 1º de julho. Este é o último grupo obrigado a emitir a nota fiscal pela internet. O documento atualmente é obrigatório para aproximadamente 22 mil contribuintes do atacado e da indústria. No caso dos varejistas, a emissão da NF-e é obrigatória em três situações: 1 - Nas operações destinadas à administração pública direta ou indireta, inclusive empresa pública e sociedade de economia mista, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios; 2 - Nas operações com destinatário localizado em unidade da Federação diferente daquela do emitente; 3 - Nas operações de comércio exterior.
>especial Veja mais em www.tiinside.com.br/gestaofiscal radar fiscal
SulAmérica adquire solução integrada para emissão da NF-e
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SulAmérica anunciou a contratação da solução de Inteligência Fiscal e do Portal de Documentos Eletrônicos da Synchro, para emissão de Notas Fiscais Eletrônicas tanto de mercadorias quanto de serviços. Um dos maiores grupos seguradores do Brasil, com atuação em nível nacional, a SulAmérica conta atualmente com 6,3 milhões de clientes e uma carteira de produtos que abrange diversas áreas, como de automóveis, saúde, odontológica, previdência, residencial, vida, entre outros. Segundo Marcos Aguieiras, gerente de tributos da SulAmérica, com as novidades tecnológicas da legislação tributária nacional, a companhia passaria a ter que utilizar o seu próprio sistema interno e
o portal gratuito oferecido pelo governo para conseguir fazer o lançamento digital de todas as suas operações interestaduais, que englobam uma série de regras e valores diferentes. “Para nós, não seria suficiente utilizar este portal. Além de termos que trabalhar com duas plataformas diferentes, considerando que o nível exigido de segurança da SulAmérica é muito alto, nós poderíamos ter problemas com as portas de acesso”, explica. Com o portal da Synchro, a seguradora terá um canal único para realização dessas operações. Para a escolha da Synchro pesou o fato de a empresa oferecer uma solução integrada de NF-e, portal e inteligência fiscal para cálculos de impostos (módulo Expert Fiscal).
Avanço do SPED exige atualização dos sistemas de TI, diz Alterdata
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para as empresas é que a adesão a essas duas novas obrigações o mercado é corrente a avaliação de que a quantidade e, acessórias, incluídas no calendário este ano, ocorre quase que ao também, a complexidade das obrigações acessórias mesmo tempo. dificultam o esforço de adequação das empresas. É verdade. Outro problema é a quantidade de informações que deverão ser O volume de informações apuradas e transmitidas ao Fisco é transmitidas ao Fisco. “É um desafio porque muitas empresas não estão muito grande, sobretudo quando se trata da Escrituração Fiscal Digital preparadas”, diz Costa, acrescentando que serão (EFD) do PIS/Cofins e do Livro Ciap, obrigatórias para grande parte das empresas a Em 2011 a demanda tem necessários investimentos em banco de dados, partir deste ano. sido forte das pequenas e discos e software de ERP para suportar a nova demanda. Até mesmo os contabilistas muitas vezes médias empresas, cujos Vale ressaltar que o primeiro arquivo da EFD não conseguem dar conta, avalia José Ronaldo fornecedores não do PIS/Cofins, com informações relativas a abril da Costa, diretor técnica da Alterdata. Mas esta conseguiram desenvolver deste ano, deve se entregue em junho pelas não é exatamente o principal preocupação. O empresas enquadradas no regime de tributação problema maior está relacionado à Nota Fiscal soluções que lhes Eletrônica (NF-e), cuja versão 2.0 entrou em permitissem atender as baseado no Lucro Real. “Acho que muitas não vão conseguir entregar a EFD do PIS/Cofins”, afirma vigor em 1º de abril. exigências do Fisco Costa. Segundo Costa, as empresas que já Diante deste cenário, a Alterdada tem se emitem a NF-e fizeram a migração sem posicionado no sentido de oferecer ferramentas “inteligentes para gerar problema. A questão é que muitas ainda não adotaram a NF-e, apesar informações, a fim de evitar o máximo possível a intervenção humana”, de estarem na lista de obrigatoriedade. para que as empresas possam atender os novos requisitos do SPED. “Muitas empresas ainda não sabem que devem emitir a NF-e. Elas No mercado, a empresa oferecer as soluções Alterdata Pack, vão descobrir quando terminar o formulário de papel”, afirma Costa, software de contabilidade e tributário que gera os arquivos do SPED, o lembrando que a multa para quem não cumpre essa exigência corresponde a R$ 5 mil por nota emitida. “O valor é muito alto”, observa. aplicativo Shop, de automação comercial, e o Alterdata ERP. Os dois últimos dão suporte ao primeiro. De acordo com o diretor técnico da Alterdata, esse cenário Com essa oferta, a empresa tem registrado crescimento de 30% ao preocupante predomina no interior do Brasil, já que nas grandes ano. Em 2011 a demanda tem sido forte das pequenas e médias capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, entre outras, praticamente a empresas, cujos fornecedores não conseguiram desenvolver soluções totalidade dos contribuintes já emite a NF-e. Com relação ao EFD do PIS/Cofins e do Livro Ciap um ponto crítico que lhes permitissem atender as exigências do Fisco.
10-12 Maio 2011 CENTRO dE EvENTOS FIERGS - PORTO ALEGRE - RS
É tanta informação que você não vai saber por onde começar. Confirme sua presença no evento que reunirá em Porto Alegre - RS, os melhores profissionais do mercado de TIC brasileiro e latino-americano. Uma programação com sete seminários e fóruns para promover o networking e a discussão de tecnologias que inovam em conteúdo.
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Roberto dariva, Navita
Keynote Speaker: Miguel Abuhab, Neogrid
Gestão Empresarial 2.0
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Francisco Amaral, FIAP
André Sanseverino, MyABCM
Redes e Telecom
Ernesto Haberkorn, TI Educacional
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palestrantes confirmados
Fórum TIC no Agribusiness
Web 2.0, Marketing e Negócios digitais Marcelo Coutinho, Terra Networks
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Marcelo Negrini, Zazambia Marketing Solutions
Marcello Povoa, MPP Solutions
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Fabio Renato Calegari, SIMOVA
Pablo Saez, everis Brasil
Soluções e Tecnologia de Mobilidade
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Apoio
>infraestrutura
Jackeline Carvalho
Falta de planejamento
retarda efeito do BI Gestores são cada vez mais dependentes de informações para tomar decisões, mas ainda falham na administração dos dados
“O Kátia Vaskys, da IBM Brasil: obstáculos à qualidade na tomada de decisão são organizacionais
Accenture. Na pesquisa aplicada em 543 companhias de 17 países na América do Norte, Ásia Pacífico e na Europa, 46% das empresas dizem se apoiar em informações imprecisas ou desatualizadas quando estão decidindo novas estratégias. A pesquisa revela que o alto volume de dados está criando um grande desafio aos executivos. Mais de 56% dos “c-level” – gerentes e diretores de negócios, decisores de TI e líderes de unidades de negócios – afirmam sentir-se pressionados pelo volume de dados gerados pelas suas empresas. Muitos deles, inclusive, confessaram atrasar decisões importantes devido a necessidade de manuseio de grande volume de informações. “As empresas precisam desenvolver a cultura dos dados, na qual executivos,
s projetos de business intelligence não são uma responsabilidade da área de TI, mas da direção de uma empresa.” Com essa afirmação, executivos ligados a empresas provedoras de soluções de business intelligence (BI) respondem à alta incidência de erros nas corporações frente à prioridade, por quase 10 anos consecutivos, segundo o Gartner, de investimentos em projetos de BI. A alta incidência de erros foi identificada no estudo global “The Business Impact of Big Data”, realizado pela Kelton Research a pedido da Avanade, joint venture entre a Microsoft e 4 2
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dados e tomar decisões corretas na hora certa”, diz Hartman. Talvez esteja aí a justificativa para o fato de o BI estar entre as tecnologias prioritárias dos gestores de TI também em 2011. Mas a constatação mais alarmante da pesquisa divulgada pela Avanade é que ao mesmo tempo em que os executivos reconhecem que há valor nos dados, uma vez que a partir de previsões de negócios eles reduzem as incertezas e melhoram o posicionamento competitivo das empresas, 61% deles acreditam que a avalanche de dados muda drasticamente a dinâmica de funcionamento das empresas. “O problema é que boa parte desses dados são imperfeitos ou não estruturados e isso distorce o resultado final”, sentencia Antonio Paulo Rihl, responsável pela recém-estruturada operação da Tagetik no Brasil, uma
colaboradores e parceiros estratégicos sejam atores ativos na gestão e manuseio do ciclo de vida da informação”, diz Tyson Hartman, global chief technology officer da Avanade. “Isso fará com que as empresas consigam transformar dados em informações.”
Dualidade “O problema é que Apesar da incômoda proliferação dos boa parte desses dados, os profissionais desejam ainda dados são mais informação e querem também um imperfeitos ou não ritmo de entrega acelerado. Um em cada estruturados e isso três deles acredita que o acesso a um distorce o número maior de fontes poderia melhorar resultado final” seu desempenho no trabalho, enquanto 61% diz querer acesso rápido aos dados. Antonio Paulo Rihl, da Tagetik De acordo com a pesquisa, este desejo no Brasil por mais dados e maior velocidade informação. Ao mesmo tempo em que a é impulsionado pela capacidade, ou velocidade é importante, o contexto é ausência dela, das empresas se absolutamente essencial para manterem alinhadas com as compreender o escopo completo dos expectativas de seus clientes. “Nossa pesquisa confirma o que ouvimos dos clientes sobre Mais de 56% dos “c-level” afirmam sentir-se os desafios no gerenciamento pressionados pelo volume de dados gerados pelas dos dados. Os executivos parecem estar segurando um suas empresas. Muitos deles, inclusive, confessaram acesso mais rápido aos atrasar decisões importantes devido a necessidade de dados como forma de ajudá-los manuseio de grande volume de informações a lidar com a sobrecarga de
MÃO NA MASSA
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Prova de fogo O movimento aumentou o grau de assertividade e a confiança da diretoria nos dados. “Como o retorno foi muito bom, implementamos também o planning – no qual estão todos os controles”, conta o gerente de sistemas. Nos últimos quatro a cinco anos, a CSU empreendeu um programa de captação de novos clientes e também utilizou a plataforma de business intelligence para promover a internalização de um deles. “Quando analisei a base, vi que tudo estava muito confuso, com muitos desencontros de informações. Traçamos um processo de alinhamento dos dados e só conseguimos concluir o projeto em seis meses porque utilizamos a plataforma de BI para a limpeza dos dados. Na migração foi internalizado o processamento de gastos de mais de 4 milhões de cartões, sem interrupções no faturamento de mais de 8 mil lojas. “Foi uma ação de guerra, com fretamento de avião para transportar informação, processamento de informações em tempo recorde”, conta o gerente de sistemas, segundo o qual agora, com o BI, a operação da CSU erra menos do que no modelo anterior baseado em Excel. “Aumentamos a confiabilidade. Os dados são protegido e todo o processo é automatizado e supervisionado. Sabemos exatamente quando começa e quanto termina qualquer coisa diferente do normal”, conclui o executivo, dizendo que o atual modelo afetou até o quadro de RH da CSU.
CSU CardSystem, processadora de cartões e crédito, é responsável pelo processamento dos cartões de nove empresas, entre elas a Porto Seguro, o HSBC, o BANERJ e Carrefour. E foi com este perfil que a companhia pesquisou o mercado para identificar uma platafoma que lhe desse maior competitividade no mercado. “O BI entrou na estrutura inicialmente para controlar campanhas promocionais”, conta Rodrigo Bibiano, gerente de sistemas da CSU. Após pesquisas, a empresa delegou à Softtek a responsabilidade de implementar o projeto, com a ferramenta IBM Cognos, inicialmente na CSU MarketSystem, o braço da empresa que oferece soluções de marketing de relacionamento. Entre novembro de 2009 e meados de 2010 foram investidos aproximadamente R$ 2 milhões, apenas no serviço de implementação. O segundo passo foi associar o BI ao cartão de crédito, para apresentar itens de faturamento, ganhos com ativamento de cartões e a montagem de campanhas baseadas no uso do cartão. Uma ação que despertou interesse da diretoria, viabilizando a criação de duas frentes de trabalho, interna e externa, porque, segundo Bibiano, “a área de finanças começou a ver os números com maior exatidão, melhorou a qualidade das propostas e colocou todos os dados abaixo de um BI único”.
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>infraestrutura provedora global de soluções de gestão de desempenho (performance management), governança financeira e business intelligence. Rihl, aliás, liderou operações locais da Business Objects e da Hyperion. Outra falha, na opinião de Flavio Bolieiro, vice-presidente América Latina da MicroStrategy, é a automatização de processos convencionais e equivocados sem atenção à necessidade de análise. Flavio Bolieiro, da MicroStrategy: automatização de processos convencionais e equivocados sem atenção à necessidade de análise é uma das falhas constantes
Aposta Bilionária
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om a aquisição de várias empresas (foram investidos US$14 bilhões na compra de 24 companhias nos últimos cinco anos) e a recém-criação de uma diretoria específica para Business Analytics & Optimization (BAO), liderada por Kátia Vaskys, a IBM reforça a aposta no setor e o transforma em um de seus principais pilares de negócios para os próximos anos, com a meta de alcançar receita de US$ 16 bi no setor até 2015. A IDC prevê que o mercado de BA crescerá uma média de 7% ao ano de 2009 até 2014, com aumento ainda maior esperado nos próximos 10 anos. O que ajudou a aumentar o interesse do mercado foi a explosão na quantidade de dados digitais. Nos bancos, por exemplo, os dados crescem a uma taxa de 50% ao ano. A IBM estima que 80% dos novos dados não são estruturados e vêm de blogs, e-mail, podcasts, comentários de clientes e vídeos, todos eles oferecendo desafios de análise.
Dissipação Kátia Vaskys, executiva de Business Analytics & Optimization (BAO) da IBM Brasil, confirma que os obstáculos à qualidade na tomada de decisão são organizacionais. Primeiro, porque falta entendimento sobre como usar a análise para transformar o negócio; depois porque falta tempo aos gestores para aprender como usar a informação, ou seja, deixar de usar a intuição e passar a analisar relatórios; e por fim o conhecimento dos usuários na manipulação de ferramentas de business intelligence com a correta aplicação de mecanismos de gestão de
mídias sociais, conteúdo, documentos digitalizados, etc. Cada vez mais o próprio processamento da informação está distribuído”, alerta a executiva. Aos poucos as empresas promovem a distribuição da informação e da um em cada três executivos dizem tomada de decisão. E o que o acesso a um número maior que antes era uma atribuição exclusiva de de fontes poderia melhorar seu um departamento ou o desempenho no trabalho maior valor de outro, agora cresce em vias horizontais e verticais, segundo Marco Antonio Brittes, diretor mudanças, para que os executivos de BI da Sofftek. O Brasil em particular, reaprendam a trabalhar com análise para diz ele, está migrando de projetos gerar informação. departamentais de business intelligence Também não se pode manter os para aqueles que atendem a toda a “guetos” de informações responsáveis empresa. Essas por sua vez buscam por manipular e distribuir a informação. complementar o projeto para atender a “Hoje as informações estão em sites,
várias áreas ou a empresa como um todo, expandindo os projetos de datamart para um data warehouse. Mas Brittes alerta para o fato de ainda haver “muita empresa com problemas básicos de informação transacional. “Elas até têm estratégias de BI, mas enfrentam muito problema em obter informação de qualidade”.
Bola cheia
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TI em todo o mundo em muitos anos, e é claro que o BI continua a ser uma tecnologia central para as organizações. Os fornecedores também atuaram de forma agressiva nesta área, o que contribuiu para impulsionar a demanda”, disse Dan Sommer, analista de pesquisas do Gartner. Os quatro grandes fornecedores do mercado – SAP, Oracle, IBM e Microsoft – continuaram a consolidar o mercado, sendo que, juntos, detêm 59% de market share. Considerando apenas as plataformas de BI e de CPM juntas, eles detêm cerca de dois terços, de market share, enquanto que em aplicações analíticas o SAS domina o mercado.
receita mundial da indústria de software de business intelligence (BI) e seus subsegmentos (que incluem ferramentas analíticas e de gerenciamento de performance corporativa – CPM, na sigla em inglês) atingiu US$ 10,5 bilhões no ano passado, cifra 13,4% maior que os US$ 9,3 bilhões registrados em 2009, de acordo com estudo do Gartner. A consultoria atribui o aumento nos gastos com software de BI no ano passado ao ressurgimento dos pacotes de incentivos, a melhoria geral da economia e ao lançamento de novos produtos. “Os gastos com software de BI ultrapassaram em muito o crescimento dos orçamentos para
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>internet
Claudio Ferreira
A moda na web
O e-commerce de moda e acessórios saltou no ano passado da 20ª colocação como representatividade de mercado para uma honrosa 6ª posição. Vamos entender essa mudança, saber as razões para o mercado demorar a “emplacar” e as perspectivas de projetos em 2011
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foto: marcelo kahn
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os Estados Unidos, o segmento de modas e acessório é líder em vendas com algo como 14% do faturamento de e-commerce ou US$ 25 bilhões. Por aqui, o hábito e a cultura de adquirir itens com essa característica pela web ainda é uma novidade, mas a partir da ascensão de 2009 para o ano passado, quando o mercado, até então marginal, saiu da 20a posição no ranking Marcelo setorial de vendas, para a 6a colocação, Povoa, da MPP: ele passou a chamar a atenção. grandes “Os gestores locais começaram a ver marcas benchmarks do exterior e ao mesmo resistiram à web, até tempo viram que quem investiu localmente mesmo nos estava conseguindo bons resultados, o Estados que provocou um movimento forte de Unidos, porque alguns investimentos em projetos no último ano, segmentos, algo que continua agora”, aponta Marcelo como os de Povoa, sócio da MPP, agência digital que luxo, têm trabalha em projetos do setor como o peculiaridades na própria tocado para as marcas Cantão, Redley e experiência de Kenner, todas do mesmo dono. compra Para o empresário português David Bernardo, CEO da HiPXiK, um clube de compras multimarcas na web, o Brasil ainda está na fase inicial do e-commerce de moda. “Vejo algo semelhante ao mercado europeu, com os negócios se iniciando pelos clubes de vendas privadas para depois haver uma conversão de sites próprios das marcas. Mas vejo muitas empresas do setor buscando a migração”, observa. Mas o que explica a ascensão de vendas e representatividade do setor em 2010? O primeiro fator é o fenômeno dos clubes de compras e dos sites de
ofertas coletivas, o outro é a presença do varejo com seu braço de moda. “Esse salto aconteceu principalmente devido aos projetos online dos grandes varejistas de moda do país como Renner, Pernambucanas, Marisa etc. Para 2011, sabemos que praticamente todas as marcas de expressão já têm ou estão desenhando suas estratégias on-line”, avalia Flávio Pripas, sócio fundador do byMK, uma rede social ligada ao setor de moda. No entanto, o executivo da MPP admite que o setor exige estudo e maior planejamento que outras áreas, e tenta explicar a demora de atenção para as lojas virtuais. “Existem complexidades e custos, e isto também explica o conservadorismo do setor e sua demora em investir. A logística é uma grande 2 0 1 1
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barreira e montar a loja virtual pode ser muito mais trabalhoso que uma loja física. Além disso, nos últimos anos o varejo teve vendas aquecidas e isso também freou um pouco os investimentos na web”, argumenta. Experiência e foco Uma saída para as marcas que queiram experimentar o “jogo” antes de investir de forma mais concreta ou mesmo aquelas que não têm recursos para investir de forma independente é a dos clubes de compras ou shoppings multimarcas virtuais. Um desses exemplos é o HiPXiK, que utiliza o conceito de clube de compras para criar uma base de dados e gerar fidelização dos clientes. Além do Brasil, a marca opera no México e seu gestor Bernardo também já tinha trabalhado na concepção de um projeto do gênero em seu país natal, Portugal. Presente no Brasil desde agosto de 2010, o clube planeja chegar aos 2 milhões de usuários até o final do ano. Porém, antes de iniciar sua operação, a empresa estudou o potencial de consumo online e direcionou o portal ao atendimento às classes A e B. Para se aproximar desse público, firmou um acordo com a Gol, no qual tem acesso aos participantes do Programa Smiles, oferecendo novidades e descontos nos produtos presente no site. Quanto à estratégia de trabalhar nos segmentos A e B, Bernardo admite que isto não quer dizer que não seja possível descer na pirâmide, mas sim um posicionamento inicial. “As marcas que trabalhamos também têm esse perfil.
>internet Temos que ter um foco”, explica. Estratégia chique Como diferencial, a HiPXiK trabalha não apenas no segmento de descontos, como também pode fornecer toda a operação de e-commerce para grandes marcas de moda, gerindo a operação por meio do seu conceito de ‘e-commerce 360º’. O foco evolui da gestão de toda a operação de cada marca presente no portal, cuidando do marketing, estratégia, “Vejo algo Business Intelligence, Customer Services, semelhante ao ciclo de vida do produto, estrutura, mercado europeu, logística, entre outros recursos com os negócios fundamentais no processo de venda, até a se iniciando pelos retenção e a fidelização do e-consumidor. “Começamos com o beta em agosto clubes de vendas privadas para de 2010, e agora estamos na fase de depois haver uma operação full speed. Já temos, inclusive, conversão de uma boa audiência com a base de sites próprios das Smiles”, garante Bernardo. Ele revela que marcas. Mas vejo precisou tropicalizar a estratégia por conta muitas empresas dos regimes fiscal e tributários locais, o do setor que exigiu mudanças no backoffice do buscando a projeto trazido do México. A empresa migração” chegou a contatar um parceiro local, mas acabou por desenvolver tudo internamente David Bernardo, com o seu time de 10 programadores, do clube de compras HiPXiK dos quais quatro no Brasil e o restante baseado no México. O HiPXiK atualmente trabalha com 500 marcas, e a estratégia é fruto do trabalho de Bernardo com suas sócias, Elizabeth Potter João Silva e Esmeralda Dourado – ambas com atuação no mercado de luxo e moda. O clube conta ainda com a ajuda de um time de especialistas que traduzem o posicionamento de crescimento da marca. A expectativa é chegar aos R$ 50 milhões de faturamento em 2011. Para isso, além do planejamento com base na atração de investidores e lançamentos de novas marcas no Brasil, a HiPXiK está investindo fortemente em ações de marketing digital como links patrocinados, busca orgânica (SEO), redes sociais (twitter e facebook), emails marketing promocionais, concursos culturais em social media e Adnetworks. “O investimento em redes sociais é o mais crítico nessa estratégia”, garante.
ser pensada. “Um segmento como o de luxo, por exemplo, tem outras peculiaridades na sua própria experiência de compras. As grandes marcas resistiram a entrar até mesmo nos Estados Unidos”, aponta Povoa. A razão para a resistência do luxo era que a web poderia retirar o componente de emoção e de ambiência das lojas, com atendimento VIP etc., que garante uma experiência diferenciada. A saída encontrada por algumas marcas
como a Gucci e a Valentino foi trazer esse conceito de exclusividade e inovação para a Internet. “Integrar os clientes por meio da loja física e das redes sociais, fechando grupos ou clubes exclusivos, traz uma verdadeira “competição” pelos itens, com todos querendo ter aquilo que é comentado. O que trouxe grandes resultados para as empresas”, explica Povoa. Faz parte dessa estratégia investir em experiências chamadas de sensoriais, extrapolando a venda da web ao mero “catálogo” de produtos. Customizar o site ao máximo, ter modelos desfilando online e de forma exclusiva faz com que a experiência seja mais rica. Assim como explorar as redes sociais e usar da ideia de clube exclusivo da marca. “No fim o custo é alto, mas o ticket médio pode em alguns casos ser até superior ao das lojas físicas”, admite o executivo da MPP. Para 2011, a e-moda, como podemos chamar o comércio eletrônico do setor, pode ganhar mais massa crítica e resultados e experiências interessantes para as marcas e mesmos os clubes e shoppings virtuais. Em resumo, o ano promete que o segmento terá resultados concretos quando falamos em e-commerce e não um “mero modismo”.
Experiência “social fashion”
C
riado pelos profissionais especializados em tecnologia Flavio Pripas e Renato Steinberg, que trazem cerca de 15 anos cada de atuação no setor, o portal byMK nasceu de uma brincadeira e, surpreendentemente, chegou a 2 mil usuários em oito meses. O número fez com que os profissionais passassem a dedicar seu tempo, de maneira integral a rede social. O resultado: em 6 meses o site saltou para 40 mil usuários, ou seja, um crescimento de mais de 1000% no número de cadastrados. “Podemos fazer uma analogia com o Orkut, só que da moda. Os usuários se cadastram e criam comunidades de interesses em comum. Eles interagem, trocam experiências, montam seus looks e tornam seus projetos disponíveis na rede. Essa experiência tem sido fundamental para os interessados nesse universo”, explicam os sócios Flavio Pripas e Renato Steinberg, do byMK. O byMK oferece cadastro gratuito e, após o registro, o usuário da rede tem a possibilidade de criar looks com imagens de roupas, sapatos e acessórios disponibilizados no site. Uma espécie de consultoria de moda virtual. No portal, a interação acontece por meio de comentários nos looks e interações nos grupos de discussões, como na maioria das redes sociais disponíveis na web. As criações dos usuários podem ainda ser publicadas e avaliadas pela comunidade. No byMK é possível ainda incluir novas peças para montagem de looks, adicionar marcas favoritas e criar uma rede de amigos a partir dos interesses em moda. Os usuários passam em média 40 minutos interagindo na rede e 96% de seu público é feminino. Em cada acesso, cerca de 28 páginas são visitadas. A expectativa é que até o final do ano, mais de 110 mil pessoas já sejam usuárias registradas no byMK. E para monetizar o projeto, o byMK lançou recentemente uma plataforma de publicidade de moda que permite aos lojistas, designers, estilistas e outros interessados divulgarem os seus produtos.
Modelos na prática No entanto, cada projeto tem sua especificidade, barreiras e mesmo facilidades. Afinal, uma marca pode possuir um posicionamento na classe B para baixo ou mesmo C. E mesmo a entrada na web, seja independente ou nos clubes ou shoppings multimarcas precisa 4 6
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