televisão, cinema e mídias eletrônicas
ano 23_#248_jun2014
PRODUÇÃO EM DEBATE
15º Fórum Brasil de Televisão aponta os gargalos e os caminhos para fazer o conteúdo nacional deslanchar, de olho na qualidade e na viabilidade econômica.
OPERADORAS TIM lança set-top box próprio e entra no jogo do vídeo on-demand
INFRAESTRUTURA Mercado aquecido, com DTH e eventos, gera grande procura no leilão de satélites da Anatel
Foto: marcelo kahn
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André Mermelstein Fernando Lauterjung Bruno do Amaral, Leandro Sanfelice Lizandra de Almeida (colaboradora) Letícia Cordeiro Edmur Cason (Direção de Arte) Bárbara Cason (Web Designer) Lúcio Pinotti (Tráfego/Web) André Ciccala (Gerente de Negócios) Patricia Linger (Gerente de Negócios) Ivaneti Longo (Assistente) Gislaine Gaspar (Gerente) Gisella Gimenez (Gerente) Julia Poggetto (Assistente) Claudia Tornelli Zegaib (Gerente) Marcelo Pressi (Gerente) 0800 0145022 das 9 às 19 horas de segunda a sexta-feira
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no de eleição majoritária, como este em que estamos, sempre gera incertezas. É natural que haja no mercado um clima de dúvida, de retração em alguns investimentos, de banho-maria. E se ouve nos meios empresariais um tom às vezes pessimista em relação aos negócios. No caso da TV por assinatura, a realidade parece querer desmentir os comentários mais agourentos. Os números da Anatel divulgados no final de junho mostram um crescimento no acumulado do ano até maio de 4,1%, o que leva a crer na possibilidade ainda de um crescimento de dois dígitos no ano. É certamente menos que os crescimentos de 20%, 30% que se verificaram nos anos anteriores, mas há que se considerar que o atual se dá também sobre uma base maior de assinantes, ou seja, o número de assinaturas líquidas é bem alto. E não é só isso. Os EUA viram este mês a realização de mais uma megafusão nas telecomunicações, com a AT&T adquirindo a DirecTV, maior provedora de DTH no país, e detentora no Brasil da Sky, segunda maior operadora nacional e a maior na tecnologia satelital. A operação latinoamericana, e sobretudo a brasileira, não é um “brinde” que a gigante das telecomunicações levou junto com a compra da DirecTV nos EUA. São operações que tiveram grande destaque no business, pelo peso que agregam ao grupo. O número de assinantes na América Latina (18 milhões, cerca de um terço destes no Brasil) já é quase igual ao de assinantes nos EUA (20 milhões). E na nossa região ainda há muito espaço para crescer. A penetração de TV paga no Brasil não chega a 30% dos domicílios, e em regiões como o Norte e o Nordeste não chega a 20%, e é justamente nas localidades menores que o DTH chega com mais força. Visto de fora, sem as pressões políticas, o Brasil continua sendo bastante atraente para o investidor no setor de mídia e telecom. Claro que há ofensores, a começar pela perspectiva de um crescimento do PIB ainda fraco em 2014, ou o crescimento das plataformas over-the-top. Mas o setor tem desempenhado em geral bem acima da economia em geral, e não há razões concretas, aparentemente, para não acreditar em um ano bom para a TV paga. ******* O prazo de 2015 para o início do switch-off analógico da TV aberta já virou um prazo de testes e pilotos. O desligamento “pra valer” começa em 2016, no cronograma divulgado este mês pelo governo. Acredita quem quiser.
capa: editoria de arte cvg sobre foto de ktsdesign/shutterstock.com
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Ano23_#248_ jun14
(índice ) 14
Scanner Figuras
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Fórum Brasil de TV Mercado
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Produção nacional quer ocupar espaço na TV paga e conquistar mercado internacional
Política
18
Ancine enfrenta novos desafios na regulação da TV paga e da produção independente
Produção
22
Canais apontam aos produtores as suas demandas de conteúdo
Programação
30
Chamadas e promos são aspecto fundamental de uma grade de programação 36
Making of Infraestrutura
40
32 34
Mercado de satélites se mantém aquecido, conforme sinaliza a última licitação de posições orbitais
TV por assinatura
36
AT&T assume o controle da DirecTV e coloca o Brasil no seu radar
Regulamentação
39
Ancine autua Sky e descredencia canal Sports+ 42
Operadoras
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TIM usará sua rede de fibra para lançar set-top over-the-top com serviços de terceiros
Case
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“Animal” é a primeira parceria entre Globo e Globosat para gerar conteúdo para a TV paga
Upgrade Agenda Acompanhe as notícias mais recentes do mercado
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A Cinépolis, que terminou o processo de digitalização de suas salas de cinema em outubro de 2013, está doando seus projetores de 35 mm para instituições culturais sem fins lucrativos, distribuídas nas regiões onde a rede atua. Segundo o grupo exibidor, os equipamentos de projeção têm ainda uma vida útil bastante longa, visto que foram instalados há, no máximo, três anos. Os projetores são das marcas Strong (dos Estados Unidos) e Cinemeccanica (da Itália), com óticas alemãs Iscooptic e Schneider Kreuznach.
foto: divulgação
Mais um ano O Ministério das Comunicações publicou no último dia 23 de junho o cronograma de desligamento da TV analógica (switch-off), o que era aguardado ansiosamente pelas operadoras móveis que pretendem disputar o leilão da faixa de 700 MHz porque mostra onde e quando a faixa estará disponível. Embora o governo tenha flexibilizado o prazo para o desligamento, que se inicia em 2015 e termina em 2018, para o primeiro ano, 2015, está previsto apenas um desligamento-piloto na cidade de Rio Verde (GO). Depois, em 2016, entram as principais capitais: Brasília (3 de abril); São Paulo (15 de maio); Belo Horizonte (26 de junho); Goiânia (28 de agosto); e Rio de Janeiro (27 de novembro). Durante o ano de 2017, entram Salvador, Fortaleza, Recife e Vitória; interior do Rio de Janeiro; e no interior de São Paulo: Campinas, Ribeirão Preto, Vale do Paraíba, Santos, São José do Rio Preto, Bauru e Presidente Prudente. As demais capitais do Nordeste e as capitais do Norte foram distribuídas entre 29 de julho e 25 de novembro, prazo final também para as demais cidades do País. A publicação do cronograma gera algumas dúvidas entre empresas de radiodifusão. Em primeiro lugar, cidades economicamente importantes, que dependem do switch-off para a entrada do 4G, ficaram para a última etapa, como é o caso de Uberlândia (MG). Outra dúvida é em relação ao desligamento das cidades cuja transmissão depende de outras. É o caso de Formosa (GO), por exemplo. Não se sabe se o desligamento de Formosa deve ser feito junto com o de Brasília, ou se ficaria para 2018. O setor de radiodifusão espera que o Minicom edite uma nova portaria que detalhe melhor o cronograma.
canais assistidos nos eua
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Canais disponíveis Canais assistidos
18 129
189
2008 2013
Fonte: Nielsen
Seletivos Uma pesquisa da Nielsen, publicada pelo portal Variety nos EUA, indica que os assinantes de TV por assinatura dos Estados Unidos assistiram regularmente a apenas 9% dos canais disponíveis em seus pacotes em 2013. O percentual é o mais baixo dos últimos seis anos. Segundo o estudo, isso acontece porque, de 2008 a 2013, o número médio de canais disponíveis para o assinante dos Estados Unidos saltou de 129 para 189. Contudo, a média de canais assistidos regularmente pelo assinante manteve-se entre 17 e 18. Para a empresa de pesquisas, isso indica que mais conteúdo disponível não resulta, necessariamente, em aumento de consumo. Por isso, o estudo sugere que as empresas foquem na qualidade dos canais. No ano passado, o mercado de TV por assinatura dos Estados Unidos registrou uma redução de 251 mil no número total de assinantes. Para reverter essa tendência, os operadores do país apostam na oferta e serviços de TV everywhere e VOD, para facilitar o acesso a grande quantidade de conteúdo disponível. No entanto outro estudo, publicado pelo NDP Group, indica que apenas 21% dos assinantes utilizam os serviços de TV Everywhere de suas operadoras pelo menos uma vez por mês.
Novo OTT A Sony anunciou o PlayStation TV, que deve concorrer com caixas como Apple TV, Amazon Fire e Chromecast. Custando US$ 99, a caixa chegará ao mercado ainda este ano. Além de permitir assistir a filmes online, o equipamento traz alguns diferenciais para os consumidores de jogos. A caixa permite jogar diversos títulos dos consoles de gerações antigas PlayStation. Além disso, se houver um console PlayStation 4 instalado na mesma residência, permite jogar os jogos deste equipamento em outros televisores da casa.
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Copa para crescer
foto: arquivo
res despesas financeiras. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciaA Telefônica/Vivo conseguiu uma adição ções e amortizações) caiu 9,7% na comlíquida de modestos 15 mil assinantes de TV paração anual, para R$ 2,56 bilhões, com paga no primeiro trimestre de 2014, entre domiredução de 3,4 pontos percentuais na cílios com TV via fibra (IPTV) e via DTH. Vale margem EBITDA, que ficou em 29,8% ao lembrar, entretanto, que a operadora tem focado final de março. As despesas financeiras, sua atuação no segmento de TV exclusivamente por sua vez, foram elevadas em 64%, de no estado de São Paulo, notadamente com fibra R$ 381,9 milhões para R$ 626,3 milhões na capital e região metropolitana coberta com entre os primeiros três meses de 2013 e sua rede FTTH e DTH no interior do Estado. 2014, devido Durante conferência de divulgação dos ao maior endividamento líquido resultados, o CEO da operadora, Paulo Cesar da companhia. Teixeira, destacou que a Telefônica/Vivo vem Os investimentos (Capex), por outro Paulo Cesar Teixeira, da Telefônica/ crescendo sua base de TV desde a segunda lado, também aumentaram: haviam sido de Vivo: aposta no Mundial para metade do ano passado e revelou que a empre- promover os canais HD. R$ 708 milhões no primeiro trimestre de sa pretende impulsionar as adesões ao DTH no 2013 e passaram a R$ 1 bilhão em igual interior de São Paulo com uma nova campanha destacando período deste ano (alta de 41,4%), dos quais R$ 880,4 a oferta de canais em alta definição, feita às vésperas do milhões destinados a redes. De acordo com o relatório início da Copa do Mundo. divulgado pela operadora, "esta evolução já demonstra o A oferta da Vivo TV via satélite agora conta com 26 canais patamar mais alto de Capex projetado pela companhia em alta definição e a intenção é conseguir aumentar a receita para o ano de 2014, que terá como foco a expansão do foomédia por usuário de R$ 29,90 para R$ 49,90 ao mês. As tprint de FTTH, investimentos em cobertura 3G e 4G, além receitas de TV por assinatura fecharam março em R$ 138,2 de capacidade móvel visando manutenção superior do milhões, alta anual de 14% em relação ao primeiro trimestre padrão de qualidade". do ano passado. A base de TV por assinatura chegou a 645 Em conferência com a imprensa, Teixeira estimou em mil clientes no primeiro trimestre. cerca de R$ 7 bilhões o Capex da empresa para 2014, (em 2013 foram investidos R$ 6 bilhões). O valor não inclui Lucro menor eventuais gastos para compra de espectro na licitação de Os resultados financeiros do primeiro trimestre de 700 MHz. 2014 da Telefônica/Vivo registraram, mais uma vez, Entre janeiro e março, a receita operacional líquida teve aumento de receita, mas queda no lucro líquido. É um alta de 0,7% na comparação com o primeiro trimestre de quadro que vem se repetindo na comparação anual entre 2013, para R$ 8,61 bilhões. Enquanto a receita líquida de trimestres nos últimos balanços. Ao final de março, o serviços móveis cresceu 3,3% (R$ 5,45 bilhões), a de servilucro líquido da companhia somou R$ 660,8 milhões, ços fixos, que incluem telefonia fixa, banda larga e TV por queda de 18,4% em relação ao primeiro trimestre do ano assinatura, teve redução de 2,3% no período (R$ 2,85 anterior, impactado por esforços de melhoria do desembilhões). A receita líquida com venda de aparelhos totalizou penho do negócio fixo, do aumento da base móvel e maioR$ 312,7 milhões, redução de 14,5% no ano.
Exibição em debate
Emissora goiana conta agora com câmeras HD para o jornalismo.
A Ancine instalou sua primeira câmara técnica com objetivo de diagnosticar e discutir possíveis soluções para problemas no processo de digitalização e na distribuição de filmes. Foram convocados os profissionais Adhemar Oliveira, André Sturm, Eduardo Acuña, Jorge Peregrino, Luiz Alberto Rodrigues, Luiz Severiano Ribeiro Neto, Marcelo Bertini, Márcio Fraccaroli, Marcos Barros, Mariza Leão, Paulo Lui, Patrícia Kamitsuji e Rodrigo Saturnino Braga. Entre os pontos a serem discutidos estão a repercussão dos contratos de VPF sobre as atividades das distribuidoras brasileiras, em especial os pequenos lançamentos, a situação dos pequenos cinemas em relação à digitalização, o problema dos grandes lançamentos de filmes estrangeiros concentrados em poucos complexos e a regulação do serviço de envio e entrega de conteúdos por satélite para os cinemas. T e l a
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Renovação A TV Serra Dourada, afiliada do SBT em Goiânia, adquiriu um novo conjunto de câmeras da Grass Valley que inclui sete câmeras LDX Flex e sete estações base Elite XCU (eXchangeable Control Unit) com transmissão triax. A aquisição é parte da nova estrutura de produção de noticiários em HD da emissora. •
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Premiados
Piu-piu
A Associação Brasileira de Cinematografia (ABC) anunciou os vencedores do Prêmio ABC de 2014. Foram selecionados pelos membros da associação 23 longas-metragens e 14 curtas. Todos os anos, um profissional do audiovisual é homenageado pela associação durante a Semana. Em 2014 foi a vez do diretor de arte Clóvis Bueno, que trabalhou em obras como “Brincando nos Campos do Senhor”, “Pixote”, “O Beijo da Mulher-Aranha” e “Carandiru”.
O Ibope Media e o Twitter anunciaram parceria para o lançamento de um conjunto de soluções para medir a repercussão do conteúdo televisivo no ambiente digital. O Ibope Twitter TV Ratings (ITTR) será uma métrica do alcance e do engajamento de telespectadores baseada em conversas relacionadas com a TV no Twitter. A ideia é que a métrica seja usada para apoiar as estratégias de anunciantes e emissoras de TV. Com previsão de comercialização no Brasil ainda este ano, a solução atenderá a demanda de um mercado em que 54% dos internautas assistem TV e usam internet ao mesmo tempo. O atendimento para toda a região ficará sob a responsabilidade do Ibope Media e será implantado em um modelo freemium - funções mais básicas e a camada superior de dados, como a classificação do programa, serão disponibilizadas gratuitamente pelas redes sociais do Ibope Media. Para os clientes que desejarem mais detalhes sobre as análises e os dados, serão oferecidas outras opções de produtos pagos que ainda estão sendo definidas.
Confira a lista de premiados: Melhor Direção de Fotografia para Filme Estudantil “Corpo Vazio” – Gustavo Moraes - FAAP Melhor Direção de Fotografia para Série de TV “O Canto da Sereia” – Walter Carvalho, ABC Melhor Direção de Fotografia para Curta-Metragem “Através do Espelho” – Guga Millet Melhor Som para Longa-Metragem “O Som ao Redor” – Fuma Farias, Nicolas Hallet, Simone Dourado, Carlos Montenegro, Gera Vieira, Ricardo Cutz, Catarina Apolonio, Kleber Mendonça Filho e Pablo Lama Melhor Montagem para Longa-Metragem “O Som ao Redor” – Kleber Mendonça Filho e João Maria
fotos: divulgação
Melhor Direção de Arte para Longa-Metragem “Serra Pelada” – Tulé Peake
cobalt88/shutterstock.com
Melhor Direção de Fotografia para Longa-Metragem “Cores” – Alziro Barbosa, ABC
Só no VOD Roupa nova O GNT lançou uma nova versão de seu portal. Além de informação sobre a programação do canal, o site traz conteúdo exclusivo, como bastidores de gravação, dicas de moda, beleza, as receitas vistas na TV e informações de bem-estar e maternidade. As páginas com conteúdo da programação linear da TV, como resumos de episódios, agora contam com links para textos abordando temas relacionados e para conteúdo VOD (vídeo on-demand). O site também traz novas galerias de fotos e vídeos, novos formatos de votação de looks, novo índice de conteúdo e novas opções de compartilhamento nas redes sociais. Para o início do segundo semestre deste ano, está prevista uma funcionalidade em que o assinante poderá receber avisos sobre os horários dos programas no celular. O site também apresenta novos espaços para publicidade, com formatos interativos e páginas personalizadas para conteúdo patrocinado. 8
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turtleteeth/shutterstock.com
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O canal infantil nacional ZooMoo está disponível aos assinantes da Net, mas por enquanto apenas na plataforma Now, de vídeo on-demand (VOD). O canal estreou em março de 2014 com distribuição linear no pacote básico da Sky, com cerca de 5 milhões de assinantes. O ZooMoo tem como público alvo crianças em idade pré escolar, e é qualificado como CaBEQ, ou seja, apto a cumprir cota de empacotamento. O canal também está disponível em plataformas web como a Playkids e a Playground Serious Fun. O ZooMoo ainda criou e desenvolveu um aplicativo para smartphones e tablets, disponível nos sistemas iOS e Android, que permite interatividade com a programação exibida na TV. Com interatividade sincronizada com a programação da TV, o app permite que a criança colecione figurinhas de mais de cem animais diferentes. j u n 2 0 1 4
Unificado A Globosat decidiu reformular sua estratégia de TV everywhere e desde o último dia 16 o Muu deu lugar ao Globosat Play. A nova plataforma funcionará como um guarda-chuva para todas as iniciativas de vídeo on-demand (VOD) dos canais da programadora, como GNT, Multishow e SporTV. O Globosat Play oferece programas na íntegra e será segmentado com áreas específicas de cada canal para facilitar a busca de conteúdos. Além disso, cada canal terá um endereço próprio na web para acesso direto, como já acontece com o Telecine Play e o PremiereFC.com, e uma página de entrada em que serão destacadas as novidades e as principais atrações disponíveis. Entre as novidades tecnológicas estão um sistema inteligente de indicação de conteúdos com base em programas assistidos anteriormente, opção de áudio e legendas, que poderão ser alteradas durante a execução dos vídeos, e resolução de reprodução
Moscovis. Os episódios são publicados um dia depois de serem exibidos na televisão. O Canal Brasil também lançará o Canal Brasil Play, sua nova plataforma de vídeo on-demand (VOD). Os principais programas da grade como, por exemplo, "Espelho", "No Divã do Dr. Kurtzman", "Sangue Latino" e "Zoombido” terão episódios disponíveis na íntegra dentro dessa nova plataforma, 48 horas depois da exibição na TV. Lançado em agosto de 2011, o Muu se “despede” com mais de 650 mil horas de vídeos assistidos e 2 milhões de visualizações de vídeos do acervo de mais de 400 programas oferecidos (mais de 6 mil horas de vídeos). Atualmente, clientes da NET, Oi TV, GVT, CTBC, Vivo e Multiplay cujos pacotes incluem ao menos um canal da Globosat têm acesso ao serviço. Para isso, o espectador deve cadastrar-se e criar nome de usuário e senha.
definida automaticamente, de acordo com a qualidade de conexão à Internet de cada usuário. Aproveitando a ocasião, o canal GNT lançou em seguida o GNT Play, com a íntegra de programas do canal na internet. O serviço apresenta-se como uma página dentro do Globosat Play. A maior parte das atrações do GNT está disponível no serviço para ser assistida a qualquer hora. Entre os títulos estão a série inglesa “Downton Abbey”, “Bela Cozinha”, apresentada por Bela Gil, e “Questão de Família”, ficção protagonizada por Eduardo
Segundo Carla, o conteúdo baseado em formatos da Zodiak não passa a cumprir cota, com exceção dos formatos de ficção adaptados para o Brasil - como já vem acontecendo com outras produções baseadas em roteiros estrangeiros, como “Sessão de Terapia”, baseado em série israelense. A Cygnus não é obrigada a distribuir seus conteúdos no mercado internacional através da Zodiak. “Em certos casos, é melhor negociar o mercado internacional com o canal parceiro ou mesmo outra distribuidora”, conta Carla. No entanto, caso a Zodiak seja escolhida para fazer a distribuição, não pode recusar o trabalho. Entre as possibilidades abertas, está a de trabalhar com produtoras parceiras. “Muitas produtoras não sabem formatar projetos. Podemos nos associar e formatar o projeto para o mercado local e ainda transformá-lo em um formato internacional”, explica Patrick Siaretta. Neste caso, diz, o importante é bancar o projeto ainda no Brasil. “É preciso viabilizar no país de origem, para buscar uma rentabilização maior na exportação”, completa. Outra possibilidade, que já está sendo colocada em prática pela produtora, é trabalhar com branded content, se beneficiando com o relacionamento que a Teleimage tem com o mercado publicitário.
Produção local Carla Affonso e Patrick Siaretta, dono da TeleImage, compraram a Zodiak Brasil. Até então, Carla atuava como CEO da empresa. Os sócios renomearam a Zodiak Brasil, que passa a se chamar Cygnus Media. Com a transação, a Cygnus Media será dona dos direitos exclusivos de produção e adaptação da maior parte do catálogo de formatos da Zodiak para o mercado brasileiro. Carla é a responsável pela adaptação e produção de formatos da Zodiak Media e de terceiros desde a inauguração da Zodiak Brasil há quatro anos, entre eles: “Cante Se Puder” (SBT), “Pegadinha Premiada” (TV Globo) e “Faça e Disfarça” (TV Record). Com a compra da Zodiak Brasil e o lançamento da marca Cygnus Media, os sócios abrem algumas oportunidades no Brasil. Segundo eles, a produtora ganha autonomia para buscar novos modelos de negócio, passa a poder produzir para cumprir cota de conteúdo nos canais de TV por assinatura, mantém a primeira opção de escolha no licenciamento de formatos da Zodiak no Brasil e pode contar com a Zodiak Media para exportar suas produções e formatos.
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( scanner) Segunda temporada
Philips desenvolve plataforma de TV paga embutida nas suas smart TVs
Sem set-top box A Philips está desenvolvendo uma plataforma de TV paga, com canais lineares via streaming IP, dentro de suas smart TVs. A fabricante está se associando a operadoras tradicionais de TV paga, que poderiam oferecer uma assinatura via rede IP (Internet) nas TVs conectadas, sem a necessidades de um set-top box. O sistema ainda esbarra em alguns problemas técnicos, como segurança (contra pirataria) e robustez (o sinal tem que ser estável e não congelar ou sumir). Mas a empresa já tem o serviço rodando em alguns países e no Brasil já faz testes, oferecendo serviços ainda gratuitos.
A Net lançou no dia 4 de junho, durante o Fórum Brasil de Televisão 2014, a segunda edição do NetLabTV, concurso criado em 2013 para identificar e premiar novas ideias de séries brasileiras para TV por assinatura nas categorias ficção e não ficção. Neste ano, serão selecionados 40 semifinalistas, 16 finalistas e oito vencedores, sendo quatro projetos de ficção e quatro projetos de não-ficção. Dois destes projetos serão escolhidos por votação popular por meio do site do concurso. Os outros seis vencedores serão indicados pela comissão julgadora do concurso. O concurso oferecerá como prêmio uma verba de apoio ao desenvolvimento das séries de R$ 15 mil para projetos de ficção e R$ 10 mil para projetos de não-ficção, além de laboratório e consultoria de roteiro para aprimoramento dos projetos, com rodada de apresentação para produtoras independentes e canais de TV por assinatura do País. O NetLabTV é voltado para roteiristas, escritores, dramaturgos e criadores de todo o Brasil. Em sua primeira edição, recebeu mais de 1,8 mil inscrições de projetos de séries brasileiras para TV e mobilizou cerca de 3 mil criadores de 26 estados do País. A iniciativa foi idealizada pela Net e realizada pela Casa Redonda Cultural, com o apoio dos principais canais de TV por assinatura. Seu objetivo é gerar oportunidades de negócios e fomentar o surgimento de novas ideias e novos formatos de séries brasileiras.
Minom Pinho, da Casa Redonda
Os organizadores disseram no Fórum Brasil que pretendem ampliar o alcance nacional e obter mais histórias regionais. Tanto que a Net começou um road show de divulgação do concurso em Recife, Salvador e Fortaleza. O diretor de Programação da Net, Fernando Magalhães, destacou o sucesso da iniciativa. Em 2013, dos roteiros recebidos na primeira edição do concurso, a maior parte dos concorrentes veio do Sudeste, com mais de mil inscrições dentre as 1,8 mil novas séries. Outro dado curioso, apresentado por Minom Pinho, da Casa Redonda – organizadora do NetLab – foi que 83% dos inscritos eram obras de ficção, com os documentários respondendo pelos 17% restantes. O regulamento do Concurso e a relação de documentos necessários estão disponíveis no site www.netlabtv.com.br. Dentre as informações solicitadas, estão: sinopse da série, argumento, descrição de personagens/entrevistados e roteiro do primeiro episódio. Serão aceitas inscrições de brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil. Todos os projetos inscritos serão avaliados por uma comissão julgadora composta por especialistas em roteiros de séries e em mercado de TV.
Prêmios internacionais
Smarts em alta E parece que a plataforma de smart TVs começa a deslanchar. Se as vendas destes aparelhos já estavam aquecidas (mesmo porque representam hoje grande parte das TVs em oferta nas lojas), a adoção da plataforma – ou seja, usuários que efetivamente conectam suas TVs à Internet e usam os serviços – sempre foi mais lenta. Mas, segundo levantamento feito pela Philips no Brasil, o crescimento no número de acessos entre pessoas que têm smart TVs foi de quase 400% nos últimos 12 meses. O tempo de permanência nos aplicativos dobrou no período. A base de aparelhos conectados passou de 10% para 70% da base. A fabricante conta ainda que os consumidores acessam a plataforma em média 25 vezes por mês, ou seja, quase diariamente.
A produção brasileira, especialmente a infantojuvenil, colecionou prêmios no último mês. A série “Pedro & Bianca”, idealizada pelo cineasta e produtor Cao Hamburger, faturou o Prix Jeunesse International na categoria ficção e não-ficção para adolescentes de 12 a 15 anos. A entrega do prêmio foi realizada em Munique, na Alemanha. O programa concorreu com 16 produções de países como Noruega, Itália, Índia, “O menino e o mundo” Cuba, Alemanha e Irã. A série tem produção da TV Cultura em parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, por meio da Fundação para o Desenvolvimento da Educação. Com este, “Pedro & Bianca” coleciona três troféus internacionais em um ano. O primeiro foi o Prix Jeunesse Iberoamericano, recebido em junho de 2013, no qual venceu pela mesma categoria do evento na Alemanha. O seguinte foi o prêmio de melhor série de 2013 segundo o International Emmy Kids Awards, concedido em Nova York, vencendo atrações da Irlanda, Dinamarca e Japão. Já na França, o longa-metragem de animação “O menino e o mundo”, de Alê Abreu, com produção da Filme de Papel, foi premiado no Annecy International Animation Film Festival, na França. O filme recebeu o prêmio Cristal do júri oficial para a categoria feature film e também foi premiado com a escolha do público.
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( figuras) Novo sócio
Digital
O publicitário Felipe Cama tornou-se sócio da Dinamo Filmes. Ele chega à produtora para promover maior diálogo entre os diretores de cena da empresa e os departamentos de criação de agências. Felipe também irá atuar na área administrativa, colaborando com o gerenciamento da produtora. Nos 18 anos em que trabalhou em agências, ele regisFelipe Cama tra passagem de seis anos como vice-presidente de criação da Dentsu no Brasil e de dez anos na DM9DDB, de onde saiu como diretor de criação. Felipe também trabalhou durante seis anos na MTV. Em outubro do ano passado deixou a vice-presidência de criação da Dentsu para se dedicar à atividade paralela de artista plástico.
Novos projetos
Nova casa
Roberto Martha
Alessandra Baptista assumiu o cargo de diretora geral da dlktsn, braço digital da Delicatessen Filmes. Ela irá liderar a empresa ao lado dos sócios Decio Matos Jr, Gustavo Leme e Alexandre Sallouti. Alessandra tem passagens por agências como AlmapBBDO, FCB Brasil, Agência Click Isobar e LOV. A empresa anunciou também a contratação de Andre Debevc e Manoela Pontual. Com 15 anos de Alessandra Baptista experiência em publicidade e conteúdo, Andre Debevc assume como diretor de criação. Além de trabalhar em Nova York, nas empresas StarMedia, SmallWorld e The OneShow, Debevc já passou pela FCB Brasil, DPZ, Ogilvy, Lew'Lara e iD/TBWA. Manoela Pontual, atendimento e planejamento, especializada pela Miami Ad School na Europa, já trabalhou nas agências FCB Brasil e Taterka e no banco Itaú.
Roberto Martha, que nos últimos oito anos foi responsável pela produção original dos canais da Viacom, juntou-se este mês à equipe da Discovery, como diretor de produção. No novo grupo ele deve seguir fazendo a conexão entre os canais e os produtores independentes.
Retorno Leonardo Teixeira, que já havia trabalhado na AD Digital de 2002 a 2012, retornou à integradora depois da passagem pela Avid, onde ficou um ano e meio. Ele será o principal executivo de vendas da unidade de negócios voltada para o segmento de vídeo das marcas Telestream, Adobe Anywhere e Axle. Com formação Leonardo Teixeira em engenharia eletrônica, Leonardo possui mais de 12 anos de experiência em broadcast, tendo trabalhado com sistemas e soluções de banda base, automação e integração.
Integrante da equipe do GNT há oito anos, a advogada Flavia Abreu é a nova gerente de produção e projetos dos canais GNT e +Globosat. Flavia começou no GNT como analista de conteúdo e, em seguida, tornou-se coordenadora de projetos diferenciados da área de marketing. Nesta função, elaborava estratégias para atender as demandas comerciais Flavia Abreu do canal. Foi ainda nomeada coordenadora de novos negócios na mesma área. No cargo, ela era responsável por mapear e desenvolver projetos por meio dos mecanismos de incentivo à cultura.
Direção de cena A Cápsula Filmes contratou o diretor de cena Gabriel Rubim. Com passagens por Black Maria e Academia de Filmes, entre outras produtoras, em 2004 foi eleito o melhor diretor de publicidade no 30° Salão da Propaganda do Rio Grande do Sul. Desde então, tem realizado trabalhos para diversos anunciantes nacionais, chegando a ser premiado em 2013 pela Rede Globo no Prêmio Profissionais do Ano. Na Cápsula, Rubim entra para o time de diretores de cena que já conta com Pepe Coimbra, Raphael Coutinho e Luis Alberto Kid.
Gabriel Rubim
Nova gerência Eduardo Ruiz, presidente e gerente geral da A+E Networks América Latina, anunciou a promoção de Emilio Alcalde para o cargo de gerente geral do escritório brasileiro da programadora, sediado em São Paulo. Em seu novo papel, Emilio liderará e supervisionará as operações no Brasil, incluindo as áreas administrativas, on-air, marketing, digital, programação e vendas publicitárias. O executivo, que já estava há 14 anos na A+E Networks América Latina, era o diretor de vendas publicitárias, sendo responsável pelo desenvolvimento comercial das marcas A&E, History e Bio nos principais mercados da América Latina, com ênfase no Brasil, onde liderava a equipe comercial do grupo A&E.
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A F/Nazca S&S contratou três novos profissionais para compor sua equipe. Vindo da JWT, Leandro Gregório completa o time de atendimento das contas Claro e Trident. Junior Leandro Junior Luana Gregório Souza Gallizi Souza assume o cargo de gerente de projetos sênior da conta de Honda Automóveis. Ele tem mais de oito anos de carreira e já passou por IBM e F.biz. Luana Gallizi foi contratada como gerente de mídia para atender o grupo de contas Honda Automóveis, Mizuno, Sadia, Novartis, Pinacoteca e Google. A profissional tem passagens pela DM9DDB, Salles Chemistri e Lew'Lara\TBWA.
Joel Whitten “Whit” Richardson III foi promovido ao cargo de vice-presidente executivo de distribuição e marketing da Turner América Latina e a partir de agora desempenhará suas funções no escritório de Atlanta (EUA). Até então, Whit atuava como vice-presidente sênior e gerente-geral das diversas operações da empresa na Argentina. A Joel “Whit” Richardson promoção foi anunciada pelo presidente da Turner América Latina, Juan Carlos Urdaneta. Richardson supervisiona a equipe panregional de distribuição da Turner América Latina, que é responsável pelo maior portfólio de canais da empresa dentre todas as regiões do mundo e inclui: Cartoon Network, Boomerang, Tooncast, TNT, Space, TCM, I.Sat, truTV, Glitz*, HTV, Infinito, TBS muitodivertido, MuchMusic, CNN en Español e CNN International.
Nova operação A iON contratou Laércio Ribeiro para o posto de diretor de operações. Ribeiro tem 25 anos de experiência no setor e comandou as operações da NossaTV. Já passou pela IOB Thomson, Editora Abril e Zip Net, é formado em economia e tem MBA de administração com ênfase em gestão empresarial. Na iON, vai comandar a área de operações, incluindo relacioLaércio Ribeiro namento com os provedores de internet. O ÍON é o serviço da Unotel de TV por assinatura destinado a provedores de Internet (ISPs), e será ofertado por mais de 150 deles em mais de 20 estados.
Karina Dutra
Nova equipe A Conspiração contratou Karina Dutra, ex-Trip Editora, para gerenciar a equipe do atendimento de cinema, que neste ano tem como desafio a captação de patrocínio para os longas-metragens “Despedida de Solteiro”, de Arthur Fontes e “Kardec”, de Wagner de Assis. A equipe conta ainda com o atendimento, Fernanda Giorgis, que passou por agências como DPZ, Lew Lara e Publicis, e acaba de chegar à produtora.
Promoção A Discovery Networks Latin America/US Hispanic (DLA/USH), divisão da Discovery Communications, anunciou a promoção de Fernando Medin a vice-presidente executivo. Medin continuará a exercer suas funções Fernando Medin como diretor-geral no escritório da empresa, em São Paulo, e a reportar-se diretamente a Enrique R. Martinez, presidente e diretor-geral da DLA/USH e Canadá. Com mais de 15 anos de experiência junto ao mercado brasileiro e à indústria de TV por assinatura, Medin iniciou sua carreira na Discovery Networks em 2002, como vice-presidente jurídico. Em 2007, o executivo mudou-se para o Brasil para assumir o cargo de vice-presidente e gerente-geral da Discovery no País e, em 2009, foi promovido a vice-presidente sênior e diretor-geral. T ela
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Fernanda Giorgis
Conselho Os associados da ABPI-TV elegeram os membros dos seus conselhos Federal e Fiscal para o biênio 2014-2016 em assembleia realizada em São Paulo. Para o conselho federal, os associados reelegeram Marco Altberg, da Indiana Produções Cinematográficas, para o cargo de presidente. Adriano Civita, da Prodigo Films, foi selecionado para o cargo de vice-presidente, e Belisário Franca, da Giros Interativa, para o de secretário geral. Fernando Dias, da Grifa; Luis Antonio da Silveira, da Cinegroup; André Breitman, da 2D Lab; e Kiko Mistrorigo, da TV Pinguim, foram nomeados conselheiros federais. Clélia Bessa, da Raccord, e João Roni, da Ocean, foram eleitos conselheiros fiscais para o período.
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Fernando Lauterjung e Letícia Cordeiro
fernando@convergecom.com.br | leticia@convergecom.com.br
Ocupação dos espaços Produção nacional enfrenta desafio de ocupar o espaço criado na TV por assinatura do Brasil e levar seu conteúdo para o mercado internacional e as diversas plataformas.
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fotos: marcelo kahn
om uma legislação que favorece o desenvolvimento de conteúdos brasileiros, o Brasil ganha as condições para a criação de uma indústria de produção independente. Durante a 15ª edição do Fórum Brasil de Televisão, evento realizado em junho pela Converge Comunicações, que edita TELA VIVA, veteranos da TV apontaram o que falta para que o conteúdo criado aqui tenha padrão internacional e para que esta janela de oportunidade de exportação não seja perdida. O desafio é ocupar o espaço criado na TV por assinatura do Brasil, preparando o produtor brasileiro para o mercado internacional e as diferentes plataformas de escoamento. Os exemplos internacionais mostram que as cotas de programação atuam como alavanca da exportação de obras e formatos. Israel, por exemplo, que tem uma indústria de televisão local que se destaca pela criatividade na concepção de novos formatos, alguns com custos bem baixos, tem conseguido um espaço significativo no mercado internacional nos últimos anos, inclusive no Brasil (veja Box). É interessante notar que parte do sucesso das produtoras de TV de Israel no mercado internacional pode ser atribuída às exigências regulatórias de cotas de conteúdo daquele país. O COO da Armoza Formats,
Realizadores e canais debatem “a TV que queremos”.
Amos Neumann, explica que as emissoras de TV aberta precisam dedicar 80% das horas da grade à produção nacional e as operadoras de TV a cabo ou via satélite têm de reverter 8% de suas receitas (com assinatura, porque não podem vender publicidade) à produção local. E 65% de tudo o que é produzido nacionalmente precisa ser feito com produtoras independentes. "A indústria é muito nova a TV comercial começou no
“Temos assistido a muito programa barato e de baixa relevância para cumprir cota. Para se fazer uma série padrão 'Homeland', é preciso dinheiro. Não tem milagre.” Belisário Franca, da Giros
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país em 98 - e o mercado é pequeno, competitivo e com orçamentos limitados. Precisamos ser inteligentes, contando histórias boas e baratas, para sermos competitivos", conta. Apenas para efeito de comparação, o executivo cita que um episódio da série "Hostages", filmada nos Estados Unidos, custa 33 vezes mais do que o episódio da original filmada em Israel. Questionado por TELA VIVA, Neumann diz que o segredo do sucesso internacional, no entanto, é a necessidade. "Em determinado momento, o único caminho para o crescimento era o aeroporto", disse. Em Israel não existe financiamento público para produção. Então, explica Neumann, a estratégia da produtora é financiar com seu próprio dinheiro o piloto de uma série
nova e a emissora ou o canal que o licenciar é que fica responsável pelo financiamento total da produção. "Há um valor em correr riscos. Financiamos o piloto e é como uma roleta russa, nunca sabemos quantos projetos irão morrer ou quantos vão prosperar. Mas correndo riscos, eventualmente seremos líderes de mercado. Se não, ficaremos na mesmice de uma TV de 15 anos atrás", pontua. No caso da série "Hostages", no entanto, o executivo disse que a ideia foi vendida em um pitching de um minuto, sem a necessidade de piloto.
“Correndo riscos, eventualmente seremos líderes de mercado. Se não, ficaremos na mesmice de uma TV de 15 anos atrás.”
performance dos produtos nacionais. Primeiro porque não custam pouco. Sabemos que as produtoras estão trabalhando com margens muito pequenas e que o custo aumentou muito, por isso mesmo a necessidade de formarmos mais profissionais, mas é preciso ter relevância. Já vi produtos baratos e excelentes e outros caros e péssimos", argumenta. "Concordo que houve descompasso absurdo entre o cumprimento da lei e a estrutura para realizá-lo. É a questão de oferta e procura. Hoje - e falo por todas as produtoras estamos ensanduichados, com mão de obra cara e achatamento de preços", diz Gil Ribeiro. Franca reconhece que é possível ter relevância mesmo com limites de orçamento que os canais impõem, citando o exemplo da série "Contos do Edgar", uma adaptação das histórias do escritor Edgar Allan Poe à realidade brasileira. "Dá pra fazer com menos cenários, mas ainda com bom elenco e um bom texto para ter relevância", complementa Gil Ribeiro. Para tentar sanar o déficit de mão de obra, o executivo da Turner propõe um esforço coordenado de todos os agentes do setor - governo, operadoras, programadoras e canais e ainda as próprias produtoras - para a capacitação de novos profissionais e mesmo a reciclagem daqueles que já atuam no mercado brasileiro. "Isso é um política de Estado, que tem como objetivo transformar o Brasil em um país produtor de conteúdo e que, no futuro, venha a ser exportador", diz Gallo. Gil Ribeiro concorda que é preciso investir em desenvolvimento. "Temos foco grande na área de desenvolvimento dentro de casa e nossa área de serviços, para atender cotas da grade dos canais com um custo mais baixo,
Amos Neumann, da Armoza Formats
que os canais precisam e também precisamos hoje de profissionais de qualidade numa escala nunca antes imaginada. São poucas as produtoras aptas a produzir com qualidade e isso gerou custos inaceitáveis, fora de propósito quando se compara com produções no mercado internacional", avalia Gallo. Realidade nacional Além disso, o diretor aponta o baixo Por aqui, embora a TV comercial desempenho, medida pela audiência, já tenha mais de 60 anos de desse novo conteúdo. O sócio e diretor da existência, a indústria de produção Giros, Belisário Franca, acredita que a independente começou necessidade por produções a ganhar algum corpo nacionais para cumprir SETOR PEDE com a criação da cotas está causando um Ancine, em 2001. Mas "nivelamento por baixo" da ESFORÇO NA é agora, com a Lei do CAPACITAÇÃO DE qualidade. "Temos assistido Serviço de Acesso a muito programa barato e NOVOS Condicionado, que baixa relevância para PROFISSIONAIS. de determina cotas de cumprir cota. Temos programação brasileira produtos excepcionais, de nas operadoras de TV, bem como de muita qualidade, na história da TV conteúdo local nos canais da TV por brasileira e temos que continuar buscando assinatura, que chega a promessa de isso. Mas para se fazer uma série padrão um desenvolvimento mais consistente 'Homeland' é preciso dinheiro. Não tem para o setor. milagre", pontua. Gil Ribeiro, diretor No entanto, apontam agentes do presidente da Conspiração, concorda: "A setor, o cenário ainda é problemático. palavra-chave do nosso negócio é O fato, como ressaltou o viceaudiência. E audiência é dinheiro, que presidente de filmes e séries da financia a qualidade da produção. Turner, Rogério Gallo, é que a Qualquer série internacional de sucesso demanda por produções nacionais custa US$ 9 milhões por episódio. Não gerada pela Lei do SeAC não levou conseguimos isso nem para 13 episódios em conta uma defasagem na oferta. em conjunto e temos que nos adaptar com Segundo ele, os canais precisaram o orçamento que temos." cumprir as cotas, com fiscalização Para Gallo, da Turner, a imediata da Ancine, e o mercado de questão não é apenas dinheiro. produção não estava preparado "Hoje temos problemas de embora haja profissionais qualificados em alguns grandes “Temos problemas de centros de excelência, a mão de obra performance dos produtos ficou escassa e seus custos, nacionais. É preciso ter consequentemente, aumentaram relevância. Já vi produtos muito. "Os mecanismos oficiais de baratos e excelentes e financiamento não acompanham com outros caros e péssimos.” a liberação de recursos na velocidade Rogério Gallo, da Turner
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( capa) “No digital, você pode conhecer as pessoas, saber quem são, com quem se relacionam, o que fazem e, com isso, criar conteúdos direcionados a elas.”
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ajuda a financiar isso. Vamos construir nosso futuro e nossas propriedades", conta. A Conspiração tem hoje um núcleo com 12 roteiristas, dos quais seis são trainees contratados, sendo aperfeiçoados para o mercado de trabalho. "O grande desafio nos próximos anos é das produtoras terem uma participação efetiva no que produzem e conquistarem o mercado de licenciamento com produtos que realmente vendam. Esse mercado ainda é pequeno, ainda não remunera como gostaríamos, mas queremos ser mais donos das coisas que criamos", pontua Ribeiro.
licenciamento, mas também de merchandising - algo que não podemos vender em conteúdos de fora", conclui Gallo.
Multiplataforma Conquistar o espaço na TV local é Ralph Rivera, da BBC fundamental e buscar a exportação desse conteúdo é a principal forma de excelência, havia uma boa buscar uma rentabilidade adicional. relação de parceria com o No entanto, é estratégico mirar a executivo do canal", pontua presença multiplataforma do Hamburguer. "Precisamos ouvir conteúdo, desde a sua gestação. os consultores internacionais, mas Segundo o diretor de future media da também o Guel (Arraes) e o (Jorge) BBC, Ralph Rivera, o grande erro da Furtado", completou. maioria das empresas de mídia que Gallo também acredita que o bom decidem se tornar multiplataforma é diálogo entre produtoras e canais é acreditar que basta levar o conteúdo essencial. "Tempos atrás, se o canal da TV para os meios digitais. Para sugerisse a um produtor qualquer ele, a atuação da mídia mudança para enquadrar em todos os meios melhor o projeto em sua Para deve se dar através da estratégia, parecia que produtores, criação de conteúdos estávamos interferindo muitas vezes multiplataforma, e não indevidamente. Hoje isso os canais apenas de conteúdos mudou, as produtoras já vêm conversar conhecendo internacionais de TV com distribuição multiplataforma. a grade do canal e com já vêm com “Quando a TV chegou preocupação com formatos Reino Unido, a BBC performance. É um ganhaengessados para ao veiculava programas ganha fundamental". a produção que eram apenas um O executivo da Turner, nacional. jornalista lendo as no entanto, vê vantagens em notícias. Era o rádio na se trabalhar com franquias TV. Depois aprenderam a fazer de formatos que já funcionam televisão. Acho que ainda é feito isso internacionalmente para a formação de nos meios digitais. É a TV em outras profissionais, pelo menos em um primeiro plataformas”, disse. momento. "Vemos o conteúdo nacional Para Rivera, as pessoas que não como obrigação, mas como estratégia trabalham no broadcasting não estão para gerar relevância. Nosso desejo é ter acostumadas a conhecer o seu produtos nacionais para nos público. Isso porque eles têm dados comunicarmos com o público, ainda mais numéricos de audiência, mas não no cenário de Internet e de recebem informações específicas. “No desenvolvimento de comunicação. E mais, digital, você pode conhecer sem produtos locais, perdemos as pessoas, saber quem a oportunidade de gerar novas são, com quem se receitas não apenas de relacionam, o que fazem e, “O desafio nos próximos com isso, criar conteúdos anos é das produtoras terem direcionados a elas”, uma participação efetiva disse. “A Internet não no que produzem e é apenas uma plataforma conquistarem o mercado de de distribuição. É uma licenciamento com produtos plataforma que conecta que realmente vendam.” as pessoas, que Gil Ribeiro, da Conspiração converge”, completa.
Formatos internacionais Se a exportação de formatos é uma meta, a importação, em alguns casos, não é vista com bons olhos. Para produtores, muitas vezes os canais internacionais já vêm com formatos engessados para a produção nacional. "A gente sente que os canais, principalmente os internacionais, já vêm com a cabeça feita em determinados formatos, com uma modelagem rígida, e para a formação de um mercado de produção nacional relevante é preciso que os canais sejam parceiros na criação e na execução. Esse diálogo é importante", argumenta Franca. O diretor Cao Hamburguer também acredita que há dificuldade para convencer os executivos estrangeiros. "A escola da TV aberta brasileira não está sendo aproveitada. Tenho visto muito 'docudramas' na TV paga que não têm a ver com a gente (os brasileiros). A TV brasileira será internacional quando tiver a nossa pegada. Quando fiz 'Filhos do Carnaval', imprimimos a marca brasileira numa produção com qualidade HBO que ninguém tinha visto lá fora e todos os programas que fiz que atingiram nível de 16
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iabilizar os canais independentes superbrasileiros e proporcionar maior celeridade ao fluxo de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual são alguns dos desafios postos à Ancine. Além disso, a agência reguladora precisa decidir como tratará os serviços de video on-demand, sobretudo no que se refere à cobrança de Condecine sobre as obras distribuídas por esta categoria de serviço. Estes foram os principais pontos elencados por agentes do setor durante o Fórum Brasil de Televisão. No evento, a diretora da Ancine Rosana Alcântara ouviu a reclamação de que as operadoras e empacotadoras têm pagado pouco pelos canais superbrasileiros (que têm 12 horas de programação independente). O problema não é novo, e foi reforçado pelo diretorpresidente da programadora Box Brazil, Cícero Aragón. "Hoje a gente conta com 11 canais independentes no mercado de TV por assinatura brasileiro, atingindo 100% do mercado de TV paga do Brasil. A aprovação da lei potencializou a distribuição desses nossos canais, mas a gente precisa voltar a olhar para a sustentabilidade. O modelo econômico que se estabeleceu hoje não viabiliza o necessário investimento na produção brasileira. Continuamos muito dependentes do financiamento público e os recursos que as programadoras recebem hoje não são suficientes. Com a evolução desse modelo, o produtor irá produzir mais e o assinante será beneficiado
fotos: marcelo kahn
Os efeitos da Condecine em novos serviços, burocracia na obtenção de recursos públicos para produção e a baixa remuneração aos canais independentes são alguns dos desafios postos à Ancine.
com menos reprises e conteúdos com mais qualidade", pontua. Segundo Rosana, a Ancine não está alheia ao problema. A diretora da agência revelou que está em desenvolvimento um estudo comparativo sobre quanto as operadoras pagam por canais de filmes tradicionais e os valores pagos aos CaBEQs para, assim, recomendar parâmetros mais justos de valores para equilibrar o mercado. "Estamos levantando a precificação entre empacotadoras e programadoras, comparando os preços pagos a canais de filmes aos licenciamentos pagos pelos CaBEQs e fazendo um estudo de práticas anticompetição, como bonificação por volume e interferências no empacotamento. Ter fortes agentes econômicos é importante, mas uma produção independente é essencial para o desenvolvimento de uma cadeia como a do Brasil", explica.
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“Não estou fazendo defesa da burocracia, mas não tenhamos a ilusão de que vamos ter um botão para crédito rápido e imediato. Não tem como cuidar dos contratos sem uma análise técnica.” Rosana Alcântara, da Ancine
Burocracia necessária O diretor-executivo da ABPI-TV, Mauro Garcia, reclamou da burocracia que envolve a obtenção de recursos públicos e da consequente demora para se liberar as verbas para a produção nacional, e também defendeu um reequilíbrio do mercado: "O papel da Ancine é de indutor, mas os fundos setoriais não vão dar conta do incremento necessário. Temos de buscar outras soluções, como um fundo privado que
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“A lei potencializou a distribuição dos nossos canais, mas a gente precisa olhar para a sustentabilidade. O modelo econômico que se estabeleceu não viabiliza o necessário investimento na produção.”
acompanhamento de projetos, mudando o foco do processo para o resultado do produto final. A mudança deverá vir com uma alteração no regimento interno da agência, cuja minuta já se encontra na Casa Civil, revela a diretora da Ancine. Também está na agenda uma alteração na instrução normativa de Direitos, que se refere à regulamentação da gestão de direitos e exploração econômica de projetos audiovisuais realizados com recursos públicos federais. O advogado Gilberto Toscano, do escritório Cesnik, Quintino e Salinas Advogados, concorda que a morosidade na hora do repasse dos recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) não estimula a livre fotos: marcelo kahn
venha se somar ao fundo setorial, com descentralização das produções (em nível nacional) para que a gente consiga criar o volume de produção nacional necessário para atender à defasagem e também exportar", sugere Garcia, que também pediu linhas automáticas de crédito para eliminar a desvantagem de produtoras pequenas e médias que não têm como adiantar o dinheiro para iniciar os projetos até que as verbas dos fundos sejam liberadas. Quanto à burocracia na liberação de verbas, por outro lado, Rosana foi categórica: "Burocracia é necessária. É da natureza dos Estados – brasileiro e de outras nações. Não estou fazendo defesa (da burocracia), mas não tenhamos a ilusão de que vamos ter um botão para crédito rápido e imediato. É necessário cuidar da produção independente e
Cícero Aragón, da Box Brazil
não tem como cuidar dos contratos sem uma análise técnica, senão não desenvolveremos um parque industrial, um mercado sustentável". A necessidade de burocracia não significa, contudo, que a Ancine não esteja tentando agilizar os processos. Rosana lembrou a reestruturação interna por que a agência está passando para potencializar suas atividades, com a criação das secretarias Executiva e de Políticas de Financiamento, e mudanças na lógica de
são paulo no mapa do audiovisual
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SP Cine, empresa que atuará no desenvolvimento do audiovisual em São Paulo, contará com um orçamento de R$ 65 milhões, sendo R$ 60 milhões para investimentos, segundo o secretário adjunto municipal de Cultura de São Paulo Alfredo Manevy. "O modelo não retornável de investimentos cumpriu o seu papel, precisamos de outra lógica. Embora a empresa não busque resultado apenas econômico, esse aspecto é, também, fundamental", disse. Segundo o secretário Juca Ferreira, já foram criados grupos de trabalho com as TVs abertas e fechadas para dar subsídio à política da SP Cine. "Temos de superar gargalos e superar certas dificuldades que a política cinematográfica enfrenta", disse. Evento internacional Além da nova empresa, este ano a cidade de São Paulo ganha o TELAS - Festival Internacional de Televisão de São Paulo, que levará ao público fã de produções para a TV um portfólio de programas feitos no Brasil e no mundo, além de debates. Serão exibidas atrações para espectadores de todas as idades, como documentários, programas infantis, séries e programas de entretenimento, entre outros. O evento é uma iniciativa da Converge Comunicações em correalização com a Secretaria Municipal de Cultura, apoio da Secretaria Estadual da Cultura, do SESC São Paulo, do MIS (Museu da Imagem e do Som) e da Cinemateca. "A SP Cine é correalizadora do Fórum Brasil de Televisão. Era um caminho natural, pela importância do evento no que trata a SP Cine. Também é parceira no Festival Internacional de Televisão. Estes eventos promovem a força realizadora de São Paulo e abrem espaços para parceria com outras
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cidades, estados e a América Latina", disse Manevy. A primeira edição do TELAS - Festival Internacional de TV de São Paulo está marcada para os dias 7 a 14 de novembro. Serão apresentados programas de TV de diferentes regiões do Brasil e de todos os continentes. O TELAS conta com a parceria internacional de renomados festivais como o FIPA- Festival International de Programmes Audiovisuels e Sunny Side of the Docs, ambos da França, e o Hot Docs, do Canadá. Haverá premiação com votos de um júri especial e do público participante. Conheça mais sobre o evento em festivaldetv.com.br.
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concorrência, mas sugere um “Hoje temos as empresas de tratamento diferenciado, com VOD segurando acervo. Não porque graduação de exigências não tenham os direitos, mas porque para diferentes níveis de têm ameaça de cobrança da investimento privado em Condecine na cabeça delas.” uma produção. "O Raphael Crescente, da Cesnik Quintino e Salinas Advogados regulamento geral trata da mesma maneira uma obra perde – e perdemos muito –, que tem 85% de investimento público mas ganha quando o projeto e uma que tem apenas 20% de ganha. O retorno para o fundo, financiamento. A proposta é que e de imediato, é importante houvesse algum tipo de graduação de para ajudar a alavancar projetos médios e restrições ao produtor nacional para menores." Rosana reconhece, entretanto, estimular o investimento privado", que a discussão sobre franquias, como enfatiza. "O receio é de que daqui a incentivos a segundas temporadas de séries três anos talvez entremos numa fase ainda é um dilema, mas pondera que o de restrição de investimentos, e na número de projetos que têm avançado para ausência de recursos públicos o setor a segunda temporada ainda é pequeno. pode não estar bem estruturado para continuar a produção", pondera VOD Toscano. "Talvez seja a chave da Em relação ao video on-demand, o virada para esse negócio funcionar ou temor do setor é que a criação de novos não, mas o setor tem de ter a serviços de SVOD (subscription video capacidade de se profissionalizar e on-demand) com grandes catálogos esteja demonstrar isso na captação de ameaçada por conta da cobrança de recursos. Estamos caminhando com a Condecine. Raphael Crescente, da Cesnik reforma do regulamento geral, Quintino e Salinas Advogados, apontou que licenciamento e estudando a o custo para uma operação com acervo possibilidade de graduação", diz grande no País seria inviável mesmo em Rosana. Para ela, a busca da economias mais maduras. Segundo ele, isso autossustentabilidade é um caminho faz com que os serviços disponíveis no longo e "aqueles que querem investir Brasil tenham acervos pequenos quando no audiovisual precisam também de comparados com serviços oferecidos no audácia, de visão para investir nos mercado internacional. Um serviço de vídeo desenhos de modelos de negócio". on-demand com 30 mil títulos (metade Garcia, da ABPI-TV, levanta outro séries e metade filmes de longa-metragem) problema, a falta de incentivos para a teria de pagar mais de R$ 56 milhões de venda dos conteúdos em outras Condecine a cada cinco anos, calcula o janelas ou exibições. "Se a gente achar advogado. Esse valor, que deveria ser pago que o retorno da TV (para o FSA) vai por cada prestador do serviço de VOD com se dar na primeira licença, isso não um catálogo deste porte, significa dois vai acontecer. Precisamos ter uma terços da arrecadação com a Condecine espécie de 'sindication' nacional, com Título em 2013, que chegou a a circulação desses R$ 84 milhões. conteúdos em diversos programadores para poder evoluir e sair do fenômeno “O papel da Ancine é de da primeira licença", indutor, mas os fundos argumenta. Quanto ao setoriais não vão dar conta retorno de 15% para o do incremento necessário. FSA na primeira licença, Temos de buscar outras Rosana insiste na posição soluções, como um fundo da Ancine: "achamos privado que venha se fundamental. O fundo somar ao fundo setorial.” perde quando o projeto Mauro Garcia, da ABPI-TV
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"Hoje temos as empresas segurando acervo. Não porque não tenham os direitos, mas porque têm ameaça de cobrança da Condecine na cabeça delas e isso ameaça o desenvol vimento desse mercado no Brasil", disse Crescente, lembrando que, por enquanto, o valor não está sendo efetivamente cobrado. A rigor, quem paga a Condecine é o distribuidor, mas a empresa contratante do acervo é solidária, podendo ser responsabilizada caso o valor não seja pago. "O mercado não está deixando de crescer por falta de interesse ou de investimento do setor privado", completou o advogado. Ele destaca que os reguladores devem levar em conta a importância estratégica deste serviço no acesso ao consumidor final de conteúdos audiovisuais. "O VOD oferece conteúdos a preços módicos e com facilidade de acesso. Por isso, ajuda a tirar consumidores da ilegalidade (pirataria)". O tributo tem potencial de afetar sobretudo o conteúdo long tail (segmentado, de nicho) e incentivar a pirataria deste tipo de conteúdo, por conta da periodicidade da incidência do tributo. "Se após cinco anos o produto já não é mais tão rentável, não vai ser renovado", explica. Segundo o diretor de programação da Net, Fernando Magalhães, a contribuição vai inviabilizar, sobretudo, o surgimento de concorrentes ao seu serviço de VOD, o Now. "É um investimento muito alto para ser feito de uma vez só e antes de ter qualquer receita", destaca. O serviço da Net já conta com 15 mil títulos e faz 25 milhões de streams de conteúdo ao mês, incluindo conteúdos pagos e gratuitos. Fernando Lauterjung e Letícia Cordeiro
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O Fórum contou pela primeira vez com a apresentação de cases de produções nacionais.
Farrell Meisel, da Global Agency, trouxe informações sobre a presença da produção turca no mercado internacional.
O diretor Cao Hamburguer participou de debate sobre a qualidade da produção nacional.
A SP Cine fez sua primeira aparição pública com um estande no evento.
foto: ed figueiredo
Fernando Acquarone e Susana Campos, da Pindorama, apresentaram série sobre a bola.
Caio Carvalho e Mario Diamante, dos canais Band.
Fernando Magalhães, diretor de programação da Net Serviços.
Marcello Braga, da Fox.
O secretário de Cultura de São Paulo, Juca Ferreira.
Nelson Sato, da Sato Company.
Denise Elias, da ESPN.
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Rita Okamura, da TV Cultura / TV Rá-Tim-Bum.
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Rodada de negócios com canais Globosat.
foto: ed figueiredo
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Painel comKids debateu a produção infantil, com Sabrina Nudeliman (Elo), Geraldo Leite (Singular), Marcos Magalhães (Anima Mundi) e Rosana Manfredi (Expotoons, Argentina).
Mariana Ribas, nova diretora da RioFilme, fez sua primeira apresentação pública no Fórum Brasil.
Alfredo Manevy e Renato Nery, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, explicaram como será o funcionamento da SP Cine.
O advogado Petrus Barreto deu palestra sobre propriedade intelectual. Silvia Elias, da Turner.
O produtor e apresentador português Miguel Stanley falou de suas experiências em produção na Europa e nos EUA.
Rafael Carneiro, da TV Escola. Painel debateu alternativas de financiamento para a produção independente de televisão.
Rodrigo Salinas (CQS Advogados), Daniela Pfeiffer (Animus) e Steve Solot (Rio Film Commission).
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Edianez Parente
cartas.telaviva@convergecom.com.br
O que os canais querem fotos: marcelo kahn
Séries, seriados, minisséries: a busca de programas por temporada, seja em ficção ou documentários, é uma das grandes demandas em conteúdo local para as programadoras.
Público do Forum teve a chance de interagir com as programadoras
A
programação nas sessões do 15º Fórum Brasil de Televisão. Foram 15 as programadoras de canais nacionais e internacionais que detalharam o que e como procuram para suas grades durante os dois dias do evento. A maioria procura pelo mesmo: um mínimo de episódios, que segurem uma determinada faixa horária, ao logo de em média 13 semanas. Esta é a busca mais comum, com algumas variações, para preenchimento de blocos de meia-hora ou uma hora. É o desejo de consistência na grade, garantindo sua horizontalidade, com atrações e faixas fixas ao longo da semana – e muitos canais deixam claro que o sonho de consumo é mesmo a atração de linha diária. Mesmo os canais internacionais já sabem, não sem uma certa dose de inveja, que o brasileiro se apraz com
busca por conteúdo local por parte das programadoras da TV por assinatura, independentemente do nicho de público que cada qual atinge, encerra mais similaridades do que a diferença de gêneros entre elas poderia nos fazer supor. Além, obviamente, de todos utilizarem a produção nacional para se enquadrar nas exigências da Lei 12.485/2011, percebe-se que a maioria das programadoras busca uma produção que atenda a uma demanda muito comum a todos os canais: temporadas de programas. A necessidade básica da maioria deles ficou bem clara nas apresentações feitas pelos seus executivos de produção e 22
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o ritmo diário de capítulos das telenovelas da TV aberta. A procura é tanto por séries de ficção como de documentários, ou um misto muito em voga nos canais, que é o docu-reality, ou docudrama, um mix entre o relato factual com dramatização de personagens reais. Personagens este que, à medida do possível, todos querem que sejam únicos, pitorescos, extravagantes, mas acima de tudo, verossímeis. Ficção No lado dos canais de filmes e séries, a necessidade é bastante clara. Na Fox, por exemplo, o canal que dá nome ao grupo tem um perfil editorial bastante forte, marcado por blockbusters e seriados e com público predominantemente jovem, com
“Personagens bizarros e humor estão sempre na mira e trabalhamos com as várias formas de financiamento disponíveis.”
Sony conta com parcerias do grupo Mix, a gravadora Sony Music e o Google/YouTube. Para o canal AXN, que tem foco em produções investigativas, está em andamento a produção “Santo Forte”, série policial, bem na linha do canal, feita pela Moonshot. A Sony usa tanto os recursos via Art. 39 quanto o Fundo Setorial do Audiovisual e tem demandas por séries de comédia e ficção. Para o gerente de produção original, Davi Alexandre, a programadora evoluiu no item conteúdo local, já tendo desenvolvido um primeiro reality show (“Brazil’s Next Top Model”) e uma sitcom (“Agora Sim”). Agora, é a vez da produção musical. O Lifetime ainda está em formatação de grade, mas será um canal totalmente voltado ao público feminino e, como todos, terá de carregar conteúdo local. Os valores das produções dos canais Sony para uma temporada completa variam de R$ 2 milhões a R$ 7 milhões – a depender do porte e características de cada atração. Em séries de drama/ficção, a duração do episódio é de 42 a 45 minutos de arte – em comédias, em geral 30 minutos. foto: ed figueiredo
força nas faixas até 24 anos e também até os 34. Histórias de sobrevivência, baseadas em quadrinhos (à la “The Walking Dead”) e comédias são suas marcas registradas. Não se vê ali, tampouco os canais Fox procuram, algo relacionado a ficção intergaláctica, nem dramas policiais. Em relação aos demais canais do grupo, o FX tem uma programação mais ousada; o Fox Life unificou-se ao conteúdo do extinto Bem Simples; o National Geographic tem sua programação de vida e natureza e o Fox Sports segue forte nos eventos. Segundo Marcello Braga, diretor de conteúdo, a programadora tem feito grandes apostas na produção local. Algumas recentes foram a séries “Contos de Edgar” (uma proposta colocada pela produtora O2), “Se eu Fosse Você” (da Total Filmes, derivada do sucesso do cinema distribuição Fox), além do projeto “A Vida de Rafinha Bastos” (série da Zeppelin Filmes para o canal FX). E a Fox acaba de garantir mais um lote de programas seriados em comédia, ao fechar acordo para levar a trupe de sucesso da web “Porta dos Fundos” para seus canais, transformando os websódios em blocos para exibição no canal. Por não produzir ela mesma no Brasil, a programadora recebe muitos projetos. Em média, de cada 200 projetos que chegam até a programadora, 30% são filtrados, 25 deles atingem a fase de produção de roteiro e piloto, sendo que cinco emplacam uma série e apenas um pode ser considerado pela programadora como um real produto de sucesso. A Fox criou recentemente o que chama de “berçário” de desenvolvimento: investe até US$ 30 mil num
Yara Camargo, dos canais A&E, Bio e History
projeto a quatro mãos (canal e produtor/detentor da ideia). Cabe à Fox decidir se o projeto vira ou não uma atração. “Se a opção for por não ir adiante, o produtor apenas deverá reembolsar a quantia investida pela Fox no caso de um outro canal exibidor se interessar pelo produto”, explica Braga . A Fox prefere projetos que tenham piloto - “Indica uma aposta no produto”, diz - e utiliza recursos do Art. 39 da MP 2.228, além de investimento próprio. A programadora não tem optado pelo Fundo Setorial do Audiovisual. E nem pretende, afirma. Os canais Sony, AXN e Lifetime que substituirá o Spin, numa parceira com a A&E/Olé – também perseguem o produto local, mas querem mais público. “Agora a demanda é dar audiência, já que a fase de correr para se adaptar à lei passou”, diz Alberto Niccoli Jr., diretor geral dos canais Sony no Brasil. O executivo se refere às produções nacionais independentes, que precisam também gerar pontos no Ibope. A Sony está com uma produção musical no forno. Trata-se de “Breakout Brazil”, um programa multiplataforma de busca de talentos locais da música, mas somente com composições originais – “nada de covers”, diz o executivo. É um formato da Sony Pictures Television Networks e do portal britânico SupaJam, que no Brasil terá produção da Delicatessen. Para a edição brasileira, a
Nacionais O canal qualificado de produção nacional independente Cinebrasil TV, atualmente com 6 milhões de assinantes, também quer seriados. A programadora abrirá três editais para produção de séries por meio do Pronav2, da Ancine. Nele, os canais é que farão a seleção dos projetos de seu interesse, passíveis de financiamento automático pelo FSA. A ideia é receber projetos para dez séries – entre ficção e documentários - para exibição no canal. Os valores deverão ser de R$ 1,5 milhão para séries de ficção e cerca da metade disso para série documental. O modelo é a
“Agora a demanda é dar audiência, já que a fase de correr para se adaptar à lei passou.” Alberto Niccoli, dos canais Sony
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( capa) fotos: ed figueiredo
A Viacom quer conteúdos locais para seus canais que atendem crianças, jovens e adultos, contam Jimmy Leroy e Tiago Worcman.
minutos de arte. Os valores variam entre R$ 50 mil a R$ 80 mil/capítulo. Para 2015, deverão ser publicados quatro editais, e a busca é por programas de nicho e variedades com foco temático específico (infantil, adolescente, história e cidadania). “A nossa demanda é mais por séries documentais, de animação e de ficção”, diz Brandão. Neste mês de julho será aberto o banco de projetos para as produções de 2015. Em 2013, foram investidos pela TV Brasil R$ 15,5 milhões em produções e R$ 1,5 milhão em aquisições, que resultaram na ocupação de 23% do conteúdo da grade do canal. Ainda, foram 110 exibições de cinema no ano, o que segundo Brandão faz da TV Brasil o maior exibidor do cinema nacional na TV aberta. A TV Brasil abrange uma rede de 27 emissoras e está em operadoras de TV paga como Net e Sky e também aberta às antenas parabólicas na banda C, analógica e digital. Em âmbito internacional, está presente em 69 países. Os números para 2014 são parecidos: R$ 1,3 milhão em aquisições, mais R$ 18 milhões em coproduções. Desde que entrou no line-up da Net e passou a atingir cerca de 7 milhões de assinantes, a
temporada de 13 episódios. São 15 horas/dia de produção independente nacional atualmente. A diretora geral do canal, Tereza Trautman, conta que o Cinebrasil TV vem atendendo aos anseios da classe C na TV por assinatura – a programadora detectou que a classe A não demonstra muito interesse em conteúdo nacional. “Não fazemos nenhuma produção própria”, salienta, argumentando que o canal não terceiriza produção, não faz encomendas e é parte da mesma cadeia produtiva ao otimizar a produção independente. Hermes Leal, editor de conteúdo do Cinebrasil TV, diz que as linhas dos projetos devem ser de cultura, realidade e ficção. O canal não tem interesse em produção de conteúdos de erotismo e infantil. “A TV pública é um espaço natural para experimentação”, diz Rogério Brandão, diretor de programação da TV Brasil, emissora pertencente à EBC (Empresa Brasil de Comunicação). Ele lista os quesitos que norteiam a aquisição de produtos pela emissora: relevância, ineditismo na TV aberta e premiações. As bases de negociação incluem 24 meses de janela, quatro exibições (em rede web e canal internacional) e a nãoexclusividade. A TV Brasil também faz pitchings para coproduções, e a busca costuma ser por séries com no mínimo 26 episódios de 52
“Aguardamos resposta de solicitação na Ancine para fazer um chamamento público em busca de projetos para os canais com o uso do Fundo Setorial.” Ramiro Azevedo, da Box Brasil
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programadora Box Brazil viu disparar também sua repercussão nas redes sociais, principalmente em virtude do canal Music Box Brazil. A programadora aguarda resposta de solicitação na Ancine para fazer um chamamento público em busca de projetos para os canais com o uso do Fundo Setorial do Audiovisual. Ramiro Azevedo, executivo de licenciamentos da programadora, justifica o crescimento do Music Box Brazil pela força da música popular brasileira, um nicho detectado já na origem do canal, cerca de dois anos atrás. Há agora intenção de exportação deste e também do outro canal carro-chefe da programadora, o Prime Box Brazil, dedicado ao cinema nacional. Azevedo salientou que a razão de ser da programadora é ser abastecida por produções do mercado independente, em todos os seus canais. Além dos já citados, há o Travel Box Brazil em fase de reformulação e em busca de conteúdos de culinária, cultura e esportes, ao lado de viagens. Ainda, a programadora tem acordo de distribuição e produção local para a Fashion TV. Documentários Os canais da Discovery do Brasil procuram produções locais com padrão de qualidade para exportação aos seus próprios canais e preferem que os projetos cheguem acompanhados de promos em formato de vídeo. “Queremos exportar o melhor da produção do Brasil para o mundo”, afirma a diretora de programação, Livia Ghelli, que resume: o Discovery busca conteúdo factual e docu-reality; já o Home & Health visa “uma mulher dinâmica, moderna, não aquela mulher da década de 50”. O Discovery Kids também quer conteúdo local. O
“Queremos exportar o melhor da produção do Brasil para o mundo.”
foto: divulgação
ainda inédito “Show de Luna” (TV Pinguim) já foi adquirido pelo canal Sprout, dos EUA. Carolina Telles, supervisora de produção, conta que o TLC, por ser um canal de entretenimento focado em mulheres, busca histórias atrativas e está atrás de produções originais brasileiras. Ela diz que a programadora prefere os projetos que já chegam acompanhados de demos em forma de vídeo – que ela chama de “tasters” -, ao fornecerem de forma simples e direta uma ideia dos personagens e tema abordado, o que facilita a compreensão da atração. “Não se trata de um piloto, mas sim de um promo, para ter uma ideia da ‘cara’ do programa”. Ela exemplifica que foi assim que
Livia Ghelli, da Discovery
Outros exemplos de produção local para a Discovery com ótimos resultados são “Águias da Cidade” e “Desafio em Dose Dupla”. O acompanhamento do corpo executivo acontece desde o orçamento e, no caso de produtoras de menor porte com projeto de relevância, a própria Discovery prefere e auxilia uma aproximação com produtoras mais experientes do mercado. A programadora utiliza-se dos recursos das leis de incentivo ao audiovisual e também tem budget próprio para produção local. Os canais A&E, Bio e History também seguem em busca de mais conteúdo local para suas grades. Yara Camargo, produtora executiva,
funcionou com um novo projeto, o docreality “Albergue Carioca”, em 13 episódios, da produtora Cara de Cão, que estreia neste segundo semestre. Gabriella Varallo, supervisora de produção, lembra que os canais respeitam a liberdade autoral dos produtores, mas trabalha em proximidade com a produção para que a linguagem sempre se aproxime à linguagem universal que marca as produções da programadora.
Branded content vira grande negócio
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A Turner tem aproveitado o conteúdo local para realizar um trabalho de inserção de marcas de anunciantes nas produções que adquire. Um exemplo foi o projeto multiplataforma “Latitudes”, uma série com conteúdo diferenciado para internet e que foi exibida pelo canal TNT em toda a América Latina e no YouTube em 2013. O modelo negocial foi de aquisição. A produção, assinada pela Los Bragas, contou com inserção roteirizada de marcas como Heineken, P&G, Fiat. “Nosso desejo é integrar as marcas nas histórias sem perder a narrativa”, explica Luciana Rodrigues, VP de Inovation – departamento de ad sales, para quem todas as marcas estão preocupadas em ter conteúdo que faça sentido para o público. “Dá pra fazer isso sem destruir a narrativa. E as marcas estão em busca de trabalhos assim, que dêem sobrevida maior que um comercial de 30 segundos”. E já está garantida a segunda temporada de “Latitudes”, que terá três opções de cotas de produção. A produtora Los Bragas já tem uma nova estreia na programadora, desta vez para o Warner Channel: “SOS – Pé na Bunda”. O projeto já nasce com um patrocinador em ação de branded content: a rede de varejo Riachuelo.
s canais estão atentos às demandas das marcas por ações mais próximas às suas atrações, que no entanto não invadam a esfera das suas propriedades. E eles se organizam em equipes para atender às necessidades de clientes, agências e anunciantes juntos a produtoras para o desenvolvimento de formatos adequados à customização de ações e campanhas. Na Fox, a área de Creative Solutions está alinhada ao departamento de marketing. De acordo com o gerente, Carlos Queiroz, o foco é o trabalho feito junto às produtoras para desenvolvimento de formatos e soluções de publicidade nos breaks e vinhetas de programação. “Temos de mostrar valor nos breaks, ainda que sejam em 5 segundos”, diz. Ele salienta os baixos custos de produção e alto valor agregado destes formatos, que no entanto não incluem o uso de propriedades de terceiros para endossar marcas. Não se pode, assim, trabalhar em cima da marca de um seriado ou personagem, mas é possível trabalhar uma atração de forma customizada, com integração temática e sem avançar no sinal dos direitos autorais em parcerias de branded content. A ação no Fox Sports, com depoimentos de esportistas nos “Momentos BRA do Esporte”, com Bradesco; e também um promo gráfico para o Nat Geo com Renault, num projeto de parques estaduais de São Paulo, são bons exemplos. Queiroz detalha que os projetos são demandados nas agências de publicidade e a própria Fox escolhe as produtoras com que desenvolve os formatos.
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“Temos de mostrar valor nos breaks, ainda que sejam em 5 segundos.” Carlos Queiroz, da Fox
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( capa) “A TV pública é um espaço natural para experimentação.”
fotos: ed figueiredo
detalha os tipos de programas para cada um deles: para o History, programas de nãoficção, game shows, competições, programas não-factuais; para o A&E, entretenimento variado, séries com personagens “incríveis”, séries com humor e docu-realities; e para o Bio, séries modernas, programas com personagens femininos fortes, porém sem nada de biografias históricas, atrações de culinária, beleza e tutoriais dos canais dedicados às mulheres. O Bio está passando por um reposicionamento, voltando-se mais para assuntos que interessem às mulheres, porém sem parecer uma revista feminina tradicional. Produtoras como Cinegroup (“O Infiltrado”), Endemol (“Varzea F.C.”) e Prodigo (“Até Que a Morte nos Separe”) têm feito séries originais para os canais A&E. De acordo com Yara Camargo, personagens bizarros e humor estão sempre na mira, e a programadora tem trabalhado com as várias formas de financiamento disponíveis. Nas aquisições, o valor médio segue o mercado, com episódios de aproximadamente US$ 10 mil/hora.
Rogério Brandão, da TV Brasil
Já a MTV brasileira – há dez meses assumida pela Viacom no País, após a saída da Abril -, segue como a segunda MTV do mundo com maior volume de produção local – a primeira é a dos EUA. Tiago Worcman, diretor geral de programação e conteúdo do canal no Brasil, confirma uma vocação “glocal” (global + local) do canal, agora exclusivamente presente nas operadoras de TV por assinatura. Ele destaca, neste primeiro ano ainda incompleto, programas como o diário “Coletivation” (feito pela Eyeworks); e o reality “Papito in Love” (Indiana), que elevou a audiência em 50% no horário e ganhará um spin-off em setembro, o novo “Atolada”. Outra aposta local da MTV foi a “Batalha de Quiosques” (Conspiração), uma disputa entre bandas gravada nas praias durante o verão, com a música no seu centro. “Nós aproveitamos toda a cauda longa da programação”, afirma Worcman, que cita uma falta de conteúdo focado no público jovem no mercado. A busca da MTV é por atrações de ficção, variedades e reality shows. Para a Nickelodeon, além de séries de animação – temporadas mínimas de 13 episódios -, a preferência também é por formatos de dramaturgia. No canal, as novelas têm apresentado variação no número de capítulos: 21, 40 ou até mesmo os tradicionais 75 episódios a cada temporada. A Viacom tem se utilizado do Art. 39 e também do Fundo Setorial do Audiovisual, além de verbas próprias para investimento em conteúdo.
Comédia A Viacom – canais Nickelodeon, MTV, Comedy Central, VH1 – quer conteúdos locais para seus canais que atendem crianças, jovens e adultos. Para o Comedy Central, atualmente com conteúdo nacional baseado nos humoristas de standup, a Viacom busca mais séries cômicas. No entanto, de acordo com o VP criativo da Nickelodeon para a América Latina, Jimmy Leroy, o mercado ainda não tem a oferta do gênero na quantidade e qualidade que a programadora esperava, e ele segue à espera de bons projetos e argumentos a custos razoáveis.
Tereza Trautman, do Cinebrasil TV, vem atendendo aos anseios da classe C na TV por assinatura – a programadora detectou que a classe A não demonstra muito interesse em conteúdo nacional.
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Esportes e comportamento A linha de documentários esportivos e séries documentais tem sido um terreno fértil para os canais da ESPN no Brasil. E ainda com aproveitamento máximo do seu material de acervo para abastecer também as produtoras parceiras no desenvolvimento das atrações. Denise Elias, executiva responsável pelo Cedoc (centro de documentação) e media management da ESPN no Brasil, explica que a programadora tem se utilizado, nos últimos dois anos, de diversos caminhos para viabilizar tais produções: uso do Art. 3a (já usou R$ 4 milhões), Artigo 1a (R$ 220 mil só em 2012), desenvolvimento de conteúdo (R$ 350 mil), aquisições (R$ 154 mil), Lei Rouanet (R$ 666 mil), além de uso do Fundo Setorial do Audiovisual. Assim, a programadora nos últimos anos somou 34 títulos de conteúdo relevante. O resgate de ídolos esportivos também está no DNA do canal – uma variação da atração “30 for 30”, que surgiu na matriz norteamericana e que gera documentos similares em produção local. Um dos principais projetos em que a ESPN está envolvida é o “Memória do Esporte Olímpico Brasileiro”, do qual participa junto à Petrobras. A programadora entra como divulgadora e patrocinadora pela Lei Rouanet. O projeto vai até 2016, ano das Olimpíadas no Rio. Já foram produzidos nove documentários, todos sobre perfis de atletas olímpicos históricos do País, e dois estão em produção. Os desafios listados pela programadora para trabalho junto aos produtores incluem a diferença entre o orçamento inicial e final, a definição patrimonial na sociedade, a garantia para as plataformas VOD e o acerto de direitos e
“Vamos buscar uma programação mais variada.”
imagens dos comentários. Entre as produções independentes já feitas para o canal estão “Democracia em Preto e Branco”, realizada pela TV Zero com investimentos da matriz dos EUA. “Dia da Paixão Palmeirense” e “1976- O Ano da Invasão Corintiana”, ambos da Canal Azul, são exemplos de documentários sobre futebol com forte apelo para o público do canal. Já o Woohoo, que era muito ligado a esportes radicais, vem se transformando num canal mais voltado ao comportamento jovem – com faixas de programas voltados ao público dos 14 aos 24 anos e outras até os 35. Ao atingir 12,5 milhões de assinantes, o canal saiu do nicho. Assim, no segundo semestre, entrará com novo on-air look, nova programação e terá seu website remodelado. “Vamos buscar uma
Educativos A TV Escola, emissora aberta vinculada ao Ministério da Educação, não tem editais previstos para este ano. Mas Rafael Carneiro, coordenador de multimídia da TV, diz que o canal se interessa mais por conteúdos que tenham vida em várias telas. Assim, a busca é pelo universo interativo e transmídia que, por exemplo, levem professores e alunos a enquetes e interatividade e que também contenham games educativos. Um dos exemplos mostrados foi a série “Chico na Ilha dos Jurubebas”, que faz um mix entre live action e animação, feito pela produtora Cara de Cão.
Antonio Ricardo, do Woohoo
programação mais variada”, diz o sócio-diretor do canal, Antonio Ricardo. Uma das estreias é um programa de gastronomia com pegada jovem e irreverente, o “Tati com Limão”, além de um programa de viagens, o “Vamos?”, com linguagem próxima aos apps. Também chegam à grade dois seriados jovens da BBC: “Ideal” e “Youngers”. O canal funciona também como produtora, já que produz boa parte do que exibe – das 3 horas diárias de produção nacional, metade é feita in house. Porém, está em busca de mais produção independente, com diversas formas de parceiras, além de uso do Fundo Setorial e editais da RioFilme.
convergecom.com.br/eventos info@convergecom.com.br
4 e 5, setembro 2014 Royal Tulip Rio de Janeiro Rio de janeiro, rj
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Letícia Cordeiro
leticia@convergecom.com.br
Santo de casa
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m dos maiores anunciantes de qualquer canal de TV é o próprio canal. Se na TV por assinatura este espaço foi muitas vezes ocupados pelo famoso “calhau” (anúncio da casa inserido nos breaks que não foram comerciali zados), há cada vez mais consciência da importância de chamadas e promos na construção da audiência. O que se tem verificado é que cada vez mais eles têm optado por chama das criativas, muitas vezes ousadas, mas sem deixar de lado um estudo de seu públicoalvo e os resultados diretos tanto em audiência quanto em engajamento em redes sociais. Com uma base atual de 15 milhões de assinantes, o Canal Brasil tem como desafio promover seu conteúdo nacional "sem clichês", como define o sócio e gerente de marketing e desenvolvimento do canal, André Saddy em painel no Forum Brasil de Televisão. "Nossos assinantes precisam assistir a uma chamada pelo menos três vezes para serem impactados, e o caminho que escolhemos (para as chamadas) é reforçar o posicionamento do canal acima de cada produto para melhorar o impacto da marca. Temos chamadas conceituais, pílulas de programação, assinatura da marca e interprogramas com olhar de cinema, música e irreverência", conta. O canal Nickelodeon, da Viacom, aproveita os intervalos entre os programas da grade para fazer chamadas divertidas e ousadas. "De uns cinco anos para cá houve uma globalização da imagem, do look do canal, e isso mudou uma série de coisas. As chamadas de produtos já 30
FOTO: MARCELO KAHN
Debate no Fórum aborda a produção de chamadas e promos, aspecto fundamental de uma grade de programação, que nem sempre é percebida e reconhecida pelo mercado.
No debate: Cesar Teixeira e Jimmy Leroy (Viacom), Marcelo Caetano (Record), André Saddy (Canal Brasil), André Mermelstein (Tela Viva) e Chico Leão (Globo).
vêm prontas, estudadas, pesquisadas, e passam no mundo todo, mas também desenvolvemos regionalmente, com foco em campanhas de sustentabilidade, saúde, alimentação, esportes e bullying", explica o diretor criativo da Viacom, Jimmy Leroy. Criatividade e responsabilidade As emissoras abertas também têm tentado inovar em suas chamadas, mas sem deixar de lado a responsabilidade de falar com uma audiência bem maior e mais diversificada. "Ter liberdade para poder criar é fundamental, mas desde 2007 incluímos a questão das chamadas nas pesquisas de rotina e estudos especiais, tanto quantitativos quanto qualitativos, para ouvir qual a visão do nosso público sobre nossos produtos e nossas chamadas. É uma TV comercial e tem limites, mas a gente usa esse feedback para vender produtos. E para vender produtos tem de ser ousado", analisa o diretor nacional de programação da Record, Marcelo Caetano. A Record montou uma agência interna com 70 pessoas para desenvolver as chamadas de seus programas.
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A Globo, por sua vez, reformulou há cerca de um ano a área de promoção de seus produtos. "Quando se tem a percepção de que as chamadas viraram paisagem, tem alguma coisa de muito podre. Renovamos a área de maneira significativa com resultados também significativos na audiência e repercussão inédita nas redes sociais", conta o gerente da Divisão de Promoção da TV Globo, Chico Leão. Mas essa mudança teve de equilibrar criatividade e qualidade artística com toda a parte de análise do slot de horário em que seria apresentada a chamada, o produto e o públicoalvo. "Eu sou extremamente responsável com o que coloco no ar porque com uma chamada no prime time eu falo com 80 milhões de pessoas. São ações com um viés tático. Muitas vezes produzimos diferentes chamadas para um mesmo produto, como uma peça para mulheres acima de 35 anos e depois outra para não dispensar todo o público masculino daquele horário sem violar o produto", exemplifica.
7 a 14 de novembro de 2014
PRAÇA DAS ARTES - MIS - CENTRO CULTURAL SÃO PAULO - CINESESC REALIZAÇÃO
CO-REALIZAÇÃO
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PARCEIROS
( making of )
Lizandra de Almeida
c a r t a s . t e l a v i v a @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r
Talento em família
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FOTOs: divulgação
m casa de artista é assim: o pai é músico, coreógrafo, ator e pesquisador da cultura popular, a mãe é bailarina e atriz, o filho começou a estudar música, depois abriu uma produtora de animação e todo o mundo trabalha junto. Esses são os verdadeiros bastidores da produção da animação que forma a sequência de encerramento e os créditos finais do próximo documentário de Walter Carvalho, sobre Antônio Nóbrega e sua esposa Rosane Almeida, que estão à frente da trupe do Teatro Brincante. A vinheta foi criada e produzida pelo filho do casal, Gabriel Nóbrega, que hoje é sócio e diretor da Vetor Zero/Lobo e recebeu carta branca do diretor do filme para criar os créditos. “É quase como se fosse um resumo da história dos dois, que andaram pelo Brasil com seu caminhão, e conta um pouco da história que não está no filme, porque o documentário não tem depoimentos, é todo baseado na música e nos espetáculos”, explica Gabriel. “Toquei com os meus pais até os 10 anos, entrei na faculdade de música e ao mesmo tempo comecei meu estúdio de animação. Acabei deixando a faculdade para me dedicar aos filmes, mas às vezes ainda participo dos espetáculos, junto com muitas outras pessoas da família”, diz. “E agora tive a oportunidade de me reunir com eles novamente, mas com o meu trabalho de animação mesmo.” O projeto foi todo produzido em stop motion, em um cenário na forma de um pequeno teatro, com cerca de 2m2. “Walter Carvalho me convidou para participar e inicialmente eu faria os créditos de abertura. Assisti ao primeiro corte e fiquei pensando na abordagem. Acabei decidindo fazer os créditos finais, como uma síntese da carreira do meu pai.”
Gabriel Nóbrega cria os créditos de documentário sobre Antônio Nóbrega e Rosane Almeida.
Como a verba era praticamente nenhuma, Gabriel pensou em uma solução tecnicamente viável e decidiu criar um cenário único, uma boca de cena, onde tudo acontecesse e que exigisse muito pouca pós-produção. A maior parte da animação acontece sobre o pequeno palco, montado nos estúdios da Vetor Zero/Lobo, mas a mesma estrutura abriga um cenário de túneis na parte de baixo, por onde passa o metrô, representando a chegada do casal a São Paulo. “Tivemos um mês de pré-produção e mais quatro meses de produção, com uma equipe de quatro pessoas.” O trabalho se baseou em uma primeira versão caseira, feita com a câmera ligada e os movimentos em tempo real. “Animamos essa versão ‘tosca’, que ficou feia mas 32
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funcionou bem para orientar a gravação frame a frame. Acabei fazendo em 24 quadros, não me pergunte por quê. Eu poderia ter feito em 12 ou 18, o efeito seria muito parecido, mas resolvi complicar”, brinca Gabriel. A equipe era formada apenas por um designer, um artista de computação gráfica, uma produtora de objetos, que criou e pintou todo o cenário e os objetos que aparecem em cena, e o próprio Gabriel. A maior parte dos materiais utilizados foi reaproveitada, como garrafas PET que se transformaram nas ondas do mar. A única cena filmada fora do teatro mostra centenas de luzinhas, que foram criadas a partir de 30 luminárias e um jogo de espelhos, sem a necessidade de pós-produção.
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ficha técnica Produtora Direção Produção executiva Direção de animação Direção de arte Direção de cenografia Pós produção
Vetor Zero/Lobo Gabriel Nobrega André Rosa Lee Peffer Diego Coutinho Fabiana Fukui Lucas Barreto e Diego Coutinho
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proveitando a movimentação da Copa do Mundo, a Netshoes, varejista online de artigos esportivos, está fazendo seu maior investimento publicitário para ir além da conexão com o futebol e reforçar seu posicionamento de marca ligada a vários esportes. A partir do slogan “O esporte chama”, o filme mostra pessoas em situações rotineiras que são “intimadas” a praticar esporte por sósias. Na sala de reunião, no aeroporto, no escritório, várias pessoas se encontram com seus próprios “eus” praticantes de esportes. Para o diretor Rog Souza, o grande desafio do projeto foi o casting. “Tínhamos que escolher pessoas com o físico evidentemente trabalhado, para que em 7 segundos de cada cena ficasse muito claro que são praticamente atletas. E ainda precisavam ser capazes de interpretar, para demonstrar emoção na hora em que encontrassem o sósia”, explica o diretor. A equipe investiu em um teste de elenco bem amplo, mas não encontrava uma maratonista. “No fim, achamos pelo Instagram. Descobrimos essa moça que tem mais de 10 mil seguidores por causa do abdômen! E por acaso o próprio produtor conhecia. Nem fizemos teste, ela era tão perfeita que a atuação ficou por conta do diretor”, brinca Rog. Em geral, essa é a parte de que Rog realmente gosta. “Não sou um diretor muito ortodoxo, costumo provocar mesmo os atores”, conta. No caso do filme, ele mesmo fez uma ponta como dublê. “O skatista tinha uma barba ruiva e não achamos um dublê igual, então eu vesti a roupa e usamos uma barba falsa e eu é que jogo o skate para ele. A ideia é
FOTOs: divulgação
Em busca do sósia perfeito
O filme mostra pessoas em situações rotineiras que são “intimadas” a praticar esporte.
realmente pegar a pessoa de surpresa. Como o skatista estava nervoso, achei importante interagir diretamente com ele.” Em geral, o set das filmagens do diretor só têm o diretor de fotografia e a produtora e nesse caso não foi diferente. Além da pesquisa dos atores em si, a equipe de casting também foi atrás de dublês parecidos, mas que só apareceriam de costas. “Achamos dublê de nuca, dublê de costas, dublê de bunda...”, diverte-se. A nuca, por exemplo, era do irmão do lutador de MMA, fisicamente muito parecido. As filmagens aconteceram em Porto Alegre, terra natal do diretor. Antes trabalhando na Zeppelin Filmes, ele se mudou para São Paulo e faz parte da equipe de fundação da Zola. Aproveitou
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então para misturar a equipe com quem já trabalhava lá com o fotógrafo, que levou de São Paulo. “Foi bom voltar a filmar em PoA.” ficha técnica Cliente NetShoes Agência DM9Sul Criação Everton Behenk e Rodrigo Pereira Produção Zola Filmes Direção Rog Souza Casting Yago Warren Fotografia Ivan Abujamra Direção de arte Antonio Torriani Figurino Isadora Bertolucci Produção executiva Pedro Bueno Direção de produção Renata Timm Finalização Clan Trilha Enoise
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( infraestrutura )
Da redação
cartas.telaviva@convergecom.com.br
Nas alturas lexaarts/shutterstock.com
Mercado de satélites se mantém aquecido, e resultados da última licitação para posições orbitais brasileiras consolida apostas da Hispamar, SES e Eutelsat no país.
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de 431,8%, depois de uma disputa com a Eutelsat e com a SES. A empresa escolheu a posição de 61ºW, onde vai operar com a banda Ku BSS nas faixas de 17,3 GHz a 17,8 GHz e de 12,2 GHz a 12,7 GHz. A escolha da Hispamar era esperada, já que a empresa mantém seus serviços de DTH nessa posição orbital e havia programado a expansão de sua capacidade mantendo o "empilhamento" de satélites (todos ocupando lugares muito próximos no espaço, o que permite o mesmo foto: arquivo
mercado brasileiro de satélites está em alta há algum tempo. Com o crescimento consistente das operadoras de DTH, a expansão das transmissões em HD pela TV aberta e TV por assinatura e com o tráfego gerado pela Copa do Mundo e expectativas para as Olimpíadas de 2016, o país está no radar de todas as operadoras do mundo. O leilão para o direito de uso das frequências relativas a posições orbitais brasileiras realizado no final de maio foi mais um reflexo desse bom momento. Três empresas saíram vencedoras: Hispamar, SES (com duas posições orbitais) e Eutelsat. A Hispamar venceu a primeira etapa por R$ 65 milhões, um ágio
“Na área de eventos, por exemplo, já vendemos 20 vezes mais do que geralmente vendemos nessa época em outros anos” Jurandir Pitsch, da SES
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apontamento de antenas). Faltava apenas a frequência BSS, que é importante para a expansão do serviço de TV por assinatura. A segunda etapa foi vencida pela SES pelo valor de R$ 33 milhões, sem disputa. A companhia escolheu a posição 48ºW e vai operar as bandas C (3.625 MHz a 4.200 MHz / 5.850 MHz a 6.425 MHz), Ku (10,95 GHz a 11,20 GHz e 11,45 GHz a 12,20 GHz / 13,75 GHz a 14,5 GHz) e Ka (17,7 GHz a 20,2 GHz e 27 GHz a 30 GHz). O ágio pago pela SES foi de 170%. A expectativa é de que a SES rapidamente passe a operar na posição, uma vez que a empresa tem um
foto: divulgação
satélite disponível em uma posição próxima e já planejou seu deslocamento. Outra novidade é que, finalmente, a SES deve passar a operar no mercado brasileiro de banda Ka. As duas últimas posições orbitais licitadas foram arrematadas pela SES e pela Eutelsat. Com proposta de R$ 26,8 milhões e 119,2 % de ágio, a SES foi a vencedora da terceira etapa e escolheu a posição 64ºW e as faixas de 12,2 GHz a 12,7 GHz e de 17,3 GHz a 17,8 GHz da banda Ku. A Eutelsat saiu vencedora da última posição, com uma proposta de R$ 28,3 milhões e ágio de 131,9%. A companhia escolheu a posição 69,45ºW e as frequências para banda C (de 6.725 MHz a 7.025 MHz e de 4.500 MHz a 4.800 MHz) e banda Ku (de 12,75 GHz a 13,25 GHz; de 10,70 GHz a 10,95 GHz; e de 11,2 GHz a 11,45 GHz). No final, o leilão arrecadou R$ 153,15 milhões e obteve ágio de 213,4%, mas o sucesso pode ser medido pelo número de interessados. Nada menos do que sete empresas entraram no leilão: as vencedoras e mais Inmarsat, Star One, Telesat e Star Satellite. Com a aquisição das frequências para banda Ka, fica claro que a SES deverá entrar no mercado de banda larga via satélite, a exemplo do que já faz a Hispasat e em breve deve fazer também a Star One. Além disso, a Eutelsat também fechou recentemente acordos para operar satélites internacionais de banda Ka no Brasil, com a operadora Via Sat Brasil. Mas o foco mesmo é televisão. "Na área de eventos, por exemplo, já vendemos 20 vezes mais do que geralmente vendemos nessa época em outros anos", declarou o VP
Em dois anos o Amazonas 5A ocupará a posição com banda Ku e Ka, conta Elena Pisonero, da Hispasat.
complementará a cobertura já existente na posição com o Amazonas 3. A Hispasat também planeja, em pouco tempo, passar a operar no Brasil um outro satélite de grande de desenvolvimento de capacidade em uma posição negócios para América Latina espanhola, localizado em 30˚W, e da SES, Jurandir Pitsch. que ampliará a capacidade de Emissoras de todo o cobertura de banda Ku. A mundo já garantiram mais de operadora de satélites sofreu um 450 MHz de capacidade dos revés em maio, com a informação satélites NSS-806, SES-6 e de que o recém-lançado Amazonas NSS-7 da companhia, para atender as 4A (que ficaria na posição 61˚W) Américas e a Europa, só para a Copa provavelmente terá sua capacidade do Mundo. A operadora projeta ainda afetada em decorrência de uma que o mercado de TV paga no país deve falha elétrica, que não afetará a atingir mais de 23 milhões de vida útil, mas obrigará uma assinantes em 2014 e 35 milhões em diminuição na quantidade de 2017, de acordo com pesquisa da EIU. transponders ativos. A operadora Segundo a operadora, o uso dos ainda aposta em uma parceria com satélites é essencial para garantir a Intelsat para operar este crescimento. um satélite localizado “A expectativa é que a na posição 55,5˚W transmissão via satélite leilão refletiu para TV. seja responsável por ao momento de Segundo a menos 70% da base de TV paga no país em 2015”, crescimento, executiva, a escolha da diz a empresa. com expansão Oi por um satélite da Já a operadora Hispasat do dth e do hd. SES para a ampliação de seu serviço de DTH planeja colocar, em dois não afetou as relações anos, um satélite com entre as empresas. grande capacidade para A Oi é sócia minoritária (19%) da banda Ku e banda Ka na posição 61˚W, Hispamar, ao lado da Hispasat, e escolhida pela empresa para a utiliza hoje o satélite Amazonas 3 operação na faixa Ku-BSS após vitória em seu serviço de TV paga, por no leilão realizado pela Anatel. A meio da Media Networks. Elena informação é da presidenta da Pisonero explica que a Oi é hoje a operadora, Elena Pisonero Ruiz. Será o maior cliente da Hispasat no Brasil. satélite Amazonas 5A, que
As novas posições orbitais brasileiras Empresa Hispamar
Posição 61oW
Frequência (GHz)
Valor pago
Banda Ku BSS - 17,3 a 17,8 e de 12,2 a 12,7
R$ 65 milhões
SES
48oW
Bandas C - 3,625 a 4,200 / 5,850 a 6,425; Banda Ku - 10,95 a 11,20 e 11,45 a 12,20 / 13,75 a 14,5; Banda Ka - 17,7 a 20,2 e 27 a 30
R$ 33 milhões
SES
64oW
Banda Ku - 12,2 a 12,7 e de 17,3 a 17,8
R$ 26,8 milhões
Eutelsat
69,45ºW
Banda C - 6,725 a 7,025 e de 4,500 a 4,800; Banda Ku - 12,75 a 13,25; de 10,70 a 10,95; e de 11,2 a 11,45.
R$ 28,3 milhões
Fonte: Anatel, conforme leilão em 16 de maio de 2014. Resultados pendentes de adjudicação.
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(tv por assinatura)
Samuel Possebon e Bruno do Amaral
sam uc a@convergecom .com .b r | b run o@ co nvergeco m .co m .br
Os novos rumos da DirecTV (e da Sky)
Operadora de telecomunicações norte-americana AT&T decide reforçar a sua atuação na TV paga, assume o controle da DirecTV e coloca o Brasil no seu radar estratégico.
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Alberto Masnovo/shutterstock.com
ão é todo dia que uma das maiores operadoras de TV por assinatura do Brasil (a segunda, na verdade) muda de controlador. Mas é isso que acontecerá assim que as autoridades reguladoras e concorrenciais derem o sinal verde para que a AT&T compre o controle da DirecTV nos EUA. A DirecTV americana é a controladora da DirecTV Latin America, que no Brasil atua através da Sky. As expectativas para essa mudança de controle são grandes, já que a AT&T é uma empresa de banda larga e telefonia móvel com planos ambiciosos para expandir sua presença no mercado de TV paga dos EUA, e deu todos os sinais de que vai estender essa estratégia para a América Latina também. No final de maio, ao anunciar a compra do controle da DirecTV em uma transação que envolverá 30% do valor em dinheiro e 70% em ações da própria AT&T, a operadora selou seu destino na América Latina. E isso ficou claro quando se desfez de uma pequena participação na América Móvil (controladora da Claro, Embratel e Net Serviços no Brasil) para impedir qualquer tipo de obstáculo regulatório. A aprovação final é esperada para o segundo semestre, e precisa acontecer em vários países, incluindo EUA, Brasil, México entre outros. A avaliação da AT&T considerou um múltiplo de 7,7 vezes o EBITDA da DirecTV. A DirecTV tem pouco mais de 20 milhões de assinantes
nos EUA e mais 18 milhões na América Latina (incluindo os 5,8 milhões de clientes no Brasil e mais de 6 milhões de clientes no México). Já a AT&T tem, nos EUA, além de quase 18 milhões de usuários de banda larga (por xDSL, fibra e satélite), cerca de 5,7 milhões de assinantes de vídeo por IPTV, que funciona em uma tecnologia híbrida com fibra e VDSL em mais de cem cidades, e 29 mil pontos de acesso Wi-Fi. Isso sem falar na fortíssima presença da AT&T no mercado móvel norte-americano, onde é a segunda maior operadora, com cerca de 116 milhões de clientes, atrás da Verizon (122 milhões). Para o Brasil, o significado exato da transação ainda não está claro, mas algumas hipóteses podem ser colocadas. 36
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A AT&T atua no país de maneira discreta, apenas em serviços corporativos, mas pode ter seu apetite ampliado, seja na forma de aquisições de empresas já existentes (TIM, GVT e Oi seriam os alvos mais óbvios), seja na disputa pelo leilão de 4G, já que o governo está apostando algumas fichas na possibilidade de trazer um novo player para o mercado de banda larga móvel. Vale lembrar ainda que a Sky já tem no País licença para operar 4G na faixa de 2,5 GHz em mais de 600 cidades, e tem ampliado a sua rede TD-LTE gradativamente. Para o mercado de TV paga, a despeito da concentração que ocorrerá no mercado norte-
americano, a compra da DirecTV pela AT&T é considerada importante, por estabelecer um competidor à altura da Comcast, que está se fundindo com a Time Warner Cable até o final do ano e que com isso se tornará uma gigante de 30 milhões de clientes de vídeo. Na América Latina, seria mais um player de telecomunicações a rivalizar com América Móvil e Telefônica, que são os grupos que atuam regionalmente. No Brasil, a chegada da AT&T via Sky é positiva para a competição no mercado porque, inclusive, ainda deixa o caminho aberto para uma eventual entrada da Dish no mercado brasileiro. Ao detalhar aos acionistas e investidores a operação, a AT&T acrescentou mais um ingrediente estratégico à sua opção: a entrega de vídeo multiplataforma, em particular utilizando a tecnologia 4G.
tecnologia, porque terá capacidade América Latina grande e custos reduzidos.” Na visão do chairman, presidente e O chairman, presidente e CEO da CEO da AT&T, Randall Stephenson, a DirecTV, Michael White, explica que América Latina tem taxas de penetração a intenção é utilizar o de TV por assinatura conhecimento e a ainda baixas, e há pela primeira vez experiência da AT&T possibilidades também em redes móveis para a sky pode ser com produtos pré-pagos. “No Brasil, em particular, controlada por promover mais acreditamos que a um grupo forte oportunidades no mercado latinooportunidade é muito em telecom. americano. “Muito do alta”, disse, ressaltando a atendimento dos EUA presença da DirecTV na nas áreas rurais será com essa região. “Quanto mais cavamos na tecnologia, e poderemos nos empresa e na América Latina, mais beneficiar na América Latina ficamos entusiasmados”, comemora. exatamente da mesma forma, usando Stephenson lembra que há também a expertise da AT&T. Teremos potencial no mercado pré-pago e em espectro na Colômbia, e temos na banda larga wireless utilizando a Argentina e Brasil, mas queremos tecnologia TD-LTE na faixa de 2,5 GHz. mais”, revela. Ou seja: fica claro que, “A DirecTV tem acumulado um footprint com a fusão, as empresas ficarão de de espectro bom, colocando banda larga olho em futuros leilões, como o da fixa-móvel. Nós mesmos estamos fazendo banda de 700 MHz no Brasil, para muito isso nos Estados Unidos e achamos expandir a oferta de banda larga. que muito da banda larga vai ser nessa
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FOTOs: divulgaç
( tv por assinatura) “Quanto mais cavamos na empresa e na América Latina, mais ficamos entusiasmados.”
FOTO: divulgação
A postura da DirecTV após a entrada da AT&T também pode mudar, sobretudo em relação ao seu principal competidor no Brasil, a Net. Como dito, parte da transação envolve a venda da posição minoritária da AT&T na América Móvil, grupo do bilionário mexicano Carlos Slim, mas esse relacionamento deve deixar portas abertas. “É uma relação de 22 anos que tem servido aos interesses de ambos, criamos muitos valores e achamos que juntos mudamos o comércio e o bem-estar dos países na América Latina”, diz Randall Stephenson, CEO da AT&T. “Eu aprendi muito com Carlos e nos falamos, ele é um amigo querido, mas agora será nosso competidor”, declara. Outro aspecto importante da operação, mas que no Brasil deve enfrentar alguns obstáculos de natureza legal e regulatória, é o foco em conteúdos exclusivos. Uma parte importante da compra da DirecTV são os direitos de
Randall Stephenson, da AT&T
exclusividade da operadora de DTH nos EUA junto à liga de futebol americano, a NFL. É um contrato tão atrativo para a AT&T que, caso não haja uma renovação dos direitos para as transmissões das partidas, a operadora móvel pode escolher não prosseguir com a fusão - isso está previsto no documento submetido à comissão de valores do mercado dos EUA, a SEC. “Temos falado com a NFL e temos negociado a transmissão. Ainda estou bem empolgado, achamos que vamos fechar o contrato até o final do ano e, obviamente, antes da conclusão da transação (da fusão)”, disse o chairman, presidente e CEO da DirecTV, Michael White. Ele acrescenta dizendo que há oportunidades para a própria NFL com a fusão, ao poder oferecer seu conteúdo em outras mídias. Segundo White, já foram realizadas discussões de direitos de programação.
Ganha e perde
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grupo DirecTV divulgou em maio seus resultados financeiros e operacionais referentes ao primeiro trimestre. O balanço traz alguns dados da operação da Sky, no Brasil. Segundo o relatório, a operadora cresceu 109 mil assinantes no primeiro trimestre, chegando a 5,48 milhões de clientes, o que é um crescimento menor do que o que havia sido registrado no primeiro trimestre de 2013, quando a operadora cresceu 209 mil clientes. A razão para o crescimento menor, segundo o balanço, é o aumento do churn (desligamento de clientes). Os investimentos no primeiro trimestre foram de US$ 161 milhões, também menos do que no mesmo período anterior (US$ 207 milhões). As receitas, apesar do aumento de base no ano, caíram para US$ 939 milhões no primeiro trimestre, contra US$ 965 milhões, o que pode ser atribuído à desvalorização cambial. A receita média por assinantes (ARPU) da Sky no Brasil é de US$ 57,67 (era de US$ 62,56 no primeiro trimestre de 2013). O EBITDA manteve-se em US$ 311 milhões, com margem de 33,1%. No contexto regional, a DirecTV Latin America cresceu no primeiro trimestre para 11,9 milhões de assinantes, o que representa um crescimento anual de cerca de um milhão de clientes. As receitas da operação na América Latina foram de US$ 1,7 bilhão, o que é praticamente a mesma receita registrada no primeiro trimestre de 2013. Como comparação, nos EUA a operação local da DirecTV teve no primeiro trimestre deste ano receita de US$ 6,1 bilhões, contra US$ 5,79 bilhões no primeiro trimestre de 2013. Lá, a ARPU é de US$ 100, e vem crescendo. Em compensação, a margem EBITDA é um pouco menor (27,4%). Nos EUA, a DirecTV tem 20,2 milhões de assinantes e cresceu praticamente a mesma coisa da operação brasileira.
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“Historicamente temos relação boa (para negociar) custos em satélite e, seja em banda larga por IPTV ou mobile, achamos que será bom para eles (programadores), vai liberar custos mais competitivos”, diz. O CEO da AT&T concorda: “Eu tenho pouca dúvida, pelas discussões que tivemos com provedores de conteúdo, que, como companhia de 100 milhões de acessos móveis e 25 milhões de vídeo, achamos que há dinheiro a ser feito em ambos os lados. Teremos vários novos modelos (de negócio) com a fusão”, detalhou Randall Stephenson. No Brasil, essa estratégia entra em conflito com a Lei 12.485/2011 (Lei do SeAC), que impede empresas de telecomunicações de adquirirem direitos de conteúdos esportivos ou de atuarem no controle de programadoras. A mudança do controle da Sky é significativa, mas é importante lembrar que, desde que começou a operar no Brasil, em 1995, a Sky (e a DirecTV, já que no início eram duas operações concorrentes) já tiveram vários controladores. A Sky era inicialmente controlada pela Globo, News Corp, TCI e Televisa. Posteriormente, o controle passou a ser partilhado entre Globo e News Corp, para depois ser assumido apenas pelo grupo de Murdoch, até a fusão com a DirecTV. Já a DirecTV começou como uma operação da Galaxy e do grupo Abril, sendo depois vendida para GM, depois para a News Corp (quando houve a fusão com a Sky), posteriormente para a Liberty Media e finalmente para os fundos que hoje controlam a DirecTV. Estas mudanças raramente implicaram mudanças estratégicas na atuação das empresas no Brasil. Esta será, contudo, a primeira vez que uma grande operadora de telecomunicações assume o comando da empresa, com a perspectiva de integrar as operações de DTH a uma estratégia mais convergente envolvendo IPTV, banda larga e mobilidade.
(regulamentação)
Da redação
cartas.telaviva@convergecom.com.br
Bola dividida Ancine autua Sky e descredencia canal Sports+ após suspeitas de violação do artigo da Lei do SeAC que veda a atividade de programação às operadoras.
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ela primeira vez desde a entrada em vigor da Lei 12.485 (Lei do SeAC) a Ancine se deparou com uma possível violação do veto às operadoras na atividade de programação e compra de direitos. A Superintendência de Fiscalização da agência autuou a Sky e a Time Out, programadora do canal Sports+. Segundo a Ancine, a iniciativa foi motivada por indícios de irregularidades na programação do canal Sports+, distribuído pela Sky no Brasil. O canal seria programado pela própria Sky, violando artigo da lei que proíbe as prestadoras de telecomunicações de atuarem na programação de conteúdo. A fiscalização constatou indícios de que a Time Out, sediada no Uruguai, tenha sido constituída com o propósito de viabilizar a programação do canal Sports + pela Sky Serviços do Brasil Ltda. A agência destaca que a Time Out foi criada logo após a edição da lei e só possui o canal Sports+, que substituiu o canal Sky Sports no lineup da operadora. Além disso, a Time Out teria se recusado a fornecer documentos requisitados pela agência. Por fim, a análise do contrato entre a Sky e a Time Out, ao qual a Ancine tem acesso, favoreceria de forma desproporcional a distribuidora, inclusive com retenção das receitas oriundas da comercialização de espaço publicitário do canal. A Time Out é controlada pela argentina Torneos y Competencias (TyC). A DirecTV Latin America comprou 33,2% da (TyC) em meados de 2008. O controle está nas mãos de Fred Vieira e a Luis Nofal Sports Holding SA, que juntos têm 50,1%
da empresa. A DirecTV Latin America, o canal de todos os pacotes de TV por no entanto, é a maior acionista assinatura que distribui. individual. O DLJ Merchant Bank No lance seguinte, a Sky obteve detém as ações restantes. uma liminar na Justiça do Rio de Na época do lançamento do canal no Janeiro para manter o canal no ar Brasil, TELA VIVA questionou a Sky sobre a até que seja feita toda a apuração participação de seus controladores na Time dos fatos. Out. A operadora afirmou apenas que sua Em nota, a Ancine salientou que a participação indireta na programadora segregação entre as atividades de respeita os limites da legislação brasileira. produção, programação e distribuição O Artigo 5º da Lei 12.485 veda às estabelecida pela legislação é prestadoras de serviços de essencial para a preservação da livre telecomunicações de interesse coletivo o concorrência e a garantia de justa controle ou a titularidade de participação competição entre os agentes superior a 30% do capital total e votante econômicos envolvidos. "A infração de programadoras com sede no Brasil, do dispositivo pela Sky coloca em direta, indiretamente ou grave risco o equilíbrio por meio de empresa sob do setor, obrigando a uma liminar controle comum. à revisão da mantém o canal Ancine Além disso, de acordo situação de registro da no ar enquanto programadora e do com o Artigo 6º da lei, as a agência apura canal, como medida prestadoras de serviços de telecomunicações de cautelar, para cessar a eventual interesse coletivo não irregularidade. imediatamente os podem adquirir ou financiar danos causados a a aquisição de direitos de exploração de outros programadores". imagens de eventos de interesse nacional. "Durante o procedimento O impedimento de que empresas de administrativo, foram oferecidas telecomunicações (como a Sky) tenham o condições para que a programadora controle de empresas de conteúdo é afastasse os indícios de questionada no Supremo Tribunal Federal irregularidades. A Time Out, no por diversas ações de entanto, se recusou a apresentar os insconstitucionalidade desde 2011. O documentos requisitados, assunto está sob a relatoria do ministro caracterizando assim embaraço à Luiz Fux e está pronto para ser votado,o fiscalização", completa a agência. que deve acontecer ainda este ano. Procurada por este noticiário, a Apenas alguns dias depois de autuar a Sky afirmou que “Time Out e Sky programadora sediada no Uruguai e a estão satisfeitas com a decisão do juiz operadora com base em indícios de que o de manter a liminar. Contudo, canal Sports+ seja programado pela estamos cientes das preocupações da própria Sky, a Ancine resolveu tornar o Ancine e empenhados em encontrar canal irregular. uma maneira de cumprir as A Ancine tornou sem efeito o determinações da agência e garantir credenciamento da Time Out em relação ao a oferta desse conteúdo aos Sports+ e notificou a Sky para que excluísse assinantes da Sky.”
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Da redação
cartas.telaviva@convergecom.com.br
Caixa azul TIM usará sua rede de fibra para lançar set-top over-the-top com serviços de terceiros, como YouTube e Netflix, mas pode agregar canais lineares em parceria com operador de SeAC.
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Sashkin/shutterstock.com
ais uma operadora lançará um serviço de TV no Brasil, mas num formato diferente do convencional. A TIM anunciou no início de junho o lançamento de um set-top box para agregar conteúdo de TV digital aberta e serviços overthe-top (OTT) para o usuário. Batizado de Live TIM Blue Box, o aparelho será lançado no segundo semestre, com um período de testes com a versão beta do serviço entre alguns clientes no Rio de Janeiro e São Paulo. A ideia é aproveitar a capacidade da infraestrutura de fibra da operadora, principalmente em bairros das classes C e D. O set-top box lembra bastante o metade da base de usuários no segundo da concorrente Apple TV, focando em semestre de 2015 esteja também com a dois serviços pré-instalados: YouTube solução Blue Box (500 mil caixas). O foco e Netflix. De acordo com o CEO da parece ser mais em mercados das classes TIM Fiber, Rogério Takayanagi, a C e D que não têm TV a cabo. "A gente assinatura dos serviços OTT não será tem visto adoção muito grande em bairros da responsabilidade da operadora. "O distantes nos quais chegamos e a ideal é dar ao usuário final a opção capacidade inteira é vendida em 60 dias. de escolher, o cliente contrata a A contínua expansão demanda intenso Netflix como provedor de conteúdo. capital, e internamente a gente não vê Quando falamos em Google, a nenhum problema do ponto de vista de parceria é com o Dial (aplicativo que demanda, a questão é mais de como permite espelhar conteúdo na TV) e a financiar a expansão", relação também passa explica o CEO da Live TIM. pelo cliente", diz. Mas A ideia é O serviço de TV digital ele reconhece que aproveitar a é em cima do padrão poderá haver facilidades para capacidade da aberto brasileiro, captado assinantes da TIM. infraestrutura por um sintonizador comum ISDB-T. "Nada impede de fazer de fibra da Takayanagi explica que a co-billing, estamos operadora, ideia não era obter licença analisando ainda se faz principalmente de Serviço de Acesso sentido ou não". em bairros das Condicionado (SeAC). A previsão da Segundo apurou TELA operadora é de que classes C e D. 40
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VIVA, contudo, a oferta de conteúdos lineares de uma operadora de SeAC independente está sendo estudada. Já o acesso dos OTTs é feito usando a banda larga do próprio cliente, não há capacidade dedicada. "Se a gente tiver todos os clientes da Live com Blue Box, assistindo ao mesmo tempo, nem arranha a capacidade. Em princípio, não haveria necessidade", diz o executivo. Ele reconhece, entretanto, que se houver demanda exagerada de dez ou mais set-top boxes na casa, por exemplo, seria necessária uma velocidade maior do que a oferta de 35 Mbps, a mais básica da banda larga fixa da empresa. Produção nacional O Blue Box será vendido separadamente, inclusive para nãoassinantes da TIM Live. O preço ainda está sendo negociado com
“Se tivermos todos os clientes assistindo ao mesmo tempo, nem arranha nossa capacidade.” Rogério Takayanagui, da TIM Fiber
relevante, tendo audiência e boa usabilidade, é possível ser integrado." Paralelamente, a TIM está preparando a evolução de seu serviço de banda ultra larga e agora o Live TIM chegará com fibra diretamente na casa do usuário. Até então, o serviço era um híbrido entre fibra e cobre (dentro da casa). E o projeto, chamado Live TIM Extreme, é ambicioso: 1 Gbps de velocidade, comparando-se ao que o Google Fiber oferece em algumas cidades dos Estados Unidos. A informação foi dada pelo presidente da TIM, Rodrigo Abreu. Para o presidente da TIM Fiber, Rogério Takanayagi, a oferta de fibra até o cliente (residencial) é a evolução natural do portfólio da empresa: "É o que tínhamos desenhado de partida". "Estamos em fase de finalização dos testes com alguns clientes para poder lançar em breve", revela. Se o cronograma se concretizar, esta poderá ser a primeira oferta em grande escala de 1 Gbps para o mercado residencial do Brasil. Até então, a maior
oferta havia sido anunciada pela Net Serviços no início de fevereiro, de 500 Mbps por R$ 799,90 ao mês no pacote triple-play de TV e telefone e por R$ 1.499 para quem contratar apenas a Internet. Ainda não há detalhes sobre preço e área de cobertura do serviço da TIM. A CTBC lançou em Uberlândia um serviço de 1 Gbps experimental, em 2011. A TIM encerrou o primeiro trimestre com cerca de 19,7 mil km de fibra em redes metropolitanas, essencialmente nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, cobrindo um total de 1,14 milhão de domicílios, com crescimento de 141% nas adições brutas de novos clientes de banda larga fixa na comparação anual entre o primeiro trimestre de 2013 e de 2014, chegando ao final de março a uma base de 75 mil assinantes. "O mercado de banda larga continua apresentando um comportamento competitivo, mas a TIM Live está com um desempenho bom. São cerca de 19 mil usuários novos por trimestre", detalha Rodrigo Abreu. foto: divulgação
fornecedores – atualmente, a Entone produz o hardware na China, enquanto o processador é da Broadcom, com middleware da Minerva e tecnologia de aprendizado para recomendação de conteúdo da Movile –, mas o preço-alvo é "um valor abaixo ou igual ao dos media centers do mercado". Para efeito de comparação, a Apple TV custa atualmente no Brasil R$ 399, enquanto o Chromecast, do Google, foi lançado este mês por R$ 199. No futuro, a parceria com esses fornecedores deverá trazer a fabricação para o Brasil, beneficiando-se de desoneração com o PPB (Processo Produtivo Básico). O hardware utiliza o opensource Linux, mas não há previsão de abertura de ecossistema para desenvolvedores. "O cliente quer uma experiência simples, quer o 'lean-back' (postura relaxada). Nossa ideia é ser bastante seletivos nas aplicações que vamos colocar ali. Coisas muito complexas, que precisam de uma interface complicada, não estarão ali", diz Rogerio Takayanagi. O sistema ainda contará com navegador embutido e poderá abrigar até jogos. Outros serviços OTT já estão sendo considerados. "Sendo
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Leandro Sanfelice, de Caçapava do Sul
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Animal Série da Accorde Filmes é o primeiro fruto da parceria entre Globo e Globosat para produzir conteúdo para os canais da programadora de TV paga. FOTOs: divulgação
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pequeno povoado de Minas do Camaquã, no município de Caçapava do Sul, no Rio Grande do Sul, foi palco das gravações de “Animal”, série com 13 episódios semanais que estréia no canal GNT no dia 6 de agosto. A atração contará a história do doutor Paulo Gil, biólogo que sofre de teriantropia, distúrbio mental que faz com que a pessoa pense que é um animal – no caso de paulo, um puma. Em busca de uma cura, o protagonista resolve voltar para sua terra natal em busca de anotações do seu pai, que sofria do mesmo mal. O elenco da série conta com Edson Cellulari no papel do protagonista, contracenando com atores reconhecidos como Cristiana Oliveira e Leonardo Machado. A série é o primeiro fruto da parceria anunciada já no ano passado entre Globo e Globosat para produzir conteúdo para os canais da programadora de TV paga. Produzida pela Accorde Filmes, com criação, roteiro e direção de Paulo Nascimento, “Animal” foi desenvolvida dentro da Globo para o GNT. “No modelo que estamos adotando, a Globo desenvolve o texto e o licencia para a Globosat. A produção, que conta com a supervisão artística da Globo, é sempre realizada por uma produtora independente parceira, que, no mesmo modelo do cinema, contrata os atores, diretores e equipes. No caso de profissionais contratados da Globo, eles são liberados pela emissora para fazer o trabalho”, explica Guilherme Bokel, diretor
Elenco da série conta com Edson Cellulari no papel do protagonista, contracenando com atores reconhecidos como Cristiana Oliveira e Leonardo Machado.
executivo de entretenimento da TV Globo. “Os direitos sobre a obra finalizada são da Globosat, com acordos que beneficiam as duas empresas. A ideia e o roteiro pertencem à Globo”, conclui. De acordo com o executivo, a parceria serve para exercitar os talentos criativos da Globo, oferecendo a oportunidade de experimentar com a criação de obras para um público diferente, ao mesmo tempo em que gera conteúdo de qualidade para os canais de TV paga do grupo. “Enxergamos essa parceria como uma oportunidade para o desenvolvimento do nosso elenco criativo. Temos os melhores talentos, e a
grade da TV aberta é finita. Estamos proporcionando a eles a chance de se exercitar continuamente, experimentar novas linguagens, beber de novas fontes, criar e produzir para um público diferente do da TV aberta. A aprovação da lei da TV paga em 2011 estabeleceu cota de programação nacional para os canais fechados. Vimos aí uma oportunidade de levar programas de qualidade também para esse universo”, disse. No caso de “Animal”, a série aposta no suspense psicológico, gênero raro na TV brasileira.
Parceria serve para exercitar os talentos criativos da Globo, com a criação de obras para um público diferente, ao mesmo tempo em que gera conteúdo de qualidade para os canais de TV paga. 42
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( case) Assim como acontece com séries nos Estados Unidos, os episódios terão história própria com conclusão, ao mesmo tempo em que uma trama maior se desenvolve no decorrer de toda a temporada. “A escolha pela série ‘Animal’ envolveu alguns fatores, entre eles: originalidade da história, qualidade de roteiro e o gênero suspense a ser testado no canal. A série está alinhada com a estratégia de ficção do GNT, que visa oferecer ao telespectador diversidade de histórias”, conta a diretora de programação do canal, Daniela Mignani. “A troca entre as três partes durante o processo tem sido muito rica e valiosa para a experiência de ficção do GNT. A série foi toda gravada em Minas do Camaquã, uma belíssima região no interior do Rio Grande Sul, pouco conhecida pelos brasileiros, e que teve sua rotina modificada por quatro meses. A localidade parou para receber o elenco e a equipe” contou a executiva. Produção Para a produção de “Animal”, uma equipe de cerca de 70 profissionais morou entre março e junho deste ano em Minas do Camaquã. O povoado, com cerca de 450 habitantes, teve sua rotina completamente modificada pela produção. “Gravamos e já editamos aqui também, explica Paulo Nascimento, diretor da série. Para isso, ilhas de edição foram montadas em casas alugadas na região. As gravações foram todas feitas em locações, assim como acontece com produções para o cinema. “Estou acostumado a trabalhar em cinema, mas a TV paga hoje tornou-se um campo muito propício para experimentar coisas novas, em produções de grande qualidade – talvez até mesmo mais que no cinema. Vemos nos Estados Unidos séries muito boas surgindo, no que
“Será uma série bem cinza. A intenção de vir gravar longe do eixo Rio-São Paulo foi justamente explorar essa estética bucólica e fria do Sul do país.” Paulo Nascimento, diretor
chamam de era de ouro da TV”, disse Paulo. Para tomadas aéreas, conta ele, a equipe utilizou um drone, controlado por um profissional especializado. Minas do Camaquã De acordo com o diretor, “Animal” terá uma estética bucólica e cinzenta. Nesse contexto, a escolha de Minas do Camaquã foi pensada com antecedência. O diretor já havia trabalhado na região antes e, assim que conheceu o local, pensou que seria a locação ideal para
uma série de terror ou suspense. O vilarejo oferece cenários fantasmagóricos. No centro da cidade, por exemplo, há um antigo cinema country, em reforma. As minas de cobre abandonadas da região também foram utilizadas na produção. “Será uma série bem cinza. A intenção de vir gravar longe do eixo Rio-São Paulo foi justamente explorar essa estética bucólica e fria do Sul do país”, conta Paulo. “Eu já conhecia a região. Portanto, ao desenvolver o roteiro, pensei ele justamente para esses cenários. Foi um texto desenvolvido para ser gravado aqui”, conclui.
animal
Formato S Direção P érie de ficção Roteiro Paulo Nas cimento Produção A aulo Nascim ento Canal ccorde Filmes GNT
Sinopse: Estranhos acontecimentos trazem o famoso biólogo João Paulo Gil de volta à sua terra natal, Monte Alegre do Sul, em busca de cura para seu distúrbio psicológico, que o faz acreditar ter as características de um puma.
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Fernando Lauterjung
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Super equipada
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Sony começa distribuir no Brasil em setembro a câmera PXW-X160, da linha XDCAM. O equipamento capta em full HD com três sensores Exmor CMOS de 1/3 de polegada, e lentes Sony G com zoom óptico de 25x. A camcorder pode gravar em formato XAVC Intra/Long GOP, habilitando 10-bit de amostragem para gravações de alta definição, bem como a MPEG HD422 em 50 Mbps. Ela também permite gravação em MPEG HD420 em 35 Mbps, AVCHD, e formatos DV. Criada mirando mercados das emissoras, produtoras, e profissionais independentes, a câmera tem características ideais para noticiários, documentários, eventos, etc. A nova lente oferece ângulo de visão que varia de 26 mm a 650 mm (equivalente a 35 mm). Segundo a fabricante, é mais do que suficiente para uma gama ampla de situações de filmagem. Estão disponíveis anéis de zoom e foco manuais independentes com end-stop e controle de íris, além de mecanismo deslizante no anel de foco que permite trocar entre modos automático e manual. O sistema de três sensores de
imagem CMOS de 1/3 de polegada tem sensores independentes para os canais de cores vermelho, azul e verde, cada um com 2.07 megapixels (16:9). O processador de imagens traz um mecanismo de redução de ruídos e compensação de distorções, que ajuda a entregar maior detalhe e reprodução mais rica de textura. O formato de arquivo MXF é usado para a gravação XAVC, com compressão na resolução em full HD usando o codec MPEG-4 AVC/H.264. Amostragem de imagem será 4:2:2 10-bit com compressão intra-frame a 112 Mbps, ou Long-GOP de alta eficiência em 50/35/25 Mbps. O equipamento traz dois slots de cartão de memória SxS com capacidade de leitura/gravação de alta velocidade. Estão disponíveis adaptadores para cartões XQD e SD.
A PXW-X160 traz um filtro ND variável continuamente, que permite gravar em condições de luz diversas.
eletronicamente a densidade e permite o ajuste contínuo variando de 1/4 ND para 1/128 ND. Em conjunto com o ajuste de íris e as configurações de velocidade do obturador que permitem controlar a profundidade de campo e brilho, este filtro facilita técnicas de gravação tais como o uso de obturador lento à luz do dia e de outras condições de luz. Para operadores que preferem o modo de seleção de filtros ND convencional, a PMW-X160 apresenta um mecanismo duplo de controle de filtro ND, que fornece tanto o controle eletrônico contínuo quanto o interruptor padrão de quatro posições. A camcorder traz ainda um painel LCD de 3.5 polegadas e viewfinder OLED de 0.5 polegada.
Filtro ND A PXW-X160 é a primeira câmera profissional da Sony que traz um filtro ND variável continuamente. O filtro ND diminui a intensidade da luz, sem filtrar a luz polarizada em uma direção. Um novo sistema que controla
Mais suporte
Versão 7.3 do Edius Pro e Elite traz suporte a soluções de hardware Matrox.
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Grass Valley atualizou para a versão 7.3 o seu software de edição não-linear Edius Pro e Elite. A nova versão traz recursos para ampliar a produtividade ao longo de todo o fluxo de trabalho de pós-produção, incluindo suporte I/O aos dispositivos de edição Matrox MXO2 LE, MXO2 Rack, Mojito MAX e MXO2 Mini. Os novos recursos incluem monitoramento de áudio multicanal para preview de clipes, exportação no formato Sony XAVC, taxa de bits de áudio menor para suporte a saída em MP4. O suporte a hardware Matrox expande a possibilidade de T e l a
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uso do software, uma vez que os dispositivos de edição Matrox MXO2 são usados em diversos ambientes, incluindo computadores laptop e desktop, estúdios, unidades móveis e no set. Eles podem se conectar ao computador de edição através de adaptadores PCIe ou ExpressCard/34. O Edius 7.3 já está disponível para download por usuários registrados no site da Grass Valley. O Edius Pro detecta automaticamente a atualização e informa os usuários de sua disponibilidade. O Edius Elite exige atualizações manuais. j u n 2 0 1 4
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( agenda ) FOTO: arquivo
JULHO
5 Wimbledon Shorts - Festival Internacional de Curtas de Wimbledon, Wimbledon, Inglaterra. E-mail: info@wimbledonshorts.com. Web: www.wimbledonshorts.com/ 9 a 11 Festival Internacional de Cinema de Portsmouth, Portsmouth, Inglaterra. E-mail: mail@portsmouthfilmfest.co.uk. Web: www.portsmouthfilmfest.co.uk/ 19 a 25 4º Festival Sergipe de Audiovisual – Sercine, Aracaju, SE. Web: www.sercine.com.br/
5 a 7 de Agosto
22ª Feira e Congresso ABTA, São Paulo, SP. inscricoes@convergecom.com.br www.abta2014.com.br/
23 a 30 2º Festival Internacional de Cinema Ambiental, Argentina. Web: www.imd.org.ar/finca/
Maior encontro do setor de TV por assinatura e banda larga da América Latina. Reúne operadores de TV por assinatura e banda larga, empresas de telecomunicações, produtores e programadoras de conteúdo, empresas de tecnologia e provedores de internet para debater as pautas urgentes do setor.
24 a 3/8 3º Festival Internacional de Cinema de Brasília - BIFF, Brasília, DF. E-mail: contato@biffestival.com. Tel: (61) 3037-9024. Web: www.biffestival.com/
SETEMBRO
4 e 5 15° Congresso Latino-Americano de Satélites, Rio de Janeiro, RJ. E-mail: inscricoes@convergecom.com.br. Web: convergecom.com.br/portal/eventos/ satelites/
31 a 17/8 Festival Internacional de Cinema de Melbourne. Web: miff.com.au/
AGOSTO
9 e 10 58° Painel Telebrasil, Brasília, DF. E-mail: inscricoes@convergecom.com.br
6 a 16 67° Festival de Cinema de Locarno, Suíça. Web: www.pardolive.ch/
29 a 5/11 Festival Biarritz América Latina, França. E-mail: stephanie.loustau@festivaldebiarritz. com. Web: www.festivaldebiarritz.com/es
13 a 17 9ª Mostra Audiovisual de Cambuquira, Cambuquira, MG. E-mail: espacoculturalsinhaprado@gmail.com. Web: www.mostramosca.com.br/
OUTUBRO
24 a 2/11 Festival Internacional de Cinema Infantil de Chicago, Estados Unidos Web: www.cicff.org/
NOVEMBRO
11 a 16 30º Festival Internacional de Curtas-Metragens de Berlim – Interfilme, Alemanha. Email: interfilm@interfilm.de
21 a 29 25° Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo Curta Kinoforum. E-mail: info@kinoforum.org. Web: www.kinoforum.org.br/ 27 a 6/9 Festival de Cinema de Veneza. E-mail: cinema@labiennale.org Web: www.labiennale.org/en/ cinema/71st-festival/
Primeiro festival de TV de São Paulo, com mostras nacionais e internacionais, prêmios e encontros de negócios.
28 a 3/9 13º Festival Internacional de Cinema Nueva Mirada para a Infância e a Juventude, Argentina. Web: www.nuevamirada.com. E-mail: presidencia@nuevamirada.com
7 a 14 de Agosto
Festival Internacional de Televisão de São Paulo, São Paulo, SP. E-mail: info@convergecom.com.br. Tel: (11) 3138.4600. Web: http://festivaldetv.com.br/
29 a 7/9 Festival de Cinema Latinoamericano de Vancouver, Canadá Web: www.vlaff.org/
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